secretaria municipal da educação escolarização e...
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Escolarização e aprendizagem do aluno
PAEE
Secretaria Municipal da Educação
Me. Katia de Abreu Fonseca Profª da Divisão de Educação Especial – Coordenadora da Área de Educação Especial do DPPPE/SME [email protected] - [email protected]
Serviços de Educação Especial
O município de Bauru, em consonância com a
legislação nacional sobre a Educação Especial na atua
na perspectiva da Educação Inclusiva.
A Divisão de Educação Especial atende alunos
com deficiência visual, auditiva, física, intelectual,
TGD/TEA, altas habilidades/superdotaçõa e alunos
com dificuldades acentuadas de aprendizagem que
apresentam necessidades educacionais especiais que
estejam em avaliação.
Dados da Divisão de Educação Especial – Fev. 2018
PROFESSORES EDUCAÇÃO ESPECIAL Especialista Em Educação – Professor de Educação
Básica Fundamental – Especial 72
Especialista Em Educação Adjunto – Professor
Substituto De Educação Básica Fundamental – Especial 18
TOTAL GERAL 90
AGENTE EDUCACIONAL – CUIDADOR DE CRIANÇAS, JOVENS, ADULTOS E IDOSOS
Ensino Fundamental 33 Educação Infantil 45 CEJA 1
TOTAL GERAL 79
Número de alunos Público-alvo da Educação Especial - Fev. 2018
TOTAL DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA E NECESSIDADE EDUCACIONAL ESPECIAL MATRICULADOS NO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO EM 2016
Deficiências
Fundamental
e CEJA
Infantil
TOTAL
Deficiência Auditiva - DA 5 5 10
Deficiência Física - DF 4 9 13
Deficiência Paralisia Cerebral - PC 17 13 30
Deficiência Visual -CEGO 3 2 7
Síndrome de Down 10 22 32
Defic.Intelectual - DI 114 11 125
Defic. Múltiplas - D. Mult. 20 1 21
Autista - TEA 54 72 126
TOTAL ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
Fundamental Infantil Total
229 94 279
Neces. Educ. Especial/Alunos avaliação 184 94 279
TOTAL 414 229 643
Modalidades de atendimento Salas de Recursos
Professor especialista suplementa (no caso dos superdotados) e
complementa (para os demais alunos) o atendimento educacional.
EMEFs, em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos
adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos com e sem
deficiência.
Individual ou em pequenos grupos, para alunos que apresentam
necessidades educacionais semelhantes.
Horário: contra turno das aulas regulares, ou, quando extremamente
necessário, durante o período em que frequentam as aulas do ensino
comum.
Modalidades de atendimento Itinerância
Serviços de atendimento e orientação pedagógica
desenvolvida por professores especializados;
Visitas semanais às escolas para trabalhar com os
alunos com deficiência e com necessidades educacionais
especiais seus respectivos professores da Rede Regular
de Ensino;
Trabalho cooperativo entre o professor do ensino
regular e o professor especializado, no planejamento e
avaliação do desempenho dos alunos.
Para viabilizar o bom atendimento, considera-se importante a atuação do cuidador com a função de auxiliar a escola e o professor na condução das tarefas de vida diária, possibilitando uma participação efetiva, principalmente, do aluno mais dependente.
Cuidador
Ao cuidador não compete avaliar e planejar atividades propostas em salas de
aula. Sua atuação será sempre dirigida e supervisionada pelo
professor da sala comum e o professor da Sala de
Recursos/Itinerância. O referencial de autoridade para o
aluno deve estar centrado no professor, porém o trabalho
deve ser COLABORATIVO.
Secretaria Municipal da Educação mantém convênio com:
1) APAE e SORRI:
Para atendimentos clínicos nas especialidades:
• NEUROPEDIATRIA
• PSIQUIATRIA
• CLÍNICA GERAL
• ORTOPEDIA
• ENFERMAGEM
• PSICOLOGIA
• FONOAUDIOLOGIA
• FISIOTERAPIA
• TERAPIA OCUPACIONAL
• ASSISTÊNCIA SOCIAL
• NUTRICÃO
• ENTRE OUTROS....
LDB
Art. 58. Entende-se por educação especial,
para os efeitos desta Lei, a modalidade de
educação escolar oferecida preferencialmente
na rede regular de ensino, para educandos com
deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação. Lei nº 12.796, de 4 de abril de
2013.
Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
É uma área de conhecimento que visa promover o
desenvolvimento das potencialidades de alunos
público alvo da Educação Especial (definida pelo
LDB, 2013), e abrange desde a educação infantil até
a educação superior.
Altas Habilidades
/Superdotação
Público-alvo da Educação Especial?
Deficiência Física
Deficiência Auditiva
Deficiência Visual
Deficiência Intelectual
Transtorno Global do
Desenvolvimento
Intermitente
apoio episódico, baseado em necessidades específicas e oferecido em certos momentos, por tempo limitado, particularmente em momentos de transição no ciclo de vida da pessoa. Pode ser oferecido em momentos de crise ou em demandas específicas.
Limitado
apoio indicado em momentos necessários, mas por período limitado de tempo.
Extensivo
apoio prestado regularmente (às vezes diário) em alguns ambientes, (escola, trabalho, lar), sem limitações quanto ao tempo de duração e permanência.
Pervasivo
apoio constante, de alta intensidade, indicado em diversos ambientes, potencialmente du rante todo o ciclo de vida da pessoa. Envolve uma equipe maior de pessoas para administrando os apoios.
Intensidade de apoio. Fonte: AAIDD, 2010
ESCOLA DEMOCRÁTICA
Atender todos os aluno
independente de suas
condições sensoriais,
intelectuais, físicas ou
sociais.
Pautada em posturas inclusivas,
oportunizando as mesmas
condições de aprendizagem aos
alunos
Organizando o currículo
prevendo os possíveis
ajustes quando necessário
FLEXIBILIZAÇÃO
ADEQUAÇÃO
ADAPTAÇÃO
AJUSTE CURRICULAR
Conjuntos de procedimentos ou práticas pedagógicas que
objetivem garantir a aprendizagem dos conteúdos curriculares
estabelecidos, ou seja, a consecução dos objetivos ou intenções
educativas estabelecidas.
Atuando
basicamente
Práticas
pedagógicas
Interações
pessoais
Conteúdos e
Objetivos
Repensar a prática pedagógica, não mais centrada nas ações (plano) estáticas do
professor, mas sim no desenvolvimento de estratégias que auxiliem os alunos, a
aprenderem os conteúdos a serem ensinados que atenda a todos os alunos
APRENDIZAGEM E AJUSTE CURRICULAR
CONTEÚDOS E
OBJETIVOS
PRECONIZADOS
A TODOS OS
ALUNOS
ALTERAÇÕES NAS
ESTRATÉGIAS
DAS PRATICAS,
MANTENDO OS
CONTEÚDOS E
OBJETIVOS
ALTERAÇÕES NOS
CONTEÚDOS,
OBJETIVOS,
RECURSOS E
PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS (DE ACORDO COM A
NECESSIDADE DO ALUNO)
CURRÍCULO
COMUM
FL
EX
IBIL
IZA
ÇÃ
O
CU
RR
ICU
LA
R
Possibilidades
educacionais de
atuar frente às
dificuldades de
aprendizagem dos
alunos. Pressupõem
a realização de
ajustes no currículo
comum, quando
necessários, para
torná-lo apropriado
às peculiaridades
dos alunos com
NEEs.
Conceitos definidos no estudo de Fonseca (2011),
modalidades e ajustes dentro da Sala de aula
MAJÓN,1997; MARQUES, 1998; BRASIL,1999; ARANHA, 2002; IÁCONO & MORI, 2004; GONZÁLEZ, 2007; MINETTO, 2008; LEITE & MARTINS 2010
FLEXIBILIZAÇÃO: mudanças nas estratégias das atividades diárias. Atividades que todos os alunos podem se beneficiar sem mudança no currículo
ADEQUAÇÃO: atividade s individualizadas de acordo com as necessidades dos alunos, podendo ocorrer alterações nos objetivos, conteúdos e práticas, desde que a atividade esteja no contexto da sala de aula, ou seja, que a atividade adequada seja, ao menos, com o mesmo tema/conteúdo trabalhado com os demais alunos;
ADAPTAÇÃO: mudança do planejamento e até do curriculo para determinado aluno (situação grave de deficiência) que não se beneficie dos ajustes de flexibilização e adequação curricular.
Vamos pensar em escolarização por
condição de deficiência?
Deficiência Auditiva
Deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;
Atividades Para definir a prática pedagógica é preciso saber
em qual aspecto o aluno com DA se encaixa.
Orientações para a conduta profissional e pedagógica do professor
Tratar a criança de forma natural, não adotando atitudes paternalistas e não
ignorando-a;
Explicar aos demais alunos da sala o que é ser surdo e as especificidades de
comunicação do aluno em questão, favorecendo assim sua aceitação e integração
ao ambiente escolar;
Incluir o aluno em todas as atividades como elemento integrante do grupo, tanto
na sala de aula ou fora dela;
Determinar o lugar mais próximo do professor, onde o aluno deve sentar para
que possibilite o uso de pistas auditivas e pistas visuais, a fim de diminuir a
interferência de ruídos e facilitar a leitura orofacial;
Estar alerta para que o aluno tenha sua atenção constantemente voltada para o
professor durante as explicações;
Falar com clareza e com intensidade normal de voz, articulando bem as palavras;
Quando a criança fizer uso de aparelho auditivo, obter informações junto aos pais e
fonoaudiólogo sobre o manuseio e funcionamento;
Quando a criança fizer uso de aparelho auditivo, obter informações junto aos pais e
fonoaudiólogo sobre o manuseio e funcionamento;
Respeitar as diferenças individuais. Dar oportunidade à criança de ser compreendida
por você e por todos da sala. Algumas crianças surdas ingressam na escola antes de
alcançarem o domínio da linguagem oral, mas com grande potencial para a
comunicação;
Justificar a presença do interprete de Libras em sala de aula para os demais alunos.
Buscar envolver todos os alunos da classe e se possível da escola, na busca de
conhecimentos sobre a Libras;
É importante que o professor procure conhecer a Libras para que possa se comunicar
com seu aluno e estabelecer relações que favoreçam sua aprendizagem.
Atividades
Deficiência Visual
cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 a 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica e os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º, ou a ocorrência simultânea de qualquer uma das condições anteriores (BRASIL, 2004).
Orientações para a conduta profissional e pedagógica do professor
Organizar a rotina e estabelecer sempre os mesmos horários e locais
das atividades;
Organizar o espaço pedagógico e/ou de recreação de modo que a
criança possa antecipar e construir seu mapa mental;
Organizar caixas com sequências de atividades, utilizando objetos que
representem ação e espaço a ser utilizado;
Descrever verbalmente a hora dos acontecimentos passados e futuros
para contextualizar os acontecimentos à criança cego ou com baixa
visão;
Orientar o posicionamento em situações escolares, por exemplo:
colocar-se a frente do colega na fila, atrás, ao lado;
Favorecer a identificação, pela voz, quem está perto e quem está longe;
Descobrir os objetos escondidos em diferentes locais, marcando com o
som quando está perto ou longe;
Andar sobre corda em linha reta com ou sem obstáculos
(circuito) com orientação verbal;
Explorar e vivenciar relações espaciais com o corpo e o
objeto: entrar e sair de caixas, pneus e tubos, etc.
Sempre que se aproximar ou afastar do aluno, notifique sua
saída ou chegada para que ele possa perceber se está perto ou
longe.
Imitar movimentos e posições do corpo através de música ou
orientação verbal: caminhar, andar, pular, abaixar, levantar,
ajoelhar, engatinhar, flexionar braços, pernas, mãos e dedos.
Atividades
Deficiência Física [...] alteração completa ou parcial de
um ou mais segmentos do corpo
humano, acarretando o
comprometimento da função física,
apresentando-se sob a forma de
paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
triplegia, triparesia, hemiplegia,
hemiparesia, ostomia, amputação ou
ausência de membro, paralisia cerebral,
nanismo, membros com deformidade
congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não
produzam dificuldades para o
desempenho de funções.
Deficiência múltipla
Bersch e Schirmer, (2005); Damasceno e Galvão Filho (2005); Manzini (2005)
Deficiência intelectual
A Deficiência Intelectual segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento (AAIDD):
[...] caracteriza-se por um funcionamento intelectual inferior à média
(QI), associado a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas
de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação
social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade,
determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho), que ocorrem
antes dos 18 anos de idade (APAE–SÃO PAULO, 2016)
Segundo o Decreto Federal n° 5.296/04, é definido como
deficiência intelectual:
funcionamento intelectual significativamente
inferior à média, com manifestação antes dos
dezoito anos e limitações associadas a duas ou
mais áreas de habilidades adaptativas, tais
como:
1. comunicação;
2. cuidado pessoal;
3. habilidades sociais;
4. utilização dos recursos da comunidade;
5. saúde e segurança;
6. habilidades acadêmicas;
7. lazer e
8. trabalho
(BRASIL, 2004).
Atividades
MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: EM CENA A LINGUAGEM ESCRITA
Autora: KATIA DE MOURA GRAÇA PAIXÃO
THC - a aprendizagem da linguagem escrita possibilita aos estudantes com deficiência intelectual o desenvolvimento cultural que impulsiona seu desenvolvimento psíquico
problemática: no processo de apropriação da linguagem escrita como
se constitui a mediação pedagógica empreendida pelo professor?
objetivo geral: investigar e analisar a mediação pedagógica a partir de uma pesquisa de intervenção envolvendo a linguagem escrita, direcionada a estudantes com deficiência intelectual, a fim de discutir o papel do professor frente a este processo.
pesquisas realizadas sobre o ensino e aprendizagem deste público, evidenciam uma prática pedagógica que não possibilita ao estudante com deficiência intelectual tão pouco o acesso quanto à apropriação a linguagem escrita, tanto em escolas especiais quanto em sistemas inclusivos.
O texto apresenta uma discussão sobre o processo de escolarização de escolares com deficiência intelectual em ambientes comuns do ensino regular e fundamenta suas discussões na compreensão histórica da constituição humana. Em decorrência, o estudo da deficiência intelectual ultrapassa uma compressão meramente biológica por meio de uma narrativa que a localiza no tempo histórico e a condição do sujeito determinada na e pelas relações sociais.
"Os dados demonstraram que o processo inclusivo tem sido favorável para sua aprendizagem e que eles são capazes do acesso ao currículo do ano escolar no qual estão matriculados. Além disso, o uso de um Referencial de Aprendizagem, o RAADI, possibilita ao professor um acompanhamento processual da aprendizagem desses escolares e, além disso, apresenta indicadores importantes para a organização do trabalho pedagógico em sala de aula", explicou.
TGD/TEA
Atividades
Altas Habilidades/Superdotação
São caracterizados como alunos com altas
habilidades ou superdotação aqueles que:
Demonstram potencial elevado em qualquer uma das
seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também
apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na
aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu
interesse (BRASIL, 2008, s/p).
Sugestão de leitura:
“Olhares para Altas Habilidades ou Superdotação: Contextualizando o
Planejamento de Ensino”
Autoras:
Anna Augusta Sampaio de Oliveira (Colaboração)
Bolsista Produtividade - CNPQ, nivel 2. Professora Adjunto da Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP, na graduação e pós-graduação. Livre-
docente em Educação Especial (UNESP), Doutora em Educação (UNESP), Mestre em
Educação Especial (UFSCar), Pedagoga (USP).
Andréa Carla Machado
Doutora em Educação Especial. Pós-doutoranda na Universidade Federal de São Carlos.
Vera Lúcia Messias Fialho Capellini
Doutora em Educação Especial. Professora do Departamento de
Educação e do Programa de Pós-Graduação em Aprendizagem e Desenvolvimento
Humano e Docência na Educação Básica da Faculdade de Ciências da Unesp – Bauru.
Maria de Fátima Belancieri
Doutora em Psicologia. Professora das Faculdades Adamantinenses Integradas –
Adamantina/SP. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicologia e
Saúde – NEPPS/Bauru
Para refletir...
“A pedagogia é a ciência que trata da educação das crianças [...] Como Ciência da Educação, a pedagogia precisa estabelecer com clareza e precisão como organizar essa ação, que forma ela deve assumir; de que procedimentos lançar mão e em que sentido. Outra tarefa consiste em esclarecer para si mesma a que leis está sujeito o próprio desenvolvimento do organismo sobre o qual pretende agir.
(VYGOTSKI, 2010, p.1)
Obrigada!