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XV A REGIÃO SOMOS NÓS! anos ABERTURA A recorrente erosão das areias da Costa da Caparica está a deixar a zona à beira do colapso, segundo a maior parte dos especialistas. A Quercus admite mesmo que o fenómeno se pode agravar, caso avance o projectado terminal de contentores na Trafaria. Mas mesmo perante esta ameaça, 97,5 por cento da população residente garante que não quer deixar a zona, segundo um estudo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, cujos resultados deverão ser conhecidos em breve, e a que o Semmais teve acesso. Entretanto, desde 1999, o mar recuou 234 metros e já foram gastos 22 milhões em ‘enchimento artificial’. Cultura Lúcia Moniz canta em Santiago 14 Negócios Adrepes lança Festival Prove durante um mês 12 www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 762 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 11.Maio.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA ACTUAL Apoiar os produtores agropecuários é um dos objectivos da Santiagro deste ano. Para além disso, há muita festa e um programa arrojado que promete muita visita. ACTUAL O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo garante que não vai «deitar por terra» o trabalho desenvolvido no pólo da Costa Alentejana. ÚLTIMA A crise que veio avolumar as dificuldades do sector nos últimos anos obrigou a administração do vetusto jornal a fechar portas. Cerca de uma dezena de funcionários ficam no desemprego. O director do jornal queixa-se da falta de apoio da câmara e das empresas. Santiagro promete feira de excelência para amenizar dores da crise Ceia da Silva diz que extinção da Costa Alentejana não é grave “O Setubalense” suspende edições após 158 anos de vida Erosão da Caparica à beira do colapso mas ninguém a quer deixar PÁG. 2 PÁG. 7 PÁG. 5 Negócios Moscatel da Malo Tojo ganha Festival Ibérico 12 Pub. As potencialidades e as ofertas da Costa Alentejana podem ser consul- tadas no caderno que apresentamos nas centrais. Um roteiro e um guia de valências para melhor usufruir este Verão de um dos destinos de excelência do país turístico. De Alcá- cer a Grândola, de Santiago a Sines e Odemira. Vele a pena espreitar. CADERNO Fotos: DR

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Edição 11 de Maio

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XVA REGIÃO SOMOS NÓS!

anos

ABERTURA A recorrente erosão das areias da Costa da Caparica está a deixar a zona à beira do colapso, segundo a maior parte dos especialistas. A Quercus admite mesmo que o fenómeno se pode agravar, caso avance o projectado terminal de contentores na Trafaria. Mas mesmo perante esta ameaça, 97,5 por cento

da população residente garante que não quer deixar a zona, segundo um estudo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, cujos resultados deverão ser conhecidos em breve, e a que o Semmais teve acesso. Entretanto, desde 1999, o mar recuou 234 metros e já foram gastos 22 milhões em ‘enchimento artificial’.

CulturaLúcia Monizcanta em Santiago

14

NegóciosAdrepes lançaFestival Provedurante um mês

12

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 762 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 11.Maio.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

ACTUAL Apoiar os produtores agropecuários é um dos objectivos da Santiagro deste ano. Para além disso, há muita festa e um programa arrojado que promete muita visita.

ACTUAL O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo garante que não vai «deitar por terra» o trabalho desenvolvido no pólo da Costa Alentejana.

ÚLTIMA A crise que veio avolumar as dificuldades do sector nos últimos anos obrigou a administração do vetusto jornal a fechar portas. Cerca de uma dezena de funcionários ficam no desemprego. O director do jornal queixa-se da falta de apoio da câmara e das empresas.

Santiagro promete feira de excelência para amenizar dores da crise

Ceia da Silva diz que extinção da Costa Alentejana não é grave

“O Setubalense” suspende edições após 158 anos de vida

Erosão da Caparica à beira do colapso mas ninguém a quer deixar

PÁG. 2

PÁG. 7PÁG. 5

NegóciosMoscatel da Malo Tojo ganha Festival Ibérico

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Pub.

As potencialidades e as ofertas da Costa Alentejana podem ser consul-tadas no caderno que apresentamos nas centrais. Um roteiro e um guia de valências para melhor usufruir este Verão de um dos destinos de excelência do país turístico. De Alcá-cer a Grândola, de Santiago a Sines e Odemira. Vele a pena espreitar.

CADERNO

Foto

s: D

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ABERTURA

Sábado //11 . Mai . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Erosão costeira VS obras de defesa«Os dentes de um pente»

O primeiro esporão de defesa da Costa da Caparica foi construído em 1959, na sequência do avanço do mar no ano anterior. Mas ao longo dos anos seguintes foi instalado um campo de esporões com o intuito de defender o núcleo populacional que estava em franca expansão. No início dos anos 70 já havia sete esporões e um paredão de 2,5 quilómetros

mesmo em frente da vila. Mas a fragilidade da situação da Costa foi novamente evidenciada nos anos de 2000, quando, entre 2003 e 2009, o mar avançou e destruiu boa parte de um parque de campismo, bares e restaurantes. Perante o avanço do gigantesco Golias que invade o terreno das pessoas sem ser convidado, só há uma pergunta inevitável: como o deter?

As praias da Costa da Caparica estão entre as mais populares do país e continuam a atrair muitos veraneantes. A história do crescimento do local confunde-se com as das obras levadas a cabo à medida que o mar ia ganhando terreno à terra. Com a protecção natural fragilizada, dada o crescimento urbanístico, a

investida do mar tornou-se difícil de conter. Só não piorou porque se fez a alimentação artificial das praias, além de múltiplas obras de reparação e manutenção dos esporões e estruturas aderentes. São tantas as obras desde 1959 que a orla costeira do local, vista do céu por uma gaivota, se assemelha aos dentes de um pente.

População teima em bater o péa erosão na Costa da Caparica

Estudo do Instituto de Ciências Sociais da Univ. de Lisboa com conclusões surpreendentes

87 por cento da popu-lação da freguesia da Costa da Caparica

tem consciência de que o problema da erosão costeira local é muito grave, mas um número significativo maior (97,5 por cento) não está disposto a viver noutro local que não o actual. Esta é uma das principais conclu-sões do estudo “Mudanças Climá-ticas, Costeiras e Sociais” (Change), que volta a trazer para a ribalta o dilema da erosão costeira na Costa da Caparica. O tema continua sem gerar consensos e não tem soluções à vista, embora os especialistas no geral acreditem, a pés juntos, que está relacionado com a pressão urba-nística a que a Costa da Caparica foi sujeita nas últimas duas décadas, com o aumento do número de habi-tantes (94 por cento), edifícios (44 por cento) e alojamentos sazonais

(60 por cento).Em declarações ao Semmais,

Luísa Schmidt, coordenadora do projecto Change, desenvolvido no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, em colabo-ração com uma equipa de investi-gação da Faculdade de Ciências da mesma universidade, acrescentou que a maior parte da população inqui-rida (82 por cento) no estudo consi-dera que «não devem ser permitidas mais construções nos locais direc-tamente afectados» e que 74 por cento não confia na capacidade actual de gestão das entidades envolvidas no problema. «Isto não quer dizer, porém, que não confiem nas solu-ções técnicas encontradas», sublinha. Além do paredão e das dunas arti-ficiais construídos no âmbito do Polis, a frente urbana da Costa da Capa-rica foi alvo de enchimentos artifi-ciais de areia entre 2007 e 2009 pelo INAG. Embora o investimento em torno desta solução, a roçar os 22 milhões de euros, tenha sido avul-tado, nem sempre gerou consensos.

Defesa aderente está«em risco de colapsar»

O presidente da Junta de Freguesia da Costa

da Caparica é muito crítico sobre a opção tomada pela tutela, mas acusa-a de não a levar por diante, não dando à localidade o mesmo tratamento que às praias do Algarve. E pede que se avance, à falta de outras soluções mais eficazes, com o enchi-mento artificial das praias. «Estava inclusive prevista a colocação de 1,5 milhões de metros cúbicos de areias este ano pelo Governo, mas, até ao momento, nem este confirmou que o fazia, nem dá respostas», lamenta António Neves. O autarca alertou para o facto de a defesa aderente na zona entre os parques de campismo «estar já fragilizada e em risco de colapsar». «Houve um desassorea-mento acentuado nos últimos tempos e isso criou muitas dificuldades nos acessos às nossas praias», assevera.

Há quem sustente, porém, que o Governo estará a «atirar dinheiro fora» caso persista com o enchimento artificial das praias. E propõem, em alternativa, a reposição do istmo que ligava a Cova do Vapor, a seguir à Trafaria, e o ilhéu onde está insta-lado o farol do Bugio, ou seja, o fecho da golada. «Não sei se essa seria efec-tivamente a melhor solução, mas os

especialistas acreditam nisso», diz António Neves. Outros, porém, defendem a relocalização total da população, uma solução que contro-laria a pressão urbanística actual e o desordenamento territorial, que permitiu a construção nas dunas, nas praias, sobre as arribas e noutras zonas de reconhecida fragilidade ambiental.

Essa ocupação, que tem contri-buído para situações de desequilí-brio como as que se verificaram em 2007, altura em que o mar destruiu boa parte de um parque de campismo em São João da Caparica e bares e restaurantes, bem como a ruptura da golada, que teve início na década de 40, tem, segundo especialistas, precipitado a erosão costeira na Costa da Caparica. O mar terá mesmo avan-çado 234 metros sobre a terra entre 1999 e 2007, num ritmo de 26 metros por ano.

Terminal de contentores pode agravar erosão costeira

Apesar de não existir unanimi-dade em torno das soluções para combater o problema, Carla Graça, do núcleo de Setúbal da Quercus, afirmou ao Semmais que a erosão costeira se poderá vir a agudizar futu-

ramente com a instalação de um terminal de contentores na Trafaria. «Isso pode ter efeitos tendo em conta a necessidade de dragagens profundas e a infra-estruturação do local», alerta a ambientalista, que pede que o Governo desenvolva estudos para acautelar as conse-quências provocadas pelo investi-mento na hidrodinâmica da Costa da Caparica.

Entretanto, o Governo tem já previsto um leque de medidas para a zona ao abrigo do Plano de Acção de Protecção e Valorização do Litoral 2015 – 2015, projectando intervir fortemente na defesa costeira, na sua gestão e monitorização e propondo projectos de requalifi-cação, que foquem na salvaguarda das pessoas e bens. Segundo infor-mação do projecto Change, também o Polis pressupõe, aliás, o reorde-namento territorial, com a reloca-lização dos parques de campismo da zona Sul para mais longe da praia, o recuo dos parques a Norte e a demolição dos palheiros da praia da Saúde. As decisões têm sido contestadas. Até ao fecho desta edição, a Associação Portuguesa do Ambiente e a Câmara Municipal de Almada não prestaram esclareci-mentos sobre este assunto.

Bruno Cardoso

Presidente da Junta da Costa da Caparica diz que problemas de 2007 podem repetir-se porque defesa aderente «está à beira do colapso». Mas o problema da erosão costeira no local poderá agravar-se caso o terminal de contentores venha mesmo para a Trafaria.

DR

Os eletrodomésticos como máquinas de lavar, frigorí-ficos, entre outros vulgar-

mente designados de linha branca, assim como fornos elétricos, ar condicionado e as fontes de luz, são os equipamentos de maior uso nas nossas casas.

Comprar um equipamento eficiente é fundamental para reduzir o consumo de energia e conse-quente despesa da fatura da luz, a sua identificação é fácil de encon-trar com a nova etiqueta energé-tica.

A Etiqueta Energética da União Europeia tem por objetivo fornecer ao consumidor informações precisas, reconhecíveis e compa-ráveis no que respeita ao consumo de energia, ao desempenho e a

outras características essenciais dos produtos.

A etiqueta energética permite que o consumidor conheça o nível de eficiência energética de um produto e que avalie o potencial de redução de custos de energia que este proporciona.

A etiqueta é uniforme para todos os produtos da mesma cate-goria e por isso permite que o consumidor compare facilmente as características dos vários produtos, tais como o consumo da água ou de energia, ou a sua capacidade.

A etiqueta começou por clas-sificar os produtos de A a G, sendo A a classe energética mais eficiente e G a menos eficiente. Atualmente, a nova legislação europeia intro-duziu novas classes, até A+++, para adaptar a informação à evolução tecnológica e permitir uma maior

diferenciação do produto em termos de eficiência energética.

As etiquetas Energy Star e GEA são utilizadas em equipamentos de escritório e na eletrónica de consumo. Estabelecem o valor máximo para o consumo energé-tico do aparelho quando não está a ser utilizado, ou quando está em modo de espera (stand-by).

Os equipamentos que têm esta-belecida a nova etiquetagem ener-gética são:

• Frigoríficos, congeladores, combinados e garrafeiras frigorí-ficas.

• Máquinas de lavar roupa• Máquinas de lavar loiça• TelevisoresAs etiquetas têm como

elementos comuns:• A uniformidade, é igual em

todos estados membros da EU-27; • Setas coloridas indicando o

nível de eficiência, desde o vermelho menos eficiente ao verde escuro, aparelho mais eficiente;

• Classes adicionais para a efici-ência energética: A+, A++;A+++

• Nome do fornecedor ou marca e identificação do modelo;

• Pictogramas: há caracterís-ticas e desempenhos cuja infor-mação é evidenciada na etiqueta;

• Consumo anual de energia em Kwh.

A faixa para a classe de efici-ência energética e / ou os picto-gramas podem mudar consoante a categoria de produtos.

A escala foi alargada porque as evoluções tecnológicas criaram a necessidade de diferenciar a cate-goria “A”.

Este aumento visa o incentivo dos fabricantes a serem mais competitivos, desenvolvendo produtos cada vez mais eficientes e que permite também transmitir informação aos consumidores de forma mais adequada aos novos produtos, de modo a que lhes seja possível continuar a fazer esco-lhas informadas e energeticamente inteligentes.

Junte a sua à nossa energia em www.ena.com.pt

No final das anos 70 as femi-nistas afirmaram uma nova postura perante a socie-

dade traduzida na frase “o que é pessoal é político”. Esta frase que visava trazer a esfera privada para o domínio da responsabilidade política voltou a tornar-se, hoje, muitíssimo atual.

A nossa atitude individual e pessoal face ao governo e às polí-ticas para nos empobrecer não pode ser de depressão e inação, mas sim, de ação, de combate, em ultima instância, de desobe-diência. O que estes senhores querem é pôr-nos a pata em cima por via da tristeza e do desalento individual, atingindo desta forma o coletivo.

Pois comigo não contem, não me resigno, a minha atitude indi-vidual quotidiana, mesmo com pouquíssimo dinheiro e a ter que abdicar de muita coisa que levou anos a construir na minha vida e no meu bem-estar, é declarada-mente uma atitude política.

O plano que Passos e Gaspar arquitetaram com o beneplácito de Portas, que tenta disfarçar através de teatralizações desaver-gonhadas, para enganar o seu pertenço eleitorado, deu mais um passo em frente com requintes refi-nados de ataque ao estado social, revestidos de mais umas quantas inconstitucionalidades, quer no que diz respeito aos funcionários públicos, que como é sabido não

têm direito a subsídio de desem-prego, quer no que diz respeito aos pensionistas, havendo pela primeira vez a tentativa descarada de fazer um corte definitivo nas pensões já atribuídas.

Estes ataques precisam da mobilização de todos e todas nós, dos sindicatos que têm aqui um papel determinante, não só na rua mas também e fundamentalmente na mesa das negociações, dos partidos enquanto representantes do povo, garante da constituição e da democracia, mas também dos cidadãos e cidadãs, através dos movimentos sociais ou individu-almente, na atitude que assumimos diariamente.

As megamanifestações inor-gânicas têm que produzir resul-tados como aconteceu no 15 de Setembro quando levou ao recuo do Governo relativamente à TSU. Estes momentos não podem ser apenas um momento de catarse, com ar de funeral e servindo apenas para expressar uma depressão coletiva que serve os intuitos destes facínoras.

Temos que resistir e dizer não todos os dias, tornar o que nos afeta pessoalmente numa questão polí-tica.

Desafio todos e todas a esta postura de resistência individual!

A histórica fotografia dos repu-blicanos a deixarem a Espanha a caminho do exílio que em

França teria a sua primeira etapa, da autoria de Roberto Capa, esco-lhida que foi pelo Teatro do Elefante, de Setúbal, para ilustrar o anúncio da estreia, esta noite, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, da sua peça «A Casa de Eulália», a partir do texto de Manuel Tiago, pode lembrar.

Pode lembrar o discurso de Dolores Ibarruri, La Pasionaria, líder do Partido Comunista de Espanha, na despedida das Brigadas Interna-cionais a 15 de Novembro de 1938, em Barcelona, mas não sem antes dirigir-se às mulheres catalãs: «Mães! Mulheres! Quando tiverem decor-ridos os anos e as feridas da guerra sangrarem… falem aos vossos filhos das Brigadas Internacionais. Contem-lhes como vindos pelo mar e de além montanhas… estes homens «aban-donaram tudo, as suas casas, o seu país, os seus bens - pais, mães, mulheres, irmãos e filhos -, e vieram dizer-nos: “Aqui estamos, a causa de Espanha é a nossa causa, é a causa de toda a humanidade progressiva e adulta”» (Hugo Thomas).

Pode lembrar Eulália Mendes, cujo pai ficara contente por ela nascer a 30 de Abril e ele assim poder ir à manifestação do 1º de Maio, lá em Gouveia - o mesmo que, já em New Bedford, e estando ela, com 18 anos, a viver de perto a greve de 1928, lhe ensinava a vencer o medo com uma laminar recomendação: «onde esti-verem os grevistas é onde tens de estar». Para já em 1935, ser - sempre ela - dirigente regional do Partido

Comunista Americano. Pode lembrar que na «terra da

liberdade», nos Estados Unidos, o FBI abria-lhe a correspondência, fazia-lhe escutas ao telefone, várias vezes lhe bateu à porta: «Declarara-se comunista nos papéis da imigração de 1935 e negara-se a dizer que não pertencia ao partido quando, a partir de 1948, a lei Taft-Herteley exigia que todos os dirigentes sindi-cais o fizessem» (Catarina Carvalho).

E que, detida em 1950 e depor-tada a 26 de Maio de 1953 para Varsóvia, na Polónia, onde, com mais de 90 anos, viria a morrer, este tempo é fácil de adivinhar, bastando ouvi-la: «agora eles olham para mim de lado, porque conhecem o meu passado, que é o meu presente. Eu ainda sou comunista».

«Em 1935, Álvaro Cunhal passa à clandestinidade e em 1936 desloca-se a Espanha em tarefa do Partido. Aí participa ao lado do povo espa-nhol em defesa da República face ao golpe fascista de Franco». Escrito na brochura da Exposição «Vida, pensamento e luta: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro», a decorrer até 2 de Junho, no Pátio de Galé, Terreiro do Paço, em Lisboa, desta grandiosa iniciativa comu-nista pode-se ficar agora com a sensação de assentar naquele, afinal, «apenas» ainda ser.

Sábado // 11 . Mai . 2013 // www.semmaisjornal.com 3

EspaçoPúblico

Não fora o deslize do glorioso esta segunda-feira, que mostra bem a capacidade genética de sofrimento de pelo menos 6 milhões de portugueses, esta semana teria sido de arromba. O regresso aos mercados deixou-me eufórico. Há muito tempo que não me sentia assim, tão nas nuvens…

E fiquei deslumbrado com o nosso Gaspar em Bruxelas. Mesmo sonolento, ouvi-lo dizer que o nosso ajustamento “é muito lindo” é de ir às lágrimas.

É por estas que o ‘mago´ Gaspar faz-me lembrar a lenda do faraó Akhenaton, ainda considerado o patrono do monoteísmo, que obrigou muitas centenas de anos antes de Cristo os sacerdotes e os súbditos igípcios a venerar apenas um ‘deus’, de nome Aton. Por sinal, após a sua morte, foi o descalabro, um fartar vilanagem de deuses, cultos e anarquia teológica.

Gaspar (e ainda bem pelos vistos) tem o culto dos mercados. E venera esse ‘deus maior’. É o seu monoteísmo em forma de moeda. Mesmo que só o ano passado esse ‘deus mercado’ tivesse cobrado mais de 1,2 milhões de juros, a um país que perdeu nos últimos três anos dez por cento da sua riqueza.

E mesmo que a bendita Alemanha - que pode muito ser comparada a Nefertiti, mulher do tal Akhenaton - tenha pago apenas 7,5 milhões de euros por 1,5 mil milhões nos mesmos mercados. E tenha, à nossa conta, injectado nos seus bancos milhões de euros à custa da pobreza inevitável do “ajustamento lindo” de Gaspar.

Mas, pronto, isso são trocos. Com a chegada aos mercados está tudo no bom caminho, mesmo que a dívida pública tenha superado os 120 por cento do produto, a economia esteja condenada a uma recessão jamais vista e a vida das famílias lusas tenha regressado à cortina do Estado Novo. Mas os portugueses não vão deixar de ter o amparo do nosso Gaspar. A sopinha não faltará e ainda havemos de ter mais IPSS’s que empresas. Isso é bom!

E para que a semana tivesse sido mesmo uma delícia tivemos o Paulo (outro nome sagrado, meu Deus) a lutar por nós no concílio dos passistas que demorou uma eternidade, coisa que só mesmo nos edílios ocorre. Que tempos majestosos, sem faltar as traições, as lutas intestinas e o jogos de poder em nome da populaça.

Vamos bem assim. Agora é seguir em frente. Era mesmo bom que o Benfica se sagrasse campeão. Alguém disse um dia que quando o glorioso vence o país fica mais animado, mais rico, a economia refloresce, a violência doméstica acalma, o crime amaina, o governo descansa e o até o ‘rei’ Gaspar acelera o ritmo discursivo e abate nas olheiras.

Pobres… mas eufóricos

Editorial // Raul Tavares

Valdemar SantosMilitante do PCP

Caterina MarcelinoDirigente do PS

Sempre SerO que é pessoal é político!

Nova Etiqueta Energética

Formação profissional em destaque Fernando Pó com boa pinga

O CENTRO de Emprego e Formação Profissional de Setúbal vai apresentar, entre os dias 20 a 24 de Maio, o trabalho e as saídas profis-sionais que o ensino profis-sional proporciona, apresen-

tando também as instalações, equipamentos e materiais com que os formandos traba-lham diariamente. Escolas, empresas, IPSS, autarquias, entre outras, podem visitar a “Semana Aberta”.

A 18.ª Mostra de Vinhos de Marateca e Poceirão e a Feira de Vinhos do Concelho de Palmela decorre este sábado e domingo, em Fernando Pó, Palmela. Além da prova e

venda dos néctares de qualidade da região, os visitantes poderão assistir a colóquios, bailes e actu-ação de ranchos folcló-ricos. Irmãos Cabana animam o certame.

ACTUAL

Sábado //11 . Mai . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Festival que promove Sesimbra, Setúbal e Palmela tem sido um êxito

Arrábida Film Comission é passo seguinte ao Finisterra que vai a Cannes

A constituição da Arrábida Film Comission com o objec-tivo de valorizar e promover

a região da Arrábida enquanto destino de potencial cinematográ-fico, criando uma estrutura mais coesa e apropriada para a divul-gação é o próximo passo que Carlos Sargedas pretende dar após duas edições do Finisterra – Arrábida Film Art & Tourism, cuja segunda edição termina amanhã, domingo, ao final do dia, em Sesimbra, com a entrega de prémios aos realiza-dores dos filmes escolhidos pelo júri.

Na cerimónia de abertura que decorreu na nova Escola de Hote-laria e Turismo de Setúbal, quarta-feira, e onde estiveram represen-

tantes das três autarquias envol-vidas e da região de turismo, a unanimidade sobre as potencia-lidades da Arrábida e zonas envol-ventes enquanto cenário para algumas produções, foi uma reali-dade. A luz natural, a conjugação da serra e do mar, o património edificado, o relevo e o clima são cartões-de-visita que podem ser aproveitados enquanto cenários naturais.

Ao longo dos cinco dias de mostra de filmes, o programa do Festival contou com passeios turís-ticos destinados aos realizadores e produtores estrangeiros parti-cipantes. Segundo Carlos Sargedas, «dando a conhecer estas poten-cialidades é possível que alguns locais possam ser escolhidos para a produção de filmes».

Filmagens no Espicheljá garantidas

Prova disso é o facto de que um dos produtores que se deslocou a Sesimbra durante a primeira edição do Finisterra começará em breve a filmar uma longa-metragem espanhola na zona do Cabo Espi-chel. Para além disso, há ainda contactos com uma produtora internacional que pretende realizar um filme na zona da Quinta de

Calhariz e no Cabo Espichel por considerar estas áreas semelhantes a algumas zonas do México.

O programa social do Finis-terra tem servido também para colocar os produtores e realiza-dores em contacto com as várias ofertas. Visitas às caves e adegas, aos castelos e ao convento da Arrá-bida, assim como um passeio de caravela pela costa vai permitir «vender a nossa região como destino cinematográfico e uma vez que vão ter a possibilidade de o ver inclusive do mar, quem sabe

se não haverá quem se lembre de fazer o próximo “Piratas das Cara-íbas” aqui na região», brincou Carlos Sargedas.

E para mostrar as belezas da Arrábida ao Espichel aos produ-tores e realizadores que não venham a Portugal participar no Finisterra, o director do Festival encontrou solução. «Logo após o fim do festival sigo para Cannes numa carrinha totalmente deco-rada com Sesimbra, Arrábida e Cabo Espichel. Vou "vender" os cenários naturais para cinema.»

Termina este domingo a 2.ª edição do festival de cinema Finisterra, que decorre entre Sesimbra, Setúbal e Palmela. Mais um êxito para promover a região dos três castelos.

Marta David

Carlos Sargedas quer Arrábida como destino de potencial cinematográfico

DR

Arroz de Lingueirão com chocode Sines é finalista nacional

TST não aceita multimodais enquanto Governo não pagar 5,5 milhões

O RESTAURANTE “Cais da Estação”, de Sines, é um dos fina-listas do concurso Melhor Arroz de Portugal 2013 promovido desde Março pela Unilever Food Solu-tions, com o objectivo de chegar ao consumidor final e aos restau-rantes.

O concurso contou com a participação de mais de mil restau-rantes, cada um com a sua espe-cialidade, e uma adesão superior a 40 mil pessoas que votaram nas suas receitas preferidas.

O restaurante vencedor será conhecido na grande final que terá

lugar no próximo dia 13, na sede da A s s o -ciação dos Cozinheiros Profissionais de Portugal, em Lisboa. O “Cais da Estação” vai a concurso com o prato Arroz de Lingueirão com choco.

Além de Sines, estão na corrida ao prémio final restaurantes de Vila Nova de Poiares, Esposende, Chaves e Sobral de Monte Agraço.

A TRANSPORTES Sul do Tejo garante que se o Governo não pagar as compensações em atraso deixa de aceitar o passe social a partir de Agosto. A TST fala em 5,5 milhões de euros em falta, verba essa que corresponde às «compensações pela diferença entre o passe social e o preço comercial do serviço nos dois últimos anos», nos passes e nos títulos combinados com o Metropolitano de Lisboa e a Carris, vinca o administrador António Sampaio.

De acordo com a mesma fonte, este valor equivale aos resultados negativos que a TST registou nos anos de 2011 e 2012.

Segundo a empresa, o passe inter-modal é utilizado por 12 mil passa-

geiros e a aquisição de um passe TST aumentará o custo das suas deslo-cações entre os 8 e os 20 euros.

Por seu turno, o coordenador dos transportes da Área Metropolitana de Lisboa considera que as empresas privadas não devem usar os cidadãos para «chantagear» o Governo.

Câmara de Setúbal garante pagamento de gratificados à PSP até final do mês

O VICE-PRESIDENTE da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, garantiu que a autarquia vai pagar até ao final do mês os gratificados em atraso aos agentes da PSP, relativos à vigi-lância do Parque Urbano da Albar-quel e da última edição da Feira de Sant’Iago. Em causa, segundo avançado pelo vereador socialista na autarquia, António Caracol, estará uma quantia de 90 mil euros.

Na resposta, André Martins reconheceu o problema, mas afirmou que a autarquia está «há muito tempo» em conversações com o comandante da PSP de Setúbal para resolver o problema. «A situação financeira da autar-quia está controlada, mas não está fácil tendo em conta a conjun-tura económica actual, que afecta a esmagadora maioria dos muni-cípios portugueses», desabafou.

O vice-presidente da autarquia responsabilizou ainda o anterior Governo pela não autorização para contracção de um empréstimo por parte da autarquia. André Martins afirmou que a Câmara Municipal de Setúbal tinha expectativa de contrair esse empréstimo por forma a fazer face a este tipo de compromissos. Com a sua inviabilização, a maior parte do dinheiro tem sido canali-zado para pagamento das compar-ticipações municipais em projectos financiados ao abrigo do Quadro de Referência Estratégico Nacional.

A garantia deixada pelo autarca surgiu depois de a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) ter vindo denunciar publi-camente o atraso no pagamento dos gratificados em causa. Segundo a ASPP, o não pagamento do valor punha em causa o normal paga-mento das prestações das casas dos agentes e outras contas. Os gratificados são feitos nas folgas ou após os horários de serviço e têm dois valores, nomeadamente a partir de 19 euros, quando pagos pelo Ministério da Administração Interna por 4 horas, e a partir de 28 euros, pelo mesmo tempo, por particulares.

Bruno Cardoso

Os TST acumulam prejuízos

DR

Sábado // 11 . Mai . 2013 // www.semmaisjornal.com 5

A osteoartrose, a deterioração da cartilagem das articulações que surge numa idade mais avançada, faz parte do processo de envelhecimento. O que é interessante saber é que a investigação científica encontrou uma solução natural que parece ser muito eficaz: glucosamina combi-nada com condroitina.

Estamos familiarizados com a típica situação em que o avô se levanta da sua cadeira. Pára a meio e fica “conge-lado”, como se algo o prendesse àquela posição. Lamenta-se, mostrando claramente que tem dores, e lá consegue pôr-se de pé.Esta imagem clássica é osteoartrose, o resultado doloroso do desgaste da cartilagem. As extremidades ósseas expostas friccionam entre elas, origi-nando dor, estalidos e perda de mobi-lidade, mas investigadores empe-nhados encontraram o que parece ser uma solução muito útil. Não se trata de cirurgia, nem de medica-mentos de síntese… é uma combi-nação de dois componentes natu-rais. Uma chama-se glucosamina, a outra condroitina.

Tijolos de cartilagemA glucosamina é um amino-açúcar, produzido a partir dum aminoácido e de glucose. É um tijolo biológico e um componente estrutural da carti-lagem das articulações. O que torna a glucosamina tão especial é a sua capacidade de estimular a síntese corporal de cartilagem e foi exacta-mente isso que a investigação mostrou ser benéfico na osteoar-trose.A condroitina, o outro componente, é extraído normalmente da carti-lagem de porco ou de vaca, mas também é usada a cartilagem de tubarão. A condroitina é um compo-nente estrutural vital da cartilagem.

Nenhuma outra substância tem este efeitoAo contrário dos medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, que eram a opção não cirúrgica mais comum para as pessoas com osteo-artrose, a glucosamina e a condroi-tina têm outros efeitos para além de melhorar a dor, impede a degra-dação da cartilagem. Até ao momento, este é o único trata-mento capaz de prevenir a futura perda de cartilagem articular. Os investigadores científicos ainda não chegaram a um consenso sobre como a glucosamina combinada com a condroitina consegue este efeito, mas parece que o tratamento inibe as enzimas que degradam a cartilagem, provocando a sua dete-

rioração. Alguns peritos reclamaram ainda que a glucosamina pode recu-perar alguma da cartilagem já degra-dada.

Documentado cientificamenteActua mesmo? De acordo com estudos científicos, definitiva-mente parece que sim. Não só melhora o funcionamento das articulações, como os estudos também demons-tram que reduz as dores articulares tão eficaz-mente como os AINE’s (medi-

camentos anti-inflamatórios não esteróides) que são amplamente utilizados para tratar articulações inflamadas e dolorosas. De facto, investigadores Espanhóis do Hospital Universitário Dr. Peset em Valência publicaram recentemente um estudo na revista científica Radiologia Europeia (European Radiology), no qual comprovaram a capacidade da glucosamina dimi-nuir a dor e melhorar o funciona-mento das articulações em pessoas com a cartilagem do joelho degra-dada.

Eur Radiol. 2009Arthroscopy. 2009 Jan;25(1):86-94.

(*) Farmacêutica

Um modo natural de ajudaras articulações dolorosas

Estudos demonstram que o melhor efeito é obtido com sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina. O prefixo “sulfato” refere-se ao facto dos componentes serem combinados com enxofre. Biologica-mente, a glucosamina e a condroitina necessitam da presença de enxofre para actuar adequadamente. Outra forma de glucosamina predomi-nantemente utilizada em preparações de glucosamina nos Estados Unidos é o “cloridrato de glucosamina”. Esta forma da substância não actua tão bem quanto o sulfato de glucosamina, explicando a razão por que alguns estudos não apresentam os efeitos esperados.Algumas pessoas tomam glucosamina pura com MSM (metil sulfonil metano), que é um composto de enxofre, de modo a permitir que a glucosamina actue adequadamente. Outras combinam a glucosa-mina com sulfato de condroitina, outra substância estimuladora da cartilagem. A maioria dos estudos publicados com efeitos compro-vados na osteoartrose utilizaram sulfato de glucosamina.

Porquê “sulfato”?

Dra. Inês Veiga (*)

A 26.ª edição da Santiagro – Feira Agropecuária e do Cavalo vai voltar a promover os produtos regionais de excelência da Costa Alentejana, contribuindo para dinamizar a economia local e para pôr em evidência uma região que é cada vez mais procurada. Durante a apre-sentação de mais uma edição do certame, que este ano decorre entre os dias 31 de Maio e 1 e 2 de Junho, em Santiago do Cacém, o presidente da câmara municipal, Vítor Proença, enalteceu a forte componente económica da Santiagro e lembrou que a feira vai decorrer em 2013

«numa conjuntura económica difícil e num momento em que é preciso valorizar cada vez mais aquilo que a terra tem para dar».

A mesma posição foi partilhada pelo presidente da Caixa de Crédito Agrícola da Costa Azul, Jorge Nunes, que considerou inclusive que uma grande parte da população está nos dias de hoje a regressar à terra,

depois de ver fechadas oportuni-dades no sector da construção civil e no estrangeiro. «A CCA Costa Azul criou inicialmente este certame para ser apenas uma mera pequena exposição, num período em que a agricultura estava em franca expansão, tendo merecido ao longo dos anos seguintes vários investi-mentos», lembrou.

Um factor de atracção turísticae de dinamização do território

Já o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alen-tejo, Ceia da Silva, considerou que a Santiagro deve ser vista enquanto factor de atracção do território, dado o seu contributo para a criação de dinâmicas locais e para o aumento da taxa média dos visi-tantes. Ceia da Silva sublinhou também que a aposta da autarquia no certame tem permitido aos expositores locais encontrar novas janelas de oportunidades, uma visão «inteligente» e partilhada pela própria ERT que quer ver criadas futuramente plataformas logísticas rurais por forma a desen-volver ferramentas que possibi-litem aos produtores escoar os seus produtos locais. «Esta feira é um emblema de Santiago e do Alen-tejo», acrescentou.

Cartaz dominado pelos Xutos, Diabo na Cruz e não só

Álvaro Beijinha, vereador na autarquia com a pasta das Activi-dades Económicas, afirmou que

os três dias da feira serão dedi-cados às coudelarias, caça e aves, à agricultura biológica e suinicul-tura e à floresta, bovinos e caprinos. Como pontos altos do certame, o autarca destacou a realização de diversos colóquios, cujos temas estão intimamente ligados à agri-cultura e pecuária, de um leilão de gado (uma inovação na Santiagro), dos food shows, das provas de vinhos, e da já tradicional corrida à portuguesa, com a presença dos toureiros Joaquim Bastinhas, Rui Salvador, Sónia Matias, Forcados Amadores de Beja, Moura e Riba-tejo e Ganadaria Ascensão Vaz.

Os Diabo na Cruz, os Xutos e Pontapés e um espectáculo musical com Vitorino, Janita Salomé, Filipa Pais e Grupo Coral Cantadores do Redondo vão deliciar as cerca de 25 mil pessoas que são esperadas nos três dias do evento, orçado em 188 mil euros. As entradas mantêm-se pagas, embora os preços sejam inferiores ao ano passado. Está já confirmada a presença de 145 expositores, mais 38 do que em 2012.

Bruno Cardoso

Santiagro de excelência para combater a criseFeira abre oportunidade para produtores lutarem contra conjuntura económica adversa. Objectivo passa por estabelecer Santiago do Cacém como um pólo dinamizador do sector agropecuário e agroindustrial na região.

Autarquia aposta forte no cartaz musical da 26.ª edição do certame

Friso de figuras públicas na apresentação da 26.ª edição do evento

CM

SC

UMA nova ciclovia com 1,6 quilómetros de extensão vai nascer até ao final do ano no Pinhal Novo. Álvaro Amaro, vereador na Câmara Municipal de Palmela com a pasta dos Transportes, sublinhou que o «novo investimento vai promover a deslocação de modos suaves e não poluentes na freguesia», ligando as zonas norte e sul da vila, mas em parte, também as zonas nascente e poente da localidade.

Durante a apresentação do projecto, o autarca referiu igual-mente que a nova ciclovia vai requalificar a «envolvente paisagística e a vivência da população», potenciando a utilização do novo troço ciclável e dos outrora existentes como espaços de lazer e de circulação privilegiada para modos suaves de deslocação no aglomerado urbano. A cons-trução da ciclovia vai ligar a zona da vila Serena à estação ferroviária local e ao extremo sul do Pinhal Novo, através do loteamento de Val’Flores.

A aprovação do projecto surgiu do aproveitamento de um espaço do domínio público

ferroviário, o antigo ramal do Montijo (já desactivado), cedido e protocolado com a Refer, para a instalação das chamadas vias verdes, um conceito que pretende ligar através destes corredores grande parte do espaço europeu. O projecto foi também alvo de acompanha-mento e aprovação por parte de diversas entidades, desig-nadamente da Administração Regional Hidrográfica de Lisboa e Vale do Tejo/Agência Portuguesa do Ambiente, da Refer e das Estradas de Portugal.

O projecto tem um custo estimado em aproximada-mente 350 mil euros, acres-cido do IVA à taxa legal em vigor. As obras no terreno deverão arrancar em Outubro.

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ACTUAL

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Ceia da Silva diz que novo mapa não atrasa Costa Alentejana

Palmela investe 350 mil em nova ciclovia para o Pinhal Novo

O PRESIDENTE da Enti-dade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo voltou a reafirmar ao Semmais que concorda com a revisão do mapa turístico português, uma refundação que prevê apenas a manutenção de cinco grandes regiões em Portugal Continental. A revisão do mapa implica, no distrito, acabar com o pólo turístico da Costa

Alentejana, uma decisão que «não vai deitar por terra todo o trabalho já desenvolvido até ao momento».

«Deve haver apenas cinco marcas e as cinco têm de defender as suas áreas estra-tégicas turísticas», sublinhou Ceia da Silva. O presidente da ERT do Alentejo gabou a afirmação da «sub marca “Litoral Alentejano”», mas

garantiu que «as perspec-tivas de desenvolvimento para a costa não se perderão». Em função dessa pujança, que disse querer manter, Ceia da Silva revelou que o actual Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, vai reunir com autarcas e promotores em Tróia no próximo dia 22 para se inteirar dos projectos que

se perspectivam no horizonte próximo.

Ceia da Silva acredita igualmente que a região do Alentejano vai voltar a crescer em termos turísticos já este ano, depois da quebra de 5 por cento verificada em 2012, que travou as subidas verificadas em anos ante-riores. «Já há inclusive muitas reservas para o

próximo Verão», assegurou, acrescentando também que a região deve procurar inter-nacionalizar-se cada vez mais e diminuir a sua exces-siva dependência dos mercados português e espa-nhol, ambos a ressentirem-se com a crise.

O crescimento que se perspectiva para o futuro deverá ser feito, na

contramão, à custa de mercados emergentes. «No ano passado não houve mila-gres, a crise fez-se sentir», lamentou Ceia da Silva, que pretende agora que os vários eventos festivos da região prolonguem a taxa média de estadia do turista, em média de 1,7 dias actualmente.

Bruno Cardoso

Porto de Sines debateu estratégia do Mar até 2020

O SECRETÁRIO de Estado do Mar, Manuel Pinto Abreu, presidiu no Porto de Sines à apresentação e debate sobre a Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020. No evento, que contou na sessão de abertura com a presidente da APS – Administração do Porto de Sines, Lídia Sequeira, marcaram presença cerca de 90 representantes da comunidade portuária e

empresarial de Sines. O docu-mento que vai balizar a acti-vidade portuária nos próximos anos, encontra-se em discussão pública e é um instrumento que apresenta a visão de Portugal no que se refere ao modelo de desen-volvimento deste cluster, assente na «preservação e utilização sustentável dos recursos e serviços dos ecos-sistemas marinhos».

Ciclovia terá 1,6 quilómetros

DR

AM de Almada contra novo SAP PSD apresenta lista para Alcochete

A ASSEMBLEIA Municipal de Almada reclama a repo-sição dos horários de funcionamento do aten-dimento complementar nos Centros de Saúde entretanto retirados, bem

como o prolongamento do SAP, até às 24 horas. Os deputados são contra o funcionamento do SAP das 10 às 17 horas, ao fim de semana, a partir de 2 de Março.

O PSD de Alcochete apre-senta este sábado, às 17 horas, na biblioteca, os cabeças-de-lista aos órgãos autárquicos. Maria do Rosário Prates e João do Valle são os candidatos

à Câmara e à Assembleia Municipal, respectiva-mente. António Silva, Nelson Constantino e Vasco Vitória concorrem às Juntas de Alcochete, Samouco e S. Francisco.

POLÍTICA

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www.semmaisjornal.com

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O CANDIDATO do PS à Câmara de Setúbal escreveu esta semana uma carta às cidades europeias geminadas com a cidade sadina com o objectivo de, caso seja eleito, incrementar a coope-ração e “reforçar” a identidade europeia dos municípios congé-neres e “enriquecer um projecto comum” entre as diferentes diver-sidades culturais.

João Ribeiro, que tem optado por dar notas das suas iniciativas via facebook, garantiu na mesma missiva que pretende assinar todos os anos, no dia da Europa, “um novo protocolo de gemi-nação com outras cidades euro-

peias”, no sentido de alavancar “uma estratégia comum para atracção do investimento e do desenvolvimento de um cluster económico articulado com a polí-tica educativa, desportiva e cultural da cidade”. “Tenciono,

logo após as eleições autárquicas convidar os presidentes dos muni-cípios geminados para participar nas comemorações do dia da Europa, em 2014, em Setúbal”, afirmou João Ribeiro.

Esta semana ficámos também a saber que o candidato socia-lista falou com os três anteriores presidentes da Câmara de Setúbal, eleitos após o 25 de Abril, Fran-cisco Lobo (APU), Mata Cáceres (PS) e Carlos Sousa (CDU), com o objectivo de lhes manifestar a intenção de conversar sobre “como viam Setúbal no início dos seus mandatos e com o veem agora”.

Candidato do PS quer aproximar geminações europeias e fala com ex-presidentes

Bloco de Esquerda contra mega-agrupamentos

Paulo Gamito defende emprego e desenvolvimento para ganhar Santiago

O candidato do PSD ao município de Santiago do Cacém, Paulo Gamito,

defende que o desenvolvimento e o emprego são essenciais para o futuro do concelho e para a qualidade de vida das populações.

Na apresentação pública da candidatura, realizada na quinta-feira, candidato criticou a gestão

da CDU na autarquia, conside-rando que a mesma «não tem estratégia, nem capacidade para atingir o caminho do sucesso».

«Basta desta política de estag-nação. Inovação, desenvolvi-mento e competência não existe na prática, apenas na retórica», reforça.

No novo quadro comunitário, Santiago do Cacém «tem que se assumir como o concelho mais empreendedor do Alentejo», para que assim possa captar empresas e criar emprego, atraindo mais população.

«Sem desenvolvimento económico não há empresas, sem ela não há emprego», realça.

Neste âmbito, o candidato defende a criação de um programa de empreendedorismo alargado às escolas das fregue-sias e de uma feira de empreen-dedorismo jovem do Alentejo litoral.

Paulo Gamito pretende ainda

promover um programa de bolsa de terras dirigido para os jovens, assim como criar uma bolsa para projectos de empreendedorismo social e associativo.

O presidente da distrital de Setúbal, Pedro do Ó Ramos, lamenta que Santiago do Cacém

não tenha a identidade que as pessoas merecem. «Não há nenhuma marca que identifique Santiago do Cacém», explica, salientando ainda que a autar-quia «não tem rasgo, não tem imaginação, não dá a qualidade de vida que as pessoas precisam».

O candidato, actual administrador da Baia do Tejo, está empenhado em fazer uma campanha forte e a conseguir um ‘score’ eleitoral que possa surpreender as maiorias do concelho. E quer Santiago mais empreendedora.

Paulo Gamito critica política de «estagnação» e «retórica» da CDU

CDU aposta em Figueira Mendes para Grândola

O ANTIGO autarca Figueira Mendes é o candidato da CDU à presidência da Câmara de Grândola, liderada pelo PS, nas eleições autárquicas deste ano.

A candidatura de Figueira Mendes, 70 anos, gerente de profissão, foi aprovada por unanimidade pela comissão concelhia local do PCP.

O candidato da CDU foi presidente da Câmara de Grân-dola durante quatro mandatos, entre 1976 e 1989, tendo depois ocupado o cargo de presidente da Assembleia Municipal por oito anos, entre 1989 e 1997.

Além de Figueira Mendes, o presidente da Assembleia de Freguesia de Melides, António Candeias, eleito como indepen-dente pelo PS, já anunciou a sua candidatura à liderança do município de Grândola por um movimento independente.

Socialistas na expectativa com processo da concelhia

O candidato dos socia-listas, após um diferendo ainda não totalmente sanado junto da concelhia local, é Ricardo Campaniço, após as cúpulas nacional e federativa terem optado por essa solução.

O processo está ainda por resolver, uma vez que a concelhia aguarda uma provi-dência entregue ao tribunal. Aníbal Cordeiro, que no dia 25 de Abril declarou-se candi-dato independente, era a opção de um grupo de diri-gentes ‘rosa’ de Grândola.

A Câmara de Grândola é dirigida desde 10 de Janeiro do corrente ano por Graça Guerreiro Nunes, até então vice-presidente, que rendeu no cargo Carlos Beato, impe-dido legalmente de se recan-didatar a um quarto mandato e actualmente administrador do Montepio Geral.

Uma eventual coligação PSD/PP poderá vir a apoiar a candidatura de Aníbal Candeias, ex-presidente da junta de Melides.

Candidato do PSD apresenta propostas

CDU avança em breve com ‘pesos pesados’

AUGUSTO Pólvora, actual presidente da Câmara Muni-cipal de Sesimbra, vai ser hoje apresentado como cabeça-de-lista pela CDU para o mesmo cargo nas próximas eleições autárquicas. Ao Semmais, o edil já tinha demonstrado interesse em candidatar-se a mais um mandato à frente dos destinos do concelho de Sesimbra.

Praticamente confirmada está também a recandidatura de Maria das Dores Meira pela coligação unitária à presidência da Câmara de Setúbal. O anúncio formal deve ser feito nos próximos dias, agora que já se conhecem os principais rivais: Luís Rodrigues, pelo PSD/CDS e João Ribeiro, PS.

Também Carlos Humberto e Luís Franco estão pratica-mente confirmados para o Barreiro e Alcochete.

POR proposta dos deputados municipais do Bloco de Esquerda, Álvaro Arranja e José Luís Andrade, a Assembleia Municipal de Setúbal aprovou na sua última reunião uma moção contra a constituição de mega-agrupamentos e em defesa

da escola pública, com os votos a favor do Bloco de Esquerda, da CDU e do PS e os votos contra do PSD e CDS.

A constituição de um mega-agrupamento foi imposta recen-temente à Escola 2.3 de Aran-guês, ao Agrupamento de Escolas

Cetóbriga e à Escola Secundária Sebastião da Gama.

Com o ano lectivo a decorrer, o BE de Setúbal diz que «assis-timos a demissões e mudanças nos órgãos de direcção, preju-dicando gravemente o funcio-namento destas escolas».

João Ribeiro quer Setúbal europeia

DR

DR

Na Costa Alentejana, não temos os edifícios mais altos do mundo nem as avenidas mais movi-mentadas.

Não temos praias sobrelotadas nem ilhas artificiais.Temos quilómetros de costa, onde a terra termina

e o mar começa. Marinas para aportar, partir e regressar. Cidades cheias de história, entre castelos, praças, igrejas, vestígios de séculos passados e sonhos de um futuro perfeito.

Temos refúgios secretos, longe das multidões, escondidos entre o silêncio e uma natureza majes-tosa, intacta, por descobrir. Temos areais imensos que falam de liberdade. Temos espaço, muito espaço aberto para seguir em todas as direcções ou contem-plar a grandeza das coisas simples. E temos lagos e pássaros, lugares mágicos concebidos para celebrar o pôr-do-sol.

De noite ou de dia, comemoramos a vida, num Verão que parece eterno. De Março a Novembro, o termó-metro insiste em não descer abaixo dos onze graus centí-grados; de Dezembro a Fevereiro, um suave sol de Inverno acompanha-nos a casa.

Na Costa Alentejana, gostamos do peixe acabado de pescar, da comida farta, confeccionada com produtos da região, de cometer um ou outro pecado com uma sobremesa doce… De festejar momentos únicos com um copo de vinho e um brinde à alegria.

Gostamos dos amigos, de desporto, de percorrer a planície sem destino. Gostamos de passar algum tempo com o mar – só ele e nós; de aprender a língua original de plantas e animais. E gostamos de receber, de ter sempre um lugar à mesa para quem vier. De deixar portas e braços abertos, à sua espera, o ano inteiro.

Mas na Costa Alentejana temos algo ainda mais importante. Um mistério que se desprende de tudo e que lhe é revelado desde o primeiro dia em que aqui chegar. O mundo fica para trás; a vida de todos os dias é colocada em suspenso. As coisas que parecem urgentes perdem, subitamente, toda a importância… E, então, desvendamos o tempo. O tempo e o espaço para relaxar e redescobrir aquilo que é realmente importante: nós próprios, aqueles que amamos, as emoções, os sonhos, a paz… Tempo e espaço para sentir, celebrar e começar de novo.

A tranquilidade é a nossa maior atracção, as nossas pirâmides, a nossa Torre Eiffel, a “especialidade da casa”. O conforto do mar rebentando na praia, lá fora. A sere-nidade de um céu estrelado, longe das luzes da cidade.

Aprendemos a viver devagar porque, por vezes, o mundo anda demasiado depressa. Entre telefones, computadores, filas de trânsito e edifícios de escritó-rios, temos dificuldade em ouvir-nos a nós próprios.

Por isso é que, para além dos hotéis e pequenas pousadas, do sol e da história, das grandes praias do norte e dos areais escondidos entre as falésias do sul, além da gastronomia e da paisagem e do desporto e da aventura, vai encontrar aqui algo ainda mais raro e fundamental: vai encontrar-se a si.

Esta é a Costa Alentejana. Uma terra de vida real, com gente verdadeira que aprendeu a apreciar a vida sem pressa, a saborear cada instante, cada milagre da natureza, cada momento especial. Um sítio autêntico, pouco dado a lojas de souvenirs. As recordações que daqui levar não se compram nem levam na mala; seguem para sempre na sua memória, no seu coração. Na sua pele.

Isto é o que conseguimos explicar por palavras e imagens; para compreender tudo o resto, é preciso sentir. É preciso vir aqui.

Costa Alentejana.A vida é para sentir.O resto é paisagem.

Editorial

O conjunto de potencialidades que a Costa Alentejana oferece para a

consolidação do cluster turístico da região e do país, tem merecido crescente interesse das tutelas do

sector, operadores no terreno e de investidores nacionais e estran-

geiros. A magia da sua história, a majestade do património natural e a riqueza da sua cultura e das gen-

tes, fazem parte de uma carteira de oferta cada vez mais apelativa. Este

caderno, da responsabilidade da Entidade Regional de Turismo da

Costa Alentejana, pretende marcar este desígnio num dos destinos tu-rísticos de excelência de Portugal.

Alcácer do Sal

História

Património Construído

Património Natural

Gastronomia e Vinhos

ALCÁCER DO SAL é uma das mais antigas cidades da Europa. O seu nome, advém de ter sido historicamente uma região fornecedora de Sal. Dos pinheiros da região utilizados na construção das caravelas, à importância do rio Sado para o comércio, um lugar impar, onde as tradições se aliam à riqueza geográfica de um lugar… único. Aqui pode conhecer um museu único a nível nacional, esca-vado no subsolo de um castelo. Pode ainda deixar-se seduzir pelo verde dos extensos arrozais, dos espessos pinhais e do montado de sobro, ou atrever-se a caminhar sobre as águas num cais palafítico único na Europa.O Rio Sado é um dos grandes símbolos do município e tem a particularidade de ser um dos poucos rios da Europa que corre de sul para norte, percor-rendo cerca de 18 km até à foz.

Alcácer do Sal é uma cidade rica em património arquitetónico e arqueológico de diferentes épocas. Quem visita a cidade pode

viajar no tempo por entre ruas estreitas e sinuosas que conduzem por entre casas típicas e senhoriais, igrejas,

capelas e achados arqueológicos.São pontos de paragem obrigatória o Castelo de

Alcácer do Sal, a Cripta Arqueológica, o Fórum Romano, o Santuário do Senhor dos Mártires

e a Igreja de Santiago.

Com um rio de perder de vista e extensos arrozais, Alcácer do Sal tem uma paisagem diversa que muda de cor com as estações do ano e as diferentes fases de produção agrícola.A Reserva Natural do Estuário do Sado abrange parte significa-tiva do município de Alcácer do Sal, e a maior parte do estuário e da sua zona circundante, conferindo uma beleza arrebatadora, grande diver-sidade de paisagem e de uma riqueza natural magnífica.Representando uma área protegida de incomparável diversidade biológica, a Reserva Natural do Estuário do Sado compreende 23.160 ha. A importância da fauna e da flora desta reserva estende-se desde a vegetação de água salgada que margina o estuário, ao sapal, aos lodos que, juntamente com a dinâ-mica das marés, são abrigo das inúmeras espécies que aqui se podem encontrar, com destaque para os golfinhos e flamingos que dominam o Rio Sado, as cegonhas-brancas, as garças, os perna-longas, os colhereiros, os flamingos-rosa, as aves de rapina, os patos, os alfaiates e ainda a lontra europeia, os saca-rabos, os gamos e os golfinhos, entre outras.

A gastronomia de Alcácer do Sal prima pela sua riqueza. Baseada na triologia mediterrânica que

combina pão, azeite e vinho, os habitantes locais adicio-naram-lhe ervas aromáticas e outros produtos da terra,

com destaque para a carne de borrego, porco e caça. Destaque ainda para o papel do arroz, do pinhão e de outras

especialidades que sazonalmente nascem de forma espontânea pelos campos do município, caso dos espargos selvagens, das túbaras

ou das carrasquinhas.Destacam-se ainda os produtos de confeção tradicional, como os enchidos

e queijos de ovelha, que são bastante apreciados.A gastronomia de Alcácer prima ainda pela doçaria conventual. São famosas as

suas receitas (algumas delas secretas) em que a qualidade dos géneros se combinou com a mestria dos confecionadores para produzir requintados paladares. É preciso, sobre-

tudo, não deixar de saborear as pinhoadas, a tarte de pinhão, os rebuçados de ovos, o bolo de mel, as queijadas de requeijão, os salatinos, o bolo real e os pastéis de feijão e amêndoa.Quanto aos vinhos, destacam-se os vinhos da Herdade de Portocarro, da Herdade da Comporta, da Herdade da Monteira e da Herdade das Soberanas.

II | Ver mais em www.costaalentejana.com.pt

Grândola

Outros locais de interesse em Alcácer do Sal

Grândola na página seguinte

Vila de casas térreas, muito brancas, com chaminés escuras rentes ao beiral, o TORRÃO esconde uma história de muitos séculos de ocupação que atinge épocas pré-históricas. O Torrão pertence ao município de Alcácer do Sal, onde se tornam dominantes as marcas arqueológicas de ocupa-ções pré-históricas e romanas. Da forte ocupação árabe sabe-se que terminou definitivamente com a reconquista de Alcácer do Sal de 1217, a cujo domínio pertencia nesse período.A barragem de Vale de Gaio é um dos locais ideais para a prática da vela, do windsurf e da pesca desportiva.

A COMPORTA faz parte do município de Alcácer do Sal. Integrada na Reserva Natural do Estuário do Sado, a Comporta é um autêntico paraíso natural banhado pelo Rio Sado. Esta aldeia com crescente importância turística situa-se a pouca distância da costa oceânica e tem um conjunto arquitetónico equilibrado, que constitui um teste-munho contra a uniformização e despersonalização típicos do desenvolvimento moderno. Além das belas praias, das casas típicas dos pescadores, da gastronomia e do desporto, a Comporta tem tradição na produção de arroz, batata doce e mais recentemente de vinho.

Merece ainda destaque a CARRASQUEIRA, o povoado de pescadores integrado na Reserva Natural do Estuário do Sado, e o seu cais palafítico – o maior da Europa. O intrin-cado labirinto de estacas e passadiços em ziguezague, cons-truído para permitir o acesso dos homens do mar, oferece um cenário único, pelo Sado adentro, onde se pode observar a natureza e azáfama dos pescadores regressados da faina com peixe fresco.

Ver mais em www.costaalentejana.com.pt | III

História

Património Natural

Património Construído

Gastronomia e Vinhos

Aquela que ficou conhecida como "A Vila Morena" é no entanto bastante mais do que isso, pelo seu passado espelhado no vasto património construído, pelo seu presente delineado no magní-fico património natural, dos mais ricos, em todo o país. Um município, para visitar… e regressar! A Frente Atlântica do município de GRÂNDOLA repre-senta a maior extensão de praia do País, caracterizada pelos seus 45 km de praias de areias brancas e águas cristalinas. Em termos geológicos, o seu território é caracterizado por três grandes zonas, a serra de Grândola, excelente para fazer caminhadas, a planície e a faixa costeira, que apresentam marcadas diferenças na composição do solo, no relevo, na flora e na paisagem em geral.

Do passado histórico de Grândola, há vestígios romanos no Cerrado do Castelo, onde estariam localizadas umas

termas. No centro da Vila merece destaque a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção e ainda o

Museu de Arte Sacra, instalado na Igreja de S. Sebastião, o Memorial ao 25 de Abril, o monu-

mento a José Afonso e a Praça D. Jorge.

Devido às suas condições naturais, o território do município de Grândola é bastante diversi-ficado. De facto, podem considerar-se nele pelo menos três sub-unidades regionais: a Serra, a Planície e a Costa, cada uma delas com as suas características específicas.A diversidade faunística é inegável: saca- rabos, gineta, raposa, javali, gato bravo (único local), lebres, coelhos, chapins, perdizes, melros, piscos, cartaxos, rolas, pombos torcazes, pica-pau, águia cobreira, águia - de – asa - redonda, rapinas noturnas como: mocho galego, coruja das torres, coruja do mato, entre outras espécies.Aqui dominam os montados de sobro, azinho ou mistos, os povoamentos mais carac-terísticos do sudoeste da Península Ibérica; abundam ainda estevas, medronheiros, rosma-ninho, urzes e giestas. Associa-se-lhes uma exploração agro-silvo-pastoril.São belíssimas as praias entre Tróia e Melides, algumas, verdadeiros paraísos escondidos.

Na cozinha tradicional do município de Grân-dola coexistem dois aspetos fundamentais. Por um lado, o resultante das influências do Alentejo interior, onde predominam os caldos,

as açordas, os jantarinhos, os pratos à base de carne de porco e borrego e os pratos de caça;

por outro lado, o que deriva das atividades pisca-tórias artesanais desenvolvidas ao longo da faixa

costeira e da proximidade de importantes portos de pesca, resultando em vários pratos de peixe, como

por exemplo: as sopas e massa de peixe, as enguias (ensopado, caldeirada ou fritas).

Relativamente aos vinhos, destacam-se os vinhos do Monte da Serenada, do Pinheiro da Cruz e do Brejinho da Costa.

Na doçaria, é possível desfrutar das alcomonias e os rebuçados de pinhão de Melides.

Outros locais de interesse em Grândola

Com uma faixa costeira a rondar os 30 km, o CARVA-LHAL situa-se a 22 km de Grândola, a 25 Km de Tróia e a 17 Km de Melides.O seu território é, na sua maior parte, constituído por dunas arenosas e sapais. Uma parte importante deste território é a península de Tróia, resul-tado da acumulação de areias fluviais e marítimas. A fragilidade destes ecossistemas e, simul-taneamente, a sua riqueza biológica, levaram a que uma parte fosse considerada reserva botânica, e a outra fosse integrada na Reserva Natural do Estuário do Sado. Embora se possa considerar a costa do Carvalhal como uma única praia contínua, em termos de apoios e equipamentos, está dividida em várias praias, das quais há que referir, para além das da Comporta e de Tróia, a da Raposa, do Pego, do Carvalhal, do Brejo, e da Torre. De referir que a Praia do Carvalhal, foi em 2012, uma das 21 fina-listas do evento 7 Maravilhas de Praia – Praias de Portugal.

A Mina do LOUSAL e a respe-tiva aldeia mineira corres-pondem a um antigo couto mineiro explorado desde o final do século XIX. Localiza-se na freguesia de Azinheira dos Barros e São Mamede do Sádão. Toda a história do Lousal está ligada à exploração mineira e ao desenvolvimento e meca-nização das minas. No Lousal não se pode deixar de visitar o Museu Mineiro do Lousal, situado na Central Elétrica das antigas instalações da mina. O museu dispõe de um rico conjunto de objetos associados à atividade social e cultural, que evocam a memória e conheci-mento ligados ao trabalho e técnicas de mineração que fizeram a história do Lousal.Nas imediações merece destaque o Centro Ciência Viva do Lousal, instalado num antigo edifício das minas. Trata-se de um centro que tem como principal objetivo a divulgação da cultura cientí-fica e tecnológica junto dos visitantes. No Centro Ciência Viva do Lousal é convidado a viajar no tempo e a recuar à época em que a mina do Lousal se encontrava ativa, onde minérios formados há milhões de anos foram explorados por milhares de mineiros. O Centro integra áreas expositivas, módulos interativos, gruta virtual, laboratório, cibercafé, auditório, espaços recreativos e um miradouro.Quer o Museu Mineiro, quer o Centro Ciência Viva do Lousal, organizam visitas guiadas aos seus visitantes.

MELIDES é uma pequena aldeia, a apenas 5 km da praia, que, apara além da lagoa de Melides, alberga os mais antigos vestígios de ocupação humana desta área: o Dolmen da Pedra Branca, da Idade do Bronze. Aqui, onde o mar e a costa se unem, encontra o lugar ideal para se aventurar na descoberta.A Lagoa de Melides, separada do mar pela faixa de areia que se estende ao longo da Costa, oferece aos visitantes uma experiência riquíssima ao nível da diversidade de fauna e flora, destacando-se a avifauna, com mais de duas centenas de espécies identificadas.

Situada numa zona de grande beleza natural e integrada na Reserva Natural do Estuário do Sado, a Península de TRÓIA é uma faixa de areia dourada com cerca de 17km de comprimento e 1,5km de largura, rodeada por um mar azul que faz deste local um destino privilegiado para momentos de lazer. As praias de Tróia são famosas pela sua tranquilidade e boas condições que oferecem a todos os visitantes, usualmente praias de larga extensão que consagram espaço e condições inigualáveis.A ocupação humana de Tróia remonta à época romana, quando aí foi instalado um centro de produção de molhos e salga de peixe que se tornou um aglomerado urbano abandonado no séc. VI. No século XVI fazem-se roma-rias à Ermida de Tróia. A ocupação turística começou nos anos 60 e continua hoje com vários projetos turís-ticos, de grande qualidade.De salientar que a Praia Tróia-Mar, foi em 2012, uma das 21 finalistas do evento 7 Maravilhas de Praia – Praias de Portugal.

Casino de Tróia – Inaugurado no primeiro dia de 2011, é um espaço sofisticado e dinâmico, com uma arquitetura e decoração arrojadas. Para além dos salões de jogo, dispõe de um Centro de Espe-táculos com uma programação de concertos e artistas nacionais e internacionais, espetáculos infantis, entre outros.

Ruínas Romanas de Tróia - Classificadas como Monumento Nacional desde 1910, são o maior complexo de produção de conservas e molhos de peixe conhecido no Ocidente romano. As Ruínas Romanas de Tróia são testemunho de um grande centro de produção de salgas de peixe com os típicos tanques de salga aglomerados em oficinas de salga. Fundado no século I, depressa se tornou um aglo-merado urbano com casas, termas, necrópoles e uma basílica paleocristã de finais do século IV com pinturas murais a fresco. Conhecidas desde o século XVI, foram alvo de várias campanhas de escavação, a primeira das quais no séc. XVIII, por inicia-tiva da Infanta D. Maria, futura D. Maria I, e outras de grande envergadura nos séculos XIX e XX. Um raro património que pode ser visitado, com marcação, com atividades para crianças, passeios organizados e programas de escavação para jovens com os arqueólogos.

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Santiago do Cacém

Património Natural

Património Construído

Gastronomia e Vinhos

O município de Santiago do Cacém é riquíssimo em termos de história, detendo um património arquitetónico e arqueo-lógico ímpares, com paisagens maravilhosas que o convidam à descoberta. Destaca-se o Castelo no cimo de uma colina, com as suas cinco torres semicirculares, presume-se de origem árabe. Tal como o Castelo, também a Igreja Matriz está classificada como Monumento Nacional. Circundando estes monumentos está o Passeio das Romeirinhas, onde se pode apre-ciar uma paisagem magnífica que encanta os sentidos e faz sonhar.O Museu Municipal está instalado na antiga Cadeia, conservando ainda uma cela intacta. No Museu é possível apreciar um importante espolio arqueológico que retrata

a presença humana desde o Paleolítico, além de inúmeras peças provenientes de Miróbriga.Merecem ainda evidência a Quinta do Chafariz, o Moinho da Quintinha, a Igreja da Misericórdia, o Pelourinho, entre outros.À saída da cidade de Santiago do Cacém fica Miróbriga, que

constitui um dos mais importantes sítios arqueológicos de Portugal, e revela os traços de um passado que interessa recordar. Classificadas como património de interesse público desde 1940, as Ruínas Romanas de Miróbriga são um testemunho inte-ressante da presença romana. Pode observar-se que Miró-

briga terá sido uma cidade Romana, com ruas pavimentadas, casas de mais de um piso, sendo que na parte inferior funcio-

navam as lojas ou locais de trabalho e na parte superior as habitações. As termas são as mais

bem conservadas e considerado o mais impor-tante balneário romano do nosso País. É possível

visitar Miróbriga e imaginar como seria a vida numa cidade Romana.

A natureza, e o que tudo ela oferece, constitui um dos pontos mais fortes do município. Em Vila Nova de Santo André encontra-se um dos maiores sistemas lagunar costeiro da Costa Alentejana, a Lagoa de Santo André, inserida na Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha, onde é possível avistar inúmeras espécies de aves e peixes, tais como as águias, os flamingos. É possível efetuar visitas guiadas pela Reserva Natural, devendo para tal contactar a entidade responsável.

Santiago do Cacém, apresenta uma diversidade gastronómica onde ricos sabores sobrevivem na história e na tradição. As enguias da

Costa de Santo André, fritas, são um petisco muito apreciado, que pode ser acompanhado com pão e vinho da região.

As carnes de caça como a lebre, o coelho, a perdiz e o javali, multiplicam-se numa grande variedade de pratos e petiscos. Coentros, poejos, orégãos,

hortelã, alho, pimentão, salsa e louro são as ervas os temperos mais utili-zados na confeção dos nossos comeres.

Dos vinhos existentes no município de Santiago do Cacém, destacam-se, por serem os únicos, os da Herdade do Cebolal.

A doçaria conta com o Bolo de Santiago, feito de amêndoa, gila e canela, as alco-monias e os rebuçados de pinhão e mel embrulhados em papel colorido, entre outros.

SANTIAGO DO CACÉM, é um lugar para descobrir...e redescobrir!O município, oferece ao visitante não só um leque variado de praias, mas também um riquíssimo património natural, arquitetónico e arqueológico, que transforma cada visita, numa verdadeira descoberta... para repetir.

Santiago do Cacém na página seguinte

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Sines

COSTA DE SANTO ANDRÉ - Localizada próximo do mar e rodeada por um areal que se estende por vários quiló-metros, a Costa de Santo André é uma área excelente de lazer, onde ainda se podem observar barcos de pesca arte-sanal. Santuário ornitológico que importa salvaguardar, constitui um ponto estratégico para a estada, passagem e nidificação de muitas aves migratórias. Neste local encontra as condições ideais para o sucesso de umas boas férias de praia, mar e sol. Um paraíso para todo o ano.

Outros locais de interesse em Santiago do Cacém

Parque Temático – O Badoca Safari Park é um parque natural, com uma área de 90 hectares, que o convida a passar um dia diferente no meio da natureza e a conhecer a beleza da vida animal, em plena liberdade. Viva a aven-tura do safari e conviva de perto com zebras, girafas e muitas outras espécies e sinta-se transportado para o conti-nente africano. Se deseja envolver-se no trabalho de conser-vação da vida selvagem, levado a cabo no Badoca Safari Park, pode adotar um dos animais do parque. Uma das novas atrações é o verdadeiro esqueleto de girafa que o Badoca Safari Park tem em exibição. Uma ótima forma dos visitantes ficarem a conhecer de perto estes magní-ficos animais.

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História

Património Natural

Património Construído

Gastronomia e Vinhos

A história de Sines tem sido enformada pela importância do Oceano e pelo caráter inigualável das suas gentes. O elemento marítimo tem sido assim uma presença constante na História do município de Sines, cidade berço do grande navegador Vasco da Gama. Os seus recursos definiram a economia, deram corpo a uma cultura rica e diversificada, afirmaram o caráter das suas gentes, numa cidade que hoje, é um importante ponto turístico da Costa Alentejana. Em termos de morfologia, o município de Sines divide-se em três grandes unidades: a planície, a escarpa oriental e o relevo residual do maciço vulcânico de Sines. São também relevantes a costa arenosa norte, o cabo de Sines e a costa rochosa sul.No que diz respeito ao uso do solo, verifica-se que na cobertura vegetal do município de Sines predominam as matas de pinheiros e eucaliptos, plantadas pelo homem.

Sines é um município privilegiado do ponto de vista natural, nomeadamente no seu recorte de costa. A parte sul do município está integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Grandes escarpas, prainhas, complexos de dunas, pequenos ribeiros, charnecas, zonas de serra… é um lugar de uma diver-sidade única e uma experiência de paisagem emocionante. A norte do município, a zona húmida da Lagoa da Sancha (inte-grada na Reserva Natural da Lagoa de Santo André e da Sancha) é um elemento de grande valor natural.

O navegador Vasco da Gama, descobridor do Caminho Marítimo para a Índia, é uma das maiores figuras da história portuguesa e mundial e foi em Sines que nasceu.

É impossível dissociar o navegador do património histórico da cidade de Sines. É bastante fácil traçar um roteiro na cidade de Sines baseado nos monumentos

do Gama. Esse roteiro começa no Castelo (onde passou a infância e poderá ter nascido), passa pela Igreja Matriz (onde foi ordenado), para na Estátua

de Vasco Gama (testemunho do amor de Sines pelo seu filho mais célebre) e termina na Igreja de Nossa Senhora das Salas (que mandou

reconstruir e por cuja santa tinha uma especial devoção).O núcleo sede do Museu de Sines e a Casa de Vasco da Gama

estão instalados no Castelo e apresenta as peças mais significativas do património arqueológico do muni-

cípio. Através de um conjunto de instalações multi-média, a Casa de Vasco da Gama, na Torre de

Menagem, mostra a biografia do navegador, os espaços onde habitou e o contributo

da viagem pioneira do Gama para a visão do mundo.

A cozinha típica do município tem como base o peixe e o marisco, ingredientes sempre frescos, provenientes,

em grande parte, das duas lotas existentes, em Sines e Porto Covo. Pratos como o arroz ou massinha de peixe ou

de marisco e a feijoada de búzios, são exemplos também da influência do interior alentejano, resultando numa combinação

irresistível entre os sabores da costa e da planície. Se a principal força da gastronomia de Sines está nos frutos do mar, sob

todas as formas - pratos quentes, saladas, petiscos -, não deixe de provar o doce regional “Vasquinhos”, pequenos bolos à base de amêndoa que tomam

o nome do navegador aqui nascido.

Outros locais de interesse em Sines

PORTO COVO - Situada em pleno coração do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a aldeia de Porto Covo tem um encanto que maravilha quem procura um ambiente tranquilo e natural. Irresistível para quem se aventura à descoberta do melhor que a Costa Alente-jana tem para oferecer. Turismo sustentado por uma oferta de qualidade, inserida numa paisagem deslumbrante, que alcança no mar e repousa nas casas brancas de uma aldeia que se ergue sobre as mar. Além de ser uma característica povoação piscatória, Porto Covo é também um pólo de interesse turístico, com as suas praias de areia fina e branca, aquecida pelo sol entre as falésias. As suas águas são trans-parentes e ricas em peixes saborosos que deliciam os visi-tantes.

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OdemiraOutros locais de interesse em Odemira

No município de Odemira, há ainda locais de grande interesse turístico, dos quais se destacam: A aldeia de ALMOGRAVE caracteriza-se sobretudo pelo seu sossego impar, a cerca de 500 metros do mar, convidando a um passeio a pé ou de bicicleta até à praia. Com duas partes muito distintas entre si, Almograve oferece uma das praias mais bonitas da Costa Alentejana. De um lado, a praia de rochas e arribas de xisto, do outro, a praia de areia encostada às dunas. Almograve está inserida no Parque Natural do Sudoeste Alen-tejano e Costa Vicentina, permitindo ao visitante estar em contacto com a natureza no seu estado mais virgem, obser-vando toda a riqueza da sua fauna e flora. Na aldeia, e para além das bonitas praias, destaque também para a igreja da aldeia e para o Moinho de Vento da Longueira, propriedade da Câmara Municipal de Odemira e disponível para visitas.SANTA CLARA-A-VELHA merece uma visita atenta e demo-rada. A aldeia, branca e florida, desenvolveu-se à sombra da igreja de Santa Clara de Assis, conservando o seu carácter rural. Nota também para a fonte do Azinhal, datada de 1892 e restaurada em 1995, junto da qual existe um aprazível parque de merendas Santa Clara-a-Velha merece uma visita atenta e demorada. A não perder é a barragem de Santa Clara, a quatro quilómetros da aldeia. O espelho de água de Santa Clara é dos mais fortes pontos de interesse turístico do interior do muni-cípio de Odemira. Um passeio por este lago gigante permite observar os seus inúmeros recantos e ilhéus, quase sempre com uma paisagem de floresta como envolvência.Em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, VILA NOVA DE MILFONTES é um dos destinos de férias mais procurados da região. As praias são o seu principal ponto de atração turística, a juntar, cada vez mais, às límpidas águas do rio Mira, que aqui se abre num magnífico estuário, com o devido destaque para a Praia das Furnas, uma das 7 vencedoras em 2012, das 7 Maravilhas de Praias – Praias de Portugal, na categoria de Praias de Rios. O seu casario, branco e azul, estende-se até ao rio Mira, cujo imenso estuário é um ecossistema notável e equilibrado. Junto ao rio, o pequeno porto de pesca mantém a tradicional ativi-dade de Milfontes. Daqui é possível atravessar por barco até à outra margem ou navegar rio acima até Odemira. Recomen-dável é também uma visita à igreja matriz e às capelas de São Sebastião e de Santo António da Cela. Igualmente interessante é um passeio pela zona privilegiada de Barbacã, junto da qual se encontra o Forte da Boca do Rio, edificação filipina do início do séc. XVII e também conhecido por castelo. As praias continuam a ser o maior motivo de atração da ZAMBU-JEIRA DO MAR e consegue-se perceber isso mesmo, através da distinção da Praia da Zambujeira do Mar, enquanto vence-dora na categoria de Praias Urbanas do evento 7 Maravilhas de Praias – Praias de Portugal.No cimo da falésia, a pequena povoação de Zambujeira do Mar, que desde tempos remotos se dedica à atividade pisca-tória, é um miradouro natural para o imenso oceano. O mar foi recortando as grandes arribas de xisto, estendendo grandes areais ou criando pequenas praias, muitas delas desertas.As dunas estão povoadas de estorno e camarinhas. A presença de numerosas espécies de aves, águias, garças, cegonhas, pombos da rocha e andorinhas do mar demonstra a riqueza deste ecossistema.

História

Património Natural

Património Construído

Gastronomia e Vinhos

Dotada de uma localização estratégica, Odemira teve no rio Mira a via natural de passagem e penetração para o Alentejo interior, o que fez dela um ponto estra-tégico cobiçado pelos vários povos que aqui viveram. O povoamento do município é bastante remoto, como o provam os numerosos vestígios de culturas ante-riores à romanização e os testemu-nhos das culturas posteriores.O município de Odemira caracteriza-se pela imensa diversidade paisagística, estendendo-se entre a planície, a serra e o mar, encontrando-se organizado segundo três faixas territoriais/económicas distintas: Na faixa costeira surgem pequenas praias que recortam as falésias e os portos de pesca tradicionais que disponibilizam as melhores riquezas gastronómicas da costa. Dos seus 55 km de costa atlântica, 12 km são de praia. Toda a zona costeira do município está integrada no Parque Natural do Sudoeste Alen-tejano e Costa Vicentina. A faixa central faz a transição entre a charneca, dominante na faixa costeira, e a serra, dominante na faixa interior. A faixa interior do concelho, marcada por uma orografia bastante acidentada, é palco para a maior mancha florestal do país, seja ela autóctone (sobreiro e azinheira), seja ela exótica (como o eucalipto).

A diversidade morfológica deste muni-cípio, atravessado pelo rio Mira, permitiu

que as populações aqui se fossem esta-belecendo desde tempos muito recu-ados, conforme as suas necessidades e capacidades tecnológicas.Do património arqueológico local, destacam-se os inúmeros vestígios arqueológicos existentes e saliente-se a Necrópole do Pardieiro e um

troço das muralhas do antigo castelo de Odemira, ambas da Idade do Ferro

e passíveis de ser visitadas.Desses tempos longínquos até hoje, são

infinitos os exemplos de arquitetura tradi-cional em taipa, ou outros edifícios genuínos,

grandes montes agrícolas ou pequenas povoações, chafa-rizes, noras, moinhos, sendo de salientar o enquadramento paisagístico em que estes testemunhos se inserem. As igrejas históricas, que estiveram na origem das povo-ações, devem também ser referenciadas como elementos importantes de estruturação da paisagem e pela sua beleza singular.A nível de património militar, o forte de S. Clemente, protetor da povoação de Odemira, que tinha em Vila Nova de Milfontes o seu posto avançado contra a pirataria, aparece como um dos mais emblemáticos do concelho.

Situado no sudoeste de Portugal, o município de Odemira evidencia características tão distintas como a planície, a serra, o rio, a barragem, o mar e as praias, sendo esta imensa diver-sidade o principal atrativo do maior concelho do país, com 43% da sua área territorial em Rede Natura e Parque Natural.Oferece 12 km de praias ao longo dos seus 55 km de costa, os quais estão integrados no Parque Natural do Sudoeste Alen-tejano e Costa Vicentina (PNSACV), um dos mais extensos parques naturais portugueses.A Costa Sudoeste constitui uma das faixas costeiras menos afetadas pela intervenção humana e têm características biofí-sicas e ecológicas únicas no contexto europeu. Nesta faixa costeira a flora é deslumbrante. Também a fauna nos oferece características únicas nestas paragens, pois ao longo de toda a costa, encontra-se a única população portu-guesa de lontra (Lutra lutra) que utiliza o meio marinho para se alimentar de peixes e crustáceos. Nas falésias rochosas é possível encontrar várias espécies que aí nidificam, como o falcão-peregrino e a cegonha branca (Ciconia ciconia). Nestas zonas são também frequentes espé-cies faunísticas mediterrânicas, destacando-se, o javali, raposas, ginetos, texugos e os saca-rabos.

A oferta Gastronómica do município de Odemira é variada, com peixe e marisco fresco, enchidos de quali-dade, bons queijos e vinho, pão e aguardente de medronho. É possível encon-trar, ao mesmo tempo, pratos de peixe fresco, nomeadamente grelhado, com os tradicionais pratos alentejanos, como os enchidos. Será impossível não se surpreender pela quali-dade da sua gastronomia, da qual destacamos nas sopas a Sopa de tomate, a Sopa de batata com beldroegas, e a Açorda de marisco. Quanto à Carne, evidenciam-se o Frango de molho, o Jantarinho de grão e o Ensopado de borrego. Relativamente ao Peixe o destaque vai para o Sargo grelhado, os Filetes de peixe pampo, a Moreia frita, a Feijoada de búzios, o Arroz de polvo ou o Arroz de marisco. Na doçaria sugerimos o Bolo lêvedo, o Bolo de torresmos e as Alcôn-coras (biscoitos de azeite e mel).Dos vinhos existentes no município de Odemira, destacam-se os da Adega dos Nascedios.

CRÉDITOS - A imagem dos golfinhos da Sado da pág. II é da autoria de Pedro Narra. Na Pág. III, a foto do Cais Palafíti-co da Carrasqueira é de André Moreira Boto e a da Comporta é de José Manuel Correira. As restantes imagens têm direitos reservados.

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Ao findar de Maio, na cidade capital do Distrito do Var no Sul de França, encetar-

se-á a 41ª edição do muito pres-tigiado “Festival d’Ésports”, sob a égide do Racing Club de Toulon.

Portugal vai estar presente, uma vez mais, com a sua selecção de “Sub-20”, em oportuna rodagem para o “Europeu” de tal categoria, em diversas cidades da Turquia.

No Festival de Toulon-2013 participam 10 equipas nacionais, repartidas por duas “poules” cabendo a Portugal defrontar as equivalentes Selecções da Bélgica, Nigéria, México e Brasil, prevendo-se naturais dificuldades de afir-mação lusitana.

Tudo leva a crer que o Vitória de Setúbal terá representação nessa jovem equipa nacional que serve sempre de apetecível “trampolim” para carreiras de aplaudido mérito.

Jovens valores como os “centrais” Miguel Lourenço e Frede-rico Venâncio terão uma palavra a dizer a par de outros valorosos “Sub-20” que quererão aproveitar a oportunidade que o “Festival” de Toulon desde há muito propor-ciona. Os “portistas” Tozé, Tiago Ferreira e Sérgio Oliveira, os “spor-tinguistas” a estagiar em Barcelona, Domingos Cá e Emiliano Ié (de origem guineense), os “benfiquistas” André Gomes e Bruno Varela, o “azul” Tiago Silva, o “stopper” vima-ranense Paulo Oliveira, o poliva-lente Daniel Mateus (em “rodagem” no Gil Vicente) e talvez o ainda júnior Bruma que tem vindo a merecer oportunidades de dar nas vistas na 1ª categoria do Sporting, do prof. Jesualdo, são nomes a ter em conta.

Outras revelações, do jeito de (quase…) ilustres desconhecidos são de antever ao longo dos 10 dias do Festival que se distribuirá, geograficamente, por 6 cidades, a saber: Toulon (logicamente) mas também Nice, Nimas, Avignon, Saint Raphael e Hyeres.

Portugal vai estrear-se em 31 de Maio frente à Bélgica para dois dias depois, defrontar o Brasil.

Acresce dizer-se que no outro Grupo, teoricamente mais fácil estarão a Colômbia, a Coreia do Sul, a República do Congo, os Estados Unidos e, é claro, a França que até poderá ter por “vedeta” nº1 o defesa Varane de 19 anos, valioso discí-

pulo de José Mourinho no Real Madrid.

Dentro de escassos dias a 41ª edição do “Festival”, iniciado em 1967 e sem interrupções desde 1974 arranca no Estádio L. Lagrange em Toulon, com um Coreia do Sul-Colômbia ao qual se seguirá um prometedor embate França-Estados Unidos. As bancadas do estádio estarão repletas de “olheiros” bem credenciados numa espécie de “super-mercado” de detecção de talentos com muitos cifrões à mistura.

Menos vistos (e de melhores preços, certamente) serão os congo-leses e os coreanos com os empre-sários britânicos a optarem pela “pesca” de novos valores dos “States”.

É quase certo que para o “Semmais” voltaremos a falar do Festival de Toulon. Assuntos de interesse futebolístico não hão-de faltar!

Ténis de mesa no Barreiro Idosos em festa em Grândola

O PAVILHÃO da Escola Secundária de Santo António da Charneca, no Barreiro, vai receber, este sábado, 11 de Maio, a partir da 9 horas, o 33.º Torneio Nacional Aberto de Ténis de Mesa, a contar

para o Ranking List da Compe-tição do Inatel. Esta compe-tição, durante todo o dia, como já é tradição, é promovida pelo Grupo Recreativo da Quinta da Lomba e conta com o apoio do município.

A “GERAÇÃO +” idosa de Grân-dola, Alcácer do Sal, Aljustrel, Almodôvar, Beja, Castro Verde e Sines, reúne-se este sábado, no Parque de Feiras e Expo-sições para a 5.ª Feira Sénior de Grândola – GERAÇÃO +,

promovida pelo município de Grândola. Os destaques vão para a entrega de material orto-pédico a Instituições de Soli-dariedade Social e o 8.º Encontro Regional de Exer-cício Físico.

DESPORTO

Sábado //11 . Mai . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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David SequerraColaborador

O Super-Prestígio do “Festival” de Toulon

O calendárioda seleção nacional

Integrado no grupo A, bastante bem acompanhado, Portugal vai efectuar 4 jogos entre 31 de Maio e 6 de Junho, com hipóteses de mais um jogo se ficar em 1º ou 2º lugar do grupo.

O calendário é o seguinte:31 de MaioPortugal-Bélgica (em Nimes)2 de JunhoPortugal-Brasil (em Avigon)4 de JunhoPortugal-México (em Saint Raphael)6 de JunhoPortugal-Nigéria (em Toulon)

Se ficar em 1º ou 2º lugar do seu grupo, Portugal voltará a jogar, em Toulon, a 8 de Junho.

Tudo leva a crer que o Vitória de Setúbal terá uma representação na equipa nacional.

Derrotas em casa fazem Vitória andar de calculadora

Depois da derrota, em casa, frente à Académica de Coimbra, no fim-de-semana passado, e

que poderia ter livrado a equipa de mais sobressaltos, a duas jornadas do fim da I Liga o Vitória ainda tenta assegurar a manutenção.

Com 26 pontos, em 28 jogos, a equipa do Sado está dois pontos acima da linha de água e as duas últimas jornadas têm de ser vistas como “duas finais”. A deslocação ao terreno do Moreirense, hoje, às 18:15 horas, para defrontar o lanterna vermelha pode, em caso de triunfo, resolver a questão da manutenção. Na última jornada da Liga ZON Sagres, os sadinos recebem o Sporting de Braga, um adversário mais complicado que o clube de Moreira de Cónegos quase despromovido, com 21 pontos.

Nas contas para a manutenção, o empate hoje pode resolver já a questão, mas a vitória é o resultado ideal. Para José Mota, treinador dos sadinos, a manutenção poderia mesmo já estar assegurada, mas uma vez mais, a duas jornadas do fim, o Vitória anda de calculadora na mão,

embora desta vez dependa apenas de si próprio para assegurar a conti-nuidade entre o escalão maior. «Já poderíamos ter garantido a perma-nência. E era merecido. Os 26 pontos até podem chegar, mas matemati-camente ainda não está nada deci-dido. Uma vitória garante-nos esse objetivo, mas um empate também pode chegar», disse o técnico em conferência de imprensa. Mota diz que já podia estar «descansado»

«A salvação passa por este jogo. Pode ser o dia em que tudo ficará resolvido», explicou José Mota, apesar de ter admitido que a esta altura a equipa «já podia estar descansada».

No último jogo, em casa, os adeptos do Vitória esperam que não seja necessário fazer contas, mas a enchente no Bonfim deve estar garantida já que dia 19 vai ser o Dia do Vitoriano, uma iniciativa que se realiza pela segunda vez.

1 500 atletas vão participar na 24.ª Meia Maratona Internacional de Setúbal e na Mini-Maratona das Famí-lias ACM, que decorrem este domingo, a partir das 10 horas, com partida e chegada ao Largo José Afonso, em Setúbal.

Filipa Almeida (Benfica), Amilcar Duarte (Sporting), André Correia (GD

Condeços), Hermano Ferreira (Conforlimpa) e Cláudia Pereira (Moinho de Vermoi), que já venceu a Meia Maratona Internacional de Setúbal há dois anos atrás, são os nomes mais sonantes da prova com um novo percurso de 21 quilóme-tros e 96 metros pelo centro e zona ribeirinha da cidade. Já a Mini-Mara-

tona das Famílias ACM tem uma extensão de 5 600 metros.

A organização das provas, com um orçamento de 20 mil euros, está a cargo do Centro Cultural e Despor-tivo dos Trabalhadores da Câmara de Setúbal que tem para distribuir aos principais premiados valores monetários e troféus.

Maratona sadina leva para a rua 1500 atletas

CERCA de 450 atletas partici-param no “I Aquatlo de Setúbal”, que decorreu no passado domingo no parque de Albarquel.

O evento começou com o 6.º “Campeonato Nacional Jovem”, prova com 280 participantes, que percorreram várias distâncias a nadar e em corrida. A competição, por clubes, que contou com a parti-cipação de jovens atletas dos esca-lões de benjamins, infantis, iniciados e juvenis, foi ganha pelo Alhandra, seguindo-se o Clube de Natação de Torres Novas e o Teleperfomance “Os Belenenses”.

O Campeonato Nacional de Grupos de Idade de Aquatlo, prova única, com a participação de 120 atletas, definiu os novos campeões

nacionais individuais da modali-dade. A prova, que englobou a reali-zação de 750 metros em natação e de cinco quilómetros em corrida, teve como vencedores absolutos Ruben Costa, do Colégio Vasco da Gama, e Ana Amorim, do Alhandra.

O público apreciou ainda uma prova aberta em aquatlo, com 39 atletas, em vários escalões, de juvenis a veteranos.

Aquatlo movimentou 450 atletas Young Athletesna Qt. do Conde

O PAVILHÃO de Quinta do Conde acolhe, este sábado, entre as 9 e as 13 horas, o programa desportivo Young Athletes (YA).

O projecto YA pretende ajudar as crianças com necessidades educa-tivas especiais a melhorar a sua condição física, a desenvolver a capa-cidade cognitiva, a promover a inclusão social, desenvolvendo capa-cidades fundamentais para que possam participar em diversas moda-lidades e até treinar e competir no Special Olympics.

A iniciativa é dirigida a todos os pequenos atletas, com idades entre os 3 e os 8 anos dos três agrupamentos da Quinta do Conde.

Prova aberta foi destaque

O treinador José Mota diz que já podia estar «descansado»

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“Broadway Baby” anima Setúbal Caminhada do Xarrama

ESTE SÁBADO, dia 11, no Forum Luísa Todi, pelas 21h30, os irmãos Henrique e Nuno Feist festejam trinta anos de carreira com a história do musical americano. O espec-táculo “Broadway Baby”

recorda muitos dos grandes compositores que deram fama à Broadway, em particular Cole Porter, George Gershwin, Irving Berlin, Jerome Kern e Richard Rodgers. Ingressos a dez euros.

UMA CAMINHADA do rio Xarrama ao rio Sado, envol-vida por uma paisagem plena de contrastes, com a água sempre presente, mas enqua-drada numa vegetação luxu-riante onde o verde é ponti-

lhado pelas numerosas cores das flores da Primavera alen-tejana. É esta a proposta do Programa “Alcácer dos 5 Sentidos”, para este sábado, com um percurso de treze quilómetros.

LOCAL

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O município de Alcochete aprovou em reunião pública, a 8 de Maio, a adesão ao Pacto dos

Autarcas, uma iniciativa da Comissão Europeia promovida pela Agência

Europeia para a Competitividade e Inovação, que estabelece o compro-misso das cidades signatárias redu-zirem em, pelo menos, 20 por cento as emissões de gases com efeito de estufa nos seus territórios até 2020, tal como é referido no Pacote de Medidas da União Europeia sobre o Clima e as Energias Renováveis.

«As questões ambientais cons-tituem uma preocupação de todos nós e esta proposta de adesão ao pacto dos autarcas é um compro-misso dos municípios no sentido de implementar um conjunto de medidas para que até 2020 se consiga ter uma redução de 20 por cento na emissão de CO2», referiu o vereador

José Luís Alfélua.“Desde 2007/2008 que o muni-

cípio já vem implementando um conjunto de medidas que vão ao encontro do compromisso de até 2020 podermos atingir estes valores, desde a iluminação led, com impacte na eficiência energética no núcleo antigo da vila, um conjunto de remo-delações que se fez na rede de ilumi-nação pública, que também permitiu maior eficiência energética e reduzir emissões de CO2, entre outras», recordou oo autarca.

A adesão ao pacto dos autarcas comporta também vantagens em termos de financiamentos comu-nitários, pois o próximo quadro

comunitário de apoio que ainda não está completamente fechado tem um eixo que valoriza muito a questão da eficiência energética.

Neste pacto de autarcas está ainda prevista a adaptação das estru-turas municipais, incluindo a atri-buição de recursos humanos sufi-

cientes, assim como a mobilização da sociedade civil nas respectivas áreas geográficas para participar no desenvolvimento do plano de acção, delineando as políticas e medidas necessárias para aplicar e realizar os objectivos definidos no plano de acção.

Pacto em Alcochete para reduzir emissão de CO2

Adesão reflecte preocupação com ambiente

Câmara do Montijo sensibiliza para o asseio das ruas

A CÂMARA do Montijo, através da Casa do Ambiente, leva a efeito a partir do presente mês uma campanha de sensibi-lização com o objectivo de contri-buir para uma cidade mais limpa.

No âmbito da campanha, uma equipa constituída por cerca de dez elementos, entre trabalha-dores da autarquia e membros da comunidade, devidamente identificados, irão formar a “Brigada Ruas Limpas” e percorrer a cidade do Montijo uma vez por mês, em data e zona aleatória.

O objectivo é sensibilizar os munícipes para a necessidade de recolherem os dejectos e fazerem a conservação e manu-

tenção dos equipamentos de recolha de lixos, no sentido de previr o desenvolvimento de doenças e pragas.

A brigada irá registar as ocor-rências e, sempre que necessário, alertará os serviços camarários ou a fiscalização, de forma a agirem em conformidade, nome-adamente no que diz respeito aos dejectos caninos.

O regulamento dos resíduos sólidos urbanos contempla as infracções referentes à manu-tenção e limpeza do espaço público, puníveis com coimas que vão dos 24,94 euros até ao máximo de dez vezes o salário mínimo nacional, dependendo das situações.

Arrancou segunda fase da fortalezade Sesimbra

Escolas de Palmela testam segurança

Brigada limpa praia da Abertaem Grândola

NO ÂMBITO das comemora-ções do Dia Municipal do Bombeiro, o município de Palmela e as Asso-ciações de Bombeiros do concelho promovem, entre 3 e 23 deste mês, oito simulacros de incêndio em escola básicas do concelho, envol-vendo a comunidade educativa e todos os agentes locais da Protecção Civil.

Os próximos simulacros realizam-se no dia 14, na Escola Básica com Jardim de Infância Joaquim José de Carvalho, em Palmela; no dia 16, na Escola Básica Salgueiro Maia, em Pinhal Novo; no dia 21, na Escola Básica de Cabanas; dia 22, na Escola Básica Alberto Valente, em Pinhal Novo; no dia 23, na Escola Básica de Lagoa da Palha.

Estes exercícios decorrem sempre às 11 horas e enquadram-se no conjunto de acções promo-vidas pelo Gabinete Municipal de Protecção Civil, Corporações de Bombeiros do Concelho, Comando Distrital de Operações de Socorro e Agrupamentos de Escolas, com o objectivo de testar os planos de emergência das escolas, bem como a capacidade de resposta e de orga-nização no terreno de todos os intervenientes.

Os simulacros implicam a evacu-ação e o socorro às vítimas, prevendo-se uma anormal circulação de viaturas de emergência.

A BRIGADA do Mar já está no terreno até dia 26, pelo quinto ano consecutivo, para mais uma acção de limpeza desenvolvida ao longo dos 45 quilómetros da Frente Atlân-tica do concelho, entre as praias de Melides e Tróia.

A praia da Aberta Nova, é a primeira a receber a Brigada do Mar, este sábado, dia 11, a partir das 9 horas. O projecto desde 2009 na “areia da praia” conta até ao momento com o envolvimento de 400 voluntários. Nestes cinco anos foram limpos mais de 150 quiló-metros de costa e recolhidas cerca de 80 toneladas de lixo, posterior-mente reencaminhadas para as entidades responsáveis e devida-mente seleccionadas para efeitos de reciclagem.

A Brigada do Mar, que aceita novos voluntários, é uma inicia-tiva única a nível Europeu, sem fins lucrativos, que tem como prin-cipal missão a consciencialização e educação ambiental. O projecto conta com o apoio da Câmara de Grândola.

JÁ ARRANCOU a segunda fase da requalificação da Fortaleza de Santiago. Adjudicada por 736 mil euros, a obra consiste na colocação de pavimentos, tectos, paredes, instalações sanitárias e infraes-truturas, a fim de adaptar o imóvel aos usos previstos, de onde se destaca um novo pólo museoló-gico e etnográfico.

Além das valências associadas ao Museu do Mar, e de espaços expositivos associados à história da Fortaleza, o edifício passará a albergar o posto de turismo, uma cafetaria e uma sala polivalente nas áreas anteriormente desti-nadas à GNR, que passaram para esfera municipal no âmbito do acordo da cedência definitiva da Fortaleza, assinado entre a Câmara Municipal e a GNR, em Novembro de 2012.

A brigada em acção pelo areal

Alcochete prepara-se para reduzir em até 20 por cento emissões de CO2

Museu do Mar vai nascer no espaço

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Vila aderiu ao Pacto dos Autarcas, iniciativa que estabelece a redução das emissões em até 20 por cento. Município já implementava medidas nesse sentido.

“Brigada Ruas Limpas” vai deixar de cara lava ruas montijenses

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O MUNICÍPIO de Almada vai investir cerca de 280 mil euros na construção do novo jardim urbano de Monte de Caparica. O novo ‘pulmão verde’ localiza-se entre uma zona residencial e a Básica do Monte de Caparica, na freguesia de Caparica.

Por ficar próximo de uma escola, o jardim integrará uma área de recreio infantil e o equi-pamento escolhido pauta pela sua forma e desenhos apelativos e a combinação de estruturas que formam uma peça única que permite a combinação de várias actividades num único equipa-mento.

Com uma área superior a 3 200 metros quadrados, o espaço de lazer será dotado de anfiteatro, palco, parque sénior, parque infantil e por uma peça identifi-cativa do jardim.

De forma a garantir actividades para a população sénior, a autar-quia decidiu, respondendo também

aos anseios da população da freguesia, instalar equipamentos de actividades para seniores, mais conhecidos por ginásios ao ar livre, que permitem a prática do exer-cício físico saudável.

Este espaço fica localizado junto ao parque infantil e favo-rece o convívio e a interacção entre gerações.

Aproveitando a inclinação

natural do terreno, está ainda prevista a construção de um anfi-teatro e de um palco, capazes de receber qualquer tipo de activi-dade lúdica ou apenas de contem-plação do espaço envolvente.

A adjudicação da empreitada de construção do referido jardim foi decidida, por unanimidade, em reunião pública de 8 de Maio do executivo almadense.

Almada ganha novo ‘pulmão verde’

Santiago caminha cancro da pele

Tocá Rufar ensaia na Moita

Alterações de em trânsito Setúbal

Seixal mostra moda juvenil

A PARTIR deste sábado, a orquestra Tocá a Rufar da Moita retoma os ensaios regulares, abertos à participação livre e gratuita de todos os interessados, no Centro de Experimentação Artís-tica, no Vale da Amoreira.

Entre as 10 e as 11h30, a orquestra faz uma demonstração, seguindo-se sessão de esclarecimento com Rui Júnior e Maria Ceia. Os ensaios regulares arrancam dia 18.

O Tocá Rufar é uma orquestra de percussão tradicional, composta por naipes de bombo, caixa-de-rufo e timbalões, e interpreta reper-tório tradicional e contemporâneo inscrito na linguagem própria do bombo português. Para a dinami-zação deste projecto, a Câmara estabeleceu protocolo anual com os Amigos do Tocá Rufar, para esti-mular o gosto pela música, com destaque para os ritmos tradicio-nais portugueses.

A AVENIDA Antero de Quental tem uma nova circulação de trân-sito desde sexta-feira, com desvios para a rua Nova Sintra, devido a trabalhos no âmbito da construção do Shopping Alegro Setúbal.

Demolições das passagens superiores existentes naquela avenida originam um corte de trânsito entre a via de acesso ao Jumbo e a rua Nova Sintra, até às 8 horas de segunda-feira. Como alternativa, foi criado um trajecto, que inclui uma rotunda provisória instalada na Antero de Quental. No sentido poente/nascente, proveniente da estrada dos Ciprestes, os automobilistas devem utilizar essa rotunda para seguir pela rua Nova Sintra e reentrar depois na Antero de Quental, usando o acesso ao Jumbo que, até aqui, servia apenas o trânsito do sentido inverso.

O PAVILHÃO da Torre da Marinha, no Seixal, recebe este sábado, pelas 21h30, o 20.º Seixal Moda - Concurso de Estilismo Interescolas. Pela passarele vão passar seis propostas a cargo de oito jovens esti-listas, que vestem dezoito modelos, todos alunos de cinco secundárias.

O espectáculo leva também ao palco os Tocá Rufar, o grupo de dança The Future Iz Us, o rapper DaGun e Guilherme Rodrigues, vencedor da última edição do Canta! - Concurso Interescolas de Talentos Musicais. A apresentação é de Francisco Mendes.

A ASSOCIAÇÃO Oncológica do Alentejo (AOAL) organiza este domingo, pelas 9 horas, a cami-nhada “Protecção Cancro da Pele”, com partida e chegada em frente ao edifício da Câmara de Santiago do Cacém. O preço de inscrição é de três euros e cada participante terá direito a uma saqueta com kit de prevenção.

E este sábado, o Dia Internacional da Cruz Vermelha é festejado em Ermidas-Sado com, ginástica, ateliers para séniores, lanche, baile e animação musical com João Marcelo e Amantes do Alentejo.

INICIATIVAS

DECORRE este sábado e domingo a campanha de recolha de alimentos do Banco Solidário Animal. A iniciativa permite apoiar mais de 20 mil animais em risco de 60 associações de protecção animal. A acção decorre no Continente do Barreiro, Montijo e Seixal.

A CÂMARA de Sines organiza, a 19 e 26 deste mês, o passeio “De Vila Viçosa a Monsaraz pelas margens do Alqueva”. Está integrado no programa de animação de idosos da autar-quia e visa proporcionar aos idosos um melhor conheci-mento das paisagens, patri-mónio e história.

ESTE SÁBADO, às 16h30, no Teatro Extremo, em Almada, é apresentado a 18.ª Mostra Inter-nacional de Artes para o Pequeno Público, que decorre de 20 de Maio a 16 de Junho em nove municípios. Há espectá-culo de magia na apresentação pelo Círculo Mágico.

O 7.º CONCURSO de Sopas do Bairro de S. João, na Sobreda, está agendado para o dia 19 de Maio, sendo que as inscrições fecham a 16. Há taças e medalhas para entregar aos três primeiros classificados. A organização pertence à Associação do Bairro de S. João.

Ajudar os animais

Passeio ao Alqueva

Sementes arranca

Sopas na Sobreda

Barreiro ouve Santo André

O ROTEIRO das Freguesias de Santo André arrancou no passado dia 8, com o execu-tivo, liderado por Carlos Humberto, a visitar escolas, instituições particulares de soli-dariedade da freguesia e outras entidades.

A acção insere-se no projecto municipal participação e cidadania e visa nomeada-mente o diálogo com a popu-lação e os agentes sociais e económicos no sentido de conhecer a realidade da freguesia e, em conjunto, procurar soluções para os problemas verificados.

Depois das Opções Partici-padas, na sexta-feira, este sábado, a partir das 9h30 há contactos com as populações.

Sines requalificaLargo Bocage

Alcácer do Sal promove cinema ao ar livre

DEPOIS das obras no centro histórico, na nova Escola de Música e nas instalações do restaurante “Ponto d’Encontro”, em fase de conclusão, o muni-cípio considera que é urgente avançar com as obras de requa-lificação do Largo do Castelo.

Para que estas obras sejam executadas com a «máxima cele-

ridade», o município vai encerrar o acesso entre o Largo Bocage e a Rua Teófilo Braga. Assim, o acesso à igreja matriz será garan-tido pelo Largo do Muro da Praia.

O acesso ao castelo e respec-tivo bar será assegurado pela porta do Largo João de Deus.

As obras deverão estar conclu-ídas em 15 de Julho deste ano.

ANIMAR as ruas de Alcácer do Sal e proporcionar aos alcacerenses e aos visitantes a oportunidade de visionar curtas-metragens a preto e branco acompanhadas por música ao vivo são os objectivos do ciclo “Cinema de RUAS”, que arrancou em Abril e que se prolonga até Setembro.

As “curtas” propostas circulam dentro deste tópico, com imagens do início do século XX sempre centradas na figura e ato de roubar,

que o cinema converteu num clás-sico de marginalidade, criando personagens terríficas exorcizantes ou ladrões simpáticos e até hero-ícos, que contam com a cumpli-cidade dos espectadores.

A música ao vivo, que animará a projecção das curtas, vai estar a cargo de Zé Peps e António Bexiga. Promovida pelo muni-cípio, a iniciativa é organizada conjuntamente com a Associação Cultural Colecção B.

Cancro da pele motiva caminhadas

Francisco Mendes apresenta evento

Sines a caminho do Alqueva

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Novo espaço vai ter anfiteatro, palco, parque sénior e parque infantilD

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Novotel muda decoração Mazda em encontro nacional

O NOVOTEL de Setúbal foi alvo de uma recente mudança de visual e deco-ração das zonas públicas. As obras modernizaram assim este hotel de 4 estrelas que dá emprego a

mais de 25 pessoas. A mudança contou com um investimento de 380 mil euros e foi baseada em elementos da natureza, uma ideia da arquitecta Susana Guimarães.

MAIS DE CINCO dezenas de viaturas da marca Mazda, de vários modelos e diferentes gerações de fabrico, são espe-radas num encontro nacional a realizar este sábado, no Largo José Afonso, em

Setúbal. A concentração, promovida pelo Mazda Clube Portugal realiza-se entre as 13 e as 16 horas e conta com a presença da maioria dos modelos fabricados pela marca nipónica.

NEGÓCIOS

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Produtores agrícolas da região dão a conhecer produtos de qualidade

O I Festival Prove, que visa levar os consumidores até às explo-rações agrícolas inscritas neste

projecto, decorre durante todo o mês de Maio, a nível nacional. Na Penín-sula, as explorações da Moita, Palmela e Sesimbra são as que vão estar em destaque, com este tipo de visitas que «acabam por fortalecer a confiança entre consumidores e produtores», refere José Diogo, técnico da Adrepes responsável pelo Prove.

José Diogo realça que no âmbito do I Festival Prove os consumidores, além de visitarem as explorações agrícolas, podem, também, parti-cipar num vasto leque de iniciativas, como workshops de culinária e de ervas aromáticas e medicinais, degus-tação de produtos locais e activi-dades ao ar livre. Este sábado, duas explorações agrícolas do Zambujal e uma da Aguncheira, ambas no concelho de Sesimbra, bem como uma outra em Brejos do Assa, em

Palmela, vão estar em festa com visitas, entrega de cabazes e almoços-convívio, entre outras actividades.

Frescurae qualidade

«No projecto Prove, os pequenos produtores agrícolas vendem a preço justo directamente ao consumidor, sem intermediários nem desperdí-cios», vinca José Diogo. Os consu-midores que pretendam aderir às vantagens do Prove devem inscrever-se no site www.prove.com.pt.

Por semana ou quinzenalmente, os consumidores têm direito a adquirir um cabaz, com vários produtos hortofrutícolas, fruta e ervas

aromáticas, de grande qualidade, por apenas 10 euros. O peso do cabaz situa-se entre os 7 e os 9 quilos.

De futuro, o conjunto de parceiros a nível local e nacional do Prove, encabeçado pela Adrepes, tenciona proporcionar outros planos de negócio para diversificar a activi-dade económica dos seus produ-tores agrícolas. Nesse sentido, foi já encomendado um estudo à Univer-sidade de Évora para que esse projecto seja realidade. «Queremos que os produtores possam trans-formar os produtos e desenvolver actividades pedagógicas e turismo rural nas suas explorações agrícolas», conclui José Diogo.

O Prove gostava de pode contar

com um «maior número» de agri-cultores e parceiros e, por outro lado, queixa-se das «novas obrigações burocráticas e administrativas», no âmbito das recentes alterações ao enquadramento fiscal dos seus produ-tores, que «dificultam» o desenvol-vimento do negócio.

Produtores agrícolas afectos ao Prove abrem as portas das suas explorações, este mês, para mostrar a qualidade e frescura dos seus produtos aos consumidores locais e nacionais

Treze produtores abraçam Prove Na Península de Setúbal, estão afectas ao projecto Prove treze explorações agrícolas, nomeadamente oito em Sesimbra, quatro em Palmela e uma na Moita, sendo que é neste último concelho que se encontra a maior exploração da região, com a dimensão de 6 hectares. O Prove foi criado em 2006, tendo sido criado um núcleo em Sesimbra e outro em Palmela. Nos dias que correm, o Prove já conta com 53 núcleos, que fazem as entregas de cabazes em 80 locais em todo o País envolvendo mais de 120 explorações agrícolas e 2 500 consumidores. Os principais parceiros do Prove na península são as Câmaras de Sesimbra e Palmela e as empresas Sistemas de Ar Livre e a Estalagem dos Zimbros.

António Luís

O projecto Prove tem sido um forte apoio a pequenos produtores

1.º Festival Prove arranca pelas mãos da Adrepes

Moscatel da Malo Tojo conquista ouro em festival ibéricoO MALO Moscatel de Setúbal

Superior 2003 foi distinguido, por um júri internacional, com a medalha de Grande Ouro do concurso Ibérico de Moscatel, uma organização do município sadino e da Associação Baía de Setúbal, que decorreu no dia 3, em Setúbal, no âmbito do Festival Ibérico do Vinho, que deu a conhecer vinhos e produtos regionais de Portugal e Espanha.

Luís Simões, enólogo da Malo Tojo, com instalações em Azeitão, mostra-se «muito satisfeito» com o troféu alcançado com este moscatel superior, sublinhando que a medalha

de Ouro representa «o reconheci-mento do nosso trabalho em prol do moscatel de Setúbal». Por outro lado, afirma que se trata de um prémio «bastante importante», na medida em se trata de um concurso ibérico de vinhos. «Azeitão e Setúbal reúnem excelentes condições para a produção do vinho moscatel. A nossa empresa nunca tinha ganho um prémio com esta dimensão», conclui.

Aquele moscatel da Malo Tojo arrecadou o principal prémio da prova ao receber mais de 95 pontos, tendo sido também eleito “Melhor Moscatel Português”. Já as meda-

lhas de ouro, para vinhos classifi-cados entre os 90 e 95 pontos, foram atribuídas ao Portal Moscatel Reserva 1996 e 2004, ambos da Quinta do Portal, ao Casa Ermelinda Freitas Moscatel Superior 2003, da Casa Ermelinda Freitas, ao Adega de Palmela Moscatel Setúbal Superior 2005, da Adega Cooperativa de Palmela, ao Loboroxo 2008, da Casa Agrícola Assis Lobo, e ao Ochoa Moscatel Vendimia Tardia 2012, da Bodegas Ochoa, também distinguido com o prémio “Melhor Moscatel Espanhol”.

O júri de dez elementos, que

avaliou os vinhos generosos através de “prova cega”, foi constituído por dois especialistas portugueses e de Espanha, França, México, Indonésia, China e África do Sul. No total, esti-veram a concurso 25 moscatéis portu-gueses e espanhóis.

Arrábida inspiramoscatel vencedor

O Malo Moscatel de Setúbal é proveniente da Serra da Arrábida, apresentando notas de flores brancas, mel e frutos secos, como figos e pinhões. Integralmente da casta

moscatel de 2003, proporciona uma textura vinosa e macia, com aromas de folha de tabaco, pinhões e flores secas. Teve uma produção de 6 900 garrafas e encontra-se no mercado desde Setembro de 2008.

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O AUDITÓRIO da adminis-tração do porto de Sines, recebeu, no passado dia 7, a 4.ª conferência da Associação dos Pilotos de Barra e Portos, subordinado ao tema “O Serviço Público de Pilotagem e a Ligação com os Stakeholders”. O evento reuniu mais de 130 parti-cipantes e contou com oradores nacionais e internacionais, espe-cialistas nestas matérias, contem-plando dois painéis: o primeiro relativo à “Prestação do Serviço Público de Pilotagem” e o segundo sobre a “Visão Estratégica dos Stakeholders sobre o Serviço de Pilotagem”.

Empresários turcosagradados com visita

Entretanto, uma comitiva de empresários turcos visitou o porto, com a finalidade de apro-fundar o conhecimento sobre o funcionamento e as potenciali-dades oferecidas por esta infra-estrutura portuária. Esta dele-gação, que integrou a comitiva da visita oficial do Presidente da República daquele país a Portugal, identificou Sines como um dos locais a visitar com vista à promoção do comércio entre os dois países.

Na reunião com a adminis-tração da APS foram apresen-tadas as características dos diversos terminais especializados, assim como os principais factores que fazem deste porto um caso de sucesso.

Porto de Sines recebeu conferência de pilotos da barra

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Maxiloja inova para conquistar e fidelizar clientes

A EMPRESA ADRS, detentora da merca Maxiloja, com sede em Sesimbra, lançou recentemente a sua página na internet e prepara a ‘loja online’ e a página no face-book no sentido de ampliar a sua proximidade aos clientes.

Esta operação de inovação, iniciada com o ‘cartão cliente’ e um serviço de entrega grátis ao domicílio, faz parte da estratégia da empresa em «reforçar a iden-tidade da marca e fazer face à crise», explica ao Semmais Armindo Diogo, o responsável da Maxiloja,

«Queremos manter a nossa performance no retalho alimentar de proximidade e continuar a ter uma postura positiva, com quali-dade e bom preço. A nossa intenção é atrair novos consumidores e fide-lizá-los, gerando uma relação de empatia», afirma o responsável.

A Maxiloja é um insígnia fami-liar com cerca de 30 anos de activi-dade, emprega 23 colaboradores e dispõe de lojas em Sesimbra, Santana, Almoinha e Costa da Caparica.

O representante da Troika, Vítor Gaspar, disse que íamos ter um «enorme aumento de

impostos». Brutal, abrange IVA, IRS e IMI, para além dos de menor impacto: nada escapa à fúria fiscal do Governo.

Surpresa: na «guerra» de Gaspar («cobrador de impostos» a mando da Troika/Governo) contra os contri-buintes, este teve um reforço impro-vável das «tropas fiscais»: a «brigada de assalto fiscal» dos autarcas. Boa parte participou (em silêncio) no «massacre fiscal» dos munícipes, manteve as taxas do IMI (apesar da reavaliação dos imóveis), outros subiram-nas: destacam-se os do distrito de Setúbal (entre +7,14% e +25%). Um verdadeiro «pacto de agressão» contra os munícipes entre Governo/Troika e autarcas do distrito.

IMI nas 308 câmaras: por sua vontade, subiram as taxas 51 (16,55%); baixaram 44 (14,28%); mantiveram 182 (59,10%), nos imóveis não

avaliados. Agora nos avaliados: subiram 35 (11,36%); baixaram 58 (18,84%); mantiveram 165 (53,57%). Por imposição do Governo subiram: 31 (10,07%), aumento da taxa mínima de 0,400 para 0,500; 50 (16,23%), aumento da taxa mínima de 0,200 para 0,300.

Os distritos amigos, Horta, A. do Heroísmo, C. Branco, Guarda, Porta-legre, P. Delgada e V. Real, têm as taxas simples (cada câmara) e médias muito mais baixas. Setúbal tem as mais altas do país: médias 0,418 (1.ª) e 0,718 (2.ª), imóveis avaliados e não avaliados. O IMI a pagar é, assim, muito diferente: imóveis avaliados: 0,3 (450€) − 0,4 (600€ + 33%) ou 0,5 (750€ + 66%), para 150 mil euros. Não avaliados: 0,5 (300€) − 0,6 (360€ +20%) − 0,7 (420€ + 40%) ou 0,8 (480€ + 60%), para 60 mil euros. O valor patrimonial destes imóveis, mesmo de tipologia seme-lhante, é muito mais baixo.

Quadro distrital: taxas simples

e médias mais altas do país, apenas o de Viana do Castelo suplantou a dos não avaliados (0,720).

IMI no distritode Setúbal: arte de esbulhar os munícipes

Manuel HenriqueProfessor([email protected])

DISTRITO DE SETÚBAL

Taxas de 2012 (pago em 2013)

Câmaras Imóveis avali-ados 0,600

(0,3 – 0,4 – 0,5)

Imóveis não avaliados 0,700

(0,5 – 0,6 – 0,7 – 0,8) 0,400 0,700

A. do Sal 0,400 0,600

Alcochete 0,400 0,700

Almada 0,400 0,700

Barreiro 0,400 0,700

Grândola 0,400 0,700

Moita 0,400 0,700

Montijo 0,500 (a) − (+25%) (c)

0,800 (b) − (+14,28%) (c)

Palmela 0,480 (a) − (+20%) (c)

0,750 (b) − (+0,714%) (c)

S. do Cacém 0,400 0,700

Seixal 0,395 0,695

Sesimbra 0,400 0,700

Setúbal 0,500 (a) − (+25%) (c)

0,800 (b) − (+14,28%) (c)

Sines 0,360 0,800 (b) − (+14,28%) (c)

Taxas médias 0,418 0,718

O «massacre fiscal» não é só no IMI, é no IRS e na Derrama de IRC. 5% do IRS vai para as autarquias, podem receber ou devolver aos muní-cipes uma parte ou tudo. Este ano 42 (13,63%) fá-lo-á, destas, 27 devol-verão de 2% a 5%. No distrito só A. do Sal e Grândola o fazem há anos, pouquíssimo: aplauda-se. Este ano devolverão 1% e 0,5%, respectiva-mente. As restantes «aos costumes disseram nada», ficarão com 5%. «Bem prega Frei Tomás, fazei o que ele diz e não o que ele faz». Critica-se, e bem, o Governo, faz-se o mesmo que ele. Derrama de IRC: no distrito há muitas empresas importantes (Setúbal: Portucel, Secil, Sapec; Palmela: Autoeuropa. Sines: Repsol, APS; Seixal: Siderurgia; etc.) As taxas, como no IMI e na captura dos 5% do IRS, são das mais altas do país: que grande receita.

A atitude fiscal dos autarcas é paradoxal e incompreensível: há 37 anos que a CDU domina, hoje tem 9 câmaras, o PS 3, os Independentes 1 (Sines, o presidente geriu-a de 1997 a 2009 pela CDU). Na primeira linha das justas críticas ao esbulho fiscal do Governo, quando beneficiam dos impostos (apesar da crise que os munícipes vivem) as convicções polí-ticas ficam-se pela retórica, sem efeitos práticos: puro e estéril discurso.

Uns «devoristas fiscais», os autarcas do distrito de Setúbal.

(a) – Aumento das taxas em relação a 2011, antes 0,400. Nenhuma autarquia «ousou» baixá-las um pouco.(b) – O mesmo que a nota (a), excepto o valor das taxas em 2011 (0,700).(c) – % dos aumentos das taxas para além dos aumentos da reavaliação dos imóveis (por imposição do Governo/Troika).

CURTAS-METRAGENS 2013DIA 12 ÀS 16H00 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFON-SO – CURTAS DE AGNÉS VARDA. Exibição de curtas-metragens, no âmbito do Mês do Diálogo Intercultural. ÀS 18H00 exibição do filme de Jean Rouch, de 1972.

FESTIVAL DE MÚSICA SETÚ-BALDIA 16/05 DAS 21H ÀS 23H NO FÓRUM MUNICIPAL LUÍSA TODI – CONTOS DE FADAS, CASAS ASSOMBRADAS, PRINCESAS ENCANTADAS – E UM ELEFANTE. Artur Pizarro (piano), um dos mais aclamados pianistas portugueses da actualidade, interpreta obras inspiradas em contos de fadas e outras histórias que nos chegam de diversas partes do mundo do mundo e que são apreciadas por pessoas de todas as idades./ Bilhete: 12€DIA 17/05 DAS 10H30 ÀS 11H30, AV. LUÍSA TODI/ PRAÇA DO BOCAGE/ PARQUE DO BON-

FIM – DESFILE DE PERCURS-SÃO. Das 11h30 às 11h45 no Parque do Bonfim – Momento conjunto de Percurssão. Cente-nas de crianças e jovens das associações de imigrantes de Setúbal, juntam-se para partilhar a diversidade dos seus ritmos musicais, neste colorido e pitoresco desfile pelas ruas do centro da cidade, que se tornou um evento anual./ Direção de projecto: Fernando Molina./ Entrada livre.

ÀS 21H NA ENTRADA DO FÓRUM MUNICIPAL PRÉ-CONCERTO/ RITMOS COMUNICANTES – Belaba-

tuke – Aveos/ Academia de Música e Belas-Artes Luísa Todi.DAS 21H30 ÀS 23H00 NO FÓRUM LUÍSA TODI – TOCAN-DO RITMOS, TROCANDO CANÇÕES. Grand Union Orchestra, Tony Haynes (direc-tor artístico); Academia de Música e Belas Artes Luísa Todi; BelaBatuke – Aveos; Conservató-rio Regional de Setúbal. Este concerto de músicas do mundo é o resultado de uma colaboração criativa entre músicos de Londres, de Setúbal e do Sul de França./ Bilhete:12€

A SEMANA académica do Campus Universitário Egas Moniz, no Monte de Caparica, onde está sedeado o Insti-tuto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz e a Escola Superior Egas Moniz, arrancou ontem e prolonga-se até dia 15.

João Mestre, da organização, deposita «boas expectativas» na edição deste ano, que tem um cartaz «apela-tivo e diversificado». Os Anjos (dia 11), os Tara Perdida (dia 13) e Quim Barreiros (dia 14) são os cabeças de cartaz deste ano. Depois dos concertos, os estudantes podem divertir-se na tenda electrónica montada no recinto e nos espaços gastronómicos envol-ventes.

«Apesar da crise, conseguimos criar um programa com qualidade. Somos uma instituição pequena e não temos tantas verbas para orga-

nizar um evento deste género como a Universidade de Évora», frisa João Mestre.

Com um orça-mento a rondar os 100 mil euros, a semana académica inclui, no domingo, às 9 horas, a bênção das pastas, e a queima das fitas, durante a parte da tarde, que vai envolver cerca de 500 estudantes. Mas a festa arrancou na sexta-feira, com um jantar convívio, seguido de serenata com a tuna da casa, que contou com a presença de cerca de 600 alunos.

O bilhete único, que dá acesso à festa em todos os dias, tem o preço de 30 euros, mas também há ingressos para cada dia a preços mais em conta.

Lugar ao fado na casa da Cultura Danças tradicionais em Palmela

A FADISTA Deolinda de Jesus, integrada no seu Quarteto Fado, dá um concerto na Casa da Cultura de Setúbal, este sábado, às 22 horas, com entradas a cinco euros. O

projecto junta a fadista setubalense a Jorge Pimentel, na guitarra portuguesa, Carlos Sequeira, viola, e Filipe Martins, contrabaixo. Não falte ao evento.

ESTE DOMINGO, às 16 horas, a biblioteca de Palmela recebe mais um Baile de Danças Tradicio-nais. Os String Fling animam este baile, com uma sonoridade inova-

dora, assente em vários instrumentos de cordas. O duo, composto por Pedro Prata e David Rodrigues, assume-se apaixonado pela música de inspiração tradicional.

CULTURA

Sábado //11 . Mai . 2013 //

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Cartaz...

“Dentro das palavras”, da autoria e interpretação de Rui Catalão, é um espectáculo que representa um balanço de dez anos a trabalhar na dança e a privar com bailarinos. Teatro Joaquim d´Almeida,Montijo | 21h30.

Dez anos de dança

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Teatro no Forum

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Pela primeira vez em Almada, o Teatro da Terra, companhia fundada por Maria João Luís, apresenta uma parábola sobre a vida e a morte, uma epopeia dedicada ao povo alentejano. Teatro Joaquim Benite,Almada | 21h30.

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

Canções da Reforma AgráriaLúcia Moniz, Luísa Basto e Samuel protagonizam o espectáculo comemorativo do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, composto por canções que relembram a Reforma Agrária. Auditório António Chainho,S. Cacém | 16h30.

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Alexandrina Pereira enaltece encantos da Arrábida em livro

A IGREJA Matriz de Grândola, recebe este sábado, dia 11, às 21 horas, um Recital de Fado com Cris-tina Maria, acompanhada por Custódio Castelo, na guitarra, Miguel Carvalhinho, na guitarra clássica

de 10 cordas, e Pedro Ladeira, no clarinete. O espectáculo que tem entrada livre, abre o programa das Festas em Honra de Nossa Senhora da Penha, que decorre de 11 de Maio a 11 de Junho, em Grândola.

ATÉ DIA 26, a Praça S. João Baptista, em Almada, acolhe mais uma Feira do Livro. Este evento cultural vai animar o centro da cidade com uma panóplia de livros de dezenas de editoras, para todas as idades e gostos, a preços acessíveis. A promoção da leitura é o principal objectivo deste evento que, à seme-lhança das edições anteriores, oferece também um programa cultural, com animações de leitura, apresentações de livros, momentos musicais, debates e encontros com autores, a decorrer no espaço da feira ou na Casa do Livro, a nova livraria de Almada, recentemente inaugurada, ao lado da Praça da Liberdade. A organização desta iniciativa está a cargo da Página a Página – Divul-gação do Livro, S.A. e da Casa do Livro em parceria com o município. Está aberta, todos os dias, das 10 às 22 horas.

Recital de fado em Grândola

Académica no Monte de Caparica

Feira do livro no coração de Almada

Arrábida meu amor, meu poema” é o título do novo livro de Alexandrina Pereira. Através

de pequenos poemas, a autora faz uma declaração de amor à Serra da Arrá-bida, onde enaltece a sua inspiração.

O livro de 62 páginas, seis delas a cores, contém fotografias de paisagem e flora da Arrábida de autoria de seis fotógrafos dos conce-lhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra que prepararam a candidatura da Arrábida a Património Mundial, bem como de testemunhos dos respec-tivos presidentes de Câmara.

O seu nono livro tem como mensagem principal apelar à preser-vação de «tanta e tão rara beleza» que é a Arrábida, e conta com o apoio daqueles três municípios, da Asso-ciação Sebastião da Gama, do Finis-terra Arrábida Film Festival e da Secil.

Inclui fotografias de paisagens e flora da Arrábida acompanhadas com versos de poemas. Além de oito poemas traduzidos em Inglês, Francês, Espanhol e Alemão, a obra é consi-derada pela Associação Sebastião da Gama como o «primeiro livro intei-ramente dedicado à Arrábida».

Simões Silva, Quaresma Rosa, José Rasquinho, José Gonçalves, Carlos Sargedas e Paulo Alexandre são os fotógrafos que cederam

imagens para o livro, cuja tiragem aponta para os 500 exemplares.

Para breve, a poetisa tenciona publicar um livro com testemunhos de crianças sobre as dificuldades que sentem com a actual situação do País. «É um livro que nos irá fazer sorrir e pensar», conclui. As receitas das vendas revertem para a Cáritas de Setúbal. Alexandrina Pereira está também a preparar a criação da Casa da Poesia de Setúbal.

O coração das artes em Almada

O livro de Alexandrina Pereira já foi apresentado na Câmara de Setúbal

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António Luís

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Ajagato promete diversidade e qualidade na mostra de Santo André

A 14.ª MOSTRA Internacional de Teatro de Santo André, organizada pela Ajagato, decorre de 23 de Maio a 9 de Junho, em Vila Nova de Santo André, com peças para adultos e para a infância. Afirma-se, de ano para ano, como um dos eventos culturais mais importantes do Alentejo Litoral.

Orçada em cerca de 26 mil euros, a edição deste ano, com espectáculos em Santo André e em Santiago do Cacém, espera receber cerca de 3 500 espectadores.

Mário Primo, director da mostra, realça que as expectativas para a edição de 2013 são as melhores, sobre-tudo em termos de público. «Espe-remos que a adesão de público continue a ser muito elevada, apesar da crise financeira que assola o País, pois a qualidade e a diversidade do festival está garantida», vinca.

Mas o ‘pai’ da mostra não esconde as dificuldades que estiveram por detrás da organização do certame deste ano. «Foi, talvez, a preparação mais difícil e atribulada de sempre, devido às mudanças que fomos forçados a fazer na programação, com o cancelamento de alguns espec-

táculos internacionais e às dificul-dades financeiras de financiamento do evento. Das 85 empresas e insti-tuições, a quem pedimos apoio finan-ceiro, responderam 18 e das restantes a maioria não respondeu ou mostrou-se indisponível para colaborar», conta Mário Primo.

Programaçãoeclética

No global, vão passar pela mostra 24 espectáculos apresentados por 15 companhias profissionais, sendo que duas delas são internacionais. Cinco companhias participam, pela primeira vez e as restantes repetem a presença pela qualidade apresen-tada anteriormente. Eis as compa-nhias desta edição: D´as Entranhas, Enano Free Artist, Cendrev, Peripécia,

TNDMII/João Grosso, Teatro dos Aloés, Palmilha Dentada, A Barraca, Circolando, Ninho de Víboras, Trotam Teatre, Tenda, Este Estação Teatral, Molloy Associação Cultural e Compa-nhia do Chapitô.

O evento volta a integrar espec-táculos para a infância, cinco no global, oferecidos pelo município. As dez animações musicais, que ante-cedem os espectáculos de teatro, vêm de todas da Escola de Artes de Sines, bem como workshops, exposições e colóquios.

O principal patrocinador do evento continua a ser o município, que desem-bolsa 9 500 euros, mas também chegam ajudas da Junta de Freguesia de Santo André, do Hotel Vila Park, da Repsol e da Galp Energia.

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Palcos e preços das entradasOs espectáculos da Mostra Internacional de Santo André são, na maioria, apresentados no auditório da secundária local, mas também há uma extensão a Alcácer do Sal e cinco espectáculos em Santiago do Cacém.

Os ingressos para os espectáculos têm o preço de 5 euros. Mas os jovens e os sócios da Ajagato pagam apenas 3 euros. A entrada permanente, que dá para assistir a todos os eventos, fica em 25 euros.

Diversidade e qualidade estão garantidas na programação da mostra internacional de Santo André, que espera receber mais de 3 mil espectadores em palcos de Santo André, Santiago do Cacém e Alcácer do Sal

O grupo de teatro “A Barraca” vai estar presente na mostra

Terras sem Sombra leva Grândola à Idade MédiaFOI ao som da flauta de Pã

que centenas de pessoas regres-saram à Idade Média para ouvirem, no passado sábado, na igreja matriz de Grândola, as obras do famoso compositor e poeta, Guillaume de Machaut, no âmbito do Festival Terras Sem Sombra.

O flautista francês subiu ao palco, com o barítono Marc Mauillon, a violetista italiana Vivabiancaluna Biffi, e o alau-dista belga Michaël Grébil, para entoar uma canção trovadoresca.

Como referiu o director do festival, «este momento musical é um exemplo perfeito da temá-tica central do 9.º Terras Sem Sombra. Machaut foi um dos principais impulsionadores da

polifonia, imbricando admira-velmente o sagrado e o profano.

O quarteto de Pierre Hamon é um dos principais intérpretes da música medieval e faz renascer, entre os que têm o privi-légio de escutarem, o sentimento da lírica dos trovadore-s». Paolo

Pinamonti salientou igualmente que o concerto se tornou um marco preponderante no roteiro da música antiga, tendo recebido atenção redobrada da crítica internacional.

Já José Falcão, responsável pelo festival, destacou a «exce-lência» do cenário que acolheu a estreia da obra de Machaut, referindo que «as igrejas do Alen-tejo são um palco privilegiado para esta música, dada a sua acús-tica e a sua aura espiritual; são espaços que convidam a sonhar, favorecendo a relação empática do público; recupera-se, deste modo, uma parte da nossa memória, unindo-a a monu-mentos e paisagens de grande beleza».

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Barítono Marc Mauillon

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Sábado //11 . Mai . 2013 //

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ÚLTIMA

Pub.

A ÚLTIMA edição do tris-semanário “O Setubalense” saiu ontem para as bancas. O fecho de portas de um dos jornais mais antigos do País e uma referência em Setúbal leva uma dezena de pessoas para o desemprego. A quebra de receitas na publicidade e nas vendas, que tem atin-gido o sector nos últimos anos, está na origem da suspensão deste órgão de comunicação social regional que completaria 158 anos no próximo dia 1 de Julho.

Os funcionários queixam-se de cerca de dois meses de salários em atraso e admitem mesmo avançar para o pedido de suspensão dos contratos de trabalho.

Patrocínia Fidalgo, proprietária do jornal, queixa-se de «uma grande quebra nas vendas e na publicidade e de grandes encargos com os funcioná-rios».

Já o director José Araújo,

afirma que as dificuldades do jornal resultam funda-mentalmente da diminuição da publicidade das grandes empresas da região e de várias entidades da admi-nistração central e local.

José Araújo acrescenta que as grandes empresas da região estão de «costas voltadas para os problemas locais, dando como exemplo,

a Câmara de Setúbal que «gasta milhares de euros em publicações internas e em departamentos de marke-ting e não apoia os jornais locais. Pelo menos não apoia “O Setubalense” há mais de quatro anos». E conclui: «Quando falamos de coisas incómodas, há sempre movi-mentações, ameaças e processos».

“O Setubalense” suspende actividade Porto sadino

é ‘top’ paraAutoeuropa

Barreiro acolhe celebrações do Dia da Marinha

«O PORTO de Setúbal é o eixo mais importante na logística de viaturas fabricadas na Autoeuropa», diz o responsável da VW Logistics em Portugal, António de Oliveira, conta-bilizando que desde «1995 já foram enviados, via Setúbal, mais de 1,6 milhões de carros».

Na sua opinião, estes números demonstram a capacidade logística e de acessibilidades do terminal roll-on roll-off deste porto. «99 por cento do volume de produção destina-se à exportação, é fundamental que a ligação entre a produção e o despacho de veículos seja rápida. Cerca de 80% do volume produ-zido na Autoeuropa é enviado por este porto, tornando-se essenciais os bons acessos por rodovia e ferrovia.

AS COMEMORAÇÕES do Dia da Marinha deste ano vão decorrer na cidade do Barreiro entre 18 e 26 de Maio. Na ocasião será relembrada a chegada da armada de Vasco da Gama a Calecute, em 20 de Maio de 1498.

Todas as actividades rela-cionadas com este evento têm como objectivo dar a conhecer os meios e as capacidades da Marinha aos portugueses para que possam usar o mar na medida dos seus interesses.

A cerimónia militar e reli-giosa, as actividades despor-

tivas e radicais, o concerto da banda da Armada, a exposição de actividades, os baptismos de mar e as visitas a navios integram, como é tradição, o programa das comemorações deste ano que contam com o apoio da Câmara Municipal do Barreiro.

O programa das comemo-rações, que foi delineado tendo em conta a situação econó-mica e financeira do País, foi apresentado em conferência de imprensa, ontem, sexta-feira, pelas 19h30, no Clube Naval Barreirense.

A morte do director João Fidalgo terá precipitado a suspensão

Há dois anos a capital do distrito foi a escolhida pela Marinha

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