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Ruída
nallil rech, 2016.abrisuaencomenda.tumblr.com
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FALANDO EM NÃO DIZER
deve existir uma línguaonde dizer “essa pessoa estána companhia de uma cadeira”signifique
—– hoje nenhum de nós sobreviveu o bastante -
mas enquanto se esperao auto-conhecimento linguístico
e não se relaciona o estático como estético e os não vivos
medita-se dentro de um pequeno acidentede vidro
se a fotografia para o cardápiotem de ser feita antes
ou depois
do choque.
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Penteio os cabelosDa confusãoNos sonhos nossosDigo nossosPorque estou treinando para ser controladoraE o primeiro passo é ler as manchetes das revistasnovelescasComo ditadas pelo rei SimãoPreciso dizer que isso é muito divertidoOntem mesmo passei o final de semana assimDesenroscando os cabos elétricosDe nossas cabeçasRezando por um blecaute absolutoPara que façam-se completos os gestos no escuro
No seu escuro digoPorque estou treinando para ser controladoraE o segundo passo é só sê-la quando convém.
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UM IPO DE PESSOA
eu matei meu cachorroposso dizer istosou este tipo de pessoaque mata seu próprio cachorroeu chutei eleeu bati nelemeu cachorro estava dentrode vocênós ouvimos ele chorareu te dei um lençodisse “isto vai doer”e levei a perna em sua barriga
você aguentou tudosem sugerir uma correspondênciaextraviadabebeu todo café e ainda deu tempode chorar pelas estátuasquebradas da arábiaeu matei meu cachorro
depois de tantas tardessonoplastas dentro de seulatido íntimomeu próprio cachorromortodentro de mimenquanto a gilette
trava na superfície da pernao quarto de banho travadentro da perna
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ela desfia vermelhaé meu cachorroque volta mortocomo sempre para casa.
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O OLHO DIREIO DE MARÍA DE VILLOA
Quando María acordouNo dia 3 de julhoComeu torradas de pãoAustraliano, e fitou-se,Em frente ao espelho,Como quem usaria a espumaPós barba, mas espere,Isto é só preconceito,Ela nunca imaginaria queAo final do diaO mundo veria apenasPor um lado.
Ela nunca imaginariaQue enxergaria peloMesmo ângulo –Uma coruja, por exemplo,O único 360º possívelDa natureza.
Mas lá se foramAs torradas de MaríaDentro barriga,E fora de sua barriga,Os patrocinadores,Pirelli, talvez, Wallmart,alvez, no uniforme
De corrida estampandoodo o corpoNo que era mais umtreino de Fórmula 1.
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Quando María bateuA mais de 100km/hSua barriga, seus patrocinadores –Inúteis – contra aqueleCaminhão, quando a costaLeste de Londres foi testemunhaDe sua cabeça sofrerMils aceidentes em um sóImagino o que passou em suaCabeça- dentro dela María –Olha para si mesmaE pensa – que triste morrerLogo em um treino –
Onde a velocidade garanteO dia de amanhã portantoÉ uma corrida que andaMas mancandoEnquanto ela se olhavaVê seu olho esquerdoSimplesmente desaparecer
O olho esquerdo de MaríaQue pulou por aíE ninguém nunca mais viuEra tudo que eu pensavaDebaixo do ônibusOu dando bandeira
Na garagem do concorrenteE ninguém aíÉ nisso que eu penso
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Que irresponsabilidadeDe todos os envolvidos.
Como é fácil – ser terrívelDeixar um olho para sempreNa vésperaE viver com apenas o outroQue acumula funções deRetrovisorVivendo janeiro e dezembroudo ao mesmo tempoAinda tendo que apontarPara o rosto de alguémPorque assim é decidido
Que funcionam as conversas.
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uma coisa esquisita aconteceenquanto te escrevoenxergo teus pés no fim da camasei que não estás aquipor ideologia não compartilhodo fabricar das conchasdeixo para digerir as carnessomente em domingosmas os vejo, as unhas escarlates,levanto e caibo na cama jogo a barriga do cachorro ondedeverias ser sua cabeçasei que estás partidoou alfabetizando um marrocos vai saber
o fato é que estás aquiteus olhos giz (falo do pó)meu pouco espaço para me mexer
qualquer coisa próxima do chão
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uma terra recém lembrada
é uma terra estrangeira
onde as decomposições rastejam em polca
erguemos os barcos em toque de recolher
as recentes peles das costas
são as elasticidades dos prédios altos
onde o costume não é reprise
teus olhos amígdalas não são reprise
você diz - me recordo da baía & as gaivotas & oadestramento do mar
em um gigante tecido
mas na verdade você diz - eu lembro da baía & as gaivotasmortas &
a construção de um canal que nunca serviu aos vivos
uma terra quando lembrada é a anexação que faltava
a falta seguinte
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NINU WENE, O KONGO, A PALAVRA BANZO
no dia 22 de agosto de 1436Ntinu Wene estava em sua casacontemplando seu novo reinoentre suas orelhasquando lhe veio uma súbita vontadede pegar um telefone e ligar paraMbunta Levlu, sua noiva,a quem deixara em sua cidade natala gestar em seu paraíso interioro futuro do entre de suas orelhas.mas como ainda não haviam inventadoos telefones, Ntinu em uma má digestão do
nervosismo, pensou que as pernas haviamparalisado, e na cama ficou por três dias.no quarto dia, ele acordou e ordenoua um de seus homens que criassemeste tal aparelho capaz de fazer as pessoasconversarem a longas distâncias.mas como eles disseram não saber
o que eram chamados telefones, o rei Ntinu,foi presenteado com uma belíssima espada.na eminência de não conseguir retornara sua posição verticalum xamã foi buscado para orientá-lo,lhe disse o xamã que ele estava certopois podia ver o futuro e lá as pessoas
possuíam os tais objetos da qual ele falara.porém, não deve-se ter inveja do futuroporque é lá que os homens morrem primeiro
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e a capacidade de falar a distância nuncafez os lençóis ficarem quentes pela noitenas colinas de Matamba.Ntinu Wene, o primeiro rei do Kongo, então,mandou o artesão tecer um cobertoronde de cima podia-se ver a figurade uma gigantesca bola de fogo,que ao invés de sol, foi batizadode banzo.
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A ESCOLA DO ESUPRO ALI DO OUROLADO DO PALCO
depois do estuproe do estuproem 2014surgiu uma corrente da poesiaque se chamava poemas de estupro.os poemas de estupro escritos na maioriapor mulheres e também por mulheresfizeram muito sucesso.rapidamente elas viraram celebridadese viajaram ao mundo lendo seus textosde como não só as roupas foram rasgadas
mas o jeans também ficava nos pulmõese até hoje suas partesdescosturam e “dói senhores”(a plateia adora essa parte)lendo sobre “aquele momento em queme obrigou dizendo que era obrigação e erapara eu dizer muito obrigado”
(a plateia fica confusa mas adora a sacada linguística dessaparte)contando como até hoje existem pessoasque não podem mais fazer sexoporque elas emagreceriam demaise se desintegrariam(a plateia ao escutar a palavra sexo nessa parte
desliga o motor das metáforas e exala silêncios).muitos tratados foram escritos, estudos, dissertaçõessobre essa marcante escola de poesia
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que a tantos divertiu e a tantos conversoue ambos, plateia e críticos, pediam“mais poemas de estupro”e a melhor parte é que sendo assim tão bem sucedidaa escola aumentou de númerotriplicou-se, quadriplicou-se, dizem os estudiosos,o número de mulheres e mulheres fazendo e contandopoemas de estupropara salas cada vez mais cheiassalas ávidas pela pura estética que dão de comer a formamais primitiva do riso“a forma mais primitiva”(gargalha a plateia).
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sonhei com um arbusto.por isto estou aqui.calças largas.a certeza da fonética. esfarelada.sim. gosto de caminhar.ando sem parar há 12 anos.preciso esquecer o caminho de volta.mas não.como muita goiaba.os pés: gênises do dentro da terra.minha barba lentalaminando a cintura frouxa do mundo.equador.é isto que eu quero.
às vezes alguém diz:“está perdido?”e eu adivinho as horas.uma criança pergunta:“mamãe aquele ali é deus?”- um andarilho. apenas.eu rio.
apenas já é muito.medito em forma de cristaisou lanternas.tento ler o Te imes nas linhasde minha mão.teve um dia.comi bacon na lanchonete de uma estrada.
mas isto não se repetirá.teve um tempo. pude medir o oeste com 3x mais precisão.meus dedos doeram chutados
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pela queda imaginária.fazem anos.calças largas.amanhã chove.faz sombra. sol.eu já fui um guarda-chuva grande e garantonão adiantou.
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buscaste o lugar exato da tua quedacorrendo trouxe um tantode gesso molhadono exato local fizesteum exato moldelevando para casa já secoao lado da televisãodeixaste elae nas manhãs bem suadasdurante ou após as torradaste dava cafédizia - bebe e se forolhar para ela riaque assim rimos juntos
balançando o que é cabelo,o que é futuro.
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ela gosta de repetiresta palavra foi eu que inventeicomo uma rosa que tem as unhase os espinhossão os olhos dos que ouvemmas você quer saber de suas mãosporque falta água na cidadee ela não é adepta ao desperdícioontem pode estar alinas suas mãosque estiveram onde mesmo?a mão dela de perto aindamolhada(calças abertas em derepentes
ou milimetricamente descartadasatrás de alguém em umaacademiacinema)são as raspas de vidro de seuaquário particular abertodepois das 18h
como um pisca-pisca neondentro da garganta escapandoantes de um cumprimentoeu poderia ver sua mão?não é uma pergunta recorrentecomo os comentários sobre errosde português em um outdoor
sobre prevenção da chikungunya- eu temo esquecer como se morreela diz
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este é o momento exatoque ensino os dias seguintes a começarpelos dedos.
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EMBAIXO DO BOVESPA EM UMA RUA
um que morradois que morratrês que morra
na frente de uma viaturachevrolet importada importada nãofeita ali em viamão, SP
piscandoos morras ali de cabeça baixaadestrando assim:olho-chão
olho-chãoolho-chão
mas é feriado, páscoaa cidade descentrada quatroda tarde o cabelinho do neymara chuteira do barça do ney
o neyzinho que chuta tão rápidocomo uma bala de canhão
calma senhor, é só modode dizer o modoé só o 9 da camisa
“esses três aí em que se fuder”
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vamô juntar todo mundoprá caber na foto agoraos três que morra mais as duaspolícia
que aqui ninguémtem idade nenhumanem pra mais nem pra menosfoi interditado
(flash)
essa aqui vai pros states e a cópiaautenticada é o batom borrado
do governador.
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dentro do agora: 17h57- longe do fim ou início do meio -descubro: minha camiseta está ao contrário.o dia termina ao: contrário.por isso amo os portugueses. tais como natália.eis o que natália certa vez disse: o vento é a camisa dascostas.eis o que natália certamente me diria: quem está ao contrá-rio são as tuas costas.não se julgue tanto.não se julgue. ass: natália correianatália correia está morta. assim como suas costas. assimcomo suas roupas. assim como: revolução dos cravos.( e talvez, ouso dizer, seus poemas sobre a revolução dos
cravos)cravo aqui no brasil na memória é tempero e não flor. enão história. revolução.é paladar e não cheiro.é tudo a mesma coisa diria natália. e eu, nathalia,respondo:não, de jeito nenhum.
porque no brasil as costas ficam no chão.as roupas sempre: escravatura.
e o cravo: no cu.
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MAILDE
algo incrível aconteceu
enquanto te liae você espichava-te o corpona tela de computadorcomo quem rouba todo cordão e prendedoresda varandacomo quem faz um charuto com a parte dentro dos ventosaborígenesembriagando-se na calada
Matilde
o computador desligou-se sozinho
no mesmo instanteno empate de duas frases tuas gladiadas(falo da delicadeza)a lã aquela mesma que trocou os pneusde nossas vidas passadas
e depois no banco de motoristanos veste as metragens com pura graxaficamos irreconheciveis aos chuveiros
Matilde: os barcos na pintura turcanão param de nos enausear você chega e diz:
este mundo não se varre para foramas se cheiramesmo que o sono depois for com migalhas
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eis o segredo das praças de veneza antigas cheiasesta é a melhor receita para dormirque conheçoesta é a melhor forma de uma casa virar um mapadeinevitabilidades
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o ruy morreuo herberto morreu um pouco maisficou morrendo o herbertode trepadas a pésmeias encravadastrevas do por do sol de cascamágoa cloaclacavelo ruy quem dissefoi depois que o herberto morreuruy disse until 1978quando herberto o mortofoi em sua cerimôniacom pathos palatus próprio
faca aerodinâmicaescalou todo silencio só p/não saber voltar o hebertoum o morto¹outro o morto²o segundo enroladona bandeira de portugal
o heberto morreu hojeo heberto morreu de novomas agora ele vai pararele jura que vaio ruy ririaquando vivos se conheciamquando mortos a mil melhor
são os vivos que telefonam pros mortose se eles atendemsão os vivos que não sabem discar.
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BAERIA PARA GRAVADORES
Maria de Lemos viaja a St. PetersburgoE no caminho os pés travam na palavra “bem vindo”Você sabe, diz Gogol dentro de sua cabeça,Esta cidade antes era um grande lamaçalE agora continua tudo na mesmaMaria agora perdeu o LemosMaria não é ninguém na praça vermelhaQue não é mais vermelha“como que alguém pode repintar uma praçaAté mesmo dentro de suaFigura de linguagem?”A coisa lá está muito muito tensa,
Me explica Maria de LemosQue passou aqui em casa só para dizerNa Rússia a coisa tá feiaEntão termine seu caféMaria que na verdade nasceu noSéculo XVIIIMaria que na verdade é uma
Garçonete da avenida paulistaQue bufa para o noticiárioSempre que ele tem o mesmo númeroDos sapatos do presidente Putin.
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PEDAÇO DE DUNA ASSADO EM FASES
não ter nada a dizer
a nova moda para empoeirar cortinasa nova experiência quase mortepelinha sintética do diableropara os hermanos em fevereiroescamarem-se em banderolasrodízios carnívaros ao sul mas nem tanto
auto-controle: olhar pela janelao diâmetro do cogumelo de 1980encolher encolher
na radiotividade que apenas um pineapplepode conter em sua coroa
não termas dizer mesmo assim comoos navegadores polinésiossem qualquer instrumento marítimo
para quem os cogumelos eram sagradosou não
com quem devíamos ter aprendidoa não pensarassim falando tudo de uma só vez
ou morrer devagarzinho
imperceptivelmente
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NYUMBA NHOBU AO VIVO
bye bye mi mamacita queridaestou indo para a tanzâniaa vilma já foi em buscade uma esposa nova(matilde se mudou para oJardim de infancia outra veze sempre neva em 1973os joelhos da outra, tão frágeis)dizem que em mara, ao norteacha-se mais fácil uma noivado que errar na loteriahá mais de 30 anos estas duas
vivem juntas unidas por um papelcriam os filhosdão comida na bocalavam-se os péssó não praticam o sexodiz a repórter da bbccom o útero encolhido
como um grão de bicoela é bonita mas menos bonita aindaporque as inglesas não asfaltamcompaixãopor exemplo: a orelha e o nariz dela riramquando a boca falou a palavra sexoa inglesa deve achar que foram eles
que inventaram a primeira trepadae não entende uma mão não atropleadana tanzânia é diferente
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ainda que globlazição seja suja e mal lavadaprimeiro arruma-se a casadepois desaparecem as roupasa decoração dos ovos pisadosda-se à luz depois
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BIOGRAFIA DE UMA CONCHA
Jane Bowles uma vez ela mesmaamou o Marrocos em uma mulherque só deixava os olhos à mostraassim como a aberturado mar vermelhoou o primeiro arrepiode uma manhãum momento históricoonde Jane se bastava em um riscomas o tempoassim como o amorcorre de forma diferente dentro do
hijab(no cofre caso um relógio estragueisto é considerado bem-sucedido)da burcaa Europa latindo há 6000anos nos dois ouvidos curdosfeito de pele em osso
onde para quem um cochichouma fala molhadapode esfacelarpor isto desta vez jane poramar o fez quietoestudando os crustáceos pela tardee também pelas manhãs
sentia-se feliz por saber eles mesmos não seremexclusividade de oceanos.
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A EXENSÃO DO CONINENE
o continente até que é rasoao nível do mar de sul a norteperfeitamente projetadopara uma frase ecoar três vezesdepois morrerno seio esquerdo da estátua de nossaimperatrizo seio esquerdo escuta tudo como se diz mesmode cabo a raboum continente ilhadoonde a palavra termina na pedrade tal modo que é bom pensar-se
exatamente o que será ditopara que mais tarde não vireperseguiçãoentre caminhos de idade voltae o meio de tudo issopara que a pedra não quebre
ou quebre isto mesmoo que você dizia a pouco?por favor fale tudo.
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MINGUINHO PRIMAA
A que horas ela nunca mais voltoué o primeiro conhecimento que dobrauma manhãdevolve-a ao cabideum carneiro convulsionadoexpirando cinzasuma ratoeira sóbrea colonizandoo olhar de linceo que nos faz ter algo em comumé o abandono ter chegadoexatamente no mesmo horário
por isto habitamos o mesmo tempono galho de uma corizanos galhos, tanta anscestralidade,o por do sol – um espelho –ainda ontem perguntava dos pulosse eram irremediáveis ou geométricostudo é invenção
inventamos-te de novo, e de novoe novo.
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LUZ CONSRUÍDA
como não pude perceber anteso sertão nesta pérola resgatadados lóbulos de uma agulhanas cachoeiras (por acaso, em apenastuas, as paredes)é esta a luz construídaa luz da qual falava ana luisa amaralem seu poema cujo início nunca ultrapassei realmentetemendo perder as fibraspara a digestão(o abate do açougue nas canelas)(mágicos a perder o emprego para
afiadores de faca, R$ 1,99 apenas)(uma pera passada emagrendoo travesseiro)esta luz que tal como todassó existe construídapor nóse nossa pequena fábrica de colchões
onde vamos trabalhar em parte cegose de lá retornamos em parte vistosuma luz construídaa duras chegadashá uma barca de contagens, luznossos pescoços a penteiame assim são construídas as horas
ou as rodovias.
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MCULLERS CUJO UM ROSO NO ASSOMBRO DASNOIES SOBRÁVEIS APARECE SEM SABER
a carinha de carson quandoavistou annemarie naqueleroleta-hotelum saturninho frouxoempinado em seu nariza gravidade é isto mrs. carsoncuidadoque caie é gostoso não dependerda física por exemploo cabelo de annemarie imóvel
depois das cilindradas de seu pumacomo quem sabe que é um quadrona sala de alguémo estômago de estar de alguémuísque de ferroderretidoe lá do cantinho
ela se levantatenando espichar seu corpo todo sobre todos os ladosdo tempocomo quem diz“tudo aqui é minha cama” - esta linha do tempoannemarie virando o rostopara as cobertas recém postas
aquela dorzinha do fêmur gravetos- que nos dias de chuva alguns aninha -
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se quebrandoensurdecedoramente.foi a pouco.
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UM SALÃO DE CHÁ NÃO É UM SALÃO DE CHÁ
edna edna edna três vezesera vicent em uma.era vincent aos 16 anos e também aos 23.era vincent na cama, embalsamada no algo a mais,era vincent no remo seco no olhar de uma mulhera roubar sua distância.edna edna edna escrevia poemas com vincente lá apenas os dois se encontravam.esta é a teoria.ou quando faziam amor, convidavam outros para pixá-loouergue-lo na praça privada do quarto, eram.
este é o complemento da teoria.edna era muito bonita e por isso vincent ainda maise talvez esta é a origem daquela imagemna qual na tradução portuguesa diz“a vela que queima nos dois lados”ou talvez seja apenas isso mesmo a gloriado erro desejado da tradução, a tradução,
incontinência impossibilidadecicatrizes entrelaçadas fabricando um pirexpor favor entre aqui comigo.
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OLHEIRO DO SAL
o verdadeiro coração éo arqueólogoostra lacrada com a próprialíngualeme contorcido - desventilando tempotalco de soproo verdadeiro coração é o arqueólogo.fibra sob fibra - cãibra sob cãibrapresenteem seu cardume de ferro, luva lacradano pé da ponte, embaixo da terraonde os vivos são puro tédio
não se discutem mais.
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MUSEU FUURA
A língua do fogoPosando para fotosBenzendo os trensRisada a fazer de atilho os trilhosDa estaçãoA estação mais quente
A língua desertadaHomogêneaHá anos ignoradaA língua da senzala
Da rédea do cadeadoDa nave lacradaDo corpo nave
À casa retorna
A língua que não sabe e não fala
Em nossos comíciosNos inícios os anfitriãos dos ouvidosNão pluga, não torrentEntre desconhecidosA língua que fingimos não terPara caber dentroDe uma pegada
Quando no silêncio seuiroteio ruímos na cama doFuturo feito traça
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Futuramos
A língua de nossos antepassadosFeita de chamaA língua queimadaGladiadoraSe rebela agora num bolshoi tuninquimA língua remasterizadaRebolando em nosso centro histórico
Na estação da luz
Nossa línguaLambareda de swing
Vida de pouso, geração rolanteNosso único quadril como bandeiraAmarela e laranjaNossa língua um pau de putaBalançando entre o metrôA praça o museuAs artes de brecheret e chagall
A luz na luzA língua na línguaA língua da luz queimada
A fala genocídaO resto de saliva que desliza da boca
Um país em amor pela queda
A soletrar-se na fumaça
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autobiografia só faz às vezeso resto é contusãoabridor de halelos por marcadorhippie-genético passando à la locasuave transmissãoo resto é cochiche, pastichepartícula de deus no saduba fazendoum vai corinthias eternoum codec express que vire salvepor enquanto mantenhaplaneta-marmitaaté a próxima era de peixeso resto é esse:napalm na colheita
virose na mesatelha quebrando telhao primeiro mito roendo as unhasdo animal em riste.
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PRÓXIMA HISÓRIA DO GRANDE ACIDENE
antigamente as mulheres de um paísandavam pelas ruelas ou avenidase pediam para morrer.
como se não bastasse as mulheres deste paísiam até um posto de saúdee pediam para as matar.
ainda com muita vontade, as mulheres deste paíssão muito insistentes, até mesmo nas missasimploravam para serem mortas.
nem todo dia era um dia bommas com quem não quer nadaàs vezes no metrô ou indo buscar os filhos nas crechêsmendigavam para os estranhosrapidinho serem mortas, não demora tantopor favor seu moçodepois continuavam seus caminhos sob faixas
de vinis de suave trivilidade.
as mulheres sortudas conseguiam fácil.as outras logo aprendiam os enjambres.as mulheres deste país eram muito inteligentes.morriam, e na próxima, morriam mais rápido de novo.morriam sozinhas e juntas.
todo mundo tem o jeitinhouma vez uma dessas mulheres disse
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então morreutirou o pó da peletirou um tchauzinho da mãoentão foi para casa.
era um país sem muito dinheiroonde morrer era de graçacomo em todo lugar do mundomas ser um morto costuva caro
cada pedacinho de chão era precioso
então voltavam as mulheres, e voltavam,as suas vidas
um dia todas essas mulheres pelamais pura coincidência voltaram de uma só vez
e assustaram os carros da avenida
que chamaram isto de acidente
(bravamente controlado)
o livre trânsito retorna normalizado à partir das seis
agentes de trânsito trabalham para garantir até as seis
o incidente estabilizado
as seis demoram muito tempo neste país
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QUEREM SABER AGORA QUAL É O GÊNERO DO EULÍRICO
a)qual será o gênero do eu líricose é que ele temo eu lírico é de umo poema é de outropode?porque não nos convidapara o jantartoca a parte que nos trocatanto faz suas armas paranascer setas de novo
seu pequeno soloonde nenhum passoaterrou um susto qualquero eu lírico não tem colírio.
b)querem saber agora
qual será o gênero do eu líricosocial matemático biológico musical
0+0+0+0=
o eu lírico gosta de céu cruo eu lírico está acima do peso
o eu lírico gesticula gritoso eu lírico faz roupas com dois lados
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é preciso saber onde o eu líricoprefere sentar no aviãoqual é sua opinião sobreas lajotas soltas que o sonho vigia
quem sabe assima paisagemfechadaavista
se toda imagem é perversão
ab)apenas é possível saber
o gênero do eu lírico o nãosabendonão sabendo é o gênero doeu lírico?é possível sabermos maisdo eu do lírico do que oeulírico tudojunto?
gênero mudodefensivo existe? quem falaé o eu lírico ou o gênero doeu líricoquem veio primeiro?
(o eu lírico não tem colírio)
o eu lírico tem cara?a cara do eu lírico tem gênero?
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é a mesma do eu lírico?
(se toda imagem é perversão)
sobre esta problemática:
desconsiderar análises sobre:sua estatura, cor de olhos,diâmetro de bíceps, gosto teatralIMAGINÁRIOS?e principalmente:relativos aos seus fio de cabelo
uma das particularidades
do eu lírico consiste emseus cabelos cresceremmesmo depois que ele morreseus cabelos cresceremmesmo depois de lidorelidoseus cabelos crescerem
o fim tem gêneroo eu líriconem
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PRIMEIROS PAISAGISMOS
há ofertas dos dois lados.falta luz nos dois lados.logo assimacabaram-se o que eram lados?rasteira de granizo - produtorde estátuadiga não é preciso escolher(este bolsai infértil, decorativo)o gesto e a oportunidade da lobanão solitária porque em movimento.taquicardia e ritualchorada tântrica:
não se curvar a palavra faladapor nadaos cipos são o futuro das casas.
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dinastia um
escrever uma memórianova quentinhaa vir aindacápsula labialanti-higiênicafuturo espólio das crinasencomendar uma memoriabruta a sercriptografada na idaque distraída perca o retornometálica brisaa medir o agora
com uma gaveta de cismae tudo bem a faca cegae tudo bem a fé afiadanada e nossoaté o roubo soa emprestado
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lagoa amarela
do outro lado da portaavisam de novo vazaram fotos minhas na interneteu rio cilíndrica no meupróprio petshop covilnão confiar em ináciome economizava o lubrificantee tantas coisas maisaulas de ballet e sapatiadoidas ao zoológico imaginárioquebra-queixo lógicousado nem cebolinha
boto as toalhas na mesatambém as coloco no chãonas paredese nas mímicas de primeirasimpressõesdesta vez nem foi tão ruim ou de quatroainda conservava o sutiã
saio pouco de casachoro onde escorregamos seios de ritalambuzo o trinco da salacomo reza bravatodo diazinho cedo me olhono espelho e sorrio
lá ninguém se aproximano corpo ninguém tocauma vez li que no início
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os fósforos pegavam fogo sozinhosdentro das caixascontei para minha analistaàs vezes queria que visse mais pornôcoméssemos pipoca de microondosnas sextas-feirasdepois de irmos ao horti frutti
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CABIDES DE PA
patrícia já foi super-homem, você sabia você sabia ou iria imaginar um dia Clark Kentum dia patríciaa mesma pessoa e criptonita para sempre patríciaescondida nos óculos do alenígenacom seu segredo a jogar dominó nas córneas você sabia, poxa vida como são as coisas,patrícia a adoradora de gatos, patrícia e as garrasem 1959 no cinema, um novo dostoiévskitrancando as amantes em seu pulso ali junto com suas batidaspatrícia voando por ai, como ir contra gravidade?
ou tirar lasers dos olhos?patricia sabia, desvendando mocinhos e bandidos,patricia na pele do homem cujoos testículos doíam de frio durante os voosacima das nuvens? pat? você sabe?a mesma patrícia com catapora aos 20 anoschamando suas companhias de companhias
porque essa é a brecha do gênero da gramáticao verdadeiro apagar da luminária na camaa baía nominal, patricia e seus 18 diáriosque nunca contaram sua identidade secretaou que contaram – lex luthor um outro ripley?usando as cartas para implodir um armáriosubvertendo a marcenaria dos homens
como um sotaque que a faz ser tudo?
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ESRANHO FAVORIO
seu estranho favorito comeu todo o pão.sempre deixa a cama desarrumada. você o prefere entre outros e ri de sua roupa de baixopingando no prendedor.faz uma semana não trocam olhares, nem se bicam, mas eio aluguel está caro moramosno centro do mundoe seu estranho favorito acabou com a últimafatia de pão.os outros sentem sua falta.quando não te conhecer mais um pouco?mando pastarem, digo que é brincadeira,
que mais além voltem. voltem todos, voltem.teu estranho favorito tem nos levado à falência.a casa fora do lugar, a dispensa vazia, sair voltar e preencher as prateleiras.sei que gosta.seu estranho também.o espaço preenchido dos fazeres.
ontem à noite o implorei para que pelo menostrouxesse café na volta.“não estou aqui” me respondeu.é abusado. você e seus gostos estranhos.muitas pessoas passam pelos corredoresas vejo lendo o jornal, só de passagem.não somos nada.
mas o seu estranho, por exemplo, come muitoestá ficando gordo, ocupando espaçopassa muito tempo fora
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não o suficiente para fazer as pessoas não se preocuparemcom sua saúdee este é mais um problema minha cara, seu,ele é só um estranhosendo assim não podemos, é pior.
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CHRISINA
a rainha que tinha um ombro maior que o outro ou menor.não sabe o que fazer com as mãos.sua amante está deitada na cama. um súdito foi chamado.o súdito é um homem que apenas acha que sabeo que fazer com as mãos.uma súdita é chamada.a súdita só sabe o que não pode fazer com as mãos.a rainha da Suécia mantém suaamante na cama. esperando.enquanto nasça no reino um alguém que saiba.desde o principio é mais fácil, as crianças estãomais próximas do céu.
espera isto não é luteranismo.a rainha lê muito os textos ocultos e sacros.a rainha pergunta ao amigo Descartes o que fazer nestecasocom as mãos.a amante está cansada, no lado esquerdo da cama suspira.pergunte para a sua mão o que ela deseja
e depois ele cala.espera isto não é luteranismo.a rainha sabe matar um urso com todos as armas.mas falar com o próprio pulso?a amante está entediada então pulaem cima de sua majestade e prende seus pulsos.pronto, agora não precisa fazer nada, vês?
caso as mãos não possam ser as mãoso resto do corpo será.anota a rainha mais tarde em seu cadernonua na frente do espelho.
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a batida do carro engrossou o abortoquatro casas de útero a frenteferro quente na barrigaaté retroceder o amasso.lúpulo do estouro do chute da sorte.descascando.os lençóis da barriga dobradossujos pela camareiraacidente.o carro cortando a madeira o forroa criança esfarelada.a criança sem rosto, disfarçada.o casco quebrado filho do barulho.o ela carro, o útero carro
o acidente um rosto que ridescosturando a paisagem.rasgo exato onde surgecolocando primeiro as pernas.
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PAUÁ
Virgínia dobrava os lençóisdentro dos lábios da vaginaporque no amor é precisodelicadodentro do útero os guardavaporque no amor é precisosingularidadena chegada dos amantestudo era novoa cama posta como corpo atirado
abria as pernas e diziao resto é com vocêsporque no amor é precisoarrancá-lono outro dia os lençóisdobradosdentro de sua barriga
um patuá
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QUERIDA FELPUDO
tirou a inocência da batata.tráfego induzido, no soropílula de atrasar a tarde vitrine vascular
seio arado – os legumes, ostubérculos, não são apenas umciclo, monosom da telha do vesúvioa casca que sobra restano carnavalfantasia orgânica que esvai
deita-se na camano equilíbrio de uma argolacoloca uma batata dentro de mimnos olhos espera
como se fosse assimaquilo que faz e sobrevive nos
bárbaros, pagãos, tupinambásdesde que a primeira pedramoveu-se sem o vento.
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(insira aqui a imagem de um tapete desfigurado)(insira aqui a imagem do som de uma arma descarregada)bom mesmo é andar com os dedos esfarelados(insira aqui a imagem de uma saia esquiada)depois nunca voltar para recolher os restos(insira aqui a imagem de um carro derretendo um muro)inclusive não reconhecer estes tais restos(insira aqui a imagem do sonho esquecido de quinta)inclusive não voltar(insira aqui a imagem de uma mancha coagulando)bom mesmo é não sair do lugardebaixo dos lençóis
(insira aqui a imagem de um cílio decapitado)dos lençois de baixodos panos encardidos de dentro.
(insira aqui a imagem de um tapete desfigurado)(insira aqui a imagem do som de uma arma descarregada)bom mesmo é andar com os dedos esfarelados(insira aqui a imagem de uma saia esquiada)depois nunca voltar para recolher os restos
(insira aqui a imagem de um carro derretendo um muro)inclusive não reconhecer estes tais restos(insira aqui a imagem do sonho esquecido de quinta)inclusive não voltar(insira aqui a imagem de uma mancha coagulando)bom mesmo é não sair do lugardebaixo dos lençóis
(insira aqui a imagem de um cílio decapitado)dos lençois de baixodos panos encardidos de dentro.