rui rocha

2
A Oriente do Silêncio RUI ROCHA ESFERA CONTEMPORÂNEA / 32 104 pp Formato: 14cm x 21cm ISBN: 978-989-680-051-2 Data de Publicação: Janeiro de 2012 PVP: 11,90 euros A poesia da dinastia Tang, na China (618-907), e a poesia haiku, que há-de surgir mais tarde no Japão, são registos do instante, totalizante, intuitivo e, por isso mesmo, simples e conciso. Com uma subtileza encantadora, este livro capta a essência destas tradições poéticas. A poesia de Rui Rocha sugere, tal como acontece com a fluidez e plasticidade da caligrafia chinesa, a visibilidade dos sentidos do que se contempla mas não pode ser inteiramente expresso. É um relato sensível do aqui e agora do lugar. É essencialmente o estar que transcende a dimensão do texto, reservando um espaço para o silêncio entre as palavras, o tecido intersticial que afinal confere sentido ao próprio texto. É, por fim, a fluência do rio raso sobre o leito arenoso de que fala Bashō e a percepção do sublime nos ritmos e tempos dos dias, das noites, das estações do ano, do cosmos onde algo de maravilhoso parece existir entre o que é substancial e o que não é. Desta obra emerge uma poética do branco, a cor do enigma, e da luminosidade personificada pela lua cheia tão ao gosto dos poetas da China e do Japão. SOBRE O AUTOR: Rui Manuel de Sousa Rocha. Nasceu em Lisboa em 1948 e tem

Upload: m-p

Post on 09-Mar-2016

213 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

A Oriente do Silencio

TRANSCRIPT

Page 1: Rui Rocha

A Oriente do Silêncio

RUI ROCHA

ESFERA CONTEMPORÂNEA / 32104 pp

Formato: 14cm x 21cmISBN: 978-989-680-051-2Data de Publicação: Janeiro de 2012PVP: 11,90 euros

A poesia da dinastia Tang, na China (618-907), e a poesia haiku, que há-de surgir mais tarde no Japão, são registos do instante, totalizante, intuitivo e, por isso mesmo, simples e conciso. Com uma subtileza encantadora, este livro capta a essência destas tradições poéticas.

A poesia de Rui Rocha sugere, tal como acontece com a fluidez e plasticidade da caligrafia chinesa, a visibilidade dos sentidos do que se contempla mas não pode ser inteiramente expresso. É um relato sensível do aqui e agora do lugar. É essencialmente o estar que transcende a dimensão do texto, reservando um espaço para o silêncio entre as palavras, o tecido intersticial que afinal confere sentido ao próprio texto. É, por fim, a fluência do rio raso sobre o leito arenoso de que fala Bashō e a percepção do sublime nos ritmos e tempos dos dias, das noites, das estações do ano, do cosmos onde algo de maravilhoso parece existir entre o que é substancial e o que não é.

Desta obra emerge uma poética do branco, a cor do enigma, e da luminosidade personificada pela lua cheia tão ao gosto dos poetas da China e do Japão.

SOBRE O AUTOR:Rui Manuel de Sousa Rocha. Nasceu em Lisboa em 1948 e tem ascendência portuguesa de Portugal e de Macau, onde reside há 28 anos. Conviveu desde muito cedo com as culturas e as poesias chinesa e japonesa e com a tradição poética do Chan (Zen). O acaso, neste caso um bom acaso, porque não acredita na ditadura dos astros, estendeu a sua vida profissional até Macau, onde é actualmente Director do Instituto Português do Oriente. Nesta terra bicentenária da sua família luso-chinesa do ramo materno, relançou-se, por proximidade e entre vários orientes, no oriente da China de Wang Wei e no do Japão de Bashō.