saúde - 6 de abril de 2014

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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 Esquecimento pode ser um problema Saúde e bem-estar F5 DIVULGAÇÃO Sofrendo com o Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo pode ser quase imperceptível ou pode incapacitar L avar as mãos a todo o mo- mento, evitar o uso de ba- nheiros públicos, revisar repetidas vezes a porta, o fogão ou o gás antes de sair de casa ou ao deitar, uma neces- sidade exagerada de arrumar as coisas, ter medo de passar perto de cemitérios, funerárias ou de usar certas cores de roupa com medo de que possa acontecer algo de muito ruim, ser atormen- tado por dúvidas intermináveis ou por pensamentos “horríveis” são alguns dos inúmeros sintomas do Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo, o TOC. A doença, que afeta milhares de pessoas no mundo inteiro, inter- fere na rotina de maneira signifi- cativa, mas há tratamento. A universitária Maria Fernanda Correia, 29, começou a fazer uma coleção de canetas, aos 16 anos. Juntava as que ganhava de pre- sente, as que comprava, todas em uma mesa ao lado do computador – chegou a ter mais de 400. “E, do nada, fiquei com esse pensamento que, se não contasse todas as ca- netas, três vezes todas as noites, e as separasse por cores, algo iria acontecer com a minha famí- lia”, lembra. Esse “do nada” não é bem verdade, já que, após alguns momentos de conversa, a universi- tária desabafa. “Tinha acabado de terminar com o meu namorado. E já sofri com TOC quando criança. Voltou com tudo, e tive que voltar a fazer terapia”, conta. Comportamento A psicóloga Luciana Freitas explica que o TOC tem como ca- racterísticas essenciais ideias, imagens ou impulsos persis- tentes e recorrentes, além de compulsões caracterizadas por comportamentos e pensamen- tos repetitivos não intencionais, e normalmente servem para anu- lar uma obsessão. “As obsessões e compulsões consomem tempo e interferem de modo significati- vo na rotina normal do indivíduo, no desempenho ocupacional, nas atividades habituais e nos relacionamentos. O paciente pode ter obsessão, compulsão ou ambas”, observa. A obsessão é um pensamento, sentimento, ideia ou sensação re- corrente e intrusiva. Em contraste com esta, que é um acontecimen- to mental, a compulsão é um com- portamento. Especificamente, uma compulsão é um comporta- mento consciente, padronizado, recorrente, como contar, verificar ou evitar. O paciente com TOC se dá conta da irracionalidade das sensações e experimenta tanto a obsessão como a compulsão como egodistônica (comporta- mentos indesejáveis). A profissional revela, ainda, que o TOC pode começar em qualquer idade. “O transtorno de 1/3 da população mundial em diferentes culturas. Casos infantis são mais comuns em meninos e em adultos são mais co- muns em mulheres”, aponta. As causas do TOC ainda são des- conhecidas, informa a psicóloga. “O TOC é provavelmente resultan- te de fatores causais diferentes e podem estar associadas a uma predisposição genética. Outras se apresentam como casos esporá- dicos”, diz. Dentre os sintomas, frequen- temente as pessoas acometidas por este transtorno escondem de amigos e familiares essas ideias e comportamentos, tanto por ver- gonha quanto por terem noção do absurdo das exigências autoim- postas. “Muitas vezes desconhe- cem que esses problemas fazem parte de um quadro psicológico tratável e cada vez mais respon- sável a medicamentos específicos e à psicoterapia”, diz. A pessoa pode perceber que a obsessão é irracional e reconhecê-la como um produto de sua mente, ex- perimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento. “Pode ser um problema incapaci- tante porque as obsessões podem consumir tempo e interferir na rotina normal do indivíduo ou relacionamentos com amigos e familiares”, informa Luciana. O diagnóstico deve ser cuidado- so, pois traços de personalidade ou distúrbios de aprendizagem em crianças têm que ser eliminados, e o tratamento mais indicado é a TCC – Terapia Cognitivo Comportamen- tal, associado à farmacologia, com administração de medicamentos reguladores do humor. O TOC é, muitas vezes, retratado de maneira mais “amena”, quando aparece na mídia. Pular ladrilhos de uma só cor, ou lavar as mãos em situações inoportunas aparecem em filmes e na te- levisão, mas recentemente, o seriado norte-americano “Girls”, da HBO, recebeu elo- gios por mostrar a realidade de quem sofre com o TOC. Na série, a personagem Hannah (interpretado por Lena Dunham) enfrenta o lado mais obscuro da doen- ça. Hannah precisa de um “equilíbrio” entre os lados esquerdo e direito, é ator- mentada por pensamentos trágicos e intrusivos, e con- ta tudo em séries de oito (ou 64) – o que é notado por seus pais durante um jantar, e isso os leva a uma consulta ao antigo pediatra da personagem e, em segui- da, a um psicólogo. Depois, em um acidente por conta do transtorno (ela forçou tanto a entrada de um co- tonete no ouvido que pa- rou no hospital), a realidade de quem sofre com o TOC apareceu: por conta do tal equilíbrio entre os lados, ela levou para casa o mesmo cotonete usado no hospital para limpar, escondida, o outro ouvido. Realidade da doença na tevê MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO GRAVIDADE Os níveis de gravidade do TOC aparecem, prin- cipalmente, se tiverem comorbidade com outros transtornos que incluem abuso e dependência de drogas, depressão, fobias e transtornos de comportamento TOC

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Saúde - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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SaúdeCa

dern

o F

e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

Esquecimento pode ser um problemaSaúde e bem-estar F5

DIVULGAÇÃO

Sofrendocom o

Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo pode ser quase imperceptível ou pode incapacitar

Lavar as mãos a todo o mo-mento, evitar o uso de ba-nheiros públicos, revisar repetidas vezes a porta,

o fogão ou o gás antes de sair de casa ou ao deitar, uma neces-sidade exagerada de arrumar as coisas, ter medo de passar perto de cemitérios, funerárias ou de usar certas cores de roupa com medo de que possa acontecer algo de muito ruim, ser atormen-tado por dúvidas intermináveis ou por pensamentos “horríveis” são alguns dos inúmeros sintomas do Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo, o TOC. A doença, que afeta milhares de pessoas no mundo inteiro, inter-fere na rotina de maneira signifi -cativa, mas há tratamento.

A universitária Maria Fernanda Correia, 29, começou a fazer uma coleção de canetas, aos 16 anos. Juntava as que ganhava de pre-sente, as que comprava, todas em uma mesa ao lado do computador – chegou a ter mais de 400. “E, do nada, fi quei com esse pensamento que, se não contasse todas as ca-netas, três vezes todas as noites, e as separasse por cores, algo iria acontecer com a minha famí-lia”, lembra. Esse “do nada” não é bem verdade, já que, após alguns momentos de conversa, a universi-tária desabafa. “Tinha acabado de terminar com o meu namorado. E já sofri com TOC quando criança. Voltou com tudo, e tive que voltar a fazer terapia”, conta.

ComportamentoA psicóloga Luciana Freitas

explica que o TOC tem como ca-racterísticas essenciais ideias, imagens ou impulsos persis-tentes e recorrentes, além de compulsões caracterizadas por comportamentos e pensamen-tos repetitivos não intencionais, e normalmente servem para anu-

lar uma obsessão. “As obsessões e compulsões consomem tempo e interferem de modo signifi cati-vo na rotina normal do indivíduo, no desempenho ocupacional, nas atividades habituais e nos relacionamentos. O paciente pode ter obsessão, compulsão ou ambas”, observa.

A obsessão é um pensamento, sentimento, ideia ou sensação re-corrente e intrusiva. Em contraste com esta, que é um acontecimen-to mental, a compulsão é um com-portamento. Especifi camente,

uma compulsão é um comporta-mento consciente, padronizado, recorrente, como contar, verifi car ou evitar. O paciente com TOC se dá conta da irracionalidade das sensações e experimenta tanto a obsessão como a compulsão como egodistônica (comporta-mentos indesejáveis).

A profi ssional revela, ainda, que o TOC pode começar em qualquer idade. “O transtorno de 1/3 da população mundial em diferentes culturas. Casos infantis são mais comuns em meninos e em adultos

são mais co-

muns em mulheres”, aponta.As causas do TOC ainda são des-

conhecidas, informa a psicóloga. “O TOC é provavelmente resultan-te de fatores causais diferentes e podem estar associadas a uma predisposição genética. Outras se apresentam como casos esporá-dicos”, diz.

Dentre os sintomas, frequen-temente as pessoas acometidas por este transtorno escondem de amigos e familiares essas ideias e comportamentos, tanto por ver-gonha quanto por terem noção do absurdo das exigências autoim-postas. “Muitas vezes desconhe-cem que esses problemas fazem parte de um quadro psicológico tratável e cada vez mais respon-sável a medicamentos específi cos e à psicoterapia”, diz. A pessoa pode perceber que a obsessão é irracional e reconhecê-la como um produto de sua mente, ex-perimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento. “Pode ser um problema incapaci-tante porque as obsessões podem consumir tempo e interferir na rotina normal do indivíduo ou relacionamentos com amigos e familiares”, informa Luciana.

O diagnóstico deve ser cuidado-so, pois traços de personalidade ou distúrbios de aprendizagem em crianças têm que ser eliminados, e o tratamento mais indicado é a TCC – Terapia Cognitivo Comportamen-tal, associado à farmacologia, com administração de medicamentos reguladores do humor.

Correia, 29, começou a fazer uma coleção de canetas, aos 16 anos. Juntava as que ganhava de pre-sente, as que comprava, todas em uma mesa ao lado do computador – chegou a ter mais de 400. “E, do nada, fi quei com esse pensamento que, se não contasse todas as ca-netas, três vezes todas as noites, e as separasse por cores, algo iria acontecer com a minha famí-lia”, lembra. Esse “do nada” não é bem verdade, já que, após alguns momentos de conversa, a universi-tária desabafa. “Tinha acabado de terminar com o meu namorado. E já sofri com TOC quando criança. Voltou com tudo, e tive que voltar a fazer terapia”, conta.

ComportamentoA psicóloga Luciana Freitas

explica que o TOC tem como ca-racterísticas essenciais ideias, imagens ou impulsos persis-tentes e recorrentes, além de compulsões caracterizadas por comportamentos e pensamen-tos repetitivos não intencionais, e normalmente servem para anu-

uma compulsão é um comporta-mento consciente, padronizado, recorrente, como contar, verifi car ou evitar. O paciente com TOC se dá conta da irracionalidade das sensações e experimenta tanto a obsessão como a compulsão como egodistônica (comporta-mentos indesejáveis).

A profi ssional revela, ainda, que o TOC pode começar em qualquer idade. “O transtorno de 1/3 da população mundial em diferentes culturas. Casos infantis são mais comuns em meninos e em adultos

são mais co-

perimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento. “Pode ser um problema incapaci-tante porque as obsessões podem consumir tempo e interferir na rotina normal do indivíduo ou relacionamentos com amigos e familiares”, informa Luciana.

O diagnóstico deve ser cuidado-so, pois traços de personalidade ou distúrbios de aprendizagem em crianças têm que ser eliminados, e o tratamento mais indicado é a TCC – Terapia Cognitivo Comportamen-tal, associado à farmacologia, com administração de medicamentos reguladores do humor.

O TOC é, muitas vezes, retratado de maneira mais “amena”, quando aparece na mídia. Pular ladrilhos de uma só cor, ou lavar as mãos em situações inoportunas aparecem em fi lmes e na te-levisão, mas recentemente, o seriado norte-americano “Girls”, da HBO, recebeu elo-gios por mostrar a realidade de quem sofre com o TOC. Na série, a personagem Hannah (interpretado por Lena Dunham) enfrenta o lado mais obscuro da doen-ça. Hannah precisa de um “equilíbrio” entre os lados esquerdo e direito, é ator-mentada por pensamentos

trágicos e intrusivos, e con-ta tudo em séries de oito (ou 64) – o que é notado por seus pais durante um jantar, e isso os leva a uma consulta ao antigo pediatra da personagem e, em segui-da, a um psicólogo. Depois, em um acidente por conta do transtorno (ela forçou tanto a entrada de um co-tonete no ouvido que pa-rou no hospital), a realidade de quem sofre com o TOC apareceu: por conta do tal equilíbrio entre os lados, ela levou para casa o mesmo cotonete usado no hospital para limpar, escondida, o outro ouvido.

Realidade da doença na tevêMELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

GRAVIDADEOs níveis de gravidade do TOC aparecem, prin-cipalmente, se tiverem comorbidade com outros transtornos que incluem abuso e dependência de drogas, depressão, fobias e transtornos de comportamento

TOC

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MANAUS, DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2014F2 Saúde e bem-estar

Rica em vitaminas A, C e D, além de ser uma fruta rica em an-tioxidantes e fi tonutrientes, o Cranberry é recomendado para tratar infecções de trato urinário”

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Pesquisas mostram que o con-sumo diário da fruta pode trazer inúmeros benefícios para o or-ganismo.

Você já ouviu falar em cranberry? Provavelmente não. Aqui no Brasil esta fruta original da América do Norte parecida com a cereja, mas com uma cor ainda mais viva, é pouca conhecida. Nos Estados Unidos, ela tem importante papel em festas e datas comemorativas. Na Segunda Guerra Mundial, as tropas americanas se alimenta-vam da pequena frutinha como forma de alimentação saudável. E não é para menos, uma vez que ela oferece inúmeros benefícios para a saúde.

Rica em vitaminas A, C e D, além de ser uma fruta rica em antioxidantes e fi tonutrientes, o cranberry é recomendado para tra-tar infecções de trato urinário. Um estudo realizado pela Universidade de Harvard mostrou que o consumo diário a base da fruta, ao longo de um ano, reduz a incidência de infecções urinárias em 35%. O efeito foi ainda maior em mulheres. Nelas, a redução foi de 39%.

Isso acontece porque alguns dos componentes da fruta evitam a adesão das bactérias à parede da bexiga. Porém, os benefícios proporcionados pelo consumo de

cranberry vão além do trato uri-nário. Pesquisas apontam que ele é benéfi co para outras partes do organismo. No coração, por exem-plo, ele provou ser um antioxidante efi caz, prevenindo o colesterol LDL de se tornar oxidável.

Já que a fruta não é comum no Brasil, se disponibiliza o extrato seco padronizado e encontra-se em tabletes.

Desde então, inúmeras pesqui-sas foram feitas com o objetivo de descobrir qual o total de benefícios que o cranberry pode proporcionar ao ser humano.

O mesmo mecanismo de antia-desão que impede o surgimento de doenças de trato urinário evita o surgimento de gengivite perion-dontal e placas dentais, pois a fruta não deixa que as bactérias se fi xem nos dentes. Além disso, a fruta previne úlceras estomacais e é um importante aliado para evitar o envelhecimento precoce. A infecção urinária é uma das principais causas de consultas em consultórios médicos, ambulató-rios e prontos-socorros no Brasil e no mundo. Essa infecção é mais comum em mulheres na proporção de 3 para 1, considerando-se a população geral. As mulheres têm três períodos da vida nos quais as infecções são mais frequentes: ao

sair das fraldas, ao iniciar a vida sexual e ao entrar no período pós-menopausa. Essas infecções ocor-rem por penetração de bactéria pela uretra.

Estudos relatam quantidades di-ferentes em suas pesquisas, mas recomendam o consumo: ingerir um tablete duas vezes ao dia, antes das principais refeições.

Gestantes, nutrizes e crianças de até 3 anos, somente devem consu-mir este produto com orientação médica ou de nutricionistas.

Estudos mais recentes recomen-dam em média, o consumo de 200 ml de suco ao dia, durante um mês, para que consigamos favorecer dos benefícios da fruta.

O excesso de consumo de cran-berry pode causar desarranjo intes-tinal. Devido à frutose existente na fruta, é aconselhável que pacientes com diabete consumam o seu suco com moderação.

Mas uma fruta para dar conti-nuidade ao modismo tão em alta no mundo. A comunidade médica está sempre interessada em reco-nhecer antioxidantes importantes para combater as doenças. O cran-berry é um dos ativos de interesse médico por conter mais oxidantes fenólicos quando comparados às dezenoves frutas geralmente con-sumidas.

Nativa da Floresta Amazônica, a palmeira murumuru pode ser uma grande aliada para quem quer tratar naturalmente os fios, reduzir o volume e tirar o frizz. A partir do óleo da semente dessa árvore, pode ser extraída uma manteiga muito valiosa para cuidar da beleza. Utilizado em uma série de produtos, como batons, hidratantes e condicionadores, o produto conta com alto poder nutritivo e emoliente. A ação do óleo de murumuru é decorrente de sua composição oleica. A manteiga é muito rica em ácidos graxos, principalmente ácido láurico e ácido mirístico, muito benéficos à saúde dos fios.

Murumuru é hidratante para a pele e os cabelos

A maceração das flores de Tiaré no óleo de coco em temperatura branda resulta em um solução ex-celente para quem sofre com pele seca. Chamado de óleo de monoi, esse produto é tradicionalmente usado em sua região de origem e se destaca por ser um potente hidratante natural. Para quem está planejando uma viagem à praia, esse óleo é um item muito importante na mala. Além de ser um bronzeador natural, ele evita a desidratação da pele causada pela exposição ao sol. Misturando algumas gotas a um protetor solar, garantirá uma pele bonita mesmo sob os efeitos do verão.

Óleo de monoi ajuda a manter o bronzeado

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoDernando MonteiroGracycleide Drumond

Cristianização da ética médica grega

As adminis-trações das cidades des-cuidaram-se com a higie-ne pessoal, traçadas das ruas, abas-tecimento de água potável, enterramento dos corpos nos limites urbanos e esgotos”

Murumuru é hidratante

João Bosco [email protected]

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa na França

Humberto Figliuolo

Farmacêutico

Humberto Figliuolohfi [email protected]

O processo da cristianização de Roma, durante o reinado do Constantino e após, fruto do enfraquecimento das frontei-ras romanas, pelas invasões dos visigodos, introduziu mu-danças no sistema mercan-til-escravista para o feudal e em conceitos éticos e morais, especialmente, nos da prática médica. Nesse processo com-plexo, a medicina se distanciou dos conceitos gregos jônicos da físis e se aproximou da doen-ça como mal, entendido como castigo de Deus. Sem pretender simplifi car, o tratamento mais importante para a doença como mal, seria a força de Deus, Jesus Cristo ou a dos santos protetores, promovendo a cura por meio do milagre.

É possível compreender essa abordagem cristã nos conceitos teóricos da ética e da moral, também nas práticas médicas, como espécie de regressão às conquistas greco-romanas, que também iria se materia-lizar na organização urbana, no medievo cristão europeu. As administrações das cidades descuidaram-se com a higie-ne pessoal, traçados das ruas, abastecimento de água potá-vel, enterramento dos corpos nos limites urbanos e esgoto sanitário.

Com o fechamento das es-colas de medicina nos moldes

greco-romanos, no fi nal do século 5, as práticas médicas se aproximaram das abadias e mosteiros, onde padres e frei-ras prestaram assistência aos doentes sob a égide da ética e da moral cristã.

Nesse período, no interior das abadias e conventos, distante das recomendações hipocráti-cas, os padres que exerciam a medicina provocaram tantos confl itos, motivados pela má prática, causando sequelas e mortes, que as autoridades cristãs, nos Concílios de Rems (1131) e de Roma (1139) proi-biram que os religiosos exer-cessem a medicina fora das abadias e mosteiros.

Ao mesmo tempo, os grandes teóricos do cristianismo como Abelardo, Bernard de Chartre, Tomás de Aquino, entre outros, iniciam o processo de resgate doutrinário das obras de Platão e Aristóteles, obrigando novas leituras da ética médica.

No século 13, tentando vencer as resistências eclesiásticas, Jean Pitard, cirurgião-barbeiro, funda a Confraria dos Cirurgi-ões, sob a guarda de São Cosme e São Damião, introduziu nor-mas éticas aos cirurgiões-bar-beiros e roupas diferenciadas que os distinguiriam dos outros que permanecem contrários ao novo código ético.

Do outro lado, esses núcleos

médicos em algumas abadias e certos mosteiros, serviram como sementes às futuras uni-versidades que seriam criadas a partir do século 13, em vários reinos da Europa, na alta Idade Média, quando a ética médica passaria por novas mudanças.

As abadias de Salerno e Mon-tpelier, dois núcleos importan-tes das futuras universidades, se distinguiriam por retomarem antigos conceitos éticos gregos da Escola de Cós. Ambas valori-zaram a base ética da medicina, até hoje válida: “Em primeiro lugar, não façam mal”.

As fricções sociais e outros fatores econômicos e políti-cos abriram as portas para o Renascimento europeu que marcaria novo tempo na Eu-ropa, interferindo diretamente na ética médica oriunda do medievo: publicação mecani-zada dos livros, ruptura com as interdições eclesiásticas e dissecção pública de corpos humanos, publicação dos livros “De humani corporis fabrica” de André Vesálio; “A cirurgia”, de Ambroise Paré; “Christia-nismno restitutio”, de Miguel Servet, contestanto a veraci-dade da Trindade Cristã; “De viscerum structura”, de Marcelo Malpighi, descrevendo o mundo somente visível sob as lentes de aumento, iniciando o pen-samento micrológico.

Cranberry: um aliado da saúde

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MANAUS, DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2014 F3Saúde e bem-estar

Especialistas afirmam que doenças bucais podem interferir maisdiretamente no desenvolvimento saudável do bebê na gestação

Alguns cuidados para reduzir os riscos de doença bucal durante a gestação

Especialistas afirmam que doenças bucais podem interferir maisdiretamente no desenvolvimento saudável do bebê na gestação

Durante o pré-na-tal as gestan-tes precisam dar uma atenção es-

pecial à saúde bucal. Os cuidados, nesse período, são essenciais tanto para prevenir problemas para a sua saúde da mãe, quanto para evitar possível má-formação do bebê. Doenças orais durante a gestação também podem prejudicar o desenvolvimento saudá-vel da arcada dentária dos pequenos.

É o que afi rma a cirur-giã-dentista Denise Ma-chado. De acordo com ela, que coordena a equipe de multiprofi ssionais do “Den-

tista em Casa”, mui-tos incidentes

durante a gestação

podem ser evitados com o simples acompanhamen-to de um profi ssional da área. É o chamado pré-natal odontológico.

Segundo Denise, as alte-rações hormonais facilitam o desenvolvimento de infl a-mações bucais na gestante, o que pode contribuir para partos prematuros e o nas-cimento de crianças com baixo peso (com menos de 2,5 Kg).

Os primeiros dentes do bebê, os chamados “dentes de leite” começam a se formar a partir da sexta semana de vida do feto, já os dentes permanentes, a partir do quinto mês de vida intrauterina. “Condi-ções desfavoráveis durante a gestação, como o uso de medicamentos sem orien-tação médica, infecções e carências nutricionais po-dem trazer problemas nos dentes em fase de forma-ção e a mineralização de toda a arcada dentária”, destaca a cirurgiã-dentis-ta.

Ainda de acordo com Denise, as gestantes com doenças bucais (dentes ou gengiva) apresentam um risco até sete vezes maior de sofrer partos prematu-ros e dar à luz a crianças de baixo peso, do que as mães sem nenhum problema de saúde.

Durante a gestação, as mulheres também vomitam constantemente, princi-palmente nas 12 primei-

ras semanas. Com isso, a saliva pode acabar fi cando mais ácida, criando um am-biente propício para o de-senvolvimento mais rápido de cáries e a proliferação de infl amações e infecções.

Período adequadoMuitas mães deixam de

lado o tratamento de do-enças bucais, por medo de que o tratamento interfi -

ra no desenvolvimento do bebê. No entanto, Denise alerta para que as futuras mães não tenham medo de cuidar de sua saúde oral, desde que seja acompa-nhada por um profi ssional qualifi cado e utilize apenas medicamentos receitados por médicos ou dentistas. “Elas não só podem, como devem buscar tratamen-to. O melhor período é no segundo trimestre da gestação, entre o quarto e sexto mês, não existin-do riscos na aplicação de anestesia. Há anestésicos apropriados, mesmo para

as gestantes de alto ris-co. Também não há pro-blema com as tomadas radiográfi cas, desde que se faça uso do avental de chumbo”, explicou.

Denise alerta que a saúde bucal da mãe tem relação direta com a saúde bucal da criança. “Se a mãe tiver cárie, ela pode transmitir a doença para o bebê, que nasce sem a bactéria que causa a doença, mas pode ser contaminado pelo con-tato com pessoas que lidam com ele. A doença pode ser transmitida ainda nos primeiros meses de vida da criança. A mãe, ao assoprar a comida, ao usar o mes-mo copo ou talheres que o bebê, ao morder um pedaço de alimento destinado ao bebê pode contaminá-lo”, explicou.

Denise Machado é co-ordenadora do Dentista em Casa, serviço inédito e exclusivo em Manaus, que oferece atendimento dentário domiciliar. O ser-viço dispõe de estrutura completa, que é facilmen-te instalada, e uma equipe altamente especializada, para realizar tratamentos básicos ou especializados. As consultas podem ser agendadas pelo telefone, nos números 9512-1114, 8217-3117, 9982-6495 e 8429-8444, ou diretamen-te no site http://www.den-tistaemcasaam.com.br. O serviço é licenciado pela Vigilância Sanitária.

• Evitar bebidas cítricas e com gás, mesmo refrige-rantes sem açúcar.

• Bochechar com água e bicarbonato e escovar os dentes depois dos vô-mitos.

• Chupar chicletes sem açúcar depois das refei-ções.

• Evitar o consumo exa-gerado de doces e gulosei-mas. O consumo do açúcar deve ser durante as refei-ções ou na sobremesa.

• Dar preferência a uma alimentação balanceada e rica em verduras, legumes e frutas. A falta de vita-minas pode comprometer o desenvolvimento normal dos dentes do bebê.

Uma alimentação saudável é fator importante durante a gestação, além do fato das frutas e verduras contribuírem para ter uma melhor condição de saúde bucal

FOTOS: DIVULGAÇÃO

REMÉDIOSCondições desfavo-ráveis na gestação, como o uso de medi-camentos sem orien-tação, infecções e carências nutricionais podem trazer proble-mas nos dentes em fase de formação

Gestantes devem dar atenção especial à saúde oral

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2014 F5

Esquecimento é normal?Nem todo processo de esquecimento é sintoma de doença, mas é preciso fi car atento se as queixas se tornarem cada vez mais frequentes

Que atire a primeira pedra quem nunca, independentemen-te da idade, algum

dia, esqueceu de pagar uma conta, não lembrou onde co-locou a chave do carro, um número de telefone ou o nome de alguém. A médica clíni-ca-geral Lyvia Salem expli-ca, entretanto, que é preciso diferenciar o esquecimento benigno, que todos nós temos, do esquecimento patológico.

A medida que envelhece-mos, o nosso cérebro também acompanha. É o mesmo com o coração, o rim, e o cérebro também tem suas mudanças com a chegada da idade. Mas é preciso esclarecer que, com o envelhecimento, não é a me-mória que é prejudicada, mas sim o processamento”, diz a médica. A analogia é simples: o nosso cérebro, ao envelhe-

cer, fi ca como um computa-dor antigo, que demora um pouco mais, mas processa. Mas, se há difi culdade no ar-mazenamento e no processo das informações, aí pode ser doença de Alzheimer.

FREQUÊNCIAO esquecimento em geral

não está, necessariamente, associado à doença cere-bral. Em pessoas com idade abaixo de 60 anos, é muito comum queixas de esque-cimento, mas que não têm essa ligação. “Esse esque-cimento benigno está mais relacionado a ansiedade, de-pressão, privação de sono ou outros fatores que diminuem a atenção e a capacidade de armazenar informações. Já o segundo é de origem neuro-lógico e não tem cura, porém é passível de tratamento, que pode retardar sua progres-são”, destaca Lyvia.

Para descobrir as causas

desse esquecimento é preci-so fazer uma avaliação mais detalhada. A princípio, com-pleta a médica, para uma ava-liação de que tem queixa de memória abaixo dos 60 anos, habitualmente é fundamen-tal fazer uma boa entrevista acerca das características de sua vida diária.

“É necessário descobrir se há presença de sintomas psiquiátricos, bom sono, boa alimentação. Afi nal, muitas outras causas podem estar envolvidas, como por exem-plo o uso rotineiro de de-terminadas medicações con-troladas”, aponta. Anemias crônicas, hipotireoidismo, falta de vitamina B12, entre outros fatores, também po-dem causar esquecimento.

PREVENÇÃOAlgumas características

clínicas mais comuns dos primeiros indícios do esque-cimento são o fato da pessoa

ter difi culdade em se manter atualizada e ser repetitiva. “Se o esquecimento começa a ser consistente e diário, são sinais de alerta para uma possível doença cere-bral. Todavia, algumas carac-terísticas também envolvem difi culdade de orientação no tempo, sobretudo confundir ‘mês e ano’, indica a chance de serem mais relacionados à doença cerebral do que confundir o ‘dia’, por exemplo, sobretudo quando se per-gunta de supetão. Pode ser que alguém realmente não se lembre. Contudo, repeti-tividade é uma das coisas principais para a evolução da patologia”, diz a médica.

A prevenção, informa Lyvia Salem, quando se fala em doença de Alzheimer, há como diminuir as chances de acontecer, com uma vida saudável, boa alimentação, exercícios físicos, leitura e desafi os constantes. Com o envelhecimento cerebral, pode haver perdas de memória, que são normais ou fi siológicas

Exercício para memória e concentraçãoAgora olhe para a próxima lista e encontre os nomes que foram alterados:

Para fazer este exercício para memória e concen-tração você deve observar os elementos da lista, durante 30 segundos, e tentar decorá-los:

Amarelo

Televisão

Praia

Dinheiro

CelularLinguiça

Papel

Chá

Relógio

Londres

Amarelo

Confusão

MarDinheiro

Celular

Linguiça

Folha

Caneca

Relógio

Paris

Encontre o

Exercício para memória e concentraçãoPara fazer este exercício para memória e concen-tração você deve observar os elementos da lista, durante 30 segundos, e tentar decorá-los:

Amarelo

Televisão

Praia

Dinheiro

CelularLinguiça

Papel

Chá

Relógio

Londres

Encontre o

6Uma vida saudável, com boa alimentação e exer-cícios físicos, além de

desafi os e leitura podem amenizar o esquecimento

Fatores de risco para doença de Alzheimer

- Diabetes mal con-trolada

- Doença de Alzheimer de início precoce na família

- Obesidade ou des-nutrição

- Depressão (estudos apontam que depressão aumenta o risco de 2 a 3 três vezes de doença de Alzheimer de início tardio no idoso)

- Doenças cardiovascu-lares: por exemplo arrit-mia, AVC etc

- Baixa escolaridade (re-serva cognitiva baixa)

- Apneia do sono

- Baixo consumo de pei-xe ou ômega 3

- Depressão

- Sedentarismo

- Polifarmácia (uso de várias medicações)

- Hipertensão arterial sistêmica

- Idade avançada

- Trauma craniano de repetição

Fatores de proteção:

- Atividade física

- Dieta do Mediterrâneo

- Educação

- Estimulação cerebral

- Fatores cardiovas-culares controlados (diabetes, hipertensão, colesterol)

Os termos errados da última lista são: Confusão, Mar, Folha, Caneca e Paris. Se identifi cou todas as alterações, sua memória está boa, mas deve continuar a fazer outros exercícios para manter seu cérebro em forma. Quando o cérebro não é estimulado, o indivíduo tem maior probabilidade de esquecimentos e de desenvolver problemas de memória devido ao seu cérebro ser “preguiçoso” e não agir com a rapidez e agilidade que deveria.

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2014 F5

Esquecimento é normal?Nem todo processo de esquecimento é sintoma de doença, mas é preciso fi car atento se as queixas se tornarem cada vez mais frequentes

Que atire a primeira pedra quem nunca, independentemen-te da idade, algum

dia, esqueceu de pagar uma conta, não lembrou onde co-locou a chave do carro, um número de telefone ou o nome de alguém. A médica clíni-ca-geral Lyvia Salem expli-ca, entretanto, que é preciso diferenciar o esquecimento benigno, que todos nós temos, do esquecimento patológico.

A medida que envelhece-mos, o nosso cérebro também acompanha. É o mesmo com o coração, o rim, e o cérebro também tem suas mudanças com a chegada da idade. Mas é preciso esclarecer que, com o envelhecimento, não é a me-mória que é prejudicada, mas sim o processamento”, diz a médica. A analogia é simples: o nosso cérebro, ao envelhe-

cer, fi ca como um computa-dor antigo, que demora um pouco mais, mas processa. Mas, se há difi culdade no ar-mazenamento e no processo das informações, aí pode ser doença de Alzheimer.

FREQUÊNCIAO esquecimento em geral

não está, necessariamente, associado à doença cere-bral. Em pessoas com idade abaixo de 60 anos, é muito comum queixas de esque-cimento, mas que não têm essa ligação. “Esse esque-cimento benigno está mais relacionado a ansiedade, de-pressão, privação de sono ou outros fatores que diminuem a atenção e a capacidade de armazenar informações. Já o segundo é de origem neuro-lógico e não tem cura, porém é passível de tratamento, que pode retardar sua progres-são”, destaca Lyvia.

Para descobrir as causas

desse esquecimento é preci-so fazer uma avaliação mais detalhada. A princípio, com-pleta a médica, para uma ava-liação de que tem queixa de memória abaixo dos 60 anos, habitualmente é fundamen-tal fazer uma boa entrevista acerca das características de sua vida diária.

“É necessário descobrir se há presença de sintomas psiquiátricos, bom sono, boa alimentação. Afi nal, muitas outras causas podem estar envolvidas, como por exem-plo o uso rotineiro de de-terminadas medicações con-troladas”, aponta. Anemias crônicas, hipotireoidismo, falta de vitamina B12, entre outros fatores, também po-dem causar esquecimento.

PREVENÇÃOAlgumas características

clínicas mais comuns dos primeiros indícios do esque-cimento são o fato da pessoa

ter difi culdade em se manter atualizada e ser repetitiva. “Se o esquecimento começa a ser consistente e diário, são sinais de alerta para uma possível doença cere-bral. Todavia, algumas carac-terísticas também envolvem difi culdade de orientação no tempo, sobretudo confundir ‘mês e ano’, indica a chance de serem mais relacionados à doença cerebral do que confundir o ‘dia’, por exemplo, sobretudo quando se per-gunta de supetão. Pode ser que alguém realmente não se lembre. Contudo, repeti-tividade é uma das coisas principais para a evolução da patologia”, diz a médica.

A prevenção, informa Lyvia Salem, quando se fala em doença de Alzheimer, há como diminuir as chances de acontecer, com uma vida saudável, boa alimentação, exercícios físicos, leitura e desafi os constantes. Com o envelhecimento cerebral, pode haver perdas de memória, que são normais ou fi siológicas

Exercício para memória e concentraçãoAgora olhe para a próxima lista e encontre os nomes que foram alterados:

Para fazer este exercício para memória e concen-tração você deve observar os elementos da lista, durante 30 segundos, e tentar decorá-los:

Amarelo

Televisão

Praia

Dinheiro

CelularLinguiça

Papel

Chá

Relógio

Londres

Amarelo

Confusão

MarDinheiro

Celular

Linguiça

Folha

Caneca

Relógio

Paris

Encontre o

Exercício para memória e concentraçãoPara fazer este exercício para memória e concen-tração você deve observar os elementos da lista, durante 30 segundos, e tentar decorá-los:

Amarelo

Televisão

Praia

Dinheiro

CelularLinguiça

Papel

Chá

Relógio

Londres

Encontre o

6Uma vida saudável, com boa alimentação e exer-cícios físicos, além de

desafi os e leitura podem amenizar o esquecimento

Fatores de risco para doença de Alzheimer

- Diabetes mal con-trolada

- Doença de Alzheimer de início precoce na família

- Obesidade ou des-nutrição

- Depressão (estudos apontam que depressão aumenta o risco de 2 a 3 três vezes de doença de Alzheimer de início tardio no idoso)

- Doenças cardiovascu-lares: por exemplo arrit-mia, AVC etc

- Baixa escolaridade (re-serva cognitiva baixa)

- Apneia do sono

- Baixo consumo de pei-xe ou ômega 3

- Depressão

- Sedentarismo

- Polifarmácia (uso de várias medicações)

- Hipertensão arterial sistêmica

- Idade avançada

- Trauma craniano de repetição

Fatores de proteção:

- Atividade física

- Dieta do Mediterrâneo

- Educação

- Estimulação cerebral

- Fatores cardiovas-culares controlados (diabetes, hipertensão, colesterol)

Os termos errados da última lista são: Confusão, Mar, Folha, Caneca e Paris. Se identifi cou todas as alterações, sua memória está boa, mas deve continuar a fazer outros exercícios para manter seu cérebro em forma. Quando o cérebro não é estimulado, o indivíduo tem maior probabilidade de esquecimentos e de desenvolver problemas de memória devido ao seu cérebro ser “preguiçoso” e não agir com a rapidez e agilidade que deveria.

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Page 6: Saúde - 6 de abril de 2014

MANAUS, DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2014F6 Saúde e bem-estar

A retirada total dos pelos pubianos, prática conhecida no mundo todo, pode causar sérios problemas de saúde

Cuidados com a depilação íntima

A busca pelo bem-estar íntimo ou até mesmo a vaidade faz com que muitas mulheres

optem pela depilação íntima completa, conhecida no mun-do inteiro como “Depilação brasileira” ou “Brazilian wax”. No entanto, esse tipo de proce-dimento pode colocar em risco a saúde dessas mulheres, que acabam fi cando mais expos-tas ao surgimento de bacté-rias ou algumas infecções na região da vagina.

É o que alerta a ginecolo-gista do Sistema de Saúde Hapvida em Manaus, Nelma Gonçalves. “Os pelos não es-tão ali à toa. Eles protegem a vagina de microrganismos que podem causar sérios pro-blemas de saúde. Hoje em dia é muito comum que as mulheres abusem da depila-ção, sem levar em conside-ração o risco que isso pode ocasionar”, afirmou.

Com a vagina mais expos-ta ao ambiente externo, as mulheres fi cam propensas a infecções, infl amações ou irritações que precisarão de acompanhamento médico para serem tratadas.

Outro problema que pode ser ocasionado devido à de-pilação total são as peque-nas feridas causadas pela

utilização constante da cera quente. Essas escoriações, por menores que sejam, facilitam ainda mais a contaminação da região. Especialistas também orientam as mulheres a não dividir lâminas com outras pessoas e não compartilha-rem toalhas de banho, para evitar doenças.

Nelma disse, ainda, que o hábito de não depilar a

região íntima também não é aconselhável. “Existe um meio termo para tudo. O corpo feminino é cheio de sutile-zas e cada mulher precisa se adaptar ao seu ritmo. A depilação não é apenas um cuidado estético, mas uma atenção à higiene feminina. Cada pessoa precisa apenas defi nir como será a sua rotina de higiene”, aconselhou.

Caso opte por esse tipo de depilação, a mulher precisa redobrar seus cuidados com a higiene no local. Ela precisa fi car atenta quanto à limpeza do ambiente onde está se de-pilando e se todos os produ-tos são descartáveis. Nestes casos, o reaproveitamento da cera é um importante fator de contaminação.

Universo masculinoSegundo a depiladora da

Depilleve do Millennium Sho-pping, Larissa Nobre, o tipo de depilação favorita das clientes do estabelecimen-to é a “íntima cavada”, na qual não se tiram todos os pêlos pubianos. “Entretanto, a íntima total vem cain-do no gosto da mulherada”, disse a profissional.

Isso ocorre, inclusive, devi-do à preferência dos homens, conformem vem apontando pesquisas sobre o universo masculino. De acordo com levantamento da revista Cos-mopolitan, 50% dos homens apreciam a depilação total em suas parceiras.

Larissa afi rma que sempre orienta que, independente do tipo de depilação, os cuidados com a higienização diária são fundamentais para a saúde íntima da mulher.

HIGIENE LOCALUm problema que pode ser ocasionado devido à depilação total são as pequenas feridas causa-das pela utilização cons-tante da cera quente. Essas escoriações, por menores que sejam, fa-cilitam a contaminação

A depilação não é apenas um cuidado estético, mas

uma atenção à higiene feminina. Cada pessoa pre-

cisa defi nir a sua rotina

Abaixo algumas dicas de como fazer a depilação (completa ou não) com segurança

depilatórios. Os pelos caem rápido, cau-sam poucas lesões à pele, mas o resul-tado não é tão duradouro. O ideal é que seja feito um teste na pele para eliminar qualquer chance de alergia.

O ideal é que seja feita por um profis-sional qualificado e experiente. A maioria das mulheres opta por esse tipo de pro-cedimento, pois apresenta um resultado mais rápido e duradouro.

É o método mais agressivo e arriscado de depilação, pois cortes e machucados são comuns. Esse procedimento deve ser feito sempre com aparelhos novos.

Os pelos também podem ser elimi-nados com sessões de laser, mas sempre em clínicas especializadas. Esse método é eficaz, mas doloroso e muito mais caro.

CREMES

CERA QUENTE

LÂMINA

LASER

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Page 7: Saúde - 6 de abril de 2014

MANAUS, DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2014 F7Saúde e bem-estar

Dados divulgados pelo Ministé-rio da Saúde apontam que, em 2013, cerca de 500 mil novos casos de câncer foram diagnos-ticados no Brasil, sendo que o mama é terceiro maior em inci-dência no país. Para quem sofre desse mal, pesquisas america-nas revelaram que a ioga auxilia no combate ao câncer. O estudo avaliou cerca de 160 mulheres com a doença, que praticavam uma hora da atividade física, três vezes por semana.Depois de seis meses, resulta-dos indicaram que as pacientes tiveram uma boa redução nos índices de cortisol, hormônio relacionado ao estresse. Além disso, as mulheres passaram a se sentir menos cansadas depois das sessões de radioterapia.O ioga alia benefícios físicos e qualidade de vida por meio de exercícios antiestresse que

refletem o bom funcionamento de todo o organismo. Segundo a filosofia, os exercícios postu-rais são métodos para integrar a alma, o mundo exterior e o Universo. Os benefícios do ioga são consequências de toda transformação espiritual e do funcionamento adequado dos órgãos, conquistados pe-los movimentos feitos em aula e de hábitos saudáveis como cuidar da mente, estar sempre bem alimentado, beber água e dormir bem.A prática promete ainda dimi-nuir os níveis de colesterol, me-lhorar problemas respiratórios e controlar a pressão arterial. Fisi-camente, o yoga pode fortalecer os músculos e torná-los ainda mais flexíveis. Para quem sofre com problemas de ansiedade, insônia e depressão, o ioga pode servir como calmante.

Muitos famosos como Rodri-go Santoro, Fernanda Torres, Carolina Dieckmann, Luciana Gimenez, Angelina Jolie, Britney Spears e até a popstar Madon-na já apostaram no ioga como forma de relaxamento, contro-le respiratório, alongamento, conquista de um corpo mais flexível, além, é claro, das sen-sações de conforto e bem-estar promovidas pelos exercícios. O objetivo é que se atinja o auge da meditação, ou seja, a pleni-tude e a serenidade de todas as áreas do corpo e mente.

Benefícios da atividade- Melhora a qualidade de vida, promovendo bem-estar, sereni-dade e paz interior.- Proporciona equilíbrio emo-cional.- Melhora problemas de insônia e depressão.

SERVIÇOSUA MELHORACADEMIA

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Informações:

Rua Acre, 66, Nossa Senhora das Graças

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AÇÃO Ioga, a técnica milenar para corpo e alma

O ioga alia benefícios físicos à sensação de bem-estar

- Estimula a circulação san-guínea.- Diminui dores nas costas.- Melhora a postura e o forta-lecimento muscular.- Energiza corpo e mente.- Fortalece o organismo, tendo a saúde como foco principal.- Não tem contraindicações.

No ritmo da boa formaPersonal trainer mostra os benefícios e vantagens das aulas de ritmo, para emagrecer e recuperar a boa forma com alegria e prazer. Dançando, as alunas da academia Personal Fitness Club se divertem enquanto queimam as calorias

Prepara que agora é hora do show das poderosas. A letra da música da Anita, que bombou nas

paradas de sucesso, poderia ser a trilha sonora adequada para as alunas entusiasmadas das aulas de ritmo que têm feito a cabeça da mulherada nas academias. As aulas, que viraram febre em todo o Brasil, não poderiam faltar em Manaus e mostram que, para fugir da rotina e do tédio de alguns treinos tradicionais, nada me-lhor que entrar em forma com muito balanço e alegria.

Sim, porque alegria é o que não falta nessas aulas que reúnem os principais hits que fazem a cabeça de mocinhos e mocinhas em todas as festas

e baladas da cidade. A mo-dalidade, como não poderia deixar de ser, une gêneros populares como sertanejo, pagode, axé e até kuduro.

As aulas, geralmente, come-çam com um som mais leve e vão aquecendo até liberar geral. Para a professora da acade-mia Personal Fitness Club, Edna Oliveira, ritmos é uma aula de ginástica feita para se divertir, com músicas que estão no topo da parada e com movimento simples e modernos, fáceis de serem executados por qualquer pessoa e idade.

Talvez essa seja a razão do sucesso. “Desmistificamos qualquer medo ou timidez de participar das aulas de ritmos na sala de ginástica. A trilha sonora traz hits do momento e também clássicos, flashbacks e ritmos latinos. É uma salada de

ritmos onde todos se divertem entre amigos, além de gastar bastantes calorias de um modo divertido. Em uma aula de ritmo chegamos a gastar em torno de 700 calorias por hora/aula”, afirma a personal trainer.

Vantagens? Inúmeras, a co-meçar pela liberdade total no item que diz respeito à faixa etária, que pode variar de 20 a 70 anos. Como se não bas-tasse, também não precisa ser nenhuma expert em dança, a regra básica é soltar o corpo, seguir o ritmo, se divertir e... queimar calorias.

Se você ainda não está ple-namente convencida, é bom sa-lientar que estudos comprovam que praticar atividades físicas ouvindo músicas que fazem parte do seu repertório normal interfere positivamente no seu desempenho. O prazer de ma-

lhar ao som dessas músicas aumenta a motivação e é um dos grandes aliados para que a pes-soa não pare de malhar. Quanto à queima de calorias, não tenha dúvidas, qualquer exercício que acelera o batimento cardíaco ajuda a emagrecer. No caso da dança, o prazer supera o esforço e você queima sem perceber, já que o organismo li-bera mais serotonina e adrena-lina, um neurotransmissor e um hormônio (respectivamente) que potencializam o benefício do exercício.

“Como podemos perceber a dança não é só pra aqueles que nasceram com ritmo, qualquer um pode e deve experimentar essa nova modalidade que está bombando nas academias”, ar-gumenta Edna Oliveira.

Veja dias e horários em: www.personalfitnessclub.com.br

VERA LIMAEquipe EM TEMPO

• Desenvolve as possibili-dades musicais e rítmicas;

• Previne deficiências fí-sicas e posturais;

• Socializa; • Amplia a linguagem cor-

poral do aluno e a capaci-dade motora;

• Desenvolve a criativida-de como elemento de auto-expressão;

• Desenvolve a disciplina;• Possibilita uma opção

de profissão;• Aumenta a flexibilida-

de;• Melhora o condiciona-

mento aeróbico;• Melhora a coordenação

motora;• Emagrece, ajuda a per-

der peso;• Melhora a capacidade

cardiorrespiratória;• Fortalece a musculatu-

ra;• Protege as articula-

ções;• Atenua dores;• Previne problemas pos-

turais e de artrose;• Proporciona muita des-

contração e alegria, ao som das músicas vibrantes da aula;

• Ajuda a se soltar e per-der a timidez na sala de ginástica.

Alguns benefícios que a aula de ritmo pode proporcionar

As aulas de ritmo latino viraram febre nas academias e as alunas se sentem mais motivadas

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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Page 8: Saúde - 6 de abril de 2014

F8 MANAUS, DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2014Saúde e bem-estar

Sono e atividade física ajudam a prevenir o câncerPesquisas apontam que o sono é tão importante para a saúde como a prática de exercícios físicos com regularidade

Dia 8 de abril é o Dia Mundial do Combate ao Câncer. A data, instituída pela Or-

ganização Mundial da Saúde (OMS), tem por objetivo cons-cientizar as pessoas quanto à importância da adoção de hábitos mais saudáveis, com foco na prevenção desta que é uma das doenças que ainda mais mata no mundo.

No Brasil, dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva), estimam que 576 mil novos casos da doença possam ser diagnosticados somente este ano, caso não haja mudanças de alguns hábitos do brasileiro ou investimentos em prevenção. A alimentação desregrada, o cigarro, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e a ex-posição prolongada ao sol são alguns dos fatores que mais contribuem para o desenvolvi-mento da doença.

Sendo assim, a adoção de algumas medidas bem simples e rotineiras pode ser o primeiro passo para evitar esse mal. Se-gundo pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos, um sono de qualidade, aliado à prática regular de atividades físicas, desempenha papel fundamen-tal na prevenção da doença. O estudo realizado durante 10 anos, com quase seis mil mu-lheres, revelou que aquelas que praticavam exercícios físicos constantemente registraram uma probabilidade 25% menor de desenvolver qualquer tipo de câncer. No entanto, entre estas mesmas voluntárias, que

praticavam atividades regular-mente, a ausência do sono repa-rador elevou para 47% o risco de exposição à doença.

A teoria levantada pelos cien-tistas para explicar a impor-tância do repouso noturno diz respeito ao envelhecimento ce-lular, uma vez que quem dorme pouco antecipa esse fenômeno, predispondo o organismo a inú-meras doenças, dentre elas, os tumores malignos.

De acordo com a consultora do Sono da Duoflex, Rena-ta Federighi, durante a noite, as células precisam repou-sar completamente para não perder sua eficiência e sofrer mutações que são as causas para o aparecimento de um câncer. “A pesquisa america-na também evidencia que os treinos estimulam o sistema imunológico e diminuem a in-cidência de inflamações pelo corpo. Já, poucas horas de repouso atuam no sentido in-verso, prejudicando as defesas do organismo e favorecendo quadros inflamatórios vulnerá-veis a tumores”, explica.

Embora a necessidade das horas de sono seja uma carac-terística individual, a média da população adulta necessita de sete a oito horas de sono diá-rias para que haja um reparo das funções do organismo, já que, dormir não é apenas uma necessidade de descanso men-tal e físico. “É durante o sono que ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio ou em longo prazo”, acrescenta a consultora.

Um sono de qualidade, aliado à prática regular de atividades físicas, desem-penha papel fundamental na prevenção da doença

A adoção de algumas medi-das bem simples e rotinei-ras, como caminhadas ou ioga, pode ser o primeiro passo para evitar esse mal

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