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Rotina de Oralidade Os livros que devoraram o meu pai Afonso Cruz

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A minha Rotina de Oralidade - Os Livros que Devoraram o meu pai

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Page 1: Rotina de Oralidade

Rotina de OralidadeOs livros que devoraram o meu pai

Afonso Cruz

Page 2: Rotina de Oralidade

Porque escolhi este livroAo início, eu não sabia bem sobre que livro

fazer para a minha Rotina de Oralidade, masquando a minha irmã me pediu que lesse estelivro para lhe dar uma opinião sobre ele e ajudá-la a fazer um trabalho, em que era supostoinventar outra capa para o livro, pensei: É mesmoeste! Comecei a lê-lo e gostei.

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Biografia de Afonso CruzAfonso Cruz nasceu na Figueira da Foz em

1971 e não é só escritor, é também ilustrador,realizador de filmes de animação e músico.Estudou na Escola Secundária Artística AntónioArroio, nas Belas Artes de Lisboa e no InstitutoSuperior de Artes Plásticas da Madeira.

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Enquanto Realizador:

Trabalhou em cinema de animação, em váriosfilmes e séries tanto de publicidade como deautor, de entre os quais se destacam um episódioda série: Dois Diários e um Azulejo, baseado naobra do poeta português Mário de Sá Carneiro erealizado em conjunto com Luís Alvoeiro e JorgeMargarido em 2002, que ganhou duas mençõeshonrosas (Cinanima e Famafest) e um prémio dopúblico, e “O Desalmado”, um episódio da série:Histórias de Molero (2003).

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Enquanto Ilustrador:

Publicou várias ilustrações na imprensaperiódica, nomeadamente para a revista: RuaSésamo, em manuais escolares, storyboards epublicidade. Ilustrou cerca de duas dezenas delivros para crianças com textos de José JorgeLetria, António Manuel Couto Viana e Alice Vieira,entre outros.

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Enquanto Escritor:

Afonso Cruz publicou, até à data, cinco livrosde ficção: “A Carne de Deus”, em 2008, umthriller satírico e psicadélico; “Enciclopédia daEstória Universal”, em 2009, um engenhoso edivertido exercício borgesiano com o qual venceuo Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Brancoe “Os Livros que Devoraram o Meu Pai”, em 2010,livro infanto-juvenil vencedor do Prémio LiterárioMaria Rosa Colaço de 2009.

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A este seguiram-se, tambémem 2010, “A Boneca deKokoschka” e “A ContradiçãoHumana”, vencedor do PrémioAutores 2011 SPA/RTP eescolhido para a exposição WhiteRavens 2011. Para além disso,colaborou, na edição portuguesado “Almanaque do Dr. Thackery T.Lambshead de DoençasExcêntricas e Desacreditadas”com o ficcional “Síndrome daCulpa Absoluta”.

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Enquanto Músico:

Faz parte da banda de blues The SoakedLamb, com a qual gravou os álbuns HomemadeBlues, em 2007, e, em 2010, Hats and Chairs,para os quais compôs todos os originais, escreveuletras, cantou e tocou guitarra, banjo, harmónicae ukulele.

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Resumo do LivroElias Bonfim é um rapaz cujo pai, Vivaldo Bonfim,

morreu, mas ele resolve procurá-lo no livro que o paiestava a ler nos seus últimos dias de vida. Só nãosabia por onde começar, até que a sua avó lhe deu achave do sótão, onde aí podia encontrar uma “mini”biblioteca e um cadeirão às riscas onde o seu pai seperdia nas leituras.

Começou então a ler o tal livro, que se chamava“A Ilha do Dr. Moreau”, mas pensou que nãocomeçaria a sua leitura por um livro tão complicado.Então, resolveu ler todos os livros da biblioteca parapoder perceber o que havia acontecido ao pai.

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Passadas alguns meses, chegou ao tão esperadolivro. Falava de Edward Prendick que havia sofridoum naufrágio indo parar a uma ilha, onde umcientista, Dr. Moreau, fazia experiências em animaistentando fazê-los o mais possível com os humanos.

Quando Edward voltou da ilha, isolou-se e nãoconseguia viver entre as pessoas, recorrendo a ummédico, Dr. Zirkov, especialista em doenças mentais,conhecido do Dr. Moreau.

De tanto se envolver nas leituras, começou afalar com as personagens dos livros, para tirarconclusões de como era o seu pai, tirando o que elejá havia demonstrado.

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Dr. Zirkov diz-lhe que Prendick era um completomaluco que achava que antes tinha sido um cão masque havia sofrido experiências do Dr. Moreau, masque agora estava a voltar a ser um cão.

O médico não concordava com essa história, masteve que lhe aumentar a medicação pois ele ladravapara as pessoas e mordia-as. Um dia, fugira,deixando no seu quarto do manicómio um cão preto.

Dr. Zirkov deu ao cão o nome de Argos, poisacreditava que aquele não era decididamenteEdward. Ainda assim, Elias exigiu ficar com o cão, ejuntos percorreram outros livros fazendointerrogatórios às personagens procurando poralgumas respostas.

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Num dos interrogatórios soube da existência deum escritor chamado Stevenson e procurou os seuslivros na biblioteca encontrando lá “O Estranho Caso deDr. Jekyll e de Mr. Hyde. Resolveu então lê-lo e falarcom Mr. Hyde. Essa personagem, disse-lhe que o seupai, Vivaldo Bonfim o acusara de matar as personagensda leitura, mas que isso não era verdade, propondoentão a Elias, que lesse a história de Raskolnikov.

Então, procurou por ele nas lombadas dos livros, eencontrou o tal livro. A história era basicamente de umjovem, que era bastante sábio, mas um dia, com medode não poder continuar a viver no seu apartamento,assassina duas personagens, uma porque era umavelha rezingona, e outra porque estava no sítio erradoà hora errada.

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Com a consciência pesada, vai para a prisão daSibéria, mas quando saiu, continuou bastante mal,de modo que todas as noites saía para assassinaruma pessoa qualquer. Quem contara isto fora aantiga namorada de Raskolnikov. Agora ele haviafugido e ninguém sabia dele.

Acabou a leitura do livro, e não sabia o que fazer,até que se lembrou de uma expressão que a senhoralhe havia dito do meio do nada: O papel arde a 451graus Fahrenheit, e não é que, na biblioteca havia umlivro chamado “Fahrenheit 451”!

O livro falava de um mundo onde era proibido lere os livros eram queimados, havendo muitosincêndios, mas quem os atiçava eram os bombeiros.

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Numa das tardes de leitura, encontrou umacabana na paisagem onde se passava a história,sentindo-se atraído por ela, entrou. Rapidamenteencontrou Raskolnikov que se preparava para omatar, quando Elias lhe explicou quem era,Raskolnikov começou a chorar pois admirava muito oseu pai, que lhe ensinara muitas coisas e tinhagrande sabedoria. De modo que havia sido graças aele, que tinha deixado de matar e estava a ficarmelhor.

Raskolnikov ensinou muitas coisas sobre a leituraa Elias, mas nada ajudou a encontrar o seu pai, demodo que aceitou o facto de ele não estar perdidoem nenhum livro do sótão.

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Já no final da história, o seu melhor amigo entraem coma hiperglicémico, e passados dois dias,morre.

No Epílogo, Elias já tem 72 anos e relembra todaesta história que escreveu, podendo agora contá-laaos seus netos.

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Trabalho realizado por:

Carolina Covas Grilo, nº4 – 8ºB