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Revista Virtual Informais Ano 1 - Primeira Edição - 2009 Política: Participação e conscientização política. + Jornalismo Comunitário: A voz do povo. + Por uma sociedade sem lei? A nova expressão nas ruas das principais capitais do país. Stickers Artigos Esta revista é copyleft. A venda desta é proibida. Passe adiante, mas informe a fonte.

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Revista com o objetivo de distribuir informações e idéias de modo informal.

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Page 1: Revista Informais

Revista Virtual

Informais

Ano 1 - Primeira Edição - 2009

Política: Participação e conscientização política.

+ Jornalismo Comunitário: A voz do povo.

+ Por uma sociedade sem lei?

A nova expressão nas ruas dasprincipais capitais do país.

StickersArtigos

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Sumário

Editorial

VOL e Informais Inside

Artigos - Por uma sociedade sem leis - Jornalismo comunitário: A voz do povo

Política - Participação e Conscientização

Letras - Poesias

Pronunciamentos - Educação

Representações sociais - Orgulho de quê?

Idéias - Universidade e Governo

Intervenção Urbana - Stickers

Transporte - Estrutura no transporte urbano no Brasil

Televisão - Ranking dos programas com mais baixaria

Humor

Revista Virtual Informais - Ano 1 - Primeira Edição

Realização: Grupo VOL, leve essa idéia adiante! www.grupovol.webs.com

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Editorial

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Encontramo-nos no início da era da democratização digital, onde já é possívelencontrar exposição de opiniões e informações em diversos blogs, redes derelacionamento, portais do governo, site de ONG e mídia em geral.

Até os próprios políticos já se utilizam desse meio, e com a reforma eleitoral tendem a explorar ainda mais. Quando vemos casos como a briga entre a Rede Globo e a Record, suas respectivas histórias e ligações, percebemos o quão importante é que tenhamos um acesso direto às informações, sempre tendo uma visão crítica para que não sejamos alvos de manipulações. É necessário o questionamento a qualquer tipo de mídia.

O Grupo VOL ressalta seus objetivos lançando a revista Informais, promovendo por meio dela idéias, informações e opiniões, sempre sugerindo o questionamento e conscientização por parte de seus membros e leitores. Oscomponentes desta revista podem variar, de forma que qualquer um possa enviarseu texto e expressar sua opinião sobre determinado tema ou divulgar umainformação, baseado em critérios éticos e com evidências, pois nos comprometemoscom a verdade.

Espero que um dia tenhamos membros em cada canto do Brasil acompanhando edivulgando o que presenciou ao resto da população via internet, ocupando o lugardos falsos jornalistas, cujas emissoras só noticiam o que lhes convém.

Esperamos que outros possam vir a colaborar com nossa iniciativa, seja escrevendoou divulgando. E, como sempre, aceitamos críticas, sugestões e parcerias.

Boa leitura!

Jacob da Silva Reis

1Diagramação e arte: Jacob da Silva Reis

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VOL Inside

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Olá caro leitor, separei esse espaço para você conhecer um pouco sobre os realizadoresdesta revista. Nesta área teremos entrevistas, ficha dos nossos membros e outras atividadesdo grupo.

A sigla VOL significa “Vagabundos Online”, nome este que faz referência aos artistas, filósofos,manifestantes, entre outros que já foram chamados de vagabundos por causa de atividadesque ousaram confrontar o convencional. E por estes o grupo é formado. O grupo já tem 3 anos.

Divulgar, trocar e debater idéias e informações de forma objetiva, sempre promovendo oquestionamento.

Não há um posicionamento do grupo, mas sim de seus membros, tornando-o assimum lugar teoricamente imparcial.

Pode mandar um e-mail para ou via nossa comunidadeno orkut:: www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=37367407

Também temos um site para quem desejar se informar mais:

[email protected]

www.grupovool.webs.com

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Vamos nos conhecer

O que é o Grupo VOL?

Quais são os objetivos do grupo?

Como entrar em contato?

Qual o posicionamento político do grupo?

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Informais Inside

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Fundo verde: faz referência ao verde da bandeira brasileira.Amarelo: faz referência ao losango da bandeira brasileira, mas também dá idéia de luz de farol.Meia esfera azul: Cúpula de um Farol.InF: base do farol. O “n” seria uma porta.Informais: Há um duplosentido, Informais de informalidade e, separando “Info” de” mais”, dá idéia de Mais Informação.Linha abaixo de Informais: Conectando a revista com os leitores.

Escolhemos um membro que colaborou com essa edição para falarmos mais um poucosobre ele:

Nome verdadeiro: Alessio Iannone Esteves.

Idade: pelo calendário Gregoriano, 27 anos.

Site: www.oprotagonista.com

Formação: Técnico em Administração de Empresas pela Escola Técnica EstadualProfessor Camargo Aranha, Bacharel em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismopela Faculdade de Arquitetura Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista.

Outros Cursos Relevantes: Semiótica: Som e Imagem (disciplina do curso de Comunicação Social - Habilitação em Rádio e TV pela FAAC - Unesp) , Estética e História da Arte (disciplina do curso de Desenho Industrial - Habilitação em Projeto deProduto pela FAAC - Unesp), História da Arte e das Técnicas Industriais (disciplina docurso de Desenho Industrial - Habilitação em Projeto de Produto pela FAAC - Unesp),Rotinas Administrativas (curso semestral ministrado pela ONG Idepac).

Último trabalho veiculado/Publicado

2008 - Escritor na antologia de poemas “P.O.E.M.A.S. - Palavras Ontológicas e Extenuantes Mas Ainda Semânticas”, publicada pela D´Mattos Editora.

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Saiba mais sobre o simbolo

Ficha

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ArtigosArtigos

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Leio bastante críticas as tentativas, em sua maioria, confesso, equivocadas, das autoridades em criar leis para resolver problemas que outros segmentos dapopulação poderiam resolver.

A atual crítica é contra a lei do "toque de recolher" para menores de idade.

Não sou um velho careta (39 anos, pai de 02 filhos, 13 e 04 anos) mas não posso deixar de perceber e tipificar algumas situações que vivencio. 14 anos já era agora com 11 ou mesmo 10 anos o jovem anda sozinho (sem pais ou adultos) em várias festas Brasil afora.

Fomos acompanhar uma parente (minha cunhada) de 16 anos e minha irmã (de 15) a um festival de música aqui em Fortaleza.

Entre incontáveis esbarrões, um chamou nossa atenção em especial. Uma jovem linda, cabelos muito bem cuidados, roupas alegres e bem combinadas, nada apelativas e... completamente embriagada.

Ficamos (eu e a esposa) tentando adivinhar a idade dela: 15? nem. 14? (?) sem medo de errar e exagerando, deveria ter uns 12.

Nesse ínterim, entre amigos e desconhecidos deve ter beijado uns 06 meninos diferentes.

As amigas (prováveis) se dividiam entre não deixá-la cair, falar que "tá bom, tá bom" e entre rir das "peripécias" da jovem tão bela, tão jovem.

É claro que dificilmente alguém aqui não testemunhou fato similar.

Mas fico pensando: será mesmo melhor uma sociedade "sem leis"?

Não é melhor uma sociedade com leis equivocadas, que poderão gerar o debate sobre o que estaria certo, o que foi um erro, e como acertar?

Querem saber? Entre um e o outro, prefiro errar!

Por uma sociedade sem leipor Rei Azul

X!

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ArtigosArtigo

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(ensaio realizado em cima da pauta “Qual a relação entre linha editorial e jornalismo comunitário/comunidade?”)

A linha editorial de um jornal define a “cara” de um jornal. É ela que determina oque é importante ou não para um jornal e como esse jornal vai cobrir os assuntosque achar importante. Durante a leitura de um jornal impresso essa linha aparecede forma sutil, já que um veículo de informação deve buscar ser o mais imparcial possível. Se isso realmente acontece ou não, é tema para outra discussão. Voltandoà nossa pauta, é no editorial que o jornal coloca abertamente sua opinião e mostraclaramente sua visão de mundo.

Mas, e no jornalismo comunitário? Existe linha editorial? Se existe, como é essa linha? O jornalismo comunitário deve, em princípio, seguir algumas regras dojornalismo. Porém, devido ao seu caráter comunitário, esse tipo de mídia tem algumasregras próprias. Como elas são, depende do jornal que a comunidade faz e quer.

Em um primeiro momento, a linha editorial de um jornal comunitário deve cobrirassuntos que ocorrem na comunidade em que o veículo está inserido. Esse é o assunto mais importante para o jornal e isso já diferencia jornalismo comunitário dagrande imprensa, que se preocupa em cobrir eventos de repercussão nacional e internacional. A comunidade já tem acesso à informação da Grande Mídia, seja por rádio, jornal ou televisão. Ao jornalismo comunitário resta cobrir essas notícias sobreum enfoque diferente (seja mostrando um outro lado ou ligando o assunto ao local)ou mostrar outros assuntos.

O mais importante de tudo, porém, é que a linha editorial de um jornal comunitáriodeve refletir o que a comunidade quer. Um jornal desse tipo deve ser feito com epela comunidade e não para a comunidade. Só assim teremos um veículo que corresponde aos reais anseios de uma parte da população que não é ouvida pelamídia em geral.

Jornalismo Comunitário: a voz do povo.por Alessio Iannone Esteves - www.oprotagonista.com

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ArtigosPolítica

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De quatro em quatro anos, cansados e decepcionados, ouvimos promessas em meios de comunicação e vamos às urnas, resultando muitas vezes em uma novadecepção. Nesse meio tempo alguns de nós, os que ainda têm esperança, vão àsruas protestar por algum escândalo. Dificilmente essa prática adianta, mas quando funciona, temos alguns maus políticos a menos como nossos representantes,porém outros aparecem. E assim continuamos nesse ciclo.

Não tenho absolutamente nada contra os manifestos, acho que é necessáriorealmente que exista. Mas é preciso mais que isso para realmente mudar o nossopaís. É fundamental que os manifestantes realmente saibam o porquê de estaremlá, que saibam dar soluções alternativas e que fiscalizem constantemente aqueleque critica, no caso os políticos. Muitos não sabem, apenas assistiram em umaemissora de TV ou leram no jornal ou revista que muitas vezes é tendenciosa.

A fiscalização constante, juntamente com o conhecimento de causa e sensocrítico apurado, tem dois efeitos: O primeiro é a pressão sobre os políticos, queou passariam a fazer seus trabalhos de forma eficiente e sem nenhumaimoralidadeou não durariam na vida política; O segundo é que a própria população poderiaajudar o governo e, conseqüentemente, a si mesma indicando os problemas, soluções, criticando e até elogiando.

Infelizmente a população não está interessada em participar do meio político.É justificável, depois de tantas decepções, de não terem aprendido desde jovensa importância da participação neste meio e não serem incentivados. É necessáriofazê-los ter interesses sobre o que acontece, pelo menos, em sua cidade. Muitosbrasileiros nem mesmo se lembram em quem votaram nas eleições passadas.

Para reverter o quadro é fundamental que se ensine sobre política, cidadania eos direitos básicos nas escolas, para que se mostre o quão é importante a políticana vida de qualquer pessoa.

Participação Políticapor Jacob da Silva Reis

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ArtigosPolítica

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Gostaria de destacar algumas ações da Câmara dos Deputados, que têm estimuladoa população a participar do meio político. Vale citar quatro iniciativas:

a) e-democracia: um portal de interatividade com o cidadão, onde o mesmo podecontribuir com idéias, críticas e elogios aos projetos de leis elaborados pelos deputados federais.

b) Câmara Ligada: Programa que debate temas atuais da casa sempre reunindo músicos convidados, políticos da casa, representantes de ONGs e os jovens deuma escola pública de Brasília.

c) Participação Popular: O cidadão pode fazer seu vídeo criticando, questionandoou dando sugestão e enviar para a TV Câmara, que irá selecionar e colocar no arjá com uma resposta.

d) Parlamento Jovem Brasileiro: Estudantes do terceiro ano podem elaborar projetode lei e ganharem passagens para DF e apresentarem seus projetos.

Câmara dos Deputados

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O e-democracia merece um destaque a mais nessa matéria pelo fato de que está sendo discutido, entre outros temas, o Estatuto da Juventude, onde dentro dele há o subtema“Política Pública para Juventude”, que é justamente o que estamos falando nesta matéria. A comunidade foi criada esta semana e há 12 resposta ao tópico. Veja algumas idéias:

Jacob da Silva Reis: Imagino que um evento mensal para reunir os jovens, políticos locais e membros de ONGs em escolas seria de grande importância para estimular a participação desses jovens. Além, é claro, do ensino de direitos e política no ensino médio.Políticos prestando esclarecimento sobre seus atos e respondendo as possíveis dúvidasdos jovens.Representantes de ONGs passando informações para a juventude.Desse modo, teremos uma juventude mais perto da política, ao meu ver. Mais participativa.

Edson Rodrigues: O grande desafio da participação juvenil, na elaboração e construção das políticas publicas de juventude é falar e atrair o jovem para o debate. A todo o momento ele está sendo bombardeado com informação do tipo que a política não é paraa juventude, e que cabe a juventude apenas diversão e o estudo. Aliado a isso o sistema de ensino não incentiva o jovem a participar do debate político,obrigando simplesmente a passar de ano.

David Pedreira Machado: Isso que o Edson relatou é bem interessante, pois a mídianão tem interesse que o jovem seja interessado, engajado, que pense por si próprio,eles querem o jovem como massa de manobra e consumo. É preciso uma maior participação do jovem, sobretudo do universitário, tanto de faculdade/universidadepública quanto da privada, a força do jovem no Brasil é relevante, já que somosmaioria.Há pontos negativos na luta estudantil, mas o ponto negativo principal é a briga deforças, ao invés de nos unirmos para uma causa nobreAmauri Junior: Acredito que primeiramente, os políticos tinham que ter vergonha na cara, porque os jovens não tem gosto da política, porque passa de pai p filho, se o pai não gosta de política, e desde quando a criança é pequena ela houvefalar q isso é ruim, quando fica jovem daí q não quer saber mesmo. E neste no país, que os políticos falam mal um do outro, e depois fico de bem, isso é umavergonha, e em nossas escolas, os professores que eram p ser nossos mestres, estão tão cansados, q nem citam a política, como algo q pode mudar a vida de todos, e q faz parte de nosso cotidiano.

e-democracia

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Acredito também que uma das formas, seria reunir em cada estado, em sua respectivaassembléia legislativa, jovens com objetivo suprapartidário, como por exemplo, de Igrejas onde existem movimentos q trabalham com a juventude, em faculdade, grêmios estudantise outras organizações que convivem com a juventude, mas é claro, a juventude deve serescutada, não é só chamar os jovens, mas colocar uma pessoa com mais de 29 anos p falar.

Jacob da Silva Reis: De fato Amauri Junior, a política no Brasil tem muitos males. Masrepare que trata-se de um ciclo vicioso, onde os políticos roubam porque não há uma fiscalização, acompanhamento político e cobrança decente por parte da sociedade e amesma fica desestimulada por conta da corrupção existente em nosso país.

Não culpo aqueles que não gostam de política, que perderam a esperança. É justificável.Mas aqueles que ainda tem alguma esperança de ver uma sociedade que acompanhaseus políticos e que os cobra, de forma até de intimidá-los a não praticarem corrupção, afinal, estamos de olho. E isso inicia-se na escola. Ao menos deveria se iniciar.Devemos(nós) sair desse ciclo vicioso, pois se dependermos de alguns políticos...Alias, não são todos que são, vale ressaltar.

Foi arquivado um projeto de lei, pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, deautoria da deputada federal Sandra Rosado PSB/RN que acrescentaria a matéria depolítica junto ao inciso III § 1º do art. 36 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

O projeto de lei já se encontrava em caráter conclusivo quando foi arquivado.

A justificativa pela rejeição é que conforme a Súmula de Recomendações aos Relatores nº 1/2001 – CEC é recomendado que seja rejeitado e encaminhada umaindicação ao Poder Executivo para que o mesmo analise a inclusão.

Houveram outros projetos de lei semelhantes ao da deputada, porém tambémforam arquivados.

Projeto de lei

e-democracia

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O bom exemplo vem do Movimento Voto Consciente de São Paulo, já citado nesta matéria.Os membros da ONG vão para todas as zonas da cidade e coletam as necessidades decada comunidade, enviando em seguida para a Câmara Municipal. Cientes que não é obastante, ainda conferem se foi tomada alguma providência para sanar as necessidades da população.

Caso você tenha gostado do trabalho do Movimento Voto Consciente, acesse: www.votoconsciente.org.br e se informe.

Não precisa ser político para elaborar e aprovar um projeto de lei, o cidadão tem seudireito garantido de, por meio da iniciativa popular, se reunir com outros interessados,elaborar a preposição de lei e começar a coletar o número de assinaturas necessárias,que corresponde a 1% dos eleitores de todo o país, o que hoje é, aproximadamente,950.000 eleitores, sendo que os mesmos devem estar distribuídos por pelo menos 5Estados Brasileiros.

Iniciativa Popular

Bom exemplo

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Derrotas e sonhos

hoje choro as lágrimas do meu orgulhoas derrotas dos meus sonhosou dos sonhos perdidos como tempoembriagado pela dor de termas não ser capaz de podere num choro afogar-me

são tantas coisas a mudartantas pessoas para corrigirtantos sonhos a seguir

em vez de luz, escuridãono lugar da chama, a sombrano teu lugar, o vento

nos dias que virão haverá luz?somente igual aos demais quero sermas isso é somente um sonho

Na companhia da solidão estouaquela que caminha sozinhaQue me tem como companheiro

Seguindo a Linha

Baptista

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ArtigosLetras

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Sim, minha cara.Eu a estou convocando.Não resista.Você não pode, Você não quer.Se aproxime,Sinta o meu gélido toque,Sinta o arrepio que ele causa,Á sua pele mortal.Sinta meus lábios nos seus.Se entregue totalmente.Deixe o prazer tomar conta de você.Só assim você não sentirá.Não sentirá quando meus caninosAfundarem em seu pescoço,Sugando toda e essência da sua vida.Se entregue ao prazer.Só assim você não sentirá.Não até ser tarde demais.

Entregue-se

Alessiowww.oprotagonista.com

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ArtigosLetras

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Ah, mas que saudade!dos amigos na praçadas leituras e loucurasda boêmia e juventude

Daqueles diasque passavam tão rápidose quando víamosjá era dia de trabalho

Sexta, sábado e domingojovens, adultos e idososleitura, bebidas e lembrançasreunia na praça toda vizinhança

Saudade

Jacob

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ArtigosPronunciamentos

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Este espaço tem como objetivo apresentar idéias, críticas e propostas do legislativo. Segue um pronunciamento feito em 8 de Junho de 2009 do senador Cristovam Buarque(PTD/DF) acerca da educação no país, citando, além de mais duas matérias de revistas,uma entrevista que o Sr. James Heckman, economista premiado no Prêmio Nobel em Economia, cedeu à revista Veja. Apesar de ser uma longa leitura, não considero nada cansativa, vale a pena ler.

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT/DF. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, confesso, Sr. Presidente Papaléo, que hoje eu vimpara cá com a firme disposição de não falar sobre educação. Queria fazer um discurso sobre Brasília, especialmente sobre a nossa situação na saúde, que não vai bem. Mas, depois de ler a revista Veja de ontem, eu me senti quase que na obrigação de, mais uma vez, monotonamente, como uma nota só, Senador Geraldo Mesquita, falar de educação.

Na Veja de ontem, há uma entrevista nas páginas amarelas que eu considero uma dasmais históricas que essa revista já fez. Considero que foi um dos melhores serviços prestados ao Brasil a entrevista que foi feita com o Sr. James Heckman, que é um economista Prêmio Nobel em Economia.

Na entrevista, ele expõe aquilo que muitos no Brasil temos dito, mas não pega, não temjeito, não pega: a percepção da importância da educação como instrumento de progresso no Brasil.Esse é um experto, Senador Geraldo Mesquita, em Economia! Não é em Pedagogia,não é em nenhuma área: é em Economia.E a primeira pergunta é: Veja Em seus estudos, o senhor conclui que não há política pública mais eficaz doque investir na educação de criança nos primeiros anos de vida. Por quê? James Heckman A razão é econômica. [Pura e simples: a razão é econômica.] Aeducação é crucial para o avanço de um país e, quanto antes chegar às pessoas,maior será o seu efeito e mais barato ela custará.

Educação

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E por que este Governo continua pensando só em pré-sal, em vez de pensar na pré-escola?Por quê? Ele diz: James Heckman Basta dizer que tentar sedimentar num adolescente o tipo de conhecimentoque deveria ter sido apresentado a ele dez anos antes sai algo como 60% mais caro. Talvez por isso o Presidente Lula comece a dizer que o dinheiro do pré-sal, uma parte, irápara a educação, para compensar o que não foi feito ainda. Mas por que esperar o pré-sal?Ele não está dizendo que só faz a Copa do Mundo se tiver o pré-sal. Nunca ouvi dizer quea Copa do Mundo está condicionada ao pré-sal, que as Olimpíadas no Rio estão condicionadas ao pré-sal. Ninguém ouve falar nisso. Agora, por que a escola está condicionada a esse tal de pré-sal dar certo? Eu insisto que não queria ficar trabalhando hoje sobre educação, mas ainda há outras falas do Sr. Heckman. Ele diz: James Heckman A criminalidade, por exemplo, pode ser reduzida, basicamente, de duas maneiras: investindo cedo em educação ou reforçando o policiamento nas ruas. Calculo que a opção pelo ensino custe algo como um décimo do gasto com segurança. Ou seja, se a gente investir R$1,00 agora, a gente deixa de investir R$10,00 depoisem segurança. Se a gente não investir R$1,00 agora em educação, a gente vai investir R$10,00 depois em segurança, sem falar que vai gastar depois dos roubos, das mortes e das tragédias. Ele diz, em outro momento: James Heckman Todo país precisa de boas universidades para formar cérebros e se tornar produtivo. Isso é básico, mas um País como o Brasil só conseguirá, realmente, avançar nos altos índices de produtividade quando entender que é necessário mirar nos anos iniciais.

Educação

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Por que é que não se entende isso no Brasil quando a gente tem aqui um senhor PrêmioNobel de Economia dizendo isso? Não é mais a voz de um Senador, dez Senadores para oque ninguém liga neste País , mas a voz de um Prêmio Nobel em Economia, um homem quepassou a vida estudando esse assunto. Ele diz, com clareza, que a universidade é importante,mas que não haverá boa universidade se não houver educação de base. Não tem como, gente! Não tem como ter boa universidade se quem entra nela é escolhido em uma panelinhaporque o resto a gente jogou fora, não deixou chegar ao fim do segundo grau. E esses quechegaram ao fim do segundo grau não precisaram estudar muito, porque não tiveram aconcorrência com os outros. Aí chegam despreparados e puxam a universidade para baixo.

Esse Sr. Heckman fala mais, diz que o que realmente atrapalha nessa área é a péssima gestão do dinheiro. James Heckman Se os governantes fossem um pouco mais eficazes, conseguiriam colher resultados infinitamente melhores. Em primeiro lugar, deveriam passar a tomar suas decisões com base na ciência e não em critérios políticos e ideológicos, como é comum. E é verdade. Mas esse critério da ciência é aplicar o que ele diz, começar por baixo,investir na educação de base, fazer com que a escola seja agradável, fazer com que aescola seja atraente, acabar com o descolamento entre a escola e a criança, entre aescola e os pais, entre a escola e a mídia. Três descolamentos terríveis, sem falar dodescolamento entre a escola e os professores. Por que a gente não acaba com essedescolamento? Eu tenho dito, insistido, brigado que o que é preciso não é muito parafazer a revolução educacional. Se chover dinheiro no quintal de uma escola, virarálama na primeira chuva se a gente não souber como transformar o dinheiro emneurônios. Por que a gente insiste em não ligar para isso? Por que a candidata aPresidente Dilma nunca falou em educação? Por que o Sr. Serra nunca falou emeducação para o Brasil? Eles falam em indústria, eles falam em economia, elesfalam em PAC, eles falam em infraestrutura material, não falam em infraestruturaintelectual, que é a base de todas as outras infraestruturas. E a entrevista continua: Veja O que está comprovado sobre os benefícios da educação para o País? James Heckman Cada dólar gasto na educação de uma pessoa significa umaumento na renda dessa pessoa ao longo de toda a vida.

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Todos sabemos disso. Todos sabemos que uma pessoa alfabetizada ganha, em média, 60% a mais do que uma analfabeta. Todos sabemos que uma pessoa que termina o segundo grautem uma renda duas vezes maior do que uma que não termina o segundo grau. Todossabemos que alguém que termina uma universidade tem uma renda quatro vezes a dealguém que ficou no ensino médio. Isso significa uma renda maior para o País, porque, quando você soma a renda de cada um, você tem a renda nacional. E ele diz, em certo momento, exatamente sobre os países: James Heckman Isso ocorre porque é mais lento aprender coisas depois da primeirainfância e também porque a ausência dos incentivos corretos nessa fase da vida estáassociada a diversos indicadores ruins. Entre eles, a evasão escolar, a gravidez na adolescência, a criminalidade, altos índices de tabagismo.

Os índices de tabagismo são sempre mais altos nas pessoas que não tiveram uma boaeducação no momento certo. A criminalidade, por exemplo, pode ser perfeitamentereduzida se a gente investe em educação.Por que, mesmo quando fala um Prêmio Nobel do exterior, ainda assim não se leva emconta o que ele fala? Por que não se considera o que ele diz aqui, que está provado quea família é o fator que mais explica as desigualdades de uma família como a brasileira?Ora, sem a participação da família na educação, a educação não vai bem.E por que o Governo tenta impedir o projeto de lei que está no Senado, que diz que ospais do Bolsa Família terão a obrigação de ir uma vez por mês à escola? Por que isso? Eu não ia falar em educação, mas não posso deixar de comentar essa entrevista. Mastambém não posso deixar de comentar um artigo que saiu na semana passada nafamosa revista The Economist, a revista mais importante no mundo em matéria de pautar os que trabalham com economia. É uma revista inglesa que diz simplesmente o seguinte na manchete: “A má qualidade da educação freia o desenvolvimento do Brasil”. Vejam o que ele diz: “A má qualidade da educação freia o desenvolvimentodo Brasil”. Eu diria que enfeia o Brasil também. Há frases que vale a pena se repetirem aqui, Senador Papaléo. Talvez mais do que qualquer outra coisa, é a educação que freia o desenvolvimento. O País estábem abaixo de muitos outros países em desenvolvimento. Ele não fala nos ricos.O Brasil está bem abaixo de muitos outros países.

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Ele diz, na matéria: James Heckman Até a década de 70, a Coréia do Sul era praticamente tão próspera quanto o Brasil. E acabava de sair de uma guerra civil terrível. Mas, ajudada pelo seu sistema deescola, ela saltou à frente e agora tem uma renda per capita cerca de quatro vezes maior doque a brasileira. Em 1960, a Coréia tinha uma renda metade da brasileira. Hoje tem uma renda quatro vezesa brasileira. Multiplicou-se oito vezes a renda per capita da Coréia do Sul em relação aoBrasil! Todos sabem que o investimento na educação não foi o único fator, mas um dos principaisfatores.Ele diz mais sobre os professores. James Heckman O Brasil precisa de professores qualificados. Muitos têm três ou quatro empregos diferentes e reclamam que as condições são intimidadoras e os pagamentosbaixos. Todos sabem disso! Por que o Governo não tenta mudar essa realidade? Por que essafrieza do Governo brasileiro diante da educação de base no País? Por quê? De onde vem isso? Os professores são mal remunerados. É claro que são mal preparados. E,na escola de hoje, é claro que são mal dedicados. Como fazer com que uma criançapreste atenção a uma aula num prédio caindo, com as cadeiras quebradas, comprofessores desmotivados?O que a gente vê é que hoje há consenso em todo o mundo, mas se diz que não háno Brasil. Então, tenho o terceiro item, Senador Mozarildo, que fala que, no Brasil,houve uma mudança na maneira como a elite pensa.

Há um artigo grande publicado no jornal O Valor intitulado “O mea culpa da elitebrasileira”, em que, mais do que em qualquer outro país da América Latina, no Brasil, a elite brasileira começa a descobrir que a educação é fundamental para levar adiante o desenvolvimento do País. Eu não vinha falar de educação para evitar a monotonia com que eu me pronuncio sobre este assunto, embora outros assuntos discutidos aqui, sempre os mesmos,ninguém considera que sejam uma nota só, nem que seja monotonia.

Educação

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Por exemplo, falar de corrupção o todo tempo é visto como algo natural, falar de economiatodo o tempo é visto como algo natural. Mas eu não poderia deixar de comentar três matérias,Senador Mozarildo, que saem simultaneamente no Brasil: a elite faz a mea culpa, reconhecendo que a educação é importante; um Prêmio Nobel em economia diz o mesmoque alguns vêm dizendo no Brasil entre outros, eu; e um artigo da Revista The Economist,dizendo que a má educação freia o Brasil. Eu quero concluir, nos segundos que tenho, fazendo um pedido ao Presidente Lula:convoque, Presidente, o Conselho de Defesa Nacional! Existe um Conselho de Defesa Nacional para momentos em que o país está ameaçado. O Brasil está ameaçado! O Brasil está caminhando para o abismo! Pode o senhor trazer todos os pré-sais do mundo, podeaumentar a produção de automóveis, pode fazer tudo o que pensar na economia, inclusivepode até o PAC ser cumprido à risca e ninguém está acreditando nisso, e o Brasilcaminhará para um abismo daqui a alguns anos, ou décadas! Convoque o Conselho de Defesa Nacional, Presidente! Convoque os líderes dos partidos,inclusive os da Oposição e sobretudo os da Oposição! Convoque o candidato a Presidente, ou os candidatos a Presidente, do PSDB, para conversar com a suacandidata. Vamos discutir uma maneira de o Brasil não ser freado, como diz a revista,não caminhar para o desastre, como diz o Prêmio Nobel. Convoque o Conselho de Defesa. Existe esse Conselho Defesa na Constituição, de que estavam falando há pouco aqui. Está lá escrito: Conselho de Defesa. Foi criado no Brasil. Não foiconvocado nunca porque acharam que o Brasil não estava sob ameaça. Hoje o Brasil está sob ameaça. O Brasil é um País sob ameaça. Hoje o Brasil é umPaís que caminha para o desastre. Talvez leve décadas, mas vão lembrar que passouum Presidente Lula; vão lembrar que passou um Presidente Fernando Henrique; sejaqual for a popularidade com que eles saíram, ou saírem, vão lembrar que eles foramomissos na consolidação do principal vetor do progresso, que é uma revolução na educação. Sugiro ao Presidente que convoque os líderes nacionais, começando pelos líderes os partidos, que convoque o Conselho de Defesa e tente fazer alguma palavra parao Brasil. Ele não fala sobre isso nunca. Cada vez que tem um problema, ele vai e fala. Cada vez que o Corinthians joga mal, ele vai e fala. Agora, estamos diante de uma ameaça tão séria, com alerta de tantas pessoas, e a gente não o vê saindo na frente, como líder deste País, para dizer: Vamos dar um basta na situação que o País atravessa!

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Vamos dar um basta no risco que o País vive por falta dos investimentos corretos, porque qualquer investimento é jogar dinheiro fora. Precisamos dos investimentos corretos, das reformas corretas, inclusive tocando em certos vícios que nós, professores, temos, sem oque a educação não melhora. Essa era a palavra que eu tinha, Senador Mozarildo. Agradeço-lhe o tempo que o senhorme deu. Lamento continuar falando do mesmo tema de sempre, mas vim aqui para isso. Se,para continuar aqui, for preciso mudar de tema, talvez tenha chegado a hora de eu nãocontinuar aqui. Eu tenho uma missão, eu tenho uma causa, e vou continuar a defendê-la, mesmo que fique monótono, mesmo que seja uma nota só. Ainda bem que o senhor foi compreensivo e me deu o tempo necessário.

Educação

Senador Cristovam BuarqueNaturalidade: Recife(PE)Partido: PTD/DFe-mail: [email protected]: www.cristovam.com.brTelefone do gabinete: (61)3303-2281Fax do gabinete: (61)3303-2874

E você, o que achou do pronunciamento do Senador Cristovam Buarque? Caso tenha alguma crítica ou idéia a respeito do pronunciamento do senador, envie-nosum e-mail para [email protected].

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ArtigosRepresentações sociais

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Nós, lésbicas, gays, bisexuais, trans (LGBT) e outras rebeldes sexuais, temos orgulho deenfrentar as consequências de não escondermos a nossa identidade sexual ou de gênero.Temos orgulho de termos sobrevivido à nossa orientação sexual ou identidade de gênerofora da norma numa sociedade que nos condena ao silêncio e à vergonha (muitas não sobreviveram). Nas nossas marchas, celebramos o orgulho de quem recusa a carga moralde culpabilidade que nos é imposta, quando seria tão fácil continuarmos a esconder os nossos desejos e apenas fingirmos “ser normais”.

Não estamos orgulhosos da nossa orientação sexual, deixamos isso – e quaisquerdefinições de “normalidade” – para heterossexuais homofóbicos. Temos orgulho, sim,de escolhermos vivê-la, mesmo quando isso faz de nós alvos de discriminação e violência. Temos orgulho por oposição à vergonha. Temos orgulho nas lutas de longoprazo que tantas travaram e travam contra a criminalização ou medicalização das nossas identidades e pela construção árdua dos nossos movimentos sociais.

Temos orgulho na força, no esforço, nos sacrifícios que tantas pessoas LGBT assumiram ao longo da História para sair do armário e exigir dignidade. Temos orgulhona imensa variedade das nossas expressões e formas de expressão. O orgulho LGBTé necessário como o “black is beautiful” foi necessário nos anos 60 norte-americanos:como então, muitas de nós continuamos a sentir culpa, vergonha e auto-depreciaçãopor aquilo que somos. Sem orgulho, as novas gerações LGBT em tantos países estariam condenadas à mesma existência clandestina que os seus predecessorescombateram. No processo da sua auto-descoberta, muitas gerações têm tido, pelaprimeira vez, a possibilidade de crescerem como LGBT com referências positivas do que isso significa, e com menos referências negativas.

Orgulho de quê?

Este espaço tem como objetivo divulgar opiniões e reivindicações de representações de grupos sociais. Nesta edição demos espaço para o Movimento Panteras Rosa, um movimentoLGBT que tem como objetivo combater a homofobia. No artigo a seguir o movimento critica a campanha do Orgulho Hetero iniciada pela cerveja Tagus. Eis o artigo:

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Nenhum outro motivo senão Orgulho motivou a histórica revolta de Stonewall - na origem doatual movimento lgbt -, quando o desejo de dignidade se traduziu em resistência à violência policial. Quando a nossa vida pessoal condiciona os nossos direitos cívicos, deixa descer “privada” e torna-se “política”. E precisamos ser visíveis hoje para que amanhã não tenhamosnecessidade disso, quando as pessoas deixarem de ser definidas com base na sua identidade sexual ou de gênero.

“Dar a cara” continua, infelizmente, a ter consequências negativas. Mas é mesmo por isso que é preciso que cada vez mais gente saia do armário ou, pelo menos, se envolva com o associativismo LGBT: para inverter essa situação injusta. Para que um dia “dar a cara” seja tão natural como lavar os dentes e seja tão banal que não acarrete discriminação

A homofobia é um sistema político na sociedade que temos.Orgulho e ativismo, armas contra a violência homofóbica e transfóbica e a sua promoção!

ORGULHO É PROTESTO!

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ArtigosIdéias

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A TV UFAM, canal da Universidade Federal do Amazonas, proporciona aos seus estudantesde jornalismo uma oportunidade de colocarem em prática o que aprenderam durante o cursoe, ao mesmo tempo, dá informação aos seus telespectadores, tornando-se mais uma opçãotelevisiva para os amazonenses. Perceba que deste modo utiliza-se os universitários para contribuir com a sociedade. Por que isso não é feito com os demais cursos? Por exemplo, poderia utilizar os estudantes de Ciência Política para fazerem um acompanhamento políticotal como realiza o Movimento Voto Consciente. Melhor, montar uma Comissão com alunos eprofessores de economia, pedagogia e letras para realizarem estudos científicos sobre comoinvestir na educação, já que há até economista com Prêmio Nobel que afirma que o principal problema é a má gestão da verba. Poderíamos estimular os estudantes oferecendo bolsas de pesquisa científica para o Governo, inclusive.

Entendo, porém, que muitos projetos já são voltados para o benefício da sociedade, mas deixo claro aqui que gostaria que fossem feito estudos da universidade de forma acontribuir com os estudos governamentais sobre os problemas de nossa sociedade. Isso,hoje, pouco é feito. Por exemplo, não vejo universitários do curso de economia realizaremestudo sobre os investimentos do Governo. Esses estudos são de grande importância não só para servir como guias, mas também servir como acompanhamento político.

Desse modo, ganha o estudante, que colocará seus conhecimentos em prática, ganha a sociedade, que terá mais serviços e ganha o político sério, que terá mais pesquisas científicas para auxiliá-lo a melhorar a cidade. O único que perde, a meu ver, é o mau político, que verá desse modo uma sociedade mais próxima da política e estará cercado de pesquisas que podem contradizê-lo quanto ao que é melhor para asociedade.

Universidade e Governopor Jacob da Silva Reis

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ArtigosIntervenção Urbana

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A intervenção urbana é uma prática ilegal, muitas vezes considerada como vandalismo,onde os praticantes se manifestam por meio de suas artes em obras públicas e privadas, tal como muros e semáforos. Em entrevista para o Grupo VOL, Ynara(apelido Nah), 17 anos, afirmou que os praticantes não desejam estragar ou poluir a cidade, mas sim deixá-la mais bonita e colorida. Raul(apelidado como o Grande Snoopy), 15 anos, concordou com a amigae acrescentou que é um povo de bem, que apenas deseja colorir a cidade.

Ou seja, de um lado encontra-se o Governo que deseja manter a cidade limpa. Do outro,artistas que desejam uma cidade mais artística. Talvez seja hora de entrar em acordo, disponibilizando espaços para estes artistas, tal qual ocorre com os publicitários. Talveznão resolva o problema por completo, mas certamente a cidade ficará mais bonita, irá valorizar o trabalho dos artistas locais e, conseqüentemente, incentivar a arte.

Enquanto os políticos não se interessem em abrir esses espaços, há grupos artísticosque tomam essa iniciativa. Um exemplo é o Poro que já tem mais de 7 anos realizandointervenções e tem como lema “Todo espaço mal utilizado será roubado”, onde o principal objetivo é realizar críticas sociais.

Inntervenção em MG do Poro

por Jacob da Silva Reis

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ArtigosIntervenção Urbana

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O Sticker é uma sub-categoria da arte pós-moderna, o termo é em inglês e significa “adesivo”. As artes podem emitir diversas mensagens, que vai de uma sátira política a simplesmente enfeitar uma rua, sempre de forma criativa de se expressar. Já se pode encontrar stickers emvárias capitais brasileiras, principalmente em São Paulo.

Os participantes dessa arte não têm nenhuma pretensão de lucrar com os stickers, apenasde se manifestarem. Ocasionalmente ocorrem encontros e exposições para estimular trocas de stickers esocialização entre os artistas. A divulgação costuma ser pelas comunidades virtuais da artehospedadas na rede de relacionamento “Orkut”.Alguns trabalhos:

Stickers

Paulo Vinícios, 18 anos. Apelido: Paulino - Goodfellas crew

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ArtigosIntervenção Urbana

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Ynara, 17 anos. Apelido: Nah

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ArtigosIntervenção Urbana

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Raul, 15 anos. Apelido: O GRANDE SNOOPY

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ArtigosTransporte

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Com base nos dados do Relatório De Mobilidade Urbana, publicado pela AssociaçãoNacional de Transportes Públicos, podemos ter uma idéia de como é a mobilidade nos municípios brasileiros. O relatório, apesar de todos os méritos, também apresenta algumasfalhas, sendo que a maior de todas, na minha opinião, é a não disponibilização dos micro-dados na internet para que possamos fazer nossas próprias tabelas e tirar nossas próprias conclusões. O relatório é de 2007 e permite tirar várias conclusões interessantes.

A participação por modal nos deslocamentos inclui as viagens a pé. E é interessante observar as diferenças existentes entre as várias classes de municípios. Nas cidades commais de 1 milhão de habitantes, o modal predominante é o transporte coletivo (36%), seguido pelos deslocamentos a pé (34%), depois os feitos em automóvel particular (29%), motos (2%) e por fim bicicletas (1%). Esta divisão muda completamente nos municípios entre 100 e 250 mil habitantes, onde os deslocamentos por meio de bicicleta chegam arepresentar 7% dos deslocamentos, e o transporte coletivo representa apenas 20% do total.

Por meio desta informação é possível perceber uma característica das cidades brasileiras: nas localidades com menos de 1 milhão de habitantes, a política detransporte resume-se, basicamente, a construção de vias e a criação de um monopólio para o transporte coletivo. Nas cidades menores os deslocamentos a pé crescem em importância por basicamente dois fatores: menor renda e menores distâncias. Tambémpode-se explicar pela mesma causa a mudança nos dados relativos ao transporte com bicicleta. As cidades entre 500 mil e 1 milhão de habitantes mostram através dasinformações a situação do transporte coletivo frente ao individual.

Quando se observa a distância percorrida por modal, nota-se também que a variação guarda uma relação com o tamanho da cidade. Nas cidades com mais 1 milhão de habitantes percorre-se cerca de 16 km a cada viagem no transporte coletivo, 9 km por meio de transporte motorizado individual e 1 km por meios não motorizados, ou seja, a pé e de bicicleta. Creio que esta informação também serve para ilustra a idéia de que, no Brasil, são os mais pobres os que moram mais longe,dependendo de viagens mais longas.

Estrutura do transporte urbano no Brasil - 2007por Fernando Raphael Ferro de Lima - democraciaeliberdade.blogspot.com

!!!!

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ArtigosTeleviào

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A campanha etnicanatv.org.br apresentou o ranking de programas da TV aberta denunciados por baixaria, confira o top 5:

1.Jogo Aberto(Tv Bandeirantes): 88 denúncias fundamentadas por desrespeito às torcidas de futebol, incitação à violência e vocabulário impróprio para o horário;

2.Pânico na TV(Rede TV): 69 denúncias fundamentadas por exposição de pessoas ao ridículo, apelo sexual e palavras de baixo calão;

3.Superpop(Rede TV): 33 denúncias fundamentadas por excesso de nudez e exposição de pessoas ao ridículo;

4.Na Mira(Programa local da TV Aratu / Salvador SBT): 31 denúncias fundamentadas porsensacionalismo, apologia à violência e desrespeito à pessoa humana;

5.Se liga Bocão(Programa local da TV Itapoan / Record): 22 denúncias fundamentadas por desrespeito à pessoa humana, incitação à violência e incitação ao ódio.

Não é de hoje que presenciamos uma TV aberta de péssima qualidade, mas engana-se aquele que pensa que as emissoras podem passar tudo o que lhes forconveniente. Pelo menos esse é o foco da campanha, que lembra ao usuário que asemissoras são concessões públicas do Estado, logo o cidadão pode exigir umaprogramação de qualidade e que respeita os direitos humanos.

Para fazer a denúncia basta ligar para 0800-619-619, a ligação é gratuita, ou pelainternet pelo endereço: www.eticanatv.org.br no link “Denuncie”. Cada denúncia éanalisada, caso seja pertinente é encaminhada ao Ministério Público Federal.

DATAS21 de Outubro: Dia Nacional Contra a Baixaria na TV

Ranking de Baixaria

Chão chão chão!

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ArtigosHumor

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Charge

Tririnhas

Charge gentilmente cedida por www.nudeluvas.com

Tirinha gentilmente cedida por www.mendigo-sa.com.br

Tirinha gentilmente cedida por www.umsabadoqualquer.com

hahaha!!!!

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ArtigosCopyleft!

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Esperamos que tenham gostado da primeira edição da Revista Virtual Informais, tentaremos publicar a próxima edição o mais rápido possível. Claroque para isto contamos com a sua ajuda, seja distribuindo, escrevendo para a gente ou ajudando no design da revista.

Para saber mais entre em:

Comunidade Grupo VOL:

www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=37367407

Comunidade da Revista Informais:

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=74481449

E-mail:

> Você pode enviar matérias, se elas tiverem fundamentos serãopublicadas na próxima edição.

Aceitamos parcerias! Divulgamos comunidades do orkut, sites, blogs emtroca de contribuições para a revista. Não se preocupe, não falo decontribuições financeiras hehehe.

Obrigado por ter lido,

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