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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS Seção Doutrinária Bem-Aventurados os Aflitos Ignácio Bittencourt patrono do Encontro 55 1961-2016 20 de outubro de 2019

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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS

Seção Doutrinária

Bem-Aventurados os Aflitos

Ignácio Bittencourt

patrono do Encontro55

1961-2016

20 de outubro de 2019

CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS 30º Encontro Espírita sobre Medicina Espiritual — Doutrinária

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CENTRO ESPIRITA LÉON DENIS

30o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE

MEDICINA ESPIRITUAL

Ignácio Bittencourt Patrono Espiritual do Encontro

SEÇÃO DOUTRINÁRIA

Tema:

Bem aventurados os aflitos

20 de outubro de 2019

“O corpo reflete o que há no Espírito; sendo assim, o Espírito precisa ser curado primeiro.”

“A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra do Espírito. A Medicina Espiritual socorre o perispírito, mas também socorre o corpo; ela não se sobrepõe ao remédio, porque cada uma age no seu campo; cada uma tem a sua esfera de ação; cada uma tem o seu momento.”

Ignácio Bittencourt

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Data:

20/10/19 - Seção Doutrinária, Seção Científica I e II, Técnica de Passes e Atualidades

Horário: 8h às 8h30min – Recepção 8h30min às 8h50min – Abertura 8h50min às 9h – Deslocamento para as salas 9h às 10h30min – Estudo 10h30min às 11h – Intervalo / lanche 11h às 12h50min – Estudo 12h50min às 12h55min – Deslocamento para o salão 13h – Encerramento

O Encontro também é apresentado pela Internet: www.celd.org.br

Informações Gerais

Coordenação Geral: Luiz Carlos Dallarosa

Coordenação da Seção Doutrinária: Carlos A. Xavier da Silva

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CONTEÚDO

Objetivos do Encontro Resumo biográfico de Ignácio Bittencourt – O Patrono do Encontro Assunto a ser estudado: Alcoolismo – Uma visão espírita TEMA 1 – A DOENÇA Conceito de doença: Fundamentação doutrinária: Ideia de deus: Imortalidade da alma: Pluralidade das existências: Leis do universo: Causas das doenças: Como surgem as doenças? Por que adoecemos? TEMA 2 – A CURA Conceito de saúde. O que é Medicina Espiritual? Recursos utilizados pela Medicina Espiritual. Terapêutica facilitadora no restabelecimento da saúde. Fatores importantes. Como vamos nos curar? TEMA 3 – A PREVENÇÃO Definição de Prevenção. Evangelho, Aceitação e Prática. Prevenção (Caminhando) com Jesus. Meios de prevenção. O que fazer para não adoecer? Anexos Referências Bibliográficas

TEMA CENTRAL

BEM AVENTURADOS OS AFLITOS

Caso Tema 1 – A Doença (Fundamentação Doutrinária) Tema 2 – A Cura Tema 3 – A Prevenção Objetivo geral: Estudar e discutir os diversos aspectos ligados à Medicina Espiritual: “a doença, a cura e a prevenção”. Objetivo específico: “Trazer a todos a visão doutrinária, já que objetivamente estamos tratando de analisar os processos de cura espiritual segundo a ótica doutrinária espírita”.

(Balthazar – Psicografia – Pamphiro, Altivo C.)

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Resumo biográfico de Ignácio Bittencourt

Nascido a 19 de abril de 1862, na Ilha Terceira, Arquipélago dos Açores, Freguesia da Sé de Angra do Heroísmo (Portugal), e desencarnado no Rio de Janeiro a 18 de fevereiro de 1943.

Em plena juventude, emigrou para o Brasil, sem alimentar ideia de enriquecimento, mas bus-cando um ideal que sua intuição afirmava poder encontrar em sua segunda pátria.

Sem qualquer proteção ou amparo, desembarcou no Rio de Janeiro, sozinho e com irrisória quantia no bolso. Entretanto, já era um jovem de caráter sério e de grandes dotes morais.

Ignácio Bittencourt foi um desses abnegados, que só se alegravam com a alegria do seu semelhante. Por isso, foi aquinhoado com a mediu-nidade natural, que geralmente depende da evolução espiritual do indivíduo. Ela surgiu espontaneamente, sem qualquer esforço de planejamento, como um imperativo da essência de sua alma boa e sempre

disposta à prática do bem. Aos 20 anos inteirou-se da verdade espírita. Bastante enfermo e desesperançado, foi

levado à presença de um médium chamado Cordeiro, residente na Rua da Misericórdia, no Rio de Janeiro, e, graças ao auxílio espiritual recebido, teve a sua saúde completamente restabelecida.

Admirado com a rapidez da cura, voltou e indagou do médium: “Não sendo o senhor médico, não indagando quais eram os meus padecimentos e não me tendo auscultado ou apalpado qualquer um dos órgãos, como pôde curar-me?”...

E a resposta veio incontinenti: "Leia O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Livro

dos Espíritos. Medite bastante e neles encontrará a resposta para a sua indagação". Bittencourt seguiu o conselho e, desde logo, com grande surpresa e naturalidade, se

apresentaram nele algumas faculdades mediúnicas. Descortinando novos horizontes, rompido o véu que impedia que conhecesse novas verdades, integrou-se resolutamente na tarefa de divulgação evangélica e de assistência espiritual aos mais necessitados.

Bem cedo, com 30 anos, sua personalidade alcançou grande destaque nos meios espíritas e mesmo fora deles. Poderia ter alcançado culminância na política, desde que aceitasse a indicação de seu nome para uma chapa de deputado, uma vez que era apoiado por vários senadores da República. Sua vitória na eleição não sofreria dúvida. Porém, sempre humilde, fugindo aos movimentos alheios à caridade, preferiu viver no seu mundo, no qual reinava a figura exponencial e amorosa de Jesus Cristo.

Fundou a 1o de maio de 1912, e dirigiu-o durante mais de 30 anos, o semanário “Aurora”, que se tornou conhecido e apreciado veículo de divulgação doutrinária. Sob sua presidência foi fundado, em 1919, o “Abrigo Tereza de Jesus”, tradicional obra assistencial, até hoje em pleno funcionamento, com larga soma de benefícios a crianças desamparadas, de ambos os sexos.

Fundou o Centro Cáritas, juntamente com Samuel Caldas e Viana de Carvalho, presidindo-o até a data de sua desencarnação. Tomou parte ativa na fundação da “União Espírita Suburbana” e do “Asilo Legião do Bem”, que acolhe vovozinhas desamparadas. Durante alguns anos exerceu também a vice-presidência da Federação Espírita Brasileira,

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presidiu o “Centro Humildade e Fé”, onde nasceu a “Tribuna Espírita”, por ele dirigida durante alguns anos.

A mediunidade receitista e curadora de Ignácio Bittencourt mereceu diversas opiniões.

Algumas vezes chegou a ser processado “por exercício ilegal da medicina”, mas sempre foi absolvido. Em 1923, houve um acórdão importante do Supremo Tribunal Federal, a respeito.

Certa vez, no Centro Cáritas, ao ensejo de uma prece, ouviram-se na sala, de forma bastante nítida, acordes de um violino. O artista invisível executava estranha e belíssima melodia, envolvendo a todos em profunda emoção.

Bittencourt, então, salientou que aquela audição representava magnânima manifestação da graça de Jesus Cristo, permitindo que chegasse ao grupo o de que mais ele necessitava, para compreender a ressonância de uma prece sincera no plano divino.

Manifestações dessa natureza não eram raras no Centro Cáritas, possibilitando sempre vibrações amorosas dos encarnados, protegidas pelos Mentores Espirituais, de maneira que essas forças ali chegavam para as sensibilizantes demonstrações de afeto e carinho.

Não foi somente como médium receitista e curador que Ignácio Bittencourt granjeou a notoriedade, a estima e a admiração de todos, mas igualmente como médium apto a receber do Alto maravilhosa inspiração que, durante larga fase do seu mediunato, se manifestou notória e admirável, sempre que ele assomava às tribunas doutrinárias, principalmente a da Federação Espírita Brasileira, a cujas sessões de estudos comparecia com bastante assiduidade.

Embora não fosse dotado de cultura acadêmica, escrevia artigos doutrinários de forma surpreendente, e fazia uso da palavra em auditórios espíritas de forma bastante eloquente. O simples fato de dirigir um jornal de grande penetração como foi o "Aurora", demonstra a fibra e o valor desse seareiro incomparável e incansável.

Com 80 anos, retornou à pátria espiritual, após lenta agonia. Dias antes da sua desencarnação, com a coragem e a serenidade de um justo, ditara para os seus familiares os termos do convite para os seus funerais: “A família Ignácio Bittencourt comunica o seu falecimento. A pedido do morto dispensam-se flores”. Dona Rosa, sua bondosa companheira, ponderou: “Você amontoou flores na vida terrena, e essas flores virão agora engalanar a sua vida espiritual”. O velho seareiro, dando, mais uma vez, prova admirável da capacidade de transigência do seu Espírito altamente evoluído, aquiesceu: “Está bem. Concordo com você e aceito as flores. Elas significarão a simpatia e o afeto de bondosos amigos para com o meu Espírito. Mas desejo que se transformem na derradeira homenagem que presto a você, nesta encarnação, ofertando-lhas logo após recebê-las.

Nosso filho Israel se encarregará de proceder à oferenda”. Ignácio Bittencourt foi um exemplo vivo de virtudes santificantes. A todos os golpes de

malquerença e a todos os gestos de ofensa, sempre replicava com sorriso e perdão. Soube sempre ser tolerante e compreensivo para com aqueles que o criticavam. Levou sempre a assistência material e espiritual a todos aqueles que dela necessitavam, fazendo com que sua ação fecunda e benfazeja se baseasse sempre nos lídimos preceitos evangélicos, pois, como poucos, ele soube viver e praticar os ensinamentos do Meigo Rabi da Galileia.

Falando com clareza e simplicidade, esforçou-se sempre em desvendar, para os seus semelhantes, o véu que oculta as verdades eternas que os homens chamam de mistérios divinos.

Caminhou sempre sem protestos ou lamentações. Que a vida bem vivida desse grande propagador do Espiritismo possa nos servir de bússola a fim de nos orientar nos momentos de vacilações e de tribulações.

Fonte: site: www.espirito.org.br/portal/biografias

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(Assunto a ser estudado – Alcoolismo – Uma visão e spírita)

15 – Forças Viciadas

(Nos domínios da mediunidade – F.C.X. – André Luíz.)

Caía a noite... Após o dia quente, a multidão desfilava na via pública, evidentemente buscando o ar fres-

co. Dirigíamo-nos a outro templo espírita, em companhia de Áulus, segundo o nosso plano de trabalho, quando tivemos nossa atenção voltada para enorme gritaria. Dois guardas arrastavam de restaurante barato, um homem maduro em deploráveis condições de embriaguez. O mísero esperneava e proferia palavras rudes, protestando...

— Observem o nosso infeliz irmão! — determinou o orientador. E porque não havia muito tempo entre a porta ruidosa e o carro policial, pusemo-nos em

observação. Achava-se o pobre amigo abraçado por uma entidade da sombra, qual se um polvo estranho o absorvesse. Num átimo, reparamos que a bebedeira alcançava os dois, porquanto se justapunham completamente um ao outro, exibindo as mesmas perturbações.

Em breves instantes, o veículo buzinou com pressa e não nos foi possível dilatar anota-ções.

— O quadro daria ensejo a valiosos apontamentos... Ante a alegação de Hilário, o Assistente considerou que dispúnhamos de tempo bastante

para a colheita de alguns registros interessantes e convidou-nos a entrar. A casa de pasto regur-gitava...

Muita alegria, muita gente. Lá dentro, certo recolheríamos material adequado a expressi-vas lições. Transpusemos a entrada. As emanações do ambiente produziam em nós indefinível mal-estar. Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes. Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes.

Indicando-as, informou o orientador: — Muitos de nossos irmãos, que já se desvencilharam do vaso carnal, se apegam com

tamanho desvario às sensações da experiência física, que se cosem àqueles nossos amigos terrestres temporariamente desequilibrados nos desagradáveis costumes por que se deixam in-fluenciar.

— Mas por que mergulhar, dessa forma, em prazeres dessa espécie? — Hilário — disse o Assistente, bondoso —, o que a vida começou, a morte continua...

Esses nossos companheiros situaram a mente nos apetites mais baixos do mundo, alimentando-se com um tipo de emoções que os localiza na vizinhança da animalidade. Não obstante haverem frequentado santuários religiosos, não se preocuparam em atender aos princípios da fé que abraçaram, acreditando que a existência devia ser para eles o culto de satisfações menos dignas, com a exaltação dos mais astuciosos e dos mais fortes. O chamamento da morte encontrou-os na esfera de impressões delituosas e escuras e, como é da Lei que cada alma receba da vida de conformidade com aquilo que dá, não encontram interesse senão nos lugares onde podem nutrir as ilusões que lhes são peculiares, porquanto, na posição em que se veem, temem a verdade e abominam-na, procedendo como a coruja que foge à luz.

Meu colega fez um gesto de piedade e indagou: — Entretanto, como se transformarão? — Chegará o dia em que a própria Natureza lhes esvaziará o cálice — respondeu Áulus,

convicto. — Há mil processos de reajuste, no Universo Infinito em que se cumprem os Desígnios do Senhor, chamem-se eles aflição, desencanto, cansaço, tédio, sofrimento, cárcere...

— Contudo — ponderei —, tudo indica que esses Espíritos infortunados não se enfastia-rão tão cedo da loucura em que se comprazem...

— Concordo plenamente — redarguiu o instrutor —, todavia, quando não se fatiguem, a Lei poderá conduzi-los à prisão regeneradora.

— Como?

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A pergunta de Hilário ecoou cristalina, e o Assistente deu-se pressa em explicar: — Há dolorosas reencarnações que significam tremenda luta expiatória para as almas

necrosadas no vício. Temos, por exemplo, o mongolismo, a hidrocefalia, a paralisia, a cegueira, a epilepsia secundária, o idiotismo, o aleijão de nascença e muitos outros recursos, angustiosos embora, mas necessários, e que podem funcionar, em benefício da mente desequilibrada, desde o berço, em plena fase infantil. Na maioria das vezes, semelhantes processos de cura prodigalizam bons resultados pelas provações obrigatórias que oferecem...

— No entanto — comentei —, e se os nossos irmãos encarnados, visivelmente confiados à devassidão, resolvessem reconsiderar o próprio caminho?... se voltassem à regularidade, através da renovação mental com alicerces no bem?...

— Ah! Isso seria ganhar tempo, recuperando a si mesmos e amparando com segurança os amigos desencarnados... Usando a alavanca da vontade, atingimos a realização de verda-deiros milagres... Entretanto, para isso, precisariam despender esforço heroico. (...)

Observando os beberrões, cujas taças eram partilhadas pelos sócios que lhes eram invisíveis, Hilário recordou:

— Ontem, visitamos um templo, em que desencarnados sofredores se exprimiam por intermédio de criaturas necessitadas de auxílio, e ali estudamos algo sobre mediunidade... Aqui, vemos entidades viciosas, valendo-se de pessoas que com elas se afinam numa perfeita comunhão de forças superiores... Aqui, tanto quanto lá, seria lícito ver a mediunidade em ação?

— Sem qualquer dúvida — confirmou o orientador —; recursos psíquicos, nesse ou naquele grau de desenvolvimento, são peculiares a todos, tanto quanto o poder de locomoção ou a faculdade de respirar, constituindo forças que o Espírito encarnado ou desencarnado pode empregar no bem ou no mal de si mesmo. Ser médium não quer dizer que a alma esteja agraciada por privilégios ou conquistas feitas. Muitas vezes, é possível encontrar pessoas altamente favorecidas com o dom da mediunidade, mas dominadas, subjugadas por entidades sombrias ou delinquentes, com as quais se afinam de modo perfeito, servindo ao escândalo e à perturbação, em vez de cooperarem na extensão do bem. Por isso é que não basta a mediunidade para a concretização dos serviços que nos competem. Precisamos da Doutrina do Espiritismo, do Cristianismo Puro, a fim de controlar a energia medianímica, de maneira a mobilizá-la em favor da sublimação espiritual na fé religiosa, tanto quanto disciplinamos a eletricidade, a benefício do conforto na Civilização. (...)

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TEMA 1 – A doença

1. CONCEITO DE DOENÇA:

� Na visão humana: Doença é um conjunto de sinais e sintomas específic os que afetam um ser vivo , alterando o seu estado normal de saúde . O vocábulo é de origem latina, em que “dolentia” significa “dor, padecimento”. (Google)

� Na visão espírita: “A doença é uma exteriorização do estado d’alma ”

(Dr. Hermann – Apostila 2014 – 25o EEME.)

O que é primordial na Doutrina Espírita para o entendimento das doenças?

1.1. FUNDAMENTAÇÃO DOUTRINÁRIA:

Cremos em Deus?

• Ideia de Deus.

• Imortalidade da alma.

• Pluralidade das existências.

• Pluralidade dos mundos habitados.

• Comunicação entre o plano físico e o plano espiritual.

• Por que adoecemos?

• Quem é o doente?

• A doença é castigo de Deus?

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1.2. IDEIA DE DEUS:

“Deus é a inteligência suprema , causa primeira de todas as coisas.”

(Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos – Perg. 1 – CELD.)

(...) Deus é aquele ser que nos sustenta a todos, que não nos dá provas que não possamos superar ou suportar . Deus é aquele que olha para nós não com o objetivo de nos fazer sofrer, mas tão somente com o objetivo de nos fazer crescer espiritualmente .

Quando, em nosso coração, irromper a angústia, o clamor, falemos para nós mesmos: Deus é o Pai; sabe o que nós precisamos passar. Isto não quer dizer que devamos aceitar cegamente todas as dores que nos chegam. Ao contrário, devemos saber por que as dores nos chegam, para não repetirmos os erros. Até nos momentos de dor observamos a presença de Deus, porque, realmente, ele nos permite sentir dor es; mas, se observarmos, todas as dores que sentimos, todas, sem exceção, nos educam . (...)

(Antonio de Aquino / Altivo C. Pamphiro – Inspirações do Amor Único de Deus. Vol. 3 – lição 9.)

1.2.1. Atributos da divindade:

“Sendo Deus o princípio de todas as coisas, e sendo este princípio todo sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede deve participar desses atributos, uma vez que o que é infinitamente sábio, justo e bom, não pode produzir nada que seja insensato, mau e injusto. Portanto, o mal que observamos não pode ter sua origem nele”.

(Kardec, Allan. A Gênese, Cap. III – Item 1 – “Origem do bem e do mal” – CELD.)

• Suprema e Soberana Inteligência : A de Deus é infinita e abrange o infinito. (A Gênese. Cap. II – Item 9.)

• Eterno : Deus não teve começo e não terá fim. (A Gênese. Cap. II – Item 10.)

• Imutável : Não está sujeito a mudanças, é estável. (A Gênese. Cap. II – Item 11.)

• Imaterial : A Natureza de Deus difere de tudo o que chamamos matéria. (A Gênese. Cap. II – Item 12.)

• Onipotente : Possui poder supremo. (A Gênese. Cap. II – Item 13.)

• Soberanamente Justo e bom : É infinitamente justo e bom. (A Gênese. Cap. II – Item 14.)

• Infinitamente perfeito : Sem a perfeição infinita lhe faltaria algo. (A Gênese. Cap. II – Item 14.)

• Único : A unidade de Deus é consequência do infinito absoluto das suas perfeições (A Gênese. Cap. II – Item 16.)

Deus é, então, a suprema e soberana inteligência; é único, eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom, infinito em todas as suas perfeições , e não pode ser diferente disso.

Esta é a base sobre a qual repousa o edifício universal; é o farol cujos raios se estendem sobre o Universo inteiro, e que sozinho pode guiar o homem na pesquisa da verdade; (...)

(A Gênese. Cap. II – Item 19 – CELD.)

As dores, pelas quais passamos, são da vontade de Deus?

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1.2.2. Justiça Divina .

(...) Não pensemos, assim, num Deus arbitrário , injusto ou mesmo infeliz, ao ponto de provocar sofrimento aos outros. Ao contrário, pensemos sempre num Deus que nos dá aquilo de que precisamos para corrigir ou mesmo para transformar o que existe em nós.

Dores, sofrimentos, angústias, lutas , enfim, todo esse enorme contingente de energias que visitam a sociedade terrena, de forma individual ou coletiva, só é possível em função do sentimento que Deus permite acontecer .

Não haverá, portanto, dores maiores do que aquelas que as criaturas possam suportar, porque Deus dá a cada um segundo as suas necessidades . (...)

(Pamphiro, Altivo C. – Baltazar – Pela Graça infinita de Deus – Vol. 3 – Lição 12 – CELD.)

“(...) As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa e, visto que Deus é justo, essa causa deve ser justa . Eis do que cada um deve se compenetrar. Pelos ensinamentos de Jesus, Deus permitiu que os homens viessem a compreender essa causa, e hoje, considerando-os bastante amadurecidos para compreendê-la, ele a rev ela inteiramente pelo Espiritismo, isto é, pela voz dos espíritos .”

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. V – Item 3 – CELD.)

“Entretanto, não se deve acreditar que todo sofrimento passado aqui na Terra seja, necessariamente, o indício de uma determinada falta ; muitas vezes os sofrimentos são simples provas escolhidas pelo espírito para concluir sua depuração e apressar seu adiantamento .” (...)

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. V – Item 9 – 1o § – CELD.)

Se não são da vontade de Deus as nossas aflições, onde encontr ar a causa?

Tríade: Deus / Princípio inteligente / Matéria

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1.3. IMORTALIDADE DA ALMA:

1.3.1. Espírito.

(...) o Espírito é uma chama , uma centelha ; isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, ao qual não se poderia atribuir uma forma determinada (...)

(Kardec, Allan, Livro dos Médiuns, Segunda Parte, Manifestações Espíritas. Cap. I, item 55 – CELD.)

(...) os Espíritos não são, portanto, outra coisa senão as almas dos homens , despojadas de seu envoltório corporal.

(Allan Kardec – O Livro dos Médiuns. Cap. I – Item 2 – Primeira parte – CELD.)

Que é a alma?

“Um espírito encarnado.”

(Kardec, Allan – Livro dos Espíritos. Cap. II, questão 134 – CELD.)

1.3.2. Perispírito.

(...) “Pela sua essência espiritual, o espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter uma atuação direta sobre a matéria, sendo-lhe necessário um intermediário . Esse intermediário é o envoltório fluídico, que faz, de certo modo, parte integrante do espírito , envoltório semimaterial, isto é, pertence à matéria pela sua origem e à espiritualid ade pela sua natureza etérea ”. (...)

(Kardec, Allan – A Gênese. Cap. 11 – Item 17 – CELD.)

(...) o perispírito , matéria etérea que escapa aos nossos sentidos. Ele envolve a alma, acompanha-a depois da morte nas suas peregrinações infinitas, depurando-se, progredindo com ela , constituindo para ela um corpo diáfano, vaporoso. (...)

(Denis, Léon – O Porquê da Vida. Cap. III – Espírito e Matéria – FEB.)

O Períspirito é o intermediário entre o espírito e o corpo; é o órgão de transmissão de todas as sensações. Para as que vêm do exterior, pode-se dizer que o corpo recebe a impressão; o períspirito a transmite, e o espírito, ser sensível e inteligente, recebe-a ; quando o ato parte da iniciativa do espírito, pode-se dizer que o espírito quer, o perispírito transmite, e o corpo executa .

(Kardec, Allan – Obras Póstumas. Manifestações dos espíritos – Item 10 – CELD.)

• Cremos na imortalidade da alma?

• O que somos?

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1.3.3. Corpo Físico.

(...) o corpo físico é algo de transitório na vida do esp írito , e ele, espírito, diariamente cria dentro de si condições de percepção, mostrando-se tal como é: energia divina, pensante, criativa, elevada, itinerante do progresso; uma ene rgia que pensa e crê .” (...)

(Antônio de Aquino – Altivo C. Phamphiro – Inspirações do Amor Único de Deus – V. 1 – Lição 3.)

(...) “Todo corpo físico merece respeito e cuidados, carin ho e zelo contínuos , por ser a sede do Espírito, o santuário da vida em desenvolvimento”. (...)

(Franco, Divaldo P. – Joanna de Ângelis – Dias Gloriosos. Cap. 14 – Ed. Leal.)

(...) a necessidade de cuidar do corpo , que, segundo as alternativas de saúde e de doença, influi de uma forma muito importante sobre a alma ; pois é preciso considerá-la como prisioneira na carne. Para que essa prisioneira viva, se movimente , e, até mesmo, conceba as ilusões da liberdade , o corpo deve estar são, disposto e vigoroso . (...)

(...) Amai, portanto, vossa alma , mas cuidai também do corpo , instrumento da alma . (Georges, espírito protetor. Paris, 1863.)

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XVII – Item 11 – CELD.)

(...) o corpo é simultaneamente o envoltório e o instrumento do espírito (...) (...) O corpo, sendo exclusivamente material, sofre as vicissitudes da matéria. Depois de

funcionar por algum tempo, ele se desorganiza e se decompõe . O princípio vital, não encontrando mais o elemento para a sua atividade, s e extingue, e o corpo morre . O espírito, para quem o corpo privado de vida dali em diante torna-se inútil, deixa-o, como se deixa uma casa em ruínas, ou uma roupa imprestável.

O corpo, portanto, não passa de um envoltório desti nado a receber o espírito, (...).

(Kardec, Allan – A Gênese. Cap. XI – Itens 10, 13 e 14 – CELD.)

1.4. PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS:

1.4.1. Reencarnação

Como a alma, que não atingiu a perfeição durante a vida corporal, pode terminar de depurar-se? “Experimentando a prova de uma nova existência.” a) Como a alma realiza essa nova existência? Será por sua transformação como espírito? “A alma, depurando-se, experimenta, certamente, uma transformação, mas, para isso, é-lhe necessária a prova da vida corporal.”

CONSTITUIÇÃO DO ESPÍRITO DESENCARNADO

CONSTITUIÇÃO DO ESPÍRITO ENCARNADO

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b) Então, a alma tem várias existências corporais? “Sim, todos temos várias existências. Os que dizem o contrário querem vos manter na ignorância em que eles próprios se encontram; este é o desejo deles.”

Qual é o objetivo da reencarnação?

“Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade; sem isto, onde estaria a justiça?”

(Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos. questões 166, 166a, 166b e 167 – CELD.)

A vida atual é, então, a consequência direta, inevitável de nossas vidas passadas, como nossa vida futura será a resultante de nossas ações presentes. Vindo animar um corpo novo, a alma traz com ela, a cada renascimento, a bagagem d e suas qualidades e de seus defeitos , todos os bens e os males acumulados pela obra do pa ssado. Assim, na sequência das nossas vidas, construímos com nossas próprias mãos nosso ser mora l, edificamos nosso futuro, preparamos o meio onde devemos renascer, o lugar que devemos ocupar.

(Denis, Léon – Depois da Morte. Cap. XII – Objetivo da Vida – CELD.)

“Assim, todos nós que estamos aqui, estudando sobre as leis que regem a vida imortal, recordemos: somos de Deus, viemos de Deus e para Deus nos encam inhamos! ”

(Antônio de Aquino – Altivo C. Phamphiro – Inspirações do Amor Único de Deus – V. 1 – Lição 3 – CELD.)

Quais são as Leis que regem o Universo?

1.5. LEIS DO UNIVERSO:

1.5.1. Lei Natural ou Divina

“Todas as leis da Natureza são leis divinas , visto que Deus é o autor de todas as coisas. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem e studa as da alma e as pratica .”

(Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos. Cap. I, questão 617 – Deus – CELD.)

“A lei natural é a lei de Deus; é a única verdadeira para a felicidade do homem ; indica-lhe o que deve fazer ou não fazer e ele só é infeliz, porque dela se afasta.”

(Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos. Cap. I, questão 614 – Deus – CELD.)

LEIS MORAIS Adoração Sociedade Trabalho Progresso Reprodução Igualdade Conservação Liberdade Destruição Justiça, amor e caridade.

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(...) “A lei natural traça para o homem o limite de suas n ecessidades ; quando ele o ultrapassa, é punido pelo sofrimento. Se o homem escutasse, em todas as coisas, essa voz que lhe diz — basta, evitaria a maior parte dos males pelos quais acusa a Natureza.”

(Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos. Cap. I, questão 633 – Deus – CELD.)

Onde está escrita a lei de Deus?

“Na consciência.”

(Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos. Cap. I, questão 621 – CELD.)

1.5.2. Lei de amor.

“Deus é Amor e quem está em amor está em Deus” – afirmou João. (I Jo: 4:16.)

(...) “Herdeiros d’Ele que somos, raios de sua inteligência infinita e sendo Ele mesmo o Amor eterno de toda Criação em tudo e em toda parte, é da legislação por Ele estatuída que cada Espírito reflita livremente aquilo que mais ame, transformando-se , aqui e ali, na luz ou na treva, na alegria ou na dor a que empenhe o coração .” (...)

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Pensamento e Vida – Cap. 30 – FEB.)

O “acaso” deve entrar nas cogitações da vida de um espiritista cristão? - O acaso, propriamente considerado, não pode entrar nas cogitações do sincero discípulo da verdade evangélica. No capítulo do trabalho e do sofrimento, a sua alma esclarecida conhece a necessidade da própria redenção , com vistas ao passado delituoso e, no que se refere aos desvios e erros do presente , melhor que ninguém a sua consciência deve saber da intervenção indébit a levada a efeito sobre a lei de amor, estabelecida por Deus, cumprindo-lhe aguardar, conscientemente , sem qualquer noção de acaso, os resgates e reparações dolorosas do futuro .

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – O Consolador – Questão 186 – FEB.)

(...) É razoável que todos os homens procurem compreender a substânc ia dos atos que praticam nas atividades diárias . Ainda que estejam obedecendo a certos regulamentos do mundo, que os compelem a determinadas atitudes, é imprescindível examinar a qualidade de sua contribuição pessoal no mecanismo das circunstâ ncias, porquanto é da lei de Deus que toda semeadura se desenvolva . O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação . (...)

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Caminho Verdade e Vida. Cap. 35 – FEB.)

É fácil compreendermos que a doença é o reflexo do que trazemos na alma?

Dissemos que, para esclarecer o seu futuro, o homem devia antes de tudo aprender a conhecer-se . Para se caminhar com segurança, é necessário saber aonde se vai . É conformando seus atos com as leis superiores que o homem trabalhará eficazmente pelo seu próprio melhoramento e pelo da sociedade . O que precisamos é discernir essas leis, determinar os deveres que lhes são inerentes, prever as consequências das nossas ações. (...)

Anexo: (Denis, Léon – O Porquê da Vida. Cap. V – As Vidas Sucessivas – CELD.)

Qual a causa das doenças?

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1.6. CAUSAS DAS DOENÇAS:

1.6.1. Livre-arbítrio.

(...) Dando ao espírito a liberdade da escolha, deixa-lhe toda a responsabilidade de seus atos e de suas consequências ; nada entrava o seu futuro; o caminho do bem se lhe abre, assim como o do mal. Se ele sucumbe, porém, resta-lhe uma consolação: é que nem tudo acabou para ele e que Deus, em sua bondade, de ixa-o livre para recomeçar o que foi malfeito . (...)

(Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos. Cap. VI, questão 258a – CELD.)

(...) “Pelo uso de seu livre-arbítrio, a alma fixa seus de stinos, prepara suas alegrias ou suas dores . Mas, nunca, no decorrer de sua marcha , na prova amarga como no meio da ardente luta da paixão, nunca os socorros do Alto lhe foram recusados . Por mais que se abandone a si mesma, por mais indigna que pareça, desde que desperte sua vontade de caminhar pelo caminho reto, a via sacra, a Providência a ajuda e sustenta .” (...)

(Denis, Léon – Depois da Morte. Cap. XL – 4o § – CELD.)

1.6.2. Causa e efeito.

Os sofrimentos deste mundo independem, algumas vezes , de nós; muitos, porém, são consequências da nossa vontade . Que se remonte à fonte e ver-se-á que o maior número deles é o efeito de causas que teríamos podido evit ar. Quantos males, quantas enfermidades, o homem não deve aos seus excessos, à sua ambição, numa palavra: às suas paixões ? O homem que sempre tivesse vivido sobriamente, que de nada tivesse abusado, que sempre tivesse sido simples nos seus gostos, modesto nos seus desejos, evitaria muitas tribulações. (...)

(Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos. Cap. VI – Da Vida Espírita – Ensaio Teórico sobre as sensações nos Espíritos – CELD.)

(...) — Há dolorosas reencarnações que significam tremenda luta expiatória para as almas necrosadas no vício. Temos, por exemplo, o mongolismo, a hidrocefalia, a parali sia, a cegueira, a epilepsia secundária, o idiotismo, o al eijão de nascença e muitos outros recursos , angustiosos embora, mas necessários , e que podem funcionar, em benefício da mente desequilibrada , desde o berço, em plena fase infantil. Na maioria das vezes, semelhantes processos de cura prodigalizam bons resultados pelas provações obrigatórias que oferecem...

(Xavier, Francisco C. – André Luiz – Livro Nos Domínios da Mediunidade. Cap. 15 – FEB.)

“(...) A dor , sob suas formas múltiplas, é o remédio supremo para as imperfeições, para as enfermidades da alma. Sem ela, não há cura possível . Assim como as doenças orgânicas são, com frequência, o resultado dos nossos excessos, as provações morais que nos atingem são a resultante das nossas faltas passadas. Cedo ou tarde, essas faltas recaem sobre nós, com suas consequências lógicas. É a lei de justiça, do equilíbrio moral. Saibamos aceitar-lhes os efeitos , como aceitamos os remédios amargos , as operações dolorosas que devem restabelecer a saúde, a agilidade ao nosso corpo . (...)”

(Denis, Léon – Depois da Morte. Cap. L – Resignação na Adversidade – CELD.)

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“Se analisarmos bem, veremos que a Lei de Causa e Efeito , tão propalada no meio espírita e que nada mais é do que o “a cada um segundo as suas obras” , dito por Jesus, é consequência de várias Leis Naturais , como a Lei do Progresso, a Lei de Justiça, a Lei do Amor, a Lei de Igualdade...

Victor

(Mensagem psicográfica, recebida pelo médium Mário Coelho, em 6/11/2010, no CELD-RJ.)

Como surgem as doenças?

(...) A cólera e o desespero, a crueldade e a intemperanç a, criam zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico , impondo às células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa , abrindo-se leira fértil à cultura de micróbios patogênicos nos órgãos menos habilitados à resistência . É assim que, muitas vezes, a tuberculose e o câncer, a lepra e a ulceração aparecem como fenômenos secundários, residindo à causa primária no desequilíbrio dos reflexos da vida interior. Todos os sintomas mentais depressi-vos influenciam as células em estado de mitose , estabelecendo fatores de desagregação. Por outro lado, importa reconhecer que o relaxamento da nutrição constrange o corpo a pesados tributos de sofrimento. (...)

(...) Mas não é somente aí, no domínio das causas visíveis , que se originam os processos patológicos multiformes. Nossas emoções doentias mais profundas, quaisquer que sejam, geram estados enfermiços . Os reflexos dos sentimentos menos dignos que alimen-tamos voltam-se sobre nós mesmos , depois de convertidos em ondas mentais , tumultuando o serviço das células nervosas que, instaladas na pele, nas vísceras, na medula e no tronco cerebral, desempenham as mais avançadas funções técnicas; acentue-se, ainda, que esses reflexos menos felizes , em se derramando sobre o córtex encefálico, produzem alucinações que podem variar da fobia oculta à loucura manifesta , pelas quais os reflexos daqueles companheiros encarnados ou desencarnados, que se no s conjugam ao modo de proceder e de ser, nos atingem com sugestões destruidoras, d iretas ou indiretas , conduzindo-nos a deploráveis fenômenos de alienação mental, na obsessão comum, ainda mesmo quando no jogo das aparências possamos aparecer como pessoas espiritualmente sadias .

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Pensamento e Vida. Cap. 15 – FEB.)

As chagas da alma se manifestam através do envoltório humano. O corpo doente reflete o panorama interior do espírito enfermo . A patogenia é um conjunto de inferioridades do aparelho psíquico.

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – O Consolador. Questão 96 – FEB.)

Somos, ou estamos, doentes?

Por que adoecemos?

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TEMA 2 – A cura

“A cura é a supressão de um mal, totalmente .”

“ Estabilidade orgânica é o equilíbrio que se dá a alguém, para que por sua vez, essas pessoas possam caminhar equilibradamente, amparados pela força misericordiosa que o atendeu.”

(Bittencourt, Ignácio – Psicofonia Pamphiro, Altivo C. Em 19/10/2002, no CELD-RJ.)

Será que, se não estivermos doentes fisicamente, estaremos saudáveis?

“A cura real é uma operação profunda de transformação interior que ocorre somente quando os fatores propiciadores da injunção danosa se modificam para melhor dando lugar ao equilíbrio das suas variadas funções no campo da energia .”

(Franco, Divaldo P. – Joanna de Ângelis – Dias Gloriosos. Cap.7 – Ed. Leal.)

Não trate apenas dos sintomas, tentando eliminá-los sem que a causa da enfermidade seja também extinta. A cura real somente acontece do interior para o ext erior , do cerne para a forma transitória.

(De Lucca, José Carlos – O Médico Jesus – Cura Real. Lição 11 – Ed. Intelítera.)

O que é saúde?

2. CONCEITO DE SAÙDE (cura)

� Segundo a Organização Mundial de Saúde:

Na visão humana: “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. (OMS)

� Sob a ótica espiritual:

“Para o homem da Terra, a saúde pode significar o equilíbrio perfeito dos órgãos materiais ; para o plano espiritual, todavia, a saúde é a perfeita harmonia da alma , para obtenção da qual, muitas vezes, há necessidade da contribuição precio sa das moléstias e deficiências transitórias da Terra.”

(Xavier, Francisco C. – O Consolador, pelo espírito Emmanuel. Perg. 95. – FEB.)

2.1 O QUE É A MEDICINA ESPIRITUAL?

“Medicina espiritual é a atividade exercida pelos espíritos que, utilizando recursos fluídicos , magnéticos e espirituais , objetiva a cura dos indivíduos, do ponto de vista físico e principalmente espiritual . Também, pode-se considerar como medicina espiritual a ação curadora por cirurgias espirituais ou por medicamentos prescritos pelos espíritos através do receituário mediúnico. O plano espiritual, configurado nos espíritos, age pelo magnetismo e pelos fluidos, que são movimentados pela nossa vontade para a cura dos corpos”.

(Balthazar – Psicofonia Pamphiro, Altivo C. – Ano 2001 – CELD.)

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De que maneira a Medicina Espiritual auxilia no tratamento da s doenças?

A Medicina Espiritual , por ser a medicina dos espíritos, que visa auxiliar os espíritos em suas experiências reencarnatórias, tem como algumas de suas finalidades estimular o espírito imortal em sua crença em Deus e ao seu aut oconhecimento, ajudando-o a se preparar para as vicissitudes da vida cotidiana, be m como, para a vida futura (...)

(Hermann – Psicofonia Dallarosa, Luiz C. – 25/9/2016 – 27o EEME – CELD.)

A Medicina Espiritual substitui o tratamento médico?

De forma nenhuma!!! A MEDICINA ESPIRITUAL vem para auxiliar a medicina convencional e oferecer ao paciente a maior das curas : A CURA DA ALMA , cura que com sua mudança de conduta lhe trará paz interior, alívio, tranquilidade e muita luz em seu dia a dia.

(Definição popular) https://www.facebo.com/casinhadasopa/posts/815846005217715

2.2 RECURSOS UTILIZADOS PELA MEDICINA ESPIRITUAL: (espíritos X médiuns)

2.2.1 - Fluido:

“(...) A ação dos fluidos sobre o corpo humano é imensa; suas propriedades são múltiplas, variadas . Numerosos fatos têm provado que, com sua ajuda, pode-se aliviar os sofrimentos mais cruéis. Os grandes missionários não curavam pela imposição das mãos? Aí está todo o se-gredo dos seus pretensos milagres. Os fluidos , obedecendo a uma vontade poderosa, a um desejo ardente de fazer o bem, penetram em todos os organismos débeis e restituem, gradualmente, o vigor nos fracos, a saúde nos enfermos. (...)”

(Denis, Léon – Depois da Morte. Cap. XVII – CELD.)

2.2.2 Magnetismo:

Designação comum às propriedades características dos campos de influência magnética das pessoas, dos animais e das coisas. Considera-se magnetismo a influência exercida por um indivíduo ou por vários indivíduos na vontade ou na organização de outrem . Propriedade de influenciar psíquica e organicamente. (...)

(Palhano Júnior, L. – Dicionário de Filosofia Espírita – CELD.)

“O magnetismo é o regulador , grande modificador, o princípio equilibrante por excelência. Com ele, a vida que se extingue em um corpo enfraquecido por uma longa série de sofrimentos, renasce, como se uma nova vida se transfundisse nele.”

(Durville, H. – Teorias e Procedimentos do Magnetismo, Introdução, pág. 26 – CELD.)

“(...) o poder magnético reside , sem dúvida, no homem , mas é aumentado pela ação dos Espíritos , que ele chama em seu auxílio. Se magnetizas, tendo em vista curar, por exemplo, e invocas um bom Espírito, que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta tua força e tua vontade; dirige teu fluido e lhe dá as qualidades necessária s.”

(Kardec, Allan – O Livro dos Médiuns, Cap. XIV – Item 176 – CELD.)

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2.2.3 Passes:

“ Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação da s forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas , com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.”

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – O Consolador. Perg. 98 – FEB.)

Os passes, como transfusões de forças psíquicas , em que preciosas energias espirituais fluem dos mensageiros do Cristo para os doadores e beneficiários, representam a continuidade do esforço do Mestre para atenuar os sofrimentos do mundo.

(Livro Caminho, Verdade e Vida – Lição 153 – Passes...)

2.2.4 Água fluidificada:

“A água pode ser fluidificada de modo geral, em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em caráter particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo.”

(Emmanuel – Xavier Francisco C. – O Consolador – Perg. 103 – FEB.)

2.2.5 Orientação espiritual:

“(...) através do receituário mediúnico, o plano espiritual, configurado nos espíritos, age pelo magnetismo e pelos fluidos , que são movimentados pela nossa vontade para a cura dos corpos.”

(Pamphiro, Altivo C. – Balthazar – Ano 2001 – CELD.)

2.2.6 Cirurgias espirituais:

“(...) Os fenômenos mediúnicos e espíritas ocorrem amiúde, quer desejem as criaturas ou não , sendo de todos os tempos e sucedendo em toda parte, faltando somente interesse e seriedade para o seu estudo. Todos os procedimentos espirituais que têm por meta a recuperação orgânica são realizados no perispírito , o campo onde se encontram registradas as necessidades de evolução para o Espírito. (...) Desse modo, as cirurgias espirituais ou mediúnicas não têm necessidade de ser realizadas no corpo somático , muitas vezes através de comportamentos agressivos e chocantes, violentando os dispositivos da técnica, da higiene, da precaução às infecções (...)”

(Franco, Divaldo P. – Joanna de Angelis – Nascente de Bênçãos – Cirurgias espirituais – Ed. Leal.)

Terapia espiritual.

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2.3 - TERAPÊUTICA FACILITADORA NO RESTABELECIMENTO DA SAÚDE:

2.3.1 Pensamento:

(...) Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação d e si mesmo , qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração. É por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram pensamentos . (...)

(...) Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mun do íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade o u extinção. (...)

(Emmanuel – Xavier Francisco C. – Pão Nosso – Lição 15 – FEB.)

(...) A ação do pensamento reto, pelo contrário, produz fortalecimento do campo psicofísico, expulsando as doenças e gerando sucessivas ondas de bem-estar, que são responsáveis pela saúde.

(Franco, Divaldo – Plenitude. Cap. VIII – Caminhos para a Saúde – Espírito Joanna de Ângelis – FEB.)

2.3.2 Sentimento:

(...) Aperfeiçoar os sentimentos é educá-los . É vencer os instintos, em proveito dos sentimentos. E a educação dos sentimentos tem como objetivo cheg ar ao caminho das virtudes . (...)

(Camargo, Jason – Educação dos Sentimentos – Porto Alegre – Letras de Luz, 2001.)

(...) “Todos os sentimentos que nos ponham em desarmonia c om o ambiente , onde fomos chamados a viver, geram emoções que desorganizam, não só as colônias celulares do corpo físico, mas também o tecido sutil da alma , agravando a anarquia do psiquismo.

Qualquer criatura, conscientemente ou não, mobiliza as faculdades magnéticas que lhe são peculiares nas atividades do meio em que vive. Atrai e repele . Do modo pelo qual se utiliza de semelhantes forças depende, em grande parte, a conservação dos fatores naturais de saúde ”. (...)

(Xavier, Francisco C. – Joaquim Murtinho – Falando à Terra – FEB.)

“Todas as criaturas humanas adoecem , todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real. Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa , através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente . O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males proce dem do coração . (...)”

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Fonte Viva – Lição 86 – FEB.)

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2.3.3 A Vontade:

(...) A vontade é a faculdade soberana da alma , a força espiritual por excelência. (...)

(Denis, Léon – Depois da Morte. Cap. XXXII – A Vontade e os Fluidos – CELD.)

(...) A vontade é o maior de todos os poderes . Em sua ação, ela é comparável a um ímã. A vontade de viver, de desenvolver em si a vida, atrai para nós novos recursos vitais. Aí reside o segredo da lei de evolução. (...)

(...) É pela vontade que dirigimos nossos pensamentos par a um objetivo preciso . Na maioria dos homens, os pensamentos flutuam incessantemente . (...) Aprendamos, pois, a servir-nos de nossa vontade e, através dela, a unir nossos pensamentos a tudo o que é grandioso, à harmonia universal, cujas vibrações enchem o Espaço e embalam os mundos.

(Denis, Léon – O problema do Ser e do Destino. Cap. 20 – CELD.)

“Elevai o vosso padrão mental e educai os vossos sen timentos , atraindo para vós as forças positivas da Criação como quem sabe escolher para si o ar que respira.

Não olvides que, basicamente, toda cura depende da movimentação da vontade do próprio enfermo , sem cujo concurso determinante ela não ocorrerá .”

(Bezerra de Menezes – Carlos A. Bacelli – A Coragem da Fé – Lição 38 – Ed. Didier.)

2.3.4 O Autoconhecimento:

(...) Aprofunda-te no autoconhecimento, redescobrindo-te.

És conforme te elaboraste na sucessão do tempo. As tuas matrizes encontram-se no passado espiritual que não mais alcançarás. Entretanto, através de novos comportamentos alterarás o ritmo e as ocorrências da vida. (...)

(Franco, Divaldo – Joanna de Ângelis – Momentos de saúde. Cap. 8 – Ed. Leal.)

“(...) Que aquele que tem a vontade séria de melhorar-se, explore, portanto, a sua consciência, a fim de arrancar dela os maus pendore s, como arranca as ervas daninhas do seu jardim; que faça o balanço do seu dia moral, como o comerciante faz o de suas perdas e de seus lucros, e vos asseguro que um lhe renderá mais do que o outro. Se puder dizer que o seu dia foi bom, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar de uma outra vida . (...)”

(Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos. Capítulo XII – Perfeição Moral, questão 919 – CELD.)

2.3.5 – A Casa Espírita:

A casa espírita é o porto da esperança para os sofredores e aflitos do mundo, não apenas porque veicula os ensinamentos do mestre Jesus, sob o prisma da verdade absolutamente sem véus, mas, sobretudo, porque convida e estimula os homens à renovação moral, único caminho para a cura dos males que os afetam. (...)

(Yvonne A. Pereira – Organizado por Brunilde M. E. S. – Aos Médiuns, com carinho.

Lição 25 – Ed. Lar de Tereza.)

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(...) “O centro espírita, como unidade social do Espiritismo, precisa ser promovido a esse patamar de “escola de afeto cristão”, a fim de não estancar na superficialidade da proposta do Espírito Verdade para a humanidade do terceiro milênio, onde a afetividade será o centro das esperanças de um tempo melhor e a bússola segura para encontrarmos a felicidade em relacionamentos gratificantes e libertadores. (...)

(Wanderley S. Oliveira – Ermance Dufaux – Laços de afeto – Prefácio – Ed. Dufaux.)

“(...) a Casa Espírita avança para a condição de Educandário , fornecendo os contributos para o estudo e a análise das criaturas, libertando-as das crendices e superstições , ao tempo em que lhes oferece os recursos para a ação com liberdade sem m edos , com responsabilidade sem retentivas, perfeitamente lúcidas a respeito do destino que lhes está reservado, ele próprio resultado da suas opções e atitudes. (...)”

(Franco, Divaldo – Manoel Philomeno de Miranda – Trilhas da Libertação – FEB.)

2.3.6 – O Estudo da Doutrina Espírita:

(...) Na Doutrina Espírita há dois conceitos elucidativos : o da sobrevivência da alma e o da comunicação dos espíritos .

Qual a religião que traz esta mensagem segura e eivada de exemplos? Qual é a que traz a certeza da sobrevivência , a certeza de que a comunicação é possível?

Não queremos dizer que o espiritismo seja a única religião verdadeira , mas é a única a afirmar e comprovar, por exemplos e circunstância s, que aqueles que os são caros jamais desaparecem . (...)

Qual a religião ou filosofia que nos traz esse conforto? Qual é a que nos faz entender a sobrevivência e a firmeza do mundo espiritual? (...)

(...) É doutrina consoladora, de apoio, de paz , que mostra que ganhamos o mundo espiritual de acordo com nossa atividade no bem, nas sucessivas encarnações. (...)

(Pamphiro, Altivo C. – Dallarosa Luiz C. – Léon Denis – Em torno de Léon Denis – CELD.)

(...) O Espiritismo revela-nos a lei moral, traça nossa l inha de conduta e tende a

aproximar os homens através da fraternidade, da solidariedade e da comunhão de vistas. Indica a todos um objetivo mais digno e mais elevad o. Traz, com ele, um sentimento novo da prece, uma necessidade de amar , de trabalhar pelos outros , de enriquecer nossa inteligência e nosso coração . (...)

(Denis, Léon – Depois da Morte – Conclusão 5o § – CELD.)

(...) Efetivamente, não alcançaremos a libertação verdadeira sem abolir o cativeiro da ignorância no reino do espírito . E forçoso será observar que o conhecimento é um tipo de aquisição que exige de nós caridade para conosco , porque se é possível sanar as deficiências do corpo pelas doações da beneficência, como sejam o alimento ao faminto e o remédio ao doente, a luz do espírito não se transmite nem por imposição, nem por osmose. Quem aspira entesourar os valores da própria emancipação intima à frente do Universo e da Vida, deve e precisa estudar .

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Estude e viva – Na escola da alma – FEB.)

O que é imprescindível no tratamento?

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2.4 FATORES IMPORTANTES:

a) A Prece:

(...) Nas horas de abatimento, de aflição interior e de d esespero, quem não encontrou na prece a calma e o reconforto , ou, pelo menos, um lenitivo para seus males? (...) A alma expõe suas angústias, suas fraquezas; implora socorro, apoio, indulgência. E então, no santuário da consciência , uma voz secreta responde a voz daquele de onde provém toda a força para as lutas desse mundo, todo bálsamo par a nossas feridas, toda luz para nossas incertezas . (...)

(Denis, Léon – Depois da Morte. Cap. LI – A prece – CELD.)

“Pela prece o homem atrai o concurso dos bons espíri tos , que vêm sustentá-lo no concurso das boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos.” Dessa forma, ele adquire a força moral necessária para vencer as dificuldades e retornar ao caminho certo , se dele tiver se afastado, desviando, assim, os males que atrairia para si por suas próprias faltas. (...)

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XXVII – Item 11 – CELD.)

(...) Na prece que dirige cada dia ao Eterno, o sábio não pede que seu destino seja feliz; não pede que a dor, as decepções, os reveses sejam afastados de si . Não! O que deseja é conhecer a lei para melhor cumpri-la; o que implora é a ajuda do Alto, o socorro dos espíritos benevolentes , a fim de suportar dignamente os maus dias. E os bons espíritos respondem ao seu apelo”. (...)

(Denis, Léon – Depois da Morte. Cap. LI – A prece – CELD.)

b) A Fé: (Humana e Divina)

A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades às necessidades terrestres ou às suas aspirações celestes e futuras. O homem de talento, que persegue a realização de um grande empreendimento, triunfa se tem fé, porque sente em si que pode e deve alcançar seu objetivo, e esta certeza lhe dá uma força imensa. O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher sua vida com nobres e belas ações, retira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se realizam os milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há más tendências que não possam ser vencidas.

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XIX – Item 12 – CELD.)

"Debaixo de muitas dores existem sofrimentos inimagináveis; debaixo de muita alegria também existem esses sofrimentos. Somente a fé em Deus poderá sustentar e equilibrar as grandes camadas dos felizes e infelizes da Terra ; somente a crença em Deus poderá equilibrar esse grave momento pelo qual toda a humanidade passa."

(Espírito Irmão – Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, em 16/11/1991, no CELD-RJ.)

c) A Religiosidade:

(...) A finalidade da religião é conduzir o homem a Deus; mas o homem só chega a Deus quando se torna perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem melhor não atinge o seu objetivo. (...)

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. VIII – Item 10 – CELD.)

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“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que queremos que os outros nos façam.” Nessas palavras se acham contidas toda a religião e toda a moral; se elas fossem seguidas aqui na Terra, todos vós seríeis perfeitos: sem ódios e sem desentendimentos.

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XIII – Item 9 – CELD.)

“(...) A religião de Jesus não é exclusivista: une todas as almas crentes num vínculo comum; prende todos os seres que pensam, sentem, amam e sofrem, num mesmo amplexo e numa só comunhão de amor. É a forma simples e sublime que vai direta ao coração, comove e engrandece o homem, franqueia-lhe as infinitas sendas do ideal. (...)”

(Denis, Léon – Cristianismo e Espiritismo. Conclusão 3o § – CELD.)

d) A prática do perdão:

(...) "Quando Jesus recomendou o perdão das ofensas, ele quis nos ensinar que, ao perdoar, a criatura se deixa preparar por Deus para enfrentar os fluidos negativos que tentam envolvê-la. Sabe-se que a luz dissolve as trevas .

Assim, quem ama, perdoa, e tem pensamentos positivos, elev ados, cria a própria atmosfera de tranquilidade e, ao mesmo tempo, de força capaz de dissolver energias negativas que lhe estejam ao redor.” (...)

(Pamphiro, Altivo C. – Baltazar – Pela Graça Infinita de Deus – Vol. 1 – Ação fluídica do perdão – CELD.)

“Que aquele que está sem pecado atire a primeira pedra, disse Jesus, e com essas palavras ele faz do perdão um dever para todos nós, pois não há quem não tenha necessidade dele para si mesmo. Elas nos ensinam que não devemos julgar os outros mais severamente do que julgamos a nós mesmos, nem condenar nos outros o que desculpamos em nós. Antes de reprovarmos uma falta de alguém vejamos se a mesma reprovação não pode ser feita a nós. (...)”

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. X – Item 13 – CELD.)

e) O Mérito:

Pela elevada cultura moral, pela conquista da energia, da dignidade, da bondade, esforcemo-nos por atingir o nível dos grandes espíritos que trabalham pela causa das humanidades e, mais tarde, desfrutaremos, com eles, das alegrias reservadas ao verdadeiro mérito.

(Denis, Léon – O Problema do Ser – 1a Parte. Cap. 10 – CELD.)

(...) todo progresso deve resultar de esforço tentado par a o realizar , não haveria nenhum mérito se o homem não tivesse a liberdade de tomar este ou aquele caminho. Com efeito, o verdadeiro mérito não pode resultar senão de um trabalho operado pelo Espírito para vencer uma resistência mais ou menos considerável.

(Revista Espírita outubro 1863 – Ano sexto – FEB.)

A História nos mostra como foram necessários séculos para permitir que a Humanidade atingisse o grau de civilização relativa a que chegou. Apesar disso, não se pode negar que o erro aí obscureça ainda muitas inteligências; que o vício oprima a virtude; que a força prepondere sobre o direito; que o egoísmo sufoque o amor. Tomar parte nessa luta, viver nessa

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sociedade perturbada, sendo frequentemente a vítima e o mártir: é nisso que consistem o mérito e o progresso para os espíritos encarnados na Terra.

(Denis, Léon – O Grande Enigma – 4ª Parte. Perg. 52 – CELD.)

� PARA REFLETIR:

Eu sou o grande médico das almas , e venho trazer o remédio que deve curar-vos ; os fracos, os sofredores e os enfermos são meus filhos prediletos e venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, vós que sofreis e que estais sobrecarregados e sereis consolados e aliviados ; (...) (O Espírito de Verdade. Bordeaux, 1861.)

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. VI – Item 7 – CELD.)

Como vamos nos curar?

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TEMA 3 – A PREVENÇÃO

O que é prevenção?

3 DEFINIÇÃO DE PREVENÇÃO:

� Na visão humana:

1- Ato ou efeito de prevenir (-se). (prevenir = chegar antes de, adiantar-se ou antecipar-se a, realizar antecipadamente)

2- Disposição ou preparo antecipado e preventivo.

(Novo Dicionário da Língua Portuguesa – Aurélio Buarque de Holanda Ferreira – 2a edição.)

� Sob a ótica espiritual:

“Temos uma imensidade de virtudes latentes no coração , esperando que as estimulemos para o serviço grandioso da fraternidade. (...)

(...) Somos todos gigantes em potencial e Cristo é o marco do começo da nossa caminhada em busca da luz de Deus; Ele nos ajudou a acordar para a razão e irá nos aco mpanhar até a nossa libertação espiritual, pelo conhecimento da v erdade . Tudo que fizerdes, fazei-o liberando o vosso potencial de amor. Que o amor vos propiciará condições de viver gerando saúde e de estar cheios de esperança na conquista da felicidade.

Tudo o que procurais no exterior está dentro de vós . Deveis ser um soldado de Cristo, trabalhando contra os vossos inimigos internos e Deus estará sempre ao vosso lado, vos ajudando a vencer todas as deficiências. Sede ativo no vosso programa de reforma interior , (...)”

(Maia, João Nunes – Miramez – Saúde – Lição: Virtudes Estimuladas – Ed. Espírita Cristã Fonte Viva.)

Quais os meios de nos prevenirmos das doenças?

3.1 EVANGELHO, ACEITAÇÃO E PRÁTICA:

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. (...)

(...) muitas vezes, no curso das existências renovadas, temos desprezado o Caminho, indiferentes ante os patrimônios da Verdade e da Vida.

O Senhor, contudo, nunca nos deixou desamparados. (...) todavia, é de nosso próprio interesse levantar o padrão da vontade, estabelecer disciplinas para uso pessoal e reeducar a nós mesmos, ao contacto do Mestre Divino. Ele é o Amigo Generoso, (...)

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Caminho, Verdade e Vida – Interpretação dos Textos Sagrados – FEB.)

“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos, e eu vos aliviarei . Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e achareis repouso para vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve .” (Mateus, XI: 28 a 30.)

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(...) Jesus, no entanto, colocou uma condição para a assistência e a felicidade que promete aos aflitos; essa condição está na lei que ele ensina ; seu jugo é a obediência a essa lei, mas esse jugo é leve e essa lei é suave, já que impõem como dever o amor e a caridade .

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. VI – Item 1 – CELD.)

3.2 CAMINHANDO COM JESUS.

O papel de Jesus, porém, não foi apenas o de um legislador mor alista , sem outra autoridade que a da sua palavra; (...) a sua autoridade provinha da natureza excepcional d o seu espírito e da sua missão divina . Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na Terra, mas no reino dos céus; ensinar-lhes o caminho que os conduz a esse reino, os meios de se reconciliarem com Deus e de preveni-los quanto à marcha das coisas que devem acontecer para a realização dos destinos humanos. (...)

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. I – Item 4 – CELD.)

Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na hu mildade , isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho . Em todos os seus ensinamentos, ele coloca essas virtudes como sendo o caminho da eterna felic idade . Bem-aventurados, disse ele, os pobres de espírito, ou seja, os humildes, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados os que têm o coração puro; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos o utros o que desejais que os outros vos façam ; amai vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem sem ostentação; julgai primeiro a vós, antes de julgardes os outros .

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XV – Item 3 – CELD.)

(...) A semente santificante virá sempre, entre as mais variadas circunstâncias (...)

(...) Se o terreno de teu coração vive ocupado por ervas daninhas e se já recebeste o princípio celeste, cultiva-o, com devotamento, abrigando-o nas leiras de tua alma. (...)

(...) A Palavra do Senhor é imperecível. Aceita-a e cumpre-a , porque, se te furtas ao imperativo da vida eterna, cedo ou tarde o anjo da angústia te visitará o espírito, indicando-te novos rumos.

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Pão Nosso – Lição 25 – FEB.)

Aquele que não cultiva o campo (...); vê esse campo cobrir-se de ervas parasitas. (...) deixou os grãos (...) morrerem por falta de cuidados (...)

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XVII – Item 15 – CELD.)

(...) Não nos esqueçamos de que Jesus é a única porta de verdadeira libertação . Através de muitas estações no campo da Humanidade, é provável recebamos proveitosas experiências, amealhando-as à custa de desenganos terríveis, mas só em Cristo, no clima sagrado de aplicação dos seus princípios, é possíve l encontrar a passagem abençoada de definitiva salvação . (...)

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Caminho, Verdade e Vida – Lição 178 – FEB.)

3.3 MEIOS DE PREVENÇÃO:

3.3.1 – Disciplina.

“(...) toda edificação da alma requer disciplina , educação, esforço e perseverança . (...)”

(Xavier, Francisco C. – André Luiz – Missionários da Luz – Cap. 3 – FEB.)

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(...) As dificuldades terrestres efetivamente são enormes e os seus obstáculos reclamam grande esforço das almas nobres em trânsito no planeta, mas é imprescindível não perder cada discípulo o cuidado consigo próprio . É indispensável vigiar o campo interno, valorizar as disciplinas e aceitá-las , bem como examinar as necessidades do coração. Esse procedimento conduz o espírito a horizontes mais vastos, efetuando imensa amplitude de compreensão, (...)

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Caminho Verdade e Vida – Lição 148 – FEB.)

(...) Ninguém atinge o bem-estar em Cristo , sem esforço no bem , sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. (...)

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Vinha de Luz – Lição 65 – FEB.)

3.3.2 – Transformação.

Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico , se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens? Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto . (...) aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança .

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Fonte Viva – Lição 86 – FEB.)

“(...) as más paixões transformam-se pouco a pouco em paixões generosas, em amor ao bem. Nada está perdido. Mas essa transformação é lenta e difícil . O sofrimento, a luta constante contra o mal, o sacrifício de si mesmo, podem sozinhos realizá-la. Através deles a alma adquire a experiência e a sabedoria. (...)”

(Denis, Léon – Depois da Morte – 5ª parte. Cap. L – CELD.)

3.3.3 – Perseverança.

Sempre que errares , recomeça com o entusiasmo inicial. A dignidade, a harmonia, o equilíbrio entre consciência e conduta têm um preço : a perseverança no dever . Se, todavia, tiveres dificuldade em agir corretamente, em razão da atitude viciosa encontrar-se arraigada em ti, recorre à oração com sinceridade, e a Consciência D ivina te erguerá à paz.

(Franco, Divaldo P. – Joanna de Ângelis – Momentos de Saúde – Lição 9 – Ed. Leal.)

(...) O dia rompe a noite suavemente e com perseverança. O Espírito cresce e se desenvolve nos combates que o libertam do primarismo e o impulsionam para as cumeadas do destino que o aguarda. Agradece, portanto, sempre, a oferenda existencial , passando as horas de que disponhas com alegria. No trabalho , sê alegre e gentil; no lar , sê cortês e jovial; nos relacionamentos sociais , sê bondoso e fraterno; no sofrimento , sê resignado e agradecido. Em toda a situação que a vida te convide para os en frentamentos da evolução, permanece com alegria . (...)

(Franco, Divaldo P. – Joanna de Ângelis – Nascente de Bênçãos “Alegria de Viver” – Ed. Leal.)

3.3.4 – Paciência:

(...) “O fardo que carregamos parece menos pesado, quando olhamos para o alto do que quando curvamos a cabeça para a terra”.

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Coragem , amigos, o Cristo é vosso modelo ; Ele sofreu mais do que qualquer um de vós, e nada fez que pudesse ser reprovado, enquanto que tendes que expiar o vosso passado e vos fortificar para o futuro. Portanto, sede pacientes, sede cristãos ; essa palavra resume tudo”. (Um espírito amigo. Havre, 1862.)

(Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. IX – Item 7 – CELD.)

(...) O que não consigas em um momento lograrás mais tard e, se continuares ajudando sem irascibilidade, o que se transformará em dádiva feliz para ti mesmo, porquanto aquilo que é direcionado ao próximo sempre retorna ao seio de quem o projetou. Ama e acalma-te, preservando a paciência e vivendo em paz .

(Franco, Divaldo P. - Joanna de Ângelis - Nascente de Bênçãos “Irascibilidade” – Ed. Leal)

(...) A paciência é um valor ético defluente do ajustamento emocional da criatura em relação às condições de vida, às circunstâncias e aos acontecimentos a sua volta. Deve ser trabalhada com qualidade , de modo que se constitua um hábito saudável proporcionador de harmonia. (...)

(Franco, Divaldo P. – Joanna de Ângelis – Rejubila-te em Deus – Lição 21 – Ed, Leal.)

3.3.5 – O Trabalho no Bem:

(...) O trabalho é também um grande consolador , um derivativo salutar contra nossas aflições, contra nossas tristezas; acalma as angústias do nosso espírito e fecunda nossa inteligência. Não há dor moral, decepções, reveses que não encontrem nele um alívio ; não há vicissitudes que resistam à sua ação prolongada. Aquele que trabalha tem sempre um refúgio seguro na provação, um verdadeiro amigo na aflição ; (...)

(Denis, Léon - Depois da Morte. Cap. LII – Trabalho, Sobriedade e Continência – CELD.)

(...) O trabalho é, ao lado da oração, o mais eficiente a ntídoto contra o mal , porquanto conquista valores incalculáveis com que o espírito corrige as imperfeições e disciplina a vontade. (...)

(Franco, Divaldo P. – Joanna de Ângelis – Leis Morais da Vida – Lição 7 – Ed. Leal.)

“No trabalho em que possas fazer o melhor para os outros, encontrarás a quitação do passado, as realizações do presente e os créditos p ara o futuro . E, é ainda por ele que conquistarás o respeito dos que te cercam, a riqueza da experiência, a láurea da cultura, o tesouro da simpatia, a solução para o tédio e o socorro a toda dificulda de”.

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Religião dos Espíritos – Trabalha Servindo. Pág. 116 – FEB.)

3.3.6 – A Prática do Evangelho no Lar:

(...) Acende o sol do Evangelho em casa , reúne-te com os teus para orar e jamais triunfarão trevas em teu lar , em tua família, em teu coração.

(Franco, Divaldo P. – Joanna de Ângelis – Leis Morais da Vida – Lição 2 – Ed. Leal.)

(...) Se o homem cultivasse a cautela , selecionando inclinações e reconhecendo o caráter positivo das leis morais , outras condições, menos dolorosas e mais elevadas, lhe presidiriam à evolução . É imprescindível, porém, que a experiência nos instrua individualmente. Cada qual em seu roteiro, em sua prova, em sua lição. Com o tempo

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aprenderemos que se pode considerar o corpo como o “prolongamento do espírito”, e aceitaremos no Evangelho do Cristo o melhor tratado de imunologia contra todas as espécies de enfermidade . Até alcançarmos, no entanto, esse período áureo da existência na Terra, continuemos estudando, trabalhando e esperando.

(Xavier, Francisco C. – Joaquim Murtinho – Falando à Terra – FEB.)

� PARA REFLETIR:

Aceita atos e atitudes e fazes o melhor que puderes .

Aceitar não quer dizer aplaudir e fazer o mesmo, mas compreender que cada um de nós tem e faz o que pode , que cada indivíduo está num determinado grau de evolução. Portanto, aceita o próximo como ele é .

Tu, porém, aceita, mas trabalha em favor do teu adiantamento espiritua l e autoconhecimento , assim serás mais feliz, livre de amargores e sentimentos que te aprisionam à vida interior.

(...) Portanto, aceita-te como és , aceita teu próximo e faze sempre o teu melhor .

(Santo Neto, Francisco do Espírito – Hammed – Um modo de entender, uma nova forma de viver – Cap. 24 – Ed. Boa Nova.)

O que fazer para não adoecer?

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ANEXOS:

SAÚDE

Se o homem compreendesse que a saúde do corpo é ref lexo da harmonia espiritual , e se pudesse abranger a complexidade dos fenômenos íntimos que o aguardam além da morte, certo se consagraria à vida simples, com o trabalho ativo e a fraternidade legitima por normas de verdadeira felicidade.

A escravização aos sintomas e aos remédios não passa, na maioria das ocasiões, de fruto dos desequilíbrios a que nos impusemos.

Quanto maior o desvio, mais dispendioso o esforço de recuperação. Assim, também, cresce o número das enfermidades à proporção que se nos multiplicam os desacertos, e, exacerbadas as doenças, tornam-se cada vez mais difíceis e complicados os processos de tratamento, levando milhões de criaturas a se algemarem a preocupações e atividades que adiam, indefinidamente, a verdadeira obra de educação de que o mundo necessita.

O homem é inquilino da carne, com obrigações natura is de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui .

Não se compreende que uma pessoa instruída amontoe lixo e lama, ou crie insetos patogênicos no próprio âmbito doméstico.

Existe, no entanto, muita gente de boa leitura e de hábitos respeitáveis que não se lhe dá atochar dos mais vários tóxicos a residência corpórea e que não acha mal no libertar a cólera e a irritação, de minuto a minuto, dando pasto a pensamentos aviltantes, cujos efeitos por muito tempo se fazem sentir na vida diária.

Sirvamo-nos deste símbolo, para estender-nos em mais simples considerações. Se sabemos imprescindível a higiene interna da casa, por que não movermos o espanador da atividade benéfica, desmanchando as teias escuras das idéias tristes? Por que não fazer ato salutar do uso da água pura, em vasta escala, beneficiando os mais íntimos escaninhos do edifício celular e atendendo igualmente ao banho diário, no escrúpulo do asseio? Se nos desvelamos em conservar o domicílio suficientemente arejado, por que não respirar, a longos haustos, o oxigênio tão puro quanto possível, de modo a facilitar a vida dos pulmões?

Quem construa uma habitação, cogita, não somente bases sólidas, que a suportem, senão da orientação, de tal jeito que a luz do sol a envolva e a penetre profundamente; jamais voltaria esse alguém a situar o ambiente doméstico numa caverna de troglodita.

Analogamente, deve o homem assentar fundamentos morais seguros, que lhe garantam a verdadeira felicidade, colocando-se, no quadro social onde vive, de frente voltada para os ideais luminosos e santificantes, de modo que a divina inspiração lhe inunde as profundezas da alma.

Frequentemente a moradia das pessoas cuidadosas e educadas se exorna, em seu derredor, de plantas e de flores que encantam o transeunte, convidando-o à contemplação repousante e aos bons pensamentos.

Por que não multiplicar em torno de nós os gestos de gentileza e de solidariedade, que simbolizam as flores do coração?

Ninguém é tentado a descansar ou a edificar-se em recintos empedrados ou espinhosos. Assim também, a palavra agradável que proferimos ou recebemos, as manifestações de

simpatia, as atitudes fraternais e a compreensão sempre disposta a auxiliar, constituem recursos medicamentosos dos mais eficientes, porque a saúde, na essência, é harmonia de vibrações.

Quando nossa alma se encontra realmente tranquila, o veículo que lhe obedece está em paz.

A mente aflita despede raios de energia desordenada que se precipitam sobre os órgãos à guisa de dardos ferinos, de consequências deploráveis para as funções orgânicas.

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O homem comumente apenas registra efeitos, sem consignar as causas profundas. E que dizer das paixões insopitadas, das enormes crises de ódio e de ciúme, dos

martírios ocultos do remorso, que rasgam feridas e semeiam padecimentos inomináveis na delicada constituição da alma?

Que dizer relativamente à hórrida multidão dos pensamentos agressivos duma razão desorientada, os quais tanto malefício trazem, não só ao indivíduo, mas, igualmente, aos que se achem com ele sintonizados?

O nosso lar de curas na vida espiritual vive repleto de enfermos desencarnados. Desencarnados embora, revelam psicoses de trato difícil. A gravitação é lei universal, e o pensamento ainda é matéria em fase diferente daquelas

que nos são habituais. Quando o centro de interesses da alma permanece na Terra, embalde se lhe indicará o caminha das alturas.

Caracteriza-se a mente também, por peso específico, e é na própria massa do Planeta que o homem enrodilhado em pensamentos inferiores se demorará, depois da morte, no serviço de purificação.

Os instrutores religiosos, mais do que doutrinadores, são médicos do espírito que raramente ouvimos com a devida atenção, enquanto na carne.

Os ensinamentos da fé constituem receituário perman ente para a cura positiva das antigas enfermidades que acompanham a alma, século trás séculos .

Todos os sentimentos que nos ponham em desarmonia com o ambiente, onde fomos chamados a viver, geram emoções que desorganizam, não só as colônias celulares do corpo físico, mas também o tecido sutil da alma, agravando a anarquia do psiquismo.

Qualquer criatura, conscientemente ou não, mobiliza as faculdades magnéticas que lhe são peculiares nas atividades do meio em que vive. Atrai e repele. Do modo pelo qual se utiliza de semelhantes forças depende, em grande parte, a conservação dos fatores naturais de saúde.

O espírito rebelde ou impulsivo que foge às necessidades de adaptação, assemelha-se a um molinete elétrico, armado de pontas, cuja energia carrega e, simultaneamente, repele as moléculas do ar ambiente; assim, esse espírito cria em torno de si um campo magnético sem dúvida adverso, o qual, a seu turno, há de repeli-lo, precipitando-o numa “roda-viva” por ele mesmo forjada.

Transformando-se em núcleo de correntes irregulares, a mente perturbada emite linhas de força, que interferirão como tóxicos invisíveis sobre o sistema endocrínico,comprometendo-se a normalidade das funções.

Mas não são somente a hipófise, a tireóide ou as cápsulas supra-renais as únicas vítimas da viciação. Múltiplas doenças surgem para a infelicidade do es pírito desavisado que as invoca . Moléstias como o aborto; a encefalite letárgica, a esplenite, a apoplexia cerebral, a loucura, a nevralgia, a tuberculose, a Coréia, a epilepsia, a paralisia, as afecções do coração, as úlceras gástricas e as duodenais, a cirrose, a icterícia, a histeria e todas as formas de câncer podem nascer dos desequilíbrios do pensamento.

Em muitos casos, são inúteis quaisquer recursos medicamentosos, porquanto só a modificação do movimento vibratório da mente, à base de ondas simpáticas, poderá oferecer ao doente as necessárias condições de harmonia.

Geralmente, a desencarnação prematura é o resultado do longo duelo vivido pela alma invigilante; esses conflitos prosseguem na profundeza da consciência, dificultando a ligação entre a alma e os poderes restauradores que governam a vida.

A extrema vibratilidade da alma produz estados de hipersensibilidade, os quais, em muitas circunstâncias, se fazem seguir de verdadeiros desastres organopsíquicos.

O pensamento, qualquer que seja a sua natureza, é u ma energia, tendo, conseguintemente, seus efeitos .

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Se o homem cultivasse a cautela, selecionando inclinações e reconhecendo o caráter positivo das leis morais, outras condições, menos dolorosas e mais elevadas, lhe presidiriam à evolução.

É imprescindível, porém, que a experiência nos instrua individualmente. Cada qual em seu roteiro, em sua prova, em sua lição.

Com o tempo aprenderemos que se pode considerar o c orpo como o “prolongamento do espírito”, e aceitaremos no Evang elho do Cristo o melhor tratado de imunologia contra todas as espécies de enfermidade .

Até alcançarmos, no entanto, esse período áureo da existência na Terra, continuemos estudando, trabalhando e esperando.

(Xavier, Francisco C. – Joaquim Murtinho – Falando à Terra – FEB.)

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107 – RENOVEMO-NOS DIA A DIA

"...Transformai-vos pela renovação de vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." – Paulo. (Romanos, 12:2.)

Não adianta a transformação aparente da nossa personalidade na feição exterior.

Mais títulos, mais recursos financeiros, mais possibilidades de conforto e maiores considerações sociais podem ser simples agravo de responsabilidade.

Renovemo-nos por dentro.

É preciso avançar no conhecimento superior, ainda mesmo que a marcha nos custe suor e lágrimas.

Aceitar os problemas do mundo e superá-los, à força de nosso trabalho e de nossa serenidade, é a fórmula justa de aquisição do discernimento.

Dor e sacrifício, aflição e amargura, são processos de sublimação que o Mundo Maior nos oferece, a fim de que a nossa visão espiritual seja acrescentada.

Facilidades materiais costumam estagnar-nos a mente, quando não sabemos vencer os perigos fascinantes das vantagens terrestres.

Renovemos nossa alma, dia a dia, estudando as lições dos vanguardeiros do progresso e vivendo a nossa existência sob a inspiração do serviço incessante.

Apliquemo-nos à construção da vida equilibrada, onde estivermos, mas não nos esqueçamos de que somente pela execução de nossos deveres, na concretização do bem, alcançaremos a compreensão da vida, e, com ela, o conhecimento da "perfeita vontade de Deus", a nosso respeito.

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Fonte Viva – FEB.)

***

27o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE MEDICINA ESPIRITUAL

Filhos, que Jesus nos abençoe!

A Medicina Espiritual , por ser a medicina dos espíritos, que visa auxiliar os espíritos em suas experiências reencarnatórias , tem como algumas de suas finalidades estimular o

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espírito imortal em sua crença em Deus e ao seu autoconhecimento, ajudando-o a se preparar para as vicissitudes da vida cotidiana, bem como, para a vida futura.

O espírito imortal , inexoravelmente, por suas idas e vindas ao ambiente terreno, acumula conhecimentos, fatos, situações, amizades e inimizades , que serão incorporados à sua personalidade e nesta trajetória de crescimento espiritual estabelece ligações afetivas, simples ou complexas, que o fará se responsabilizar diante das Leis Divinas . Nestas circunstâncias, diante de todos os tipos de relacionamento, poderão aparecer o sentimento de culpa, o remorso, o arrependimento e consequentemente a necessidade de reparação com vistas a retornar a paz em sua consciência.

Entretanto, haverá um determinado momento em que sua consciência pedirá o reajuste . Saberá que haverá um preço a pagar e sacrifícios a serem feitos para se conquistar a verdadeira paz de espírito. Se serão necessários séculos e/ou milênios, não o s abemos . Na verdade, uma vez iniciada a caminhada não haverá como retroceder, apenas dever-se-á seguir adiante, confiante de que Deus é o nosso Criador e de que Ele nos direciona neste processo de recuperação espiritual .

Portanto, a Medicina Espiritual propicia em si mesma o estudo e a análise da evolução do ser espiritual, que ora se alegra, ora se entristece, mas que vive, passo a passo, nas suas mais variadas existências com a certeza de que está em pleno progresso espiritual. Sempre com esperança. Sempre com confiança. Sempre com coragem.

Assim, neste Encontro, estaremos estimulando a crença em Deus e o autoconhecimento e analisando algumas emoções peran te a reencarnação . Todos os nossos esforços estarão concentrados em torno de vocês, para que aprendam a utilizar melhor o livre-arbítrio e, com isso, a Medicina Espiritual seja aquela que propiciará, de fato, o bem-estar e a paz que todos esperam.

(Hermann – Psicografia de Dallarosa, Luiz C., em 25/9/2016, no CELD-RJ.)

***

86 – ESTÁS DOENTE?

"E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará," – (TIAGO, 5:15.)

Todas as criaturas humanas adoecem , todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real. Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente. O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração . A mente é fonte criadora. A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas. De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso? De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade. Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo ? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de consequências imprevisíveis. O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói. E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças? Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico , se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens? Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto . Se estás doente, meu amigo, acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança . Desapega-te de bens transitórios que te foram

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emprestados pelo poder divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência. Foge à brutalidade. Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno. Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação. Não manches teu caminho. Serve sempre. Trabalha na extensão do bem. Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.

(Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Fonte Viva – FEB.)

***

Lembrança fraternal aos enfermos (Pelo Espírito Emmanuel.)

Queres o restabelecimento da saúde do corpo e isso é justo. Mas, atende ao que te lembra um amigo que já se vestiu de vários corpos e compreendeu, depois de longas lutas, a necessidade da saúde espiritual.

A tarefa humana já representa, por si, uma oportunidade de reerguimento aos espíritos enfermos. Lembra-te, pois, de que tua alma está doente e precisa curar-se sob os cuidados de Jesus, o nosso Grande Médico.

Nunca pensaste que o Evangelho é uma receita geral para a humanidade sofre-dora?

É muito importante combater as moléstias do corpo; mas, ninguém conseguirá eliminar efeitos quando as causas permanecem . Usa os remédios humanos, porém, inclina-te para Jesus e renova-te, espiritualmente, nas lições de Seu amor. Recorda que Lázaro, não obstante voltar do sepulcro, em sua carne, pela poderosa influência do Cristo, teve de entregar seu corpo ao túmulo, mais tarde. O Mestre chamava-o a novo ensejo de iluminação da alma imperecível, mas não ao absurdo privilégio da carne imutável.

Não somos as células orgânicas que se agrupam, a nosso serviço, quando necessitamos da experiência terrestre. Somos espíritos imortais e esses microorganismos são naturalmente intoxicados, quando os viciamos ou aviltamos, em nossa condição de rebeldia ou de inferioridade.

Os estados mórbidos são reflexos ou resultantes de nossa vibrações mais íntimas . Não trates as doenças com pavor e desequilíbrio das emoções. Cada uma tem sua linguagem silenciosa e se faz acompanhar de finalidades espec iais.

A hepatite, a indigestão, a gastralgia, o resfriado , são ótimos avisos contra o abuso e a indiferença . Por que preferes bebidas excitantes, quando sabes que a água é a boa companheira, que lava os piores detritos humanos? Por que o excesso dos frios no verão e a demasia de calor nos tempos de inverno? Acaso ignoras que o equilíbrio é filho da sobriedade? O próprio irracional tem uma lição de simples impulso, satisfazendo-se com a sombra das árvores na secura do estio e com a bênção do sol nas manhãs hibernais. Pela tua inconformação e indisciplina, desordenas o fígado, estragas os órgãos respiratórios, aborreces o estômago. Observamos, assim, que essas doenças-avisos se verificam por causas de ordem moral. Quando as advertências não prevalecem, surgem as úlceras, as congestões, as nefrites, os reumatismos, as obstruções, as enxaquecas. Por não se conformar o homem, com os desígnios do Pai que criou as leis da natureza como regulamentos naturais para sua casa terrestre, submete as células que o servem ao desregramento, velha causa de nossas ruínas.

E que dizermos da sífilis e do alcoolismo procurados além do próprio abuso? Entretanto, no capítulo das enfermidades que buscam a criatura, necessitamos

considerar que cada uma tem sua função justa e definida. As moléstias dificilmente curáveis, como a tuberculose, a lepra, a cegueira, a paralisia, a

loucura, o câncer, são escoadouros das imperfeições. A epidemia é uma provação coletiva, sem que essa afirmativa, no entanto, dispense o homem do esforço para o saneamento e higiene de

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sua habitação. Há dores íntimas, ocultas ao público, que são aguilhões salvadores para a existência inteira. As enfermidades oriundas dos acidentes imprevistos são resgates justos. Os aleijões são parte integrante das tabelas expiatórias. A moléstia hereditária assinala a luta merecida.

Vemos, portanto, que a doença, quando não seja a advertência das células queixosas do tirânico senhor que as domina, é a mensageira amiga convidando a meditações necessárias.

Desejas a cura; é natural; mas precisas tratar-te a ti mesmo para que possas remediar ao teu corpo. Nos pensamentos ansiosos, recorre ao exemplo de Jesus. Não nos consta que o Mestre estivesse algum dia de cama; todavia, sabemos que ele esteve na cruz. Obedece, pois a Deus e não te rebeles contra os aguilhões. Socorre-te do médico do mundo ou de teu irmão do plano espiritual, mas não exijas milagres que esses benfeitores da Terra e do céu não podem fazer. Só Deus te pode dar acréscimo de misericórdia, quando te esforçares por compreendê-lo.

Não deixes de atender às necessidades de teus órgãos materiais que constituem a tua vestimenta no mundo; mas, lembra-te do problema fundamental que é a posse da saúde para a vida eterna. Cumpre teus deveres, repara como te alimentas, busca prever antes de remediar e, pelas muitas experiências dolorosas que já vivi no mundo terrestre, recorda comigo aquelas sábias palavras do Senhor ao paralítico de Jerusalém: ―Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior.

(Xavier, Francisco C. – Lembrança fraternal aos enfermos – “O Reformador" de setembro de 1941.)

RECEITUÁRIO �Medicamentos naturais que se encontram no Evangelho de Jesus:

Ao levantar, tomar um chá de “obrigado Senhor”, para melhorar as questões referentes à gratidão;

Ao entrar no trabalho, uma colher de “Bom dia, amigo”; De hora em hora, não posso me esquecer de tomar um comprimido de paciência, com meio

copo de humildade; Ao chegar em casa, será preciso tomar uma injeção de amor para melhorar a dificuldade de

relacionamento familiar; Toda noite antes de deitar, duas cápsulas de consciência tranquila pra que eu tenha um sono

reparador; Foi me dada a certeza de que se seguir à risca toda a prescrição médica, não ficarei mais

doente e todos os meus dias serão de felicidade. O tratamento tem também caráter preventivo. Assim, somente deverei morrer, por morte natural e não antes do tempo determinado.

�Fazer, uma vez por semana, o Evangelho no Lar, (Mensagem: “Hospital do Senhor” – Autor desconhecido.)

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Referências Bibliográficas:

Bacelli, Carlos A. – Bezerra de Menezes – A Coragem da Fé – Ed. Didier.

Denis, Léon – Cristianismo e Espiritismo – CELD.

--------, Léon – Depois da Morte – CELD.

--------, Léon – O Grande Enigma – CELD.

--------, Léon – O problema do Ser e do Destino - Ed. CELD

Dr. Hermann – Apostila 25o EEME (https://www.mensagemespirita.com.br/

Franco, Divaldo P. – Joanna de Ângelis – Fonte de Luz – Ed. Minas.

------------------------, – Joanna de Ângelis – Nascente de Bênçãos – Ed. Leal.

------------------------, – Manoel Philomeno de Miranda – Trilhas da Libertação – FEB.

------------------------, – Joanna de Ângelis - Vontade de Deus – https://www.mensagemespirita.com.br/

Kardec, Allan – A Gênese – CELD.

----------, Allan – A Prece – FEB.

----------, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo – CELD.

----------, Allan – O Livro dos Espíritos – CELD.

----------, Allan – O Livro dos Médiuns – CELD.

----------, Allan – Obras Póstumas – CELD.

Maia, João Nunes - espírito Miramez – Saúde – Editora Espírita Cristã Fonte Viva

Mário Coelho – Espírito Victor – Psicografado em 06/11/2010 no CELD.

Pamphiro, Altivo C. – Antônio de Aquino – Inspirações do Amor Único de Deus – CELD.

-------------, Altivo C. – Bittencourt, Ignácio, no CELD, em 19/10/2002.

-------------, Altivo C. – Hermann – Palavras do Coração – CELD.

Peralva, Martins – Estudando o Evangelho – FEB.

Vieira, Waldo - Leopoldo Cirne – Seareiros de volta – FEB.

Xavier, Francisco C. – Waldo Vieira - André Luiz e Emmanuel – Estude e Viva – FEB.

Xavier, Francisco C. – André Luiz – Missionários da Luz – FEB.

Xavier, Francisco C. – Emmanuel – Coragem – Ed. CEC.

--------, Francisco C. – Emmanuel – Instrumentos do tempo – Ed. GEEM.

--------, Francisco C. – Emmanuel – Justiça Divina – FEB.

--------, Francisco C. – Emmanuel – O Consolador – FEB.

--------, Francisco C. – Emmanuel – Pensamento e Vida – FEB.

--------, Francisco C. – Emmanuel – Vinha de Luz – FEB.

--------, Francisco C. – Joaquim Murtinho - Falando à Terra – FEB.

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Os próximos Encontros serão:

Dia 10/11

20o

E. E. sobre Joanna de Ângelis

14o

E. E. sobre Dependências

12o

E. E. sobre Espiritismo e Psicologia

o30 Encontro Espírita sobre Medicina Espiritual

“Tomai sobre vós o seu jugo... e achareis repouso para vossas almas.”

Mateus, XI:28 a 30. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 1.)

Amigos,Tem sido um esforço muito grande da espiritualidade, junto aos que estão

encarnados, para se conseguir superar todos os obstáculos existentes no ambiente terreno. Crendo ou não, há, em todos os momentos de suas existências de encarnados, as mais variadas formas de auxílio do plano maior aos que estão carentes e enfermos, bem como aos que estão sedentos de conhecimentos ou, simplesmente, aos que precisam se esclarecer, para compreender o motivo pelo qual sofrem e como podem, não só superar esta fase, mas também impedir que ocorram outros momentos de sofrimento.

Há muita carência de amor ao semelhante tanto quanto, igualmente, há muita carência de amor próprio, sendo paradoxal e estranho, bem como triste de se constatar que o egoísmo é a fonte principal e inequívoca do sofrimento e de toda a dor individual e coletiva existente no planeta.

A lei de Deus educa a todos nós, espíritos imortais, ensinando a amar a si mesmo e ao próximo. As reencarnações aproximam os espíritos para a conquista da lei de amor. A ação constante dos espíritos elevados e de seus socorristas varrem a Terra, ofertando apoio aos carentes, estímulo à superação dos infortúnios, consolo aos que sofrem. Entretanto, o egoísmo disfarçado de indiferença e o ódio disfarçado de hipocrisia ainda estão presentes em muitos corações.

Para todos os Espiritas-Cristãos, chegou o momento de avançar nas suas atitudes, se fazendo muito mais presentes no combate ao egoísmo, oferecendo a oração para aliviar a dor e o sofrimento, a palavra esclarecedora do Evangelho de Jesus para educar os sentimentos e refinar os sentidos, a força para ajudar a levantar os que estão tropeçando e caindo e a fé como razão para se viver e conquistar o único e verdadeiro sentido elevado da vida – a imortalidade com moralidade.

A medicina espiritual nasceu da fonte inesgotável que é o amor de Deus e se mantém firme e ativa pela condução constante e amorosa de Nosso Mestre Jesus e de seus mais estimados discípulos. Unamo-nos a estes trabalhadores, sendo firmes nos nossos ideais de aprender e servir!

Que estejamos prontos para servir!Que sejamos trabalhadores da caridade!

Alberto

(Mensagem psicográfica recebida pelo médium Luiz Carlos Dallarosa, em 22/9/2019, no CELD, RJ.)