rotinas e escolhas marcam vivência dos estudantes na...

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ANO IV - EDIÇÃO 38 JULHO DE 2014 EM MÍDIA FOCO www.emfocomidia.com.br A proximidade dos bairros Ouro Preto, Castelo, Jaraguá / Liberdade, entre outros, com a UFMG faz com que um núme- ro de estudantes cada vez maior procure a região para morar. Isso acontece não apenas pela localização, mas também pelas boas opções de apartamentos, pensões e repúblicas para residir. Pelo fato de as pessoas passarem a maior parte do dia fora de casa, nem sempre é possível perceber que é muito significativo o número de estudantes que vivem nos bairros locais. A maioria vem de outras cidades do Brasil, principalmente do interior de Minas Gerais. Pela tradição da região, com aspectos ainda interiora- nos apesar de todas as evoluções e bastante familiar, não podemos dizer que os bairros locais são universitários, mas, sem dúvida, têm um perfil significativo de abrigar muitos desses estudantes. Eles gostam da tranquilidade dos bairros e da hospitali- dade, em geral, da população local. Eles reclamam apenas da dificuldade de deslocamento, tendo em vista que a gran- de maioria não tem carro. Fora isso, é curioso conhecer a rotina dessas pessoas que se dedicam aos estudos em busca de um curso mais completo, um futuro melhor e de boas oportunidades no mercado de trabalho. Para isso, precisam saber fazer a escolha certa de moradia, saber conviver com pessoas que até então nem conheciam e fazer essa rotina ser positiva para os estudos e para o próprio lazer nas horas de folga. Mesmo com todas as dificuldades eles se adaptam bem e não se arrependem pela escolha da região. Nesta matéria nossos leitores poderão conhecer um pouco mais da rotina desses estudantes, o convívio com outros moradores locais e como vivem a rotina na região. Ingressar na universidade marca o início de uma nova fase na vida de muitos jovens. Principalmente para os estu- dantes que saem da sua cidade natal para construir uma vida acadêmica e profissional em outra cidade. Com a mudança vem junto a necessidade de se virar sozinho em diversos aspectos e novas responsabilidades para a forma- ção de uma vida adulta, que muitas vezes acaba sendo antecipada. Leia mais nas páginas 4, 5 e 6 Rotinas e escolhas marcam vivência dos estudantes na região da Pampulha PRÓXIMA EDIÇÃO - Em nossa próxima edição falaremos sobre a importância e os benefícios da ATIVIDADE FÍSICA para a terceira idade. Em setembro faremos uma matéria sobre a importância da leitura, conversando com educadores e as escolas da região. Manteremos as colunas Quadro de Empregos, Leitor em Foco, Ouro Preto Conta Sua História (em que os moradores mais antigos relatam suas histórias curiosas e divertidas sobre o começo do bairro) e Saúde e Bem-estar, abordando os mais diversos assuntos ligados à saúde e à qualidade de vida. O tema da próxima edição será SAÚDE BUCAL. Para isso, conversaremos com os profissionais do segmento odontológico para debater sobre o assunto. Participe e dê a sua opinião sobre esses ou outros assuntos. CONFIRA NESTA EDIÇÃO Crônica sobre sucesso e fracasso Página 2 Quadro de empregos com novas vagas Página 7 Queda do viaduto na Pedro I Página 8 CID COSTA NETO INTERNET

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ANO IV - EDIÇÃO 38JULHO DE 2014

EM MÍDIAFOCOwww.emfocomidia.com.br

A proximidade dos bairros Ouro Preto, Castelo, Jaraguá / Liberdade, entre outros, com a UFMG faz com que um núme-ro de estudantes cada vez maior procure a região para morar. Isso acontece não apenas pela localização, mas também pelas boas opções de apartamentos, pensões e repúblicas para residir. Pelo fato de as pessoas passarem a maior parte do dia fora de casa, nem sempre é possível perceber que é muito significativo o número de estudantes que vivem nos bairros locais. A maioria vem de outras cidades do Brasil, principalmente do interior de Minas Gerais.

Pela tradição da região, com aspectos ainda interiora-nos � apesar de todas as evoluções � e bastante familiar, não podemos dizer que os bairros locais são universitários, mas, sem dúvida, têm um perfil significativo de abrigar muitos desses estudantes.

Eles gostam da tranquilidade dos bairros e da hospitali-dade, em geral, da população local. Eles reclamam apenas da dificuldade de deslocamento, tendo em vista que a gran-de maioria não tem carro. Fora isso, é curioso conhecer a rotina dessas pessoas que se dedicam aos estudos em busca de um curso mais completo, um futuro melhor e de boas oportunidades no mercado de trabalho. Para isso, precisam saber fazer a escolha certa de moradia, saber conviver com pessoas que até então nem conheciam e fazer essa rotina ser positiva para os estudos e para o próprio lazer nas horas de folga.

Mesmo com todas as dificuldades eles se adaptam bem e não se arrependem pela escolha da região. Nesta matéria nossos leitores poderão conhecer um pouco mais da rotina desses estudantes, o convívio com outros moradores locais e como vivem a rotina na região.

Ingressar na universidade marca o início de uma nova fase na vida de muitos jovens. Principalmente para os estu-dantes que saem da sua cidade natal para construir uma vida acadêmica e profissional em outra cidade. Com a mudança vem junto a necessidade de se virar sozinho em diversos aspectos e novas responsabilidades para a forma-ção de uma vida adulta, que muitas vezes acaba sendo antecipada.

Leia mais nas páginas 4, 5 e 6

Rotinas e escolhas marcam vivênciados estudantes na região da Pampulha

PRÓXIMA EDIÇÃO - Em nossa próxima edição falaremos sobre a importância e os benefícios da ATIVIDADE FÍSICA para a terceira idade. Em setembro faremos uma matéria sobre a importância da leitura, conversando com educadores e as escolas da região. Manteremos as colunas �Quadro de Empregos�, �Leitor em Foco�, �Ouro Preto Conta Sua História� (em que os moradores mais antigos relatam suas histórias curiosas e divertidas sobre o começo do bairro) e �Saúde e Bem-estar�, abordando os mais diversos assuntos ligados à saúde e à qualidade de vida. O tema da próxima edição será SAÚDE BUCAL. Para isso, conversaremos com os profissionais do segmento odontológico para debater sobre o assunto. Participe e dê a sua opinião sobre esses ou outros assuntos.

CONFIRA NESTA EDIÇÃO

Crônica sobre sucesso e fracasso � Página 2

Quadro de empregos com novas vagas � Página 7

Queda do viaduto na Pedro I � Página 8

CID COSTA NETO

INTERNET

CRÔNICASucesso x Fracasso

O que é sucesso afinal? Ter êxito em alguma coisa? Um resultado feliz ao final de um projeto ou desejo? Conquistas pessoais e profissionais? Muito se discute ou mesmo se estuda sobre o segredo do sucesso. Muitos falam em regras, mas na maioria das vezes o sucesso não acontece com facilidade. Normalmente, ele só chega após muito esforço e muitas tentativas fracassadas. Uma frase do escritor e jornalista

britânico Wiston Churchill define bem: �sucesso é ir de fracas-so em fracasso sem perder entusiasmo�. O certo é que só vai além quem realmente consegue ser determinado e corajoso. Quem enfrenta o medo, receios e limitações para valer. Quem aprende mais sempre que possível e acima de tudo trabalha com entusiasmo e determinação. Apenas isso não é a garantia para o sucesso, mas certamente são os principais passos.

Há outra coisa importante que sempre lemos e ouvimos em depoimentos e até mesmo em fábulas, mas é uma grande verdade. Nunca devemos ouvir aqueles que dizem que não é possível. São muitos os exemplos negativos na vida e não é porque para alguns não deu certo, que para você não tenha de dar. Muito pelo contrário. Exemplos negativos servem para fazer diferente e buscar novas direções e tentativas. Não devemos aceitar um �não� como resposta. Claro que falar assim é fácil. Mas a partir de um �não�, busque um novo rumo para um �sim�.

Nem tudo no mundo tem uma lógica. Não é porque você tem dificuldade de raciocínio que não poderá ser um grande estudioso e sabedor de várias ciências; não é porque você não tem muita coordenação que não pode se especializar em algo que requer certas habilidades motoras; não é porque você é

tímido que não possa ser um ótimo ator ou palestrante; não é porque você não seja um exemplo de beleza que não possa conquistar a mulher ou o homem dos seus sonhos. Todos são capazes de ir muito além. Na realidade podemos ser quase tudo o que quisermos. Claro que algumas coisas são bem mais difíceis do que outras, mas para isso acontecer de fato, é preciso muito esforço, dedicação e determinação.

Não ouça o �não� dos pessimistas. Não ouça os que duvidam de você. Nada é impossível para quem tem fé. As possibilidades de realizações são imensas. Mas ninguém conseguirá nada se não �correr atrás�, se não se especializar, estudar ou simplesmente aprender da maneira que for preciso. Por mais simples e limitado que uma pessoa seja, tudo é possível para aqueles que creem. Evolua dia após dia. Mesmo que lentamente. Vá até o fim e se realize. Nada mais prazeroso do que chegar lá na frente e se lembrar das lentas e difíceis etapas e de tudo que você trilhou para chegar aonde queria. Só não podemos desistir de lutar. Às vezes o momento da vitória nem chegou ainda, mas quando nós já a declaramos nossa mente se programa para viver aquilo que nós proclamamos.

O fracassoO estado do fracasso tem um poder assolador entre nós.

Infelizmente é comum termos dias em que não nos sentimos felizes com nossos resultados ou quando um projeto não dá certo. Às vezes temos uma grande expectativa de conseguir algo, de ter uma promoção, um novo trabalho, um novo contra-to ou mesmo um encontro, uma vitória num jogo, um resultado de exame, mas nem sempre as coisas acontecem do jeito que gostaríamos e planejamos. A frustração faz parte da vida humana, mas precisa ser trabalhada. Não podemos permane-cer muito tempo frustrados.

A capacidade humana de superação é sensacional e entusiasmante. Certos testemunhos de vida das pessoas são alimento e combustível para também querermos superar as barreiras e ir além ou simplesmente tentar de novo. Sabemos

que não é fácil. Mas a capacidade de se levantar, se organizar e em vez de parar e se lamentar, buscar um novo caminho, é fantástica e necessária. A vida precisa ficar em ordem. A �faxina espiritual� é fundamental, pois todos os dias a vida nos polui de alguma maneira. Seja no mau humor de um familiar ou colega de trabalho ou até o noticiário dos jornais com tantos fatos negativos acontecendo constantemente. Mas não podemos manter o aborrecimento sobre esses fatos.

A dor que você pode estar sentindo hoje não é definitiva. Acredite nisso. Quem já passou por isso pode comprovar. É natural que doa muito. Mas será mais fácil se você começar a alimentar a esperança de que essa dor vai mudar de formato e será suportável. Por mais difícil que possa ser esse dia de hoje, se for bem vivenciado com fé no coração, acreditando na sabedoria divina de que tudo vai passar, esse dia tão terrível pode ser, no futuro, um dia de aprendizado.

A indignação não é fracasso e nem deve nos �puxar� para baixo. Temos de nos posicionar e pensar que o mundo não tem de ser assim. O conteúdo das novelas e das notícias que nos chegam está recheado de traição, de injustiças, de impunida-des, de ódio, roubos, assassinatos. Esse pensamento acima foi inspirado nas palavras do Padre Fábio de Melo, que em seu programa Direção Espiritual nos diz que o mundo não tem de ser assim e que o papel dessa indignação possa provocar em nós o desejo de fazer esse mundo ser diferente a partir da parte que nos cabe.

Assim, quando proclamamos uma vitória, mesmo sem ter ainda a matéria-prima daquela vitória já nas mãos, dispomos o espírito a não mergulhar no fracasso e a graça de Deus se antecipa dentro de nós, compreendendo o momento difícil para nos dar o entendimento que a vitória chegará. Que assim seja! Deus abençoe você!

Fabily Rodrigues (Editor)[email protected]

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Julho de 2014

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Agora você terá mais facilidade para pagar seus anúncios através de cheques pré datados, boleto e depósito bancário.

O Jornal Ouro Preto em Foco é uma publicação informativa mensal da Em Foco Mídia, voltada aos moradores, comerciantes e demais interessados dos bairros Ouro Preto, Castelo, e parte do São Luiz, São José, Bandeirantes, Engenho Nogueira, Paquetá e Alípio de Melo. Independente e imparcial, não temos comprometimento ou vínculo com nenhuma associação, empresa ou empresário, político ou entidade. Nosso objetivo é informar, esclarecer, debater, criticar e melhorar a qualidade de vida da região, por meio de matérias informativas, dicas, informações úteis e notícias voltadas para os envolvidos com os bairros locais. O Jornal é distribuído gratuitamente (12 mil exemplares) nas residências, comércios, clubes, empresas, centros comerciais e demais locais de grande circulação.

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O Jornal Ouro Preto em Foco é uma publicação da Em Foco Mídia

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Direção:Fabily Rodrigues

Jornalista Responsável(redação e edição):

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Fotos:Cid Costa Neto e Fabily Rodrigues

Diagramação e Design:Cid Costa Neto

Jornalistas:Ana Izaura DuarteJoão Paulo DornasVinícius Brandão

Revisão/Edição:Cígredy Neves

E-mail: [email protected]

Endereço: Rua Francisco Vaz de Melo, 20,

salas 4 e 5 - JaraguáCEP 31.255-710

Belo Horizonte - MG

Contato / Publicidade:(31) 3441-2725/2552-2525

Tiragem: 10 mil exemplaresPeriodicidade: Mensal

Impressão: Gráfica MillenniumDistribuição gratuita

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Julho de 2014

Ao passarmos pelo ponto comercial da Rua Sena Madureira é normal avistarmos os comerci-antes batendo aquela velha prosa mineira entre eles ou com os moradores. Um desses proseado-res é Rafael Sá, o dono de uma tradicional loja de bicicletas do bairro. Ele conta que esse hábito da conversa existe há anos. �Inauguramos esse prédio comercial aqui na Sena Madureira há 20 anos e é um dos primeiros pontos de venda da região. Eram o Oswaldo barbeiro, o César das bebidas, o Aloísio da padaria e eu. Abrimos juntos em um prazo de seis meses. Eram poucas casas, o trânsito era tranquilo, não havia tanto fluxo pesado de ônibus e caminhões. O ar era mais puro, o barulho era menor, e não tinha muita criminalida-de. Os comerciantes eram bem mais unidos. Era como uma família. Cada um no seu espaço respei-tando o outro. Era um grupo fechado�, relembra.

Rafael Sá explica como fundou a loja no local. �Na época fizemos um estudo de mercado e percebemos que o bairro era muito promissor. Tínhamos outra loja de bicicletas e ficamos de olhar outro ponto. Estudamos a Zona Norte e Noroeste na época, mas decidimos vir para cá pelos benefícios de público da região. Pratica-mente todos que vieram para esse comércio naquela época estão até hoje. É só olhar para os meus vizinhos que possuem pontos tradicionais�, relata.

Quem vê o Ouro Preto de hoje não imagina como era a infraestrutura do passado: �Há 20 anos a Avenida Fleming era uma via de terra. Depois asfaltaram, mas não tinha luz. As pessoas andavam de bicicleta ou faziam caminhada no escuro. A área do Clube do América era muito frequentada. Essas eram as opções de lazer que tínhamos�, conta. Rafael lembra que a região era

como interior e que por isso atraiu pessoas de todo o Estado que buscavam formar um lar na região. �Isso aqui era um interior total. Passavam bois e vacas na Sena Madureira. Era algo inusitado e que aconteceu até 1999 mais ou menos. Eles abriam a fazenda do atual bairro Castelo para os animais saírem e isso era uma rotina quase que semanal. O trânsito parava para a boiada passar. Acredito que muitas pessoas do interior vieram morar aqui por causa desse ambiente�, diverte-se.

Hoje o comerciante faz uma grande distinção do passado: �Sinto muita falta da segurança de antigamente. Tínhamos mais liberdade em todos os sentidos. Hoje são muitos os comerciantes e a coisa se dispersou até mesmo por causa da construção de outros centros comerciais. Aí não há mais como conhecer todos. São muitas pesso-as. As propostas são outras e bem diferente do comércio tradicional que tínhamos. O bairro é bom, mas muitas coisas poderiam melhorar�, resume. Rafael mora com sua família no Ouro Preto há 10 anos e persiste em dar ares de tradi-ção no trato com o público e na convivência com os amigos lojistas. (João Paulo Dornas)

OURO PRETO CONTA SUA HISTÓRIA

Lembranças de um comércio tradicionalRafael Sá Silva, 50, Comerciante

Distribuição do Jornal

Para qualquer meio de comunicação ter credibilidade, ser bem-sucedido, ou, pelo menos, respeitado, é preciso haver um comprometimento de seus idealizado-res com o público final. No caso de um jornal, é preciso que isso aconteça com seus leitores e que haja matérias de interesse geral, qualidade e, principal-mente, que chegue às mãos dos interes-sados. Por isso é fundamental que o Ouro Preto em Foco seja bem distribuído e atinja o maior número de pessoas. Isso está sendo cumprido, pois pessoas de todas as partes da região recebem o jornal em casa, no seu local de trabalho ou em alguns dos pontos de distribuição, e comentam sobre as matérias, diagrama-ção, qualidade do material, entre outros detalhes.

Obviamente, é impossível chegar a todas as residências da região, sobretudo àquelas mais afastadas das principais ruas e avenidas. E é por esse motivo que deixamos grande quantidade do jornal em locais de maior circulação, como em padarias, restaurantes, farmácias, clubes,

academias, estabelecimentos de nossos anunciantes, entre outros pontos diversos.

Temos uma equipe de confiança que trabalha de forma unida e coesa, realizan-do a melhor distribuição possível. Caso alguém não receba o jornal, isso pode acontecer por vários motivos: dificuldade de acesso; caixa de correio pequena e o exemplar fica para o lado de fora, passível de alguém retirar; cães que impedem a aproximação ou mesmo o fato de um familiar receber o jornal e não mostrar para os demais e/ou um funcionário de uma loja receber e não repassar para o proprietário.

Pedimos a gentileza de nos informar caso seja entregue mais de um exemplar da mesma edição em sua residência ou alguma outra distribuição indevida.

Caso queira nossas edições anteriores ou não tenha recebido esta edição, envie um e-mail para [email protected] ou ligue para 3441-2732 / 2552-2525 e providenciaremos a entrega em um prazo de até cinco dias.

JOÃO PAULO DORNAS

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A região da Pampulha se mantém em constante crescimento e ainda tem como característica principal ser bastante familiar. Porém, com a proximidade dos bairros locais com a UFMG e outras faculdades, novos moradores, principalmente estudantes, se mudaram para bairros como Ouro Preto, Castelo, São Luiz, São José, Jaraguá / Liber-dade, entre outros. Com isso, a região ganha um perfil de ser um local que abriga muitos universitários. Muitos estudantes buscam a região, em um primeiro momento, pela locali-zação. Além disso, muitos se encantam pela tranquilidade e hospitalidade de comercian-tes e moradores.

Rodrigo Olivárez, mestrando em Música e que veio de Santiago, no Chile, acredita que a região, além de familiar, é bem universitária. �Com o tempo vamos criando uma familiarida-de com o comércio local e com os demais moradores. Todos são bem receptivos. Quando me mudei para cá morei três meses no bairro Ouro Preto. Agora estou no bairro Liberdade / Jaraguá�, conta.

A estudante de Medicina Eduarda Duar-te, que veio de São Paulo, mora na região com Ana Paula e Lílian. Ela conta que esco-lheu o apartamento primeiramente pela proximidade com a UFMG e pelo fácil aces-so para outras regiões. �Quando vim fazer a prova fiquei na casa de um amigo aqui perto. Achei tranquilo e gostei�, conta. Assim como Eduarda, Ana Paula Rosendo, que veio de Diadema (interior de São Paulo), estuda Medicina e considera a região bem tranquila e agradável. �Gosto do bairro, acho muito arborizado e tranquilo para morar�, ressalta.

Quem também escolheu a região, primeiramente pela localização, foi a estu-

dante de Medicina que veio de Botucatu, Gabriela Zamunaro Lopes Ruiz. �Na região há boas padarias, academias, lanchonetes e supermercados próximos. Como tenho carro facilita bastante a locomoção. Outro ponto positivo é a presença de muitos

deliverys. A facilidade de pegar ônibus para muitos pontos da cidade chama a atenção. É um bairro acolhedor e receptivo�, afirma.

OpçõesPelo fato de Belo Horizonte não ser uma

cidade com característica universitária mais marcante, percebemos que são muitas as pessoas que moram em pensões ou até mesmo sozinhas. Eloá Noetzold e a sua vizinha Gabriela Zamunaro optaram por morar sozinhas. Eloá comenta que há pontos positi-vos e negativos. �Você tem mais autonomia, embora mais obrigações�, conta. Ela afirma que prefere morar sozinha por conta de duas experiências negativas assim que chegou em Belo Horizonte. �Quando me mudei para cá fui morar em uma república com dois colegas da cidade e da escola. Brigamos e mudei para outra república. Esta outra era mais organiza-da, porém as pessoas eram mais velhas e não estavam no mesmo momento que eu. Conver-sei com minha mãe e resolvemos comprar um imóvel como investimento, já que vou morar na cidade por mais quatro anos. O bom disso é que minha família tem mais liberdade ao me visitar�, explica.

Gabriela também considera positivo não ter de dividir o apartamento. �Temos mais privacidade e você não interfere na rotina de outra pessoa. Traz mais comodidade para a família te visitar, sem o risco de incomodar ninguém. A questão das tarefas diárias de casa é que fica mais pesado, mas vale a pena�, acredita.

Eduarda e Ana Paula moram juntas desde março de 2013. Elas contam que se conheceram na fila da matrícula para o curso de Medicina. �Montamos a república por necessidade, pois havia pouco tempo para resolver a questão de moradia. A Eduarda já tinha olhado um apartamento e anunciou mais uma vaga no Facebook e assim recebe-mos a Lílian, que faz Ciências Contábeis�, explica.

Diversidade de experiências, escolhas e objetivos marcam

Julho de 2014

FOTOS: CID COSTA NETO

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Outro caso bastante curioso aconteceu com as estudantes Fernanda Menezes e Ana Carolina Rocha Torres. Fernanda estudou Engenharia Química em Viçosa e veio para BH fazer mestrado. Alugou um apartamento próxi-mo à UFMG e divulgou a vaga pela internet. Ela conheceu Ana Carolina e Carla no dia em que elas se mudaram para o apartamento e se dão muito bem. �Estamos aqui desde março, cada um com seus objetivos e tudo é bem tranquilo. Eu e a Ana Carolina saímos de Viçosa para cá e a Carla já morava em BH há dois anos�, conta.

RepúblicasRodrigo Olivárez, que sempre morou em

república, conta que o ideal é escolher a aco-modação que mais tem a ver com a caracterís-tica de cada um. �É importante conhecer com quem você vai morar e por isto sempre bus-quei indicação de amigos, o que é muito comum na universidade. Atualmente moro com três pessoas da cidade de Itaúna e nos damos muito bem�, relata.

Quem também considera a república como uma boa opção é Osmar Júnior. �Sem-pre morei em república e acho bem tranquilo. Tive sorte porque só morei com pessoas tran-quilas. Realizamos reuniões e é tudo bem fácil de lidar. Hoje moro com mais dois amigos que conheci através de indicação�, conta.

Larissa Karlla Rodrigues, estudante de Fisioterapia, e Bárbarah Brenda Silva, de Ciências Socioambientais, moram juntas há três anos. Quem também faz parte da repúbli-ca é a baiana Mariana Nunes, que faz Enge-nharia de Controle e Automação e está fazen-do intercâmbio. Segundo Bárbarah, o trio se dá bem. �Tivemos sorte porque a nossa

criação foi parecida. Há pessoas que não nasceram para morar em conjunto. Aqui dividimos tarefas, cada uma tem um horário e o seu espaço�, conta. Larissa reforça, dizendo que �para morar com outras pessoas é preciso entender que cada um tem um modo de viver e

de ser comportar. Porém, por conta da rotina de estudos não ficamos muito tempo juntas�.

Já Felipe Gabriel dos Santos Fonseca, estudante de Medicina, e Daniel Fernandes, estudante de Engenharia Aeroespacial, opta-ram por morar em pensão. Daniel conta que a

pensão tem regras iguais às de uma repúbli-ca, mas o diferencial é que tem uma pessoa para comandar. �Na pensão da Dona Zira atualmente moram sete estudantes. Mesmo com as regras temos mais liberdade. A Zira é como uma mãe que está sempre preocupada. Isso nos faz sentir mais em casa�, afirma. Felipe também acredita que a presença de uma pessoa na �liderança� é um benefício da pensão. �A Dona Zira ensina muitas coisas. Mas temos de respeitar o espaço de cada pessoa. Fui muito bem acolhido e por ser um ambiente familiar me sinto mais confortável�, afirma.

Ingressar na universidade marca o início de uma nova fase na vida de muitos jovens. Principalmente para os estudantes que saem da sua cidade natal para construir uma vida acadêmica e profissional em outra cidade. Com a mudança vem junto a necessidade de se virar sozinho em diversos aspectos. Essa mudança tem um ponto muito positivo na formação de uma vida adulta, que muitas vezes acontece mais cedo do que a pessoa esperava. Assim sendo, o local que o universi-tário escolhe para viver precisa estar bem preparado e aberto para receber esses novos moradores que chegam sem saber para onde e a quem recorrer. São pessoas que só agre-gam valor para o desenvolvimento local e merecem ter uma atenção especial, descon-tos em produtos e serviços, assim como um atendimento personalizado de acordo com o tempo e a disponibilidade de cada um. (Ana Izaura Duarte)

CONTINUA NA PÁGINA 6

Julho de 2014

FOTOS: CID COSTA NETO

a vida dos estudantes que residem na região da Pampulha

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Julho de 2014

ENQUETE

�A mudança para mim foi mais tranquila, porque estou próxima da minha família. Algumas vezes consigo almoçar com meus pais. É uma experiência válida, porque você aprende as coisas, corre atrás. Saí da barra dos pais. Morar na república é tranquilo, mesmo com pensamentos, criação e costumes diferentes. Optei pela região devido à proximidade com a universidade.�Bárbarah Brenda Silva, Estudante de Ciências Socioambientais (Sete Lagoas-MG)

�A principal vantagem que a região me oferece é a proximidade com a UFMG. Minha rotina não mudou muito em relação à última cidade em que morei e fiz faculdade. As dificuldades que tenho aqui são quando tenho de me deslocar para mais longe em horários de pico e a distância dos supermercados e outros estabelecimentos. Aqui nem todos os comércios fazem entrega e isso dificulta para quem tem mais dificuldade para se deslocar�.Fernanda de Lima Menezes, Estudante / Mestrado em Engenharia Química (Mariana-MG)

�A mudança para Belo Horizonte foi complicada. Ainda não me acostumei com o trânsito e de ter de sair bem mais cedo para chegar aos lugares. Na minha cidade natal não é assim. BH tem muito para oferecer. Na minha cidade tem apenas um cinema e uma sessão por dia. Outro ponto positivo são os amigos do curso e a proximidade com minha vizinha. Mudamos na mesma época e a conheci quando fui olhar o apartamento. Amizades assim ajudam quando estamos longe de casa.�Gabriela Zamunaro Lopes Ruiz, Estudante de Medicina (Botucatu-SP)

�Mudei para Belo Horizonte com 18 anos para fazer cursinho, porque acredito que o Estado de Minas Gerais em geral é bem universitário. No começo foi difícil. Saí da minha cidade animada, porque fiz a minha escolha e pensava que era o melhor, já que lá não tem o meu curso na Universidade Federal. Ter obrigações e a saudade dos domingos em casa é bem difícil. Há uma positiva diversidade de atrativos culturais, mas um ponto que acho ruim é a questão da mobilidade, que é difícil.�Eloá Noetzold, Estudante de Farmácia (Porto Velho-RO)

Estudantes comentam a experiência de morar longe de casa

�Quando me mudei para Belo Horizonte tinha 17 anos e vim fazer curso pré-vestibular. Foi difícil me adaptar, mas aos poucos fui me acostumando. Morava longe da universidade e isso era cansativo e procurei algo mais perto. Morar com outras pessoas é tranquilo. Temos de saber respeitar. Moro em república e já morei em pensionato. Isso possibilita experiências positivas.�Larissa Karlla Rodrigues, Estudante de Fisioterapia (Arcos-MG)

�No começo a adaptação foi bem difícil, mais por causa da cultura mesmo. Depois fiquei mais habituado com a cidade e com as pessoas. O mineiro é bem receptivo e fui muito bem acolhido. Incentivo os amigos da minha cidade natal a mudarem para cá, porque aqui é tranquilo e há boas oportunidades de emprego. Procurei aperfeiçoar em outro Estado porque a minha cidade está atrasada nessa área. Lá não tinha o curso que eu queria. Hoje faço bacharelado.�Osmar Pereira Furtado Júnior, Estudante de Música (São Luís-MA)

�Morar em Belo Horizonte nos possibilita mais oportunidades em relação ao interior. Temos mais acessos a coisas novas e maiores facilidades. O problema é que o local onde moro com minhas amigas fica mais distante da parte comercial do bairro, que inclui farmácias e restaurantes. Muitas vezes, para fazer compras vale mais a pena ir aos shoppings. Para ir a lugares mais distantes temos de nos programar para sair mais cedo. Mas está sendo uma experiência bem positiva�.Ana Carolina Rocha Torres, Estudante de Engenharia Ambiental (Montes Claros-MG)

�É estranho e difícil ter de aprender a se virar e preocupar com comida, roupas e outras atividades. Quando você sai de casa tem de resolver tudo sozinho. No início foi complicado. Mas é uma experiência que te ajuda a crescer. Você aprende muito vivendo com outras pessoas. Escolhi BH pelo meu estilo de vida e por ser mais interessante do que as cidades do interior. Tem mais eventos culturais e muitas outras oportunidades.�Daniel Fernandes, Estudante de Engenharia Aeroespacial (Patos de Minas-MG)

�Saí há 10 anos do Chile, fiz minha graduação na Argentina e estou me aperfeiçoan-do agora no Brasil. Acredito que me adaptei bem porque já morei em vários lugares. Acho essa experiência importante porque faz parte do crescimento de uma pessoa. Gosto da cidade, pois as pessoas são acolhedoras e ajudam muito. A área da música tem muito a oferecer.� Rodrigo Olivárez, Mestrando em música (Santiago-Chile)

�O mais difícil nesse processo é ficar longe da família. Os primeiros meses depois que cheguei foram os piores. Sinto muita falta de casa. Não conhecer ninguém é complicado. Uma coisa engraçada é a cultura das cidades. A comida é boa e gosto muito. É diferente morar com pessoas que não são da sua família e que você não conhecia antes, mas com o tempo acostumamos.� Ana Paula Rosendo, Estudante de Medicina (Diadema-SP)

�Essa é uma experiência difícil porque temos de ficar longe da família. Chegar a um estado que você não conhece nada nem ninguém é estranho. A questão cultural também é uma barreira. Acho os mineiros muito tradicionais e mais moralistas do que os paulistanos. Um ponto forte que adorei é a comida. O tempero é bom até em restaurantes mais simples.�Eduarda Duarte, Estudante de Medicina (São Paulo-SP)

�Saí de Porto Velho com 18 anos e foi uma experiência chocante porque, pela primeira vez, fiquei longe do aconchego de casa. Não tenho condições de visitar minha família sempre. Mas quando temos um foco isso tudo é aliviado. No começo foi complicado pelo clima e pelo tamanho da cidade. A adaptação do clima foi difícil; sempre ficava resfriado. Mas me adaptei bem porque meu pai é mineiro de Juiz de Fora.� Bruno Drumond, Estudante (Porto Velho-RO)

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Novamente divulgamos as vagas de empregos na região através da disponibilidade de nossos anunciantes e demais parceiros e esperamos contribuir tanto com as empresas que precisam preencher estas vagas, quanto com os moradores e demais interessados. Continuaremos usando este espaço em nossas próximas edições para que nossos parceiros e empresas sérias e idôneas possam oferecer suas vagas e assim faremos nosso trabalho social de ajudar aqueles que precisam trabalhar. Os dados da empresa, contato, especificações e quantidade de vagas podem ser enviados para [email protected].

EM FOCO MÍDIA (JORNAL OURO PRETO EM FOCO)Função: JORNALISTA QUE MORE NA REGIÃO DO OURO PRETO Vagas: 1Especificações / Perfil: Disponibilidade de tempo, organização, iniciativa, compromisso, bom texto e boa fluência para as entrevistas. Dispensamos curiosos e pessoas aguardando respostas de outros empregos. Horário: 13h30 às 18h30.Função: ADMINISTRATIVO / FINANCEIRO Vagas: 1Especificações / Perfil: Sexo feminino. Experiência real e comprovada nas áreas administrativa, financeira e contábil, confecção e controle de planilhas, com organização, iniciativa, compromisso e boa fluência para contatos externos e agendamento de entrevistas. Horário: 9h às 18h30. Preferencialmente morar na região da Pampulha. Dispensamos curiosos e pessoas aguardando respostas de outros empregos.Função: DISTRIBUIÇÃO DE JORNAIS Vagas: 2Especificações / Perfil: Sexo masculino, entre 16 e 28 anos. Iniciativa, compromisso, seriedade e boa vontade para a distribuição dos quatro jornais da empresa na região da Pampulha e Cidade Nova. Horário: tarde e noite. Preferencialmente morar na região do Jaraguá. Valor: R$ 8,00 a hora.Contato: Enviar currículo com foto para [email protected].

OURO BURGER (Ouro Preto)Função: AUXILIAR DE COZINHA Vagas: 1Especificação / Perfil: Sexo feminino, não é necessário ter experiência. Contato: Entregar currículo para Rosilene, das 14h às 16h no endereço: Rua Pérsio Babo de Rezende, 331 � Ouro Preto.

SUPER NOSSO (Castelo) Função: PADEIRO Vagas: 5Função: AÇOUGUEIRO Vagas: 5Função: PIZZAIOLO Vagas: 5Função: SUSHIMAN Vagas: 5Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 1º grau incompleto, entre 18 e 55 anos. Experiência mínima de seis meses.Função: ATENDENTE DE CAIXA Vagas: 5

Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 2º grau completo, entre 18 e 45 anos. Não é necessário ter experiência.Função: AUXILIAR DE OPERAÇÕES - MERCEARIA Vagas: 5Função: AUXILIAR DE OPERAÇÕES - PADARIA Vagas: 5Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 1º grau incompleto, entre 18 e 55 anos. Não é necessário ter experiência.Função: AUXILIAR DE OPERAÇÕES - FRIOS Vagas: 5Especificações / Perfil: Sexo masculino, 1º grau incompleto, entre 18 e 55 anos. Não é necessário ter experiência. A empresa oferece oportunidade para pessoas com deficiência. Contato: Interessados comparecer à Avenida Amazonas, 1.464 - Barro Preto, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, munidos dos documentos pessoais.

SUPERMERCADOS BH (Castelo) Função: ATENDENTE DE FRIOS Vagas: 3Especificações / Perfil: Ambos os sexos, entre 20 e 50 anos. Não é necessário ter experiência. Carga horária: 44 horas semanais. Função: OPERADOR DE CAIXA Vagas: 4Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 2º grau completo ou em curso, entre 18 e 50 anos. Não é necessário ter experiência. Carga horária: 44 horas semanais.Função: REPOSITOR Vagas: 6Especificações / Perfil: Sexo masculino, entre 18 e 40 anos. Não é necessário ter experiência. Carga horária: 44 horas semanais.Função: AUXILIAR DE AÇOUGUE Vagas: 2 Especificações / Perfil: Ambos os sexos, entre 20 e 55 anos, não é necessário ter experiência. Carga horária: 44 horas semanais.Função: BALCONISTA DE AÇOUGUE Vagas: 2 Especificações / Perfil: Ambos os sexos, entre 20 e 55 anos, experiência mínima de seis meses na função. Carga horária: 44 horas semanais.Função: FISCAL DE LOJA Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos, ter experiência ou curso de vigilância.Função: FAXINA Vagas: 3Especificações / Perfil: Sexo feminino, a partir de 21 anos, 1º grau completo.

Contato: Interessados deverão acessar o site www.supermercadosbh.com.br/trabalheconosco ou comparecer na Rua Guarani, 559 - Centro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h, munidos de documentos pessoais e carteira de trabalho.

HIPERMINAS (Castelo) Função: OPERADOR(A) DE CAIXA Vagas: 10Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 1º grau completo. Não é necessário ter experiência. Horário: 13h30 às 22h20.Contato: Interessados enviar currículo para o e-mail rhumanos20@hiperminas, citar no campo de assunto o nome da vaga.

RESTAURANTE JARDIM DE MINAS (Aeroporto)Função: COZINHEIRO(A) Vagas: 1Especificação / Perfil: Ambos os sexos, 2º grau completo, com experiência. Turno diurno.Função: GARÇOM Vagas: 3Especificação / Perfil: Sexo masculino, 2º grau completo, com experiência. Turno diurno.Função: REPOSITORA DE SELF SERVICE Vagas: 1 Especificação / Perfil: Sexo feminino, não é necessário ter experiência.Contato: Entregar currículo aos cuidados de Fabiana, na Rua Noraldino de Lima, 581 - Aeroporto.

MILA (Liberdade) Função: CONSULTOR(A) DE VENDA CORPORATIVAS Vagas: 1Especificações / Perfil: Ambos os sexos, superior completo ou em curso, experiência no ramo comercial, possuir habilitação categoria B.Contato: Enviar currículo para [email protected], com nome da vaga, ou entrar em contato com Carla pelo telefone 3499-4145.

GOLD IMÓVEIS (São Luiz)Função: CORRETOR(A) DE IMÓVEIS E CORRETOR TRAINEE Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos, acima de 18 anos, com ou sem experiência e disponibilidade para

trabalhar em horário comercial de segunda a sábado. Contato: Entrar em contato pelo telefone 3419-0202 ou 8684-9679 ou enviar currículo para [email protected].

MOLDAR SERVIÇOS EM GESSO (Contagem)Função: AJUDANTE DE GESSEIRO Vagas: 3Especificação / Perfil: Sexo masculino, não é necessário ter experiência. Salário + benefícios. Função: MONTADORES DE DRYWALL Vagas: 5Especificação / Perfil: Sexo masculino, com experiência. Salário + benefícios. Contato: Entrar em contato com Renato pelo telefone 9671-6515, 8941-0270 ou 7560-4630 ou enviar currículo para [email protected].

UNIFENAS Função: ESTÁGIO PARA ALUNOS DE CURSOS SUPERIORES Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos, estar nos cursos de Enfermagem, Biomedicina, Farmácia ou Química. As vagas são para estagiar nas unidades Jaraguá e Itapoã.Função: ESTÁGIO PARA ALUNOS DE CURSOS TÉCNICOS Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos, estar em cursos técnicos em Química, Biotecnologia ou Patologia Clínica. As vagas são para estagiar nas unidades Jaraguá e Itapoã.Contato: Enviar o currículo para o e-mail [email protected].

RESOLVE Função: AUXILIAR DE LIMPEZA Vagas: 10Especificação / Perfil: Ambos os sexos, entre 18 e 50 anos, ensino fundamental incompleto, experiência mínima de três meses. Local de trabalho: supermerca-dos, indústrias e hospitais em toda BH e região. Função: AUXILIAR DE LIMPEZA ENCARREGADO Vagas: 5Especificação / Perfil: Ambos os sexos, entre 18 e 50 anos, ensino fundamental incompleto, experiência mínima de três meses. Local de trabalho: supermercados, indústrias e hospitais em toda BH e região. Contato: Entrar em contato através do telefone 3492-6546.

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Tragédia na Pedro IMuito ainda se especula sobre as causas

da queda do viaduto Guararapes, na Avenida Dom Pedro I. Críticas vêm de todos os lados. Afirmar que era uma tragédia anunciada é algo muito óbvio depois do ocorrido. O problema é muito maior e as investigações serão funda-mentais para apontar as causas do que real-mente culminou na trágica tarde de quinta-feira, dia 3 de junho, entre os bairros Planalto e São João Batista, na altura do número 427, em frente ao Parque Lagoa do Nado. Acidente este que poderia ter sido muito pior. Muito mesmo. Por questões de segundos, muitas outras vidas poderiam ter sido perdidas. A estrutura atingiu dois caminhões, um veículo e um ônibus suple-mentar da linha 70, matando duas pessoas e ferindo outras 23.

De qualquer maneira muito se falou sobre os problemas na construção dos viadutos ao longo da avenida. Chegamos até a planejar uma matéria sobre a falta de sinalização, ilumina-ção, entre outras questões de segurança e prevenção de acidentes, já que faltavam muitos acabamentos e detalhes para uma maior segurança de pedestres, motoristas e trabalha-dores. Desconfiar da possibilidade de um acidente era possível sim, até mesmo porque um viaduto do mesmo complexo (na Avenida Montese) já estava com problemas de afunda-mento. Se acidentes acontecem, como disse o prefeito Márcio Lacerda, esse problema anterior não poderia ser previsto? Realmente é difícil entender como leigos e opinarmos sobre questões técnicas, mas se esses tipos de acidentes acontecem mesmo, será que é comum caírem viadutos em nossas cabeças? A verdade é que a região do Planalto teve uma das tardes mais tristes da sua história, e que se não fosse o heroísmo da motorista do ônibus, que faleceu no local, e as milimétricas pontuali-dades do destino, estaríamos chorando a morte de mais pessoas.

RelatosMoradores e trabalhadores da região já

percebiam alguns problemas. Ricardo Vieira, dono de uma loja bem próxima ao viaduto, conta como foi o momento do acidente. �Foi um barulho intenso e o viaduto estava no chão. Era uma correria só. Fomos para ajudar, mas não havia muito o que fazer. Na hora fiquei apavora-do e não sabia como agir. Perdemos o sentindo pelo pavor. Não entendo de engenharia, mas percebi que estavam tirando as escoras muito rápido�, recorda. Outros agradecem as obras do destino: �Passei debaixo 15 minutos antes. Quando voltei vi uma cena que jamais vou esquecer. Uma pessoa morta, veículos esmaga-dos e pessoas ensanguentadas. Parecia cená-rio de guerra. Ao dormir, agradeci muito a Deus por ter passado na hora certa. Percebi que o concreto estava 'verde' ainda. Acho que foi feito na correria�, relata o mestre de obra Geraldo Magela.

�Passei 30 segundos antes na avenida. Aí

ouvi um estrondo e uma vizinha me ligou dizen-do que o viaduto tinha caído. Na hora houve um tremor nas casas e até na rua�, relata a morado-ra Vanessa Moreira.

Em fevereiro deste ano o viaduto da Monte-se, também na Avenida Pedro I, teve de ser interditado após um deslocamento de aproxi-madamente 30 centímetros. O fluxo de veículos das pistas mistas teve de ser suspenso por uma semana. No local ocorriam obras do Move. Na ocasião, a Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital) descartou o risco de queda da estrutura.

DefiniçõesO viaduto já foi removido, mas o trânsito

ainda não foi liberado. Técnicos da Sudecap vistoriaram os cinco viadutos ao longo da Avenida Pedro I: Monte Castelo, João Samarra, A e B � todos já com tráfego liberado �, além do elevado Montese, ainda sem trânsito. O delega-do Hugo e Silva, que investiga as causas da

queda do viaduto, já ouviu 43 pessoas. Até o momento apenas vítimas da tragédia, entre passageiros do ônibus, funcionários da obra e familiares prestaram depoimentos. Engenhei-ros da construtora responsável pela obra do elevado, a Cowan, e outras pessoas ainda serão chamadas para prestar esclarecimentos nos próximos dias.

Agora um longo entrave parece surgir para achar os culpados. Uma perícia contratada pela Cowan aponta que um erro grave no projeto de engenharia provocou o desabamento da alça sul, e que a alça norte, que está escorada, apresenta o mesmo problema, com aço insufi-ciente nos pilares, e corre o risco de desabar, sendo necessária a demolição. Segundo o laudo, o bloco de sustentação, que ficava apoiado sobre 10 estacas e mantinha um dos pilares do viaduto, ruiu e uma carga de três mil toneladas migrou para apenas duas estacas centrais, provocando a queda.

A Prefeitura solicitou à Cowan a apresenta-ção imediata do laudo que indica a necessida-de de demolição. Já a Consol Engenheiros Construtores, que elaborou o projeto, anuncia que há divergências entre o projeto e a execu-ção da obra e que vai aguardar a perícia oficial para apresentar os detalhes. A empresa nega que tenha cometido equívocos e defende que o desabamento teve outros motivos. O diretor presidente da Consol, Maurício de Lanna, alega que a empresa acompanhou as obras por mais de dois anos e falhas dessa magnitude seriam percebidas por qualquer profissional.

Moradores de prédios vizinhos ao viaduto que desabou foram transferidos para um hotel, diante da possibilidade de queda da alça norte. A escola Helena Bicalho, também vizinha do viaduto em risco, teve seus 400 alunos transfe-ridos para a escola Isabela Hendrix. (João Paulo Dornas, com colaboração de Fabily Rodrigues)

REUTERS