revista terra querida - piauiensidade 2 educação+esporte
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Revista Terra Querida - Piauiensidade 2 Educação+EsporteTRANSCRIPT
COCAL DOS ALVES EM NÚMEROSEles são filhos de família humilde e de pouco estudo. Quase sempre, moram em comunidades
rurais onde até bem pouco tem sequer havia energia elétrica. Via de regra, vivem em casas
simples, onde a realidade é o pote de barro, o fogão à lenha e a rede de tucum. Muitas vezes,
são obrigados a caminhar por quilômetros para conseguir um transporte que os leve ao colégio.
Eles tinham tudo para desanimar. Mas, ao contrário, contribuem para que Cocal dos Alves seja
destaque nacional na educação.
5.500 habitantes
7.000.000 É o número de alunos, do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio
de todo o Brasil, que participaram da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro,
iniciativa da Fundação Itaú Social e do Ministério da Educação, na qual Francicleiton de Pinho
Cardoso, aluno do Ensino Médio Augustinho Brandão, faturou medalha de bronze.
500.000 É o número de alunos inscritos no concurso Soletrando, do Caldeirão do Huck, em 2011,
quando o colocalense Izael Araújo faturou o título de campeão.
100.000 É a quantia em Reais (R$) faturada por Izael Araújo como prêmio por ter sido campeão
do Soletrando 2011.
41 É o número de medalhas que alunos de Cocal dos Alves faturaram desde 2005 na Olimpíada
Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Desse total, oito foram de ouro, sete
de prata e 26 de bronze. Estudantes da cidade ainda conquistaram 61 menções honrosas.
40 É o número de notas 10 que Sandoel de Brito Vieira tirou em Matemática nos cinco últimos
anos na escola. “Desde a 7ª série (Ensino Fundamental) o Sandoel só tira nota 10 em
Matemática", conta Amaral. Além disso, entre 2005 e 2010, ele também conquistou três
medalhas de ouro, duas medalhas de bronze e uma menção honrosa na OBMEP.
16 É o número de alunos do Ensino Médio Augustinho Brandão inscritos e aprovados no
vestibular da Universidade Federal do Piauí (UFPI) do ano passado. Destaque para
Sandoel de Brito Vieira (1º lugar em Licenciatura em Matemática) e Marilene Magalhães
de Brito (1º lugar em Bacharelado em Estatística).
10 É o número de horas diárias que estuda Cristiane Vieira Amaral, aluna do Ensino
Médio Augustinho Brandão, que pode ser a primeira estudante da cidade aprovada
no curso de Medicina.
3 É o número de aprovações em vestibulares que Francicleiton de Pinho Cardoso
conseguiu ao final de 2010. O jovem cocalense foi aprovado para os cursos de Letras
Português, Filosofia e Comunicação Social.
2 É o número de quilômetros que João Francisco da Rocha Filho, aluno do 3º ano do
Ensino Médio Augustinho Brandão, caminha para pegar o ônibus que o levará da
comunidade rural Gengibre até o Centro de Cocal dos Alves. À noite, ele caminha
os mesmos dois quilômetros quando precisa voltar para casa.
0 É o número de escolas públicas estaduais piauienses à frente do Ensino Médio
Augustinho Brandão no ranking do Enem divulgado recentemente. No ranking
envolvendo todas as escolas do estado - particulares, estaduais e federais -
o colégio ficou na 49ª colocação
Ele nasceu em dezembro de
1979. Filho de pais analfabetos,
estudou em Cocal da Estação e
Piracuruca, até entrar na
Universidade Estadual do Piauí
(Uespi), em Parnaíba. Casado com a
professora Elizete Costa do Amaral e
pai dos gêmeos Sávio e Saul, Antonio
Cardoso do Amaral, professor de
Matemática da rede pública de Cocal
dos Alves, foi eleito o Homem do Ano
ALFA e é um dos principais motivos
de orgulho dos piauienses em 2011.
Para conquistar o título de
Homem do Ano, Antonio Amaral
deixou para trás gente graúda na
votação popular realizada no site da
revista ALFA. Ele ficou à frente de
nomes como Luciano Huck, Romário,
Neymar, Anderson Silva e o ex-
presidente Fernando Henrique
Cardoso. A sua eleição, no entanto,
não foi por acaso.
Amaral é referência para uma
geração de alunos que tem levado o
nome de Cocal dos Alves a destaque
nacional quando o assunto é
educação, não só na Olimpíada
Brasileira de Matemática, cujo
principal expoente é o
multimedalhista Sandoel de Brito
Vieira, mas também em outras áreas.
Que o diga Izael Araújo, vencedor da
quinta edição do concurso
ELE É O CARA
Flávio Meireles escreveu
COCAL DOS ALVES EM NÚMEROSEles são filhos de família humilde e de pouco estudo. Quase sempre, moram em comunidades
rurais onde até bem pouco tem sequer havia energia elétrica. Via de regra, vivem em casas
simples, onde a realidade é o pote de barro, o fogão à lenha e a rede de tucum. Muitas vezes,
são obrigados a caminhar por quilômetros para conseguir um transporte que os leve ao colégio.
Eles tinham tudo para desanimar. Mas, ao contrário, contribuem para que Cocal dos Alves seja
destaque nacional na educação.
5.500 habitantes
7.000.000 É o número de alunos, do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio
de todo o Brasil, que participaram da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro,
iniciativa da Fundação Itaú Social e do Ministério da Educação, na qual Francicleiton de Pinho
Cardoso, aluno do Ensino Médio Augustinho Brandão, faturou medalha de bronze.
500.000 É o número de alunos inscritos no concurso Soletrando, do Caldeirão do Huck, em 2011,
quando o colocalense Izael Araújo faturou o título de campeão.
100.000 É a quantia em Reais (R$) faturada por Izael Araújo como prêmio por ter sido campeão
do Soletrando 2011.
41 É o número de medalhas que alunos de Cocal dos Alves faturaram desde 2005 na Olimpíada
Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Desse total, oito foram de ouro, sete
de prata e 26 de bronze. Estudantes da cidade ainda conquistaram 61 menções honrosas.
40 É o número de notas 10 que Sandoel de Brito Vieira tirou em Matemática nos cinco últimos
anos na escola. “Desde a 7ª série (Ensino Fundamental) o Sandoel só tira nota 10 em
Matemática", conta Amaral. Além disso, entre 2005 e 2010, ele também conquistou três
medalhas de ouro, duas medalhas de bronze e uma menção honrosa na OBMEP.
16 É o número de alunos do Ensino Médio Augustinho Brandão inscritos e aprovados no
vestibular da Universidade Federal do Piauí (UFPI) do ano passado. Destaque para
Sandoel de Brito Vieira (1º lugar em Licenciatura em Matemática) e Marilene Magalhães
de Brito (1º lugar em Bacharelado em Estatística).
10 É o número de horas diárias que estuda Cristiane Vieira Amaral, aluna do Ensino
Médio Augustinho Brandão, que pode ser a primeira estudante da cidade aprovada
no curso de Medicina.
3 É o número de aprovações em vestibulares que Francicleiton de Pinho Cardoso
conseguiu ao final de 2010. O jovem cocalense foi aprovado para os cursos de Letras
Português, Filosofia e Comunicação Social.
2 É o número de quilômetros que João Francisco da Rocha Filho, aluno do 3º ano do
Ensino Médio Augustinho Brandão, caminha para pegar o ônibus que o levará da
comunidade rural Gengibre até o Centro de Cocal dos Alves. À noite, ele caminha
os mesmos dois quilômetros quando precisa voltar para casa.
0 É o número de escolas públicas estaduais piauienses à frente do Ensino Médio
Augustinho Brandão no ranking do Enem divulgado recentemente. No ranking
envolvendo todas as escolas do estado - particulares, estaduais e federais -
o colégio ficou na 49ª colocação
Ele nasceu em dezembro de
1979. Filho de pais analfabetos,
estudou em Cocal da Estação e
Piracuruca, até entrar na
Universidade Estadual do Piauí
(Uespi), em Parnaíba. Casado com a
professora Elizete Costa do Amaral e
pai dos gêmeos Sávio e Saul, Antonio
Cardoso do Amaral, professor de
Matemática da rede pública de Cocal
dos Alves, foi eleito o Homem do Ano
ALFA e é um dos principais motivos
de orgulho dos piauienses em 2011.
Para conquistar o título de
Homem do Ano, Antonio Amaral
deixou para trás gente graúda na
votação popular realizada no site da
revista ALFA. Ele ficou à frente de
nomes como Luciano Huck, Romário,
Neymar, Anderson Silva e o ex-
presidente Fernando Henrique
Cardoso. A sua eleição, no entanto,
não foi por acaso.
Amaral é referência para uma
geração de alunos que tem levado o
nome de Cocal dos Alves a destaque
nacional quando o assunto é
educação, não só na Olimpíada
Brasileira de Matemática, cujo
principal expoente é o
multimedalhista Sandoel de Brito
Vieira, mas também em outras áreas.
Que o diga Izael Araújo, vencedor da
quinta edição do concurso
ELE É O CARA
Flávio Meireles escreveu
De município voltado para a
pequena agricultura à cidade com
maior número de Doutores per capita
do Brasil. Esta tem sido a trajetória de
Bom Jesus, no Sul do Piauí. Após
tornar-se celeiro do agronegócio do
Estado, o município ganha bons ares
de cidade universitária.
A instalação, em 13 de
novembro de 2006, do campus
Cinobelina Elvas, da Universidade
Federal do Piauí (UFPI), é um dos
responsáveis pelo salto educacional
de Bom Jesus. No campus, onde hoje
estão matriculados 1.314 alunos, são
oferecidos cursos de Engenharias
Agronômica e Florestal, Zootecnia,
Medicina Veterinária e Ciências
Vanessa Mendonça escreveu
Biológicas, especialidades que
atendem às necessidades do mercado
local.
A UFPI já mantinha, desde
1982, o Colégio Agrícola de Bom
Jesus, melhor escola pública do Piauí
segundo o Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) de 2010. Mas foi a
oferta de cursos universitários,
voltados para atender à crescente
demanda por mão-de-obra qualificada
da cadeia produtiva do agronegócio,
que mudou a realidade de milhares de
jovens da cidade e de municípios
circunvizinhos.
Bom Jesus é hoje uma das
cidades com maior número de
Doutores per capta do Brasil. Dos 89
professores do Cinobelina Elvas, 70
são Doutores, 17 são Mestres (muitos
deles já estão fazendo Doutorado) e
apenas dois são Especialistas. “A
riqueza natural da região e as boas
condições de trabalho permitem que
esses professores possam realizar
suas pesquisas e isso é um grande
atrativo para a maioria deles”, explica
o diretor.
Segundo o diretor do campus,
Lindenberg Sarmento, que é Doutor
em Genética e Melhoramento Animal,
por sua boa estrutura e qualificado
corpo docente, os cursos têm atraído
até mesmo alunos de outros estados
do Norte, Sul e Centro-oeste.
Na Universidade são
desenvolvidos vários projetos de
pesquisa e extensão que vão ao
encontro das necessidades da
população local. “Temos projetos
desde aproveitamento de resíduos
alimentares até soluções para as
cadeias produtivas da bovinocultura
de leite, ovino e caprinocultura”,
exemplifica Sarmento. Em breve,
também será oferecido curso pré-
vestibular para a população de todo o
Vale do Gurguéia a fim de preparar os
futuros alunos do campus. A oferta de
vagas deve aumentar nos próximos
anos. “Estamos elaborando propostas
de quatro novos cursos de licenciatura
para aproveitar nossa estrutura no
período da noite: Letras, Química,
Física e Matemática”, afirma o diretor.
A CAPITAL DOS DOUTORES
Soletrando, no programa Caldeirão
do Huck. Foi o professor Amaral o
responsável por inscrever o aluno no
quadro da TV Globo.
“Durante as aulas de
Matemática eu fui percebendo que
ele tinha um dicionário na cabeça”,
diz o professor. “Fico feliz porque
conquistar o prêmio é uma forma de
ajudar a educação pública a ficar em
evidência e acredito que isso
possibilitará um maior envolvimento
de todos para que ela melhore. Mas
fico triste em constatar que o que eu
fiz poderia ter sido feito por milhares
de professores”.
Quem visita a cidade e
conhece os protagonistas desse
sucesso descobre que o exemplo de
Cocal dos Alves não tem nenhum
grande segredo: determinação e
responsabilidade na dose certa são
os principais ingredientes dessa
receita que o município não se cansa
de saborear. “Não tem segredo. Os
resultados acontecem quando os
professores se empenham, os alunos
acreditam no projeto e a escola
proporciona um ambiente saudável”,
argumenta Amaral. “Todo ano, o
colégio está entre as 10 melhores
escolas públicas do Enem (Exame
Nacional do Ensino Médio) no Piauí.
Nossos alunos acreditam no projeto e
agarram com unhas e dentes as
oportunidades. Por isso, conquistam
esses resultados”, complementa.
Essa mistura envolvendo
alunos dedicados, pais determinados,
professores rigorosos e bom
ambiente escolar só poderia ter uma
consequência: um ensino de
qualidade, testado em olimpíadas
escolares e comprovado em
vestibulares. “Todos os alunos que se
envolveram nas Olimpíadas de
Matemática e concluíram o Ensino
Médio em Cocal dos Alves, não
tiveram dificuldades para passar no
vestibular”, destaca Amaral.
IZAEL ARAÚJO
vencedor da quinta edição do concurso Soletrando, no programa Caldeirão do Huck.
De município voltado para a
pequena agricultura à cidade com
maior número de Doutores per capita
do Brasil. Esta tem sido a trajetória de
Bom Jesus, no Sul do Piauí. Após
tornar-se celeiro do agronegócio do
Estado, o município ganha bons ares
de cidade universitária.
A instalação, em 13 de
novembro de 2006, do campus
Cinobelina Elvas, da Universidade
Federal do Piauí (UFPI), é um dos
responsáveis pelo salto educacional
de Bom Jesus. No campus, onde hoje
estão matriculados 1.314 alunos, são
oferecidos cursos de Engenharias
Agronômica e Florestal, Zootecnia,
Medicina Veterinária e Ciências
Vanessa Mendonça escreveu
Biológicas, especialidades que
atendem às necessidades do mercado
local.
A UFPI já mantinha, desde
1982, o Colégio Agrícola de Bom
Jesus, melhor escola pública do Piauí
segundo o Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) de 2010. Mas foi a
oferta de cursos universitários,
voltados para atender à crescente
demanda por mão-de-obra qualificada
da cadeia produtiva do agronegócio,
que mudou a realidade de milhares de
jovens da cidade e de municípios
circunvizinhos.
Bom Jesus é hoje uma das
cidades com maior número de
Doutores per capta do Brasil. Dos 89
professores do Cinobelina Elvas, 70
são Doutores, 17 são Mestres (muitos
deles já estão fazendo Doutorado) e
apenas dois são Especialistas. “A
riqueza natural da região e as boas
condições de trabalho permitem que
esses professores possam realizar
suas pesquisas e isso é um grande
atrativo para a maioria deles”, explica
o diretor.
Segundo o diretor do campus,
Lindenberg Sarmento, que é Doutor
em Genética e Melhoramento Animal,
por sua boa estrutura e qualificado
corpo docente, os cursos têm atraído
até mesmo alunos de outros estados
do Norte, Sul e Centro-oeste.
Na Universidade são
desenvolvidos vários projetos de
pesquisa e extensão que vão ao
encontro das necessidades da
população local. “Temos projetos
desde aproveitamento de resíduos
alimentares até soluções para as
cadeias produtivas da bovinocultura
de leite, ovino e caprinocultura”,
exemplifica Sarmento. Em breve,
também será oferecido curso pré-
vestibular para a população de todo o
Vale do Gurguéia a fim de preparar os
futuros alunos do campus. A oferta de
vagas deve aumentar nos próximos
anos. “Estamos elaborando propostas
de quatro novos cursos de licenciatura
para aproveitar nossa estrutura no
período da noite: Letras, Química,
Física e Matemática”, afirma o diretor.
A CAPITAL DOS DOUTORES
Soletrando, no programa Caldeirão
do Huck. Foi o professor Amaral o
responsável por inscrever o aluno no
quadro da TV Globo.
“Durante as aulas de
Matemática eu fui percebendo que
ele tinha um dicionário na cabeça”,
diz o professor. “Fico feliz porque
conquistar o prêmio é uma forma de
ajudar a educação pública a ficar em
evidência e acredito que isso
possibilitará um maior envolvimento
de todos para que ela melhore. Mas
fico triste em constatar que o que eu
fiz poderia ter sido feito por milhares
de professores”.
Quem visita a cidade e
conhece os protagonistas desse
sucesso descobre que o exemplo de
Cocal dos Alves não tem nenhum
grande segredo: determinação e
responsabilidade na dose certa são
os principais ingredientes dessa
receita que o município não se cansa
de saborear. “Não tem segredo. Os
resultados acontecem quando os
professores se empenham, os alunos
acreditam no projeto e a escola
proporciona um ambiente saudável”,
argumenta Amaral. “Todo ano, o
colégio está entre as 10 melhores
escolas públicas do Enem (Exame
Nacional do Ensino Médio) no Piauí.
Nossos alunos acreditam no projeto e
agarram com unhas e dentes as
oportunidades. Por isso, conquistam
esses resultados”, complementa.
Essa mistura envolvendo
alunos dedicados, pais determinados,
professores rigorosos e bom
ambiente escolar só poderia ter uma
consequência: um ensino de
qualidade, testado em olimpíadas
escolares e comprovado em
vestibulares. “Todos os alunos que se
envolveram nas Olimpíadas de
Matemática e concluíram o Ensino
Médio em Cocal dos Alves, não
tiveram dificuldades para passar no
vestibular”, destaca Amaral.
IZAEL ARAÚJO
vencedor da quinta edição do concurso Soletrando, no programa Caldeirão do Huck.
OS 5 PASSOS
Os gestores Edvaldo Lima (Liceu Piauiense) e Gideão
Machado (Cemti João Henrique) ressaltam alguns pontos
que sentem como decisivos para a melhoria do aprendiza-
do e do desempenho dos alunos. O acompanhamento do
professor, o trabalho pedagógico especialmente
desenvolvido para alunos com rendimento inferior, a
inclusão da família no processo de aprendizagem, a
garantia de suporte estrutural e pedagógico aos alunos
que passam o dia na escola e a promoção de atividades
complementares e extra-classe. Segundo eles, esses são
os passos para seguir o caminho que tem levado ao
destino certo na educação do Piauí.
#Integração
Compromisso docente: os professores são criteriosa-mente selecionados e devem es ta r d i spon íve is pa ra trabalhar também em tempo integral, pois acompanham os alunos nos deveres extra-classe e ministram oficinas durante a tarde.
Suporte ao estudante: durante o tempo que passam na escola, os alunos dispõem de três refeições por dia, espaços silenciosos para estudar, livros didáticos, obras literárias, periódicos para consultas, computadores com internet, além da presença docente.
Mais tempo na escola: os estudantes chegam a passar mais de 10 horas por dia na escola, o que significa mais t e m p o d i s p o n í v e l a o s professores e vice-versa. Além disso, participam de o u t r a s a t i v i d a d e s q u e proporcionam conhecimentos diferenciados.
Trabalho com a família: os pais par t ic ipam de reuniões mensais, para que estejam sempre informados quanto aos resultados dos filhos. O incentivo e a participação familiar contribuem para o aprendizado.
T r a b a l h o p e d a g ó g i c o diferenciado: além da maior atenção que os professores dispensam aos alunos, o trabalho é realizado o mais individualmente possível. Cada aluno é atendido conforme suas dificuldades particulares, em classe e fora dela.
Rafael diz que além de ter
percebido pessoalmente o efeito do
incentivo docente ao aprendizado,
conseguiu notar a satisfação e a
melhoria nos resultados dos colegas
de escola. “Como presidente do
grêmio estudantil, vejo que os alunos
estão realmente satisfeitos porque
têm uma estrutura de qualidade o dia
inteiro, gostam do trabalho dos
professores e sentem vontade de
permanecer todas essas horas na
escola”, destaca Rafael.
Eles são jovens, piauienses,
estudantes do 3º ano do Ensino
Médio público estadual e
compartilham de um importante ponto
em comum: tiveram coragem para
seguir um novo caminho.
Ela abriu mão de quatro horas
diárias de descanso e lazer para
passar mais de dez horas estudando.
Também abriu mão de estudar num
colégio particular para enfrentar o
desafio ao estudar num colégio
público. Ele buscou o caminho da
liderança e dos novos desafios,
inicialmente, como presidente do
grêmio estudantil da escola, e acabou
se tornando representante do Brasil
Maria Romero escreveu
O SEGREDO DO SUCESSOno Prêmio Duque de Edimburgo,
realizado no Quênia, pela Corte Real
Britânica.
As proporções nas vidas de
Paloma Vanderlei e Rafael Oliveira
são bem distintas, mas os reflexos na
vida dos jovens foram igualmente
significativos. Paloma estuda no
Centro de Ensino Médio de Tempo
Integral (Cemti) João Henrique de
Almeida Sousa, que fica no bairro
Morada Nova, zona Sul de Teresina.
Rafael frequenta o Colégio Estadual
Zacarias de Góis, o Liceu Piauiense,
que recentemente também implantou
o sistema de ensino em tempo
integral.
Os dois estudantes consideram
o modelo que mantém o aluno por
mais tempo na escola - não apenas
no ambiente físico, mas participando
ativamente de projetos, oficinas,
atividades complementares e de
reforço disciplinar – extremamente
positivo para uma melhora no
desempenho. “Eu tinha muita vontade
de conhecer e de vivenciar o ensino
em tempo integral. Hoje eu sei que,
com isso, estou estudando mais, me
dedicando mais e aprendendo mais”
conta Paloma, que antes obtinha
médias entre 6 e 7 e hoje alcança
notas entre 7 e 8 na nova escola.
OS 5 PASSOS
Os gestores Edvaldo Lima (Liceu Piauiense) e Gideão
Machado (Cemti João Henrique) ressaltam alguns pontos
que sentem como decisivos para a melhoria do aprendiza-
do e do desempenho dos alunos. O acompanhamento do
professor, o trabalho pedagógico especialmente
desenvolvido para alunos com rendimento inferior, a
inclusão da família no processo de aprendizagem, a
garantia de suporte estrutural e pedagógico aos alunos
que passam o dia na escola e a promoção de atividades
complementares e extra-classe. Segundo eles, esses são
os passos para seguir o caminho que tem levado ao
destino certo na educação do Piauí.
#Integração
Compromisso docente: os professores são criteriosa-mente selecionados e devem es ta r d i spon íve is pa ra trabalhar também em tempo integral, pois acompanham os alunos nos deveres extra-classe e ministram oficinas durante a tarde.
Suporte ao estudante: durante o tempo que passam na escola, os alunos dispõem de três refeições por dia, espaços silenciosos para estudar, livros didáticos, obras literárias, periódicos para consultas, computadores com internet, além da presença docente.
Mais tempo na escola: os estudantes chegam a passar mais de 10 horas por dia na escola, o que significa mais t e m p o d i s p o n í v e l a o s professores e vice-versa. Além disso, participam de o u t r a s a t i v i d a d e s q u e proporcionam conhecimentos diferenciados.
Trabalho com a família: os pais par t ic ipam de reuniões mensais, para que estejam sempre informados quanto aos resultados dos filhos. O incentivo e a participação familiar contribuem para o aprendizado.
T r a b a l h o p e d a g ó g i c o diferenciado: além da maior atenção que os professores dispensam aos alunos, o trabalho é realizado o mais individualmente possível. Cada aluno é atendido conforme suas dificuldades particulares, em classe e fora dela.
Rafael diz que além de ter
percebido pessoalmente o efeito do
incentivo docente ao aprendizado,
conseguiu notar a satisfação e a
melhoria nos resultados dos colegas
de escola. “Como presidente do
grêmio estudantil, vejo que os alunos
estão realmente satisfeitos porque
têm uma estrutura de qualidade o dia
inteiro, gostam do trabalho dos
professores e sentem vontade de
permanecer todas essas horas na
escola”, destaca Rafael.
Eles são jovens, piauienses,
estudantes do 3º ano do Ensino
Médio público estadual e
compartilham de um importante ponto
em comum: tiveram coragem para
seguir um novo caminho.
Ela abriu mão de quatro horas
diárias de descanso e lazer para
passar mais de dez horas estudando.
Também abriu mão de estudar num
colégio particular para enfrentar o
desafio ao estudar num colégio
público. Ele buscou o caminho da
liderança e dos novos desafios,
inicialmente, como presidente do
grêmio estudantil da escola, e acabou
se tornando representante do Brasil
Maria Romero escreveu
O SEGREDO DO SUCESSOno Prêmio Duque de Edimburgo,
realizado no Quênia, pela Corte Real
Britânica.
As proporções nas vidas de
Paloma Vanderlei e Rafael Oliveira
são bem distintas, mas os reflexos na
vida dos jovens foram igualmente
significativos. Paloma estuda no
Centro de Ensino Médio de Tempo
Integral (Cemti) João Henrique de
Almeida Sousa, que fica no bairro
Morada Nova, zona Sul de Teresina.
Rafael frequenta o Colégio Estadual
Zacarias de Góis, o Liceu Piauiense,
que recentemente também implantou
o sistema de ensino em tempo
integral.
Os dois estudantes consideram
o modelo que mantém o aluno por
mais tempo na escola - não apenas
no ambiente físico, mas participando
ativamente de projetos, oficinas,
atividades complementares e de
reforço disciplinar – extremamente
positivo para uma melhora no
desempenho. “Eu tinha muita vontade
de conhecer e de vivenciar o ensino
em tempo integral. Hoje eu sei que,
com isso, estou estudando mais, me
dedicando mais e aprendendo mais”
conta Paloma, que antes obtinha
médias entre 6 e 7 e hoje alcança
notas entre 7 e 8 na nova escola.
#ORGULHONOME: SARAH GABRIELLE CABRAL DE MENEZES
IDADE: 21
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: JUDÔ
MAIOR CONQUISTA: BICAMPEONATO MUNDIAL JÚNIOR (2008 E 2009)
SONHO: CONQUISTAR UMA MEDALHA OLÍMPICA
Terceira colocada no ranking da Federação Internacional de Judô, Sarah Menezes é o principal nome não só
desta geração, mas de toda a história do esporte piauiense. Detalhe: ela nunca precisou deixar o Piauí para se tornar o
maior expoente do país – e um dos maiores do mundo! – na categoria até 48 quilos. Às vésperas de disputar a sua
segunda Olimpíada (a primeira foi a de Pequim, em 2008), ela tem um currículo e tanto para quem tem apenas 21 anos:
além de uma série de conquistas que lhe garantem a proximidade do topo do ranking na sua categoria, é bicampeã
mundial júnior e, em 2009, conquistou o Prêmio Brasil Olímpico, oferecido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) à
melhor atleta do país naquele ano.
O novo desafio da judoca são os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, onde Sarah Menezes tem a companhia
de outras duas piauienses na delegação brasileira: Aparecida, jogadora do Vitória de Santo Antão (PE) e natural de
Cristalândia, convocada para defender a Seleção Brasileira de futebol feminino, e Cruz Nonata, fundista convocada pela
Confederação Brasileira de Atletismo para disputar as provas de 5.000 metros e 10.000 metros rasos. Para sua
preparação para o Pan e as Olímpiadas, a CBJ doou um tatame oficial.
Durante um bom tempo, o esporte piauiense dependia do surgimento
esporádico de um ou outro nome para ganhar destaque no cenário nacional.
Era um Leonardo consagrando-se como um dos maiores artilheiros do Sport
aqui, um Zé Maria defendendo a Seleção Brasileira ali, um Benito Mussolini
derrubando dificuldades e adversários nos tatames acolá. Hoje, a realidade no
estado é outra: são meninos e meninas, homens e mulheres brigando de igual
para igual pelas primeiras posições em suas respectivas modalidades.
SERTANEJOS E FORTES
Flávio Meireles escreveu
#ORGULHONOME: SARAH GABRIELLE CABRAL DE MENEZES
IDADE: 21
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: JUDÔ
MAIOR CONQUISTA: BICAMPEONATO MUNDIAL JÚNIOR (2008 E 2009)
SONHO: CONQUISTAR UMA MEDALHA OLÍMPICA
Terceira colocada no ranking da Federação Internacional de Judô, Sarah Menezes é o principal nome não só
desta geração, mas de toda a história do esporte piauiense. Detalhe: ela nunca precisou deixar o Piauí para se tornar o
maior expoente do país – e um dos maiores do mundo! – na categoria até 48 quilos. Às vésperas de disputar a sua
segunda Olimpíada (a primeira foi a de Pequim, em 2008), ela tem um currículo e tanto para quem tem apenas 21 anos:
além de uma série de conquistas que lhe garantem a proximidade do topo do ranking na sua categoria, é bicampeã
mundial júnior e, em 2009, conquistou o Prêmio Brasil Olímpico, oferecido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) à
melhor atleta do país naquele ano.
O novo desafio da judoca são os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, onde Sarah Menezes tem a companhia
de outras duas piauienses na delegação brasileira: Aparecida, jogadora do Vitória de Santo Antão (PE) e natural de
Cristalândia, convocada para defender a Seleção Brasileira de futebol feminino, e Cruz Nonata, fundista convocada pela
Confederação Brasileira de Atletismo para disputar as provas de 5.000 metros e 10.000 metros rasos. Para sua
preparação para o Pan e as Olímpiadas, a CBJ doou um tatame oficial.
Durante um bom tempo, o esporte piauiense dependia do surgimento
esporádico de um ou outro nome para ganhar destaque no cenário nacional.
Era um Leonardo consagrando-se como um dos maiores artilheiros do Sport
aqui, um Zé Maria defendendo a Seleção Brasileira ali, um Benito Mussolini
derrubando dificuldades e adversários nos tatames acolá. Hoje, a realidade no
estado é outra: são meninos e meninas, homens e mulheres brigando de igual
para igual pelas primeiras posições em suas respectivas modalidades.
SERTANEJOS E FORTES
Flávio Meireles escreveu
#SUPERAÇÃONOME: CRUZ NONATA DA SILVA
IDADE: 37
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: ATLETISMO
MAIOR CONQUISTA: 4ª COLOCADA NA CORRIDA DE SÃO SILVESTRE 2010
SONHO: DISPUTAR UMA OLIMPÍADA
Cruz Nonata, aos 37 anos, é a mais
velha, ainda em atividade, nessa geração de
sertanejos e fortes do esporte piauiense. Mas
a sua estreia nas provas de atletismo
aconteceu há apenas sete anos. O seu debute
em competições de grande porte não poderia
ter sido melhor: em 2005, foi a 28ª na Corrida
Internacional de São Silvestre, prova na qual
sempre se destaca e onde, em 2010, alcançou
a 4ª colocação e garantiu um lugar no pódio
pelo segundo ano consecutivo. Especialista
em provas de fundo, ela é líder no ranking da
Confederação Brasileira de Atletismo na
categoria Meia Maratona, e segunda colocada
nos 5.000 metros, 10.000 metros e na Corrida
de Rua de 10 quilômetros.
#CAMPEÃONOME: RÔMULO BORGES MONTEIRO
IDADE: 21
CIDADE NATAL: PICOS
ESPORTE: FUTEBOL
MAIOR CONQUISTA: COPA DO BRASIL 2011
SONHO: DISPUTAR UMA COPA DO MUNDO
Dez anos, três meses e 19 dias. Esse foi
o tempo que o torcedor piauiense teve que
esperar para ver um jogador nascido nesta
terra filha do sol do equador jogando
novamente pela Seleção Brasileira. A estreia
do picoense Rômulo no time de Mano
Menezes acaba por coroar um momento
especial de uma geração de esportistas locais
talentosos que incorporam bem a frase mais
emblemática do clássico Os Sertões, de
Euclides da Cunha: “O sertanejo é, antes de
tudo, um forte”.
Natural do Município Modelo, Rômulo
deixou o Piauí em 2005, quando seguiu rumo
a Caruaru para submeter-se a testes no Porto,
time pernambucano com larga tradição na
revelação de jovens talentos. Quatro anos
depois, ele já era jogador do Vasco, realizando
o sonho de quase todo garoto no país: ser
jogador de futebol e defender um grande clube
brasileiro. Na última semana de setembro, ele
realizou mais um sonho (desta vez, de todo
jogador de futebol): jogar pela Seleção
Brasileira. A estreia não poderia ter sido
melhor: jogando de forma discreta e eficiente,
fez a sua parte na vitória por 2 a 0 sobre a
Argentina, conquistando o título do
Superclássico das Américas.
#SUPERAÇÃONOME: CRUZ NONATA DA SILVA
IDADE: 37
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: ATLETISMO
MAIOR CONQUISTA: 4ª COLOCADA NA CORRIDA DE SÃO SILVESTRE 2010
SONHO: DISPUTAR UMA OLIMPÍADA
Cruz Nonata, aos 37 anos, é a mais
velha, ainda em atividade, nessa geração de
sertanejos e fortes do esporte piauiense. Mas
a sua estreia nas provas de atletismo
aconteceu há apenas sete anos. O seu debute
em competições de grande porte não poderia
ter sido melhor: em 2005, foi a 28ª na Corrida
Internacional de São Silvestre, prova na qual
sempre se destaca e onde, em 2010, alcançou
a 4ª colocação e garantiu um lugar no pódio
pelo segundo ano consecutivo. Especialista
em provas de fundo, ela é líder no ranking da
Confederação Brasileira de Atletismo na
categoria Meia Maratona, e segunda colocada
nos 5.000 metros, 10.000 metros e na Corrida
de Rua de 10 quilômetros.
#CAMPEÃONOME: RÔMULO BORGES MONTEIRO
IDADE: 21
CIDADE NATAL: PICOS
ESPORTE: FUTEBOL
MAIOR CONQUISTA: COPA DO BRASIL 2011
SONHO: DISPUTAR UMA COPA DO MUNDO
Dez anos, três meses e 19 dias. Esse foi
o tempo que o torcedor piauiense teve que
esperar para ver um jogador nascido nesta
terra filha do sol do equador jogando
novamente pela Seleção Brasileira. A estreia
do picoense Rômulo no time de Mano
Menezes acaba por coroar um momento
especial de uma geração de esportistas locais
talentosos que incorporam bem a frase mais
emblemática do clássico Os Sertões, de
Euclides da Cunha: “O sertanejo é, antes de
tudo, um forte”.
Natural do Município Modelo, Rômulo
deixou o Piauí em 2005, quando seguiu rumo
a Caruaru para submeter-se a testes no Porto,
time pernambucano com larga tradição na
revelação de jovens talentos. Quatro anos
depois, ele já era jogador do Vasco, realizando
o sonho de quase todo garoto no país: ser
jogador de futebol e defender um grande clube
brasileiro. Na última semana de setembro, ele
realizou mais um sonho (desta vez, de todo
jogador de futebol): jogar pela Seleção
Brasileira. A estreia não poderia ter sido
melhor: jogando de forma discreta e eficiente,
fez a sua parte na vitória por 2 a 0 sobre a
Argentina, conquistando o título do
Superclássico das Américas.
#FUTURONOME: VINÍCIUS FEIJÃO NOGUEIRA
IDADE: 12
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: TÊNIS
MAIOR CONQUISTA: VICE-CAMPEÃO DA COPA GUGA KUERTEN EM 2010
SONHO: TORNAR-SE UM TENISTA DE PONTA NO PAÍS
Entre os mais novos, destaque para o tenista
Vinícius Nogueira. Aos 11 anos, ele tem conquistado
resultados significativos para o tênis piauiense nos
últimos anos. Em 2011, por exemplo, ele deixou para
trás o problema da transição de categorias (agora,
disputa a categoria até 12 anos) e, ao lado de
Samuel Torres, conquistou a Copa da Federações
de Tênis, competição equivalente a um Campeonato
Brasileiro. Décimo oitavo lugar do ranking da
confederação Brasileira de Tênis na categoria até 12
anos, ele é tratado como uma joia. “Em 2012, as
perspectivas são de que Vinícius supere esse difícil
ano de transição e possa figurar entre os três
melhores do país”, vislumbra Romildo Nogueira, pai
e principal entusiasta do garoto.
#INOVAÇÃONOME: LUCAS ALVES PINTO
IDADE: 17
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: BADMINTON
MAIOR CONQUISTA: OURO NO CAMPEONATO SUL-AMERICANO JÚNIOR 2010
SONHO: DISPUTAR AS OLIMPÍADAS JÁ EM 2012, EM LONDRES
Os caçulinhas da safra de bons valores do
esporte local vêm do badminton. O mais novo é
Fernando Vieira Jr. Aos oito anos, ele é o sétimo
colocado na categoria Masculino Sub 11 do ranking
da Confederação Brasileira de Badminton. Apenas
um ano mais velha, Sânia Valéria Passos Lima vai
ainda mais longe: é a primeira colocada do ranking
na categoria Feminino Sub 11. Além dela, outros
dois piauienses lideram suas categorias no país:
Gabriel Teixeira de Sousa (Masculino Sub 11) e
Waleson dos Santos (Masculino Sub 13).
Mas o badminton piauiense não se resume
apenas à molecada nascida a partir dos anos 2000.
Lucas Alves Pinto, Francielton Farias, Andreza
Miranda Santos, Ana Cristina Silva, Jéssica
Fernanda Oliveira, Gabriela Pereira, Emanuelly
Rocha Farias, Thaianara B. da Silva também são
nomes de respeito no cenário do esporte no país,
sempre figurando entre os ponteiros. Lucas Alves
Pinto, inclusive, conquistou três medalhas (duas de
prata e uma de bronze) no III Open Colombia
International disputado no início do mês em Bogotá.
De todos os destaques do badminton no Piauí
- e são muitos nas mais diversas categorias! -, Lucas
Alves Pinto é o principal nome. Com apenas 17
anos, já foi alçado para a categoria principal da
modalidade e pode defender o Brasil nas Olimpíadas
de Londres em 2012.
#FUTURONOME: VINÍCIUS FEIJÃO NOGUEIRA
IDADE: 12
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: TÊNIS
MAIOR CONQUISTA: VICE-CAMPEÃO DA COPA GUGA KUERTEN EM 2010
SONHO: TORNAR-SE UM TENISTA DE PONTA NO PAÍS
Entre os mais novos, destaque para o tenista
Vinícius Nogueira. Aos 11 anos, ele tem conquistado
resultados significativos para o tênis piauiense nos
últimos anos. Em 2011, por exemplo, ele deixou para
trás o problema da transição de categorias (agora,
disputa a categoria até 12 anos) e, ao lado de
Samuel Torres, conquistou a Copa da Federações
de Tênis, competição equivalente a um Campeonato
Brasileiro. Décimo oitavo lugar do ranking da
confederação Brasileira de Tênis na categoria até 12
anos, ele é tratado como uma joia. “Em 2012, as
perspectivas são de que Vinícius supere esse difícil
ano de transição e possa figurar entre os três
melhores do país”, vislumbra Romildo Nogueira, pai
e principal entusiasta do garoto.
#INOVAÇÃONOME: LUCAS ALVES PINTO
IDADE: 17
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: BADMINTON
MAIOR CONQUISTA: OURO NO CAMPEONATO SUL-AMERICANO JÚNIOR 2010
SONHO: DISPUTAR AS OLIMPÍADAS JÁ EM 2012, EM LONDRES
Os caçulinhas da safra de bons valores do
esporte local vêm do badminton. O mais novo é
Fernando Vieira Jr. Aos oito anos, ele é o sétimo
colocado na categoria Masculino Sub 11 do ranking
da Confederação Brasileira de Badminton. Apenas
um ano mais velha, Sânia Valéria Passos Lima vai
ainda mais longe: é a primeira colocada do ranking
na categoria Feminino Sub 11. Além dela, outros
dois piauienses lideram suas categorias no país:
Gabriel Teixeira de Sousa (Masculino Sub 11) e
Waleson dos Santos (Masculino Sub 13).
Mas o badminton piauiense não se resume
apenas à molecada nascida a partir dos anos 2000.
Lucas Alves Pinto, Francielton Farias, Andreza
Miranda Santos, Ana Cristina Silva, Jéssica
Fernanda Oliveira, Gabriela Pereira, Emanuelly
Rocha Farias, Thaianara B. da Silva também são
nomes de respeito no cenário do esporte no país,
sempre figurando entre os ponteiros. Lucas Alves
Pinto, inclusive, conquistou três medalhas (duas de
prata e uma de bronze) no III Open Colombia
International disputado no início do mês em Bogotá.
De todos os destaques do badminton no Piauí
- e são muitos nas mais diversas categorias! -, Lucas
Alves Pinto é o principal nome. Com apenas 17
anos, já foi alçado para a categoria principal da
modalidade e pode defender o Brasil nas Olimpíadas
de Londres em 2012.
#FORTALEZANOME: CAIC BALDUÍNO BARBOSA DE DEUS
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: HANDEBOL
MAIOR CONQUISTA: CAMPEONATO BRASILEIRO ESCOLAR DE HANDEBOL 2011
SONHO: CONQUISTAR O CAMPEONATO MUNDIAL ESCOLAR 2012 (CROÁCIA)
Se sozinhos, eles são fortes, em grupo eles são uma verdadeira fortaleza. Que o diga o Centro de
Aprendizagem e Integração de Cursos Balduíno Barbosa de Deus, da Vila Bandeirantes, que conseguiu
um feito inédito para o esporte piauiense. No final de novembro, a equipe conquistou o Campeonato
Brasileiro Escolar de Handebol, disputado no Distrito Federal. A conquista garantiu à equipe uma vaga
no Campeonato Mundial Escolar, que será realizado no ano que vem, na Croácia.
Se o futebol já não é mais vistoso como na década de 70, pelo menos o Piauí soube se
reinventar e hoje celebra a existência de uma geração que brilha no cenário esportivo como nunca antes
havia brilhado. Bom para o Piauí, que tem de quem se orgulhar. Melhor para essa turma, que tem a
oportunidade de escrever o nome da história do esporte local.
#FILHODEPEIXENOME: LAURO WILSON CABRAL FILHO
IDADE:18
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: NATAÇÃO
MAIOR CONQUISTA: MEDALHA DE PRATA NOS 200 METROS BORBOLETA NO SUL-AMERICANO DE NATAÇÃO 2011
SONHO: DISPUTAR A OLIMPÍADA DO RIO DE JANEIRO EM 2016
Não só dos gramados, dos tatames, das
pistas e das quadras vivem os grandes nomes do
esporte piauiense na atualidade. Das águas, o
grande expoente é Lauro Filho. Depois de se
destacar na natação piauiense, ter uma experiência
em Recife, defender o Tênis Clube (uma das mais
importantes equipes do país), ele é uma das grandes
promessas da natação do Flamengo e, em agosto,
foi convocado pela Confederação Brasileira de
Desportos Aquáticos (CBDA) para integrar a Seleção
Brasileira e tornou-se o primeiro piauiense disputar o
Campeonato Mundial Júnior de Natação, realizado
em Lima (Peru).
#FORTALEZANOME: CAIC BALDUÍNO BARBOSA DE DEUS
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: HANDEBOL
MAIOR CONQUISTA: CAMPEONATO BRASILEIRO ESCOLAR DE HANDEBOL 2011
SONHO: CONQUISTAR O CAMPEONATO MUNDIAL ESCOLAR 2012 (CROÁCIA)
Se sozinhos, eles são fortes, em grupo eles são uma verdadeira fortaleza. Que o diga o Centro de
Aprendizagem e Integração de Cursos Balduíno Barbosa de Deus, da Vila Bandeirantes, que conseguiu
um feito inédito para o esporte piauiense. No final de novembro, a equipe conquistou o Campeonato
Brasileiro Escolar de Handebol, disputado no Distrito Federal. A conquista garantiu à equipe uma vaga
no Campeonato Mundial Escolar, que será realizado no ano que vem, na Croácia.
Se o futebol já não é mais vistoso como na década de 70, pelo menos o Piauí soube se
reinventar e hoje celebra a existência de uma geração que brilha no cenário esportivo como nunca antes
havia brilhado. Bom para o Piauí, que tem de quem se orgulhar. Melhor para essa turma, que tem a
oportunidade de escrever o nome da história do esporte local.
#FILHODEPEIXENOME: LAURO WILSON CABRAL FILHO
IDADE:18
CIDADE NATAL: TERESINA
ESPORTE: NATAÇÃO
MAIOR CONQUISTA: MEDALHA DE PRATA NOS 200 METROS BORBOLETA NO SUL-AMERICANO DE NATAÇÃO 2011
SONHO: DISPUTAR A OLIMPÍADA DO RIO DE JANEIRO EM 2016
Não só dos gramados, dos tatames, das
pistas e das quadras vivem os grandes nomes do
esporte piauiense na atualidade. Das águas, o
grande expoente é Lauro Filho. Depois de se
destacar na natação piauiense, ter uma experiência
em Recife, defender o Tênis Clube (uma das mais
importantes equipes do país), ele é uma das grandes
promessas da natação do Flamengo e, em agosto,
foi convocado pela Confederação Brasileira de
Desportos Aquáticos (CBDA) para integrar a Seleção
Brasileira e tornou-se o primeiro piauiense disputar o
Campeonato Mundial Júnior de Natação, realizado
em Lima (Peru).
Apesar de jovem, Borim tem a
vida cheia de episódios marcantes: aos
12 anos, ele perdeu a irmã, aos 17, a
mãe e, em 2006, aos 20 anos, um
acidente de carro tirou-lhe o antebraço
direito. Esse fato acabou sendo um
divisor de águas no seu destino.
“Eu não tinha planos claros. O
acidente acabou sendo uma parada,
uma reflexão. Perguntar pra mim
mesmo o que eu queria me ajudou a
me apropriar do meu caminho. Algo
assim serve pra você se orientar por si.
Tudo está dentro de você”, declara.
E foi com este pensamento que
ele se reergueu. Voltou para as piscinas
com mais afinco, primeiro com uma
forma de reabilitação, depois como uma
filosofia e uma oportunidade para toda a
vida. Em 2007, Ângelo começou a
treinar forte na natação. Ele chegou a
ser vice-campeão brasileiro em 2008
nas provas dos 50 metros e 100 metros
nado livre, mas frustrado com as
marcas que obteve nos anos dois
seguintes, tentou algo novo.
“Até o começo de 2010, eu
treinava especificamente para a
natação, mas de repente, vi que os
resultados não acompanhavam a minha
dedicação, fui então experimentar o
triatlo. Participei de uma prova de triatlo
olímpico (1,5km de natação, 40 km de
bicicleta e 10 km de corrida) e me
apaixonei”, descreve.
Desde então, o atleta nunca mais
parou e vem conseguindo destaques
não só nas provas nacionais como
internacionais. Já obteve o 5º lugar no
mundial em Budapeste, na Hungria, no
ano passado e o 2º em Pequim, na
China, este ano.
Com a aprovação do triatlo para
o programa das Paraolimpíadas no
Brasil, Ângelo está empolgado e
determinado a buscar uma medalha.
“Vou trabalhar para as Paraolimpíadas
do Rio. Quero muito ganhar”, assegura,
focando o treinamento para daqui a
cinco anos.
Conhecedor da realidade do
esporte com deficientes no Piauí, o
atleta diz que o Estado pode virar um
celeiro de campeões. “O trabalho
realizado no Ceir pelo Childerico
Robson com o futebol e o basquete é
importante, mas é preciso de mais
gente para formar e cuidar dos atletas.
O Piauí tem tudo para ser uma
referência no esporte com deficientes”,
avalia.
Angelo Borim é a prova cabal de
que determinação e perseverança
superam as dificuldades. O esporte na
sua vida foi apenas o catalisador que
proporcionou um autoconhecimento e o
papel de ser um exemplo, para todos.
“O esporte é um caminho ótimo para a
inclusão. Esporte é minha vida. Ele
proporciona às pessoas comuns a se
perguntarem dos seus limites. E quando
você vê o atleta deficiente você diz,
'Como esse cara consegue'? E
mentaliza 'será que eu consigo'? O
deficiente no esporte faz a sociedade se
reorientar sobre os seus próprios limites
e ver como deve fazer. E assim a
sociedade se reinventa”, observa.
Carlos Lustosa Filho escreveu
CORRER, PEDALAR, NADAR, VOAR
Se atletas são os homens que mais se aproximam
da figura dos clássicos heróis gregos, o que dizer dos
paratletas, esportistas que transformam suas limitações em
um mero detalhe perante suas conquistas? Os feitos deles
são verdadeiras lições de vida para as pessoas como eu
ou você, leitor. Que o diga o triatleta piauiense Ângelo
Medeiros Borim, 25 anos.
Ele nasceu em Teresina, morou em São Paulo,
voltou ao Piauí para estudar e retornou para São Paulo
para cursar Psicologia na Pontifícia Universidade Católica,
a PUC. Nesse vai-e-vem todo, quando era criança e
adolescente, ele chegou a fazer natação, mas nunca
pensara em ser atleta.
Apesar de jovem, Borim tem a
vida cheia de episódios marcantes: aos
12 anos, ele perdeu a irmã, aos 17, a
mãe e, em 2006, aos 20 anos, um
acidente de carro tirou-lhe o antebraço
direito. Esse fato acabou sendo um
divisor de águas no seu destino.
“Eu não tinha planos claros. O
acidente acabou sendo uma parada,
uma reflexão. Perguntar pra mim
mesmo o que eu queria me ajudou a
me apropriar do meu caminho. Algo
assim serve pra você se orientar por si.
Tudo está dentro de você”, declara.
E foi com este pensamento que
ele se reergueu. Voltou para as piscinas
com mais afinco, primeiro com uma
forma de reabilitação, depois como uma
filosofia e uma oportunidade para toda a
vida. Em 2007, Ângelo começou a
treinar forte na natação. Ele chegou a
ser vice-campeão brasileiro em 2008
nas provas dos 50 metros e 100 metros
nado livre, mas frustrado com as
marcas que obteve nos anos dois
seguintes, tentou algo novo.
“Até o começo de 2010, eu
treinava especificamente para a
natação, mas de repente, vi que os
resultados não acompanhavam a minha
dedicação, fui então experimentar o
triatlo. Participei de uma prova de triatlo
olímpico (1,5km de natação, 40 km de
bicicleta e 10 km de corrida) e me
apaixonei”, descreve.
Desde então, o atleta nunca mais
parou e vem conseguindo destaques
não só nas provas nacionais como
internacionais. Já obteve o 5º lugar no
mundial em Budapeste, na Hungria, no
ano passado e o 2º em Pequim, na
China, este ano.
Com a aprovação do triatlo para
o programa das Paraolimpíadas no
Brasil, Ângelo está empolgado e
determinado a buscar uma medalha.
“Vou trabalhar para as Paraolimpíadas
do Rio. Quero muito ganhar”, assegura,
focando o treinamento para daqui a
cinco anos.
Conhecedor da realidade do
esporte com deficientes no Piauí, o
atleta diz que o Estado pode virar um
celeiro de campeões. “O trabalho
realizado no Ceir pelo Childerico
Robson com o futebol e o basquete é
importante, mas é preciso de mais
gente para formar e cuidar dos atletas.
O Piauí tem tudo para ser uma
referência no esporte com deficientes”,
avalia.
Angelo Borim é a prova cabal de
que determinação e perseverança
superam as dificuldades. O esporte na
sua vida foi apenas o catalisador que
proporcionou um autoconhecimento e o
papel de ser um exemplo, para todos.
“O esporte é um caminho ótimo para a
inclusão. Esporte é minha vida. Ele
proporciona às pessoas comuns a se
perguntarem dos seus limites. E quando
você vê o atleta deficiente você diz,
'Como esse cara consegue'? E
mentaliza 'será que eu consigo'? O
deficiente no esporte faz a sociedade se
reorientar sobre os seus próprios limites
e ver como deve fazer. E assim a
sociedade se reinventa”, observa.
Carlos Lustosa Filho escreveu
CORRER, PEDALAR, NADAR, VOAR
Se atletas são os homens que mais se aproximam
da figura dos clássicos heróis gregos, o que dizer dos
paratletas, esportistas que transformam suas limitações em
um mero detalhe perante suas conquistas? Os feitos deles
são verdadeiras lições de vida para as pessoas como eu
ou você, leitor. Que o diga o triatleta piauiense Ângelo
Medeiros Borim, 25 anos.
Ele nasceu em Teresina, morou em São Paulo,
voltou ao Piauí para estudar e retornou para São Paulo
para cursar Psicologia na Pontifícia Universidade Católica,
a PUC. Nesse vai-e-vem todo, quando era criança e
adolescente, ele chegou a fazer natação, mas nunca
pensara em ser atleta.
usuário, possibilitando a identificação
da catarata e de outros problemas
oculares. A palavra-chave do projeto
é a mobilidade, já que celulares
podem ser transportados facilmente a
regiões distantes, atendendo a
comunidades que não tinha acesso a
exames de vista. Além disso, nestas
plataformas o próprio paciente pode
realizar o exame, capaz de
diagnosticar diversos parâmetros do
olho humano, tais como os erros de
refração, distância focal, velocidade
de focagem, opacidade do cristalino,
entre outros. O custo é outra
vantagem. O uso dos dispositivos em
aparelhos celulares é uma alternativa
a equipamentos que realizam os
mesmos exames, mas custam
milhares de dólares.
"Nós elaboramos o protótipo e
estamos realizando testes em várias
partes do mundo. A ideia é que daqui
a alguns anos o CATRA e o NETRA
possam ser produzidos e vendidos à
população", explica Erick Passos. Os
dois dispositivos já ganharam prêmios
importantes do circuito científico
internacional como o 1º lugar no
"Vodafone Foundation Wireless
Innovation Project", Google
Innovation Grant, MIT Global
Challenge 2010 e 2011, NASA Health
Challenge 2010.
VENDO ALÉM DA TECNOLOGIAOs celulares mudaram
completamente a forma como as
pessoas se comunicam. Há um bom
tempo eles não fazem apenas
ligações e mandam mensagens, mas
agora estão indo além e podem ser
uma grande ferramenta no
diagnóstico de doenças. É nesta
premissa que o teresinense Erick
Baptista Passos, 34 anos, trabalha.
Ele é professor do Instituto Federal do
Piauí (IFPI), doutorando em
Computação e pesquisador que
participa de um projeto de um dos
maiores centros de pesquisa
tecnológica do mundo, o Instituto de
Tecnologia de Massachussets (MIT),
nos Estados Unidos. Sua pesquisa
propõe uma utilidade diferente para o
telefone portátil: o diagnóstico de
problemas na visão.
"Esse projeto começou no MIT
Medialab quando acidentalmente o
professor Ramesh Raskar,
coordenador do grupo de pesquisa
Camera Culture, descobriu que sua
esposa não conseguia visualizar um
invento do grupo com um dos olhos”,
lembra Erick Passos. Ao investigar o
problema, o professor descobriu que
as técnicas pesquisadas por ele
poderiam ser úteis para entender
problemas da visão humana. Erick
conta que o trabalho começou em
2009 e teve participação de outros
pesquisadores brasileiros. "Comecei
a me envolver com o grupo no início
de 2010, antes de me mudar para
Boston para um período no MIT
MediaLab. Durante minha estada lá,
inventamos e desenvolvemos o
CATRA, e também criamos novas
versões aperfeiçoadas do NETRA",
descreve.
O CATRA e o NETRA são
dispositivos pequenos com um
conjunto de lentes que mais parecem
um brinquedo, mas que ao serem
acoplados a um telefone com tela de
alta resolução fazem uma espécie de
termômetro de como está a visão do
Carlos Lustosa Filho escreveu
#Futuro O professor diz que o Piauí em
breve deve ser um dos lugares onde a
pesquisa será aplicada a pacientes nesta
fase de testes e diz que mais
pesquisadores podem surgir no Estado, se
houver incentivo. "Uma boa forma de
acelerar esse setor é a criação de uma
incubadora de empresas de tecnologia,
que deve ser apoiada em conhecimento
acadêmico e investimento público. O
pontapé inicial foi a criação do instituto
Delta, entidade que agrega profissionais de
TI, iniciativa da indústria e academia locais,
presidida pelo Prof. Dr. Pedro Alcântara
Neto, da UFPI, mas que ainda não está
recebendo incentivos governamentais. É
preciso também apoiar a criação de cursos
de mestrado e doutorado acadêmicos,
através de bolsas para que os melhores
alunos fiquem no estado", observa.
usuário, possibilitando a identificação
da catarata e de outros problemas
oculares. A palavra-chave do projeto
é a mobilidade, já que celulares
podem ser transportados facilmente a
regiões distantes, atendendo a
comunidades que não tinha acesso a
exames de vista. Além disso, nestas
plataformas o próprio paciente pode
realizar o exame, capaz de
diagnosticar diversos parâmetros do
olho humano, tais como os erros de
refração, distância focal, velocidade
de focagem, opacidade do cristalino,
entre outros. O custo é outra
vantagem. O uso dos dispositivos em
aparelhos celulares é uma alternativa
a equipamentos que realizam os
mesmos exames, mas custam
milhares de dólares.
"Nós elaboramos o protótipo e
estamos realizando testes em várias
partes do mundo. A ideia é que daqui
a alguns anos o CATRA e o NETRA
possam ser produzidos e vendidos à
população", explica Erick Passos. Os
dois dispositivos já ganharam prêmios
importantes do circuito científico
internacional como o 1º lugar no
"Vodafone Foundation Wireless
Innovation Project", Google
Innovation Grant, MIT Global
Challenge 2010 e 2011, NASA Health
Challenge 2010.
VENDO ALÉM DA TECNOLOGIAOs celulares mudaram
completamente a forma como as
pessoas se comunicam. Há um bom
tempo eles não fazem apenas
ligações e mandam mensagens, mas
agora estão indo além e podem ser
uma grande ferramenta no
diagnóstico de doenças. É nesta
premissa que o teresinense Erick
Baptista Passos, 34 anos, trabalha.
Ele é professor do Instituto Federal do
Piauí (IFPI), doutorando em
Computação e pesquisador que
participa de um projeto de um dos
maiores centros de pesquisa
tecnológica do mundo, o Instituto de
Tecnologia de Massachussets (MIT),
nos Estados Unidos. Sua pesquisa
propõe uma utilidade diferente para o
telefone portátil: o diagnóstico de
problemas na visão.
"Esse projeto começou no MIT
Medialab quando acidentalmente o
professor Ramesh Raskar,
coordenador do grupo de pesquisa
Camera Culture, descobriu que sua
esposa não conseguia visualizar um
invento do grupo com um dos olhos”,
lembra Erick Passos. Ao investigar o
problema, o professor descobriu que
as técnicas pesquisadas por ele
poderiam ser úteis para entender
problemas da visão humana. Erick
conta que o trabalho começou em
2009 e teve participação de outros
pesquisadores brasileiros. "Comecei
a me envolver com o grupo no início
de 2010, antes de me mudar para
Boston para um período no MIT
MediaLab. Durante minha estada lá,
inventamos e desenvolvemos o
CATRA, e também criamos novas
versões aperfeiçoadas do NETRA",
descreve.
O CATRA e o NETRA são
dispositivos pequenos com um
conjunto de lentes que mais parecem
um brinquedo, mas que ao serem
acoplados a um telefone com tela de
alta resolução fazem uma espécie de
termômetro de como está a visão do
Carlos Lustosa Filho escreveu
#Futuro O professor diz que o Piauí em
breve deve ser um dos lugares onde a
pesquisa será aplicada a pacientes nesta
fase de testes e diz que mais
pesquisadores podem surgir no Estado, se
houver incentivo. "Uma boa forma de
acelerar esse setor é a criação de uma
incubadora de empresas de tecnologia,
que deve ser apoiada em conhecimento
acadêmico e investimento público. O
pontapé inicial foi a criação do instituto
Delta, entidade que agrega profissionais de
TI, iniciativa da indústria e academia locais,
presidida pelo Prof. Dr. Pedro Alcântara
Neto, da UFPI, mas que ainda não está
recebendo incentivos governamentais. É
preciso também apoiar a criação de cursos
de mestrado e doutorado acadêmicos,
através de bolsas para que os melhores
alunos fiquem no estado", observa.
Fábio Lima escreveu
NOSSOS HERÓIS
Fábio Lima escreveu
NOSSOS HERÓIS