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Revista PRP

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Ovasco Resende

Quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve. Dizem que essa fra-se é de William Shakes-peare, mas ela pode ser

de qualquer um de nós. Quando não temos um objetivo, quando não temos planejamento, qualquer lugar a que chegarmos está de bom tamanho. Quem vive ou viveu na roça, sabe que uma das tarefas mais difíceis é atravessar uma mata com muito ci-poal. O cipoal faz com que nos perca-mos e erremos o caminho. A política é essa mata dominada por cipoais. Errar o caminho e chegar a lugar nenhum é corriqueiro, principalmente quando não temos objetivos e carecemos de planejamento. O PRP mudou. O perrepista que não percebeu essa mudança ou que não a aceita, está perdendo o bonde da his-tória. O PRP tem objetivos bem defini-dos e planejamento de etapas para que não mais nos percamos na caminhada. E cada etapa, representada em cada elei-ção vindoura, será cumprida fielmente até atingirmos o nosso objetivo final. O objetivo do PRP é subir a ram-pa do Palácio do Planalto com um pre-sidente perrepista, com um presidente amalgamado nas diretrizes do partido. Para isso estamos cimentando na rocha os nossos alicerces. Em 2022, o Brasil comemorará

o bicentenário da nossa Independência. Nesta efeméride histórica o PRP deverá estar apto e capacitado para disputar as eleições presidenciais com candidatura própria. E mais uma vez afirmarmos: o perrepista que não acredita nos nossos objetivos não é perrepista, está fora da linha programática do partido. Para que alcancemos os nossos objetivos, mais um passo precisa ser dado agora em 2014. Veja quais são os nossos objetivos imediatos para o ano que vem: a) fortalecer as eleições estadu-ais ampliando nossas bancadas de de-putados estaduais; b) formar nossa bancada na Câ-mara dos Deputados com no mínimo 15 deputados federais (apesar de acredi-

tarmos que podemos eleger um federal em cada Estado e dois federais em pelo menos quatro Estados), e c) participar de uma grande co-ligação para a Presidência da República que dê visibilidade ao PRP e condições de integrarmos o próximo governo fe-deral ocupando um Ministério. Em alguns Estados, o PRP de-verá participar com candidaturas pró-prias a governador; noutros, ensaiam--se algumas candidaturas ao Senado. Nas eleições de 2018, deveremos estar preparados para termos candidatos a governador e a senador na metade dos Estados brasileiros para que possamos, em 2022, iniciarmos nossa caminhada rumo ao Planalto. Além da bancada de federais, o PRP trabalha para que em 2014 con-quistemos o nosso primeiro MILHÃO. Ou seja, nosso PRIMEIRO MILHÃO DE VOTOS. Um milhão de votos para de-putado federal é a nossa meta e nosso objetivo nas eleições do ano que vem. Para essa conquista, o PRP con-ta com o esforço e o trabalho de cada dirigente e de cada filiado do PRP. Leia novamente a frase que abre este edito-rial. Se não queremos ser governados pelos maus, precisamos trazer gente de bem para o PRP. Precisamos buscar os votos das pessoas de bem, dos eleitores que acreditam em mudanças e querem um País melhor. Essa é a nossa tarefa. Então, per-repistas de todo o Brasil, vamos à luta.

Nosso primeiro milhão

Que continuemos a nos omitir da

política é tudo o que os malfeitores da

vida pública mais querem

(Bertold Brecht)

EditorialRevista Republicana

A Revista Republicana é de propriedade da Fundação Dirceu Gonçalves Resende, órgão de educação do Partido Republicano Progressista (PRP)

Presidente: Ovasco Roma Altimari Resende;Vice-presidente: Oswaldo Souza Oliveira;Tesoureiro: Marlene Machado Cherulli

Sede: Rua Santo André, 534, Jardim Europa, São José do Rio Preto – SPTel: (17) 3234-2468

Escritório de Brasília (DF): SRTS, quadra 701 – Bl. E – sala 438; Ed. Do Rádio II

Tel: (61) 3326-0052Representação partidária do PRP: Sala 71, 7º andar, Anexo IV da Câmara dos Deputa-dos, Brasília (DF)

Jornalista Responsável: Lelé ArantesEditora: Rita Fernandjes | [email protected] | www.prp.org.br

Colaboração: Catiane Palacios, José Ro-berto Ramires, André Luiz Alves, Ronaldo Martins Araújo, Duarte Barreto, Esio Silvei-ra, Marisa Amorim, Valdo Garcia, Fernanda Caprio, Néia Rosseto, Wilson Focassio

Foto de Capa: Robson Fernandjes

Impressão: Editora J.G. Rio Preto;Tiragem: 12 mil exemplares

eXpeDieNTe errAmos

O deputado estadual Celio Moreira (PSDB), de Minas Gerais, foi identifi-cado incorretamente na reportagem “Mandato nas ruas”, publicada na página 16, da edição de abril/2013 (Nº 9) da Revista Republicana.

Houve falha na grafia do sobrenome do vereador do PRP de Itajaí (SC), Rafael Dezideiro, publicada na re-portagem “Dos pães às leis”, página 38, da edição de abril/2013 (Nº 9) da Revista Republicana.

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Café República

O presidente do PRP-PI, Laécio Borges, e o

presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende, com os

recém-filiados Luiz Coelho, pré-candidato ao governo

do Piauí, e Severino Sales, pré-candidato a deputado

federal no Maranhão

O presidente do PRP-RS, Sérgio Sparta, e o presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende, durante a abertura do 7º Encontro Nacional de Mulheres, realizado na Câmara de Caxias do Sul (RS), em 15 de junho

O presidente do PRP-BA, Ailton Lordelo, ao lado do presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende, do deputado estadual Jurandy Oliveira (PRP-BA), do vereador de Lauro de Freitas (BA) Alexandre Marques, do secretário de Esportes e presidente do PRP de Camaçari (BA), Marco Antônio, e do vereador de Salvador (BA), Antônio Noélio Libanio, o Alemão

Perrepistas do Distrito Federal aproveitaram o Arraiá da Fundação de

Amparo ao Trabalhador Preso, realizado pelo

presidente da entidade e presidente do PRP-DF,

Adalberto Monteiro, para pedir que ele seja candidato a deputado federal em 2014

O vice-presidente do PRP, Oswaldo Souza Oliveira, o presidente Nacional, Ovasco Resende, e o deputado federal Chico das Verduras (PRP/RR) se reuniram em 3 de julho para discutir a reforma política

O deputado federal Chico das Verduras (2º à dir.) representou o PRP no encontro entre líderes dos partidos da base aliada na Câmara dos Deputados com a presidente Dilma Rousseff. A reunião foi em 27 de junho, no Palácio do Planalto, para discutir a reforma política por meio de plebiscito

Roberto Stuckert Filho/PR

Néia Rosseto

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Café República

Em visita à sede da liderança do PRP na Câmara dos Deputados, o prefeito de Piracanjuba (GO),

Amaury Ribeiro (PRP), mostrou o marketing adotado em sua campanha: fazer o

44 (número do partido) cruzando as pernas ao lado dos eleitores. Em Brasília, fez dupla com a

secretária municipal de Educação, Leonice Garcia de Paula, para exibir o

número da vitória

O secretário-geral do PRP, Lelé Arantes, com o senador Pedro Taques (PDT/MT), o senador Aloysio Nunes

(PSDB/SP), o presidente Nacional, Ovasco Resende, e o presidente do PRP-MT e vereador de Cuiabá,

Lilo Pinheiro, em Brasília

O presidente do PRP de Goiás, Jorcelino Braga, com o presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende, o ex-governador de Tocantins

Carlos Gaguim e o secretário-geral da Nacional, Lelé Arantes

O presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende, em almoço com os deputados federais Chico das Verduras (PRP/RR) e Jânio Natal (PRP/BA), em Brasília. Durante o encontro, falaram sobre a reforma política e as eleições 2014

Fotos: Néia Rosseto

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O presidente do diretório do PRP em Rio Branco, Emerson Amim, esteve com o presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende, o presidente regional do PRP-AC, Júlio Cezar Zuza Costa, e o secretário-geral da Executiva Nacional, Lelé Arantes, em reunião realizada dia 19 de junho, na sede da liderança partidária

O deputado estadual e presidente do PRP-RO, Valdivino Tucura, e o vereador perrepista Mário Moreira, de Cacoal (RO), foram até

Brasília para reivindicar junto às companhias aéreas TRIP e Azul melhorias de voos em Cacoal

O vereador perrepista Adriano Meireles da Paz (1º à dir.), de Espigão do Oeste (RO), visitou o presidente Nacional, Ovasco Resende, na sede da liderança do partido, na Câmara dos Deputados. Meireles aproveitou o encontro para apresentar o vereador Cosmo de Novais (PSDC) ao líder perrepista

Fabiano Morais Bassy, José Irã, Duarte Barreto, José Augusto Tulha, Ronaldo Martins e Thiago Flamia durante ato de filiação de Tulha no PRP de Sorocaba (SP). Na ocasião, ele anunciou sua pré-candidatura

a deputado estadual nas eleições de 2014

A secretária-geral do PRP-DF e integrante do Conselho Político do PRP Mulher, Joseane Araújo Feitosa Monteiro, representou

o partido no Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos, realizado em junho, em Brasília

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protestos Na opinião de Ovasco Resende, os partidos, os políticos e os governantes de ontem e de hoje têm uma enorme

dívida com o povo brasileiro: são dívidas sociais, educacionais e culturais

o prp e os

Rita Fernandjes

Na avaliação do presidente na-cional do PRP, Ovasco Resen-de, a presença da população nas ruas das principais cida-

des brasileiras, em junho e julho, foi um movimento legítimo, democrático e necessário. Para ele, as mudanças que os cidadãos estão requerendo são pequenas diante dos graves problemas que a Nação vem enfrentando desde a instauração da República, em 1889. Na avaliação do presidente perrepista, os partidos, os políticos e os governantes de ontem e de hoje

têm uma enorme dívida com o povo brasileiro: são dívidas sociais, educa-cionais e culturais. A República sonha-da pelos fundadores do movimento republicano, nos meados do século 18, ficou apenas no sonho. Ovasco lamenta que o movi-mento que sacudiu o mês de junho no Brasil não tivesse suas reivindicações bem definidas para provocar mudan-ças sérias e duradouras para o País, por ser um movimento espontâneo, sem lideranças e sem pauta. Ele lamenta também a posição do governo fede-ral que se apropriou da “voz rouca das ruas” (conforme definiu a presidenta

Dilma) para fazer descer goela abaixo dos brasileiros propostas antagônicas e antipáticas que o governo anunciava, como a contratação de médicos do ex-terior em detrimento dos médicos bra-sileiros e outras mais, como a malfada-da proposta de plebiscito para resolver a reforma política. Veja a íntegra da entrevista com o presidente Ovasco Resende. Revista Republicana – Como o PRP analisa a onda de protestos ocorridos nos meses de junho e julho no País?Ovasco - Os protestos são legítimos, democráticos e necessários. O estado

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Palavra do Presidente

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democrático de direito em que vive o Brasil nos dias atuais nos permite essa liberdade de opinar, de protestar e de reivindicar. Eles mostram que a Nação brasileira despertou e que a sociedade parece sair do estado de letargia que estava. A impressão que tínhamos era a de que o povo estava anestesiado. Ex-cetuando o vandalismo, levado a efeito por pequenos grupos infiltrados entre os manifestantes, está sendo bonito ver nossos jovens saírem às ruas para pro-testar de forma pacífica e ordeira. Revista Republicana – Quanto às rei-vindicações, o senhor acha que elas estão corretas?Ovasco - Se você pegar nossas últimas entrevistas e as propostas do PRP vai perceber que tudo isso já estamos de-fendendo ao longo dos últimos anos. Diante disso, achamos que as reivindi-

cações dos manifestantes são peque-nas perante os graves problemas que assolam o País. Nos últimos anos o País avançou em algumas questões sociais, tendo como base programas assisten-cialistas como o Bolsa Família. Mas isso é apenas paliativo, não muda em nada o quadro social a longo prazo. Portan-to, é preciso ampliar o leque de reivin-dicações. Os governantes deram pro-vas de que as coisas estão realmente erradas quando apressadamente bai-xaram em alguns centavos o preço da passagem de ônibus em algumas capi-tais. Ora, se puderam baixar é porque os preços eram realmente abusivos. Se eram, isso prova que prefeitos e gover-nadores estão trabalhando contra o in-teresse do povo e a favor das empresas e do lucro dos empresários - lucro este que saía, e sai, do bolso do trabalhador brasileiro cujos ganhos salariais já não

são lá essas coisas...

Revista Republicana – Quer dizer que, se não fossem os protestos os traba-lhadores continuariam perdendo di-nheiro e pagando preço injusto?Ovasco - Isso mesmo. Pior, vamos pe-gar o caso de São Paulo, Capital. Foi reduzido em 20 centavos o preço da passagem. Parece pouco, mas vamos fazer as contas. No final do mês, essa economia representa a compra de três litros de leite integral (na promoção, é claro). Se multiplicados pelos milhares de usuários de ônibus por dia... tere-mos aí uma conta milionária. Para o bolso de quem ia essa soma milioná-ria? Ao baixarem o preço da passagem, governos e empresários do setor de transporte coletivo admitiram que es-tavam esfolando ainda mais as costas dos trabalhadores.

As reivindicações dos manifestantes são pequenas perante os graves problemas que assolam o País

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Republicana – Os governos tomaram algumas atitudes...Ovasco - E por que não tomaram an-tes? Foi preciso que o povo saísse às ruas para que prefeitos, governadores e presidenta fizessem o que já deve-riam ter feito. Foi para isso que pedi-mos votos? O PRP pediu votos para eleger a presidenta Dilma por acreditar que ela seria diferente. Revista Republicana – Mas ela não está sendo diferente? E o pronunciamento dela em rede nacional, não foi uma medida acertada?Ovasco - Foi sim. Ela devia uma palavra à Nação. Ao aparecer na TV ela deu ao País, ao povo, a segurança de que ela e seus assessores estão ligados na ques-tão. Mas penso que suas propostas são paliativas, não mudam o Brasil; não provocam as reformas profundas e es-senciais de que o País carece. Chamar governadores e secretários estaduais para acelerar os projetos em anda-mento não altera o quadro da situa-ção nacional. Apenas dá uma resposta vazia. Ou seja, dá um prato de comida para uma pessoa faminta, mas não ga-rante comida todos os dias: a pessoa vai continuar faminta amanhã. Revista Republicana – Mas ela tocou em assuntos graves, como a contrata-ção de médicos do exterior para me-lhorar a saúde pública no Brasil?Ovasco - Oportunismo barato. O go-verno federal, acompanhando a linha de raciocínio petista, apropriou-se dos protestos para colocar em pauta algo que já estava em marcha e que está sendo duramente combatido pelos médicos brasileiros, como a importa-ção de seis mil médicos cubanos. Erro crasso. Os protestos não estão pedindo

médicos, mas sim me-lhoria no atendimento de saúde. Revista Republicana – Qual é a sugestão do PRP então?Ovasco - Temos várias para a saúde. Mas, va-mos primeiro analisar o médico brasileiro. Ninguém que se for-ma em Medicina nos grandes centros na-cionais quer trabalhar em cidades pequenas e afastadas dos gran-des centros. Assim como juízes de Direito não querem fixar resi-dência numa comarca inexpressiva. Diante disso, pensamos que o governo precisa de-finir uma carreira para o médico que ingres-sa no serviço público. Ele começa nas cidades pequenas e vai crescendo no quadro da carreira de acordo com seus resultados, seus méritos (aí entra a tão decantada meritocracia) e tempo de serviço. Ele saberá, ao ingressar como médico concursado do SUS, que no final de sua carreira estará na capital ou num grande centro, com um ótimo salário e com uma boa aposentadoria garantida. Sem isso, ninguém quer ir para o SUS. Por outro lado, os médicos também precisam dar a sua contri-buição. Há casos de médicos que ape-nas assinam o ponto e não atendem ninguém. Têm médicos que estão no serviço público apenas para garantir a aposentadoria e pagar as prestações do carro de luxo. É comum a reclama-

ção do povo so-bre médico que atende no Posto de Saúde ou nas UPAs que mal olha para a cara do paciente. Sem contar a enor-me quantidade de diagnósticos errados que cul-minam com a morte de pesso-

as simples, de trabalhadores pobres, crianças e idosos. É preciso que todos façam seu mea culpa; não há mocinhos nesta história. Revista Republicana – Ela falou em ple-biscito para a reforma política.Ovasco - O PRP defende a adoção da democracia direta, ou participativa, como dizem alguns. Isso pressupõe o uso de plebiscitos e referendos. Não somos contra, apenas achamos que colocar a reforma política num ple-biscito neste momento é temerário e torna vulnerável o estado de direito em que estamos vivendo. As normas políticas são coisas técnicas e comple-xas. O plebiscito é feito em cima de perguntas e se a pergunta for mal feita o resultado poderá ser catastrófico à democracia. Por que você acha que é tão difícil aprovar a reforma política? Por causa dos interesses envolvidos, que são muitos e bastante complexos. Revista Republicana – Mas, se o TSE aprovar o plebiscito, o que o PRP pre-tende fazer?Ovasco - Vamos fazer campanha. Va-mos defender o que achamos que vai dar certo. Nos itens que não concor-darmos, vamos fazer campanha con-tra. O plebiscito em si é uma coisa boa,

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pois fortalece a democracia e induz o cidadão a discutir os problemas nacio-nais. Aliás, tudo deveria ter a participa-ção do eleitor, do cidadão em dia com suas obrigações com a Nação. Revista Republicana – Pode nos dar um exemplo?Ovasco - Sim, posso dar vários exem-plos. Toda alteração da Constituição deveria passar por um referendo po-pular. O Congresso Nacional vota e aprova, mas a promulgação depende de referendo do povo. Assim seria o correto. Enquanto isso não acontece só resta mesmo a manifestação popu-lar e os partidos políticos como meio de promover as reformas necessárias por meio do voto. Revista Republicana – Essas manifesta-ções vão refletir nas eleições de 2014?Ovasco - Com absoluta certeza e os partidos tradicionais, aqueles estão aí mandando no poder, já sabem que eles serão os principais perdedores e por isso querem abafar a ascendência dos partidos emergentes, como o PRP, por exemplo, como o Rede, da Mari-na Silva, e o MD, formado pelo PPS e o PMN. Eles não nos querem lá, pois ajudamos a fatiar o poder e ampliar o leque de discussão e votação.

Revista Republicana – Como os parti-dos emergentes podem atrapalhar os partidos tradicionais?Ovasco - Em primeiro lugar, os partidos tradicionais não têm mais o que inven-tar. Esgotou seu estoque de “novida-des”. Recentemente, o PRP saiu com a bandeira da democracia direta, logo em seguida o PMDB saiu-se com a “demo-cracia participativa”. Direta ou partici-pativa é a mesma coisa. Mas a pergunta é: o PMDB está ai desde 1966, por que só agora vem com essa proposta? Há dois anos o PRP está defendendo a ado-ção do FIB (índice da Felicidade Interna Bruta) como parâmetro de bem-estar do nosso povo; daqui uns dias vai apa-recer um partido tradicional tentando nos roubar a iniciativa... Em 2010, quando terminou as eleição, a Folha de S. Paulo, fez uma reportagem indignada, mostrando que os “partidos nanicos” (como eles gostam de nos rotular) haviam “aboca-nhando” (foi este o termo usado pelo jornal na sua manchete) 22% das ca-deiras do Congresso Nacional. O jornal estava indignado. Tão indignado como uma derrota do São Paulo ou do Corin-thians para o Mirassol ou o Linense. Isto é, time pequeno não pode nunca ganhar dos grandes porque a impren-sa não aceita. Quando o time pequeno

ganha não é porque ele está bom, está com uma equipe boa e bem treinada, é porque o time grande está ruim, está em crise. Na política, a imprensa pen-sa e age da mesma forma. A impren-sa quer que a democracia brasileira se contente com meia dúzia de partidos, porque fica mais fácil a cobertura jor-nalística e o poder fica mais fácil de ser manipulado. A imprensa brasileira, dominada pela elite nacional e por po-líticos carreiristas, não querem o cres-cimento dos partidos rotulados de pe-quenos porque eles atrapalham a ação dos “ditos grandes” tão atrelados que estão umbilicalmente um ao outro: im-prensa-partidos e partidos-imprensa. Revista Republicana – Poucos partidos enfraquecem a democracia?Ovasco - Em 1964, o Brasil tinha meia dúzia de partidos: PSD, PTN, UND, PTB, PSB, PDC, PSP... os militares tomaram o poder e calaram a oposição. O País era menor, as condições eram favorá-veis aos militares. Mas tivesse mais partidos e mais líderes, não seria tão fácil assim. Com mais partidos é mais fácil oxigenar o poder e permitir o sur-gimento de novos líderes. Veja como funciona a maioria dos partidos gran-des: tem dois ou três caciques e a voz deles é lei. Por isso alguns partidos

Se o povo voltar para casa apenas porque um prefeito

ou outro baixou a passagem de ônibus, tudo

voltará a ser como antes. Porém, se cada

vez que pintar um assunto polêmico o

povo sair nas ruas... aí sim vai mudar

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deles é lei. Por isso alguns partidos estão em crise de identidade. Faltam--lhes os líderes. O PRP é essa porta para o fomento de novas lideranças. Revista Republicana – Na sua opinião, o Brasil vai mudar após essas manifes-tações ou tudo voltará a ser como era antes? Ovasco - Se os manifestan-tes, se o povo voltar para casa apenas porque um prefeito ou outro baixou a passagem de ônibus, tudo voltará a ser como antes. Porém, se cada vez que pintar um assunto polêmico; se cada vez que um deputado, senador, governador, prefeito, vereador, presi-dente da República se meter em con-fusão ou propor um projeto que seja nocivo à sociedade o povo sair nas ruas... aí sim vai mudar. Aliás, o que

a parcela de maus políticos brasileiros está esperando é justamente isso, que a poeira passe e os gritos se calem. Por outro lado, a parcela dos bons políticos está torcendo para que os movimen-tos não acabem. E os bons políticos só não estão nas ruas porque entendem que atrapalham os movimentos e até porque os movimentos não os querem com eles. E estão certos.

Revista Republicana – E existem bons políticos? Ovasco - Claro que existem. Es-tão todos no PRP! (risos). Brincadeira a parte, existem sim os bons políticos e eles estão espalhados por todos os partidos. O problema todo é que os bons não conseguem sobrepujar os maus políticos. E por que não? Porque para o eleitor, jornal que não dá cober-tura de escândalos, de morte e fofoca não presta. Os jornais precisam tra-balhar com o que há de pior. Crimes, escândalos... é guerra de terra arra-sada, quanto mais árida melhor. Para cada notícia boa da política saem cem notícias ruins, ou insinuações, ou fofo-cas, ou boatos. E as pessoas acreditam nisso. O leitor médio não tem interes-se em boa notícia. Você dificilmente verá uma manchete “médico salvou uma criança hoje” (coisa que acontece aos montes em nossas cidades tão ca-

rentes de recursos médicos), mas será sempre surpreendido pela manchete que destaca erros ou acidentes nos atendimentos médicos e hospitalares. Revista Republicana – Mudando de assunto, a Nacional do PRP está tra-balhando para eleger dez deputados federais em 2014. Como vai ser isso? Ovasco - Dez não. Estamos tra-balhando para que o PRP, em cada Es-tado, eleja seu deputado federal. São 26 Estados mais o Distrito Federal. En-tão queremos, em 2014, um deputado federal eleito em cada Estado. E digo mais, alguns Estados reúnem condições para eleger até dois deputados. Se to-dos fizerem o dever de casa, chegare-mos à Câmara com 30 deputados fe-derais. Isso colocará o PRP entre os dez maiores partidos do Brasil. Ou é isso, ou é nada. E queremos que todos os diri-gentes, sejam estaduais ou municipais, tenham isso em mente e bem arraigado dentro do seu coração e sua alma. Revista Republicana – O PRP está deci-dido a crescer. Ovasco - Decidido não. O PRP está destinado a crescer. O PRP está destinado a governar o Brasil e a bus-car mudanças que realmente mudarão o País para melhor. Melhor para todos os brasileiros.

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FestaCiDADe em

Além dos 53 anos de emancipação política, prefeito Newberto Neves

comemora decisão do TCE-AL de suspender intervenção

no município

Rita Fernandjes

A população de Japaratinga, no Litoral Norte de Alagoas, está em festa. O prefeito Newber-to Neves (PRP) promoveu um

grande evento em comemoração aos 53 anos de emancipação política da cidade. A festividade, realizada no último dia 23 de julho – com shows musicais, entrega de obras e atividades culturais e esporti-vas – também comemorou a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AL) de suspender a intervenção no municí-pio. O TCE-AL acatou, em 14 de junho, as alegações do prefeito Newberto Ne-ves (PRP) e suspendeu a medida puniti-va decretada anteriormente por falta de prestação de contas.

De acordo com o perrepista, o TCE-AL equivocou-se ao decretar a inter-venção em Japaratinga porque deixou de conferir que em 29 de maio último – um dia para o fim do prazo dado aos prefei-tos para prestação de contas – o depar-tamento jurídico de sua gestão protoco-lou na comarca de Maragogi pedido de ação por improbidade administrativa e de busca e apreensão de documentos contra o prefeito que o antecedeu em Japaratinga, Bruno Loureiro (PMDB). “Não tinha como prestar contas porque o ex-prefeito deixou a prefeitura sem qualquer documento e computador para comprovar os gastos e tudo mais inerente à gestão. E fiz isso dentro do prazo, como comprovei ao presidente do Tribunal [Cícero Amélio] e ao conse-

lheiro-relator, Otávio Lessa. O presidente Cícero nos atendeu muito bem e lamen-tou o equívoco ocorrido, depois de ver os documentos comprovando que mi-nha gestão agiu dentro da lei”, declarou Newberto Neves. “Passei uma noite em claro. Agora, vou conseguir dormir em paz, embora meu nome tenha sido exposto e constrangido em tão pouco tempo de gestão”. A ação contra o ex-prefeito ain-da não foi julgada pelo Tribunal de Justi-ça de Alagoas. Em nota publicada após o encontro com o prefeito de Japaratinga, o presidente do Tribunal de Contas con-firmou a versão do prefeito Newberto Neves. “Pelas razões expostas pelo pre-feito de Japaratinga, o TCE-AL decidiu aguardar o julgamento da ação pelo Tri-bunal de Justiça de Alagoas, suspenden-do temporariamente a intervenção”, diz a nota oficial. Newberto Neves, que é muito querido pela população de Japaratin-ga, participou da Marcha Nacional dos Prefeitos (MNP), em Brasília, no início de julho. Ele aproveitou os quatro dias que esteve na Capital para visitar os ga-binetes de parlamentares e tentar via-bilizar recursos e investimentos que be-neficiem o município. O dinamismo que marca a atuação do perrepista garantiu a ele homenagem feita pelo Jornal Tribuna Independente. A entrega do troféu acon-teceu na primeira quinzena de julho.

Newberto Neves (à esq.) recebe notificação do TCE-AL sobre

suspensão de intervenção

Ascom/TCE-AL

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Japaratinga (AL) 11

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12 Santo André (SP)

habitacioNal

Rita Fernandjes

Quando o alagoano Antônio Rodrigues da Silva migrou de Palmeira dos Índios para a cidade de Santo André (SP), em 1989, não imaginava que um dia seria eleito – entre quase 700 mil

habitantes - um representante do povo no Legislativo local. Menos de uma década após sua chegada no en-tão pólo industrial começou a se envolver com trabalho social e se tornou Tonho Lagoa – o líder comunitário do

toNho lagoa:

bairro Jardim Santo André, onde se instalou. Embora tenha lutado ao lado da comunidade em diversas áreas – como pela construção de creches e Centros Educacionais de Santo André (CESAs) – foi pelo empenho no setor habitacional que o perrepista ganhou força política para conquistar uma cadeira na Câmara Municipal. Logo após assumir o cargo público, o perrepista fez indicações a um deputado estadual de São Paulo para regularizar as moradias do Jardim Santo André.

empeNho No seTor

“É muito triste quando as

famílias são desalojadas e

não têm condições de

pagar aluguel”, diz vereador

do PRP

Revista Republicana

José Evangelista, presidente do diretório do PRP de Santo André, e o vereador Tonho Lagoa

Arquivo PRP

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“O deputado fez a indicação ao governo do Estado para regularizar a situação das famílias que resi-dem nas áreas da Companhia de Desenvolvimen-to Habitacional e Urbano (CDHU), no Jardim Santo André. O objetivo é que essas famílias sejam be-neficiadas com auxílio-aluguel enquanto aguardam a conclusão das obras e a entrega das chaves das novas moradias”, diz. Segundo o perrepista, as famílias inscritas (e com garantia de que receberão suas casas após con-clusão da obra) não conseguem arcar com os custos da locação de um imóvel. “É muito triste quando as famílias são desalojadas e não têm condições de pagar aluguel. Por conta da demanda, os valores aumenta-ram demais. O valor da Carta de Crédito que as famí-lias ganham não é suficiente para comprar um imóvel e sair dessas áreas, que em muitos casos é de risco ou irregular.”

De acordo com o perrepista, a demanda de de-sapropriações e reintegrações de posse atinge cerca de 310 famílias somente no bairro Jardim Santo André. “Dessas, somente 66 têm cadastro e vão ser benefi-ciadas pela CDHU. O restante teria de ser assistida e beneficiada pelo governo estadual.” Todos os dias (exceto quando há sessão), o ve-reador visita alguma comunidade ou Unidade Básica de Saúde (UBS) para ouvir a população e analisar o problema antes de dar o devido encaminhamento. Geralmente ele acionar o serviço municipal para fazer reparos em ruas, tapa-buracos e manutenção de rede de esgoto, entre outros. “Após a conclusão do servi-ço, volto ao local para conferir se está tudo certo. É uma honra poder contribuir com projetos de lei para beneficiar os moradores de Santo André. É um desa-fio, mas eu tenho a população ao meu lado e assim vamos trabalhando juntos.”

O dia foi tenso e cansativo. ( É triste) ver as pessoas

saindo de suas casas sem um lugar certo para morar. Por isso defendo a moradia para todos, porque todos têm o direito de viver com suas famílias e ter um lar.

Me preocupo com essa situação e, por isso,

estive no Jardim Santo André dando apoio para

as famílias”

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Arquivo PRP Divulgação

Divulgação

Tonho Lagoa com o prefeito Carlos Grana e a vice Oswana Fameli (à dir.) na inauguração da Sala do Empreendedor

De olho no esporte, vereador perrepista é grande incentivador da prática de atividade física em comunidades

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InvIsta no

Revista Republicana - Apesar de a campanha formal só estar libe-rada a partir de julho de 2014, a campanha eleitoral para a próxi-ma eleição já começou?Marco Iten - Sim. Muitos políticos ainda pensam que a campanha se dá apenas no período eleito-ral, mas o trabalho começa bem antes. Na verdade é feito no dia a dia, com a construção de re-lacionamentos e da imagem do homem público. Existe o período de ação política e o período de ação eleitoral. Agora estamos no período de ação política e esse processo deve ter planejamento para apresentar benefícios e re-sultados no período de ação elei-toral, que é o tempo determina-do para campanha.

Revista Republicana - Como fa-zer um bom marketing eleitoral?Marco Iten - Existem três gran-des áreas: 1ª) a imagem do ho-mem público; 2ª) a estrutura da comunicação; e 3ª) o preparo do homem público. A primeira área, ou seja, a ima-gem do político, é fundamental. É a mais importante porque se desdobra nas outras duas áreas. É preciso distinguir se a projeção feita àquela pessoa é positiva, neutra ou negativa, e trabalhar a partir desse diagnóstico. O que esse candidato tem de potencial para levar à comunidade? Se a pessoa já em uma contribuição ou boas ideias fica mais fácil. Se a

pessoa é desconhecida ou tem uma imagem negativa, tem outro peso, e demanda custo e estrutura necessá-ria para posicioná-la. O grande pro-blema do homem público é não pla-nejar a sua imagem. Simplesmente espera o tempo de campanha para distribuir santinho.

A segunda etapa é a estrutura da comunicação do homem público ou partido político. Atualmente os políticos e os partidos não se co-municam bem com a sociedade, e isso explica a primeira etapa. As es-truturas de comunicação de quem tem mandato são falhas. É preciso ter um bom relacionamento com a imprensa, ter uma boa equipe. Hoje é muito comum o que chamamos de “euquipe”, ou seja, um assessor que tem de fazer tudo. Isso não quer dizer que precisa de muito dinheiro para contratar grandes estruturas.

Rita Fernandjes

Na eleição para deputado, leva vantagem quem tem uma bandeira e sabe se apre-sentar com conteúdo, con-

segue fazer uma boa comunicação e argumentação. A dica é do jornalista Marco Iten, especialista em marketing político, diretor da Exterior Editora e ex-assessor de imprensa da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo, na gestão Mário Covas. Autor dos livros “Eleição de Deputados”, “Internet para Eleições e Mandatos” e “Eleição, Vença a Sua!”, Marco Iten explica que o grande pro-blema do homem público é não pla-nejar a sua imagem e esperar o início da campanha eleitoral para distribuir santinhos. O “segredo” do sucesso, se-gundo o especialista, está na constru-ção de relacionamentos e da imagem do homem público – trabalho que co-meça bem antes da largada para a cor-rida eleitoral e que pode utilizar as re-des sociais como ferramenta de apoio. Segundo ele, diferentemente dos Estados Unidos, no Brasil o ma-rketing eleitoral digital não tem resul-tados na conquista de novos votos. “No Brasil é muito grande a rejeição pela política e a rejeição pelo pedido de voto em redes sociais. No entanto, vence aquele que consegue fazer com que a mensagem chegue aos seus par-ceiros. É preciso ter uma fundamenta-ção que justifique a pessoa sair de casa no domingo para ir votar”, diz. Leia a entrevista de Marco Iten.

O candidato precisa ter um bom

argumento que justifique o eleitor

sair de casa no domingo para

ir votar

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Entrevista

mArkeTiNg políTiCo

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É saber o que demandar e saber orientar. A comunicação e a imagem estão associadas e podem impulsio-nar ou destruir uma candidatura. A terceira etapa é o despreparo do homem público. Geralmente a pes-soa busca um cargo, mas não tem nenhum projeto, não sabe o que fazer ou como fazer. Quando o can-didato chega despreparado, não começa bem e não termina bem. É preciso somar a imagem e a comuni-cação ao projeto. Os próprios partidos políticos não estão focando como grande estrutu-ra. Os partidos precisam abraçar um projeto, para deixar de ser uma agre-miação; apenas uma sigla. É preciso ter um projeto e se organizar. Cabe aos partidos políticos capacitar os seus líderes, dar condições melho-res. Nos últimos anos houve uma melhora nesse sentido, tanto que agora vemos a correria dos partidos em capacitar os seus dirigentes – especialmente aqueles que vão dis-putar o cargo de deputado federal, que é o grande cargo almejado pe-los partidos. A grande vertente é a organização de tudo: dos candidatos e das legendas. Esse é o alicerce de uma boa vida política.

Revista Republicana - O senhor acha que na campanha eleitoral de 2014 a internet deve ser mais bem elaborada comparada à última? Marco Iten - A internet no Brasil ain-da não faz a diferença na campanha política. A eficiência da internet foi muito falada na eleição passada,

mas apresentou pouco resultado. Algumas poucas cidades do interior de São Paulo tiveram ações mais efi-cientes com apelo eletrônico do que campanhas milionárias na Capital de São Paulo. O Brasil está longe de obter o mesmo fe-nômeno das duas eleições de Barack Obama, nos Es-tados Unidos. No Brasil, falta organização por parte dos par-tidos políticos. Não adianta colocar gran-des sites sem uma rede bem estru-turada para resultar em audiência. O Brasil não tem partidos com grandes ban-cos de dados. Por exemplo: peça para um amigo criar um perfil na rede social e chegar a marca de 5 mil pessoas. Assim que essa marca for alcançada, e o dono do perfil começar a falar de política, o número de amigos reduzirá pela metade. As pessoas entendem que é uma arapuca para pedir voto nas redes sociais. E no Brasil é muito grande a rejeição pela política e a rejeição por essa ferramenta para pedido de voto.

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Construção da imagem, boa comunicação e

conteúdo são essenciais para vencer a

corrida eleitoral

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Revista Republicana - A diferença do uso da internet para o sucesso da campanha de Barack Obama e descrédito das campanhas brasilei-ras está na cultura do povo?Marco Iten - Sim. Nos Estados Uni-dos as pessoas são republicanas ou democratas e demonstram sua opção por convicção. Os america-nos contribuem, com gosto, para o partido político, colocam bandeiras e flâmulas em frente de casa – ao lado da bandeira dos Estados Uni-dos – de forma perene. Não é só no período eleitoral, como acontece no Brasil. Lá, o partido fala com o cidadão o tempo todo. Existe con-vivência permanente, fidelização, então a internet aproxima e acres-centa pontos para aquele cidadão. No Brasil, a internet não é e não vai ser ferramenta de convencimento, mas de apoio. O eleitor do partido X rejeita em sua rede social a abordagem feita pelo simpatizante do partido Y, da mes-

ma forma que acontece no horário eleitoral, quando ele sai de frente da TV depois que seu candidato aca-bou de falar. No Brasil, o marketing eleitoral digital é uma ferramenta de apoio, e não tem resultados na con-quista de novos votos. Não é deter-minante para o voto.

Revista Republicana - Mas apesar de ser ferramenta de apoio é ne-cessário criar um planejamento. Geralmente as pessoas acham que marketing político digital é apenas criar um perfil ou blog e que basta colocar o sobrinho para alimentar as redes sociais.Marco Iten - Esse é um erro muito comum. Os candidatos que sabem usar a rede de forma mais direta e objetiva já estão montando suas es-truturas com outra concepção. É preciso se destacar, investir e tes-tar. Alguns deputados estaduais de São Paulo estão fazendo um bom trabalho, com estruturação da rede de interesse e fidelização. Essa ferramenta precisa ser bem estruturada e bem planejada, com muito tempo de antecedência do período de ação eleitoral. Isso inclui conteúdo e relacionamen-to, que se estende acima do tema eleitoral.

O grande problema do

homem público é não planejar sua

imagem; simplesmente

distribui santinho

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EntrevistaRevista Republicana

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Revista Republicana - Atualmente qual é o papel do comício?Marco Iten - O comício em eleição geral, como acontece em 2014, tem impacto quase que irrisório. É um in-vestimento alto com grande possibi-lidade de ser negativo. Os comícios são mais usuais em eleições muni-cipais, em especial pelo candidato a prefeito, para analisar o proble-ma de determinado bairro. No caso de deputado estadual ou federal, o ganho local é muito pequeno pelo custo e pelo risco de exposição. É melhor evitar o risco de uma vaia pública e que pode ser usada pelo adversário. Os comícios agora não são grandes palcos.

Revista Republicana - Qual é a lin-guagem que o político acostumado em campanhas tradicionais deve adotar?Marco Iten - O político precisa ter conteúdo, ou seja, precisa levantar o problema e apontar soluções. É

Especialista em marke-ting político, Marco Iten é diretor da Exterior Editora e atua com o planejamento e a realização de campanhas eleitorais há mais de 35 anos. O especialista atua no pla-nejamento e execução de campa-nhas eleitorais; mídia training com candidatos; e também na elabora-ção e implantação do planejamen-to estratégico de comunicação de empresas e órgãos públicos; no treinamento de equipes de co-municação de órgãos e empresas públicas; consultoria; e ministra cursos e palestras sobre marketing político, marketing de governo e comunicação pública. É jornalista e foi fundador e diretor de jornal diário, sócio de agência de propaganda, assessor parlamentar e consultor de po-líticos, assessor de imprensa da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo – gestão Mário Co-vas e gerente de comunicação do SEBRAE-SP. É autor dos livros “Elei-ção Municipal: Vença a Sua!”, “Eleição de Deputados”, “Inter-net para Eleições e Mandatos” e “Eleição, Vença a Sua!”

ter bandeira. Existem muitos po-líticos genéricos, que não têm dis-curso. Geralmente apresentam um histórico de queda de votos porque são genéricos, não conseguem sen-sibilizar o eleitor. Agora, um médico que levante a voz para falar que a saúde pública está um lixo, que o SUS está com valo-res defasados, que as Santas Casas do Brasil inteiro estão caóticas... é o recheio do discurso que sensibi-liza a classe médica, as mães e os jovens. Na eleição para deputa-do, leva vantagem quem tem uma bandeira e sabe se apresentar com conteúdo, consegue fazer uma boa comunicação e argumentação. Ven-ce aquele que consegue fazer com que a mensagem chegue aos seus parceiros. Os eleitores não gostam mais do político genérico. É preciso ter uma fundamentação que justifique a pessoa sair de casa no domingo para ir votar.

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saúde Itapuranga (GO)

em primeiro lugAr

Revista Republicana

Rita Fernandjes

Quando um morador de Ita-puranga (GO) precisa de atendimento médico pelo Sistema Único de Saúde

(SUS) recorre ao gabinete do verea-dor e presidente da comissão provi-sória do PRP, Vander Luiz de Melo.

Isso porque o perrepista desenvolve um trabalho diferenciado na área da saúde: os assessores fazem os encaminhamentos, agendamentos, regulações e orientam o usuário. No dia da consulta, exame ou cirurgia, Vander Luiz de Melo transporta o pa-ciente até o hospital (em seu veículo particular) e conversa com o médico

responsável sobre o problema, pro-cedimento, remédios e recomenda-ções médicas. “Nos quatro anos do meu primeiro mandato levei 1,2 mil pessoas, no meu próprio carro, para o hospital de Goiânia – distante 160 quilômetros de Itapuranga”, afirma. A preocupação, segundo ele, nasceu da necessidade do povo. Devi-

Vereador do PRP não se importa com dia ou hora para

transportar pacientes a Goiânia

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do a simplicidade e falta de informa-ção, muitas pessoas perdiam a vaga. “Tem muita gente que não sabe o que é regulação, onde ir ou quem procu-rar. Então damos todo o suporte. Aju-damos a população 24 horas. Não me preocupo com dia ou hora para levar os pacientes ao hospital”, diz. Mas a preocupação do per-repista não se restringe à saúde. Tra-mita na Câmara de Itapuranga um projeto de autoria do perrepista que

prevê cursinho pré-vestibular gra-tuito para todos os estudantes do ensino público. “O objetivo é que a Prefeitura custeie o projeto e atenda cerca de 400 jovens.” Vander Luiz de Melo também conta, com orgulho, que foi responsável pela elaboração do Plano Local de Habitação – docu-mento fundamental para que o muni-cípio pudesse participar do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal e operacionalizado pela Caixa

Econômica Federal. O programa vai beneficiar 245 famílias. “Itapuranga só conse-guiu o Plano Local de Habitação por-que a Associação Pró-Morar, a qual sou presidente, correu atrás. Fiz vá-rias viagens a Brasília para conseguir as documentações necessárias.” Em-bora a associação tenha cadastradas 600 famílias sem casa própria, o vere-ador afirma que o déficit habitacional do município é de 1,2 mil famílias.

Vander Luiz de Melo com Maria Ronilda Sifuntes, no 9º Leilão VC, na Estância São Francisco

Querido pelos eleitores, vereador do PRP posa para fotos no 9º Leilão VC, na Estância São Francisco

Principal cartão postal de Itapuranga, Represa Municipal atrai centenas de turistas e é ponto de encontro dos moradores

Vander de Melo durante a posse

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O DivinO

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O maior ídolo da história do Palmeiras, Ademir da Guia está longe de pendurar as chuteiras.

Aos 71 anos de idade, o ex-joga-dor alviverde entrou para a famí-lia PRP e com a mesma empol-gação que corria em campo para marcar gols vai correr pelo Estado de São Paulo em busca de votos e mostrar que ainda é um campeão – pelo menos nas urnas.

Ademir da Guia foi um dos mais geniais meio-campistas do futebol brasileiro de todos os tempos. Ele era filho de Domingos da Guia - grande zagueiro do Bangu (RJ), Vasco (RJ), Peñarol (Uruguai), Boca Juniors (Argentina) e Corin-thias (SP) – e herdou o apelido do pai, “Divino”, após ser contratado pelo Palmeiras, em 1961, e brilhar no Parque Antártica até 1977 – ano que se aposentou como jogador. Mesmo após 36 anos longe dos gra-mados, o “Divino” ainda é assedia-

do pelos palmeirenses. “É muito gostoso receber o carinho das pessoas. Palmeiren-ses de todas as idades (avôs, pais e netos) ainda querem tirar foto ao meu lado e me pedem autógrafos. Torcedores que nem eram nascidos quando eu jogava hoje conhecem a história do time e sabem o quanto contribuí.” E Divino ainda tem muito o que contribuir. Em maio passado assinou sua ficha de filiação no PRP e anunciou a sua pré-candidatura a

está de volta

Eleições 201420

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Ex-jogador alviverde durante o lançamento do uniforme 2013-2014 do Palmeiras, em maio

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deputado estadual em São Paulo. A paixão pela política co-meçou em 2004, quando foi eleito vereador da Capital paulista, pelo PCdoB, com 27.541 votos. Na épo-ca, foi o mais votado do partido, com 2.022 votos à frente da se-gunda colocada (candidata que era considerada favorita para liderar a votação do PCdoB). Em 2008 foi para o PR – onde permaneceu até este ano. “Recebi convite de vários partidos políticos, mas em especial

o do presidente Ovasco Resende. Além da filosofia partidária, optei pelo PRP porque encontrei melho-res condições de trabalho e pesso-as honestas e queridas. Acredito que no PRP será possível fazer um bom trabalho”, afirma. “Devido a minha história, seja como jogador ou vereador, as pessoas me pedem para disputar a eleição. Embora eu já tivesse a pre-tensão de disputar uma vaga na As-sembleia, percebi que tenho muito a contribuir para a sociedade ao ver

as manifestações realizadas em todo o País no mês de junho. As pessoas precisam de melhorias na saúde, segurança e educação”, diz. “Quero ajudar a população em todas as áre-as, e não apenas no esporte. O esporte é importante por-que tira as crianças da rua, mas a população tem outras necessidades também”, destaca. Durante o perío-do que foi vereador (2004 a 2008), apenas seis dos 77 projetos de lei apresentados por ele eram relacio-nados ao esporte.

Ademir da Guia recebe as boas-vindas do presidente Ovasco Resende durante ato de filiação (acima) e anuncia sua pré-candidatura, ao lado do secretário-geral do PRP-SP, Duarte Barreto, Ovasco Resende e do coordenador político Ronaldo Martins (abaixo)

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1942: Nasce, no dia 3 de abril, no Rio de Janeiro (RJ)1962: Estreia no Palmeiras, no dia 22 de fevereiro, no jogo

Palmeiras 3 x 1 Corinthians1963: Conquista o título do Campeonato Paulista1965: Conquista o título do Torneio Rio-São Paulo

1965: Estreia na Seleção Brasileira, participando de amistosos contra Bélgica, Alemanha, Argentina, Argélia e Portugal

1966: Conquista o título do Campeonato Paulista1967: Conquista o título do Torneio Roberto Gomes Pedrosa “Robertão” – o

Campeonato Brasileiro da época – e da Taça Brasil1969: Conquista o título do Torneio Roberto Gomes Pedrosa “Robertão”1972: Conquista os títulos do Campeonato Brasileiro, do Campeonato

Paulista e dos Torneios Mar del Plata, Laudo Natel e Cidade de Zaragoza, feito que ficaria conhecido como as “Cinco Coroas”, todos pelo Palmeiras

1972: Recebe o troféu “Bola de Prata”, da Revista Placar1973: Conquista o título do Bi-Campeonato Brasileiro

1974: Conquista o título do Campeonato Paulista1974: Disputa, com a Seleção Brasileira, a Copa da Alemanha,

sua única participação em mundiais1976: Conquista o título do Campeonato Paulista

1977: Disputa, em 18 de setembro, seu último jogo oficial, e sofre derrota por 2 a 0 para o arqui-rival Corinthians

1984: Realiza sua despedida oficial, no dia 22 de janeiro, num jogo entre amigos, disputado no Estádio do Canindé, em São Paulo1986: Recebe homenagem do Palmeiras, ganhando um

busto na sede do clube2003: É eleito, em outubro, para o mandato de vereador,

na cidade de São Paulo (SP)2003: Recebe, em dezembro, o título de Cidadão Paulistano, numa

cerimônia da Câmara dos Vereadores, realizada no Clube do Mé, em SP2004: Assume, no dia 1º de janeiro, o mandato de vereador

na Câmara de São Paulo (SP)

CronologiaAdemir Ferreira da Guia

CAmpeoNATo pAulisTA (1963, 66, 72, 74 e 76)

TorNeio rio-são pAulo (1965)

TorNeio roberTo gomes peDrosA (1967 e 69)

TíTulo DA TAçA brAsil (1967)

TíTulos Do CAmpeoNATo brAsileiro (1972 e 73)

TorNeios mAr Del plATA, lAuDo NATel e CiDADe De ZArAgoZA

(1972)

Conquistas

Fonte: Palestrinos

Eleições 201422

Revista Republicana

estado é dividido em oiTo regioNAis

Em homenagem a um dos maiores ído-los do futebol brasileiro, a Revista Republicana reproduziu a capa da Revista Placar que foi às bancas em janeiro de 1974 apresentando Ade-mir da Guia como “A nova esperança” para a 10ª Edição da Capa do Mundo FIFA, realizada de 13 de junho a 7 de julho de 1974, na Ale-manha Ocidental. Na época, o meio-campista foi escalado pelo técnico Mário Jorge Lobo Za-gallo para fazer a diferença no campeonato. Quase 40 anos depois, Divino foi “escalado” pelo presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende, para fazer a diferença nas Eleições 2014. E Ademir da Guia aceitou ves-tir novamente a camisa da Seleção Brasileira – agora com mais duas estrelas e o símbolo da Confederação Brasileira de Desporto (CBD) substituído pelo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – para ser apresentado como o nome escolhido pelo partido para ocupar uma vaga na Assembleia de São Paulo.

40 anos depois

Reprodução

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Rita Fernandjes

Crescimento é a palavra de ordem para o PRP de Santa Catarina. E justamente por isso a Executiva Nacional re-

estruturou o comando do partido no Estado, deixando a presidência nas mãos do funcionário público estadu-al Edson Tavares de Melo. O perrepista vai “copiar” a metodologia de coordenadorias regionais - aplicada pela Nacional – para obter bons resultados e al-cançar a meta de aumentar de 23 para 100 executivas municipais até dezembro deste ano. No total, o Es-tado tem 295 municípios. “A expectativa é que até agosto sejam homologadas mais 15 executivas”, afirma. “Vamos implan-tar o sistema de metas e resultados. Dividimos o Estado de Santa Catari-na em oito regiões e estes coorde-nadores regionais terão a responsa-

estado é dividido em oiTo regioNAis

Revista Republicana

Edson Melo assume a presidência estadual com o desafio de criar 100 executivas municipais até dezembro

bilidade de mostrar o crescimento do partido em sua região, tanto em número de municípios bem como o número de filiados”, explica. Edson Melo diz que a deci-são de adotar essa estratégia é con-sequência do bom resultado obtido pela Nacional. “Todos os presiden-tes regionais são unânimes em di-zer que a autonomia garantida pela Nacional reflete de forma positiva na imagem do partido dentro dos Estados. Acreditamos que essa re-flexão também acontece a nível municipal, onde a autonomia data a todos os municípios contribuem para esforços conjuntos visando um objetivo comum.” Edson Melo deixa bem claro que os presidentes municipais serão cobrados em seus resultados. “Não podemos manter um presidente mu-nicipal sem que ele dê o devido retor-no de crescimento e fortalecimento do PRP em seu município”, observa.

Além disso, destaca que todos os perrepistas terão de honrar a con-tribuição partidária mensal, conforme previsto no estatuto. E ele promete agir com o mesmo rigor da Nacional. “De início vamos cobrar o valor míni-mo de R$ 100 por diretório municipal e, a exemplo da Nacional, o presiden-te que ficar três meses sem repassar a contribuição para a Estadual será dissolvido. Em Santa Catarina temos várias pessoas que ocupam cargos co-missionados e não contribuem. Quem não regularizar essa situação será substituído”, alerta. Segundo Edson Melo, embo-ra a Estadual necessite de recursos para custear as despesas da sede – que será transferida para Floria-nópolis – a medida é também uma forma de cobrar resultados dos pre-sidentes municipais. “O presidente municipal que não faz a contribui-ção partidária não apresenta resul-tados. A administração fica solta.

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Assim como uma empresa, o parti-do político também vive de metas e resultados.” Segundo Edson Melo, so-mente com esta metodologia será possível atingir a determinação da Nacional, de fortalecer a bancada perrepista no Congresso Nacional. “Nós, em Santa Catarina, não medi-remos esforços para colaborarmos com os anseios e o crescimento de nosso partido”, afirma.

O novo presidente regional explica que o crescimento do partido não significa lançar o maior número de candidatos a deputado estadual e federal, mas especialmente fazer com que o PRP seja reconhecido no Estado como um partido forte e formado por pessoas sérias e com-prometidas com os anseios da po-pulação. “O maior desafio em Santa Catarina é a busca de lideranças e formadores de opiniões: identificar

essas pessoas, saber quem são, qual seu perfil e onde estão. Muitas vezes, essas lideranças somente estão espe-rando uma oportunidade de serem convidadas a entrar em nossas trin-cheiras e fazer parte de uma equipe vencedora. “Vamos preservar a nos-sa identidade republicana e trabalhar para eleger, no mínimo, um deputa-do estadual e um federal. Isso já nos daria um crescimento significativo dentro da conjuntura atual”, observa.

EXECUTIVA REGIONAL

Presidente: Edson Tavares de Melo1º Vice-presidente: José do Carmo Dias de Oliveira

2º Vice-presidente: Rafael DezideiroPresidente do Conselho Consultivo: José Carmelito Smieguel

Secretário Geral: Sérgio Fernando Arcioni MachadoVice-secretário: Helmuth Muller Picler

Tesoureiro Geral: Mariana Costa de MeloVice-tesoureiro: Marco Aurélio Xavier (Noronha)

Presidente do PRP Mulher: Dionise de Ramos AlmeidaPresidente do PRP Jovem: Joacir José Picoli

COORDENADORES REGIONAIS

Coordenador Região Sul: Cristiano de Souza ValentinCoordenador Região Norte: José Carmelito Smieguel Coordenador Região Meio Oeste: Nelva Dias de Melo

Coordenador Região Grande Florianópolis: Helmuth Muller PiclerCoordenador Região Vale de Itajaí: José Martins

Coordenador Região Planalto Serrano: -Coordenador Região Oeste: -

Coordenador Região Alto Vale: -

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Edson Melo, presidente do PRP-SC, ao lado do presidente

Nacional, Ovasco Resende, e do secretário-geral da Executiva

Nacional, Lelé Arantes

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Não importa o tamanho da cidade, o número de ha-bitantes ou o valor do or-çamento municipal: o PRP

valoriza cada um dos seus vereado-res, prefeitos, vice-prefeitos, depu-tados estaduais e federais – indife-rente se o mandato é na Capital ou numa cidadezinha do sertão. Todos os perrepistas – seja dirigente, filia-do, militante ou simpatizante – são igualmente importantes aos olhos

do presidente Nacional do partido, Ovasco Resende. Prova disso é o sucesso da TV PRP 44 – canal digi-tal que desde 29 de abril deste ano é transmitido pelos sites do partido (www.prp.org.br e www.tv.prp.org.br) para mostrar o trabalho da família perrepista em prol da felicidade do povo brasileiro. O canal digital é uma grande vitrine que o partido disponibiliza gratuitamente para todos perrepis-tas. O trabalho executado por quem tem mandato – seja uma visita à co-

prp sem FroNteirasCanal digital é uma grande vitrine que

o partido disponibiliza gratuitamente para todos perrepistas

munidade, reunião de lideranças, projetos de lei ou ações de maior impacto – é noticiado no programa PRP Notícias, que tem transmissão ao vivo às 12h, de segunda a sexta--feira, e reprise às 17h e às 23h. “A TV PRP 44 é uma gran-de vitrine porque não há fronteiras para a transmissão digital. A divul-gação não é local e também não se restringe ao Brasil. Pelo contrário, o nosso canal já foi acessado por internautas dos Estados Unidos, Canadá e França”, afirma Lelé Aran-

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Marisa Amorim, Esio Silveira e Valdo Garcia estão no comando da TV PRP 44

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tes, jornalista responsável pela TV e secretário-geral da Executiva Nacio-nal. Lelé Arantes coordena a equi-pe de jornalismo, formada por Rita Fernandjes, Marisa Amorim e Néia Rosseto, e a equipe técnica, forma-da por Valdo Garcia e Esio Silveira. “Os perrepistas e seus assessores de imprensa podem enviar notícias, fotos, vídeo ou sugestões de pauta para os e-mails [email protected] ou [email protected]. Todo mate-rial enviado é divulgado na TV, site, revista e rede social”, afirma o secre-tário-geral. Segundo o presidente Ovasco Resende, além de apresentar o tra-balho dos perrepistas, a TV PRP 44 também é uma excelente ferramenta para mostrar aos filiados e simpati-zantes a opinião do partido com rela-ção aos assuntos de relevância nacio-nal. “Promovemos um ótimo debate sobre redução da maioridade penal. Como o tema é muito polêmico,

trouxemos em nosso estúdio o pro-motor aposentado Antônio Baldin, de São Paulo, para esclarecer algu-mas dúvidas. Nós acreditamos que é assim que se constrói a democracia e que é assim que deve agir um partido político sério e que luta por um Brasil melhor”, diz. “O PRP reconhece o poder da informação e, por isso, disponi-biliza vários canais de comunicação para fidelizar seus eleitores, mos-trando que o PRP é feito por polí-ticos honestos e comprometidos com o povo brasileiro. É preciso quebrar o estereótipo de que polí-tica só se faz em ano eleitoral e de que o partido político só lembra do eleitor na hora de pedir voto. Isso não é verdade. Política se faz todo dia. E as ações positivas precisam ser mostradas – tanto como presta-ção de contas ao eleitor, como para servir de exemplo a outros políti-cos”, afirma Ovasco Resende.

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Família perrepista e convidados conferiram a exibição do primeiro programa da TV PRP 44, na noite de 29 de abril, que teve comodestaque a entrevista do presidente Nacional, Ovasco Resende, à jornalista e apresentadora Marisa Amorim

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Presidente Ovasco Resende se emociona com o crescimento do partido

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deficiência da internet brasileira causa morosidade na transmissão

Rita Fernandjes

O secretário-geral da Exe-cutiva Nacional e res-ponsável pela TV PRP 44, Lelé Arantes, afirma estar

satisfeito com o sucesso do canal digital, que estreou em 29 de abril (fotos abaixo e ao lado), mas desta-ca que as questões técnicas ainda estão em desenvolvimento. “O canal ainda não chegou no ponto que eu

considero ótimo pela própria defici-ência da internet brasileira”. Lelé Arantes explica que, como acontece com quase todo ser-viço, “se vende gato por lebre.” “E isso acontece em todo sistema de comunicação, seja internet ou te-lefonia (fixa e celular). O problema é que tudo isso reflete lá na ponta, onde o cidadão acessa a internet para ver o programa e não consegue ver por causa da morosidade ou até

mesmo da inexistência de sinais da internet.” Mas a equipe está traba-lhando para sanar as dificuldades. Ele diz que, embora a equi-pe esteja empenhada em oferecer o melhor produto, o sucesso da TV depende muito da colaboração dos perrepistas. “Nós sentimos que os próprios perrepistas ainda não se acostumaram com a ideia de ter uma TV digital de uso exclusivo do PRP e de seus filiados”, diz.

Lelé Arantes com o vereador Jean Charles (PMDB), Mário Welber, Ovasco Resende e Beto Freitas, durante estreia da TV

Paraíba, Tchululu e Luiz Carlos Bardari conferiram o lançamento do canal digital

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O presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende (centro), com os amigos Luiz, Altair Pereira, Lelé Arantes e Suanir Brito

O secretário-geral do PRP Rio Preto, Wilson Focassio, discursa ao lado do presidente Nacional, Ovasco Resende

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José Roberto Ramires, Vera Aparecida Mazzon, Dervina Ramires, Rosângela Ramires, Raianne Ramires, Ovasco Resende, Carla Resende e Heitor Resende prestigiaram a estreia do canal digital do partido

A jornalista e apresentadora da TV PRP 44, Marisa Armorim, e o presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende

Catiane Palacios, Conceição Alves, Rita Fernandjes e Bruna Rodrigues

Reginacelia Ferreira, Maria Antônia e Lelé Arantes

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populAção ComemorA A volTA De

Rita Fernandjes

O PRP do Espírito Santo obteve uma grande conquista em maio passado: o partido reassumiu a Prefeitura de São Gabriel da Palha. Enquanto os mem-

bros do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-ES) votavam, em Vitória, a população to-mou conta da praça Colombo, no Centro de São Gabriel da Palha, para acompanhar a decisão. A confirmação do quarto voto em favor do perrepista gerou uma festa popular, com direito a discurso do prefeito e uma mega car-reata pelas ruas da cidade. “O povo de São Ga-briel da Palha pode ter certeza que isso tudo serviu de motivação para trabalhar muito mais pela nossa gente. Vamos agora esperar a noti-ficação para reassumirmos o cargo e trabalhar muito em prol da população”, discursou Henri-que Vargas ao povo. Feliz com a vitória, o coordenador político do PRP-ES, Marcus Alves, afirmou para a população que, junto com prefeito Henrique Vargas, irá articular com o deputado estadual Dary Pagung (PRP) emendas e re-cursos para São Gabriel da Palha. “Vamos pleitear jun-to ao governador Renato Casagrande (PSB) uma ação emergencial de apoio”, disse. O prefeito Henrique Vargas e o vice, Valdecir Pinto Cesar, ficaram quatro meses afastados por supostamente ter usado funcio-nários da Assembleia Legislativa do Espírito Santo em sua campanha de 2012. Durante o período de impas-se, o vereador perrepista Braz Monfardini atuou como prefeito interino de São Gabriel da Palha. “O Braz volta a ser presidente da Câmara para seguir como aliado,

pois somos todos do PRP. Enquanto esteve prefeito, Braz foi cavalheiro e prestativo, e Henrique Vargas nunca interferiu na sua gestão, respeitando a deci-são da Justiça”, afirmou Marcus Alves. O TRE-ES de-terminou o afastamento de Henrique Vargas 16 dias após a posse, por acatar denúncia de crime eleito-ral. O ex-deputado estadual teve o mandato cassado e recorreu. Durante o julgamento foi comprovado que os funcionários da Assembleia Legislativa tra-balharam na campanha, mas os juízes entenderam que não houve irregularidade porque, na época, os funcionários estavam de férias. Henrique Vargas foi multado em R$ 20 mil. O prefeito de São Gabriel da Palha disse ter

Cidade recebeu a 11ª edição da Caravana Esportiva, realizada pelo Governo do Estado. A principal

atração foi o VI Campeonato de Futebol

São Gabriel da Palha (ES)Revista Republicana

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De volta à Prefeitura, perrepista criou a união

de cinco municípios para buscar, junto ao

governo do Estado, um Hospital Regional

recebido várias reclamações da população, durante o tempo que ficou afastado, como falta de merenda em escolas e creches, falta de medicamentos nas farmá-cias públicas. “Primeiro a gente tem que organizar a saúde e a educação. Depois vamos fazer o gabinete in-terativo para ajudar na área da segurança”, prometeu. Além disso, anunciou cortes de gastos, já que a cidade teve prejuízo superior a R$ 500 mil devido a perdas de receitas com o Fundap, ICMS e outros. Uma das medidas mais importantes à frente da administração foi criar a união dos cinco municípios – o MULT 5: Multipliq Saúde, Plano da Nossa Gente – para solucionar os problemas do setor. “Discutimos melhorias para a saúde da nossa região e formamos o MULT 5 para buscar, junto ao governo do Estado, um Hospital Regional para São Gabriel da Palha”, explicou Henrique Vargas. O encontro, realizado em 30 de maio, contou com a presença dos prefeitos de Vila Valério, Águia Branca, São Domingos do Norte e Governador Lin-demberg, além do ex-prefeito Luiz Pereira e a Diretora do Hospital Santa Rita, Érica França. O Hospital Santa Rita, que está fechado há dois anos e meio, será indi-cado pelo grupo para ser o hospital regional gerencia-do pelo governo do Estado.

Henrique Vargas com prefeitos e assessores de Vila Valério, Águia Branca, São Domingos do Norte e Governador Lindemberg, e do Hospital Santa Rita, durante a oficialização do MULT 5

Cidade foi representada em dois estandes na EXPOTUR 2013

Enquanto esteve no comando da prefeitura, Braz Monfardini (4º da esq. p/dir.) entregou o Título “Amigo de São Gabriel” à empresa Darlook Jeans

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Vice-prefeito Valdecir Pinto Cezar (à esq.) e o prefeito Henrique Vargas durante a posse

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Adeus, Amigo

Presidente do PRP-BA, Jorge Aleluia, morre vítima de

infarto fulminante

05/03/195704/06/2013

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Rita Fernandjes

O sonho de revolucionar a política baiana era a en-grenagem que impulsio-nava o trabalho do presi-

dente do PRP-BA, Jorge Aleluia, 56 anos. Indignado com o coronelismo histórico que assombra o Estado, o perrepista era um dos principais ar-ticuladores da união de cinco parti-dos considerados emergentes (PRP, PSL, PTdoB, PEN e PSDC) para uma nova forma de fazer política. O ob-jetivo de Aleluia era que o sucesso desse projeto pioneiro no Brasil, fo-cado nas eleições de 2014, servisse de base para uma mudança na asso-ciação dos partidos envolvidos em nível nacional. O empenho em transformar o cenário político baiano fez de Ale-luia o presidente da Federação Esta-dual de Partidos Emergentes (FEPE) – entidade criada em maio passado. Ao lado de Dilma Gramacho, presi-dente do PTdoB na Bahia e eleita se-cretária-geral da FEPE, Jorge Aleluia

iria conduzir a plataforma de união do agrupamento. O primeiro desafio seria redigir o regulamento interno e estatuto, além de estabelecer – com aval dos dirigentes das outras legen-das – os parâmetros para aceitação ou não de novos integrantes. O perrepista estava realmen-te empolgado com o projeto. Tanto que, no último dia 4 de junho, ligou para o amigo Antônio Albino, presi-dente do PSDC na Bahia, e marcou um almoço para discutir algumas estratégias sobre a FEPE, que seriam apresentadas para o grupo em café da manhã marcado para 9 de junho (sábado), na cidade de Itabuna, com diversas lideranças da região Sul e Extremo Sul. Na última conversa telefô-nica feita naquele dia, transmitiu a Antônio Albino o otimismo por acre-ditar que a batalha política estaria ganha. O problema é que Aleluia es-tava prestes a ser derrotado por ou-tro grande inimigo: a doença cardía-ca. Como bom estrategista que era, Jorge Aleluia sabia quais eram os

riscos provocados pelo seu principal adversário e, justamente por isso, fez questão de “desarmar” cada uma das armadilhas - emagreceu 14 quilos, reduziu drasticamente o consumo de sal e passou a praticar exercícios físicos diariamente. Então, pouco depois de se despedir de Antônio Albino, pegou sua chuteira e seguiu para o Clube 2004, na Praia de Armação, na Orla de Salvador, onde há anos jogava fu-tebol com os amigos. Mas um infarto fulminante pôs fim não só à vida de Aleluia, mas principalmente a uma história de luta por uma Bahia e um Brasil melhor. Perderam não apenas os familiares e amigos, mas espe-cialmente a democracia brasileira e o Partido Republicano Progressis-ta (PRP) – partido que ele ajudou a formar e a fortalecer na Bahia; parti-do que ele defendeu com maestria; partido que ele literalmente vestiu a camisa e ergueu a bandeira. O PRP só tem uma coisa a di-zer: MUITO OBRIGADO JORGE ALELUIA POR TUDO QUE VOCÊ FEZ POR NÓS.

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Marcus Alves (ES), Jorge Aleluia (BA), Ailton Lordelo Guimarães (BA), Valdivino Tucura (RO), Marcelo Monterio (DF), Laécio Borges (PI), Edmilson Camelo (DF), Marcelo Souto (AL), no encontro de presidentes do PRP, em novembro de 2012

Jorge Aleluia durante 2º Encontro Nacional de Mulheres (à esq.), em 2011, e encontro de presidentes regionais (à dir.), em 2012

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Bahia

Jorge AleluiA Dá Nome à FreNTe Dos pArTiDos emergeNTesRita Fernandjes

O líder do PRP baiano, Jorge Aleluia, foi homenageado pelos presidentes do PRP, PSL, PTdoB, PEN e PSDC

no Estado da Bahia: eles trocaram o nome da Federação Estadual dos Partidos Emergentes (FEPE) para Frente dos Partidos Emergentes Jor-ge Aleluia. A presidência do grupo, que era ocupada por Aleluia, agora está nas mãos de Ailton Lordelo Guima-rães, também presidente do PRP--BA. Segundo ele, o estatuto e o regimento interno já estão aprova-dos, e a Frente tem até agosto deste ano para decidir a melhor estratégia para as eleições de 2014. Na última disputa eleitoral, os cinco partidos somaram quase 1 milhão de votos no Estado, ficando atrás apenas do

PT, PSD e PP. O principal objetivo é evitar que, a cada oportunidade, quadros eleitos pelas siglas migrem em busca de benefício próprio ou ascensão individual em detrimento do agrupamento responsável pela vitória eleitoral. O deputado estadual Nel-son Leal (PSL) declarou a um jornal local, no mês de maio, que o objeti-vo é atuar como um partido único. “Vamos funcionar como um partido único. Dessa forma, mudaremos o modo como as ditas grandes tratam os nossos diretórios. Aqui não tem legenda de aluguel ou nanica. Temos importantes quadros políticos e ca-pilaridade eleitoral para disputar os espaços e demonstrar a nossa forma de fazer”. Em moção pela morte do perrepista, protocolada na Assem-bleia baiana, o deputado Nelson

Leal disse: “Com posições firmes, Aleluia era um entusiasta da re-cém-criada Frente dos Partidos Emergentes, para qual foi eleito o primeiro presidente durante um almoço realizado no dia 9 de maio em Salvador. Entusiasta deste agru-pamento, o dirigente estava traba-lhando na formulação do regimen-to interno da Frente. Este era um sonho dele. As primeiras reuniões aconteceram há muito e foram ar-ticuladas por ele. Vai deixar uma lacuna que demorará muito tempo para ser preenchida. Com o falecimento precoce de Jorge Aleluia, a responsabilida-de dos dirigentes dos partidos que integram a Frente aumenta. Nós va-mos fazer desta entidade um exem-plo para o País. Este era um objetivo de Aleluia e nós temos que cumprir isso”, diz texto do deputado.

Antônio Albino (PSDC-BA), Nelson Leal (PSL-BA), Dilma Gramacho (PTdoB-BA) e Jorge Aleluia (PRP-BA) durante Encontro Estadual do PRP, em Salvador

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JORGE ROSáRIO ALELUIANascimento: 05/03/1957

Morte: 04/06/2013Natural: Cairu, na BahiaProfissão: Policial Militar

FILIADO NO PRP DESDE 1999

Cargos:Presidente estadual da Bahia desde maio de 2001

2º Vice-Presidente da Executiva NacionalCoordenador da Região 3 (RN, PE, PB, AL, SE e BA)

Presidente da Frente dos Partidos Emergentes

Desempenho nas urnas:2012 - Lançou 21 candidatos a prefeito e elegeu quatro;

lançou 34 candidatos a vice-prefeito e elegeu 14. Obteve 77.007 votos no Estado

Lançou 946 candidatos a vereador, elegeu 125 e obteve 197.658 votos no Estado

2010 - Lançou 24 candidatos a deputado estadual, elegeu três e obteve 243.398 votos no Estado

Lançou 11 candidatos a deputado federal, elegeu um e obteve 75.648 votos no Estado

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Antônio Albino (PSDC-BA), Nelson Leal (PSL-BA), Dilma Gramacho (PTdoB-BA) e Jorge Aleluia (PRP-BA) durante Encontro Estadual do PRP, em Salvador

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Rita Fernandjes

O comando do PRP no Es-tado da Bahia agora está nas mãos do advogado criminalista Ailton Lordelo

Guimarães, então vice-presidente do diretório estadual. “A diretoria toda está unida, trabalhando para suprir a lacuna deixada por Jorge Aleluia. Não é tarefa fácil, porque o PRP era a vida do Aleluia. Ele respirava política 24 horas e desempenhava seu trabalho com muito afinco”, diz. A mudança refletiu em toda a estrutura do diretório estadual. Ao lado de Lordelo estão Everaldo Cha-ves Júnior (primeiro vice-presidente), Aldo Oliveira Silva (segundo vice-pre-sidente), Alexandre Gomes Marques (secretário-geral da Estadual), Pablo Oliveira e Silva (suplente), Maria Lú-cia dos Santos Lima (presidente do PRP Mulher da Bahia) e João Alves da Silva Filho (presidente do PRP Jovem da Bahia). Lordelo, que está no par-tido há mais de 20 anos, também é presidente do diretório municipal do

PRP em Itaparica – cargo que ele dei-xará até o final de 2013. “Como tive de assumir a presidência estadual, e 2014 será ano eleitoral, vou pedir uma nova eleição para a presidência do diretório de Itaparica. Não tenho condições de acumular este cargo”, afirma. Com a morte de Aleluia, Lor-delo também assumiu a coordenado-ria do partido na Região 3 (RN, PE, PB, AL, SE e BA) e a presidência da Frente dos Partidos Emergentes Jorge Ale-luia. Já a segunda vice-presidência da Executiva Nacional, ocupada por Ale-luia, ficou com a presidente do PRP--PB, Maria da Luz Silva. “Como eu era vice-presiden-te, estava a par das estratégias traça-das por Aleluia para o PRP na Bahia. Agora vamos continuar as negocia-ções, e tentar trazer os nomes que já estavam na mira de Aleluia, além de outros que surgiram”, afirma. Lordelo é delegado aposentado, ex-Procura-dor-Geral de Itaparica e já disputou a prefeitura e a vice-prefeitura de Ita-parica, nas eleições de 2000 e 2004, respectivamente.

Ailton loRDelo GuimARães Assume

Quem éAilton loRDelo GuimARães

Nascimento: 01/02/1938Profissão: Advogado criminalista,

delegado aposentado e ex-Procurador--Geral de Itaparica. Pós graduado em Direito Público e Controle Municipal e

em Direito Eleitoral

Filiado no PRP há mais de 20 anos

CARGOS ANTERIORES: Vice-presidente do PRP-BA (2003-2013)

Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (1996-2008)

Presidente da Associação dos Delegados de Polícia da Bahia (2003-2007)

CARGOS ATUAIS: Presidente do PRP no Estado da Bahia

Coordenador do PRP na Região 3 (RN, PE, PB, AL, SE e BA)

Presidente da Frente dos Partidos Emer-gentes Jorge Aleluia

Presidente do diretório municipal do PRP em Itaparica

PResiDênciA

executivA estADuAl Presidente: Ailton Lordelo Guimarães

1º Vice-presidente: Everaldo Chaves Júnior 2º Vice-presidente: Aldo Oliveira Silva

Secretário-geral: Alexandre Gomes Marques Suplente: Pablo Oliveira e Silva

Presidente do PRP Mulher: Maria Lúcia dos Santos Lima Presidente do PRP Jovem: João Alves da Silva Filho

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É triste a morte de um homem bom: Jorge Aleluia, grande amigo pessoal, sempre marcou sua presença com riso e festa, deixando grande saudade e tristeza na sua ausência. Amigo de todas as horas e mestre na administração do PRP-BA, Jorge Aleluia não tem subs-tituto nem na vida, nem na lembrança... “As pessoas boas não morrem, ficam encantadas”, disse Guimarães Rosa. E é as-sim, encantado, que está agora o céu, recebendo a alma pura e alegre de Jorge Aleluia. Sua despedida nos enche de tristeza e saudade, mas o sorriso contagiante que nunca saiu de seus lábios em vida nos consola na dor deste triste momento de despedida.

Marcus Alves é coordenador político do PRP-ES

Em nome de todos os perrepistas do Mato Grosso do Sul quero aqui manifes-tar a nossa tristeza com ausência deste grande companheiro.

Dourival Betini é presidente do PRP-MS

É com muita tristeza que sentimos a partida de nosso querido Aleluia, amigo de to-das as horas, irmão por afinidade! O Aleluia passou por nosso convívio nesta vida para nos deixar o exemplo de persistência, força e garra!! A família PRP está entristecida. Espero que você Cida, grande companheira de Aleluia, tenha muita fé, pois quando pessoas que ama-mos nos deixam desta forma, em um piscar de olhos, só conseguimos continuar a caminhada com muita Fé e acreditando que ele aqui deixou a sua semente. Vitória que tivemos a alegria de ser escolhido por ele para convivermos, ainda que pouco, e nos deu a alegria de aprender e viver intensamente. Gostaria de abraçar cada um de seus familiares, mas infelizmente não conseguimos voo para todos! Daqui rezo por você Aleluia, por você Cida e por todos que neste dia perderam um pouco de si! Um grande beijo no coração de todos vocês!

Carla Charuli Resende

Como presidente do PRP Municipal de Lauro de Freitas (BA) deixo aqui registrada a minha admiração, carinho e respeito por este Jorge Aleluia, que tanto me incentivou, apoiou e ensinou que a política pode e deve ser feita com responsabilidade e hones-tidade e que construiu comigo uma amizade verdadeira. Que Deus conforte a família para que possam superar este momento de dor e tristeza.

Alexandre Marques, vereador e presidente do PRP de Lauro de Freitas (BA)

O PRP do Pará também está de luto. Neste momento de profunda consternação geral, deixo registrado em meu nome pessoal, e de todos os filiados, prefeitos, vices-prefei-tos e vereadores do PRP-PA, o mais profundo sentimento de pesar e nossas condolências e solidariedade ao PRP Nacional, ao PRP da Bahia e aos familiares do nosso querido amigo e grande liderança nacional do PRP, Jorge Aleluia. Nosso querido Aleluia, que a todos con-tagiou e conquistou com sua alegria, simpatia e trabalho político altamente competente e profissional, nos fará muita falta. O PRP perdeu fisicamente grandes e queridos amigos e líderes, como os saudosos Dr. Dirceu Resende, Valadares da Paraíba, Odacir Dal Santo (ex--Prefeito de Santa Maria das Barreiras - Pará) e agora o Aleluia. Mas eles permanecerão eternamente conosco, na saudade, na lembrança e servindo de exemplo, incentivo e mo-tivação para vencermos desafios e levarmos o nosso PRP a grandes VITÓRIAS. Que DEUS receba no Paraíso o nosso querido Aleluia, e dê paz à sua alma, e conforte e mantenha na fé de seus familiares e amigos. Jorge Rezende é presidente do PRP-PA

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Perdi um grande amigo. Minha alma só pôde acreditar quando meus olhos o viram e meus dedos sentiram o frio da pele de sua testa. Que sua nova caminhada seja suave.

Lelé Arantes, secretário-geral do PRP Nacional

Acabo de receber uma notícia muito triste para nós que fazemos o PRP no Brasil: Faleceu um dos líderes nacionais do PRP e presidente regional do PRP-BA, Jorge Aleluia. Meu Deus, que Deus o tenha na Paz do Senhor.

Laécio Borges é presidente do PRP-PI

O Aleluia é uma pessoa que sempre estará em nossa memória. Ele chegou ao PRP após convite de Altamir Greco e Dirceu Resende e desde então lutou pelo crescimento do partido. Era o homem que fazia questão de honrar a palavra e também de tratar todas as pessoas com igualdade, indiferente de profissão ou classe social. Não vamos jamais nos esquecer de Aleluia, especialmente pelo exemplo de motivação e luta, pois ele defendeu o partido com unhas e dentes e sempre colocou o PRP em primeiro lugar.

Ovasco Resende é presidente Nacional do PRP

Sempre me lembrarei do presidente Jorge Aleluia e da sua conduta alicerçada na honesti-dade. Minha solidariedade e sentida homenagem, com muita emoção e respeito a todos os seus familiares. Perdemos um grande amigo e também um grande professor político.

Maria Lúcia dos Santos Lima é presidente do PRP Mulher da Bahia

Jorge Aleluia foi um grande companheiro, que militou por muito anos no Partido Republica-no Progressista e sua morte foi uma perda inestimável.

Chico das Verduras é deputado federal e presidente do PRP-RR

O mundo político está em luto. Jorge Aleluia era um excelente político e humano, além de tudo. Ele pensava muito no futuro político da Bahia.

Dilma Gramacho é presidente estadual do PTdoB na Bahia

Jorge Aleluia vai deixar uma lacuna que demorará muito tempo para ser preenchida. A Federação Estadual dos Partidos Emergentes (Fepe) era um sonho dele. As primeiras reuniões aconteceram

há muito e foram articuladas por ele. Nós vamos fazer desta entidade um exemplo para o País. Este era um objetivo de Aleluia e nós temos que cumprir isso

Nelson Leal (PSL) é deputado estadual da Bahia

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Mensagens postadas no facebook

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secaPrefeito Paulo Cesar Cardoso de

Azevedo busca recursos para perfurar cinco poços profundos

Livramento de Nossa Senhora (BA)

cidade admiNistrada por perrepisTA é castigada pela

Rita Fernandjes

A cidade de Livramento de Nos-sa Senhora, na região sudeste da Bahia, sofre as consequên-cias provocadas pela pior es-

tiagem dos últimos 40 anos: dois anos sem chuva. Embora uma tempestade tenha sido registrada em abril, a cidade chegou a integrar a lista dos 214 mu-nicípios baianos em situação de emer-gência por conta da seca. De acordo com o prefeito Pau-lo Cesar Cardoso de Azevedo (PRP), a falta de água pelo período de dois anos prejudicou a produção de manga e ma-racujá e deixou 3,8 mil trabalhadores com carteira assinada desempregados. O número aumenta para 7 mil traba-lhadores quando contabilizada a região de Livramento, que inclui as cidades de Dom Basílio e Rio de Contas. O Estado da Bahia é o maior produtor de maracujá do Brasil, sendo que a região de Livramento é respon-

sável por 30% da produção nacional. Antes da seca, a área plantada nos três municípios somava 20 mil hecta-res, número que atualmente não passa de nove mil, segundo dados Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). Os produtores reduziram 60% do plantio comparado a 2012, quando

a safra rendeu 144 mil toneladas. Em 2011 foram 180 mil toneladas. A cida-de também tinha o título de segunda maior produtora de manga do Estado, com 150 mil toneladas da fruta por ano, mas 90% da produção dessa safra (qua-tro mil hectares) foram perdidos. “Calculamos que o prejuízo mé-

Paulo Cesar Cardoso de Azevedo (PRP), prefeito de Livramento de Nossa Senhora

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dio anual foi de R$ 120 milhões. Os pro-dutores que tinham 20 funcionários an-tes da estiagem agora têm apenas um. Registramos 3,8 mil pedidos de seguro desemprego somente em Livramento. Mas a cidade garantia emprego para trabalhadores dos municípios vizinhos”, afirma o perrepista. O prefeito explica que a maioria das propriedades depende de irrigação, mas com o nível baixo do Rio Brumado, que abastece a região, não foi possível irrigar as plantações. “Estamos reivin-dicando junto ao governo federal re-cursos para a perfuração de poços ar-tesianos e construção de barragens. A cidade necessita de cinco poços profun-dos, com mil metros de profundidade. O problema é que cada poço custa, em média, R$ 500 mil, ou seja, demanda um investimento que o município não tem”, afirma. Para tentar amenizar o prejuí-zo causado pela estiagem, a prefeitura retomou o projeto Indústria Cidadã, da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (SUDIC) – autar-

quia vinculada à Secretaria da Indús-tria, Comércio e Mineração (SICM) do governo do Estado. O prefeito explica que o projeto iniciou em 2007 e ficou desativado até 2011, quando passou a fazer parte do Programa Vida Melhor, através da construção de Galpões Mil-tifuncionais. De acordo com o prefeito, somente em janeiro deste ano o Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (MAPA) aprovou o projeto de modificação de um galpão para a pro-dução de polpa de frutas. O local, no entanto, teve de passar por um proces-so de adaptação na planta para atender as necessidades da agroindústria de processamento de frutas. A Unidade Produtiva terá ênfase na produção de polpas de manga e maracujá, e a gestão do negócio será feita pela Associação do Assentamento do Perímetro Irriga-do do Brumado Bloco II, existente em Livramento de Nossa Senhora. O investimento para adaptação do galpão, de 323m², e aquisição dos equipamentos será de quase R$ 550 mil. Ao todo, serão 200 miniprodutores

beneficiados com a implantação do em-preendimento. “O prazo para entrega do Galpão Miltifuncional, com todos os equipamentos necessários à atividade produtiva, é até o final de 2013. Nesse período, os trabalhadores serão capaci-tados para atuar na indústria de polpa de frutas que irá abastecer todo o Esta-do”, afirma. O perrepista explica que o pro-jeto inclui convênio com o Senai e Se-bre. “Todos os equipamentos a serem adquiridos para a indústria no municí-pio foram dimensionados pelo Senai, que é responsável pelo desenvolvimen-to da tecnologia do processo produtivo e capacitação técnica dos associados. Já o Sebre vai realizar o acompanhamen-to e dar apoio à atividades desenvolvi-das pelas associações de produtores na área de gestão, empreendedorismo e comercialização”, observa. Além da geração de emprego, o prefeito também está preocupado com a saúde e educação dos munícipes. Até o final deste ano será concluída a cons-trução de uma creche com capacidade para 200 crianças, e um ginásio de es-portes no distrito de Iguatemi. A cre-che demandou investimento de R$ 1,8 milhão e vai gerar cerca de 70 vagas de trabalho, entre auxiliares e professores. Na área da saúde o destaque é a policlínica, que atende a média de 100 pacientes por dia nas áreas de pediatria, ginecologia, cirurgia geral e gastroente-rologia. “A população também está feliz com a inauguração do banco de sangue do Hospital Municipal de Livramento. Antes, para realizar uma cirurgia era necessário recorrer ao banco de sangue de outras cidades. Este é, sem dúvida, mais um avanço para a cidade”, afirma.

Nilson Dantas, secretário de Obras e Serviços Urbanos, Maria de Lourdes, gerente da Embase, e Prefeito Paulo Azevedo

O prefeito Paulo Azevedo ao lado do deputado federal Lúcio Vieira Lima, durante o 2º Encontro dos Municípios Sustentáveis, em Brasília

Paulo Azevedo (PRP) com o secretário de Obras, Nilton Dantas, e o vice-governador da Bahia, Otto Alencar, em Salvador

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