seminario-melluci-2007

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O que há de novo nos novos movimentos sociais? Alberto Melucci Alessandra Aguilar e Josi Paz UnB- 17,Out/ 2007 Versão final ¿Qué hay de nuevo en los nuevos movimientos sociales?

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  • O que h de novo nos novos movimentos sociais?

    Alberto Melucci

    Alessandra Aguilar e Josi Paz

    UnB- 17,Out/ 2007Verso final

    Qu hay de nuevo en los nuevos movimientos sociales?

  • Lembretes rpidos sobre o contexto do trabalho do autor

    Notas de biografia

    importante levar em conta que da Itlia do norte, em mudana nos anos 80, e na importante cidade de Milo, que Melucci reflete sobre as sociedades complexas e suas manifestaes.Seu trabalho tem carter terico: ele no est focado na aplicao em pesquisas empricas parte delas para a configurao de uma teoriaNasceu em Rimini, 27/11/1943 e morreu em Milo, 13/09/2001Filho da classe operria (seu pai era ferrovirio)Viveu na Itlia at os anos 70, onde graduou-se em Filosofia (Universidade de Milo).Mudou-se para Paris para realizar o Doutorado, orientado por Alain Touraine (Ecole de Hautes Etudes), cuja referncia terica vai marcar profundamente seu trabalho.Doutorou-se tambm em Paris em Psicologia (UER Sciences Humaines Cliniques)

  • Algumas idias fundamentais que marcam seu trabalho e esto presentes no artigo em debate

    Notas de trajetria

    *Sociologia e Psicologia, mas tambm Filosofia: lastro dos argumentos do autor.*Parte da idia da emergncia de uma nova sociedade, o papel que desempenham os movimentos sociais neste processo de emergncia e a necessidade de um novo instrumental analtico para abordar seu estudo.*Teoria social, epistemologia cientfica e ao coletiva: focos das suas preocupaes*Afirma que vivemos em um fase do desenvolvimento social que qualitativamente diferentes das anteriores e isso exige uma redefinio imaginativa e radical do instrumental analtico das cincias sociais em geral (e da sociologia em particular).

  • A pesquisa emprica em Milo e sua relao com o artigo em debate

    Notas de campo*Os movimentos sociais so pensados pelo autor como um produtivo laboratrio para visualizar as transformaes em curso e como oportunidade para avanar com uma nova epistemologia social.* Sua opo terico-metodolgica pelos movimentos sociais e pela ao coletiva.*Inicia um projeto de investigao em Milo nos anos 70 e 80 (fundao do Laboratrio de Pesquisa sobre Mudana social no Depto. de Sociologia) que d a base emprica.*10 investigadores nas principais reas de mobilizao: movimentos juvenis (tema novo poca), de mulheres, meio-ambiente e da nova conscincia.*O que est em jogo a observao de uma mudana importante nos movimentos sociais: o acesso ao significado se converte em novas formas de poder e conflito.*Os movimentos sociais so entendidos, ento, como expresso de um conflito, como signos que anunciam por meio da palavra, tal qual profetas do presente, uma profunda mutao na lgica e no funcionamento das sociedades complexas. *Questes que se colocam: autonomia para os atores individuais e coletivos (informao) e formas de poder e controle (integrao), interferncia nas razes motivacionais.*Para pensar estas questes, necessrio decompor os elementos da ao coletiva contempornea; assumir uma perspectiva analtica da ao coletiva.*E reconhecer a nova modalidade de atores coletivos.*A tentativa do autor combinar perspicaz conscincia analtica com grande flexibilidade emprica.

  • Notas de pesquisa*Os movimentos sociais so definidos como redes de solidariedade com fortes conotaes culturais que desafiam o discurso dominante e os cdigos que organizam a informao e do forma s prticas sociais.*Um marco da sociedade contempornea: os conflitos emergem nas reas em que os aparelhos de controle intervm e definem de modo heterogneo as identidades individuais e coletivas, at provocar que os indivduos reclamem seu direito de ser eles mesmos e quebrem os limites de compatibilidade do sistema social com aquele que dirige a ao.*Ele elabora uma proposta construtivista do estudo das formas de ao coletiva contempornea.* contrrio idia clssica: movimento social como O MOVIMENTO (unidades fticas), nascido quase de modo determinado a partir de condies estruturais dadas ou de valores, ideologias e crenas generalizadas em certos setores da populao.*Para ele: trata-se de um processo por explicar e no uma dado assumido a priori. *Ele rompe com a concepo de romntica: os novos movimentos so novas formas de poder, provocam novas violncias e novas injustias, tambm.*Chama a ateno para a necessidade de sair das anlises centradas na luta material no mundo do trabalho e na pura e simples conquista do aparelho do Estado.*Enfatiza que os conflitos sociais mobilizam atores que lutam para se apropriar da possibilidade de dar sentido ao seu agir.*As formas da vida democrtica exigem, portanto, compreender a dimenso cultural dos conflitos e a ao inovadora dos movimentos sociais.*O autor prope uma leitura ousada da condio humana contempornea.*E questiona se e quando os movimentos contribuem para a mudana social.*Pauta a importncia e urgncia da criao de novas categorias*E tambm critica o dualismo entre atores e sistemas.

    (cont.) A pesquisa emprica em Milo e sua relao com o artigo em debate

  • O artigo em debate no contexto da obra do autor

    Notas de bibliografia

    -Altri codici. Aree di movimento nella metropoli (dir.) (1984).-Nomads of the Present. Social Movements and Individual Needs in Contemporary Society (1989).-Linvenzione del presente. Movimenti sociali nelle societ complessa (1982 e 1991).-1a obra traduzida em portugus-* o artigo em debate situa-se neste perodo, aproximadamente, entre as pesquisas realizadas em Milo e alguns artigos que apontam para o debate terico sobre movimentos sociais. O artigo em debate representa uma etapa de polimento dos conceitos, que vo aparecer mais acabados em obras posteriores. - Challenging Codes. Collective Action in the Information Age (1996).- The Playing Self. Person and Meaning in the Planetary Society (1996).- Verso una sociologia riflessiva. Ricerca qualitativa e cultura (1998).- Accin colectiva, vida cotidiana y democracia (1999).- Parole chiave. Per un nuovo lessico delle scienze sociali (2000).- Diventare Persone. Conflitti e nuova cittadinanza nella societ planetaria (2000).- Cultura in gioco. Differenze per convivere (2000).- Vivencia y convivencia. Teora social para una era de la informacin (2001).

  • Outros aspectos do artigo em debate

    Que hay de nuevo em los nuevos movimientos sociales?pags. 119-150

    Fonte:Publicado por CIS Centro de Investigaciones Sociologicas. Los nuevos movimientos sociales: de la ideologia a la identidade/ coord. por Enrique Laraa Rodrguez-Cabello, Joseph Gusfield, 1994, ISBN 84-7476-203-0 Espaa

    Na Internet:

    Para acessar a referncia do artigo:http:// dialnet.uniroja.es/servlet/articulo?codigo=576393

    Para acessar o sumrio onde ele est citado:http: // dialnet.uniroja.es/servlet/monografia?clave_monografia=1212

    IMPORTANTE: localizou-se o artigo em outra referncia, diferente da informada (Revista do

    Mxico) na cpia xerox

  • Outros aspectos do artigo em debate

    1. Novos movimentos?2. Sociedade da informao

  • Nos sistemas de alta densidade de inf. os indivduos e os grupos devem possuir certo grau de autonomia e capacidades formais de aprendizado e ao que lhes permitam funcionar de forma aceitvel e com um grau de auto-regulao

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    Os conflitos acontecem nas reas de sistema vinculados produo de recursos de informao/comunicao, que aos mesmo tempo esto submetidos intensas presses de integrao.

    Indivduos e grupos recebem um volume crescente de informao com o qual se auto-definem e constrem seus espaos de vida.

    Novos movimentos?

  • O sistema de controle social transcende a esfera individual, dimenses da vida que eram privadas ou subjetivas e inclusive biolgicas. Sobre estes campos, detectam o poder, o aparato tecno-cientfico, agncias de informao e comunicao e os centros de deciso poltica.

    Surgem demandas de autonomia que impulsionam a ao de indivduos e grupos, onde acontece sua busca de identidades ao transform-las em espao reapropriados, se auto-realizam e constrem o significado do que so e o que fazem

    Novos movimentos?

  • Portanto, os conflitos so protagonizados por atores temporais que operam como reveladores, fazendo surgir os dilemas da sociedade. Os conflitos que descreve o autor apontam para o assunto de apropriao/reapropriao de recursos fundamentais para uma sociedade baseada na informao.

    O conflito surge quando os protagonistas lutam pelo controle potencial para a ao coletiva que produz uma sociedade. Este potencial baseado na capacidade de produzir informao.(recursos materiais/formas de organizao)

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    Novos movimentos?

    Conflitos no se do atravs de uma ao dirigida no sistema poltico, mas representam um desafio s linguagens e cdigos culturais que permitem organizar a informao. O incessante fluxo de mensagens s adquire significado atravs dos cdigos que ordenam e fazem possvel interpretar seus significados.

  • 12

    Novos movimentos?

    As formas de poder que esto surgindo se fundam na capacidade de informar.

    A ao dos movimentos neste campo em si mesmo uma mensagem que se difunde pela sociedade e transmite formas simblicas e pautas de relao--- um sistema de significados que impugna o que os aparatos tecno-burocrticos tentam impor aos acontecimentos individuais/coletivos.

    Este tipo de ao seleciona novas elites, moderniza as formas organizativas, cria novos objetivos e linguagens. Questiona a racionalidade instrumental que guia os aparatos que produzem a informao, e impede que os canais de representao e deciso prprios de uma sociedade pluralista adotem uma racionalidade instrumental.

  • 13

    A ao do movimento revela que esse neutra racionalidade dos meios oculta interesses e formas de poder, mostra que impossvel enfrentar-se o enorme desafio de viver juntos (sociedade global) sem discutir sobre os fins e valores que fazem possvel a coexistncia das pessoas.

    Os mov. contemporneos (M.C.) se afastam do modelo tradicional de organizao poltica e assumem uma crescente autonomia dos sistemas polticos.Eles vo ocupar um espao intermedirio da vida social, no qual se entrelaam necessidades individuais e impulsos de inovao poltica. A eficcia dos conflitos sociais pela mediao dos atores polticos.

    Novos movimentos?

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    As demandas coletivas dependem do modo pelo qual os atores polticos logrem traduzir em garantias democrticas as demandas desta ao coletiva.

    O autor indica que no usa o conceito de relaes de classe, produo e apropriao dos recursos sociais.

    Nos sistemas contemporneos, perdem consistncia as classes como grupos sociais, fazem falta conceitos mais adequados - sem deixar de lado o problema terico que deixa a categoria de relaes de classe: saber dentro de que relaes e com que conflitos tm lugar a produo e a apropriao dos recursos cruciais de um sistema determinado.

    Novos movimentos?

  • 15

    Novos movimentos?

    O autor indica que o problema terico se existem formas de conflito que batem com a lgica constitutiva de um sistema.

    O novo modo de produo no esta ligado s a esfera econmico-material, mas abarca o conjunto de relaes sociais e orientaes culturais. Melluci indica que o problema consiste em: se pode falar ainda em conflitos antagonistas, aqueles que batem com as relaes sociais atravs dos quais se produz o recurso dos sistemas complexos, a informao?

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    Novos movimentos?

    Segundo o autor se deve manter aberta a pergunta sobre o carter sistmico dos conflitos: Que significa o termo lgica do sistema em sistemas muito diferenciados? possvel identificar conflitos antagonistas sem que os atores se caracterizem por uma condio social estvel?-----perguntas-hipteses que podem orientar a interpretao dos movimentos contemporneos.

  • 17

    Sociedade da informao

    50% da populao - atividade produo/tratamento/ circulao da informao - este recurso estrutura a vida social. Recurso de natureza simblica, reflexiva, um bem que passa a ser produzido e trocado e que requer uma capacidade de simbolizao/decodificao.

    A sociedade post-material. Os sistemas se apiam mais nos recursos informativos que requerem uma base material. A capacidade de construir universos simblicos. A inf. no existe com independncia da capacidade humana de perceb-la. Pesquisas biolgicas sobre o crebro e mecanismos motivacionais/comportamento mostram que o papel da inf. um recurso decisivo, uma extenso da interveno humana sobre a natureza humana....

  • 18

    Sociedade da informao

    A informao chave para os sistemas complexos, mas leva a trs nveis: informao, conhecimento, sabedoria. O controle da produo, acumulao e circulao de inf. depende do controle dos cdigos que permitem process-la. Esse controle no est uniformemente distribudo e por isso o acesso ao conhecimento leva a novas formas de poder, novas discriminaes , novos conflitos.

    O ser humano incapaz de ordenar a quantidade crescente de informao (emissor/receptor.)

    Se produz uma quebra - o conhecimento instrumental (manipulao eficaz dos cdigos simblicos que selecionam, ordenam e disseminam a informao) e a busca da sabedoria como integrao do sentidos na experincia pessoal.

  • 19

    Sociedade da informao

    Da a importncia que adquire a busca de identidade, a explicao do self. O redescobrimento de uma alteridade incurvel ( o outro, o sagrado), de um espao de silncio que se subtra ao reflexo de comunicao codificada.

    De acordo com Melluci os novos movimentos so um esgotamento da idia dos movimentos-personagens.

    Nos M.C. esto combinadas formas de ao que integram diversos nveis de estrutura social, distintos pontos de vista e que pertencem a diferentes perodos histricos. H que captar multiplicidade de elementos, sincrnicos/diacrnicos, e explicar como esto combinados em um ator coletivo. Cada fenmeno emprico, proporciona inf. sobre um segmento da estrutura social. No possvel captar o significado dos fenmenos coletivos se s abordamos sua totalidade.

  • 20

    Sociedade da informao

    H que inspecionar nas diferentes orientaes que contm (de conflito ou no, de solidariedade) os distintos nveis de sociedade que so abarcados por sua ao(modos de produo, sist. polticos, modos de vida) e os perodos histricos diferenciados que se acham condensados nesse fenmenos particular. H que considerar a ao coletiva como resultado e no como ponto de partida.

    Melluci pergunta se est surgindo um novo paradigma de ao coletiva: no no sentido emprico, mas no analtico, em funo da presena de determinados nveis ou elementos da ao.

  • 21

    Sociedade da informao

    O autor diz que se trata de perguntar se existem dimenses das novas formas de ao que devemos atribuir a um contexto sistmico distinto do capitalismo industrial. O autor se pergunta se os novos mov. contemp. revelam conflitos sistmicos que no esto relacionados com os do capitalismo industrial.

    O enfoque que se concentra nos aspectos mensurveis de ao coletiva, isto , na relao com os sist. polticos, enquanto descuida ou infra-valora todos aqueles aspectos dessa ao que consiste na produo de cdigos culturais. Quando um mov. se enfrenta publicamente com os aparatos polticos, o faz em nome dos novos cdigos culturais criados em um plano de ao oculta que bastante menos ruidoso e mais difcil de medir.

  • 22

    Sociedade da informao

    H conflitos antagonistas de natureza sistmica nos fenmenos coletivos contemp.?.Responder com outros nveis de explicao da ao coletiva, por ex: termos disfunes ou de crises ou em termos de mudana poltica.

    Conflitos contemp. explicam-se pelo funcionamento do mercado poltico, como expresses de categorias ou grupos sociais excludos que querem obter representao polit., aqui no h uma dimenso antagonista do conflito, mas sem uma demanda de participao num sis. benefcios.

    *Existncia de conflitos de carter sistmico? Melluci critica os cient. sociais herdeiros tradio que situa nas estruturas

    as lgicas de interpretao e explicao dos fatos, s margem das relaes quotidianas que os atores estabelecem no processo de construir no sentido de sua ao.

  • 23

    Sociedade da informao

    A lgica de um sistema tambm se encontra nos nveis simples da vida social, nos que tem lugar a interao dos atores e se definem as oportunidades e de sua ao.

    Assim estamos frente a uma transformao nos sist. cont., baixo o suposto que estes tipos de sociedade presento uma lgica distinta capitalismo industrial.

    O autor se pode pensar numa lgica dominante que se manifesta em forma global, que se distribua atravs diversos reas do sist. e produza uma variabilidade de lugares e atores do conflito. Esta classe de lgica pode identificar-se na interao diria (etno-metodologos)

    preciso considerar a ao social a partir do processo pelo qual seu significado se constri na interao social.So os atores que produzem sentido em seus atos atravs das relaes que fazem entre eles.

  • 24

    Sociedade da informao

    Aonde se situa a ao dos mov. contemp.? Seu campo de ao?

    As sociedades complexas produzem bens materiais, informao, que circulam mercados globais.Os conflitos se deslocam do sist. econmico-industrial para o cultural.

    A produo e re-apropriao do significado parece constituir o ncleo central destes conflitos atuais, e isso implica uma redefinio de mov. social e suas formas de ao.

    Histria sociedade, recursos (matria, energia, informao) Agora a revoluo eletrnica informao. e aumentando dados

    armazenados.

  • 25

    Sociedade da informao: caractersticas

    Experincias de vida nas sociedades complexas so experincias de grau n, isto , tm lugar em contextos produzidos pela ao social, representados/retransmitidos pelos meios de comunicao, que fazem da realidade uma lembrana ou um sono.

    Planetarizao do sistema, informao unifica o sistema mundial e problemas transnacionais (controle, circulao, e intercmbio de Informao) Localizao territorial problema, impacto simblico sistema planetrio. Esse processo (globalizao) reativa formas ao coletiva baseadas em etnia e nao. Movimentos tnico-nacionalistas vestgios da modernizao.

    Novos fundamentos do poder so os cdigos, um conjunto de regras formais para organizar o conhecimento. Sabedoria e explorao do sentido, coisas perdem sentido. Valor agora ao saber operativo e auto-justificador (expert).Discurso controlado por certos grupos - definio conceitos e monoplio sobre a linguagem. Assim a informao um recurso que deixa de circular entre atores. Esse recurso se converte em sistema de signos vazios do qual se esconde a chave.

    Incerteza pela quantidade de informao: acesso a ela no garante conhecimento.

    Surgem sistemas de informao que expandem a capacidade de deciso .

  • 26

    (cont.) Sociedade da informao: caractersticas

    Identidade individual/grupal enfrenta incertezas: fluxo de informao, pertence simultaneamente aos sistemas e com distintos marcos de referncias espaciais e temporais. Por tanto, a identidade deve ser reestabelecida e negociada constantemente. Sua busca: o remdio contra a opacidade do sistema, incerteza. Produzir ident.idade significa e reforar fluxos de inf. procedentes do sistema, faz-los mais estveis e coerentes, isto , contribuir para a estabilizao ou a modernizao dos prprio sistema.A busca da identidade permite aos indivduos o reconhecimento como produtores de sentidos que atribuem aos fatos e desafiam a manipulao dos aparatos do poder.

    Sistemas complexos: ainda uma lgica dominante? Cultura industrial, metforas espaciais, base-estrutura, centralidade/marginalidade versus sociedades complexas: no h centro simblico. Descentralizao dos lugares do poder e conflito: difcil caracterizar processos/atores centrais.

    Uma lgica de dominao no est na contradio com a idia de complexidade dos sistemas contemporneos: uma lgica dominante, mas seu lugar muda constantemente: reas/nveis podem variar. O poder no radica estruturas e no detm atores e relaes sociais: no definitivo.

  • Mais aspectos do artigoem debate

    3. Desafios simblicos4. Redes submergidas e aes visveis

  • Desafios simblicos

    Mudana dos movimentos sociais de seqncia para coexistncia

    Movimento ecologista como exemplo: remete ao movimento operrio (sociedade industrial) e apresenta caractersticas singulares (religio) que tambm esto presentes em outros movimentos, porm, no possvel reduzi-lo a uma herana.

    Movimentos so uma realidade permanente das sociedades complexas

  • Desafios simblicos

    Pergunta terica inevitvel: os movimentos sociais tm carter conflitivo?

    Resposta em dois nveis:

    Distintas orientaes de ao, nem todas de carter antagonista (aqui, o autor muda a sua avaliao sobre o tema do antagonismo, no que se refere a textos anteriores)

    Grupos de mulheres e jovensMotivaes ambientalistas

    Movimentos como rede, mensagem de conflito social

    Participao direta, indivduos que separam tempo de cio e trabalho

  • Redes submergidas e aes visveis

    Movimentos assumem modelo de funcionamento em dois plos: submergidos e depois, visveis mas a passagem de um estado ao outro no imediata (Fases latente e de visibilidade do movimento)

    Fase de latncia: experimentar novos modelos culturais, favorece a mudana social a partir da construo de significados e a produo de cdigos diferentes dos que prevalecem na sociedade

    Fase de visibilidade: Os grupos emergem para enfrentar a autoridade poltica sob diversos assuntos.

  • Redes submergidas e aes visveis

    Persistncia e eficcia dependem de condies especficas.

    Esto focados em temas especficos. Um mesmo indivduo participa em vrios

    grupos e mesmo h vrios grupos dentro de um mesmo movimento.

  • Redes submergidas e aes visveis

    A mobilizao ocupa uma parte do tempo do ator.

    Isso exige implicao pessoal e solidariedade afetiva dos que pertencem a rede, no s para a adeso, mas tambm para a continuidade da vinculao.

  • Fontes de pesquisa para esta sntese

    Alberto Melucci.

    Qu hay de nuevo en los nuevos movimientos sociales?

    pags. 119-150. Los nuevos movimientos sociales : de la ideologa a la identidad / coord. por Enrique Laraa Rodrguez-Cabello, Joseph Gusfield, 1994, ISBN 84-7476-203-0. Publicado por CIS Centro de Investigaciones Sociologicas, Espaa.Fonte: http:// dialnet.uniroja.es/servlet/articulo?codigo=576393Fonte: http: // dialnet.uniroja.es/servlet/monografia?clave_monografia=1212

    A inveno do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas. Petrpolis, RJ: Vozes, 2001. Trad. de Maria do Carmo Alves do Bomfim. Livro.

    In memorian Alberto Melucci (1943-2001). Reis Revista Espaola de Investigaciones Sociologicas. 96/01, pp. 7-11. Artigo consultado na internet.

    Fonte: http://www.reis.cis.es/REIS/PDF/REIS_096_03.pdf

    Jess Casquette.

    Juventude, tempo e movimentos sociais. Trad. de Angelina Pereira Teixeira Peralva. Revista Young. Estocolmo. V.4, no 2, 1996, p.3-14. Artigo consultado na internet.

    Fonte: http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE05_6/RBDE05_6_03_ALBERTO_MELUCCI.pdf