secretaria de estado da educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não...

37

Upload: hacong

Post on 12-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião
Page 2: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

Secretaria de Estado da EducaçãoSuperintendência da Educação

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

Produção Didática-Pedagógica(Unidade Didática)

Professor PDE 2010

AS NOVAS TECNOLOGIAS E O TRABALHO DIDÁTICO: DESAFIOS PARA O PROFESSOR

Nome: Professor Airton José Zanellato

Page 3: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

Saudade do Iguaçu, agosto de 2011.Produção Didática-Pedagógica – Professor PDE

Professor: Airton José Zanellato

Disciplina/Área: Pedagogia

IES: Unicentro – Guarapuava – PR

Orientador: Professora Manuela Pires Weissböck Eckstein

Título da produção didática: As novas tecnologias e o trabalho didático: desafios para o professor

2

Page 4: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

Justificativa

Em pesquisa piloto realizada com vinte e sete professores da 6ª

ao 9ª ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Duque de Caxias, na cidade

de Saudade do Iguaçu, no mês de abril de 2011, buscamos identificar de forma geral

se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio

das novas tecnologias. Pela opinião dos professores, ficou constatado que o preparo

das aulas apresenta tempos e espaços próprios. A hora atividade se concretiza

como momento organizador e reflexivo do planejamento escolar.

Sabemos que o planejamento pedagógico é o momento em que os

professores devem trocam informações, preparam conteúdos e as metodologias a

serem utilizadas. Outros dados da pesquisa nos dizem que o uso das novas

tecnológicas são fundamentais para a didática em sala de aula, pois possibilitam

formas potencialmente eficientes de trabalhar os conteúdos escolares determinados

no currículo.

A relação dos professores com a didática e as novas tecnologias tem

provocado desafios. Alguns professores mencionaram pouco acesso na capacitação

e ao uso adequado de novas tecnologias em sala de aula. Desta forma, esta

Unidade Didática busca caracterizar as dificuldades que os professores enfrentam

no planejamento das aulas, promover aprofundamento teóricos pelo estudo de

revisão bibliográfica e promover alternativas didáticas com o uso das novas

tecnologias aos professores que atuam da 6ª ao 9ª ano do ensino fundamental.

Objetivo Geral da produção didáticaVerificar em que medida o uso das novas tecnologias podem auxiliar os

professores do 6º ao 9º ano do Ensino fundamental do Colégio Estadual Duque de

Caxias, no preparo de suas aulas. Promover ações de reflexão dos dados da

pesquisa, estudo da revisão bibliográfica sobre o tema estudado e propor

alternativas pedagógicas para o planejamento escolar.

Tipo de Produção Didática Pedagógica: Unidade Didática

3

Page 5: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

Público Alvo:Todos os professores que participaram da pesquisa piloto que atuam do 6º ao

9º no Colégio Estadual Duque de Caxias da cidade de Saudade do Iguaçu. Das

disciplinas de: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História,

Educação Física, Artes, Ensino Religioso e Língua Estrangeira.

A implementação se efetivará em 04 momentos distintos. Como ponto de

partida a apresentação do projeto para a direção e equipe pedagógica. Em outra

ocasião, em dia de Conselho de Classe foi realizado a Pesquisa Piloto. Na

seqüência, na semana pedagógica de julho de 2011, foi socializado o projeto de

intervenção com todos os professores.

No terceiro período do PDE, já no segundo semestre de 2011, serão

promovidos quatro encontros de 04 horas cada, para aprofundamento teórico com

estudo da unidade didática “As novas tecnologias e o Trabalho: Desafios para o

professor”.

Nos meses de setembro a novembro de 2011, será ofertado conforme

orientação oficial o GTR (Grupo de Trabalho em Rede) tendo como tutor o professor

PDE, com inscrições a serem abertas no Portal Dia a dia educação e tendo como

tema do estudo a Unidade Didática deste Projeto.

Produção Didática Pedagógica – PDE 2010As novas tecnologias e o trabalho didático: Desafios para o professor.

OFICINA IObjetivos: Promover discussões obre o papel da escola, analisar os

procedimentos didáticos utilizados pelos professores, bem como reconhecer de que

formar os conhecimento do aluno são aproveitados nas aulas.

Metodologia: Utilizar como início dos estudos o vídeo “A corrente do bem

122min”. Proceder discussões com o grupo. Em seguida analisar os dados e

gráficos da pesquisa qualitativa.

4

Page 6: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

Vídeo disponível em www.filmescompletos.info/filme-a-corrente-do-bem-

dublado

Questionários utilizado na pesquisa – Questionário IPrograma de Desenvolvimento Educacional – PDE 2010

Professor: Airton José Zanellato

Questionário do Projeto de Implementação na Escola

Questionário I

1) Professor (a) você planeja suas aulas; Assinale a principal:

( ) Com colegas na escola;

( ) Em casa quando tem tempo;

( ) Na sala de aula;

( ) Não planeja, pois não tem tempo;

( ) Sabe perfeitamente como trabalhar suas aulas;

2) Responda: Existem dificuldades relacionadas ao preparo de suas aulas?

Quais.

3) Quais recursos tecnológicos você vê como necessários para o bom

andamento das suas aulas?

4) Como você usa conteúdos da internet para incrementar suas aulas?

5) Que dificuldades você encontra no uso das novas tecnologias nas suas

aulas?

TABULAÇÃO DAS RESPOSTAS

QUESTIONÁRIO IIProf Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 501 Com colegas na

escola

Número

insuficiente de

horas-atividade,

nos recursos

tecnológicos, há

falta de

conhecimento

quanto a

Tv, multimídia Baixando

vídeos e

recortes

relacionados ao

conteúdo

trabalhado

Como disse, há

falta de

conhecimento

no que se refere

a baixar vídeos,

usar a tv

multimídia.

5

Page 7: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

vídeos,

download, etc02 Com colegas na

escola;

Em casa

quando tem

tempo

Sim, falta de

material e os

materiais

disponíveis na

maioria das

vezes não é

satisfatório,

além de livros e

internet, ainda

que temos o dia

a dia educação

para nos auxiliar

Tv Pendrive,

Aparelho de

som,

Laboratório de

informática para

pesquisa

Uso muito

musica e vídeos

para trabalhar

com meus

alunos como se

trata de língua

estrangeira,

eles precisam

ouvir muitas

coisas. Baixo

musicas e

seleciono-as.

Que agora as

pessoas podem

postas suas

idéias, e no

wikipédia que

era um dos

melhores, já não

é mais

confiável. Por

isso, devemos

ter

conhecimento

para ter certeza

de que o que foi

postado está

correto.03 Em casa

quando tem

tempo

Levo os livros

da escola,

procuro na

internet.

Computador,

DVD, TV

Pesquisa,

pendrives

No manuseio

dos

computadores.

04 Com colegas na

escola

Sim, com a

diminuição do

nº de alunos por

turma no Ensino

Médio foi

necessário

compactar mais

os conteúdos

necessitando

maior tempo

para preparar

as aulas e as

horas atividades

não aumentam;

Deveria

aumentar o

Tv, pendrive,

Vídeo/CD, Som,

Computadores,

Livros para

pesquisa,

quadro branco

(temos só

quadro de giz)

- Retiro

atividades de

sites

educacionais

(só matematica,

dia-a-dia

educação,

Smartkids)

desafios, jogos.

- Leitura dos

artigos, textos

para preparar

as aulas com

novidades

sempre

procurando

- O grande nº de

alunos em sala

de aula dificulta

atividades

diferenciadas,

inclusive o uso

do laboratório

de informática é

prejudicado;

- Baixar vídeo e

transformar para

Tv pendrive.

6

Page 8: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

número de

hora-atividade.

apresentar no

nível da série as

informações.05 Em casa

quando tem

tempo

Sim, encontrar o

material

adequado

Vídeos,

relaciona com a

matéria.

Uso texto e

quando consigo

vídeos e filmes

Nem todo

material

tecnológico

funciona

perfeitamente.

Para mim o uso

do notebook em

sala de aula

seria o ideal.06 Na escola, mas

na maioria das

vezes sozinha,

pois não

consigo

compartilhar, e

os recursos

preparo em

casa.

Sim, porque

como as turmas

são

heterogêneas

nem sempre

conseguimos

superar as

dificuldades.

Revistas,

jornais, tv

pendrive,

música, vídeos,

slides.

Vídeos do dia-a-

dia, atualidades,

textos do dia-a-

dia, musicas,

etc.

Até o momento,

algumas vezes

o formato não

adequado, falta

ou queda de

energia muito

comum em

nossa região.

07 Com colegas na

escola

Sim, as

pesquisas

precisam de

tempo e as

correrias do dia-

a-dia e os

afazeres que

você prepare

uma boa aula. A

implantação de

1/3 de hora

atividade para

que possamos

ler, pesquisar e

estudar para

melhorar nossa

prática.

- Quadro branco

para substituir o

de giz;

Um ventilação

adequada, para

que os alunos e

professores

sintam-se bem

no ambiente da

sala de aula

(com dias

muitos quentes

ou dias frios) tv

pendrive, som,

projetor e

computadores.

- Para

enriquecer a

preparação dos

conteúdo, além

do que o livro

contempla;

Para aprimorar

os

conhecimentos

já adquiridos

para se

trabalhar de

uma forma

diferente e mais

lúdica na sala

de aula.

- Principalmente

pela falta de

domínio no

manuseio de

ferramentas

relacionadas a

internet e

preparação dos

conteúdos para

uso na tv

pendrive.

- Achar

conteúdos

trabalhador de

forma diferente

do que estão

contemplados

7

Page 9: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

no livro. 08 Nas horas

atividades

Pouco tempo

nas horas

atividades e

falta da

companhia dos

colegas (horário

não compatível)

Dvd, projetor de

imagens, Tv

pendrive,

computador.

Utilizando

pequenos

vídeos, imagens

em ciências de

vários seres

vivos, textos

para pesquisa,

atividades

relacionadas

aos conteúdos.

Apoio de

profissionais

para a

preparação

anterior do

material

tecnológico a

ser utilizado.

09 Com colegas na

escola e

individual

Sempre falta

tempo, pois

material tem

bastante, a

internet é rica

em material,

mas é muito

lenta.

Computador, Tv

pendrive,

Para pesquisas. A conexão de

internet que é

fraca; Vídeos e

slides que

precisam ser

convertidos para

a Tv pendrive.

10 Com colegas na

escola

Geralmente

não, apenas

algumas

duvidas, mas

com leituras,

pesquisas tudo

se resolve.

Dvd, Pendrive,

computador, tv

multimídia, etc.

Pesquisas,

notícias, relatos,

slides, imagens.

Algumas vezes,

no manuseio

dos

equipamentos.

11 Nas horas

atividades

Algumas:

preparar

atividades

diferenciadas

para alunos que

não aceitam ou

se recusam a

fazer atividades

propostas em 1º

plano.

Dvd, pendrive,

tv multimídia,

sons,

computador.

Pesquisando

textos, relatos,

regras, modelos

de atividades

com os alunos

diretamente no

laboratório,

noticias,

acontecimentos,

elaboração de

slides e

apresentações.

Falta de

conhecimento

com material

tecnológico

usado nas

escola, as quais

são diferentes

dos demais.

8

Page 10: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

12 Com colegas na

escola

Sim, nem

sempre é

possível

encontrar

conteúdo

adequado para

a organização

das aulas.

Algumas vezes

a aula planejada

não é

condizente com

o desempenho

da turma,

Tv pendrive,

vídeos,

multimídia, etc.

Baixando

vídeos

relacionados ao

conteúdo a ser

trabalhado,

textos e

imagens para

montagem de

slides, etc.

Utilização de

programas para

baixar vídeos,

slides, etc.

13 Nas horas

atividades na

escola e em

casa

Sim, a ausência

de materiais,

principalmente

na disciplina de

inglês.

Cd, para

audição da L. E.

Tv pendrive.

Atividades

diferenciadas,

ilustrações,

motivação dos

alunos.

Os problemas

na escola com

os

computadores;

As dificuldades

com o uso do

Pendrive

(Formas para

salvar

documentos)14 Em casa quanto

tem tempo

A principal

dificuldade é o

pouco tempo na

escola, devido

ao numero

reduzido de

horas

atividades.

A Tv pendrive é

uma tecnologia

necessária para

melhor ilustrar

as aulas e

também o

acesso a

internet.

Para dinamizar

as aulas,

ilustrando os

conteúdos com

vídeos,

imagens.

A formatação

exigida pela tv

pendrive para

os vídeos e

imagens. Em

alguns

momentos

demora na

conexão a

internet.15 Com colegas na

escola;

Em casa quanto

tem tempo;

A maior

dificuldade é o

tempo, pois é

muito restrito na

Tv pendrive,

Multimídia.

De acordo com

os conteúdos

propostos no

plano procuro

9

Page 11: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

Sozinha, na

hora atividade.

hora atividade,

além da

preparação de

aulas, temos as

correções dos

trabalhados

desenvolvidos.

Assim sendo, o

tempo acaba

não sendo

suficiente.

selecionar

materiais que

complementem

o assunto

trabalhado.

16 Com colegas na

escola

Sim, falta de

tempo, pois a

hora atividade é

pouca e o

pouco acesso a

internet para

pesquisar o

complemento

das aulas.

A tv pendrive,

data show,

DVD.

Pesquisando

para

complementar o

conteúdo a ser

ou já

trabalhado.

O pouco

conhecimento

no

funcionamento

das tecnologias.

17 Em casa

sempre

Não Conseguir

baixar vídeos da

internet

Mais textos e

mapas

Capacitação.

18 Com colegas na

escola

O que mais

interfere na

preparação de

aula, é o tempo

para poder

pesquisar

atividades

diversificadas

referente aos

conteúdos.

O Uso da

pesquisa na

internet, tv

pendrive, o uso

de

computadores

na sala de

informática e

DVD.

De acordo com

o conteúdo,

procuro

atividades

diversificadas,

assuntos

(conteúdos)

para

complementar

as informações

sobre os

conteúdos

trabalhados.

(Dicas,

informações,

O tempo para

poder fazer uso

de pesquisas,

muitas vezes,

não é suficiente

para obter um

resultado

satisfatório. E o

funcionamento

das maquinas,

nem sempre

está em ordem,

funcionando.

10

Page 12: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

experiências...)19 Hora atividade

sozinha

Não, as vezes

preciso fazer

mudanças no

decorrer das

aulas.

Tv pendrive,

computador.

Pesquisa, jogos,

vídeos

(recortes)

- Falta de tempo

para preparar

slides;

Minha disciplina

oferece pouca

teoria, a

resolução de

exercícios deve

ser feitas no

quadro.20 Em casa

quando tem

tempo

Não Computador, TV

pendrive, vídeo,

DVD.

Selecionando

os conteúdos

com

antecedência,

vídeos do

youtube,

ilustrações,

aulas de power

point.

Praticamente

não encontro

dificuldades no

uso das novas

tecnologias.

21 Com colegas na

escola, mas

também

individual

Para preparar

as aulas é

preciso tempo,

espaço próprio

e material

adequado. O

sistema Paraná

Digital é lento e

dificulta o bom

andamento dar

pesquisas e

baixa dos

conteúdos.

Tv, sala de

informática,

biblioteca.

Pesquisa de

textos,

atividades,

conteúdos,

vídeos,

recortes, etc.

Preciso de

curso para

melhor

pesquisar e

organizar os

conteúdos nos

pendrive.

Pesquisa na

internet com os

alunos.

22 Em casa

quando tem

tempo

Acredito que a

maior

dificuldade é a

falta de tempo

A utilização da

TV pendrive,

pois com ela

podemos

passar vídeos e

Para

incrementar o

contexto do

livro, para retirar

vídeos para

Por enquanto

não encontrei.

11

Page 13: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

slides. ilustrar as aulas.23 Em casa

quando tem

tempo

Sim, se o

conteúdo está

adequado com

o aluno.

TV pendrive,

Laboratório de

informática.

Os conteúdos

da internet são

utilizados como

um apoio no

preparo das

aulas. Utiliza-o

tanto para

pesquisa

teórica, como

para a busca de

atividades

diferenciadas.

A principal

dificuldade é o

manuseio

destas

tecnologias.

24 Em casa

quando tem

tempo

Geralmente não

tenho

dificuldades.

Porém, as

vezes a falta de

tempo se

caracteriza

como uma

dificuldade.

Imagens,

vídeos,

laboratórios de

informática,

jogos. A bem da

verdade, todas

as tecnologias,

sem bem

utilizadas,

complementam

as aulas.

Preparando

slides, baixando

musicas,

imagens, textos

complementare

s.

A falta de total

entendimento

sobre o

funcionamento

destas

tecnologias.

25 Em casa

quando tem

tempo

Muitas,

principalmente

pela falta de

material

didático, pois

preparo minhas

aulas em casa.

Gravar

programinhas;

- Baixar

pequenos

vídeos curtos;

- Atividades

diferentes para

reforçar o

conteúdo;

Imprimindo e

repassando aos

alunos;

- Pesquisando.

Muitas,

principalmente

baixar para

copiar no

pendrive em CD

e outros.

26 Com colegas na

escola

Algumas,

muitas vezes

preparamos

aulas e não

conseguimos

Gosto de utilizar

a TV pendrive,

laboratório de

informática,

recursos de

Pesquisas com

imagens,

atividades

complementare

s, quis sobre os

Na maioria das

vezes a maior

dificuldades é a

falta de energia,

o não

12

Page 14: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

aplicá-las

naquele

momento.

Temos que

sempre ter um

apoio.

áudio com

paródias e de

vez em quando

data-show.

Esses recursos

fazem a

articulação

teoria e prática

complementand

o os conteúdos

de forma

interativa.

conteúdos,

cartuns, chages

e infográficos

que permitem a

abordagem dos

fatos históricos

com grande

quantidade de

informações.

funcionamento

da sala de

informática.

27 Com colegas na

escola

Um pouco.

Quando

precisa-se do

uso da internet

que na hora

atividade está

ocupada por

alunos

pesquisando ou

fora do sistema.

Material tem

diversos.

Computador,

internet, TV

Pendrive.

Com imagens,

textos, originais

retirados de

revistas ou

jornais,

músicas.

Não saber

manusear

corretamente.

Preciso de mais

capacitação.

Gráficos com os resultados da pesquisa1. Como você planeja suas aulas:

13

Page 15: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

2. Quais dificuldades você enfrente no preparo de suas aulas?

3. Quais recursos tecnológicos você vê como necessários para o bom andamento de suas aulas?

14

Page 16: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

4. Como você usa conteúdos da internet para incrementar as aulas?

15

Page 17: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

5. Que dificuldades você encontra no uso das tecnologias na sua

escola?

Questões para trabalhar em grupo de três professores

- Tendo como base as informações obtidas no filme e na pesquisa,

apresentem suas contribuições:

a) Que papéis a escola desempenha na sociedade que vivemos?

b) Que procedimentos didáticos podemos destacar daqueles apresentados no

filme?

c) Como podemos utilizar os conhecimentos dos alunos como componentes

da didática no cotidiano em sala de aula?

d) Lembrando os dados apresentados na pesquisa, quais os desafios que se

destacam no planejamento de suas aulas?

Utilizando o laboratório de informática, sistematizar as conclusões e digitá-las.

Vídeos de complemento

Pesquisar em blogs: http://profmanuela.blogspot.com/

16

Page 18: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

Como entender a função da escola se não temos subsídios que nos ajudam a

compreender os problemas pelas quais a educação hoje enfrenta? Vídeo 5,16min.

Outro 9,50min. A Escola serve pra que?

Promover debate com todos.

AvaliaçãoCom o seu grupo manifeste sua opinião, registre e após compartilhe com

todos:

a) A escola serve para que?

b) Qual a função social da escola?

c) A escola está dando conta da sua função? Explique.

d) Quais os desafios que você enfrenta nas suas funções de

planejamento e docência?

II- OFICINAObjetivos: Realizar aprofundamento teórico sobre os temas: Educação,

didática e Novas tecnologias

Metodologia: Fazer leitura do texto disponibilizado pelo professor PDE.

Também pesquisar na web (Google books) os conceitos apresentados:

Texto para estudo e debate com os professores

Noções de Educação, Didática e Tecnologias Sabe-se que as origens da Educação fazem parte da história da civilização.

Sua origem foi com a Paidéia grega e como afirma Saviani (2008, p. 1):

“Efetivamente a educação aparece como uma realidade irredutível nas sociedades

humanas. Sua origem confunde-se com as origens do próprio homem”.

Nota-se que escola, para atender as políticas nas ultimas décadas, passou a

matricular um número cada vez maior de estudantes. Discussões sobre o papel do

ensino são constantes. Conforme (DCES – SEEP, PR 2008 p. 14) se pergunta:

Quem são os sujeitos das escolas públicas? De onde vêm? Que referências sociais

17

Page 19: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

e culturais trazem para a escola? Assim, as reflexões sobre o currículo escolar e a

qualidade do ensino têm ganhado um grande campo de debate. A educação,

portanto, é um dos grandes desafios da sociedade atual. Educadores, diante dos

mais variados obstáculos buscam aperfeiçoamento e renovação de suas práticas.

Mas até que ponto os educadores efetivamente reelaboram a sua prática?

Os avanços na ciência e na tecnologia proporcionaram nas últimas décadas,

grandes desafios, principalmente aos professores. A produção de conhecimento nas

diversas áreas modificou as bases culturais. Sabe-se que a educação como conceito

de ensinar, instruir e proporcionar conhecimentos para as necessidades existentes

teve grandes mudanças com as novas tecnologias. Podemos entender como a

presença dos inúmeros recursos disponíveis como ferramentas para desenvolver os

processos de planejar o ensino-aprendizagem e alcançar melhores resultados.

Vani Moreira Kenski, em seu livro Educação e tecnologias: O novo ritmo da

informação (2007, p. 18) afirma: “[...] a Educação também é um mecanismo

poderoso de articulação das relações entre poder, conhecimento e tecnologias”.

Assim, a educação com este novo entendimento se torna exigência do processo

geral do trabalho. Quanto aos instrumentos didático-pedagógicos utilizados pelos

professores para o planejamento das suas aulas, muita coisa mudou. Admitamos

concordar com a opinião de: Valente (2007, p. 87) “Não há mais necessidade de

salas de aulas quadradas, com carteiras quadradas e quadro-negro quadrado,

apesar de muitos ambientes de aprendizagem virtual tentarem copiar o modelo da

sala de aula.”

Para melhor esclarecer o conceito de didática nos recorremos à opinião de

Libâneo (1994, p.22) “é o principal ramo de estudo da pedagogia para poder estudar

melhor os modos e condições de realizar-mos o ensino e a instrução. Campo de

conhecimento que investiga o processo de ensinar a aprender”. Entendemos que a

didática tem como função básica antecipar em forma do planejamento escolar, as

ações e ferramentas a serem utilizadas na sala de aula. Fazer a previsão dos

recursos tecnológicos que irá utilizar com vistas de bem desenvolver o conteúdo

escolar previsto no currículo de ensino.

A presença das tecnologias na escola na forma do uso da Web no laboratório

de informática e a tv pendrive nas salas de aula, novos tempos e espaços de

aprendizagem devem ser considerados. A internet motivou a virtualização dos

espaços de conhecimento e da inteligência. São fatores que proporcionam a

18

Page 20: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

potencialização de pensamento e criam o movimento dialético de desequilíbrio e

reconstrução de conhecimentos.

O conceito de virtual se torna presente no ambiente escolar, no planejamento

escolar, bem como em sala de aula. Para entendermos nos recorremos a levy

(1996, p 47) “É virtual toda entidade desterritorializada, capaz de gerar diversas

manifestações concretas em momentos e locais determinados, sem, contudo estar

ela mesma presa a um lugar ou tempo particular.”

Atualmente crescemos no mundo que tudo envolve com tecnologias. Logo

percebemos que podemos atuar de modo virtual com diferentes lugares ao mesmo

tempo. As práticas escolares entre professores e alunos podem potencialmente criar

melhores conexões. Ambientes de trocas e criações dinâmicas de conteúdos e

informações. As novas tecnologias abrem possibilidades para fazê-lo pedagógico, a

construção do conhecimento, valorizando o potencial das novas linguagens.

Lembrando o que afirma Levy (1996, p. 158) “as pessoas que se interligam formam

uma verdadeira teia que propicia a construção de um saber coletivo”.

Sobre os novos desafios educacionais, Ednéia Santos e Lyan Alves (2006, p.

46) afirmam que “[...] o gerenciamento de novos tempos, espaços, bem como a

aquisição do domínio sobre as tecnologias pelos professores, deverá ser

preocupação dos cursos de formação em qualquer modalidade, grau ou tipo”.

Atualmente as tecnologias de informação e comunicação assumem um triplo papel

funcional: ferramenta, instrumento e recurso pedagógico. As tecnologias na versão

otimista de transformação da sociedade, afirmam o mundo sem fronteiras. A versão

pessimista consiste em controle social, cultural e político. O cidadão passa a ser

vigiado e perde sua privacidade. Torna-se necessário um constante processo de

reflexão sobre o papel das tecnologias, principalmente na escola. A educação tem

procurado construir novas estratégias pedagógicas sob a influência do uso dos

novos recursos tecnológicos para promover a efetivação de um currículo escolar

diversificado em seus diversos campos. Assim, o uso das tecnologias na educação,

além de construir uma prática libertadora, contribui para a inclusão digital. Cabe aos

agentes do currículo se apropriar criticamente das tecnologias de forma a

incrementar as práticas educacionais, considerando o seu potencial, a força de

mobilizar e oportunizar novas formas de ver, ler e escrever o mundo.

Sabemos do potencial do uso das novas tecnologias e no trabalho didático do

professor. Convivemos na sociedade onde tudo é tecnológico. Assim para o

19

Page 21: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

processo de planejamento do ensino se torna fundamental articular as práticas

escolares com a força, das ferramentas tecnológicas para bem efetivar o ensino-

aprendizagem.

Sobre o uso da Web no contexto escolar, Pierre Levy em Cibercultura (1999,

p. 157) afirma: “Na Web, tudo se encontra no mesmo plano, e, no entanto, tudo é

diferenciado. Articulado, uma multiplicidade aberta de pontos de vista”. Assim a

educação, a escola e o trabalho do professor são fundamentais para conhecer os

conteúdos escolares, estabelecer novas relações com a cibercultura e com o que é

pedagógico na sala de aula. Assim, a aprendizagem coletiva e o novo papel do

professor devem ser repensados. É certo que estamos vivendo a abertura de um

espaço novo de comunicação no ciberespaço e cabe a cada um de nós explorarmos

as potencialidades de aprender, descobrir e, principalmente compartilhar.

Professor Pedagogo – PDE – Airton José Zanelatto

[email protected]

Pesquisar no Google Books os conceitos de:

a) Educação;

b) Didática;

c) Planejamento Pedagógico;

d) Virtual;

e) Novas tecnologias Educacionais;

f) Formação continuada.

Realizar Plenária de apresentação dos temas pesquisados:

Vídeo para reflexãoMestrado da vida 11min. Disponível em www.diadia.pr.gov.br//tvpendrive

Socializar as opiniões

Avaliação em duplasa) Elaborem um conceito de Educação para o momento em que vivemos.

20

Page 22: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

b) Atualmente o que é imprescindível para as ações didáticas dos

professores?

c) Como podemos transformar a web em ferramenta pedagógica visando

a melhoria da qualidade do ensino?

III – OFICINAObjetivos: Realizar estudo bibliográfico relativo aos desafios para a

Educação do Futuro na sociedade cada vez mais globalizada.

Metodologia: Na web pesquisar o texto “Os sete saberes necessários para a

Educação do futuro”. Proceder a leitura, discussão e responder os questionamentos.

Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/edgarmori...

Texto para leitura e debate com os professores: Os sete saberes necessários à educação do futuro. (Edgar Morin)

Os sete saberes necessários à educação do futuro não têm nenhum

programa educativo escolar ou universitário, e aliás não está concentrado no

primário, nem no secundário, nem no ensino universitário, mas aborda problemas

específicos para cada um desses níveis que precisam ser apresentados, porque

dizem respeito aos setes buracos negros da educação completamente ignorados,

subestimados ou fragmentados nos programas educativos, que, na minha opinião,

devem ser colocados no centro das preocupações da formação dos jovens que,

evidentemente, se tornarão cidadãos.

O primeiro buraco negro diz respeito ao conhecimento. Por quê?

Porque, naturalmente, o ensino dá conhecimento, fornece conhecimento,

saberes. Porém, nunca se ensina o que é o conhecimento, apesar de ser muito

importante saber o que é o conhecimento, tendo em vista que nós sabemos que o

problema chave do conhecimento é o erro e a ilusão.

Ao examinarmos as crenças do passado, concluímos que a maioria delas

contém erros e ilusões, mesmo quando pensamos há vinte anos atrás e

constatamos como erramos e nos iludimos sobre o mundo e a realidade. E por que

isso é tão importante? Porque o conhecimento nunca é um reflexo ou espelho da

realidade. O conhecimento é sempre uma tradução, seguida de uma reconstrução.

Mesmo no fenômeno da percepção em que os olhos recebem estímulos luminosos

que são transformados, decodificados, transportados a um outro código, e esse

21

Page 23: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

código binário transita pelo nervo ótico, atravessa várias partes do cérebro e isto é

transformado em percepção, logo a percepção é uma reconstrução. Tomemos o

exemplo da percepção constante que é a imagem do ponto de vista da retina: as

pessoas que estão perto, parecem muito maiores do que aquelas que estão mais

distantes, pois, a distância, o cérebro não registra e reconstitui uma dimensão

idêntica para todas as pessoas, assim como os raios ultravioletas e infravermelhos

que nós não vemos, mas sabemos que eles estão aí e nos impõem uma visão

segundo as suas incidências. Portanto, temos percepções, ou seja, reconstruções,

traduções da realidade, e toda tradução comporta o risco de erro, como dizem os

italianos “tradotore/traditore”.

Assim como sabemos também que não há nenhuma diferença intrínseca

entre uma percepção e uma alucinação. Por exemplo: se tenho uma alucinação e

vejo Napoleão ou Júlio César, não há nada que me diga que estou enganado,

exceto o fato de saber que eles estão mortos. Mas são os outros que vão me dizer

se o que vejo é verdade ou não, quero dizer com isso que estamos sempre

ameaçados pela alucinação. Até nos processo de leitura, por exemplo, isto

acontece. Nós sabemos que não seguimos a linha do que está escrito, pois, às

vezes, nossos olhos saltam de uma palavra para outra, ou um grupo de palavras e

reconstrui o conjunto de uma maneira quase alucinatória, ou seja, neste momento é

o nosso espírito que colabora com o que nós lemos. E não reconhecemos os erros

porque deslizamos neles, é o mesmo que acontece, por exemplo, quando há um

acidente de carro, as versões e as visões do acidente são completamente

diferentes, principalmente, pela emoção e o fato das pessoas estarem em ângulos

diferentes.

No plano histórico há erros, se me permitem o jogo de palavras, histéricos.

Tomemos um exemplo um pouco distante de nós; os debates sobre a Primeira

Guerra Mundial, uma época em que a França e a Alemanha tinham partidos

socialistas fortes, potentes e muito pacifistas, e que, evidentemente, eram contrários

a guerra que se anunciava, mas, do momento em que se desencadeou a guerra, os

dois partidos se lançaram, massivamente, a uma campanha de propaganda cada

um imputando ao outro os atos mais ignóbeis, isto durou até o fim da guerra. Hoje,

podemos constatar com os eventos trágicos do Oriente Médio a mesma maneira de

tratar a informação, cada um do seu lado prefere camuflar a parte que lhes é

desvantajosa para colocar em relevo a parte criminosa do outro.

22

Page 24: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

Este problema se apresenta de uma maneira perceptível e muito evidente,

porque as traduções e as reconstruções são também um risco de erro e muitas

vezes o maior erro é de pensar que a idéia é a realidade, tomar a idéia como algo

real é confundir o mapa com o terreno.

Outras causas de erro são as diferenças culturais, sociais e de origem. Cada

um pensa que suas idéias são as mais evidentes e esse pensamento leva à idéias

normativas e as que não estão dentro desta norma, que não são consideradas

normais, são julgadas como um desvio patológico e são rejeitadas como ridículas,

não somente no domínio das grandes religiões ou das ideologias políticas, mas

também das ciências, quando Watson e Crick decodificaram a estrutura do código

genético, o DNA (ácido deoxyribonucleico), que surpreendeu e escandalizou a

maioria dos biólogos que não pensavam que isto poderia ser transcrito em

moléculas químicas. Foi preciso muito tempo para que essas idéias pudessem ser

impostas e aceitas.

Na realidade as idéias adquirem consistência como os deuses nas religiões, é

algo que nos envolvem e nos dão ordens e nos dominam a ponto de nos levar a

matar ou morrer. Lenin dizia: “Os fatos são teimosos, mas na realidade as idéias

são ainda mais teimosas do que os fatos e resistem aos fatos durante muito tempo”.

Portanto, o problema do conhecimento não deve ser um problema restrito aos

filósofos, é um problema de todos e que cada um deve levá-lo em conta muito cedo

e explorar as possibilidades de erro para ter condições de ver a realidade, porque

não existe receita milagrosa.

O segundo buraco negro é que não ensinamos as condições de um

conhecimento pertinente, isto é, de um conhecimento que não mutila o seu objeto.

Por que? Porque nós seguimos em primeiro lugar, um mundo formado pelo ensino

disciplinar e é evidente que as disciplinas de toda ordem que ajudaram o avanço do

conhecimento são insubstituíveis, o que existe entre as disciplinas é invisível e as

conexões entre elas também são invisíveis, isto não significa que seja necessário

conhecer somente uma parte da realidade, é preciso ter uma visão que possa situar

o conjunto. É necessário dizer que não é a quantidade de informações, nem a

sofisticação em Matemática que podem dar sozinhas um conhecimento pertinente, é

mais a capacidade de colocar o conhecimento no contexto.

A economia, que é das ciências humanas, a mais avançada, a mais

sofisticada, tem um poder muito fraco e erra muitas vezes nas suas previsões,

23

Page 25: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

porque está ensinando de um modo que privilegia o cálculo e esquece todos os

outros fatores, os aspectos humanos; sentimento, paixão, desejo, temor, medo.

Quando há um problema na bolsa, quando as ações despencam, aparece um fator

totalmente irracional que é o pânico, que, freqüentemente, faz com que o fator

econômico tenha a ver com o humano, e por sua vez se liga à sociedade, à

psicologia, à mitologia. Essa realidade social é multidimensional, o econômico é uma

dimensão dessa sociedade, por isso, é necessário contextualizar todos os dados.

Se não houver os conhecimentos históricos e geográficos para contextualizar,

cada vez que aparece um acontecimento novo que nos faz descobrir uma região

desconhecida, como o Kosovo, o Timor ou Serra Leoa, não entendemos nada.

Portanto, o ensino por disciplina, fragmentado e dividido, impede a capacidade

natural que o espírito tem de contextualizar, é essa capacidade que deve ser

estimulada e deve ser desenvolvida pelo ensino de ligar as partes ao todo e o todo

às partes. Pascal dizia, já no século XVII, e que ainda é válido: “Não se pode

conhecer as partes sem conhecer o todo, nem conhecer o todo sem conhecer as

partes”.

O contexto tem necessidade, ele mesmo, de seu próprio contexto e,

atualmente, o conhecimento deve se referir ao global. O global sendo, bem

entendido, a situação de nosso planeta, onde, evidentemente, os acidentes locais

têm repercussão sobre o conjunto e as ações do conjunto sobre os acidentes locais,

o que foi comprovado depois da guerra do Iraque, da guerra da Iugoslávia e

atualmente com o conflito do Oriente Médio.

O terceiro aspecto é a identidade humana. É curioso que nossa identidade

seja completamente ignorada pelos programas de instrução.

Podemos perceber alguns aspectos do homem biológico em Biologia, alguns

aspectos psicológicos em Psicologia, mas a realidade humana é indecifrável.

Somos indivíduos de uma sociedade e fazemos parte de uma espécie. Mas

estamos em uma sociedade e a sociedade está em nós, pois desde o nosso

nascimento a cultura se imprime em nós. Nós somos de uma espécie, mas ao

mesmo tempo a espécie é em nós e depende de nós. Se nos recusamos a nos

relacionar sexualmente com um parceiro de outro sexo nós acabamos com a

espécie. Portanto, o relacionamento entre indivíduo-sociedade-espécie é como a

trindade divina, um dos termos gera o outro e um se encontra no outro. A realidade

humana é trinitária.

24

Page 26: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

Eu creio que se pode fazer convergir todas as ciências sobre a identidade

humana. Um certo número de agrupamento disciplinar vai favorecer esta

convergência. É necessário reconhecer que na segunda metade do século XX,

houve uma revolução científica, reagrupando as disciplinas em ciências

pluridisciplinares. Assim, há a cosmologia, as ciências da terra, a ecologia e a pré-

história. Tome-se a cosmologia que, efetivamente, utiliza a microfísica, os

aceleradores de partículas para imaginar os primeiros segundos do universo, utiliza

a observação e pratica uma reflexão filosófica sobre o mundo como Hubert Reeves,

como Hawkins, como Michel Cassé e tantos outros. Eles refletem sobre o universo

incrível no qual vivemos. Mas o que é importante para a identidade humana, é saber

que estamos neste minúsculo planeta perdidos no cosmos. Nossa missão não é

mais a de conquistar o mundo como acreditava Descartes, Bacon e Marx. Nossa

missão se transformou em civilizar o pequeno planeta em que vivemos.

Por outro lado, as ciências da terra nos inscrevem neste planeta que é

formado por fragmentos, fragmentos cósmicos de uma explosão de sóis anteriores e

resta saber como estes fragmentos reunidos, aglomerados puderam criar uma tal

organização, uma auto-organização para nos dar este planeta. É necessário mostrar

que ele gerou a vida, e a nós somos; filhos da vida. A biologia, a teoria da evolução,

nos prova como nós trazemos dentro de nós efetivamente o processo de

desenvolvimento da primeira célula vivente que se multiplicou e se diversificou.

Quando sonhamos sobre nossa identidade, devemos pensar que temos partículas

que nasceram no despertar do universo, temos os átomos de carbono que se

formaram em sóis anteriores ao nosso, pelo encontro de três núcleos de hélio que

se constituíram em moléculas e neuromoléculas na terra. Somos filhos do cosmo,

mas nos transformamos em estranhos pelo nosso conhecimento e pela cultura.

Portanto, é preciso ensinar a unidade dos três destinos, porque somos

indivíduos, mas como indivíduos somos cada um, um fragmento da sociedade e da

espécie homo sapiens a qual pertencemos, e o importante é que somos uma parte

da sociedade, uma parte da espécie, seres desenvolvidos sem os quais a sociedade

não existe, a sociedade só vive dessas interações.

È importante, também mostrar que, ao mesmo tempo que o ser humano é

múltiplo, existe a sua estrutura mental que faz parte da complexidade humana, isto

é, ou vemos a unidade do gênero e esquecemos a diversidade das culturas, dos

indivíduos, ou vemos a diversidade das culturas e não vemos a unidade do ser

25

Page 27: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

humano. Esse problema vem causando polêmicas desde o século XVIII, quando

Voltaire disse: “Os chineses são iguais a nós, têm paixões, choram”. E Herbart, o

pensador alemão, afirmou:

“Entre uma cultura e outra não há comunicação, os seres são diferentes”. Os

dois tinham razão, mas na realidade essas duas verdades têm que ser articuladas,

nós temos os elementos genéticos da nossa diversidade e, é claro, os elementos

culturais da nossa diversidade.

È preciso lembrar que rir, chorar, sorrir, não são atos aprendidos ao longo da

educação, são inatos e modulados de acordo com a educação.

Heigerfeld fez uma observação sobre uma jovem surda, muda de nascença

que ria, chorava e sorria. Atualmente, estudos demonstram que o feto começa a

sorrir no ventre da mãe, talvez, porque não saiba o que o espera depois...

Mas isso nos permite entender a nossa realidade, nossa diversidade e

singularidade. Chegamos, então, ao ensino da literatura e da poesia, elas não

devem ser consideradas como secundárias e não essenciais. A literatura é para os

adolescentes uma escola de vida e meio para se adquirir conhecimentos. As

ciências sociais vêem categorias e não indivíduos sujeitos a emoções, paixões e

desejos. A literatura, ao contrário, como nos grandes romances de Tolstoi, aborda o

meio social, o familiar, o histórico e o concreto das relações humanas com uma força

extraordinária.

Podemos dizer que as telenovelas também nos falam sobre problemas

fundamentais do homem; o amor, a morte, a doença, o ciúme, a ambição, o dinheiro.

Temos que entender que todos esses elementos são necessários para entender que

a vida não é aprendida somente nas ciências formais e a literatura tem a vantagem

de refletir a complexidade do ser humano e a quantidade incrível de seus sonhos.

Como James Joyce, por exemplo, que ao criar um personagem, mostrava que uma

pessoa pode ter sentimentos totalmente diversos. Ou como o herói de Dostoïewsky,

em O Idiota que não sabe se a jovem está apaixonada por ele e no fim da trama,

depois de ter sofrido muito, encontra um amigo que lhe diz: “mas que imbecil você é,

não entendeu que ela o ama”. Isto pode acontecer com qualquer pessoa, a

dificuldade de saber o que o outro pensa e sente.

Marcel Proust mostrou em Um amor de Swan , o que ele chamava de

intermitências do coração, que uma pessoa pode se apaixonar, esquecer-se da

pessoa desejada e voltar a amá-la. Neste romance o herói sofre durante anos de

26

Page 28: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

ciúmes por causa de uma mulher e quando ele não está mais apaixonado, ele diz:

“mas eu sofri tanto por uma mulher que não me amava e que nem era meu tipo”.

Então, podemos compreender a complexidade humana através da literatura,

enquanto que a poesia nos ensina a qualidade poética da vida, essa qualidade que

nós sentimos diante de fatos da realidade.

Como, por exemplo, os espetáculos da natureza: o céu de Brasília que é tão

bonito. É essa poesia que nos dá força e nos ensina a qualidade poética da

vida, porque ela não é somente uma prosa que se deve fazer por obrigação. A vida

é viver poeticamente na paixão, no entusiasmo.

Para que isso aconteça devemos fazer convergir todas as disciplinas

conhecidas para identidade e para a condição humana, ressaltando a noção de

homo sapiens ; o homem racional e fazedor de ferramentas, que é, ao mesmo

tempo, louco e está entre o delírio e o equilíbrio no mundo da paixão em que o amor

é o cúmulo da loucura e da sabedoria. O homem não se define somente pelo

trabalho, mas pelo jogo. Não só as crianças gostam de jogar, os adultos também

gostam e por isso vemos partidas de futebol. Nós somos homo ludens pois não

existe apenas o homo economicus que só vive em função do interesse econômico.

Há, também o homo mitologicus, isto é, vivemos em função de mitos e crenças.

Enfim, há o homem prosaico e poético, como dizia Hölderling: “O homem habita

poeticamente na terra, mas também prosaicamente e se a prosa não existisse, não

poderíamos desfrutar da poesia”.

O quarto aspecto é sobre a compreensão humana. Nunca se ensina sobre

compreender uns aos outros, como compreender nossos vizinhos, nossos parentes,

nossos pais. O que significa compreender? A palavra compreender vem de

compreendere em latim, que quer dizer: colocar junto todos os elementos de

explicação, quer dizer, não ter somente um elemento de explicação, mas diversos.

Mas a compreensão humana vai além disso, porque na realidade ela comporta uma

parte de empatia e identificação, o que faz com que se compreenda alguém que

chora, por exemplo, não é analisando as lágrimas no microscópios, mas porque

sabe-se do significado da dor, da emoção, por isso é preciso compreender a

compaixão que quer dizer sofrer junto, é isto que permite a verdadeira comunicação

humana.

No entanto, há os verdadeiros inimigos da compreensão, porque não existe a

preocupação de ensiná-la. Na realidade, isto está se agravando, cada vez o

27

Page 29: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

individualismo aparece mais, estamos vivendo numa sociedade individualista, que

favorece o sentido de responsabilidade individual, que desenvolve o egocentrismo, o

egoísmo que, consequentemente, alimenta a auto-justificação e a rejeição ao

próximo.

A raiva leva a vontade de eliminar o outro e tudo que pode aborrecer, e de

certa maneira isto favorece ao que os ingleses chamam de self-deception, isto é,

mentir a si mesmo, pois o egocentrismo vai tramando sempre o negativo e

esquecendo dos outros elementos. A redução do outro é o que impede a

compreensão, a visão unilateral, a falta de inteligência da complexidade humana.

Outro aspecto da incompreensão é a indiferença que nos bloqueia a compreensão.

E, por este lado, é interessante abordar o cinema, que os intelectuais acusam de

alienante, mas que é uma arte que ensina a superar a indiferença, pois transforma

em heróis, os invisíveis sociais, ensinando a vê-los por um outro prisma, como por

exemplo, Charlie Chaplin que sensibilizou platéias inteiras com o seu personagem

do vagabundo, ou Coppola, quando popularizou os chefes da Máfia com “O Chefão”,

ou a complexidade dos personagens de Shakspeare: reis, gangsters, assassinos e

ditadores. No cinema como na filosofia de Heráclito: “Despertados, eles dormem”.

Estamos adormecidos, apesar de despertos, pois diante da realidade tão complexa,

mal percebemos o que se passa ao nosso redor.

Por isso, é importante este quarto ponto: compreender não só os outros como

a si mesmo, a necessidade de se auto-examinar, de analisar a auto-justificação, pois

o mundo está cada vez mais devastado pela incompreensão que é o câncer do

relacionamento entre os seres humanos.

O quinto aspecto é a incerteza, apesar de ensinar-se só as certezas: a

gravitação de Newton, o eletromagnetismo. Atualmente, a ciência abandonou

determinados elementos mecânicos para assimilar o jogo entre certeza e incerteza

da micro-física às ciências humanas. É necessário mostrar em todos os domínios

sobretudo na história o surgimento do inesperado.

Eurípides dizia no fim de três de suas tragédias que: “os deuses nos causam

grandes surpresas, não é o esperado que chega e sim o inesperado que nos

acontece”. Ou mesmo a velha idéia de 2.500 anos, nós esquecemos sempre.

As ciências mantêm diálogos entre dados sobre os quais se podem basear

para dados hipotéticos, outros dados que parecem mais prováveis e os incertos. Os

processos físicos ou não pressupõem variações que nos levam a desordem caótica

28

Page 30: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

ou para a criação de uma nova organização, como nas teorias sobre a incerteza de

Prigogine, baseadas nos exemplos dos turbilhões de Born. Ou, analisando

retroativamente a história da vida, constata-se que ela não foi linear, que não teve

uma evolução de baixo para cima. A evolução segundo Darwin foi uma evolução

composta de ramificações a exemplo do mundo vegetal e o mundo animal.

O homem vem de uma dessas ramificações e conseguiu chegar a

consciência e a inteligência, mas não somos a meta da evolução, fazemos parte

desse processo, o que quer dizer que a história da vida foi marcada por catástrofes.

No fim da era secundária com a queda do asteróide que provocou um desastre,

matou os dinossauros e ressecou a vegetação desses animais enormes, matando-

os de fome e, por conseqüência dando oportunidade à proliferação dos mamíferos.

Assim também nas sociedades humanas, nenhuma sociedade antiga sobreviveu,

nem mesmo o império romano que parecia eterno. Todas sofreram o colapso por

uma razão ou outra. As sociedades andinas que eram mais potentes que seus

colonizadores espanhóis e cujas capitais eram muita mais ricas que Paris, Madri ou

Lisboa foram destruídas por espanhóis que chegaram com cavalos e armas

desconhecidas.

As duas guerras mundiais destruíram muito na metade do século XX, depois

da Primeira Guerra Mundial, os três grandes impérios: romanootomano, austro-

húngaro e soviético desapareceram.

Isto nos demonstra a necessidade de ensinar o que chamamos de ecologia

da ação: a atitude que se toma quando uma ação é desencadeada e escapa ao

desejo e às intenções daquele que a provocou, desencadeando influências múltiplas

que podem desviá-las até o sentido oposto ao intencionado. A história humana está

repleta de exemplos dessa natureza. O mais evidente no final do século XX foi o

projeto político de Gorbatchev que pretendeu reformar o sistema político da União

Soviética, mas provocou o começo de sua própria desagregação e implosão. Assim

tem acontecido em todas as etapas da história, o inesperado aconteceu e

acontecerá, porque não temos futuro e não temos certeza nenhuma do futuro. As

previsões não foram concretizadas, não existe determinismo do progresso. Portanto,

os espíritos têm que ser fortes e armados para afrontarem essa incerteza e não se

desencorajarem. Essa incerteza é uma incitação à coragem. A aventura humana

não é previsível, mas o imprevisto não é totalmente desconhecido.

29

Page 31: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

Somente agora, se admite que não se conhece o destino da aventura

humana.

É necessário tomar consciência de que as futuras decisões devem ser

tomadas contando com o risco do erro e estabelecer estratégias que possam ser

corrigidas no processo da ação, a partir dos imprevistos e das informações que se

tem.

O sexto aspecto é a condição planetária, sobretudo na era da globalização no

século XX, que começou, na verdade no século XVI com a colonização da América

e a interligação de toda a humanidade, esse fenômeno que estamos vivendo hoje

em que tudo está conectado, é um outro aspecto que o ensino ainda não tocou,

assim como o planeta e seus problemas, a aceleração histórica, a quantidade de

informação que não conseguimos processar e organizar.

Este ponto é importante porque estamos num momento em que existe um

destino comum para todos os seres humanos, pois o crescimento da ameaça letal

como a ameaça nuclear se expande em vez de diminuir, a ameaça ecológica, a

degradação da vida planetária. Ainda que haja uma tomada de consciência de todos

esses problemas, ela é tímida e não conduziu a nenhuma decisão efetiva, por isso,

devemos construir uma consciência planetária.

Conhecer o nosso planeta é difícil: os processos de todas as ordens,

econômicos, ideológicos, sociais estão de tal maneira imbricados e são tão

complexos que é um verdadeiro desafio para o conhecimento. Já é difícil saber o

que acontece no plano imediato. Ortega y Gasset dizia: “Não sabemos o que

acontece, isto é o que acontece”, é necessário uma certa distância em relação ao

imediato para poder compreende-lo e atualmente em que tudo é acelerado e tudo é

complexo, é quase impossível. Mas, é preciso mostrar, é esta a dificuldade; é

necessário ensinar que não é suficiente reduzir a um só a complexidade dos

problemas importantes do planeta como a demografia, ou a escassez de alimentos,

ou a bomba atômica ou a ecologia.

Os problemas estão todos amarrados uns aos outros. Sobretudo, há, daqui

em diante, os problemas de vida e morte para a humanidade, como a arma nuclear,

como a ameaça ecológica, como o desencadeamento dos nacionalismos

acentuados pelas religiões. É preciso mostrar que a humanidade vive agora uma

comunidade de destino comum.

30

Page 32: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

O último aspecto é o que vou chamar de antropo-ético, porque os problemas

da moral e da ética diferem entre culturas e na natureza humana.

Existe um aspecto individual, social e genérico, diria de espécie, uma espécie

de trindade em que as terminações são ligadas: a antropo-ética, a ética que

corresponde ao ser humano desenvolver e ao mesmo tempo, uma autonomia

pessoal - as nossas responsabilidades pessoais - e desenvolver uma participação

social - as responsabilidades sociais - e a nossa participação no gênero humano,

pois compartilhamos um destino comum.

A antropo-ética tem um lado social que não tem sentido se não for na

democracia, porque na democracia o cidadão deve se sentir solidário e responsável

e permite uma relação indivíduo-sociedade. A democracia em princípio deve

controlar, o controlado passa a controlar quem controlava e deve tomar para si

responsabilidades por meio de eleições o que permite aos cidadãos exercerem suas

responsabilidades. Evidentemente, não existe democracia absoluta, ela é sempre

incompleta, mas sabemos que vivemos em uma época de regressão democrática

porque existe, cada vez mais, o poder tecnológico que agrava os problemas

econômicos, mas na verdade, é importante orientar e guiar essa tomada de

consciência social que leva à cidadania para que o indivíduo exerça sua

responsabilidade.

Por outro lado, está se desenvolvendo a ética do ser humano com as

associações não-governamentais, como os Médicos Sem Fronteiras, o Green Pace,

a Aliança pelo Mundo Solidário e tantas outras que trabalham acima de

denominações religiosas, políticas ou de Estados nacionais assistindo aos países ou

às nações que estão sendo ameaçadas ou em graves conflitos. Devemos

conscientizar todos dessas causas tão importantes, pois estamos falando do destino

da humanidade.

Seremos capazes de civilizar a terra e fazer com que ela se torne uma

verdadeira pátria? Estes são os sete saberes necessários ensinar, não digo isso

para modificar programas. Na minha opinião não temos que destruir disciplinas, mas

temos que integrá-las, reuni-las uma as outras em uma ciência como as ciências

estão reunidas, como, por exemplo, as ciências da terra, a sismologia, a

vulcanologia, a meteorologia, todas elas, articuladas em uma concepção sistêmica

da terra. Penso que tudo deve estar integrado, para permitir uma mudança de

pensamento que concebe tudo de uma maneira fragmentada e dividida e impede de

31

Page 33: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

ver a realidade. Essas visões fragmentadas fazem com que os problemas

permaneçam invisíveis para muitos, principalmente para muitos governantes.

E, hoje, que o planeta já está ao mesmo tempo unido e fragmentado começa

a se desenvolver uma ética do gênero humano para que possamos superar esse

estado de caos e iniciar, talvez, a civilizar a terra.

Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/dpf/edgarmori...

Analisar e contribuir (grupos de quatro professores):

a) O que vem a ser o conhecimento? Para quem deveria servir?

b) Como podemos estabelecer conexões entre as diversas disciplinas

escolares?

c) Como podemos no processo do ensino aprendizagem, valorizar a

identidade humana?

d) Que podemos fazer no nosso trabalho como docentes, para valorizar a

“compreensão humana”?

e) Como podemos trabalhar com nossos alunos a “incerteza” quanto ao

conhecimento e ao futuro?

f) Como entendemos a nossa “condição planetária”?

g) Que poderíamos fazer para destacar, valorizar a ética humana e a

vida?

Socializar as conclusões com todos

Vídeo complementar: Buraco branco no tempo 28 min. Disponível

http://www.youtube.com.br/results

Analisar com o grupo

Avaliação (grupos de quatro)a) Qual o papel da educação no sentido de contribuir para a humanização

da sociedade?

b) Na sociedade globalizada que vivemos, quais valores a educação

realmente precisa trabalhar?

32

Page 34: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

IV – OFICINAObjetivos: Utilizar ferramentas disponíveis na web para incrementar o

planejamento das aulas.

Metodologia: No laboratório de informática os professores por disciplinas,

elaboram uma aula com conteúdo do seu PTD. Utilizar ferramentas do Windows,

Power Point, Blogs e site diaadia...

Avaliação: Apresentar ao grupo o conteúdo preparado utilizando novas

tecnologias (multimídia, pendrive, outros...)

AVALIAÇÃO DAS OFICINAS

Responder com os colegas de disciplina:

a) Os recursos tecnológicos utilizados pelo professor PDE, estavam condizentes

com o tema de implementação? Explique.

b) O tema “Educação e tecnologias” teve tratamento adequada? Por que?

c) Que desafios enfrentamos no trabalho como docentes, relacionadas ao

planejamento e a didática? As oficinas contribuíram na superação das

dificuldades?

d) Foi proporcionado nas oficinas momentos de analise sobre as competências

necessárias para a Educação do Futuro?

e) Criticas ou sugestões

Recomendação

A presente Produção Didática – Pedagógica se apresenta inicialmente como

quesito exigido no Plano de Desenvolvimento Educacional – PDE.

Aparte dessa situação foi desenvolvido a partir da constatação das

dificuldades encontradas pelos professores ao fazer uso das Novas tecnologias no

planejamento escolar e na sua utilização didática em sala de aula.

A partir da Pesquisa Piloto realizada junto aos professores que atuam do 6ª

ao 9ª ano, o trabalho de implementação passou a ganhar forma e significação.

33

Page 35: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

Recomendo a presente Unidade Didática para professores e coordenadores

do Ensino Básico que tenham interesse em analisar os dados obtidos pela pesquisa

para comparar com suas realidades, bem como proceder aprofundamento teórico

sobre o tema e também sobre a realidade educacional brasileira.

34

Page 36: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: O novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus, 2007.

LÈVY, Pierre. Cibercultura. Trad. De Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34,

1999, 264p.

LÈVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. São Paulo: Ed. 34, 1993.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

LINHARES, Célia Frazão Soares (org). Os professores e a reinvenção da escola: Brasil e Espanha. São Paulo. Cortez, 2001.

MANACORDA, Mario Aliguiero. História da Educação: da antiguidade dos nossos dias. Trad. de Gaetano Lo Monaco 4a Ed. – São Paulo: Cortez, 1995.

PARANÁ, DITEC – SEED. Apoio ao uso de Tecnologias Educacionais. Curitiba,

2009.

PARANÁ, SEED. Superintendência Da Educação Diretoria De Tecnologias Educacionais. TV multimídia. Curitiba: SEED – PR, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E TECNOLOGIAS DIGITAIS/ORGANIZAÇÃO, Ednéia Santos, Lyan Alves – Rio de Janeiro: Épajers, 2006.

35

Page 37: Secretaria de Estado da Educação - diaadiaeducacao.pr.gov.br · se os professores teriam ou não dificuldade em planejar suas aulas com o auxílio das novas tecnologias. Pela opinião

SAVIANI, Demerval. Pedagogia histórico/crítica: primeiras aproximações. 2. ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1991.

VALENTE, C; MATTAR, J. Second Life e WEB 2o na Educação: O potencial revolucionário das novas tecnologias. SP: Novatec, 2007.

Blogs: http://profmanuela.blogspot.com/Links: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/edgarmori...www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrivewww.filmescompletos.info/filme-a-corrente-do-bem-dubladohttp://www.youtube.com/results

36