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07 de agosto de 2014
Análise de Investimentos
Boletim Diário
Bolsa
Ontem, a expectativa era de uma realização na Bovespa diante de uma agenda
econômica vazia e com os mercados internacionais operando no vermelho. No
entanto, a alta forte das ações da Petrobras, o desempenho positivo de Vale e
de alguns bancos, foi o suficiente para a Bovespa descolar de outras bolsas. O
Ibovespa fechou com alta de 0,51% aos 56.487 pontos. Com giro financeiro de
R$ 7,13 bilhões. A agenda econômica desta quinta-feira traz a inflação de julho
pelo IGP-DI com queda de 0,55% (M/M) e nos Estados Unidos o destaque fica
para novos pedidos de seguro desemprego e nível de conforto do consumidor.
Nas bolsas internacionais, desempenho positivo na Nikkei, com as demais
bolsas asiáticas fechando em queda. Na Europa, nesta manhã, o predomínio é
de baixa nos principais mercados, depois da divulgação de dados fracos na
indústria alemã e queda do PIB italiano, fatores que poderão levar o BCE a
expandir ainda mais sua política monetária. Com isso, o cenário para a Bovespa
é negativo nesta quinta-feira.
Câmbio
O dólar teve um de realização com investidores na ponta da venda depois da
alta da véspera, com fechamento no mercado à vista a R$ 2,2730, queda 0,53%.
No mercado futuro, a moeda para setembro cedeu 0,35%, aos R$ 2,2905.
Juros
As taxas de juros futuros seguiram o rumo do dólar em dia de agenda fraca. No
fechamento o contrato DI para jan/15 estava em 10,85% ante 10,87% na
véspera.
MERCADOS
Índices, Câmbio e Commodities
Altas e Baixas do Ibovespa
Ibovespa x Dow Jones (em dólar) Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior
08:00 FGV - IGP-DI (m/m) Julho -0,54% -0,55% -0,63%
Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior
09:30 Novos pedidos seguro-desemprego 2-ago 304 mi l 302 mi l
09:30 Seguro-desemprego 26-jul 2,512 mi l 2,539 mi l
16:00 Crédito ao consumidor Junho 18,65 bi . 19,60 bi .
Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%)
Ibovespa 56,487 0.5 1.2 9.7
Ibovespa Fut. 55,505 (1.3) 3.6 2.3
Nasdaq 4,355 0.1 (0.3) 4.3
DJIA 16,443 0.1 (0.7) (0.8)
S&P 500 1,920 0.0 (0.5) 3.9
Tóquio 15,232 0.5 (2.5) (6.5)
Xangai 2,188 (1.3) (0.6) 3.4
Frankfurt 9,130 (0.6) (2.9) (4.4)
Londres 6,636 (0.7) (1.4) (1.7)
Mexico 44,426 (0.1) 1.4 4.0
India 25,589 (0.3) (1.2) 20.9
Rússia 1,161 (2.6) (4.8) (19.5)
Dólar - vista R$ 2.27 (0.4) 0.4 (3.8)
Dólar/Euro $1.34 0.1 (0.1) (2.6)
Euro R$ 3.04 (0.3) 0.4 (6.2)
Ouro $1,305.85 1.3 1.8 8.3
Petróleo Brent $104.59 (0.0) (1.3) (5.6)
Petróleo WTI $96.92 (0.5) (1.3) (1.5)
* Dia anterior, exceto Ásia
3.6%
3.5%
3.5%
3.1%
2.4%
-4.2%
-3.7%
-2.8%
-2.5%
PETR3
BRKM5
JBSS3
PETR4
GOLL4
OIBR3
OIBR4
MRVE3
TIMP3
60
80
100
120
140
Dow Jones Ibovespa
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07 de agosto de 2014
Análise de Investimentos
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AES Tietê (GETI4) – 2T14 acima do esperado
A companhia registrou no 2T14 um lucro líquido de R$ 251 milhões, melhor que o
esperado, e 4% acima do 2T13 (R$ 241 milhões), basicamente explicado: (i) por maior
volume e aumento do preço médio da energia comercializada no mercado de curto prazo
mesmo com o rebaixamento registrado; parcialmente compensados (ii) por menor volume
de energia vendida para a AES Eletropaulo à despeito do aumento do preço médio do
contrato; (iii) maior volume de energia comprada no MRE considerando a redução do
despacho hidrelétrico das usinas da companhia.
AES Tietê - principais destaques 2T13 1T14 2T14
R$ milhões
Rec. Oper. Líquida 582,7 756,2 694,4
EBITDA 420,8 593,5 431,0
margem ebitda 72,2 78,5 62,1 -16,4 pp -10,1 pp
Resultado Financeiro Líquido -16,1 -10,4 -10,2
Lucro Líquido 240,5 357,9 251,2
margem líquida 41,3 47,3 36,2 -11,2 pp -5,1 pp
Patrimônio Líquido 1.846,4 2.141,7 1.912,8
Dívida Líquida 738,2 829,2 667,0
Dívida Líquida/Ebitda 0,5 0,5 0,4
Destaques Operacionais
Energia Gerada - GWh 2.722,6 2.804,1 1.517,4
Preço contrato bilateral (R$/MWh) 182,7 194,2 194,2
Investimentos (R$mm) 25,6 37,2 48,0
Funcionários 359 345 346
-27,4
-2,2
-29,8
-10,7
-19,6
var 12m
19,2
var trim
-8,2
(%) (%)
2,4
-36,6
4,4
3,6
-9,6
-44,3
6,3
-3,6Fonte: AES Tietê/Planner Corretora.
87,1
-45,9
0,0
28,8
0,3
A receita operacional líquida da AES Tietê no 2T14 cresceu 19% frente igual trimestre do
ano passado para R$ 694 milhões, explicado principalmente pela elevação nas receitas com
a CCEE, em decorrência do maior volume de energia vendida no mercado de curto prazo,
parcialmente compensada pelo menor volume de energia vendida para a AES Eletropaulo.
O EBITDA cresceu 2% para R$ 431 milhões no 2T14, com margem de 62,1%. Do lado
positivo, destaque para o (i) maior volume e aumento do preço médio da energia de curto
prazo, mesmo com o rebaixamento de 6,2% da garantia física, verificada no 2T14, somando
R$ 85 milhões positivos; e (ii) a redução de R$ 3,9 milhões no PMSO, pelo recebimento de
indenização de seguros e redução com consultorias e serviços prestados. Do lado negativo
o (iii) menor volume de energia vendida para a AES Eletropaulo a um maior preço do
contrato, no montante de R$ 58 milhões a menor; e, (iv) maior compra de energia no MRE,
ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES
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considerando a redução do despacho hidrelétrico das usinas da companhia, com impacto
negativo de R$ 11 milhões.
Ao final de junho a dívida líquida da companhia era de R$ 667 milhões, 20% abaixo do 1T14,
correspondente a um múltiplo de divida líquida/EBITDA de 0,4x. No trimestre os
investimentos somaram R$ 48 milhões, 29% acima do montante investido no 1T14 (R$ 37
milhões). Desse total, R$ 38,9 milhões foram destinados à modernização e manutenção
preventiva das usinas, e R$ 8,2 milhões referentes a juros capitalizados, decorrente do
incremento na base de ativos imobilizados em andamento, considerando o plano de
manutenção e modernização das usinas para os anos de 2013 e 2014. No 1º semestre os
investimentos foram de R$ 85 milhões, montante 61% superior ao valor investido no 1S13
(R$ 53,0 milhões).
O total de investimentos previstos para 2014 permanece em R$ 185,5 milhões, a serem
destinados principalmente à modernização e manutenção preventiva das usinas de Água
Vermelha, Barra Bonita e Bariri para manutenção das suas condições operacionais e
assegurar a disponibilidade de geração de energia. Estima-se também que R$ 7,9 milhões
sejam destinados a projetos de TI. Para o ciclo 2014-2018, a companhia prevê um plano de
investimentos na ordem de R$ 600 milhões, focado nas ações de modernização
(principalmente de 2014 até 2015) e manutenção de suas usinas hidrelétricas (de 2016 até
2022).
Opinião: Positivo, com os principais números de Receita, EBITDA e Lucro do 1T14 vindo
acima do esperado, reflexo da correta estratégia de sazonalização da garantia física para
fins de lastro e MRE, adotada este ano. Com base nos resultados a companhia aprovou a
distribuição de R$ 389,7 milhões como dividendos, sendo R$ 0,975109498/ação ordinária e
R$ 1,072620448/ação preferencial. Com base na cotação de R$ 19,12/ação preferencial, o
yield trimestral de 5,6%.
Quando somado os R$ 254,1 milhões distribuídos no 1T14 os dividendos do 1º semestre de
2014 totalizam R$ 643,8 milhões frente o lucro líquido de R$ 609,1 milhões, um payout de
105,7% e um yield de 9,3%. Ao preço de R$ 19,12/ação preferencial a empresa está sendo
negociada a um Valor de Mercado de R$ 7,3 bilhões e múltiplos P/L e VE/EBITDA para 2014
de respectivamente, 7,3x e 4,9x. Seguimos com recomendação de manutenção com preço
justo de R$ 21,85/ação.
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AES Eletropaulo (ELPL4) – Prejuízo no 2T14
A empresa reportou um prejuízo líquido no 2T14 de R$ 354 milhões que se compara ao
lucro líquido de R$ 245 milhões em igual trimestre de 2013, em função, principalmente, das
maiores despesas com compra de energia. Tomando por base o resultado ajustado, a
companhia registrou lucro liquido de R$ 49 milhões no 2T14, frente o lucro líquido de R$ 42
milhões no 2T13, reflexo do impacto positivo com crescimento do mercado, reajuste
tarifário e ganho com perdas, parcialmente compensado por aumento de despesas.
AES Eletropaulo - principais destaques 2T13 1T14 2T14
R$ milhões
Rec. Oper. Líquida 2.148,0 2.250,7 2.202,9
EBITDA 509,6 -166,0 -382,7
margem ebitda 23,7 -7,4 -17,4 -10,0 pp -41,1 pp
EBITDA ajustado 299,7 330,2 302,9
margem ebitda aj 14,0 14,7 13,8 -0,9 pp -0,2 pp
Resultado Financeiro Líquido -27,6 -4,5 -46,1
Lucro Líquido 245,3 -183,5 -354,4
margem líquida 11,4 -8,2 -16,1 -7,9 pp -27,5 pp
Lucro Líquido aj. 41,7 89,6 49,0
margem líquida aj. 1,9 4,0 2,2 -1,8 pp 0,3 pp
Patrimônio Líquido 2.550,5 2.646,2 2.292,1
Dívida Líquida 2.942,2 3.344,3 3.702,3
Dívida Líquida/Ebitda aj 3,1 2,6 2,7
Destaques Operacionais
Mercado Total - GWh 11.564,7 11.779,7 11.551,7
Tarifa Média (R$/MWh) 137,1 235,4 192,7
Investimentos (R$mm) 194,9 133,4 169,4
Funcionários 6.258 6.266 6.287
var 12m
2,6
n/a
1,1
67,0
var trim
-2,1
-18,1
-45,3
130,5
924,4
93,1
-8,3
0,3
27,0
-13,4
10,7
-1,9
0,5Fonte: AES Eletropaulo/Planner Corretora; (*) Ebitda ajustado pelas despesas ref. ao passivo com a FCESP.
(%) (%)
25,8
-0,1
40,6
-13,1
n/a
17,5
-10,1
O EBITDA no 2T14 foi negativo em R$ 383 milhões, frente resultado positivo de R$ 510
milhões no 2T13, principalmente pela variação do custo com compra de energia e pela
devolução de R$ 182 milhões referente à amortização do passivo regulatório formado com
a postergação, pela Aneel, da 3ª revisão tarifária. Já o EBITDA ajustado (pelos efeitos da
variação na Parcela A e despesas com o fundo de pensão) somou R$ 303 milhões, em linha
com os R$ 300 milhões do 2T13, resultado do crescimento do mercado, reajuste tarifário e
ganho com perdas; parcialmente compensado por maiores despesas com PMSO (Pessoal,
material, serviços de terceiros e outros).
A Receita Operacional Líquida totalizou R$ 2,2 bilhões no 2T14, um aumento de 2,6% frente
o 2T13, inclusa a amortização de R$ 182 milhões da parcela relativa aos 67,55% do passivo
regulatório formado em função da postergação, pela Aneel, da data de aplicação da 3ª
revisão tarifária.
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Ao final de junho de 2014 a dívida líquida da companhia era de R$ 3,7 bilhões, com
crescimento de 26% em 12 meses, correspondente a 2,7x o EBITDA ajustado. Os
investimentos no 2T14 foram de R$ 169 milhões, acumulando no 1º semestre R$ 305
milhões. A Companhia mantém o seu plano de investimento para 2014 no total de R$ 600
milhões, sendo R$ 550 milhões com recursos próprios e R$ 50 milhões financiados pelos
clientes.
Opinião: O mercado já trabalhava com a perspectiva de mais um prejuízo no trimestre,
reflexo das condições desafiadoras no segmento de distribuição. Caso a companhia tivesse
recebido os aportes de recursos da Conta ACR referente a maio e junho, o prejuízo líquido
seria de R$ 210 milhões no 2T14, mas ainda negativo. Nesse contexto o cenário para as
distribuidoras para o segundo semestre permanece incerto, levando em conta as
expectativas de um déficit na geração de energia hídrica aliado aos baixos níveis esperados
para os reservatórios no início do próximo ano. No grupo AES nossa preferência é para AES
Tietê (GETI4), olhando a distribuição de proventos em base trimestral.
Ultrapar ON (UGPA3): Resultados trimestrais
Ontem após o pregão a empresa divulgou seus resultados do 2T14, mostrando aumento de
receitas, geração de caixa e margens em comparação ao trimestre anterior. Os números
ficaram em linha com as projeções médias do mercado (Bloomberg) para receita e EBITDA,
com o lucro superando as estimativas em 5,2%.
Ultrapar - Resultados Trimestrais
R$ milhões 2T14 1T14 Var. 2T13 Var. 2T14 E Var.
Receita Líquida 16.667 15.947 4,5% 15.204 9,6% 16.333 2,0%
EBITDA 751 702 7,0% 706 6,4% 750 0,1%
Margem EBITDA 4,5% 4,4% 0,1 pp 4,6% -0,1 pp 4,6% -0,1 pp
Lucro Líquido 301 249 20,9% 284 6,0% 286 5,2%
Fonte: Ultrapar e Bloomberg
No 2T14, as vendas das principais controladas da Ultrapar tiveram crescimento em relação
ao trimestre anterior, com exceção da Oxiteno. Na Ipiranga, as vendas continuam
crescendo forte (+3,7% em relação ao 1T14) e 2,7% comparado ao 2T13. Nesta controlada,
o destaque no trimestre ficou com o crescimento nas vendas do grupo etanol, gasolina e
GNV (+7,4% em relação ao 2T13), com queda 0,9% na comercialização de diesel na mesma
comparação. Na Oxiteno, a menor demanda interna e os problemas de abastecimento de
matérias-primas na Venezuela, levaram à queda de 8,2% nos volumes vendidos. Para a
Ultragaz, houve uma queda de 0,7% nas vendas físicas, por conta o menor número de dias
úteis e da menor demanda da área industrial. O desempenho do Ultracargo no 2T14 ficou
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praticamente estável em relação ao mesmo período de 2014, tendo como positivo a maior
movimentação de óleo para termoelétricas e de combustíveis automotivos, negativamente
compensado pelo menor volume de produtos químicos movimentados.
Ultrapar - Vendas Trimestrais
2T14 1T14 Var. 2T13 Var.
Ipiranga - mil m3 6.292 6.067 3,7% 6.128 2,7%
Ultragaz - mil tons 428 392 9,2% 431 -0,7%
Oxiteno - mil tons 190 191 -0,5% 207 -8,2%
Ultracargo - mil m3 728 722 0,8% 730 -0,3%
Fonte: Ultrapar
O aumento de vendas e receitas na Ipiranga permitiu que a rentabilidade da empresa
continuasse crescendo. No 2T14, comparado ao mesmo trimestre de 2013, a geração de
caixa medida pelo EBITDA aumentou 8,7%, como consequência da melhor composição de
vendas, maior volume de vendas no segmento revenda e incremento nas lojas de
conveniência. Para as Ultragaz e Oxiteno, as quedas nos volumes vendidos foram decisivas
para redução do EBITDA. Na Ultracargo, a estabilidade nos volumes de armazenagem não
impediu o aumento de 2,4% no EBITDA, devido ao melhor mix dos produtos movimentados
e do aumento de preços. Na Extrafarma, o aumento de 13% no número de lojas, fechando
o trimestre com 2013, permitiu o incremento de receita (-15,3%) e lucro bruto (+13,8%).
Porém o EBITDA caiu por conta da forte elevação das Despesas Operacionais (reajuste de
pessoal, despesas de reestruturação e aberta de lojas).
Ultrapar - EBITDA Trimestral
R$ milhões 2T14 1T14 Var. 2T13 Var.
Ipiranga 521 499 4,5% 480 8,7%
Ultragaz 73 61 20,3% 74 -0,3%
Oxiteno 99 109 -9,4% 107 -8,0%
Ultracargo 43 41 4,8% 42 2,4%
Extrafarma 14 11 36,2% 20 -27,4%
Fonte: Ultrapar
Com isso, o lucro líquido consolidado da Ultrapar no 2T14 aumentou 20,9% na comparação
com o trimestre anterior e 6% em relação ao 2T13.
A Ultrapar paga usualmente proventos aos seus acionistas em fevereiro e agosto. Nesta
linha, a empresa deliberou a concessão de dividendos no valor R$0,71 por ação. O
pagamento será efetuado no dia 22/agosto. Este dividendo é equivalente a 1,4% da
cotação de UGPA3 ontem.
As ações da Ultrapar tiveram queda de 6,9% neste ano, comparado a uma evolução positiva
do Ibovespa de 9,7%. Acreditamos que o desempenho da ação não está em consonância
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com a evolução do resultado da empresa. UGPA3 está sendo cotada com indicador
Preço/Lucro de 21,8x para os resultados de 2014 e 18,9x para 2015. O Preço Justo médio
(Bloomberg) é de R$63,51/ação, indicando um potencial de alta em 24%.
Locamerica ON (LCAM3): Teleconferência do 2T14
Os resultados da empresa no 2T14 mostraram crescimento de receita e lucros, tendo ficado
acima das projeções médias compiladas pelo Bloomberg. Na teleconferência para discutir
estes resultados, a Locamerica passou uma visão otimista de seu mercado e do
desempenho da empresa. Para 2015, eles acreditam que será “um ano muito duro”, mas
mesmo assim esperam que seu desempenho vá ser melhor que o do restante da economia.
Os pontos mais importantes da reunião foram:
• Resultado do 2T14
- Numero de clientes cresceu 23,3% nos últimos doze meses;
- Taxa de utilização da frota subiu de 93,3% no 2T13 para 95,2%;
- Idade média da frota caiu 4,2% no ano. Isso deve continuar ocorrendo, o que reduz os
custos de manutenção;
- Venda de seminovos aumentou 23,8% comparado ao 2T13;
• Setor automobilístico: Vendas de carros novos no Brasil caíram 7,3%, enquanto as de
carros usados subiram 3,7%. Com isso, os estoques de carros novos fechou o semestre em
45 dias, enquanto a média histórica fica entre 33-35 dias. A empresa acredita que esta
disparidade deve continuar, em função de: aumentos dos preços dos veículos novos,
restrições de crédito e redução na confiança do consumidor;
• Ambiente competitivo está melhorando, dado que os concorrentes que haviam sido
agressivos em suas políticas de preços passaram a adotar uma precificação mais realista;
• Cenário para 2015: preveem um “um ano muito duro”, mas acreditam que estão
preparados internamente, além de esperarem que em um ambiente econômico mais difícil
o aluguel de frotas, seu principal negócio, seja uma importante alternativa de redução de
investimentos e custos para as empresas;
• Empresa está pronta para um ambiente econômico difícil porque reduziu custos fixos,
diminuiu o custo da dívida, tem capilaridade geográfica e uma equipe comercial estável;
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• Estão disputando contratos com potencial para locação de 29 mil carros (22 mil no
final de 2013);
As ações da Locamerica tiveram forte declínio neste ano (-27%), em função das incertezas
do setor de aluguel de frotas. Considerando as projeções do mercado apresentadas pelo
Bloomberg, LCAM3 está sendo negociada com indicador Preço/Lucro de 11,6x para os
resultados de 2014 e 8,9x para 2015. O Preço Justo médio é de R$7,62/ação, indicando
potencial de alta de 52%.
Anfavea: Produção de veículos cai 20,5% em junho
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou ontem
sua Carta mensal mostrando uma forte retração na produção e nas vendas de veículos no
Brasil. Em julho, comparado ao mesmo mês de 2013, a produção caiu 20,5%, enquanto o
emplacamento de veículos nacionais teve redução de 12,9%. Comparado ao mês anterior,
a produção em julho subiu 17% e as vendas 11,8%.
Produção de Autoveículos
mil unidades Jul/14 Jul/13 Var. 7M14 7M13 Var.
Automóveis 179,6 234,1 -23,3% 1.330,0 1.628,8 -18,3%
Comerciais Leves 57,8 62,3 -7,1% 378,3 435,2 -13,1%
Caminhões 12,3 17,7 -30,5% 88,3 111,3 -20,7%
Ônibus 2,9 3,7 -22,9% 22,1 25,3 -12,8%
Total 252,6 317,9 -20,5% 1.818,7 2.200,7 -17,4%
Fonte: Anfavea
A produção de veículos em julho teve reduções em todos os segmentos, com destaque
negativo para a queda em caminhões (-30,5%) e automóveis (-23,3%). A redução na
produção reflete os ajustes que estão feitos pela indústria para se adequar à fraca demanda
atual. Este cenário adverso tem feito uma série de montadoras a diminuir a produção por
meio de concessão de férias e redução de jornadas e dos dias de trabalho. Segundo a
Anfavea, o número de empregos na indústria encerrou julho ficando em 150.295 postos,
uma redução de 4,2% comparada ao mesmo período de 2013.
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A queda nas vendas de veículos reflete o esfriamento da economia, redução da confiança
do consumidor e a maior seletividade dos bancos para concessão de crédito. No entanto,
uma boa notícia dada pela Anfavea foi deu que os estoques caíram para o equivalente a 39
dias de vendas, comparado aos 45 dias em junho. O número ideal de dias de estoque
normalmente é por volta de 33 dias.
A exportação de autoveículos montados em julho teve redução de 36,7% no comparativo
mensal e caiu 35,4% no acumulado do ano. As receitas com as exportações tiveram
redução de 2,8% em junho e 5,8% na soma dos sete meses.
No início do mês passado, a Anfavea divulgou que acredita em um reaquecimento da
indústria no segundo semestre, em função da expectativa da manutenção do IPI reduzido,
sazonalidade e do maior número de dias úteis. . A associação estima que no ano de 2014
ocorram quedas de 10% na produção, 5,4% nos licenciamentos e 29,1% nas exportações.
Estes números, apesar de indicarem uma forte contração anual da indústria, mostram
melhoria no 2S14.
Estes números da reforçam nossa cautela com o setor siderúrgico, cujas empresas de aços
planos (Usiminas e CSN), destinam aproximadamente 1/3 de suas vendas no mercado
interno para as montadoras e fabricantes de autopeças. Além disso, a divisão de aços
especiais da Gerdau é tradicional fornecedora do setor e seguramente está
experimentando uma expressiva redução em sua demanda no Brasil. Vale ainda citar a
Randon, que é fabricante de autopeças e implementos rodoviários, e a Marcopolo (maior
fabricante nacional de ônibus) como sendo empresas negativamente impactadas pelo fraco
desempenho do setor.
BC: Relatório de Poupança mostra captação líquida de R$ 4,03 bilhões em julho
Depois da entrada líquida de R$ 2,27 bilhões em maio, e R$ 3,22 bilhões em junho, os
depósitos de poupança voltaram a registrar captação líquida de R$ 4,03 bilhões em julho, o
melhor mês para a poupança em 2014, mas com queda de 57% frente igual mês do ano
passado (R$ 9,33 bilhões).
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Captação Líquida (SBPE + Rural) em R$ milhões
Fonte: BCB/Planner Corretora.
14.186
49.720
71.048
37.605
13.643
2011 2012 2013 jan-jul/13 jan-jul/14
-64%
+43%
Nos primeiros sete meses de 2014 a captação líquida soma R$ 13,64 bilhões, com queda de
64% frente os R$ 37,61 bilhões registrados no período de janeiro a julho de 2013. No ano
passado a captação líquida foi recorde, totalizando R$ 71,05 bilhões, com crescimento de
43% frente o ano anterior, sendo que apenas no mês de dezembro os ingressos líquidos
foram de R$ 11,2 bilhões, valor mensal máximo histórico.
Considerando o rendimento de R$ 3,35 bilhões em julho de 2014, o saldo da poupança
subiu para R$ 634,35 bilhões no mês passado, dos quais R$ 495,72 bilhões (78%) são do
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e R$ 138,63 bilhões (22%) da
Poupança Rural. Como temos reiterado, em linhas gerais, o recuo da captação via poupança
em 2014 está relacionado com a alta da inflação, a elevação do endividamento das famílias
e a perda de atratividade da aplicação em relação aos fundos de renda fixa. Este ano a
captação deve se manter positiva, mas inferior a do ano passado, sensibilizada também
pelo fraco crescimento econômico, neste e no próximo ano. No último Boletim Focus a
mediana das estimativas para o PIB estava em 0,86% para 2014 e 1,50% para 2015.
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07 de agosto de 2014
Análise de Investimentos
Boletim Diário
Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões)
2.126
4.248
780 521
(213)(854)
1.288
2.944
1.863
5.538
1.375
3.483
224
(2.000)
(1.000)
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14
Fonte: Ibovespa, dados até 04/08/2014
Fluxo de Capital Estrangeiro
(R$ milhões) 4/8/14 30 dias Mês Ano
Saldo 206,356 3.423 224,4 15.861,6Fonte: BMFBovespa
Contratos em Aberto – Ibovespa Futuro
(190.000)
(160.000)
(130.000)
(100.000)
(70.000)
(40.000)
(10.000)
20.000
50.000
80.000
110.000
Investidores Não Residentes Investidores Insitucionais
FLUXO ESTRANGEIRO
I. Não Residentes I. Institucionais
Compra 204.835 111.081
Venda 124.216 167.470
Líquido 80.619 (56.389)
Contratos em Aberto - Ibovespa Futuro
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07 de agosto de 2014
Análise de Investimentos
Boletim Diário
AGENDA MACROECONÔMICA
AnteriorData HorárioPaís /
RegiãoIndicador Referência Expectativa
Fonte: Bloomberg
Sexta-feira 08:00 BR FGV: IPC-S (m/m) 7/ago
8/8/2014 09:00 BR IBGE: IPCA (m/m) Julho 0,40%
09:00 BR IBGE: IPCA (a/a) Julho 6,52%
09:30 EUA Custo da mão-de-obra 2T 1,20% 5,70%
09:30 EUA Estoques no atacado (m/m) Junho 0,60% 0,50%
11:00 EUA Vendas de negócio no atacado (m/m) Junho 0,80% 0,70%
11:00 CH IPP (a/a) Julho -1,00% -1,10%
22:30 CH IPC (a/a) Julho 2,30% 2,30%
Segunda-feira 08:00 BR FGV - IGP-M 1º Prévia Agosto -0,50%
11/8/2014 08:30 BR BC - Pesquisa Focus (semanal )
15:00 BR Balança comercia l semanal 10/ago
05:00 BR IPC FIPE- Semanal 7/ago 0,0
08:30 EUA NFIB - Otimismo pequenos negócios Julho 95
11:00 EUA JOLTs - Ofertas de emprego Junho 4635
15:00 EUA Orçamento mensal Julho -95,0 bi .
EUA Inadimplências de hipotecas 2T 6,11%
EUA MBA - Execução de hipotecas 2T 2,65%
Terça-feira 05:00 BR IPC FIPE- Semanal 7/ago 0,11%
12/8/2014 08:30 EUA NFIB - Otimismo pequenos negócios Julho 95
11:00 EUA JOLTs - Ofertas de emprego Junho 4.635
15:00 EUA Orçamento mensal Julho -95,0 bi .
06:00 EURO Pesquisa ZEW (Expectativas ) Agosto 48,1
Quarta-feira 08:00 EUA MBA - Sol ici tações de empréstimos hipotecários 8/ago
13/8/2014 09:30 EUA Adiantamento de vendas no varejo (m/m) Julho 0 0
EUA Vendas no varejo exc auto e gás Julho 0,40%
EUA Vendas no varejo Grupo de controle Julho 0,60%
11:00 EUA Estoques de empresas Junho 0,40% 0,50%
06:00 EURO Produção industria l SAZ (m/m) Junho -1,10%
06:00 EURO Produção industria l (a/a) Junho 0,50%
02:30 CH Vendas varejo (acum. no ano a/a) Julho 12,20% 12,10%
02:30 CH Vendas no varejo (a/a) Julho 12,50% 12,40%
02:30 CH Produção industria l (acum. no ano a/a) Julho 8,80% 8,80%
02:30 CH Produção industria l (a/a) Julho 9,10% 9,20%
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07 de agosto de 2014
Análise de Investimentos
Boletim Diário
Cristiano de Barros Caris
Mario Roberto Mariante, CNPI*
Luiz Francisco Caetano, CNPI
Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI
Ricardo Tadeu Martins, CNPI
Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório.
DISCLAIMER
EQUIPE
Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice
Bovespa, mais o prêmio.