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Pub. Sábado | 18 abril 2015 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 851 • 8.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Pub. CULTURA 11 "África Fantasma", da Fundação Gulbenkian, sobe ao palco do Teatro Joaquim Benite DESPORTO 7 Aventura de seis amigos sobre rodas vai ligar cidade de Setúbal ao Vaticano 25 DE ABRIL 8 e 9 Para ler nesta edição um guia de todas as iniciativas comemorativas do 25 de Abril deste ano. Romaria da Moita regressa à Canada Real para turismo SOCIEDADE A tão tradicional romaria a cavalo entre a Moita e Viana do Castelo vai voltar a passar pela Canada Real, conhecida pela "estrada dos espanhóis". A ideia é criar um novo circuito turístico. PÁG. 2 PAN quer esterilização dos javalis da Arrábida POLÍTICA Responsáveis do partido Pelos Animais e Pela Natureza suge- riram ao Instituto de Conservação da Natureza que se esterilize os javalis que rondam a Arrábida. Uma medida de 'ataque' aquela praga. PÁG. 5 Porto de Sines arranca trimestre em grande força NEGÓCIOS O Porto de Sines registou nos primeiros três meses deste ano um movimento de 9,9 milhões de toneladas de merca- dorias, o que corresponde a um aumento de mais de 20 por cento. PÁG. 12 Há menos pirómanos à volta das florestas da região PÁG. 4 PÁG. 12 Dupla americana quer comprar Herdade da Comporta Asher Edelman e David Storper, dois americanos apaixonados pelo Litoral Alentejano querem ser os novos donos da herdade que foi dos Espírito Santo. Oferecem 400 milhões de euros. Uma saída para a Rioforte. Entre 2013 e 2014 as autoridades registaram menos 137 queixas de incêndios de origem criminosa nas floresta do distrito. Uma quebra significativa que não esconde o flagelo.

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Edição do Semmais de 18 de Abril

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Sábado | 18 abril 2015 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 851 • 8.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Pub.

CULTURA 11"África Fantasma", da Fundação Gulbenkian, sobe ao palco do Teatro Joaquim Benite

DESPORTO 7Aventura de seis amigos sobre rodas vai ligar cidade de Setúbal ao Vaticano

25 DE ABRIL 8 e 9Para ler nesta edição um guia de todas as iniciativas comemorativas do 25 de Abril deste ano.

Romaria da Moita regressa à Canada Real para turismoSOCIEDADE A tão tradicional romaria a cavalo entre a Moita e Viana do Castelo vai voltar a passar pela Canada Real, conhecida pela "estrada dos espanhóis". A ideia é criar um novo circuito turístico.

PÁG. 2

PAN quer esterilização dos javalis da ArrábidaPOLÍTICA Responsáveis do partido Pelos Animais e Pela Natureza suge-riram ao Instituto de Conservação da Natureza que se esterilize os javalis que rondam a Arrábida. Uma medida de 'ataque' aquela praga.

PÁG. 5

Porto de Sines arranca trimestre em grande forçaNEGÓCIOS O Porto de Sines registou nos primeiros três meses deste ano um movimento de 9,9 milhões de toneladas de merca-dorias, o que corresponde a um aumento de mais de 20 por cento.

PÁG. 12

Há menos pirómanos à volta das florestas da região

PÁG. 4

PÁG. 12

Dupla americana quer comprarHerdade da ComportaAsher Edelman e David Storper, dois americanos apaixonados pelo Litoral Alentejano querem ser os novos donos da herdade que foi dos Espírito Santo. Oferecem 400 milhões de euros. Uma saída para a Rioforte.

Entre 2013 e 2014 as autoridades registaram menos 137 queixas de incêndios de origem criminosa nas floresta do distrito. Uma quebra significativa que não esconde o flagelo.

A ROMARIA a Cavalo en-tre a Moita e Viana do Alen-tejo, desta vez, não surge sozinha. Aquela que já é a 15.º edição transporta con-sigo uma nova ideia, que passa pelo aproveitamen-to do circuito oferecido pela antiga Canada Real, também conhecida como «estrada dos espanhóis». Ambas as autarquias e a Universidade de Évora es-tão a estudar a criação de um trajeto para percorrer a pé ou de bicicleta duran-

te os 365 dias do ano. As partes estão convictas de que o turismo iria sair cla-ramente beneficiado.

O anúncio do projeto foi feito ao Semmais por Rui Garcia, presidente da Câma-ra da Moita à margem da apresentação da 15ª Roma-ria a Cavalo, que vai ter lu-gar entre os dias 22 e 26 de Abril. «Temos ali o circuito criado e até existem zonas de pernoitas. Será possível manter a parte estrutural permanente para que de-

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SOCIEDADE

Romaria a Cavalo regressa à Canada Real a pensar na criação de percurso turístico

Câmara da Moita junta-se à de Viana do Castelo e Universidade de Évora para introduzir novidades na tradição

Várias iniciativas, para assinalar o Dia dos Monumentos e Sítios, têm lugar no Museu Industrial Baía do Tejo, no Bar-reiro, este sábado, a partir das 10h30. São desenvolvidas atividades a pensar em

toda a família e os programas permitem a todos vivenciar e experienciar um mu-seu que reflete todas as atividades in-dustriais que no século XX marcaram a vida destes territórios.

O município cedeu instalações para aco-lher o Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O edil al-cacerense Vítor Proença, destacou que o executivo desde cedo foi abordado pela

Liga e que imediatamente escolheu um espaço para instalar o núcleo, pois ape-sar de bastante solicitado, a causa da Liga é prioritária, uma vez que se trata de «uma causa de todos nós».

Museu Baía do Tejo celebra dia dos monumentos Alcácer vai ter núcleo da Liga Contra o Cancro

É uma novidade e parece que vai vingar. A romaria vai percorrer a Moita e Viana do Alentejo, aproveitando o chamado percurso da “estrada dos espanhóis”. A ideia é fazer novo roteiro turismo.

Viva o 25 de Abril

Viva o 1º de Maio

Pub.

A Junta de Freguesia de Palmela Saúda

o 25 de Abril, o 1º de Maio

e convida toda a população

a associar-se a estas datas históricas

Recordar a memória do passado,

viver o presente e perspetivar o futuro.

Texto Roberto Dores

E quanto às novidades da romaria?Já quanto à cavalgada deste ano, o objetivo é «ten-tar melhorar ainda mais», segundo Rui Garcia, vol-tando a juntar largas centenas de cavaleiros por es-ses campos fora, com partida da Moita e chegada ao Santuário de Nossa Senhora d´Aires.Esta já é a 15ª edição de uma romaria secular, que, ain-da assim, sofreu uma interrupção de cerca de 70 anos até ser ressuscitada no ano 2000 por um grupo de amigos ribatejanos. Os agricultores da Moita deslo-cavam-se anualmente a Viana do Alentejo com os

seus animais para, no dia da Procissão de Nossa Se-nhora d’Aires, pedirem à padroeira a proteção do gado e boas colheitas. O crescente abandono da atividade agrícola levou ao desaparecimento da tradição.Os participantes são quase todos amantes dos cavalos de toda a natureza: Do desporto, ao de lazer, passando pela charrete. Na cavalgada se-guirá como sempre o carro-andor puxado por dois cavalos com a imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem.

pois possa ser utilizada pe-las pessoas que queiram fa-zer os percursos a pé ou de bicicleta», explica o autar-ca, alertando que o projeto iria intensificar a aproxima-ção entre Moita e Viana.

«A nossa economia po-deria retirar partido dis-so», justifica Carlos Cupe-to, docente da universida-de alentejana, enquanto ex-plica que o conceito já está adotado noutros países e com grande sucesso. «Em lugar de um evento pon-tual, é possível aproveitar o circuito todo o ano, por-que o trekking (modalida-de de caminhada) está a crescer muito no mundo e

atrai o turista de ´classe A´, aquele que tem, efetiva-mente, dinheiro», sublinha.

Para o representante da Universidade de Évora am-bas as regiões «têm tudo» para investirem nesta apos-ta. Desde o património, na-tureza, religião, cante, fan-dango, gastronomia, cava-los ou vinho. «É muito fácil infraestruturar esta grande rota, à volta de 150 quilóme-tros, porque depois ainda te-ríamos a mais-valia de es-tar próximos de Lisboa e Évo-ra. Ou seja, ligamos a capi-

tal do país com aeroporto a uma cidade Património Mun-dial com 40 mil habitantes e três hotéis de cinco estre-las. Isto só existe em Portu-gal», sustenta, garantindo que se trataria de um pro-duto gerador de riqueza.

Ainda assim, Rui Gar-cia admite que é preciso autorização dos donos da terras, mas reconhece que a ideia «é excelente» e que poderia ser alicerçada num «investimento pequeno, mas que estaria a criar uma importante atração turís-tica, numa modalidade que está a crescer e que pode ajudar a promover a re-gião», acrescenta.

Ligar e tirar partido das duas regiões

DR

A iniciativa é uma das tradições mais atrativas do concelho moitense

A REGIÃO de Setúbal figu-ra este ano na 1.ª edição dos prémios AHRESP com as no-meações do Turismo da Re-gião de Lisboa, na catego-ria Entidade Regional do Tu-rismo, e de Tiago Monteiro Henriques, do Choco Real, do Alegro de Setúbal, para Jovem Empresário/Em-preendedor do Ano. As vo-tações online para eleger os grandes vencedores estão a decorrer até 15 de maio no site www.premiosahresp.pt.

Os prémios AHRESP, ini-ciativa promovida pela As-sociação da Hotelaria, Res-tauração e Similares de Por-tugal, que se realiza pela pri-meira vez e que pretende distinguir as melhores em-presas, marcas e profissio-nais das áreas da restaura-ção, hotelaria e promoção turística, que se destacaram em 2014, tem já os nomea-

dos conhecidos e a cerimó-nia de entrega dos galardões com data marcada em Lis-boa para 27 de maio.

Foram recebidas mais de 200 candidaturas du-rante os últimos meses de empresas de norte a sul do País, sendo avaliadas e dis-cutidas por um comité de seleção com vasta expe-riência nas várias áreas em avaliação que escolheu os nomeados para cada ca-tegoria: Conceito Marca; Entidade Regional de Tu-rismo; Programa de Divul-gação de Oferta Turística; Produto ou Serviço do Ano/Parceiro do Ano; Jovem Empresário/Empreende-dor do Ano; Sustentabili-dade Ambiental; Projeto de Solidariedade e Contri-buto para Defesa da Gas-tronomia como Patrimó-nio Nacional.

O CENTRO de Apoio aos Sem--abrigo (CASA), de Setúbal, encerra as portas este fim-de--semana deixando sem apoio perto de duas centenas de pes-soas carenciadas que recor-rem aquela instituição como forma de conseguir os seus alimentos.

A decisão foi anunciada aos voluntários durante uma reunião que decorreu no sá-bado passado e os utentes fo-ram informados, por carta, da intensão. Em causa, segundo o Semmais conseguiu apurar, estarão questões relaciona-das com a segurança dos vo-luntários, assim como a uti-lização abusiva por parte de alguns utentes o que implica uma reorganização dos ser-viços. Os responsáveis enten-

dem que essa reorganização obriga ao encerramento das instalações cedidas há pou-cos meses por Luís Aleluia.

O anúncio não foi bem re-cebido por alguns dos volun-tários. Dizem que a reestrutu-ração pode ser feita sem pre-juízo para os utentes que real-mente necessitam e que, fe-

char as portas a todos vai ape-nas prejudicar aqueles que não têm outros recursos, uma vez que aqueles que abusivamen-te usufruem do CASA «vão con-tinuar a ter onde recorrer».

Segundo foi possível apu-rar, o encerramento será tem-porário, e a data avançada aos voluntários para a reabertu-ra é o dia 1 de Junho. A sede do CASA em Lisboa diz que a entrega de alimentos con-tinuará a ser feita a alguns utentes, mas não explica como nem onde. Assim como não há uma resposta concreta para as cerca de duzentas pes-soas que não têm outros re-cursos alimentares, sabendo também que as respostas so-ciais existentes no concelho estão sobrelotadas.

COM UM investimento de 600 mil euros, a primeira fase do centro comunitário do Cen-tro Social do Carvalhal, é inau-gurada este sábado, às 12 ho-ras. A segunda fase do proje-to já está em curso e prevê a construção duma creche.

Com capacidade para cer-ca de 100 utentes, serve, para já, 60 idosos. O novo equipa-mento social reúne, numa pri-meira fase, as valências de cen-tro de dia e serviço de apoio ao domicílio, dando respos-ta total às necessidades iden-tificadas nesta freguesia do concelho de Grândola.

O edifício de 700 metros quadrados, está equipado com cozinha, lavandaria, salas de refeições e de convívio, duas salas de atividades, uma sala de reuniões, dois gabinetes técnicos e um de enfermagem.O projeto foi financiado pelo Proder, Promar, Fundação Herdade da Comporta e mu-nicípio de Grândola e teve o apoio da Junta Freguesia do Carvalhal.

O FORUM Montijo está a pro-mover, até dia 26, o “Festival da Flor”. Segundo a organiza-ção, o evento é já «uma refe-rência» e marca o «início da Primavera nesta cidade, con-siderada a Capital da Flor em

Portugal». Cerca de 200 hectares de

produção estão implantadas nas zonas do Montijo, Alco-chete e arredores e são respon-sáveis por mais de 70 por cen-to da flor de corte produzidas

no nosso país. Montijo é a re-gião do país com as maiores áreas de produção de flores de corte de produção de gerbe-ras da Península Ibérica.

Visite o evento em que a flor é protagonista.

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Região de Setúbal com duas nomeações para os prémios AHRESP

CASA de Setúbal fecha portasCarvalhal investe 600 mil em centro comunitário

Forum Montijo reúne os maiores produtores de flor

SOCIEDADE

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Sente-se cansado e com fadiga?Existe uma forma 100% segura e natural de repor a energia em falta no organismo. Um coração cheio de energia é fundamental para o bem estar físico e mental.

Não se trata de nenhuma mistura com café ou ginseng. Investigadores conseguiram encontrar uma forma muito mais eficaz de repor os níveis de energia e revi-talizar o organismo. Trata-se de uma substância na-tural, disponível em farmácias, que pode aumentar a potência do músculo cardíaco e bombear sangue como se este fosse ainda jovem. Em poucas semanas, é pos-sível sentir maior resistência e um aumento do bem--estar físico e mental.

Qual é o segredo?O Q10 é uma substância com propriedades seme-lhantes às vitaminas. É produzida pelo próprio orga-nismo de forma limitada e obtida em pequena quan-tidade na alimentação. Com o avançar da idade, o or-ganismo reduz a produção de Q10, sendo o coração um dos primeiros orgãos a sentir esse efeito. O mús-culo cardíaco vai perdendo a força de contracção, daí que surjam os sintomas de cansaço. A coenzima Q10 é uma substância que todas as células necessitam para produzirem energia e sem a qual não seria pos-sível sobreviver. Ao tomar um suplemento diário, irá sentir-se com mais energia.

Investigação científica: - insuficiência cardíacaDois estudos recentes conseguiram demonstrar o efei-to do Q10 quando administrado diariamente. Num es-tudo dinamarquês com mais de 400 participantes com insuficiência cardíaca, as pessoas que tomaram cáp-sulas com Q10 aumentaram significativamente a fun-ção cardíaca e reduziu para metade o risco de compli-cações cardiovasculares, face ao grupo de pessoas que tomou cápsulas com placebo. Mais ainda, a taxa de sobrevivência foi superior no grupo que tomou Q10.

- idosos Um outro estudo, realizado com 443 homens e mu-lheres saudáveis mas de idade avançada, demons-trou que o grupo que tomou Q10 apresentou uma melhor função cardíaca e uma redução em 43% de morte por doença cardiovascular. As pessoas que to-maram Q10 tiveram uma redução dos níveis do mar-cador, que indica que os seus corações trabalhavam com menos esforço.

Referências dos estudos:KiSel-10Refª: Int J Card 2013; 167: 1860–1866.

Q-SymbioRefª: JACC Heart Faillure 2014 Sep 25

Como encontrar coenzima Q10?

A ingestão de coenzima Q10 a partir dos ali-mentos é limitada pela absorção. O mesmo acon-tece com a maioria dos suplementos com Q10.O Q10 utilizado nos estudos mencionados nes-te artigo, é produzido através de uma fórmula única de microcristais de coenzima Q10 dissol-vidos em óleo de palma, para uma absorção su-perior. Esta fórmula especial de 100 mg, foi de-senvolvida especificamente para aumentar a absorção do composto activo e assegurar que entra na circulação sanguínea de forma a que possa ser transportado para os diferentes teci-dos do organismo.

DR

Dezenas de famílias sem apoio

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SOCIEDADE

Entre 2013 e 2014 foram registadas menos 137 queixas relativas a pirómanos

Incêndios florestais criminosos caíram na região

O NÚMERO de incêndios flores-tais provocados por mãos cri-minosas baixou no distrito de Setúbal no último ano. Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), em 2013 tinham sido feitas 430 as participações sobre fogos, mas em 2014 as au-toridades (PSP, GNR e PJ) regis-taram 293. Ou seja, menos 137.

Segundo resume o documen-

to, os incêndios florestais con-tinuam a constituir-se como «um flagelo nas florestas», pelo que as autoridades da região têm pro-curado desencadear um aperta-do combate, recorrendo à estra-tégia da dissuasão, através da criminalização de quem é sus-peito de ter ateado um fogo.

Através da análise dos dados disponíveis no Sistema de Ges-tão e Informação sobre fogos flo-restais e área ardida em 2014, ve-rifica-se que a península seguiu a tendência nacional, logrando uma redução na ordem dos 80% face a 2013, o que, aos olhos das autoridades policiais, é consi-derado «um salto bastante po-sitivo», como foi avançado por fonte da GNR ao Semmais.

As participações feitas jun-to das forças policiais foram re-lativas a incêndios e fogo posto em floresta, mata, arvoredo ou

seara, considerando ainda as au-toridades que «o combate a este tipo de crime está a dar resulta-dos satisfatórios». Por exemplo, já foi possível deter e multar al-guns indivíduos suspeitos de te-rem provocado incêndios, gra-ças à intensificação do patrulha-mento e vigilância das florestas.

Recorde-se que os proprie-tários florestais também têm as suas responsabilidades mais apertadas desde há um ano. Quem não limpar os seus terrenos in-corre em multas pesadas que te-rão de pagar na hora, segundo a ministra da Agricultura, As-sunção Cristas.

Os produtores florestais são aconselhados a estarem mais atentos, depois do Governo ter adotado um formato semelhan-te ao que há vários anos é apli-cado em relação às multas de trânsito. Isto é, os proprietários que forem autuados pela GNR terão que pagar a coima naque-le instante, o que não acontecia com as anteriores regras

Patrulhamento está a dar «resultados satisfatórios»

Pub.

Alguns conselhos a reter… sempreEntretanto, o SEPNA insiste nas campanhas de segurança para o caso de alguém ser surpreendido por um incêndio. Aconselha a que as pessoas não entrem em pânico e procurem sair da zona na direção contrária à do vento. Recomenda também que não se corra monte acima, já que o fumo e as chamas tendem a su-bir, e que se evitem lugares de grande acumulação de materiais combustíveis. Uma das prioridades passa por procurar uma zona com água ou pouca vegeta-ção, na qual a pessoa se possa refugiar, protege a cara com um pano molhado, já que facilita a respiração. Se não existir água nas proximidades, deveremos procurar um abrigo numa área coberta ou atrás de uma rocha grande.

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A participação de queixas relativas a incêndios com mão criminosa, entre de 2013 para 2014, baixaram mais de 50 por cento. Mas continua a ser um flagelo que preocupa as autoridades. Estes dados constam do Relatório Anual de Segurança Interna.

Texto Roberto Dores

«FEZ-SE HISTÓRIA em Alcácer do Sal. Hoje inicia-se um novo ciclo na vida da cidade e dos bombeiros», afir-mou António Balona, presidente dos Bombeiros Mistos local, durante a inauguração do quartel do novo quar-tel, que decorreu no dia 12, com a presença da ministra da Adminis-tração Interna, Anabela Rodrigues, e de várias entidades.

É um dia de festa, mas também um dia para prestar homenagem «aos bombeiros da corporação de Alcácer e do país e a todos os que sonharam e se empenharam nas no-vas instalações», acrescentou An-tónio Balona que agradeceu a to-dos os que apoiaram os bombeiros para que fosse possível a constru-ção do novo espaço. «O nosso pro-fundo agradecimento ao atual exe-cutivo municipal, que aprovou uma verba extra de 150 mil euros para que os bombeiros pudessem mu-dar efetivamente para as novas ins-talações», acrescentou.

A ministra reconheceu que se trata de «uma data marcante para

os bombeiros, que passam a ter uma infraestrutura de vanguarda com um ganho inegável ao nível da co-modidade e bem- estar». Anabela Rodrigues falou ainda dos «desa-fios exigentes e da motivação e de-dicação incondicional dos bombei-ros à causa que servem».

Também Valdemar Gonçalves, o comandante da associação, lem-brou as dificuldades: «Foi uma luta titânica com dificuldades, avanços

e recuos num caminho sinuoso e espinhoso». De acordo com o res-ponsável, «os bombeiros são a ra-zão disto tudo, as dificuldades que atravessam e o empenho e dedica-ção tornaram este sonho possível», acrescentou.

Já o presidente do município, Vítor Proença, lembrou que «há 4 anos atrás, enquanto cidadão que seguia com interesse as obras do novo quartel, sempre julguei ser

possível com um apoio reforçado do município, concluir rapidamen-te a obra sempre supondo que tudo seria feito pelo município para que se concluísse a obra em 2012. Os bombeiros mereciam, a situação e as necessidades assim exigiam.

Tal, infelizmente, não aconte-ceu, nessa altura. Perderam-se mais 3 anos». Vítor Proença concluiu dizendo que «foi por essa razão que entendemos, e entendi, ser de-cisivo e incontornável que um novo executivo camarário, fosse quem fosse a presidi-lo, em início de 2014, tivesse de apostar forte mal ini-ciasse funções, no apoio à asso-ciação de bombeiros tornando-se num parceiro ativo dos bombei-ros no processo de conclusão das obras. Foi isso que fizemos, arre-gaçando mangas e disponibilizan-do um apoio extraordinário de 150 mil euros, acrescido do apoio cor-rente estabelecido em protocolo para que fosse dado o grande apoio que os bombeiros e as obras as-sim o exigiam».

Bombeiros de Alcácer ganham novo quartel

MÓNICA GABOLEIRO, estudante de Licenciatura em Gestão da Dis-tribuição e da Logística da Escola Su-perior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal, foi distinguida com menção honrosa do “Prémio Novos Talentos Logística Moderna – Azkar Dachser Group”.

A estudante concorreu com o tra-balho “Cadeias de abastecimento con-temporâneas – a revolução provo-cada pela globalização aliada às gran-des exigências dos clientes, às evo-luções tecnológicas e às restrições legais!”, numa competição que de-safiou os participantes a desenvol-verem projetos centrados na temá-tica do imediatismo das cadeias de abastecimento. A qualidade do tra-balho da jovem valeu-lhe um lugar de mérito entre os três projetos que chegaram à final.

O concurso foi promovido pela Logística Moderna em parceria com a Azkar Dachser Group e visa pre-miar trabalhos individuais.

Aluna do IPS ganha distinção na área da logística

Vítor Proença destacou o importante apoio financeiro do município

Sábado • 18 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 5

PAN sugere esterilização dos javalis na Arrábida

O INSTITUTO da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) está a ponderar se vai recorrer a técnicas de esterilização para com-bater a praga de javalis que está a registar-se na zona da Serra da Ar-rábida. A proposta, já usada a ní-vel internacional, surgiu do par-tido Pelos Animais e Pela Nature-za (PAN).Elementos do PAN da Península de Setúbal estiveram reunidos, no passado dia 10 de abril, com qua-dros do ICNF, na sede desta enti-dade em Setúbal, para estudar me-lhor a proposta.

Luís Humberto Teixeira, filia-do do PAN em Setúbal, realça que a «esterilização não coloca em ris-co a população de javalis da Ar-rábida, mas sim, ajuda a contro-lar o seu aumento de uma forma muito mais ética do que o abate, que foi uma das soluções que o ICNF chegou a colocar em cima da mesa».

Ainda este mês, segundo Pe-dro Tereso, comissário da estru-tura local do PAN na Península de Setúbal, revelou que o ICNF aco-lheu a ideia com «entusiasmo» e tenciona «incluir a nossa suges-tão no seu plano de ação que irá concluir e candidatar a programas

de financiamento nacionais e eu-ropeus», não tendo dúvidas de que «das várias opções de controlo po-pulacional, a esterilização é, cla-ramente, a mais ética».

Estão também a ser ponde-radas ações de educação da po-pulação de javalis, nomeadamen-te para que a população não dê comida e não provoque stresse aos animais. «Os javalis não se podem habituar a guloseimas e comida fácil, que nem sempre é a mais adequada ao seu organis-mo», sublinha Pedro Tereso, que acrescenta que, também, «é im-portante ensinar as pessoas a comportarem-se para que os ani-mais não ajam de forma perigo-sa para com os seres humanos». Além disso, a limpeza das matas e das praias também tem de ser levada em conta.

Devido ao aumento demográ-fico da população de javalis, que já é de largas centenas, segundo o ICNF, aquela entidade criou um grupo de trabalho, que envolve ain-da a Proteção Civil, o SEPNA, a Jun-ta de Freguesia de Azeitão e os mo-radores da Arrábida, e está a estu-dar “ações urgentes de situações de conflito, dada a necessidade de conciliar os valores florísticos es-pecíficos da Arrábida, a restante fauna e a presença humana com a existência de uma população sus-tentável de javalis”.

Pub.

POLITICA

“Casa do Rio” é o espetáculo de dança que a Companhia de Dança de Almada apresenta no Fórum José M. Figueiredo, na Baixa da Banheira, este sábado, às 21h30. Inspirado na música portuguesa,

este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação, o coreógrafo Benvindo Fonseca diz: «Pre-cisava dançar também as minhas raízes lusas».

Low Budget, Loosense, Atlas e Hotkin são os quatro grupos que participam, este sábado, às 22 horas, na pré-eliminatória do 11.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, na Capricho Setubalense. Na

pré-eliminatória, com entrada gratuita, quatro bandas sadinas procuram para a final do concurso. O vencedor tem aces-so direto à final e os restantes participam nas três eliminatórias.

Dança “Casa do Rio” nos palcos da Moita Bandas de garagem atuam na CaprichoO secretário-geral do PS, António Costa, vai marcar presença, no próximo dia 23, no jan-tar de comemoração do 25 de Abril. O jan-tar terá lugar no complexo desportivo mu-nicipal José Afonso, a partir das 20 horas.

Segundo a Federação Distrital de Setúbal do PS, está garantida uma «grande festa de co-memoração da democracia com a partici-pação de todos os militantes e simpatizan-tes do Partido Socialista».

A mesma fonte realça que «a comemoração do 25 de Abril em Grândola, e em particular no complexo desportivo com o nome de José Afonso, tem um significado muito especial, pois o tema de José Afonso “Grândola Vila

Morena” foi o mote para a libertação do regime de opressão em que vivíamos».As inscrições têm o custo de 15 euros e podem ser efetuadas através do telefone 265 408 436.

António Costa festeja ‘revolução dos cravos’ num jantar convivio em Grândola Vila Morena

«O abate é a solução mais eficaz»

Pedro Vieira, presidente do Clube da Arrábida, que está «preocupado» com o problema, considera que o método mais eficaz de reduzir a praga de java-lis na Arrábida, tal como está comprovado em estudos europeus, é o «aba-te, através da caça». Na sua ótica, a sugestão de esterilização, apresentada pelo PAN, é «luminosa mas completamente peregrina», acrescentando, por outro lado, que a GNR já registou 15 acidentes de viação provocados por ja-valis entre a Arrábida e o Cabo Espichel. Pedro Vieira alerta ainda a Estra-das de Portugal para a colocação de sinalética na Arrábida a avisar a passa-gem de animais selvagens.

Luís Teixeira, dirigente do PAN Setúbal

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“Esterilização não põe em risco populaçã de javalis”

Praga de javalis tem vindo a crescer assustadoramente na zona da Arrábida

O ICNF aceitou a ideia da PAN e já está a trabalhar no assunto, mas o presidente do Clube da Arrábida, Pedro Vieira, surge muito crítico, dizendo que a proposta do PAN é «luminosa mas peregrina» e defende o «abate de javalis, através da caça».

Texto António Luís

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LOCAL

“Setúbal Mais Bonita” abre inscrições

Sesimbra lança site de ruas

ESTÃO ABERTAS as inscrições para a 5.ª edição do projeto muni-cipal “Setúbal Mais Bonita”, que tem sido um sucesso nos anos an-teriores. A iniciativa, assente no es-pírito da participação cidadã, tra-duzido no contributo de milhares de pessoas ao longo das várias edi-ções, realiza-se entre os dias 5 e 7 de junho, com dezenas de ações de requalificação do espaço público.

Os cidadãos ou entidades po-dem fazer sugestões de interven-ções a realizar, em que se incluem pinturas de muros e edifícios, be-neficiação e plantação de espaços verdes, reabilitação de mobiliário urbano e recolha de detritos, en-tre outras.

DIVULGAR A toponímia numa perspetiva histórica e geográfica é o objetivo “Ruas com História”, cuja apresentação decorre este sábado, às 16 horas, na Fortaleza de Santiago. Dividido por várias categorias, fornece informações sobre as ruas, que vão desde da atribuição do histórico do topó-nimo e extensão e tipo de pavi-mentação. Vila tem ruas com história

Seixal ensina idosos nos primeiros socorros

O CENTRO Rui Humanitário Foz do Tejo e o município es-tão a desenvolver o projeto Pequenos Gestos que Salvam – Seniores, capacitando os ido-sos para pequenos gestos de socorrismo.

O projeto está a ser desen-volvido nas 12 associações de reformados, pensionistas e idosos, através da realização de workshops. Os idosos fi-cam a saber quando ligar para o 112 e aprendem a utilizar um extintor de incêndio, a iden-tificar situações de doença sú-bita e sinais de emergência. Durante a ação, são realiza-dos simulacros para uma me-lhor demonstração.

O MUNICÍPIO, no âmbito das co-memorações do Dia Internacio-nal dos Monumentos e Sítios e do 7.º aniversário da Cripta Arqueo-lógica do Castelo de Alcácer, pros-segue este sábado com as come-morações com vista a sensibili-zar a população para a salvaguar-da e valorização do património.

Este ano, as comemorações alargam-se ao Torrão, com visi-ta guiada às estações arqueoló-gicas da Fonte Santa e do Monte da Tumba, este sábado, às 10h30.

Além de um peddy-paper, para conhecer, explorar e partilhar o castelo de Alcácer, segue-se visi-ta, a partir das 15h30, à Cripta Ar-queológica e Castelo.

Às 21h30, realiza-se o con-certo com Mendes Caffé Duo, na antiga igreja da pousada D. Afon-so II. Depois do concerto decor-re um brinde de honra. Até à

meia-noite há entradas na Crip-ta gratuitas. A abertura ao público das esta-ções arqueológicas do Castelo de-corre entre as 15 e as 21h30.

Este ano, as atividades do dia Internacional do Monumentos e Sítios estão subordinadas ao tema “Monumentos e Sítios: Conhecer. Explorar. Partilhar”.

Alcácer do Sal assinala sétimo aniversário da Cripta Arqueológica

Montijo inaugura polidesportivo

A INAUGURAÇÃO da obra de re-cuperação do polidesportivo do Cen-tro Social de S. Pedro, na freguesia do Afonsoeiro, decorre este sába-do, a partir das 11 horas. O investi-mento do município é superior a 39 mil euros e foi financiado pelo pro-

grama CLDS+, da Segurança Social.O equipamento, que estava devo-luto, foi totalmente recuperado desde o pavimento, às estruturas, como os balneários, tendo sido su-jeito também a pinturas interio-res e exteriores.

Workshop realiza-se na biblioteca

Alcochete retrata universo dos livrosA BIBLIOTECA local acolhe, este sábado, o workshop “O Livro”, a cargo de Andreia Varela, da Edi-ções Alfarroba, em que serão abordadas algumas premissas relacionadas com o universo dos livros. Este workshop realiza-se entre as 10h30 e as 13 horas. A iniciativa insere-se nas come-morações dos 500 anos do Fo-ral de Alcochete.

Cripta Arqueológica do Castelo de Alcácer pode ser visitada gratuitamente

Almada procura boas ideias de negócio

A 6.ª edição do Programa de Apoio ao Empreendedor de Al-mada recebe, até ao próximo dia 30, inscrições para selecionar projetos de negócios.O curso decorre entre os dias 4 de maio e 19 de junho, no Ma-dan Parque de Ciência, no Mon-te de Caparica, e no Núcleo Em-presarial de Almada Velha.

Ao longo das várias sessões, os participantes vão poder ge-rar e amadurecer a sua ideia de negócio, contando com o con-tributo de um painel de empre-sas e entidades locais para for-talecer o seu projeto.

De recordar que candidata-ram-se ao PAE, nas cinco edi-ções anteriores, 410 negócios. Destes foram selecionadas 185 ideias, das quais 90 foram fina-listas. Até hoje, 42 projetos saí-ram do papel.

Sines patrocina filme sobre poeta Al Berto

O MUNICÍPIO vai financiar, com 10 mil euros, o filme do realiza-dor Vicente Alves do Ó sobre o poeta Al Berto. O inequívoco in-teresse do filme para a projeção da imagem de Sines e da obra de dois criadores de Sines justifi-ca a colaboração do município com o projeto. O filme sobre Al Berto fará o retrato de um pe-ríodo mítico da história de Si-nes, entre 1975 e 1977, quando o poeta escreveu o seu primeiro livro em português e trouxe para a então vila, em plena convul-são industrial, uma extravagan-te forma de estar e viver.O edil sineense Nuno Mascare-nhas disse que a autarquia «ti-nha de se associar a esta inicia-tiva», pela importância do poe-ta local Al Berto.

Palmela oferece obras a leitores

O MUNICÍPIO, tal como em 2014, está a oferecer livros aos novos leitores das bibliotecas munici-pais, até ao final do mês. No âm-bito desta iniciativa, apoiada pela Ronda das Letras e inserida nas comemorações do Dia Interna-

cional do Livro Infantil e do Dia Mundial do Livro, será ofereci-do um livro aos primeiros dois utentes que se inscrevam, de acordo com os escalões etários: 0-6; 7-12; 13-17 e mais de 17 anos de idade

Basílica de Grândola restaurada “A PINTURA Mural da Basílica de Troia” é apresentada este sá-bado, dia 18 de abril, às 15 horas, no Troia Golf. O evento preten-de reconhecer o contributo da Administração dos Portos de Se-túbal e Sesimbra (APSS) que, des-de 2014, apoia os trabalhos de

conservação e restauro na ba-sílica, e da Fundação Buehler--Brockhaus, que dará o seu apoio em 2015 para a valorização do património histórico das ruínas de Troia. A basílica é considera-da uma das mais antigas da Pe-nínsula Ibérica.

Santiago incentiva juntas a apoios

O MUNICÍPIO e a Associação de Desenvolvimento do Litoral Alen-tejano (ADL) promoveram, re-centemente, uma reunião com os presidentes e membros dos executivos das Juntas de Fre-guesia para apresentação do Pla-no de Estratégia de Desenvolvi-mento Local, no âmbito do qual poderão ser financiáveis algu-mas das intenções de investi-mento.

O objetivo deste encontro foi

dar a conhecer às juntas de fre-guesia as tipologias de investi-mento que se prevê que venham a ser objeto de financiamento e quais os projetos que podem ser candidatos. A ADL é a respon-sável pela elaboração da Estra-tégia de Desenvolvimento Lo-cal para o Litoral Alentejano. Além dos presidentes das Jun-tas, estiveram presentes o edil Álvaro Beijinha, e Maria João Pereira, pela ADL.

Câmara do Barreiro requalifica bairro Alfredo da SilvaA CÂMARA já arrancou com a 2.ª fase da requalificação do Br.º Alfredo da Silva, no Alto do Sei-xalinho, que irá valorizar o es-paço público, criando, entre ou-tros, zonas de lazer e convívio da população residente.

Esta intervenção vem com-

pletar o projeto de requalifica-ção do bairro, agora, na zona sul, resolvendo, especialmen-te, os problemas de acessibili-dade pedonal e automóvel e de águas e esgotos pluviais e do-mésticos. A 1.ª fase foi execu-tada em 2011.

Moita promove visita às Marinhas

O SÍTIO das Marinhas – Centro de Interpretação Ambiental, na Moi-ta, recebe este sábado, às 15 horas, uma visita. Trata-se de um equi-pamento singular no âmbito da pre-servação e promoção do patrimó-nio cultural e natural, pela perspe-tiva integrada que apresenta da his-tória e do ambiente, do homem e

do território, de um espaço huma-nizado, com a reconstrução de mu-ralhas e de uma salina em perfei-to equilíbrio com uma paisagem de marés, de salgados e sapais, de diversidade animal e vegetal, ins-pirado e ancorado no estuário do Tejo, que pode ser desfrutado de forma lúdica e aprazível.

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DESPORTO

UM DOS mais acentuados celeu-mas destes últimos tempos, à es-cala nacional, diz respeito a suces-sivas carências hospitalares, mui-to em especial nas urgências.Há falta de médicos e de enfermei-ros e, repetidas vezes, de organi-zação interna.

Repetem-se as queixas, com si-tuações insólitas que os “mass-me-dia” não deixam passar em claro.O tema é quente e leva-nos a falar enquanto utente, do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, de cres-cente afluência e humanamente bem equipado conforme me tem sido dado testemunhar enquanto beneficiário de diversos tipos de aporo médico.

Por experiência própria, nes-tas páginas do “Semmais”, deixo o meu apreço para com o hospital sediado em Setúbal.São Bernardo é o nome de referên-cia ao hospital de que vos falamos.Com uma certa lógica surge a de-manda começada de curiosidade: quem foi São Bernardo?

Figura importante dos primór-dios do cristianismo, nascido per-to de Dijon (norte de França) em 1091, testemunha interessada nas Cruzadas, foi o inspirado funda-dor da histórica Abadia de Clair-vaux e um convicto opositor ao na-cionalismo frio de Abelarda.Foi autor de preciosos textos ao longo da 1ª metade do século XII, “Cartas e Tratados de Teologia Aplicada”.

Justo é referir São Bernardo como um dos maiores vultos do Cristianismo, contando-se como figura de referência na 2ª Cruzada ao Oriente.

É festejado em 20 de Agosto e faleceu aos 62 anos, em 1153, data dos primórdios de Portugal onde a sua fama e se manteve de tal modo que mereceu a homenagem per-pétua de dar o seu nome ao Hos-pital do Distrito.

É curioso que o outro hospital de Setúbal, de regime privado, tam-bém ostente um nome bem sonan-te da historiografia religiosa: San-tiago.

À entrada de Setúbal, quem ve-nha de Azeitão, o Hospital de San-tiago memoriza um nome que pode resultar da memória cultural de um dos 12 Apóstolos (mártir em 44 d.c.) ou do Bispo Nisibis, um dos mais cotados doutores da Igreja Siríaca na arrancada idealista do século IV (270-350).

Voltemos, porém, aos méritos funcionais do Hospital de São Ber-nardo, bem no “coração” de Setúbal.

São frequentes e cada vez mais

intensas as razões de queixa con-tra os hospitais nas suas múltiplas funções.

Reconhecendo-o, julgo assu-mir uma maior relevância o que de elogioso já deixei perceber sobre o “São Bernardo” setubalense, pese embora a dificuldade de uma afluên-cia cada vez maior.

Cumpro, assim, um dever de consciência enquanto utente que não tem razões de queixa.Nas urgências, em progressão quantitativa, é que se podem re-gistar alguns senão quanto a tem-pos de acção.

Talvez se exagere nessa solici-tação de cuidados especiais e, que-remos crer, há melhorias funcio-nais a conseguir nos tempos mais próximos.

Mas o balanço geral é positivo, horando Setúbal e também, na me-mória de tempos idos, a figura in-signe de São bernardo, nada me-nos do que 862 anos após o seu passamento.

E, para finalizar, uma sugestão “caseira”: a oferta do “Semmais” se-manal para entretenimento de lei-tura nas salas de espera d Hospital.Este texto elogioso bem poderá ser um bom começo para tal expediente.

Mais de dois mil alunos participaram, esta semana, nas duas fases de apuramento local para o Torneio Mega da Península de Setúbal, cuja final regional está mar-cada para o próximo dia 29 de abril, na

pista municipal de atletismo da Sobreda, em Almada. O Torneio Mega inclui as pro-vas de Mega Sprint, Mega Km, Mega Peso e Mega Salto e está integrado no progra-ma do Desporto Escolar.

O Vitória recebe, este domingo, o Esto-ril Praia em jogo a contar para a 29ª jor-nada da Liga depois da derrota caseira frente ao Sporting. A equipa orientada por Bruno Ribeiro quer conquistar os

pontos que faltam para assegura a ma-nutenção o mais rapidamente possível e um triunfo frente ao Estoril ajudaria a facilitar as contas. A partida está marca-da para as 17 horas.

Milhares de alunos no Torneio Mega Vitória quer garantir manutenção rapidamente

O PARQUE Urbano de Albarquel é, este fim-de-semana, o ponto de encontro dos amantes da pesca com a quinta edição da Feira de Pesca Lúdica e Desportiva de Se-túbal, integrada no programa dos Jogos do Sado.

Para além dos expositores que vão ocupar o espaço dando a co-nhecer as novidades em equipa-mentos dedicados à atividade, o evento conta com o Concurso de Pesca Embarcada de Alto Mar e o Open de Pesca em Kayak.

A Feira de Pesca Lúdica e Des-portiva de Setúbal tem como ob-

jetivo divulgar as potencialidades do concelho para a prática da pes-ca lúdico-desportiva em estuário e mar, e este ano, conta com perto de três dezenas de expositores e representantes de marcas de pro-dutosrelacionados com a pesca. A mostra inclui uma área dedicada à náutica de recreio, com embar-cações e motores novos e usados.

Até domingo estão previstos também vários workshops e de-bates sobre questões relacionadas com a pesca lúdica e desportiva e um conjunto de atividades de ani-mação cultural.

Feira da Pesca no Parque Urbano de Albarquel

De Setúbal ao Vaticano a pedalar numa aventura terapêutica

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David Sequerra Colaborador

O LARGO do Bocage, em Setúbal, foi o ponto de partida, esta quinta--feira, para uma viagem de quase três mil quilómetros, sobre duas ro-das, cuja meta está instalada no Va-ticano, na Praça de São Pedro, e onde reside a esperança de cinco ciclis-tas setubalenses serem recebidos em audiência pública pelo Papa Francisco, no dia 13 de Maio, dedi-cado a Nossa Senhora de Fátima.

Uma “aventura terapêutica” que tem como objetivo «a supe-ração física e psicológica de cada um dos participantes, mas que tem também um carácter solidário».

A ideia de ligar a capital do Sado ao Vaticano foi de Manuel Fernan-des, doente oncológico, laringec-tomizado, que tem o sonho de in-cluir esta viagem na já longa lista de peregrinações realizadas. Com ele seguem cinco amigos «vicia-dos em bicicletas», quatro deles a pedalar e o quinto ao volante de uma autocaravana que servirá de apoio aos ciclistas, essencialmen-te nas dormidas e alimentação.

A viagem esteve prevista para acontecer em 2016, mas no final do ano passado Manuel Fernan-des entendeu que deveria reali-zar-se já este ano. Os amigos ad-mitem que a sua condição clíni-ca esteja na origem desta deci-são. E nem o facto de terem fica-do com menos tempo para pre-parar a viagem os demoveu de

embarcar nesta aventura que os vai “obrigar” a percorrer cerca de 100/120 quilómetros por dia, numa média de seis a sete horas diárias em cima do selim.

Preparar uma viagem desta na-tureza, que requer uma logística significativa, não é fácil. Os apoios não são muitos e «aqueles de quem mais se espera são os que menos contribuíram». Os participantes contactaram várias empresas e instituições da região, mas entre a ausência de respostas e as res-postas negativas os apoios anga-riados «são essencialmente de ami-gos». Para além de algumas pe-quenas e médias empresas que es-tarão ao lado deste grupo, a via-gem conta com os apoios da Liga Portuguesa Contra o Cancro, do Movimento de Apoio aos Larin-gectomizados, da Cáritas Portu-

guesa, da Câmara Municipal de Se-túbal e da Atos Medical, uma far-macêutica que conta com várias sedes espalhadas pela Europa.

A peregrinação destes seis ami-gos conta com passagens por Fá-tima e por Lourdes, assim como por duas cidades geminadas com Setúbal – Tordesilhas e Pau -, mas é no destino final que estará aqui-lo que consideram o momento alto desta viagem. «Sermos recebidos pelo Papa Francisco será a con-cretização do objetivo maior des-te percurso que temos a certeza será difícil apesar de sentirmos que estamos preparados», explicam em entrevista ao Semmais. Nesse sentido referem o apoio de Eugé-nio da Fonseca, o presidente da Cáritas, que através dos seus con-tactos conseguiu que fosse entre-gue, em mãos, uma cópia da car-ta que o grupo enviou por correio ao Papa, o que lhes dá fortes ga-rantias de serem recebidos na pra-ça de S. Pedro.

Tudo para os amantes da boa pesca

“ Figura importante dos primórdios do cristianismo, nascido perto de Dijon (norte de França) em 1091, testemunha interessada nas Cruzadas, foi o inspirado fundador da histórica Abadia de Clairvaux e um convicto opositor ao nacionalismo frio de Abelarda.”

Texto Marta David

Faltam apoios, mas sobra vontade

A presidente Dores Meira deu a partida, no Largo do Bocage

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São quase três quilómetros sob rodas, numa viagem que arrancou esta quinta-feira.

São Bernardo – do Santo ao Hospital

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COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL

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Região celebra 41 anos de liberdade

Alcácer do Sal

No Largo Luís de Camões, às 22 horas, tem lugar o concerto de Vi-torino e do grupo coral etnográ-fico Os Camponeses de Pias. À meia-noite reali-za-se o fogo--de-artifí-cio. A fes-ta pro-longa-se pela noi-te dentro com o DJ Miss Fox. Dia 25, o Hastear da Bandeira, nos Paços do Conce-lho, é às 9 horas, ao som da ban-da da Sociedade Filarmónica Ami-zade Visconde de Alcácer e Pro-gresso Matos Galamba. Às 9 ho-ras, na Praça Pedro Nunes são re-cebidos vários grupos corais. Uma

hora depois realiza-se a arruada/desfile pela marginal até ao pos-to de turismo. Pelas 15 horas há concerto no Br.º dos Açougues e às 17 horas há uma Prova de Vi-nho à desgarrada na Adega Coo-perativa da Barrosinha.

Alcochete

O Largo S. João acolhe, às 22 ho-ras, uma noite popular com a fan-farra dos bombeiros locais e o gru-po Insígnia. Pelas 23h20 serão dis-tribuídas febras, pão e vinho e, às 24 horas, serão oferecidos cravos ao som dos temas “E Depois do Adeus” e “Grândola, Vila More-na”. O Hastear das Bandeiras rea-liza-se às 9 horas do dia 25, nos Paços do Concelho, ao som da banda da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898. Às 21h30, nos Paços do Concelho, tem lugar a

sessão solene da Assembleia Mu-nicipal com homenagem a Miguel Boieiro.

Almada

Em Almada, dia 24, às 22 horas, Janita Salomé e os Cantadores do Redondo interpretam temas alen-tejanos, músicas do recente tra-balho “Em nome da rosa” e can-ções de José Afonso. À meia-noi-te tem lugar o fogo-de-artifício. Depois atuam os Amor Electro.Dia 25, a partir das 9h30, na Pra-ça do MFAw, são depositadas flo-res junto ao monumento dos Per-seguidos. Também no Largo Ga-briel Pedro de-correm, de m a n h ã , oficinas p a r a crianças e apre-sentações artísticas e desportivas. Ainda dia 25, às 21h30, o auditó-rio Fernando Lopes-Graça é pal-co do espetáculo “O Barco Azul”. Já no teatro-estúdio António As-sunção, a partir das 23h30, atuam os Norma D’alma, com a poesia

e voz de João Vasco Henriques e a música de Miguel Lardosa e Pe-dro Faria.

Barreiro

No dia 24, às 21 horas, realiza--se o desfile da Liberdade, en-tre a Av.ª de Santa Maria e o Par-que da Cidade. Os Deolinda atuam a partir das 22 horas, no Parque da Cida-de, se-guindo--se in-terven-ção do presidente do município. A partir da meia-noite, o artista Tony da Costa, numa tenda ins-talada no Parque da Cidade, dá as boas vindas ao dia 25. No dia 25, às 11h30, tem lugar o Has-tear de Bandeiras, nos Paços do Concelho, que será animado com as fanfarras dos bombeiros, da banda municipal e a atuação de grupos corais alentejanos. Du-rante toda a manhã decorrem várias atividades desportivas no Parque da Cidade.

Grândola

Vila Morena acolhe o concerto dos Oquestrada, dia 24, às 22h30, jun-to ao Complexo Desportivo José Afonso, a que se seguirá fogo-de--artifício. Na mesma noite, sobem ainda ao palco, Trio Alcatifa e DJ Miranda. Ao longo da noite have-rá animação nas ruas com fanfar-ra Party Brass Band, arruada pela Banda da Sociedade Musical Fra-ternidade Musical Operária Gran-dolense e a corrida da Liberdade. Dia 25, às 11 horas, decorre a ceri-mónia do Hastear da Bandeira e a sessão comemorativa da Revolu-ção de Abril. À tarde, no principal jardim da vila há festa popular com a participação dos grupos de mú-sica tradicional.

Moita

Dia 24, às 22h30, realiza-se o con-certo dos HMB, no Vale da Amo-reira. No dia 25, às 10h30, a po-pulação, o movimento associati-vo e os representantes das autar-quias saem à rua para participar no Desfile da Liberdade. Segue--se a habitual intervenção do pre-sidente da Câmara, a solta de pom-bos e a música “Grândola, Vila

Em 25 de Abril de 74 um golpe militar derrubou a mais antiga ditadura ocidental. A descoberta da democracia e o desmantelar do último império colonial europeu projetaram Portugal para o primeiro plano da atualidade internacional. Câmaras, Juntas de Freguesia e movimento associativo voltam a preparar programa para celebrar a Liberdade .

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Morena”. Já o Fórum José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banhei-ra, dia 25, às 21h30, recebe o es-petáculo “José Afonso: De Ouvi-do e Coração”, que conta com Amí-lcar Vasques-Dias ao piano, Luís Pacheco Cunha, no violino, e Es-ther Merino, como “cantora” de flamenco.

Montijo Dia 25, às 9 horas, realiza-se o Has-tear da Bandeira, nos Paços do Concelho, com presença da fan-farra dos bombeiros. Às 11 horas, é inaugurada a obra de requalifi-cação do mercado municipal. Pe-las 15h30, nos Paços do Conce-lho, tem lugar a sessão solene co-memorativa do 25 de Abril, com intervenções dos deputados mu-nicipais. Pelas 18 horas, é inaugu-rada, no Museu Municipal, a ex-posição “Gente da Nossa Histó-ria”, que reúne a vida e obra de 8 personalidades locais.

Palmela

Dia 24, no Centro Cultural do Po-ceirão e nos Bombeiros do Pinhal Novo, às 22 horas, ocorrem os es-petáculos “Dançar Abril” e “O Can-to da Utopia”, respetivamente. O primeiro espetáculo está a cargo da Dançarte e o segundo é prota-gonizado por Francisco Naia. No

dia 25, às 11 horas, tem lugar no teatro S. João, a sessão solene da assembleia municipal. Às 21h30, no mesmo palco, realiza-se o es-petáculo musical “Filhos de um pai sem medo”.

Santiago do Cacém

Em Santo André, dia 24, às 22 ho-ras, decorre o concerto de Sérgio Godinho, junto ao Parque Central. Em Santiago, às 9 horas há o Has-tear da Bandeira ao som da ban-da da Sociedade Recreativa Filar-mónica União Artística, seguin-do-se a atuação de grupos corais alenteja-nos, em frente ao municí-pio. Às 10 horas é inaugu-rada a expo-sição de foto-grafia “Liberdade”, de Eduardo Gajeiro, no museu local.

Seixal

No dia 24, Paulo de Carvalho sobe ao palco instalado no Largo 1.º de Maio, às 22 horas, e às 00h30, é a vez dos Buraka Som Sistema darem o seu concerto. Às 24 ho-ras há fogo-de-artifício na baía

do Seixal. Atividades desportivas, exposi-ções, ciclos de cinema, ateliês va-riados e palestras são outras das atividades que compõem o pro-grama seixalense.

Sesimbra

O concerto de Filipa Pais, com as canções mais emblemáticas da Re-volução dos Cravos, merece des-taque dia 24, a partir das 22 horas, na Fortaleza de Santiago. Segue--se o fogo-de-artifício, na praia do Ouro, e a atuação da Banda da So-ciedade Musical Sesimbrense que vai interpretar “Grândola Vila Mo-rena”. Na Quinta do Conde, dia 24, às 22 horas, atuam vários grupos locais e, à meia-noite, há fogo-de--artifício. No dia 25, às 12 horas, é inaugurada uma escultura de Fer-nandes Nunes, e às 13 horas, no Par-que da Vila, realiza-se piquenique e atividades culturais e desporti-vas. De destacar o concerto de Car-los Mendes, às 17 horas.

Setúbal

A Brigada Victor Jara dá um con-certo dia 24, às 22 horas, na Pra-ça de Bocage. Quinze minutos an-tes, é projetado um filme sobre o 25 de abril e distribuídos cravos. Após discurso da edil, às 23h45, segue-se arruada com a Dixie Band,

na Av.ª Luísa Todi. À meia-noite há fogo-de-artifício. Na Casa da Cultura, é projetado o filme “Zeca Afonso no Coliseu”. Dia 25, às 9 horas, nos Paços do Concelho, terá lugar Hastear da Ban-deira, e, m e i a hora de-pois, a ses-são solene da Assembleia. Às 11h30, na Av.ª Luísa Todi, são de-positadas flores no Monumento à Resistência.

Sines

A sessão solene da Assembleia Municipal está agendada para dia 25, às 11 horas, nos Paços do Concelho. Às 22 horas, no Cen-tro de Artes, decorre o espetá-culo “José Afonso – O Canto da Utopia”, onde são exultadas a música, a poesia, a composição e a postura livre do criador, que não se alheia do contexto social, humano e político onde está in-serido. No dia 26, o mesmo pal-co, às 19 horas, acolhe a dança “Cinemateca”, um solo de Bru-no Alexandre.

António Luís

As grandes datas da História con-têm uma carga simbólica que se re-nova quando as celebramos. O 25 de Abril de 1974 é portador de uma memória de emoção coletiva e re-presenta um daqueles momentos raros da História que sintetiza a alma de um povo.É esse 25 de Abril de renovação, de transformação e de abertura que queremos e devemos continuar a celebrar.É num momento de desânimo, de desencanto e de descrença, que a data do 25 de Abril, deve ser assi-nalada com um programa para o futuro, numa manifestação de con-fiança na nossa capacidade para modernizar, transformar e criar uma mentalidade inovadora, criativa e capaz de iniciativa.Estamos a comemorar 39 anos das primeiras eleições autárquicas. Tra-ta-se de uma grande conquista do 25 de Abril, que mudou Portugal para melhor.Ao assinalar esta data, não posso deixar de manifestar oprofundo re-conhecimento a todos os autarcas.Os desafios que temos pela frente não são fáceis. Exigem um esfor-ço, dedicação e trabalho. De cada um de nós e de todos em conjunto, sem que ninguém seja excluído.Os cravos que usamos, neste dia, simbolizam a esperança no futuro porque vivemos em Liberdade.Viva o 25 de Abril.

Abril sintetiza alma do povo

Nuno Canta Presidente da Câmara do Montijo

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“Casa do Rio” é o espetáculo de dança que a Companhia de Dança de Almada apresenta no Fórum José M. Figueiredo, na Baixa da Banheira, este sábado, às 21h30. Inspirado na música portuguesa,

este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação, o coreógrafo Benvindo Fonseca diz: «Pre-cisava dançar também as minhas raízes lusas».

Low Budget, Loosense, Atlas e Hotkin são os quatro grupos que participam, este sábado, às 22 horas, na pré-eliminatória do 11.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, na Capricho Setubalense. Na

pré-eliminatória, com entrada gratuita, quatro bandas sadinas procuram para a final do concurso. O vencedor tem aces-so direto à final e os restantes participam nas três eliminatórias.

Dança “Casa do Rio” nos palcos da Moita Bandas de garagem atuam na Capricho

CULTURA

O Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, acolhe, este sábado, pelas 16 horas, o espetáculo “Fungaguinhos”, com música de José Barata Moura para a infância. Crescer com o José Barata Mou-

ra foi um privilégio e ouvi-lo e partilhá-lo hoje faz tanto sentido como sempre fez: as histórias, as metáforas, a filosofia, o balan-ço, as vozes das crianças nem sempre dis-ciplinadas no estúdio.

O teatro S. João, em Palmela, acolhe, este domingo, às 16 horas, a estreia de “Manu, Memórias do Invisível”. Criado e interpre-tado por Manuel Amarelo, este espetáculo de Teatro Clown, com entrada gratuita e

uma hora de duração, retrata uma série de situações inesperadas, vividas por Manu, que conjugam comédia física, manipula-ção de objetos, música, formas animadas, teatro e clown.

Música de Barata Moura no palco da Moita S. João estreia “Manu, Memórias do Invisível”

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Filipe La Feria estreou “A Noite das Mil Estrelas”

COM MUITOS convidados VIP, estreou dia 9, no Casino Estoril, o musical “A Noite das Mil Estre-las”, de Filipe La Féria, que tem como cabeças-de-cartaz Alexan-dra, Gonçalo Salgueiro, Vanessa,

DR

Com um elenco de luxo, a nova aposta de La Feria agradou ao público presente.

Texto António Luís

Teatro do Mar estreia produção de rua

“A BALADA do Velho Marinheiro” é o título da nova produção de rua do Teatro do Mar que estreou on-tem, sexta-feira, no Castelo de Si-nes, e que pode ser vista também este sábado, às 22 horas.

O espetáculo, dirigido à família, recorre a andas, formas animadas, nomeadamente com marionetas de grande porte e máscaras. Inspira--se na obra do poeta inglês Samuel Coleridge, que é considerada de “de-vaneio” romântico e situa-se num território entre a realidade e o so-nho.

Com encenação de Steve Johns-ton, conta com as interpretações de Carlos Campos, Luís João Mosteias, Sandra Santos e Sérgio Vieira. A ce-nografia e os figurinos são de Luís Santos e de Sandra Santos.

Pedro Bargado, Dora e Rui Andra-de, não esquecendo Cláudia Soa-res, David Ripado, Catarina Mou-ro, João Frizza e Inês Herédia.

O musical, que aposta num rico guarda-roupa de José Costa Reis, propõe uma viagem pelos momen-tos mais emblemáticos do Casino Es-toril, desde os anos 30 à atualidade.

Numa revisitação de grandes noites que marcaram diferentes épo-cas, o show homenageia as grandes estrelas que cantaram no Casino Es-toril, como Amália, Elis Regina, Char-

les Aznavour, Júlio Iglésias, Liza Min-nelli, entre muitos outros.

Em palco também estão em evi-dência um corpo de bailarinos, vá-rios acrobatas e uma orquestra ao vivo, dirigida pelo maestro Telmo Lopes. Filipe La Feria mostrou-se «bastan-te feliz» com esta super produção mas muito crítico, por nunca ter recebi-do apoios do Estado. «Agradeço a toda a equipa e parceiros maravi-lhosos, que ajudaram a produzir este extraordinário espetáculo. Os por-

tugueses devem apoiar e estimar mais os artistas portugueses. Temos ta-lentos extraordinários, que cantam, dançam e representam. Por favor, vão ao teatro. Encham as salas. Nun-ca recebi ajudas do Estado. Quem me ajudou foi o público».

Já Alexandra, sublinhou que o público «aderiu bem» ao musical que foi ensaiado durante «dois me-ses», apesar de reconhecer que «não é fácil colocar em palco em espe-táculo desta envergadura.Estou muito satisfeita».

Com críticas ao Governo pela falta de apoios

Alexandra canta em dueto com a verdeira

Amália em vídeo

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Radiophone gravam dueto com cantor britânico

Melodias asiásticas marcam presença no FMM Sines

OS RADIOPHONE, banda de Setú-bal, formada em 2012, acabam de gravar em Londres o tema “I Want To Dance With You” em dueto com um artista britânico sobejamente conhecido, o qual será revelado nos próximos meses pelo grupo por questões contratuais.

Esta participação, que é enca-rada como que «um prémio e uma honra», será incluída no álbum de estreia da banda, intitulado “Won-der Woman”, que deverá sair para o mercado ainda este ano.

“Freedom”, gravado em 2013, no BBS, estúdio do guitarrista/produ-tor Pedro de Almeida, situado em Vendas Novas, viu agora o seu vi-deo realizado por Pedro Costa, com captação de imagem no estúdio Na-mouche.

Mas os Radiophone já estão a pre-parar um segundo álbum. «Temos novas ideias, que incorporam as di-ferentes estéticas dos nossos elemen-tos, que já estamos a ensaiar», frisa Carlos Barreto Xavier, o fundador.

De referir que “Wonder Woman” e “Freedom” fizeram parte da ban-da sonora das telenovelas da TVI, “Belmonte” e “O Beijo do Escorpião”.

Dia 9 de maio, os Radiophone atuam na Guarda «mas outros con-certos estão a ser negociados para o continente e ilhas».

Os Radiophone são constituí-dos por João Mendonza (voz), Car-los Barreto Xavier (sintetizadores), Pedro de Almeida (guitarra eléctri-ca), Tiago Oliveira (guitarra acús-tica), Reinaldo Pinhão (baixo) e João Colaço (bateria).

A 17.ª edição do Festival Músicas do Mun-do de Sines (FMM), que se realiza em Porto Covo e em Sines, entre os dias 17 e 25 de ju-lho, apresenta projetos musicais de uma Ásia diversificada e em transformação. O Médio Oriente é representado por Alif, um agru-pamento que faz o rock e as músicas do mun-do árabe dialogarem. A tradição renovada da música indiana chega nas cordas do si-tar de Niladri Kumar. Idiotape é nova músi-ca de dança coreana no seu melhor, Shanren transporta os sons da província chinesa de Yunnan para a contemporaneidade, e Pas-cals é um divertimento orquestral japonês

difícil de classificar.Além destes ar-

tistas asiáticos, já estão confirma-das no FMM de 2015 as presenças de Ana Tijoux, Chancha Vía Cir-cuito, Dele Sosimi Afrobeat Orchestra, Ibi-bio Sound Machine, La-33, Orlando Julius & The Heliocentrics, Soema Montenegro, Songhoy Blues, Toumani & Si-diki Diabaté, Troker e Vaudou Game.

África fantasma “África fantasma” é um espetáculo de João Samões construído a partir de textos de Frantz Fanon, Aimé Césaire, Julião Quintinha, Louis-Ferdinand Céline e Langston Hughes. Trata-se de uma co-produção com o programa Próximo Futuro, da Fundação Calouste Gulbenkian, que conta com a inter-pretação de Cláudio da Silva.Teatro Joaquim Benite, Almada, 21h30.

Partituras corais de Zarzuela

O Coro Juvenil de Lisboa e o maestro Nuno Margarido Lopes interpretam partitu-ras corais célebres do rep-

ertório da Zarzuela, género emblemático dos palcos

líricos espanhóis. Estas composições transportam-nos para o ambiente dos bairros antigos, o casticismo da

linguagem e costumes do período romântico.Forum Luísa Todi, Setúbal, 21h30.

Ana Bola sem FiltroAna Bola apresenta um espetáculo, ligeiro e bem disposto, em que faz uma crítica direta e sem papas na língua para a total falta de respeito pela arte, pelos artistas e pelo tra-balho sério, que é substituído por atentados ao talento e à experiência. Um monólogo sem filtros e sem medos de uma actriz que se vê confrontada com a falta de trabalho apesar de continuar no activo.Fórum Cultural de Alcochete, 21h30.

ATA diverte com nova peça O ATA apresenta a sua mais recente produção intitulada “ISOPROPILPROPHEMILBARBITURSAURESPHE-NILDIMETHILDIMENTHYLAMINOPHIRAZOLON”, com textos humorísticos de Karl Valentin, quadros divertidos e recheados do “non sense” que caracterizou a obra do autor e comediante alemão.Centro Comunitário de Águas de Moura, 21h30.

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Confissões de um terrorista Fazendo “As con-fissões verdadeiras de um terrorista albino”, a partir da obra homónima de Breyten Breyuten-bach, com adaptação e encenação de Rogério de Carvalho, é uma reflexão do prisioneiro isolado de todas as suas ligações com o mundo, que acaba por duvidar da realidade daquilo que vive.Teatro João Mota, Sesimbra, 21h30.

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Radiophone estão a apostar na interacionalização

DR

Ofertas Semmais - Inscreva-se já! Basta ligar 969 431 085

Ganhe convites para o teatro“Rosa Enjeitada”, de Fernando Gomes no palco do Arteviva

A ARTEVIVA, companhia de teatro do Barreiro, tem em cena a comédia musi-cal “Rosa Enjeitada”, de Fernando Go-mes, com encenação de Luís Pacheco, que conta a história dos amores e desa-mores de uma prostituta. Interpreta-ções de Ana Samora, Manuela Félix, Sara Santinho, Alexandre Antunes, Bruno Vi-toriano, Henrique Gomes, entre outros.

“O Homúnculo” do Teatro Estúdio Fontenova

“O HOMÚNCULO”, de Natália Correia, volta ao Forum Luísa Todi, em Setúbal, a 25 e 26, às 19 e às 21h30, respetivamente. O Teatro Fontenova comemora, assim, com a população os 41 anos da “revo-lução dos cravos”, com um texto apreen-dido pela PIDE em 1965. Temos con-vites para oferecer para estas duas re-presentações.

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Sábado • 18 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 12

NEGÓCIOS

Americanos rendidos à Comporta oferecem 400 milhões pela herdade

Porto de Sines movimenta 9,9 milhões de toneladas de mercadorias no 1.º trimestre

A COMPORTA não é apenas uma praia célebre em pleno Litoral Alentejano. Conquis-tou o estatuto de destino tu-rístico de referência. Uma marca na costa portuguesa. Ou, para quem gosta do ter-mo, um paraíso de férias do mais «in» que o país tem en-tre mãos. Não admira que o «clube de fãs» tenha aumen-tado num destino de férias que conjuga ruralidade, mar,

sol, aventura e sossego. O areal extenso, a tocar os li-mites da Reserva Natural do Estuário do Sado, projeta uma paisagem a perder de vista, com uma beleza natural. Imensas dunas, um pinhal de encher os pulmões. As águas são calmas e, com sor-te, até se pode ver passar os famosos golfinhos roazes corvineiros.

Ingredientes que estão a

O PORTO de Sines registou nos primeiros três meses des-te ano um movimento de 9,9 milhões de toneladas de mer-cadorias, o que correspon-deu a um aumento de 21,2 por cento em relação ao mes-mo período do ano anterior.

Na carga contentoriza-da foram movimentados 279.347 TEU, de janeiro a março do corrente ano, que equivale a uma variação ho-

móloga trimestral positiva de 3 por cento.

A evolução global do porto esteve associada à su-bida do segmento dos gra-neis sólidos que cresceu 52,7 por cento, compensando a diminuição na movimenta-ção na carga geral. Os gra-néis líquidos registaram um aumento de 33.3 por cento.

Neste primeiro trimestre, foram operados 477 navios,

correspondendo a um au-mento de 0,85 por cento em comparação com o mesmo período do ano passado.

Estes indicadores de-monstram o crescimento sustentado desta infraes-trutura portuária que deve ser associado ao empenho de toda a comunidade por-tuária em potenciar o de-senvolvimento do porto de Sines.

Asher Edelman e David Storper querem ficar com zona edílica antes sob a tutela da família Espírito Santo

Depois da queda da Rioforte, que deixou os investimentos turísticos a ‘nadar’, há agora uma pontinha de luz e novos donos a rondar aquele paraíso edílico.

DR

“Casa do Rio” é o espetáculo de dança que a Companhia de Dança de Almada apresenta no Fórum José M. Figueiredo, na Baixa da Banheira, este sábado, às 21h30. Inspirado na música portuguesa,

este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação, o coreógrafo Benvindo Fonseca diz: «Pre-cisava dançar também as minhas raízes lusas».

Low Budget, Loosense, Atlas e Hotkin são os quatro grupos que participam, este sábado, às 22 horas, na pré-eliminatória do 11.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, na Capricho Setubalense. Na

pré-eliminatória, com entrada gratuita, quatro bandas sadinas procuram para a final do concurso. O vencedor tem aces-so direto à final e os restantes participam nas três eliminatórias.

Dança “Casa do Rio” nos palcos da Moita Bandas de garagem atuam na CaprichoRita Redshoes, The Legendary Tigerman e o DJ Ride inspiraram-se em Setúbal e criaram a banda sonora da marca Ale-gro. O trabalho é apresentado ao vivo, este sábado, às 17 horas, no Alegro de Se-

túbal. Os músicos farão um ‘showcase’ onde apresentarão em primeira mão aque-la que será a música que identifica a mar-ca Alegro. O ‘showcase’ integra ainda um DJ Set de DJ Ride.

A JMF lançou a nova imagem e colhei-ta, de 2014, do seu Branco Seco Especial. Produzido desde 1947, o néctar é uma das suas marcas mais emblemáticas. Tam-bém proveniente da Península, o BSE ca-

racteriza-se pela frescura e acidez equi-libradas, aliadas a aromas frutados. É fei-to das castas Antão Vaz, Fernão Pires e Arinto e é ideal para acompanhar peixe, saladas e mariscos.

Alegro apresenta banda sonora em Setúbal BSE da JMF tem nova imagem

Texto Roberto Dores

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Destino sempre a crescerEstas movimentações no mercado surgem numa al-tura em que o prestígio da Comporta extravasou larga-mente as fronteiras do país. Já precisamos de recuar a 2010 para recordar uma das jóias da coroa, ao nível da promoção no Mundo, quan-do o jornal norte-america-no New York Times se en-cantou com este local de fé-rias, destacando, com algum destaque, o que sabemos há muito por cá: “um ar tão na-tural e selvagem até”, sen-do que a Comporta nem apa-renta ter as marcas tradicio-nais de um destino turísti-co internacional.Mas nem isso a impede de receber anualmente milha-res de turistas, que atraves-sam os trilhos entre pinhais e arrozais até ao areal onde aproveitam o sol e a calma que a localidade oferece.E foi precisamente esta ca-racterística que levou o New York Times a distinguir este destino como um local de referência turística à esca-la mundial. O artigo do diá-rio nova-iorquino citava as cabanas, os campos de ar-roz e as áreas de mato da Comporta como alguns dos principais fatores que a tor-nam tão apelativa aos turis-tas com gostos mais distin-tos. Relativamente às praias, o adjetivo utilizado é mes-mo o diáfano pristine, ou não fossem estas a princi-pal atração da Comporta

Comporta é um dos ícones do renovado turismo de Tróia

atrair interessados na com-pra da Herdade da Compor-ta, tendo surgido agora inves-tidores norte-americanos com uma oferta de 400 milhões de euros. Asher Edelman, co-nhecido no mundo da arte, e David Storper, um dos fun-dadores da Armory Merchant Holdings, são os dois rostos que ambicionam vir a ser os novos donos da região que em tempos pertenceu à fa-mília Espírito Santo.

Aliás, a «dupla america-na» já terá mesmo apresen-tado a proposta de oferta de compra dos terrenos, com um pagamento faseado em tran-ches de cem milhões de eu-ros, sendo que a aquisição contempla a compra do Fun-do Especial de Investimento Mobiliário Fechado e a Her-dade da Comporta SA. Cons-tam do negócio as participa-ções da Rioforte, da socieda-de Nelia e de minoritários.Metade da verba (200 milhões

de euros) será canalizada para o pagamento de dívidas do Fundo de Investimento e da Herdade da Comporta, en-quanto 100 milhões se des-tinam ao relançamento ime-diato do empreendimento.

Segundo refere Michael de Mello - um dos nove mi-noritários que têm procura-do superar o impasse atual - citado pelo Jornal de Negó-cios, os dois americanos in-teressados na Comporta «são pessoas com uma enorme ca-pacidade negocial e de inves-timento», assumindo ter co-nhecimento de que existe hoje uma proposta efetiva. O mesmo jornal adianta ain-da que o BESI terá sido man-datado para vender a parti-cipação da Rioforte na Her-dade da Comporta SA. O pro-cesso de alienação quer da sociedade quer do Fundo Es-pecial de Investimento deve-rá arrancar em Maio, com os convites ao mercado.

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OPINIÃO

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

A des(proteção) de menores

A FALTA de articulação e res-posta das comissões de pro-teção de menores não deve ser-vir de gincana política, como sugere a maioria parlamentar, mas também não pode ficar apenas pelos lamentos.

A semana passada morre-ram, pelas mãos de familiares chegados, duas crianças. E as queixas de maus tratos assu-mem um número verdadeira-mente colossal. Uma vergonha para um país como o nosso, que culturalmente assenta numa base familiar orgânica, apesar das machadadas que os tempos modernos lhes têm des-ferido.

Por mais que se diga, há ra-zões objetivas para estes des-fechos e o rombo social. E, nes-te campo, podemos aduzir duas verdades incontornáveis: os meios ao dispor destas comis-sões foram depauperados nos últimos anos e são consequên-cia das contingências maca-bras do “ajustamento” que nos impuseram; a crise fez aumen-tar o número de monstros que nem dentro de casa sossegam as suas mentes perversas.

Há, pois, que não brincar à política e lavar a argumenta-ção leviana. A falta de dinhei-ro, que parece já não ser um problema, não justifica o aban-dono de nenhuma criança em risco. Se assim não for, há aqui um crime maior que pode ser imputado ao Estado e a quem nos governa.

EDITORIALRaul Tavares

INICIÁMOS NO Domingo pas-sado um Ciclo de recitais de ópe-ra e música de câmara com o nome “Os compositores portu-gueses: da Geração de 70 à Se-gunda Guerra”. O maestro João Paulo Santos propõe-nos uma viagem pela música nacional, durante a qual serão visitadas as obras de 19 compositores (de Alfredo Keil a Joly Braga San-tos, passando por Vianna da Mot-ta, Luís de Freitas Branco e Fer-nando Lopes-Graça, entre ou-tros), e que está dividida em qua-tro etapas. A saber:

1 - Novidades (que abriu o ciclo, no Domingo), sobre as in-fluências da música francesa e

da música italiana no nosso País, bem como a renovação da ópe-ra e da opereta.

2 - As sociedades de concer-to (10 de Maio, às 16h00), sobre as figuras que dinamizaram as sociedades de concerto no Por-to e em Lisboa;

3 - A modernidade (17 de Maio, às 16h00), sobre como al-guns jovens compositores tra-balharam em renovar a música portuguesa, aproximando-a dos movimentos de vanguarda eu-ropeus;

4 - Novos valores (24 de Maio, às 16h00), sobre a originalida-de das várias sensibilidades dos compositores portugueses sur-gidos entre as duas Grandes Guerras.

A acompanhá-lo nesta aven-tura, o maestro João Paulo San-tos, sentado ao piano, convidou, entre músicos e cantores, alguns

dos seus companheiros do Tea-tro Nacional S. Carlos, como é o caso do soprano Ana Franco, do tenor Mário Alves, da vio-loncelista Irene Lima, ou o so-prano Ana Ester Neves, por exemplo.

Antes da interpretação de cada conjunto de números, e é essa a diferença que distingue este Ciclo de outros quaisquer recitais de câmara, João Paulo Santos introduz o público no

universo do compositor que vai ouvir-se, contextualizando a obra em questão; inserindo-a no percurso do autor, com hu-mor, com sabedoria, com acu-tilância – como um maestro. Pela facilidade de comunicação, pela acuidade, pela graça, as intro-duções de João Paulo Santos às obras ouvidas neste Ciclo não são uma pausa entre números musicais: são elas próprias um número, capaz de desmistificar a ideia de que o reportório líri-co português possa interessar apenas a um restrito número de eruditos. Num teatro como o nosso, cuja principal vocação não é nem a ópera nem a músi-ca clássica, essa aproximação do público àquilo que vai ouvir conta. E conta muito.

De modo que nos Domingos de 10, 17 e 24 de Maio cá estare-mos, então, à vossa espera.

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

O São Carlos em Almada

UM MINISTRO veio há dias di-zer que os portugueses compreen-deram muito bem a austeridade a que fomos sujeitos e cujo final não conseguimos vislumbrar nos tempos mais próximos.

Não gostamos de desmentir pessoas importantes, ou que se julgam acima dos outros, por te-rem sido colocadas, muitas ve-zes sem competência para tal, em cargos que provocam mais descalabro do que sucesso, mas

o certo é que a esmagadora maio-ria dos portugueses continua sem perceber como se chegou a este ponto de lhes terem en-trado nos bolsos.

Nesta altura do ano aparece o martírio do preenchimento e entrega da declaração do IRS e, por muitas contas que se façam, logo de imediato vem “a factura a pagar” o que obriga muita gen-te sem solução porque o saldo bancário, quando existe, não é su-ficiente e os tostões em casa não dão senão para uns “papo secos” para as crianças, até porque, há muito, uma notinha, debaixo do colchão deixou de ser solução.

Sabe quase toda a gente que tudo o que compramos para o dia-a-dia, desde uma simples cou-

ve, feijão, batatas e condimentos para a sopa, quantas vezes pra-to único na ementa familiar, que lá vai dando alguma energia aos que ainda conseguem vender a sua força de trabalho e, pior ain-da, para que as crianças tenham forças para chegar à escola, paga imposto.

No entanto, embora ele tam-bém pague impostos, o ministro Poiares Maduro vangloriou-se que quando acabar a actual legislatu-ra, regressará ao seu trabalho, coi-sa que milhões de trabalhadores não sabem o que é.

Impostos

Jorge SantosColaborador

FIO DE PRUMO

Zeferino BoalMilitar/Consultor

HÁ QUASE duas décadas que se houve falar na CPLP e muitos ci-dadãos dos países integrantes questionam para que serve, e por-que não são utilizadas outras prá-ticas como, por exemplo, o uso do passaporte lusófono. Hoje, a Comunidade de Países de Lín-gua Portuguesa alargou a sua es-fera de ação, não se limita aos ter-ritórios que outrora foram colo-nizados por Portugal: mas inte-gra a Guiné-Equatorial e acres-cente-se ainda como Estados Ob-servadores, Namíbia, Geórgia, Turquia, Japão, Senegal e Ilhas Maurícias.

Importa recordar e sem gran-des considerações históricas que a Guiné-Equatorial não foi coló-nia portuguesa porque Portugal cedeu aquelas terras a Espanha, em troca de aumentar o territó-rio que hoje se chama Brasil.

Mas, qual a razão para uma

comunidade internacional desta natureza, em que os países estão em igualdade e não há direito de veto, o que a torna como única, no panorama internacional e no entanto, ainda existem perma-nentes conflitos entre dois dos países mais relevantes: Angola e Portugal? Muitas razões podem ser invocadas e nenhuma tem fun-damento sólido, porque se cruza com fatores diversos.Angola tem um caminho de Paz e liberdade desde 4 de Abril de 2002, no dia que oficialmente ter-minou a guerra civil e a sua rique-za é de enormes potencialidades.

Portugal adquiriu a sua demo-cracia em 25 de Abril de 1974, no entanto, ao longo do tempo teve sucessivas crises de desenvolvi-mento.As questões do desenvolvimen-to são análises que proveem da década dos anos sessenta do sé-

culo XX, onde o Papa Paulo VI desempenhou um papel funda-mental a colocar na agenda in-ternacional, a divulgação das con-clusões da Encíclica do Concílio Vaticano II, onde se pode ler: “são as excessivas disparidades eco-nómicas, sociais e culturais que suscitam focos de tensão que ameaçam a paz, combater a mi-séria e lutar contra a injustiça é promover o bem-estar, o pro-

gresso humano e, por-tanto, o bem comum da humanidade.”

Os Governos de An-gola e de Portugal de-veriam ter tido no pas-sado, devem ter no pre-sente e deverão ter no futuro um olhar perma-nente para aqueles ideais, porque uma co-

munidade internacional seja ela integrada por países com fron-teiras terrestres ou tão somente marítimas (CPLP) o desenvolvi-mento com menor tensão deve ser prosseguido com mais equi-líbrio e menos desigualdade.

Se olharmos para datas his-tóricas comuns a ambos os paí-ses e que não ocorrem por mero acaso, compreendemos que por muito que pequenas minorias queiram um conflito permanen-te, tal não o é o desejo da maioria dos cidadãos.

Em jeito de conclusão, consi-deramos que todos os Estados es-tão em circunstâncias idênticas e devem pugnar por irmandade e fraternidade entre os povos, mas o triângulo do atlântico (Angola, Brasil e Portugal) tem responsa-bilidades acrescidas na dinâmi-ca internacional e diplomática.

Angola e Portugal: dois vértices do mesmo triângulo

ESPAÇO ABERTO E LIVRE

“ Em jeito de conclusão, consideramos que todos os Estados devem pugnar por irmandade e fraternidade entre os povos”

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TEMPOS HOUVE em que falar de política era igual a viver uma vida que queríamos nossa e nos era so-negada, dia a dia, em silêncio. Aben-çoados os que nunca sentiram a angústia da privação da liberda-de, pois também eles nunca com-preenderam a alegria esfuziante que brotou espontânea de tantas bocas que exprimiam esperança em 25 de Abril de 1974.

Passado o tempo das definições e estruturações das forças políti-cas, a democracia parecia implan-tada. A partir do final dos anos 80 instalou-se uma espécie de bipar-tidarismo: primeiro o PSD, duran-te todo o ciclo do cavaquismo como primeiro-ministro. Depois o PS com Guterres, após um pequeno inter-valo do PSD, com o CDS (até à “coop-tação” de Durão Barroso para Pre-sidente da Comissão Europeia) a que se seguiu o PS de Sócrates, que haveria de cair no auge da crise da dívida pública. Governa agora o PSD, de Passos Coelho, em coliga-ção com o CDS.

Que balanço (distanciado, quan-to possível) do comportamento das nossas elites durante estas décadas de governação democrática? O aflu-xo abundante de dinheiros da CEE permitiu constatar que o desenvol-vimentismo cavaquista assente so-bretudo em obras públicas rodo-viárias, teve a contrapartida nega-tiva de uma progressiva abandono da agricultura e das pescas, e um progressivo declínio da indústria. Dois fenómenos tiveram expres-são: o aparecimento de um cliente-lismo que foi para além do que jus-tificaria a renovação dos quadros aptos a servir o regime democráti-co e o surgimento das primeiras ma-nifestações de corrupção, de que caso PARTEX (ligado aos dinhei-ros do FSE) e onde estavam tam-bém envolvidos a Sociedade Nacio-nal de Sabões (um dos seus sócios esteve depois na origem da ON-

GOING) e Caixa Económica Aço-reana, foi paradigmático por duas ordens de razões: porque foi a pri-meira vez que um ex-político ( o ex--secretário de Estado da Comuni-cação Social José Alfaia do Gover-no chefiado por Pinto Balsemão em 1986) foi constituído arguido, e por-que a Justiça se acabaria por reve-lar impotente (ou constrangida, ou inoperante) perante casos comple-xos que envolviam o poder políti-co, económico, e financeiro, aca-bando por ser dado por “prescrito” muitos anos depois e muitos recur-sos da defesa para tribunais supe-riores (o que viria a ser recorrente e cavar na opinião pública a ideia de que afinal sempre existe uma jus-tiça para pobres e outra para ricos).

Agora parece estarmos como o célebre paradoxo do burro de Bu-ridan: olha para um lado e para o outro e tudo lhe parece igual, por isso prefere a inação deixando de ir votar como recentemente acon-teceu na Madeira, com uma abs-tenção superior a 50%. Por isso é bom que os partidos políticos rapi-damente mostrem as suas diferen-ças, com programas claros e exe-quíveis, senão acontece como ao pobre asno que morreu de fome, ou à nossa democracia que estiola exan-gue por ausência de alternativas gal-vanizadoras.

Como o burro de buridan

Arlindo MotaPolitólogo

SAUDAÇÕES AO 25 DE ABRIL

A REVOLUÇÃO de Abril, cujo 41.º Aniversário celebramos, remete-nos para a liberdade e para a democracia, as conquis-tas mais emblemáticas. A uto-pia de construir um país pací-fico e igualitário, um país fra-terno e solidário, assente na for-ça do povo, tornou-se realida-de naquela manhã libertado-ra. O povo e os seus militares, unidos, deram expressão à sua força e com ela conquistámos o salário mínimo, o subsídio de desemprego, o 13.º mês, 30 dias de férias e o subsídio, a redu-ção do horário de trabalho, pen-são mínima de reforma e pen-são social. Conquistámos dig-nidade. Conseguimos eleições livres e uma constituição de-mocrática e progressista.

O acesso à educação gene-ralizou-se, tal como aconteceu com a justiça. Assistência mé-dica e medicamentosa tenden-cialmente gratuita e um Servi-ço Nacional de Saúde eficaz au-mentaram a esperança de vida e reduziram substancialmen-te a mortalidade infantil.

Crescemos, sossegámos e descansámos!

Demos como dado adquiri-do que as conquistas eram irre-versíveis. Baixámos a guarda. Es-morecemos com o canto da se-reia. Acreditámos no fim das ideo-logias. Confiámos nas teorias dos oásis e das inevitabilidades. Sor-rimos quando nos falavam em suspender a democracia...

E enquanto sorríamos, con-fiávamos e esmorecíamos “eles” destruíam o sector produtivo, propalavam a inércia, acen-

tuavam a dependência exter-na e especulavam para nos co-locar na servidão dos agiotas.

O retrocesso social que ago-ra observamos resulta das op-ções políticas, congeminadas e pensadas, contrárias aos in-teresses do país e do povo.

Nós defendemos outro rumo. A nossa bandeira são os Valores de Abril e neles reno-vamos a esperança de um Por-tugal com futuro. Pugnamos por uma democracia simulta-neamente política, económi-ca, social e cultural. Política porque baseada na soberania popular, no pluralismo de opi-nião, nas liberdades individuais e coletivas, na intervenção e participação dos cidadãos e na fiscalização do exercício do poder. Económica porque as-sente na subordinação do po-der económico ao poder polí-tico democrático. Democracia social enquanto garantia do direito ao trabalho e à sua jus-ta remuneração, acesso em condições de igualdade aos serviços e benefícios sociais, designadamente no domínio da saúde, educação, habitação, segurança social, cultura físi-ca e desporto e tempos livres. Democracia cultural com o povo na criação e fruição da cultura e na liberdade e apoio à produção cultural.

Com outras políticas, com o espírito de Abril, este país e este povo têm futuro!

Vítor AntunesPresidente da Junta de Freguesia

da Quinta do Conde

41 ANOS depois de Abril a rea-lidade é indesmentível, de-monstrando a importância do poder local democrático para o aumento generalizado da qualidade de vida das popu-lações e para o desenvolvimen-to integrado e sustentado da maioria dos territórios. Se a política dos sucessivos gover-nos de Portugal não tivesse sido, quase sem exceção, de si-nal contrário, numa perspeti-va cada vez mais centraliza-dora e economicista, teríamos hoje, certamente, um país mui-to mais desenvolvido, mais jus-to e mais solidário. É funda-mental que seja assegurado o respeito por uma verdadeira autonomia do poder local, nos

termos da Constituição por-tuguesa e numa perspetiva de definição clara e precisa da des-centralização de atribuições e competências, assegurando as condições de igualdade e a sua universalidade e com base num processo que transfira para os municípios os meios e recur-sos financeiros indispensáveis para o exercício pleno das atri-buições e competências des-centralizadas.

Em Grândola, Vila More-na, continuaremos a defender, de forma firme e determina-da, o Portugal de Abril com o Poder Local.

António Figueira MendesPresidente da Câmara de Grândola

41 anos depois de Abril – A realidade é indesmentível

Abril Novo Abril Povo

PORTUGAL É um país com acesso a água potável, com 95 por cento da população a ter saneamento. Esta-mos num patamar cimeiro num mun-do globalizado, mas assimétrico. Para que possamos continuar assim, o sector das águas tem de ser sus-tentável, tal como o país. Nesse sen-tido, é necessária uma reestrutura-ção para garantir a continuidade, uni-versalidade, qualidade e sustenta-bilidade na prestação destes servi-ços públicos essenciais.

É sabido que sustentabilidade é um conceito que “as esquerdas” não gostam. Mas, vamos a factos.O sector da Água reflete fortes dis-paridades regionais, em que 75% dos municípios apenas geram 27% dos proveitos e têm um prejuízo anual acima dos 160 M€.

Para efeitos de enquadramento do sector em Alta importa destacar o crescente défice tarifário (564 M€ de défice bruto em 2013) e o aumen-to da dívida dos municípios (560 M€ em 2013), agravando a necessidade de financiamento do Grupo Águas de Portugal (AdP).

Este défice tem que se pago por alguém. E quem paga são os portu-gueses. Caso não se faça nada, este défice vai continuar a aumentar, e os portugueses a pagar mais e mais.

Esta realidade, herdade dos so-cialistas deve ser mantida? Ou tem que ser feito alguma coisa?Seria sempre mais cómodo, para qualquer Governo, deixar tudo na mesma. Quem vier a seguir que re-solva.

Mas, felizmente, o actual Gover-no não pensa assim. E por isso, das duas uma. Ou se privatizava, algo que foi excluído logo à partida, ou se reforma, tornando o modelo mais sustentável.

Foi essa a opção do Governo. Reformar. Mudar. Alterar. Criando um sistema sustentável, que pague as suas dívidas do presente, não su-focando, ainda mais, os contribuin-tes actuais e futuros.

Com esta reforma 3/4 dos mu-nicípios envolvidos verão as suas tarifas descer imediatamente e os restantes 1/4 dos municípios verão as suas tarifas subir progressiva-mente ao longo de 5 anos por for-ma a aliviar os respetivos impactos nos seus sistemas municipais.

Ou seja, no prazo de cinco anos até chegarmos à tarifa única entre interior e litoral, os cidadãos do in-terior norte verão reduzida a sua tarifa mensal em três euros, de ime-diato, e os do litoral norte terão um agravamento gradual ao longo des-tes cinco anos de trinta cêntimos anuais.

Os sacrifícios que serão pedi-dos ao litoral são muito pequenos quando comparados com os bene-fícios para o interior.

Só o fortíssimo emagrecimen-to do grupo Águas de Portugal vai permitir uma redução directa anual de 90 milhões de euros.

Existirá uma redução do va-lor das tarifas cobradas aos mu-nicípios, ao longo das concessões, de 4,1 mil milhões de euros face

aos contratos actuais. Esta reforma elimina ainda uma

norma que vigorava há vinte anos sobre os caudais mínimos, que obri-gava os municípios a contratuali-zar consumo de água de que não necessitavam.

Um importantíssimo passo des-ta reforma estrutural já foi dado re-centemente com a criação de três sistemas multimunicipais de abas-tecimento de água e saneamento. Um para o Norte de Portugal, ou-tro para o Centro Litoral e outro para Lisboa e Vale do Tejo, que integra-rá a empresa Simarsul, criada pelo Governo PSD em 2004, a qual não perderá as suas competências.

Estes três processos de reestru-turação permitem assegurar maior equidade territorial e coesão social, diminuindo a disparidade tarifária resultante das especificidades dos diferentes sistemas e regiões do país, aumentar a eficiência dos sistemas de águas e águas residuais urbanas com redução dos custos associa-dos, garantir a disponibilidade dos meios financeiros para o investi-mento em infraestruturas e garan-tir a sustentabilidade económico--financeira das entidades gestoras com rigor e transparência na fixa-ção das tarifas.

Com esta reestruturação, o Go-verno está a dar sustentabilida-de ao sector, para ajudar a ter um país sustentável.

A necessidade da sustentabilidade e eficiência do sector das águas

Bruno VitorinoDeputado PSD