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Revista MBA, a Revista dos brasileiros na Nova Zelândia

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Numa  época  onde  uma  menina  adolescente  afegã  (Malala  Yousafzai)  ganha  o  Nobel  da  paz  pela  sua  luta  a  favor  da  educação  de  outras  jovens  como  ela,  onde  o  movimento  Lean  In,  da  COO  do  facebook  Sheryl  Sandberg  moEva  mulheres  a  assumirem  riscos  e  se  lançarem  em  busca  de  seus  objeEvos  sem  medo  e  onde,  possivelmente,  a  maior  potência  econômica  mundial  pode  eleger  sua  primeira  presidenta  (Hillary  Clinton),  é  impossível  não  observar  uma  mudança  nos  caminhos  pelos  quais  vemos  as  mulheres  na  nossa  sociedade.      Nesse  quase  um  ano  de  Revista  MBA  percebi  que  é  inegável  a  parEcipação  e  envolvimento  de  algumas  mulheres  incríveis  na  comunidade  brasileira  da  Nova  Zelândia.    Nesses  úlEmos  meses  Eve  o  privilégio  de  ter  conhecido  mulheres  inteligentes,  ambiciosas,  corajosas,  cheias  de  personalidade  e  com  muita  sede  de  contribuir  em  prol  de  uma  sociedade  mais  justa.  Por  isso  esse  mês  a  revista  é  dedicada  a  nós,  mulheres.      A  matéria  mais  importante  dessa  edição,  é,  sem  dúvidas,  o  arEgo  sobre  Violência  DomésEca.  As  quatro  brasileiras  que  generosamente  comparElharam  suas  histórias  com  a  gente  esperam  que  seus  caminhos  não  se  repitam  e  que  outras  mulheres  saibam  o  que  fazer,  o  quanto  antes,  para  saírem  de  relações  abusivas.      Nossa  colunista  Camila  Nassif  escreveu  sobre  a  saúde  Xsica  e  mental  da  mulher  e  da  necessidade  de  se  colocar  em  primeiro  lugar,  e  com  um  texto  cheio  de  personalidade  e  empolgação,  Isabelle  Mesquita  fala  do  poder  de  ser  você  mesma  e  não  cair  nos  padrões  impostos  pela  sociedade.  Seja  livre!      Na  nossa  capa,  quatro  dos  cabeleireiros  brasileiros  que  mais  badalam  as  madeixas  das  mulheres  na  Nova  Zelândia,  Amanda,  Caroline,  Daniel  e  Gisele  dividem  com  a  gente  a  sua  trajetória  trabalhando  aqui,  suas  dificuldades  e  o  que  é  trend  para  o  resto  do  ano.      Ainda  temos  uma  coluna  nova,  com  Luiza  Veras,  Erando  todas  as  suas  dúvidas  sobre  impostos  e  contabilidade  na  NZ,  e  Rosana  Melo  escreve  um  arEgo  completo,  bem-­‐feito,  claro  e  simples  de  entender  sobre  os  Diplomas  neozelandeses  (mais  ou  menos  o  nosso  curso  técnico  brasileiro)  e  como  esse  curso  pode  ser  seu  pontapé  inicial  no  processo  de  imigração  à  Nova  Zelândia.      Duda  Hawaii,  um  dos  nossos  fotógrafos  colaboradores,  escreveu  um  texto  empolgante  sobre  a  sua  travessia  do  Tongariro,  uma  das  caminhadas  mais  bonitas  do  mundo  (com  fotos  espetaculares)  e  Peterson  Fabricio,  nosso  agente  de  imigração  de  plantão,  fala  do  visto  de  trabalho  aberto  dado  aos  que  se  formam  por  aqui.      Tem  informação  para  todos  os  gostos.  Se  divirtam!     Cristiane Diogo

MBA Maio– Edição 10

Nº4/2015

WWW.REVISTAMBA.CO.NZ

Editorial

EDIÇÃO  CrisEane  Diogo  

 DIAGRAMAÇÃO  CrisEane  Diogo  

 COLUNAS  

Peterson  Fabricio  Camila  Nassif  Luiza  Veras  Duda  Hawaii  

 FOTOGRAFIA  Rafael  Bonado  Duda  Hawaii  

 CAPA  

Monique  Derbyshire    

PARA  ANUNCIAR  [email protected]  

 COLABORADORES  Abril  2015  

Mauricio  Pimenta    

AGRADECIMENTO  Abril  2015  Amanda  Cabral,  Caroline  Nihomatsu,  Daniel  Cunha,  Giselle  Chaves,  Lena  Nascimento,  Regina  Santos,  Patricia  

Dalcuque,  Claudia  Kikuchi,  Luiza  Veras,  Rosana  Melo,  Isabelle  Mesquita,    

Rita  Oliver.        

A Revista MBA é uma publicação independente com a finalidade de informar a comunidade brasileira da Nova Zelândia e dilvulgar produtos e serviçoes que sejam do interesse dessa comunidade. A versão online desta publicação é gratuita. É proibida qualquer reprodução impressa ou digital, cópia do conteúdo, matérias, anúncios ou elementos visuais, bem como do projeto gráfico apresentados na Revista MBA com base na LEI DE DIREITOS AUTORAIS Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, com respaldo internacional.

MAI

O 2

016

Num momento extremamente turbulento para a sociedade brasileira, os brasileiros na Nova Zelândia acompanham com aten-ção o desenrolar do afastamento da presidente Dilma e a posse, de forma interina, de Michel Temer. O discurso do Ministro das Rela-ções Exteriores, José Serra, que pode ser lido e ouvido aqui, fala das linhas gerais nos diversos setores da política externa e tem um pará-grafo referente às Comunidades Brasileiras, no qual ele afirma que serão enviados esforços para garantia de qualidade no atendimento aos brasileiros no exterior.

De última hora decidimos acrescentar à essa edição a opinião de dois brasileiros que moram a mais de uma década na Nova Ze-lândia e falam porque são a favor e contra ao Impeachment. No mo-mento, estou no Brasil e os ânimos estão aquecidos, não podería-mos deixar de falar sobre o assunto.

O clima de incerteza e de insatisfação foi um dos maiores mo-tivos pelos quais decidimos publicar a matéria de capa desse mês, "Imigrando com a família na NZ". Cada vez mais, o perfil do imigran-te tem mudado. O jovem de vinte e poucos anos, que quer desbra-var o mundo e aprender inglês, agora se une ao profissional capaci-tado com anos de experiência e suas famílias que buscam uma vida melhor em outro país. Aos que querem tentar a Nova Zelândia, o material completo que fala sobre língua, educação, saúde, moradia e até terremotos vai responder a maioria das perguntas de quem quer imigrar e fomentar outras. O depoimento de duas famílias que imigraram recentemente ilustram essa história.

Para aqueles viajando sozinhos, a opção de morar numa casa kiwi, num esquema de homestay, é uma ótima pedida! Roberta Viei-ra explica todos os detalhes para gente.

Vera Cristina volta a escrever para a revista e dá continuação ao seu artigo da edição passada sobre Viver o Novo e os desafios que encontramos quando imigramos para outro país. Luiza Veras, na sua coluna de contabilidade, fala sobrel o visto necessário para abrir uma empresa na Nova Zelândia. Já a doutora Camila Nassif continua desmis-tificando os mitos sobre dieta na sua coluna sobre Saúde e Exercício.

E para conhecer as belezas desse país fenomenal, Mary Rocha compartilha sua viagem ao Parque Nacional Abel Tasman, uma das muitas jóias naturais da NZ. E o talentoso fotógrafo Juliano Baby, mostra toda beleza da pequena e estonteante Arrowtown, na ilha sul do país, no ensaio fotográfico desse mês.

Boa leitura!

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EDIÇÃOCristiane Diogo

REDAÇÃO Gabriela Ferrão

DIAGRAMAÇÃO Tereza Manzi

COLUNASCamila Nassif

Luiza Veras

FOTOGRAFIA CAPARafael Bonatto

ENSAIO FOTOGRÁFICOJuliano Baby

COLABORADORES MAIO 2016Vera Cristina de Paula,

Roberta Vieira, Mary Rocha

AGRADECIMENTO MAIO 2016Roberto Mukai, Adriano Melo,

Dalton Herbandez, Sandro Leite.

A Revista MBA é uma publicação independente com a finalidade de informar a comunidade brasileira da Nova Zelândia e divulgar produtos e serviços que sejam do interesse dessa comunidade.

A versão online desta publicação é gratuita.

É proibida qualquer reprodução impressa ou digital, cópia do conteú-do, matérias, anúncios ou elementos visuais, bem como do projeto gráfico apresentados na Revista MBA com base na LEI DE DIREITOS AUTORAIS Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, com respaldo internacional.

www.revistamba.co.nz

PARA [email protected]

MAIO - EDIÇÃO 21N° 04/2016

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ORGANIZAÇÃO APOIO

40 ABEL TASMAN

12 EXERCÍCIO, ESPORTE, DESEMPENHO E ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL:DICAS DE HÁBITOS PARA MELHORAR A SAÚDE - PARTE II

06 PORQUE A HOMESTAY PODE SER A MELHOR OPÇÃO DURANTE SEU INTERCÂMBIO

48 IMPEACHMENT:A FAVOR OU CONTRA?

46 CONTABILIDADE:ABRA SUA EMPRESA NA NZ

16 VIVENDO O NOVO: ADAPTAÇÃO CULTURAL

20 ENSAIO FOTOGRÁFICO:ARROWTOWN - A BELA DO SUL

36 IMIGRANDO PARA A NOVA ZELÂNDIA:DEPOIMENTOS DE QUEM CONSEGUIU

28 IMIGRANDO COM A FAMÍLIA PARA A NOVA ZELÂNDIA

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6 maio 2016

Porque a Homestay Pode ser a melHor oPção durante seu intercâmbio

Escolher o país, a cidade e a escola onde você vai estudar já é um desafio… Adicione ao

seu dilema, escolher o tipo de acomodação onde você ficará durante o seu curso. Essa de-

cisão pode parecer ainda mais complicada.Imaginar que você estará vivendo com

uma família que não é a sua e ainda não fala o mesmo idioma, pode ser assustador

ou causar pelo menos um desconforto.

Por Roberta Vieira

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Todos os dias lidamos com estudantes que decidiram sair da zona de conforto e se aventurar deste lado do mundo e o resultado…ah o resultado! É repleto de experiências únicas, de crescimento e amadurecimento. Portanto se você ainda tem dúvidas de que vale à pena ou não, deixa eu te contar um pouco mais sobre o que é esta tal de Homestay.

É muito comum aqui na Nova Zelândia conhecer famílias que abrem suas casas para pessoas dos mais diversos países e culturas. Tendo ficado em homestays mais de uma vez, eu posso dizer que a motivação das famílias não é apenas financeira, geralmente vai muito além.

Quando chegamos por aqui, tudo é novidade e se você escolher uma homes-tay, terá seu quarto preparado, pessoas te esperando e com o entendimento de que você está aqui para aprender uma nova língua e sobre a cultura da Nova Zelândia.

Ficar em homestay é apenas uma das opções de acomodação, mas sempre reco-mendamos essa experiência pelo menos nas primeiras 4 semanas iniciais.

Por quê?Os benefícios são enormes e vou colocar alguns deles pra que

possam entender:Custo -  Geralmente a homestay tem valores atrativos em compara-

ção com apartamentos estudantis, como hostel e hotéis. Em media, os valores para homestay giram em torno de $250NZD por semana + taxa única pra encontrar sua família),

Refeições – São incluídas no pacote. A homestay mais comum, que é meia pensão, inclui café da manhã e jantar durante a semana e 3 refeições nos finais de semana. Assim, você não precisa se preocupar em comprar e preparar nada. Neste período, você poderá se familiari-zar com os supermercados e produtos vendidos no país, o que facilita bastante.

Aprendizado do idioma – Como tudo é organizado para o estudante, você terá a oportunidade de continuar estudando, mesmo fora da sala de aula. Sem contar que a família poderá te ajudar a falar corretamente e muitas vezes você ainda aprenderá expressões e gírias locais.

Conhecimento do bairro e atrações locais - Com certeza eles poderão te indicar lugares para conhecer ou restaurantes. Não importa há quanto tem-po você mora aqui, geralmente os moradores locais sabem de lugares bem interessantes que muitas vezes passariam batido durante sua viagem.

Cultura do país -  Você tem a oportunidade de vivenciar esta nova cul-tura, aprender com a oportunidade de ter participado desta experiência. Seja em relação às refeições, maneiras diferentes de fazer as coisas, ce-lebrações, história do país e muito mais.

Mas lembre-se que existem diferenças

culturais. Esteja aberto a ver o mundo por outras lentes,

e claro, a comunicação é a

melhor saída.

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8 maio 2016

Networking – A sua homestay estará próxima de você e provavel-mente será um dos seus primeiros networks (contatos) por aqui. Vemos casos de estudantes que tem um ótimo relacionamento com a homes-tay e acabam conhecendo amigos, que podem gerar (quem sabe) uma oportunidade de trabalho.

Mas claro, existe também um outro lado … Cada homestay tem uma rotina familiar atreladas as regras da casa. Muitas vezes em um pri-meiro momento podem parecer estranhas ou podem não fazer muito sentido. Mas lembre-se que existem diferenças culturais. Esteja aberto à ver o mundo por outras lentes, e claro, a comunicação é a melhor saída.

Para facilitar vamos aí vao algumas dicas:

YES NO

Tempo para tomar banho ( 5 ou 10 min) Casa, quarto sujo

Restrição de 1 banho por dia Acesso á internet ilimitado gratuitamente

Horário para jantar Obrigação de ficar fora da casa o dia todo

Restrição de horário para barulho Não oferecer as refeições conforme contrato

Cobrança extra pelo uso de internet Te levar para escola ou passeios

Explicar como usar a máquina de lavar Lavar suas roupas

Pedir que avise caso não venha jantar Pedir para você limpar a casa

Pedir que você ajude com louças após jantar

Pedir que você avise o tempo todo onde está

Não deixar que você cozinhe Pedir para você preparar as refeições para família

Minha última experiência em homestay foi no começo deste ano e foi cheia de surpresas boas. Fiquei hospedada com uma família em Hamilton, onde o jantar era preparado com carinho todos os dias, sem ter cardápio repetido em um mês. Quartos espaçosos, piscina aquecida e uma família muito simpática.

É importante que você entenda o que está escolhendo e que tire todas as suas dúvidas com seu agente. No nosso caso, consegui-mos muitas vezes explicar que nem tudo é problema. Muitas vezes são apenas hábitos diferentes de realizar determinadas tarefas.

Se você está lendo

este artigo e imaginando

que seria interessante hospedar um

estudante internacional, vá

em frente

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Na maioria das vezes o endereço da ho-mestay é enviado bem próximo da data de embarque. Isso ocorre devido a alta rotati-vidade e o grande número de estudantes internacionais na Nova Zelândia.

As famílias podem ser bem variadas. Pode ser um casal (com filhos ou sem fi-lhos), somente uma pessoa, pessoas mais velhas, com animais de estimação ou não. E levando tudo isso em conta, você pode-rá especificar suas preferências. Mas é importante ser sensato ao preencher seu pedido de homestay.

Atualmente existem no mercado em-presas especializadas em  homestay  e é em parceria com essas empresas que trabalhamos. Assim conseguimos ter um contato mais próximo para resolver qual-quer problema ou mal entendido. Também podemos conseguir opções mais específi-cas, como quarto com banheiro exclusivo ou residências mais próximas da escola.

Outra vantagem é que essas empresas são especializadas em homestays, o que nos deixa bem tranquilos em relação às famílias ou pessoas escolhidas, pois sabe-mos que a casa foi previamente visitada. Os moradores da casa também tem ante-cedentes criminais checados e passaram por um processo de entrevista detalhado para serem aceitas por essa empresa.

Se você está lendo este artigo e ima-ginando que seria interessante hospedar um estudante internacional, vá em fren-te. Você poderá enviar seu pedido de ca-dastro para empresas de homestay, high school, escolas de inglês, politécnicas e universidades.

Eles irão te guiar pelo processo e requi-sitar informações necessárias para cadas-trar a sua residência como homestay. Na maioria das vezes, antes de receber um estudante, irão checar também quais as nacionalidades que vivem na casa, o nível de inglês dos residentes, para que não haja conflito com a nacionalidade e idioma do possível estudante a ser hopedado. Geral-mente você irá precisar de um quarto com cama e uma mesa de estudos, onde o es-tudante possa estudar e fazer homework. Dependendo da idade do seu hóspede, se-rão necessários mais requerimentos (em caso de estudantes menores de 18 anos).

Enfim, homestay é uma experiência no mínimo interessante e que com certeza vale a pena viver. Você aprenderá muito mais sobre si mesmo, sobre suas limita-ções e capacidades. Entenderá e valorizará o cuidado e o carinho da sua família no Bra-sil e ainda terá a chance de conhecer pes-soas bacanas e formar laços de amizade em um novo país.

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12 maio 2016

Exercício, Esporte, Desempenho e Estilo de Vida Saudável

Por Camila Nassif

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Dicas de hábitos para melhorar a saúde - Parte II

Mês passado, na edição de abril da Revista MBA, começamos a primeira parte desse artigo sobre mitos e verdades sobre dietas, que levanto questões que

muitas vezes são tidas como verdade, vamos aprender um pouco mais?

Suplementos para emagrecer não funcionam na sua maioria.

Temos uma tendência de procurar o que chamamos de “pílula mágica”! Muitas ve-zes é mais fácil acreditar que tomar algo, vai fazer você atingir os resultados deseja-dos para a sua saúde. Mas a realidade que conhecemos é outra. As opções são inúme-ras, da famosa Garcinia Cambogia, à por-ções caseiras e sucos que prometem ema-grecer. Mas os resultados são sempre os mesmo, mínimos e quase imperceptíveis.

A grande maioria das mudanças ob-servadas com o uso de suplementos ou poções mágicas para emagrecer são, na verdade, resultado da mudança nos hábi-tos que o indivíduo faz, independente da suplementação, como “limpar”a dieta e se exercitar regularmente.

Estudos científicos que avaliam o efei-to desses suplementos não observam muitos benefícios em utilizá-los, mas res-saltam alguns alimentos que podem esti-mular o metabolismo naturalmente, como a pimenta cayenne, o chá verde e a canela.

Sua saúde é muito mais do que um número na balança!

Muitas pessoas são fixadas na busca de um peso ideal, de um número que co-

locam na cabeça, que acreditam que se pesassem aquele peso, seriam pessoas muito mais felizes. Mas a verdade é que a sua saúde e a sua felicidade é muito mais que isso. Não podemos falar de um núme-ro na balanca sem falar de gordura corpo-ral. Possuimos a gordura interna e a gor-dura subcutânea. A gordura subcutânea é aquela que mais nos incomoda por que é aparente. A gordura subcutanea é energia depositada de reserva. Nos incomoda, por que começamos a não mais servir nas rou-pas que gostamos e começamos a odiar o espelho! O problema dela é quando come-ça a ser excessiva, não tanto pela questão estética, mas por sobrecarregar o coração e as articulações, muitas vezes dificultan-do a mobilidade. Mas a gordura mais preo-cupante é a gordura interna, aquela que quando excessiva, compromete o funcio-namento dos órgãos. É com ela que deve-mos nos preocupar.

Calorias são importantes, mas você não necessariamente precisa contá-las.

As calorias ingeridas são importantes, pois nada mais é que a energia que você está ingerindo para dar energia para o seu corpo, seus músculos e seus órgãos. Mas contá-las pode ser uma coisa estressan-te para algumas pessoas e no final das

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contas o que é mais importante é a qua-lidade dessas calorias que estão sendo ingeridas. Pensa em 100 calorias de bró-coli e 100 calorias de chocolate? Temos a mesma quantidade de calorias, mas não temos o mesmo potencial nutricional do que esta sendo ingerido. Para não dizer nesse caso, que um tem muitos nutrientes e o outro quase nenhum.

Isso não quer dizer também que se deve consumir alimentos de forma deliberada. A moderação deve ser a palavra chave. Mas o que costumo aconselhar às pessoas é: sem-pre reflita sobre a densidade nutricional do alimento que você está escolhendo ingerir e dar sempre preferência a eles. Com modera-ção, não precisará contar calorias.

Comida processada e Fastfood podem ser viciantes.

Alguns estudos científicos têm mostra-do uma relação similar entre a ingestão de

comidas processadas e o abuso de drogas. Ambos, estimulam uma área do cérebro e hormônios do bem estar, como a endorfina.

Apesar dessa capacidade viciante dos alimentos, outros estudos já mostraram que o cérebro pode ser retreinado. Um es-tudo revelou que após indivíduos serem educados em relação a alimentos sau-dáveis, após um tempo de adaptação, as mesmas áreas do cérebro ligadas ao bem estar, antes ativadas por comidas calóri-cas e pouco saudáveis, estavam sendo ativadas pelos alimentos saudáveis.

Não confie nos dizeres saudáveis das embalagens. Só porque uma comida tem um rótulo de orgânico ou sem glúten, não quer dizer que é saudável.

Não se esqueçam do poder do marke-ting. A embalagem é feita pra chamar sua atenção, e para fazer você querer comprar e consumir aquele produto. Comidas pro-cessadas podem ser feitas com produtos

orgânicos, mas mesmo as-sim são processadas. Co-midas processadas podem ser sem gluten, mas podem ter ingredientes que não são saudáveis.

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A melhor coisa a fazer é ler os ingre-dients e todo o fine print atrás da emba-lagem. Ali, você terá informações muito mais valiosas, para decidir se esse é um alimento que você quer colocar no seu or-ganismo ou não.

Consumo de óleo vegetal refinado deve ser evitado.

O consumo de óleos vegetais deve ser evitado. Por muitos anos, o consumo de óleo vegetal foi estimulado devido a sua característica de não possuir colesterol. Os óleos vegetais são processados com uso de químicos pesados. Além disso, possui uma concentração alta de Omega 6, que está associado a doenças do cora-ção. O organismo necessita de um equilí-brio entre Omega 6 e omega 3, e a dieta moderna é altíssima em Omega 6. O ideal é aumentar o consumo de peixes, que pos-suem uma concentração maior de Omega 3. Algumas pessoas usam suplementos alimentares, como capsulas de óleo de peixe, ou o óleo mesmo, para ser adicio-nado diretamente em saladas e vitaminas.

Culpar problemas de saúde atuais em comidas antigas não faz sentido.

Culpar problemas atuais de saúde em comidas antigas não faz o mínimo senti-do. A obesidade e diabetes começaram a crescer na década de 80, quando tivemos um bombardeio de comidas processadas e com a gordura saudável natural dos ali-mentos sendo retirada. Carne, ovos e a manteiga, assim como a gordura de por-co foram crucificadas depois que um pes-quisador, na década de 70, apresentou um artigo com manipulação dos dados para

atingir seus interesses, afirmando que gordura animal e saturada causavam pro-blemas do coração. Hoje, sabemos que o açúcar tem um papel muito mais presente na contribuição dos problemas cardíacos do que a gordura. Não faria mais sentido refletir sobre as comidas processadas, os grãos refinados e o açúcar adicio-nado aos alimentos, que ocorreu antes dessas doencas virarem o problema que são hoje? Todos deveriam assistir o filme “The sugar film”.

Espero que essas Informações te-nham dado uma luz, com algumas dicas

para mudar sua alimentação e seus hábitos para vida. Que a construção da

sua saúde, seja feita todos os dias, a cada escolha, pra nutrir o seu corpo da

melhor forma possível, fazendo o uso de alimentos de verdade, menos pro-cessados e com a menor quantidade de químicos e agrotóxicos possíveis.Com pequenas mudanças, com comida

de verdade, seu corpo agradecerá! Confie!

Camila Nassif é mineira e mora na NZ desde 2009. Doutoura em Ciência do

Exercício pela Charles Sturt University, Austrália, presta consultoria científi-

ca na área de Alimentação, Exercício, Esporte e Estilo de vida saudável.

Contato: [email protected]

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16 maio 2016

Com muito prazer e agradecida pelo convite da revista MBA, vou continuar o raciocínio que iniciei

na minha primeira matéria, na edição de Abril 2016.Se adaptar ao novo e ao desconhecido não é

fácil, por vezes muito desgastante, mas ao mes-mo tempo mágico e fabuloso quando entende-

mos o processo e tiramos proveito dele.

Vivendo o novoADAPTAÇÃO CULTURAL

POR VERA CRISTINA TETÉ DE PAULA

Page 17: Revista MBA Maio 2016 021

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Vivendo o novo Segundo estudos, a adaptação cultural compõe um processo de 4 fases: Lua de Mel, Crise, Reconhecimento e Ajustamento.

Na fase de Lua de Mel (Honeymoon), tudo é lindo, cada descoberta é apaixonante, cada lugar, novas paisagens, nos enche os olhos e o coração, novas sensações, sentimentos, muita empolgação. Apesar das dúvidas, a esperança e a vontade de que dê tudo certo é imensa. Então, tentamos enxergar tudo com um olhar positivo.

Mas com o passar dos dias, a realidade começa a mostrar sua cara e tudo o que era lindo, uma aventura, engraçado e gostoso, parece que muda de sabor, fica mais amargo, cinza e a realidade nua e crua aparece, então nos vemos em meio a Crise (Crisis), quando parece que nada faz sentido. Nos deparamos com a dificuldade de resolver pequenas coisas, e o idioma então, nem se fala, nos sentimos analfabetos, experimentamos mudanças de humor e de sentimentos, muita saudade da fa-mília, dos amigos, do nosso país e até daquele emprego que nem gostávamos tanto.

Como a tristeza nos envia diretamente para nossa “caixinha” de memórias de perdas, fracassos, dificuldades, erros e etc, tentamos a todo custo evitar esta sensação porque teme-mos que este sentimento nos retire a capacida-de de prosseguir e discernir sobre a nossa vida e nos enfraqueça nessa nova empreitada. Mas a verdade é que todo o desequilíbrio provocado pela crise nos obriga a reagir e a encontrar uma solução, então arregaçamos as mangas e va-mos à luta. Olhamos para a frente, estimulados a reaprender e aproveitar a oportunidade.

Todo esse movimento de sair da zona de conforto, aprender um novo idioma, se dispor a trabalhar em algo nunca imaginado ante-riormente, conhecer novas pessoas, novos sabores, transformar velhos hábitos e adquirir novos, aprender a pronunciar sons que não sabíamos que existia, conhecer outros tipos de amizade e gentilezas, nos leva à fase de Reconhecimento (Recovery) e pode ser fasci-nante e libertador.

E por fim, chegamos à fase de Ajustamento (Adjustement), que acontece quando nos senti-

mos mais a vontade em relação à nova cultura, novo local e novos hábitos.

Conforme o processo de aprendizado e aculturação avança, nos sentimos mais tran-quilos, confiantes e independentes.

Para melhor entendimento, aqui está o gráfico desenvolvido pelo Sociólogo e Cientista Cultural Sverre Lysgaard (1955).

FASES DA ADAPTAÇÃO CULTURAL

GRÁFICO COM LAYOUT ADAPTADO

Estudos mostram que o processo de Adap-tação Cultural dura em média 12 meses. Então para aliviar a saudade e o stress, faça novas amizades, converse e compartilhe seus senti-mentos, leia bastante, acredite e tenha Fé!

Como dizia Fernando Sabino: “No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim”.

Vera Cristina Teté de Paula,

Paranaense, mas catarinense de coração por ter vivido os últimos anos no Brasil, na Santa e Bela Cata-rina. Socioterapeuta, conselheira e mis-sionária. Vive na Nova Zelândia com marido e um filho desde Janeiro de 2015. Este ano, criou a empresa One Help.com para acolher e ajudar pessoas com as mais diversas dificuldades.

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22 maio 2016

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24 maio 2016

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Juliano Baby Amorim é brasileiro de Florianópolis e criado no mundo. Com base na bela Queenstown, na ilha Sul da Nova Zelândia, Juliano é um

fotógrafo sensível e apaixonado pelas possibilidades que a luz pode lhe dar. Com sua câmera em mãos, se sente um super herói que, com uso da

técnica, criatividade e experimentação pode criar infinitas possibilidades de registros. Sua meta é criar e olhar com novos olhos, para que através de

sua arte, ele possa compartilhar esse universo de formas que há na Terra.

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As information plays an increasingly pervasive role in our daily lives, how we relate to technology or, perhaps, how technology

relates to us is becoming progressively more important. When information systems are engineered to deliver data in a way that accurately reaches, impacts and communicates with its intended recipients, it doesn’t take an IT whizz to calculate the benefi ts.

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IMIGRANDO COM A FAMÍLIA PARA ANOVA ZELÂNDIA

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A busca por uma vida melhor para a sua família é uma busca constante. Pais estão sempre procurando as melhores opções de bairro para morar, as melho-res escolas para os filhos, os melhores cursos... Até mesmo considerando mudar de país, para encontrar o melhor estilo de vida para a sua família. 

Apesar de ser do outro lado do mundo para quem sai do Brasil,  a Nova Zelândia tem crescido como um destino popular para imigrantes brasileiros. Nos últimos 5 anos, houve um aumento considerável dos nossos conterrâneos vindo, não somente para estudar e visitar, mas também para investir num pro-cesso de imigração permanente. 

Recebemos, com muita frequência, através das nossas redes sociais Mamãe Brasileira Aotearoa e da Revista MBA perguntas de brasileiros que desejam co-nhecer a Nova Zelândia. Nos últimos anos o perfil dessas pessoas mudou muito. 

Anteriormente, jovens perguntavam sobre os cursos de inglês, atividades ra-dicais e como vir para um intercâmbio. Agora, além desses, temos experientes profissionais com formaҫão universitária, com empregos e famílias estabeleci-dos, pensando em imigrar permanentemente. 

As constantes perguntas, nos impulsionaram a preparar um post no nosso blog que foi reescrito e atualizado para essa matéria. O artigo apresenta uma vi-são geral para quem pensa em imigrar com a família para o país. A nossa intenҫão é esclarecer algumas dúvidas e desta forma, ajudar na sua decisão e no melhor caminho a tomar para a sua família.

É importante salientarmos que cada jornada será diferente e que os cami-nhos para imigrar podem tomar rumos diversos para cada família. 

Boa sorte na sua jornada! 

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30 maio 2016

A LíNGUA

Na Nova Zelândia se fala inglês e Maori (a língua dos primeiros habitantes, algo como o Tupi-Guarani seria para o Brasil). Mas é o Inglês, considerado a língua offi-cial, e que você precisa dominar para se dar bem por aqui.

Se você pretende vir com a família, pla-nejamento é fundamental. Não espere que seja fácil se virar ou encontrar emprego, se você não fala uma palavra em Inglês ou ainda está no “the book is on the tab-le”. Estude seriamente e aprenda a falar, escrever e interpretar em Inglês o melhor possível antes de vir. 

O mesmo serve para os pequenos. Quanto menor a criança, mais fácil a apren-dizagem da língua. Apesar da maioria das escolas terem programas de adaptação para crianças estrangeiras (se a criança já tem algum conhecimento da língua inglesa), esse processo fica mais fácil. Aulas de inglês integrais, DVDs em inglês, música e aplicati-vos no celular ou no tablete já ajudam.

Acostume-se com a ideia e a real pos-sibilidade de imigrar (e os seus filhos tam-bém) e com o tempo, vá se preparando para essa mudança.

O VISTO

Essa deve ser a sua primeira preocupa-ção. Sem visto adequado, você não poderá trabalhar. Além disso, você e suas crianças não terão acesso à saúde ou a educação pública. 

Existem vistos que podem beneficiar as cônjuges e os filhos (se um dos cônjuges

tiver o visto apropriado). Algumas pessoas organizam um curso de formação, uma espécie de curso técnico (se já tem inglês), outras investem na procura de um visto de trabalho ou até mesmo aplicam dire-tamente para residência. Tudo depende das suas qualificações, experiência profis-sional comprovada e a necessidade da sua profissão no mercado de trabalho do país. 

Se você está decidido a tentar, fale com um agente de imigração. Somente um agente oficial pode dar conselhos e ajudar a programar, passo a passo, o processo de imigracao de acordo com as suas possibili-dades. Nós recomendamos a NZ Visto.

A EDUCAÇÃO 

A Nova Zelândia é reconhecida como um país que possue um sistema educacio-nal de excelente qualidade. 

A grande maioria das crianças vai para a escola pública, que é gratuita. Escolas par-ticulares existem, mas ao contrário do Bra-sil, o ensino público neozelandês é de altís-sima qualidade e geralmente é a primeira escolha das famílias que moram aqui.

O sistema de educaҫão na Nova Zelân-dia abrange as idades entre 5 e 17 anos. Nas escolas primárias, do 1º ao 8º ano escolar, encontramos crianҫas com ida-des de 5 a 12 anos. Em alguns casos as crianças passam os anos 7 e 8 nas escolas intermediárias. Já as escolas secundárias (também conhecida como high school) são oferecidas a adolescentes com idades entre 13 e 17/18 anos.

A Nova Zelândia oferece uma escolha de três tipos de escola – as públicas, as

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31

públicas integradas baseadas na religião (especialmente Católica) e escolas particu-lares. A escolaridade é gratuita nas públi-cas e públicas integradas, embora espera-se que os pais paguem algumas pequenas despesas, incluindo: livros, artigos de pa-pelaria e uniformes. Nas escolas particula-res, as taxas podem variar de US$ 4.000 a US$ 28.000 por ano.

Todas as crianças de três e quatro anos de idade (e de cinco anos de idade em tran-sição escolar) podem receber até 20 horas gratuitas semanais na pré-escola (escoli-nha de maternal). Este benefício está dis-ponível para todas as crianças, indepen-dentemente de vistos. Mas lembrem-se de que é preciso checar a disponibilidade de vagas e horários na escolinha escolhida (kindy – pública / daycare – privada)

Crianças menores de 3 anos precisam ir para escolinhas particulares/creches. Al-guns kindies recebem crianças menores, a partir de 2 anos quando tem disponibili-dade extra de vagas. Creches particulares para crianças menores de 3 anos custam entre NZ$180 e NZ$300 por semana. 

Crianças dependentes de adultos que tem visto de trabalho temporário, per-manente ou residência, têm direito a frequentar as escolas neozelandesas de ensino primário e secundário como es-tudantes domésticos. No entanto, elas precisam de um visto de estudante. Sem o visto de estudante, as crianças só pode-rão frequentar a escola por duas semanas como aluno doméstico ou até  3 meses como estudante internacional pagando uma taxa a escolar.

A Nova Zelândia tem 8 universidades localizadas em Auckland, Hamilton, Christ-

church e Dunedin. Existem 18 institutos de tecnologia e cursos politécnicos, e mais de 600 estabelecimentos educacionais priva-dos, incluindo escolas de inglês espalha-das pelo país.

Pessoas com visto de residente e que estão no país a mais de dois anos, podem ter os custos de educação superior sub-sidiados (em forma de empréstimo) pelo governo. Os custos em uma universidade ficam entre NZ$4.500 e NZ$8.000 por ano para residentes. Para estudantes interna-cionais, o custo é maior. Não-residentes precisam de um visto de estudante.

Em geral, as crianças vão para as esco-las públicas das zonas geográficas onde moram. Veja o site das zonas das escolas por bairro para obter mais detalhes e sa-ber quais as escolas estão disponíveis no seu bairro.

Bairros com escolas de melhor qua-lidade, geralmente tem casas e aluguéis mais caros.

As escolas funcionam entre 9 da ma-nhã e 3/3.30 da tarde.

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32 maio 2016

Existem 4 bimestres escolares. O ano escolar comeҫa no final do mês de Janeiro ou início de Fevereiro (dependendo da escola). E geral-mente termina, na semana anterior ao Natal, em Dezembro. As crian-ças tem 4 períodos de férias durante o ano. Ao final de cada bimestre (1o/2o e 3o), há uma período de 2 semanas de recesso escolar. Ao final do 4o bimestre, o aluno terá um período de férias de 6 semanas

SAúDE

Muitos serviços de saúde são gratuitos para residentes na Nova Zelândia, incluindo: vacinação infantil e/ou contra doenças sérias, testes regulares de visão e audição, e visitas ao médico. Cuidados básicos dentários também são gratuitos para crianças que frequen-tam a escola.

Existe também um suporte gratuito, para pais e crianças, ofere-cido pela Plunket (uma organização não governamental  que ofere-

Débora e Rafael vieram para a Nova Zelândia juntos e tiveram seu

primeiro filho, Benji, ano passado

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33

ce informação e suporte aos pais, assim como uma avaliação do desenvolvimento e crescimento da crianҫa em idade pré-escolar). O Plunket é um serviҫo 100% gratuito, 24hs por dia, atendendo crianças de 6 semanas a 4 anos de idade.

Mães de recém-nascidos têm direto a até 18 semanas contínuas de licença maternidade paga e até  38 semanas não-pagas, para aquelas que estavam trabalhando pelo menos 10 horas por sema-na nos últimos 6 meses antes da licença. Geralmente, as empresas oferecem planos de licença maternidade e outros benefícios para suas funcionárias.

Portadores de visto de trabalho temporário de 2 anos têm di-reito ao uso gratuito do sistema de saúde. Vistos com menos de 2 anos não dão direito à saúde pública.

Caso esteja matriculado em uma instituiҫão, será necessário obter um seguro particular de viagem e saúde, durante toda a duraҫão do curso escolhido. Esta é uma requisiҫão da Imigraҫão neozelandesa, esteja o aluno com visto de turista ou estudante o seguro é obrigatório.

Mais informações específicas sobre gravidez e parto na NZ na nossa edição do mês passado, leia aqui.

ONDE MORAR 

De um modo geral, não existe lugares “ruins” na Nova Zelândia. Não, não estamos dizendo que as coisas por aqui são perfeitas, mas a população, na sua maioria, tem uma qualidade de vida mui-to boa. Não importa onde você more, tem sempre um parque por perto para você levar seus pequenos. As cidades são arborizadas e as pessoas andam muito ou pedalam para o trabalho quando possível. Muita gente planta seus vegetais em casa e ninguém tem que dirigir muito para ver o mar (lembre que a Nova Zelândia é formada por duas ilhas).

Auckland é a maior cidade da Nova Zelândia e também o porto de entrada para a maioria dos brasileiros. Em Auckland estão qua-se metade dos brasileiros que aqui vivem. Para escolher onde mo-rar, você precisa ver onde suas habilidades serão mais úteis (onde será mais fácil encontrar um trabalho para sua profissão), qual o seu orçamento (existem bairros mais caros e mais baratos), se você está disposto a viver com flatmates (dividir a casa com outras pessoas) ou morar sozinho (quando viaja com família).

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34 maio 2016

Para ter uma ideia de valores, recomen-damos o blog da Luana Karina, que mora em Queenstown, que fala sobre o custo de vida por lá (link aqui) e o vídeo do pessoal do ‘Saindo da Rota’, que fez um levanta-mento do custo de vida básico (dividindo apartamento, sem luxo) em Auckland.

TERREMOTOS, CICLONES E FURACÕES

Essa é difícil. Não dá para prever o que a Mãe Natureza está reservando para gen-te. Há cinco anos, a cidade de Christchur-ch, na ilha Sul, foi abalada por um grande terremoto que destruiu parte da cidade e ceifou muitas vidas. Muita gente saiu de lá correndo, e muitas foram correndo para lá, buscando uma oportunidade de traba-lho na reconstrução da cidade, no setor da construҫão civil.

Apesar da maioria das casas e prédios (principalmente os mais novos) serem construídos com materiais e tecnologia à prova de terremotos, você nunca sabe onde vai estar quando ou se acontecer um evento desta magnitude.

Estatisticamente falando, é mais fácil você sofrer um acidente de carro, mas não por isso que você vai parar de dirigir, não é verdade?

Quanto aos ciclones e tempestades apavorantes, já pegamos alguns, nos nos-sos mais de 10 anos de Nova Zelândia. Nes-ses dias a gente tenta não sair de casa mui-to, toma cuidado para não deixar nada do lado de fora que possa sair voando (e que se torne um perigo na cabeça de alguém). Mas definitivamente, isso não parece aba-

lar o povo neozelandês, que tira isso de le-tra. E a gente aprende a conviver com isso.

DICAS:

Planeje e se prepare para a mudanҫa. Aprenda inglês e exponha as crianças à língua inglesa o máximo que puder;

Dê uma olhada no site da imigração neozelandesa  (www.immigration.govt.nz). Se não souber inglês bem, pegue o tradu-tor do google e vá lendo o site. Eles têm TODAS as informações que você precisa, tem ferramentas para calcular se você tem pontos para um tipo de visto ou outro, tem a lista das profissões mais requisitadas e aquelas que estão na short list e te darão um visto imediatamente;

Se o dinheiro permitir, venha com a fa-mília de férias. Conheça um pouco do país e veja como as coisas são na realidade. Se as crianças forem maiores, a opinião de-las também vai contra. Se o dinheiro não permitir, não venham de mala e cuia com toda a família de uma vez. Venha um pri-meiro (o pai, por exemplo), que pode che-car as possibilidades, se sua profissão vai dar trabalho, se ele pode se firmar;

Quando a gente viaja sozinho, dá para viver de ‘nissin miojo’ e dividir apartamen-to com outras 8 pessoas. Quando nós vie-mos com família, a gente busca estabilida-de. Se possível, organize um visto antes de vir. Existem várias maneiras e um consul-tor de imigração pode te ajudar neste as-sunto (fale com o Peterson Fabricio - www.nzvisto.com);

Não aceite conselhos de pessoas que dizem que as coisas são fáceis por aqui,

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35

que oferecem trabalho e acomodação por uma quantia. Ouvimos golpes desse jeito diariamente por aqui e dói no coração ver que tantas pessoas ainda caem nessa. Pesquisem online e procure ór-gãos e empresas oficiais. Não se comunique, e especialmente, não dê dinheiro a indivíduos. 

FONTE E MAIS INFORMAÇÕES:

http://www.newzealandnow.govt.nz http://www.minedu.govt.nz/Parents.aspx

http://www.studyinnewzealand.com/

Se você gostaria de solicitar um visto e vir morar/estudar/trabalhar na Nova Zelândia, dê uma olha-

da nos sites abaixo para mais informações:

Para achar um visto adequado: http://www.immigration.govt.nz/migrant/

Planejando conseguir um visto: http://www.newzealandnow. govt.nz/live-in-nz/practical-info-visas/nz-ready-planning-tool

Agente de imigração para visto: http://www.nzvisto.com/Embaixada do Brasil em Wellington: http://www.brazil.org.nz 

Busca de trabalho:

www.seek.co.nz www.trademe.co.nz

Agências de intercâmbio:www.yepnz.comWww.nzega.com

Grupo MBA Nova Zelândiawww.mamaebrasileiraaotearoa.co.nz

www.facebook.com/mamaebrasileiranz

www.revistamba.co.nzwww.facebook.com/revista.mba.nz

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36 maio 2016

Dalton Hernandez, Designer Gráfico, de 38 anos, com sua esposa Andréa, Ar-tesã, de 39 anos e o filho Pedro, de 12 anos. Uma família vinda de São Paulo.

Sempre houve um desejo de conhecer outra cultura, outra língua, outra realidade. Esta-mos chegando aos 40 e meu

filho está com uma idade e cabeça boa para mudanças, então pensamos, “é ago-ra ou nunca”. Temos que aproveitar esses momentos de loucura que bate de vez em quando, dar uma chacoalhada na rotina é sempre bom, viver novas experiência, sin-grar diferentes mares.

IMIGRANDO PARA NZDEPOIMENTOS DE

QUEM CONSEGUIU

E aqueles que conseguiram? Que já deram o primeiro passo rumo ao processo imigratório com

sua família? A Revista MBA conversou com duas famílias, a do Dalton Hernandez e a do Sandro Leite. Dois profissionais com backgrounds completamente

diferentes que chegaram recentemente à Nova Zelândia e compartilharam conosco quais foram seus motivos para escolher o país e como foi o começo do

seu processo de adaptação. 

Consideramos o Canadá como uma pos-sibilidade, mas no final escolhemos a NZ por conta do estilo de vida que os Kiwis, em sua maioria, levam. Eles tem uma cultura de vi-ver outdoors, aproveitar o tempo livre, traba-lhar para viver, não o contrário.

Destino decidido, começamos a fase de pesquisa, como ir, onde ficar, quanto custa. Todo o processo demorou mais de um ano e parte fundamental para o sucesso foi nossa decisão em procurar ajuda profissional. Esco-lhemos a YepNZ como parceira de jornada. 

Depois de intermináveis horas dentro de um avião, chegamos aqui na Terra Média, passa-mos somente uma noite em Auckland. Então na manhã seguinte, partimos para o nosso des-tino final, Invercargill, na região de Southland. 

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37

Frequentemente ouvíamos histórias sobre a receptividade e amabilidade neozelandesa e, felizmente pudemos confirmar a veracida-de delas. Outro fato é que quanto mais ao sul, mais amigável eles se tornam. Recebemos muita ajuda e conselhos dos locais, e quando agradecíamos a resposta era sempre a mes-ma, “não precisa agradecer, é assim que as coisas são por aqui, nós nos ajudamos”.

Outra questão que acho importante co-mentar sobre a região é o baixo custo de vida, se comparado com outras regiões da NZ, e a sensação de segurança que temos. Como ponto negativo, o frio.

Ainda não estamos trabalhando de manei-ra remunerada, pois nossos vistos não nos permite. Meu filho e eu viemos com visto de estudante e minha esposa como visitante. 

Agora vou explicar de maneira breve o por-que foi tão importante a ajuda da YepNZ. Eles

nos apresentaram um programa de pós gradua-ção na área de negócios e empreendedorismo em que os benefícios oferecidos nos serviriam perfeitamente. Dentre eles, um curso de inglês gratuito voltado para o IELTS. No início de maio iniciei meu curso de pós graduação, e com ele o restante do pacote de benefício entrou em vigor: visto de trabalho aberto para minha espo-sa, escola gratuita para o meu filho. Eu continuo com visto de estudante, mas agora com per-missão para trabalhar 20 horas semanais.

Podemos trabalhar nas nossas áreas de for-mação sem restrições, mas como grande parte dos imigrantes estamos preparados e dispos-tos para trabalhar em outros segmentos.

Estamos realmente com a cabeça aber-ta e ampliando nossos horizontes no que diz respeito a novas possibilidades profis-sionais. Nós brasileiros, de forma geral, so-mos criativos e trabalhamos duro.

Sandro Leite e Carolina, de 43 anos, ambos médicos de Minas Gerais. Vie-ram com os dois filhos, Rafael e Pedro de 9 e 8 anos respectivamente.

Eu fui aceito para um estágio médico (fellowship) na minha especialidade (otorrinolarin-gologia), em Auckland, que vai

se iniciar somente em Agosto. Mas decidi-mos vir antes para melhorar o nosso Inglês.

No momento estamos fazendo um curso na Wintec, em Hamilton, mais voltado para o inglês acadêmico, e nossos filhos estão em uma ‘primary school’.

Portanto, até o momento, nossos diplo-mas e experiência profissional ainda não foram utilizados na NZ.

A nossa intenção é tentar validar os nos-sos diplomas e especialidades médicas aqui, e, no futuro, trabalharmos como mé-dicos. Entretanto, sabemos que esta valida-

Dalton Hernandez e família

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ção é muito difícil, e há vários obstáculos à frente. Medicina é uma das áreas mais difí-ceis de validar aqui na NZ.

Todos nos perguntam por que viemos para cá. Pode parecer estranho, dois mé-dicos, com 19 anos na profissão, largarem tudo para começar de novo em outro país.

Mas os motivos são vários:Não vamos comentar sobre a violência

que aterroriza o nosso país, nem sobre  cor-rupção, presente em qualquer local que se vá, nem sobre impunidade, que se vê em qualquer instância.   É com muita tristeza que digo que esses motivos são óbvios.

O nosso motivo principal é que nos can-samos do “jeitinho brasileiro”. Nos últimos anos, o brasileiro tem incorporado um com-portamento de “tirar vantagem em tudo”, in-dependente de conceitos de moralidade ou cidadania, e isto nos afeta muito.  Hoje em dia no Brasil, quando um pai cria seu filho para ser educado, honesto e justo, na reali-dade está criando mais uma vítima.  Os pais hoje estão criando seus filhos para serem espertos e malandros, preparando-os para a

guerra do “jeitinho brasileiro”, que os espera, e isso nos deixa sem nenhuma esperança para o futuro do nosso país. 

Por estes motivos, optamos por sacrifi-car tudo o que construímos até hoje e tentar viver em um ambiente melhor para os nos-sos filhos.

Planejamos essa viagem por dois anos, logo depois que nossa casa no Brasil foi in-vadida por ladrões, o que nos deu um gran-de prejuízo financeiro e emocional.

Até o momento, estamos adorando o país. A sensação de alívio em relação à se-gurança é indescritível. Além disso, os neo-zelandeses são muito educados e prestati-vos. Contudo, é um povo que não se abre facilmente às amizades, mas respeitamos isso, afinal, aqui somos os estranhos na casa deles.

Sandro Leite e família

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Abel TasmanNational Park Abel TasmanNational Park

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APESAR de aparentar minúscula no mapamundi, é impressionante a

quantidade de coisas para se ver e fazer. Se você quer surfar, há praias

paradisíacas lindíssimas de tirar o fôlego de tão bonitas. Se você quer esquiar ou

fazer snowboarding, há diversas montanhas espalhadas pelas duas ilhas, com

estações de esqui de primeira classe. Se você gosta de cavernas, há inúmeras

delas e as únicas do mundo onde são encontradas as Glowworms - larvas que

brilham no escuro. Dentro da caverna você tem a impressão de estar vendo um

céu abarrotado de estrelas! Além disso há vulcões, vales, lagos azuis, penínsulas,

geleiras que se misturam com florestas sub-tropicais … É uma diversidade

de cenários impressionante! E se não bastasse, o país é coberto por parques

nacionais. São 13 áreas protegidas e administradas pelo Departamento de

Conservação da Nova Zelândia. Sim, existe um departamento somente para isso.

MUITOS destes parques têm significado cultural e natural importantes para o

país, e alguns deles são considerados patrimônio mundial. Parques protegidos

sim, porém de benefício e para uso do público em geral. O que significa que esta

beleza natural está ali, gratuitamente ao seu dispor para visitar e apreciar!

UM dos parques mais falados por aqui, entre turistas e neozelandeses, é o Abel

Tasman. Embora seja o menor dos parques nacionais da Nova Zelândia, é um

dos mais populares. O Abel Tasman foi fundado em 1942 e cobre uma área de

aproximadamente 225 quilômetros quadrados, costeado pelo mar da Tasmânia.

É um paraíso costeiro, localizado na Ilha Sul do país, onde você pode caminhar

ou explorar de barco de cruzeiro, catamarã, táxi aquático, caiaque ou mesmo

curtir um banho de sol e nadar em suas águas claras e tranquilas – tudo isso ao

delicioso som da vida nativa silvestre, que é parte essencial do cenário da região.

O canto dos pássaros Tui e Araponga dominam o sonido das florestas e você vai

pensar, em muitas vezes, que chegou no céu!

ABEL Tasman é ideal se você quer fazer trekking de 2 ou 3 dias (aqui chamados

de Tramping) ou quer fazer uma caminhada simples de 2 horas. Um dos

passeios que devem conter no seu itinerário de visita pela da região, é o Split

Apple Rock - pedra rochosa de granito, que mais parece uma maçã que foi

cortada ao meio. É uma atração turística popular, próxima das águas do Mar

da Tasmânia, aproximadamente 50 metros ao longo da costa, entre as vilas de

ESTES DIAS, EU ESTAVA OBSERVANDO O MAPA DO MUNDO NO QUARTO

DA MINHA FILHA (NÓS TEMOS O COSTUME DE COLOCAR UM “PIN”

NOS LOCAIS ONDE JÁ ESTIVEMOS E TAMBÉM USAMOS O MAPA PARA

PLANEJAR A PRÓXIMA JORNADA), QUANDO MEUS OLHOS SE FIXARAM

NA NOVA ZELÂNDIA. COMPARANDO O TAMANHO DELA COM OS OUTROS

PAÍSES AO SEU REDOR, NÃO PUDE ACREDITAR O QUÃO PEQUENA ELA É.

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Kaiteriteri e Marahau – portal de entrada

para o parque Abel Tasman. Você poderá

ter acesso a pedra através de barcos, paddle

boarding, caiaque ou mesmo fazer uma

pequena trilha para chegar até a praia, onde

poderá avistá-la.

COMO CHEGAR E ONDE SE HOSPEDAR

SE você não tem muito tempo na região,

poderá fazer ‘day tours’ saindo de Nelson,

cidade localizada no topo da Ilha Sul, cerca

de 6 horas de Christchurch. Porém, se

disponibiliza de um pouco mais de tempo,

poderá seguir para as praias ou vilas de

Marahau e Kaiteriteri. Se você quer ficar

hospedado no parque, a maioria dos taxis

aquáticos saem destas regiões também.

HÁ alojamentos confortáveis em Awaroa

e na Torrent Bay. Porém, se você está

afim de fazer algo bem local, porque não

fazer as trilhas com duração de 2 a 4 dias,

conhecida como “Great Walk”? Neste caso,

você poderá se hospedar nas cabanas

ao longo da trilha, disponibilizadas pelo

Departamento de Conservação (DOC).

Estas cabanas contam com colchões, água,

banheiro e equipamentos de cozinha.

Há também áreas de acampamento com

água, banheiros e fogueiras no parque.

Mas lembre-se de que é necessário

fazer reservas! A alta temporada vai de

Dezembro a Abril. A temperatura da

região é bem estável (comparada com as

oscilantes temperaturas em outros locais),

sendo assim, um local para ser visitado em

qualquer época do ano.

PORTANTO, independe do tempo disponível

de viagem ou do tipo de acomodação

desejada (caso você prefira algo mais

confortável ou dormir sob as estrelas), não

deixe de visitar o parque Abel Tasman! Veja

por você mesmo porque a Nova Zelândia é

tão grandiosa, mesmo que no mapamundi ela

pareça ser insignificante.

Mary Rocha é paulistana e já viajou o mundo. Num intercâmbio na África do Sul, conheceu o alemão Marlon, e

os dois vieram para Nova Zelândia em 2006 para fazer mochilão. Aqui casaram e se estabeleceram. Em 2007, ela criou a NZEGA Education and Travel, agência de

intercâmbio e turismo pioneira no país.

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dicas decontabilidade

com Luiza Veras

NÃO TENHO VISTO DE RESIDÊNCIA. POSSO ABRIR UMA EMPRESA NA NOVA ZELÂNDIA?

Várias pessoas me procuram e fazem a mesma pergunta, "Posso abrir minha própria empresa mesmo sem visto de residência?". A minha resposta vai sempre depender do tipo de visto em que a pessoa se encontra no mo-mento da abertura da empresa.

Na Nova Zelândia não existe muita burocracia para abrir uma empresa, como acontece no Brasil. Mas o fato de você abrir uma empresa aqui, não vai ajudar você a conseguir um visto ou residência no país.

Ter visto aberto não quer dizer que você possa abrir uma empresa e traba-lhar por conta própria, com a intenҫão de que na próxima vez que você solicitar seu visto, tudo será mais fácil somente pelo fato de você ter uma empresa.

Para renovar o seu work visa ou solicitar seu visto de residência, você deve ter uma oferta de trabalho de uma empresa na Nova Zelândia que não seja a sua própria empresa.

Existe outro tipo de visto, o visto de empresário (entrepreneur visa), que pode ser solicitado para quem quer abrir uma empresa e ter visto empre-

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sarial. No entanto, há um valor monetário de capital a ser investido na Nova Zelândia. Para mais informações sobre o visto de empresário com abertura de empresa, aconselho

a procurar um immigration adviser (conse-lheiro de imigração). Este tipo de visto é mais complexo e precisa de um adviser/advogado de imigração para que possa ser solicitado, an-tes mesmo de abrir uma empresa.

No entanto, se seu visto for aberto por cau-sa de um namorado(a)/noivo(a), marido(espo-sa), você poderá abrir uma empresa, pois seu visto será solicitado atrelado ao parceiro (a).

Por exemplo: Angelica conseguiu um visto de trabalho oferecido por uma empresa em Christchurch e seu noivo Leo conseguiu o visto aberto como parceiro da Angelica. Leo pode abrir uma empresa, mas Angelica não pode. Quando o visto dela vencer, Angelica poderá solicitar a renovação, comprovando que seu chefe ofereceu mais tempo de trabalho para ela. O visto aberto de Leo é renovado automati-camente como partner por causa da Angelica.

A empresa que Leo abriu não vai infuenciar em nada na renovação do visto/solicitação de residência .

Caso Angelica não consiga renovar o visto dela, o visto aberto do Leo também será cance-lado e consequentemente, Leo deverá fechar a empresa. Neste caso, os dois devem voltar para o Brasil.

Se seu visto for aberto – Working holiday visa, você não pode abrir empresa (o Com-panies Office poderá até aceitar a abertura da sua empresa, mas voce terá problemas com a imigração, quando for renovar seu visto ou aplicar para residência).

Outra pregunta que me fazem frequente-mente é quanto à idade. Para uma pessoa ser diretor de uma empresa, ela deve ter acima de 18 anos. Na Nova Zelândia, a maioridade de 16 anos é aceita em alguns casos (como para tirar carteira de motorista), mas para abrir uma empresa somente pessoas acima de 18 anos.

Caso você pretenda abrir uma empresa na Nova Zelândia e ainda more no Brasil , você deve conhecer alguém morando na Nova Ze-lândia para ser diretor juntamente com você. Há uma nova regra que diz que para abrir uma empresa na Nova Zelândia é necessário que pelo menos um dos diretores resida no país.

Os interessados em abrir uma empresa na NZ podem entrar em contato com a Taurus. A empresa oferece suporte em todo o processo, desde a compilaҫão da documentaҫão neces-sária, registro com IRD até a incorporação da empresa na NZ Companies Office. Além disso, a Taurus também oferece consultoria na es-trutura do tipo de empresa, no registro do GST e outros planos de estrutura tributária que po-dem variar dependendo do caso.

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48 maio 2016

Num momento tenso da política brasileira, os brasileiros na Nova Zelândia também estão acompanhando de perto o desenrolar dos fatos que desencadearam o afastamento da presidente Dilma e colocaram no poder, interinamente, o vice Michel Temer. Os brasileiros daqui também se dividem sobre o impeachment e nós fomos conversar com dois brasileiros que moram na Aotearoa há muitos anos, e que são articulados politicamente, sobre os motivos pelos quais eles concordam ou discordam com o impeachment.

A FAVOR . ADRIANO MELO

“Eu fui a favor do impeachment de Dilma Rousseff porque, de fato, ela cometeu fraudes fiscais multibilionárias com o único intuíto de se reeleger, como atestado pelo Tribunal de Contas da União, o que, por conseguinte, causou a maior crise econômica brasileira das últimas décadas. Vale ressaltar ainda, que o processo de impedimento da presidente em vigência, foi referendado pelo Supremo Tribunal Federal, o que o torna - a despeito dos que o acusam de ser um golpe - totalmente legal. Além das práticas criminosas contra as Leis 1.079/50 e a de Responsabilidade Fiscal, a acusada também teria cometido crimes eleitorais como o financiamento de campanha com fundos roubados de estatais, o uso ilegal dos Correios para sua propaganda eleitoral e o uso eleitoreiro do Programa Bolsa-Família, através de uma campanha de ameaça de corte do auxílio para as pessoas mais pobres do país. Por essas e outras muitas razões, é que concluo: não tenho dúvidas de que o Brasil sobreviverá a mais esse impeachment, só não estou tão certo se o país sobreviveria sem ele.”

CONTRA . BOBBY MUKAI

“Eu acho que a Dilma não é mesmo competente para ser presidente e o PT quebrou meu coração com tanta roubalheira (sempre levantei a bandeira vermelha). Mas acho que esse processo de impeachment está errado porque vai contra a democracia que lutamos tanto pra conseguir. Não se pode resolver tirar alguém do poder porque não está fazendo um trabalho bom. Não é assim que a democracia funciona. Isso não é uma empresa. A Dilma, em si não é corrupta, mas os que estão entrando no lugar dela são. O certo na minha opinião seriam novas eleições, diretas, com o povo todo escolhendo. Impossível pensar que ladrões vão decidir nosso futuro a partir de agora. E isso que diz não sou só eu mas, o The New York Times, The Guardian e quem entende de democracia no mundo todo."

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