revista santa casa de maceió - nº 13

32
Aprendiz Legal premia instituição alagoana Página 22 Iniciativa da CIEE tem apoio da Fundação Roberto Marinho Aprendiz Legal premia instituição alagoana Página 22 Iniciativa da CIEE tem apoio da Fundação Roberto Marinho

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Page 1: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

Aprendiz Legal premiainstituição alagoana

Página 22

Iniciativa da CIEE tem apoio da Fundação Roberto Marinho

Aprendiz Legal premiainstituição alagoana

Página 22

Iniciativa da CIEE tem apoio da Fundação Roberto Marinho

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Page 4: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

Dr. Humberto Gomes de MeloProvedor

Dr. Artur Gomes NetoDiretor-médico

Dr. Paulo de LiraDiretor administrativo/financeiro

Duílio Marsiglia

Euclides Ferreira de Lima

Francisco de Assis Gonçalves

Giovani A. C. Albuquerque

Ivone dos Santos

João Augusto Sobrinho

José Peixoto dos Santos

Marcos Davi Lemos de Melo

Milton Hênio de Gouveia

Cônego João José de Santana Neto

Mesa Administrativa

Antonio NoyaAssessor de comunicação 44 MTE/AL

Theodomiro Jr.Jornalista 535 MTE/AL

Sílvio RomeroFotografia e arquivo

Revista produzida pela

Assessoria de Comunicação da

Santa Casa de Misericórdia de Maceió

Tiragem: 10 mil exemplares

Sumário

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

12

14

HOSPITAL N. S. DA GUIA"Com uma boa gestão e apoio do governo

é possível fazer um SUS com excelência"18

BOA NOVAIniciativa reduz efeito do jejum

pré-cirúrgico em pacientes

MERCADO DE TRABALHOSanta Casa recebe homenagem

por adesão ao Aprendiz Legal

22

ENDOSCOPIA 24HNovo equipamento realiza

exames em alta definição

23

SOCIALProjetos ajudam mulheres com

câncer e idosos a viver melhor

24

PRESENTE DUPLOJovem doa rins e salva vidas de

adolescentes no Dia da Criança

28

EM DEZ ANOSCacon atendeu a 2.236 casos

novos de câncer de mama

30CAMPANHAProtocolo clínico reduz risco

de morte por sepse em hospital

16

21

5

RECONHECIMENTOMilton Hênio e Neilton Serafim

são homenageados em AL

11

6

GESTÃO"Hospitais devem investir em

qualidade e planejamento"

13 TREINAMENTOTime de Resposta Rápida

simula parada cardiorrespiratória

QUESTÃO NACIONALIV Fórum de Ética Médica debate

avalanche de ações na Justiça

ARTIGONascer com dignidade

9 ARTIGOTeoria da perda de uma

chance na atividade médica

DO SETOR PRIVADOSanta Casa forma a maior brigada de incêndio de AL

DICA FUNDAMENTALInformação ajuda a

envelhecer com qualidade

25

ABYNADÁ LIROEspecialista relembra como era

a neurocirurgia há 40 anos

26

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Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 5

Neto

Maceió

Nascer com dignidade ARTIGO

James Magalhães de Medeiros*Desembargador e corregedor do

Tribunal de Justiça de Alagoas

Não é de agora que a saúde públi-

ca no Brasil agoniza por conta da

falta de leitos e recursos, princi-

palmente para atender aqueles que se uti-

lizam do Sistema Único de Saúde (SUS). Nem

mesmo os massivos investimentos feitos

pelo governo federal são suficientes para

suprir a grande demanda.

Em Alagoas, um dos grandes problemas

enfrentados pelos gestores da saúde é a quan-

tidade insuficiente de leitos oferecidos a

gestantes, visto que, a todo momento, nasce

um novo brasileiro e alagoano.

As futuras mães, oriundas de vários

municípios do Estado, precisam vir à capi-

tal para receber atendimento, que nem

sempre é digno diante da situação fática

apresentada. Muitas ficam nos corredores

de maternidades superlotadas.

Mas, graças às reuniões do Fórum

Permanente da Saúde, instituído pelo

Conselho Nacional de Justiça, inicialmen-

te, para evitar casos de judicialização, do

qual participam desde secretários de Saúde

(estadual e municipal) a membros do

Ministério Público e da Defensoria Pública,

além de outros gestores e servidores, tive-

mos uma grata surpresa durante visita rea-

lizada no início deste mês, com as novas

instalações da Maternidade Nossa Senhora

da Guia, mantida pela Santa Casa de

Misericórdia.

Encontrar gestantes e bebês receben-

do atendimento adequado, de forma res-

ponsável, é algo imensurável diante das

contradições sociais que vivemos. No local,

havia mulheres vindas de bairros da peri-

feria de Maceió e de diversos municípios

de Alagoas. Questionadas sobre o porquê

de estarem ali, elas foram unânimes:“Onde

eu moro não existe maternidade”. Esse é

um dos motivos da superlotação.

A Maternidade Nossa Senhora da Guia

retomou os atendimentos pelo SUS, no mês

de setembro, inclusive as cirurgias pediá-

tricas. Desejo que, por diversas vezes, cons-

tou na pauta do fórum que coordeno, com

satisfação e cada vez mais orgulhoso dos

resultados, seja por meio do fornecimento

de remédios e autorização de procedimen-

tos cirúrgicos, seja pela criação de Câmaras

Técnicas para auxiliar os magistrados nas

decisões judiciais no âmbito da saúde.

Além de evitar a judicialização, o fórum

tem a missão de humanizar o atendimento

hospitalar no Estado. É a partir daí que vemos

a importância de o Poder Judiciário participar,

de forma efetiva e afetiva, das transformações

sociais. Agora, sim, é possível nascer em

Alagoas com mais dignidade. Bom exemplo

aos demais gestores do sistema.

(*) ARTIGO PUBLICADO NA GAZETA DE ALAGOASDO DIA 24 DE OUTUBRO DE 2012

Desembargador James Magalhães (E) conversa com parturientes do Hospital

Nossa Senhora da Guia ao lado do provedor Humberto Gomes de Melo

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Dr. Humberto Gomes de MeloProvedor

Dr. Artur Gomes NetoDiretor-médico

Dr. Paulo de LiraDiretor administrativo/financeiro

Duílio Marsiglia

Euclides Ferreira de Lima

Francisco de Assis Gonçalves

Giovani A. C. Albuquerque

Ivone dos Santos

João Augusto Sobrinho

José Peixoto dos Santos

Marcos Davi Lemos de Melo

Milton Hênio de Gouveia

Cônego João José de Santana Neto

Mesa Administrativa

Antonio NoyaAssessor de comunicação 44 MTE/AL

Theodomiro Jr.Jornalista 535 MTE/AL

Sílvio RomeroFotografia e arquivo

Revista produzida pela

Assessoria de Comunicação da

Santa Casa de Misericórdia de Maceió

Tiragem: 10 mil exemplares

Sumário

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

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HOSPITAL N. S. DA GUIA"Com uma boa gestão e apoio do governo

é possível fazer um SUS com excelência"18

BOA NOVAIniciativa reduz efeito do jejum

pré-cirúrgico em pacientes

MERCADO DE TRABALHOSanta Casa recebe homenagem

por adesão ao Aprendiz Legal

22

ENDOSCOPIA 24HNovo equipamento realiza

exames em alta definição

23

SOCIALProjetos ajudam mulheres com

câncer e idosos a viver melhor

24

PRESENTE DUPLOJovem doa rins e salva vidas de

adolescentes no Dia da Criança

28

EM DEZ ANOSCacon atendeu a 2.236 casos

novos de câncer de mama

30CAMPANHAProtocolo clínico reduz risco

de morte por sepse em hospital

16

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5

RECONHECIMENTOMilton Hênio e Neilton Serafim

são homenageados em AL

11

6

GESTÃO"Hospitais devem investir em

qualidade e planejamento"

13 TREINAMENTOTime de Resposta Rápida

simula parada cardiorrespiratória

QUESTÃO NACIONALIV Fórum de Ética Médica debate

avalanche de ações na Justiça

ARTIGONascer com dignidade

9 ARTIGOTeoria da perda de uma

chance na atividade médica

DO SETOR PRIVADOSanta Casa forma a maior brigada de incêndio de AL

DICA FUNDAMENTALInformação ajuda a

envelhecer com qualidade

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ABYNADÁ LIROEspecialista relembra como era

a neurocirurgia há 40 anos

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Neto

Maceió

Nascer com dignidade ARTIGO

James Magalhães de Medeiros*Desembargador e corregedor do

Tribunal de Justiça de Alagoas

Não é de agora que a saúde públi-

ca no Brasil agoniza por conta da

falta de leitos e recursos, princi-

palmente para atender aqueles que se uti-

lizam do Sistema Único de Saúde (SUS). Nem

mesmo os massivos investimentos feitos

pelo governo federal são suficientes para

suprir a grande demanda.

Em Alagoas, um dos grandes problemas

enfrentados pelos gestores da saúde é a quan-

tidade insuficiente de leitos oferecidos a

gestantes, visto que, a todo momento, nasce

um novo brasileiro e alagoano.

As futuras mães, oriundas de vários

municípios do Estado, precisam vir à capi-

tal para receber atendimento, que nem

sempre é digno diante da situação fática

apresentada. Muitas ficam nos corredores

de maternidades superlotadas.

Mas, graças às reuniões do Fórum

Permanente da Saúde, instituído pelo

Conselho Nacional de Justiça, inicialmen-

te, para evitar casos de judicialização, do

qual participam desde secretários de Saúde

(estadual e municipal) a membros do

Ministério Público e da Defensoria Pública,

além de outros gestores e servidores, tive-

mos uma grata surpresa durante visita rea-

lizada no início deste mês, com as novas

instalações da Maternidade Nossa Senhora

da Guia, mantida pela Santa Casa de

Misericórdia.

Encontrar gestantes e bebês receben-

do atendimento adequado, de forma res-

ponsável, é algo imensurável diante das

contradições sociais que vivemos. No local,

havia mulheres vindas de bairros da peri-

feria de Maceió e de diversos municípios

de Alagoas. Questionadas sobre o porquê

de estarem ali, elas foram unânimes:“Onde

eu moro não existe maternidade”. Esse é

um dos motivos da superlotação.

A Maternidade Nossa Senhora da Guia

retomou os atendimentos pelo SUS, no mês

de setembro, inclusive as cirurgias pediá-

tricas. Desejo que, por diversas vezes, cons-

tou na pauta do fórum que coordeno, com

satisfação e cada vez mais orgulhoso dos

resultados, seja por meio do fornecimento

de remédios e autorização de procedimen-

tos cirúrgicos, seja pela criação de Câmaras

Técnicas para auxiliar os magistrados nas

decisões judiciais no âmbito da saúde.

Além de evitar a judicialização, o fórum

tem a missão de humanizar o atendimento

hospitalar no Estado. É a partir daí que vemos

a importância de o Poder Judiciário participar,

de forma efetiva e afetiva, das transformações

sociais. Agora, sim, é possível nascer em

Alagoas com mais dignidade. Bom exemplo

aos demais gestores do sistema.

(*) ARTIGO PUBLICADO NA GAZETA DE ALAGOASDO DIA 24 DE OUTUBRO DE 2012

Desembargador James Magalhães (E) conversa com parturientes do Hospital

Nossa Senhora da Guia ao lado do provedor Humberto Gomes de Melo

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Page 6: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

IV Fórum de Ética Médica debateavalanche de ações na Justiça

QUESTÃO NACIONAL

Evento reúne médicos e operadores do Direito para discutir as causas e soluções para reduzir a judicialização da saúde

Provedor Humberto Gomes de Melo (C) ao lado dos médicos Hélvio Ferro, Artur Gomes

e Alfredo Marinho, presidente do Conselho de Ética da Santa Casa de Maceió

Ajudicialização da saúde já ganhou

as manchetes dos jornais. É cres-

cente o número de ações na Jus-

tiça para garantir o acesso a medicamen-

tos e tratamentos não cobertos pelo SUS

ou por operadoras de saúde. O tema tem

preocupado magistrados, secretários de

Saúde, procuradores do Ministério Público,

defensores públicos, médicos, executivos

hospitalares, dirigentes de planos de saúde,

advogados e toda uma cadeia de profissio-

nais que lidam com o assunto.

O fenômeno tem origem em eventuais

falhas da assistência médica prestada à

população pelo poder público e pela iniciativa

privada.

Se, por um lado, a judicialização da

saúde é um direito do cidadão; por outro,

vem se mostrando nociva para os cofres públi-

cos em virtude dos excessos, seja pela ava-

lanche de ações que começam a travar as

Varas da Justiça, seja pelos gastos com tra-

tamentos não atendidos pelo Sistema Ú-

nico de Saúde ou muito dispendiosos, bem

acima dos valores de mercado.

Para discutir esse espinhoso tema, a

Direção Médica e o Conselho de Ética da

Santa Casa de Maceió promoveram, no

Maceió Atlantic Suítes, na capital alagoana,

o IV Fórum de Ética Médica da instituição.

A iniciativa contou com o apoio e a parti-

cipação da SantaCoop e dos conselhos Fe-

deral e Regional de Medicina de Alagoas.

A ideia do provedor Humberto Gomes

de Melo e do diretor-médico da Santa Casa

de Maceió, Artur Gomes Neto, foi abrir

espaço para que todas as partes envolvi-

das apresentassem suas visões e propostas

de solução para o problema.

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 6

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 7

Antiógenes Marques (MP)Otoniel Pinheiro (DP) Des. José Carlos Malta (TJ)

Antônio de Pádua (Sesau)Advogado Eduardo DantasMédico Alfredo Marinho

Fernando Pedrosa (Cremal) Wellington Galvão (Sinmed) Oswaldo Liberal(Santacoop)

Juiz Jerônimo RobertoAdvogado Gustavo UchôaAdeilson Loureiro (Sec. de Saúde de Maceió)

A maior parte das ações que abar-

rotam os tribunais brasileiros põe em lados

opostos os gestores públicos da saúde

e os órgãos de defesa do cidadão (como

a Defensoria Pública) e de defesa da

coletividade (como o Ministério Público).

Os gestores públicos da Saúde,

tanto do Estado como do município de

Maceió, afirmam que os recursos da

saúde são limitados e que as deman-

das individuais, muitas vezes, retiram

recursos que seriam utilizados em prol

da coletividade.

“É justo que o poder público benefi-

cie um único usuário em detrimento de

toda uma comunidade?”, perguntou o

médico Antonio de Pádua, superinten-

dente de Regulação, Avaliação, Controle

e Auditoria do Estado.

Segundo Pádua, em 2010, foram

gastos R$ 15,3 milhões com ações judi-

ciais, saltando em 2011 para R$ 29,3 mi-

lhões. Ou seja, quase o dobro. Este ano,

o valor superará facilmente os R$ 30

milhões. Outro número também sur-

preende: em 2009, as despesas com

medicamentos via decisão judicial repre-

sentavam apenas 14,7% do total gasto

com toda a população. Até dezembro

deste ano, esse patamar deverá chegar

a 100% do total. “O conceito de inte-

gralidade definido pela Constituição,

onde todos têm direito a todo tipo de

medicamento e de tratamento, terá de

ser revisto pelo Supremo Tribunal

Federal, sob pena de levar o sistema de

saúde à falência”, alertou Antônio de

Pádua.

Coletividade versus cidadão

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Page 7: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

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IV Fórum de Ética Médica debateavalanche de ações na Justiça

QUESTÃO NACIONAL

Evento reúne médicos e operadores do Direito para discutir as causas e soluções para reduzir a judicialização da saúde

Provedor Humberto Gomes de Melo (C) ao lado dos médicos Hélvio Ferro, Artur Gomes

e Alfredo Marinho, presidente do Conselho de Ética da Santa Casa de Maceió

Ajudicialização da saúde já ganhou

as manchetes dos jornais. É cres-

cente o número de ações na Jus-

tiça para garantir o acesso a medicamen-

tos e tratamentos não cobertos pelo SUS

ou por operadoras de saúde. O tema tem

preocupado magistrados, secretários de

Saúde, procuradores do Ministério Público,

defensores públicos, médicos, executivos

hospitalares, dirigentes de planos de saúde,

advogados e toda uma cadeia de profissio-

nais que lidam com o assunto.

O fenômeno tem origem em eventuais

falhas da assistência médica prestada à

população pelo poder público e pela iniciativa

privada.

Se, por um lado, a judicialização da

saúde é um direito do cidadão; por outro,

vem se mostrando nociva para os cofres públi-

cos em virtude dos excessos, seja pela ava-

lanche de ações que começam a travar as

Varas da Justiça, seja pelos gastos com tra-

tamentos não atendidos pelo Sistema Ú-

nico de Saúde ou muito dispendiosos, bem

acima dos valores de mercado.

Para discutir esse espinhoso tema, a

Direção Médica e o Conselho de Ética da

Santa Casa de Maceió promoveram, no

Maceió Atlantic Suítes, na capital alagoana,

o IV Fórum de Ética Médica da instituição.

A iniciativa contou com o apoio e a parti-

cipação da SantaCoop e dos conselhos Fe-

deral e Regional de Medicina de Alagoas.

A ideia do provedor Humberto Gomes

de Melo e do diretor-médico da Santa Casa

de Maceió, Artur Gomes Neto, foi abrir

espaço para que todas as partes envolvi-

das apresentassem suas visões e propostas

de solução para o problema.

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Antiógenes Marques (MP)Otoniel Pinheiro (DP) Des. José Carlos Malta (TJ)

Antônio de Pádua (Sesau)Advogado Eduardo DantasMédico Alfredo Marinho

Fernando Pedrosa (Cremal) Wellington Galvão (Sinmed) Oswaldo Liberal(Santacoop)

Juiz Jerônimo RobertoAdvogado Gustavo UchôaAdeilson Loureiro (Sec. de Saúde de Maceió)

A maior parte das ações que abar-

rotam os tribunais brasileiros põe em lados

opostos os gestores públicos da saúde

e os órgãos de defesa do cidadão (como

a Defensoria Pública) e de defesa da

coletividade (como o Ministério Público).

Os gestores públicos da Saúde,

tanto do Estado como do município de

Maceió, afirmam que os recursos da

saúde são limitados e que as deman-

das individuais, muitas vezes, retiram

recursos que seriam utilizados em prol

da coletividade.

“É justo que o poder público benefi-

cie um único usuário em detrimento de

toda uma comunidade?”, perguntou o

médico Antonio de Pádua, superinten-

dente de Regulação, Avaliação, Controle

e Auditoria do Estado.

Segundo Pádua, em 2010, foram

gastos R$ 15,3 milhões com ações judi-

ciais, saltando em 2011 para R$ 29,3 mi-

lhões. Ou seja, quase o dobro. Este ano,

o valor superará facilmente os R$ 30

milhões. Outro número também sur-

preende: em 2009, as despesas com

medicamentos via decisão judicial repre-

sentavam apenas 14,7% do total gasto

com toda a população. Até dezembro

deste ano, esse patamar deverá chegar

a 100% do total. “O conceito de inte-

gralidade definido pela Constituição,

onde todos têm direito a todo tipo de

medicamento e de tratamento, terá de

ser revisto pelo Supremo Tribunal

Federal, sob pena de levar o sistema de

saúde à falência”, alertou Antônio de

Pádua.

Coletividade versus cidadão

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Se os gestores estão apreensivos com

os números, os magistrados, defenso-

res e procuradores públicos estão pre-

ocupados com a assistência à saúde da

população. Ou seja, com o acesso do cida-

dão aos medicamentos e tratamentos

indisponíveis na rede do SUS, mas indicados

pelos médicos.

O defensor público Otoniel Pinheiro frisou

que o problema da judicialização não é

provocado pela Defensoria Pública ou pelo

Judiciário. “O que falta é investimento no

setor saúde”, disse o defensor público, reve-

lando que o Brasil investe apenas 5,9% do

orçamento da União em saúde,quando a mé-

dia internacional chega a 14,3%. Já o pro-

motor público Antiógenes Marques concor-

da com o diagnóstico, mas vai um pouco

mais além.“A judicialização da saúde ocorre

porque o serviço regular de atendimento ao

cidadão apresenta muitas falhas, sendo a

única ferramenta que o cidadão possui para

garantir os direitos garantidos pela Cons-

tituição”. Por outro lado, os magistrados pre-

cisam estar atentos à real necessidade da de-

manda e se há alternativas disponíveis no SUS.

É senso comum que interessa à indústria far-

macêutica forçar o SUS a incluir novos e

caros medicamentos nas compras governa-

mentais, e a melhor forma para isso é esti-

mular as ações judiciais via receita médica.

“A saída para o problema passa essen-

cialmente por duas providências”, disse o

desembargador José Carlos Malta. “Uma,

maior efetividade na assistência à saúde da

população por parte do poder público; outra,

a criação de assessorias especializadas para

subsidiar as decisões dos juízes”. A implan-

tação de um comitê para consulta dos ma-

gistrados ou de varas especializadas foi apoia-

da pelo juiz Jerônimo Roberto; pelos advo-

gados Gustavo Uchôa (Unimed) e Eduardo

Dantas (Associação Brasileira de Direito da

Saúde); pelo presidente do CRM,Fernando de

Araújo Pedrosa; e pelo médico Alfredo

Marinho Rosa. Ao final do evento, o secre-

tário de Saúde de Maceió,Adeilson Loureiro,

anunciou a criação de uma câmara técnica

especializada em saúde para assessorar à

Justiça estadual e a atuação de um comitê

que já funciona na Justiça Federal.

Judicialização: comitê técnicoajudaria juízes a agilizar ações

Programação do Fórum de Ética Médica recebeu elogios dos participantes que compareceram ao Centro de Convenções do Maceió Atlantic Suítes

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 8

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Jerônimo Roberto F. dos SantosJuiz de Direito

Caríssimos Médicos! Nestas aligeiradas con-

siderações sobre a teoria da perda de uma

chance (perte d'une chance) não se pre-

tende minudenciar o tema em todos os seus qua-

drantes, mas, tão e tão somente esboçar, em tra-

ços rápidos, o sentido prático e a importância do

instituto.

Pois bem. O proficiente jurista belga Edmond Picard,

na sua célebre obra "O Direito Puro", asseverou

que o Direito é um fenômeno histórico evolutivo e,

mais ainda, que é uma realidade cultural porque é

o resultado da experiência do homem, esta, deven-

do ser entendida como sendo a sabedoria, adquiri-

da de maneira espontânea durante a existência.

Especificamente no que informa com a ativida-

de médica, temos que não rara vez, diga-se de pas-

sagem, ocorre um prejuízo para o paciente por conta

de uma atuação deficiente do profissional, que se

caracteriza como a perda de uma legítima expecta-

tiva que ele, paciente, possuía em obter uma situa-

ção favorável. Veja-se apenas ad exemplo, as situa-

ções em que o médico, pela demora em diagnosti-

car um câncer ou prescrever um tratamento, deter-

mina no paciente a perda ou mesmo diminuição da

expectativa de cura.

Surgida na França e comum em países como

Estados Unidos e Itália, a teoria da perda da chan-

ce (perte d'une chance), adotada em matéria de

responsabilidade civil, vem despertando interesse

no direito brasileiro como um novo padrão para

permitir a indenização em circunstâncias que tais.

Em nosso país, a referida teoria vem sendo nor-

teada pela doutrina e pela jurisprudência à falta de

legislação específica e sua aplicação justifica-se quan-

do a análise dos elementos da responsabilidade civil

enseja significativa dificuldade para que ocorra uma

objetivação. Neste caso, consegue-se visualizar o

prejuízo da vítima, porém, não se consegue vislum-

brar o dano certo e determinado, e assim, inviabili-

zando qualquer tipo de ressarcimento dessa viola-

ção de interesse juridicamente protegido.

Numa síntese, pode-se dizer que na teoria da

perda de uma chance o que se pretende não é a van-

tagem não obtida, mas sim a perda da oportunida-

de de obter um benefício (a vantagem).

Confira-se, por todos e no que interessa, com

este precedente do TJ-RS: "(...) a parte autora desin-

cumbiu-se do ônus de demonstrar que a falecida bus-

cou atendimento no hospital/réu em várias oportu-

nidades. Evidência de que os profissionais que aten-

deram a paciente, tendo em vista os sintomas apre-

sentados, não procederam à correta investigação

clínica. Hipótese em que o erro da equipe médica

do réu está na falta do correto diagnóstico. Fosse

realizado um exame de sangue ou mesmo uma eco-

grafia abdominal na paciente, quando dos primei-

ros atendimentos, eventuais cálculos na vesícula

poderiam ter sido retirados, evitando-se, desta forma,

a oclusão do canal pancreático e a conseqüente

pancreatite aguda necro-hemorrágica que levou a

Teoria da perda de uma chance na atividade médicaUma forma de indenizar uma provável vantagem frustrada

ARTIGO

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Page 9: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

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Se os gestores estão apreensivos com

os números, os magistrados, defenso-

res e procuradores públicos estão pre-

ocupados com a assistência à saúde da

população. Ou seja, com o acesso do cida-

dão aos medicamentos e tratamentos

indisponíveis na rede do SUS, mas indicados

pelos médicos.

O defensor público Otoniel Pinheiro frisou

que o problema da judicialização não é

provocado pela Defensoria Pública ou pelo

Judiciário. “O que falta é investimento no

setor saúde”, disse o defensor público, reve-

lando que o Brasil investe apenas 5,9% do

orçamento da União em saúde,quando a mé-

dia internacional chega a 14,3%. Já o pro-

motor público Antiógenes Marques concor-

da com o diagnóstico, mas vai um pouco

mais além.“A judicialização da saúde ocorre

porque o serviço regular de atendimento ao

cidadão apresenta muitas falhas, sendo a

única ferramenta que o cidadão possui para

garantir os direitos garantidos pela Cons-

tituição”. Por outro lado, os magistrados pre-

cisam estar atentos à real necessidade da de-

manda e se há alternativas disponíveis no SUS.

É senso comum que interessa à indústria far-

macêutica forçar o SUS a incluir novos e

caros medicamentos nas compras governa-

mentais, e a melhor forma para isso é esti-

mular as ações judiciais via receita médica.

“A saída para o problema passa essen-

cialmente por duas providências”, disse o

desembargador José Carlos Malta. “Uma,

maior efetividade na assistência à saúde da

população por parte do poder público; outra,

a criação de assessorias especializadas para

subsidiar as decisões dos juízes”. A implan-

tação de um comitê para consulta dos ma-

gistrados ou de varas especializadas foi apoia-

da pelo juiz Jerônimo Roberto; pelos advo-

gados Gustavo Uchôa (Unimed) e Eduardo

Dantas (Associação Brasileira de Direito da

Saúde); pelo presidente do CRM,Fernando de

Araújo Pedrosa; e pelo médico Alfredo

Marinho Rosa. Ao final do evento, o secre-

tário de Saúde de Maceió,Adeilson Loureiro,

anunciou a criação de uma câmara técnica

especializada em saúde para assessorar à

Justiça estadual e a atuação de um comitê

que já funciona na Justiça Federal.

Judicialização: comitê técnicoajudaria juízes a agilizar ações

Programação do Fórum de Ética Médica recebeu elogios dos participantes que compareceram ao Centro de Convenções do Maceió Atlantic Suítes

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Jerônimo Roberto F. dos SantosJuiz de Direito

Caríssimos Médicos! Nestas aligeiradas con-

siderações sobre a teoria da perda de uma

chance (perte d'une chance) não se pre-

tende minudenciar o tema em todos os seus qua-

drantes, mas, tão e tão somente esboçar, em tra-

ços rápidos, o sentido prático e a importância do

instituto.

Pois bem. O proficiente jurista belga Edmond Picard,

na sua célebre obra "O Direito Puro", asseverou

que o Direito é um fenômeno histórico evolutivo e,

mais ainda, que é uma realidade cultural porque é

o resultado da experiência do homem, esta, deven-

do ser entendida como sendo a sabedoria, adquiri-

da de maneira espontânea durante a existência.

Especificamente no que informa com a ativida-

de médica, temos que não rara vez, diga-se de pas-

sagem, ocorre um prejuízo para o paciente por conta

de uma atuação deficiente do profissional, que se

caracteriza como a perda de uma legítima expecta-

tiva que ele, paciente, possuía em obter uma situa-

ção favorável. Veja-se apenas ad exemplo, as situa-

ções em que o médico, pela demora em diagnosti-

car um câncer ou prescrever um tratamento, deter-

mina no paciente a perda ou mesmo diminuição da

expectativa de cura.

Surgida na França e comum em países como

Estados Unidos e Itália, a teoria da perda da chan-

ce (perte d'une chance), adotada em matéria de

responsabilidade civil, vem despertando interesse

no direito brasileiro como um novo padrão para

permitir a indenização em circunstâncias que tais.

Em nosso país, a referida teoria vem sendo nor-

teada pela doutrina e pela jurisprudência à falta de

legislação específica e sua aplicação justifica-se quan-

do a análise dos elementos da responsabilidade civil

enseja significativa dificuldade para que ocorra uma

objetivação. Neste caso, consegue-se visualizar o

prejuízo da vítima, porém, não se consegue vislum-

brar o dano certo e determinado, e assim, inviabili-

zando qualquer tipo de ressarcimento dessa viola-

ção de interesse juridicamente protegido.

Numa síntese, pode-se dizer que na teoria da

perda de uma chance o que se pretende não é a van-

tagem não obtida, mas sim a perda da oportunida-

de de obter um benefício (a vantagem).

Confira-se, por todos e no que interessa, com

este precedente do TJ-RS: "(...) a parte autora desin-

cumbiu-se do ônus de demonstrar que a falecida bus-

cou atendimento no hospital/réu em várias oportu-

nidades. Evidência de que os profissionais que aten-

deram a paciente, tendo em vista os sintomas apre-

sentados, não procederam à correta investigação

clínica. Hipótese em que o erro da equipe médica

do réu está na falta do correto diagnóstico. Fosse

realizado um exame de sangue ou mesmo uma eco-

grafia abdominal na paciente, quando dos primei-

ros atendimentos, eventuais cálculos na vesícula

poderiam ter sido retirados, evitando-se, desta forma,

a oclusão do canal pancreático e a conseqüente

pancreatite aguda necro-hemorrágica que levou a

Teoria da perda de uma chance na atividade médicaUma forma de indenizar uma provável vantagem frustrada

ARTIGO

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paciente à morte. A falta de diagnóstico permitiu o

agravamento do quadro, sendo que o tratamento ade-

quado poderia ter evitado a fatalidade, conforme con-

clusão do laudo pericial. Comprovação do dano e

causalidade abordada a partir da Teoria da Perda de

uma Chance. (...)" [Apelação Cível Nº 70047542477,

Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,

Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Julgado em

26/09/2012]

Quanto ao acertamento da verba indenizató-

ria, segundo iterativos precedentes, não pode ser

fixado da mesma forma que o seria em razão de

uma lesão delineada de plano. Nesse sentido bas-

tante elucidativo vem a ser o seguinte preceden-

te: "(...) TEORIA DA PERDA DE CHANCE É UTILI-

ZADA PARA CALCULAR INDENIZAÇÃO QUANDO

HÁ UM DANO ATUAL, PORÉM

INCERTO, DITO "DANO HIPO-

TÉTICO. O QUE SE ANALISA É

A POTENCIALIDADE DE UMA

PERDA, NÃO O QUE A "VÍTIMA

REALMENTE PERDEU (DANO

EMERGENTE) OU EFETIVA-

MENTE DEIXOU DE GANHAR

(LUCRO CESSANTE). (...)

OCORRENDO A PERDA DA

CHANCE, NISSO JÁ RESIDE O

PREJUÍZO. PRECEDENTE JURISPRUDENCIAL DESTA

CORTE. QUANTUM CONDENATÓRIO. CRITÉRIOS

PARA A MENSURAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PARÂ-

METROS LEGAIS, SENDO DEIXADA AO PRUDEN-

TE ARBÍTRIO DO JULGADOR. DEVE ATENTAR ESTE

PARA A FUNÇÃO REPARADORA DA INDENIZA-

ÇÃO, QUE, ANTES DE TUDO, DEMANDA A APLICA-

ÇÃO DO PRINCÍPIO DA EQÜIDADE, A FIM DE QUE

A PARTE SOFREDORA DO ABALO MORAL NÃO

VENHA A LOCUPLETAR-SE COM ENRIQUECIMEN-

TO INDEVIDO. APURAÇÃO EM PECÚNIA DA FRUS-

TRAÇÃO SOFRIDA PELA PARTE OFENDIDA.

SUCUMBÊNCIA INVERTIDA. DEARAM PROVIMEN-

TO Á APELAÇÃO. UNÂNIME." (Apelação Cível Nº

70032019275, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal

de Justiça do RS, Relator: Ergio Roque Menine,

Julgado em 17/12/2009)

Desse modo, pode-se afirmar que a regra fun-

damental a ser atendida em casos de responsabili-

dade pela perda de uma chance, indica que a repa-

ração sempre deverá ser inferior ao valor da vanta-

gem esperada e definitivamente perdida pela víti-

ma. Mesmo nas espécies de dano moral, tal regra

deve ser observada. Caso o agente tenha retirado

as chances da vítima de não perder uma mão, as

chances perdidas representarão apenas uma percen-

tagem do valor que seria concedido se houvesse

nexo causal entre a ação do agente e a efetiva perda

da mão.

De outro vértice de abor-

dagem, importa anotar que a res-

ponsabilidade em face da

"chance perdida" ainda não se

encontra plenamente sistema-

tizada e tal fato, convenhamos,

impede a sua segura aplicação,

e assim, corre-se o risco de que

eventuais equívocos venham a

comprometer os valores a

serem fixados a título de inde-

nização. Por outro lado, quando corretamente apli-

cada, a perda de uma chance se torna instrumen-

to eficaz para atingir os objetivos da nova res-

ponsabilidade civil, quais sejam, a reparação inte-

gral do dano e a satisfação da vítima.

Finalizando, é de se trazer à colação o que disse

a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de

Justiça (STJ). Veja-se: "a adoção da teoria da perda

da chance exige que o Poder Judiciário bem saiba

diferenciar o 'improvável' do 'quase certo', bem

como a 'probabilidade de perda' da 'chance de

lucro', para atribuir a tais fatos as consequências ade-

quadas".

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 10

RECONHECIMENTO

11Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

ASanta Casa de Misericórdia de

Maceió prestou uma merecida

homenagem ao pediatra Milton

Hênio Netto de Gouvea e ao obstetra

Neilton Serafim de Souza. Os dois reno-

mados médicos emprestaram seus nomes

às unidades pediátrica e materna do Hos-

pital Nossa Senhora da Guia, respec-

tivamente.

A solenidade de aposição de pla-

cas contou com a presença do prove-

dor da Santa Casa de Maceió, Humberto

Gomes de Melo; do diretor-médico,

Artur Gomes de Melo; de gerentes,

assessores, líderes, membros da Mesa

Administrativa e da Irmandade da Santa

Casa de Maceió, além de familiares e

amigos dos homenageados.

O provedor Humberto Gomes de Melo

justificou a homenagem aos dois mestres

da Medicina alagoana, elencando duas

qualidades comuns aos dois: o conhecimento

da praxis médica e o senso humanístico

no atendimento aos pacientes.

“Meu pai não fazia distinção. Ele

atendia com a mesma atenção tanto ricos

como pobres”, disse uma das filhas de

Neilton Serafim, falando em nome de seu

pai e da família.

Já o pediatra Milton Hênio afirmou

ter atendido mais de 200 mil crianças em

seu consultório; número esse que equi-

vale ao de uma cidade como Arapiraca.“Mas

nada disso vale se não tiver amor pelo

que se faz”, poetisou Milton Hênio.

Os elogios ao pediatra partiram tam-

bém de vários amigos presentes à solenida-

de, entre eles, o procurador Sérgio Jucá e

o presidente do Conselho Estratégico da

Organização Arnon de Melo, Carlos

Mendonça. “É um exemplo para as novas

gerações”, frisou Mendonça.

Já o presidente do Sindicato dos Mé-

dicos, Wellington Galvão, frisou que a cor-

reta aplicação de recursos públicos no

Hospital Nossa Senhora da Guia honra, por

si só, o nome dos dois homenageados.

Ao comentar sobre Neilton Serafim,

Galvão citou que o caráter do obstetra

está em sintonia com os princípios éticos

do hospital.

Milton Hênio e Neilton Serafimsão homenageados em ALUnidades do Hospital Nossa Senhora da Guia receberam o nome desses dois ícones da Medicina alagoana

Obstetra Neilton Serafim descerra placa na unidade materna

Pediatra Milton Hênio

na unidade pediátrica

do Hospital Nossa

Senhora da Guia

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paciente à morte. A falta de diagnóstico permitiu o

agravamento do quadro, sendo que o tratamento ade-

quado poderia ter evitado a fatalidade, conforme con-

clusão do laudo pericial. Comprovação do dano e

causalidade abordada a partir da Teoria da Perda de

uma Chance. (...)" [Apelação Cível Nº 70047542477,

Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,

Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Julgado em

26/09/2012]

Quanto ao acertamento da verba indenizató-

ria, segundo iterativos precedentes, não pode ser

fixado da mesma forma que o seria em razão de

uma lesão delineada de plano. Nesse sentido bas-

tante elucidativo vem a ser o seguinte preceden-

te: "(...) TEORIA DA PERDA DE CHANCE É UTILI-

ZADA PARA CALCULAR INDENIZAÇÃO QUANDO

HÁ UM DANO ATUAL, PORÉM

INCERTO, DITO "DANO HIPO-

TÉTICO. O QUE SE ANALISA É

A POTENCIALIDADE DE UMA

PERDA, NÃO O QUE A "VÍTIMA

REALMENTE PERDEU (DANO

EMERGENTE) OU EFETIVA-

MENTE DEIXOU DE GANHAR

(LUCRO CESSANTE). (...)

OCORRENDO A PERDA DA

CHANCE, NISSO JÁ RESIDE O

PREJUÍZO. PRECEDENTE JURISPRUDENCIAL DESTA

CORTE. QUANTUM CONDENATÓRIO. CRITÉRIOS

PARA A MENSURAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PARÂ-

METROS LEGAIS, SENDO DEIXADA AO PRUDEN-

TE ARBÍTRIO DO JULGADOR. DEVE ATENTAR ESTE

PARA A FUNÇÃO REPARADORA DA INDENIZA-

ÇÃO, QUE, ANTES DE TUDO, DEMANDA A APLICA-

ÇÃO DO PRINCÍPIO DA EQÜIDADE, A FIM DE QUE

A PARTE SOFREDORA DO ABALO MORAL NÃO

VENHA A LOCUPLETAR-SE COM ENRIQUECIMEN-

TO INDEVIDO. APURAÇÃO EM PECÚNIA DA FRUS-

TRAÇÃO SOFRIDA PELA PARTE OFENDIDA.

SUCUMBÊNCIA INVERTIDA. DEARAM PROVIMEN-

TO Á APELAÇÃO. UNÂNIME." (Apelação Cível Nº

70032019275, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal

de Justiça do RS, Relator: Ergio Roque Menine,

Julgado em 17/12/2009)

Desse modo, pode-se afirmar que a regra fun-

damental a ser atendida em casos de responsabili-

dade pela perda de uma chance, indica que a repa-

ração sempre deverá ser inferior ao valor da vanta-

gem esperada e definitivamente perdida pela víti-

ma. Mesmo nas espécies de dano moral, tal regra

deve ser observada. Caso o agente tenha retirado

as chances da vítima de não perder uma mão, as

chances perdidas representarão apenas uma percen-

tagem do valor que seria concedido se houvesse

nexo causal entre a ação do agente e a efetiva perda

da mão.

De outro vértice de abor-

dagem, importa anotar que a res-

ponsabilidade em face da

"chance perdida" ainda não se

encontra plenamente sistema-

tizada e tal fato, convenhamos,

impede a sua segura aplicação,

e assim, corre-se o risco de que

eventuais equívocos venham a

comprometer os valores a

serem fixados a título de inde-

nização. Por outro lado, quando corretamente apli-

cada, a perda de uma chance se torna instrumen-

to eficaz para atingir os objetivos da nova res-

ponsabilidade civil, quais sejam, a reparação inte-

gral do dano e a satisfação da vítima.

Finalizando, é de se trazer à colação o que disse

a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de

Justiça (STJ). Veja-se: "a adoção da teoria da perda

da chance exige que o Poder Judiciário bem saiba

diferenciar o 'improvável' do 'quase certo', bem

como a 'probabilidade de perda' da 'chance de

lucro', para atribuir a tais fatos as consequências ade-

quadas".

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RECONHECIMENTO

11Revista da Santa Casa de Maceió

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ASanta Casa de Misericórdia de

Maceió prestou uma merecida

homenagem ao pediatra Milton

Hênio Netto de Gouvea e ao obstetra

Neilton Serafim de Souza. Os dois reno-

mados médicos emprestaram seus nomes

às unidades pediátrica e materna do Hos-

pital Nossa Senhora da Guia, respec-

tivamente.

A solenidade de aposição de pla-

cas contou com a presença do prove-

dor da Santa Casa de Maceió, Humberto

Gomes de Melo; do diretor-médico,

Artur Gomes de Melo; de gerentes,

assessores, líderes, membros da Mesa

Administrativa e da Irmandade da Santa

Casa de Maceió, além de familiares e

amigos dos homenageados.

O provedor Humberto Gomes de Melo

justificou a homenagem aos dois mestres

da Medicina alagoana, elencando duas

qualidades comuns aos dois: o conhecimento

da praxis médica e o senso humanístico

no atendimento aos pacientes.

“Meu pai não fazia distinção. Ele

atendia com a mesma atenção tanto ricos

como pobres”, disse uma das filhas de

Neilton Serafim, falando em nome de seu

pai e da família.

Já o pediatra Milton Hênio afirmou

ter atendido mais de 200 mil crianças em

seu consultório; número esse que equi-

vale ao de uma cidade como Arapiraca.“Mas

nada disso vale se não tiver amor pelo

que se faz”, poetisou Milton Hênio.

Os elogios ao pediatra partiram tam-

bém de vários amigos presentes à solenida-

de, entre eles, o procurador Sérgio Jucá e

o presidente do Conselho Estratégico da

Organização Arnon de Melo, Carlos

Mendonça. “É um exemplo para as novas

gerações”, frisou Mendonça.

Já o presidente do Sindicato dos Mé-

dicos, Wellington Galvão, frisou que a cor-

reta aplicação de recursos públicos no

Hospital Nossa Senhora da Guia honra, por

si só, o nome dos dois homenageados.

Ao comentar sobre Neilton Serafim,

Galvão citou que o caráter do obstetra

está em sintonia com os princípios éticos

do hospital.

Milton Hênio e Neilton Serafimsão homenageados em ALUnidades do Hospital Nossa Senhora da Guia receberam o nome desses dois ícones da Medicina alagoana

Obstetra Neilton Serafim descerra placa na unidade materna

Pediatra Milton Hênio

na unidade pediátrica

do Hospital Nossa

Senhora da Guia

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Page 12: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

Para enfrentar o competitivo mercado

privado de saúde, as empresas pre-

cisam implantar uma gestão voltada

para a qualidade. O alerta foi dado pelo

renomado economista, pesquisador e pro-

fessor Cícero Péricles em palestra ministra-

da na reunião mensal dos membros da Mesa

Administrativa da Santa Casa de Maceió.

O encontro teve como objetivo prepa-

rar o corpo executivo e as lideranças da ins-

tituição alagoana para o encontro do pla-

nejamento estratégico, que ocorrerá em

janeiro de 2013.

Ao citar os desafios no segmento da

saúde privada, o especialista se referiu a

cidades como Recife,Aracaju e Salvador, que

já investem nesse segmento, incluindo a par-

ticipação do setor público com isenção de

impostos e estímulos para o setor.

Questionado sobre como as empresas

devem se preparar para enfrentar tais desa-

fios, Cícero Péricles respondeu com uma só

palavra: planejamento.

No encontro, o provedor Humberto

Gomes de Melo ressaltou o planejamento estra-

tégico anual realizado pela instituição e a con-

quista do primeiro nível da Acreditação

perante à Organização Nacional da Acre-

ditação (ONA). O certificado da ONA reco-

nhece que a instituição possui rotinas e pro-

cedimentos que visam à segurança e à qua-

lidade na assistência aos pacientes.

Pela primeira vez, inclusive, o encontro

da Mesa Administrativa da Santa Casa de

Maceió foi aberto às lideranças da institui-

ção e aos representantes de outros centros

hospitalares alagoanos, como Emílio Silva,

do Hospital Santa Rita (Palmeira dos Índios);

e José Lídio Lira, do Hospital Memorial Arthur

Ramos, em Maceió.

NÚMEROS

Em sua palestra, rica em números e aná-

lises sobre a economia alagoana, Cícero

Péricles desfez o mito de que o segmento

sucroalcooleiro e a indústria química são os

setores que mais movimentam a economia

alagoana. O Bolsa Família, a Previdência

Social e as micro e pequenas empresas são

mais importantes para a formação do mer-

cado consumidor e a arrecadação de impos-

tos do que o açúcar, o álcool e o plástico.

"O principal setor da economia ala-

goana é a rede de comércio e a área de pres-

tação de serviços privados e públicos.

Juntos, formam o principal bloco econômi-

co urbano e representam 72% da riqueza

local, sendo 55% na área de serviços e

17% nas várias formas de comércio. O setor

sucroalcooleiro - agricultura e indústria jun-

tos -, produz menos de 20%", disse Cícero

Péricles.

Para se ter uma ideia, foram criados, em

Alagoas, mais de 70 mil micro e pequenas

empresas até este ano, correspondendo a 86%

das empresas formalizadas. Por sua vez, o

Bolsa Família atende 1,4 milhão de alagoa-

nos, injetando na economia estadual R$ 30

milhões/mês. Do outro lado, os cerca de 60

mil trabalhadores que atuam no corte da

cana revelam-se um contigente considerá-

vel, porém mal remunerado, percebendo

cinco reais por tonelada de cana.

"No tocante ao ICMS, o comércio vare-

jista arrecada mais impostos que a Braskem

e as usinas de açúcar e álcool. Por isso, o

imposto que o Estado arrecada mal dá para

cobrir a folha salarial. Segundo Cícero Pé-

ricles, essa distorção na economia de Alagoas

deve-se à legislação conhecida como Lei

Kandir, que isenta de impostos estaduais e

municipais os insumos e produtos voltados

à exportação, justamente o principal foco

desses dois setores no Estado. "É por isso

que esses segmentos contribuem pouco com

impostos", diz Péricles.

GESTÃO

Economista Cícero Péricles: alguns

setores arrecadam pouco ICMS

"Hospitais devem investir emqualidade e planejamento"

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 12

13

A Gerência de Risco e Assistência

Hospitalar iniciou na Unidade João Fireman,

no complexo hospitalar da Santa Casa de

Maceió, uma série de treinamentos com o

Time de Resposta Rápida da Emergência

24 Horas.A instrução simulando uma para-

da cardiorrespiratória foi comandada pelo

coordenador do Time de Resposta Rápida,

o médico Fábio Jorge de Lima, e pelo enfer-

meiro Eduardo Jorge Acioly.

A gerente de Risco e Assistência

Hospitalar, Tereza Tenório, destacou a

importâcia da iniciativa. "Esse trabalho

contribui de forma significativa para o

gerenciamento do risco de parada cardior-

respiratória em nossa instituição, visando

salvar vidas", disse a gerente após a con-

clusão do trabalho.

Time de Resposta Rápida simula parada cardiorrespiratória

TREINAMENTO

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 13

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Para enfrentar o competitivo mercado

privado de saúde, as empresas pre-

cisam implantar uma gestão voltada

para a qualidade. O alerta foi dado pelo

renomado economista, pesquisador e pro-

fessor Cícero Péricles em palestra ministra-

da na reunião mensal dos membros da Mesa

Administrativa da Santa Casa de Maceió.

O encontro teve como objetivo prepa-

rar o corpo executivo e as lideranças da ins-

tituição alagoana para o encontro do pla-

nejamento estratégico, que ocorrerá em

janeiro de 2013.

Ao citar os desafios no segmento da

saúde privada, o especialista se referiu a

cidades como Recife,Aracaju e Salvador, que

já investem nesse segmento, incluindo a par-

ticipação do setor público com isenção de

impostos e estímulos para o setor.

Questionado sobre como as empresas

devem se preparar para enfrentar tais desa-

fios, Cícero Péricles respondeu com uma só

palavra: planejamento.

No encontro, o provedor Humberto

Gomes de Melo ressaltou o planejamento estra-

tégico anual realizado pela instituição e a con-

quista do primeiro nível da Acreditação

perante à Organização Nacional da Acre-

ditação (ONA). O certificado da ONA reco-

nhece que a instituição possui rotinas e pro-

cedimentos que visam à segurança e à qua-

lidade na assistência aos pacientes.

Pela primeira vez, inclusive, o encontro

da Mesa Administrativa da Santa Casa de

Maceió foi aberto às lideranças da institui-

ção e aos representantes de outros centros

hospitalares alagoanos, como Emílio Silva,

do Hospital Santa Rita (Palmeira dos Índios);

e José Lídio Lira, do Hospital Memorial Arthur

Ramos, em Maceió.

NÚMEROS

Em sua palestra, rica em números e aná-

lises sobre a economia alagoana, Cícero

Péricles desfez o mito de que o segmento

sucroalcooleiro e a indústria química são os

setores que mais movimentam a economia

alagoana. O Bolsa Família, a Previdência

Social e as micro e pequenas empresas são

mais importantes para a formação do mer-

cado consumidor e a arrecadação de impos-

tos do que o açúcar, o álcool e o plástico.

"O principal setor da economia ala-

goana é a rede de comércio e a área de pres-

tação de serviços privados e públicos.

Juntos, formam o principal bloco econômi-

co urbano e representam 72% da riqueza

local, sendo 55% na área de serviços e

17% nas várias formas de comércio. O setor

sucroalcooleiro - agricultura e indústria jun-

tos -, produz menos de 20%", disse Cícero

Péricles.

Para se ter uma ideia, foram criados, em

Alagoas, mais de 70 mil micro e pequenas

empresas até este ano, correspondendo a 86%

das empresas formalizadas. Por sua vez, o

Bolsa Família atende 1,4 milhão de alagoa-

nos, injetando na economia estadual R$ 30

milhões/mês. Do outro lado, os cerca de 60

mil trabalhadores que atuam no corte da

cana revelam-se um contigente considerá-

vel, porém mal remunerado, percebendo

cinco reais por tonelada de cana.

"No tocante ao ICMS, o comércio vare-

jista arrecada mais impostos que a Braskem

e as usinas de açúcar e álcool. Por isso, o

imposto que o Estado arrecada mal dá para

cobrir a folha salarial. Segundo Cícero Pé-

ricles, essa distorção na economia de Alagoas

deve-se à legislação conhecida como Lei

Kandir, que isenta de impostos estaduais e

municipais os insumos e produtos voltados

à exportação, justamente o principal foco

desses dois setores no Estado. "É por isso

que esses segmentos contribuem pouco com

impostos", diz Péricles.

GESTÃO

Economista Cícero Péricles: alguns

setores arrecadam pouco ICMS

"Hospitais devem investir emqualidade e planejamento"

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13

A Gerência de Risco e Assistência

Hospitalar iniciou na Unidade João Fireman,

no complexo hospitalar da Santa Casa de

Maceió, uma série de treinamentos com o

Time de Resposta Rápida da Emergência

24 Horas.A instrução simulando uma para-

da cardiorrespiratória foi comandada pelo

coordenador do Time de Resposta Rápida,

o médico Fábio Jorge de Lima, e pelo enfer-

meiro Eduardo Jorge Acioly.

A gerente de Risco e Assistência

Hospitalar, Tereza Tenório, destacou a

importâcia da iniciativa. "Esse trabalho

contribui de forma significativa para o

gerenciamento do risco de parada cardior-

respiratória em nossa instituição, visando

salvar vidas", disse a gerente após a con-

clusão do trabalho.

Time de Resposta Rápida simula parada cardiorrespiratória

TREINAMENTO

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Um grupo de 302 colaboradores

das áreas assistencial e adminis-

trativa da Santa Casa de Maceió

passou os últimos seis meses por uma série

de situações que fogem, de longe, de sua

rotina diária. Técnicos de enfermagem, por

exemplo, trocaram as injeções por man-

gueiras de incêndio. Os experts em tecno-

logia da informação, por sua vez, deixa-

ram de lado os teclados para se familiari-

zarem com os extintores de incêndio. Já o

pessoal administrativo, que circula pelo

hospital percorrendo corredores e escadas

diariamente, fizeram um exercício de rapel,

descendo com o auxílio de cordas um dos

viadutos mais movimentados e altos da

capital alagoana.

"Foi emocionante. Repeti o rapel umas

dez vezes, mas o grande desafio, em minha

opinião, foi o exercício de confinamento

em ambiente fechado, com fumaça e pouco

oxigênio", relembra Jonnathan Braz, super-

visor da área de Internação da Santa Casa

de Maceió e um dos participantes do 1º Curso

de Brigadista da instituição.

"O curso foi uma experiência única.

Preparou cada um de nós para reagir da forma

correta em situações de emergência",

acrescentou Jonnathan, relatando um epi-

sódio ocorrido recentemente, em viagem a

Recife, quando teve a oportunidade de apli-

car os conhecimentos do curso numa jovem

com crise de epilepsia no meio da rua.

Nos exercícios práticos foi possível

observar os limites individuais de cada cola-

borador por meio da simulação de ocorrên-

cias reais, que podem acontecer em qual-

quer complexo hospitalar. Desta forma, ao

final do curso cada participante ganhou

uma função específica a ser assumida em

caso de catástrofe.

Segundo Sílvio Melo, gerente de Gestão

de Pessoas, durante os exercícios práticos

o grupo aprendeu a superar diversos desa-

fios, entre eles o medo de altura, de luga-

res escuros e esfumaçados, de espaços

apertados com grande aglomeração de pes-

soas, de enfrentar botijões de gás em cha-

mas, entre outros. Nas aulas teóricas e prá-

ticas, os brigadistas aprenderam também

a utilizar ferramentas de combate a incên-

dio e de resgate a vítimas.

DO SETOR PRIVADO

Santa Casa forma a maior brigada de incêndio de ALMais de 300 colaboradores receberam treinamento teórico e prático

Colaboradores realizaram

diversos exercícios práticos

como rapel, controle de

fogo em botijões de gás

e transporte de vítimas

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15

O provedor Humberto Gomes de Melo

agradeceu o empenho de todos no curso,

destacando em seu discurso na formatura

que foram investidos em 2012 mais de R$

1,8 milhão em benefícios diretos e indire-

tos ao colaborador. Ele citou iniciativas

como o subsídio de 80% no plano de

saúde, a creche, a entrega de cestas bási-

cas, a liberação da segunda parcela do 13º

salário, ocorrida no início de dezembro, e,

ao longo do ano, o pagamento da folha sala-

rial todos os meses sempre antes do dia 1º

do mês. Agora em dezembro, por exem-

plo, o depósito na conta dos colaborado-

res ocorreu no dia 28/12, portanto, antes

de findo o mês.

CRECHE

O papai Noel foi um dos convidados espe-

ciais na formatura do Jardim II, da creche

da Santa Casa de Maceió. Além da entre-

ga de presentes, adquiridos pelos pais das

crianças, e de um lanche superespecial, a

festa contou com a apresentação da Turma

do Sítio do Picapau Amarelo, encenada

pelas próprias crianças da creche.

Considerada pelo Corpo de Bombeiros

como a maior brigada de Alagoas no âmbi-

to corporativo, a equipe da Santa Casa de

Maceió foi dividida em dez turmas pela

empresa RP Consultoria, contratada para

realizar o curso. Com investimento superior

R$ 80 mil, o treinamento abordou temas

como a psicologia do pânico, combate a incên-

dio, ambiente confinado e salvamento de

vítimas em altura.

A etapa de capacitação da brigada de

incêndio da Santa Casa de Maceió foi con-

duzida pelo Setor de Treinamento e Desen-

volvimento, com apoio do Setor de Segu-

rança do Trabalho. "Já a etapa de implan-

tação ocorrerá a partir de janeiro", finali-

zou Sílvio Melo.

A solenidade de formatura do curso

ocorreu na festa natalina da Santa Casa de

Maceió, realizada em dezembro no Espaço

Multieventos do Sesi. Vestidos de verme-

lho, os egressos do curso foram saudados

pelo provedor Humberto Gomes de Melo

e por todos os colaboradores presentes.

Benefícios ao colaborador

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 15

Page 15: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

Um grupo de 302 colaboradores

das áreas assistencial e adminis-

trativa da Santa Casa de Maceió

passou os últimos seis meses por uma série

de situações que fogem, de longe, de sua

rotina diária. Técnicos de enfermagem, por

exemplo, trocaram as injeções por man-

gueiras de incêndio. Os experts em tecno-

logia da informação, por sua vez, deixa-

ram de lado os teclados para se familiari-

zarem com os extintores de incêndio. Já o

pessoal administrativo, que circula pelo

hospital percorrendo corredores e escadas

diariamente, fizeram um exercício de rapel,

descendo com o auxílio de cordas um dos

viadutos mais movimentados e altos da

capital alagoana.

"Foi emocionante. Repeti o rapel umas

dez vezes, mas o grande desafio, em minha

opinião, foi o exercício de confinamento

em ambiente fechado, com fumaça e pouco

oxigênio", relembra Jonnathan Braz, super-

visor da área de Internação da Santa Casa

de Maceió e um dos participantes do 1º Curso

de Brigadista da instituição.

"O curso foi uma experiência única.

Preparou cada um de nós para reagir da forma

correta em situações de emergência",

acrescentou Jonnathan, relatando um epi-

sódio ocorrido recentemente, em viagem a

Recife, quando teve a oportunidade de apli-

car os conhecimentos do curso numa jovem

com crise de epilepsia no meio da rua.

Nos exercícios práticos foi possível

observar os limites individuais de cada cola-

borador por meio da simulação de ocorrên-

cias reais, que podem acontecer em qual-

quer complexo hospitalar. Desta forma, ao

final do curso cada participante ganhou

uma função específica a ser assumida em

caso de catástrofe.

Segundo Sílvio Melo, gerente de Gestão

de Pessoas, durante os exercícios práticos

o grupo aprendeu a superar diversos desa-

fios, entre eles o medo de altura, de luga-

res escuros e esfumaçados, de espaços

apertados com grande aglomeração de pes-

soas, de enfrentar botijões de gás em cha-

mas, entre outros. Nas aulas teóricas e prá-

ticas, os brigadistas aprenderam também

a utilizar ferramentas de combate a incên-

dio e de resgate a vítimas.

DO SETOR PRIVADO

Santa Casa forma a maior brigada de incêndio de ALMais de 300 colaboradores receberam treinamento teórico e prático

Colaboradores realizaram

diversos exercícios práticos

como rapel, controle de

fogo em botijões de gás

e transporte de vítimas

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 14

15

O provedor Humberto Gomes de Melo

agradeceu o empenho de todos no curso,

destacando em seu discurso na formatura

que foram investidos em 2012 mais de R$

1,8 milhão em benefícios diretos e indire-

tos ao colaborador. Ele citou iniciativas

como o subsídio de 80% no plano de

saúde, a creche, a entrega de cestas bási-

cas, a liberação da segunda parcela do 13º

salário, ocorrida no início de dezembro, e,

ao longo do ano, o pagamento da folha sala-

rial todos os meses sempre antes do dia 1º

do mês. Agora em dezembro, por exem-

plo, o depósito na conta dos colaborado-

res ocorreu no dia 28/12, portanto, antes

de findo o mês.

CRECHE

O papai Noel foi um dos convidados espe-

ciais na formatura do Jardim II, da creche

da Santa Casa de Maceió. Além da entre-

ga de presentes, adquiridos pelos pais das

crianças, e de um lanche superespecial, a

festa contou com a apresentação da Turma

do Sítio do Picapau Amarelo, encenada

pelas próprias crianças da creche.

Considerada pelo Corpo de Bombeiros

como a maior brigada de Alagoas no âmbi-

to corporativo, a equipe da Santa Casa de

Maceió foi dividida em dez turmas pela

empresa RP Consultoria, contratada para

realizar o curso. Com investimento superior

R$ 80 mil, o treinamento abordou temas

como a psicologia do pânico, combate a incên-

dio, ambiente confinado e salvamento de

vítimas em altura.

A etapa de capacitação da brigada de

incêndio da Santa Casa de Maceió foi con-

duzida pelo Setor de Treinamento e Desen-

volvimento, com apoio do Setor de Segu-

rança do Trabalho. "Já a etapa de implan-

tação ocorrerá a partir de janeiro", finali-

zou Sílvio Melo.

A solenidade de formatura do curso

ocorreu na festa natalina da Santa Casa de

Maceió, realizada em dezembro no Espaço

Multieventos do Sesi. Vestidos de verme-

lho, os egressos do curso foram saudados

pelo provedor Humberto Gomes de Melo

e por todos os colaboradores presentes.

Benefícios ao colaborador

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Page 16: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

Antes de você, leitor, terminar de

ler esta reportagem, alguém

morrerá de sepse em algum

lugar do mundo. Cerca de 20 a 30 mi-

lhões de pacientes são acometidos de

sepse a cada ano, no Planeta, com mais

de seis milhões de casos da doença na

primeira infância e fase neonatal, além

de mais de seis mil casos de sepse

materna.

A sepse é uma resposta desordena-

da e desproporcional do organismo con-

tra infecções provocadas por bactérias,

fungos, vírus, etc. Essa tentativa exarce-

bada de combater o agente invasor

acaba provocando inflamação generali-

zada em todo o organismo, danificando

órgãos e, por mais contraditório que

pareça, facilitando a ação do agente

invasor.

Atualmente, a sepse é a principal

causa de mortes em Unidades de Terapia

Intensiva (UTI), matando mais do que o

infarto do coração e alguns tipos de cân-

cer. "O Brasil tem uma das taxas mais altas

de morte do mundo, e nós precisamos

reverter esse quadro, envolvendo toda a

população e, evidentemente, melhoran-

do a qualificação dos nossos profissio-

nais de saúde", disse o médico Fábio Lima,

coordenador do Comitê Gestor da Sepse

da Santa Casa de Maceió.

A instituição alagoana, inclusive, é um

dos 40 centros hospitalares brasileiros

associados ao Instituto Latino Americano

de Sepse (Ilas), entidade que, juntamente

com a Associação de Medicina Intensiva

Brasileira e o Ministério da Saúde, busca

reduzir a incidência da sepse no País.

CAMPANHA

Protocolo clínico reduz risco demorte por sepse em hospital

Instituição alagoana integra rede de 40 hospitais vinculados ao Ilas

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 16

17Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

Em Alagoas, a Santa Casa de Mise-

ricórdia de Maceió participa da Cam-

panha Mundial da Sepse desde 2008,

mas foi em 2011, com a implementa-

ção do Protocolo Institucional de Sepse,

que os números do combate ao proble-

ma ganharam maior visibilidade.

No último trimestre de 2011, a San-

ta Casa de Maceió registrava 47,46%

de óbitos em pacientes com sepse. No

primeiro trimestre de 2012, esse percen-

tual caiu para 43,05% e, entre abril e junho,

para 42,1%. Já entre julho e agosto, o

índice sofreu sua maior redução, cravan-

do em 29,72%; patamar que superou a

meta estabelecida pelo Comitê Gestor

da Sepse, que era reduzir o índice em

cinco pontos percentuais ao ano.

Outros números confirmam os bons

resultados obtidos com a implementa-

ção do Protocolo Institucional de Sepse.

Segundo dados do Ilas, em hospitais

públicos (vinculados à rede), a sepse

grave e o choque séptico levam a óbito

61,5% dos pacientes acometidos pelo

problema.

Já nos hospitais privados, esse per-

centual é menor; gira em torno de

40,3%, ficando a média nacional em

51,9%. Nesse contexto, conforme dados

da Gerência de Risco e Assistência

Hospitalar da Santa Casa de Maceió, a

instituição registrou 45,83%, o que tam-

bém superou a meta definida pelo

Comitê Gestor da Sepse. Para alcançar esse

objetivo, a Gerência de Risco e Assis-

tência Hospitalar e o Comitê Gestor pro-

moveram diversos treinamentos com os

colaboradores do hospital e com o corpo

clínico institucional.

"Além disso, assumimos a respon-

sabilidade de acompanhar os casos da

enfermidade, garantindo sua execução,

gerenciando indicadores, devolvendo

dados e intervindo quando necessário

junto às diversas equipes e unidades da

nossa instituição", acrescentou Fábio

Lima.

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 17

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Antes de você, leitor, terminar de

ler esta reportagem, alguém

morrerá de sepse em algum

lugar do mundo. Cerca de 20 a 30 mi-

lhões de pacientes são acometidos de

sepse a cada ano, no Planeta, com mais

de seis milhões de casos da doença na

primeira infância e fase neonatal, além

de mais de seis mil casos de sepse

materna.

A sepse é uma resposta desordena-

da e desproporcional do organismo con-

tra infecções provocadas por bactérias,

fungos, vírus, etc. Essa tentativa exarce-

bada de combater o agente invasor

acaba provocando inflamação generali-

zada em todo o organismo, danificando

órgãos e, por mais contraditório que

pareça, facilitando a ação do agente

invasor.

Atualmente, a sepse é a principal

causa de mortes em Unidades de Terapia

Intensiva (UTI), matando mais do que o

infarto do coração e alguns tipos de cân-

cer. "O Brasil tem uma das taxas mais altas

de morte do mundo, e nós precisamos

reverter esse quadro, envolvendo toda a

população e, evidentemente, melhoran-

do a qualificação dos nossos profissio-

nais de saúde", disse o médico Fábio Lima,

coordenador do Comitê Gestor da Sepse

da Santa Casa de Maceió.

A instituição alagoana, inclusive, é um

dos 40 centros hospitalares brasileiros

associados ao Instituto Latino Americano

de Sepse (Ilas), entidade que, juntamente

com a Associação de Medicina Intensiva

Brasileira e o Ministério da Saúde, busca

reduzir a incidência da sepse no País.

CAMPANHA

Protocolo clínico reduz risco demorte por sepse em hospital

Instituição alagoana integra rede de 40 hospitais vinculados ao Ilas

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17Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

Em Alagoas, a Santa Casa de Mise-

ricórdia de Maceió participa da Cam-

panha Mundial da Sepse desde 2008,

mas foi em 2011, com a implementa-

ção do Protocolo Institucional de Sepse,

que os números do combate ao proble-

ma ganharam maior visibilidade.

No último trimestre de 2011, a San-

ta Casa de Maceió registrava 47,46%

de óbitos em pacientes com sepse. No

primeiro trimestre de 2012, esse percen-

tual caiu para 43,05% e, entre abril e junho,

para 42,1%. Já entre julho e agosto, o

índice sofreu sua maior redução, cravan-

do em 29,72%; patamar que superou a

meta estabelecida pelo Comitê Gestor

da Sepse, que era reduzir o índice em

cinco pontos percentuais ao ano.

Outros números confirmam os bons

resultados obtidos com a implementa-

ção do Protocolo Institucional de Sepse.

Segundo dados do Ilas, em hospitais

públicos (vinculados à rede), a sepse

grave e o choque séptico levam a óbito

61,5% dos pacientes acometidos pelo

problema.

Já nos hospitais privados, esse per-

centual é menor; gira em torno de

40,3%, ficando a média nacional em

51,9%. Nesse contexto, conforme dados

da Gerência de Risco e Assistência

Hospitalar da Santa Casa de Maceió, a

instituição registrou 45,83%, o que tam-

bém superou a meta definida pelo

Comitê Gestor da Sepse. Para alcançar esse

objetivo, a Gerência de Risco e Assis-

tência Hospitalar e o Comitê Gestor pro-

moveram diversos treinamentos com os

colaboradores do hospital e com o corpo

clínico institucional.

"Além disso, assumimos a respon-

sabilidade de acompanhar os casos da

enfermidade, garantindo sua execução,

gerenciando indicadores, devolvendo

dados e intervindo quando necessário

junto às diversas equipes e unidades da

nossa instituição", acrescentou Fábio

Lima.

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Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

"Com uma boa gestão eapoio do governo é possívelfazer um SUS com excelência"Magistrado elogia maternidade em visita do Comitê da Saúde

OComitê da Saúde de Alagoas, insti-

tuído pelo Conselho Nacional de

Justiça (CNJ), iniciou pelo Hospital

Nossa Senhora da Guia uma série de visi-

tas que realizará a partir de agora às mater-

nidades vinculadas ao Sistema Único de

Saúde (SUS) no Estado. Com a superlotação

verificada na rede de assistência materna e

a reabertura da unidade da Santa Casa de

Maceió, o comitê decidiu avaliar de perto a

estrutura dos estabelecimentos e a opinião

das pacientes sobre o atendimento.

O depoimento do presidente do Comitê

da Saúde, o corregedor-geral da Justiça,

James Magalhães, resumiu a impressão dos

demais membros do colegiado presentes à

visita. "Aqui temos a certeza de que o din-

heiro dos impostos, recolhido por cada

cidadão, está sendo bem empregado, retor-

nando à sociedade por meio de um atendi-

mento com qualidade", disse o magistrado.

Ao lado do provedor da Santa Casa de

Maceió, Humberto Gomes de Melo, e do

próprio desembargador James Magalhães,

visitaram o Hospital Nossa Senhora da Guia

a vereadora Heloísa Helena; o secretário da

Saúde de Maceió,Adeilson Loureiro; e a re-

presentante do Ministério Público da União,

a defensora pública Tarcila Maia.

Após percorrer as enfermarias e os cen-

tros cirúrgicos obstétrico e pediátrico do

Hospital Nossa Senhora da Guia, o prove-

dor Humberto Gomes de Melo apresentou

os primeiros números do atendimento após

o reinício das atividades.

"Em setembro, o Hospital Nossa Senhora

da Guia realizou 408 atos obstétricos, o que

torna a maternidade a unidade que mais

realizou atendimentos pelo SUS em Alagoas

no período", disse Humberto Gomes de

Melo. O executivo revelou ainda aos mem-

bros do comitê que a reabertura da unidade

ajudou a reduzir a superlotação em mater-

nidades como a Santa Mônica, já que, além

de gestantes de baixo e médio riscos da

capital e do interior alagoano, o hospital

recebe gestantes de alto risco, de acordo

com a avaliação clínica.

O secretário Adeilson Loureiro aproveitou

a visita para anunciar que o Hospital Nossa

Senhora da Guia será a primeira mater-

nidade de Maceió a receber o novo sistema

de identificação biométrica de gestantes,

que permitirá identificar em tempo real cada

uma das mulheres internadas na rede do

SUS na capital alagoana.

HOSPITAL NOSSA SENHORA DA GUIA

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 18

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 19

"Devo dizer que não era positiva a

visão que eu tinha, em geral, de uma

maternidade do SUS. Hoje, após essa

visita ao Hospital Nossa Senhora da

Guia, mudei de opinião. Nessa mater-

nidade pude comprovar que, se houver

uma boa gestão e apoio do governo, é

possível oferecer um atendimento com

qualidade à população", resumiu o

desembargador James Magalhães, pre-

sidente do Comitê da Saúde de Alagoas

em visita à unidade.

O magistrado ressaltou que o provedor

da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes

de Melo, está conseguindo provar que é

possível fazer saúde com excelência no SUS

tendo o necessário apoio financeiro e o

reconhecimento dos gestores públicos.

"Uma casa bem administrada e uma

equipe empenhada fazem a diferença",

acrescentou James Magalhães, ressaltando

que "os impostos e recursos públicos repas-

sados à unidade estão sendo revertidos

num atendimento de qualidade ao

cidadão".

A vereadora Heloísa Helena elogiou a

estruturação do Hospital Nossa Senhora

da Guia, unidade mantida pela Santa Casa

de Maceió no bairro do Poço, em Maceió,

que atende exclusivamente pelo SUS.

"Não são todos os hospitais que con-

seguem manter uma estrutura e uma escala

de profissionais de saúde com a qualidade

técnica existente no Hospital Nossa Senhora

da Guia", avaliou Heloísa Helena.

E acrescentou: "A gente fica feliz em

constatar esse bom exemplo após ouvir as

parturientes internadas aqui e conversan-

do com os profissionais de saúde. Agora,

precisamos lutar para que esse padrão de

assistência às gestantes, parturientes e

recém-nascidos se torne referência em toda

Alagoas e seja adotado pelas demais

maternidades credenciadas pelo Sistema

Único de Saúde".

Para Heloísa Helena, a qualidade na

assistência é um direito do cidadão, que pre-

cisa ser replicado em todo o País.

”Impostos se convertem em qualidade aqui“

"Exemplo deve ser replicado na rede do SUS"

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 19

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"Com uma boa gestão eapoio do governo é possívelfazer um SUS com excelência"Magistrado elogia maternidade em visita do Comitê da Saúde

OComitê da Saúde de Alagoas, insti-

tuído pelo Conselho Nacional de

Justiça (CNJ), iniciou pelo Hospital

Nossa Senhora da Guia uma série de visi-

tas que realizará a partir de agora às mater-

nidades vinculadas ao Sistema Único de

Saúde (SUS) no Estado. Com a superlotação

verificada na rede de assistência materna e

a reabertura da unidade da Santa Casa de

Maceió, o comitê decidiu avaliar de perto a

estrutura dos estabelecimentos e a opinião

das pacientes sobre o atendimento.

O depoimento do presidente do Comitê

da Saúde, o corregedor-geral da Justiça,

James Magalhães, resumiu a impressão dos

demais membros do colegiado presentes à

visita. "Aqui temos a certeza de que o din-

heiro dos impostos, recolhido por cada

cidadão, está sendo bem empregado, retor-

nando à sociedade por meio de um atendi-

mento com qualidade", disse o magistrado.

Ao lado do provedor da Santa Casa de

Maceió, Humberto Gomes de Melo, e do

próprio desembargador James Magalhães,

visitaram o Hospital Nossa Senhora da Guia

a vereadora Heloísa Helena; o secretário da

Saúde de Maceió,Adeilson Loureiro; e a re-

presentante do Ministério Público da União,

a defensora pública Tarcila Maia.

Após percorrer as enfermarias e os cen-

tros cirúrgicos obstétrico e pediátrico do

Hospital Nossa Senhora da Guia, o prove-

dor Humberto Gomes de Melo apresentou

os primeiros números do atendimento após

o reinício das atividades.

"Em setembro, o Hospital Nossa Senhora

da Guia realizou 408 atos obstétricos, o que

torna a maternidade a unidade que mais

realizou atendimentos pelo SUS em Alagoas

no período", disse Humberto Gomes de

Melo. O executivo revelou ainda aos mem-

bros do comitê que a reabertura da unidade

ajudou a reduzir a superlotação em mater-

nidades como a Santa Mônica, já que, além

de gestantes de baixo e médio riscos da

capital e do interior alagoano, o hospital

recebe gestantes de alto risco, de acordo

com a avaliação clínica.

O secretário Adeilson Loureiro aproveitou

a visita para anunciar que o Hospital Nossa

Senhora da Guia será a primeira mater-

nidade de Maceió a receber o novo sistema

de identificação biométrica de gestantes,

que permitirá identificar em tempo real cada

uma das mulheres internadas na rede do

SUS na capital alagoana.

HOSPITAL NOSSA SENHORA DA GUIA

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"Devo dizer que não era positiva a

visão que eu tinha, em geral, de uma

maternidade do SUS. Hoje, após essa

visita ao Hospital Nossa Senhora da

Guia, mudei de opinião. Nessa mater-

nidade pude comprovar que, se houver

uma boa gestão e apoio do governo, é

possível oferecer um atendimento com

qualidade à população", resumiu o

desembargador James Magalhães, pre-

sidente do Comitê da Saúde de Alagoas

em visita à unidade.

O magistrado ressaltou que o provedor

da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes

de Melo, está conseguindo provar que é

possível fazer saúde com excelência no SUS

tendo o necessário apoio financeiro e o

reconhecimento dos gestores públicos.

"Uma casa bem administrada e uma

equipe empenhada fazem a diferença",

acrescentou James Magalhães, ressaltando

que "os impostos e recursos públicos repas-

sados à unidade estão sendo revertidos

num atendimento de qualidade ao

cidadão".

A vereadora Heloísa Helena elogiou a

estruturação do Hospital Nossa Senhora

da Guia, unidade mantida pela Santa Casa

de Maceió no bairro do Poço, em Maceió,

que atende exclusivamente pelo SUS.

"Não são todos os hospitais que con-

seguem manter uma estrutura e uma escala

de profissionais de saúde com a qualidade

técnica existente no Hospital Nossa Senhora

da Guia", avaliou Heloísa Helena.

E acrescentou: "A gente fica feliz em

constatar esse bom exemplo após ouvir as

parturientes internadas aqui e conversan-

do com os profissionais de saúde. Agora,

precisamos lutar para que esse padrão de

assistência às gestantes, parturientes e

recém-nascidos se torne referência em toda

Alagoas e seja adotado pelas demais

maternidades credenciadas pelo Sistema

Único de Saúde".

Para Heloísa Helena, a qualidade na

assistência é um direito do cidadão, que pre-

cisa ser replicado em todo o País.

”Impostos se convertem em qualidade aqui“

"Exemplo deve ser replicado na rede do SUS"

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Page 20: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

Além de ser a maternidade com maior

volume de atos obstétricos e com melhor

qualidade na assistência às pacientes, o

Hospital Nossa Senhora da Guia possui um

diferencial importante, que sempre foi

defendido pelo secretário da Saúde de

Maceió,Adeilson Loureiro: o estímulo ao parto

normal.

"É visível o trabalho contínuo dos

profissionais de saúde no incentivo às mães

para que escolham o parto normal. Esse é

um diferencial importante na humaniza-

ção da assistência", destacou o gestor da

saúde na capital alagoana.

Iniciativas

No encontro foram destacadas outras

iniciativas exclusivas, como estímulo à ama-

mentação exclusiva; restrição ao uso de

fórmulas infantis, bicos, mamadeiras e chu-

petas; presença de acompanhante antes,

durante e após o parto; criação de aloja-

mento para mães que precisam aguardar

a alta médica do filho; acompanhamento

às sessões de Fisioterapia; enfermarias

climatizadas; projeto redinha, onde a cri-

ança permanece numa rede hipoalergêni-

ca na unidade de cuidados intermediários,

entre outros.

Secretário Adeilson Loureiro (D) elogia diferencial de unidade

Gestor destaca estímulo ao parto normal

A defensora pública Tarcila Maia,

representante do Ministério Público da

União no Comite da Saúde, mostrou-se

impressionada com a estrutura e a orga-

nização do Hospital Nossa Senhora da

Guia.

"Pelo que venho acompanhando à

distância, já esperava encontrar um esta-

belecimento organizado, mas, ver de

perto a estrutura que o hospital possui

foi muito gratificante", disse Tarcila

Maia, referindo-se ao ambiente aco-

lhedor das enfermarias climatizadas, aos

leitos, rouparia e equipamentos novos,

à limpeza dos ambientes e à receptivi-

dade dos profissionais.

"Além da estrutura, a maternidade

possui capacidade para atender a popu-

lação e evitar a superlotação das mater-

nidades de referência", completou.

Tarcila Amaral frisou que o Comitê da Sa-

úde é uma iniciativa do Conselho

Nacional de Justiça para reduzir a judi-

cialização da saúde, opção encontrada

por muitos cidadãos para verem atendidas

demandas pessoais sobre o tema.

Membro do MPU elogia estrutura de maternidade

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 20

21

OProjeto de Jejum Abreviado, ado-

tado pela Santa Casa de Maceió,

pôs fim ao principal problema

enfrentado por pacientes cirúrgicos eleti-

vos: os efeitos negativos do jejum prolon-

gado sobre o organismo.A iniciativa busca

evitar um quadro bastante comum em uni-

dades de internação de todo o País: crian-

ças e adultos em jejum por períodos que vari-

am de 8h a 22h.

Em linhas gerais, o Projeto Jejum

Abreviado formatou três rotinas nutricio-

nais. Para cirurgias programadas no perío-

do da manhã, o paciente internado ingere

uma solução de maltodextrina às 5 horas

da manhã, podendo realizar a cirurgia duas

horas depois.

Nos procedimentos previstos para a

tarde, ou seja, após as 13 horas, o pacien-

te pode tomar um café da manhã leve e de

fácil absorção e, às 11 horas, a solução de

maltodextrina. Para intervenções noturnas,

a serem realizadas a partir das 18 horas, um

café da manhã normal, no horário do almo-

ço uma refeição leve e a solução de mal-

todextrina às 16 horas. Havendo a transfe-

rência de horário, o paciente passa a seguir

a rotina específica daquele turno.

No Projeto Jejum Abreviado, os pacien-

tes ingerem 200 ml de maltodextrina duas

horas antes da intervenção cirúrgica. Esse

composto é um carboidrato formado por

polímeros de glicose de fácil absorção pelo

organismo, que permite manter o equilí-

brio nutricional do paciente ao mesmo

tempo em que mantém o indivíduo em con-

dição similar à tradicional dieta zero.

EXCLUÍDOS

Em princípio, todos os pacientes podem-

fazer o jejum pré-operatório abreviado,

inclusive diabéticos, crianças e idosos.As ges-

tantes também podem receber a solução de

maltodextrina, mas a dieta é diferenciada.

Alguns casos específicos, entretanto,

estão excluídos da lista: portadores de doen-

ça de refluxo gastroesofágico, obesos mór-

bidos (com Índice de Massa Corpórea acima

de 40kg/m2) ou pessoas com obstrução

intestinal, além de doenças com esvaziamen-

to gástrico retardado. Nesses casos, aplica-

se o protocolo convencional, com o jejum

mínimo de 8 horas.

Tanto a nutricionista Silvya Souza como

o anestesista Sílvio Lima fazem um alerta

importante. “Os pacientes não podem ado-

tar dietas em casa, por conta própria, an-

tes de se dirigirem ao hospital. Muito me-

nos deixar de cumprir a dieta nos horários

prescritos no pré-operatório”, reforçaram.

Nos primórdios da anestesiologia, por

volta do século XIX, o jejum pré-operatório

era de apenas duas horas. Mas, devido as

complicações em pacientes, esse prazo foi

ampliado até chegar às atuais oito horas de

jejum. Hoje, baseado em estudos científicos,

instituições como a Santa Casa de Maceió

adotam o jejum abreviado, aliando seguran-

ça assistencial e bem-estar do paciente.

Iniciativa reduz efeito do jejumpré-cirúrgico em pacientes Conheça as rotinas nutricionais implantadas na Santa Casa de Maceió

BOA NOVA

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 21

Page 21: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

Além de ser a maternidade com maior

volume de atos obstétricos e com melhor

qualidade na assistência às pacientes, o

Hospital Nossa Senhora da Guia possui um

diferencial importante, que sempre foi

defendido pelo secretário da Saúde de

Maceió,Adeilson Loureiro: o estímulo ao parto

normal.

"É visível o trabalho contínuo dos

profissionais de saúde no incentivo às mães

para que escolham o parto normal. Esse é

um diferencial importante na humaniza-

ção da assistência", destacou o gestor da

saúde na capital alagoana.

Iniciativas

No encontro foram destacadas outras

iniciativas exclusivas, como estímulo à ama-

mentação exclusiva; restrição ao uso de

fórmulas infantis, bicos, mamadeiras e chu-

petas; presença de acompanhante antes,

durante e após o parto; criação de aloja-

mento para mães que precisam aguardar

a alta médica do filho; acompanhamento

às sessões de Fisioterapia; enfermarias

climatizadas; projeto redinha, onde a cri-

ança permanece numa rede hipoalergêni-

ca na unidade de cuidados intermediários,

entre outros.

Secretário Adeilson Loureiro (D) elogia diferencial de unidade

Gestor destaca estímulo ao parto normal

A defensora pública Tarcila Maia,

representante do Ministério Público da

União no Comite da Saúde, mostrou-se

impressionada com a estrutura e a orga-

nização do Hospital Nossa Senhora da

Guia.

"Pelo que venho acompanhando à

distância, já esperava encontrar um esta-

belecimento organizado, mas, ver de

perto a estrutura que o hospital possui

foi muito gratificante", disse Tarcila

Maia, referindo-se ao ambiente aco-

lhedor das enfermarias climatizadas, aos

leitos, rouparia e equipamentos novos,

à limpeza dos ambientes e à receptivi-

dade dos profissionais.

"Além da estrutura, a maternidade

possui capacidade para atender a popu-

lação e evitar a superlotação das mater-

nidades de referência", completou.

Tarcila Amaral frisou que o Comitê da Sa-

úde é uma iniciativa do Conselho

Nacional de Justiça para reduzir a judi-

cialização da saúde, opção encontrada

por muitos cidadãos para verem atendidas

demandas pessoais sobre o tema.

Membro do MPU elogia estrutura de maternidade

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 20

21

OProjeto de Jejum Abreviado, ado-

tado pela Santa Casa de Maceió,

pôs fim ao principal problema

enfrentado por pacientes cirúrgicos eleti-

vos: os efeitos negativos do jejum prolon-

gado sobre o organismo. A iniciativa busca

evitar um quadro bastante comum em uni-

dades de internação de todo o País: crian-

ças e adultos em jejum por períodos que vari-

am de 8h a 22h.

Em linhas gerais, o Projeto Jejum

Abreviado formatou três rotinas nutricio-

nais. Para cirurgias programadas no perío-

do da manhã, o paciente internado ingere

uma solução de maltodextrina às 5 horas

da manhã, podendo realizar a cirurgia duas

horas depois.

Nos procedimentos previstos para a

tarde, ou seja, após as 13 horas, o pacien-

te pode tomar um café da manhã leve e de

fácil absorção e, às 11 horas, a solução de

maltodextrina. Para intervenções noturnas,

a serem realizadas a partir das 18 horas, um

café da manhã normal, no horário do almo-

ço uma refeição leve e a solução de mal-

todextrina às 16 horas. Havendo a transfe-

rência de horário, o paciente passa a seguir

a rotina específica daquele turno.

No Projeto Jejum Abreviado, os pacien-

tes ingerem 200 ml de maltodextrina duas

horas antes da intervenção cirúrgica. Esse

composto é um carboidrato formado por

polímeros de glicose de fácil absorção pelo

organismo, que permite manter o equilí-

brio nutricional do paciente ao mesmo

tempo em que mantém o indivíduo em con-

dição similar à tradicional dieta zero.

EXCLUÍDOS

Em princípio, todos os pacientes podem-

fazer o jejum pré-operatório abreviado,

inclusive diabéticos, crianças e idosos.As ges-

tantes também podem receber a solução de

maltodextrina, mas a dieta é diferenciada.

Alguns casos específicos, entretanto,

estão excluídos da lista: portadores de doen-

ça de refluxo gastroesofágico, obesos mór-

bidos (com Índice de Massa Corpórea acima

de 40kg/m2) ou pessoas com obstrução

intestinal, além de doenças com esvaziamen-

to gástrico retardado. Nesses casos, aplica-

se o protocolo convencional, com o jejum

mínimo de 8 horas.

Tanto a nutricionista Silvya Souza como

o anestesista Sílvio Lima fazem um alerta

importante. “Os pacientes não podem ado-

tar dietas em casa, por conta própria, an-

tes de se dirigirem ao hospital. Muito me-

nos deixar de cumprir a dieta nos horários

prescritos no pré-operatório”, reforçaram.

Nos primórdios da anestesiologia, por

volta do século XIX, o jejum pré-operatório

era de apenas duas horas. Mas, devido as

complicações em pacientes, esse prazo foi

ampliado até chegar às atuais oito horas de

jejum. Hoje, baseado em estudos científicos,

instituições como a Santa Casa de Maceió

adotam o jejum abreviado, aliando seguran-

ça assistencial e bem-estar do paciente.

Iniciativa reduz efeito do jejumpré-cirúrgico em pacientes Conheça as rotinas nutricionais implantadas na Santa Casa de Maceió

BOA NOVA

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Page 22: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

ASanta Casa de Maceió foi home-

nageada, na noite do dia 7 de

novembro, às 19h30, na formatu-

ra da 19ª turma do programa Aprendiz

Legal. Realizada pelo Centro de Integração

Escola-Empresa (CIEE), com o apoio da

Fundação Roberto Marinho, a solenidade

reuniu 135 jovens capacitados em 39

empresas alagoanas.

Conforme as regras do programa, a

formatura encerra o período de dois anos

de aprendizado nas empresas participan-

tes. No caso da Santa Casa de Maceió,

agraciada no evento pela "Excelência no

Programa Aprendiz Legal", a primeira turma

concluirá o período de aprendizado em

2013.

Prestigiaram o evento, no auditório

cedido pelo Tribunal de Contas do Estado

de Alagoas, o fiscal do Trabalho José

Gomes; a representante da Fundação

Roberto Marinho, Isabela Maciel; a conse-

lheira do Tribunal de Contas do Estado de

Alagoas, Maria Cleide Costa Bezerra; o

superintendente de Atendimento Regional

Brasil do CIEE, Marcelo Miqueleti Gallo; o

superintendente da Secretaria de Relações

do Trabalho, Israel Wanderley Maux Lessa,

além de representantes das empresas

homenageadas, autoridades e familiares

dos aprendizes. Juntamente com a Santa

Casa de Maceió foram agraciados o Serviço

de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(Sebrae-AL) e a Socôco.

Ao agradecer a homenagem, o prove-

dor da Santa Casa de Maceió, Humberto

Gomes de Melo, foi bastante aplaudido ao

anunciar que os aprendizes com 18 meses

de estágio poderão participar dos proces-

sos seletivos externos da instituição e, de

acordo com o desempenho, serem contra-

tados pela Santa Casa de Maceió.

Os 53 candidatos da primeira turma

do Programa Aprendiz Legal da Santa Casa

de Maceió e do Hospital Nossa Senhora

da Guia recebem capacitação em funções

como auxiliar de logística, auxiliar de ali-

mentação e auxiliar administrativo. O empe-

nho em não apenas atender a lei, mas em

exercê-la como política de responsabilida-

de social, conferiu a homenagem à insti-

tuição.

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

Santa Casa recebe homenagempor adesão ao Aprendiz LegalAprendizes poderão participar de seleções internas para contratação

MERCADO DE TRABALHO

Candidatos receberam capacitação

em funções como auxiliar de

logística, auxiliar de alimentação

e auxiliar administrativo

Salvotare, gerente regional

do CIEE, entrega placa a Humberto

Gomes de Melo

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Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 23

ENDOSCOPIA 24H

AEndoscopia 24 Horas da Santa Casa

de Maceió conta com a mais

recente tecnologia para realização

de exames endoscópicos em alta definição.

“Trata-se do Exera 2, o mais moderno equi-

pamento da empresa japonesa Olympus

para esse tipo de procedimento. É o topo de

linha da Olympus, empresa que produz equi-

pamentos médicos endoscópicos com tecno-

logia de ponta", explicou o coordenador do

Serviço de Endoscopia da Santa Casa de

Maceió, Ricardo Tavares. Ele enfatizou a qua-

lidade e a tecnologia adotadas a partir de

agora na Santa Casa de Maceió.

Já o proctologista Carlos Cabús fez um com-

parativo simples: "Na velha televisão analó-

gica, uma boa antena externa garantia ima-

gens muito boas na telinha. Com a atual TV

digital, as imagens são infinitamente superio-

res e apresentam detalhes antes imperceptí-

veis. O mesmo acontece na área de equipa-

mentos médicos. Com a tecnologia HD (alta

definição), as imagens são muito mais nítidas,

permitindo visualizar pólipos e pequenas

lesões que poderiam passar despercebidas

nos exames convencionais", afirmou Cabús.

Nesse sentido, Ricardo Tavares destacou

uma das novidades do novo Exera 2.O equipa-

mento traz uma nova tecnologia,conhecida pela

sigla NBI, que permite realizar o contraste entre

pequenos vasos e diversas estruturas minúscu-

las (como os pólipos) em relação ao tecido nor-

mal das camadas superiores da mucosa.

"Com o Exera 2, não é mais necessário

injetar no paciente uma substância corante,

que hoje tem a função de realizar o contras-

te dessas estruturas", acrescentou Cabús.

Carlos Cabús, Ricardo Tavares, Daniel Veras, Carlos Amaral e Josenilton Rodrigues

Novo equipamento realizaexames em alta definiçãoTecnologia permite visualizar pólipos e lesões em estadiamento inicial

NúmerosRealizando entre 100 e 120 colonos-

copias e cerca de 300 endoscopias diges-

tivas por mês, a Endoscopia 24 Horas é refe-

rência em Alagoas em procedimentos

endoscópicos, com ênfase em interven-

ções cirúrgicas avançadas para a retirada

de pólipos grandes (4 cm) e lesões planas

de difícil extração. Nesses casos mais com-

plexos, as clínicas optam por encaminhar

o paciente para a Santa Casa de Maceió.

A Endoscopia 24 Horas possui equi-

pe multidisciplinar capacitada, com espe-

cialistas em procedimentos endoscópi-

cos, anestesistas e enfermeiros expe-

rientes, além da retaguarda da UTI; tudo

de acordo com as normas de segurança

assistencial descritas pela Organização

Nacional de Acreditação (ONA) e ado-

tadas pela Santa Casa de Maceió, único

hospital Acreditado em Alagoas.

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 23

Page 23: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

ASanta Casa de Maceió foi home-

nageada, na noite do dia 7 de

novembro, às 19h30, na formatu-

ra da 19ª turma do programa Aprendiz

Legal. Realizada pelo Centro de Integração

Escola-Empresa (CIEE), com o apoio da

Fundação Roberto Marinho, a solenidade

reuniu 135 jovens capacitados em 39

empresas alagoanas.

Conforme as regras do programa, a

formatura encerra o período de dois anos

de aprendizado nas empresas participan-

tes. No caso da Santa Casa de Maceió,

agraciada no evento pela "Excelência no

Programa Aprendiz Legal", a primeira turma

concluirá o período de aprendizado em

2013.

Prestigiaram o evento, no auditório

cedido pelo Tribunal de Contas do Estado

de Alagoas, o fiscal do Trabalho José

Gomes; a representante da Fundação

Roberto Marinho, Isabela Maciel; a conse-

lheira do Tribunal de Contas do Estado de

Alagoas, Maria Cleide Costa Bezerra; o

superintendente de Atendimento Regional

Brasil do CIEE, Marcelo Miqueleti Gallo; o

superintendente da Secretaria de Relações

do Trabalho, Israel Wanderley Maux Lessa,

além de representantes das empresas

homenageadas, autoridades e familiares

dos aprendizes. Juntamente com a Santa

Casa de Maceió foram agraciados o Serviço

de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(Sebrae-AL) e a Socôco.

Ao agradecer a homenagem, o prove-

dor da Santa Casa de Maceió, Humberto

Gomes de Melo, foi bastante aplaudido ao

anunciar que os aprendizes com 18 meses

de estágio poderão participar dos proces-

sos seletivos externos da instituição e, de

acordo com o desempenho, serem contra-

tados pela Santa Casa de Maceió.

Os 53 candidatos da primeira turma

do Programa Aprendiz Legal da Santa Casa

de Maceió e do Hospital Nossa Senhora

da Guia recebem capacitação em funções

como auxiliar de logística, auxiliar de ali-

mentação e auxiliar administrativo. O empe-

nho em não apenas atender a lei, mas em

exercê-la como política de responsabilida-

de social, conferiu a homenagem à insti-

tuição.

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

Santa Casa recebe homenagempor adesão ao Aprendiz LegalAprendizes poderão participar de seleções internas para contratação

MERCADO DE TRABALHO

Candidatos receberam capacitação

em funções como auxiliar de

logística, auxiliar de alimentação

e auxiliar administrativo

Salvotare, gerente regional

do CIEE, entrega placa a Humberto

Gomes de Melo

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ENDOSCOPIA 24H

AEndoscopia 24 Horas da Santa Casa

de Maceió conta com a mais

recente tecnologia para realização

de exames endoscópicos em alta definição.

“Trata-se do Exera 2, o mais moderno equi-

pamento da empresa japonesa Olympus

para esse tipo de procedimento. É o topo de

linha da Olympus, empresa que produz equi-

pamentos médicos endoscópicos com tecno-

logia de ponta", explicou o coordenador do

Serviço de Endoscopia da Santa Casa de

Maceió, Ricardo Tavares. Ele enfatizou a qua-

lidade e a tecnologia adotadas a partir de

agora na Santa Casa de Maceió.

Já o proctologista Carlos Cabús fez um com-

parativo simples: "Na velha televisão analó-

gica, uma boa antena externa garantia ima-

gens muito boas na telinha. Com a atual TV

digital, as imagens são infinitamente superio-

res e apresentam detalhes antes imperceptí-

veis. O mesmo acontece na área de equipa-

mentos médicos. Com a tecnologia HD (alta

definição), as imagens são muito mais nítidas,

permitindo visualizar pólipos e pequenas

lesões que poderiam passar despercebidas

nos exames convencionais", afirmou Cabús.

Nesse sentido, Ricardo Tavares destacou

uma das novidades do novo Exera 2.O equipa-

mento traz uma nova tecnologia,conhecida pela

sigla NBI, que permite realizar o contraste entre

pequenos vasos e diversas estruturas minúscu-

las (como os pólipos) em relação ao tecido nor-

mal das camadas superiores da mucosa.

"Com o Exera 2, não é mais necessário

injetar no paciente uma substância corante,

que hoje tem a função de realizar o contras-

te dessas estruturas", acrescentou Cabús.

Carlos Cabús, Ricardo Tavares, Daniel Veras, Carlos Amaral e Josenilton Rodrigues

Novo equipamento realizaexames em alta definiçãoTecnologia permite visualizar pólipos e lesões em estadiamento inicial

NúmerosRealizando entre 100 e 120 colonos-

copias e cerca de 300 endoscopias diges-

tivas por mês, a Endoscopia 24 Horas é refe-

rência em Alagoas em procedimentos

endoscópicos, com ênfase em interven-

ções cirúrgicas avançadas para a retirada

de pólipos grandes (4 cm) e lesões planas

de difícil extração. Nesses casos mais com-

plexos, as clínicas optam por encaminhar

o paciente para a Santa Casa de Maceió.

A Endoscopia 24 Horas possui equi-

pe multidisciplinar capacitada, com espe-

cialistas em procedimentos endoscópi-

cos, anestesistas e enfermeiros expe-

rientes, além da retaguarda da UTI; tudo

de acordo com as normas de segurança

assistencial descritas pela Organização

Nacional de Acreditação (ONA) e ado-

tadas pela Santa Casa de Maceió, único

hospital Acreditado em Alagoas.

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Page 24: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

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ASanta Casa de Maceió investiu, em

2012, em dois projetos de res-

ponsabilidade social voltados à

comunidade: o projeto Mama e o Enve-

lhecimento Ativo. O primeiro destina-se a

mulheres em tratamento ou que já se cura-

ram do câncer de mama. Também podem

participar dos encontros familiares de

pacientes ou pessoas que se interessem

pelo tema. O segundo reúne homens e

mulheres com idade acima dos 60 anos

que buscam informação e qualidade de vida.

As duas iniciativas realizam palestras

e encontros de informação durante o ano

e contam com a presença voluntária de

diversos profissionais da Santa Casa de

Maceió, entre eles, médicos especialistas

de diversas áreas, nutricionistas, assisten-

tes sociais, psicólogos, fisioterapeutas,

enfermeiras, terapeutas ocupacionais,

entre outros.

Projetos ajudam mulheres comcâncer e idosos a viver melhor

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Integrantes do grupo Mulheres

Vencedoras, do projeto Mama, se

confraternizam com as voluntárias da Rede

Feminina de Combate ao Câncer

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 24

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 25

Criado em 2008, o projeto Mama rea-

liza encontros psicoeducativos com mulhe-

res que receberam o diagnóstico de câncer

de mama ou se interessem pelo tema.

Nos encontros, as psicólogas Anamarina

Soares e Fabiana Pouza realizam o acompa-

nhamento psicológico em grupo e abrem

espaço também para palestras educativas

com especialistas como radiologistas, onco-

logistas, nutricionistas, odontoncologistas,

enfermeiras, assistentes sociais, terapeutas

ocupacionais, cirurgiões, fisioterapeutas etc.

"O grupo não é apenas receptor de infor-

mação. As participantes atuam como multi-

plicadoras de informação na comunidade em

que vivem", disse Anamarina Soares. Na opi-

nião de Fabiana Pouza, a melhor forma de

enfrentar o diagnóstico de câncer de mama

e o seu tratamento é conhecer a doença e

compartilhar esse momento com outras

mulheres com o mesmo problema.

Vale destacar o exemplo da gaúcha

Carolina Gotacki que, mesmo curada do cân-

cer de mama diagnosticado há mais de 24

anos,ainda hoje faz questão de ajudar as "cole-

gas" que vivenciam essa mesma realidade.

Outro exemplo é o de Maria do Socorro

Duarte, que em cinco anos passou pelo cen-

tro cirúrgico nada menos que dez vezes. Ex-

atendente do oncologista Renato Resende,

Maria do Socorro já enfrentou um câncer de

mama, depois outro na cabeça e uma trom-

bose, mas continua firme, com a perseveran-

ça de vencer sua luta pessoal contra o cân-

cer e ajudar suas "companheiras". O grupo

voltará a se encontrar em 28 de janeiro.

Por iniciativa da geriatra Helen

Arruda, em 2008, a Santa Casa

de Maceió lançou um projeto que

visa congregar e preparar homens e mu-

lheres para viver com qualidade de vida

a chamada terceira idade.

Organizado como curso de formação,

o Grupo de Envelhecimento Ativo é tam-

bém um ponto de encontro e de con-

vivência entre homens e mulheres que

desejam compartilhar suas experiências,

dons e vivências.

As reuniões ocorrem semanalmente,

no Centro de Estudos da Santa Casa de

Maceió, e mobilizam diversos profissio-

nais durante todo o ano. Médicos de

várias especialidades, além de psicólo-

gas, fisioterapeutas, terapeutas ocupa-

cionais, nutricionistas, assistentes soci-

ais, entre outros profissionais, se revezam

em palestras informativas que abrangem

orientações sobre saúde e alimentação,

sexualidade, tecnologia, direitos sociais,

entre outros.

Presente à solenidade, o presidente

do Centro de Estudos da Santa Casa de

Maceió, Duílio Marsíglia, destacou a prin-

cipal qualidade do projeto: "Mesmo após

os 60 anos, ainda há muito o que apren-

der. Agora precisamos aprender a con-

viver com a velhice", disse o médico de-

cano da instituição. "Informação é a

palavra-chave", concorda o professor Ge-

raldo Liberal, que participou da primeira

turma. Já a contadora Dagmar Romeiro

e Paulina Farias foram unânimes: "Não

podemos ficar paradas senão o cérebro

enferruja".

Câncer: mulherescompartilhamexperiências

Informação ajuda a envelhecer com qualidade

DICA FUNDAMENTAL

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 25

Page 25: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

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ASanta Casa de Maceió investiu, em

2012, em dois projetos de res-

ponsabilidade social voltados à

comunidade: o projeto Mama e o Enve-

lhecimento Ativo. O primeiro destina-se a

mulheres em tratamento ou que já se cura-

ram do câncer de mama. Também podem

participar dos encontros familiares de

pacientes ou pessoas que se interessem

pelo tema. O segundo reúne homens e

mulheres com idade acima dos 60 anos

que buscam informação e qualidade de vida.

As duas iniciativas realizam palestras

e encontros de informação durante o ano

e contam com a presença voluntária de

diversos profissionais da Santa Casa de

Maceió, entre eles, médicos especialistas

de diversas áreas, nutricionistas, assisten-

tes sociais, psicólogos, fisioterapeutas,

enfermeiras, terapeutas ocupacionais,

entre outros.

Projetos ajudam mulheres comcâncer e idosos a viver melhor

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Integrantes do grupo Mulheres

Vencedoras, do projeto Mama, se

confraternizam com as voluntárias da Rede

Feminina de Combate ao Câncer

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Criado em 2008, o projeto Mama rea-

liza encontros psicoeducativos com mulhe-

res que receberam o diagnóstico de câncer

de mama ou se interessem pelo tema.

Nos encontros, as psicólogas Anamarina

Soares e Fabiana Pouza realizam o acompa-

nhamento psicológico em grupo e abrem

espaço também para palestras educativas

com especialistas como radiologistas, onco-

logistas, nutricionistas, odontoncologistas,

enfermeiras, assistentes sociais, terapeutas

ocupacionais, cirurgiões, fisioterapeutas etc.

"O grupo não é apenas receptor de infor-

mação. As participantes atuam como multi-

plicadoras de informação na comunidade em

que vivem", disse Anamarina Soares. Na opi-

nião de Fabiana Pouza, a melhor forma de

enfrentar o diagnóstico de câncer de mama

e o seu tratamento é conhecer a doença e

compartilhar esse momento com outras

mulheres com o mesmo problema.

Vale destacar o exemplo da gaúcha

Carolina Gotacki que, mesmo curada do cân-

cer de mama diagnosticado há mais de 24

anos,ainda hoje faz questão de ajudar as "cole-

gas" que vivenciam essa mesma realidade.

Outro exemplo é o de Maria do Socorro

Duarte, que em cinco anos passou pelo cen-

tro cirúrgico nada menos que dez vezes. Ex-

atendente do oncologista Renato Resende,

Maria do Socorro já enfrentou um câncer de

mama, depois outro na cabeça e uma trom-

bose, mas continua firme, com a perseveran-

ça de vencer sua luta pessoal contra o cân-

cer e ajudar suas "companheiras". O grupo

voltará a se encontrar em 28 de janeiro.

Por iniciativa da geriatra Helen

Arruda, em 2008, a Santa Casa

de Maceió lançou um projeto que

visa congregar e preparar homens e mu-

lheres para viver com qualidade de vida

a chamada terceira idade.

Organizado como curso de formação,

o Grupo de Envelhecimento Ativo é tam-

bém um ponto de encontro e de con-

vivência entre homens e mulheres que

desejam compartilhar suas experiências,

dons e vivências.

As reuniões ocorrem semanalmente,

no Centro de Estudos da Santa Casa de

Maceió, e mobilizam diversos profissio-

nais durante todo o ano. Médicos de

várias especialidades, além de psicólo-

gas, fisioterapeutas, terapeutas ocupa-

cionais, nutricionistas, assistentes soci-

ais, entre outros profissionais, se revezam

em palestras informativas que abrangem

orientações sobre saúde e alimentação,

sexualidade, tecnologia, direitos sociais,

entre outros.

Presente à solenidade, o presidente

do Centro de Estudos da Santa Casa de

Maceió, Duílio Marsíglia, destacou a prin-

cipal qualidade do projeto: "Mesmo após

os 60 anos, ainda há muito o que apren-

der. Agora precisamos aprender a con-

viver com a velhice", disse o médico de-

cano da instituição. "Informação é a

palavra-chave", concorda o professor Ge-

raldo Liberal, que participou da primeira

turma. Já a contadora Dagmar Romeiro

e Paulina Farias foram unânimes: "Não

podemos ficar paradas senão o cérebro

enferruja".

Câncer: mulherescompartilhamexperiências

Informação ajuda a envelhecer com qualidade

DICA FUNDAMENTAL

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Page 26: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

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Especialista relembra como eraa neurocirurgia há 40 anos

ABYNADÁ LYRO

AMedicina alagoana celebra, este

ano, os 40 anos da Neurologia e

da Neurocirurgia em Alagoas. Para

tanto, o Conselho Regional de Medicina

de Alagoas prestou um tributo ao profes-

sor e médico da Santa Casa de Maceió

Abynadá de Siqueira Lyro no 1º Curso de

Neurologia e Neurocirurgia promovido pela

entidade.

Decano da especialidade em Alagoas,

Abynadá de Siqueira Lyro foi um dos res-

ponsáveis pela formação profissional de

várias gerações de neurologistas e neuro-

cirurgiões que atuam hoje no Estado.

Em entrevista exclusiva à revista Santa

Casa, Abynadá Lyro falou sobre como era

exercer as duas especialidades em uma

cidade e em um período com poucos recur-

sos tecnológicos.

HISTÓRIA

Em 1968, ao retornar de sua especia-

lização na Pontifícia Universidade Católica

do Rio de Janeiro (PUC-RJ), o jovem neu-

logista e neurocirurgião Abynadá Lyro foi

convidado para lecionar na então Escola de

Ciências Médicas, hoje Uncisal (do Estado)

e na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Bastante avançadas nos grandes centros,

as duas especialidades careciam de profis-

sionais em Alagoas. Na época, conforme lem-

bra Abynadá, os pacientes com problemas

neurais eram atendidos por médicos como

o clínico Mário Mafra e o psiquiatra Mário

Morcerf.

O convite para atuar na Santa Casa de

Maceió aconteceu no mesmo ano em que

Abynadá Liro chegou à capital alagoana.

O provedor Sizenando Nabuco e o diretor-

médico João Fireman convidaram o espe-

cialista não apenas para trabalhar na ins-

tituição, mas para implantar uma área espe-

cializada em Neurologia.

Passados 40 anos, a Santa Casa de

Neurocirurgião Abynadá Lyro

Pedro Bernardo, Eduardo Jorge, Abílio Antunes e Euclides

Ferreira em seminário reunindo cirurgiões cardiovascularesGilvan Dourado, Cláudio Naylor, Alberto Antunes, José Wanderley,

Ronaldo Mendonça, Luna, Pedro Bernardo e Eduardo Jorge

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Maceió tornou-se referência na área ao

estruturar o centro cirúrgico e qualificar

sua equipe de profissionais para atender

pacientes com problemas neurológicos.

Além disso, criou uma Unidade de Terapia

Intensiva específica para atender a esses

casos.

"Naquele tempo era preciso ser criati-

vo para adequar os equipamentos existen-

tes, reduzir os riscos e salvar os pacien-

tes", recorda Abynadá Lyro, lembrando sua

parceria com o radiologista Eduardo Jorge

Silva. Os dois desenvolveram em Alagoas

a chamada neuroradiologia, inclusive cria-

ram um equipamento que permitiu reduzir

o número de injeções de contraste no

paciente quando submetido à angiografia.

Na época, os pacientes com problemas

neurológicos, como os casos de traumatis-

mo craniano, por exemplo, eram cuidados

por profissionais de outras áreas da Medi-

cina.

Como haviam poucos neurocirurgiões

no Estado, a demanda era grande. "Quando

o cansaço físico chegava a um nível extre-

mo, uma das alternativas era deixar a cida-

de para dormir num hotel", lembra Abyna-

dá Lyro. Ele relata que, numa dessas oca-

siões, viajou até Recife com a esposa para

poder dormir uma boa noite de sono. "O

detalhe é que houve um caso emergencial

em Maceió, e a família do paciente ligou

para diversos hotéis de Recife até conse-

guir falar comigo. "O caso era grave, por

isso, decidi retornar a Maceió", recorda.

DEPOIMENTOS

Para os neurologistas Josias Inácio da

Silva, Aldo Calaça e Ronald Mendonça, o

trabalho realizado por Abynadá Lyro serve

de exemplo para as novas gerações de

médicos, uma vez que era possível salvar

vidas sem o apoio de modernos recursos

tecnológicos. "Mesmo com a tecnologia

atual, a complexidade da região cerebral exige

um amplo conhecimento do profissional. Esse

conhecimento foi transmitido por Abynadá

Lyro", frisou Ronald Mendonça.

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 27

Primeira Reunião de Neurologia e Neurocirurgia de Alagoas, em 1979

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 27

Page 27: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

Especialista relembra como eraa neurocirurgia há 40 anos

ABYNADÁ LYRO

AMedicina alagoana celebra, este

ano, os 40 anos da Neurologia e

da Neurocirurgia em Alagoas. Para

tanto, o Conselho Regional de Medicina

de Alagoas prestou um tributo ao profes-

sor e médico da Santa Casa de Maceió

Abynadá de Siqueira Lyro no 1º Curso de

Neurologia e Neurocirurgia promovido pela

entidade.

Decano da especialidade em Alagoas,

Abynadá de Siqueira Lyro foi um dos res-

ponsáveis pela formação profissional de

várias gerações de neurologistas e neuro-

cirurgiões que atuam hoje no Estado.

Em entrevista exclusiva à revista Santa

Casa, Abynadá Lyro falou sobre como era

exercer as duas especialidades em uma

cidade e em um período com poucos recur-

sos tecnológicos.

HISTÓRIA

Em 1968, ao retornar de sua especia-

lização na Pontifícia Universidade Católica

do Rio de Janeiro (PUC-RJ), o jovem neu-

logista e neurocirurgião Abynadá Lyro foi

convidado para lecionar na então Escola de

Ciências Médicas, hoje Uncisal (do Estado)

e na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Bastante avançadas nos grandes centros,

as duas especialidades careciam de profis-

sionais em Alagoas. Na época, conforme lem-

bra Abynadá, os pacientes com problemas

neurais eram atendidos por médicos como

o clínico Mário Mafra e o psiquiatra Mário

Morcerf.

O convite para atuar na Santa Casa de

Maceió aconteceu no mesmo ano em que

Abynadá Liro chegou à capital alagoana.

O provedor Sizenando Nabuco e o diretor-

médico João Fireman convidaram o espe-

cialista não apenas para trabalhar na ins-

tituição, mas para implantar uma área espe-

cializada em Neurologia.

Passados 40 anos, a Santa Casa de

Neurocirurgião Abynadá Lyro

Pedro Bernardo, Eduardo Jorge, Abílio Antunes e Euclides

Ferreira em seminário reunindo cirurgiões cardiovascularesGilvan Dourado, Cláudio Naylor, Alberto Antunes, José Wanderley,

Ronaldo Mendonça, Luna, Pedro Bernardo e Eduardo Jorge

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Maceió tornou-se referência na área ao

estruturar o centro cirúrgico e qualificar

sua equipe de profissionais para atender

pacientes com problemas neurológicos.

Além disso, criou uma Unidade de Terapia

Intensiva específica para atender a esses

casos.

"Naquele tempo era preciso ser criati-

vo para adequar os equipamentos existen-

tes, reduzir os riscos e salvar os pacien-

tes", recorda Abynadá Lyro, lembrando sua

parceria com o radiologista Eduardo Jorge

Silva. Os dois desenvolveram em Alagoas

a chamada neuroradiologia, inclusive cria-

ram um equipamento que permitiu reduzir

o número de injeções de contraste no

paciente quando submetido à angiografia.

Na época, os pacientes com problemas

neurológicos, como os casos de traumatis-

mo craniano, por exemplo, eram cuidados

por profissionais de outras áreas da Medi-

cina.

Como haviam poucos neurocirurgiões

no Estado, a demanda era grande. "Quando

o cansaço físico chegava a um nível extre-

mo, uma das alternativas era deixar a cida-

de para dormir num hotel", lembra Abyna-

dá Lyro. Ele relata que, numa dessas oca-

siões, viajou até Recife com a esposa para

poder dormir uma boa noite de sono. "O

detalhe é que houve um caso emergencial

em Maceió, e a família do paciente ligou

para diversos hotéis de Recife até conse-

guir falar comigo. "O caso era grave, por

isso, decidi retornar a Maceió", recorda.

DEPOIMENTOS

Para os neurologistas Josias Inácio da

Silva, Aldo Calaça e Ronald Mendonça, o

trabalho realizado por Abynadá Lyro serve

de exemplo para as novas gerações de

médicos, uma vez que era possível salvar

vidas sem o apoio de modernos recursos

tecnológicos. "Mesmo com a tecnologia

atual, a complexidade da região cerebral exige

um amplo conhecimento do profissional. Esse

conhecimento foi transmitido por Abynadá

Lyro", frisou Ronald Mendonça.

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Primeira Reunião de Neurologia e Neurocirurgia de Alagoas, em 1979

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Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

As adolescentes A.A.N. e J.R.S., de

15 e 16 anos, respectivamente,

receberam no Dia da Criança um

presente único: ter uma vida normal gra-

ças à doação de rim de outra adolescen-

te, que sofreu morte cerebral no Hospital

do Açúcar. A família de K.C.C., de 17 anos,

tornou possível esse presente ao decidir

pela doação dos rins da jovem assim que

os médicos comprovaram sua morte clí-

nica.

A paciente se tratava há anos de uma

doença chamada febre reumática e veio a

óbito após um Acidente Vascular Cerebral

(AVC). Já as adolescentes A.A.N., morado-

ra de Palmeira dos Índios, município situa-

do a 134 km da capital alagoana, e J.R.S.,

residente no bairro do Farol, em Maceió,

esperavam há anos na lista de espera de

transplantes. Para as duas, a espera acabou,

mas centenas de pessoas ainda continuam

aguardando a sua vez e morrendo antes que

esse mesmo "presente" seja ofertado.

"Esperamos que a decisão dos pais e

responsáveis dessa adolescente sensibilize

as demais famílias alagoanas a fazerem o

mesmo", disse o urologista Mário Ronalsa,

um dos articuladores do programa de trans-

plantes da Santa Casa de Maceió, ao lado

do cirurgião vascular Jubrant Petruceli e do

médico residente em Cirurgia Geral Léo

Gomes, que realizaram o procedimento.

Já em casa, recuperando-se da inter-

venção cirúrgica, J.R.S. demonstrou conhe-

cer bem o que é um transplante e também

lançou um pedido à população. "Uma

pessoa pode salvar ou mudar a vida de sete

pessoas de uma só vez por meio da doa-

ção de órgãos. Por isso é importante que

as pessoas autorizem a doação de

órgãos", disse J.R.S., elencando as cór-

neas, o coração, o rim, o fígado, o pulmão,

a medula óssea e o pâncreas. Além deles,

é possível a doação de tecidos como a

pele, os vasos sanguíneos e alguns ossos

e cartilagens.

O corpo humano pode ser comparado

a uma máquina, cujas peças se mantêm em

bom funcionamento mesmo depois de que-

brar. Mas com uma condição. Quando uma

pessoa morre, os médicos precisam deter-

minar se houve parada cardíaca. Caso o cora-

ção tenha deixado de funcionar, os órgãos

ficam comprometidos pela falta de oxige-

nação. Nesse caso, só é possível retirar para

doação tecidos como a córnea, trechos de

pele, cartilagens etc.

Se o paciente estiver no estágio de

morte encefálica - quando o cérebro deixa

de funcionar de modo irreversível, mas o

resto do corpo ainda permanece em ativi-

dade -, é possível manter o coração funcio-

nando por algumas horas até a retirada

dos órgãos.

Jovem doa rins e salva vida deadolescentes no Dia da Criança Médicos e pacientes fazem apelo para que famílias autorizem transplantes

PRESENTE DUPLO

SADG

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 28

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 29

O transplante renal é uma cirurgia

realizada para a substituição de um rim que

não exerce mais as funções que o corpo

exige. Para substituí-lo, pode ser colocado

um rim saudável de um doador vivo ou de

um doador que veio a óbito. A eficácia

desse processo se deve ao fato de que é

o único método que cura, de fato, em casos

de insuficiência renal. Outros métodos,

como a hemodiálise e a diálise, são trata-

mentos que realizam a função do rim

através de aparelhos, entretanto, deixam

o paciente dependente dos equipamentos

por toda a vida.

Hoje, cerca de 35 mil pacientes com

insuficiência renal realizam tratamentos de

diálise e hemodiálise no Brasil.Apenas três

mil ao ano conseguem a doação de um

rim para realizar o transplante e apenas

10% dos pacientes que estão na lista de

espera aguardando por um rim têm êxito.

Todo paciente que apresenta insufi-

ciência renal crônica pode se submeter ao

processo de transplante do rim. Entretanto,

o indivíduo precisa contar com algumas

condições clínicas: não ter lesões em ou-

tros órgãos (cirrose, câncer, etc.), não ter

infecção urinária, não ter fungos ou tuber-

culose, não apresentar problemas imuno-

lógicos e suportar uma cirurgia com qua-

tro a seis horas de duração.

Conforme explica o urologista Mário

Ronalsa, após a realização da cirurgia de

transplante renal, o paciente levará uma

vida normal, devendo seguir apenas alguns

cuidados que perdurarão durante toda a vida.

Durante os primeiros 20 dias, devem ser

realizados exames laboratoriais e clínicos

diariamente, ainda no período de inter-

nação, visando diagnosticar e prevenir uma

possível rejeição do organismo. Conforme

o tempo for passando, a frequência dos

exames diminui, mas em nenhum momen-

to o indivíduo deve modificar ou inter-

romper a medicação ou qualquer orien-

tação fornecida pelo médico. Como é pos-

sível observar na ilustração acima, o indi-

víduo passa a conviver com três rins, já que

o rim defeituoso não é retirado.

Transplantados passam a viver com três rins

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 29

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As adolescentes A.A.N. e J.R.S., de

15 e 16 anos, respectivamente,

receberam no Dia da Criança um

presente único: ter uma vida normal gra-

ças à doação de rim de outra adolescen-

te, que sofreu morte cerebral no Hospital

do Açúcar. A família de K.C.C., de 17 anos,

tornou possível esse presente ao decidir

pela doação dos rins da jovem assim que

os médicos comprovaram sua morte clí-

nica.

A paciente se tratava há anos de uma

doença chamada febre reumática e veio a

óbito após um Acidente Vascular Cerebral

(AVC). Já as adolescentes A.A.N., morado-

ra de Palmeira dos Índios, município situa-

do a 134 km da capital alagoana, e J.R.S.,

residente no bairro do Farol, em Maceió,

esperavam há anos na lista de espera de

transplantes. Para as duas, a espera acabou,

mas centenas de pessoas ainda continuam

aguardando a sua vez e morrendo antes que

esse mesmo "presente" seja ofertado.

"Esperamos que a decisão dos pais e

responsáveis dessa adolescente sensibilize

as demais famílias alagoanas a fazerem o

mesmo", disse o urologista Mário Ronalsa,

um dos articuladores do programa de trans-

plantes da Santa Casa de Maceió, ao lado

do cirurgião vascular Jubrant Petruceli e do

médico residente em Cirurgia Geral Léo

Gomes, que realizaram o procedimento.

Já em casa, recuperando-se da inter-

venção cirúrgica, J.R.S. demonstrou conhe-

cer bem o que é um transplante e também

lançou um pedido à população. "Uma

pessoa pode salvar ou mudar a vida de sete

pessoas de uma só vez por meio da doa-

ção de órgãos. Por isso é importante que

as pessoas autorizem a doação de

órgãos", disse J.R.S., elencando as cór-

neas, o coração, o rim, o fígado, o pulmão,

a medula óssea e o pâncreas. Além deles,

é possível a doação de tecidos como a

pele, os vasos sanguíneos e alguns ossos

e cartilagens.

O corpo humano pode ser comparado

a uma máquina, cujas peças se mantêm em

bom funcionamento mesmo depois de que-

brar. Mas com uma condição. Quando uma

pessoa morre, os médicos precisam deter-

minar se houve parada cardíaca. Caso o cora-

ção tenha deixado de funcionar, os órgãos

ficam comprometidos pela falta de oxige-

nação. Nesse caso, só é possível retirar para

doação tecidos como a córnea, trechos de

pele, cartilagens etc.

Se o paciente estiver no estágio de

morte encefálica - quando o cérebro deixa

de funcionar de modo irreversível, mas o

resto do corpo ainda permanece em ativi-

dade -, é possível manter o coração funcio-

nando por algumas horas até a retirada

dos órgãos.

Jovem doa rins e salva vida deadolescentes no Dia da Criança Médicos e pacientes fazem apelo para que famílias autorizem transplantes

PRESENTE DUPLO

SADG

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O transplante renal é uma cirurgia

realizada para a substituição de um rim que

não exerce mais as funções que o corpo

exige. Para substituí-lo, pode ser colocado

um rim saudável de um doador vivo ou de

um doador que veio a óbito. A eficácia

desse processo se deve ao fato de que é

o único método que cura, de fato, em casos

de insuficiência renal. Outros métodos,

como a hemodiálise e a diálise, são trata-

mentos que realizam a função do rim

através de aparelhos, entretanto, deixam

o paciente dependente dos equipamentos

por toda a vida.

Hoje, cerca de 35 mil pacientes com

insuficiência renal realizam tratamentos de

diálise e hemodiálise no Brasil.Apenas três

mil ao ano conseguem a doação de um

rim para realizar o transplante e apenas

10% dos pacientes que estão na lista de

espera aguardando por um rim têm êxito.

Todo paciente que apresenta insufi-

ciência renal crônica pode se submeter ao

processo de transplante do rim. Entretanto,

o indivíduo precisa contar com algumas

condições clínicas: não ter lesões em ou-

tros órgãos (cirrose, câncer, etc.), não ter

infecção urinária, não ter fungos ou tuber-

culose, não apresentar problemas imuno-

lógicos e suportar uma cirurgia com qua-

tro a seis horas de duração.

Conforme explica o urologista Mário

Ronalsa, após a realização da cirurgia de

transplante renal, o paciente levará uma

vida normal, devendo seguir apenas alguns

cuidados que perdurarão durante toda a vida.

Durante os primeiros 20 dias, devem ser

realizados exames laboratoriais e clínicos

diariamente, ainda no período de inter-

nação, visando diagnosticar e prevenir uma

possível rejeição do organismo. Conforme

o tempo for passando, a frequência dos

exames diminui, mas em nenhum momen-

to o indivíduo deve modificar ou inter-

romper a medicação ou qualquer orien-

tação fornecida pelo médico. Como é pos-

sível observar na ilustração acima, o indi-

víduo passa a conviver com três rins, já que

o rim defeituoso não é retirado.

Transplantados passam a viver com três rins

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Page 30: Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

EM DEZ ANOS

OMinistério da Saúde anunciou que,

até 2014, pretende dobrar o núme-

ro de mamografias no Brasil por

meio de campanhas destinadas às mulheres

na faixa etária dos 50 aos 69 anos. O obje-

tivo é nobre, já que em Alagoas esse públi-

co representa 47% das mulheres atendidas

pelo Serviço de Oncologia da Santa Casa de

Maceió entre os anos de 2000 e 2010.

O problema, segundo avalia o oncologis-

ta Marcos Davi Melo, responsável pelo Centro

de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon),

da Santa Casa de Maceió, é que as mulhe-

res “não cobertas” pelo Ministério da Saúde,

ou seja, aquelas com idade até 49 anos e

acima dos 70 anos representam 53% das

mulheres atendidas no Cacon no período.Cerca

de 40% dessas pacientes estão no extrato

dos 30 aos 49 anos.

“O foco das campanhas e a meta do

Ministério da Saúde deveriam abranger todas

as faixas etárias, e não ser restrita apenas a

uma parcela do público-alvo”, alertou

Marcos Davi, que representa a Santa Casa

de Maceió junto ao Instituto Nacional do

Câncer (Inca), uma vez que a instituição é

credenciada no Ministério da Saúde como

Cacon. Marcos Davi Melo também coorde-

na e foi responsável pela implantação do

Registro Hospitalar de Câncer (RHC), único

banco de dados especializado em Oncolo-

gia de Alagoas reconhecido pelo Inca e pelo

Ministério da Saúde.

O erro de estratégia do Ministério da

Saúde ao restringir suas atenções para ape-

nas uma faixa etária preocupa os especialis-

tas porque o câncer de mama vem crescen-

do entre as mulheres mais jovens e econo-

micamente mais ativas,particularmente na faixa

etária dos 30 aos 49 anos.

Com uma expectativa de surgimento de

52 mil novos casos de câncer de mama

somente este ano, especialistas como Marcos

Davi estão temerosos quanto à decisão do

Ministério da Saúde.“A questão é que 20%

dos diagnósticos confirmados de câncer de

mama ocorrem quando a doença está em seu

início (fases 1 e 2), momento em que a pro-

babilidade de cura chega aos 95%.

O problema é que a maioria das mulhe-

res (80%) procura ajuda médica muito tarde,

quando o tumor está em estágio avançado

(fases 3 e 4), ou seja, quando o sucesso de

cura cai para 30%”, alerta o oncologista,

reforçando a mamografia como a melhor fer-

ramenta de diagnóstico para identificação

precoce do câncer de mama.

MEDO DA MAMOGRAFIA

Pesquisa realizada pelo Instituto Avon

com 1.700 mulheres de 50 cidades brasilei-

ras revela que metade delas não faz a mamo-

grafia porque tem medo do exame. Outras

60% associam o diagnóstico à dor e ao sofri-

mento devido à possibilidade de terem um

resultado positivo. “Ignorar a doença é o

principal erro das mulheres.Vale lembrar que

90% dos diagnósticos ocorrem em pacien-

tes que nunca tiveram casos de câncer de mama

na família, sendo de origem hereditária algo

entre 5% e 10% dos casos”, finalizou.

Oncologista Marcos Davi Melo

Cacon atendeu a 2.236 novoscasos de câncer de mamaMinistério quer dobrar mamografias só na faixa entre 50 e 69 anos

Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 30 Revista edi�ªo 13 - REV.qxd 20/12/2012 1:40 Page 31

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EM DEZ ANOS

OMinistério da Saúde anunciou que,

até 2014, pretende dobrar o núme-

ro de mamografias no Brasil por

meio de campanhas destinadas às mulheres

na faixa etária dos 50 aos 69 anos. O obje-

tivo é nobre, já que em Alagoas esse públi-

co representa 47% das mulheres atendidas

pelo Serviço de Oncologia da Santa Casa de

Maceió entre os anos de 2000 e 2010.

O problema, segundo avalia o oncologis-

ta Marcos Davi Melo, responsável pelo Centro

de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon),

da Santa Casa de Maceió, é que as mulhe-

res “não cobertas” pelo Ministério da Saúde,

ou seja, aquelas com idade até 49 anos e

acima dos 70 anos representam 53% das

mulheres atendidas no Cacon no período.Cerca

de 40% dessas pacientes estão no extrato

dos 30 aos 49 anos.

“O foco das campanhas e a meta do

Ministério da Saúde deveriam abranger todas

as faixas etárias, e não ser restrita apenas a

uma parcela do público-alvo”, alertou

Marcos Davi, que representa a Santa Casa

de Maceió junto ao Instituto Nacional do

Câncer (Inca), uma vez que a instituição é

credenciada no Ministério da Saúde como

Cacon. Marcos Davi Melo também coorde-

na e foi responsável pela implantação do

Registro Hospitalar de Câncer (RHC), único

banco de dados especializado em Oncolo-

gia de Alagoas reconhecido pelo Inca e pelo

Ministério da Saúde.

O erro de estratégia do Ministério da

Saúde ao restringir suas atenções para ape-

nas uma faixa etária preocupa os especialis-

tas porque o câncer de mama vem crescen-

do entre as mulheres mais jovens e econo-

micamente mais ativas,particularmente na faixa

etária dos 30 aos 49 anos.

Com uma expectativa de surgimento de

52 mil novos casos de câncer de mama

somente este ano, especialistas como Marcos

Davi estão temerosos quanto à decisão do

Ministério da Saúde.“A questão é que 20%

dos diagnósticos confirmados de câncer de

mama ocorrem quando a doença está em seu

início (fases 1 e 2), momento em que a pro-

babilidade de cura chega aos 95%.

O problema é que a maioria das mulhe-

res (80%) procura ajuda médica muito tarde,

quando o tumor está em estágio avançado

(fases 3 e 4), ou seja, quando o sucesso de

cura cai para 30%”, alerta o oncologista,

reforçando a mamografia como a melhor fer-

ramenta de diagnóstico para identificação

precoce do câncer de mama.

MEDO DA MAMOGRAFIA

Pesquisa realizada pelo Instituto Avon

com 1.700 mulheres de 50 cidades brasilei-

ras revela que metade delas não faz a mamo-

grafia porque tem medo do exame. Outras

60% associam o diagnóstico à dor e ao sofri-

mento devido à possibilidade de terem um

resultado positivo. “Ignorar a doença é o

principal erro das mulheres.Vale lembrar que

90% dos diagnósticos ocorrem em pacien-

tes que nunca tiveram casos de câncer de mama

na família, sendo de origem hereditária algo

entre 5% e 10% dos casos”, finalizou.

Oncologista Marcos Davi Melo

Cacon atendeu a 2.236 novoscasos de câncer de mamaMinistério quer dobrar mamografias só na faixa entre 50 e 69 anos

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