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Com base nestes dados pode-se verificar que, mesmo considerando os solos da classe C como solos agrícolas (ainda que com limitações), o valor percentual de solo agrícola, na Zona de intervenção, é de 17,7% sendo os restantes 82,3%, solos de aptidão florestal. O curso de água de maior importância na zona de Intervenção é o rio Tejo o qual atravessa a denominada zona de Campo, num percurso de aproximadamente 35 km, seguindo-se-lhes os rios Zêzere e Torto. Quanto à zona de Bairro a rede hidrográfica é mais apertada que na zona de Charneca sendo no entanto constituída por ribeiras que correm em vales estreitos, dificultando assim o seu aproveitamento agrícola. No respeitante à zona de Charneca, a rede hidrográfica é menos densa embora seja possível obter um melhor aproveitamento, devido essencialmente ao facto de os cursos de água correrem em vales largos sendo de fácil utilização para culturas agrícolas de regadio e também por terem maiores caudais. De referir que, associado a este aproveitamento agrícola estão os solos de classe C, cuja limitação principal é a má drenagem. A zona de Campo é atravessada longitudinalmente pelo rio Tejo o qual tem marcada influência na zona, quer a nível climático quer a nível de solos, uma vez que é nesta zona que se concentram os terrenos de aluvião e a maior parte dos solos de classe A e B. É também nesta zona que se concentram as grandes culturas de regadio tendo actualmente predominância a cultura do milho. Em comparação com o resto do País, a Região de Lisboa e Vale doTejo, da qual o território é parte integrante, é medianamente rica em recursos hídricos superficiais (melhor que o interior sul, pior que o litoral norte nacional). Em termos de recursos subterrâneos, a Região assume uma importância estratégica nacional e mesmo supranacional, uma vez que o aquífero profundo da bacia sedimentar do Tejo e do Sado representa o maior reservatório de água doce da Península Ibérica. Infelizmente, tanto os recursos hídricos superficiais como os subterrâneos encontram-se seriamente ameaçados pela poluição de origens urbanas, industriais e agrícolas. Recursos Aquíferos Plano de intervenção em meio rural Análise de Contexto para o Território 03

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Page 1: RPoint caderno - tagus-ri.pt · Com base nestes dados pode-se verificar que, mesmo considerando os solos da classe C como solos agrícolas (ainda que com limitações), o valor percentual

Com base nestes dados pode-se verificar que, mesmo considerando os solosda classe C como solos agrícolas (ainda que com limitações), o valorpercentual de solo agrícola, na Zona de intervenção, é de 17,7% sendo osrestantes 82,3%, solos de aptidão florestal.

O curso de água de maior importância na zona de Intervenção é o rio Tejo oqual atravessa a denominada zona de Campo, num percurso deaproximadamente 35 km, seguindo-se-lhes os rios Zêzere e Torto. Quanto àzona de Bairro a rede hidrográfica é mais apertada que na zona de Charnecasendo no entanto constituída por ribeiras que correm em vales estreitos,dificultando assim o seu aproveitamento agrícola.

No respeitante à zona de Charneca, a rede hidrográfica é menos densaembora seja possível obter um melhor aproveitamento, devidoessencialmente ao facto de os cursos de água correrem em vales largossendo de fácil utilização para culturas agrícolas de regadio e também porterem maiores caudais.

De referir que, associado a este aproveitamento agrícola estão os solos declasse C, cuja limitação principal é a má drenagem.

A zona de Campo é atravessada longitudinalmente pelo rio Tejo o qual temmarcada influência na zona, quer a nível climático quer a nível de solos,uma vez que é nesta zona que se concentram os terrenos de aluvião e amaior parte dos solos de classe A e B. É também nesta zona que seconcentram as grandes culturas de regadio tendo actualmentepredominância a cultura do milho.

Em comparação com o resto do País, a Região de Lisboa e Vale do Tejo, daqual o território é parte integrante, é medianamente rica em recursoshídricos superficiais (melhor que o interior sul, pior que o litoral nortenacional). Em termos de recursos subterrâneos, a Região assume umaimportância estratégica nacional e mesmo supranacional, uma vez que oaquífero profundo da bacia sedimentar do Tejo e do Sado representa o maiorreservatório de água doce da Península Ibérica. Infelizmente, tanto osrecursos hídricos superficiais como os subterrâneos encontram-seseriamente ameaçados pela poluição de origens urbanas, industriais eagrícolas.

RecursosAquíferos

Plano de intervenção em meio ruralAnálise de Contexto para o Território03

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Justificação para a introdução

das freguesias não rurais

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A totalidade da zona de intervenção proposta, para além de se incluir emterritório objectivo um, encontra-se classificada como Zona AgrícolaDesfavorecida, apresentando indicadores que reflectem a recessão de queestá a ser alvo, embora existam projectos e vontades que pretendemcombater essa evolução. No aspecto concreto em relação à estratégia deDesenvolvimento Rural do território e da Região salientamos a importância epertinência da inclusão das 5 freguesias classificadas pelo peso agrícola queelas ocupam, quer pela reduzida mancha de prédios urbanos face aosagrícolas e florestais (verificável no Ortofoto mapa e respectivo cadastrosobreposto) quer pelo acumulado das estatísticas do RGA99 onde se verifica oimpacte sobre 23% a 35% das explorações, áreas ou produtores agrícolas doconcelho de Abrantes, nessa informação, relevamos em particular o peso dosubsector Olival e Mancha florestal com significativo impacto na fileira que opróprio MADRP identificou de relevância Regional, com impacto sobre cercade um terço da actividade e explorações.

Por outro lado, um conjunto de investimentos que se acabam de concretizarno âmbito do Tecnopólo do Vale do Tejo, numa lógica e parceria supramunicipal, associado a um importante laboratório de análises microbiológicase físico-químicas que desenvolve trabalhos de controlo da qualidade de águasde abastecimento, mas também de géneros alimentícios e alimentos paraanimais. E o mais recente investimento na criação de um Centro deTransferência de Tecnologia (INOV.linea) com o objectivo de ser um pólo desuporte ao desenvolvimento na indústria Agro-Alimentar nacional, quer aonível dos processos industriais correntes, mas também na inovação deprodutos e processos, assumindo-se como OFICINA TECNOLÓGICA para aindustria Agro-alimentar, assentando a sua actividade futura como umimportante contributo para a Investigação e Desenvolvimento Tecnológicopara o desenvolvimento rural do território agora candidato.

Plano de intervenção em meio rural

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Novos ventos de mudança?

O paradigma do mundo rural alterou-se e a Europa adaptou-se.

Com a revisão da Política Agrícola Comum em 2003 os princípios alteraram-se e passou-se a assumir a clara evidência de que o Mundo Rural é um sistemacomplexo onde para além da actividade agrícola interagem de formaequilibrada os subsistemas ambientais e sociais. Assumiu-se o modelo dedesenvolvimento como um todo, onde não faz sentido intervir sobre um doseixos sem ter em conta as consequências que dessa intervenção advirão,tanto no ambiente como nas pessoas da sua envolvente.

Foi essa constatação que em 2003 fez com que a PAC passasse a assentar asua acção sobre dois pilares. O pilar Agrícola e, um segundo, pilar doDesenvolvimento Rural que assume para a politica agrícola também umpapel de preservação da biodiversidade e da fixação da população emespaço rural.

Entretanto, 15 anos com um Programa de Iniciativa Comunitária a Europaexperimentou também modelos alternativos que complementassem apolítica de escala Europeia e Nacional, com um Programa que teve a funçãode estabilizar um modelo de intervenção em meio rural envolvendo eimplicando os actores locais no seu próprio desenvolvimento e promovendode forma integradora a ligação entre acções de desenvolvimento daeconomia rural. Foi claramente uma experiência de abordagem inovadorapor parte da política europeia.

Essa experiência, teve o seu campo de actuação e uma vez estabilizado omodelo e definidos os padrões de acção, a Europa transferiu para a políticade cada Estado Membro esta sua perspectiva de encarar a intervenção nosespaços rurais europeus. Surge assim, no âmbito de cada programa nacionalde Desenvolvimento Rural, fruto da indicação expressa comunitária, um eixode actuação com o objectivo evidente de promover a ligação entre acçõesde desenvolvimento da economia rural através da diversificação daactividades e promoção da qualidade de vida em meio rural assente emestratégias locais definidas e aplicadas pelos próprios territórios a que elasse destinam. É aAbordagem LEADER que poderia ser estendida aos três eixosdo ProDeR mas que em termos nacionais, como na generalidade dos EstadosMembros, se acabou por concentrar apenas no eixo 3 da Diversificação equalidade de Vida.

Plano de intervenção em meio ruralDescrição da Estratégia Local

de Desenvolvimento Proposta

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Actualmente, decorrente do programado aquando da revisão da PAC em 2003,encontramo-nos num momento de avaliação do ?seu estado de saúde? healthcheck da PAC, onde se avalia se a evolução programada de um equilíbrio entreos dois pilares de política se mantém como pertinente e adequado, ou se porventura necessita de algum ajuste.

Com os recentes eventos relacionados com a escassez de bens alimentares,em quantidade e qualidade, os argumentos de apoio produtivistas ganhamnovo espaço de afirmação e colocam na ordem do dia as questões dosbiocombustiveis, da falta de cereais e dos modos de produção. Na realidade oconsumidor europeu, conforme se viu, não pode dispensar a auto-suficiênciae a segurança alimentar.

No entanto, também sob o mote da auto-suficiência e da qualidade alimentarnão se pode deixar de ter em conta o importante papel da preservação dabiodiversidade e da promoção de actividade económica alternativa equalidade de vida nos espaços rurais.

Numa fase em que o paradigma de produção em quantidade e qualidadesuficiente para a auto-suficiência e segurança alimentar europeias se afirma,não podemos deixar de ter, igualmente em conta, as consequências desseparadigma. Na realidade, essa resposta estruturante é feita à custa de umamaior dimensão da exploração e do minimizar dos custos de produção, emparticular com a mão-de-obra. Dessa racionalidade económica advém a cruelconstatação de que o espaço para procurar responder a quem insiste empermanecer em espaço rural tem de existir e ser cada vez maior dimensão eamplitude.

É com suporte nesta dicotomia que a o papel do primeiro pilar atribuirelevância à existência do segundo pilar e das suas preocupações, pois para seproduzir a auto-suficiência europeia em quantidade e qualidade, os modelosde produção devem adaptar-se e dos espaços que resultam deve a políticaprocurar suster e fixar as populações em meio rural.

Nesse sentido, o contributo do eixo 3 da política de desenvolvimento ruraltem como principal função melhorar e qualificar o espaço de acção que ficadisponível para os que pretendem ficar. Assim, a TAGUS propõe para suaestratégia local de desenvolvimento a promover no âmbito do ProDeR para operíodo de 2007.13, nos concelhos que compõem a zona de intervenção aconcretização do seguinte Objectivo Estratégico:contribuir para a fixação da população no território do Ribatejo Interior!

Plano de intervenção em meio rural05 Descrição da Estratégia Local

de Desenvolvimento Proposta

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Assumindo a visão de que em 2015 o território experimentou e consolidoucondições que contribuem para fixar população no seu interior, pelodesenvolvimento de modo integrado das relações entre a economia, o seupatrimónio e a qualidade de vida das suas populações residentes, com umaênfase especial na valorização da economia do lazer e bem estar.

Em concreto, encontrou-se numa forma tão generalista de o afirmar, aessência da politica de desenvolvimento para o espaço rural que o país,enquanto nação, deve ter como principio basilar e que o próprio Ministério daAgricultura do desenvolvimento Rural e Pescas deveria igualmente assumircomo sua visão holística do Mundo Rural. Cada vez mais o papel de produzirbens alimentares será para cada vez menos e, ou se encontram modelosintegrados de manter as pessoas e a actividade em torno das populaçõesrurais, ou o espaço será tendencialmente e irreversivelmente desocupado evotado ao abandono. Com a conhecida concentração nas metrópoles urbanascom os problemas económico-sociais a essa concentração associados.

Assim, a TAGUS consciente de que o seu papel não é de responsabilidadeexclusiva, mas sim contributiva, definiu como objectivos específicos noâmbito da sua definição estratégica de desenvolvimento local, procurarcontribuir para combater o êxodo rural e o abandono da actividade agro-florestal, promover a Qualidade de Vida, preservar a identidade territorial,dinamizar e proteger o Olival e a Mancha Florestal e reforçar a Governançalocal e articulação em rede.

Um conjunto vasto e abrangente de áreas a tocar, mas que igualmentereflectem a imensidão de áreas sobre as quais se pode contribuir parapreservar a actividade e dinâmica nos espaços rurais da Europa.

Em termos operacionais, no que diz respeito ao contributo para o combate aoêxodo rural e abandono da actividade agro-florestal, através da abordagemLEADER para o território, com a definição de um conjunto de eixos prioritáriosde valoração na apreciação dos projectos candidatos, vai-se procurar darprioridade a projectos que visem por um lado estimular a fixação dapopulação, em particular a mais jovem, reforçar o complemento dorendimento familiar proveniente da exploração agrícola e florestal, facilitar oescoamento da produção local, inovar nas formas de comercialização eincentivar a Investigação e Desenvolvimento de novos produtos.

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Por outro lado, ao nível da promoção da qualidade de vida, projectos quevisem fomentar serviços de proximidade para crianças e idosos e estimular oenvolvimento das comunidades e actores locais, deverão ser tidos em contacomo estratégicos para o desenvolvimento do território, pois sobre este eixode acção recai um importante sobre os argumentos que justificam a opção dequerer permanecer em espaço rural.

Numa perspectiva de preservação da identidade e estímulo do sentimento depertença, não se deve deixar de ter em conta a importância e papel que adivulgação e valorização de usos, costumes e tradições locais, pode assumir, apar da valorização do Património Arquitectónico tradicional e dadiversificação e reforço dos equipamentos e actividades de animaçãoturística.

Numa perspectiva muito local, mas de grande impacte potencial, a estratégiacomporta igualmente uma preocupação grande em torno da sensibilizaçãodos proprietários para as formas colectivas de organização de produtores eem particular os associados aos importantes sectores do Olival e da produçãoflorestal. Neste aspecto, em termos operacionais, procuraremos estimularpara o aproveitamento mais racional destes dois importantes recursosendógenos, procurando introduzir inovação e novos modelos de produção etransformação, potenciando dessa forma a utilização do ProDeR na suaamplitude de acção.Por fim, assumindo o modelo como um instrumento de indução dodesenvolvimento sustentado a médio longo prazo, em termos operacionais,consideramos pertinente criar as condições necessárias para implicar osdiferentes actores na definição e implementação da estratégia dedesenvolvimento territorial, envolvendo-os na gestão e responsabilizando-oscom os resultados obtidos.

Assim, assumindo como ponto de partida que ao apresentar a sua candidaturaao Programa de Nacional de Desenvolvimento Rural no âmbito da abordágemLEADER, a TAGUS consciente das potencialidades e factores dedesenvolvimento, definiu como sendo o seu objectivo global, contribuir paraa fixação de população no território, desenvolvendo de modo integrador asrelações entre a economia, o património e a qualidade de vida das populaçõescom ênfase na valorização da economia do lazer e bem estar.

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de Desenvolvimento Proposta

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Para tal foi desenvolvida uma Estratégia Local de Desenvolvimento queassenta no ponto de partida da especificidade que resulta, por um lado dofacto de o Ribatejo Interior ser um território de confluência das tradições daBeira, do Alentejo e do Ribatejo, e por outro do facto de que os importantescursos de água que o atravessam condicionam a sua própria estruturaprodutiva e formataram a história, cultura e costumes das gentes que em seutorno vivem.

Com este enquadramento, da estratégia procuraremos retirar a ênfase queum conjunto de actividades pode contribuir para a prossecução dosobjectivos específicos do território, sendo de realçar o factor de ponderaçãopositiva que o contexto acima explicitado assumirá na avaliação da valiaglobal das operações apresentadas ao programa.

No que se refere em concreto ao objectivo de combate ao êxodo rural eabandono da actividade agroflorestal, as actividades relacionadas com oincentivo à criação e ou modernização de investimentos empresariais espera-se que sejam as mais presentes e também as para as quais se reservará maiorfatia de disponibilidade orçamental. Numa lógica de preocupação sectorial asactividades relacionadas com o apoio a investimentos de diversificação daactividade na exploração agrícola e florestal, bem como as relacionadas como apoio a investimentos que permitam condições de maior eficiênciaprodutiva (pequenos investimentos na produção, transformação,embalamento e transporte), ou o apoio a investimentos de valorização daimagem do produto (rótulos, embalagem, site, organização local e apoio àpresença em feiras e eventos específicos, organização local de concursos,apoiar o envio de amostras a concursos). De forma indirecta, o apoio aprocessos de certificação de produtos e o apoio à presença ou organização deacções de divulgação e degustação de produtos junto de distribuidores sãoáreas de acção a privilegiar e promover.

Em termos de procurar aproximar os produtores do mercado consumidos,estimular o surgimento de investimentos que promovam abordagensinovadoras ao mercado, ou a presença ou organização de acções de animaçãoda comercialização de produtos junto de mercados consumidores e a criaçãode uma rede territorial de promoção dos produtos locais, são eixosconsiderados estruturantes.

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Por último, ainda relacionado com a promoção da actividade económica, oapoio a um conjunto de actividades dedicadas à investigação edesenvolvimento de novos produtos e a organização de acções de divulgaçãoe sensibilização para actividades inovadoras junto dos produtores doterritório.

Ao nível da Promoção da Qualidade de Vida, o apoio a um conjunto deactividades destinadas a fazer surgir equipamentos, com trabalhos deadaptação de edifícios, para a instalação de serviços destinados às criançasdo território, bem como aos idosos. Igualmente, de forma integrada apoiar acriação de redes de animadores de actividades eco-rurais para as crianças eidosos (pessoas e equipamentos). Apoiar ainda actividades de organização deeventos de dinamização das comunidades e actores locais e, de formagenérica, mas sob uma lógica de desenvolvimento integrado apoiar aadaptação de edifícios e espaços para uma utilização multifuncional eadaptada às necessidades das comunidades locais.

Quanto à materialização do eixo de preservação da identidade territorial, omais importante conjunto de acções a promover no sentido da integração dasactividades do território e a sua exploração turística, deixa-se antever umconjunto de actividades relacionadas com o apoio à criação de pequenosnúcleos museológicos que se articulam em rede territorial, a edição dematerial de divulgação (impresso e multimédia) sobre as redes de núcleosmuseo-pedagógicos, ou a participação e/ou organização de eventos dedivulgação e valorização da cultura e tradições locais. Por outro lado, adefinição e sinalização de rotas turísticas em torno do património rural doterritório, com o apoio a pequenos trabalhos de recuperação e beneficiaçãodo património rural integrado em rotas e o apoio a acções de divulgação eanimação de rotas e espaços integrados nas rotas serão consideradassignificantes no âmbito da estratégia local. Por fim, relacionando de formaevidente com a prioridade de criar emprego e contribuir para diversificar aactividade económica do território, o conjunto de actividades relacionadascom o apoio à criação e adaptação de espaços para equipamentos deanimação turística, o apoio à concepção e implementação de conteúdos paraequipamentos de animação turística e o apoio a acções de divulgação dosespaços, serviços e equipamentos de animação turística criados e ou jáexistentes no território.

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Conforme já o afirmámos anteriormente, não é expectativa da estratégialocal de desenvolvimento poder contribuir directamente para a revitalizaçãoeconómica de tão importantes sectores da região, no entanto assume-se aresponsabilidade de procurar actividades que contribuam para a dinamizaçãoe protecção do Olival e mancha Florestal, nomeadamente ao nível do apoio aacções de sensibilização dos proprietários para a acção em conjunto, ou oapoio a acções de sensibilização para os responsáveis de pequenos lagares deazeite a par de um aspecto importante relacionado com a qualificação daacção e que resulta do empenhamento em realizar visitas a entidades e/outerritórios onde se conheçam boas práticas neste âmbito de eficiênciacolectiva e com o exemplo estimular e impulsionar a mudança, numaarticulação clara e evidente com a associação dos agricultores.

Por fim, um conjunto de actividades que contribuam para o reforço dagovernança local e articulação em rede do território serão consideradosestruturantes, pois decorrente dum conjunto de iniciativas conducentes àmonitorização e avaliação da aplicação da estratégia, da organização de"momentos de encontro" para discussão em parceria sobre os resultados egrau de concretização dos objectivos são criadas as condições para o maiorenvolvimento e implicação dos diferentes agente no processo dedesenvolvimento.

Como complemento, decorrente da actividade da própria estratégia, sedeverão revelar áreas temáticas para a promoção de acções de qualificaçãodos agentes locais.

No âmbito da cooperação, numa lógica de escala e complementaridade, umconjunto vasto de actividades relacionadas com o turismo, os produtos locaisde qualidade, os serviços de proximidade, bem como a preservação dopatrimónio e ambiente serão áreas de actuação.

Já fora de uma lógica de contexto estratégico de acção, foram aindaidentificados um conjunto de princípios que não sendo de aplicação directanas actividades, são considerados como diferenciadores da qualidade dosprojectos ou dos promotores. Esses princípios centram-se essencialmente emtorno de dois temas. Um primeiro relacionado com a multifuncionalidade quedeverá estar inerente à actividade/operação. E, uma segunda, associada àintegração de que os projectos se deverão revestir, e em particular numalógica de maior amplitude geográfica e ou institucional.

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Constância – Martinchel [Foz do Zêzere – Ecomuseu]

Tramagal – Santa Margarida – Pereira [Ribeira Alcolobre - Parque Ambiental- Pereira]

Rio de Moinhos – Aldeia do Mato

Constância – Chã da Bica – Rio de Moinhos [Tejo]

Tramagal – S. Miguel – Rossio ao Sul do Tejo [Azeite/Metalurgia]

Rio de Moinhos – Tramagal [Nova ponte / Percursos pedestres e BTT]

Alferrarede – Casais de Revelhos - Sentieiras – Sardoal [Quintas Românticas do Ribatejo]

Codes - Sardoal - Penedo Furado - Matagosa - Fontes

Sardoal – Fontes – Maxial d'Além – Cabeça Ruiva,

Alvega - Concavada – Pego - Rossio ao Sul do Tejo [Tejo – pesca / Gastronomia]

S. Facundo – Vale de Zebrinho – Pego para a área ambiental de [Vale de Zebrinho]

– Vale das Mós – Bemposta – Água Travessa sob o tema da [Ruralidade]

Alcaravela – Mouriscas, sob o tema das [Madeiras/ Azeite]

GRANDE ROTA DO TEJO

GRANDE ROTA DO ZÊZERE

[Tejo]

[Tejo – pesca / Gastronomia]

S. Facundo

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Quer isto dizer, que foramidentificados um conjunto de pólosgeográficos e temáticos, sobre osquais se poderão e deverãoorganizar redes de cooperaçãointra-territorial que se reforçam ecomplementam entre si, devendoessas operações e actividades serconsideradas prioritárias na análisee ponderação. Resultam numconjunto de cerca de 15 pólos elógicas de desenvolvimentoterritorial, acompanhados por umconjunto de temas de abordagemigualmente relevante, mas que dosquais se destacam as questões dosprodutos locais, das tradições eactividades etnofolclóricas, daarte sacra, do patrimónioarqueológ ico e de temasassociados à cultura, turismo eambiente.

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Sendo esta a base para a definição de um conjunto de projectos inovadoresque se pretende, contribuam para a revitalização do mundo rural emAbrantes,Constância e Sardoal.

Deste conjunto de actividades, pretende-se chegar ao final do período deprogramação com a concretização de um conjunto significante de objectivosconcretizados. Dos quais se destacam, nomeadamente e de forma genérica, oapoio a 147 projectos e a criação de 187 novos postos de trabalho na região. Aindução de um investimento global que rondará os 8.5 milhões de euros, umconjunto de 80 micro-empresas apoiadas e ter contribuído de forma evidentepara o crescimento económico e criação de emprego no território.

O Quadro de Referência Estratégico Nacional assume como grande desígnioestratégico a qualificação dos portugueses e das portuguesas, valorizando oconhecimento, a ciência, a tecnologia e a inovação, bem como a promoção deníveis elevados e sustentados de desenvolvimento económico e sócio-culturale de qualificação territorial, num quadro de valorização da igualdade deoportunidades e, bem assim, do aumento da eficiência e qualidade dasinstituições públicas.

Embora conscientes da escala a que contributos de um projecto destaenvergadura pode aportar à estratégia nacional para o desenvolvimentosustentável, o certo é que os temas abordados se correlacionam de formadirecta com aAgenda para o Potencial Humano, em particular nas questões dapromoção do emprego, da inclusão social, da valorização da igualdade degénero e da cidadania plena.

Mas também, e neste aspecto em particular, na agenda para os Factores deCompetitividade, com intervenções que visam estimular a qualificação dotecido produtivo, por via da inovação, do desenvolvimento tecnológico e doestímulo do empreendedorismo, bem como da melhoria das diversascomponentes da envolvente da actividade empresarial. Pois tendo comoponto de partida a integração em rede um conjunto de empresas, recursos eentidades associadas de forma directa e indirecta ao sector turístico(alojamento, restauração, produtos locais e animação turística) julgamosestarem reunidas as condições para estimular de forma muito evidente estesector de actividade em particular pelas suas componentes de acçãocolectiva e bastante inovadora que o modelo de articulação da informaçãoem rede com o recurso a novas tecnologias de comunicação pode constituir.

Coerência com as orientações estratégicase a complementaridade com outros instrumentos de política

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Por outro lado, em termos de instrumentos de política regional a AIBTVALTEJO promovida no âmbito do QCAIIII, no PO RLVT, que promoveu osurgimento de importantes infraestruturas de suporte à actividade dosnúcleos urbanos em torno da vida ribeirinha do TEJO permite agoraequacionar o desenvolvimento da região em torno de uma refocalizaçãotemática no TEJO e o seu importante papel histórico, enquanto baluarte dadefesa e construção nacional e também como corredor de homens, ideias emercadorias. Bem como, as normas específicas de Unidades Territoriais que ao PROT OVT desde já indica especificamente para o território do EixoRibeirinho de Vila Nova da Barquinha/Abrantes, as quais dão indicações clarasna convergência em torno do aproveitamento turístico, fomentandoactividades em torno do vale do rio Tejo, a preservação da paisagem especialdo Almourol e o enquadramento que as novas agências de promoção turísticaque, com a preocupação de reunir suficiente escala, permitem novasorganizações de unidades promocionais em torno de produtos turísticosconcretos.

Em suma, é da articulação em rede que o projecto irá permitir, através dacriação de pontos de conexão e reforço da acção concertada entre fundoslocais, regionais, nacionais e comunitários, que se obterá a escala ecomplementaridades que permitirão de forma sustentada contribuir para aconcretização dos princípios orientadores de política nacional em torno daconcentração, da selectividade, da viabilidade económica e sustentabilidadefinanceira, da coesão e valorização territoriais e da gestão e monitorizaçãoestratégica.

Por fim, as fileiras estratégicas e o tratamento específico em termosterritoriais associados aos temas do Azeite e da mancha florestal, evidenciama pertinência da identificação das áreas temáticas que em termos nacionais eregionais foram indicadas.

Plano de intervenção em meio rural05 Descrição da Estratégia Local

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