seminario arte e movimentos sociais_pp 2003-1
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Nicos Hadjinicolaou
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Breno Rocha Dâmaso
Camila Aparecida Monteiro
Eliane Ferreira
Fernanda Luiza C. Moreira
Pamila Lages Norberto
Tiago Araújo Campos
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Classes sociais
Luta ideológica das classes“A história de toda sociedade, até os nossos dias não tem sido, senão a história das lutas de classes”.
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I. Explicação psicológicaII. Explicação psicanalíticaIII. Explicação pelo meio
A explicação psicológica, psicanalítica e pelo meio têm, apesar das diferenças essências, uma base comum: para as três os produtos de imagens são o ponto de referência para a explicação das suas obras.
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Cultura, espírito, sociedade
Desde 1900, existe uma série de concepções pouco difundidas que negam a necessidade de recorrer à personalidade dos produtores de imagens para poder explicá-las ou escrever a história da sua produção
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“Para compreender uma obra de arte, um artista, um grupo de artistas, precisamos de representar para nós com exatidão o estado geral do espírito e dos costumes da época a que eles pertencem.” (Tainer)
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A História da arte para Panofsky
A imagem
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Em 1920, Max Dvorák escreveu: “A arte não consiste apenas na solução dos problemas e na evolução das tarefas que diz respeito a forma; mas ela também, a expressa das ideias que dominam na humanidade, a sua história, a sua religião, a sua filosofia ou a sua poesia. Ela é parte da história geral do espírito”.
Ponto de vista científico, os resultados dessa escola são fracos, pois não vê que o espírito está dividido, ou seja, não há uma história do espírito humano mas uma história das ideologias, inseparáveis das classes sociais a que correspondem.
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A sociologia da arte constitui-se uma disciplina independente, que tem certas relações com a sociologia geral, mas sem relação com a disciplina da arte.
Segundo a concepção da sociologia, as classes sociais, a família ou o aspecto econômico do artista coexistem sem hierarquia, sem predominância de um fato sobre os outros.
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De um modo geral, nem nos trabalhos de Francastel nem em outros não encontramos um definição da sociologia da arte sendo este diferente da história da arte.
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As imagens estão dissolvidas num conjunto chamado espírito, cultura ou sociedade com um vida absolutamente autónoma.
Esse conjunto faria parte de um conjunto homogeneo, harmonioso, sem falhas nem contradições inerente ao espírito e nunca às contradições provocadas pela divisão da sociedade em classes.
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Varias tentativas de explicar a arte e a sua evolução atraves de um rigoroso estudo das formas.
Formas, estruturas, obras. Guiam-se por uma preocupação de
cientificidade que as levam a considerar qualquer evocação das realidades não artísticas como uma fuga, um abandono do objeto da ciência da arte.
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A escola de Wölfflin é considerada como formalista. Definimos os objetivos de uma história da arte que considera antes de mais o estilo como uma ‘expressão’, a do estado do espírito de uma época e de um povo bem como o temperamento pessoal.
Não é o temperamento que faz a obra de arte, mas ele fornece aquilo a que se pode chamar a matéria de um estilo que compreende um ideal de beleza, o de um indivíduo ou de uma coletividade.
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O estruturalismo é um aprofundamento do querer artístico desenvolvido por Alois Riegl nos finais do séc. XIX, sendo este o representante mais notável da ideologia burguesa em história da arte.
O grande contributo cientifico de Rielg reveste a forma da ideologia materialista-positivista.
O segundo contributo está contaminado peki seu materialismo geografico-etnico
Desenvolveu-se em duas direções: a análise das estruturas gerais e a analise das estruturas da obra particular .
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Caracteriza-se pela recusa de fazer história da arte e pela pretensão que tem de ser desligada de toda a ideologia, pela sua hostilidade às teorizações de toda a ordem.
A única realidade existente nessa escola neopositivista é a obra concreta e singular, sendo dever do historiador reconstituir o estado original, datá-la e analisá-la exaustivamente.
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Uma das aplicações da história da arte marxista vulgar corresponde à concepção da história da arte como história dos artistas progressistas, assim essa história da arte que se diz marxista conseguiu estabelecer uma espécie de panteão dos artistas ditos realistas.
A predominância do marxismo vulgar é utilizada pelos adversários dos marxismo que receiam que a aplicação à arte dos métodos científicos ponha fim a sua loquacidade e faça da produção de imagens um fenômeno histórico racionalmente apreensível.
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A ideologia político social do artista não corresponde necessariamente à ideologia de certas imagens ou series de imagens de caráter político produzidas por ele.
Quando se trata de ideologia política o centro da analise deve sair da obra e passar a ser o artista.
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O que é um estilo? Estilo seria uma espécie de essência da arte.
A noção de estilo muda muitas vezes de significação. Ele pode ser considerado como recordações estéticas das épocas através dos diversos cultos da beleza.
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I. Segundo Wölffin, o estilo como uma organização determinada de forma.
II. Segundo Riegl, estilo é o que aprofunda a noção de “vontade artística”, os estilos não são apenas formas, mais algo diferente que não pode ser aprendido pelo simples estudo das formas.
III. Apresentada por adeptos das concepções da historia da arte como parte da historia da cultura, da historia do espírito ou até da historia das sociedades. Ela é um produto direto delas.
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Ideologia Imagética é uma combinação especifica de elementos formais e temáticos da imagem que constituem uma das formas particulares da ideologia global de uma classe social.
Quando falamos de Ideologia Imagética entendemos como uma combinação especifica de elementos formais e temáticos da imagem através da qual os homens exprimem a maneira como vivem as suas relações com as suas condições de existência, combinação que constituem uma das formas particulares da ideologia global de uma classe.
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O conceito de Ideologia Imagética é um conceito construído que nos permite apreender as particularidades da produção de imagens e da sua história.
O conceito de ideologia imagética corresponde unicamente ao “ESTILO COLETIVO DE UM GRUPO”.
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O lugar que uma classe social ocupa na sociedade obriga-a a ter uma perspectiva especifica da realidade social em que nenhuma outra classe tem.
Qualquer Ideologia Imagética faz referência à realidade.
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A concepção na qual cada artista tem seu próprio estilo.
Duas variantes: 1.Seu estilo por excelência.2.A variedade do seu trabalho.
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David, A Morte de Marat, 1793. Bruxelas, Museus Reais de Belas-Artes.
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Davd, Madame Récamier, 1800, inacabado. Paris, Louvre.
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PINTOR, DESENHISTA E GRAVADOR, REMBRANDT FOI UM MESTRE DO CLARO-ESCURO, TÉCNICA EM QUE OS EFEITOS DE LUZ CRIAM A FORMA E O ESPAÇO E A ELES A COR SE SUBORDINA. SEUS DESENHOS, NOTÁVEIS PELA SOLTURA DOS TRAÇOS, SÃO UM VÍVIDO REGISTRO DA AMSTERDAM DE SUA ÉPOCA, ENQUANTO OS RETRATOS E AUTO-RETRATOS EVIDENCIAM PROFUNDA SENSIBILIDADE ÀS NUANÇES DO TEMPERAMENTO HUMANO.
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REMBRANDT TRABALHOU COM SUCESSO PARA ESSE PÚBLICO, QUE APESAR DE SER RESTRITO ERA A PRINCIPAL FORÇA ECONÔMICA E SOCIAL DO PAÍS
OS QUADROS DESSA ÉPOCA SÃO A EXPRESSÃO DA BURGUESIA HOLANDESA QUE TORNA-SE A PRINCIPAL FORMADORA DE ESTILO NA HOLANDA
NESSA FASE A BURGUESIA NÃO MAIS COPIA ESTILOS DE OUTRAS CLASSES, MAS CRIA SEUS PRÓPRIOS ESTILOS
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ELES NÃO VIAM A ACUMULAÇÃO DE CAPITAL COMO PECADO E SIM O ÓCIO O GOZO DA RIQUEZA ERA PARA OS PROTESTANTES HOLANDESES UM PECADO
IMAGENS PARTICULARES A ARTE RELIGIOSA DE REMBRANDT DETÉM, COMO
O SEU MAIS ALTO VALOR, UMA VERDADEIRA CREDIBILIDADE, E SÓ O QUE É ACREDITADO É CRÍVEL
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TENDO EM PRINCÍPIO A DEFINIÇÃO DAS DUAS PALAVRAS, PARECE NÃO HAVER UMA RELAÇÃO ENTRE A IDEOLOGIA IMAGÉTICA, COM SEU DUPLO ASPECTO DE DESCONHECIMENTO-RECONHECIMENTO, ILUSÃO-ALUSÃO À REALIDADE, EM RELAÇÃO COM O CONHECIMENTO CIENTÍFICO DA REALIDADE
PORÉM UMA LEITURA MAIS APROFUNDADA DEVE SER FEITA SOBRE A IDEOLOGIA IMAGÉTICA AFIRMATIVA OU POSITIVA E A IDEOLOGIA IMAGÉTICA CRÍTICA
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TEM UMA RELAÇÃO NÃO CONFLITUAL COM OUTROS TIPOS DE IDEOLOGIAS
ESSA RELAÇÃO POSITIVA NÃO COFLITUAL, PODE IR ATÉ À EXALTAÇÃO DE OUTROS TIPOS DE IDEOLOGIAS (É O CASO DE TODAS AS ALEGORIAS POLÍTICAS, RELIGIOSAS ETC.
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TODA IDEOLOGIA IMAGÉTICA POSITIVA É COLETIVA
POIS SIGNIFICA QUE É A EXPRESSÃO COMO UMA CLASSE SOCIAL OU GRUPO SE VÊ EM RELAÇÃO AO MUNDO
DEFINE-SE EM RELAÇÃO E ATRÁVES DOS SEUS VALORES
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“Não existe uma coisa
chamada arte. Só existem
artistas.” Gombrich
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SOBRE A IDEOLOGIA IMAGÉTICA CRÍTICA
Imagético:
São estruturas abstratas e genéricas advindas da dinâmica da
imagem; caracterizada pela observação humana. Diz respeito a muitos
aspectos da atividade do ser humano no espaço, tais como: orientação,
movimento, equilíbrio, forma etc. que se exprime por imagens, que
revela imaginação.
Estruturas imagéticas mais comuns refletem as percepções de
percurso, dimensão/conteúdo, parte/todo, ligação, centro/entorno, em
cima/embaixo, frente/trás, entre outros.
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O Rapto de Ganimedes Na mitologia grega, Ganimedes
era um príncipe de Tróia, por
quem Zeus se apaixonou. Nas
imediações de Tróia, o jovem
cuidava dos rebanhos do pai,
quando foi avistado por Zeus.
Atordoado com a beleza do
mortal, Zeus transformou-se em
uma águia e raptou-o, possuindo-o
em pleno vôo. Ganimedes foi
levado ao Olimpo e, apesar do
ódio de Hera, substituiu a deusa
Hebe e passou a servir o néctar
aos deuses, bebida que oferece a
imortalidade, derramando, depois,
os restos sobre a terra, servindo
aos homens. Em homenagem ao
belíssimo jovem, Zeus colocou-o
na constelação de Aquário.
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NICOLAS BEATRIZET - RAPTO DE GANIMEDES,
MEADOS DO SEC. XVI
GRAVURA A PARTIR DO DESENHO DE MIGUEL ÂNGELO
Rembrandt vê a gravura de
Nicolas Beatrizet e, como
bom cristão-protestante,
apesar da sua admiração
de artista pelo desenho
decide fustigar essa falta
de moralidade.
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O Rapto de Ganimedes/Rembrandt 1635
A CRÍTICA:
Em vez de um belo efebo
(jovem rapaz) que, em
êxtase, se abandona ao seu
raptor, temos uma criança a
chorar , que urina devido ao
medo que lhe provoca uma
enorme ave que a rapta no
momento em que ela,
calmamente comia cerejas.
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O Rapto de Ganimedes/Rembrandt 1635 A CRÍTICA:
“Quando Rembrandt pintou a história de
Ganimedes, transformou-a em comédia”.
A pintura causou constrangimento e
perplexidade aos historiadores burgueses
da época.
“A mais pertubadora e mais inesquecível
das pinturas anticlássicas de Rembrandt é o
Rapto de Ganimedes”. Sir Kenneth Clark
(1635).
É um protesto não só contra a arte antiga,
mas também contra a moralidade antiga.
O Rápto de Ganimedes de Rembrandt opera
a mais violenta crítica possível das
concepções reinantes na corte e nos
círuclos humanistas contemporâneos.
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Casamento à moda é uma série de seis pinturas e gravuras, concebidas em
1715 por William Hogarth. Respeitando o percurso marital, esta controversa série de
pinturas foi tema de grandes debates sociais ao longo de todo o século XVIII.
Fazia uma advertência contra o casamento de conveniência que leva a um
comportamento imoral.
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O futuro casal, vestido de mudo muito elegante, à moda francesa, muito em
voga aos olhos da nobreza inglesa da época aguarda a sentença: ele indiferente volta as
costas à companheira que alguém escolheu por si, olha-se num espelho e tira,
aborrecido, uma pitada; ela, infeliz, brinca mecanicamente com a aliança presa num
lenço. A sua situação repete-se e resume-se num plano simbólico: dois pequenos cães,
presos uma ao outro estão aninhados aos pés dos futuros cônjuges.
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Retrato feito por encomenda
de Dona Rita de Barrenechea, nascida
depois da morte da mãe, de quem herdou
o título em 1761.
Trata-se de um retrato de
representação de personagem, que
pertencia à pequena nobreza
A marquesa está em pé, com
as mãos cruzadas segurando um leque
com a mão direita.
Traz um grande laço de seda
cor-de-rosa e algumas florzinhas nos
cabelos castanhos arruivados e um lenço
cinzento sobre um fato preto. Por detras
dela um fundo azul-cinzento.
A critica se faz, apontando a
contradição existente entre a origem da
classe da marquesa e a sua ideologia
esclarecida e, por outro, apontando a
contradição existente ao nível individual
entre a sua necessidade de agradar e a
sua consciência de envelhecer.
Francisco de GOYA Y LUCIENTES Marquesa de La Solana1794-95© Musée du Louvre/A. Dequier - M. Bard
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IDEOLOGIA IMAGÉTICA E EFEITO ESTÉTICO
O que é que determina que uma obra de arte seja considerada
“grande” e não “menor” ou insignificante, e que esteja pendurada numa
grande sala do Louvre e não amontoada em outro lugar.
O que vem a ser esse fator decisivo, esse elemento específico
da arte que é a estética?
Neste contexto, o autor afima: “a arte não existe”. O que existe
são os diversos tipos de produção, como a produção de imangem, a
produção muiscal, etc.
Falar da arte é próprio da ideologia estética burguesa.
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Mona Lisa -La GiocondaLeonardo da Vinci, 1503-1507
Admitamos: Há
imagens que considermos
mais belas que outras.
Há imagens que
consideramos “obras primas”
e outras que classificamos
como “menores”.
Seria o aspecto
“estético” a particularidade de
conferir-lhe o status de obra-
prima?
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PINTURA ABSTRATA FEITA POR HUMANO
PINTURA ABSTRATA FEITA POR ANIMAL
“O belo é sentido
subjetivamente por cada indivíduo”
(Kant).
Nicos discorda de tal
afirmação e diz que: os juízos
estéticos, que avaliam de modo
diferente as obras de arte não são
subjetivos mais pertecem sempre às
ideologias estéticas dos grupos
sociais.
Substituir a questão
idealista: “O que é belo?” ou “Porque
é que esta obra é bela?”, pela
seguinte questão materialista: “Por
quem, quando e porque esta obra é
sentida como bela?”
![Page 56: Seminario Arte e Movimentos Sociais_PP 2003-1](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022052523/5571f87249795991698d7517/html5/thumbnails/56.jpg)
“As obras de arte não encerram em si um valor chamado
‘beleza’ ou algo semelhante. Elas são antes polivalentes; alguns
dos seus valores são experimentados por algumas pessoas,
outros por outras, e não há método a priori para determinar
quais desses valores são valores propriamente ‘estéticos’ ”.
George Boas
![Page 57: Seminario Arte e Movimentos Sociais_PP 2003-1](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022052523/5571f87249795991698d7517/html5/thumbnails/57.jpg)
A obra discute as concepções reinantes sobre o que é o objeto da história
da arte. O autor diz que: se a história da sociedade é a história da luta de
classes, impossível seria dissociar deste contexto a história da produção
de imagens.
Não existe um jeito errado de se gostar de uma obra de arte. Fazer
com que o espectador lembre de alguém ou de algo querido, pela
semelhança da representação é algo tão válido quanto outros motivos.
Ninguém nunca para de aprender sobre arte.
A história da arte é como uma tela contínua e uma mudança de
tradições, em que cada obra reflete o passado e aponta para o futuro.
CONCLUSÃO
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HADJINICOLAOU, Nicos. História da Arte e Movimentos Sociais. Edição em português. Editora Martins Fontes. Ano
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