roteiros de química - farmácia

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CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA DQOI SETOR DE ESTUDO: QUÍMICA ORGÂNICA ROTEIROS DAS AULAS PRÁTICAS QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL FARMÁCIA (CE873) Curso de FARMÁCIA UFC 2017.1

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CENTRO DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA – DQOI

SETOR DE ESTUDO: QUÍMICA ORGÂNICA

ROTEIROS DAS AULAS PRÁTICAS

QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL – FARMÁCIA

(CE873)

Curso de

FARMÁCIA

UFC 2017.1

2 SUMÁRIO

Regimento do Laboratório Página 03

Vidrarias e Equipamentos Utilizados em laboratório e suas aplicações Página 04

Prática 00 Noções Básicas de Segurança no Laboratório Página 08

Prática 01 Determinação do teor de álcool na gasolina e efeito Salting out Página 15

Prática 2A Extração de Óleo Essencial Página 17

Prática 2B Extração da Bixina Página 18

Prática 03 Caracterização de Grupos Funcionais Página 21

Prática 04 Solubilidade, Acidez e Basicidade Página 27

Prática 05 Preparação da para-Nitroacetanilida Página 31

Prática 06 Preparação do Cloreto de terc-butila Página 35

Prática 07 Preparação do Ácido Benzoico Página 39

Prática 08 Preparação da Dibenzalacetona Página 43

Prática 09 Preparação do Ácido Acetilsalicílico (AAS) Página 46

MSDS Fichas de Segurança dos Reagentes (MSDS) Página 49

Conheça os roteiros virtuais: http://www.quimica.ufc.br/nunes

É importante você verificar o calendário das aulas.

ATENÇÃO! Antes de manipular reagentes químicos é preciso conhecer suas propriedades. LEIA ATENTAMENTE AS FICHAS DE SEGURANÇA DOS REAGENTES NO FINAL DESTE MANUAL!

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Regimento interno do Laboratório de Química Orgânica

Em reunião realizada durante o I Workshop dos Professores da Área de Química Orgânica do

Departamento de Química Orgânica e Inorgânica, realizado nos dias 14 e 15 de dezembro de 2011, FICOU

ESTABELECIDO que:

Será tolerado o atraso de 10 (dez) minutos para a chegada do estudante. Depois deste tempo, o

estudante não poderá participar da aula prática.

O estudante só poderá participar da aula prática se estiver vestido adequadamente (calça comprida,

jaleco, calçado fechado e óculos de segurança) e com o seu roteiro de aulas práticas.

Cada equipe deverá ter, no máximo, 03 estudantes, exceto em alguma prática em particular.

As práticas deverão seguir INVARIAVELMENTE o calendário estabelecido.

Não será possível a realização de mais de uma prática em uma única aula.

Não haverá reposição de aulas práticas para os estudantes faltosos.

ATENÇÃO! Antes de manipular reagentes químicos é preciso conhecer suas propriedades. LEIA ATENTAMENTE AS FICHAS DE SEGURANÇA DOS REAGENTES NO FINAL DESTE MANUAL!

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As atividades de laboratório exigem do aluno não apenas o conhecimento das peças e aparelhos

utilizados, mas também o correto emprego de cada um deles.

1-Balão de fundo chato Neles são aquecidos líquidos e realizadas reações com liberação de gases. Para aquecê-lo, use o tripé com a proteção da tela de amianto.

2- Erlenmeyer Em titulação, aquecimento de líquido, dissolução de substâncias e realização de reações.

3-Becker Apropriado para reações, dissolução de substâncias, recipitações e aquecimento de líquidos.

4 - Funil Funil é utilizado para filtração simples.

5 - Tubo de ensaio Empregado para reações em pequena escala, principalmente testes de reação. Com cuidado, pode ser aquecido diretamente na chama do bico de Bunsen.

6 - Condensador

Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos.

7– Pinça dupla para buretas

É utilizada para fixar a bureta no suporte universal.

8 - Proveta Mede e transfere volumes de líquido. Não oferece grande precisão. Nunca deve ser aquecida.

9 - Pipeta graduada Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não pode ser aquecida

10–Pipeta volumétrica Usada para medir e transferir volume de líquidos. Não pode ser aquecida, pois possui grande precisão de medida.

11 - Bico de Bunsen É a fonte de aquecimento mais empregada em laboratório.

12- Cadinho Geralmente é feito de porcelana. Serve para calcinação (aquecimento a seco e muito intenso) de substâncias. Pode ser colocada em contato direto com a chama do bico de Bunsen.

MATERIAIS UTILIZADOS EM LABORATÓRIO E SUAS APLICAÇÕES

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13 – Suporte universal É empregado em várias operações, para sustentação de peças.

14 - Tripé de ferro Sustentáculo utilizado com a tela de amianto para aquecimento de várias

peças.

15 -Tela de amianto Protege peças submetidas ao aquecimento. O amianto distribui uniformemente o calor.

16 - Garra de

condensador Espécie de braçadeira que

prende o condensador (ou outras peças, como balões, erlenmeyers etc.) à haste do suporte universal.

17 - Estante de tubos de ensaio Serve para alojar tubos de ensaio.

18 - Pinça de madeira Utilizada para segurar tubos de ensaio em aquecimento.

19 - Cápsula de porcelana. Cadinho de louça utilizado para análises químicas Recipiente para evaporar líquidos.

20 - Vidro de relógio Peça côncava para

evaporação em análises de líquido. Para aquecê-lo, use tripé com a tela de amianto.

21 - Bureta Serve para medir volumes, principalmente em análises titulométricas.

22 - Almofariz e pistilo

Empregados para triturar e pulverizar sólidos.

23 – Kitassato Compõe a aparelhagem das filtrações a vácuo. Sua saída lateral se conecta a uma trompa de vácuo.

24 - Funil de Büchner

Adapta-se ao frasco de Kitassato nas filtrações a vácuo.

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25 - Funil de decantação Utilizado na separação de mistura de líquidos imiscíveis.

26- Dessecador Nele se guardam substâncias sólidas para secagem. Sua atmosfera interna deve conter baixo teor de umidade.

27– Balão volumétrico Medidas fixam e exatas de volumes de líquidos.

28 – Placa de petri Onde são colocados os meios de cultura de substâncias, líquidos ou secreções, para análise microbiológica.

29 – Garras para fixar sistemas São utilizadas para dar sustentação aos sistemas montados em laboratórios

30 - Bastão de vidro Haste maciça de vidro com que se agitam misturas, facilitando reações.

31– Conta gota Usado para adicionar gotas para completar o volume dos sistemas.

32 – Anel de aço carbono com mufa Argola metálica que se adapta ao suporte universal, servindo como suporte para tela de fibra cerâmica refratária, funil de separação e funil simples.

33 – Pisseta Frasco para lavagem de materiais e recipientes por meio de jato de água, álcool e outros solventes.

34 – Pinça para copo Becker Usada para manipular copos Becker aquecidos;

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35 –a) Pinça de Hoffman b) Pinça de Mohr Servem para reduzir ou obstruir a passagem de gases ou líquidos em tubos flexíveis

36 - Plataforma elevatória Ferramenta utilizada para subir ou baixar qualquer equipamento em laboratório.

a)

b)

Anotações

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PRÁTICA 00 - NOÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

A. Segurança no laboratório

Antes de iniciarmos os experimentos, serão abordados diversos aspectos relativos à segurança nos laboratório de química orgânica. A conscientização das responsabilidades, dos riscos, dos perigos e dos cuidados que devemos ter, são os pilares centrais da segurança. Todavia, a conscientização destes pontos somente será importante se adotarmos uma postura profissional preocupada com nossa segurança e das demais pessoas que trabalham conosco no laboratório. Devemos ser obedientes às regras de segurança e, o mais importante de tudo, é nos conscientizarmos de que acidente pode acontecer inclusive conosco.

B. Segurança é, antes de tudo, responsabilidade sua.

Laboratórios químicos são potencialmente locais perigosos porque normalmente neles se encontram líquidos inflamáveis, vidrarias frágeis, substâncias químicas tóxicas e equipamentos que podem estar sob vácuo ou altas pressões, e acidentes no laboratório podem ter conseqüências sérias e trágicas. Felizmente, o laboratório não será mais perigoso que uma cozinha ou um banheiro se você estiver atento aos perigos potenciais, e trabalhar com a atenção e os cuidados devidos. Algumas linhas gerais para segurança no laboratório são apresentadas nesta seção. Em adição a estes princípios você deve estar familiarizado com as regras de segurança aplicadas pelos administradores de seu laboratório. Seu professor ou instrutor tem a responsabilidade te lhe advertir dos perigos associados com seu trabalho, e você deveria sempre consultá-lo caso você não esteja seguro acerca dos perigos potenciais em seu laboratório. Entretanto, a sua própria segurança e a de seus colegas no laboratório, são amplamente determinadas pelas suas práticas de trabalho. Sempre trabalhe seguramente, use seu bom senso, e se conforme com as regras de segurança. Alguns princípios importantes para uma prática segura estão sumariados abaixo nas seguintes regras gerais de segurança.

C. Regras Gerais de Segurança.

C.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Veja alguns deles:

Avental de algodão com mangas longas. Indica que devemos proteger a pele e a roupa.

Possibilidade de ocorrência de explosão.

Óculos de segurança. Devem ser usados na proteção de respingos e estilhaços.

Símbolo de substâncias venenosas, que não devem entrar em contato com a pele nem ter seus vapores inalados.

O uso de luvas evita o contato das mãos com substâncias corrosivas, vidros quebrados e objetos quentes.

Possibilidade de choque elétrico.

Usar pinça de madeira para o aque-cimento do tubo de ensaio.

Indica materiais radioativos.

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Costumes e usos

Use calçados fechados no laboratório. Uma vestimenta apropriada oferece uma maior segurança contra substâncias químicas que podem ser derramadas acidentalmente. É obrigatório vestir uma bata (avental) de mangas longas no laboratório, pois este protegerá melhor sua pele do que sua vestimenta normal.

Sempre use óculos de segurança no laboratório, mesmo quando você estiver apenas escrevendo em seu caderno de laboratório ou lavando sua vidraria, uma vez que outras pessoas presentes nas suas proximidades podem sofrer um acidente. A menos que teu professor ou instrutor diga o contrário, não use lentes de contato no laboratório. Mesmo se você estiver usando óculos de segurança, pois produtos químicos podem atingir seus olhos, e você pode não ser capaz de retirar suas lentes antes que um dano nos seus olhos ocorra. Você sempre deve usar óculos corretivos (de grau) enquanto estiver trabalhando no laboratório, mesmo certo de que suas lentes são se quebram. Usar óculos de proteção sobre os óculos corretivos (de grau) é recomendado porque tal equipamento de segurança dá uma proteção adicional lateral contra substâncias químicas que são projetas na direção de seus olhos.

Use protetor facial sempre que você for realizar algum procedimento que possua risco de explosão, tais como reações onde peróxidos são produzidos.

Vista luvas de látex ou outro material impermeável quando estiver trabalhando com substâncias químicas particularmente perigosas e corrosivas e quando estiver lavando vidrarias. Ácidos e bases concentradas, além de bromo e suas soluções são os regentes encontrados em laboratórios de química orgânica que são mais agressivos quando entram em contato com a pele. Consulte seu professor ou instrutor sempre que você estiver inseguro se deve ou não usar luvas quando manusear um reagente.

Use máscara de proteção contra partículas sólidas finamente divididas. Como exemplo, você sempre deve usar a referida máscara quando for empacotar uma coluna cromatográfica, uma vez que a sílica, usada frequentemente como adsorvente, pode causar sérios danos ao pulmão. Com relação às máscaras contra gases, estas só devem ser utilizadas por pessoas que receberam treinamento para tal. Caso você não saiba como utilizá-las, peça instruções ao seu professor ou instrutor.

C.2 Hábitos Individuais

Alguns hábitos simples devem ser incorporados à sua rotina de trabalho no laboratório. São medidas simples que podem prevenir muitos acidentes.

Lave as mãos antes de iniciar seu trabalho. A sujeira trazida pelas suas mãos pode contaminar as vidrarias e/ou equipamentos utilizados no experimento, fato este que pode comprometer o resultado do experimento.

Identifica substâncias inflamáveis.

O descarte de determinado material deve ser feito de maneira específica (conforme indicação do professor).

Identifica substâncias cáusticas ou corrosivas.

Símbolo de alerta para a necessidade de lavar as mãos após cada experimento (evitar tocar o rosto e os olhos durante o experimento).

Indica produção de vapores nocivos ou venenosos, que não devem ser inalados.

Caixa de primeiros socorros. (Seu uso deve ser orientado pelo professor).

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Lave as mãos antes de sair do laboratório. As suas mãos podem ter sido contaminadas com algum reagente, contaminação esta que pode ser transferida para algum alimento que será ingerido após a realização do experimento.

Alerte o seu professor ou instrutor se você é alérgico a algum reagente. Os organismos das pessoas respondem de formas diferentes frente aos reagentes. Sendo assim, você pode ser alérgico à aspirina, por exemplo, e todas as demais pessoas presentes no laboratório não sejam. O professor ou instrutor, ao saber de sua alergia, lhe dará instruções específicas para a realização do experimento de modo seguro ou, até mesmo, lhe impedirá de realizar o experimento visando sua segurança.

Nunca fume no laboratório. Lembre-se que muitas substâncias no laboratório são inflamáveis e seu cigarro poderá ocasionar o início de um incêndio.

Nunca corra no laboratório. Esta atitude poderá resultar na colisão com alguma pessoa que manuseia e/ou transporta uma substância nociva e, conseqüentemente, poderá ocorrer um acidente.

Nunca coma ou beba no laboratório. Suas mãos poderão contaminar o alimento ou bebida ingerida, podendo resultar em sua contaminação por via oral, uma das mais sérias.

Nunca se sente ou se debruce sobre a bancada, pois na mesma freqüentemente são encontrados frascos de reagentes ou reagentes derramados, os quais poderão lhe contaminar e/ou danificar sua vestimenta.

Nunca use cabelos longos soltos, pois além do contato deles com substâncias tóxicas, os mesmos poderão atrapalhar sua visão num momento que exija sua total concentração, como a transferência de um ácido, por exemplo. Outro perigo iminente refere-se ao contato dos cabelos com a chama do bico de Bunsen. Por todos estes motivos, é aconselhável que cabelos longos sejam mantidos presos durante a permanência no laboratório.

Nunca mantenha alimentos em geladeiras que armazém produtos químicos.

Nunca jogue papel, fósforos, fitas de medição de pH ou qualquer outro sólido em pias para evitar entupimentos.

Sempre que terminar um experimento: desligue todos os aparelhos; lave todo o material; guarde todos os equipamentos, reagentes e vidrarias nos locais apropriados, deixando a bancada limpa e desobstruída.

C.3 Considerações Gerais

Torne-se familiar com o ambiente do laboratório. Saiba onde ficam as saídas do laboratório, os extintores e cobertores para combate à incêndios, lava-olhos, chuveiro de segurança, estojo de primeiros socorros e o telefone, juntamente com o números telefônicos do corpo de bombeiros e do pronto socorro mais próximo. Também é importante verificar se todos estes itens de segurança, embora próximos do local onde você irá trabalhar, estão em boas condições de uso e dentro dos prazos de validade. Também é muito importante verificar se as saídas do laboratório estão desobstruídas e se o chão está seco. Caso você não saiba como manusear qualquer um dos itens de segurança citados, consulte seu professor ou instrutor acerca do modo correto de operação.

Localize as saídas mais próximas que o levem para fora do prédio. No caso de uma evacuação do prédio ser necessária, use as escadas em vez de elevadores para sair. Permaneça calmo durante a evacuação, e caminhe em vez de correr para a saída.

Instrua-se acerca de primeiros socorros básicos. Os danos ocasionados em acidentes podem ser minimizados se um primeiro socorro é dado prontamente. A ocorrência de um acidente de qualquer tipo no laboratório deve ser informada prontamente ao seu professor ou instrutor, mesmo se você o considera de pouca relevância.

Em caso de incêndio, sua primeira atitude é proteger-se de qualquer perigo e não extinguir o fogo. Se for possível extinga o fogo sem se arriscar, feche as torneiras que alimentam as chamas e remova os recipientes de solventes inflamáveis das áreas próximas para impedir que o fogo se espalhe. Para um uso mais efetivo do

11 extintor de incêndio, direcione o jato na direção da base das chamas. Se suas roupas estiverem queimando, NÃO CORRA; movimento rápido somente abanará as chamas. Role no chão para extinguir o fogo e para manter as chamas longe de sua cabeça. Seus companheiros do laboratório podem ajudar a extinguir as chamas usando mantas ou cobertores, ou outro artefato similar que esteja imediatamente disponível. Não hesite em ajudar um colega vizinho se ele ou ela estiver envolvido em tal emergência, uma vez que poucos segundos de demora podem resultar em sérios danos. Um chuveiro de laboratório se estiver próximo, pode ser usado para extinguir roupas queimando, bem como um extintor de dióxido de carbono, o qual deve se usado com cuidado até que as chamas estejam extintas e, somente se, as chamas não estiverem próximas da cabeça. Se a queimadura for pequena, aplique um ungüento para queimaduras. No caso de queimaduras sérias, não aplique nada e procure um tratamento médico profissional.

Em caso de queimaduras com substâncias químicas, as áreas da pele com as quais a substância teve contato devem ser imediatamente e completamente lavadas com sabão e água morna. Se a queimadura for pequena, aplique um ungüento para queimaduras; para o tratamento de queimaduras mais sérias, procure um médico. Queimaduras com bromo podem ser particularmente sérias. Estas queimaduras devem ser lavadas com sabão e então completamente umedecidas com solução de tiossulfato de sódio 0,6M durante 3 horas. Aplique ungüento de óleo de fígado de bacalhau e cubra o local e, a seguir, procure um médico.

Se substâncias químicas, em particular reagentes corrosivos ou quentes, entram em contato com os olhos, imediatamente inunde os olhos com água. Um lavador de olhos apropriado é muito útil se disponível no laboratório. Não toque nos olhos. A pálpebra e o globo ocular devem ser lavados com água abundante e corrente por vários minutos. Em todos os casos onde o tecido sensitivo do olho estiver envolvido em um acidente, consulte um oftalmologista o mais rápido possível.

Em caso de cortes, se estes forem de pequenas extensões e profundidades podem ser tratadas com procedimentos de primeiros socorros. Quando se tratar de cortes mais extensos e/ou profundos, um atendimento médico profissional deve ser procurado. Se uma hemorragia severa indicar que uma artéria foi atingida, tente parar a hemorragia pressionando o local com compressas; um torniquete deve ser aplicado somente por pessoas que tiveram treinamento em primeiros socorros. Procure um atendimento médico urgentemente se você não tiver conhecimentos de primeiros socorros.

Nunca trabalhe sozinho no laboratório. Em caso de acidente, você pode precisar de ajuda imediata de alguém. Se você tiver que trabalhar fora de horários normais de trabalho, o faça somente com a permissão expressa de seu professor ou instrutor e na presença de pelo menos mais uma pessoa.

Em caso dederramamento de substâncias químicas, limpe imediatamente. Todavia, certifique-se de como fazê-lo, pois cada reagente exige um procedimento particular.

Experimentos que estão em andamento e por algum motivo devam ser deixados sozinhos, devem apresentar anotações indicando procedimentos a serem tomados em caso de acidente.

Verificar as mangueiras e conexões para prevenir vazamentos, uma vez que vazamentos são causas frequentes em laboratórios.

Sempre que for utilizar um aparelho elétrico, certifique-se da voltagem do mesmo antes de ligá-lo à rede elétrica. No caso deste aparelho ser um fornecedor de calor, lembre-se que ele pode ter sido guardado quente minutos antes de você precisar dele, e você poderá se queimar. No caso de você ter dúvidas no manuseio de um aparelho, peça instruções ao seu professor ou instrutor. Não aprenda tentando, pois você poderá danificar o aparelho.

D. Cuidados com Vidrarias e Substâncias Químicas

Sempre verifique atentamente se as vidrarias que você utilizará possuem imperfeições (rachaduras, trincas, arestas cortantes) que poderão resultar em acidentes. Este procedimento de verificação deverá ser realizado em todas as ocasiões em que você for utilizar as vidrarias, e não somente na primeira vez que as utilizar.

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Dedique particular atenção às condições dos balões de fundo redondo e dos condensadores. Os balões de fundo redondo são utilizados usualmente sob aquecimento, ocasiões em que a presença de trincas poderá resultar na quebra do balão e conseqüente perda do material ali acondicionado. Quanto aos condensadores, seus pontos mais vulneráveis são os pontos onde as mangueiras de circulação de água são acopladas. Especial cuidado deve ser dado a estes pontos, uma vez que sua ruptura poderá resultar no contato da água do condensador com substâncias químicas incompatíveis com a mesma, fato este que poderá resultar em um sério acidente. Se você detectar imperfeições em sua vidraria, consulte seu professor ou instrutor imediatamente para efetuar a substituição da mesma. Vidrarias quebradas ou com arestas cortantes devem ser sempre substituídas.

Não utilize tente colocar tubos de vidro e termômetros em rolhas, sem antes lubrificá-los com vaselina e proteger as mãos com luvas apropriadas ou toalha de pano.

As vidrarias inadequadas para o uso devem ser descartadas em um recipiente devidamente rotulado para vidros quebrados e vidros descartáveis, tais como pipetas Pasteur, capilares, etc. Não é aconselhável jogar vidros quebrados em lixos comuns, uma vez que as pessoas que farão a coleta dos mesmos poderão se acidentar.

Conheça as propriedades das substâncias utilizadas nos experimentos. O conhecimento das propriedades das substâncias que você utilizará em seus experimentos lhe ajudará a tomar as devidas precauções quando manuseá-las, minimizando os riscos de acidentes. MANUSEIE TODAS AS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS COM MUITO CUIDADO!

Propriedades físicas e químicas, informações toxicológicas e ecológicas, periculosidades, dentre outras informações importantes são encontradas em fichas de segurança de materiais, as quais podem ser facilmente localizadas na Internet através de “sites” de busca digitando-se “Material Safety Data Sheets” ou simplesmente a sigla MSDS.

Em caso de contato da pele com substâncias químicas, você deve lavar a área atingida com água e sabão. Nunca use solventes orgânicos tais como etanol e acetona para enxaguar a área afetada, pois estes solventes podem aumentar a absorção das substâncias pela pele.

Evite o uso dechamas tanto quanto possível. A maioria das substâncias orgânicas são inflamáveis e algumas altamente voláteis, características estas que aumentam consideravelmente seus potenciais de autoignição e de riscos de incêndio. Como exemplos, podemos citar: o éter etílico e a acetona, comumente utilizados como solvente em laboratórios de química orgânica. NUNCA UTILIZE UMA CHAMA NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA SEM ANTES SE CERTIFICAR DE QUE NÃO EXISTEM SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS NAS PROXIMIDADES.

Nunca utilize chama para aquecer solventes inflamáveis (éter de petróleo, éter etílico, acetona, metanol, tetrahidrofurano, acetato de etila, etanol, ciclohexano, 1,4-dioxano, tolueno) em recipientes abertos. Não assuma, entretanto, que um solvente não é inflamável apenas porque não foi aqui citado. Como alternativa para o aquecimento de solventes inflamáveis, você pode utilizar banho-maria, placas de aquecimento ou mantas de aquecimento.

Nunca descartes líquidos orgânicos inflamáveis e imiscíveis em água, em ralos ou pios, pois tal procedimento, além de ser danoso ao meio ambiente, resultará no transporte deste solvente até um local onde este poderá sofrer ignição e ocasionar um incêndio.

Evite inalar vapores de substâncias orgânicas e inorgânicas. Embora no seu dia-a-dia, você tenha contato com muitos odores provenientes de substâncias orgânicas, não é aconselhável se expor a tais vapores no laboratório. Sempre trabalhe em uma capela com sistema de exaustão eficiente quando manusear substâncias nocivas voláteis, tais como: bromo, anidrido acético e solventes orgânicos de baixo ponto de ebulição.

13 E. Manuseio e Cuidados com Frascos de Reagentes

O manuseio de frascos de reagentes requer que alguns cuidados sejam tomados para que não ocorram acidentes. A seguir seguem algumas recomendações importantes que, se seguidas, minimizarão substancialmente os riscos de acidentes no laboratório.

Leia cuidadosamente o rótulo do frasco antes de utilizá-lo, habitue-se a lê-lo, mais uma vez, ao pegá-lo, e novamente antes de usá-lo. É comum existir muitos reagentes diferentes com frascos semelhantes, fato este que pode lhe levar a utilizar um reagente errado em um experimento e, se o mesmo for incompatível com outras substâncias com que você estiver trabalhando, poderá resultar em um grande acidente.

Ao utilizar uma substância sólida ou líquida dos frascos de reagentes, pegue-o de modo que sua mão proteja o rótulo e incline-o de modo que o fluxo escoe do lado oposto ao rótulo. Parte do reagente pode escorrer pela parede externa do frasco, e se você não tomar o cuidado acima, haverá danos ao rótulo. É comum que este cuidado não seja tomado em laboratórios, ocasionando a destruição dos rótulos dos frascos dos reagentes e, conseqüentemente, tornando desconhecido o conteúdo dentro dos frascos com o passar do tempo. É aconselhável que rótulos parcialmente deteriorados por reagentes e/ou pelo tempo sejam substituídos por outros que contenham todas as informações que continha o rótulo original.

Muito cuidado com as tampas e os batoques dos frascos, não permita que eles sejam contaminados ou contaminem-se. Se necessário use o auxílio de vidros de relógio, placas de Petri para depositá-los enquanto utiliza o frasco. Muitas vezes o aluno ou profissional retira a tampa e/ou o batoque de um frasco e os coloca sobre uma superfície suja, ocasião em que ocorre a contaminação dos mesmos, os quais aos serem reintegrados ao frasco contaminarão todo o conteúdo do mesmo.

Ao acondicionar um reagente, certifique-se antes da compatibilidade do mesmo com o frasco. Por exemplo, substâncias sensíveis à luz, não podem ser acondicionadas em embalagens translúcidas; bases devem se acondicionadas em frascos plásticos, dentre outros exemplos. Em caso de dúvida acerca do frasco ideal para acondicionar um determinado reagente, consulte seu professor ou instrutor.

Não cheire diretamente frascos de nenhum produto químico. Quando houver necessidade de sentir o odor de alguma substância, arraste o ar sobre a substância com a mão na direção de seu nariz. Aprenda esta técnica e passe a utilizá-la de início, mesmo que o frasco contenha perfume.

A estocagem dos frascos de reagentes deve ser feita de acordo com sua compatibilidade química. Os reagentes podem ser agrupados em 08 classes diferentes de compatibilidade:

Classe 1 - produtos inflamáveis ou combustíveis; compatíveis com água e não tóxicos; Classe 2 - Produtos inflamáveis e combustíveis; incompatíveis com água e não tóxicos; Classe 3 - Oxidantes não inflamáveis; compatíveis com água; Classe 4 - Oxidantes não inflamáveis; incompatíveis com água; Classe 5 - Sensíveis ao ar; Classe 6 - Produtos químicos que exijam refrigeração; Classe 7 - Cilindros contendo gases comprimidos, separados como oxidantes, redutores, corrosivos ou

tóxicos; Classe 8 - Produtos químicos instáveis (explosivos).

A classe a que pertence um determinado reagente, às vezes, vem especificada no rótulo do mesmo, portanto, verifique atentamente o rótulo de todos nos novos reagentes que são adquiridos. A estocagem de líquidos inflamáveis deve ser feita em armários que não permitam a propagação de chamas em caso de incêndio. Alguns exemplos de estocagem inadequada são: produtos químicos estocados por nome ou ordem alfabética; dentro de capela; em prateleiras muito altas e/ou superlotadas; produtos químicos deixados nos laboratórios por longos períodos.

Os frascos de solventes (hidrocarbonetos, organoclorados, aminas, álcoois, cetonas, etc) vazios devem ser lavados com etanol e depois com água. Os frascos limpos podem ser reutilizados ou descartados em um recipiente específico para tal finalidade. Lembre-se que os frascos vazios oriundos do laboratório não podem ser descartados como um vidro comum. Estes frascos terão um destino diferente dos vidros comuns. Em caso de dúvida, consulte seu professor ou instrutor.

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Os cilindros de gases devem sempre ser armazenados em pé e presos a um suporte fixo, uma bancada por exemplo. Quanto ao seu transporte, sempre dever ser realizado com o auxílio de um carrinho e com o capacete de proteção da válvula instalado no cilindro. Sempre utilize os reguladores de pressão adequados para o cada tipo de gás, uma vez que as conexões diferem entre si para gases inertes (N2, H2, Ar), inflamáveis (H2) e oxidantes (O2, N2O).

F. Manuseio de Soluções

Cerca de 80% das soluções químicas concentradas são nocivas aos organismos vivos, principalmente se ministradas por via oral. Sendo assim, fique atento às recomendações abaixo.

Não transporte soluções em recipientes de boca largas, se tiver que efetuá-lo por certa distância, triplique sua atenção durante o percurso e solicite a um colega que o acompanhe.

Não leve à boca qualquer reagente químico, nem mesmo o mais diluído.

Certifique-se da concentração e da data de preparação de uma solução antes de usá-la. Algumas soluções têm suas concentrações alteradas com o passar do tempo.

Não pipete aspirando com a boca qualquer substância no laboratório, nem mesmo água destilada, pois as paredes internas da pipeta podem estar contaminadas com líquidos cáusticos, venenosos. SEMPRE USE PÊRA POR SEGURANÇA.

Não use o mesmo equipamento volumétrico para medir simultaneamente soluções diferentes. Este procedimento contaminará as soluções e as tornará imprópria para o uso.

Volumes de soluções padronizadas, tiradas dos recipientes de origem e não utilizadas, devem ser descartados e nunca serem retornados ao recipiente de origem.

Sempre que for diluir um ácido, sempre adicione o ácido sobre a água; nunca faça o inverso. G. Cuidados o Manuseio de Bicos de Gás (Bicos de Bunsen)

Para um manuseio seguro dos bicos de Bunsen no laboratório, as seguintes recomendações seqüências devem ser seguidas.

Verifique se não existem substâncias inflamáveis nas proximidades do bico de Bunsen.

Feche completamente a válvula de regulagem de altura de chama na base do bico.

Abra o registro do bloqueador da linha de alimentação, geralmente localizado na bancada (tubulação amarela).

Providencie uma chama piloto (fósforo ou isqueiro) e aproxime-a do bico de gás.

Abra lentamente a válvula de regulagem de altura de chama na base do bico até que o bico de gás ascenda.

Regule a chama.

ATENÇÃO!

"A CALMA E O BOM SENSO DO QUÍMICO SÃO AS MELHORES PROTEÇÕES CONTRA ACIDENTES NO LABORATÓRIO".

15 PRÁTICA 01: DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA E EFEITO SALTING OUT

DATA: ___/___/___

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA

1A. INTRODUÇÃO

A gasolina é um produto combustível derivado intermediário do petróleo, na faixa de hidrocarbonetos de 5 a 20 átomos de carbono. Uma das propriedades mais importantes da gasolina é a octanagem. A octanagem mede a capacidade da gasolina de resistir à detonação, ou sua capacidade de resistir ás exigências do motor sem entrar em autoignição antes do momento programado. A detonação (conhecida como "batida de pino") leva à perda de potência e pode causar sérios danos ao motor. Existe um índice mínimo permitido de octanagem para a gasolina comercializada no Brasil, que varia conforme seu tipo. O álcool etílico, umas das substâncias adicionadas à gasolina tem vital papel na sua combustão, pois sua função é aumentar a octanagem em virtude de seu baixo poder calorífico. Além disso, propicia uma redução na taxa de produção de CO. A porcentagem de álcool adicionado à gasolina é regulamentada por Lei e atualmente é de 27% (± 1%). Se por um lado existem vantagens, por outro, existem também desvantagens, como maior propensão à corrosão, maior regularidade nas manutenções do carro, aumento do consumo e aumento de produção de óxidos de nitrogênio. Dessa forma, nota-se a importância para a frota automotiva brasileira e para o meio ambiente, o rigoroso controle dessa porcentagem. 2A. OBJETIVO

Determinar o teor de álcool na gasolina. 3A. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1 - Com o auxílio de pipetas coloque 5 mL de gasolina comum em uma proveta de 10 mL e complete o volume dessa proveta com a solução saturada de NaCℓ.

2 - Feche a proveta, segurando firmemente para evitar vazamentos, misturar os líquidos invertendo a proveta por várias vezes.

3 - Mantenha a proveta em repouso até a separação das duas fases. 4 - Leia o volume de ambas as fases e anote. 5 - Calcule a porcentagem (%) de álcool na gasolina.

EFEITO SALTING OUT

1B. INTRODUÇÃO

Compreender as forças intermoleculares e suas forças relativas fortes é um dos objetivos essenciais da Química e, através da solubilidade, podemos estudá-las. Em termos mais simples, um soluto vai ser solúvel em um solvente se a intensidade das forças intermoleculares formadas entre as moléculas do soluto e do solvente for mais forte, resultando em uma menor energia potencial total, do que as forças intermoleculares encontradas nas substâncias puras. Desta forma, a solubilidade relativa das espécies pode ser utilizada como um meio de comparar a intensidade das forças intermoleculares que se formam em soluções. Um exemplo desta solubilidade relativa é o "salting out" (expulsão) de não eletrólitos de soluções aquosas mediante a adição de eletrólitos. Nesta demonstração o álcool isopropílico, um não eletrólito, torna-se imiscível com a água depois da adição de sulfato de amônio, um eletrólito forte. Em um nível simples, uma vez que uma quantidade suficiente de eletrólito é adicionada à solução, as moléculas de água devem escolher entre formar interações íon-dipolo com os eletrólitos dissolvidos ou formar mais interações mais fracas do tipo dipolo-dipolo ou ligações de hidrogênio com os não eletrólitos. Como as moléculas de água solvatam os íons, os não eletrólitos são empurrados para fora da solução para formar novas fases.

16 2B. OBJETIVO

Estudar o efeito salting out.

3B. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Adicione 15 mL de água e de uma gota de corante a um tubo de ensaio de 50 mL e tampe-o com uma rolha. Misture o conteúdo por inversão.

2. Destampe o tubo e adicione 15 mL de álcool isopropílico 70% em seguida tampe o tubo com uma rolha e misture o conteúdo por inversão.

3. Destampe o tubo e adicione 7 g de sulfato de amônio finamente dividido, e misture o conteúdo agitando-o vigorosamente durante 10 segundos. Duas camadas distintas devem se formar após 20 segundos de repouso. Se possível, tire fotos a cada 2 segundos.

4. Anote os resultados para discuti-los em nossa aula teórica. 4. BIBLIOGRAFIA

1. http://www2.fc.unesp.br/lvq/exp02.htm, acessada em Julho de 2013. 2. Person, E. C., Golden, D. R.; J. Chem Educ. 2010, 87(12), 1332.

Anotações

17 PRÁTICA 02: EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL POR HIDRODESTILAÇÃO E

EXTRAÇÃO DA BIXINA A PARTIR DE SEMENTES DE URUCUM

DATA: ___/___/___

EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL POR HIDRODESTILAÇÃO

1A. INTRODUÇÃO

Óleos essenciais são misturas complexas de substancias voláteis, lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas. São matérias-primas de origem natural, extraídas de diversas espécies vegetais, podendo ser obtidos a partir das folhas, frutos, caule e raízes. Como evaporam quando expostos ao ar, em temperatura ambiente, são também chamados de óleos voláteis ou etéreos. Sua principal característica é a volatilidade, diferindo assim dos óleos fixos, que são misturas de substancias de natureza lipídica, obtidas geralmente, a partir de sementes. Outra característica importante é o aroma, geralmente agradável e intenso, sendo por isto chamado de essências. O aroma do óleo essencial está associado à sua composição química, a qual varia com a espécie de planta. Os óleos essenciais são largamente utilizados como matéria-prima na produção de fragrâncias para as indústrias de perfumaria, cosmética e higiene pessoal, bem como, na aromatização de alimentos e bebidas.

Praticamente, todos os óleos voláteis são constituídos por misturas de moléculas orgânicas. O número de constituintes na mistura pode variar de um único componente a uma mistura complexa. Neles podem ser encontrados quase todos os tipos de compostos orgânicos, como: hidrocarbonetos terpênicos, álcoois, cetonas, aldeídos, ésteres, óxidos, éteres, óxidos peróxidos, furanos, cumarinas, fenilpropanóides e até compostos contendo enxofre. Por exemplo, no capim santo (Cymbopogon citratus)o constituinte principal é o citral; no eucalipto limão (Eucalyptus citriodora) o constituinte majoritário é o citronelal, no eucalipto medicinal (Eucalyptus tereticornis) o principal constituinte é o eucaliptol, enquanto na casca da laranja (Citrussinensis) é o limoneno (Citrus aurantium), Figura 1.

Figura 1. Constituintes majoritários dos óleos voláteis de: Cymbopogon citratus (citral), Citrus aurantium (limoneno), Eucalyptus tereticornis (eucaliptol) e Eucalyptus citriodora (citronelal).

Caracteristicamente, os óleos essenciais possuem odores próprios, índice de refração e são oticamente ativos. São solúveis em éter, álcool e na maioria dos solventes orgânicos. De caráter lipofílico, apresentam solubilidade limitada em água, mas suficiente para aromatizar as soluções aquosas, que são denominadas de hidrolatos. 1.1.A. Teoria da Extração de Óleo Essencial por Hidrodestilação

A hidrodestilação é um processo de extração de óleo essencial a ser utilizado (Figura B). Este consiste num sistema de destilação em que o material vegetal é depositado em um balão, em seguida é adicionado água e submetido ao aquecimento moderado por volta de duas ou três horas.

Ao ocorrer a ebulição da água, o óleo essencial é arrastado pelo vapor d’água sendo conduzido a um condensador e depositado, após a condensação, em um doseador do tipo Cleavenger. Após a formação das duas fases, o óleo volátil é retirado do doseador e submetido ao tratamento com sulfato de sódio anidro (Na2SO4), para remoção de água.

O princípio da hidrodestilação baseia-se na lei de Dalton, a qual postula que a pressão de vapor de uma mistura de líquidos imiscíveis é igual à soma da pressão de vapor dos componentes puros individuais. A pressão total de vapor da mistura torna-se igual à pressão atmosférica (e a mistura ferve) numa temperatura menor que o ponto de ebulição do componente que possui a maior pressão de vapor.

Um dos métodos para identificação da composição química dos constituintes presentes nos óleos é através da técnica conhecida por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG/EM).

H3C CH3

CH3

CHOCH3

H2C CH3

CH3

H3C CH3

CHO

Citral E: geranial Z: neral

Limoneno Eucaliptol Citronelal

18 2A. OBJETIVO

Realizar a extração de óleos essenciais pelo processo de hidrodestilação. Caracterização de grupamentos funcionais presentes, como alcenos através dos testes de bromo e de Baeyer, além da caracterização de compostos carbonílicos (aldeídos ou cetonas) usando o teste da 2,4-dinitrofenilhidrazina.

3A. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Pese o material vegetal a ser extraído pela sua equipe e transfira-o para um balão de 2 L. Com auxílio de um Becker adicione água destilada ao balão até a imersão do material vegetal (1 L). A seguir, posicione o balão em uma manta de aquecimento (Figura A).

Figura A

Monte o sistema de hidrodestilação para a extração de óleo essencial conforme ilustrado Figura B ao lado.

Inicie o processo de extração conectando a aparelhagem de vidro com o sistema de circulação água.

Deixe o sistema ligado por aproximadamente 50 minutos, retirando, se necessário, a água acumulada no doseador com um erlenmeyer.

Decorrido o tempo de extração, desligue o sistema, espere o seu resfriamento por um período de aproximadamente 10 minutos e meça a quantidade do óleo essencial obtido no próprio doseador (fase superior).

Abra a torneira e separe o hidrolato (fase inferior) do óleo essencial (fase superior). Trate o óleo obtido com sulfato de sódio (Na2SO4) e pese-o para o cálculo de

rendimento percentual. Guarde o óleo extraído no refrigerador a fim de evitar a sua volatilidade e/ou

oxidação. Faça os testes de caracterização, mostrados abaixo, para o óleo essencial extraído: Prepare 3 tubos de ensaio (A, B e C) de acordo com a tabela abaixo e anote os resultados.

Tubo Amostra de

óleo essencial Testes Resultados

A 5 gotas 5 gotas da solução de bromo

B 5 gotas 5 gotas da solução de Bayer

C 5 gotas 5 gotas da solução de 2,4-dinitrofenil-hidrazina

Teste de Bromo - Consiste no descoramento da solução de bromo, indicando a presença de insaturação de

alceno ou alcino. Se não houver descoramento imediato da solução de bromo, exponha o tubo de ensaio à ação da luz e tire suas conclusões.

Teste de Bayer - Consiste no descoramento da solução de permanganato de potássio, com a formação de um precipitado marrom (MnO2), indicando a presença de insaturação de alceno ou alcino.

Teste da 2,4-dinitrofenil-hidrazina - A formação de um precipitado amarelado ou avermelhado indica teste positivo para aldeídos e cetonas.

Figura B: Sistema para hidrodestilação

19

EXTRAÇÃO DA BIXINA A PARTIR DE SEMENTES DE URUCUM

1B. INTRODUÇÃO

Componentes de uma mistura podem ser separados e purificados por vários métodos. Nesta experiência, o componente de uma mistura será separado por extração líquido-líquido. Este processo de separação é baseado na solubilidade relativa do soluto em dois solventes imiscíveis.

Para que a extração seja eficiente, é essencial que haja uma grande diferença nos valores dos parâmetros de solubilidade dos líquidos imiscíveis, e que o soluto seja mais solúvel em um destes solventes do

que no outro. Por exemplo, o parâmetro de solubilidade () da água é de 23,4 e do clorofórmio 9,3, portanto são solventes apropriados que podem ser usados para extração-líquido-líquido.

Neste experimento conhecer as densidades dos solventes é muito importante, entretanto, às vezes isto não basta, porque as substancias dissolvidas podem alterar significativamente a densidade de uma solução. Assim, é muito importante conhecer a posição relativa das duas camadas porque geralmente uma delas contém o produto desejado, enquanto a outra deve ser descartada.

Os solventes clorados são mais densos do que a água e constituem a camada inferior em qualquer extração aquosa.

A presença de sais inorgânicos na fase aquosa diminui a solubilidade de solutos orgânicos em água (aumento da polaridade), o coeficiente de partição aumenta e conseqüentemente as extrações se tornam mais eficientes.

Neste experimento será extraída a bixina, um pigmento vermelho-alaranjado presente na semente do urucueiro, Bixa orellana L., com solvente imiscível de uma solução aquosa alcalina a qual foi preparada a partir da semente pulverizada e uma solução de NaOH 5%.

Bixina (monoéster de ácido carotenoide)

O urucueiro (Bixa orellana) é um arbusto originário da América Tropical, entretanto, devido sua grande procura como fonte de corante natural para alimentos, medicamentos e cosméticos, hoje, encontra-se distribuído em vários continentes. O extrato comercial das sementes do urucum é rico em vários pigmentos que vão desde o amarelo claro ao vermelho púrpura, constituído de óleo, resinas e sólidos. A primeira substancia isolada foi a bixina, em 1875, mas esta só teve a sua estrutura e estereoquímica determinada em 1961. Atualmente mais de duas dezenas de substancias já foram isoladas das sementes de Bixa orellana. 2B. OBJETIVO

Extrair a bixina a partir de uma solução alcalina de sementes de urucum, usando a técnica de extração líquido-líquido. 3B. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Com o auxílio de uma pipeta graduada, meça 10 mL de solução alcalina de sementes de urucum e transfira-a para um funil de separação (Figura A). A seguir, adicione ao mesmo funil 10 mL de clorofórmio com o auxílio de outra pipeta graduada (Figura B).

Figura A Figura B

20 Tampe o funil de separação e agite-o cuidadosamente, com movimentos leves (Figura C). Este processo deve ser acompanhado de repetidas liberações dos gases que se formam. Consegue-se isto virando o funil de separação e abrindo a torneira (Figura D). Ponha o funil de separação novamente na argola e deixe-o em repouso até que ocorra separação das duas fases (Figura E).

Girar para abrir

Figura C Figura D Figura E

Recolha e guarde a fase orgânica (inferior) em um erlenmeyer, para posterior comparação com a próxima extração.

Acidifique a fase aquosa que ficou no funil até pH = 1, utilizando aproximadamente 2,0 mL de solução de

HCℓ a 10% (teste o pH, utilizando papel de pH). Extraia a bixina da solução acidificada com 10 mL de clorofórmio. Recolha a fase orgânica (inferior) em

outro erlenmeyer limpo.

AGITE LEVEMENTE REPOUSO

Compare com as fases orgânicas recolhidas nas duas extrações com clorofórmio (meio básico e meio ácido).

OBSERVAÇÃO: Ao final da prática, as fases orgânicas deverão ser colocadas no frasco apropriado (CLOROFÓRMIO + BIXINA) e a fase aquosa desprezada.

3. BIBLIOGRAFIA

1. McMurry, J. Química Orgânica, 6a Ed., São Paulo, Thomson, 2005. 2. Pavia, D. L. et al; Alencastro, R. B. (Trad.). Química Orgânica Experimental – Técnicas de escala pequena,

2a Ed., Porto Alegre, Bookman, 2009. 3. Solomons, T. W. G., Fryhle, B. C. Química Orgânica, vol. 1 e 2, 9a Ed., Rio de Janeiro, Livros Técnicos e

Científicos S/A, 2009. 4. Vogel, I. Química Orgânica- Análise orgânica qualitativa, vol.3, 3a Ed., Livros Técnicos Científicos S/A; Rio

de Janeiro, 1979.

1 2

21 PRÁTICA 03: CARACTERIZAÇÃO DE GRUPOS FUNCIONAIS

DATA: ___/___/___ 1. OBJETIVO

Caracterizar e identificar diferentes grupos funcionais através de testes químicos.

Fique atento às orientações a seguir:

a) O resíduo deverá ser descartado, imediatamente, após cada teste.

b) Para cada teste deverá ser utilizado um tubo de ensaio limpo.

c) O tubo de ensaio, para ser reutilizado, deverá ser lavado adequadamente com detergente e escova.

2. CARACTERIZAÇÃO DE HIDROCARBONETOS

2A. Teste de Bromo (Br2/CCℓ4) Compostos alifáticos insaturados reagem com a solução de bromo (Br2/CCℓ4) através de suas ligações

olefínicas (C=C) ou acetilênicas (CC). A solução de bromo possui uma cor vermelha ou laranja, dependendo da concentração, que desaparece imediatamente devido à ocorrência de reação. Trata-se de uma reação de adição eletrofílica do bromo à dupla ou tripla ligação com produção de dibromo vicinal ou tetra-bromo, respectivamente, que são substâncias incolores.

Hidrocarbonetos saturados e hidrocarbonetos aromáticos com cadeia lateral alifática também podem descorar a solução de bromo. Esta é uma reação bem mais lenta que a anterior, só ocorrendo na presença de luz ou calor. Trata-se de uma reação de substituição radicalar que se passa com a eliminação de HBr.

Br2, CCl4

(vermelho)

tolueno brometo de benzila(incolor)

Br2, CCl4

(vermelho)

2-metilpropano 2-bromo-2-metilpropano(incolor)

Br

ou h

ou h

Br

Br2, CCl4

(vermelho)

Br Br

Br2, CCl4

(vermelho) Br

Br Br

Br

incolor

incolor

Prepare 3 tubos de ensaio (1, 2 e 3) de acordo com a tabela abaixo e anote os resultados.

Tubo Amostras Quantidade da

Amostra Solução de Bromo em tetracloreto

(Br2/CCℓ4) Resultados

1 A 5 gotas 5 gotas

2 B 5 gotas 5 gotas

3 C 5 gotas 5 gotas

Se não houver descoramento da solução de bromo quando adicionada sobre algum composto, exponha

o(s) tubo(s) a ação da luz e tire suas conclusões.

2B. Teste de Baeyer (KMnO4/HO-/H2O)

O teste de Bayer consiste no descoramento da solução de permanganato de potássio pela ligação múltipla de um alqueno ou alquino, com formação de um precipitado marrom (MnO2).

Ligações olefínicas e acetilênicas são rapidamente atacadas por uma solução aquosa de permanganato

de potássio neutra ou levemente alcalina. Trata-se de uma reação de oxidação branda de alcenos e alcinos

C=CH2O

C C

OH OH

+ +

(violáceo)

MnO4 MnO2

(precipitado marron)

22

com formação de glicóis e -dicetonas, respectivamente. A cor violeta do permanganato desaparace e surge uma cor marrom, sob forma de precipitado, devido a formação de MnO2 no meio reacional.

Os alcinos verdadeiros produzem -ceto-aldeídos. Este teste é necessário para confirmação de insaturação, pois o teste de bromo, por si só, não é suficiente para tal fim, uma vez que alguns compostos etilênicos simetricamente substituídos reagem lentamente nas condições de ensaio com bromo.

Prepare 3 tubos de ensaio (1, 2 e 3) de acordo com a tabela abaixo e anote os resultados.

Tubos Amostras Quantidade da

Amostra Solução de permanganato de

Potássio (KMnO4) 1% Resultados

1 A 5 gotas 5 gotas

2 B 5 gotas 5 gotas

3 C 5 gotas 5 gotas

3. CARACTERIZAÇÃO DE ÁLCOOIS

3A. Teste de Lucas (ZnCl2/HCl)

Os álcoois terciários e secundários reagem com uma solução de cloreto de zinco em ácido clorídrico concentrado, com a formação de uma mistura heterogênea difásica ou pelo aparecimento de uma emulsão de aspecto leitoso (Teste de Lucas). Os álcoois terciários reagem rapidamente, enquanto que os álcoois secundários reagem após alguns minutos. Os álcoois primários não dão bons resultados diante do reagente de Lucas.

OHZnCl

2/HCl

Cl

2-Metilpropan-2-ol

(álcool terc-butílico)

2-cloro-2-metilpropano

(cloreto de terc-butila)

Reação rápida

OH

ZnCl2/HCl

Cl

Propan-2-ol 2-cloropropano

Reação lenta (observada após alguns minutos)

OHZnCl

2/HCl

Cl

Etanol Cloroetano

Reação muito lenta (não observada durante testes químicos qualitativos)

Prepare 3 tubos de ensaio (1, 2 e 3) de acordo com a tabela abaixo e anote os resultados.

Tubos Amostras Quantidade da Amostra

Solução de (ZnCℓ2/HCℓ) Resultado

1 D 5 gotas 5 gotas

2 E 5 gotas 5 gotas

3 F 5 gotas 5 gotas

Se não houver a turvação imediata da solução após a adição do reagente de Lucas, aqueça o(s) tubo(s)

lentamente com o auxílio de uma manta de aquecimento e tire suas conclusões.

KMnO4 f rio

HO, H2OOH

OH

+ MnO2

(marrom)

Cicloexeno 1,2 -Cicloexanodiol

Violeta

KMnO4 frio

HO-, H2O

(violeta)2- pentino

O

O

pentano - 2,3 - diona

+ MnO2

(marrom)

23 3B. Teste de Jones (K2Cr2O7/H2SO4)

O teste de Jones baseia-se na oxidação de álcoois primários e secundários a ácidos carboxílicos e cetonas, respectivamente, pelo ácido crômico. A oxidação é acompanhada pela formação de um precipitado verde de sulfato crômico. O teste de Jones também dá resultado positivo para aldeídos e/ou fenóis.

Prepare 3 tubos de ensaio (1, 2 e 3) de acordo com a tabela abaixo e anote os resultados.

Tubos Amostras Quantidade da

Amostra Acetona

(K2Cr2O7/H2SO4) Reagente de Jones

Resultados

1 D 2 gotas 10 gotas 6 gotas

2 E 2 gotas 10 gotas 6 gotas

3 F 2 gotas 10 gotas 6 gotas

O aparecimento, em 5 segundos, de um precipitado verde confirma a presença de álcool primário ou secundário.

4. CARACTERIZAÇÃO DE FENÓIS

Os fenóis têm características ácidas, com valores de pKa variando muito conforme a natureza dos substituintes. Os principais testes de identificação de fenóis produzem cor, sendo o teste com cloreto férrico o mais utilizado.

4A. Teste com cloreto férrico

Os fenóis formam complexos coloridos com íon Fe3+. A coloração varia do azul ao vermelho. O teste

do cloreto férrico pode ser efetuado em água, álcool ou em diclorometano.

3ArOH + [Fe(H2O)6]3+ Fe(H2O)3(OAr)3 + 3H3O

+

Prepare 2 tubos de ensaio ( 1 e 2) de acordo com a tabela abaixo e anote os resultados.

Tubos Amostras Quantidade da Amostra Etanol Solução de FeCl3 3% Resultados

1 G uma ponta de espátula 1 mL 5 gotas

2 H uma ponta de espátula 1 mL 5 gotas

5. CARACTERIZAÇÃO DE ÉSTERES

5A. Teste do ácido hidroxâmico

Os ésteres de ácidos carboxílicos são normalmente caracterizados pela reação com hidroxilamina e cloreto férrico. O éster reage com cloreto de hidroxilamônio (cloridrato de hidroxilamina), em meio básico, para dar o sal do ácido hidroxâmico. Este se converte, em meio ácido, em ácido hidroxâmico, que por sua vez, reage com cloreto férrico, produzindo um complexo de coloração violácea. A cor varia em intensidade, dependendo do éster.

H2NOH.HCl

(cloridrato de hidroxilamina)

O

O

O

NO- +Na

H

+ OHHCl

O

NOH

H

O

NOH

H

3 FeCl3

O

NO

H

Fe

3

RCH2OH CrO3 H2SO4 R C

O

H

R C

O

OH

+ + + Cr2(SO4)3

(verde)

R2CHOH CrO3 H2SO4+ + C OR

R+ Cr2(SO4)3

(verde)

R3COH CrO3 H2SO4+ + não reage

24 ATENÇÃO!

Antes de iniciar o teste é necessário determinar se a substância desconhecida possui caráter enólico em meio ácido ou caráter fenólico, que dará um resultado positivo no teste de cloreto férrico. Dessa forma, é preciso que seja feito um teste preliminar.

TESTE PRELIMINAR (Teste não realizável - informação apenas a nível de conhecimento)

Dissolva 10 mg (aproximadamente uma ponta de espátula) da substância a ser analisada em 1 mL de etanol, adicione 1 mL de ácido clorídrico 1 mol/L e 1 gota de solução aquosa de cloreto férrico 5% e observe o aparecimento de uma coloração diferente da coloração da solução de cloreto férrico. Se isto acontecer, o teste para a função éster não poderá ser realizado.

Prepare um tubo de ensaio necessários de acordo com a tabela abaixo.

Tubos Amostras Quantidade da Amostra

(10 mg)

Solução de cloridrato de hidroxilamina 0,5

mol/L

Hidróxido de sódio (NaOH) 6 mol/L

Resultados

1 H uma ponta de espátula 10 gotas 4 gotas

Aqueça brandamente o(s) tubo(s) por 1 minuto e deixe esfriar. A seguir, adicione 2 mL de solução de

ácido clorídrico 1 mol/L ao(s) tubo(s). Caso a mistura apresente-se turva, acrescente 2 mL de etanol.

Finalmente, adicione uma gota da solução de cloreto férrico, observe e anote o resultado. A formação de

um complexo de coloração violácio confirma a presença do grupo funcional de éster.

6. CARACTERIZAÇÃO DE ALDEÍDOS E CETONAS

6A. Teste da 2,4-dinitrofenil-hidrazina

Aldeídos e cetonas reagem com a 2,4-dinitrofenil-hidrazina para produzir os derivados 2,4-dinitrofenil-

hidrazonas na forma de precipitados amarelos ou vermelhos.

NHNH2

NO2O2N

O

+

Pentan-2-ona 2,4-dinitrofenil-hidrazinafenil-hidrazona (ppt colorido)

NH

NO2O2N

N

Prepare 3 tubos de ensaio (1, 2 e 3) de acordo com a tabela abaixo e anote os resultados.

Tubos Amostras

Quantidade da

Amostra Solução de 2,4-

dinitrofenilhidrazina Resultados

1 I 5 gotas 5 gotas

2 J 5 gotas 5 gotas

3 L 5 gotas 5 gotas

A formação de um precipitado amarelo ou vermelho indica teste positivo para aldeídos e cetonas.

25 6B. Teste de Tollens

Aldeídos são oxidados pelo reagente de Tollens via reação de oxirredução. Neste caso, a redução do íon de prata (Ag+1) produz prata metálica (Ag0), gerando um espelho de prata. A reação é positiva também para os açúcares redutores, poli-hidroxifenóis, aminofenóis, hidroxilaminas e outros agentes redutores.

H

O

+

butanal

2[Ag(NH3)2]OH O NH4

O

AgO + 3NH3 + H2O+

reagente de Tollens butirato de amônio pratametálica

Obs.: O reagente de Tollens encontra-se preparado na bancada.

6B.1. Preparação do Reagente de Tollens (Informação apenas a nível de conhecimento) Em um tubo de ensaio coloque 1 mL de uma solução 5% de nitrato de prata. Em seguida adicione duas gotas de uma solução de hidróxido de sódio 10% e agite. Junte a esta mistura 2 mL de uma solução de hidróxido de amônio 10%, gota a gota com agitação, até que o precipitado de hidróxido de prata se dissolva totalmente, obtendo-se uma solução transparente (Reagente de Tollens).

Prepare 3 tubos de ensaio (1, 2 e 3) de acordo com a tabela abaixo e anote os resultados.

Tubos Amostras Quantidade da

Amostra Reagente de Tollens Resultados

1 I 5 gotas 10 gotas

2 J 5 gotas 10 gotas

3 L 5 gotas 10 gotas

A formação de um espelho de prata constitui um teste positivo. Depois de realizado o teste, lavar o tubo com água e após com ácido nítrico diluído. O fulminato de prata,

que é muito explosivo quando seco, pode estar presente no resíduo e dessa maneira será eliminado.

6C. Teste do iodofórmio

Compostos oxigenados neutros contendo o grupo CH3C=O ligado a hidrogênio, grupos alquila ou arila produzem iodofórmio em solução de hipoiodito (I2 + HO-). O ensaio permite a diferenciação entre metilcetonas (RCOCH3) e outros tipos de cetonas (RCOR).

O

+ 3I2 + 4NaOH + CHI

3 + 3NaI + 3H

2OO

-Na

+

O

Butanoato de sódioPentan-2-ona

(Uma metilcetona)

Iodofórmio

(ppt amarelo)

Álcoois secundários do tipo RCH(OH)CH3 também dão teste positivo, devido à formação de metilcetonas.

OH

+

Pentan-2-ol

I2 + NaOH + 2NaI + 2H

2O

O

Pentan-2-ona

Prepare 3 tubos de ensaio (1, 2 e 3) de acordo com a tabela abaixo e anote os resultados.

Tubos Amostras Quantidade da Amostra

H2O Solução de KI

6% Solução alcalina de

NaOCℓ Resultados

1 I 2 gotas 1 mL 1 mL 1 mL

2 J 2 gotas 1 mL 1 mL 1 mL

3 L 2 gotas 1 mL 1 mL 1 mL

Obs.: A adição de 1 mL da solução alcalina de hipoclorito de sódio (NaOCℓ) deve ser feita lentamente e com agitação.

No caso de teste positivo, a cor marrom desaparece e surge um precipitado amarelo (iodofórmio).

26 7. BIBLIOGRAFIA 1. Allinger, N. L. Química Orgânica, 2a Ed., Rio de Janeiro, Guanabara Dois, 1973. 2. Pavia, D. L. et al; Alencastro, R. B. (Trad.). Química Orgânica Experimental – Técnicas de escala pequena,

2a Ed., Porto Alegre, Bookman, 2009. 3. McMurry, J. Química Orgânica, 6a Ed., São Paulo, Thomson, 2005. 4. Solomons, T. W. G., Fryhle, B. C. Química Orgânica, vol. 1 e 2, 9a Ed., Rio de Janeiro, Livros Técnicos e

Científicos S/A, 2009. 5. Vogel, I. Química Orgânica- Análise orgânica qualitativa, vol.3, 3a Ed., Livros Técnicos Científicos S/A; Rio

de Janeiro, 1979.

Anotações

27 PRÁTICA 04: SOLUBILIDADE, ACIDEZ E BASICIDADE.

DATA: ___/___/___ 1A. INTRODUÇÃO

Quando uma mistura de certa quantidade de um dado soluto e uma determinada quantidade de um dado solvente forma uma mistura homogênea, diz-se que o primeiro é solúvel no último. Esta definição prática é utilizada em vários modelos propostos para empregar a solubilidade como base de classificação dos compostos orgânicos.

A solubilidade de um composto orgânico é mais bem compreendida relacionando-a com as forças intermoleculares – Forças de Van der Waals (dipolo induzido-dipolo induzido), atração dipolo-dipolo e ligações de hidrogênio.

No processo de dissolução, as forças atrativas entre as moléculas do soluto devem ser rompidas e a energia liberada ser suficiente para romper as forças de atração entre as moléculas do solvente. É necessário, portanto, um estudo mais detalhado das relações entre a solubilidade e a constituição química dos compostos orgânicos; porém, algumas generalizações podem ser feitas, tais como: "Um composto é mais solúvel no solvente com o qual apresenta uma relação mais íntima de estrutura".

Assim, compostos orgânicos com até cinco átomos de carbono, contendo nitrogênio ou oxigênio, que são polares e podem formar pontes de hidrogênio com a água, são solúveis neste solvente. Desta maneira, os álcoois metílico e etílico são solúveis em água em todas as proporções, pois as forças intermoleculares entre os álcoois e a água em solução são comparáveis àquelas nos líquidos puros.

Já o n-hexano, C6H14, um típico hidrocarboneto apolar, é muito pouco solúvel em água, porém é completamente miscível com álcool n-butílico e álcoois maiores. Isto se explica pelo seguinte fato: "À medida que o comprimento da cadeia aumenta, o composto tende a assemelhar-se mais ao hidrocarboneto e, portanto, a solubilidade em compostos apolares aumenta, enquanto que na água diminui".

A relação entre a área superficial molecular e a solubilidade é importante, pois, observa-se que 2-metil-2-butanol é claramente solúvel em água (12,5 g por 100 mL de água), enquanto que 1-pentanol está no limite e 1-hexanol é insolúvel. Assim, "um álcool ramificado é geralmente mais solúvel em água do que um álcool normal com o mesmo número de átomos de carbono".

Além da água, outros reagentes são empregados como "solventes" para a caracterização de compostos orgânicos, e alguns destes testes de solubilidade incluem reações do tipo ácido-base.

2. OBJETIVO Identificar o composto analisado, com base na sua solubilidade em determinados solventes.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

LEIA ATENTAMENTE AS FICHAS DE SEGURANÇA DOS REAGENTES NO FINAL DESTE MANUAL

Nesta experiência, um composto será dito solúvel em um dado solvente, se 0,1 g (sólido) ou 10 gotas (líquido) for completamente miscível em 3 mL do solvente.

Nove compostos (ácido acético, ácido salicílico, anilina, benzofenona, clorobenzeno, dietilamina, etanol

e -naftol) terão suas solubilidades testadas em água, NaOH 5%, NaHCO3 5%, HCℓ 5% e H2SO4 concentrado. Observação: A anilina, a dietilamina e o H2SO4 concentrado deverão ser mantidos na capela. Cada grupo submeterá os compostos a uma série de testes, de acordo com o fluxograma abaixo. Os

resultados deverão ser anotados na Tabela 1.

Para realizar os testes, proceda da seguinte maneira: Coloque 0,5 mL ou 0,1 g (recebido previamente pesado) da amostra em

um tubo de ensaio e adicione 3 mL de água destilada (Figura A). Agite vigorosamente e verifique se a amostra é solúvel.

Se o composto for solúvel em água, faça o teste de pH (utilize um bastão de vidro para molhar o papel de pH com uma gota da solução) (Figura B).

Caso a amostra não se dissolva em água, abandone o tubo de ensaio em análise, prepare outro tubo com o mesmo composto e repita o teste utilizando outro solvente (o solvente seguinte na sequência para baixo, ou lado, no fluxograma).

28 Fique atento às orientações a seguir:

a) O resíduo deverá ser descartado, imediatamente, após cada teste.

b) Para cada teste deverá ser utilizado um tubo de ensaio limpo.

c) O tubo de ensaio, para ser reutilizado, deverá ser lavado adequadamente com detergente e escova.

Entendendo o fluxograma

1. Testar a solubilidade de todas as amostras em água medindo o pH para aquelas que forem solúveis.

2. Para as amostras insolúveis em água testar a solubilidade em hidróxido de sódio (NaOH - 5%) .

3. Para as amostras solúveis em hidróxido de sódio (NaOH - 5%) testar a solubilidade em bicarbonato de sódio(NaHCO3 5%). A solubilidade dessa amostra em bicarbonato de sódio sugere a formação de um ácido forte, enquanto a sua insolubilidade sugere a formação de um ácido fraco.

4. Para as amostras insolúveis em hidróxido de sódio (NaOH - 5%) testar a solubilidade em ácido clorídrico (HCℓ 5%).

5. Para as amostras solúveis em ácido clorídrico (HCℓ), conclui-se a formação de substância de caráter básico.

6. Para as amostras insolúveis em ácido clorídrico (HCℓ 5%), testar com ácido sulfúrico (H2SO4 concentrado).

7. Para as amostras solúveis em ácido sulfúrico (H2SO4 concentrado), conclui-se que a amostra é um

composto inerte. 8. Para as amostras insolúveis em ácido sulfúrico (H2SO4 concentrado), conclui-se que a amostra é um

composto neutro.

29 Seguindo o fluxograma FLUXOGRAMA

Amostra

H2O

Solúvel Insolúvel

Papel de pH

Ácidos

Bases

Neutros

NaOH 5%

Solúvel Insolúvel

NaHCO3 5% HCl 5%

Solúvel Insolúvel

Ácidos Fortes Ácidos Frarcos

SolúvelInsolúvel

H2SO4conc. Bases

Insolúvel Solúvel

Compostos

neutros

Compostos

Inertes

pH = 7pH < 7

pH > 7

RESULTADOS DAS ANÁLISES

AMOSTRA H2O pH NaOH (5 %)

NaHCO3 (5 %)

HCl H2SO4

(conc) CONCLUSÃO

4. BIBLIOGRAFIA 1. ALLINGER, N. L.; Química Orgânica, Editora Guanabara Dois, R.J. 2a Edição, 1978.

2. MASTERTON, W. L., Slowinski, Emil J.; Princípios de Química, 6a ed., Livros Técnicos e Científicos Editora S.A

; Rio de Janeiro, RJ, 1990.

3. MORRIS, R.T., BOYD, R. N.; Química Orgânica, 13a ed., Fundação Caloustre Gulbenkian, Lisboa, Portugal

1996.

30 4. SOLOMONS, T. W. G., FRYHLE, C. B.; Química Orgânica 7a ed., Livros Técnicos e Científicos Editora S.A ; Rio

de Janeiro, RJ, 2001.

5.VOGEL, A. I.; Química Orgânica, Análise Orgânica Qualitativa, vol. 3, 3a ed.Livros Técnicos e Científicos

Editora S.A ; Rio de Janeiro, RJ, 1979.

Anotações

31 PRÁTICA 05: PREPARAÇÃO DA p-NITROACETANILIDA

DATA:___/___/___ 1. INTRODUÇÃO

Os hidrocarbonetos aromáticos são conhecidos, em geral, como arenos. Um grupo arila é derivado de um areno pela remoção de um átomo de hidrogênio e o seu símbolo é Ar. Assim, os arenos são simbolizados por ArH, tal como os alcanos o são por RH.

As reações mais características dos arenos benzenóides são as reações de substituição que ocorrem quando reagem com reagentes eletrofílicos. Estas reações são do tipo geral que aparece a seguir:

ou

Os eletrófilos são ou um íon positivo (E+) ou uma espécie deficiente de elétrons, com grande carga positiva parcial. Por exemplo, o benzeno pode ser bromado ao reagir com o bromo na presença de FeBr3. O bromo e o FeBr3 reagem para produzir íons bromo positivos, Br+. Estes íons bromo positivos atuam como eletrófilos e atacam o anel benzênico, substituindo um dos átomos de hidrogênio numa reação chamada substituição eletrofílica aromática. As substituições eletrofílicas aromáticas permitem a introdução direta de grande variedade de grupos no anel aromático e, por isto, abrem caminho para a síntese de muitos compostos importantes. As cinco substituições aromáticas são: halogenação, sulfonação, alquilação de Friedel-Crafts, acilação de Friedel-Crafts e, a que realizaremos neste experimento, nitração.

O benzeno reage lentamente com o ácido nítrico concentrado para dar o nitrobenzeno. A reação é mais rápida se for feita pelo aquecimento do benzeno com mistura de ácido nítrico concentrado e ácido sulfúrico concentrado. O ácido sulfúrico concentrado aumenta a velocidade da reação graças ao aumento da concentração do eletrófilo, o íon nitrônio (NO2

+).

Se já há um substituinte no anel benzênico, um segundo eletrófilo só pode atacar em uma de três posições e uma mistura de compostos orto, meta e para dissubstituídos é obtida. Os antigos químicos descobriram que as orientações relativas dos substituintes nos produtos de reação não dependem qualitativamente da natureza do eletrófilo. Ao contrário, a orientação dos substituintes no produto depende do substituinte que está ligado ao anel antes da reação. O nitro-benzeno, por exemplo, dá sempre um produto de reação meta dissubstituído para a nitração, sulfonação, bromação, ou qualquer outra reação de substituição eletrofílica aromática.

Como regra geral, se no anel já existe um grupo que é doador de elétrons, o próximo substituinte entrará nas posições orto e para em relação ao primeiro substituinte. É importante salientar que necessariamente as posições orto e para não serão igualmente substituídas, pois fatores estéricos contribuem para a seletividade.

Se no anel, por outro lado, já existe um grupo que é retirador de elétrons, o próximo substituinte entrará nas posições meta em relação ao primeiro substituinte. Os motivos destas seletividades serão mais bem entendidos na parte teórica da disciplina.

2. OBJETIVO

Preparar a p-nitroacetanilida a partir da acetanilida (preparada em prática anterior), através de uma reação de substituição eletrofílica aromática e posterior purificação do produto reacional por recristalização.

32

Banho de gelo triturado e sal

2.2. Reação a ser Realizada

HNO3/H

2SO

4

NH

O

NH

OO2N

+ H3O+

Acetanilida p-nitroacetanilida

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

ATENÇÃO! Antes de manipular reagentes químicos é preciso conhecer suas propriedades. LEIA ATENTAMENTE AS FICHAS

DE SEGURANÇA DOS REAGENTES NO FINAL DESTE MANUAL!

A um Becker seco de 100 mL, adicione aproximadamente 2,5g (anote todos os dígitos) de acetanilida seca e pulverizada (Figura A). A seguir, adicione 3,0 mL de ácido acético glacial, e agite com um bastão de vidro para obter uma suspensão (Figura B). Adicione, sob agitação constante, 6,25mL de H2SO4 concentrado (a mistura tornar-se-á quente e límpida). (Figura C)

Figura A Figura B Figura C

Resfrie a mistura reacional em banho de gelo e sal até que a temperatura chegue a 0-2 oC (A temperatura dever ser medida com o termômetro imerso na solução) (Figura D). Adicione à solução, ainda imersa em banho de gelo, lentamente e com agitação constante, 2,3 mL da mistura nitrante resfriada (1,4 mL de HNO3 concentrado e 0,9 mL de H2SO4 concentrado) já preparada pelo técnico do laboratório e mantida em um tudo de ensaio na geladeira (Figura E).

Figura D Figura E

IMPORTANTE!

A adição deve ser realizada lentamente para garantir que a temperatura reacional não ultrapasse 10oC.

Terminada a adição, deixe a mistura reacional em repouso à temperatura ambiente por 20 minutos. Em um Becker de 100 mL, pese 25 g de gelo picado e adicione sobre a mistura reacional, com agitação vigorosa, utilizando bastão de vidro. Haverá a precipitação do produto (Figura F). Deixe em repouso por 5 minutos e filtre à vácuo (Figura G).

2,3mL mistura nitrante

6,25mL de H2SO4

3,0 mL de Ácido acético

Água mãe

Figura G

33

gelo picado

Figura F

Lave os cristais com três porções de 250 mL água gelada descartando-a logo após cada filtração e lavando o kitassato a cada filtração . Meça o pH apartir da segunda lavagem até que o pH da água adicionada seja igual ao pH da água recolhida no kitassato, isto é, até que o pH da água recolhida esteja entre 6-7 (500 - 750 mL), um indicativo de que impurezas ácidas não mais estão presentes no sólido. Recristalize a p-nitroacetanilida impura obtida.

a) Dissolva o sólido obtido anteriormente em álcool etílico (aproximadamente 20 mL) em ebulição (utilize uma chapa de aquecimento para aquecer o álcool) (Figura H).

CASO EXISTAM IMPUREZAS, filtre a solução quente em um funil preaquecido em chapa ou em estufa e

recolha o filtrado em um Becker de 100 mL (Figura I).

b) Deixe em repouso até que a p-nitroacetanilida recristalize.

c) Filtre os cristais em funil de Büchner, lavando com álcool etílico gelado (no máximo 20 mL).

d) Escorra bem e seque em estufa a 100 oC por 5 minutos (Figura J).

e) Pese o produto seco e calcule o rendido obtido na reação.

12

3

45 6

7

8

9

1 1

0

2

3

45 6

7

8

911

algodão

Figura H Figura I Figura J

4. REAÇÃO DE CONFIRMAÇÃO

Uma solução de sulfato ferroso amoniacal é obtida a partir da dissolução de sulfato de ferro (II) (FeSO4) em uma solução aquosa de amônia (NH4OH). Ao se adicionar ácido à esta solução, ocorre uma reação ácido-base que gera no meio moléculas de amônia (NH3) que complexam com os íons Fe2+ formando um composto de coordenação [Fe(NH3)6]

2+ com coloração esverdeada. A adição de íons hidróxido (OH-) basifica o meio e permite que o grupo nitro se reduza com conseqüente oxidação dos íons Fe2+ para íons Fe3+. Os íons férricos (Fe3+) formam um composto de coordenação (complexo) com coloração castanho-avermelhado, evidenciando a oxidação dos íons ferroso.

A um tubo de ensaio, misture alguns cristais do produto com 2 mL de solução aquosa 5% de sulfato ferroso amoniacal recentemente preparada (Figura K).

Adicione 1 gota de solução aquosa a 10% (v/v) de H2SO4 (Figura L) e 1 mL de solução metanólica a 10% de

KOH (Figura M).

Feche (arrolhe) rapidamente o tubo e agite. A presença do nitroderivado é revelada pela oxidação dos

íons ferrosos (Fe2+) a férrico (Fe3+), verificada pela modificação de coloração do precipitado, que passa a

vermelho-acastanhado no decorrer de 1 minuto (Figura N).

Algodão

etanol

gelado

34

1 mL KOH/MeOH Uma ponta de espátula de cristais

2 mL de sulfato ferroso amoniacal

Figura K Figura L Figura M Figura N

TABELA DE INFORMAÇÕES

5. BIBLIOGRAFIA 1. Pavia, D. L. et al; Alencastro, R. B. (Trad.). Química Orgânica Experimental – Técnicas de escala pequena,

2a Ed., Porto Alegre, Bookman, 2009. 2. Solomons, T. W. G., Fryhle, B. C. Química Orgânica, vol. 1 e 2, 9a Ed., Rio de Janeiro, Livros Técnicos e

Científicos S/A, 2009. 3. McMurry, J. Química Orgânica, 6a Ed., São Paulo, Thomson, 2005. 4. Morris, R.T., BOYD, R. N. Química Orgânica, 13a Ed., Fundação Caloustre Gulbenkian, Lisboa, Portugal 1996. 5. Vogel, I. Química Orgânica- Análise orgânica qualitativa, vol.3, 3a Ed., Livros Técnicos Científicos S/A; Rio

de Janeiro, 1979.

Propriedades Acetanilida p-nitroacetanilida H2SO4 HNO3 Ponto de fusão (oC) 113-115 214-216 10 -42 Ponto de ebulição (oC) - - 337 121 Densidade 20 oC (g/mL) - - 1,84 1,51 Massa molecular (g/mol) 135 180 98 63 Cor Incolor Amarelo Incolor Incolor

Anotações

Uma ponta de espátula de cristais

35 PRÁTICA 06: PREPARAÇÃO DO CLORETO DE terc-BUTILA

DATA: ___/___/___

1. INTRODUÇÃO

O método mais geral de preparação de halogenetos de alquila é a partir de álcoois. Devido à importância da reação, vários reagentes diferentes têm sido usados para transformar álcoois em haletos de alquila.

O método mais simples de se converter álcoois em haletos de alquila envolve o tratamento de álcool com HCl, HBr ou HI:

ROH + HX → RX + H2O (X= Cl, Br, I) Por razões que discutiremos na parte teórica da disciplina, a reação funciona melhor com álcoois

terciários. Os álcoois primários e secundários também reagem, mas com velocidades menores e a temperaturas mais elevadas. Embora isto não seja problema nos casos simples, moléculas mais complicadas são, por vezes, sensíveis a ácidos e se decompõem nas condições da reação.

A reação de HX com um álcool terciário é tão rápida que, com freqüência, é feita borbulhando o gás HX em uma solução resfriada do álcool em éter, A reação usualmente se completa em poucos minutos.

A velocidade da reação de álcoois terciários com halogenetos de hidrogênio depende somente da

concentração do álcool e não da concentração do halogeneto de hidrogênio. Em outras palavras, a reação é um processo de primeira ordem, e somente uma molécula está envolvida na etapa cuja cinética está sendo medida. A concentração do nucleófilo não aparece na expressão velocidade abaixo:

Velocidade: V= K. [álcool] Muitas das reações orgânicas são muito complexas e ocorrem em etapas sucessivas. Uma destas é

geralmente mais lenta do que as outras, e a denominamos etapa limitante da velocidade. Nenhuma reação pode ocorrer mais rapidamente do que a etapa limitante da velocidade, que atua como “controlador” de velocidade.

O experimento que será realizado é um exemplo de reação de substituição nucleofílica unimolecular (SN1), e que também é de primeira ordem, onde o grupo hidróxido será substituído pelo íon cloreto ( ).

2. OBJETIVO

Preparar o cloreto de t-butila a partir do álcool t-butílico através de uma reação de substituição nucleofílica unimolecular (SN1). 2.2. Reação a ser Realizada

HCl+ H

2O

2-Metilpropan-2-ol

(Álcool terc-butílico)

OH Cl

2-cloro-2-metilpropano

(cloreto de terc-butila)

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

ATENÇÃO! Antes de manipular reagentes químicos é preciso conhecer suas propriedades. LEIA ATENTAMENTE AS FICHAS DE SEGURANÇA DOS REAGENTES NO FINAL DESTE MANUAL!

Com o auxílio de uma pipeta graduada, meça 10 mL de álcool terc-butílico e transfira para um funil de

separação (Figura A). Esta parte e a seguinte do procedimento deverão ser realizadas na capela. Com cuidado e vagarosamente, adicione 15 mL de ácido clorídrico concentrado ao funil de separação (Figura B).

10 mL t-butanol

Figura A

15 mL HCl

Figura B

10 mL de t-butanol 15 mL de HCℓ

36 Feche o funil e o agite suavemente (Figura C), durante 20 minutos, tomando o cuidado de aliviar a

pressão interna depois de cada agitação (Figura D). Deixe a mistura em repouso até que as duas fases estejam nitidamente separadas (Figura E).

Girar para abrir

Figura C Figura D Figura E Separe a fase inferior (ácida) e a descarte imediatamente em frasco apropriado disposto na capela

(Figura F). Ao funil que ainda contém a fase superior, adicione 15 mL de uma solução 5% de bicarbonato de sódio (NaHCO3) (Figura G), agite durante alguns instantes (Figura H), deixe que as fases se separem e descartar a fase aquosa (NaCl) inferior (Figura I) em frasco apropriado.

15 mL NaHCO3

Figura F Figura G Figura H Figura I Ao funil que ainda contém a fase superior, adicione 15 mL de água destilada (Figura J), agite durante

alguns instantes (Figura K), deixe que as fases se separem e descarte a fase aquosa inferior (Figura L). Transfira a fase superior do funil (cloreto de terc-butila) para um béquer de 50 mL (Figura M).

15 mL H2O

Figura J Figura K Figura L Figura M Adicione ao Becker, uma quantidade suficiente de sulfato de sódio anidro para eliminar traços de água

ainda presentes (Figura N). Decante a fase líquida em um Becker pequeno (Figura O).

sulfato de sódio anidro

Figura N Figura O

Pese sua amostra e junte-a com as amostras dos demais grupos em um balão de fundo redondo para realizar uma única destilação.

37 Monte um sistema de destilação simples, lembrando-se de adicionar algumas pedras de ebulição ao

balão (3 ou 4). Em seguida, destile o produto reacional.

CUIDADO! 1. Aqueça lentamente, pois a destilação é rápida e a temperatura de destilação muito baixa. 2. Colete as primeiras gotas do destilado em um erlenmeyer, e em seguida troque o erlenmeyer por outro

limpo e seco, que receberá o produto puro. Colete a fração que destilar entre 49-51 oC.

Pesar o material obtido e calcular o rendimento da reação.

4. REAÇÃO DE CONFIRMAÇÃO

Quando o cloreto de terc-butila reage com o íon hidróxido (OH-), este substitui o íon cloreto que é liberado no meio. O íon cloreto pode ser caracterizado no meio através de uma reação de precipitação, na qual o íon cloreto reage com o íon prata para formar um sal insolúvel, o cloreto de prata (AgCℓ).

A um tubo de ensaio, adicione 5 gotas do material recém-preparado e 5 mL de uma solução 5% de hidróxido de potássio (KOH).

Com cuidado, aqueça o tubo na lamparina por 2 minutos.

CUIDADO! 1. Existe a possibilidade de projeção de material do tubo de ensaio. 2. O aquecimento deve ser Intercalado com momentos na chama e fora dela.

Espere o tubo esfriar e adicione 10 mL de água destilada (Figura P). Adicione 2 gotas de fenolftaleína, a

solução ficará avermelhada (Figura Q). Adicione, gota a gota, uma solução 5% (v/v) de HNO3 até que a solução fique incolor (meio ácido) (Figura R).

Figura P Figura Q Figura Q

5 gotas de cloreto de t-butila 5 mL KOH

Solução avermelhada Solução incolor

Manta aquecedora

Entrada de água

Saída de água

38 Transfira 1 mL da solução acidulada para um outro tubo de ensaio. (Se a solução estiver turva, filtre a

mesma antes de adicionar ao segundo tubo) (Figura S). Ao tubo, adicione 3 gotas de uma solução aquosa 5% de AgNO3 (Figura T). O surgimento de um precipitado branco floculento indicará a presença de íons cloreto proveniente do cloreto de terc-butila (Figura U).

AgNO3

ppt floculento

Figura S Figura T Figura U

TABELA DE INFORMAÇÕES

Propriedades Físicas Álcool terc-butílico Cloreto de terc-butila H2SO4 Ponto de fusão (°C) - -25 -2 Ponto de ebulição (oC) 82,2 49-51 327 Densidade 20 oC (g/mL) 0,7856 0,851 1,840 Massa molecular (g/mol) 74 92 98 Cor Incolor Incolor Incolor Solubilidade Solúvel em água, etanol e éter etílico Insolúvel em água -

5. BIBLIOGRAFIA

1. Pavia, D. L. et al; Alencastro, R. B. (Trad.). Química Orgânica Experimental – Técnicas de escala pequena, 2a Ed., Porto Alegre, Bookman, 2009.

2. Solomons, T. W. G., Fryhle, B. C. Química Orgânica, vol. 1 e 2, 9a Ed., Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos S/A, 2009.

3. McMurry, J. Química Orgânica, 6a Ed., São Paulo, Thomson, 2005. 4. Morris, R.T., BOYD, R. N. Química Orgânica, 13a Ed., Fundação Caloustre Gulbenkian, Lisboa, Portugal 1996. 5. Solomons, M. Laboratory Methods in Organic Chemistry, Burgess Publishing Company; USA, 1981.

Anotações

5 gotas de cloreto de t-butila 5 mL KOH

39 PRÁTICA 07: PREPARAÇÃO DO ÁCIDO BENZOICO

DATA: ___/___/___

1. INTRODUÇÃO

O ácido benzoico ou ácido benzenocarboxílico é um sólido branco com p.f. = 122 ºC e pKa = 4,21, que apresenta propriedades bactericida e fungicida. É pouco solúvel em água (2,9 g/L a 25°C) e solúvel em metanol e éter dietílico. É utilizado na indústria alimentícia e de bebidas como conservante. Porém, devido sua baixa solubilidade em água é utilizado na forma de sal (benzoato de sódio).

OH

O

Ácido benzoico

O-Na

+

O

benzoato de sódio

2. OBJETIVO

Preparar o ácido benzoico a partir da oxidação da acetofenona. 2.2. Reação a ser Realizada

1. NaOCl

2. H+

Acetofenona

O

OH

O

+ CHCl3

ácido benzoico

clorofórmio

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

ATENÇÃO! Antes de manipular reagentes químicos é preciso conhecer suas propriedades. LEIA ATENTAMENTE AS FICHAS DE SEGURANÇA DOS REAGENTES NO FINAL DESTE MANUAL!

Complete a tabela abaixo:

Reagente Massa Molar Massa (g) Volume (mL) Nº de mols Densidade

Acetofenona 1,235 0,010 1,030

Hipoclorito de sódio (5%)

40

Sulfito de sódio 0,3

Em um erlenmeyer de 125 mL, contendo uma barra magnética, adicione 1,2 mL de acetofenona e 40 mL de hipoclorito de sódio 5%. Em seguida, com o auxílio de um agitador magnético, agitar a mistura reacional por 30 minutos à temperatura ambiente (Figura 1).

Figura 1

Posteriormente, adicione 0,3 g de sulfito de sódio para reagir com hipoclorito de sódio remanescente.

Agite novamente a mistura por aproximadamente 15 minutos. Transfira a mistura resultante para um funil de separação e extraia com de 30 mL de acetato de etila,

agitando o funil e liberando a pressão a cada agitação (Figura 2).

Hipoclorito de sódio 5%

40

(HCℓ 3 M)

Banho de gelo

Figura 2

Reserve a fase aquosa (fase inferior) em um Becker. Descarte a fase orgânica (fase superior) em frasco apropriado.

Retorne a fase aquosa, contida no Becker, ao funil de separação e adicione mais 30 mL de acetato de etila e repita o procedimento de extração (Figura 3).

Figura 3

Recolha a fase aquosa (fase inferior) em um Becker e descarte a fase orgânica (fase superior) em frasco apropriado. O solvente orgânico (acetato de etila) removerá o clorofórmio formado no meio reacional e a acetofenona que não reagiu.

Em seguida, adicione à fase aquosa contida no Becker, 10 mL de uma solução de HCℓ 3 M com o auxílio de uma pipeta graduada (Figura 4).

Figura 4

Coloque o Becker em banho de gelo por 15 minutos. Um sólido branco (ácido benzoico) deverá aparecer.

Faça uma filtração a vácuo do sólido obtido em funil de Büchner, lavando com (no máximo 60 mL) de água destilada gelada (Figura 5).

Seque o produto em estufa a 100 oC por cerca de 5 minutos. E finalmente, pese o produto e calcule os

rendimentos teórico e prático da reação.

Líquido separado

Sucção do ar

Sólido separado

Figura 5

Frasco de Kitassato

41 Determine o ponto de fusão do ácido benzoico obtido pelo método capilar e compare com o valor

relatado na literatura (122 oC).

Determinação do ponto de fusão pelo método capilar

É realizado em tubos de vidro com ±1 mm de diâmetro, fechado em uma das extremidades (a extremidade do capilar pode ser fechada na chama direta de um bico de Bunsen ou de uma lamparina).

Pulverize parte da amostra completamente seca em um graal , Figura 6, e prepare o tubo capilar colocando-se a substância a ser analisada (Figura 7a).

Compacte a amostra passando o capilar várias vezes por um canudinho de plástico, deixando-o cair

livremente até o sólido ocupar de 2 a 3 mm de altura no tubo (Figura 7 b e c).

Figura 7: (a) Carregamento do tubo capilar;

(b e c) compactação da amostra com auxilío de um canudinho de plástico.

Adapte o tubo capilar a um termômetro através do uso de uma liga de borracha, de modo que sua ponta inferior atinja aproximadamente a metade do bulbo de mercúrio (Figura 8). Mergulhe o termômetro no banho de fusão (Becker com água, óleo ou glicerina em aquecimento). Em caso de dúvida, consulte o professor a posição correta do capilar no banho.

Figura 8

Aqueça o banho em chapa aquecedora com agitação magnética. A agitação constante homogeneíza a temperatura do banho (utiliza-se barra magnética e em sistemas mais simples faz-se a agitação com bastão de vidro). O controle da temperatura do banho é realizado através da leitura no termômetro.

Anote a temperatura marcada no termômetro no momento em que ocorreu a fusão (a substância passa para o estado líquido). Essa é a temperatura de fusão da substância.

(c)

(a)

(b)

Figura 6

42 4. BIBLIOGRAFIA

1. Pavia, D. L. et al; Alencastro, R. B. (Trad.). Química Orgânica Experimental – Técnicas de escala pequena, 2a Ed., Porto Alegre, Bookman, 2009.

2. Solomons, T. W. G., Fryhle, B. C. Química Orgânica, vol. 1 e 2, 9a Ed., Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos S/A, 2009.

3. Solomons, M. Laboratory Methods in Organic Chemistry, Burgess Publishing Company; USA, 1981. 4. McMurry, J. Química Orgânica, 6a Ed., São Paulo, Thomson, 2005. 5. Morris, R.T., BOYD, R. N. Química Orgânica, 13a Ed., Fundação Caloustre Gulbenkian, Lisboa, Portugal 1996.

Anotações

43

Figura D

PRÁTICA 08: PREPARAÇÃO DA DIBENZALACETONA

DATA: ___/___/___ 1. INTRODUÇÃO

A reação de Claisen-Schimidt envolve a condensação aldólica cruzada entre um aldeído aromático e uma cetona, resultando na síntese de uma cetona α,β-insaturada. Neste caso, o aldeído aromático não possui hidrogênio α, em relação ao grupo carbonila, o que impede a ocorrência da reação de auto condensação.

O aduto aldol inicial formado, não pode ser isolado devido a imediata desidratação para produzir uma cetona α,β -insaturada. A cetona insaturada formada, também possui hidrogênio α ativado e pode condensar com outra molécula de aldeído.

2. OBJETIVO

Preparar a dibenzalacetona a partir de uma reação de condensação de Claisen-Schimidt, utilizando o

benzaldeído e acetona em meio básico.

2.1. Reação a ser Realizada

H

O

CH3CH3

O

2 + NaOH

O

+ H2O

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

ATENÇÃO! Antes de manipular reagentes químicos é preciso conhecer suas propriedades. LEIA ATENTAMENTE AS FICHAS DE SEGURANÇA DOS REAGENTES NO FINAL DESTE MANUAL!

Em um erlenmeyer de 125 mL (Figura A) adicione com o auxílio de uma pipeta graduada, (2,5 mL)

benzaldeído e (1 mL) acetona em 25 mL de etanol. Acrescente 5 mL de uma solução de hidróxido de sódio a 10% (Figura B), 20 mL de água destilada e uma barra magnética (Figura C). Tampe o frasco com um béquer e mantenha sob agitação magnética durante 10 minutos. De tempo em tempo alivie a pressão, destampando o frasco (Figura D).

Transcorrido o tempo reacional de 10 minutos, deixe a mistura em repouso durante mais 10 minutos com agitação manual ocasional.

Figura B Figura C Figura A

H

O

CH3CH3

O

+ NaOH+ H

2O

CH3

O

44 Em seguida coloque o erlenmeyer com o produto reacional em um banho de gelo e aguarde a completa

precipitação do produto (Figura E). Transcorrida a precipitação, faça uma filtração a vácuo utilizando um funil de Büchner, contendo dois papéis de filtro. Lave o produto com pequenas porções de água destilada e gelada. (no máximo 100 mL) (Figura F).

Banho de gelo

Figura E Figura F

3.1. Recristalização da Dibenzalacetona Produzida

a) Transfira o produto obtido para um Becker de 100 mL (Figura G). Aqueça 20 mL de álcool em outro Becker de 100 mL e adicione o produto em pequenas porções ao etanol quente até a dissolução completa da dibenzalacetona (Figura H).

b) Após a dissolução, deixe a solução resfriar lentamente e em repouso para que ocorra a recristalização da dibenzalacetona. Quando o material atingir a temperatura ambiente, complete o resfriamento em um banho de gelo (Figura I).

c) Prepare um sistema de filtração a vácuo, colocando dois papeis de filtro no funil de Büchner. d) Transfira todo o material para o funil de Büchner e faça a filtração a vácuo. Se necessário utilize o etanol da

filtração (água mãe) para lavagem do erlenmeyer (Figura J).

12

3

456

7

8

9

11

0

2

3

456

7

8

911

etanol

Banho de gelo

Figura G Figura H Figura I Figura J

ATENÇÃO!

CASO EXISTAM IMPUREZAS INSOLÚVEIS EM SUSPENSÃO APÓS A DISSOLUÇÃO A QUENTE

e) Filtre imediatamente o produto, ainda quente, em um erlenmeyer de 125 mL, usando funil comum pré-aquecido, contendo uma fina camada de algodão (Figura L). Em seguida, conclua a recristalização utilizando os mesmos procedimentos constantes nos itens (b), (c) e (d).

algodão

Figura L

f) Finalmente, seque completamente os cristais de dibenzalacetona purificada em estufa a 100 oC por 5 minutos. Em seguida, pese-os e calcule os rendimentos teórico e prático. Guarde o produto obtido em frasco apropriado e descarte os resíduos produzidos nos frascos adequados.

45 TABELA DE INFORMAÇÕES

4. BIBLIOGRAFIA

1. Pavia, D. L. et al; Alencastro, R. B. (Trad.). Química Orgânica Experimental – Técnicas de escala pequena, 2a Ed., Porto Alegre, Bookman, 2009.

2. Solomons, T. W. G., Fryhle, B. C. Química Orgânica, vol. 1 e 2, 9a Ed., Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos S/A, 2009.

3. McMurry, J. Química Orgânica, 6a Ed., São Paulo, Thomson, 2005. 4. GONÇALVES, D., Wal, E., De Almeida, R.R., Química Orgânica Experimental, Ed. MacGraw-Hill, 1988.

Propriedades Físicas

CHO

Benzaldeído

H3C

O

CH3 Acetona

O

Dibenzalacetona

Ponto de fusão - 26 - 95 110-111

Ponto de ebulição 179 56,5 130

Densidade 20 oC (g/mL) 1,0415 0,7908 -

Massa molecular (g/mol) 106 58 234

Cor Incolor (levemente amarelado)

Incolor Amarela

Solubilidade

Insolúvel em água, etanol e éter etílico.

Solúvel em água, etanol, clorofórmio e

éter etílico.

Insolúvel em água. Solúvel em clorofórmio e acetona. Pouco

solúvel em etanol e éter etílico.

Anotações

46 PRÁTICA 09: SÍNTESE DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS)

DATA:___/___/___ 1. INTRODUÇÃO

A aspirina® (ácido acetilsalicílico - AAS, de nome sistemático ácido 2-acetiloxibenzoico) é uma droga do

grupo dos anti-inflamatórios não esteroides (AINE) com propriedades analgésicas, antipiréticas e

antiinflamatórias. É ainda utilizada em doses baixas para tratamento de doentes em risco de ataque cardíacos,

pois inibe a agregação de plaquetas e a coagulação do sangue.

O ácido acetilsalicilico é utilizado desde o final do século XIX, porém desde Hipócrates em 400 a.C.

mastigavam-se cascas do salgueiro para diminuir a febre. O agente ativo, a salicilina, foi isolada em 1827. A

primeira descrição da aspirina na literatura médica foi em 1899 para tratamento de febre reumática. Os

Estados Unidos produzem 18000 toneladas por ano, com um consumo médio de 300

comprimidos/pessoa/ano. A dose utilizada varia entre 0,3-1,0 g, entretanto doses superiores a 10 g podem ser

fatais.

A primeira etapa da síntese industrial da aspirina é conhecida como reação de carboxilação de Kolbe-

Schmitt. Kolbe descobriu como preparar o ácido salicílico em 1859. Schmitt modificou a síntese em 1885

tornando o ácido salicílico disponível em grandes quantidades. Em 1897, as pesquisas de Felix Hoffmann, um

pesquisador das indústrias Bayer que procurava por um analgésico menos ácido para aliviar a artrite do seu

pai, culminou com a síntese da aspirina, que foi patenteada pela Bayer e começou a ser comercializada em

1899.

A síntese laboratorial do AAS pode ser realizada a partir do ácido salicílico. Esta reação é feita em

condições de catálise ácida, com a protonação do anidrido acético como subproduto. A reação de acetilação

do ácido salicílico se dá através do ataque nucleofílico da hidroxila fenólica sobre o carbono carbonílico do

anidrido acético, seguido de eliminação de ácido acético, formado como subproduto da reação.

2. OBJETIVO

Preparar o ácido acetilsalicílico a partir de uma reação de acetilação do ácido salicílico e purificar o

produto reacional através de recristalização.

2.1. Reação a ser Realizada

OH

O

OH

OCH3

O

CH3

O

+H

2SO

4

OH

O

O

O CH3

OHCH3

O

+

AAS

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

ATENÇÃO!

Antes de manipular reagentes químicos é preciso conhecer suas propriedades. LEIA ATENTAMENTE AS FICHAS

DE SEGURANÇA DOS REAGENTES NO FINAL DESTE MANUAL!

Em um balão de 125 mL coloque: 2,5 g de ácido salicílico e 5 mL de anidrido acético

adicionando lentamente e sob agitação manual e 4 gotas de ácido sulfúrico (H2SO4)

concentrado. Acrescente uma barra magnética.

Adapte ao balão um condensador na posição de refluxo (Figura A). Aqueça o balão

contendo a mistura em banho-maria a 50-60 °C com agitação magnética por 30 minutos.

Controle a temperatura do banho-maria com um termômetro, como mostra a figura A.

Decorrido o tempo, deixe resfriar lentamente, até chegar à temperatura ambiente,

quando será observada a formação de um precipitado branco.

Figura A

47 Adicione, com agitação, 25 mL de água destilada gelada e faça uma filtração a vácuo utilizando um funil

de Büchner, lavando o precipitado com (no máximo 50 mL) de água destilada gelada (Figura B).

Figura B 3.1. Recristalização do AAS Produzido

a) Aqueça 50 mL de água destilada em um Becker de 100 mL e adicione o produto (que está no funil de Büchner) em pequenas porções ao Becker que contém a água, agitando com um bastão de vidro, até que todo o precipitado se dissolva. (temperatura em torno de 70 °C) (Figura C).

b) Caso o material não se dissolva completamente, acrescente 2,5 mL etanol (Figura D).

1

2

3

45 6

7

8

9

1 10

2

3

45 6

7

8

9

11

ppt branco

H2O

Figura C Figura D

c) Resfrie lentamente e em repouso a solução, para que ocorra a recristalização do AAS. Quando o material atingir a temperatura ambiente, complete o resfriamento em banho de gelo (Figura E). Transfira todo o material para o funil de Büchner e faça a filtração a vácuo, lavando com água destilada gelada (máximo 60 mL) (Figura F).

Banho de gelo

Figura E Figura F

Seque o produto obtido por cerca de 5 minutos em estufa a 100 oC.

ATENÇÃO! CASO EXISTAM IMPUREZAS INSOLÚVEIS EM SUSPENSÃO APÓS A DISSOLUÇÃO A QUENTE

d) Filtre imediatamente o produto, ainda quente, em um erlenmeyer de 125 mL, usando funil comum pré-aquecido, contendo uma fina camada de algodão (Figura G). Em seguida, conclua a recristalização utilizando os mesmos procedimentos constantes nos item (c).

48 e) Finalmente, seque completamente os cristais de AAS purificados em estufa a 100 oC por 5 minutos. Em

seguida, pese-os e calcule os rendimentos teórico e prático. Guarde o produto obtido em frasco apropriado e descarte os resíduos produzidos nos frascos adequados.

f) Faça a reação de confirmação. 4. REAÇÃO DE CONFIRMAÇÃO

Em um tubo de ensaio, dissolva alguns cristais de ácido salicílico em 1 mL de etanol. A seguir, adicione 3 gotas de cloreto férrico. Agite a mistura e observe a cor produzida (compostos fenólicos dão coloração azul, vermelho, violeta ou verde quando em presença de íons Fe3+). Repita o procedimento utilizando o produto da reação e compare o resultado dos dois testes.

TABELA DE INFORMAÇÕES

Reagentes Propriedades físicas

Ácido salicílico Ponto de fusão - 159 °C, solubilidade em água; solúvel em etanol, éter etílico e acetato de etila.

Ácido acetilsalicílico Ponto de fusão – 135 °C, com decomposição, bastante solúvel em etanol e clorofórmio, ligeiramente solúvel em benzeno.

5. BIBLIOGRAFIA

1. Pavia, D. L. et al; Alencastro, R.B. (Trad.). Química Orgânica Experimental – Técnicas de escala pequena, 2a ed., Bookman, Porto Alegre, 2009.

2. Solomons, T. W. G., Fryhle, B. C. Química Orgânica, vol. 1 e 2, 9a Ed., Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos S/A, 2009.

3. Bruice, P. Y. Organic Chemistry, 3a ed, 2002 4. Fox M. A; Whitesell, J.K. Organic Chemistry, 2a ed, London, 1997. 5. McMurry, J. Química Orgânica, 6a ed, Thomson, 2005.

Anotações

cloreto férrico

cristais AAS1 mL etanol

49

Fichas de Segurança dos Reagentes (MSDS)

ACETANILIDA Após contato com a pele: lavar com bastante água. Remover a roupa contaminada. Após contato com os olhos: enxaguar com bastante água segurando abertamente as pálpebras. Após ingerir: ar fresco. Induzir a vítima ao vômito. Chamar um médico. Proteção pessoal para manuseio: Usar protetor respiratório (quando pó for gerado), protetor para as mãos e olhos. Usar roupa de proteção adequada. Na higiene industrial: retirar roupa usada. Passar creme protetor nas mãos antes do manuseio. Lavar as mãos após manuseio. Em caso de acidente com chamas: extintores adequados: água, gás carbônico, pó e espuma. Riscos especiais: Trata-se de um combustível. Formação de perigosa combustão de gases ou vapores podendo formar fogo. Manuseio e Armazenamento: não requer nenhum manuseio especial. Quanto ao armazenamento deve ser feito em lugar fechado e seco. A temperatura de armazenamento deve ser entre 15 oC e 25 oC. Informações Toxicológicas: Após contato com a substância: irritação na pele e nos olhos. Após inalação do pó: sintomas de irritação no trato respiratório. Após ingerir: náusea e vômito. Arritmia cardíaca, baixa na pressão sangüínea, sintoma chave: mudança da coloração do sangue. Informações Ecológicas: Quando usado com cuidado e atenção não provoca danos ao meio ambiente. ACETONA Provoca irritação ocular grave. Pode provocar sonolência ou vertigens. Pode provocar pele seca ou gretada, por exposição repetida. Se entrar em contato com os olhos: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. ÁCIDO ACÉTICO Inflamável. Causa graves queimaduras. Primeiros socorros: Após inalação: ar fresco. Chamar um médico. Após contato com a pele: lavar com bastante água. Esfregar levemente com polietileno glicol 400. Remover imediatamente a roupa contaminada. Após contato com os olhos: enxaguar com bastante água por no mínimo 10 minutos segurando abertamente as pálpebras. Após ingerir: tomar bastante água. Evitar vomitar. Chamar um médico e evitar neutralizar. Proteção pessoal para manuseio: Usar protetor respiratório, protetor para as mãos e olhos. Usar roupa de proteção adequada. Na higiene industrial: aplicar creme protetor na pele. Lavar as mãos e o rosto após manuseio. Trabalhar na capela. Em caso de acidente com chamas: Extintores adequados: água, gás carbônico, espuma e pó. Riscos especiais: pode haver vapores de ácido no ar, formando, assim, uma mistura explosiva. Deve-se manter afastado de qualquer fonte de ignição. Manter o lugar com portas e janelas abertas. Manuseio e Armazenamento: O manuseio deve ser feito longe de qualquer fonte de ignição. O armazenamento deve der feito em local fechado, seco, bem ventilado e longe de qualquer fonte de ignição ou calor. A temperatura de armazenamento deve ser entre 15 oC e 25 oC. Informações Toxicológicas: Substância extremamente corrosiva. Após inalação de vapores: Sintomas de irritação no trato respiratório. Pneumonia. Bronquites. Pode haver a formação de edemas no trato respiratório. Após contato com a pele: queimaduras. Após contato com os olhos: queimaduras. Risco de cegueira. Risco de a vista ficar embaçada. Queimaduras na membrana da mucosa. Após inalação: queimaduras no esôfago e estômago, gastrite, vômito com sangue, dispnéia. Risco de perfuração do esôfago e estômago. Insuficiência pulmonar possibilitando aspiração do vômito. Não pode ser excluído.

50 ÁCIDO ACETILSALICÍLICO Uso contínuo pode causar úlcera, até câncer gástrico. Contato com a pele pode causar sérias alergias em pessoas sensíveis a este reagente. ÁCIDO CLORÍDRICO Causa queimaduras e corrosões. Irritação no sistema respiratório. Primeiros socorros: Após inalação: ar fresco. Chamar um médico. Após contato com a pele: lavar com bastante água. Passar polietileno glicol 400. Remover imediatamente a roupa contaminada. Após contato com os olhos: Enxaguar com bastante água por no mínimo 10 minutos segurando abertamente as pálpebras. Chamar um médico especialista. Após ingerir: fazer a vítima beber bastante água, evitar o vômito. Chamar com urgência um médico. Não tentar neutralizar. Proteção pessoal para manuseio: Usar protetor respiratório (quando vapores são gerados), protetor para as mãos e olhos. Usar roupa de proteção adequada. Na higiene industrial: aplicar creme protetor na pele antes do manuseio. Lavar as mãos e o rosto após manuseio. Riscos especiais: Não é combustível, mas em ambientes com fogo pode haver liberação de vapores perigosos. Manuseio e Armazenamento: não requer materiais adicionais para o manuseio. O armazenamento deve ser feito em local fechado e com boa ventilação. A temperatura de armazenamento deve ser abaixo de 25ºC. Informações Toxicológicas: Após inalação de vapores: sintomas de irritação no trato respiratório. Após contato com a pele: queimaduras. Após contato com os olhos: queimaduras. Risco de cegueira. Após ingerir: danos nos tecidos da boca, esôfago e do trato gastrintestinal. Risco de perfuração no esôfago e no estômago. Possibilidade de gerar problemas cardiovasculares.

ÁCIDO NÍTRICO Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. Não respirar pó/ fumo/ gas/ névoa/ vapores/ borrifo. Em caso de ingestão: enxaguar a boca. Não provocar o vómito. Se entrar em contato com os olhos: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contato, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. ÁCIDO SALICÍLICO Identificação de perigo: perigoso se inalado. Irritante para o trato respiratório e para pele. Riscos de sérios perigos aos olhos. Primeiros socorros: Após inalação: ar fresco. Após contato com a pele: lavar com bastante água.. Remover imediatamente a roupa contaminada. Após contato com os olhos: Enxaguar com bastante água segurando abertamente as pálpebras. Após ingerir: fazer a vítima beber bastante água. Induzir ao vômito. Chamar um médico. Proteção pessoal para manuseio: Usar protetor respiratório (quando formação de pó), protetor para as mãos e olhos. Usar roupa de proteção adequada. Na higiene industrial: retirar roupa usada. Passar creme protetor antes do manuseio. Lavar as mãos após manuseio. Em caso de acidente com chamas: usar extintores adequados: água, pó e espuma. Riscos especiais: praticamente não combustível. Pode ocasionar explosão. Manuseio e Armazenamento: no momento do manuseio evitar a proximidade com fontes de ignição. Deve ser armazenado em um local fechado, ventilado e longe de qualquer fonte de ignição ou calor. Informações Toxicológicas: Após inalação do pó: sintomas de irritação no trato respiratório. Após contato com os olhos: irritação. Após contato com a pele: irritação. Após ingerir: irritação na mucosa. Rápida absorção. Após absorção: náusea, vômito, problemas gástricos e tontura.

51 ÁCIDO SULFÚRICO Causa - graves queimaduras. Primeiros socorros: Após inalação: ar fresco. Chamar um médico. Após contato com a pele: lavar com bastante água. Passar polietileno glicol 400. Remover a roupa contaminada imediatamente. Após contato com os olhos: enxaguar com bastante água segurando abertamente as pálpebras por no mínimo 10 minutos. Chamar um médico especialista. Após ingerir: fazer a vítima beber bastante água, evitar vômito. Chamar um médico. Não tentar neutralizar. Proteção pessoal para manuseio: Usar protetor respiratório, protetor para as mãos e olhos. Usar roupa de proteção adequada. Na higiene industrial: aplicar creme protetor na pele. Lavar as mãos e o rosto após manuseio. Manuseio e Armazenamento: não é necessário nenhum manuseio especial. O armazenamento deve ser feito em local fechado, seco e bem ventilado. Quanto a temperatura de armazenamento não há restrições. Informações Toxicológicas: Após inalação de vapores: provoca danos nas mucosas do trato respiratório. Após contato com a pele: queimaduras graves com formação de casca de ferida. Após contato com os olhos: queimaduras e lesões na córnea. Após ingerir: dores muito fortes com risco de perfuração, náusea, vômitos e diarréia. Após um período de latência de algumas semanas existe a possibilidade de uma estenose pilórica. ANIDRIDO ACÉTICO Anidrido acético é irritante e inflamável. Por causa de sua reatividade com água, espuma de combate a incêndios resistente a álcool ou dióxido de carbono são preferíveis para a extinção de chamas. O vapor de anidrido acético é nocivo. Apresenta incompatibilidade com as seguintes substâncias: ácido nítrico (formação de nitrato de acetila), ácido perclórico (formação de anidrido perclórico, Cl2O7), permanganato de potássio (reação exotérmica), assim como com outros oxidantes enérgicos. Inflamável. Nocivo por inalação e ingestão. Provoca queimaduras. Medidas de primeiros-socorros: Inalação: Remover para local ventilado. Procurar auxílio médico. Contato com a pele: Lavar com bastante água. Tirar as roupas contaminadas. Contato com os olhos: Lavar com bastante água, por 15 min.. Procurar um oftalmologista imediatamente. Ingestão: Ingerir bastante água, evitar o vômito. Procurar um médico imediatamente. ANILINA Perigoso se inalado, se ingerido ou em contato com pele. Possibilidade de riscos irreversíveis. Tóxico: perigo se sérios danos à saúde em longa exposição por inalação, ingestão ou em contato com a pele. Primeiros socorros: Após inalação: ar fresco. Se necessário fazer respiração boca-a-boca. Chamar um médico. Após contato com a pele: lavar com bastante água. Passar polietileno glicol 400. Remover imediatamente a roupa contaminada. Após contato com os olhos: enxaguar com bastante água por no mínimo 10 minutos segurando abertamente as pálpebras. Chamar um médico especialista. Após ingerir: fazer a vítima beber bastante água. Induzir ao vômito. Chamar um médico. Usar um laxativo a base de sulfato de sódio. Proteção pessoal para manuseio: Usar protetor respiratório (quando formação de vapores), protetor para as mãos e olhos. Usar roupa de proteção adequada. Em caso de acidente com chamas: extintores adequados: água, pó, gás carbônico e espuma. Riscos especiais: combustível. Possibilidade de formação de uma mistura explosiva com o ar. Manuseio e Armazenamento: devido a fácil oxidação deve se manter longe da luz. Deve ser armazenado em um local fechado, seco, ventilado e longe de qualquer fonte de ignição ou calor. A temperatura de armazenamento deve ser entre 15 oC e 25 oC. Só deve ser usado por pessoas autorizadas. Informações Toxicológicas: Após inalação de vapores: irritação nas mucosas. Após contato com a substância: irritação dos olhos, da pele e das membranas da mucosa. Perigo de absorção pela pele e ocasionar dermatites. Após absorção em grande quantidade pode gerar dor de cabeça, náusea e disrítmia cardíaca.

52 BENZOFENONA Primeiros socorros: Após inalação: ar fresco. Após contato com a pele: lavar com bastante água. Remover imediatamente a roupa contaminada. Após contato com os olhos: enxaguar com bastante água por no mínimo 10 minutos segurando abertamente as pálpebras. Após ingerir: faça a vítima beber muita água, induza o vômito e chame um médico se a vítima não estiver se sentindo bem. Proteção pessoal para manuseio: Usar protetor respiratório (quando vapores forem gerados), protetor para as mãos e olhos. Usar roupa de proteção adequada. Em caso de acidente com chamas: extinguir as chamas com extintor de pó químico, H2O, espuma ou CO2. Riscos especiais: Desenvolvimento de gases perigosos em eventos de fogo. Manuseio e Armazenamento: não existem problemas quanto ao manuseio. Deve ser armazenado a 15°C a 25°C em frasco bem fechado. Informações Toxicológicas: Dados quantitativos da toxicidade deste produto não são disponíveis. Todavia, propriedades nocivas não podem ser excluídas. 1-BUTANOL Vapor e líquido inflamáveis. Prejudicial se ingerido, inalado ou absorvido pela pele. Afeta o sistema nervoso central, causa irritação na pele, olhos e trato respiratório. Pode afetar o fígado e os rins. Inalação: Álcool butílico gerou poucos casos de envenenamento em indústrias devido à sua baixa volatilidade. Causa irritação no trato respiratório. Pode ocorrer dificuldade de respirar, tosse, dor de cabeça. Pode ser absorvido pelo sistema circulatório com sintomas similares aos da ingestão. Remova a vítima para um local com ar fresco. Se não estiver respirando, faça respiração artificial. Se a respiração estiver difícil, forneça oxigênio. Chame um médico. Ingestão: Pode ter efeito narcótico. Pode causar dores abdominais, náuseas, dor de cabeça e diarréia. Altas doses podem afetar os rins e o fígado. Pode afetar a audição. A dose letal estimada fica entre 85,05 e 198,45 gramas. Induza vômito imediatamente. Nunca administre nada pela boca a uma pessoa inconsciente. Chame um médico. Contato com a pele: Irritante para a pele. Causa a perda da oleosidade natural. Pode ser absorvido pela pele e os sintomas são semelhantes aos descritos para ingestão. Em caso de contato, lave imediatamente a área afetada com bastante água por pelo menos 15 minutos. Remova a roupa contaminada. Lave as roupas antes de reutilizar. Chame um médico. Contato com os olhos: Vapores podem ser irritantes, causando dor e lagrimas. Respingos causam inflamação e visão turva. Imediatamente lave os olhos com bastante água por pelo menos 15 minutos. Pisque os olhos algumas vezes. Procure um médico imediatamente Exposição crônica: Contato prolongado com a pele pode causar ressecamento e rachaduras na pele. Perda de audição foi relatada em trabalhadores cronicamente expostos ao butanol. Pode afetar o senso de equilíbrio, rins e fígado. Agravo de condições pré-existentes: Pessoas com desordens de pele pré-existentes ou problemas nos olhos, fígado danificado, insuficiência renal ou respiratória estão mais suscetíveis aos efeitos desta substância. Terc-BUTANOL Nocivo por inalação. Provoca irritação ocular grave. Pode provocar irritação das vias respiratórias. Se entrar em contato com os olhos: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. BROMO O bromo é altamente tóxico e em pequenas quantidades (10 ppm), tanto por via dérmica como inalado, pode causar problemas imediatos de saúde ou morte. É muito irritante tanto para os olhos como para a garganta;

53 em contato com a pele ocasiona inflamações dolorosas. Seu manuseio impróprio pode supor um sério risco a saúde, requerendo máxima precaução de segurança quando do seu manejo. BUTIRALDEÍDO É um líquido incolor inflamável com um cheiro acre. É miscível com a maioria dos solventes orgânicos. A substância pode ser assimilada pelo corpo por inalação dos vapores e pode obstruir as vias respiratórias. Causa irritação nos olhos e na pele. O vapor é mais pesado que do ar e pode estender-se pelo solo. A formação de peróxidos explosivos é possível. CARBONATO DE SÓDIO Provoca irritação ocular grave. Não respirar as poeiras. Contato com os olhos: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. CICLOEXANOL Perigoso se for engolido ou inalado, provoca irritação cutânea, pode provocar irritação das vias respiratórias. Não pode entrar em contacto com os olhos, a pele ou a roupa, se entrar em contato com a pele,lavar com sabonete e água abundantes em caso de inalação, retirar a vítima para uma zona ao ar livre e mantê-la em repouso numa posição que não dificulte a respiração. uma zona ao ar livre e mantê-la em repouso numa posição que não dificulte a respiração. CICLOEXENO Líquido e vapor facilmente inflamáveis. Nocivo por ingestão.Pode ser mortal por ingestão e penetração nas vias respiratórias.Mante afastado do calor/faísca/chama aberta/superfícies quentes. Não pode entrar em contato com os olhos, a pele ou a roupa.Em caso de ingestão, não provocar o vómito. CLORETO DE terc-BUTILA Após contato com a pele: lavar com bastante água. Remover imediatamente a roupa contaminada. Após contato com os olhos: enxaguar com bastante água segurando abertamente as pálpebras. Chamar um médico especialista se necessário. Após ingerir: fazer a vítima beber bastante água, induzir o vômito. Chamar um médico caso a vítima sinta-se mal. Proteção pessoal para manuseio: Usar protetor respiratório (quando vapores são formados), protetor para as mãos e olhos. Em caso de acidente com chamas: extintores adequados: água, gás carbônico, pó e espuma. CLORETO DE SÓDIO Proteção pessoal para manuseio: Usar protetor respiratório (quando existir vapores), protetor para as mãos e olhos. Usar roupa de proteção adequada. CLORETO DE ZINCO Quando inalado é extremamente nocivo aos tecidos das mucosas e do trato respiratório superior. Tóxico, pode causar irritação ou corrosão ao trato gastrointestinal, com dores abdominais, náuseas e vômitos. Em contato com a pele pode causar irritação severa, queimaduras e ulceração. Respingos de solução podem danificar os olhos. Contato frequente com a pele pode causar inúmeros problemas de graus variados, desde dermatites a ulcerações. Inalação freqüente pode causar asma ocupacional. CLORETO FÉRRICO Contato com o produto: Lavar a área por pelo menos 5 minutos em água corrente. Contato com os olhos: Pode haver irritação – lavar em água corrente. Ingestão: provocar vômito e tomar leite de magnésia ou bastante água. Caso note algo estranho na pele ou nos olhos depois de lavar vá de imediato consultar um medico. Complicações por ingestão: procurar um médico e indicar a natureza do produto e quantidade ingerida. Cuidados: Haverá um auto-aquecimento natural da solução (pode chegar a 70 °C). Uma fumaça não tóxica poderá ser observada.

54 Inicialmente a solução ficará marrom, chegando à cor de café no final. O percloreto de ferro possui grande poder oxidante. Mancha tecidos de forma irremediável. Muito cuidado com as roupas. CLORIDRATO DE HIDROXILAMINA Hidroxilamina pode explodir sob aquecimento. É irritante ao trato respiratório, pele, olhos, e membranas mucosas. Pode ser absorvido pela pele, é nocivo se ingerido, e é um possível mutagênico. CLOROBENZENO Líquido e vapor inflamáveis. Nocivo por inalação. CLOROFÓRMIO Tóxico por inalação, em contato com a pele e se ingerido. Possíveis riscos de efeitos irreversíveis. Tóxico: perigo de sérios danos à saúde em exposição prolongada. Extremamente perigoso para os organismos aquáticos, podendo causar efeitos térmicos adversos ao meio aquático. Perigoso para camada de ozônio. Primeiros socorros: Após inalação: ar fresco. Se nessário, fazer respiração boca-a-boca e levar para um lugar ventilado e aberto. Após contato com a pele: lavar com bastante água. Remover imediatamente a roupa contaminada. Após contato com os olhos: enxaguar com bastante água por no mínimo 10 minutos segurando abertamente as pálpebras. Chamar um médico especialista. Após ingerir: levar a vítima para um lugar aberto. Ter cuidado em caso de vômito, já que pode haver aspiração do mesmo. Chamar um médico. Proteção pessoal para manuseio: Usar protetor respiratório (quando vapores forem gerados), protetor para as mãos e olhos. Usar roupa de proteção adequada. Riscos especiais: não é combustível. Pode haver vapores no ar. Estes podem desenvolver a combustão de gases ou vapores gerando fogo. Manuseio e Armazenamento: não existem problemas quanto ao manuseio. Deve ser armazenado em um local fechado e ventilado. Só deve ser usado por pessoas autorizadas. Informações Toxicológicas: Após inalação de vapores: irritação nas mucosas respiratórias, dor de cabeça, náusea, vômito e tontura. Em grandes quantidades pode provocar parada respiratória. Após contato com os olhos: irritação. Após ingerir: problemas gástricos, diarréia com sangue, náusea, vômito e tontura. CROMATO DE POTÁSSIO É bastante tóxico e fatal quando ingerido. Pode ser cancerígeno e produzir mutações reprodutivas quando inalado ou ingerido pela gestante. É corrosivo e perigoso para o meio ambiente. Deve ser evitado o contato direto com esta substância. Deve ser guardado bem acondicionado em recipientes de vidros, e sempre em locais bastante ventilados. Quando do seu manuseio, todas as precauções de segurança devem ser usados, como luvas, máscaras, roupas apropriadas e outras. É um forte agente oxidante, podendo reagir rapidamente. Pode reagir explosivamente com outros compostos, reduzindo e incendiando objetos inflamáveis. DIETILAMINA Líquido e vapor facilmente inflamáveis. Nocivo por inalação e ingestão. Nocivo em contacto com a pele. Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. HIDRÓXIDO DE AMÔNIO Prejudicial se ingerido, inalado ou absorvido pela pele. Tóxico! Pode causar corrosão do esôfago e pode haver peritonite. Sintomas podem incluir dor na boca, tórax, e abdômen, tosse, vômito e desmaio. Ingestão de 3-4 mL pode ser fatal.

55 Não induza o vômito. Dê quantidades grandes de água. Nunca dê algo pela boca para uma pessoa inconsciente. Inalação: Causa irritação ao trato respiratório. Concentrações mais altas podem causar queimaduras, edema pulmonar e morte. Exposição breve para 5000 ppm podem ser fatais. Remover o indivíduo exposto ao ar livre. Se não estiver respirando fazer respiração artificial. Se respirar com dificuldade, dê oxigênio. Procure ajuda médica. Contato com a pele: Pode causar dor, vermelhidão, irritação severa ou queimaduras. Lave imediatamente em água corrente por, pelo menos, 15 minutos. Remova a roupa contaminada e os sapatos. Procure ajuda médica. Lave as roupas e os sapatos antes de reutilizá-los. Contato com os olhos: Causa irritação, vermelhidão e dor. Pode resultar em cegueira temporária ou permanente. Lave imediatamente com água corrente por, pelo menos, 15 minutos, abrindo e fechando ocasionalmente as pálpebras. Procure ajuda médica imediatamente a fim de minimizar a possibilidade de cegueira. Exposição crônica pode prejudicar a pele. Agravo das condições pré-existentes Pessoas com desordens visuais ou com função respiratória falha devem ser mais suscetíveis aos efeitos da substância. HIDRÓXIDO DE SÓDIO Inalação: Causa severa irritação. A inalação do pó causa sérios prejuízos ao trato respiratório. Os sintomas podem incluir dores de garganta e espirros. Severa pneumonia pode ocorrer. Remover o indivíduo ao ar livre. Se não estiver respirando fazer respiração artificial. Se respirar com dificuldade, dê oxigênio. Procure ajuda médica. Ingestão: Corrosivo! Pode causar severas queimaduras na boca, garganta e estômago. Pode causar danos aos tecidos e morte. Podem incluir sangramento, vômito, diarréia e queda de pressão. NÃO INDUZA O VÔMITO! Dê grandes quantidades de água ou leite. Nunca dê algo pela boca para uma pessoa inconsciente. Contato com a pele: Causa severas irritações e queimaduras na pele. Lave imediatamente em água corrente por, pelo menos, 15 minutos. Remova a roupa contaminada e os sapatos. Procure ajuda médica. Lave as roupas e os sapatos antes de reutilizá-los. Contato com os olhos: Causa severa irritação. Grandes exposições podem causar severas queimaduras e cegueira. Lave imediatamente com água corrente por, pelo menos, 15 minutos, abrindo e fechando ocasionalmente as pálpebras. Procure ajuda médica imediatamente. Exposição crônica: Contato prolongado com soluções diluídas ou pó tem efeito destrutivo nos tecidos. Agravo das condições pré-existentes. Pessoas com desordens de pele, problemas nos olhos ou falência respiratória podem ser mais suscetíveis aos efeitos desta substância. HIPOCLORITO DE SÓDIO Por contacto: A altas concentrações (mais de 13%), irrita a pele e pode causar queimaduras profundas e inflamações. Contatos repetidos podem causar dermatose. Em contato com os olhos: causa irritação intensa, lacrimejamento e inchaço das pálpebras. Risco de lesões graves ou permanentes do olho. Por inalação: Os vapores de NaClO são irritantes para o aparelho respiratório causando tosse e irritação intensa do nariz e garganta. Exposições prolongadas causam danos severos ao sistema respiratório (edema de faringe, laringe e pulmonar). Por ingestão:

56 Pode provocar queimadura da boca, náuseas e vómitos sanguinolentos, colapso respiratório, delírio, coma e possível perfuração do esôfago e estômago. Altas concentrações podem mesmo ser fatais. Se se ingere 3-6% de água sanitária, dá-se a irritação gastrintestinal. Se ultrapassar 10% pode mesmo causar lesões corrosivas graves na boca, na garganta, esófago e estômago, acompanhados de hemorragia, perfuração, e eventualmente morte. Medidas de precaução: Usar óculos de protecção, luvas de borracha e avental impermeável; Lavar as mãos após a utilização do mesmo; Evitar a manipulação de vapores; IODETO DE POTÁSSIO Danoso se for aspirado ou inalado. Causa irritação à pele, olhos e trato respiratório. Inalação: Inalação de pó pode causar tosse e pode sufocar, com sintomas variáveis de enxaqueca, vertigem, e fraqueza. Pode causar edema pulmonar. Remover o indivíduo exposto ao ar livre. Se não estiver respirando fazer respiração artificial. Se respirar com dificuldade, dê oxigênio. Procure ajuda médica. Ingestão: Irritação da área gastrointestinal. Sintomas podem incluir náusea, vômitos e diarréia. Induza o vômito imediatamente de acordo com orientação paramédica. Nunca dê algo pela boca para uma pessoa inconsciente. Contato com a pele: Causa irritação à pele, sendo os sintomas mais freqüentes vermelhidão, coceira e dor. Lave imediatamente em água corrente por, pelo menos, 15 minutos. Remova a roupa contaminada e os sapatos. Procure ajuda médica. Lave as roupas e os sapatos antes de reutilizá-los. Contato com os olhos: Causa irritação, vermelhidão e dor. Lave imediatamente com água corrente por, pelo menos, 15 minutos, abrindo e fechando ocasionalmente as pálpebras. Procure ajuda médica imediatamente. Exposição crônica: Pode causar salivação, espirros, conjuntivites, enxaqueca, febre, laringite, bronquite A exposição de pele repetida pode causar erupções cutâneas de pele. Agravo das condições pré-existentes Pessoas com desordens de pele ou com função respiratória falha devem ser mais suscetíveis aos efeitos da substância. METANOL O contato pode causar danos visuais, necrose do putâmen (SNC), danos no pâncreas. A ingestão de metanol leva ao desenvolvimento de náuseas, vômitos, dores abdominais, perturbações visuais e modificações do estado mental depois de um tempo de latência de 12 a 24h. São também frequentes perturbações metabólicas tais como acidose metabólica. A uma pessoa que sofre uma intoxicação com metanol deve ser logo providenciada uma ventilação adequada. Se a ingestão de metanol tiver sido recente deve fazer-se uma lavagem gástrica para eliminar eventuais resíduos de metanol que ainda estejam no estômago. NITRATO DE PRATA Após contato com a pele: lavar com bastante água. Passar polietileno glicol 400. Remover imediatamente a roupa contaminada. Após contato com os olhos: enxaguar com bastante água por no mínimo 10 minutos segurando abertamente as pálpebras. Chamar um médico especialista. Após ingerir: fazer a vítima beber bastante água, evitar o vômito. Chamar com urgência um médico. Não tentar neutralizar.

p-NITROACETANILIDA Provoca irritação cutânea. Provoca irritação ocular grave. Pode provocar irritação das vias respiratórias. Se entrar em contato com a pele: lavar com sabonete e água abundantes.

57 Em caso de inalação: retirar a vítima para uma zona ao ar livre e mantê-la em repouso numa posição que não dificulte a respiração. Se entrar em contato com os olhos: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.

PERMANGANATO DE POTÁSSIO Oxidante forte. O contato com outros materiais pode causar incêndio. Causa queimaduras na região de contato. Tóxico se ingerido ou inalado. Inalação: Causa irritação ao trato respiratório. Os sintomas podem incluir tosse e dificuldade para respirar. Altas concentrações podem causar edema pulmonar. Remova para o ar fresco. Se a vítima não respirar faça respiração artificial. Se houver dificuldade para respirar, dê oxigênio. Chame imediatamente um médico. Ingestão: A ingestão de pó ou de eltas concentrações causa distúrbios graves do sistema gastrointestinal com possíveis queimaduras e edema; pulso lento, choque com queda da pressão sanguínea. Pode ser fatal. A ingestão de concentrações de até 1% causa queimaduras da garganta, nâuseas, vômitos e dor abdominal. Concentrações de 2-3% causam anemia e inflamação da garganta com dificuldade para respirar. Concentrações de 4-5% podem causar danos renais. Se ingerido, NÃO induza o vômito. Dê grandes quantidades de água se estiver consciente. Chame um médico imediatamente. Contato com a pele: Os cristais secos e as soluções concentradas são cáusticas, causando envermelhecimento, dor, queimaduras severas, manchas marrons na área de contato e possível endurecimento da epiderme. Soluções diluidas são levemente irritantes para a pele. Lave imediatamente com água em abundância por pelo menos 15 minutos, removendo roupas e calçados contaminados. Chame um médico imediatamente. Contato com os olhos: O contato dos olhos com cristais (poeira) e soluções concentradas causa irritação severa, envermelhecimento, visão borrada e podem causar danos sérios, possivelmente permenentes (seqüelas). Lave imediatamente os olhos com água abundante por pelo menos 15 minutos, erguendo periodicamente as pálpebras. Chame imediatamente um médico. Exposição crônica: O contato prolongado com a pele pode causar irritação, pele seca e dermatite. O envenenamento crônico com Manganês pode resultar da inalação de poeira contendo esse elemento, causando seqüelas no Sistema Nervoso Central. Os primeiros sintomas incluem sonolência, prostração e fraqueza nas pernas. Casos mais avançados têm mostrado sintomas de expressão facial “fixa” , distúrbios emocionais, espasmos e quedas.

SULFATO DE SÓDIO ANIDRO Inalação: Remover a vítima para local ventilado. Contato com a pele: Lavar com água corrente. Retirar as roupas contaminadas. Contato com os olhos: Lavar os olhos com água em abundância, por pelo menos 20 minutos. Ingestão: em caso de mal estar. Consultar um médico TETRACLORETO DE CARBONO Danoso se for engolido, inalado ou absorvido pela pele. Causa irritação da pele, olhos e tracto respiratório. Suspeito de ser causador de cancro (o que depende do nível e duração da exposição). Pode afectar o sistema nervoso central, pulmões, fígado e rins. Equipamento a ser usado em laboratório: óculos, bata, protecção respiratória e luvas apropriadas. Inalação: Remover o indivíduo exposto ao ar livre. Se não respirar fazer respiração artificial. Se respirar com dificuldade, forneça oxigénio. Procure ajuda de um médico. Ingestão: Induza o vómito imediatamente. Dê grandes quantidades de água. Nunca dê algo pela boca a uma pessoa inconsciente. Chame um médico imediatamente.

58 Contato com a pele: Retire o excesso de material e lave imediatamente em água corrente e sabão durante, pelo menos, 15 minutos, removendo a roupa contaminada e os sapatos. Procure ajuda médica imediatamente. Lave as roupas e os sapatos antes de reutilizá-los. Contato com os olhos: Lave imediatamente com água corrente por, pelo menos, 15 minutos, abrindo e fechando ocasionalmente as pálpebras. Procure ajuda médica imediatamente.

Anotações