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O ano passado, por esta altura, e contas feitas ao primeiro semestre, já tinham ardido 207 hectares de floresta na região, o equivalente a mais de duzentos campos de futebol. Este ano, no período comparado, só arderam 12 hectares , havendo a registar três incên- dios e 115 fogachos. Dados posi- tivos, agora que arranca a fase "Charlie", para prevenir o período mais crítico. Pub. Levar peixe às escolas porque "o Alentejo é Fish" ATUAL A proposta está em cima da mesa e foi uma das conclusões da conferência "O Alentejo é Fish". A ideia é levar peixe aos refeitó- rios do Litoral Alentejano. O presi- dente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo apoia. PÁG. 5 Sábado | 5 julho 2014 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 818 • 7.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa Atual 7 Festa de iguarias foi êxito na Escola Profissional e Técnica da Moita Negócios 12 Gerente da Sivipa em entrevista faz balanço da empresa que está a celebrar 50 anos. Cultura 9 Forum Luisa Todi recebe Rodrigo Leão na próxima sexta- -feira dia 11 Lagoa de Albufeira vai ser aberta pela terceira vez este ano ATUAL Estão a decorrer os traba- lhos de ligação da Lagoa de Albu- feira ao mar, numa extensão de 500 metros. Esta é a terceira vez que a Câmara de Sesimbra tenta ligar estas águas, por dificuldades de assorea- mento na "boca da Lagoa". PÁG. 4 Projeto da Cáritas apoia famílias na criação de empresas ATUAL A Cáritas está desenvolver um projeto de apoio para que as famílias ganhem autonomia finan- ceira através da criação de empresas. A adesão tem sido escassa e uma das razões prende- -se com critérios apertados. PÁG. 4 ABERTURA PÁG. 2 RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE, 138 960 331 167 Fotos: DR Distrito tem menor área ardida do país em ano de exceção Distrito tem menor área ardida do país em ano de exceção

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Edição de 5 de Julho do Semmais

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Page 1: Semmais 5 julho 2014

O ano passado, por esta altura, e contas feitas ao primeiro semestre, já tinham ardido 207 hectares de floresta na região, o equivalente

a mais de duzentos campos de futebol. Este ano, no período comparado, só arderam 12 hectares , havendo a registar três incên-

dios e 115 fogachos. Dados posi-tivos, agora que arranca a fase "Charlie", para prevenir o período mais crítico.

Pub.

Levar peixe às escolas porque "o Alentejo é Fish"ATUAL A proposta está em cima da mesa e foi uma das conclusões da conferência "O Alentejo é Fish". A ideia é levar peixe aos refeitó-rios do Litoral Alentejano. O presi-dente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo apoia.

PÁG. 5

Sábado | 5 julho 2014 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 818 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

Atual 7Festa de iguarias foi êxito na Escola Profissional e Técnica da Moita

Negócios 12Gerente da Sivipa em entrevista faz balanço da empresa que estáa celebrar 50 anos.

Cultura 9Forum Luisa Todi recebe Rodrigo Leão na próxima sexta--feira dia 11

Lagoa de Albufeira vai ser aberta pela terceira vez este anoATUAL Estão a decorrer os traba-lhos de ligação da Lagoa de Albu-feira ao mar, numa extensão de 500 metros. Esta é a terceira vez que a Câmara de Sesimbra tenta ligar estas águas, por dificuldades de assorea-mento na "boca da Lagoa".

PÁG. 4

Projeto da Cáritas apoia famílias na criação de empresas ATUAL A Cáritas está desenvolver um projeto de apoio para que as famílias ganhem autonomia finan-ceira através da criação de empresas. A adesão tem sido escassa e uma das razões prende--se com critérios apertados.

PÁG. 4

ABERTURA PÁG. 2

RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGALRUA GENERAL GOMES FREIRE, 138  960 331 167

Fotos: DR

Distrito tem menor área ardida do país em ano de exceção

Distrito tem menor área ardida do país em ano de exceção

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ABERTURA

2 Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

O distrito de Setúbal é a região do país com a menor área ardida,

estando a viver uma das épocas mais calmas de que há memória em matéria de fogos florestais. A península regista um total de 12 hectares de área ardida, segundo os dados provisórios relativos ao primeiro semestre são do Insti-tuto da Conservação da Natu-reza e das Florestas (ICNF), o que traduz uma significativa redução comparando com o ano passado,

quando o distrito já somava 207 hectares queimados, o equiva-lente as 207 campos de futebol.

Contabilizando povoamen-tos e matos, o distrito contabili-za este ano três incêndios flores-tais e 115 fogachos, quando há um ano chegava aos 18 incêndios florestais e 189 fogachos, que ti-nha destruído 169 hec-tares de povoamentos e 38 hectares de mato. Mas se-gundo a Autoridade de Proteção Civil, o primeiro semestre de 2014 ficou marcado pela destruição de oito hectares de povoamen-

tos e quatro de mato.Os dados foram revelados

quando já está em marcha o pe-ríodo crítico – conhecido como fase Charlie - que começou a 1 de Julho e vai vigorar até 30 de Se-tembro, alertando o presidente da

Liga de Bombeiros Por-tugueses, Jaime Marta Soares, que os tempos são de preocupação também no distrito de

Setúbal, uma vez que o inverno chuvoso que se fez sentir, tendo levado a um crescimento de com-bustíveis, aliado às temperaturas altas podem começar a causar

«grandes dificuldades aos bom-beiros» ao longo do Verão

Apesar do investimento do Governo ser mais generoso este ano, os bombeiros continuam a queixar-se de «mau planeamen-to e um mau ordenamento da flo-resta, resultado de más políticas nacionais», reportando-se à ques-tão da prevenção.

Recorde-se que 2013 foi um ano quente, mas para 2014 pers-petivam-se temperaturas ainda mais elevadas, segundo a Orga-nização Meteorológica Mundial, apesar da instabilidade exibida até agora.

Até ao momento a região tem ficado de fora dos grandes incêndios e nem sempre é assim. O ano passado, por esta altura já tinham ardido 207 hectares de floresta no distrito, em comparação este ano arderam apenas 12. Agora é preciso ampliar cautelas.

Roberto Dores

Atenções e cautelas a reter no usufrutoda florestaA maioria das causas conhe-cidas dos incêndios florestais é de origem humana, pelo que as autoridades alertam que no período crítico, nos espaços florestais e agrícolas, não é per-mitido fumar, fazer lume ou fo-gueiras, fazer queimas ou quei-madas, lançar foguetes e ba-lões de mecha acesa, fumigar ou desinfestar apiários, salvo se os fumigadores estiverem equipados com dispositivos de retenção de faúlhas. Tam-bém a circulação de tratores, máquinas e veículos de trans-porte pesados que não pos-suam extintor, sistema de re-tenção de fagulhas ou faíscas e tapa chamas nos tubos de es-cape ou chaminés vão ser alvo de vigilância apertada.

Distrito tem menor área ardida do país em ano de exceção

Fase “Charlie” avança para combater período crítico

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Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com ESPAÇO PÚBLICO 3

As estatísticasdo desemprego

Tem sido grato saber que os níveis de desemprego têm pressupostamente caído no

nosso país. É o maior dos dramas com que a crise nos atravessou e um flagelo para as famílias que se viram atirados para esse poço sem fundo.

Sou cético em relação a essas vi-rulentas estatísticas. Não me canso de afirmar que estão a ser amputa-das partes da atual realidade. Uma delas é a colossal imigração, sobre-tudo de jovens qualificados, perto de trezentos mil, que estão fora das estatísticas. Não contam?

Outra parte da realidade são os desempregados que já deixaram de receber subsídio e caíram na despro-teção social. O Instituto Nacional de Estatísticas contabilizou 465 mil pes-soas a viver esta situação. Destes, uma parte não procura emprego por ra-zões diversas, outros não querem tra-balho a qualquer preço e situação e o resto, também fora do sistema, es-tão no subemprego, na precaridade. Também não contam?

Em cinco anos, rezam as mes-mas estatísticas, o país inscreveu na lista negra do desemprego, entre 2007 e 2012, mais 357 mil pessoas. Uma explosão que agora parece sus-tida também pelas razões que aci-ma aduzo. É dramático.

E mesmo com estas razias que as estatísticas banalizam, não sei como iremos ficar quando forem reduzi-das as políticas públicas de apoio ao emprego, grande percentagem na atual criação de postos de trabalho.

Isto para dizer que só a acelera-ção da economia pode ajudar a en-curtar o caminho do desemprego. E para isso são necessárias políti-cas de incremento da atividade eco-nómica, boa gestão dos fundos, uma banca capaz, justiça a funcionar e fiscalidade sem garrote.

Uma visão que deve ser asserti-va por todas as componentes da so-ciedade, incluindo o universo acadé-mico. O pior que se pode fazer é aba-nar sem mexer, deixar que o flagelo seja inevitável no quadro do ajusta-mento. Se assim for, vamos mesmo ter um país trucidado, com um fosso cada vez mais perigoso de gerir.

EDITORIALRaul Tavares

Entrou em vigor, no passado dia 30 de Junho, a lei de bases gerais da política pública de

solos, de ordenamento do território e de urbanismo, Lei nº31/2014 de 30 de Maio. Todavia para a sua aplicação plena e eficácia o legis-lador prevê ainda um prazo de seis meses para rever a legislação sobre os regimes jurídicos da urbanização e edificação, dos instrumentos de gestão territorial e cadastro predial.

Por agora vamos deter-nos ape-nas na figura jurídica, que a lei in-troduz, como novidade, a Venda Forçada. Atentemos então no artigo35º. da Lei . A venda força-da é uma sanção para os proprie-tários que não cumpram os seus deveres. Tais deveres devem re-sultar do incumprimento de uma operação de regeneração urbana que esteja prevista em plano ter-ritorial; duma operação de reabi-litação; da manutenção dos edifí-

cios em estado de ruina ou sem condições de habitabilidade e ain-da de parcelas ou lotes de terreno em consequência de demolições, entretanto realizadas. A ideia é in-teressante como forma de promo-ver a reabilitação e regeneração nos centros históricos das cida-des, vilas e aldeias. A questão crí-tica é a da sua execução”, do mo-dus operandi.”

Prevê a Lei que a venda for-çada só terá lugar com o acordo

do proprietário quanto ao valor do bem. Caso o proprietário não esteja de acordo tem direito ao valor de uma justa indemnização. Ora, esta justa indemnização só pode ser obtida pela via da ex-propriação, por utilidade públi-ca, isto é, através do Código das Expropriações. Este só existe para defesa do direito de propriedade, que está consagrado no artigo 62 da Constituição da Republica Por-tuguesa.”

Por outro lado, o legislador tam-bém consagrou no artigo 34ºda Lei a expropriação por utilidade pública e as condições em que a mesma pode ter lugar. Mas quer no caso da venda forçada quer no de expropriação o valor a encon-trar é o mesmo, pois a base legal para a justa indemnização, o va-lor, o preço a pagar é o que resul-tar da aplicação do Código das Ex-propriações.

A venda forçada aparece, pois, ligada à expropriação, pelo me-nos quanto ao justo valor a pagar. Só que na expropriação por utili-dade pública o que se pretende é salvaguardar o direito de proprie-dade, enquanto na venda forçada estamos perante a aplicação duma sanção aos proprietários por in-cumprimento dos seus deveres. São situações distintas que deve-riam ter tratamento diferente. É que o preço a pagar sai sempre dos cofres públicos, pois na falta de acordo só quem pode lançar mão da expropriação são as entidades públicas. Temos assim que a ven-da forçada não sendo uma expro-priação é equiparada, mas é uma sanção; a expropriação por utili-dade pública é uma garantia do direito de propriedade. Donde a venda forçada não é uma expro-priação. É a forma de poder ser considerada Constitucional?

Venda forçada, nem sim nem não

Maria Amélia AntunesMembro do S.N. do PSe pres. da A. M. Montijo)

Joël Pommerat apresentou-se pela primeira vez em Portugal no Festival de Almada 2011,

com Cercles/Fictions, um espec-táculo que subiu à cena no Teatro Nacional D. Maria II e a que o jornal Público chamou uma “magnífica máquina de sonhos”. Foi enquanto artista associado do Odéon-Théâtre de l’Europe que Pommerat, um dos mais badalados encenadores fran-ceses da actualidade, criou A reunifi-cação das duas Coreias, espectáculo de título propositadamente enig-mático e que acaba por ser sobre o Amor – ou sobre a sua impossi-bilidade. Esta “vintena de sainetes implacáveis”, segundo o Libération, resulta num espectáculo “espan-toso e encantatório” (Le Figaro), ou não se tratasse Pommerat de um “mágico da cena” (Magazine Théâtrale).

O que pode (ou não pode) di-zer um título acerca do espectá-culo que anuncia? Quem vier as-sistir à Reunificação das duas Co-reias poderá esperar abraços fra-ternos entre a presidente da Co-reia do Sul, Park Geun-hye, e o seu homólogo do Norte, o patus-

co Kim Jong-un?Não pode. Não é disso que se

trata. O título propõe-nos uma imagem sobre a atracção dos opos-tos. O amor? Isso mesmo. Golpe publicitário, então? O autor res-ponde: “O título é evidentemente misterioso – e assim é que está bem. Para mim, um título é algo que deve revelar-se a quem mergulha de ca-beça numa obra. Ao espicaçar a imaginação do espectador, antes que o espectáculo comece, o títu-lo já está a cumprir a sua função”.

Um teatro parecido com a vidaJoël Pommerat considera-se

a si próprio um dramaturgo que não escreve peças, mas espectá-culos, e é justamente essa marca que o define – o hábito de ensaiar (como este espectáculo o foi) du-rante quatro meses com a “sua fa-mília” de actores, intérpretes que estão nos antípodas do actor-ve-deta, das “carinhas larocas”, e que comungam numa pesquisa da Obra

de Arte total, para a qual concor-rem, também, a apuradíssima luz e o cenário minimal de Éric Soyer, bem como o desenho sonoro de François e Grégoire Leymaire, que põe em evidência “a dicção preci-sa, forte e lancinante” dos actores, “como que saída da noite das noi-tes” (in Libération).

As posições de Pommerat so-bre o teatro têm-lhe valido polé-micas intensas e até a rejeição apai-xonada de alguma crítica: “A for-ma como hoje em dia se pensa o teatro é poeirenta – aborrecida”, afirmou numa entrevista à Paris Match.

“Não me interessa escrever um texto, fechado no meu quarto, para depois ir montá-lo ou dá-lo a al-guém que o monte. Não concebo peças, mas espectáculos. E creio que não basta acrescentar uma música rock a uma peça para que ela passe a ser modernaça. Não te-nho qualquer receio de fazer via-jar o meu teatro por territórios me-nos assépticos, menos elegantes – mas que se pareçam muito mais com a vida”.

O senhor NevoeiroNascido em 1963, Joël Pom-

merat abandonou os estudos aos 16 anos e tornou-se actor aos 18, começando a escrever aos 23. Es-treia-se na encenação aos 27 anos:

um monólogo (Le chemin de Dakar) que serve de pretexto para a fun-dação da companhia que ainda hoje é a sua, a companhia Louis Brouillard [Luís Nevoeiro]. Duran-te a década de noventa Pomme-rat escreve e dirige vários espec-táculos apresentados no Théâtre de la Main d’Or, em Paris, e faz ain-da uma incursão no mundo do ci-nema, através da realização de vá-rias curtas-metragens. 2001 traz consigo o início de um caminho que lançará os seus espectáculos em várias digressões – caminho esse que, refira-se, se manteve até aos dias de hoje, pese embora as várias (e prestigiosas) aventuras aceites por este verdadeiro “mes-tre da arte cénica” (La Terrasse): em 2006 foi artista associado do Festival d’Avignon; em 2007 fez uma residência de três anos no Bouffes du Nord, o teatro de Pe-ter Brook (que chegou a indicá-lo como seu sucessor); e entre 2010 e 2013 foi artista associado do Odéon-Théâtre de l’Europe. Em França A reunificação das duas Coreias ganhou dois prémios do sindicato de críticos de teatro (Me-lhor Texto e Melhor Cenografia), o Prémio Palmarès Théâtre para Melhor Espectáculo, atribuído pela France 2, e o Prémio do jornal Le Figaro para Melhor Autor.

Um escritorde espectáculos

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

O que poderei eu dizer? Certa-mente seria mais fácil contar um episódio triste, dramá-

tico, em que os pormenores ficam cravados na memória e a dor no

coração. Sim, seria, mas não o farei.Falarei, então, da minha gran-

de paixão, do único local que ador-mece a minha dor e me dá luzes de esperança – a Serra da Arrábida.

Perco-me no meio dos arvo-redos e dos pequenos arbustos num triste dia de chuva – sim, num dia de chuva, porque a chuva torna tudo mais mágico, menos real – e inspiro. Inspiro e volto a inspirar.

Ah! Como aquele odor inebriante me invade os pulmões!

Inspiro outra vez e, como não

poderia deixar de ser, volto a per-der-me naquela frescura natural e tento decifrar os odores – o ado-cicado cheiro da terra molhada combina-se com a frescura das er-vas e com o calmante odor dos pi-nheiros.

Celestial!Caminho por entre as silvas e

as pernas descobertas doem-me a cada passo que dou. Mas é uma dor saudável e eu chego até a gos-

tar dela – faz-me sentir viva, apai-xonada, entregue à Natureza.

Subo e desço montes, salto pe-quenos riachos. Inspiro. Deito-me na relva, olho o céu recortado pe-las folhas das árvores. Inspiro.

E de cada vez que lá vou, al-canço um nível de felicidade ini-maginável, alcanço o mais puro estrato de felicidade.

E como poderia eu esquecer--me disso?

Margarida NietoEstudante

O que não consigo esquecer

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

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ATUAL

4 Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com

Cáritas apoia famílias em crise na criação da própria empresa

A Cáritas Diocesana já tem em marcha no distrito o projeto designado

por “Criatividade: O Franchi-sing Social potenciado pelo Marketing Social”, com o qual pretende apoiar e dar auto-nomia financeira a pessoas em situação de desemprego, mas até à data são poucas as candidaturas consideradas viáveis. «Não chegamos à

dezena», revela ao Semmais o seu presidente Eugénio Fonseca, admitindo que o «entusiasmo» em torno do programa tem sido grande, mas o critério de seleção é muito apertado, reconhece o dirigente.

Em tempos em que a crise tanto aperta na região, o objetivo da Cá-ritas passa por criar condições que incen-tivem as famílias carencia-

das a avançarem para a cons-trução de microempresas, mas nem todas as pessoas interessadas têm apresen-tado vocação empreende-dora. Ou seja, explica Eugé-nio Fonseca, «estamos a fa-lar da criação de negócios,

com uma margem de risco muito grande. É preciso ter capacidade, habilidade e per-

ceber que nem tudo é lucro», justifica.

Projeto regista ainda pouca adesão por critérios apertados

O “Criatividade” pretende dar autonomia financeira a pessoas em situação de desemprego e apela ao empreendedorismo. As candidaturas escasseiam. Segundo a Cáritas o entusiasmo é grande, mas o critério de seleção é muito apertado.

Roberto Dores

Pub.

Detalhes do projecto«Criatividade: O Franchising Social potenciado pelo Ma-rketing Social» é desenvolvido pela Cáritas Portuguesa, com o apoio técnico-científico da IPI Consulting Ne-twork. O projeto é cofinanciado pelo Programa Opera-cional de Assistência Técnica/Fundo Social Europeu. O Franchising Social potenciado pelo Marketing Social tem como fim último gerar valor de forma sustentada atra-vés da replicação de projetos-piloto de Franchising So-cial e da criação de micro-negócios e atividades por con-ta própria. Deste modo, este projeto visa a Inclusão So-cial pela via do empreendedorismo, por forma a auto-nomizar financeiramente pessoas em situação de de-semprego: Pela promoção e implementação de proje-tos de Franchising Social.

Por todo o país a Cáritas já conta com mais de 50 can-didaturas a este projeto, as-sumindo Eugénio Fonseca que no distrito de Setúbal o maior universo de interes-sados procura apenas finan-ciamento, sem a intenção de assumirem encargos. «Isto é, querem dinheiro mas não querem assumir as respon-sabilidades de negócios, pelo que têm ficado muitos pelo caminho», acrescenta o mes-mo responsável.

O projeto destina-se a de-sempregados de longa du-ração, jovens recém-licen-ciados e quadros de empre-sas que tenham ficado sem emprego. Os interessados poderão apresentar uma ideia de negócio ou, em alterna-tiva, recorrer a um banco de ideias disponibilizado pela Cáritas.

A base definida pela Cá-ritas aponta para o apoio a pessoas em situação de ex-clusão social que, por via do empreendedorismos, te-nham a possibilidade de vol-

tar ser inseridas no merca-do de trabalho, havendo boas perspetivas para a existência de um fundo de apoio que permita a imple-mentação de um projeto--piloto na área do franchi-sing social.

Segundo revela ainda Eu-génio Fonseca, será dada par-ticular atenção aos empreen-dedores que tenham «com-

petências e experiências pro-fissionais ricas que possam ser replicadas na área social e que, desta forma, consigam sair da situação de desem-prego em que se encontram». O projeto destina-se tam-bém a jovens que tenham terminado os seus cursos e que queiram tentar encon-trar aqui um futuro profis-sional.

Projeto apoia desempregados de longa duração

Impulsionar pequenos negócios é o objetivo

Reabertura da Lagoa de Albufeira ao mar concluída na próxima semana

ESTÃO a decorrer os traba-lhos de ligação da Lagoa de Albufeira ao mar. Trata-se de uma extensão de areal com cerca de 500 metros, pelo que a intervenção só ficará pronta a 8 e 9.

De realçar que a interven-ção que está a ter lugar neste momento não tem as mesmas caraterísticas da que aconte-ce no equinócio da primave-ra, quando a Lagoa está cheia do inverno, e assim que se abre o canal, as águas saem com grande pressão para o mar.

Neste momento, a Lagoa encontra-se vazia e as má-quinas estão a retirar o má-ximo de areia possível do ca-nal para que o mar entre e

renove as águas interiores.É a terceira vez que a au-

tarquia tenta abrir a Lagoa este ano, depois de o ter fei-to no equinócio da prima-vera e em maio. A dificulda-de deve-se a um assorea-mento cada vez maior na chamada “Boca da Lagoa”. Apesar de ser uma respon-sabilidade da Agência Por-tuguesa de Ambiente, o mu-nicípio tem garantido esta operação nos últimos anos, com recurso a orçamento municipal. Terceira tentativa este ano

DR

DR

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Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com 5

Pub.

Litoral Alentejano quer levar peixe às escolasA PROPOSTA está na mesa. Levar peixe aos refeitórios das escolas do Litoral Alentejo poderá ter um pa-pel decisivo junto dos jovens da re-gião. Isto é, uma aposta na educa-ção alimentar, que alerte para a im-portância de se começar a comer pei-xe desde tenra idade. Faz bem à saú-de, mas os jovens preferem larga-mente a carne, alertam os nutricio-nistas, pelo que uma das principais conclusões da conferência “O Alen-tejo é Fish”, dedicada à Dieta Medi-terrânica, apontou ao desenvolvi-mento de um trabalho que envolva pais e funcionários escolares. O pro-jeto pode mesmo avançar para a mar-gem norte do Sado, com a ambição de ensinar as crianças a «aprender a comer e a gostar de peixe».

De resto, Maria Palma Mateus, do Conselho Científico da Fundação da Dieta Mediterrânica dá o mote: «É pre-ciso que os pais habituem as crian-ças a comer peixe e desde cedo», dis-se, acrescentando que, para tal, bas-ta que logo a seguir à fase da ama-mentação os progenitores vão intro-duzindo peixe na comida dos bebés.

«Eles passam a gostar daquele sabor no futuro e nunca terão a ten-dência de dizer que não gostam. Es-

tamos a falar de um produto muito saudável para as nossas crianças, apesar das espinhas», resume a es-pecialista ao Semmais”, enquanto o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, An-tónio Ceia da Silva, justifica que o peixe é hoje «uma das mais-valias na valorização da costa alentejana. Afinal, explica, «temos 160 quilóme-tros de costa e aquilo que se come por aqui mais típico é o peixe, en-trando no receituário desta região».

O projeto agora lançado preten-

de merecer a atenção do «estado, das autarquias, dos pais e da comunida-de em geral», segundo resumem as conclusões do encontro, sendo que ao nível da concertação técnica da rede das escolas de hotelaria e turis-mo do País, é sugerida a introdução do tema da Dieta Mediterrânica nos currículos e atividades letivas «dos futuros profissionais do turismo, quer dos ́ chefs´, quer dos diretores de ho-tel», diz ainda o documento.

Roberto Dores

Ceia da Silva, líder da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo

DR

Palmela e Setúbal no ‘top 10’ dos maiores exportadoresPALMELA, em segundo, e Setúbal, em quatro, são os dois únicos mu-nicípios da região a figurar no ‘top 10’ do ranking dos concelhos mais exportadores do país, publicado pelo Instituto Nacional de Estatís-ticas (INE) relativo ao ano passado.

Segundo os dados que foram publicados no Expresso Online’, as empresas instaladas em Palme-la representaram um nível de ex-portações de 1,9 mil milhões de

euros, enquanto as fixadas em Se-túbal atingiram 1,5 mil milhões de euros aproximadamente.

O estudo do INE sublinha a im-portância da visibilidade para que um concelho atinja estatuto de «mercador», mesmo que tenha uma escala demográfica pequena. Mas sobretudo, e no caso de Palmela isso verifica-se com o caso da Au-toeuropa, a dimensão internacio-nal das empresas é essencial.

A INICIATIVA “Digressão da Ade-ga de Palmela”, depois de ter passa-do pela Casa da Música Piano - Bar, em Setúbal, entre 8 e 22 de Junho, já está no restaurante “Filipe”, em Se-simbra, entre 4 e 13 deste mês.

Uma carta de vinhos premiados e novidades da Adega de Palmela, tais como o Vinho Branco Ana by herself, lançado o mês passado em parceria com a estilista Ana Salazar, oferta de degustações do vinho do dia, um expositor onde pode ver e escolher o néctar que prefere, e pre-ços bem simpáticos, são algumas das atracções deste evento. Levar a Adega de Palmela onde estão as pes-soas, favorecendo a curiosidade e a prova, é o objectivo.

Famoso pela excelência do pei-xe fresco, o cinquentenário res-taurante Filipe, onde as caldeira-das, e cataplanas são rainhas, acei-ta agora o desafio de conjugar os excelentes vinhos da Adega de Pal-mela a um menu com gosto a fé-rias.

Pessoal do restaurante “Filipe”

DR

Adega em Digressão em Sesimbra

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6 Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com

ATUAL

Ser autarca, eleito por um partido da oposição (ainda por cima do partido do governo) e ter

um pelouro é como fazer política em cima de um arame farpado, com a susceptibilidade perma-nente de se cair.

Se a essas características jun-tarmos um espírito autocrítico, da-queles que não defende o Gover-no apenas por defender e por ser do seu próprio partido, mas que simultaneamente não alinha em falsos moralismos dos socialistas, estes bem mais responsáveis por muitas medidas que Pedro Pas-sos Coelho tomou do que o pró-prio, pois estão na base das suas necessidades, assim como de co-munistas, bloquistas e às vezes até centristas, então estamos peran-

te um conjunto de decisões toma-das sempre em contramão, desa-poiado de qualquer facção, mui-tas vezes até do próprio partido.

Vem esta dissertação a propó-sito das minhas interessantes reu-niões de câmara onde eu, único vereador da dita família política de direita, continuo a defender a grande maioria das medidas des-te governo e a dizer que indepen-dentemente dos muitos dispara-tes que identifico no dia-a-dia, con-tinuo a achar que o PSD é actual-mente e neste contexto o melhor

para o País e em simultâneo, se-manalmente acompanho a CDU, o PS e o BE m muitas medidas com impacto local que são fortes crí-ticas ao governo. Faço-o, não para estar bem com Deus e o Diabo, mas sim para poder estar de bem com a mina consciência, com o inte-resse público e para com a defesa dos eleitores da população por onde fui eleito.

Ora, mas sabemos que sobre-tudo a CDU é useira e vezeira na arte da contra-informação políti-ca e na criação de factos políticos, de tal forma que às vezes até en-tram em contradição.

Na última Reunião de Câma-ra, no Seixal, chamei a atenção do Sr. Presidente para o facto de, na minha opinião, da mesma for-ma que eu costumo estar ao lado da CMS contra o governo, se for o caso, em defesa da população,

não lhe ficaria mal, assim como ao restante executivo da CDU elo-giar a vitória do nosso governo numa matéria que beneficiará toda a nossa população e que se trata de ter conseguido negociar retirar a Península de Setúbal da Área Metropolitana de Lisboa no que concerne a apoios, ou seja, como esta era considerada “mais rica” tinha menor direito a apoios e assim esses apoios passam a ser possíveis.

Por via dessa “conquista” as empresas do nosso distrito, entre as quais o Seixal passam a poder beneficiar do acesso a apoios e de fundos comunitários. Apesar do que aqui escrevi, a retórica do Sr. Presidente da Câmara para ten-tar desvalorizar e até desmentir esses factos foi de tal ordem que nem me apeteceu continuar a dis-cussão. Enfim…

Da minha parte, continuarei a apoiar o meu município e até “ban-deiras” de outros partidos, se ne-cessário contra o meu governo, desde que seja no interesse da po-pulação que represento e se acre-ditar nas causas.

Uma Nota final para um pedi-do que me foi comunicado há pou-co: alterar a próxima reunião de câmara, antecipando-a da tarde para de manhã. Motivo? Para os trabalhadores poderem partici-par na Manifestação. Perguntei que Manif. Não me levem a mal, mas se eu fosse decorar todas as Manif´s, Plenários, Encontros, Jor-nadas de Luta, etc, etc, teria de adquiri uma agenda paralela para as poder apontar. Deixo aqui a pergunta, sem querer ofender os direitos de quem quer que seja: justificava-se mesmo esta altera-ção? Pois…

Paulo Edson CunhaVereador PSD/Seixal

Ser autarca

CRÓNICA UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Centro de Formação Avançada de Setúbal arranca com 12 cursosde pós-graduação TURISMO, desporto e energia são áreas académicas dos 12 cursos de pós-graduação/especialização disponíveis a partir de outubro no Centro de Formação Avançada de Setúbal, numa iniciativa conjun-ta do município e da Universida-de Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

A entrada em funcionamento do novo centro de estudos foi for-malizada esta semana na sala mul-tiusos do Fórum Luísa Todi, com a apresentação dos cursos e espe-cializações a ministrar.

«Estamos a dar uma resposta naquilo que é um desígnio desta autarquia, nomeadamente na cria-ção de oportunidades formativas e de valorização para a popula-ção», salientou o vereador da Edu-cação, Pedro Pina.

O projecto, a funcionar na Es-cola Profissional de Setúbal, ar-ranca com horário pós-laboral, adaptado às necessidades dos alu-nos dos cursos, com o mínimo de 12 formandos.

O Centro de Formação «permi-te criar aqui um pleno de potencia-lidades e de oportunidades», real-çou o autarca, ao adiantar que «os cursos foram pensados e focados naquilo que são as necessidades for-mativas do nosso concelho, diver-sificando a oferta para os diferen-tes públicos».

“Enologia”, “Qualidade e Segu-rança Alimentar”, “Perícias em Ge-nética Forense”, “Futebol, Treino e Análise”, “Coaching”, “Personal Train-ning”, “Manutenção em Sistemas Elétricos”, “Gestão e Monitorização de Energia”, “Eficiência Energética”, “Arquitetura Bioclimática”, “Gestão de Projeto e Arquitetura de Turis-mo” e “Reabilitação Urbana” são al-guns dos cursos disponíveis.

O autarca afirmou que estes cur-sos asseguram «uma maior quali-ficação e mais oportunidades para as pessoas, que ficam, mais aptas para lidar com os desafios do mer-cado de trabalho».

No encontro foram assinados

protocolos de colaboração com os parceiros Comissão Vitivinícola Re-gional da Península de Setúbal, Si-vipa, Casa Ermelinda Freitas, Ade-ga Cooperativa de Palmela, Asso-ciação de Futebol de Setúbal e Malo Tojo, entre outros.

Faria Ferreira, em representa-ção do conselho de administra-ção da Universidade Lusófona, afirmou: «Esperemos que o esfor-ço de cada um dos intervenientes seja recompensado com o êxito deste centro de estudos», frisou Faria Ferreira, que assegura que «a Lusófona coloca toda a expe-riencia em prol desta parceria jun-tamente com a autarquia».

Club Náutico Alfoz de Alcochete reabre com nova gerência O CLUB Náutico Alfoz, em Al-cochete, abriu as portas no pas-sado sábado, com nova gerên-cia atribuída à empresa Playe-ventos, Lda., criando 7 postos de trabalho.

Destinado ao público em ge-ral, entidades públicas e priva-das, o Club Náutico Alfoz, com capacidade para acolher 600 pes-soas, irá apostar em eventos de cariz corporativo, social, festivo ou para actividades náuticas.

A festa de inauguração en-volveu mais de 400 convida-dos que assistiram a concertos, ilusionismo e outras animações.

«O espaço tem um poten-cial enorme, pelas caracterís-ticas que apresenta, pela sua lo-calização e pela proximidade

de Lisboa. Além disso, não exis-te espaço semelhante nas pro-ximidades para a realização dos eventos/actividades que nos propomos desenvolver», real-ça Carlos Paixão, um dos ge-rentes, relembrando que, a par-tir de agora, o Club Náutico Al-foz passa a funcionar «a tem-po inteiro». «Qualquer evento pode aqui ser desenvolvido, des-de que o espaço o permita. O cliente expõe a sua ideia e nós executamos», vinca.

Uma exposição de fotogra-fia alusiva a várias paisagens e motivos de Alcochete pode ser visitada no espaço, enquanto a piscina pode ser utilizada pelo público em geral durante o ve-rão.

Sessão de apresentação de mais esta valia de formação para o distrito

DR

Carlos Paixão, um dos sócios gerentes do conhecido Alfoz

DR

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Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com 7

CONCESSÃO TPP-Só Trans-tejo tem impacto na Penín-sula Setúbal (mas inte-

ressa modelo financiamento que Autarquia Lisboeta quer aplicar c/ receitas: Estacionamento/IMI). Gov. assume dívidas, mas prejuízo estrutural, devido a: crise/desem-prego, comboio transportar rápido/cómodo e utentes transportados de/ para casa c/ rebatimentos auto-carros, reduziram procura. Gov. referir que a partir de 2015 deixa de pagar indemnizações compen-satórias, pode levar futura conces-sionária a deixar de usar tarifas sociais piorando a situação, ou exigir reequilíbrio financeiro. Mesmo assim 5 empresas mani-festaram interesse na concessão Transtejo?

A33 - Porquê não equidade nas portagens (tarifas em pequenos troços, isentos em troços maio-res)?

PONTE SEIXAL-BARREIRO–Além T. Contentores. Barreiro é pre-vista reativação cais Siderurgia Na-cional. Será que também não é prio-ritária a reposição desta ponte per-mitindo ligar as Zonas Empresariais Barreiro-Seixal e, sendo percurso muito menor do que EN-10/A33/IC21 retira tráfego a estas vias re-duzindo muito as externalidades?

C.R.AML-Concluídas: CRIL-PVG--IC32/A33 (CRIPS) falta concluir a Distribuidora Rodoviária da AML, apesar da queda de tráfego nas 2 pon-tes devido à crise/desemprego/au-mento combustíveis. Realizados es-tudos p/determinar melhor locali-zação/tipo infra-estrutura conclui-ram: 1º) Face à orientação da procu-ra, só construção corredor Trafaria--Algés descongestionará a P25A(mais do dobro do tráfego da PVG) pre-vendo-se redução 40% no tráfego c/redução das externalidades, per-mitir reforço comboios ponte e con-tribuir p/ melhor tráfego na AML.2º) Túnel tem vantagens e.v. ponte: cap-tação 20%superior tráfego virtude viabilizar para além da ligação à CRIL, ligação à marginal Lisboa-Estoril;Não tem impactos: visual/acústico/físi-co (não afecta áreas sensíveis (ex.Arriba Fóssil Caparica nem PDM´s); Custa menos 200M€ (túnel 570M€-2008). Projectos ditos prioritários c/valores superiores: Novo T.Conten-tores. APL (600M€) Barreiro; Mo-dernização Ferrovia Aveiro-V.For-moso (900M€)?; Construção IP3 Coimbra-Viseu (600M€) mas ele já lá está? Ferrovia Sines-Badajoz (1000M€) enquanto Espanha não muda mercadorias p/bitola Euro-peia não basta resolver estrangula-mentos capacidade e ligar Évora--Badajoz? PENA GOVERNO NÃO DAR PRIORIDADE AO FECHO DA CRAML DADO O SEU ENORME IM-PACTO AML?

AEROPORTO COMPLEMEN-TAR LISBOA - Inequívocos bene-fícios p/ actividades Económicas Distrito Setúbal se BA6-Montijo,

técnico/económica melhor segun-do “players”: ANA/VINCI (Con-cessionária) APPLA/Ryanair. Am-pliação não elástica Portela além segurança sobrevoo capital, leva-rão Gov. a decidir neste sentido! (Tive orgulho contribuir p/lobby--Distrito Setúbal p/este objectivo c/concorrência: Sintra/Cascais/Alverca).

AEROPORTO BEJA- Pós tenta-tivas perde única ligação ficando “às moscas”. O que levou anterior Gov. a investir 40M€ na requalif. da Base Militar para Civil? Era previsto que servisse para transportar passagei-ros p/ Empreendimentos Turísticos Alqueva/ Litoral Alentejano mas a crise instalou-se e estes pararam. Apesar 147km fará sentido a sua com-plementaridade c/ Faro? Será que Sevilha (3h17min)/Badajoz (2h40min) não terão alternativas melhores? Projecto é tb p/ carga (prod: perecí-veis do regadio Alqueva e alto valor acrescentado c/dimensão média. Cadeia comercial/produtiva/comer-cial está assegurada? Parqueamen-to/Manutenção aeronaves, Escola/Investigação, Testes onde estão? Que prod. pesados/gr.dimensões serão produzidos região Beja que preci-sem portos Sines/Setúbal? Foi pena fábricas Embraer Beja e.v. Évora p/cluster aeronáutico. Embraer não preferiria construir aeronaves Beja e.v. só asas/caudas? (Autor teve pri-vilégio participar fase formação do proj.Embraer).

Caldeira Lucas(Eng.o, Gestor,Prof., Consultor)

COMENTÁRIOS DIVERSOS (4 — Transportes)

Pub.

Cartório Notarial de SetúbalNotária

Maria Teresa OliveiraSito na Avenida 22 de Dezembro nº21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia três de Julho de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 61 do livro 269-A, de escrituras diversas, na qual:José Silva Pinto casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Lília Maria Pereira Martins Pinto, residente na Rua das Marinhas, n.º 37, Brejos de Canes, em Setúbal, contribuinte número 215588991, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte prédio:Prédio Urbano, composto de rés do chão para habitação, com a área coberta de setenta e sete virgula cinquenta e cinco metros quadrados e logradouro com a área de duzentos e oitenta e cinco virgula quarenta e cinco metros quadrados, sito na Rua das Marinhas, n.º 37, freguesia de Gambia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, que confronta do norte com Rua das Marinhas, do sul com José Augusto Rendeiro Ralho, do nascente com Herdeiros de José Carolo e do poente com Gualdino José Estrabocha Lascas, ainda por descrever na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3576.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 03 de Julho de 2014.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Os alunos do curso de restau-ração da Escola Técnica Profis-sional da Moita puseram

à prova os seus dotes culinários durante a III Feira da Gastronomia, na qual estiveram em destaque as iguarias do Alentejo, Madeira e claro, Lisboa e Vale do Tejo.

Da nossa região, podia-se pro-var ‘Ameijoa à Moita’, ‘Jus de Bu-lhão Pato, coentros e limão’, ‘Tor-ricado de sardinha em conserva de Setúbal’, ou a ‘Fogaça de Palmela com creme de laranja e limão da Serra dos Barris’, iguarias confe-cionadas pelos alunos do curso de restauração, vertente cozinha pas-telaria, e servidas pelos alunos na vertente restaurante bar.

Num autêntico mar de sabores, a região da Madeira também esteve presente na feira com o ‘Chambão e Alcatra’, assado lentamente no for-no à madeirense com batata frita, ou o ‘Bolo Doce da Madeira com Mela-ço’. Já da bem próxima região do Alentejo, as migas e o entrecosto não podiam faltar, com o ‘Entrecosto de Porco Aldeano’, frito em banhas com migas de pão alentejano e espargos verdes.

Também a salada de pé de porco em coentra-da chimichurri com ce-bola de Alcochete e pi-ckles caseiros, ou a sericaia alen-tejana, com calda de moscatel e uva moscata mostraram a cora-gem e audácia dos alunos e res-ponsáveis do curso de restaura-ção em inovar nas iguarias tradi-cionais das várias regiões sem lhes tirar o carácter que as define como sendo específicas de cada local.

Celeste Alves, diretora do curso de restauração na Escola Técnica Profissional da Moita, salientou ao Semmais o grande trabalho demons-trado pelos cerca de 140 alunos en-volvidos na confeção e preparação

dos produtos para a feira que, se-gundo disse, «serve num principal objetivo de mostrar as suas capaci-dades sob pressão da avaliação fei-ta por quem vem ao certame». E acres-centou: «É necessário preparar os alunos para as exigências cada vez mais altas dos clientes e desta esco-la saem com todas as capacidades inerentes à adaptação num merca-do onde a imposição da qualidade aumenta cada vez mais».

Ao contrário das anteriores edi-ções, que registou a presença de to-das as regiões portuguesas, este ano

a organização decidiu apostar apenas em três, de forma a garantir um maior empenho e dedi-cação dos ‘chefs’ e alu-nos na elaboração e con-

feção de produtos mais específicos, ganhando assim «maior variedade e originalidade». Volvidos três anos da “Feira da Gastronomia da EPT da Moita, a adesão do público tem vindo a aumentar, como explica ao Semmais Guilherme Rocha, dire-tor pedagógico da instituição. «No início esta feira era apenas virada para as famílias e amigos dos alu-nos que entregam a sua sabedoria aos produtos mas hoje já se vê um público mais diversificado, nomea-damente os tutores de estágios dos alunos que trazem as suas famílias,

ou mesmo outros agentes da região diretamente ou indiretamente en-volvidos com a escola».

O carácter de firmar relações en-tre alunos, professores, orientado-res de estágio e agentes de desen-volvimento da região é outra das ra-zões pela qual a feira se realiza num único dia. O curso de restauração nas suas duas vertentes não foram os únicos em destaque na III edição da Feira da Gastronomia, que con-tou com a participação de outros na montagem e ultrapassagem de de-safios inerentes a esta. «O curso de organização de eventos teve um gran-de papel fulcral para que o certame fosse um sucesso, bem como o de Comunicação, Marketing, Publici-dade e Relações Públicas», frisa Gui-lherme Rocha, que ainda aponta para o novo curso de Produção Agrária como uma grande aposta no futu-ro da região que teve o seu espaço em destaque na Feira da Gastrono-mia, com a mostra de vegetais cul-tivados por alunos e ofertas de lou-ro aos transeuntes.

Rogério Matos

Festa de iguarias animou Escola Técnica Profissional da Moita

III Feira da Gastronomia atesta qualidade dos alunos e mostra dinâmica

Iniciativa mais refinada tem ganho grande adesão de público

O Autor (Mestre Transportes) foi: -Assessor Pl.Ctrl.Gestão/Direc-tor Grd. Empresa Nacional Transportes (20anos); Membro AG-Rodoviária Alentejo; Do-cente Universitário: Gestão-Lo-gística/Aprovisionamentos e Economia de Transportes; Res-ponsável DGV-Distrito Setúbal (e membro Comissão Seguran-ça Rodoviária); Responsável dos Transportes/Acessibilidades Parque Expo; Administrador APSS-Administração dos por-tos de Setúbal e Sesimbra.-Consultor nas áreas Acessibi-lidades/Transportes: Avalia-ção/Reorganização de Empre-sas de Transportes; OID´s Ma-deira/Cascais; SONAE-Em-preendimento de Tróia-Grân-dola; Auditor de Infra-Estrutu-ras de Transportes p/Interven-ção Operacional de Acessibili-dades e Transportes; Participa-ção em Gabinetes de Estudo, IST--Vias de Comunicação e “think--tank” Plataforma para o Cres-cimento Sustentável.

Os formandos e os docentes esmeraram-se numa iniciativa que tem ganho peso.

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CULTURA

8 Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com

Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

Nó (do latim «nodus»): ligação, enlace, dificul-dade, trama, laçada, enredo,

vínculo, articulação. Atar, amarrar, prender. No plural, «nós» torna--se pronome pessoal.

Os nós do/no nosso corpo: o «nó na garganta», o «nó no co-ração», os «nós no cérebro», os «nódulos» no peito, os «nós dos dedos», o «nó- de-Adão».

Nós da madeira: «Não há car-ne sem osso nem madeira sem nó», diz o provérbio.

O «nó da acção» equivale ao seu núcleo; «não dar ponto sem nó»: ser interesseiro. «Nós é coi-sa atada», diz o adágio. Os nós juntam, tornam um. «Dar o nó», casar, mantem esse sentido: duas pessoas, um só casal. «Nó cego»: porque o amor impossi-bilita a razão?

Bloqueio e libertação: «des-lindar o nó», desatar o nó. An-tónimos de «nó»: abertura, fa-cilidade, passagem, impedimen-to, desprendimento, desemba-raço, divórcio.

Para descer de uma janela, os nós nos lençóis são fórmula conhecida e comprovada.

É costume dar-se nós nas plantas ou atar-se-lhes peda-ços de tecidos para marcar ca-minhos. O nó é um marco, uma adição, uma chamada de aten-ção. O nó acrescenta qualquer coisa ao fio inicial, à sua regu-laridade lisa e contínua – por vezes uma imperfeição; outras vezes algo digno de nota ou re-memoração.

O Quipu era uma forma de mnemotécnica ou texto/tessi-tura que consistia na união de cordas (que poderiam ter dife-rentes cores e tamanhos) onde eram dados nós. Cada cordão poderia ter mais de um nó que equivalia a palavra ou número. A posição dos nós e a sua quan-tidade indicavam valores nu-méricos de acordo com o siste-ma decimal.

Os nós dividem-se essen-cialmente em nós de ligação, nós fixos e nós de bloqueio. Os seres humanos poderão, tam-bém eles, reconhecer-se nesta

tipologia?«Nó»: medida náutica de ve-

locidade. «Nó de marinheiro», «nó de enforcado», «nó de gra-vata», «nó heráldico».

«Cortar o nó górdio»: os orá-culos preveniram que quem de-satasse o nó de Górdio (rei da Frígia que tinha morrido sem deixar herdeiros) dominaria toda a Ásia. Quinhentos anos mais tarde, Alexandre O Grande «de-satou-o» de forma prosaica e eficaz: cortando-o com a sua es-pada. A expressão tornou-se en-tão sinónimo de um problema aparentemente insolúvel resol-vido de forma simples. No Bra-sil, na sequência do universo das coisas impossíveis, uma expres-são deliciosa: «dar nó em pin-go de água».

Um dos clássicos do ilusio-nismo tem a ver com fazer-se atar e conseguir libertar-se.

A magia tradicional vive tam-bém de «prender» ou «despren-der» uma pessoa a outra - nes-te caso através de um laço/nó forçado ou reforçado através de rituais.

«Os Nós e os Laços», de An-tónio Alçada Baptista; «Nós de Vozes», de Ana Paula Guima-rães; «O Nó dos Livros», de Mar-garida Fonseca Santos; «Nó de Víboras», de François Mauriac – este último, um livro sobre a raiva e a amargura de um ho-mem rico que, ao morrer, des-creve o ninho de víboras em que tem vivido, o nó que o cer-cou, (en)cerrou e sitiou ao lon-go de toda a vida. Balzac, ou-tro francês, escreveu: «A Ava-reza é um nó corredio que aper-ta cada dia mais o coração e acaba por sufocar a razão.» Bal-zac, à semelhança do que de-fendeu muito mais tarde An-tónio Damásio, entende a in-teligência como emocional na sua essência. O nó é o que não deixa fluir e toda a Vida deve-rá ser fluidez e humidade. Tal-vez por isso Pablo Neruda te-nha tornado o nó apenas es-téril: «agora tens aridez de nó», escreveu.

[email protected]

No Club Setubalense, localizado na Avenida Luísa Todi, em Setúbal,

vai nascer em Setembro uma escola de dança. Segundo a presi-dente do conselho pedagógico, Sofia Rosado, as perspectivas para o projecto são as melhores. «Vamos ter um projecto educa-tivo coeso e inovador centrado na formação técnica e artística espe-cializada do aluno, bem como na formação inte-gral como indivíduo», realça a responsável.

Classes de Iniciação ao Mo-vimento (dos 3 aos 9 anos), cur-so de formação de bailarinos/curso básico de dança (2.º e 3.º ciclos do ensino básico) e curso secundário de dança são as ac-ções a ministrar neste novo pro-jecto que surgiu no terreno por

vontade de Alberto Prata, presi-dente da colectividade. «Quere-mos promover e dinamizar acti-vidades relacionadas com a dan-ça, trazer gente de Setúbal a par-ticipar nas mais diversas activi-dades lúdicas, desportivas e ar-tísticas», conta Sofia Rosado.

A direcção pedagógica e o cor-po docente são compostos por vá-rios profissionais habilitados para o ensino em artes do espectáculo

em dança, música e ex-pressões, nomeadamen-te António Laertes, Sofia Rosado, Rita Cardoso, Marina Popova, Sónia Ri-

beiro e Sofia Amieiro.«Queremos desenvolver uma

aprendizagem especializada atra-vés do corpo e do movimento, uma aprendizagem centrada no desenvolvimento das capacida-des técnicas, artísticas e perfor-mativas dos estudantes, forman-do-os bailarinos profissionais com todas as competências teó-

ricas, técnicas e práticas exigi-das em contexto artístico profis-sional actual», argumenta Sofia Rosado.

A estrutura curricular é «bas-tante ecléctica», composta por vá-rias disciplinas. As que são trans-versais à maioria dos anos, são: Técnica de Dança Clássica e Mo-derna, as Danças Históricas, de Ca-rácter, a Música, a Expressão Dra-mática, entre outras com uma com-ponente «mais criativa».

As inscrições para as audições estão abertas e decorrem a 7, 8, 17, 15, 21 e 22 deste mês, às 10 ho-ras, para o ensino básico, e às 12h30 para o secundário. Os can-didatos são sujeitos a provas de técnica de dança moderna e clás-sica e a um momento de impro-visação. As matriculas, condicio-nadas às aprovações do Minis-tério da Educação, decorrem até Setembro, em articulação com o Agrupamento de Escolas Sebas-tião da Gama.

Formar jovens bailarinos e dinamizar a comunidade em torno da dança são as principais metas da escola de dança do Club Setubalense que aposta num projecto coeso e inovador com docentes profissionais.

Club Setubalense arranca em Setembro com escola de dança para formar novos bailarinos

Destinada a crianças e jovens, a escola irá dinamizar a comunidade

O Teatro Animação de Setúbal acolhe, este sábado, às 22 horas, no Teatro Carlos Cé-sar, a peça “Illusion”, com João Brás e An-tónio Vaz Mendes, e direcção de Carlos Cur-

to, numa produção do projecto GoG. O es-pectáculo conta a história de dois actores desempregados que constroem um espec-táculo por encomenda.

Livros com preços bonificados, encontros com autores e sessões de autógrafos, a par apontamentos musicais e de cinema são iniciativas da II Arruada da livraria Culse-

te, a realizar entre 4 e 13. A iniciativa da Cul-sete, que se faz na rua, no passeio em fren-te da livraria, na Av.ª 22 de Dezembro, de-corre todos os dias das 15 às 23 horas.

“Illusion” estreia em Setúbal pelo TAS II Arruada da livraria Culsete

No histórico edifício onde funciona a sede social do Club Setubalense vai nascer um projecto de ensino

As matriculas para a escola decorrem até Setembro

António Luís

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Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com 9

Ofertas Semmais • Ligue e peça os seus convites

Ganhe convites para Rock no Sado

Cartaz...

DEPOIS da estreia, no passado sábado, a peça “Ves-tido de Noiva”, do Teatro na Gandaia, está em cena no auditório da Costa de Caparica, mais dois fins--de-semana, às sextas e sábados, às 22 horas, até 19 de Julho, e com uma sessão extra no domingo, dia 20, às 18 horas. “Vestido de Noiva”, uma das peças do teatro desa-gradável de Nelson Rodrigues, um dos maiores vul-tos da dramaturgia de Língua Portuguesa.A peça, encenada por Rui Cerveira, conta com texto de Nelson Rodrigues e interpretações de António Olaio, Carlos Dias Antunes, Elsa Viegas, João Dacosta, José Balbino, Josefina Correia, Luísa Nápoles, Maria João Garcia, Paulina Santos, Pedro Gambôa, Rui Pito, Rute HugmeNow e Tânia Ponte.

5Sábad

o

11Sext

a

O musical “The Love Boat” conta a história de um rapaz que após sofrer um desgosto de amor decide fazer um cruzeiro.

Encontra um medalhão perdido e decide procurar a dona do mesmo, sem dar conta que procurava o amor da sua vida.

Forum Cultural de Alcochete • 21h30.

Temos para oferecer aos nossos leitores passes de três dias para o II Rock no Sado, que decorre no Parque Santiago, de 15 a 17 de Agosto, e que tem como cabeças de cartaz os Xutos & Pontapés, Boss AC e Richie Campbell. Basta ligar 918 047 918.

Peça “Vestido de Noiva” em cena no auditório da Costa de Caparica até dia 20 deste mês

O TEATRO Artimanha volta a apre-sentar este sábado, às 21h30m, no auditório municipal de Pinhal Novo, a peça “ISOPROPILPRO-PHEMILBARBITURSAURESPHE-NILDIMETHILDIMENTHYLAMI-NOPHIRAZOLON”, com textos de Karl Valentim, numa encena-ção de Hugo Sovelas. As interpre-tações estão a cargo de Ana Guer-

reiro, Bruno Daniel, Ilda Silva e Paulo Borgia.Segundo Rui Guerreiro, diretor da companhia, o Artimanha tudo fará para que, durante cerca de um hora, o público esqueça a angús-tia, o desespero e o medo. «É uma peça com quadros divertidos e cheios de humor que o autor tão bem soube escrever», vinca.

Comédia louca do Artimanha volta à cena

DR

DR

O concerto “Sons do Mundo” tem como principais in-fluências o fado, a música clássica e a música do mundo, mesclando os sons da música oriental e ocidental, propondo uma viagem pelas emoções. Casa da Cerca, Almada • 21 horas.

Adelaide Ferreira encerra festas A cantora Adelaide Fer-reira encerra as Festas Populares da Baixa da Banheira, em honra a S. José Operário, com um grande concerto no palco principal do certame.Festas Populares da Baixa da Banheira• 21 horas.

Sons do Mundo na Casa da Cerca

5Sábad

o

Drama de um sobreviventeO actor Pedro Giestas protagoniza a história do drama de um sobrevi-vente que ficou esque-cido numa aldeia deserta de Portugal. Sociedade Humanitária, Palmela • 21h30.

8Terça

Rodrigo Leão tourDono de uma das mais interessantes disco-grafias do nosso país, o músico e composi-tor Rodrigo Leão tem conhecido o sucesso dentro e fora de portas, facto que lhe tem permitido ter convida-dos de peso nos seus discos. Forum Luísa Todi, Setúbal • 21h30.

Musical do medalhão perdido

12Sába

do

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LOCAL

10 Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com

ARRANCAM hoje os “Mercadinhos de Palmela”, que prevêem a reali-zação de várias mostras e merca-dos temáticos quinzenais.

A iniciativa, que se prolongar até outubro, no terraço do mercado da vila, pretende contribuir para a di-namização comercial e turística do núcleo mais antigo da vila.

Os “Mercadinhos de Palmela” dividem-se em mostras de velha-rias e colecionismo (5 de julho, 2 de agosto e 6 de setembro), mer-cado Agrobio e produtos locais (19 de julho, 16 de agosto e 4 de outu-bro) e o chamado “Mercado das Pulgas”, com venda de artigos em 2ª mão de particulares (20 de se-tembro e 18 de outubro). Parale-lamente a cada mostra, haverá ani-mação com o envolvimento de agentes económicos locais.

O presidente do município, Vítor Proença, participou esta semana na sessão de

assinatura de contratos de finan-ciamento referentes a projetos de património cultural, que decorreu na galeria de exposições da CCDRA, em Évora, com a presença dos Secre-tários de Estado do Desenvolvi-mento Regional e da Cultura.

São 16 novos projetos na área do património cultural que vão ser desenvolvidos no Alentejo, num investimento total de 12,8 milhões de euros, com um financiamento comunitário que ronda os 10,2 mi-lhões. A Torre do Reló-gio de Alcácer é um dos monumentos com ver-ba prevista neste paco-te para a sua recupera-ção.

A Torre do Relógio foi visita-da em 2012 por técnicos da Dire-ção-Geral do Património Cultu-ral que, na altura, apontaram para

o “desgaste generalizado do rebo-co em cal devido a erosão do ven-to e chuva” na parte superior, “in-clusive com erosão e lacunas já nas alvenarias e friso” na torre si-neira, e fissuras e fendas horizon-tais no reboco na zona do murete do miradouro. Ainda de acordo com os técnicos “nos restantes pa-ramentos é visível o descolamen-to do reboco mas não se verificam fissuras de especial relevância”.

Entre as intervenções previs-tas está a “limpeza total da torre a seco”; a colocação de redes que im-peçam a entrada de pombos; a re-

moção das diversas fixa-ções em metal oxidado, a “fixação do sino e fer-ragens necessárias após o seu tratamento e pin-

tura” e a “remoção do tirante exis-tente no murete do miradouro”.

O cais palafítico da Carrasquei-ra, na Comporta, voltou a ser o ce-nário escolhido para o mundo da

moda do calçado, desta vez no âm-bito de uma campanha destinada a promover o calçado português a nível internacional.

Da responsabilidade da Asso-ciação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Arti-gos de Pele e seus Sucedâneos, a sessão fotográfica teve lugar on-tem, sexta-feira. A equipa de dez elementos foi liderada pelo con-ceituado fotógrafo Frederico Mar-

tins, que em 2011 e 2014 esteve no-meado para fotógrafo do ano nos “Fashion Awards”, da Fashion TV, e em 2009 venceu o prémio de me-lhor fotógrafo de moda nos “Pré-mios Revelação”.

Esta sessão fotográfica visou criar imagens para a promoção do calçado português no mercado in-ternacional, destinando-se a ser publicadas na revista Vogue Itá-lia Acessórios.

InAlentejo avança com verba para recuperar Torre do Relógio de Alcácer A recuperação da Torre do Relógio, que apresenta sinais de desgaste, devido à erosão causada pela intempérie, é urgente.

Setúbal volta a sambar com o Carnaval de Verão, evento que decorre de 17 e 20, no jardim da beira-mar. A novidade é uma mini-feira de gastronomia e artesanato.

A iniciativa, organizada pela ACOES, tem como ponto alto, dia 19, um desfile de carnaval a percorrer, às 22 horas, na Ave-nida Jaime Rebelo.

D8 (Diogo Valente), que se revelou no “Fac-tor X”, da SIC, é o primeiro nome a subir ao palco da Feira de Agosto, a 28 de Agosto. Nos próximos dias o município promete

divulgar o cartaz completo dos espetácu-los no palco principal da feira, que decor-re de 28 de Agosto a 1 de Setembro no Par-que de Feiras e Exposições de Grândola.

Setúbal volta a sambar no calor do verão D8 vai cantar à Feira de Agosto

Vitor Proença deslocou-se a Évora para participar nos contratos de financiamento

Calçado português fotografado na Carrasqueira

Grândola investenos fogos DEPOIS de aprovados os pla-nos municipais de emergên-cia de proteção civil e da de-fesa de floresta contra incên-dios e o plano operacional mu-nicipal, o município está a pro-ceder aos trabalhos de limpe-za das bermas das estradas num total de 100 quilómetros, e à adaptação das bocas e mar-cos de incêndio ao serviço dos bombeiros. A verba destina-da à prevenção e combate a incêndios contempla ainda ações de sensibilização junto da população, a adaptação de veículos e meios de proteção civil, apoio ao heliporto e meios associados e as refeições dos bombeiros da equipa de com-bate a incêndios.

A Torre do Relógio é um dos monumentos históricos de rara beleza na cidade

DR

Piscinas de Santiago já abriram Tasquinhas animam Sines AS PISCINAS descobertas do par-

que urbano do Rio de Figueira, em Santiago do Cacém, abriram ao pú-blico no passado dia 1 de julho. O equipamento vai estar aberto du-rante os meses de Verão, de terça a sexta-feira, entre as 9 e as 19 horas; aos sábados e domingos entre as 9

e as 13 horas, e entre as 14 e as 19 ho-ras. As piscinas encerram às segun-das-feiras para manutenção.

Até 24 de julho, entre terça e sexta-feira, no período compreen-dido entre as 10 e as 12 horas, as piscinas estarão reservadas para a iniciativa “Férias Jovens”.

AS TASQUINHAS estão de volta a Sines, de 12 de Julho a 3 de Agosto. Destinam-se a promover a voca-ção marítima através de um recin-to que conjuga paisagem, anima-ção e sabores locais. Têm também como objetivo impulsionar o as-sociativismo local, uma vez que são as coletividades as ocupantes dos expositores. As Tasquinhas loca-lizam-se na Av.ª Vasco da Gama. Este ano volta a realizar-se o con-curso de melhor prato confecio-nado com cavala fresca. Forum Cultural de Alcochete

DR

A cavala é mote para concursoAlcochete arrenda salas do Forum

O MUNICÍPIO decidiu arrendar as salas 5 e 6 do Fórum Cultural de Alcochete. Os interessados em apresentar as suas propostas devem formu-lar a sua proposta na Divisão de Administração e Gestão de Re-cursos, no município. A renda mensal é de 300 euros e o con-trato será celebrado pelo prazo de três anos. O critério de adju-dicação será o da proposta eco-nomicamente mais vantajosa, tendo em conta os factores de ponderação.

Mostras temáticas nos mercadinhos de Palmela

Moita veneraS. José Operário

ATÉ este domingo, continuam a decorrer na Baixa da Banheira as festas populares em honra de São José Operário. Concertos, fogo--de-artifício, diversão, artesana-to, movimento associativo, doça-ria e gastronomia, são os princi-pais ingredientes desta festa.

Do rock ao fado, passando pelo hip-hop, rap e dance music, não faltam propostas musicais, para todos os gostos, nos dois palcos, todas as noites às 22 horas. Os Ibé-ria e Adelaide Ferreira fazem par-te do cartaz.

Há ainda espaço para os tra-dicionais bailes populares, jogos tradicionais, futebol, atletismo e a procissão em honra de São José Operário. Estas festividades re-montam aos anos 60 e estão as-sociadas à criação da paróquia de S. José Operário.

DR

Mercado Municipal de Palmela

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Sexta • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com 11

Setúbal mostra potencialidades de Azeitão A 25.ª edição das festas da Arrá-bida e Azeitão, onde está em des-taque a gastronomia e o artesa-nato, decorrem em Vila Nogueira de Azeitão até este domingo.

Este sábado há a celebração de uma missa na Igreja de S. Louren-ço, às 16 horas, e partida do Círio de N.ª Sr.ª da Arrábida, às 17h30, que regressa a Azeitão no dia seguinte.

À noite, atuam as marchas po-pulares, e logo depois, o cantor Toy dá um concerto, enquanto à meia--noite há música e dança pelo con-

junto de baile da Sociedade Filar-mónica Providência.

Um passeio de BTT, às 9 ho-ras, dá início ao programa do úl-timo dia das festas. As marchas da Diabo no Corpo – Associação Cul-tural e da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense apresen-tam-se ao público num desfile agendado para as 21 horas.

Um concerto pela Orquestra Bohemia da Sociedade Providên-cia, às 22h30, e baile com André Patrão encerram o programa.

“Lugar de Encontros” dá música ao concelho do MontijoA MÚSICA é protagonista do pro-jeto “Lugar de Encontros”, este sá-bado, às 21h30, na Casa Mora.

Não perca o encontro de cor-das entre o Grupo Coral do Mon-tijo e a Orquestra de Guitarras – Guitardrums. Trata-se de um concerto invulgar, que alia as vo-zes do Grupo Coral do Montijo ao som das cordas dos Guitar-drums e que promete surpreen-der os espetadores.

Com mais esta iniciativa o “Lu-gar de Encontros”, promovido pelo município, em parceria com diversas entidades, continua a animar a cidade e o concelho com várias atividades, sempre na pers-petiva de, cada vez mais, trans-formar o espaço público num lo-cal de encontro, potenciando o sentimento de pertença e apre-sentando novos modos de olhar e sentir o Montijo.

Farol de Sesimbra está em obras O FAROL do Cabo Espichel está encerrado até dia 20 para obras de manutenção no interior. A par-tir dessa data o edifício será no-vamente aberto ao público para dar a conhecer a missão do farol e a função dos faroleiros.

Construído em 1790, o farol é um dos mais antigos do país e um dos 30 abertos ao público a nível nacional.

A sua edificação está ligada à primeira intenção de iluminar as costas portuguesas, conhecidas até à segunda metade do século XVIII como “costas negras” pelos navegadores ingleses.

O sistema de iluminação só foi alterado em 1883. A partir daí ocor-reram várias modificações para me-lhorar a sinalização visual e sono-ra. Tem alcance luminoso de 26 mi-lhas e encontra-se automatizado.

Barreiro abriu o espaço memória na baía do Tejo

FOI inaugurado no dia 29, no par-que Baía do Tejo, o Espaço Me-mória, que engloba a exposição permanente das reservas museo-lógicas, o arquivo municipal e uma nova galeria de exposições temporárias, onde está patente a mostra “30 anos de Cidade”.

Na inauguração do espaço foi efetuada, pelos técnicos da au-tarquia, uma visita guiada ao fun-do documental do Arquivo Mu-nicipal do Barreiro e às doações de particulares, ao acervo mu-seológico do concelho, desde o povoado neolítico até à Compa-nhia União Fabril e à exposição “30 anos de Cidade”.

No âmbito cultural, a mos-tra visa também recordar a evo-lução da música urbana, sendo que, ao longo do ano, estão pre-

vistas várias iniciativas neste es-paço como conferências, espe-táculos, entre outras, sendo igual-mente uma área aberta aos con-tributos da população e das ins-tituições.

Na inauguração do Espaço Memória, o presidente do mu-nicípio realçou que a cultura tem

de fazer parte de um desenvol-vimento integrado e sustentado. «Queremos que este espaço seja uma memória dos cidadãos e que se construa com a criatividade de todos. Pretendemos que seja um espaço dinâmico e criativo que nos projete para o futuro», referiu.

DR

O Espaço Memória pretende ser um espaço dinâmico e criativo

O COMPLEXO dos desportos “Ci-dade de Almada”, no Feijó, recebe este sábado, às 22 horas, a grande final das Marchas Populares de Al-mada, que envolve nove marchas a concurso, na sua maioria constituí-das por jovens marchantes.

Os atores João de Carvalho, Paula Marcelo, João Figueira, Mara Galinha, Paulo Vasco, Rosa Villa ou Filipe Salgueiro são algumas das personalidades que apadri-nham as marchas populares de Al-mada. Os vencedores serão conhe-cidos no final da noite.

Além das marchas concorren-tes, no início da noite haverá uma atuação especial da marcha da As-sociação Almadense Rumo ao Fu-turo, instituição particular de so-lidariedade social sem fins lucra-tivos, que apoia jovens e adultos com deficiências intelectuais e mo-toras.

Os bilhetes para assistir ao es-pectáculo custam 3 euros e po-dem ser adquiridos junto das mar-chas participantes e no dia 5 de ju-

lho, a partir das 16 horas, no refe-rido pavilhão.

Eis os temas e as marchas par-ticipantes: Associação Almaden-se Rumo ao Futuro – “Os passeios a cavalo em tempos de outrora”; Centro Comunitário PIA II – “Alma d’Água”; Associação Cultural Capa Rica – “Caparica, uma arte traça-da no chão”, Rua 15 – “Rua 15 vol-ta a marchar”; Monte de Caparica

– “Lendas do S. João de Almada”; Pragal – “Taberna Portuguesa”; Al--Madan – Freguesia de Almada – “Amar Almada, pelas mãos do seu passado…”; Costa da Caparica – “Costa coração de marinheiro”; Beira Mar de Almada – “Beira Mar de cravo na mão” e Figueirinhas – “Cacilhas uma história de amor”.

As marchas já desfilaram no dia 23 de Junho, na Avenida.

DR

Marchas de Almada mostram surpresas e coreografias aos júris

As nove marchas de Almada cumprem tradição no pavilhão do Feijó

Seixal recebe Festa dos Povos

ESTE sábado e domingo tem lu-gar a 12.ª edição da Festa dos Po-vos - Festividades da Tabanka, no bairro da Quinta da Princesa, em Amora.

A festa promove a multicultu-ralidade dos países africanos de lín-gua portuguesa com mostras de mú-sica, gastronomia e cultura, que de-correm das 20 às 24 horas de sába-do e das 10 às 24 horas de domingo.

A iniciativa recria uma velha tradição cabo-verdiana das fes-tas de romaria dos santos popu-lares, o Colá San Jon.

Esta iniciativa é organizada em parceria pela Câmara do Seixal, Jun-ta da Amora, Associação de Refor-mados e Idosos da Freguesia de Amo-ra, Comunidade Católica da Quin-ta da Princesa, Associação Juvenil Esperança, Projeto Tutores de Bair-ro do Programa Escolhas, Associa-ção de Pais e Encarregados de Edu-cação do Agrupamento Pedro Ea-nes Lobato, Escola Básica da Quin-ta da Princesa, Associação de Esco-teiros de Amora e Grupo Desporti-vo, entre outros.

INICIATIVAS

Energias renováveisno SeixalO RioSul Shopping apresenta este sábado e domingo, a 9.º edi-ção da Exposição de Energias Renováveis e Eficiência Ener-gética. Trata-se de uma mostra para o público em geral conhe-cer empresas do setor da ener-gia, as tecnologias e produtos que comercializam. O público tem oportunidade de se intei-rar das novidades nesta área e experimentar produtos.

Patrimónioà la carte Com ementa diversificada, os Patrimónios à la Carte regres-sam com novas sugestões de vi-sita ao património, que aliam diferentes temáticas e experiên-cias. Ali pode percorrer a rota dos dinossáurios, visitar o pa-trimónio industrial, descobrir a Sesimbra da época medieval e dos descobrimentos ,e navegar segundo a arte náutica notur-na dos pescadores da terra.

Piquenicãoem Grândola A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Ido-sos MURPI realiza no dia 15, das 10 às 19 horas, no parque de ex-posição e feiras de Grândola, o 19.º Piquenicão, com a envol-vência de mais de 50 grupos de cantares e de música das suas associações de reformados, para valorizar as componen-tes cultural e associativa.

Trocade manuaisA biblioteca do Barreiro promo-ve o “Dar de Volta” que consis-te em receber manuais escola-res para depois facultá-los a quem deles necessita. Este pro-jeto coletivo, intermunicipal, que se baseia nos conceitos de solidariedade e rentabilização de recursos. Para que o proje-to continue, participe entregan-do, ao longo do ano, manuais escolares do 1.º, 2.º 3.º ciclos e secundário, a partir de 2011.

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NEGÓCIOS

12 Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com

Negócio de vinhos de qualidade da SIVIPA sempre a crescer

Semmais – Como goza de saúde a Sivipa?Filipe Cardoso - A Sivipa tem re-gistado algum crescimento e está de boa saúde. Esperamos este ano continuar a ver crescer a nossa facturação. O nosso grande trun-fo sempre foi ter no mercado vi-nhos originais e com uma boa re-lação preço/qualidade.

Quantos prémios conquistaram este ano?O ano ainda vai a meio e já con-quistámos 20 medalhas, das quais 7 de ouro, em concursos nacionais e internacionais. É de realçar o tinto Ameias Syrah, que alcançou o galardão de Me-lhor Vinho Tinto da Península de Setúbal, no concurso da CVRPS, que coincidiu com a reestruturação da imagem do vinho. Esse néctar conquistou ainda várias medalhas de ouro em França e na Bélgica. Este

Ameias Syrah, este ano, já ga-nhou 7 medalhas.

Qual o segredo do sucesso des-te Ameias Syrah, o mais meda-lhado da Sivipa?Sem dúvida e, talvez, um dos vi-nhos portugueses mais meda-lhados no ano. O segredo do su-cesso reside em uvas de boa qua-lidade, controladas desde a sua nascença, e no método de está-gio que dura 4 meses em barri-cas. É um vinho macio e encor-pado que dá prazer de beber e é aconselhável para acompa-nhar com o nosso queijo de Azei-tão e pratos de caça. Mas tam-bém se pode apreciá-lo, sem nada, ao pôr-do-sol.

Qual a medalha que maior gozo deu à empresa ganhar este ano?Foi a medalha do Melhor Vinho Tinto da região, conquistada no concurso da CVRPS, com o vi-nho Ameias Syrah, 2013. Somos uma região maioritariamente de vinhos tintos e, sermos distingui-

dos com esse galardão é um gran-de orgulho. Já tínhamos ganho a medalha do melhor moscatel da região, em 2005. Falta-nos con-quistar o melhor vinho branco.

Das últimas novidades vinícolas, quais pretende destacar?Este ano lançamos muitas no-vidades e apostámos em nova imagem. A Sivipa, que este ano comemora 50 anos de existên-cia, tem vindo a apostar na rees-truturação de várias imagens, sobretudo na linha da gama Ameias. Além disso, lançamos o Personalizado Private Sellec-tion, não esquecendo o novo li-coroso, com colheita de 2005, que será lançado dentro um mês ou dois. O Ameias Sellecção de

Enólogo surgiu com novo for-mato e design. E ainda este ano, iremos lançar o Moscatel velho de 1996, com nova garrafa e ima-gem. No ano passado alterámos o logotipo de empresa e este ano estamos a desenhar nova ima-gem de rótulos.

E no que toca a investimentos na adega, o que convém salientar?A fachada exterior do edifício foi pintada, bem como o piso do 1.º andar. A loja apresenta um novo visual. Está muito agradável. Con-vido toda a gente a vir visitá-la e adquirirem vinhos a preço de pro-dutor. Está aberta todos os dias das 9 às 17h30. Vamos também colo-car lonas no edifício exterior para dar maior visibilidade à adega.

As exportações estão no bom caminho?Sim, estão a crescer. Já expor-tamos para Inglaterra, Angola, China, Polónia, Suíça, Holan-da, Bélgica, República Checa, Bulgária, Canadá, Itália e Ro-ménia. Para Angola, as expor-tações têm decorrido bastante bem. As exportações ajudam--nos a crescer 20 por cento na facturação.

Este ano vão voltar a marcar presença na Festa das Vindimas?Sim, tanto no cortejo de carros alegóricos como no espaço de venda de vinhos. São as princi-pais festas do concelho que dão grande visibilidade aos nossos vinhos.

Filipe Cardoso, gerente e enólogo da Sivipa, faz balanço da atividade da empresa

A empresa vitivinícola Sivipa é uma das grandes ‘casas’ do setor da região, com crescimento sustentado

A gozar de boa saúde, tanto na faturação como na exportação, a Sivipa, que está a celebrar 50 anos de existência, orgulha-se de produzir o Melhor Vinho Tinto da região. O Ameias Syrah é o néctar mais medalhado da firma de Palmela, que aposta, agora, em nova imagem dos seus vinhos e da própria loja onde se podem adquirir vinhos de grande qualidade a preço de produtor. O enólogo Filipe Cardoso diz que o segredo dos néctares está na boa uva.

António Luís

Troia Degusta recebeu mais de 1 700 visitantes OS VINHOS e sabores das Terras do Sado foram os anfitriões do ON TROIA DEGUSTA, uma iniciativa integrada na agenda de eventos ON TROIA para a promoção do desti-no que teve lugar nos passados dias 28 e 29 de Junho e que contou com mais de 1700 visitantes.

O evento ao ar livre e de entra-da gratuita fez as delícias do pú-blico que se deslocou ao Centro de Tróia para assistir às harmoni-zações de vinhos com pratos típi-

cos da região apresentados pelo Chef Martianes Candeias e ao workshop de sangrias protagoni-zado pelo barman José Andrade, ambos do restaurante Azimute, no Aqualuz Suite Hotel Apartamen-tos. Também as provas de vinhos comentadas e as apresentações de doçaria, chás e azeites fizeram su-cesso entre os presentes.

Durante o fim-de-semana do ON TROIA DEGUSTA, foi também possível experimentar os sabores

mais tradicionais das Terras do Sado, entre vinhos, enchidos, quei-jos, doces e compotas, queijos e licores artesanais de produtores locais de Setúbal, Palmela, Alcá-cer do Sal, Santiago do Cacém, Grândola, Azóia e Azeitão.

A animação foi ainda garanti-da pela música ao vivo do Quarte-to Fados “Deolinda de Jesus” e do grupo “Fado Reguila”, dedicado aos mais novos, em momentos de di-versão para toda a família.

«Agradecemos a todos os pro-dutores e visitantes que fizeram da primeira edição do ON TROIA Degusta um sucesso», refere João Madeira, director-geral do TROIA RESORT. E acrescenta: «Depois de termos dado a conhecer o que de melhor se faz na gastronomia da região, já estamos a preparar o ON TROIA Verão, um programa que, a partir de 12 de Julho, de manhã à noite, promete muito divertimen-to para toda a família».

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POLÍTICA

14 Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com

A propósito da disputa interna que se está a travar dentro do Partido Socialista e que

culminará com as eleições primá-rias que se realizarão dia 28 de Setembro para a escolha de candidato a Primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas, muito se tem dito e escrito e há uma palavra que surge com frequência no léxico do debate – traidor.

Muitos e muitas que apoiam a candidatura do atual Secretário-ge-ral, António José Seguro, apelidam António Costa de traidor, e fazem--no porque António Costa no res-caldo do ato eleitoral para o Parla-mento Europeu, decidiu tornar pú-

blica a sua disponibilidade para dis-putar a liderança do Partido.

A disponibilidade de António Costa surge com apoio de muitos e muitas socialistas simplesmente porque havia espaço, desconten-tamento e vontade, para uma mu-dança na liderança do PS. Estes mo-vimentos de discordância e de ou-tras opções são normais em liber-dade e em democracia.

Estes ato de vontade própria e coletiva não é novo na história do PS e na história dos outros partidos. Não indo mais a trás, desde o sótão onde Guterres preparou a disputa de poder a Jorge Sampaio ou o ca-minho que Sócrates trilhou pelo Por-

tugal socialista na procura de apoios para se candidatar quando a opor-tunidade surgiu com a demissão de Ferro Rodrigues, até ao percurso de António José Seguro que durante anos e mais intensamente durante a governação de José Sócrates re-forçou os seus apoios nas federa-ções, manteve-se distante e sem ter uma voz ativa no momento das de-cisões difíceis que o Governo teve que tomar, e quando a oportunida-de chegou, no exato momento em

que Sócrates tinha acabado de in-formar a Comissão Nacional que se demitia, Seguro anuncia que está disponível para a liderança.

É verdade que é a primeira vez no PS que alguém se apresenta para disputar a liderança sem que o líder em exercício esteja demis-sionário. Mas o momento que o país atravessa não é um momen-to como os outros, e também é ver-dade que esta situação só aconte-ceu porque António José Seguro não teve a capacidade de tornar a sua liderança numa liderança su-ficientemente segura e abrangen-te para que este momento não ti-vesse condições de acontecer.

Hoje, após as eleições para o Parlamento Europeu, em que o próprio António José Seguro de-cidiu na sua estratégia eleitoral “re-

ferendar” a sua posição como can-didato a Primeiro-ministro quan-do apresentou, uma semana an-tes, as 80 medidas base para o pro-grama de Governo, e tendo obti-do um resultado de apenas 33% num momento em que o país está em rutura com o atual Governo e quer uma mudança de governa-ção, levou à circunstância, porque o tempo se tinha esgotado, de An-tónio Costa avançar com sentido patriótico e pensando no futuro de Portugal. É assim que surge esta disponibilidade que não é contra ninguém, mas a favor do país.

Chamar traidor a António Cos-ta é um ato antidemocrático, um adjetivo que não se adequa à De-claração de Princípios do PS, por-que só nas ditaduras quem discor-da é traidor.

Só nas ditaduras quem discorda é traidor

Catarina MarcelinoDeputada PS

A deputada Ana Catarina Mendes vai candidatar-se à pre-sidência da federação de Setúbal do PS e disputar a lideran-ça de Madalena Alves Pereira, que se recandidata. A depu-tada, que faz parte da concelhia de Almada foi a escolhida

pelo grupo que tem contestado a gestão da atual líder, no-meadamente após os resultados das últimas autárquicas. Catarina Mendes conta com apoios dispersos e de muitas figuras ligadas a anteriores lideranças da federação, como

Vítor Ramalho, Eduardo Cabrita e Pedro Marques, para além dos restantes deputados eleitos nas últimas legislativas. As eleições ocorrem em Setembro, altura das primárias socia-listas, entre António José Seguro e António Costa.

Ana Catarina Mendes vai candidatar-se à liderança da federação socialista

Porto de contentores para o Barreiro está mais que provado

A frase é do ministro da Economia, Pires de Lima, e vai ao encontro das ambi-

ções da Câmara do Barreiro. «Tudo aponta para que o futuro porto de contentores de Lisboa se localize neste concelho», disse o governante, reportando-se aos terrenos da Quimiparque, acres-centando que «já está mais ou menos provado» que é possível construir uma infraestrutura portuária na zona com cerca de 14 metros de profundidade, poten-ciando os territórios, «em espe-cial da Baía do Tejo», salientou.

Pires de Lima alertou ainda que a disponibilidade revelada pela autarquia para receber este investimento agradou à tutela, destacando o ministro ter sido «com alegria que o município re-cebeu a notícia», ressalvando ape-nas que apesar de todos os ven-tos serem favoráveis à instala-ção do terminal de contentores,

ainda falta proceder ao que o go-vernante designa por «últimos estudos». Será deles que depen-de a confirmação do projeto.

«Ainda estamos a receber es-tudos técnicos e ambientais», es-clareceu, enquanto Jacinto Pe-reira, presidente da Baía do Tejo, afirmou que um novo porto no Barreiro, a ser construído em ter-ritório da empresa, será impor-tante para atrair mais investimen-to para a região.

Opinião corroborada por Ar-mando Luís Serrão, presidente da Associação Comercial do Bar-reiro e Moita (ACBM), para quem a cidade «precisa de alguma coi-sa em grande que a volte a di-namizar. Não podemos conti-nuar a assistir ao declínio des-ta terra. O terminal de conten-tores pode ser a oportunidade que esperamos há muitos anos», insiste, enquanto exibe os sinais da crise com a perda de meta-de dos sócios da ACBM na últi-ma década. De mil para pouco mais de 500.

O presidente da Câmara, Car-los Humberto, tem defendido a construção do porto nos terre-nos da Quimiparque desde a pri-meira hora. Recorde-se que a in-fraestrutura chegou a ser equa-cionada pelo Ministério da Eco-nomia para a Trafaria (Almada), mas depois de acesa contestação popular, recuou para os terrenos hoje geridos pela Baía do Tejo, mas onde durante décadas se ce-lebrizou a antiga CUF (Compa-nhia União Fabril).

O autarca entende que a im-plementação do terminal de con-tentores, que coincide com a «vi-são estratégica» apontada no Plano de Pormenor do municí-pio para aquele espaço à beira do Tejo - situado entre outros os dois terminais já existentes, um de líquidos e um de granel - poderá mesmo traduzir o re-gresso do Barreiro aos tempos que se assumiu como cidade com forte peso industrial na mar-gem sul.

O ministro Pires de Lima comprometeu-se e é adepto da opção Barreiro

DR

O ministro da Economia garantiu a semana passada que falta pouco para decidir a localização no Barreiro do novo porto de contentores. A autarquia anseia pelo ‘sim’.

Contestatários da Trafaria reclamam vitória

A contestação em Almada começou logo no dia 22 de Fevereiro de 2013, quando o anterior ministro da Eco-nomia, Álvaro Santos Pe-reira, anunciou a intenção de lançar um mega termi-nal de mercadorias para a Trafaria. Da direita à esquer-da fizeram-se ouvir vozes contra, por entre manifes-tações que juntaram cen-tenas de moradores. «Ficou provado que tínhamos ra-zão, foi uma vitória do povo», diz a presidente da Junta da Trafaria e Capari-ca, Teresa Paula Coelho, para quem «o turismo, que é a nossa aposta para as praias de excelências, só as-sim pode ter futuro». O Go-verno começou por prefe-rir a Trafaria, porque per-mitia receber navios de grande dimensão, ao pas-so que ao Barreiro só po-derão chegar barcos mais pequenos e os contentores terão de entrar em terra para serem distribuídos por ca-miões ou comboios.

Roberto Dores

Governo assume que porto está mais perto do Barreiro e Câmara aplaude

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DESPORTO

Sábado • 5 julho 2014 • www.semmaisjornal.com 15

Ricardo Ferreira, aluno da Secundária de Pinhal Novo, sagrou-se Campeão da Eu-ropa de Jovens de Orientação Pedestre, no escalão M16, em sprint. O Campeonato da

Europa decorreu na Macedónia e o jovem atleta, que integrou uma comitiva compos-ta por onze atletas, venceu a prova com meio minuto de vantagem sobre o segundo.

Depois de vários anos de inatividade, o Núcleo do SCP em Setúbal voltou a rea-brir para juntar sócios e adeptos do clu-be e com o objetivo de divulgar as con-

quistas do clube nas várias modalidades. O Núcleo, cuja sede está instalada na zona de Vale do Cobro, conta já com um nú-mero considerável de associados.

Ricardo Ferreira campeão europeu de Orientação Núcleo do Sporting reabre em Setúbal

Face às sucessivas incertezas da bastante difícil condução do Vitória de Setúbal, com o

“flagelo dos cifrões” a atrapalhar, nada melhor poderia acontecer senão ter paciência. E, curiosamente, o novo técnico dos “sadinos”, de inegável valor e prestígio, é Paciência – Domingos, de nome próprio e de apelido condizente com as hostes do Vitória no preâmbulo de uma nova temporada.

Há, de facto, apelidos que dão que pensar, ajustados ou antagó-nicos às personalidades que os ostentam.

Alguns exemplos, muito ao correr da pena: Valentes que são ousados, Virtuoso de escassa ha-bilidade, Evangelista pouco ca-tólico, Claro de tez muito more-na, Sereno que é inquieto e por aí adiante…

Voltemos, porém, paciente-mente, ao Paciência vitoriano.

Há muitos anos, na transição da década de 30 para 40, anda nos sentimos capazes de recordar um outro futebolista de apelido Pa-ciência, Aníbal de 1º nome, médio--ala do Sporting, companheiro e amigo de Fernando Peyroteo, ele também de origens africanas.

Não foi um jogador de exce-lência, com mais força do que jei-to, chamado à condição de ter pa-ciência quando veio de Portale-gre para os “leões” um “miúdo” de muito talento – Carlos Caná-rio, o principal “municiador” do quinteto de “violinos”, entre 1940

e 1950.Quando eu era menino e moço

e me deliciava a coleccionar “cro-mos da bola”, lembro-me que o “colossal” Aníbal Paciência era dos mais difíceis de conseguir, en-volto em peganhentos rebuçados de duvidosa qualidade.

Agora é a vez de “mister” Do-mingos (Paciência) revelar-se compreensivo e paciente quan-to aos desígnios do Vitória de Se-túbal que vai perder alguns dos seus mais destacados elementos como o “keeper” Kieseck e o ata-cante Rafael Martins, havendo dú-vidas de desejada continuidade quanto a Ricardo Horta, Tiba e Venâncio.

Quando redigimos mais esta crónica havia ainda algumas es-peranças de cedências do F.C. Por-to quanto ao Paciência II – o jovem Gonçalo, Sub-20, filho do técnico que tem sido um bom conselheiro do seu valoroso descendente.

Mesmo com a preciosa ajuda de notáveis transferências, da or-dem de milhões de euros; o Vitó-ria tem de adoptar uma atitude de paciência para com o seu equi-líbrio orçamental até porque tem de remunerar convenientemen-te o Paciência que contratou. E se há apelidos que dão que pen-sar, este do nortenho Domingos é um flagrante exemplo de curio-sidades onomásticas.

Vitória 2015 – haja paciência para esperar por bons resulta-dos!

David SequerraColaborador

Apelidos que dãoque pensar…

Prática desportiva e convívio junta centenas todas as semanas

As corridas noturnas ganham adeptos um pouco por todo o país numa tradição que se

cria e se importa de além-fronteiras. A ideia é juntar um grupo cada vez maior de praticantes de corrida e cami-nhada num hábito semanal evitando as desculpas do “não tenho tempo”, “não tenho dinheiro” ou “não tenho

companhia” para praticar desporto.Em Setúbal, a corrida noturna

começou em Junho do ano passa-do com uma mão cheia de entusias-tas que foram chamando outros e, de semana para semana o número de pessoas à partida foi crescendo.

A correr ou a caminhar vão em grupo desde a Praça do Bocage, percorrendo a avenida Luísa Todi e a marginal de Setúbal até ao Par-que Urbano de Albarquel voltan-do a repetir o percurso no senti-do inverso, sempre por volta das nove da noite.

Ao início as corridas aconte-ciam às quintas-feiras, mas o au-mento significativo de adeptos e o «bom ambiente que se gerou» levou a que a organização infor-mal passasse a realizar a iniciati-va às terças e quintas.

Acima de tudo a corrida no-turna pretende promover hábi-tos de vida saudáveis e o conví-vio entre pessoas de várias ida-des, mas, ao longo dos meses ou-tros motivos levaram mais e mais pessoas a participar. No Natal, o caráter social do evento fez-se sentir com a recolha de alimen-tos para grupos de jovens que vi-vem numa instituição social e re-centemente a prova recolheu tam-bém fundos para ajudar uma doen-te com cancro.

O interesse cada vez maior pela corrida tem criado tem permitido ainda algumas “brincadeiras” como a “corrida do pijama” e um flash-mob de aniversário, enquanto os participantes vão desenvolvendo laços de amizade e promovendo outras iniciativas.

Campeonato da Europa de Biatle/Triatle regressa ao Parque de Albarquel

O PARQUE Urbano de Albarquel e o Rio Sado voltam a receber, no fim--de-semana de 19 e 20 de Julho, os Campeonatos da Europa de Biatle/Triatle - Prova Open e a World Cup Tour destinados a atletas federados de todas as idades.

O evento desportivo, que se rea-liza pelo segundo ano consecutivo em Setúbal, conta este ano com pro-vas de biatle (natação e corrida) e de triatle (tiro, natação e corrida) que decorrem ao longo de todo o dia de sábado e domingo.

A prova é organizada pela Fe-

deração Portuguesa de Pentatlo Mo-derno, com o apoio da Câmara Mu-nicipal, e é composta pelas discipli-nas do pentatlo moderno, para fe-derados, e integradas na Taça do

Mundo da especialidade.Em 2013, a prova realizada em

Setúbal contou com a presença de perto de 300 atletas, oriundos de Portugal, Reino Unido, Itália, Espanha, Eslováquia, Alemanha, Costa Rica e Áustria, com idades compreendidas entre os oito e os 74 anos.

A disciplina de biatle ganhou maior expressão na região de Se-túbal após a conquista do título mun-dial pelo jovem atleta João Valido formado na Escola Municipal de Desporto de Setúbal.

Regata de Cruzeiro mantém tradição no TejoA TRADIÇÃO volta a cumprir-se com a XII Regata/Cruzeiro entre a Moita e Vila Franca de Xira com a participação de mais de três de-zenas de embarcações típicas do rio Tejo.

A prova em que participam ca-noas, catraios e veleiros, parte da Moita em modo cruzeiro até Vila Franca de Xira, este sábado, dia 5, e para amanhã, domingo, está agen-dada a regata que fará a viagem em sentido inverso, a partir das 14 ho-ras, em direção à Ilha do Rato, jun-to à Base Aérea do Montijo. Enquan-

to a viagem para Vila Franca de Xira funciona como passeio, o regresso já envolve competição.

Na apresentação do evento, Rui Garcia, presidente da Câmara da Moi-ta, considerou de extrema impor-tância «que uma iniciativa como esta se mantenha e cresça» uma vez que esta é uma tradição que «retoma uma ligação que ultrapassa a memória de todos, que já tem séculos».

O fim-de-semana da regata, como é tradição, vai realizar-se enquanto decorrem em Vila Franca de Xira as festas do Colete Encarnado.

Começaram por ser algumas dezenas, hoje são mais de cinco centenas os adeptos semanais da corrida noturna que se realiza em Setúbal duas vezes por semana.

Corrida noturna de Setúbal já tem um ano e está a ganhar fôlego

Marta David

Page 16: Semmais 5 julho 2014