semmais 19 marco 2016

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A CASA DO PEIXE RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167 Sábado 19 | Março | 2016 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 894 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais SOCIEDADE PÁGINA 3 DISTRITO PERDEU 39 FARMÁCIAS EM MENOS DE CINCO ANOS Atualmente a região de Setúbal conta com 279 estabelecimentos farmacêuticos de portas abertas, mas nos últimos anos têm fechado algumas dezenas. Foram os efeitos da crise. Os concelhos do Seixal, Almada e Setúbal são os que têm mais farmácias ao dispor. POLÍTICA PÁGINA 10 NATIVIDADE COELHO VAI ASSUMIR SEGURANÇA SOCIAL DA REGIÃO O governo vai nomear esta semana Natividade Coelho como a nova diretora do Centro Dis- trital de Setúbal da Segurança Social. A ainda vereadora do PS na Câmara de Palmela, é pro- fessora de carreira e tem um longo percurso nas áreas sociais e políticas. NEGÓCIOS PÁGINA 12 GALP COMEÇA ESTE VERÃO A EXPLORAR COSTA ALENTEJANA O projeto implica perfurações a cerca de 80 quilómetros ao largo da costa de Sines, num consórcio entre a Galp Energia e a ENI. Trata- -se de um investimento de 100 milhões de dólares para uma probabilidade de sucesso inferior a 20 por cento. AEROPORTO LOW COST NO MONTIJO VAI AVANÇAR ATÉ FINAL DO ANO Está decidido. A região vai mesmo contar com um aeroporto para companhias low cost, a implementar na Base Aérea n.º 6 do Montijo. O anúncio foi feito esta semana pelo presidente da ANA Aeroportos, Jorge Ponce de Leão e a Câmara montijense aplaude. Recorde-se que o aeroporto da Portela atingiu, em 2015, 20 milhões de passageiros, uma fasquia muito próxima da meta dos 22 milhões, celebrada em contrato entre o Estado português e a francesa Vinci. SOCIEDADE PÁGINA 5 PUBLICIDADE

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Edição do Semmais de 19 de Março

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Page 1: Semmais 19 marco 2016

A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

Sábado 19 | Março | 2016

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 894 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

SOCIEDADE PÁGINA 3DISTRITO PERDEU 39 FARMÁCIAS EM MENOS DE CINCO ANOSAtualmente a região de Setúbal conta com 279 estabelecimentos farmacêuticos de portas abertas, mas nos últimos anos têm fechado algumas dezenas. Foram os efeitos da crise. Os concelhos do Seixal, Almada e Setúbal são os que têm mais farmácias ao dispor.

POLÍTICA PÁGINA 10NATIVIDADE COELHO VAI ASSUMIR SEGURANÇA SOCIAL DA REGIÃOO governo vai nomear esta semana Natividade Coelho como a nova diretora do Centro Dis-trital de Setúbal da Segurança Social. A ainda vereadora do PS na Câmara de Palmela, é pro-fessora de carreira e tem um longo percurso nas áreas sociais e políticas.

NEGÓCIOS PÁGINA 12GALP COMEÇA ESTE VERÃO A EXPLORAR COSTA ALENTEJANAO projeto implica perfurações a cerca de 80 quilómetros ao largo da costa de Sines, num consórcio entre a Galp Energia e a ENI. Trata--se de um investimento de 100 milhões de dólares para uma probabilidade de sucesso inferior a 20 por cento.

AEROPORTO LOW COST NO MONTIJO VAI AVANÇAR ATÉ FINAL DO ANO

Está decidido. A região vai mesmo contar com um aeroporto para companhias low cost, a implementar na

Base Aérea n.º 6 do Montijo. O anúncio foi feito esta semana pelo presidente da ANA Aeroportos, Jorge Ponce de Leão e a Câmara montijense aplaude. Recorde-se que o aeroporto

da Portela atingiu, em 2015, 20 milhões de passageiros, uma fasquia muito próxima da meta dos 22 milhões, celebrada em contrato entre o Estado português e a francesa Vinci.

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SEMANAOPOSIÇÃO NÃO QUER LIGAÇÃO AO FUTURO

AEROPORTO POR METROAPESAR DE JÁ TEREM DEFENDIDO A LIGAÇÃO DO METRO DE

SUPERFÍCIE AO MONTIJO, O PSD E A CDU VOTARAM CONTRA A MOÇÃO APRESENTADA PELO EDIL SOCIALISTA NUNO

CANTA, NA REUNIÃO ORDINÁRIA DO PASSADO DIA 16, PARA QUE A LIGAÇÃO AO FUTURO AEROPORTO, A INSTALAR

NA BASE AÉREA DA CIDADE, SEJA FEITA ATRAVÉS DESTE MEIO DE TRANSPORTE. O PRESIDENTE SOCIALISTA

CONSIDERA QUE «O METRO DE SUPERFÍCIE REPRESENTA UMA MAIS-VALIA NA REDE DE TRANSPORTES PÚBLICOS E

NA CONECTIVIDADE DA CIDADE COM A NOVA INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA CIVIL».

PARA O AUTARCA, É NECESSÁRIO «ESTUDAR E PROJETAR A CONSOLIDAÇÃO DE UM ELEMENTO ESTRUTURANTE QUE

ATRAVESSE O ARCO RIBEIRINHO SUL, DANDO COERÊNCIA TERRITORIAL E COESÃO FUNCIONAL AO TERRITÓRIO,

ATRAVÉS DE UM CORREDOR DE TRANSPORTES COLETIVOS, PARA GARANTIR A IRRADIAÇÃO ECONÓMICA DA NOVA

CENTRALIDADE AEROPORTUÁRIA DO MONTIJO».

Uma mulher com 76 anos de idade foi detida em Setúbal, na manhã da passada quar-

Mulher de 76 anos detida com 65 facas

A Polícia Judiciária (PJ), através do Departamento de Investigação Criminal

de Setúbal, identificou, localizou e procedeu à detenção de um homem, com 45 anos de idade, por sobre ele recaírem fortes in-dícios da prática de um crime de roubo agravado. Os factos ocorreram no final de dezembro de 2015, na zona de Pegões, quando a vítima foi gra-vemente agredida e ameaçada, depois de ser iludida com a aquisição de uma viatura. Segundo fonte da PJ, a vítima foi “atraída e iludida com a aquisi-ção de uma viatura, vendo-se su-bitamente agredida, ameaçada com uma arma de fogo e espoliada de três mil euros, correspondentes ao preço, previamente acordado,

do veículo que pretendia adquirir”. O detido foi presente a pri-meiro interrogatório judicial, na

Acidente na A12 sentido Montijo/Setúbal provoca dois feridos

PJ de Setúbal detém homem por roubo agravado

passada quarta-feira, desconhe-cendo-se as medidas de coação que lhe foram impostas.

Um homem morreu ao iní-cio da noite da última se-gunda-feira, num acidente

de trabalho ocorrido no aterro sanitário da Amarsul, no Seixal. O trabalhador, com cerca de 45 anos, ficou soterrado debai-xo de fardo de plástico com cerca de uma tonelada, que es-

taria a descarregar de um ca-mião. A vítima acabou por morrer no local. O alerta foi dado pelas 21h40 às autorida-des competentes. No local estiveram os Bom-beiros do Seixal, a VMER de Al-mada e a PSP de Corroios, com um total de nove operacionais.

Homem morre esmagado em aterro sanitário no Seixal

Duas pessoas ficaram feridas numa colisão entre dois ve-ículos ligeiros, durante a

manha da última quinta-feira, na A12, ao quilómetro 22, sentido Montijo-Setúbal. Fonte do Co-mando Distrital de Operações de

Socorro de Setúbal informou que o acidente ocorreu pelas 8h24, na via da esquerda, condicionando o trânsito naquela artéria. No lo-cal estiveram os Bombeiros Sa-padores de Setúbal, os Bombei-ros de Palmela, a GNR e a Brisa.

ta-feira, 16 de março, por posse de armas brancas. Fonte do Comando Distri-

tal de Setúbal da PSP, avança que no decorrer de uma ação de policiamento levado a efei-to pela Esquadra de Interven-ção e Fiscalização Policial (EIFP), foi detida uma mulher, por volta das 11h30, em Setú-bal, por ter na sua posse 65 ar-mas brancas (facas), com lâ-mina entre 8,5 cm e 24,5 cm de comprimento, um fúsil-amo-lador de facas e uma pedra amoladora. A suspeita transportava as facas numa cesta de verga co-bertas com um pano e não justificou a posse ou o trans-porte das mesmas. As facas, e os restantes artigos, foram apreendidas e a mulher aca-bou por ser detida e notifica-da para comparecer em tribu-nal.

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SOCIEDADE

São números que retratam a crise vivida pelas farmácias na região. Desde 2012 e até fe-

vereiro deste ano, fecharam 39 estabelecimentos farmacêuticos no distrito de Setúbal, segundo revelam os dados do observatório do Racius-Informação Empresa-rial, enquanto um levantamento agora realizado pela Associação Nacional de Farmácias (ANF) in-dica que nesta altura a região exi-be das taxas mais altas do país ao nível de ações de insolvência e penhora, com um total de 25,1%. O distrito mantém hoje de portas abertas 279 farmácias, mas o Racius mostra a evolução regional desde 2012, quando fe-charam cinco estabelecimentos, seguindo-se mais 11 entre 2013 e 2104. Porém, o ano passado foi o mais preocupante com um total de 16 casas em situação de in-solvência, enquanto em feverei-ro de 2016 a região já somava

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

DESASTRE DO SETOR COMEÇOU EM 2012 REVELA UM ESTUDO DO RACIUS – INFORMAÇÃO EMPRESARIAL

Região viu 39 farmácias fecharem portas em menos de cinco anos

Centro Hospitalar de Setúbal recebe 1º Prémio no 7º Fórum Ibérico de úlceras e feridas

Existem hoje 279 farmácias, sendo que no concelho do Seixal é onde se localizam maior número deste tipo de estabelecimentos, seguido de Almada e Setúbal. O ano passado fecharam portas dezasseis farmácias.

O Grupo de Prevenção e Tra-tamento de Feridas (GPTF) do Centro Hospitalar de Se-

túbal (CHS), EPE venceu o 1.º Pré-mio nas Comunicações Livres no 7.º Fórum Ibérico de Úlceras e Fe-ridas, com a comunicação Audi-toria, uma ferramenta essencial - Boas Práticas na Prevenção de Úlceras por Pressão no contexto Hospitalar. O GPTF é composto por uma equipa multidisciplinar que des-de 2008, tem vindo a apostar na divulgação de informação, ava-

sete nova situações de falência. O mesmo observatório mostra que é no concelho do Seixal que se localizam mais farmácias (65), se-guindo-se Almada (61) e Setúbal (35), enquanto o distrito segue as-sim uma tendência nacional nos últimos anos, vendo subir mensal-mente o número de Farmácias em crise, alertando o secretário-geral da ANF, Nuno Flora, para as «as graves dificuldades financeiras do setor que colocam em causa a co-bertura farmacêutica e a rede de serviços de saúde de proximidade à população».

Penhoras põem em cheque sobrevivência

O dirigente acrescenta que o cres-cimento das insolvências e das penhoras «é revelador dos pro-blemas de sustentabilidade do se-tor das farmácias, que põem em cheque a capacidade e a qualida-de da resposta dos farmacêuticos às necessidades dos utentes». Ainda não há um ano que

Paulo Duarte, presidente da ANF, tinha alertado os deputa-dos da Comissão Parlamentar da Saúde sobre a evolução da situação do setor, adiantando que só em 2013 as farmácias re-duziram de «forma dramática» o pessoal, tendo eliminado do se-tor em todo o país 700 postos de trabalho. Para a ANF o atual mo-delo económico põe em causa a garantia de cobertura farmacêu-tica do país. Um recente estudo económi-co e financeiro aponta que entre 2010 e 2012 as farmácias reduzi-ram os seus custos em mais de 14% (o que corresponde a 44,3 milhões de euros), incidindo principalmente nos gastos com pessoal (menos 19,5 milhões de euros). As outras reduções de despesa incidiram no forneci-mento de serviços externos, «outros gastos e perdas», juros e impostos. Os mesmos dados provisórios revelam que entre 2010 e 2013 houve uma diminui-ção de 26% da margem bruta e

de 56% do resultado operacio-nal da farmácia média. A ANF afirma que as farmá-cias estão a funcionar com mar-gens negativas e sublinha que “estudos independentes de uni-versidades portuguesas permi-tem concluir que as margens das

farmácias não são suficientes para cobrir os custos fixos”, cri-ticando o facto da perda de mar-gem não ser compensada, já que não há compensação para a per-da de receita nas margens das farmácias através da venda de outros produtos.

liação, prevenção, tratamento de úlceras por pressão, forma-ção dos profissionais e na con-sultoria junto dos Serviços, no-meadamente ao nível da avaliação de doentes com feri-das e sugestão de tratamento. O CHS através do GPTF pre-tende ir ao encontro do Plano Nacional para a Segurança do Doente (2015-2020), cumprindo o recomendado, nomeadamente no que diz respeito ao eixo es-tratégico n.º 7 – Prevenir a ocor-rência de Úlceras por Pressão.

Fernanda Pésinho substitui até 2019 Manuel Pisco na liderança da ENA

A vereadora da Câmara de Palmela, Fernanda Pési-nho, assumiu a presidên-

cia do Conselho de Administra-ção da ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, numa cerimónia que decorreu a 11 de Março no Espaço do Complexo Fortuna – Artes e Ofícios em Quinta do Anjo. Fernanda Pésinho assume assim o lugar em substituição de Manuel Pisco, que em represen-tação da Câmara Municipal de Setúbal passa a Vice-Presidente.

Destaque, ainda, para a partici-pação da aicep Global Parques, S.A., num sinal claro de renova-ção e aposta na integração de novos associados na adminis-tração da agência. A nova presidente, na sua intervenção, realçou a impor-tância da ENA enquanto agente “dinamizador da alteração de comportamentos ao nível da utilização de recursos, da pro-dução e do consumo de ener-gia, nomeadamente através da concretização de projetos ino-

vadores nas áreas da eficiência energética, utilização de fontes de energia endógenas e reno-váveis, informação e sensibili-zação dos diversos setores da comunidade” No mandato que agora se inicia, a Câmara Municipal de Sesimbra mantém a presidência da Mesa da Assembleia Geral da agência, dando continuidade ao trabalho desenvolvido no ante-rior mandato, sendo o Conselho Fiscal presidido por Ana Bela Teixeira, professora do Instituto Politécnico de Setúbal. No ano em que completa 10 anos de existência, marcado pelo início de funções dos novos órgãos sociais, a ENA consolida a sua intervenção fortalecendo ligações e mobilizando, em tor-no de um mesmo objetivo, os seus associados e parceiros na-cionais e internacionais, de for-ma a responder eficazmente às necessidades e expetativas, atu-ando como um instrumento de desenvolvimento sustentado da região onde intervém.

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SOCIEDADE

A atual secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, e o presidente da

Turismo de Portugal, Pedro Araú-jo, tiveram ocasião, domingo pas-sado, para ‘medir’ a força que o cluster turístico está a ganhar no Alentejo Litoral, durante a entre-ga de prémios “Turismo do Alen-tejo” e “Turismo do Ribatejo” 2015, que decorreu no Centro de Artes de Sines. Foi também esse o objetivo dos responsáveis Entidade Re-gional de Turismo do Alentejo que têm procurado, nos últimos anos, uma maior afirmação na-cional e internacional do setor. «Estamos aqui para dizer que es-tamos, em conjunto com os agentes, empresários e autarcas, a criar um destino de excelência e a comprová-lo está o facto de, no último anos, termos continu-ado a bater todos os recordes de turistas que nos escolhem como destino», reafirmou Ceia da Sil-va, o líder da ERT. Na sua alocução, Ceia da Sil-va justificou que a atribuição destes prémios, promovida ao longo dos anos – no caso do tu-rismo do Alentejo é a VI edição - ambiciona «reconhecer e moti-var ainda mais» quem está no terreno. Porque, afiançou: «Nada disto podia acontecer se não houvesse o risco dos empresá-rios e a oferta proporcionada pe-los agentes e operadores que tanto fazem pelo setor». Ceia da Silva fazia um balan-ço telegráfico em torno da evolu-ção do setor em 2015: «Mais dor-midas, mais proveitos. Tivemos no Alentejo e Ribatejo cerca de um milhão e seiscentos mil tu-ristas. Há três anos estávamos a falar de 1,2. É brutal o crescimen-to que temos tido por parte da procura, que tem sido superior ao aumento da oferta», destacou o dirigente, acrescentando que o turismo externo ultrapassou mesmo a mítica fronteira do meio milhão de dormidas. E a região esteve bem presen-te no que se refere ao número de

candidaturas, tendo conseguido vários galardões, nomeadamente nas categorias de melhor gastro-nomia, animação, turismo rural, empreendimento turístico e me-lhor projeto público. É o caso do Sublime Comporta Country Re-treat & SPA, na Comporta (Alcá-cer do Sal), e o empreendimento ‘Pé no Monte’, em São Teotónio (Odemira), que arrebataram o prémio de melhor turismo rural. O restaurante Tasca do Celso, Vila Nova de Milfontes (Odemira) re-cebeu o prémio melhor gastrono-mia. O melhor projeto público distinguiu a Mina de Ciência: Ex-plorar Ciência, Extrair Conheci-mento’, no Lousal (Grândola). O Badoca Safari Par (Santiago do

JORNALISTAS ENVIADOS ESPECIAIS A NAMÍBIA FORAM TAMBÉM HOMENAGEADOSA Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo distinguiu sete jornalistas pela cobertura da Sessão Plenária da UNESCO que elevou a arte chocalheira a Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente, em Win-dhoek, na Namíbia. Francisco Rito (Jornal da Região), Hugo Alcântara (SIC), Isabel Meira (TSF), José Carrilho (RTP), Mário Galego (Antena 1), Paulo Barriga (Diário do Alentejo), Paulo Nobre (RTP) e Raul Tavares (Semmais), foram os galardoados.

CERIMÓNIA DA ENTREGA DE PRÉMIOS DECORREU NO AUDITÓRIO DO CENTRO DE ARTES EM SINES

Seis projetos turísticos do litoral alentejano distinguidos pela Turismo do Alentejo

A Entidade Regio-nal de Turismo do Alentejo fechou com chave de ouro um ano repleto de êxitos e o contínuo crescimento do cluster naquela região. Os agentes do Litoral Alentejano fo-ram distinguidos com seis galardões.

Cacém) recebeu a menção hon-rosa na categoria melhor anima-ção turística, tal como o projeto Maria Mar, Surf Guesthouse, em Melides (Grândola), na categoria de melhor empreendimento tu-rístico.

122 projetos a concurso reflexo do «bom trabalho»

Durante a cerimónia, apre-sentada por Filomena Ricardo, da comunicação da Entidade Regional de Turismo Alentejo/Ribatejo, foram desfilando re-presentantes de inúmeros pro-jetos da hotelaria à oferta turís-tica mais diversificada, incluindo iniciativas camarárias

de destaque, implementados nas duas regiões. Ceia da Silva elogiou a pre-sença no evento dos muitos em-presários e de mais de 30 autar-cas da região, admitindo ser simbólico e demonstrativo da evolução regional no setor. «Apenas estiveram aqui os pre-miados – houve 122 projetos a concurso - agora imaginem o que é o resto do território. Isto é reflexo do trabalho que as câ-maras têm feito e da relevância das parcerias que permitam fa-zer este destino». A secretária de Estado, por sua vez, elogiou o trabalho dos empresários e das entidades pú-blicas na área do turismo, admi-tindo que o «significativo aumen-to» de 15% nas receitas e dormidas «demonstra a capacidade que este território tem de, cada vez mais, se afirmar na oferta turísti-ca nacional. «Principalmente quando queremos que os turistas fiquem mais tempos e que, quan-do venham, possam conhecer mais do que os destinos tradicio-nais. Há territórios que não co-nhecem», disse a governante, destacando a aposta em projetos inovadores, com novas estrutu-ras de oferta de alojamento, turis-mos rurais, animação ou eventos. «Tudo isto permite trazer pessoas para cá e é também uma grande mostra do que o nosso território tem para oferecer aos portugue-ses», finalizou.

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SOCIEDADEPLATAFORMA PARA COMPANHIAS LOW COST NA REGIÃO VAI AVANÇAR ATÉ FINAL DESTE ANO

ANA anuncia aeroporto no Montijo ainda para este ano

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

Segundo o presidente da Ana Aeroportos, Jorge Ponce de Leão, o empreendimento vai mais avançar, após ter-se chagado a acordo com todas as partes. A utilização da Base Aérea N.º 6 já estava na mira do anterior governo para este efeito.

Está decidido. O aeroporto para companhias low cost no Montijo deve avançar até

ao final do ano, segundo avan-çou ontem o presidente da ANA Aeroportos, Jorge Ponce de Leão. O mesmo responsável jus-tificou que «todas as partes já

concordaram» que esta, sendo a solução que menos vai custar aos contribuintes. Recorde-se que nesta altura a capacidade do aeroporto da Portela começa a chegar ao li-mite, tendo justificado Jorge Ponce de Leão que «neste mo-mento a solução da margem sul não é melhor só para a ANA. É para a cidade de Lisboa para

continuar a suportar o fluxo de tráfego e é também melhor para o país porque é a solução que exigirá menos esforço para os contribuintes». O dirigente falava à margem de uma conferência sobre rela-ções económicas entre França e Portugal, na Culturgest (Lisboa), admitindo que é preciso encon-trar uma reposta eficaz ao facto

do aeroporto de Lisboa ter atin-gido, em 2015, os 20 milhões de passageiros, uma fasquia muito próxima da meta de 22 milhões que consta do contrato entre o Estado e a francesa Vinci.O governo tem dito que conti-nua a estudar o assunto, mas Jorge Ponce de Leão sublinhou agora que - e seguindo as previ-sões do próprio governo - ainda em 2016, haverá uma decisão sobre esta matéria.

Câmara de Montijo ansiava por decisão favorável

Recorde-se que já em meados do ano passado a câmara do Montijo se tinha manifestado favorável à localização de um aeroporto complementar ao da Portela na Base Aérea nº 6, sede-ada no concelho, segundo uma moção aprovada pela autarquia, na qual o executivo liderado por Nuno Canta assumia que a in-fra-estrutura aeronáutica se pode vir a traduzir em impor-tantes «investimentos e empre-go» para a região.

No documento lia-se que a autarquia «manifesta o seu apoio à utilização da Base Aérea do Montijo, como solução aeropor-tuária complementar ao aeropor-to da Portela», acrescentando ain-da estar disponível para apoiar os estudos ambientais, segurança, ordenamento, proteção civil, «por forma a reduzir os possíveis im-pactos no território». De resto, a Base Aérea nº 6, no Montijo, é a principal opção para receber o aeroporto desti-nado a voos low-cost, decorren-do já estudos que visam trans-formar uma das pistas da base numa infra-estrutura aeropor-tuária que possa ser comple-mentar à Portela. O projeto passará por termi-nar com o conceito Portela+1, vindo antes a pista do Montijo e da Portela a operarem como uma espécie de aeroporto único. Ou seja, a Base nº6 também pas-sará a integrar o Aeroporto de Lisboa, pelo que o investimento a realizar terá em vista o «longo prazo», assegurando a utilização da pista por mais tempo.

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SOCIEDADE

ALCÁCER DO SAL E GRÂNDOLA APOIAM MARCHA LENTA AUTOMÓVEL DE 1 DE ABRIL

Autarcas alentejanos exigem reparação urgente de 40 quilómetros do IC1 São cerca de 40 quilómetros de estrada degradada, entre Palma e o Canal Caveira, que continuam a pôr em risco a segurança dos automobilistas. Os autarcas de Alcácer e de Grândola exigem a reparação urgente deste pedaço do IC1 e apoiam total e in-condicionalmente a marcha lenta automóvel agendada para 1 de abril.

Os presidentes das Câmaras de Alcácer do Sal e de Grândola continuam a

exigir a reparação urgente do IC1, uma vez que, devido ao seu avançado estado de degradação continuam a pôr em risco a se-gurança de milhares de automo-bilistas. São cerca de 40 quiló-metros de estrada, entre Palma e o Canal Caveira, que apresenta um piso bastante degradado. Vítor Proença e Figueira Mendes, depois de almoçarem, na passada quinta-feira, com al-guns órgãos de imprensa regio-nal e nacional, num restaurante localizado junto ao IC1, desloca-ram-se a Castelo Ventoso e junto à Mata de Valverde, para mos-trar aos jornalistas o estado las-timável - crateras no pavimento e lombas nas bermas - em que se encontra esta via da região mui-to concorrida, sobretudo por ca-mionistas e turistas com destino ao Algarve. «Exigimos a reparação ur-gente do IC1. Trata-se de uma via de extraordinária importância, do ponto de vista comercial, tu-rístico e do ponto de vista pen-dular entre Grândola e Alcácer do Sal e vice-versa. Por aqui passa uma média diária de 9 mil viaturas, dos quais 800 são veí-culos pesados», começou por afirmar o edil alcacerense, Vítor Proença, relembrando que o Go-

verno de Pedro Passos Coelho não cumpriu com o arranque da obra prometida para 2016. «O ideal é que as obras arranquem antes deste verão, porque esse período vai ser caótico nesta es-trada. Isto não é apenas uma es-trada de Alcácer ou de Grândola, é uma via nacional, com o mais variado tipo de automobilistas. Pode perder aqui a vida uma fa-mília inteira. E, por isso, faz todo o sentido o começo da obra o mais cedo possível». Terceira marcha lenta automóvel

Tanto Vítor Proença como Fi-gueira Mendes garantem o apoio «total e incondicional» à marcha lenta automóvel do dia 1 de abril,

a partir das 17 horas, organizada pela comissão de utentes do IC1 dos dois municípios. Trata-se da 3.ª marcha lenta realizada no espaço de dois anos para exigir que o problema seja resolvido. No dia do protesto, os automobilistas vão partir das duas localidades e a meio do percurso, na zona de Albergaria vão encontrar-se. A concentra-ção, seguida de marcha lenta, conta com o apoio das câmaras municipais e uniões de fregue-sias de Alcácer do Sal e de Grân-dola. E relembra Vítor Proença que esta luta arrasta-se «há mais de 5 anos» mas que tem vindo «sem-pre a ser adiada» e «não resolvi-da». «Desejamos que urgente-mente haja boas notícias a este

respeito. Continuaremos empe-nhados e a lutar para que a repa-ração do IC1 seja feita o mais bre-ve possível», sublinhou o autarca de Alcácer. Por seu turno, Figueira Men-des, autarca de Grândola, mos-trou o seu descontentamento pelo arrastar da situação. «Já tive-mos promessas e algumas espe-ranças, com a entrada em funções do atual Governo, para que as coisas se alterassem, mas, infeliz-mente, está tudo na mesma», re-lembrando: «Há mais de um ano que nos foi comunicado que ha-via 6 milhões de euros disponí-veis para executar a obra, que iria

ter lugar antes do final do ano passado, mas, até hoje, nada aconteceu. As pessoas que por aqui passam correm riscos da própria segurança mas também existe o desgaste das viaturas. O Governo tem de tomar uma posi-ção urgente. E não vale a pena ar-ranjar parte do troço e deixar ou-tro por resolver». Para o autarca grandolense, o desejável é que as obras «se iniciem este verão, porque esta-mos na presença de um velho processo, que se arrasta há dois ou três anos. Não podemos ad-mitir que estas obras se iniciem em novembro».

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

Baía do Tejo e municípios promovem região em Cannes

Os municípios de Almada, Seixal e Barreiro, a Baía do Tejo e a Invest Lisboa mar-

caram presença no MIPIM, feira do setor imobiliário, em Cannes, naquele que foi o primeiro mo-mento de apresentação da mar-ca Lisbon South Bay. Esta iniciativa é o corolário do trabalho desenvolvido pela BT em parceria com as entida-des envolvidas e que permitiu estabelecer há 3 anos uma par-ceria com a Invest Lisboa, no sentido de se trabalhar definiti-vamente no conceito de Lisboa como “cidade das duas mar-gens”; que os ativos da BT e os três territórios passassem a usu-fruir das ferramentas de promo-ção que só estavam ao serviço

de Lisboa; e que Lisboa passasse a ter estes territórios, na mar-gem sul, como sua extensão na-tural e ganhasse uma nova e maior capacidade para atrair in-vestimento empresarial. «A Lisbon South Bay vem responder aos desafios impos-tos pela promoção externa. Des-te modo é mais fácil comunicar ativos que estão sediados em territórios desconhecidos no ex-terior e de potenciar toda a re-gião, no sentido de se desenvol-ver um trabalho de promoção e atração de investimento conjun-to», refere o presidente da BT. A Casa Ermelinda Freitas e a STEC/Raporal presentearam os visitantes do stand com os vi-nhos e enchidos.

ARRANJO DO IC1 SÓ EM 2017O secretário de Estado das Infra-estruturas, Guilherme d’ Olivei-ra Martins, diz que não há possibilidades de arrancar com a re-paração do IC1, entre Alcácer do Sal e Grândola, antes do final do ano, dado que o processo encontra-se no Tribunal de Contas. A informação foi revelada ao Semmais por Vítor Proença, edil alcacerense, após a reunião de ontem, sexta-feira, com o go-vernante, em Lisboa, onde marcou também presença o presi-dente do município de Grândola, Figueira Mendes. O pedido desta reunião dos autarcas foi feito a 6 de janeiro, mas só ontem, dia 16, obteve resposta. Todavia, Vítor Proença considera que a reunião foi «positiva» e que aproveitou tam-bém para solicitar a reparação da estrada entre Alcácer e o Torrão, que também apresenta alguma degradação. «O secretário de Estado disse-nos que irão ser arranjados 20 quilómetros de estrada do IC1 e que o investimento ronda os 6 milhões de euros», realça o autarca, que acrescenta, ainda, que Guilherme d´Oliveira Martins «assumiu o compromisso de ir ao local, comigo e com Figueira Mendes, para ver in loco o piso degradado, logo a seguir à Páscoa».

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LOCAL

MONTIJO OBRAS NA EN 4 ARRANCAM EM NOVEMBROA EN 4 vai ser pavimentada a partir de novembro. Até lá serão realizadas obras pontuais para manter a via nas condições mínimas de segurança. A informação foi avançada pelo secretário de estado das In-fraestruturas, Oliveira Martins, numa visita realizada no dia 16, ao local.Acompanhado pelo edil Nuno Canta, o secretário de estado informou que «estão a ser ultimados os projetos para avançar com a obra que é, para nós, uma obra prioritária. Será efetuada a total remoção do pavimento e introduzido um novo piso, para conferir mais condições a esta estrada de grande importância para o Montijo». A obra custará 4 milhões de euros e prazo de execução de um ano.

ALMADA FESTIVAL SURF FEST ANIMA CAPARICAO Caparica Primavera Surf Fest está de regresso à praia do Paraíso com a 1.ª etapa do circuito nacional de Bodyboard e com os concertos de Márcia, Jimmy P, Carolina Deslandes, Berg ou Boss AC.A nível competitivo, o evento recebe a 19 e 20, das 9 às 18 horas, a 1.ª etapa do circuito nacional de Bodyboard. Acontece também no primeiro fim-de-semana do festival a prova do Caparica Wave Show Best Trick Award, e uma demonstração de Tow-Out.Este sábado, às 22 horas, é a vez de Boss AC, Berg e Dj Miguel Rendeiro darem concertos. As sunset-parties alegram o evento, às 18 horas, com a presença de vários DJ´s.

SINES EMBAIXADORA DE ISRAEL APRECIOU POTENCIALIDADESA embaixadora de Israel, Tzipora Rimon, esteve em Sines no dia 7. A diplomata foi recebida pelo edil local nos paços do con-celho e visitou o Sines Tecnopolo, o porto de Sines, a zona industrial e logística, o mu-seu e a escola de artes do Alentejo Litoral.Tzipora Rimon disse que é importan-te sair de Lisboa e conhecer o que de melhor Portugal tem para oferecer em economia, academia e cultura. A em-baixadora destacou o crescimento do número de israelitas que visitam Portu-gal: de escassos 5 mil em 2005 a cem mil em 2015. Além do turismo, a cibersegu-rança e a indústria do gás natural foram mencionadas como áreas com potencial para estabelecer parcerias.

SEIXAL II FEIRA MEDIEVAL DE CORROIOS DECORRE ATÉ DOMINGOContinua a decorrer, até este domingo, a II edição da Feira Medieval de Corroios. Este ano a iniciativa tem lugar no parque urbano da Quinta da Marialva, um es-paço com mais condições para receber os muitos espetáculos de reconstituição histórica medieval agendados para os quatros dias do evento.O programa pretende dar a conhecer algumas das vivências de outrora, tais como as danças e animações de ruas; uma exposição de armas; várias de-monstrações de combates; ateliês de ofícios; uma exposição de aves de rapina e de cães de grande porte. Pelo recinto passarão, ao longo destes 4 dias, cortejos históricos, trovadores, teatro, música e muita animação de rua. A gastronomia marca também presença.

GRÂNDOLA MUNICÍPIO OUVE COMUNIDADE EDUCATIVAJá terminaram as reuniões anuais de ava-liação que o município e o Agrupamento de Escolas levam a efeito com os docen-tes e pais das escolas do 1.º ciclo do bási-co e jardins-de-infância. Estas reuniões, que se realizaram em fevereiro e março, e que contaram com a participação do vereador Fernando Sardinha, visaram fazer o balanço do funcionamento do ano letivo e ouvir a comunidade educativa de modo a elaborar planos de intervenção e melhorias nos espaços educativos.Segundo Fernando Sardinha, «estas reu-niões são fundamentais para a proximi-dade entre os agentes educativos e con-tribuem para ajustarmos procedimentos, e melhorarmos os serviços públicos que prestamos à comunidade».

SETÚBAL SETÚBAL REDUZ FATURA ENERGÉTICA COM SEMÁFOROS LED

Todos os semáforos recebem, a partir de dia 21, tecnologia LED, com a substitui-ção de perto de nove centenas de óticas. A operação resulta de uma candidatura apresentada ao Plano para a Eficiência no Consumo pela Câmara.Com esta medida, que inclui a substitui-ção de um total de 871 óticas incandes-centes, a autarquia dota todos os equi-pamentos semafóricos com luminárias LED, tecnologia mais eficiente e amiga do ambiente e que materializa uma poupança na fatura energética paga pelo município.A intervenção, num investimento supe-rior a 56 mil euros, permite a diminuição do consumo energético em 268.593 qui-lowatts, o que se traduz numa redução de 43 668 euros na fatura energética.

SESIMBRA QUINTA DO CONDE RECEBE FORO DAS OPÇÕES PARTICIPADASO sexto foro das Opções Participadas 2016 realiza-se, este sábado, no Grupo Despor-tivo e Cultural do Conde 2. O programa inicia-se às 9.30 horas, na pastelaria Barca Doce. Até ao final da manhã o executivo municipal e técnicos vão visitar o mercado municipal da Quinta do Conde e percorrer diversos locais da freguesia para ouvir as opiniões da população e convidá-los a marcar presença na reunião com a popula-ção, às 17 horas, no GDC Conde 2.Estão ainda agendadas reuniões com as associações locais para ouvir as suas preocupações e sugestões que possam ser enquadradas nas OP 2016.

ALCÁCER DO SAL TORRÃO GANHA NOVO PARQUE INFANTILA Câmara Municipal vai inaugurar o renovado parque infantil do jardim do Largo de S. Francisco, no Torrão, no dia 26, às 15h30.A renovação deste parque infantil era um anseio da população a que o município atendeu, tendo procedido à substituição do pavimento e dos antigos equipamen-tos por novos, adequados à segurança e bem-estar de todas as crianças.A cerimónia de inauguração vai contar com a presença do presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, presidente da Junta de Freguesia do Torrão e restan-te executivo municipal.

MOITA FEIRA DE ANTIGUIDADES E VELHARIAS ABRE INSCRIÇÕES Estão abertas, até 29 de abril, as inscri-ções para participar na “Peças d’Arte – IV Feira de Antiguidades, Velharias e Artesanato” que irá decorrer a 20, 21 e 22 de maio, no pavilhão municipal de exposições.É o quarto ano consecutivo que a edi-lidade organiza esta feira que pretende contribuir para promover a atividade desenvolvida pelos artesãos, bem como dar a conhecer artigos de colecionismo, antiguidades e velharias.A feira estará aberta ao público no dia 20 de maio, das 20 às 24 horas, no dia 21, das 14 às 24 horas, e no dia 22, das 10 às 19 ho-ras. A participação está limitada aos lugares disponíveis e será sujeita a uma avaliação prévia por parte da organização.

BARREIRO MUNICÍPIO CELEBRA HORA DO PLANETA O município adere, este sábado, à cele-bração da Hora do Planeta, uma inicia-tiva, promovida pela World Wide Fund for Nature. Serão desligadas as luzes dos paços do concelho e do largo do mercado municipal 1.º de Maio. Em simultâneo, a autarquia promove diversas iniciativas no largo do mercado municipal 1.º de Maio. É apresentado o projeto “A Cidade”, pela escola de teatro Arteviva - Companhia de Teatro do Barreiro, e haverá animação de rua pela companhia XPTO. Artes Performativas fazem parte do programa que terá início às 20 e culmina às 21h30, com a constru-ção do “B” Humano, que contará com a participação da população.

ALCOCHETE CÍRIOS DOS MARÍTIMOS REVIVIDOS NA PÁSCOA De 25 a 29, Alcochete revive uma tradi-ção com mais de 500 anos. Constituin-do-se como uma das festividades de raiz popular mais célebre da identidade cultural do concelho, o círio dos marí-timos tem origem nos marítimos locais que sempre mantiveram a sua devoção a N.ª S.ª da Atalaia.No domingo de Páscoa, decorre nas ruas da vila o desfile de solteiras e casadas, montadas em burros e na segunda-feira, no adro da igreja da Atalaia, realiza-se um dos momentos altos do círio dos ma-rítimos, com o leilão das bandeiras e das fogaças. Bandeiras, com a imagem de N.ª S.ª da Atalaia, são neste dia arrematadas, por devotos que esperam esta ocasião para cumprir promessas ou procurar proteção junto de N.ª S.ª da Atalaia.v

SANTIAGO DO CACÉM QUINZENA DA JUVENTUDE REFLETE VONTADE JUVENIL Música, cinema, graffiti, orientação, jogos de mesa, parkour, concertos e muito mais, são a proposta do município para a Quin-zena da Juventude, entre 17 de março e 3 de abril, a qual promete bons momentos e uma dinâmica forte em torno das ativida-des orientadas para os jovens.O programa é organizado pelo municí-pio em estreita colaboração com os jo-vens, cujas propostas e ideias vão agora passar à prática. A autarquia disponi-biliza os meios para a concretização e realização de várias iniciativas durante a Quinzena, que se assume, com efeito, como um reflexo da vontade dos jovens locais, além da tradicional comemora-ção do Dia do Estudante e o da Juven-tude, a 24 e 28 deste mês.

PALMELA MARÇO A PARTIR TERMINA COM MUITA FESTAO 21.º “Março a Partir” termina em festa, com muita música, desporto e solidarie-dade. A dádiva de sangue na biblioteca de Palmela, este sábado, e o encontro “Mar-ço a latir”, no centro de recursos para a juventude de Qt.ª do Anjo, com recolha de produtos alimentares e de higiene para instituições de apoio a animais abandonados e incentivo à adoção, são alguns dos destaques dos próximos dias.No campo musical, este fim -de semana, os “Loureiros” dão o concerto de apresenta-ção do projeto “Vamos Cantar” e a Associa-ção COI organiza o Festival PN 16, no Pátio Caramelo, em Pinhal Novo, para promover os novos projetos musicais regionais.

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CULTURA

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

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O GATEM – Grupo de Ani-mação e Teatro Espelho Mágico, de Setúbal, con-

quistou, no passado sábado, o prémio Maria da Fonte, de me-lhor figurino e cenografia (da autoria de Céu Campos), e uma menção honrosa para o melhor ator principal (Diogo Leiria, de 10 anos), no 12.º concurso nacio-nal de teatro “Conte 2016”, de Póvoa de Lanhoso, através do musical “O Principezinho”.

GRUPO SETUBALENSE CONQUISTA JÚRI DE PÓVOA DE LANHOSO

Espelho Mágico brilha em concurso nacional de teatro

Céu Campos, a diretora do GATEM, reconheceu que os pré-mios «responsabilizam o grupo na criação de mais e bom teatro para a família». Agradeceu ao ator Fernando Guerreiro, que esteve na origem da criação do grupo, e, também, ao ator e encenador Mi-guel Assis, que é «enorme em qualquer parte do mundo» e que está a «elevar, com os seus conhe-cimentos, o grupo a uma fasquia artística muito alta». E, finalmen-te, agradeceu a Ricardo Cardoso, «companheiro de luta e da comu-nicação cultural», não esquecen-

do de deixar um afago final para o município setubalense, «impres-cindível no crescimento desta va-lência de teatro pensado e feito em Setúbal. E daí para a nação». O êxito do GATEM obrigou a uma representação extra do espe-táculo, a pedido da autarquia de Póvoa de Lanhoso, devido à eleva-da procura do público. O certame contou com a participação de nove companhias de teatro a con-curso e uma extra-concurso.

Prémio Europa a caminho

No ano em que celebra 20 anos de atividade, o GATEM acaba tam-bém de ser nomeado para o Pré-mio Europa, com o mesmo espe-táculo. A nomeação, que partiu da Escenamateur, de Espanha, a con-génere da Federação Portuguesa de Teatro, apontou “O Principezi-nho” para o prémio do melhor es-petáculo internacional dos 3.ºs Prémios Nacionales de las Artes Escénicas “Escenamateur”. A gala de entrega de prémios está agen-dada para 2 de abril, em Madrid. “O Principezinho” estreou em fevereiro no Fórum Luísa Todi, em Setúbal, local onde re-gressou, ontem às 11 horas, para uma nova apresentação.

Depois de conquistar quatro prémios no “Conte 2016”, em Pó-voa de Lanhoso, com o musical “O Principe-zinho”, o Espelho Má-gico foi nomeado, com o mesmo espetáculo, para o prémio Euro-pa do Escenamateur, um certame espanhol. A gala de entrega de prémios decorre a 2 de abril em Madrid.

“O MUNDO FABULOSO DE BOCAGE” ESTREIA A 27

O GATEM estreia, a 27, às 17 horas, no Forum Luísa Todi, em Setúbal, o musical “O mundo fabuloso de Bocage”. O texto é uma adaptação li-vre de Miguel Assis, de textos de La Fontaine e Bocage e a música é assinada por Antó-nio Carlos Coimbra. A ceno-grafia e os figurinos perten-cem a Céu Campos. Nesta produção, Bocage reinventa fábulas de La Fontaine e da sua autoria, num lugar en-cantado onde bichos falam, cantam, dançam e contam histórias. No elenco vamos encontrar Miguel Assis, Cláu-dia Pinela, Céu Campos e Jés-sica Ricardo. O espetáculo integra-se nas comemora-ções dos 250 anos do nasci-mento de Bocage.

Pelo segundo ano consecuti-vo, Setúbal recebe um coro norte-americano. Trata-se

do Wertern Washington Univer-sity Concert Choir. que estando em digressão pela Península Ibérica, realiza na cidade do Sado o único concerto em solo português, este domingo, às 21h30, na igreja de S. Julião. Estamos na presença de um prestigiado coro que interpreta música de todos os períodos e es-tilos. Na presente digressão o coro interpreta um repertório de música religiosa europeia e norte americana, onde também há lu-gar para espirituais e gospel. Além de digressões nos Estados Uni-dos, constam do respetivo curri-culum digressões em França, Ale-manha, Polónia, Itália, Croácia, Bulgária, Argentina e Uruguai. O Conservatório Regional de Setúbal, em parceria com uma empresa ligada ao ramo cultural sediada em Espanha, é o respon-sável pela vinda deste agrupa-mento à capital de distrito. A insti-tuição procura «contribuir com espetáculos de reconhecida qua-lidade internacional para um pre-enchimento cultural diversificado da cidade», sublinha Luís Fernan-des, presidente da direção do CRS.

Conservatório traz a Setúbal coro norte-americano

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CULTURA

SETÚBAL19SÁBADO21H00ORQUESTRA METROPOLITANA DÁ CONCERTO FORUM LUÍSA TODI

A Orquestra Académica Metropolitana, liderada pelo maestro Jean-Marc Burfin, dá um concerto cujo repertório é a Sinfonia n.º 5, Op. 47, de Dmitri Shostakovich, e o concerto para orquestra, BB 123, de Béla Bartók. Com a 5.ª Sinfonia, de 1937, Shostako-vich pretendia amenizar as opiniões adversas daqueles que o acusavam de não satisfazer os desígnios estético-políticos do regime soviético.

ALMADA19SÁBADO21H30PEÇA VICENTINA EXPLORA O VINHO TEATRO JOAQUIM BENITE

“Pendença sem mercê de querer beber sem ter o quê”, a partir de Anrique da Mota e de Gil Vicente, e de composições anónimas d’0 cancioneiro popular português, com encenação de Miguel Sopas. Este espetáculo pretende explorar a temática do vinho e da sua carência como metáfora da crise e da pobreza material e espiritual.

SESIMBRA19SÁBADO16H00DUETOS DE BROADWAYFORTALEZA DE SANTIAGO A 9.ª Temporada de Música da Casa de Ópera do Cabo Espichel apresenta o concerto de piano e voz “Duetos de Broadway”. A magia dos musicais da Broadway é interpretada pela soprano Rita Marques e pelo baixo-barítono André Henriques, duas jovens vozes portuguesas em ascensão, acompanhadas pelo pianista Yan Mikirtumov.

PALMELA19SÁBADO21H00GALA “10 ANOS DA ORQUESTRA NOVA DE GUITARRAS”TEATRO S. JOÃO A gala “10 Anos da ONG” marca o aniversário da Orquestra Nova de Guitarras. O espetáculo, com direção musical de Miguel Madaleno, promete uma viagem pelos 10 anos de trabalho do projeto e conta com vários convidados especiais. Sediada em Pinhal Novo, a ONG é composta por cerca de 50 jovens músicos e conta, também, com uma Escola de Música, que acolheu, em 2015, 180 alunos de guitarra, violino, violoncelo, piano e flauta.

GRÂNDOLA19SÀBADO22H00BANDAS “MADE IN” GRÂNDOLA PAVILHÃO DO PARQUE DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES

O “made in” Grândola prossegue este sábado, com os concertos dos Mundo Segundo & Sam The Kid, que são os cabeças de cartaz de uma noite que começa com a banda de Braga “Bed Legs” e termina com os sons da dupla Mete Cá Sets.

SANTIAGO19SÁBADO22H00JAZZ ALÉMTEJO DESPEDE-SEAUDITÓRIO ALDA GUERREIRO

O 9.º Festival de Jazz Alémtejo prossegue com a atuação de Pablo Lapidusas International Trio. No mesmo dia, realiza-se o já habitual Jazz After Hours, com início às 23 horas, primeiro no Grupo Desporti-vo da Repsol, em V. N. de St.º André, com a atuação de Marancangalha Trio + Inês Sousa; e depois, para encerrar, na Fragateira Bar, na Lagoa de St.º André, com Golden Lady Quarteto.

GANHE CONVITES PARA O TEATRO NO BARREIRO E EM LISBOA Esta semana temos convites para oferecer aos nossos leitores para a revista popular do Parque Mayer, em Lisboa, “Revista quer… é Parque Mayer”, do empresário Hélder Freire Costa, com Mariema, Paulo Vasco, Alice Pires e Flávio Gil. E para a comédia “Hotel da Bela Vista”, da companhia ArteViva, no Barreiro, também temos convites para sextas-feiras e sábados, às 21h30. Para se habilitar aos convites, basta ligar 918 047 918 ou 969 431 085.

UHF sobem ao palco barreirense

Os UHF dão um con-certo no auditório Augusto Cabrita, no

Barreiro, no próximo dia 9, às 21h30. A data de 18 de Novem-bro de 1978 é considerada o dia 1 dos UHF. Nessa noi-te realizaram o primeiro concerto a sério na disco-teca Brown’s, em Lisboa. Dizem os factos, contu-do, que o primeiro concer-to terá acontecido uns dias antes, talvez uma semana,

no bar É, aos Capuchos, em Lisboa. Na primavera de 1979 gravam o primeiro disco, o EP “Jorge Morreu”, para a Metro Som, sem sucesso comercial e escasso reco-nhecimento público. A reputação do grupo consolida-se em múltiplos concertos, primeiro na área da Grande Lisboa e depois descobrindo o país. Chegam, com essa experi-ência de palco, ao gigante

João Balula Cid assinala os 40 anos de carreira com um concerto no dia

22, às 21h30, na Academia Almadense. O concerto, apresentado por Júlio Isi-dro, conta com a presença de 28 convidados, entre os quais: Nanã Sousa Dias, Adelaide Ferreira, José Fa-nha, Carlos Guilherme, Car-los Mendes, Carlos Alberto Moniz, Filipa Pais, Nuno Gomes dos Santos, Victor de Sousa, Carlos Alberto Vi-

dal, Vitorino, entre outros. João Balula Cid estu-dou na Academia de Ama-dores de Música e mais tarde no Conservatório Nacional. Após ter fre-quentado o Royal Conser-vatory of Music em Toron-to (Canadá), foi aluno de Edmund Battersby na Uni-versidade de Montclair e de Konrad Wolf, antigo aluno de Arthur Schnabel. Na Universidade da Co-lômbia, obteve o grau de

Master of Fine Arts in Arts Administration. Como executante, já atuou no Canadá, Austrália, Estados Unidos, México, Ti-mor e na Europa. Os bilhetes custam 10 euros e encon-tram-se à venda na Acade-mia Almadense, Fórum Ro-meu Correia (Almada) e na sede da Raríssimas (Moita). A receita da bilheteira rever-te para a Associação Nacio-nal De Doenças Mentais e Raras – Raríssimas.

João Balula Cid assinala em Almada 40 anos dedicados às cantigas

AGENDA

Valentim de Carvalho, que edita em 1980 “Cavalos de Corrida”. Os UHF rondam em Outubro de 2015 a fantásti-ca soma de 1.700 concertos em Portugal e no mundo, e já venderam mais de 1 mi-lhão de discos. A 30 de Outubro, os UHF editaram “O Melhor de 300 Canções”, a sua pri-meira coletânea global, que reúne 35 clássicos e 2 originais.

A rua que me leva, como um rio, desagua na memória” é o título

do espetáculo do Teatro do Elefante, de Setúbal, que estreou recentemente. A produção está integrada nas comemorações dos 250 anos do nascimento de Bocage, programa coorde-nado pelo município sadi-no que financiou o projeto com 2 500 euros. Os espetadores percor-rem ruas e travessas do Bairro S. Domingos e Fon-

Teatro do Elefante partilha zonas por onde passou Bocage

tainhas, munidos de leitores de mp3 e respetivos auscul-tadores. No percurso, escu-tam o texto e as ambiências sonoras e, livremente, fa-zem pausas, abordam os moradores ou comercian-tes, captam imagens do bairro e da paisagem, que se avista do miradouro, e re-gressam à Casa de Bocage, o ponto de partida do projeto. Segundo Fernando Ca-saca, diretor do Teatro do Elefante, o espetáculo per-mite aos espetadores «co-

“ nhecerem o bairro onde nasceu e cresceu Bocage, de uma forma criativa e artísti-ca, propõe um passeio pelas ruas e travessas do bairro S. Domingos e Fontainhas, en-quanto são escutados mo-nólogos teatrais, a audição de sonetos de Bocage e as ambiências sonoras dos ha-bitantes do bairro». Fernando Casaca, tam-bém autor dos monólogos e do projeto e o único ator em cena, sublinha que a estreia ultrapassou todas as expe-

tativas. «As reações dos es-petadores foram bastante positivas. Disseram que é uma forma inovadora de conhecer locais que não da-mos a devida atenção no dia-a-dia», vinca. Com a duração de 45 minutos, “A rua que me leva, como um rio, desa-gua na memória”, está dis-ponível mediante marca-ção, depois de ter estado em cena até dia 15. Desti-na-se a todo o tipo de pú-blico e a entrada é livre.

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POLITICA

O mundo está perigoso, como há muito escreveu Vasco Pulido Valente.

A esta perigosidade não escapam os países de língua oficial portuguesa. Às conse-quências da crise global de 2008, seguiu-se a inevitável intervenção dos Estados para minorar danos maiores, agravando défices e depois vieram as políticas neoliberais.A defesa cega de que a menos Estado corresponde melhor Estado, conduzindo, como sucedeu em Portugal, a privatizações sem coerência, desarmaram as instituições e empresas, condicionando a política económica externa, o que não é questão menor num mundo global.A erupção de conflitos prolon-gados nas proximidades da Europa, e que se interligam, geram fluxos migratórios de milhões de vítimas que procu-ram agora refúgio na Europa. A ausência de uma política coerente na UE, acompanhada de uma conceção monetarista na gestão das políticas econó-micas, tem conduzido a contra-dições graves, agravando a incerteza no futuro.O governo português, contra ventos e marés, tem ousado - e bem – navegar à bolina no meio de águas tormentosas.Os países produtores de petróleo foram, entretanto, confrontados com a queda vertiginosa do preço do petró-leo. Aqueles que, como Angola, faziam depender as receitas de percentagens elevadas da venda

do petróleo, viram-se quase sem recursos orçamentais. Outros, como Moçambique, que tinham perspetivas de se desenvolverem face a descober-tas recentes e vultuosas de “comodities”, como o gás e o carvão, viram escapar-se os investimentos face à baixa de preços. As perspetivas não são melhores em S. Tomé e Prínci-pe, para não falar na Guiné--Bissau que além do mais, arrasta um conflito político.Cabo Verde, que sempre fez das fraquezas forças, persiste no exemplo da boa governa-ção e neste domingo, ou seja, amanhã, vai mais uma vez realizar eleições legislativas num quadro estável.Quanto a Timor, apesar dos constrangimentos com o petróleo, tem tido de há uns tempos a esta parte, a possibili-dade de utilizar parte do Fundo gerado pelas concessões de blocos petrolíferos, o que lhe concede uma maior margem de manobra na gestão orçamental.Finalmente, o grande Brasil passa por um período muito difícil, não apenas nos domínios da economia e das finanças, mas também – e com gravidade – na política.A descrição desta realidade serve para que todos nós – sem

exceção – que nos orgulhamos de falar português, a quinta língua do mundo, ganhemos a consciência que é exatamente neste período, de grandes constrangimentos, emergentes dos efeitos das várias crises, que temos de saber forjar uma relação de entreajuda, que nos faça encarar o futuro com maior otimismo, mudando de paradigma nas relações e conscientes que é no reforço do todo que se reforçam as partes.Não apenas porque as crises – todas as crises – são passagei-ras. Sobretudo porque temos, cada um dos nossos países e povos, enormes potencialidades para conjugarmos esforços com esseobjetivo – na diplomacia, na cultura, na economia. Basta termos presente, por exemplo, que num período em que Angola tem de diversificar a sua economia, Portugal pode ser um parceiro precioso no contributo a dar nos setores agroindustrial e agroalimentar, prioridades elencadas por este país irmão. No futuro, terão presente a memória do que fizermos no presente.É perante as dificuldades que se devem dar as mãos. Entreaju-dando face às dificuldades.

POLÍTICA MESMO

VITOR RAMALHOADVOGADO

Dificuldades e Entreajuda

Natividade Coelho assume Centro Distrital da Segurança Social

Natividade Coelho é nova diretora do Centro Distri-tal de Seúbal da Segurança

Social e deverá ocupar o cargo já durante esta semana, soube o Semmais de fonte segura. A nova responsável, que até esta semana liderava o projeto de Igualdade da Escola Lima de Frei-tas, em Setúbal, com grande des-taque mediático, é professora de carreira, mas tem um longo histo-rial nas áreas sociais e políticas. Vereadora da câmara de Pal-

mela, pelo Partido Socialista, Na-tividade Coelho foi presidente da CITE – Comissão para a Igualda-de no Trabalho e no Emprego, e juíza social no Tribunal de Famí-lia de Setúbal. Para além de ter chefiado o gabinete de dois ex--governadores de Setúbal. No âmbito da sua atividade no ensino, a nova diretora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social, foi perita na-cional dos projetos “Leonardo da Vince” e “Petra”.

Maria Luísa Daniel parte aos 75 anos

Faleceu na noite do dia 15, aos 75 anos, Maria Luísa Banha Modas Daniel, mãe

do também já falecido presi-dente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, em Setúbal, Hum-berto Daniel. No dia 16, o corpo esteve na Capela do Socorro, junto ao Con-vento de Jesus, em Setúbal. O fu-neral foi no dia 17, pelas 11h30, para o crematório municipal de Setúbal, no cemitério da Paz em Algeruz. Nascida em Évora a 29 de Ou-tubro de 1940, do seu percurso de vida, salienta-se a passagem por Moçambique para onde foi com 18 anos, donde regressou em 1974. Depois, trabalhou na Setenave (serviços aduaneiros), onde lançou a secção de núcleos do Partido So-cialista, foi membro de vários exe-cutivos federativos distritais e da Comissão Nacional do PS. Foi elei-

ta deputada por este círculo em 1983. Depois de superar um can-cro, adveio-lhe Alzheimer que a acompanhou até aos seus últimos dias de vida.

PCP PROMOVE CICLO DE DEBATES SOBRE

“A crise dos refugiados, migrações e a União Europeia”

O PCP irá realizar um ciclo de debates sobre “A crise dos refugiados, migrações

e a União Europeia”, a desenvol-ver-se em quatro cidades nos próximos dias. Na Península de Setúbal, o debate terá lugar na cidade do Montijo, este sábado, às 15 horas, na Biblioteca Muni-cipal do Montijo. O PCP sublinha que «os movimentos migratórios em

massa e de imigrantes, são au-tênticas fugas à pobreza, à guerra e à morte. As centenas de milhares de seres humanos e de famílias inteiras que arris-cam a vida em luta pela sua so-brevivência carregam consigo histórias dramáticas de vida». Neste processo, o PCP desta-ca o «papel negativo desempe-nhado pela União Europeia e pela NATO cujo envolvimento

em guerras de agressão no Mé-dio Oriente a par do reforço de medidas securitárias e repressi-vas, exige que se intensifique a denúncia desta situação e se alargue a luta pela paz». O debate conta com a pre-sença de João Pimenta Lopes, deputado do PCP no Parlamento Europeu, que regressou recen-temente de diversos campos de refugiados na Grécia.

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DESPORTO

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Multa de Talisca reverte a favor de instituições de apoio a deficientes

Depois de Anderson Ta-lisca ter sido apanha-do a conduzir sem

carta, uma moto-quatro, o Ministério Público propôs uma multa de 6 mil euros ao jogador do Benfica. A ser aceite o valor por parte do brasileiro, este será repartido por duas entida-des, nomeadamente a Asso-ciação Almadense Rumo ao Futuro e a Cercisa-Coope-rativa para Educação Rea-bilitação de Cidadãos Inadaptados do Seixal e Al-mada. Terá o processo sus-penso por três meses. Já o primo terá de doar, caso o juiz aprove, 600 eu-ros à Cercisa e o processo suspenso por igual perío-do de tempo. À saída do tribunal de

Almada, o jogador, de 22 anos, mostrou-se arrepen-dido. O jogador foi apanhado a conduzir uma moto 4, na herdade da Aroeira, onde reside. O mesmo ocorreu com o primo de Talisca, que

se encontrava com Talisca. Na situação de Diego An-drade, o advogado propôs um pagamento de 600 eu-ros à Cercisa-Cooperativa para a Educação e Reabili-tação de Cidadãos Inadap-tados do Seixal e Almada.

Nadadora Ana Sofia Sousa sagra-se campeã nacional

A nadadora Ana Sofia Sousa, juvenil-B do Clube de Natação do

Litoral Alentejano, sa-grou-se campeã nacional de 100m livres e é a nova vice-campeã nacional de 200 metros livres e 200 metros bruços no seu es-calão. Outra atleta do clube sedeado em Sines, Nicole-ta Lascu, também juvenil-

-B, é a nova vice-campeã nacional do seu escalão nos 100 metros costas. Estes resultados de ex-celência foram obtidos nos Campeonatos Nacio-nais de Juvenis, Juniores e Absolutos que decorre-ram entre 11 e 13 de mar-ço, nas piscinas do Jamor, em Oeiras, onde também estiveram presentes, com bons resultados, os nada-

dores Carolina Guedes, Hugo Correia e Nélson Malheiros. O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, felicitou as atletas medalhadas e o Clu-be de Natação do Litoral Alentejano por mais este conjunto de «excelentes re-sultados que projetam o nome de Sines e prestigiam o seu desporto».

“Cidade Europeia do Desporto” procura voluntários

Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016 tem a decorrer uma segunda

fase de candidaturas para voluntários interessados em colaborar nos diversos eventos desportivos dina-mizados ao longo do ano. O formulário para ins-crição nesta bolsa de vo-luntariado de Setúbal Ci-dade Europeia do Desporto 2016, com programa orga-nizado pela Câmara Muni-cipal, está disponível na

página oficial da iniciativa, acessível em www.setu-bal2016.pt/. Os candidatos, maiores de 15 anos, devem, entre outros, indicar a disponi-bilidade para participar apoio nas ações desporti-vas para as quais sejam necessários voluntários. Este projeto de volun-tariado tem como objeti-vos apoiar os eventos de-senvolvidos no âmbito de Setúbal Cidade Europeia

do Desporto 2016, assim como dinamizar e criar uma imagem positiva, ati-va e dinâmica entre o des-porto e cidade. A promoção da ética como princípio funda-mental na atividade do vo-luntariado e dos eventos é outra das metas do pro-grama de voluntariado, que incentiva esta ativida-de cívica com base na base na missão e valores do programa desportivo.

A equipa de juniores A da Sociedade Fut do Torrão venceu no pas-

Juniores A da Sociedade Fut doTorrão conquistam taça distrital

sado dia 12, a Taça Distrital de Évora de Futsal no seu escalão. O jogo realizou-se

no pavilhão municipal do Redondo. A Sociedade Fut venceu por 4-2 a equipa de Borba, Barbus Futsal. O presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Pro-ença, já endereçou os «pa-rabéns à Sociedade Fut e aos jogadores». Recorde-se que é o primeiro ano em que a Sociedade Fut com-pete neste escalão e depois de se ter sagrado campeã distrital venceu agora a taça distrital da modalidade.

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NEGÓCIOS

A empresa está no projeto a 80 quilómetros ao largo de Si-nes, em consórcio com a ita-

liana ENI, que é maioritária, com 70% da operação. O anterior pre-sidente da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, avaliou em mais de 100 milhões de dólares o investi-mento de prospeção, que disse ter uma «probabilidade de sucesso inferior a 20%».

Petrobras desistiu da parceria com Galp

Inicialmente, a Galp era parceira da Petrobras neste projeto mas, em 2013, a empre-sa brasileira desistiu das ope-rações em Portugal abando-nando os 50% que tinha em projetos de exploração em par-ceria com a Galp em Peniche e

A empresa anunciou o projeto no Dia do Investidor é uma operação de grande risco económico, uma vez que está avaliada em 100 milhões de dólares para uma probabilidade de sucesso inferior a 20 por cento.

AS OPERAÇÕES DE PERFURAÇÃO VÃO OCORRER A CERCA DE 80 QUILÓMETROS DA COSTA DE SINES

Galp começa a explorar costa alentejana no verão

MINISTRA DO MAR, ANA PAULA VITORINO ‘SOSSEGA’ COMUNIDADE PORTUÁRIA DE SETÚBAL

«Investimentos no porto de Setúbal são para manter»

Os investimentos previstos para o porto de Setúbal são para manter, independen-

temente da gestão conjunta com Lisboa. A garantia foi dada esta semana pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, numa reu-

nião com os dirigentes da comu-nidade do porto sadino. A plataforma portuária de Se-túbal tem previstos investimen-tos na melhoria das acessibilida-des marítimas, aguardando-se para breve a declaração de im-pacte ambiental sobre as draga-gens para 14 metros, e das aces-sibilidades ferroviárias (em conjunto com a IP). E está a pro-

mover no mercado um plano de expansão de médio/longo prazo, que mais do que duplicará a frente de cais, além de potenciar o desenvolvimento das áreas lo-gísticas contíguas, em parceria com a aicep Parques e a Sapec. Na reunião, em que a minis-tra do Mar esteve acompanhada do secretário de Estado José Apolinário e restantes membros

do Gabinete, Ana Paula Vitorino garantiu aos dirigentes da Co-munidade Portuária ser intenção do Governo manter e respeitar os planos já definidos.

Ministra ‘abriga’ outros investi-mentos sem custos públicos

Ana Paula Vitorino disse ainda que quaisquer outros investi-

mentos que contribuam para a competitividade do porto sadino serão também avaliados, desde que não impliquem custos para o erário público. Confrontada com as preo-cupações dos agentes econó-micos do porto de Setúbal so-bre uma possível subalternização do porto face a Lisboa, a ministra do Mar ga-rantiu que a fusão não está, de todo, nos planos do Governo. «A nomeação de um conselho de administração comum visa-rá, outrossim, a definição das estratégias específicas para cada um dos portos, em posi-ção de “absoluta equidade”, numa lógica de equilíbrio ope-racional e maior coesão regio-nal», reiterou a ministra. Recorde-se que o Governo decidiu há dias a nomeação de uma administração comum, em regime de acumulação, para os portos de Lisboa e Setúbal. De acordo com o decreto-lei já pu-blicado em Diário da República, a reestruturação deverá ficar con-cluída num prazo de 180 dias.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, garantiu à Comunidade Portuária de Setúbal que on investimentos na melhoria das acessibilidades do porto sadino são para manter. E que a ‘fusão’ da plataforma portuária de Setúbal com a de Lisboa não é uma perda de autonomia.

TEXTO ANA VENTURAIMAGEM SM

Rebonave em destaque no porto sadino na área da assistência marítima

A Rebonave está preparada para atuar em todas as ativi-dades associadas ao rebo-

que local, costeiro e oceânico e em operações de assistência maríti-ma de emergência na costa portu-guesa, mesmo em condições me-teorológicas adversas, ao acudir a dois pedidos de assistência a em-barcações em dificuldade, com a segunda chamada a ser ativada menos de 24 horas depois da con-clusão da primeira. Respondendo a um pedido de assistência, o rebocador oceâni-co “Montenovo” largou da sua base de operação no porto de Se-túbal a 26 de fevereiro, pelas 19h45, para prestar um serviço de reboque à embarcação de

pesca “Anacleto António”, com avaria a cerca de 50 milhas da costa portuguesa, com entrega em segurança do pesqueiro, no porto de Sesimbra, a 27 de feve-reiro, às 04h50, regressando à base no porto de Setúbal, no mesmo dia às 21h45, depois de percorridas 150 milhas no total. Menos de 24 horas depois, um novo pedido foi atendido, no dia 28 de fevereiro, pelas 11h15, para prestar um serviço de reboque, à embarcação de recreio francesa “Etoile Magi-que”, com avaria a cerca de 40 milhas a NW de Peniche, tendo a mesma sido rebocada, nova-mente pelo “Montenovo”, para Lisboa.

no Alentejo. Durante vários meses, a Galp procurou um parceiro para partilhar o risco da explo-ração de petróleo na bacia do Alentejo (em Peniche foi a Rep-sol que assumiu o papel de operadora), porém, teve de ga-rantir que o anterior Governo lhe prolongasse o prazo de concessão.

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NEGÓCIOS

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Adega Cooperativa de Palmela ganha ouro no “Vinalies Internacionales”

A adega de Palmela conquistou a meda-lha de ouro com o

seu mais recente vinho o Villa Palma tinto colheita seleccionada 2013 e meda-lha de prata com o vinho Vale dos Barris Syrah 2013 em França no concurso Vi-nalies Internationales. O Concurso realizado entre os dias 26 de Feverei-

ro e 1 de Março, com um júri composto por mais de 150 especialistas interna-cionais avaliaram 3.500 vinhos originários de di-versas partes do mundo. Ganhar uma medalha de ouro e outra de prata no Concurso Vinalies Interna-tionales é sem dúvida ob-ter um grande reconheci-mento profissional no

sector do vinho, trazendo benefícios para a promo-ção das nossas marcas. O Mais recente vinho da Adega de Palmela o Villa Palma tinto trata-se de um vinho especial composto pelas castas Castelão, Aragonês, Syrah e Cabernet Sauvignon de uma colheita seleccionada do ano de 2013, com está-

gio em barricas de Carva-lho Francês e Americano tem sabores fortes e inten-sos, óptimo para acompa-nhar pratos de cozinha tradicional portuguesa, pratos de caça, carnes gre-lhadas, queijos e bacalhau. Recorde-se que a em-presa vitivinícola de Pal-mela está a brincar 60 anos de atividade.

Exposição historia os 65 anos de intervenção dos SMAS de Almada

No ano em que os SMAS comemoram 65 anos de interven-

ção, levam a público a ex-posição “A água e o sanea-mento em Almada”. A exposição oferece um percurso através da história, das atividades e dos processos de abasteci-mento de água que tornam possível que o bem precio-so água chegue às tornei-ras de todos os Almaden-ses. Dá ainda a conhecer a forma integrada como os SMAS edificaram a cober-tura de saneamento para todos e o tratamento das águas residuais, para defe-sa da saúde pública e do meio ambiente, tendo con-cretizado o ciclo urbano da água a 100% em Almada. No âmbito das come-morações do Dia Mundial da Água, os Serviços Muni-

cipalizados de Água e Sa-neamento de Almada têm a honra de convidar V. Exa para visitar a exposição e para o lançamento do selo comemorativo dos 65 anos de atividade, no dia 22 de março de 2016, pelas 10H30 na Praceta Ricardo Jorge Nº 5 A Pragal, 2804-543 Almada.

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OPINIÃO

Raul TavaresDiretorED

ITORIA

L

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

PENSO, LOGO INSISTO.

FERNANDO RAIMUNDOCOLABORADOR

Até na imprensa generalis-ta foi dado especial destaque à notícia da

detecção das ondas gravitacio-nais, previstas por Einstein há cerca de cem anos (1915). A confirmar-se o teor da notícia, poderá ser esta a terceira grande descoberta científica do século, após a sequenciação do genoma humano, em 2003, e a descoberta da partícula de Higgs, em 2012.Para além das congeminações matemáticas que levaram o cientista a ‘desconfiar’ da existência desse fenómeno, é-lhe reconhecida, desde sempre, uma enorme intuição.E o que é a intuição? Assim como o reino mineral está a aprender a reagir, o vegetal a sentir e o animal a pensar, assim está o homem aprendendo a intuir. É bem verdade que em nenhum dos quatro reinos visíveis da Natureza, todos os seus interve-nientes se encontram ao mesmo nível evolutivo. Até na matéria aparentemente ‘morta’ existe uma vida vibran-te, um pulsar, já que quando nos reportamos aos mundos atómico e subatómico, depara-mos com electrões movendo-se a velocidades da ordem dos 60.000 kms/segundo. Duma forma simplificada, constatamos existirem no reino mineral formações de tipo mais grosseiro, amorfas, mas tam-bém minerais que cristalizam obedecendo a matrizes e eixos geradores de formas geométri-cas sólidas, com inúmeras configurações que deixam transparecer um relevante e intrigante exercício conceptual. Também no reino vegetal nos deparamos com formas muito embrionárias de líquenes, mas igualmente com espécies cujo desenvolvimento se aproxima já dos atributos próprios dos animais, com ténues predisposi-ções instintivas e de movimento, existindo até plantas ‘carnívoras’.No reino animal existem formas rudimentares de vida, quase vegetal , mas também espécies

A cidade conquista as primeiras flores e o toque do sol é mais caloroso. Há

mais gente nas ruas, o bulício aumenta o tom e os sorrisos são mais espontâneos. As roupas mais claras aparecem e as botas descansam no armário. Os canteiros estão viçosos e o rio reflete o azul intenso do céu.

muito evoluídas cujo paradigma máximo se fixa nalguns mamí-feros domesticados (e não só, como no caso dos golfinhos) cujo contacto com os humanos lhes confere uma ‘quase inteligência’ por indução, para além de um instintivo sentido de afectividade e (canina) fidelidade que não encontramos sequer nalguns humanos.Já na humanidade nos confron-tamos com pessoas de muito baixa ‘extracção’, independen-temente do aspecto visual com que se apresentem, e outras com qualidades reveladoras de grande civilidade e generosida-de. Sim, porque como sabemos, e tal como nos outros reinos referidos, também a humanida-de não está toda ao mesmo nível – nem física, nem emocio-nal, nem intelectual, nem espiritual – segundo nos revelam periodicamente as estatísticas que medem as ‘aquisições’/parâmetros civilizacionais, tenham elas o significado que tiverem, em função dos modelos de socieda-de ou da falta deles.A teósofa, oradora e activista dos direitos das mulheres Annie Besant (Londres, 1847- Adyar/Índia, 1933) definiu o Homem como ‘o ser onde a matéria mais grosseira e o espírito mais evoluído se unem através da mente’. E é de facto a existência da mente (de que o cérebro é um instrumento) que distingue os humanos dos animais. Diz-se comummente que o ser humano é um animal racional, o que, não sendo mentira, não traduz inteiramente a verdade. Do mesmo modo que um animal não é um vegetal provido de sensações, desejos e movimento, nem um vegetal é um mineral com vitalidade.Obviamente que sendo o ser humano um corolário evolutivo dos reinos precedentes, possui genericamente as dimensões inerentes aos seres que neles habitam, embora com dosea-mentos diversos, de que a natureza instintiva é um resquício. A existência da

mente, que lhe proporciona um pensamento concreto, mas tam-bém a capacidade de formular abstracções, gera uma mudança radical com o mundo animal, a qual se reflecte no livre-arbítrio (enquanto tiver alternativas/hipóteses de escolha) e na capacidade em poder conceber algo de inteiramente novo, sem estar subordinado a qualquer programação (epigénese). Embora saibamos da existência de vários tipos de inteligência, de que a emocional tem sido, desde há algum tempo, a mais badalada. E é também no reino humano que a predisposição para a tomada de uma consciência espiritual se evidencia, até se atingir o propósito da auto-consciência:- a consciência dorme profun-damente no mineral (… dorme que nem uma pedra!), sonha no vegetal, agita-se no animal e desperta no homem.À medida que, de reino para reino, a Natureza vai apetre-chando as formas com que se manifesta de instrumentos mais adequados á exteriorização da Vida, assim constatamos existir uma evolução significativa entre os corpos dos animais superiores (mamíferos) e os dos humanos, sobretudo a nível cerebral.Considera-se que apenas cerca de 15% das potencialidades cerebrais do ser humano estão aproveitadas, mas existem partes do cérebro que poderão ser activadas ou reactivadas de forma a poderem reproduzir ou permitir outros ‘alcances’ na expansão da consciência. Pouco se sabe, por exemplo, acerca das enormes potencialidades de algumas glândulas de secreção interna, como a epífise (pineal) e a hipófise (corpo pituitário),

mas a Sabedoria Antiga atribui--lhes uma importância relevan-te em períodos remotos da evolução humana, reservando--lhes ainda enormes funções para períodos vindouros.Actualmente já muitas pessoas possuem certas capacidades com as quais, global e imediata-mente, apreendem a realidade (a sensível e a essencial) sem ter de utilizar os mecanismos da mente concreta – tal como a análise, a comparação, a indução – para conhecer (nascer com/connaître) ou apreender as verdadeiras dimensões de um fenómeno ou de um acontecimento. Quando utilizam a mente é para expli-car/traduzir o seu ‘conhecimen-to’ a terceiros.Para elas não se torna necessá-ria a separação entre o sujeito que observa e o objecto que é observado, existindo uma apreensão ‘holística’ da realida-de – alargada e abrangente, em função de totalidades integra-das – sem preconceitos nem generalizações redutoras.Será uma compreensão ‘artísti-ca’ da realidade na qual se é, em simultâneo, actor interveniente e espectador, sem barreiras.Mas não se confunda intuição (um ‘feeling’ que conduz a um ‘insight’) com instinto. Este resulta da dimensão animal patente no ser humano, tal como o instinto de sobrevivên-cia (pessoal e de grupo), o de defesa, o de posse, o maternal, etc…, que se revela através de uma mente instintiva. Mas que não é intuição! Esta é a apreen-são imediata da totalidade.A intuição, por enquanto privilégio de alguns que dela se utilizem de forma consistente, poderá tornar-se numa capaci-dade comum e extensiva a toda a humanidade, no futuro.

Do intelecto à intuição‘Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do Universo – o único caminho é a intuição’.Albert Einstein

Verde EsperançaUma nuvem aqui e ali e a serra, ao fundo, respirando o início da primavera. O vento frio sossega, uvas e morangos visitam-nos mais uma vez e a cidade dança.A cidade improvisa uma canção e oferece-a a quem passa – o chilrear dos pássaros migrantes, as leves ondas do rio, o zumbi-do das abelhas, os murmúrios

na esplanada, as crianças no parque e o restolhar das folhas naquela suave brisa primaveril.A cidade é um beijo, com a ternura envolvente dos raios solares que tocam a pele, com a beleza irrevogável das flores que despontam e com o atrevimento suficiente para desejar mais cores, mais sons,

mais sabores, destronando o inverno que se vai. Doce e sorridente, suspira alegria e contagia-nos.A cidade absorve natureza e emite paixão. É de tempo de sorrir. É tempo de viver. É tempo de amar. É tempo de esperança, a primavera chegou.

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO POR MARGARIDA NIETO ESTUDANTE

A situação do Brasil é simplesmente calamitosa. Não é

por nada, mas quando se começou a propagar a tese dos “países emergentes”, onde a nação irmã pontifi-ca, não raras vezes antevi o descalabro. Disse-o a muitos amigos mais próximos, ou em conversas mais à séria.O Brasil é um gigante em múltiplos aspetos, mas a sua cultura política e social é ainda um enredo. Uma espécie de samba, com ritmos e batidas aceleradas, mas longe de um compasso que possa ceder às tenta-ções de um gigante econó-mico.Claro que sendo uma ‘casa grande’ a dificuldade de a arrumar é uma tarefa mais complexa. Lula da Silva e o seu PT fizeram história em dois aspetos fulcrais. Na redução das assimetrias, aproximando classes sociais e amenizando o flagelo da miséria, e no crescimento, com efeitos notórios na galopante inflação que mantinha o país sob uma espécie de refém. Depois, logo a seguir, a malha corruptiva que não tem credo, nem barreiras. Não se sabe se os variados episódios de alegada corrupção que invadiu as gentes da esquerda brasilei-ra, com os homens de Lula à cabeça, são mesmo assim. Com a dimensão que tem vindo a público. Mas os últimos dados indiciam muito fogo. É pena que figuras singula-res como Lula da Silva (Dílma é apenas um erro de casting) percam o seu lugar na história por tuta-e--meia… será mesmo assim?Desta forma, alinhado com os ditames do dinheiro e da ganância, esvai-se tudo o que de bom fez pelo seu país. E o Brasil, os brasilei-ros, retornam à casa zero, sem apelo nem agravo.

Meu Brasil, brasileiro…

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OPINIÃO

Agora e sempre porque a dívida pública e o endividamento em geral

não é coisa de agora. Nem é coisa que se venha a extinguir nos próximos anos. Há de acompanhar-nos até à eternidade.Embora a assunção da dívida como pública e transmissível não tenha assim tanto tempo confrontando um tempo histórico que a sinaliza há quase três séculos atrás, reportando--se a sua génese à necessidade de obras numa abadia no Reino Unido, para as quais foi contra-tado um empréstimo, metade subscrito como dívida pessoal assumida pelo abade e a outra metade titulada como dívida pública, remunerada e obrigada a pagamentos futuros. Nos tempos idos de suseranos, de batalhas em campo aberto, os empréstimos contraídos, para a mobilização e apetrechamento dos exércitos, extinguiam-se com a morte do monarca devedor ou pagavam-se com os despojos da guerra. Uma boa fonte para entender o contexto do desenvolvimento da chamada dívida pública é a obra de Jacques Attali, sumida-de no campo da economia e da política francesa, ligado a diversas instituições internacio-nais, onde abundam estudos e ensaios muito dominados sobre a maneira de prevenirmos o futuro e a necessidade de evitarmos uma catástrofe de ruína nos próximos anos que, indistintamente nos tocará a todos, sem exceção.Em primeiro lugar temos que refletir sobre o que chamamos, hoje, dívida pública. Melhor, em que consiste a dívida pública, como foi gerada e o que é, verdadeiramente, em substân-

cia. Não terá, certamente, a mesma natureza de há um século atrás. Não surgiu dos gastos sumptuosos de alguma família real ou da necessidade de fazer investimentos vultuo-sos em obras públicas con-traindo empréstimos muito além da nossa capacidade de pagar. Hoje a dívida pública é uma amálgama impercetível que não tem tanto a ver com desmandos na governação mas mais com a necessidade de acorrer a situações implosivas que põem em perigo o quadro de funcionamento das institui-ções dum país. No caso português, e até dos restantes países de quem mais se tem falado, Espanha, Irlanda e Grécia, a dívida pública é por assim dizer, uma dívida privada assumida pelo ente público, o Estado. Foi a crise do sistema bancário associada a crédito mal parado, ligado a negociatas habilidosas e engenharias financeiras, que levaram à falência dos mesmos e a buracos colossais de milhares de milhões de euros.Um exercício desta natureza não é só recomendável como devia ser imperativo, ficando-se a conhecer quem deve a quem e o que deve. E não se transigir numa impunidade que beneficia os faltosos e faz pagar todos os contribuintes por proveitos que não tiveram.Em seguida, analisada a natureza da dívida seria

recomendável saber quem beneficia com a desgraça dos outros, quem ganha com a dívida e quanto ganha. Porque, como em tudo na vida, devía-mos nortear a relação entre quem precisa e pede empresta-do e quem acumulou e tem em excesso e pode emprestar. Não é justa uma relação desigual num contexto de parceria onde se faz parecer que todos temos os mesmos direitos. Não pode ser justo quando há países com superavit (por ex.: Alemanha) que é o somatório de todos os défices dum grupo de cinco países endividados (por ex.: Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha e Itália), nem quando as taxas cobradas pelos em-préstimos são demasiado altas e altamente remuneradoras dos capitais emprestados (FMI). A solidariedade não pode e nem deve ser uma palavra vã.Por último, sem pretensões de finalizar o tema, a dívida pública deve ser vista num contexto mais alargado, neste caso o da zona euro, avaliada a sua dimensão e a possibilidade de se poder pagar. E tanto mais se será remédio o recurso a uma austeridade que, revelando-se insuficiente, reclama mais medidas endurecidas, que acarreta mais dificuldades de crescimento económico e consequentemente, mais problemas sociais e atrasos no desenvolvimento das regiões e do país.

Agora e sempre, o endividamento

A rede de Lojas e Espaços do Cidadão foram e são um projeto protótipo de

um serviço público de qualida-de e próximo das populações, porque permite reunir no mesmo espaço diferentes serviços públicos e privados.O concelho do Seixal não ter Loja e Espaço do Cidadão, representa um caso singular em municípios com a mesma dimensão populacional no país, como é o exemplo de Guima-rães, com menos 145 habitantes (censos 2011) que o concelho do Seixal, dispõe atualmente de 18 Espaços do Cidadão. Da mesma forma, no distrito de Setúbal, o Município do Seixal surge como o segundo território com mais população residente e volta a destacar-se, por ser o único no território a não ter um Espaço do Cidadão.

Mas porquê? A Câmara Municipal de gestão CDU, tem imputado essa responsabilidade ao governo, pelo não cumprimento do acordo firmado entre a Agência para a Modernização Adminis-trativa, IP, adiante (AMA, IP) a então designada “Estrutura de Missão Lojas do Cidadão de Segunda Geração” e o Municí-pio do Seixal datado de 22 de julho de 2009, para instalação de uma Loja do Cidadão. A Câmara disponibilizou um espaço situado no Edifício Alentejo, na freguesia de Amora, onde foi colocada uma faixa, cuja mensagem elucidava o seu propósito político “Câmara cede instalações. Governo falha compromisso”. Este acordo previa que o Município arrendasse as instalações à AMA, IP, ficando a

cargo desta, os custos de empreitada até ao limite de 500 mil EUR, de acordo com o projeto da Loja a ser entregue ao Município, montante que não foi possível de atingir numa primeira versão.Após o projeto de Loja ter sido objeto de várias revisões, a versão definitiva foi enviada ao Município do Seixal em maio de 2013. O custo estimativo para a sua execução ficou pelos valores de 499.890,21 acrescido de IVA, tendo o Município assumido o compromisso de suportar os encargos superiores a este montante.Desde esta data, a AMA, IP aguarda que o Município do Seixal dê o aval à execução da instalação/empreitada.No dia 30 de julho de 2013, em sede de reunião, o Secretário de Estado para a Modernização

Administrativa apresenta nova proposta ao Município, a qual retrata um novo modelo de gestão municipal por via da instalação de um conjunto de “Espaços Loja do Cidadão” em toda a Área Metropolitana de Lisboa, que o Governo à data pretendia implementar.No dia 12 de agosto de 2013, a proposta é oficializada através de carta enviada ao Município. A Câmara Municipal do Seixal não respondeu!No dia 12 de fevereiro de 2015, o Secretário de Estado para a

ATUALIDADES

ELISABETE ADRIÃOVEREADORA PS CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL

Modernização Administrativa insiste com o Município. Pretende , pelo menos um Espa-ço do Cidadão no concelho do Seixal, acoplado aos serviços de atendimento do Município. A Câmara Municipal do Seixal não respondeu! Importa repor a verdade dos factos! E a verdade é que o Município do Seixal não demonstrou até hoje, qualquer interesse nem disponibilidade com vista a concretizar a abertura de uma Loja e/ou Espaço do Cidadão.

Porque é que o Seixal não tem Loja e Espaço do Cidadão?

A VERDADE DAS COISAS SIMPLES

JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS ECONOMISTAESPAÇO ABERTO E LIVRE

ZEFERINO BOALCONSULTOR DA SITEL PORTUGAL

Na maioria das famílias os filhos veem no pai uma referência e aprende

muito dos ensinamentos para a vida com o seu respetivo pai, moldando até comportamentos. O exemplo maior vem de certas culturas como por exemplo em África, onde a sabedoria dos mais velhos é respeitada e há um enorme consideração quando o “kota” se exprime.No passado, o desporto tinha muitos destes ensinamentos, e na sua maioria as instituições de referência tinham como seus lideres personalidades de prestígio. Os tempos mediáticos trouxeram vantagens enormes para o desporto, mas acrescenta-ram riscos elevados porque apareceram indivíduos sem cultu-ra desportiva e com percursos duvidosos socialmente.O desporto sempre foi um veículo de paz entre culturas, apesar, das emoções na compe-tição, e hoje temos diferenças nesta última que respeitam ao alto rendimento deixando para a prática desportiva e do lazer os valores mais nobres do passado. No entanto compete em muito aos dirigentes desportivos terem um papel moderador, sem deixar de defender os seus interesses.A História está preenchida dos insucessos daqueles que atingem

Em Dia do Pai: qual o papel de um dirigente desportivo?

cargos e funções para a qual não estão devidamente preparados e armam-se em generais, condu-zindo tropas para a qual não tiveram preparação.Um dirigente desportivo de uma instituição nacional, antes de qualquer intervenção deve estar ciente das consequências dos seus atos. Abrir frentes de combate sem ter armada para o proteger e um conjunto de atletas prontos para suportar todo o tipo de obstáculos à primeira fatalidade, criam rombos fortíssimos.Um clube desportivo e particu-larmente no futebol, tem diferentes níveis de atuação; há alguns que estão vocacionados para conquistar títulos, mas tal, deve ser por mérito e se assim acontecer ganha-se força e determinação para corrigir malefícios na conjuntura geral.Abrir guerras sem provas dadas na vida, só satisfaz egos próprios e mais tarde quem assim proceder, será vitima de seu próprio caminho, e pior é o líder que aprecia todos os lobos que andam à sua volta e vão toleran-do todos os maus comporta-mentos e exemplos pouco dignificantes no desporto.Por isso é que nem todos podem ou devem ser leoninos pois faltam-lhes a sabedoria, força e beleza de um leão!

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