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Ship Dynamics for Mariners Ship Dynamics for Mariners Revista do CONAPRA - Conselho Nacional de Praticagem - Ano VII - N 0 17 - Out/2005 a Jan/2006 Brazilian Pilots’ Association Magazine - Year VII - N 0 17 - Out/2005 to Jan/2006 Em busca da excelência Em busca da excelência Mais uma obra publicada pelo Nautical Institute de grande valia para os profissionais da área marítima. Aliando uma larga experi- ência como oficial mer- cante, que teve início em 1969, a uma sólida formação acadêmica, Ian Clark explica os princípios da física aplicados à dinâmica do navio de forma clara e objetiva sem perda do rigor científico necessário. O livro é bastante atual e já disponibiliza conteúdo sobre equipamentos mais recentes, tais como os azi pods, além de detalhes sobre os efeitos de águas rasas e interação hidrodinâmica. Mais uma publicação do Nautical Institute Mais uma publicação do Nautical Institute III Fórum Latino-Americano de Práticos III Fórum Latino-Americano de Práticos Dia Marítimo Mundial Dia Marítimo Mundial Conheça o Sistema de Gestão da Qualidade da Praticagem Espírito Santo Encontro aproxima praticagens da América Latina Marítimos são homenageados Meeting draws Latin American pilots closer Quality Control Management System of the Espírito Santo Pilots Tribute to Mariners

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Rumos Práticos, publicada pelo Conselho Nacional de Praticagem http://conapra.org.br

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Page 1: Revista Rumos 17

Ship Dynamics for MarinersShip Dynamics for Mariners

Revista do CONAPRA - Conselho Nacional de Praticagem - Ano VII - N0 17 - Out/2005 a Jan/2006 Brazilian Pilots’ Association Magazine - Year VII - N0 17 - Out/2005 to Jan/2006

Em busca da excelênciaEm busca da excelência

Mais uma obra publicada pelo

Nautical Institute de grande

valia para os profissionais da

área marítima.

Aliando uma larga experi-

ência como oficial mer-

cante, que teve início

em 1969, a uma sólida

formação acadêmica,

Ian Clark explica os princípios

da física aplicados à dinâmica do navio de

forma clara e objetiva sem perda do rigor científico necessário.

O livro é bastante atual e já disponibiliza conteúdo sobre equipamentos mais

recentes, tais como os azi pods, além de detalhes sobre os efeitos de águas rasas e

interação hidrodinâmica.

Mais uma publicação do Nautical InstituteMais uma publicação do Nautical Institute

III FórumLatino-Americano

de Práticos

III FórumLatino-Americano

de Práticos

Dia Marítimo MundialDia Marítimo Mundial

Conheça o Sistema de Gestão da Qualidadeda Praticagem Espírito Santo

Encontro aproxima praticagensda América Latina

Marítimos são homenageados

Meeting draws Latin American pilots closer

Quality Control Management System of the Espírito Santo Pilots

Tribute to Mariners

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32Inclusão Social

Social Acceptance 34

Conheça o trabalho do Comitê para Democratização da Informática

38Renovação Praticagens brasileiras têm novos quadros de diretores

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Eventos Nacionais

National Meetings 9

Qualidade

Quality 14

História da Navegação

História da Navegação

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Dia Marítimo Mundial

World Maritime Day 20

Encontros Internacionais

International Meetings 23

Liderança

28Segurança

Safety 29

Nesta ediçãoIn this issue

Rua da Quitanda 191 – 6º andar – CentroRio de Janeiro – RJ – CEP: 20091-005Tel.: (21) [email protected]:Decio Antonio LuizDiretores:Carlos Eloy Cardoso FilhoLuiz Marcelo Souza SalgadoMárcio Campello Cajaty GonçalvesPaulo Figueiredo Ferraz JúniorDiretor / Vice-Presidente da IMPA:Otavio Fragoso

Planejamento:Otavio Fragoso, Flávia Pirese Claudio DavanzoEdição e Redação:Maria Amélia Martins(jornalista responsável MTb/RJ 26.601)Versão:Aglen McLauchlanDireção de Arte:Katia PirandaFotolito / Impressão:Davanzzo - Soluções Gráficas

Fotos da capa:• Atalaia da Praticagem Espírito Santo:Tadeu Bianconi• Fórum Latino-Americano: Ricardo Falcão

As informações e opiniões veiculadasnesta publicação são de exclusiva responsabilidade de seus autores.Não exprimem, necessariamente,pontos de vista do CONAPRA.

Saiba como foi o XXIX Encontro Nacional de Praticagem

Diretor da Praticagem Espírito Santo fala sobre a conquista da certificação ISO 9001

Prumo de mão não sai de moda

Viaje pelos navios da época dos descobrimentos

Justa homenagem: marítimos são lembrados em todo o mundo

Fórum congrega práticos latino-americanos

Artigo analisa choque de gerações no processo de formação de novos líderes

Manobras portuárias, rebocadores e a importância do prático

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XXIX Encontro Nacionalde Praticagem

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Práticos de todo o Brasil se reuniram de9 a 11 de novembro no Marina ParkHotel, em Fortaleza, para a realizaçãodo XXIX Encontro Nacional de Prati-cagem. No coquetel de boas-vindas doprimeiro dia os práticos e demais convi-dados foram recepcionados com músicaao vivo no bosque do hotel.

No dia 10 o evento foi aberto oficial-mente pelo vice-almirante Luiz AugustoCorrea, do 3º Distrito Naval, que rece-beu os agradecimentos do presidentedo CONAPRA, Decio Antonio Luiz. Emseguida começaram as palestras,sempre com um tempo reservado paraas perguntas dos participantes.

O contra-almirante José EduardoBorges de Souza, titular da Secretariada Comissão Interministerial paraos Recursos do Mar (leia entrevistasobre a SECIRM na página 7 ), fez aprimeira apresentação do encontro. Aolado da conselheira Janice Trotté, ocontra-almirante discorreu sobre oauxílio do Sistema Global de Observaçãode Oceanos (GOOS/BR) na praticagem.

Ele apontou três fatores fundamentaispara a existência de um sistema dessetipo: o aprimoramento da previsão dotempo, essencial para a segurança danavegação; a detecção e avaliação dosefeitos das mudanças climáticas nascondições oceânicas (e vice-versa); e amelhoria do sistema de resposta imedi-ata a catástrofes naturais decorrentesde fenômenos oceânicos extremos.

A exposição seguinte foi realizada pelaassessora técnica da diretoria da AgênciaNacional de Transportes Aquaviários(ANTAQ) Eliane Áreas Fadda. A partir deum estudo detalhado sobre a situaçãorecente da marinha mercante brasileira,em contexto nacional e internacional, elamostrou como é fundamental para oBrasil possuir uma marinha mercante forte.

As vantagens do uso do PCS NET namonitoração do tráfego de navios foramabordadas pelo engenheiro PauloRenato Alves. O objetivo da ferramentaé dar apoio às tomadas de decisão dosusuários, aumentando a segurança epadronizando as operações de entradae saída de navios em portos. Ele expli-

cou que o produto tem fundamentoscientíficos e segue normas e regula-mentos específicos.

Ex-presidente do CADE (ConselhoAdministrativo de Defesa Econômica),Gesner Oliveira demonstrou comofunciona a defesa da concorrência noBrasil e por que ela passou a ser tãoimportante. Em relação à praticagem,disse que o serviço tem característi-cas de monopólio natural. Segundo oeconomista, a regulação desse mer-cado, conseqüência de sua estruturapeculiar, deixa pouco espaço paraa concorrência interna nas zonasde praticagem.

Na seqüência o prático SiegbertoSchenk falou sobre os desafios e asrecompensas no processo de gestão daqualidade da Praticagem Espírito Santo(veja matéria da página 10 ). No diaseguinte o vice-almirante MarcosMartins Torres, titular da Diretoria dePortos e Costas, fez um pronunciamen-to no qual expôs o que a DPC, aMarinha brasileira e a sociedade emgeral esperam da praticagem do Brasil.

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Práticos brasileiros e convidados se reúnem no Ceará

A terceira AGE (Assembléia GeralExtraordinária) de 2005 e os debates doencontro foram transmitidos ao vivopara os práticos de Belém através deum sistema de videoconferência.Durante a assembléia todos receberamo artigo A liderança em gerações paraum debate sobre a formação de novoslíderes (leia o texto na página 24 ).

No final do jantar de encerramento houveuma simpática homenagem a DecioAntonio Luiz, que fez aniversário em 22de novembro. Os práticos prepararampara o presidente do CONAPRA umacomemoração surpresa na qual todoscantaram o tradicional “parabéns paravocê” com direito a bolo e velinhas.

DECIO ANTONIO LUIZ

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PAULO RENATO E MÁRCIO CAJATY SIEGBERTO SCHENK

ELIANE FADDA E CARLOS ELOY NAVIO ENCALHADO EM FORTALEZASHIP AGROUND OFF FORTALEZA

PRÁTICO DA PROA OFERECE PUBLICAÇÕESPARA A BIBLIOTECA DO CONAPRA

PILOT FROM PROA PILOTS DONATESPUBLICATIONS TO THE CONAPRA LIBRARY

DECIO RECEBE PLACA DA DPCDECIO WITH DPC PLAQUE

DECIO, PAULO FERRAZ, JANICE TROTTÉ,VICE-ALTE. LUIZ AUGUSTO E MASSAYOSHI

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MARINA DO HOTELHOTEL MARINA

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SECIRM busca apoio e recursos para dar prosseguimentoa programas de interesse nacional

Neste depoimento o contra-almirante Eduardo José Borges de Souza, titular da Secretaria da ComissãoInterministerial para os Recursos do Mar, fala sobre os principais desafios da SECIRM em 2006. O ano serádifícil para a secretaria, que sofrerá cortes orçamentários significativos, e de muita luta para ele e suaequipe, que continuarão buscando novas parcerias para que projetos importantes para a nação sigam emfrente. Da Antártica, ele deu a seguinte entrevista à revista Rumos Práticos:

Rumos Práticos – Quais são os principais objetivos da SECIRM e da CIRM? Borges de Souza – A CIRM é um colegiado coordenado pelo Comandante da Marinha, designado Autoridade Marítima, e constituído por re-presentantes dos seguintes ministérios e instituições: Casa Civil da Presidência da República; Ministério da Defesa; Comando da Marinha, doMinistério da Defesa; Ministério das Relações Exteriores; Ministério dos Transportes; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Ministério de Minas e Energia; Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão; Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Esporte; Ministério doTurismo; e Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República. A SECIRM tem o propósito de assessorar o Comandante daMarinha, como Coordenador Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), na tomada de decisões que permitam levar a efeito os planos eprogramas voltados à exploração e explotação racional e sustentável dos recursos do mar, consoantes com os compromissos nacionais e inter-nacionais considerados relevantes para o país. Torna-se mister afirmar que tais planos e programas foram criados com o intuito de defender egarantir os benefícios políticos, sociais e econômicos advindos deste imenso trabalho em prol dos interesses de todos os cidadãos brasileiros.

RP – Basicamente em que consiste a PNRM?BS – Instituída em 1980, a Política Nacional para os Recursos do Mar fixou as medidas essenciais tanto à integração do Mar Territorial (MT),da Plataforma Continental (PC) e da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) ao espaço brasileiro, quanto ao uso sustentável dos recursos do mar, aícompreendidos os recursos vivos, minerais e energéticos da coluna d'água e do solo e subsolo, que apresentem interesse para o desenvolvi-mento econômico e social do país e para a segurança nacional. A PNRM é consolidada por planos setoriais plurianuais elaborados pela CIRM,que também é responsável pela aprovação das atividades e dos projetos decorrentes desses planos. Os recursos necessários são repassadospelos diversos ministérios para as instituições executoras (normalmente universidades, institutos de pesquisa e organizações governamentaisligadas ao mar), mediante convênios. São planos integrantes da PNRM: o Plano Setorial para os Recursos do Mar (atualmente está em vigoro VI PSRM); o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC); e o Plano de Levantamento da Plataforma Continental (LEPLAC).

RP – Quais são os principais desafios da SECIRM em 2006?BS – Não permitir que os programas assumam uma vida vegetativa, a despeito dos cortes orçamentários que iremos sofrer este ano, emcerca de 50%. Para 2006, excetuando-se o Programa Antártico Brasileiro, que ainda conseguirá manter suas atividades mínimas, todos osprogramas previstos no Plano Setorial para os Recursos do Mar serão, praticamente, paralisados. Assim, nossa principal ação será a deatuar, de modo tempestivo, junto ao poder público e à iniciativa privada, buscando apoio e recursos. Se não lograrmos sucesso, infelizmente,os programas irão parar definitivamente e todo o trabalho desenvolvido ao longo de décadas estará comprometido.

RP – Qual é o papel da iniciativa privada no contexto da SECIRM e CIRM? BS – Tendo em vista as dificuldades enfrentadas pela escassez de recursos, a busca por novos parceiros tem sido fundamental. O apoio dainiciativa privada, além de permitir a sustentabilidade de alguns programas (e às vezes até sua existência), ratifica a importância da partici-pação dos diferentes segmentos da sociedade brasileira nesse processo, uma vez que estamos falando de programas que são desenvolvidosem prol de nossa nação. Nenhum dos programas coordenados pela SECIRM é exclusivo da Marinha. Muito pelo contrário, todos constituempequenas parcelas que compõem uma política nacional para os recursos marinhos, cuja responsabilidade pela coordenação/execução éatribuída e dividida entre a MB e todos os demais ministérios que constituem o colegiado da CIRM. Assim sendo, como contrapartida (e nãopoderia ser de outra forma), oferecemos a esses parceiros a completa e total exploração de sua imagem junto ao programa apoiado. À guisade exemplo, podemos citar alguns importantes parceiros: Petrobras, Telemar, CEPEL, Correios, Banco Real e as universidades FURG e UFES.

O Sistema CONAPRA já está dando os seus primeiros frutos. Noencontro de Fortaleza, o gerente do projeto Carlos Alexandre(foto) apresentou alguns resultados e ressaltou a importância daparticipação das praticagens para o sucesso do projeto, poisapenas através dos dados enviados o sistema poderá forneceruma visão unificada do setor.

Além de possibilitar essa visão diferenciada, o sistema tambémauxilia os processos internos do CONAPRA: os antigos, como agestão de dados, ou os mais recentes, que comportam aidentificação e o curso de atualização de práticos.

O sistema está passando pelo seu período de introdução eajustes, mas ainda assim alguns resultados já são visíveis. Aspróximas etapas do projeto são: a análise dos dados disponíveise a implantação do controle dos cursos de ATPR via sistema.

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jantar de encerramento e coqueteljantar de encerramento e coquetel

EDUARDO JOSÉ BORGESDE SOUZA

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Pilots from all over Brazil congregatedat the 29th National Pilots’ meetingheld from November 9 to 11, 2005, atthe Marina Park Hotel in Fortaleza,state of Ceará. On the first day, they andtheir guests were welcomed with livemusic at a cocktail reception held in thehotel grounds.

Vice Admiral Luiz Augusto Correa whois based at the 3rd Naval District,opened the official meeting onNovember 10, and was thanked byDecio Antonio Luiz, president ofCONAPRA. There followed speechesand question and answer periods.

Rear Admiral José Eduardo Borges deSouza, head of the Secretariat of theInter-Ministerial Commission for OceanResources, made the first presentationof the meeting. Accompanied byCouncilor Janice Trotté, he spoke of theassistance given to pilotage by the GlobalOcean Observation System (GOOS/BR).

He mentioned three factors of funda-mental importance for this system:improving weather forecasts, essentialfor safety at sea; detecting and assessingthe impacts of climatic changes onocean conditions (and vice-versa); andimproving the system to react immediately

to natural disasters caused by extremeocean phenomena.

The next item on the agenda was a talkby Ms. Eliane Áreas Fadda, technicaladvisor to the directorate of the NationalWaterway Transport Agency (Port.acronym ANTAQ). Based on a detailedstudy of the recent situation of theBrazilian merchant navy in a national andinternational context, she demonstratedwhy a strong merchant navy is offundamental importance.

When Eng. Paulo Renato Alves took thefloor, he commented on the advantagesof using PCS NET to monitor shipping.The objective of this tool is to assistusers in decision making, improve safety,and standardize vessels entry and exitoperations in ports. He explained thatPCS NET has a scientific base and is inline with specific norms and regulations.

Gesner Oliveira, former president of theAdministrative Council of EconomicDefense (Port. acronym CADE), explainedthe anti-trust mechanics in Brazil andwhy this has become so important. Hementioned that the pilotage system hasthe characteristics of a natural monopoly.According to the economist, the need ofregulation in this market leaves little

0 - DURVALINO 1 - IRUÁ 2 - SCHENK 3 - RICARDO 4 - MASSAYOSHI 5 - PAULO FERRAZ 6 - OTAVIO7 - EUCLYDES COELHO 8 - MANOEL COELHO 9 - PAULO REIS 10 - JOSÉ DE OLIVEIRA 11 - LÚCIO FLÁVIO 12 - MARCELO SALGADO 13 - GRIMOUTH14 - ÁUREO 15 - MOACYR 16 - HANSEN 17 - ROSAS 18 - WELLINGTON 19 - GUSTAVO 20 - SEBASTIÃO21 - SARANDY 22 - GONDIM 23 - BENEVIDES 24 - BOTTINO 25 - CARLOS ALVES 26 - JUAREZ 27 - CARLOS WEBER28 - NILO 29 - MARCIO 30 - DECIO 31 - GERALDO 32 - CLAUDIO FRANÇA 33 - HEGGENDORN 34 - ELOY35 - MARCELO MEDEIROS 36 - MONTENEGRO 37 - FONSECA NETO 38 - PAULO RIBEIRO 39 - LUIZ ANTÔNIO 40 - RUBSON 41 - JOSÉ RENATO42 - (NÃO FOI POSSÍVEL IDENTIFICAR) 43 - ROBERTO ABREU

XXIX Encontro Nacional de PraticagemXXIX Encontro Nacional de Praticagem29th National Pilots’ Meeting

Brazilian pilots and their guests meet in Ceará

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O PÔR-D0-SOL NA CIDADESUNSET IN THE CITY

space for domestic competition in pilotagezones, due to its specific structure.

Next, pilot Siegberto Schenk took thefloor. He spoke of the challenge andgratification of quality management inthe pilotage of the state of EspíritoSanto (see pg. 14 ). The following day,Vice Admiral Marcos Martins Torres,head of DPC - the Ports & CoastsDirectorate, gave a presentation on whatthe Maritime Authority and society ingeneral, expect from the pilotageorganization in Brazil.

By means of a video conference, thethird Extraordinary General Assemblywas transmitted to the Barra do Parápilots in Belém. During the Assembly,everybody was handed a copy of thearticle on “Generation leadership”published in the November issue ofSeaways, as an incentive for a debateon the implications of developing andguiding future leaders.

The Closing Dinner culminated with asurprise tribute for Decio Antonio Luiz,CONAPRA's president. Participantscelebrated his November 22 birthdayby presenting him with a cake andsinging Happy Birthday while he blewout the candles.

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mentos. Em 2002,contratamos uma con-sultoria para dar umasolução definitiva ena ocasião tambémforam propostas ou-tras melhorias nagestão, através deplanos de ação basea-dos na norma NBRISO9001. A experiên-cia foi muito positiva enos motivou a iniciarum projeto, em abrilde 2003, previsto para12 meses, mas que

durou 18, culminando com a certifi-cação pelo DNV _ Det Norske Veritas,em novembro de 2004. Recentementefoi realizada uma auditoria periódica(anual) e, em outubro de 2007, haveráuma auditoria de recertificação, pois ocertificado possui validade de três anos.

Nosso SGQ está descrito num manualda qualidade, documento controlado eaprovado por assembléia, que mostracomo a organização atende aos requisi-tos da norma, de clientes e regula-mentares. Foram registrados a missãoe os valores que norteiam a nossaatuação, embora isto não seja um dosrequisitos da norma, e definidos quemsão os nossos clientes e as partesinteressadas e, principalmente, quaissão os seus requisitos a serem

atendidos. A forma como buscamos aqualidade está explícita na declaraçãode política da qualidade em queassumimos o compromisso de atenderaos requisitos de clientes e autori-dades, buscando a satisfação de suasexpectativas e a permanente melhoriado serviço de praticagem. Isto é obtidoatravés de nosso SGQ, que visa à melho-ria contínua e assim busca melhoresresultados; da capacitação, valorização emotivação de nossos quadros; e da inte-ração com clientes, autoridades e par-ceiros. Esta política é desdobrada emobjetivos da qualidade, ações maisdetalhadas de como esperamos alcançara qualidade em nossos serviços: segu-rança da navegação, segurança e saúdedo trabalho, pontualidade, satisfação docliente, diminuição de reclamações docliente e notificações da Autoridade Marí-tima, capacitação, motivação de colabo-radores e interação com clientes e par-ceiros. Cada objetivo é medido atravésde indicadores trimestrais que devematingir determinadas metas de maxi-mização ou minimização preestabeleci-das. Caso estas não sejam alcançadas,ações serão realizadas. Também foidefinida a figura do representante dadireção, responsável pelo gerenciamen-to do SGQ e com livre acesso à diretoria.

Uma visão sistêmica da organizaçãoe a abordagem por processos forammontadas através de um funcionograma

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“O casamento da Educação com a Qualidade, embasada nos 'Princípios Absolutos' enos requisitos de Garantia da Qualidade da ISO 9000:2000, poderá criar circunstân-cias favoráveis para o desenvolvimento de organizações confiáveis ... que, de fato,melhoram seus produtos e serviços, têm requisitos claramente definidos e oscumprem rotineiramente, reduzem seus custos melhorando seus processos e,conseqüentemente, aumentam significativamente seus níveis de rentabilidade.”

Philip B. Crosby, The Usefulness of ISO 9001:2000

Siegberto Schenk

Por que qualidade?

Para qualquer organização, seja grandeou pequena, os benefícios da gestão daqualidade são bem conhecidos: é a formamais segura de executar suas atividades,com menores custos globais e, portanto,mais econômica, gerando maior lucrativi-dade (figura 1); é a forma mais confiávele estável, permitindo maior satisfaçãodos clientes e reguladores e, conseqüen-temente, melhor qualidade de vida eum futuro mais seguro e tranqüilo aoscolaboradores e dirigentes dessas orga-nizações. Mas o que realmente levou aPraticagem Espírito Santo a buscar a

qualidade é a vontade de fazer bemfeito, da primeira vez, aquilo que deveser feito; controlar os processos da orga-nização, sua eficácia e eficiência; criarum compromisso de todos com umagestão eficaz e continuada e com a me-lhoria contínua; buscar melhor qualidadede vida para práticos e colaboradores; eestar inserida em uma comunidade marí-tima comprometida com a qualidade,como é o complexo portuário do ES.

Afinal, o que é qualidade?

A definição formal dadapela ISO (Interna-tional StandardizationOrganization) é um tantohermética: é o grau noqual um conjunto decaracterísticas ineren-tes satisfaz a requisitos(necessidades ou expec-tativas expressas deforma implícita ouexplícita). Poderíamosde forma bem simplesdefinir qualidade como:a) fazer o que deve serfeito; b) fazer certo, logo

ciclo PDCA (Deming): plan - do - check -act (planejar - executar - medir - agir), enos oito princípios absolutos da gestãoda qualidade: foco no cliente; liderança;envolvimento das pessoas; abordagemde processos; abordagem sistêmica paraa gestão; melhoria contínua; abordagemfactual à tomada de decisões; e benefíciosmútuos nas relações com fornecedores.

O processo de certificação do SGQconsiste na sua avaliação por terceiros, nocaso um organismo certificador credencia-do, verificando a aderência dos proces-sos definidos (escopo da certificação)aos requisitos da norma, dos clientes eregulamentares. É um importante passona direção da gestão da qualidade total,mas é apenas uma fase do processo:muitas organizações certificadas aindanão alcançaram qualidade total, bemcomo existem empresas neste estágioque dispensaram a certificação.

Nossa experiência

Apresentados os princípios básicos degestão da qualidade, podemos contarum pouco da nossa própria experiência.A Praticagem ES há vários anos busca epresta um serviço de qualidade, masapenas recentemente buscou a certifi-cação de seu SGQ. O processo de certi-ficação foi deflagrado de forma fortuita.Em 2001, verificou-se a necessidade demaior controle de documentação admi-nistrativa e operacional, pois esta cresciaexponencialmente, gerando dificuldadena recuperação e atualização de docu-

A experiência de gestãoda qualidade na PraticagemEspírito Santo: desafiose recompensas

A experiência de gestãoda qualidade na PraticagemEspírito Santo: desafiose recompensas

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FIG.1 - A QUALIDADE COMO FORMA DE SE ATINGIR OS MENORES CUSTOS GLOBAISFIG.1 - QUALITY AS A MEANS FOR ARRIVING AT THE LOWEST GLOBAL COST

na primeira vez; c) fazer sempre certo,não só de vez em quando; d) saberclaramente como fazer; e e) melhorarcontinuamente a forma como se faz.

Como obter qualidade?

Fácil falar, difícil fazer. Uma boa ajuda éapresentada pela ISO, que reuniu as me-lhores práticas de organizações de classemundial, incluindo forças armadas egrandes corporações, em normas técni-cas da série 9000. A norma ISO 9001:2000 especifica requisitos de um Sis-tema de Gestão da Qualidade (SGQ) paraas organizações que pretendem demons-trar capacidade de fornecer de formaconsistente produtos (ou serviços) queatendam aos requisitos do cliente e regu-lamentares, visando a aumentar a satis-fação do cliente. Ainda segundo a norma,esse sistema deve incluir processos paraa melhoria contínua do sistema e garan-tia da conformidade com requisitos docliente e regulamentares aplicáveis.

Ela está estruturada em cinco tópicosprincipais (figura 2 ) que especificamos requisitos a serem atendidos porestas organizações, de acordo com o

FIG.2 - ESTRUTURA DA NORMA NBR ISO 9001:2000FIG.2 - STRUCTURE OF NORM NBR ISO 9001:2000

FIG. 3 - FUNCIONOGRAMA: VISÃO DA ORGANIZAÇÃO COMO UM SISTEMA, ENGLOBANDO OS VÁRIOSPROCESSOS E SEUS INTER-RELACIONAMENTOS

FIG. 3 - FUNCTIONGRAM: OVERVIEW OF THE ORGANIZATION AS A SYSTEM EMBODYINGTHE VARIOUS PROCEDURES AND THEIR INTERACTION

Page 7: Revista Rumos 17

operacionais estabelecidos pela autori-dade portuária e complementados even-tualmente por consenso da praticagemestão claramente definidos. Finalmente,não podemos esquecer que existe umnível ótimo de investimento em qualidadea partir do qual não se gera menores cus-tos pelo aumento do custo de prevençãode falhas. Esta ainda é uma das nossasmaiores dificuldades: chegar a este nívelótimo de investimento.

O desafio, de forma sintética, é gerarcomprometimento de todos na organi-zação com a qualidade, pois, comomostrado, os custos são evidentes epagos no curto prazo, ao passo que osbenefícios são mais subjetivos edescontados no longo prazo.

Recompensas

Embora subjetivos, estes benefícios jácomeçam a melhorar a percepção devalor pelos clientes e partes interessadas,verificada em pesquisas de satisfaçãorealizadas semestralmente e na sensívelredução no número de reclamaçõesprocedentes (figura 4 ), o que esperamospossa se reverter, a longo prazo, em me-lhor remuneração pelos nossos serviços.Entretanto, algumas coisas não têmpreço: o orgulho de fazer seu trabalhobem feito e ser reconhecido por isto.

Internamente, a existência do SGQ temfacilitado a implementação das decisõesde assembléias e da diretoria e o con-trole de seu andamento. Também já per-mitiu perceber economias, seja atravésdo sistema de cotações para aquisição,seja através de mudanças no procedi-mento de faturamento que praticamenteeliminaram erros nas faturas. Ou aindapela conscientização e reorganização deacordos com clientes e contratos comfornecedores, seguindo padrões estuda-dos junto à assessoria jurídica, a fim denos adequar plenamente à legislação.Também já se desenvolveu e está searraigando uma cultura de medição deresultados, baseada em dados, evitandoa necessidade de tomada de decisõesgerenciais meramente intuitivas. E, final-mente, mas não menos importante, esta-

Conclusão

De forma alguma a Praticagem ESpretende afirmar que esta é a formacorreta de se prestar o serviço de pra-ticagem, mas tão somente a maneiracomo, dentro da nossa visão estratégica,percebemos que devemos nos posicionarpara garantir melhor retorno e maiorlongevidade para nossa organização. Éum caminho árduo, que demanda edu-cação, empenho e dedicação de todosna organização e cujos resultados seevidenciam a médio e longo prazo. Énecessário criar e estimular uma culturaorganizacional que valorize a qualidade.Por outro lado, além de já começarmosa colher os frutos em termos de econo-mias e diminuição de falhas, observamosque, a partir de certo momento, estemovimento cria uma energia própria,com o envolvimento de todos, atravésda execução das atividades dentro dapadronização estabelecida e da propos-ta de ações corretivas e preventivas emelhorias, em geral, que se revertem emuma atuação mais dedicada e envolvidacom a qualidade. Estamos confiantes, poistem sido uma experiência muito positivana qual continuamos a acreditar. Por fim,colocamo-nos, mais uma vez, à dispo-sição de todos os interessados em conhe-cer melhor o trabalho realizado.

Siegberto Schenk é prático ediretor de Operações

da Praticagem Espírito Santo

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(figura 3 ) em que são listados o processoprincipal de prestação do serviço depraticagem, processos de gestão e apoio(como transporte marítimo) e os proces-sos terceirizados. Cada processo foiretratado detalhadamente através demapas de processos, representando-sesuas atividades principais, entradas, saídas,recursos e capacitações necessárias.

Para documentação do SGQ, inicialmenteforam definidos quais os documentosexternos que estabeleciam requisitospara a atividade de praticagem no ES,por exemplo, LESTA, RLESTA e NOR-MAM 12, chegando-se à incrível cifra de64 documentos controlados, divididosentre: legislação e regulamentação daatividade de praticagem (35), normas detráfego nos portos do ES (15) e dadosambientais (14). Estes documentosdevem ser verificados periodicamentepara garantir a sua atualização. Sãocontrolados por procedimento específicoatravés de um sistema de gerenciamentoeletrônico no qual os documentos sãodisponibilizados a todos os colabo-radores. A seguir foi estabelecida todaa documentação da qualidade, queespecifica como a organização deveexecutar suas atividades principais e deapoio ou gestão através de: documen-tos estratégicos (17) que são aprovadosem assembléia e norteiam toda a organi-zação; procedimentos (25); instruções detrabalho e tabelas, que descrevem deta-lhadamente os processos e atividades; eorientações técnicas aos práticos (quenão são de caráter obrigatório). Na exe-cução dos diversos processos e ativi-dades, registros de dados são feitos eestes geram informações de apoio àsdecisões e ações gerenciais, como vere-mos adiante. Estes documentos tambémsão controlados por procedimento espe-cífico através de um sistema de gerenci-amento eletrônico de documentos.

A melhoria contínua do SGQ é con-seguida através de várias ferramentas:realimentação dos clientes (trata-mento de suas reclamações, principal-mente da Autoridade Marítima, epesquisas de satisfação _ agentes,comandantes e armadores); ações

porque, na nossa visão, o nosso maiorcliente é a sociedade e o Estado, repre-sentados principalmente pela Autori-dade Marítima, estabelecendo seusrequisitos através de leis e regulamen-tos. Entretanto temos relações contratu-ais com outros clientes, cujos requisitos aserem atendidos são estabelecidos pelanorma. Assim, sempre que não há con-flitos, nosso SGQ busca atender aosdiferentes requisitos de todos os envolvi-dos. Em caso de conflito, prevalecem osregulamentares, relativos à segurança danavegação, e os do Estado.

Outras dificuldades encontradas foram asrelacionadas ao processo em si. Contrataruma consultoria para implementação doprojeto de um SGQ nos parece impres-cindível e fomos muito bem-sucedidos naparceria com a SOLE, que entendeu aspeculiaridades do nosso serviço. Outroimportante ponto: ter um gerente de pro-jeto que acompanhe passo a passo todasas etapas. Foi necessário definir tambémo representante da direção. Em ambos oscasos, utilizamos a “prata da casa”, masisto acarretou uma sobrecarga aosenvolvidos. Seria melhor se tivéssemoscontratado uma pessoa especificamentepara desempenhar estas duas funçõesconcomitantemente. Além disto, é indis-pensável haver um patrocinador da altagestão (sócio ou diretor). Os colabo-radores de uma maneira geral foramsobrecarregados, pois, além de suas tare-fas rotineiras, tinham que participar deseminários e treinamentos, elaborar do-cumentos da qualidade detalhando comodesempenhavam suas várias atividades eregistrar algumas atividades que atéentão não eram controladas. Seu tempo esua dedicação foram essenciais para osucesso, mas, principalmente, a supera-ção do medo da mudança, pois, a priori, oSGQ parece que vai burocratizar excessi-vamente os processos e ameaçar oconhecimento que cada um tem da suaatividade. A fim de evitar a burocratizaçãoexcessiva, os limites de padronizaçãoforam claramente estabelecidos. Porexemplo: não se pretendeu em nenhummomento padronizar a execução dasmanobras, dependentes das habilidadespessoais de cada prático, mas os limites

mos investindo rotineiramente na partemais importante de qualquer serviço depraticagem: as pessoas. Práticos estãorealizando cursos de manobrabilidadeem modelos tripulados, marítimos daslanchas estão participando de treina-mentos especializados de segurançadas fainas de transbordo e os colabo-radores, de maneira geral, estãorecebendo cerca de três a quatro vezesmais horas de treinamento relacionadoàs suas atividades específicas.

Nossos próximos passos, agora que agestão da qualidade está implantada efuncionando, serão melhorar a gestãoda informação, a automatização dosprocessos e a sua desburocratização,através da utilização intensiva deTecnologia da Informação (TI). Este anoconcluímos a instalação de um Sistemade Gestão Integrada e estamosinvestindo na migração dos sistemasque apóiam as operações de pratica-gem para um sistema baseado natecnologia web, que irá permitir maiorinteração com clientes e autoridades.Entre os planos a médio prazo, visandoà melhoria contínua, estão a implantaçãoda contabilidade gerencial com custeioABC, o estabelecimento de um planoestratégico e metodologia BSC para seuacompanhamento e a recertificação normaISO9001 em conjunto com a auto-decla-ração na norma ISO14001 _ Gestão deMeio Ambiente _ e OSHAS18001 _ Gestãode Segurança e Saúde do Trabalho.

corretivas, registrando-se e tratan-do-se não-conformidades constatadas;ações preventivas, visando a evitar aocorrência de não-conformidadespotenciais; e sugestões de melho-rias, que são analisadas e implemen-tadas quando julgadas pertinentes.Trimestralmente, diretores, secretário-executivo e representante da direção seencontram para uma reunião de análisee crítica do SGQ na qual os seguintesitens são obrigatoriamente abordados:pendências da ata da reunião deanálise crítica anterior; adequação dapolítica e dos objetivos e resultados dosindicadores da qualidade; programa decapacitação de colaboradores; resulta-dos de auditorias; realimentação declientes; situação das ações corretivase preventivas; desempenho de proces-sos e conformidade aos requisitos;recomendações para melhoria; mudan-ças e outros assuntos que possam afe-tar o SGQ. As ações são então imple-mentadas e sua eficácia verificada napróxima reunião de análise e crítica.

Dificuldades e desafios

O grande desafio do processo de criaçãoe implantação de um SGQ e sua certifi-cação, comum a todas as organizações,chama-se comprometimento. Não foidiferente no nosso caso e representouobter o compromisso de todos: altagestão (diretoria e demais práticos asso-ciados), práticos e colaboradores. Deoutra forma seria um mero exercícioburocrático... Isto foi conseguido atravésde inúmeras reuniões de treinamento econscientização com práticos e colabo-radores. O momento mais importante, eque realmente demonstra a maturidadede um SGQ, é quando se percebe atransformação das palavras em ação, abusca pela qualidade em cada atividadeda organização no seu dia-a-dia.

Outro importante desafio foi definirclaramente quem são os clientes epartes interessadas e seus requisitos:comandantes, armadores, agentes,autoridade marítima, autoridade/ admi-nistração portuária, fornecedores e par-ceiros _ rebocadores, amarração. Isto

FIG. 4 - A EFICÁCIA DO SGQ BASEIA-SE NA MEDIÇÃO DE INDICADORES PARA OS OBJETIVOS,COMO A DIMINUIÇÃO DE RECLAMAÇÕES PROCEDENTES DE CLIENTES

FIG. 4 - SGQ EFFICACY IS MEASURED ACCORDING TO OBJECTIVE INDICATORS,E.G., A DROP IN VALID CLIENT COMPLAINTS

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Siegberto Schenk

Quality management experience of theEspírito Santo Pilots: challengesand rewards

Quality management experience of theEspírito Santo Pilots: challengesand rewards

Our experience

The state of Espírito Santo pilots havefor many years been striving for andproviding quality service, but haveonly recently, in November 2004,approached Det Norske Veritas (DNV)with a request for certification of theirQuality Management System (QMS).

Our way of seeking quality is describedin our quality policy declarationwherein we commit ourselves to: meetthe needs of clients and authorities;attempt to conform with theirexpectations; and to always strive toimprove the efficacy of our pilotageservice. Excellence is attemptedthrough our QMS which aims atconstant improvement and thus seeksto obtain better results, qualification,appreciation and motivation of ourmembers and their interaction withclients, authorities and partners. Thispolicy is broken down into qualityobjectives and more detailed actionsfor achieving quality in our services:safety in shipping, safety and health inour work, punctuality, client satisfaction,client complaints, notifications fromthe Maritime Authority, qualification,motivation of collaborators and interactionwith clients and partners. Every objectiveis measured through quarterlyindicators that must attain certaintargets pre-established towardmaximizing or minimizing theseindicators. If they are not attained,action is taken. Moreover, a managementrepresentative was appointed who isresponsible for managing the QMS andhas free access to the directorate.

A vision of the organizational systemand tackling by process were

established by means of a taskfunctiongram (fig. 3 ) which lists themain process of pilotage service,management and support processes(such as maritime transportation) andoutsourced processes. Each process isdescribed in detail in processmaps that show its main activities,entries, exits, resources and requiredqualifications.

Constant improvement of the QMS isachieved through a variety of tools:feedback from clients (dealing withtheir complaints, especially thosevoiced by the Maritime Authority, andsatisfaction surveys - agents, captainsand owners); corrective action,by registering and dealing withnoncompliance; preventive, bypreventing potential non-compliance;and suggestions for improvementthat are analyzed and implementedwhen considered pertinent. Directorsand directorate representatives meetquarterly to analyze and criticize theQMS. Actions are then taken, andtheir efficacy is checked at the nextanalysis and criticism meeting.

Issues and challenges

The major challenge of the implementa-tion and certification of a QMS is commonto all organizations. It is calledcommitment. Without it, it would be amere bureaucratic exercise.

Another important challenge is to clearlydefine our clients and interested partiesand their needs: captains, owners,agents, maritime authority, port authority/administration, suppliers and partners -

tugs and mooring. This is necessarybecause we consider society and theState our major clients, mainly rep-resented by the Maritime Authoritywhich establishes their requirements inlaws and regulations. But we also havecontracts with other clients whoserequirements are established by thenorm and must be met. Therefore,whenever there is no conflict, our QMSendeavors to meet the various needs ofeveryone involved. In case of conflict,regulations affecting shipping safety, aswell as State regulations, prevail.

In conclusion, let us not forget thatthere exists an optimum level ofinvestment in quality, starting fromwhich less costs are not generated bythe higher cost of prevention of flaws.Therein still lies one of our greatestdifficulties in reaching this optimumlevel of investment.

Summarizing, our challenge is to generatecommitment with quality of everyone inthe organization since, as shown, costsobviously exist and they are paid atshort term whereas the benefits are moresubjective and discounted at long term.

Benefits

Although benefits are subjective,clients and other interested partiesalready start to perceive their value.This has been verified in satisfactionsurveys undertaken twice a year and inthe significant reduction in validcomplaints (fig 4 on page13). We hopethat at long term this may result in abetter remuneration for our services.But there are things that have no price:

pride in a job well done and recognitionof achievement.

Within our organization, QMS hasfacilitated the implementation ofdecisions made by directors and atassemblies, as well as controlled theirefficacy. It has also resulted in notice-able savings. A culture of measuringresults based on data is taking root,avoiding the need of basing managementdecisions merely on intuition. And, lastlybut not less important, we are routinelyinvesting in the most important aspectof any pilotage service: people. Pilotsare taking a maneuverability course onmanned models, sailors of the pilotboats are taking part in specializedsafety training for transshipping drills,and collaborators in general are trainedin their specific fields for about three orfour times more hours than before.

Our next steps now that qualitymanagement has been implementedand is operational, are directed toimproving information management, theautomation of processes and their de-bureaucratization by means of intensiveuse of Information Technology ((IT).

Conclusion

We are confident since it has been avery positive experience in which wecontinue to believe. In conclusion, wewish to again inform all interestedparties that additional information on thework we carry out is available to them.

Siegberto Schenk is a pilot andDirector of Operations

of the Espírito Santo PilotsATALAIA

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história da navegação

Um dos primeirosinstrumentos usadosna navegação maríti-ma foi certamenteaquele que permitiumedir a profundidadedas águas para garan-tir a passagem seguradas embarcações nasbarras e ao longo dosrios, canais e portos.Talvez inicialmentetenha sido usado opróprio pau ou a varaque deslocava o barco

e, mais tarde, o artifício de um pesoatado em uma linha graduada.

O prumo, vulgarmente conhecido comoprumo de mão, é composto por umcone alongado de chumbo, redondo,quadrado, sextavado ou oitavado, dedois a três quilos; possui uma alça novértice superior onde se fixa a linha desonda ou sondareza. A base da chumba-da é côncava e cheia de sabão ou sebopara trazer amostras da natureza dofundo (areia, rocha, lodo, cascalho etc).

A sondareza constitui-se de uma linhaflexível, não elástica, graduada embraças ou metros, marcada com umcouro na quinta braça ou metro. Umapinha de anel marca a décima, doiscouros marcam a décima quinta e duaspinhas, a vigésima. As unidades inter-mediárias são marcadas com nós.

A boa técnica de prumagem recomendaque o prumador imprima um vigorosomovimento de translação, de ré paravante, de maneira que a chumbada caiana água suficientemente a vante, para

história da navegação

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BarcaEmbarcação média, com velas latinas ou remos. Foi usada até a metade do século XV.

BarinelNavio de maior tonelagem que a barca, empregado inicialmente na pesca, foi utilizado na exploração dacosta da África. Tinha dois mastros, com vela redonda, e eventualmente era impulsionado a remo.

BatelEmbarcação de pequeno porte, auxiliar de um navio. Transportava pessoas e cargas do navio/terra/navio.

BergantinPequena embarcação a remo com oito a 16 bancos de cada lado. Possuía velas latinas e era usado na explo-ração do litoral.

CaravelaEmbarcação de origem moura, empregada na navegação de cabotagem pelos árabes, foimodificada pelos portugueses e se tornou o navio dos descobrimentos. Com elas searriscaram Bartolomeu Dias, Colombo e Vasco da Gama nas longas travessias rumo aodesconhecido. Sua capacidade era de 50 a 150 tonéis (um tonel equivaleria ao volume deum tonel de seis palmos de comprimento e quatro palmos de diâmetro). Eram construídas com tábuas de carvalho

e pinho. A maioria delas tinha dois mastros e eram equipadas com velas latinas (caravelas latinas), mas as caravelas de descobrir tinhamaté quatro mastros, dos quais três armados com velas latinas e um, com vela redonda (caravelas oceânicas). Segundo o almirante JustoGuedes, “o casco era muito afilado (...) permitia-lhe navegar com bolina muito apertada”. Desenvolvia uma velocidade de quatro a oito nós.

FragataNavio semelhante ao bergantin, mas de menor porte.

GaléNavio a remo de grande porte, usado na guerra e no comércio. Tinha 24 bancos de cada lado com até quatroremadores em cada banco. Possuía dois ou três mastros. Tinha baixo bordo e era muito instável em mar alto.

GaleãoGrande navio de guerra com cerca de 550 tonéis, parecido com a nau. Era freqüentemente empregadona escolta de navios mercantes.

GaleotaPequena galé com cerca de 40 remeiros.

NauGrande navio com capacidade de 100 a 1.000 tonéis, de dois, três ou quatro conveses e até 800 tripulantes. Era empregado nas grandesviagens oceânicas para transportar mercadorias. Podia ser armada com cerca de quarenta peças de artilharia. A expedição que chegouà Índia em 1498, comandada por Vasco da Gama, era formada por duas naus (São Gabriel e São Rafael) e uma caravela (Bérrio). A SãoGabriel tinha um porte de 120 tonéis. Media cerca de 20 metros de quilha e 32 metros fora a fora, tinha formas rotundas, castelos deproa e popa, dois mastros com velas redondas e um mastro com vela latina. A maioria das naus tinha quatro mastros e um porte decerca de 1.000 tonéis. A nau portuguesa tinha geralmente duas cobertas. A primeira abrigava o porão de carga, os tonéis de aguada epaióis de mantimento e pólvora. Na segunda, à proa, estavam o alojamento do comandante, o abrigo dos bombeiros e os camarotes domestre e do piloto. Os demais membros da tripulação dormiam pela tolda e convés sem qualquer abrigo, expostos à chuva e ao vento.

Fontes:BRITO, Adalberto da S. Textos de História Naval. Florianópolis: Editora Saint-Germain, 2003.GUEDES, Max Justo. O descobrimento do Brasil. Rio de Janeiro: Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural da Marinha, 1998.

Os navios da época dos descobrimentosOs navios da época dos descobrimentosPrumo de mãoPrumo de mãoUm instrumento quenão sai de moda

Mário Bernstorff

que, com o movimento do navio emmarcha lenta, toque o fundo no instanteem que a linha estiver na vertical.

Ecobatímetrossubstituíram o prumo

Textos antigosrevelam que em500 a.C. o histo-riador Heródotoreferiu-se a estetipo de prumoquando se apro-

ximava da entrada do Rio Nilo, vindo domar. Outra referência histórica é odesenho do prumo de mão que aparecena obra O Espelho do Marinheiro, deLucas Wagenaer, publicada em 1584.Vários tipos de prumo surgiram aolongo dos tempos, como o “prumo debarca”, o “prumo de Brook” e o “prumode Walker”.

Até meados do século XX, o prumo demão era primordial para a navegação.Além de permitir conhecer sucessiva-mente a profundidade das águas, evi-tando-se encalhes, ainda era utilizadopara se conhecer a tença, isto é, a qua-lidade do fundo do mar, a fim de garan-tir uma boa agarrante para a âncora nosfundeadouros.

Atualmente o prumo de mão foi substi-tuído por sondas eletrônicas de eco,conhecidas como ecobatímetros, nasquais uma tela de cristal líquido mostraa profundidade, o relevo do fundo, atemperatura da água e a velocidade daembarcação, além de detectar peixesou objetos que se interponham no traje-to do eco. O prumo de mão é um dosinstrumentos que, ainda hoje, devemoster a bordo na eventualidade de avariasnos sofisticados ecobatímetros.

A figura do prumo de mão com a son-dareza é o símbolo da profissão do prá-tico na marinha mercante brasileira.

Mário Bernstorff é prático da Barrae do Porto de São Francisco do Sul, SC

Curiosidade:

O conhecimento da profundi-

dade é tão importante no tra-

balho de um prático que a

palavra alemã lotse significa

ao mesmo tempo “prumo de

mão” e “prático”.

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estabelecem sempre com o meio emque atuam um comportamento decumplicidade, para não se deixar abaterpela solidão em que vivem. Na cabo-tagem e longo curso agem como se fos-sem cúmplices do mar, com sua imen-sidão e seus humores – muitas vezesinquietos e até tenebrosos. Talvezporque se compensem com a beleza davisão quando, lá no horizonte, surgem edesaparecem o sol e a lua, sortilégio danatureza que só a eles é dado o privilé-gio de desfrutar.

Nas águas interiores esta cumplicidadese manifesta com o que sonham eimaginam existir nas margens dos rios,sejam florestas ou núcleos urbanos, nosquais nem sempre aportam, o que não élá muito de suas vontades!

Tanto no mar quanto nos rios, parecemestar sempre entregues ao sabor deuma magia que os faz únicos e espe-ciais sejam quais forem as escalashierárquicas em que se situem a bordo,inclusive naquela da qual fazem parteos práticos, profissionais que exercemuma atividade sempre necessária, ‘aju-dantes dos comandantes’.

Os homens das águas (do mar ou dosrios) sempre tiveram traços pessoais efuncionais em comum. A eles juntaram-se muitos indivíduos de terra firme que,agrupados em organismos interna-cionais (IMO, IMPA) e nacionais (DPC,CONAPRA e ANTAQ, entre outros),transformaram as rotinas empíricas danavegação, atracação e desatracaçãoem procedimentos técnicos queenvolvem diferentes tecnologias, comoa dos satélites artificiais.

Continua existindo, porém, o prazer dasdecisões de comando não sedimentadasem normas e procedimentos, todas ben-fazejas, eficientes e oportunas. Assim, naprática da navegação os pilotos fluviaise regionais da Amazônia não perderama magia (ou quem sabe a feitiçaria) dospajés. E nem poderiam, já que a BaciaAmazônica está sujeita a mudanças detoda ordem na rota dos caminhos.

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dia marítimo mundialworld maritime day

dia marítimo mundialworld maritime day

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Engajado na campanha da InternationalMaritime Organization (IMO) de pro-mover a importância e eficiência dosserviços prestados pelos marítimos àsociedade, o presidente da InternationalMaritime Pilots’ Association (IMPA),Geoff Taylor, idealizou uma forma dife-rente de comemorar o Dia MarítimoMundial, celebrado em 29 de setembro.Jornalistas do mundo inteiro foram con-vidados a embarcar junto aos práticospara acompanhar de perto o trabalho datripulação de um navio.

A intenção foi mostrar a esses profis-sionais como o transporte marítimo tra-balha todos os dias de forma segura esilenciosa, embora, na maioria dasvezes, a imprensa só faça referência àatividade quando ocorre algum aci-dente. Segundo o secretário-geral daIMO, Efthimios Mitropoulos, é precisodivulgar muito mais a contribuição dosmarítimos para o bem-estar de todos ospovos. No que concerne aos práticos,Taylor lembra que, a cada ano, mais de1,8 milhão de manobras de praticagemocorrem silenciosa e eficientemente.“O som da segurança é o silêncio”, diz.

O jornalista Michael Grey, da publicaçãoLloyd’s List, foi um dos convidados a par-ticipar do “passeio” organizado pela IMPA.Depois Grey escreveu uma crônica naqual revela toda a complexidade ebeleza do tráfego marítimo no RioTâmisa. Ele começa citando uma pas-sagem do livro O coração das trevas, deJoseph Conrad, no qual o escritor criabelas imagens do Tâmisa e de Londres.Abaixo alguns trechos do seu relato, pu-blicado em 3 de outubro na Lloyd’s List :

“Foi uma cena que, curiosamente, meveio à mente na quinta-feira passada,enquanto estava no estuário (do Tâmisa )no final de uma maré de vazante a bordodo diminuto navio-tanque West Master.Uma pequena e graciosa embarcação,apesar da idade, de 1.900 dwt e construí-da em Bilbao em 1973 – em um tempoquando ainda era possível imprimir per-sonalidade a uma embarcação. O WestMaster carregava uma grande carga deóleo vegetal para Stavanger, próximo àplanta industrial de processamento deóleos vegetais ADM Erith.

Eu havia embarcado de carona, um partici-pante talvez um tanto fraudulento em umacriativa iniciativa idealizada pela IMPApara auxiliar o secretário-geral da IMOcom seu tema para o Dia Marítimo Mun-dial: promover o transporte marítimo como‘o transportador do comércio mundial’.

Os práticos sabem, afinal de contas,que a navegação seria muito mais per-ceptível se a mídia lembrasse que ela ésempre importante, e não somentequando serve de fonte para notíciasquando, por exemplo, um navio afunda.Neste sentido, os práticos se reuniram

para descrever erecomendar umavisão mais íntimada navegação.”

“A praticagem no Rio Tâmisa éassustadoramente complexa,com aproximadamente 30 mil

manobras ao ano e 70terminais espalhados sobre

150 quilômetros de margense estuários.”

“Não há atrasos na saída do WestMaster e a tripulação está de prontidãopoucos minutos após a chegada doprático. O velho motor Deultz reclamaao voltar à vida, mantendo o peso sobreas molas enquanto os últimos cabos deamarração são largados e a pequenaembarcação sai do seu berço com amaré de vazante.”

“Conrad teria observado um riorepleto de embarcações e portoscheios de navios aguardando semanaspara o embarque e desembarque desuas cargas. Até mesmo 40 anosatrás, um transatlântico britânicoatracado aqui, no seu país de ban-deira, levaria tanto tempo para ocarregamento ou a descarga, osuficiente para que toda sua tripu-lação permanecesse em casa porvários dias entre suas viagens.

Hoje, em comparação, o rio está vazio,mas a produtividade da navegaçãomoderna é absolutamente evidente.Rio acima ou abaixo do cruzamento de

IMPA convida jornalistaspara acompanharde perto o trabalhodos marítimos

IMPA Data ganha registroem periódicos nacionais

No Brasil, publicações de Belém, Natal,Paranaguá e Rio de Janeiro, entre ou-tras, fizeram menção à data. O jornalparaense O Liberal publicou em suaedição de 29 de setembro um artigo(leia a síntese abaixo) enviado pelaPraticagem da Barra do Pará home-nageando os “homens das águas”:

“O Dia Marítimo Mundial não é apenasuma homenagem àqueles que exercematividades ligadas ao transporte aqua-viário. A data representa também umarevista ao plano existencial que homense mulheres escolheram para dedicar osmelhores anos de suas vidas.

Quer como membro de uma equipe detripulantes ou mesmo como navegadorsolitário, todos acabam por fazer daembarcação em que navegam uma partedaquele outro ambiente onde convivemcom seus familiares, que amam tantoquanto seu ofício. A água parece exercersobre eles um estranho fascínio. Cadanova jornada de navegação é como sefosse uma parte de sua própria vida, cominício e fim. E isso é presente tanto nooceano como nas águas das vias inte-riores de navegação fluvial.

O filósofo Anacarsis, seis séculos antesde Cristo, disse que havia três classesde homens: os vivos, os mortos e os queestavam no mar (podemos incluir aí,naturalmente, as águas fluviais eregionais e os homens ribeirinhos).Todos são homens das águas, que secaracterizam, em essência, por suastarefas e responsabilidades e por seremfortes, competentes, solidários e apai-xonados pelo que fazem.

Só eles experimentam, por exemplo, aalegria e o conforto espiritual dasaudação através do toque das sirenesde suas embarcações ao passarem umapela outra em rios muitas vezes aca-nhados ou em lagos de sua rota.

Solitários por definição profissional,

Dartford, com seu intenso tráfego darodovia M25, estão terminais que, emapenas um dia, movimentam maiscarga do que todo o rio fazia emuma semana.

Há os gigantescos cargueiros Ro-RoCobelfret e Dart que levam toda umamaré para manobrar, navios que –brincam os práticos – deveriam serclassificados em quilômetros, aoinvés de metros ou pés – algunsaté graciosos como o Ro-Ro SCAtransflorestal ou as embarcações deprodução florestal finlandesas querefletem a precisão de seus comérciose a sofisticação das suas operaçõesde manuseio de carga.”

“Isto, sim, é comérciomundial flutuante, apesar de

permanecer invisívelem sua maior parte. ”

“Para mim foi como mágica estar longedo dia-a-dia de escritório e observar otrabalho de outras pessoas numa viamarítima que eu tomei pela primeiravez aos 17 anos de idade.

Não importa, porém, se você tem 17 ou66 anos, se você não reconhece a sem-piterna presença do shipping e qual é aimportância disso para você e para asociedade na qual você vive, há umaimportante mensagem a ser comunicada.

Para todos aqueles que acreditam que alogística começa e termina em um ca-minhão de supermercado, o excelenteartigo do Sr. Mitropoulos (publicado nonúmero 16 da Rumos Práticos ) é deenorme importância. Para alguns, 1,9mil toneladas de óleo vegetal prove-niente de Kent para auxiliar na alimen-tação de rebanhos norueguesesdurante o lúgubre inverno podem nãopossuir o romance dos carregamentosdos navios de Kipling (escritor inglês ),mas para mim um West Master, saindodo Tâmisa ao final de uma tarde desetembro, tem tanto ou ainda maissignificado.” (tradução: Tiane Muniz )

Page 11: Revista Rumos 17

Eles têm a mesma profissão e os mes-mos objetivos, mas a costa de seuspaíses é tão distinta que quando seencontram há muito que trocar em ter-mos de informações e idéias. Imagine,por exemplo, quão diferente é o dia-a-diade um prático da Venezuela, país que selocaliza ao norte da linha do Equador,em relação ao de um prático das águasgeladas do Estreito de Magalhães,extremo sul do Chile.

É essa diversidade de experiências epercepções que vem fazendo do FórumLatino-Americano de Práticos um ricopainel de debates entre os práticos daAmérica Latina. A terceira edição doencontro aconteceu de 25 a 28 deoutubro, em Montevidéu, concomitan-temente ao I Congresso de AcidentesMarítimos e seus Impactos no MeioAmbiente. Criado para o intercâmbio deinformações entre as diferentes pratica-gens latino-americanas, o evento contoucom um número de participantes consi-deravelmente maior em comparação àsedições anteriores _ prova que a iniciati-va vem se solidificando.

Participaram práticos da Argentina,Brasil, Chile, Cuba, Uruguai e Venezuela,além de representantes da IMPA (Interna-tional Maritime Pilots' Association), APA(American Pilots' Association ) e CMPA(Canadian Marine Pilots' Association).Do CONAPRA compareceram o presi-dente Decio Antonio Luiz, os conselheirostécnicos Marcelo Cajaty e Luiz OtavioChristo de Santos e os diretores MárcioCajaty e Otavio Fragoso (um dos vice-presidentes da IMPA). Além de Otavio, ospráticos brasileiros Alexandre Gonçalvesda Rocha e Geraldo Almeida se apresen-taram durante as conferências, assimcomo o juiz do Tribunal Marítimo bra-sileiro Marcelo David Gonçalves.

Tabaré Daners, chefe da Armadauruguaia, abriu oficialmente o evento.Depois temas variados estiveram empauta: a concorrência na praticagem, aresponsabilidade do prático, catástro-fes marítimas, aspectos técnicos daprofissão, tecnologia de ponta, osefeitos das condições meteorológicasna atividade, a importância da prevençãode acidentes, leis marítimas, normasinternacionais e muito mais. Uma exce-lente oportunidade para se atualizar,adquirir novos conhecimentos, trocaridéias e se organizar em torno dequestões de interesse comum, de acor-do com comentários dos participantes.

Brasil marca presença

O primeiro brasileiro a se apresentar foio prático Alexandre Gonçalves daRocha, da Itajaí Práticos. Sua palestraanalisou o impacto do fenômeno dosquat no gerenciamento dos riscosassociados à manobra. A platéiamostrou-se bastante interessada emsua exposição, que teve ótima recepção.

_ O squat oferece e seguirá sendo umdesafio importante para a segurança ea eficiência do deslocamento de naviosem águas restritas. Os práticos sãoprofissionais à altura do desafio posto,

devido à experiência continuada emmanobras em tais condições. E mere-cem o reconhecimento devido por ope-rarem, com sucesso quase absoluto, emcondições ainda não completamentecompreendidas cientificamente. Poresta razão é que devem incentivar e li-derar a busca por mais conhecimentosobre o assunto, como parte de umaatitude proativa e transdisciplinar capazde assegurar o devido respeito ao seuofício _ concluiu Alexandre.

Geraldo Almeida, da Praticagem daLagoa dos Patos, defendeu a idéia deque a responsabilidade ambiental doprático pode se tornar um excelenteinstrumento para o reconhecimento ea valorização da classe. Ele acreditaque o conceito de responsabilidadeque norteia a atividade do práticodeve ser muito mais difundido juntoaos órgãos julgadores, à sociedadecivil e aos meios acadêmicos. O práti-co mostrou-se bastante orgulhoso dapraticagem brasileira:

_ Para mim ficou claro que embora o nossomodelo de praticagem ainda não seja oideal, estamos alguns passos à frente nosconceitos de modernização e estudostécnicos de nossa profissão em relaçãoaos países latinos de nosso continente.

encontros internacionaisinternational meetings

dia marítimo mundialworld maritime day

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para conhecer o trabalho da tripulaçãode um navio.

A matéria Evasão na marinha, publica-da na edição de novembro da revista,destacou “a falta de visibilidade do tra-balho dos marítimos, desde os maisaltos cargos de comando aos serviçosmais simples”. Segundo o veículo, issotem gerado um déficit de profissionaisem várias partes do mundo. A matériatraz o depoimento de José MarianoFonseca Melo, comandante do OWNTrader (navio da frota da FlumarTransporte de Químicos e Gases Ltda.).

Para ele, um país como o Brasil vive ummomento ainda mais preocupante emrelação a esse mercado, já que os bonsprofissionais acabam sendo “exporta-dos” para suprir a falta de gente noexterior, atraídos por melhores salários.“Não que os salários aqui no Brasilsejam baixos. Se formos comparar comcarreiras semelhantes, até que os nos-sos salários iniciais são bem atrativos”,disse o comandante à Portos e Navios.

Alagão também deu seu depoimento:“Gosto do meu trabalho e sei que a dis-ciplina é um fator importante, mas pre-firo usar tudo o que aprendi fora dasForças Armadas. Aqui fora eu sinto queo meu trabalho faz toda a diferença, pormais que grande parte da populaçãonem saiba da existência da minhaprofissão”, explicou o prático da RioPilots, formado pela marinha de guerra.A reportagem informa ainda que eleestá há dez anos na praticagem e seorgulha de nunca ter ocorrido qualquerincidente durante suas manobras.

Otimismo – No final o texto aponta umfuturo promissor: “Com o aumento novolume de carga transportado na cabo-tagem e a conseqüente encomenda denovas embarcações por parte dasempresas que atuam no segmento,profissionais deverão ser contratados. Atendência, acreditam alguns marítimos,é de um aumento do poder de comprados salários pagos no setor, para evitarque os estrangeiros continuem levandoos profissionais brasileiros”.

III Fórum Latino-Americano de PráticosEvento vem se firmando como importante espaço de discussãoa respeito de questões comuns às praticagens da América Latina

O transporte de bens e pessoas por águaé uma atividade de grande importânciasocial. É a modalidade mais econômica –responsável pela movimentação de maisde 95% dos bens comercializados entreas nações – e a menos poluente. Apre-senta excelentes níveis de segurança –quando a ganância por lucros não leva aerros em conseqüência de fadiga ou deordens diretas inadequadas.

A praticagem é uma atividade muitoantiga, apesar de usar técnicas eequipamentos moderníssimos. Mas elanão dispensa, mesmo em pleno terceiromilênio, a intuição primitiva, uma facul-dade que jamais será substituída pornenhum instrumento da parafernáliaeletrônica de bordo.

O livro Amazonas, rio de muitos nomesdemonstra a total dependência daregião em relação ao rio. Nele podemtrafegar, simultaneamente, o navio delongo curso dos grandes armadores, oscomboios de empurradores, as balsasde navegação fluvial ou a única embar-cação de um humilde proprietário. Eis aítraduzida de forma tão verdadeira arelação unívoca entre a água e ohomem em toda a sua transcendência.

Nossos mais efusivos cumprimentospela passagem do Dia Marítimo Mundiala todos os homens das águas e aosorganismos nacionais e internacionaispela regulação competente e por teremreagido com denodo às tentativas emcontrário, prestando um inestimávelserviço a toda a humanidade.

De certo modo, conforta-nos saber queum acidente como o do Titanic dificil-mente tornará a ocorrer, que o sinistrodo Exxon Valdez certamente não serepetirá e que, apesar do Tsunami e doKatrina terem se iniciado no mar, forampoucas as vítimas ali recolhidas.

Brasil perde profissionais para omercado externo

No Rio de Janeiro, um jornalista darevista Portos e Navios embarcou aolado do prático Cláudio Ricardo Alagão

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Brazilloses nauticalprofessionals toforeign markets

In Rio de Janeiro, a journalist of thePortos e Navios magazine joined pilotCláudio Ricardo Alagão of the Rio Pilotsto become familiar with the workperformed by a ship's crew.

The article “Evasão na marinha” (“Drainof nautical professionals”) published inthe magazine's November issue highlights“the lack of visibility of the work seamenperform in vessels, whether they are inhigh command posts, or carry outhumbler tasks”. According to it, thisprovokes a deficit of professionals inseveral parts of the world. The articleincludes the testimony of José MarianoFonseca Melo, master of the OWNTrader (a ship of the Flumar Transportede Químicos e Gases Ltda. fleet).

According to him, countries such asBrazil are passing through an evenmore uneasy time in regard to theshipping market since good professionalsend up being “exported” to take theplace of seamen abroad, being attractedby better remuneration. “Not thatsalaries in Brazil are low. If we comparesimilar careers, our initial salariesare actually quite attractive”, thecaptain told the reporter.

Optimism _ At the end of the text hepoints to a promising future: “Due tothe increase in cargo shipped incoastwise traffic and the resultingorders for new vessels on the part ofcompanies operating in the segment,professional seamen will have to becontracted. Some seamen believe thereis a trend toward greater purchasepower of the salaries paid in the sectorto prevent foreigners from continuing tocarry off Brazilian seamen”.

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encontros internacionaisinternational meetings

“Serviço de praticagem _ quem é o cli-ente?”. Com esta indagação, Otavio Fra-goso começou sua apresentação. Atra-vés de um resumo da evolução históricada atividade, o prático discorreu sobre afunção social do serviço de praticagemnos tempos atuais e seu vínculo _ hojeinseparável _ com o interesse público.

_ Numa visão atual, o prático atua comoparceiro do comandante. Mas represen-ta diferentemente deste, que funcionacomo preposto do armador, a presençado poder público ao longo da passageme manobra do navio nas águas ouregiões que interessam ao Estado pro-teger. A quem interessa efetivamente oembarque do prático e a redução dosriscos? Não se trata somente da pro-teção do navio. Da mesma forma não sepretende apenas garantir a livre circu-lação de mercadorias ou as instalaçõesportuárias, seus acessos e equipamen-tos. A preocupação central é com apreservação do patrimônio ambiental ecom a vida humana _ afirmou.

Através do trabalho apresentado pelo juizMarcelo David Gonçalves, os ouvintespuderam entender como funciona oTribunal Marítimo brasileiro, cujo modeloé único na América Latina. A autonomiado órgão foi apontada pelo palestrantecomo um dos fatores fundamentais paraa eficiência de sua atuação. Houve tantointeresse pelo assunto que muitos decidi-ram transmitir os temas levantados àsautoridades de seus países para estudo euma possível implantação.

União é fundamental

Presidente da APA, Michael Watsonapontou as cinco atitudes que consi-dera mais importantes para a profissãodo prático continuar forte e garantida:1) ser politicamente ativo; 2) permanecerna dianteira da tecnologia; 3) manter umdiálogo construtivo com outros segmen-tos da indústria marítima; 4) promover anecessidade de independência para ospráticos; e 5) permanecer unidos.

Nas considerações finais ficou acertadoque o Conselho Nacional de Praticagemapresentará um modelo para umapágina do fórum na internet. A homepage será incorporada futuramente aowebsite do CONAPRA.

O próximo encontro será na Venezuela,em 2007, e o Chile já se candidatoupara sediar o fórum subseqüente, em2009. A expectativa é grande devido aosucesso desta edição, que alcançouplenamente seu principal objetivo: dis-cutir formas de divulgar a profissão nosvários segmentos da sociedade, tornan-do-os conscientes da importância dafigura do prático na difícil tarefa de con-ciliar segurança e desenvolvimento.

"O fórum foi extremamente válido. Eudiria que ele 'decolou'. Daqui para frente,espero que se aprimore e fortifique essaligação entre os latino-americanos.”

Helcio Kerr, prático aposentado do Rio de Janeiro,ex-presidente da Associação Sul-Americana de

Práticos e ex-vice_presidente da IMPA

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encontros internacionaisinternational meetings

They share a profession and objectives,but the coasts of their countries differwidely from each other so that, whenthey meet, they have much informationand many ideas to exchange. Take, forinstance, a pilot from Venezuela, a countrynorth of the Equator: his day-to-dayactivities are completely different fromthose of a pilot working in the icywaters of the Strait of Magellan in theextreme south of Chile.

It is this diversity in experience andperceptions that cause the LatinAmerican Forum of Pilots to be a majorpanel for debates among LatinAmerican pilots. The third meeting tookplace over the period October 25 to 28,in Montevideo, in parallel with the FirstCongress of Accidents at Sea and theirImpact on the Environment. Founded foran exchange of information amongLatin American pilots, this eventhad a considerably larger number ofparticipants than prior meetings - proofthat the initiative is taking root.

Pilots from Argentina, Brazil, Chile, Cuba,Uruguay and Venezuela, as well asrepresentatives of IMPA (InternationalMaritime Pilots' Association), APA(American Pilots' Association) and CMPA(Canadian Marine Pilots' Association)were present. CONAPRA was representedby its president Decio Antonio Luiz,technical advisers Marcelo Cajaty andLuiz Otavio Christo de Santos, directorsMarcio Cajaty and Otavio Fragoso (one ofIMPA's vice presidents). Otavio Fragoso,as well as Brazilians Alexandre Gon-çalves da Rocha, Geraldo Almeidaand Marcelo David Gonçalves madepresentations during the conference.

Tabaré Daners, Chief of the UruguayanArmada, opened the event. Following

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ALEXANDRE E TATIANA, ANDREA, RICARDO FALCÃO, DECIO, OTAVIO, LIA, YVONE, MÁRCIO E GERALDO;(SENTADOS): CHRISTO, MARCELO DAVID GONÇALVES, MARCELO COM ENZO, CLÁUDIA E MARIA LUIZA

MARISA ROCHA, HELCIO KERR, MICHELINE ANDMICHEL POULIOT AND RICARDO FALCÃO

3rd Latin American Forum of PilotsForums are taking root as a major stagefor discussing questions Latin American

pilots have in common

3rd Latin American Forum of Pilots

TATIANA, ALEXANDRE, MICHELINE POULIOT, OTAVIO, MICHEL POULIOT, RICARDO AND LIA

the official opening, different topicswere broached: competition amongpilot associations, the responsibility ofpilots, maritime catastrophes, technicalaspects of the profession, cutting-edgetechnology, impacts of meteorologicalconditions on pilot activities, the import-ance of preventing accidents, shippinglaws, international norms, and manyother subjects. An excellent opportunity toupdate, acquire new knowledge, exchangeideas and get organized in regard toquestions of common interest, accordingto comments made by participants.

Brazil makes its mark

The first Brazilian to make a presentationwas pilot Alexandre Gonçalves daRocha, of the Itajaí Pilots. He analyzedthe impact of the squat phenomenon onrisk management of maneuvers. Hisaudience was extremely receptive.

Geraldo Almeida of the Lagoa dosPatos pilots advocated the concept thatthe pilot's responsibility for theenvironment can be an excellent tool forrecognition and appreciation of theclass. He was evidently very proud ofBrazilian pilotage and highlighted theimportance of interaction with otherLatin American pilots.

“Pilotage services - who is the client”?Otavio Fragoso started his presentationwith this question. After initiating histalk with a summary of the profession'shistorical evolution, he referred to thesocial function of pilotage services inthe present and to its - today inseparable- association with public interests.

He stated that, according to currentunderstanding, the pilot acts as a

partner of the master, but representsinterests that differ from his. Themaster represents the owner and thePublic Administration throughout thejourney and the maneuvers of the shipin waters or regions the State isinterested in protecting.

Thanks to the talk given by JudgeMarcelo David Gonçalves, the audienceunderstood the workings of theBrazilian Maritime Court which aredifferent from all others in LatinAmerica. The speaker underlined thatautonomy is one of the basic factors forits efficacity. Participants were mostinterested in what they had heard andsome decided to pass on the informationto the competent authorities in theircountries in the belief that a similarsystem could be implemented there.

Joining forces is essential

Michael Watson, president of the APA,pointed out five items he considers themost important for maintaining the

standing of the pilot's profession: 1) tobe politically active; 2) to stay in theforefront of technology; 3) to keep up aconstructive dialogue with othersegments of the maritime industry; 4) topromote the need of independence forpilots; 5) and to remain united.

The Forum's final conclusions containedthe decision that the Brazilian PilotsAssociation would submit a draft of aninternet website for the forum. Thishomepage would in future be includedin the CONAPRA website.

The next meeting will be held inVenezuela in 2007, and Chile alreadyvoiced its wish to host the followingforum in 2009. There are greatexpectations for future achievementsdue to the success of this forum whichfully attained its main objective: todiscuss ways of disseminating theprofession among the various segmentsof society, making them aware of theimportance of the work performed bypilots in their difficult task to reconcilesafety with development.

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liderança

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liderança

Cada geração traz para o ambiente detrabalho os seus próprios valores,crenças, experiências e atitudes. Esseprocesso não está livre de stress e pro-blemas, e, muitas vezes, leva gerentes aadotarem estratégias com tendência acontratar e promover aqueles que pen-sam e agem da mesma forma que eles.

Atitudes comuns a uma geração, criadasa partir de tenra idade e reforçadas nasrelações cotidianas, podem ser reunidas,analisadas e categorizadas. Este artigobaseia-se no trabalho de Lynne Lancastere David Stillman _ experientes consul-tores nesta área _ e em seu livro WhenGenerations Collide: How to solve thegenerational puzzle at work.

Lancaster e Stillman identificaram quatrogerações distintas no mercado de trabalho:

Tradicionalistas: nascidos entre 1900 e 1945

Baby Boomers: nascidos entre 1946 e 1964

Geração X: nascidos entre 1965 e 1980

Filhos do Milênio: nascidos entre 1981 e 1999

Estas descrições generalizadas _ incluin-do suas inter-relações _ mostram insights

para uma liderança organizacional maiseficaz, focando na compreensão dasimplicações decorrentes das diferentesgerações como uma forma de aprimoraras atitudes gerenciais, seja em situaçõesde recrutamento, orientação, treinamen-to, motivação ou ainda na avaliação dasresponsabilidades e tarefas a cumprir.

As pessoas podem ter característicasde duas gerações sucessivas. A exataadequação a um ou mais grupos ou per-fis específicos e sua relevância, contu-do, tem menor importância quandocomparada à utilidade de tais abstra-ções _ que servem para facilitar oreconhecimento de padrões envolvendosemelhanças e diferenças nas geraçõesem questão. A compreensão destasdiferenças pode, então, ser utilizada noprocesso de desenvolvimento de lide-rança. Cada geração e seus conflitosprecisam de respostas planejadas ebem direcionadas. Gerações distintaspreferem recompensas diferentes eprecisam de diferentes motivações noseu recrutamento, por exemplo.

Cada geração tem suas razões paraacreditar que suas perspectivas e seuspontos de vista estão certos. Eles nãoestão necessariamente certos ou errados_ apenas são diferentes. Estas perspecti-

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Um líder deve não somente cumprir sua missão, mas construir a organização _ pensar noagora e no amanhã. Seja da geração Baby Boomers ou Filhos do Milênio, cada geração temresponsabilidades específicas e desafios distintos em termos de liderança que incluem odesafio a seus competidores, lidar com seus colegas ou _ principalmente _ preparar oterreno para as novas gerações. Este artigo mostra como a diferença entre geraçõesdistintas influencia a capacidade de liderança, seu desenvolvimento e sua prática.

A liderança em geraçõesThe International Command Seminars 2005, do Nautical Institute, apresentaartigo que fala das conseqüências no processo de formação de novos líderesMark Stone, professor sênior, Universidade de PlymouthRichard Soffe, diretor da Rural Business School, Duchy CollegeAnne-Soffe Kristensen, assistente de pesquisa, Universidade de Plymouth

mações através de celulares e computa-dores e cresceram junto com a internet;• preocupam-se com segurança pessoal,apesar de sentirem-se capazes de tomaratitudes quando as coisas dão errado;• compreendem e aproveitam a diversidade;•antagonizam ordens e obediência,preferindo situações nas quais háchance de colaboração;• são difíceis para aceitar ordens, espe-cialmente quando ameaçados, buscandocontribuir desde o primeiro momento;• começaram a trabalhar mais cedo,ainda na escola ou universidade;• estão preparados para mudar deposição dentro da empresa em qualquerdireção, mas muitos não desejam qual-quer cargo relativo à gerência de qual-quer espécie;• estão acostumados a se manterocupados e a receber constantetreinamento, suporte, comentários,opiniões e feedback;• têm a expectativa de terem diversase radicais mudanças ao longo de suascarreiras e por toda sua vida;• buscam trabalho que faça sentido paraeles e seus clientes _ e que seja prazeroso;• exigem flexibilidade em tudo;• são atraídos por recompensastangíveis que sustentem intensospadrões de vida, mas também valorizama chance de trabalhar em grupo, terchefes de fácil relacionamento e parti-cipar das decisões no trabalho;• não buscam realizar grandes feitos.

Momentos de choquesentre gerações

Lancaster e Stillman ilustram algunspontos principais onde os choquesentre as gerações ocorrem com maisfreqüência no ambiente de trabalho:

1 - objetivos em relação à carreiraTradicionalistas desejam deixar umlegado; Baby Boomers querem subircomo um foguete; os da Geração X pre-ferem uma carreira portátil; e os Filhosdo Milênio querem carreiras paralelas.

2 - recompensasTradicionalistas querem a satisfação de

vas conflitantes não devem serenquadradas nas políticas e diretrizes daorganização como se fossem uma coisasó. Atitudes e abordagens distintassomente acrescentam e trazem benefí-cios. Investir o tempo para aprenderacerca dessas diferenças pode trazer umdiferencial competitivo não somente norecrutamento, na gerência e namanutenção de pessoal, mas também namaior motivação de todas as gerações.

Tradicionalistas

Eles passaram por longos períodos dedepressão econômica e desemprego,valorizando um emprego estável. Comocaracterísticas principais, observa-se:

• acreditam no trabalho pesado e norespeito por superiores e instituições;• respeitam a hierarquia e valorizam atradição e consolidação da cultura dasorganizações;• importam-se com status e reconheci-mento;• têm preferência por organizaçõescom ambientes de trabalho formal-mente estruturados;• vivem mais que as gerações anteri-ores e devido a problemas financeirosmuitos serão forçados a trabalharmesmo após a aposentadoria;

• valorizam a estabilidade no empre-go, são leais e contam com a experiênciae vantagens dos contatos a longo prazo;• não se importam tanto com suasnecessidades pessoais e individuais,satisfazendo-se por ser parte contri-buinte de um todo;• não buscam constantemente opi-niões e comentários a respeito de suasações individuais, mas ouvem e obede-cem àqueles em posição de autoridade;• preocupam-se com a política daempresa, desejam contribuir e construirum legado para a posteridade;• temem estar perdendo os conheci-mentos necessários às característicasatuais de uma sociedade por demaisdinâmica e inconstante, cada vez maisorientada para os jovens.

Baby Boomers

Eles cresceram em um mundopós-guerra, rico em oportunidades,e foram educados por pais tradiciona-listas que tudo fizeram para lhes garan-tir o que eles próprios não puderam ter.

• idealistas e otimistas, têm um maiorgrau de instrução e procuram soluçãopara os seus problemas e os do mundo;• competem por empregos e pro-moções entre um número maior deiguais, por serem membros da geraçãomais populosa;• levam a cultura da organização emconsideração e entendem sua política;• procuram desenvolver carreiras queapresentem não somente satisfação,mas desafios, status e compensaçãofinanceira;• trocam de empregos em busca demelhores oportunidades;• querem trabalhar muito e jogar dentrodas regras _ em suas vidas pessoais, po-rém, desejam ser mais liberais e informais;• têm medo de perder espaço paraaqueles com maiores habilidades tec-nológicas e salários mais baixos.

Geração X

Aqueles da Geração X estão se tornan-do os líderes atuais _ levando-se emconsideração que são menos nume-

rosos que os de gerações anteriores,suas carreiras são aceleradas.

• é a primeira geração com completodomínio da tecnologia _ uma ferramen-ta usada tanto em casa e no lazer, comono trabalho;• céticos em relação a tradições e insti-tuições, confiam mais nas própriascapacidades;• têm menos heróis e desconfiam doformal e do político _ optam e exigemabsoluta honestidade;• muitos vêm de famílias com ambosos pais empregados _ resultando emuma quase equivalência entre os sexosnesta geração;• dão duro e são ambiciosos, mas nãoa qualquer preço ou em detrimento desua vida pessoal;• usam grupos de amigos e parceirospara compensar a falta de suportefamiliar;• querem trabalhar em ambientes nãotão formais e buscam achar também notrabalho algum divertimento;• anseiam por opiniões e comentários arespeito de suas ações individuais, e _

com prazer _ disponibilizam o mesmopara seus superiores;• preocupam-se mais com a carreira doque com um emprego, construindo umportfólio flexível e de alta liquidez paraqualquer novo emprego _ desejado ounecessário;• desejam autonomia e camaradagem,sem hierarquia;• buscam treinamento e aconse-lhamento dentro e fora da empresa, nãodependendo dela para tal;• interessam-se mais sobre o futuro daorganização do que sobre o seu passa-do, preferindo líderes dinâmicos, agili-dade, flexibilidade e mudanças;• não gostam de demonstrar respeitopelos mais velhos.

Filhos do Milênio

Tendo cautela com a caracterização deuma geração que está entrando agora nomercado de trabalho, observa-se que:

• são a primeira geração pós-guerra fria;• têm acesso instantâneo a infor-

Page 14: Revista Rumos 17

liderança

Em termos de desenvolvimento, osprocessos de planejamento de maiorsucesso envolvem o diálogo entre oprofessor/treinador/mentor e o estu-dante/trainee/discípulo. Este diálogoexige a mesma compreensão mútuaque a exigida para um líder receber omandato para liderar.

A turbulência entre gerações é comume faz parte do processo de diálogo edesenvolvimento da liderança. Pode-seobter insights a respeito do quadromental das diferentes gerações _ prin-cipalmente em termos de liderança _

através do contato e da forma como sedesenvolvem as descrições e priori-dades dos participantes, a respeito deliderança e da forma como ela deve serconstruída. Assim, podemos aper-feiçoar o ensino e a aprendizagem deforma a garantir uma maneira que sirvatanto aos líderes em potencial comoaos que já estão lá.

Para desenvolver esta compreensão, oautor sugere uma maior ênfase na dis-cussão envolvendo as influências dasgerações nas atitudes individuais rela-cionadas com o desenvolvimento e oexercício prático da liderança. Istopode ser promovido pelo entendi-mento do papel de cada geração/nível hierárquico no processo de desen-volvimento. Esta clareza de idéiasfaz-se vital para definir o espaço pos-sível de liderança entre níveis egerações diferentes.

A pesquisa na qual esse trabalho foibaseado foi realizada pelo Centro deLiderança do Ministério da Defesa doReino Unido, observando a forma pelaqual o estudo e a prática da liderançase desenvolvem.

(tradução: Tiane Muniz )

Figura 1 - atitudes relacionadas aostópicos de desenvolvimento

provável

liderançavisãoavaliação de performance construção de equipescapacidade de resolver problemas etomar decisõesfalar em público e apresentação pessoalmelhoria de qualidade e processosgerenciamento de mudançasplanejamento estratégicoautopercepçãogerenciamento de conflitoshabilidades gerenciais e comerciaiscomunicabilidadetreinamento em informáticatreinamento de habilidades dentro domeu campo de atuação

neutro

diplomacia no trabalhoprocesso de seleçãogerenciamento do tempodiversidadecoaching de carreirasplanejamento de carreirasequilíbrio nos diversos aspectos da vidacriatividadeética

improvável

comércio exteriordiplomacia internacional / adaptabili-dade culturalempreendedorismovendasidiomas estrangeiros

Figura 2 - preferências de aprendizagem

preferências de aprendizado

habilidades gerais

coaching pessoalinterações no ambiente de trabalhointerações entre colegas de trabalho efeedbackavaliação e feedbackinstruções em sala de aulagrupos de discussão

habilidades técnicas

interação no ambiente de trabalhoinstruções em sala de aulamanuais e apostilasliteratura técnicacoaching pessoal

não-preferências de aprendizado

habilidades gerais

treinamento via webmanuais e apostilasensino a distância / TVprogramas de aprendizagemtreinamento por computadorsimulações por computadorsimulações e jogosliteratura técnicaatividades experimentais ao ar livre

habilidades técnicas

treinamento via webtreinamento por computadoravaliação e feedbackensino a distância / TVprogramas de aprendizagemsimulações por computadorsimulações e jogosgrupos de discussãoestudos de casosatividades experimentais ao ar livre

(fonte: revista Seaways/novembro 2005)

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liderança

um trabalho bem feito; Baby Boomerspreferem dinheiro, títulos, reconheci-mento e uma sala com vista para o mar;os da Geração X querem liberdadeacima de qualquer coisa; e os Filhos doMilênio querem “um trabalho que tenhasignificado para mim”.

3 - treinamentoTradicionalistas dizem que “se eu con-segui aprender da maneira mais difícil,você também pode”. Baby Boomersafirmam que “se você der treinamentodemais, os empregados vão aproveitá-lo em outra empresa”. Os da Geração Xafirmam que “quanto mais aprendem,mais querem ficar”. E os Filhos doMilênio dizem que “um aprendizadocontínuo é a melhor forma de viver”.

4 - mudança de empregoTradicionalistas acreditam que aquelesque o fazem, carregam um estigma;Baby Boomers acreditam que é sódeixar o antigo de lado; os da GeraçãoX acreditam que mudar de emprego énecessário; e os Filhos do Milênio, queisso é parte da rotina diária.

5 - avaliações, conselhos e feedbackTradicionalistas dizem que “nenhumcomentário é o melhor comentário”;Baby Boomers preferem uma grandereunião anual com muitos relatórios; osda Geração X dizem: “Desculpe inter-romper, mas como estou indo?”; e osFilhos do Milênio exigem: “Feedback sem-pre que eu quiser, a um clique do mouse”.

6 - equilíbrio entre o trabalho e osoutros aspectos da vidaTradicionalistas dizem: “Ajudem-me aencontrar o equilíbrio”; Baby Boomersafirmam: “Encontrarei eu mesmo oequilíbrio _ só me ajude com o que nãoé trabalho”; os da Geração X buscamo equilíbrio hoje, não quando tiverem65; e os Filhos do Milênio dizem:“Trabalho não é tudo _ preciso deflexibilidade para equilibrar todas asminhas atividades”.

7 - aposentadoriaTradicionalistas consideram-na o iníciodo período de sua recompensa; Baby

Boomers consideram o momento derecarregar as energias e preparam-separa uma nova etapa; os da Geração Xconsideram um momento de renovação;e os Filhos do Milênio, como ummomento de reciclagem.

Desenvolvendo e aprendendo

Os resultados de um outro importanteestudo, a “Pesquisa sobre NovosLíderes”, do Centro para LiderançaCriativa _ 2003, ajudam a compreenderas diferenças e semelhanças entre asgerações no ambiente de trabalho. Apesquisa mostra especificamenteinsights quanto às abordagens naaprendizagem e no desenvolvimento.

Os entrevistados foram requisitados amedir a probabilidade de _ ainda nopróximo ano _ buscarem aprimorar-seem diversas áreas. O resultado geral seencontra na figura 1, junto às dife-renças relativas às gerações.

Os tópicos “liderança” e “treinamentode habilidades dentro do meu campo deatuação” foram responsáveis pelamaioria das respostas. Aqueles maisnovos da Geração X e Baby Boomersmais velhos _ juntamente com Tradicio-nalistas _ escolheram “treinamento eminformática” mais freqüentemente doque os mais velhos da Geração X e BabyBoomers de menor idade.

Os mais novos da Geração X e osTradicionalistas tiveram forte preferên-cia por treinamento sobre “diversi-dade“. Os mais jovens _ do mesmo per-fil estatístico _ estavam mais interessa-dos no desenvolvimento orientado parao campo internacional/exterior, o quepode indicar que estes estão alertaspara o conceito de “cidadão global“.Para os Tradicionalistas, isto podeindicar o reconhecimento da naturezaglobal do ambiente empresarial.

Encontramos três grupos distintos emrelação ao nível de interesse no desen-volvimento de um plano de carreira:Tradicionalistas e Baby Boomers mais

velhos (neutros), Baby Boomers maisnovos e os mais velhos da Geração X(neutros a prováveis) e os mais novosda Geração X (prováveis). Assim, pode-se dizer que os mais jovens estão maisinteressados no conhecimento acercade “comércio exterior”, “diplomacia inter-nacional” e “idiomas estrangeiros”. Istonos leva a crer que os mais jovens têmum foco maior na natureza global doseu trabalho do que os mais velhos. Damesma forma, os mais jovens são osmais interessados em desenvolvimentoempresarial, o que pode indicar uma maiornecessidade, por parte destes, de partici-par ativamente e serem incentivados ainovações junto ao ambiente de trabalho.

A figura 2 mostra a forma pela qual osentrevistados afirmaram que preferemaprender. Enquanto 88% do totalrespondeu que ter um mentor outreinador seria útil no desenvolvimentode sua carreira, os de maior idade daGeração X deram a mais forte preferên-cia a esta opção. A maioria teriapreferido escolher seu próprio mentor(80%) e 88% prefere ter reuniões comoo principal meio de contato com ele _

sempre focados em assuntos relativosao desenvolvimento de liderança e car-reira. Os da Geração X optaram porreuniões ainda mais freqüentes.

Conclusões

O controle do processo de desenvolvi-mento _ incluindo a liderança estratégi-ca _ parece estar nas mãos de uma gera-ção mais idosa, especialmente daque-les que atingiram sua posição durantesuas carreiras. Eles têm o benefício daexperiência e a percepção juntamentecom o conhecimento dos desafiosestratégicos do presente.

Contudo, a liderança é um mandato con-seguido por aqueles eleitos ou por aque-les apontados para uma posição deautoridade ou responsabilidade. Paraalcançá-lo, líderes e seus seguidores pre-cisam atingir uma compreensão mútuadas motivações e expectativas do outro.

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O seminário aconteceu no Rio de Janeiro, nos dias 6 e 7 de dezembro, sob os auspícios da Petrobras. O objetivo foi promover a troca de experiência e odesenvolvimento de sistemas de gestão de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde) nas manobras portuárias que envolvam o uso de rebocadores.

Inaugurado pelo titular da Diretoria de Portos e Costas, vice-almirante Marcos Martins Torres, que proferiu a palestra de abertura, o encontro contoucom a participação de várias entidades da comunidade marítima e portuária.

Do CONAPRA participaram o presidente Decio Antonio Luiz, os diretores Marcelo Salgado e Carlos Eloy Cardoso Filho e o conselheiro técnico Marcelo Cajaty,que apresentou a palestra “Segurança das operações de manobras portuárias e o que pode ser melhorado _ a visão do prático”.

Na área de atuação do CONAPRA destacou-se a palestra apresentada pelo professor Edson Mesquita, do CIAGA, a respeito de considerações técnicas e científicas na interação rebocador/navio. A exposição foi brilhante por ser extremamente técnica mas ao mesmo tempo muito clara, o quepermitiu que todos os ouvintes a acompanhassem.

Na seqüência, o foco dos debates passou a ser o uso obrigatório de retinida e a velocidade do navio nas manobras com rebocadores. Havia pedidosà Marinha ora pela regulamentação, ora pela desregulamentação.

Em sua exposição, o conselheiro do CONAPRA definiu como a melhor velocidade para a passagem de cabos a “velocidade segura”, acrescentandoque esta só pode ser definida pelo conjunto prático/comandante/mestre do rebocador, levando em consideração as condições reinantes nomomento da manobra.

Segundo ele, seria impossível definir esta velocidade por uma portaria e mesmo identificá-la, uma vez que poucos navios têm informações confiáveissobre a velocidade na água e a velocidade do GPS é de pouca valia para a questão. Cajaty enfatizou que se a velocidade for baixa demais a ponto decolocar em risco o navio ou alta demais para a segurança do rebocador, provavelmente existe algo incompatível na manobra, que deveria ser abortada.

Finalmente, o conselheiro apresentou fundamentações sobre o aumento de segurança nos rebocadores modernos, azimutais e cicloidais, nos aspectosconcernentes à estabilidade. “Embora todos tenham consciência dos custos envolvidos, é notório que a renovação da frota de rebocadores para esse tipo deequipamento traria uma indiscutível e acentuada melhoria na segurança nas manobras de navios”, pontuou.

segurançasafety

segurançasafety

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CONAPRA participa de seminário sobresegurança nas manobras portuáriasCONAPRA

Nautical Institute buscainformações de usuários para

reduzir acidentes em manobrascom rebocadores

É cada vez maior o número de acidentesnos quais cabeços de amarração, buzi-nas e equipamentos de conexão serompem durante operações de amar-ração e principalmente de reboque,geralmente com conseqüências catas-tróficas para operadores e embar-cações envolvidos.

Os cabeços são proporcionais ao porteda embarcação e à carga que será exer-cida neles. Há dois parâmetros princi-pais que garantem que não haverádeformação ou torção dos cabeços, se acarga for inferior à máxima permitida: aresistência dos parafusos de conexão,do convés e da buzina. No passado, oprocesso de determinação da resistên-cia de tais partes era baseado na expe-riência prática ou por meio da observân-cia das melhores práticas em design econstrução. Isso vinha funcionandomuito bem para manobras normais deatracação e reboque.

O que mudou foi a potência e o bollardpull dos rebocadores modernos. Obollard pull máximo de 20 toneladas,que há 10 anos era considerado normal,alcança hoje em dia 70 ou maistoneladas. Uma das conseqüênciasda existência de rebocadores maispotentes é a redução do número derebocadores necessários. Esta redução,por sua vez, provoca a concentração daforça de tração em um número menorde “pontos de contato”, aumentando oesforço exigido nestes pontos.

Hoje, sabe-se que há uma enorme dife-rença entre a resistência necessária paramanter um navio atracado por meio doesquema de amarração e a resistênciados cabeços que recebem cabos dosrebocadores portuários ou de escolta.

O Nautical Institute preocupa-sebastante com a sobrecarga dosequipamentos de amarração, desdeque o assunto foi levantado pelaprimeira vez no manual Tug Use inPort, escrito pelo comandante HenkHensen. O Nautical Institute está embusca de feedback operacional técnicosobre os seguintes temas:

• Há necessidade de criação de regrascomuns para determinar as exigênciasmínimas para o esquema de atracaçãoe para os equipamentos, de forma agarantir uma situação suficientementesegura em todas as manobras de fun-deio, reboque e amarração?

• Uma vez que manobras de reboque eemergenciais exigem uma potênciaainda maior do que as de amarração, onúmero mínimo desse equipamento esuas posições precisam ser avaliados esua capacidade determinada através desituações reais, levando-se em considera-ção rompimentos e suas conseqüênciasem condições adversas de tempo, alémda demanda causada pelos rebocadoresdurante o tempo de vida útil do navio.Sob o ponto de vista do usuário, o quevocê sugeriria em relação à posição dos

cabeços e às resistências necessárias?

• Pode ser considerada como melhorprática que todos os cabeços e seuselementos de fixação sejam assinala-dos claramente com o SWL (SafeWorking Load ), tanto no convés quantono pilot information card?

• Quais os procedimentos necessáriospara permitir que o prático restrinja atração dos rebocadores de acordo como SWL de todos os cabeços, buzinas deespia e outros equipamentos associados?

• Qual o melhor método para garantirque os tripulantes estejam cientes daspotências e dos usos corretos dessesequipamentos, quando a maneira deutilização deles em manobras dereboque é diferente da utilizada emmanobras de amarração?

O Nautical Institute busca informaçõesque possam municiá-lo na discussãojunto aos fabricantes e indústrias, natentativa de definir as exigências eresistências dos equipamentos utiliza-dos em manobras de reboque e deamarração, tanto em operações normaisquanto emergenciais. Os comentáriosdevem ser enviados para David Patraiko,do Papers and Technical Committee, noe-mail [email protected].

(fonte: revista Seaways,tradução: Tiane Muniz)

The seminar was held in Rio de Janeiro on December 6 and 7, under the aegis of Petrobras.Its goal was to promote an exchange of experiences and the development of SMS (Portugueseacronym for Safety, Environment and Health) in port maneuvers that involve tugs.

Opened by the Director of Ports and Coasts, Vice Admiral Marcos Martins Torres who gave thekickoff talk, the meeting was attended by several entities of the shipping and port communities.

CONAPRA was represented by its president, Decio Antonio Luiz, directors Marcelo Salgado and Carlos Eloy Cardoso Filho, and Technical AdviserMarcelo Cajaty. Mr. Cajaty gave a presentation on “Safety in port maneuvers and what could be improved - seen through the eyes of a pilot”.

In regard to CONAPRA activities, a talk given by Prof. Edson Mesquita of CIAGA on technical and scientific considerations in the tug/shipinteraction was of special interest. His presentation was brilliant; although extremely technical, it was so clear that his audience had noproblem understanding it.

The focus of debates was the obligatory use of a heaving-rope and the speed of vessels in maneuvers involving tugs. The Navy wasapproached with requests regarding both regulation and de-regulation.

The CONAPRA adviser defined “safe speed” as the optimum speed for running cables, adding that only the pilot, the captain and the masterof the tug in unison could pinpoint it, always taking the reigning conditions at the time of the maneuver into consideration.

According to the speaker, it is impossible to define speed by edict or even to identify it since only few ships have reliable information on speedin water and the GPS (Global Positioning System) speed is of little help in this case. Cajaty pointed out that if the speed is so low that it putsthe ship as risk, or too high for the safety of the tug, an incompatibility in the maneuver is likely and it should be aborted.

In closing, the Adviser listed the bases for increased safety in modern azimuthal and cycloidal tugs with regard to aspects of stability. Heunderlined that “although we are all aware of the costs involved, there is no doubt that renewing the fleet to have tugs carry this type ofequipment would greatly improve the safety of ship maneuvers”.

CONAPRA takes partin a seminar on safe-ty in port maneuvers

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segurançasafety

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Estudo dinamarquêsavalia custo-benefíciona contratação deum prático

Estudo dinamarquêsavalia custo-benefíciona contratação deum práticoOs tripulantes do APL Panama provavel-

mente teriam tido um Natal bem maisfeliz se houvesse um prático a bordo nomomento de sua chegada ao Porto deEnsenada, México. Em 25 de dezembro,o navio porta-contêineres de 4.038TEUs cumpria sua primeira escaladepois de deixar Oakland, EUA, quandoencalhou ao se aproximar da zona por-tuária de Ensenada. De acordo comalgumas versões, o comandante teriatentado entrar no canal de acesso aoporto sem esperar o embarque do prático.

Os armadores, entretanto, negaramesta hipótese afirmando que ele co-nhecia perfeitamente os regulamentoslocais e não os descumpriu. Segundoeles, o navio chegou antes da hora pre-vista à posição de embarque do práticoe, enquanto esperava a lancha de prati-cagem, derivou para um ponto de profun-didade insuficiente. Apesar das inúmerastentativas de desencalhe com a utilizaçãode rebocadores, até o dia 3 de fevereiro aembarcação continuava no local. O casoestá sendo investigado e felizmente atripulação nada sofreu no acidente.

The crew of the APL Panama would probablyhave had a much happier Christmas if there hadbeen a pilot on board when they were enteringthe Port of Ensenada, Mexico. On December 25,the containership of 4,038 TEUs was nearing herfirst port of call after leaving Oakland, U.S.A,when she went aground. According to some, thecaptain had endeavored to enter the accesschannel without waiting for the pilot to board.

But the owners deny this version, stating that thecaptain was perfectly aware of the local regula-tions and did not disobey them. They maintainthat the ship arrived early and, while waiting forthe pilot's launch, drifted to a sandbank. Despiteinnumerable attempts to float her by means oftugs, the vessel was still stranded by February 3.The case is being investigated and, luckily, noneof the crew was injured in the accident.

Prático faz a diferençaPrático faz a diferença

APL PANAMA ENCALHADO EM ENSENADAAPL PANAMA AGROUND IN THE PORT OF ENSENADA

The straits 'Great Belt' and 'Sound' inthe Baltic Sea are part of the Danisharchipelago and were classified as'particularly sensitive sea areas' by theInternational Maritime Organization(IMO). In order to avoid accidents inthat region, the Organization issuedResolution MSC 138.(76) whichentered into force in December2003. The Resolution containsrecommendations for safe entryinto the Baltic Sea. Among therecommended procedures for thearea is contracting pilots for shipswith a draft of 11 m or more.

Between January 2002 and June 2005,22 ships ran aground in the Great Belt.None of them had a pilot on board. Inorder to prove that pilots are essentialin these waters of difficult navigation,the Danish Maritime Authority made astudy that estimated the costs of ashipping accident to the ship's owner.Based on these costs, the MaritimeAuthority calculated the cost: benefitratio in contracting a pilot. Thisdocument was sent to the governmentsof several countries and submitted tothe 24th Assembly of IMO held inDecember 2005.

The estimate was based on a newdouble-hulled oil tanker with a grosstonnage of approximately 40,000 tonsand a dead weight of about 72,000 tons.

The tanker was recently grounded inthe Great Belt. According to the

study, the accident's cost to theowner was 375 times higher than

it would have been had he taken ona pilot. The study closes by stating that

if ships had the advantage of the expert-ise and the know-how of pilots, the riskof accidents would lessen considerablyin that region.

Danish studycalculates cost:benefit ratio in

contracting pilots

Danish studycalculates cost:benefit ratio in

contracting pilots

Pilots make a differencePilots make a difference

Os estreitos The Great Belt e Sound, loca-lizados no Mar Báltico, fazem parte doarquipélago da Dinamarca e foram classi-ficados pela International MaritimeOrganization (IMO) como “áreas marítimasparticularmente sensíveis”. Com o objeti-vo de evitar acidentes nessa região, oorganismo elaborou a resolução MSC 138(76) que estabeleceu uma série derecomendações para uma navegaçãosegura na entrada do Mar Báltico. O do-cumento entrou em vigor em dezembro de2003 e entre os procedimentos recomen-dados para a área está, por exemplo, acontratação de práticos em navios cujocalado é igual ou superior a 11 metros.

De janeiro de 2002 a junho de 2005, 22navios encalharam no estreito The GreatBelt. Nenhum deles tinha prático a bordo.Empenhada em provar que o trabalhodos práticos é fundamental nessas águas dedifícil navegação, a Autoridade Marítimadinamarquesa elaborou um estudo no qualestimou o montante do prejuízo de umarmador devido a um acidente marítimo comuma embarcação de sua propriedade. Combase nesse valor, avaliou o custo-benefíciona contratação de um prático. O documentofoi enviado aos governos de vários paísescosteiros e apresentado na 24ª assembléiada IMO, realizada em dezembro de 2005.

O navio usado como referência para a esti-mativa foi um navio-tanque, novo, comcasco duplo, de arqueação bruta igual a 40mil toneladas e um porte bruto de aproxi-madamente 72 mil toneladas, que encalhouhá alguns meses naquele estreito. Segundoa análise, a importância gasta pelo armadordevido ao acidente foi 375 vezes superior aopreço do serviço de praticagem para o traje-to em questão. O estudo termina afirmandoque se os navios puderem contar com aexpertise e o conhecimento local dospráticos, os riscos de acidentes dimi-nuirão consideravelmente na região.

O NAVIO PORTA-CONTÊINERES APL PANAMATHE CONTAINERSHIP APL PANAMA

Page 17: Revista Rumos 17

riu tanta dinâmica que sua reper-cussão surpreendeu o grupo. Criou-se,então, um comitê para atender deforma organizada às demandas deimplantação de outras escolas. Assimnascia o CDI.

– Tudo começou com uma nova formade olhar, afastando modismos, clichês epreconceitos. Percebemos que as tec-nologias da informação e comunicaçãopoderiam ter um papel estratégico eabrir passagem para transformar vidas,se utilizadas como ferramentas promo-toras da cidadania. E passamos a brigarpor oportunidades de levar esse instru-mental a comunidades de baixa renda,marginalizadas de conquistas essen-ciais – diz Baggio.

As EICs funcionam, em grande parte,em comunidades de baixa renda ou noseu entorno. Elas são auto-susten-táveis (através de pequenas mensali-dades) ou mantidas por instituiçõesparceiras. São centros difusores deuma cultura digital e de transformaçãosocial e é fundamental que sejamgerenciadas pela própria comunidadena qual estão inseridas.

Através de debates, leituras, capaci-tações e oficinas em geral, a equipedo CDI trabalha em conjunto com oseducadores e coordenadores dosespaços comunitários que abrigam asEICs. Fortalecendo esses agentes elesse tornam mais conscientes da reali-dade que os cerca e podem, paulatina-mente, motivar suas comunidades a

inclusão socialsocial acceptance

se engajar em ações capazes de trans-formar suas vidas.

Em relação aos alunos, a proposta doCDI se realiza através de cursos e gru-pos de trabalho fora do horário dasaulas. O ponto de partida para areflexão é sempre o cotidiano dosenvolvidos – educando, educador ecomunidade. Aos poucos, espera-seque os alunos desenvolvam uma leituracrítica do mundo tendo como pano defundo a situação econômica, política ecultural do seu segmento social.

Com esse trabalho o comitê gerauma conscientização em relação àsociedade em que vivemos e mostraque se essa realidade foi historica-mente construída, pode ser, também,modificada. Os conhecimentos deWindows, Word, Excell e Access que osalunos adquirem podem ser usadospara tudo o que a necessidade e cria-tividade do grupo apontar: jornaiscomunitários, projetos de autogestão esustentação de áreas de lazer, planilhasde cálculo para empreendimentoslocais, cartas às autoridades, páginasou blogs na internet etc.

A rede CDI é formada por CDIs regio-nais e internacionais. Suas atividadessão acompanhadas e coordenadas pelomaior dos comitês regionais: O CDI Rio,que reúne mais de 100 Escolas deInformática e Cidadania. Há escolas emvários países: Argentina, Chile,Colômbia, México, Uruguai e África do

monitores, periféricos, impressoras,softwares, cabos, estabilizadores eoutros equipamentos. (saiba comoparticipar em www.cdi.org.br )

No livro CDI, dez anos de conquistassociais, editado com o apoio cultural daMicrosoft, Rodrigo Baggio fala dosdesafios do futuro:

– Hoje nos deparamos com desafioscomuns a várias instituições do terceirosetor: compatibilizar o crescimento comuma estrutura e um conteúdo de quali-dade, garra com eficiência, criatividadecom método, e paixão com resultados.Ou seja, buscar a profissionalização,mas com simplicidade; adotar crité-rios, preservando a flexibilidade dasdecisões; e agregar novas competên-cias, sem perder o foco e o brilhonos olhos.

No mesmo bloco, ele finaliza:

– Talvez as projeções pareçam demasi-adamente ambiciosas, mas sonhos sãoassim: matéria-prima a ser moldada. Eo CDI continuará a erguê-los, agorasobre duas metas. Ampliar o leque deparcerias da rede e criar uma comu-nidade digital a partir da conexão dasEICs à internet. Nela, a construção denossa e-topia mostrará que sonharvale a pena.

Palavra de quem sonha e luta para queos menos favorecidos também tenhamo direito de sonhar.

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da favela não tinham acesso a um com-putador. Estava lançado o desafio: levaressa tecnologia às comunidades debaixa renda. Baggio organizou, então, acampanha Informática para Todos, a pri-meira campanha de doação e reciclagemde computadores realizada no país.

A iniciativa obteve grande êxito, entre-tanto, a ausência de uma cultura de usodo computador limitava seu potencial.Este foi um momento-chave na históriado CDI – quando nasceu o conceitodas EICs (Escolas de Informática eCidadania). A idéia não era criar sim-ples escolas de informática, mas meiospara que as tecnologias da informaçãoe comunicação fossem usadas por umdeterminado grupo social para refletirsobre sua realidade e buscar formas deultrapassar suas dificuldades.

O modelo EIC

A primeira Escola de Informática eCidadania surgiu em 1995 na favelaSanta Marta, no Rio de Janeiro. Aequipe pensava em implantar maisumas cinco EICs, mas o projeto adqui-

Made in BrazilMade in BrazilAtravés do ensino de informática, a organizaçãonão-governamental CDI vem dando um showde solidariedade e profissionalismo

Qualidade, resultados e ternura. Esse éo lema do CDI (Comitê para Democrati-zação da Informática), uma das ONGsbrasileiras de maior projeção interna-cional, que já transformou a realidadede mais de 600 mil jovens carentes.Referência no terceiro setor, a organizaçãoestá presente hoje em 19 estadosbrasileiros e em oito países, além do Bra-sil. No seu portfólio o comitê exibe, desde1999, uma parceria com a Microsoft.

O projeto de usar a informática comoinstrumento para o exercício da cidada-nia nasceu de um sonho. Um sonhomesmo, no sentido literal. Numa noitedos anos 90, o carioca Rodrigo Baggiosonhou com pessoas pobres usandocomputadores. Voluntário em projetossociais desde os 12 anos – idade quetinha quando ganhou seu primeiro com-putador e se apaixonou pela informática–, ele percebeu que suas duas vocaçõespoderiam coexistir: o computador pode-ria ser uma ferramenta para a inclusãosocial. Algum tempo depois seu sonhocomeçava a virar realidade.

O projeto do CDI é resultado de umvasto processo de amadurecimento. Em1993, Baggio – na época um jovemempresário e professor de informáticaem escolas cariocas – teve a idéia deusar as tecnologias da informação ecomunicação para fomentar o diálogoentre moradores da favela e do asfalto.Foi criado um BBS (Bulletin BoardSystem) chamado JovemLink.

O serviço alcançou centenas deusuários, mas logo se constatou que aproposta inicial não fora atingida, pois amaioria dos conectados eram das clas-ses média e média alta. Os moradores

Rodrigo Baggio

Sul, além de uma filial de apoio noJapão, que recebe doações de com-putadores usados, e outra a ser inaugu-rada nos EUA, em Nova York, tambémpara receber computadores.

A proposta político-pedagógica do CDI– que tem como referência conceitos doeducador brasileiro Paulo Freyre – foiadaptada para outros públicos, comnecessidades especiais. Hoje há EICsem institutos psiquiátricos, instituiçõespara portadores de deficiência, aldeiasindígenas e presídios.

Projeto chamoua atenção da Microsoft

O tratamento profissional dado à organi-zação, que é auditada anualmente pelaErnst & Young, aliado aos resultadospráticos vêm chamando a atenção degrandes empresas. A Microsoft, porexemplo, faz doações sistemáticas àONG. A empresa colabora em diversasfrentes do projeto. Além de doar seussoftwares para as escolas, apóia a insta-lação de novas EICs, investe na capaci-tação da área gerencial e em treinamen-to de educadores e cobre custos opera-cionais das equipes de coordenação.

Sob diversas formas o apoio do setorempresarial tem sido fundamental parao crescimento da rede. Pessoas jurídi-cas de todos os portes e pessoas físicasapóiam o CDI doando computadores,

“Enquanto vão descobrindo o mundo que os cerca, os alunos descobrem também as possibilidades de usar a tecnologia.

Descobrem-se, sobretudo, sujeitos da História. E a própria tecnologia, então, se desmistifica, deixando de ser percebida como

uma fórmula mágica que irá solucionar tudo; a menos que o indivíduo esteja à frente do processo de mudança.”

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CDI: dez anos de conquistasInicialmente, em 95, havia seis escolas e trinta computadores.

Atualmente a ONG tem 965 escolas (104 no Rio) e 5.851 computadores.600 mil jovens já tiveram aulas na organização, 140 mil só em 2004.

O CDI conta com 200 funcionários, 1.768 instrutores(das próprias comunidades onde funcionam as escolas) e 1.154 voluntários.

65% dos alunos estão na faixa etária entre 10 e 18 anos; 56% são mulheres; 65%, negros;e 63% não têm receita financeira alguma.

Em 2004 recebeu R$ 5,3 milhões em doações em espécie e o equivalentea R$ 4,5 milhões em serviços, computadores e softwares.

CDI: dez anos de conquistas

“Na maioria das vezes, a motivação inicial de grande parte dos educandos – aprender informática

para obter emprego – se desdobra em outras, que envolvem sua mobilização e organização

em torno da reivindicação de políticas públicas para a garantia de seus direitos,

geração de trabalho e investimento em projetos sociais.”

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Quality, results and sympathy. That isthe CDI’s (Comitê para Democratizaçãoda Informática ) motto. The Committeefor Democratizing Computer Science, one ofBrazil’s internationally best known NGOs,has already changed the life of morethan 600,000 underprivileged youngpeople. The organization, a reference inthe third sector, is currently active innineteen Brazilian states and eight othercountries. Since 1999, the Committeehas been in partnership with Microsoft.

The project to employ computer scienceas a tool for citizenship started with adream. Literally, a dream. One night inthe nineties, “carioca” Rodrigo Baggiodreamt of the poor using computers. Avolunteer social worker since he wastwelve – the age when he was given hisfirst computer and got hung up oncomputer science – he realized that his

two vocations could coexist: thecomputer could be a tool for socialacceptance. Some time later his dreamstarted to become reality.

The CDI project took a long time tomature. In 1993, Baggio – at the time ayoung entrepreneur and teacher ofcomputer science in carioca (Rio deJaneiro) schools – had the idea of usinginformation and communication technologiesto foment a dialogue between shantytowndwellers and the more affluent. ABulletin Board System called jovemlink(youthlink ) was created.

The service reached hundreds of usersbut it soon became clear that the initialtarget was not attained since most ofthose connected were members of themiddle and upper class. Shantytowndwellers had no access to computers. A

challenge to be met: to take computertechnology to low-income communities.That is when Baggio organized theInformática para Todos (ComputerScience for Everyone) campaign, thefirst campaign of donations andrecycling computers in Brazil.

The initiative was highly successful, butthe lack of a computer _ use culturelimited its potential. That was the keymoment in CDI history when theSchools of Information Science andCitizenship (Port. Acronym EIC) conceptwas born. The project of informationscience and citizenship schools was notrestricted to creating mere computerscience schools. Its goals wereproviding means that would make infor-mation and communication technologiesavailable to a certain social group, andto make it ponder on its advantages

Made in BrazilCDI, a non-governmental organization, displays solidarityand professionalism by teaching computer science

Made in Brazil

while looking for ways to overcomeits problems.

The EIC model

The first Information Science andCitizenship School was inaugurated in1995, in Rio de Janeiro’s Santa Martashantytown. The team thought ofinstalling another five EICs, but theproject was such a tremendous successthat its repercussions took the group bysurprise. As a result, a committee wasformed to meet demands for themethodical implementation of moreschools. That was the start of the CDI.

_ It all started by looking at thingsdifferently, without fads, clichés orprejudices. We realized that informa-tion and communication technologiescould play a strategic role and openpaths for changing lives if used as toolsto promote citizenship. We thus startedto fight for opportunities to take thistool to low-income communities barredfrom achieving essential conquests –explains Baggio.

EICs function mostly in low-incomecommunities and their neighborhoods.They are self-sustained (by means ofsmall monthly fees) or funded bypartner institutions. They are dissemi-nation centers of a digital culture andsocial transformation and it is essentialthat they be managed by the verycommunity where they are inserted.

By means of debates, lectures, qualifi-cations and workshops in general, theCDI works together with educators andcoordinators of community areas whereEICs are installed. As these agentsacquire more power, they become moreconscious of the reality that surroundsthem. They slowly start to motivatetheir communities and carry out actionsthat are able to transform their lives.

The CDI reaches its goals by meetingwith students after school, ministeringcourses and forming work groups. Thestarting point is always the day-to-day

company collaborates in variousaspects of the project. Aside fromdonating software to schools, itprovides support for the installation ofnew EICs, and invests in qualifyingadministrators and training educators.It also covers the operational costs ofthe coordinating teams.

In several ways, support from the businesssector has been of fundamental import-ance for the growth of the network.Companies of all sizes as well as individualscan lend their support to the CDI bydonating computers, monitors, peripherals,printers, software, cables, stabilizers orother equipment. For information on howto contribute, access www.cdi.org.br.

Rodrigo Baggio comments on futurechallenges in the book CDI, dez anos deconquistas sociais (CDI, ten years ofsocial conquests) edited with thecultural support of Microsoft:

_ We now face challenges that arecommon to various institutions of thethird sector: to make growth compatiblewith a structure and a content ofquality, to have grit, but be efficient, tobe creative but methodical, and to havean enthusiasm that brings results. Inother words: to be professional, butkeep it simple; to adopt criteria whilepreserving decision flexibility; and toadd new skills without losing our focusand the glint in our eyes.

And in the same part, he finalizes:

_ Our projections may seem too ambitious,but that is what dreams are: raw-materialto be molded. And that is what the CDIwill continue to do, now with two targetsin mind: expand the grid of partnershipsand create a digital community basedon the connection of EICs withinternet. There, the construction ofour e-topia will prove that dreamingis worthwhile.

These are the words of someonewho dreams and fights so that theless fortunate also have the rightto dream.

life of those involved – educating,educator and community. It is hopedthat the students will slowly develop acritical image of the world, with theeconomic, political and cultural situationof their social segment as a backdrop.

The Committee works to make youngpeople aware of the society in whichthey live and to show that,since this situation was historicallyformed, it can also be altered. Thestudents can use their knowledge ofWindows, Word, Excel and Accessfor everything that they need andcreativity of the group may point to:community newspapers, self-managedprojects and implementation ofleisure areas, spreadsheets for localundertakings, letters to the authorities,internet pages and blogs, etc.

The CDI network consists of regionaland international CDIs. Their activitiesare followed up and coordinated by thelargest regional committee: the Rio CDIwhich congregates over 100 Schools ofInformation Science and Citizenship.There are schools in several countries:Argentina, Chile, Colombia, Mexico,South Africa and Uruguay, aside from asupport branch in Japan which receivesdonations of used computers, andanother to be inaugurated in New Yorkwith the same objective.

The political-pedagogic target of the CDI– whose reference is based on conceptsof the Brazilian educator Paulo Freyre –was adapted for other publics with specialneeds. Currently, there are EICs inpsychiatric institutes, institutions for thehandicapped, Indian villages and jails.

The project came tothe attention of Microsoft

The professionalism of the Organizationwhich is annually audited by Ernst &Young, as well as the practical resultsobtained, came to the attention of largeconcerns. For instance, Microsoft givesregular donations to the NGO. The

texto: arquivo CDI

Page 19: Revista Rumos 17

ConfraternizaçãoA equipe do CONAPRA se reuniu no dia 8 de dezembro para um animado almoço de confraternização. O lugar escolhido foi a

churrascaria Porcão Rio's, no Flamengo, que oferece uma linda vista da Baía de Guanabara e do Pão de Açúcar.

XXI Encontro Nacional de Entidades Portuárias e HidroviáriasImportante fórum de discussões portuárias do país, o evento acontecerá no Porto de Santos, nos dias 29, 30 e 31 de março. Promovidopela Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), os organizadores esperam receber o dobro dos 625 participantes registradosna vigésima edição. Mais informações sobre o encontro podem ser obtidas pelos telefones: (0xx13) 3222-8844 ou (0xx13) 3233-8878.

Navegar é preciso...E divulgar a profissão também! Por isso está quase pron-

to o novo filme sobre praticagem produzido pelo CONAPRA.O objetivo é exibir o material em eventos, explicando em queconsiste o trabalho do prático e quais são as atribuições doConselho Nacional de Praticagem.

Agenda Ambiental Portuária

Porto de NiteróiDepois de passar por reformas estruturais, reparos elétricos ehidráulicos e obras de saneamento, o Porto de Niterói voltou aoperar em 2005. A expectativa é de que no primeiro trimestre de2006 sejam gerados mais de 1,9 mil empregos no setor de petró-leo, que deverá receber investimentos superiores a R$ 50 milhões.

(fonte: site Gui@ offshore)

Prático fashionMostrando que praticagem também combina com estilo, um prático exibiu este belo par de sapatosdurante o último encontro de Fortaleza. Quem será este prático tão elegante?

CONAPRA se apresentano CIAGAA última apresentação do CONAPRAaos futuros capitães dos portosaconteceu em 29 de novembro, no Centrode Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA), Riode Janeiro. O responsável pelo painel foi o con-selheiro técnico Marcelo Cajaty, que mudou umpouco o enfoque da exposição. Concentrando-semenos na legislação (NORMAM 12), Cajaty explo-rou mais os fatos cotidianos que envolvem pra-ticagem e as capitanias dos portos para realizaruma apresentação mais prática e direta.

Identificação de práticosFuncionários do CONAPRA continuam coletando as impressões digitais de práticos de

todo o Brasil para a elaboração dos novos documentos de identificação. O trabalho foirealizado em Fortaleza, pouco antes do último encontro de praticagem, e numa visita à Servprat, emSão Luís, na mesma época. Em Vitória a identificação aconteceu nos dias 15 e 16 de dezembro. Atéagora 58% dos 296 práticos associados ao Conselho Nacional de Praticagem já foram identificados.

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EM PÉ (DA ESQ. PARA A DIR.): LUIZ CARLOS, FÁBIO, FLÁVIA E ALEXANDRE; JANDIRA (DE AZUL) E MARIA, AOLADO; SENTADOS (DA ESQ. PARA A DIR.): O CONSELHEIRO TÉCNICO PORTHOS E O DIRETOR PAULO FERRAZ

COMANDANTE TIAGO E PAULO FERRAZ

ATPR de vento em popaAté a primeira quinzena de janeiro foram formados 51 práticos no curso de atu-

alização de práticos elaborado pelo Conselho Nacional de Praticagem. O progra-ma foi preparado de acordo com a resolução da IMO A 960, que estabelecerecomendações sobre treinamento, certificação e procedimentos operacionais parapráticos. A previsão é de que mais 64 práticos sejam formados até o final de 2006.

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PRÁTICO CARLOSWEBER, DA

SERVPRAT, ÉIDENTIFICADO

EQUIPE FILMA DECIOMANGARATIBA, RJ

Aconteceu em 16 e 17 de janeiro, em Rio Grande (RS), o primeiroworkshop para implantação da Agenda Ambiental Portuária. Apoiadopelo Ministério do Meio Ambiente, a ação será estendida a outrosportos brasileiros. A medida é fruto de uma iniciativa daSuperintendência do Porto, do IBAMA-RS, da Fundação Estadual deProteção Ambiental (FEPAM) e do Programa de Manejo Integrado doEstuário da Lagoa dos Patos, da Universidade Federal de Rio Grande.

Em âmbito federal, a Agenda Ambiental Portuária determina as dire-trizes de proteção e controle da qualidade do meio ambiente, adaptan-do os portos nacionais aos novos padrões que vigoram no país. Naesfera local, o desenvolvimento da Agenda aumenta a conexão entre osetor portuário, os órgãos de controle e a sociedade civil, além de rati-ficar práticas permanentes de gestão ambiental.

(fonte: site do Ministério do Meio Ambiente)

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PRÁTICO WELLINGTON,DA PARANAGUÁ PILOTS,

EM FORTALEZA

PRÁTICO MAURO,DA PRATICAGEMESPÍRITO SANTO,

EM VITÓRIA

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Práticos da Barra do Rio GrandeDiretor-Presidente: Renato José ChuirkiDiretor-Comercial: Marcelo de Bessa AntunesDiretor-Operacional: Reginaldo Gomes PantojaDiretor-Financeiro: Alcione Fonseca de Barros

Rio PilotsDiretor-Presidente: Matusalém Gonçalves Pimenta (1)Diretor-Comercial: Otavio Augusto Fragoso (2)Diretor-Administrativo-Financeiro: Cláudio Ricardo M. Alagão (3)Diretor-Operações: Marco Antônio Deo Evangelista (4)Diretor-Técnico: Kivan Aguiar de Moraes Filho (5)

Salvador PilotsDiretor-Presidente: Iramir Nazareno de Morais Mamede Diretor-Vice-Presidente: Franklin Rogério B. Fernandes MaiaDiretor-Administrativo: Luiz Carlos RosasDiretor-Financeiro: Nelson Duarte dos Santos Gomes

ServpratDiretor-Presidente: Carlos Alves Figuerêdo (6)Diretor-Técnico: Paulo Augusto da Trindade (7)Diretor-Administrativo: Augusto Ângelo F. Martinho Bottino (8) Diretor-Financeiro: Almir Ribeiro de Alencar (9)Diretor-Operacional: Sergio Paciello Paruolo (10)Diretor-Recursos Humanos: José Roberto Taranto (11)

UnipilotDiretor-Presidente: Marcelo Medeiros de Oliveira (12)Diretor-Vice-Presidente: João Augusto Ferreira Raiol (13)

PROAPresidente: Laércio Augusto Nascimento Negrão (14)Vice-Presidente: José Francisco Vasconcelos Gomes (15)Diretor Financeiro: Luiz Antonio Oliveira de JesusDiretor Administrativo: Paulo de Tarso Rocha Bernardes

renovação

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NAUTICALINSTITUTE

• Membro Associado: £81(subscrição anual)

+ £20 (inscrição)Para ser aceito como

membro associado, ocandidato deve atender às

seguintes qualificações:• Idade mínima de 21 anos

• Possuir um certificadoSTCW 78/95 de capitão decabotagem, com limitação

de tonelagem e/ou área,ou • um certificado

STCW 78/95 de oficial denáutica, sem limitação deárea, ou • um certificado

equivalente, anterior aoSTCW 78/95.

• Associado:£76 (subscrição anual)

+ £20 (inscrição)Para ser aceito como

associado, o candidatodeve atender às

seguintes qualificações:• Idade mínima de 18 anos

• Possuir um certificadoSTCW 78/95 de oficial denáutica, com limitação deárea, ou • um certificado

equivalente, anteriorao STCW 78/95.

• Empresa:£98 (subscrição anual)

+ £20 (inscrição)

• Estudante:£17 (subscrição anual)

Planejamento de carreirae recurso de informação:

www.nauticalcampus.org

Para informações adicionais:www.nautinst.org

THE NAUTICALINSTITUTE

202, Lambeth Road London,SE1 7LQ – United Kingdom

Tel: +44 (0)20 7928 1351Fax: +44 (0)20 7401 2817E-mail: [email protected]

Contato no Brasil: Otavio Fragoso – Conselho Nacional de PraticagemRua da Quitanda 191/6º andar • Rio de Janeiro/RJ • Centro • CEP 20091-005 • Tel. (21) 2516-4479

[email protected]

CATEGORIASDE ASSOCIADOS• Membro:£98 (subscrição anual)+ £20 (inscrição)Para ser aceito comomembro, o candidatodeve atender àsseguintes qualificações: • Ter idade mínimade 24 anos • Possuir umcertificado STCW 78/95 decapitão de longo curso, semlimitação de área oulimitação de porte denavios, ou • um certificadoequivalente, anterior aoSTCW 78/95, aprovado peloórgão certificador local, ou• o título de comandante daMarinha de Guerra, ou• uma habilitação deprimeira classe, emitida porautoridade de praticagemreconhecida, e três anos deexperiência como prático.

Associe-se ao

VANTAGENS• Reconhecimento profissional• Um exemplar gratuito da revista SEAWAYS, mensalmente• 30% de desconto em todas as publicações do Nautical Institute• Constante atualização profissional e contribuição para odesenvolvimento dos padrões da profissão• Programas de auto-desenvolvimento• Rede internacional de oferta de seminários,encontros e eventos sociais

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