revista iabc 25 anos

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Revista comemorativa dos 25 anos do Colégio Interno mais querido do Brasil.

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Page 1: Revista IABC 25 Anos
Page 2: Revista IABC 25 Anos

O Início

Sumário

Desenvolvimento Físico

Desenvolvimento Educacional

Internato

Perspectivas

Em Busca das Origens .................................................................................................04Bons Tempos.................................................................................................................09Pioneiros .......................................................................................................................10

EditoresCaroline CarnietoWesley Zukowski

ColaboradoresCaroline CarnietoDaniel LüdtkeFlávio RodriguesNatiéli SchafferRenato StencelValéria MiottoWesley Zukowski

Direção de Arte Américo de Brito | A7

Diretor GeralWesley Zukowski

Diretor FinanceiroAbraão Vicente

Aprendendo com o Passado ......................................................................................12Departamentos.............................................................................................................16

Princípios da Educação Adventista ............................................................................22Colégio IABC...............................................................................................................24

Desenvolvimento Intelectual.......................................................................................26Crescimento Social.......................................................................................................28Espiritualidade.............................................................................................................30

Chance Única ...............................................................................................................32O IABC faz... ................................................................................................................33Entrevista com Pastor Wesley Zukowski...................................................................36ANUÁRIO IABC 2010 ..................................................................................................39

Capítulo 01

Capítulo 02

Capítulo 03

Capítulo 04

Capítulo 05

Expediente

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Page 3: Revista IABC 25 Anos

IABC - 25 anos

Certamente o IABC foi estabelecido por Deus. Ele colocou o sonho no coração de pioneiros, entregou capacidade de executar a obra, abençoou com recursos nas mãos de irmãos e da igreja, e ainda cada dia tem entregado sabedoria para que funcionários, pastores, professores e administradores formem caracteres para a eternidade.

Deus siga abençoando-os!

Pastor Erton Köhler – Presidente da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Há sempre um momento na vida que lhe aponta para o futuro. Eu vivenciei esse momento anos atrás quando sabiamente meu pai me trouxe para um colégio de internato. É aqui, longe dos grandes problemas deste mundo, que se formam pessoas que farão a diferença na sociedade em que vivemos. É por isso que estamos realizando grandes investimentos, transformando-o no novo colégio do IABC, capacitando pessoas, transformando corações, moldando o caráter, desenvolvendo o presente e construindo o futuro. Parabéns ao novo colégio do IABC por seus 25 anos!

Pastor Jairo dos Anjos – Tesoureiro da União Centro-Oeste Brasileira

Você quer ter uma visão de futuro? Venha para o IABC. Mais que um colégio, uma proposta de vida!

Pastor Ivan Góis – Líder de Educação da União Centro-Oeste Brasileira

Parabéns IABC, por seus 25 anos. Mas também:Por ser uma escola que desfruta de um clima excepcional.Por ser uma escola que oferece oportunidades únicas para adolescentes e jovens.Por ser uma escola que se renova a cada dia.Por ser uma escola com visão de missão.Por ser uma escola que prepara uma geração com esperança.Quero nesta ocasião felicitar os que com fé e dedicação tornaram este sonho uma realidade. Os relatos da fundação e caminhada desta escola são uma fonte de inspiração. Participar desta história é um privilégio. Nos últimos anos o IABC tem recebido grandes investimentos em sua estrutura física, educacional e espiritual. Pois cremos que os frutos desta instituição são de valor inestimável. Avançar com a mesma fé e dedicação dos pioneiros é a nossa garantia de um futuro ainda mais glorioso.

Parabéns a todos os que fizeram e fazem parte desta escola. Seus alunos, funcionários e professores.

Pastor Helder Roger – Presidente da União Centro-Oeste Brasileira

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Page 4: Revista IABC 25 Anos

Em 1927 a mensagem adventista chegou ao estado de Goiás. A igreja prosperou rapi-damente. Com o crescimento, o avanço da obra educacional, e o grande contingente de jovens que tinham que se deslocarem para colégios adventistas em outros Estados, com distâncias mínimas de 800 km, e ainda as dificuldades de se conseguir uma vaga nestes internatos, o assunto da construção de um internato no Estado de Goiás passou a ser uma prioridade.A partir de 1980, a liderança da Associação Brasil Central (ABC), com sede em Goiânia, decidiu intensificar a procura de uma área apropriada para a implantação do internato. Dezenas de propriedades foram analisadas, mas por muito tempo, tudo foi em vão.No dia 03 de julho de 1981, o presidente da igreja no Estado, pastor Luiz Fuckner, e o pastor Rafael Mário Ayupe, do distrito de Anápolis, voltaram de uma visita a mais uma fazenda, nas proximidades da BR 153, entre Anápolis e Jaraguá. Pararam em um posto fiscal. Um senhor que ouvia a conversa entendeu que os pas-tores procuravam uma área para construir um colégio. Ele disse que conhecia um corretor em Anápolis, que saberia de uma fazenda, que possivelmente serviria para o projeto. Mas eles pensaram que seria mais uma tentativa sem resultados.Diante da insistência daquele senhor, os pastores resolveram procurar ainda naquela noite o corretor. No dia seguinte, foram ao local, e foi amor a primeira vista. Soube-ram que o proprietário, senhor Adair Alves de Brito, que residia numa fazenda pró-xima, tinha ido de carro à Anápolis. Ao retornarem para lá, viram no meio da poeira da estrada, um carro que poderia ser dele. Após muita insistência, o motorista parou. Adair começou a ouvir dos pastores o interesse na compra da fazenda “Quilombo de Capivari”, e disse que a mesma fazenda estava praticamente vendida para a instalação de uma destilaria de álcool.

Em Buscadas Origens

Terraplanagem para as obras da primeira biblioteca do IABC

Capítulo 1

Page 5: Revista IABC 25 Anos

Ele se interessou pelo projeto, porém haviam alguns entraves para o negócio em andamen-to. Então, uma comissão composta pelos pas-tores Fuckner, Célio Feitosa, do departamen-to de Educação Associação Brasil Central (ABC); Nevil Gorski, do departamento de Educação da Divisão Sul-Americana (DSA), Mário Ayupe, distrital de Anápolis; e o então diretor do Centro Educacional de Anápolis, professor José Borges dos Santos, visitou a fazenda e decidiram marcar uma reunião para a decisão quanto à compra. A reunião aconteceu no dia 14 de junho de 1981 ás 10 horas, debaixo de uma árvore, próximo à estrada que corta a propriedade, e onde havia uma pequena casa. Ali, a comissão composta pelos pastores Luis Fuckner, Alci Oliveira, Célio Feitosa, Darci Borba, Adolfo Reis, João Wolff, Mário Veloso, Nevil Gorski, e professor Jose Borges, foi votada a compra da Fazenda “Quilombo Capivari” para a implantação do Instituto Adventista Brasil Central (IABC).

O Início

Certidão de compra da fazenda “Quilombo de Capivary” - 1983

Vista aérea do IABC em 1987 no período de seca

Page 6: Revista IABC 25 Anos

A compra da propriedade foi consolidada no dia 23 de junho de 1981, em Abadiânia, com a assinatura e registro da escri-tura. Em seguida tiveram início os planos para a execução do projeto do tão sonhado internato do Centro-Oeste. No mesmo ano, acontecia no Centro Educacional de Anápolis a primeira reunião para a elaboração dos projetos arquitetôni-cos, financeiros e administrativos. Nesta oportunidade, foram dados os primeiros passos para a montagem do processo so-licitando uma verba da Central Evangélica de Ajuda ao Desen-volvimento (EZE). Foi elaborada uma carta consulta e posteriormente o complexo processo com mais de 20 kilos de papéis, solicitando o apoio de 50% do valor do projeto. Paralelamente, foi montado outro processo solicitando do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social – Órgão do MEC (FAS) um empréstimo especial, cor-respondente aos 50% restante. A verba da EZE foi uma doação.

Muito tempo, energia e orações foram gastos durante a monta-gem dos pedidos e durante a transmissão dos mesmos. Em 22 de novembro de 1981, mesmo antes da confirmação da ajuda da EZE e da FAS a administração do campo reunia a igreja no centro daquela fazenda, numa linda festa para o lançamento da pedra fundamental. O livro “Educação” de Ellen G. White foi depositado na urna da pedra fundamental. Em 22 de dezembro de 1981, foi nomeado o primeiro dire-tor do IABC, que teria a responsabilidade inicial de montar e acompanhar os projetos para a EZE e o FAS agilizar a do-cumentação da fazenda, e implantar os serviços das redes de energia e de água. Em março 1982, um representante da EZE esteve no local para analisar o projeto e as possibilidades de aprovação da verba. Tudo dependia do relatório dele. A União Sul Brasileira (USB), registrou em 1982, o voto número 233/82, confirmando o pedido e assumindo as responsabilidades.

Comissão de avaliação para decisão de compra da fazenda, composta por líderes da Divisão Sul-Americana (DSA), União Sul Brasileira (USB) e Associação Brasil Central (ABC) - 1981

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Page 7: Revista IABC 25 Anos

O Início

Em julho do mesmo ano a Associação Brasil Central (ABC) nomeou o primeiro conselho deliberativo do IABC, e a sua primeira reunião aconteceu na sede da ABC, em setembro de 82. Em alguns momentos, os pastores Fuckner e Borges, pen-saram que teriam que pedir desculpas aos irmãos, e dizer-lhes que tudo não havia passado de um sonho. Mas os planos de Deus eram maiores. O período de nervosismo pela espera da resposta da EZE terminou apenas em janeiro de 1983, quando a carta com a resposta positiva chegou. No dia 20 do mesmo mês, foi assinado o contrato entre a EZE e a União. O valor da doação foi de 1.200.000 Marcos Alemães, que na ocasião cor-respondia a 357.036.000,00 cruzeiros. A apreensão continuou,

pois para receber os recursos era necessário comprovar os re-cursos próprios. No dia 18 de agosto de 1983, ás 11 horas, na sede da Caixa Econômica Federal, em Goiânia, foi assinado o contrato com o FAS/CEF e a União. Dia 25 de abril de 1983, o diretor foi para o local com uma equipe composta por um mestre de obras, o senhor Raimundo Dias, dois pedreiros (Wilmar e Olegário), e o senhor Julian Garza, que chegou antes para cuidar da fazenda. A primeira tarefa desta equipe foi a locação de alguns prédios, especial-mente o edifício do refeitório, e outros serviços de preparo para a cerimônia de início oficial das construções no dia 26 de abril de 1983.

Pastor Darci Borba, presidente União Sul Brasileira, utilizando a cavadeira após a decisão de compra da fazenda

Portaria do IABC em seu início

“A terra é muito fraca, sem adubo não produz nada,” disse o perito. A resposta veio: “Queremos ter um educandário para preparar alunos e não uma fazenda para produção agrícola,” pastor Nevil Gorski.

Placas de divulgação da instituição

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Page 8: Revista IABC 25 Anos

Os primeiros caminhões de materiais chegaram ao local no dia 24 de maio de 1983. O valor da folha de pagamento das duas primeiras semanas de trabalho foi de CR$ 70.760,00 cada, fora os salários do diretor, do engenheiro e do mestre de obras.Em 83 a associação decidiu que a senhorita Nilce Santos seria transferida da ABC para ser a secretária do IABC, no escritório instalado em Anápolis. Com o recebimento destas primeiras parcelas, foi possível con-cluir a rede elétrica, rede de água, e a instalação da caixa d’água no dia 10 de janeiro de 1984.No dia 04 de junho de 1984, uma grande concentração de irmãos e amigos esteve no local, já utilizando as instalações inacaba-das do refeitório. Nesta concentração, destaca-se a significativa participação do então presidente da Associação Geral da igreja Adventista, Pr. Neal Wilson, e a sua esposa. Ele ficou encantado com o local, o clima, a visão panorâmica, e os projetos.No período de construção, foi comprado um caminhão e de-pois uma Kombi. Outros profissionais da construção, que par-ticiparam da primeira equipe da edificação do IABC foram: Elci Carlos, chefe dos carpinteiros, e o Danile Martins, encarregado dos pedreiros, e posteriormente, encarregado geral.

Pastor José Roberto Reis, à direita, e o governador de Goiás, Henrique Santillo, que doou a pavimentação asfáltica do anel viário do IABC

1ª Kombi comprada para atender as necessidades de transporte do IABC

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Page 9: Revista IABC 25 Anos

O Início

Bons Tempos

Quando eu ainda tinha 10 anos de idade cheguei ao IABC, junto aos meus pais e

irmãos. Mal sabia que este seria o lugar que eu passaria pelas experiências mais

marcantes de toda a minha vida.

Nesta época o colégio tinha uma horta, um pomar, um estábulo, uma granja e uma

plantação de soja, e não faltava trabalho para aqueles alunos que faziam coisas er-

radas e precisavam pagar algumas horas de castigo.

Todo ano participávamos das olimpíadas que eram organizadas pelo professor Prego.

Lá conquistei algumas medalhas jogando basquete, e participando de algumas provas

de atletismo como salto em altura, dentre outros.

Participei do Coral Jovem desde o início quando era regido pelo professor Derosdete.

Nesse mesmo período aprendi a tocar trompete, e acabei tocando no grupo de sopro,

que era formado por alunos, professores e pessoas da comunidade.

Todo sábado de madrugada participávamos do culto do cerrado, onde tínhamos

momentos de oração. Quando abríamos os olhos o dia já tinha amanhecido, e sentía-

mos a presença de Deus ali bem pertinho. O culto acontecia debaixo de uma árvore,

onde depois foi construída uma cabana, que funcionou até o dia que colocaram fogo

no pasto, queimando toda a cabana. Depois disso o culto passou a ser feito no bosque

atrás do auditório.

Ali fui monitor no laboratório de informática, onde aprendi as primeiras noções de

informática, surgindo assim o gosto e o prazer pela área que hoje virou profissão.

Foram muitos eventos, feiras de ciências, serenatas no dormitório feminino, trotes e

as vezes algumas saidinhas para Anápolis. Mas nada foi mais importante do que

as amizades que fiz, pois fizeram diferença. Umas boas e em alguns momentos ruins,

mas sempre estavam ali, e por isso, mesmo tendo deixado o colégio há quase 10 anos,

nunca faltei a nenhum ex-aluno, e sempre que reencontro um amigo do IABC, é

como se eu revivesse todas as emoções da época.

O tempo passa e vai levando pessoas como o pastor José Roberto, o professor Oswaldo e

tantos amigos, que esperamos um dia encontrá-los no dia da ressurreição. Mesmo as-

sim agradeço a Deus pelos anos ali bem vividos, que foram fundamentais para ajudar

a construir meu caráter, e fazer de mim um homem honesto e temente a Deus.

Oro a cada dia para que Deus continue usando este colégio para transformar vidas e

preparar pessoas para a eternidade.

Flávio Rodrigues de Souza, é ex-aluno do IABC

Page 10: Revista IABC 25 Anos

Livros, filmes e pesquisas relatam histórias, narram fatos e atos, mas a melhor forma de descrevê-las é através das memórias de quem participou, trabalhou, realizou e fez parte, seja na origem ou no desenvolvimento, da narrativa de uma obra.Neste caso, a obra é o IABC, a história é de 25 anos de vida e as memórias são de pessoas que abriram um caminho, im-pulsionaram o progresso, que sonharam, enfrentaram ad-

versidades e venceram obstáculos. Homens que de maneiras diferentes marcaram um período de grandes conquistas e pro-gresso para a educação adventista, que seguidores do Mestre estudaram e criaram novos conceitos, que não se amedronta-ram com o novo, não ficaram esquecidos na poeira do desen-volvimento e dedicaram parte de suas vidas a serem pioneiros dessa história.

Pioneiros

1982 a 1985

OUT/1985 a 1989

1990 a 1993Pastor José Borges dos Santos

Professor Enoch Silva 1994 a JUN/1996Pastor José Roberto Reis

In Memoriam

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Page 11: Revista IABC 25 Anos

O Início

AGO - DEZ/1996 1997 a 1998

1999 a 2001

2006 a 2009 2009 a ...

2002 a 2006

Professor Willer C. Prego Professor Héber de Oliveira

Pastor Rui Manuel Mendonça Lopes

Professor José Aparecido Pastor Wesley Zukowski

Pastor Osni Sales de Oliveira

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Page 12: Revista IABC 25 Anos

Estava escuro. Partimos bem cedo e a viagem foi longa. Os minutos se transformavam em horas. O calor dentro do ôni-bus fazia a viagem ainda mais cansativa. Pela janela, eu ob-servava a paisagem que passava rapidamente sob meus olhos.Árvores retorcidas, a vegetação baixa e rala. Era o cerrado do interior de Goiás, que mostrava toda a sua beleza. Meus pen-samentos davam rédeas soltas a minha imaginação e eu pen-sava como seria minha vida no IABC, e o que eu iria encontrar lá. As placas indicavam que estávamos cada vez mais perto. Ao chegarmos aos últimos trinta quilômetros, percebi que a estrada fazia muitas curvas por entre o cerrado e o caminho parecia íngreme. Estava muito ansiosa, mas tinha certeza que Deus havia atendido minhas orações. Eu havia orado muito por aquela oportunidade e ir para um internato adventista era tudo o que eu queria!

- Mãe... me conta mais! - falou minha filha.- Mas... filha, já contei estas histórias tantas vezes...- De novo, mamãe. Mais uma vez, por favor! Gosto de ouvir suas histórias do internato. Muitas lembranças agora me vem a mente... Chovia naquele dia. Meu pai era quem me levava para o inter-

nato. Chegamos perto das três horas da tarde. Na entrada do Colégio, a portaria era feita de uma cerca de arame farpado e ali próximo, uma casinha pequena. No dormitório feminino, pude observar um ambiente bem simples, mas muito aco-lhedor. A preceptora veio nos receber, sorridente e simpática.Tudo era muito novo e estranho para mim. Fui colocada num quarto com mais duas alunas. Havia vaga para cinco. Tínhamos vindo de regiões diferentes. Eu de Uruaçu, interior de Goiás, outra garota do Tocantins e junto ,uma prima dela. Esbocei um sorriso tímido.Fiquei ali num canto. Não tinha trazido mala. Só tinha uma bolsa, umas cinco peças de roupa e uma toalha de banho pequena que mais parecia uma toalha de rosto. Fiquei muito “sem graça” de estender a roupa de cama, porque não tinha uma colcha. Só tinha um lençol e um virol.

Sarah, minha filha caçula, gostava de me ouvir contar as histórias do meu tempo de Colégio. Talvez ela não conseguis-se captar completamente minha emoção, enquanto eu relem-brava aqueles dias. Eu havia sido aluna no IABC entre 1987 a 1989, e naqueles três anos, vivi experiências que marcaram minha vida para sempre.

Não temas, porque Eu sou contigo, não te assombres porque Eu sou teu Deus, Eu te fortaleço, e te ajudo e te sustento com a minha destra fiel. Isaias 41:10

Aprendendo com o PassadoQuando se busca o cume da montanha, não se dá importância as pedras do caminho. Autor Desconhecido

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Capítulo 2

Page 13: Revista IABC 25 Anos

Desenvolvimento Físico

Em 2001 retornei ao colégio. Meu esposo foi contratado como funcionário, para ajudar na construção do ginásio, pelo dire-tor, pastor Rui, e então nos mudamos pra cá com nossas duas filhas. Voltar para este lugar me trazia lembranças felizes...Quando cheguei aqui pela primeira vez, não havia quase nada. O prédio central, local das aulas, estava pela metade e ainda em construção. A lavanderia que mais tarde foi construída, ainda era de madeirite. As roupas eram todas lavadas à mão. Nós não tínhamos máquinas de lavar roupa, ainda. Tudo era de terra, a grama estava sendo plantada... Não haviam árvores... Grandes nuvens de poeira se levantavam em redemoinho en-quanto soprava o vento forte...Meu começo aqui foi bem difícil. Para ir a igreja tinha só um vestido branco, da minha formatura da oitava série, um con-junto de saia e blusa, preto e branco, um sapato de salto e uma sandália. Mas apesar disso, eu era muito feliz, eu amava es-tudar aqui, amava esse Colégio.Nos meses em que fazia muito frio, eu usava uma calça com-prida com uma saia por cima. Não achava feio nem fora de moda. Aliás, era costume as meninas se vestirem assim.Não reclamava de nada, não me entristecia à toa, trabalhava muito e estava sempre feliz. Outros tempos aqueles...

- Mãe, o que era ser industriário, que você tanto fala?- Um aluno industriário era aquele que trabalhava para pa-gar seus estudos. Aos 16 anos, meu primeiro trabalho foi na cozinha. Lá trabalhavam duas funcionárias, uma de manhã e outra à tarde. O grupo de trabalho eram em sua maioria alu-

nos. Eles cuidavam da padaria, do preparo das refeições... No começo eu lavava chão, parede, louça... Naqueles dias, os bol-sistas eram bem mais velhos do que hoje. Eu tinha amigas de dezenove, vinte e até vinte e cinco anos.- Então era muito ruim ser um industriário? - Claro que não! Ao contrário. Era um privilégio. Muitos jo-vens queriam vir para estudar num internato e sem ter como pagar, precisavam ganhar uma bolsa de estudos. Pena que não havia vaga para todos os que queriam estudar aqui. Mas to-dos os alunos trabalhavam. Até os que pagavam a mensalidade integral que eram chamados de alunos regulares. Estes traba-lhavam duas horas por dia. Era a chamada “Hora Educativa”.- Hora Educativa? Que nome! E alguém aprendia alguma coisa?- Bom... quando eu cheguei, já haviam se passado dois meses do prazo para a chegada dos bolsistas, que deveriam vir em dezembro. Já era começo de fevereiro. Teria que trabalhar duro para compensar aquele atraso. Naquele ano, cheguei a ser a campeã de horas extras. Fiz 280 horas.- Como você conseguiu?- Madrugava para fazer o desjejum. Aos sábados à noite nós tínhamos aulas. Eram duas aulas, mesmo assim tinha que acordar bem cedo no domingo e trabalhar o dia inteiro. Num domingo comecei a trabalhar às quatro da manhã e fui até as oito da noite.- Uau! Que dedicação, heim!- Era porque eu queria colportar também, então precisava de horas a mais.- Você já me explicou isso de colportagem...- Eu sei. Era assim, nas nossas férias podíamos sair para vender livros, para ganhar o estipêndio, valor equivalente a seis meses de mensalidade escolar.

Primeira construção do IABC - Residencial Feminino - 1983

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Page 14: Revista IABC 25 Anos

Estive envolvida em tantas atividades hoje, que nem percebi como o dia passou depressa. Depois do jantar, enquanto lavava a louça, Sarah se aproximou de mim.- Vou te contar mais uma história que me lembrei agora. Você quer ouvi-la?- Claro! - respondeu ela.- Sabe, no meu último ano de internato, o número de meninas excedeu o esperado. O nome do Colégio Adventista já era bem conhecido entre a irmandade e também pela comunidade ao redor. Passamos a receber vários alunos de estados diferentes.O dormitório feminino estava lotado. Como o número de alunas internas cresceu muito, foram tomadas, às presas, providências para acomodar a todas. Tínhamos espaço na la-vanderia, recém construída pela Golden Cross, que foi trans-formada em quarto para nós. No improviso, até que ficou muito bom! As cortinas e os tapetes deixaram o ambiente mais bonito e confortável. Os bichinhos de pelúcia espalhados so-bre os móveis compunham nossa decoração.

Chamávamos aquele espaço carinhosamente de “quartel”. Éra-mos trinta moças morando ali. E com um banheiro só! Você pode imaginar como era isso?-Não tenho idéia ! - Sarah riu.Nove e meia era hora de dormir. As luzes se apagavam lá nos dormitórios e tudo tinha que ficar em silêncio. Só as luzes da sala de estudo, do banheirão e dos corredores ficavam acessas. E nós, felizes lá no “quartel”, porque tínhamos luz.As vezes nossa alegria excedia. Fazíamos bagunça até a meia noite, isto é, até que chegasse o diretor interno, que era tam-bém professor de Educação Física e professor de inglês. Ele gritava lá de fora: -Silêncio! Vamos dormir! Agora!Dava certo, morríamos de medo dele.- Rsrsrsrsrs! (Risos)- Achou graça? Muita coisa agora parece engraçada mesmo! Só existia um telefone para todo o colégio - continuei. Quando as pessoas de fora ligavam, deixavam recado e diziam que re-tornariam a ligação dali a quinze minutos. Então alguém ia chamar o aluno.Um dia, foram me dizer que alguém havia me telefonado. Já comecei a tremer. Como ninguém ligava para mim e eu rece-bia notícias de casa por cartas, fiquei apavorada. Os telefone-mas eram muito raros. “Quem será que estaria me ligando?O que teria acontecido? Será que estava tudo bem em minha casa, com meus pais?” Corri tanto até o prédio central que cheguei lá suando e me segurando para não chorar. Quando atendi o telefone, descobri que era apenas a líder de colporta-gem pedindo para que eu reunisse algumas alunas interessa-das em colportar!- Nossa mãe, como você era apavorada hein! - Apavorada não. Eu era corredora! Gostava de correr longas distâncias. Tinha muita resistência. Corria cinco mil metros, até dez mil metros!- Isto é quase oito ou nove voltas no nosso “anel viário”, não é mesmo?- É sim. Eu corria na época das Olimpíadas, no domingo à tarde. Aliás, nossa pista de atletismo havia sido construída re-centemente. Tinha uma boa arquibancada e sua praça era uma homenagem à Base Aérea. Até o comandante de lá tinha vindo descerrar a placa de inauguração!- Isso era coisa do diretor... lembro que você falou que ele gos-tava de correr também!- Era o professor Enoch. Ele era um bom esportista. Tinha ganho algumas medalhas e até troféus. Parece que ele também tinha participado da Corrida de São Silvestre... Era um bom corredor, por isso eu me identificava com ele.

***

Pastor Léo Ranzolin inaugurando o laboratório de línguas que teve seu nome - 1996

Page 15: Revista IABC 25 Anos

Desenvolvimento Físico

- Me conta um pouco daquelas festas... - Sarah pediu.- A “Festa da Amizade era o momento mais esperado por to-dos os alunos. Cada ano se revezavam o Grêmio Masculino e o Feminino para elaborar a programação e o tema. O dia da festa era guardado em segredo e só era revelado com uma brincadeira surpresa.- Que brincadeira era essa?- Num ano, a festa estava sobre a responsabilidade das moças.Esperamos que todos os rapazes fossem dormir. Altas horas da madrugada, cercamos o dormitório masculino com panelas, tampas e tudo o que fizesse muito barulho. No momento com-binado começamos a gritar e a fazer tanto barulho que eles quase morreram de susto... Depois nós contamos para eles que dia iria ser a festa...- Já sei! E daí vocês competiam para ver quem faria a melhor festa, quem faria a brincadeira mais engraçada e por aí vai...- Ainda tinha a brincadeira do tirisco... Caçar tirisco é um cos-tume ainda nos dias de hoje!- Esta caçada é a melhor!

-É sim. Outra coisa diferente naquele tempo era que na hora do almoço, a refeição era servida nas mesas, em travessas. As meninas que trabalhavam repondo e servindo a comida eram chamadas de “servideiras”.- Servideiras? Que nome engraçado! Eram assim tipo gar-çonetes?- É. Mais ou menos isso. Tudo era também muito rígido! Como era um internato misto, de moças e rapazes, o namoro era sobre controle. Se casais de namorados fossem pegos se beijando, eram cinqüenta horas de castigo.- Qual era o castigo?- Cavar valeta, plantar grama, capinar em frente a portaria nova...isso até para as moças... a mão ficava cheia de calos!- Que beijinho caro, heim!- É. Bons tempos, aqueles!- argumentei.- Parece que sim!

Naquela noite, fui dormir com uma sensação estranha. Tudo aquilo que minha mãe havia dito, me fizeram refletir e voltar para o passado dela, cheio de planos e sonhos. Hoje, eu tam-bém tinha os meus próprios sonhos... Precisava aprender com ela a aproveitar melhor o meu tempo, para depois não olhar para trás e me arrepender. Talvez pu-desse me dedicar mais aos estudos, aproveitar melhor as opor-tunidades, me dedicar de verdade a tudo o que eu fizesse. E é claro, colocar sempre a vontade de Deus em primeiro lugar!No outro dia bem cedo, enquanto eu caminhava para o pré-dio central, para assistir às aulas daquela manhã, fiquei ima-ginando o que contaria as minhas filhas sobre meu tempo de internato. Esbocei um sorriso tímido. A seu modo, a história sempre se repete... - pensei.

Azenate da Costa Silva e seu esposo Basileu são funcionários do IABC. Ela já ocupou no internato diferentes funções. Suas filhas Líria e Sarah cursam hoje o Ensino Médio. São alunas do colégio desde 2001.

Instalação da primeira antena de telefonia para o IABC via rádio - 1985

***

Primeiro veículo de transporte e início do projeto de construção do IABC com financiamento do FAS – 1983

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Page 16: Revista IABC 25 Anos

Cantar em um coral que ensaia pelo menos três vezes por semana e canta pelo menos duas vezes por mês é o sonho de todo corista. O coral Jovem do IABC oferece esta opção para aqueles que tem habilidade vocal. Nestes últimos anos foram realizadas apresentações em teatros, auditórios, igrejas e praças alcançando todo tipo de público no território do Centro-Oeste brasileiro. Em maio deste ano, foi gravado o último trabalho do coral, o DVD “Vida & Louvor”. O projeto visa mostrar o louvor como um estilo de vida. Teve participação especial da orquestra sinfônica de Praga, músicos dos Estados Unidos, e um dos grandes violinistas do Brasil, Paulo Torres. Na parte vocal além do Coral Jovem do IABC vários solistas da Gravadora Novo Tempo e do cenário musical adventista do Brasil também participaram do evento. O coral é regido pelo maestro Anderson Ramos.

A música sempre foi e será uma atividade essencial numa proposta de educação integral. O estudo da música seja através de instrumentos mu-sicais, ou no desenvolvimento da voz, auxilia o estudante a desenvolver características que farão dele um profissional diferenciado. São estas: de-terminação, paciência, auto-controle, autonomia, iniciativa, entre outros. O IABC oferece não só aulas para se adquirir técnicas no domínio de al-gum instrumento musical, como também promove a pratica através de estudo individual e música em grupo por naipes nas atividades de coral e orquestra. O conservatório bem como as atividades musicais são dirigidas pelo maestro Anderson Ramos.

Após 25 anos, o IABC tem em suas instalações 77 funcionários que trabalham empenhados no crescimento da instituição. De forma organizada, 17 departamentos padronizam as rotinas que um colégio em regime de internato deve ter. Cada um deles é parte importante do sistema estudantil.

Departamentos IABC

Coral Jovem

Conservatório Musical

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Page 17: Revista IABC 25 Anos

É um grupo de 9 componentes que dirige o louvor nas principais programações e encanta o público com sua harmonia e vibração. Também é dirigido pelo maestro Anderson Ramos.

Formado por 21 professores selecionados, treinados e capacitados para utilizar a metodologia mais eficaz para quem quer proporcionar bons resultados quando o assunto é Vestibular e Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Orienta-dos pela coordenadora pedagógica, Valéria Miotto, a equipe tem se dedicado ao ensino moderno e motivador. Neste ano, novas metodologias no processo de ensino/aprendizagem foram implantadas. Bem como um sistema de avaliações diferenciadas onde o aluno é beneficiado com a melhor fixação dos conteúdos e melhor aproveitamento do estudo. O programa de simulados também foi modi-ficado com o intuito de ampliar ainda mais essa ferramenta de capacitação para obter melhores resultados no vestibular das universidades federais. Também foi implantado um programa de estudos focado no ENEM onde o aluno recebe aulas especiais, treinamento e orientação para ser beneficiado com este programa avali-ativo do governo federal.

Formada por alunos e professores, tem o intuito prin-cipal de participar ativamente do louvor nos cultos da Igreja Adventista do Sétimo Dia do IABC. Também se apresenta em eventos especiais da escola. É regida pelo aluno Gabriel Bezerra.

Grupo Puro Louvor

Setor Pedagógico

Orquestra do IABC

Desenvolvimento Físico

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Coordenado pelo diretor para assuntos estudantis, pastor Geraldo Beulke, e uma equipe de preceptores, monitores e coordenador de dis-ciplina, eles acompanham o dia-a-dia do aluno. Não só nas atividades diárias bem como no momento do descanso. A equipe do internato está “ligada” 24 horas por dia, 7 dias por semana, orientando os estudantes quanto ao cumprimento de suas responsabilidades e a atenção tão im-portante para quem está longe da família, seja através de um conselho ou palavras de motivação, importantes nesta fase da vida.

Para atender melhor e controlar os setores da escola, facilita na aquisição de materiais de expedição e consumo, nosso almo-xarifado foi organizado para atender da melhor maneira todas as necessidades de materiais utilizados nas atividades diárias dos diversos departamentos da instituição.

Mesmo com toda tecnologia presente no IABC através da rede de com-putadores e laboratório de informática, o livro está longe de ser obsoleto. Nossa biblioteca ainda cumpre um papel fundamental de aproximar de forma atrativa o conhecimento do estudante. Com quase 10 mil volumes e periódicos em todas as áreas do conhecimento, o estudante tem em suas mãos grande oportunidades de aprendizado. Cada volume está cadastrado em um programa informatizado que facilitou na busca do assunto desejado em qualquer livro do acervo.

Internato

Almoxarifado

Biblioteca

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No cerrado goiano pode não ser muito fácil manter um sis-tema de jardinagem que atenda a necessidade de um interna-to. Árvores verdejantes, grama, flores, precisam de constante cuidado para que tornem nosso ambiente mais bonito. Esta é a responsabilidade da equipe do jardim, liderada pelo fun-cionário João Tessaro, que tem feito a diferença em manter nossa escola o mais atrativa possível combinando com o novo visual dos prédios.

Coordenado pela secretária Gisele Santos, este departamento regis-tra, organiza e informa todos os dados referentes a vida acadêmica do aluno, bem como procedimentos burocráticos. Neste ano superou expectativas de agilidade e atendimento de documentos a eficiência dos profissionais e auxiliares.

Um internato é altamente dinâmico. Novas paredes, pintura, móveis, estruturas metálicas, sistema elétrico, rede hidráulica, tudo isto está em constante mudança para atender o crescimen-to da instituição e proporcionar ao aluno sempre as melhores condições nas necessidades diárias e suas atividades. O IABC tem seus desafios, mas tem treinado sua equipe para realizar com rapidez e eficiência não só a instalação de sistemas mas também sua manutenção.

Jardim

Secretaria

Manutenção, Marcenaria, Serralheria e Construção

Desenvolvimento Físico

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Coordenado pelo técnico Fabio Abreu, envolve não só o controle e manutenção dos servidores da rede de informática, bem como o sistema de telefonia, labo-ratório de informática e o site da instituição, www.iabc.org.br. É uma ferramenta tecnológica indispensável em um educandário moderno como o IABC.

Tem a nobre função de ser o primeiro “elo de ligação” com o novo aluno e pais que chegam na escola. Tem a responsabilidade de proporcionar a segurança tão fundamental para uma entidade educacional, bem como de recepcionar com simpatia e atenção a todos que chegam para uma visita. E é exatamente isto que faz a equipe de seguranças.

Coordenado por Abrãao Vicente, abrange praticamente todos os setores de serviços da escola, contabilidade, departamento pes-soal, caixa, cobrança. Visa o equilíbrio saudável entre receitas, despesas e a viabilidade dos recursos que são essenciais ao anda-mento de todas as atividades da instituição.

CPD

Portaria

Administração Financeira

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É o local mais importante do IABC, é onde cada es-tudante e servidor tem a oportunidade de se colocar di-ante de Deus e ouvir Sua Palavra. É dirigido pelo pastor Flávio Siqueira, e conta com o auxílio de capelania do pastor Herson Alves no atendimento e visitação dos alu-nos, orando e aconselhando sempre que necessário.

Pensando na bem estar de cada estudante e servidor, o IABC possui atendimento odontológico geral e ortodontia em consultório. Tendo com responsável principal o Dr. Wilson de Tarso Ferreira Filho, contamos também com atendimento fono-audiológico com Alice Candido Carvalho. No acompanhamento psicológico a Dra. Samira de Almeida Oliveira atende diariamente os alunos.

Igreja

Saúde

Cozinha e restauranteAlimentação adequada é um dos itens fundamentais de um internato. Usu-fruir uma boa alimentação três vezes ao dia durante o período letivo faz toda diferença na vida de um estudante em fase de desenvolvimento. Sua saúde, vitalidade e disposição dependem diretamente deste fator. O setor de nutrição do IABC além de ter o acompanhamento de profissionais da área de nutrição, conta com a tradição e princípios do sistema alimentar da rede mundial de instituições adventistas, seja na área educacional e de saúde. Aliado a isso, o IABC oferece toda gama de alimentos saudáveis com o de-licioso e rico tempero goiano, indiscutivelmente um dos mais saborosos do mundo. A equipe de cozinheiros de nosso colégio se esmera em fazer deste departamento um local muito agradável, de sociabilização, aliado ao sabor extraordinário da alimentação natural.

Setor de Nutrição Alimentar (SNA)

Desenvolvimento Físico

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Princípios daeducação adventistaEm 2003, a Igreja Adventista do Sétimo Dia geria um sistema internacional de educação com 6.200 escolas, 60 mil profes-sores e uma população estudantil de quase 1,2 milhão espa-lhada ao redor do mundo, em 145 países. Segundo Victor S. Griffiths, em “Adventist Education Reaching the World”, a educação adventista é uma dos maiores sistemas educacionais entre as denominações protestantes.Temos que considerar que desde o começo da educação ad-ventista, Ellen G. White foi o pensamento base. A filosofia educacional encontrada em seus primeiros escritos sobre esse tema serviu como alicerce para sustentar e ajudar os primei-ros educadores adventistas no estabelecimento do sistema educacional formal. Por essa razão, temos que admitir que “é impossível compreender a educação adventista, quer atual ou histórica, sem entender o papel e o impacto de Ellen White sobre esse desenvolvimento. Ela não foi apenas a figura central nesse desenrolar, mas a única líder adventista que se distin-guiu desde o início até o fim do período formativo (por volta de 1910)”, garante George Knight em “Early Adventist Educa-tors”. W. A. Spicer confirma a sentença acima ao afirmar que desde a escola nos fundos da igreja até a escola de ensino mé-dio e faculdade, seminário e faculdade de medicina, resultam

dos princípios educacionais apresentados por Ellen White.Princípios educacionais, objetivos e alvos, que são compo-nentes vitais para o estabelecimento da filosofia educacional de Ellen White, foram espalhados por toda sua coleção de cartas, panfletos e artigos do gênero. “Por volta de 1872, ela começou a escrever sobre o tema da educação, recomendando com insistência um sistema que desenvolvesse harmoniosa-mente as faculdades físicas, mentais e morais e no qual a fé na palavra de Deus fosse mantida. Hoje, milhares de crianças e jovens em muitas partes do mundo estão freqüentando es-colas cristãs, cujos instrutores são guiados em seus métodos pelos princípios de educação propostos na palavra de Deus e em seus escritos” (“A Brief Sketch of the Life and Teachings of Ellen G. White”).

Ao pesquisar sobre os princípios básicos da educação nos escri-tos de Ellen White, o doutor Cadwaller concluiu que:1. A única educação verdadeira é a cristã ou a educação que inclui o ensino religioso baseado na Bíblia;2. O processo educacional está preocupado com o indivíduo por completo durante todo o período de sua existência;3. A educação deve ser prática, bem como cultural e acadêmica;

Capítulo 3

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Ellen Gould White (1827-1915), pioneira da educação adventista

Desenvolvimento Educacional

4. A educação deve preparar uma pessoa para ser útil e deve inspirá-la com o ideal de serviço;5. O currículo deve ser suficientemente vocacional para as-segurar que todo aluno deixe a escola com meios dignos para ganhar seu sustento;6. A política educacional não deve ser limitada pela tradição;7. É obrigação da igreja educar todos os seus membros, sejam adultos ou crianças;8. Uma localização rural e pitoresca é ideal para um internato; 9. A maior parte possível do trabalho de cuidar da instituição deve ser feita pelos estudantes e todos devem ter algum tra-balho de experiência; 10. Os professores devem ser bem qualificados academica-mente, mas acima de tudo, devem ser cristãos praticantes im-buídos do espírito missionário;11. A saúde é um fator primordial no sucesso do aluno; tanto a escola como o aluno devem estar preocupados com os princí-pios de saúde;12. A verdadeira educação é o desenvolvimento harmônico dos aspectos físicos, mentais, morais, espirituais, estéticos, vocacionais, emocionais, sociais e religiosos da natureza hu-mana; 13. A Bíblia deve ser considerada o livro mais importante em todos os níveis de educação.

A idéia central da filosofia educacional de Ellen White é a restauração do homem à imagem de Deus. Essa é a razão por que Ellen White afirmou que a obra da educação e da redenção são uma, pois ambas le-vam a pessoa ao poder curador de Jesus Cristo. Acrescentando à essa idéia, Ellen White disse que “deve ser o primeiro esforço do professor e seu constante objetivo auxiliar o estudante a com-preender estes princípios e entrar com Cristo naquela relação especial que fará daqueles princípios uma força diretriz na vida”. Sem hesitar, poderíamos concluir que os

ensinos de Ellen White exerceram uma forte influência no processo de desenvolvimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Seus escritos não foram apenas importantes e de grande influência no começo do desenvolvimento da denominação, mas continuam a exercer influência também no seu progresso e crescimento presente. E é sobre este fundamento que foram construídas instituições de ensino como o IABC, voltadas para o desenvolvimento integral de seus alunos.

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Em novembro de 84, a primeira equipe para as atividades educacionais (professores e funcionários) foi assim formada: José Borges dos Santos, diretorWaldomiro Passos – TesourariaGercina Borges – SecretariaOsvaldo Toledo – PreceptorNeila Gomes – PreceptoraAmir Rodovalho – ContadorNilce Santos – Caixa e departamento pessoalAntonio Freitas – CompradorElzi Freitas – Chefe da cozinhaAparecida Bonfim – Chefe da lavanderiaBenedito Batista – Chefe da marcenariaJulian Garza – Agricultura e manutençãoDaniel Martins – Mestre de obras.

O corpo docente foi formado por:1. Osvaldo Toledo – Ciências e matérias pedagógicas;2. Daniel Fiúza – Estudos Sociais e Ensino Religioso;3. Ester Fiúza – Português e Inglês;4. Silas Kanada – Matemática, Química e Física;5. Geni Toledo – Português da 5º e 6º séries, e 3º e 4º séries;6. Rute Rodovalho – Pré, 1º e 2º séries.

Colégio IABC Inauguração do gerador de energia

elétrica com o pastor José Borges dos Santos - 1992

Alunos indo para aula de jardinagem no trator

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Desenvolvimento Educacional

No 2º semestre e o professor Osvaldo Toledo deixou a precep-toria, para dedicar-se exclusivamente ás aulas. O professor Car-los Mágno assumiu a preceptoria. A equipe foi reforçada com o professor Enoch Silva e sua esposa, Arlet. Ele assumiu a direção interna e as aulas de Educação Física. Ela assumiu a preceptoria, em substituição a Neila Gomes. O professor Carlos Mágno, deixou a preceptoria, e no seu lugar, assumiu José Alves. O primeiro aluno a chegar no IABC foi o jovem Wilson Tavares, que veio para trabalhar na construção e assegurar uma vaga como aluno bolsista pelo trabalho. Nas mesmas condições chegaram vários outros. Em janeiro de 1984, o José Alves (Zezinho), dia 25 de novembro de 1984 o Elias de Rondônia, dia 08 de janeiro de 1985, Marcos de Santa Catarina, 10 de janeiro de 1985 Gislaine e Eldete de Goiás, e Idalmo do Distrito Federal. Cristiane Chaves, de Anápolis, e Genivaldo de Brasília, chega-ram no dia 14 de janeiro de 1985. No dia 15 de janeiro de 1985

foi a vez da aluna Valdenice, de Uruaçu. Depois chegaram Fran-cisca, Vera, Julinda e Edvaldo. Posteriormente chegaram outros alunos bolsistas, e a partir do dia 28 de fevereiro de 1985, os alunos regulares, para o início do ano letivo, no dia 04 de março de 1985. Entre os presentes estavam os deputados Idelfonso Avelar (estadual), e Ademar Santillo (federal), que na ocasião era o secretário estadual da educação, e que proferiu a aula i-naugural. Esteve presente também a então delegada de ensino de Anápolis, professora Maria Angelina. O primeiro ano letivo terminou com cerca de 100 alunos internos e 20 externos. Mas surgiu outro problema: a rodovia que liga o colégio á Anápolis, BR 414, estava sendo preparada para o asfaltamento e era difícil trafegar devido a quantidade de pó, ou barro, criando atoleiros. O sistema telefônico era via rádio. Em outubro de 1985, o pro-fessor Enoch Silva, até então diretor interno, foi nomeado dire-tor geral. No dia 8 de dezembro de 1985, ás 10 horas, as insta-lações do IABC foram inauguradas oficialmente.

1. Valdomiro Passos2. Jaire de Oliveira3. Rubenildo Bezerra4. Prof.º Antonio Fávero 5. Elias Prates dos Reis6. José Osmar Alberto7. Eli Holen Dias8. Luiz Carlos Fernandes9. Jefferson Fontana (2006 e 2007)10. Régis Reis (2008)11. Valcirio Alves Filho (2009)12. Abraão Vicente da Cruz (2010...)

1. Enoch Silva (até 1985)2. Willer Cavalcante Prego3. Oswaldo José Toledo4. Ronaldo Bertazzo 5. Pedro Rosa6. Lins Alves de Miranda7. Wellington Romayholi8. Walter Fonseca9. Wilson de Tarso Ferreira10. Levi Gabriel Ferreira11. Neri Ferreira de Oliveira12. Adailson Correa13. Geraldo Beulke (Atual 2009)D

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Não é só a ensino médio que proporciona o crescimento in-telectual do aluno. O próprio sistema de internato possibilita experiências e oportunidades que contribuem com o desen-volvimento cognitivo do estudante. Os internos podem ter a poucos passos do quarto uma biblioteca, escola de artes, com-plexos esportivos, além do convívio mais próximo com os pro-fessores, facilidade para estudos em grupo e o desenvolvimento cultural e linguístico resultante do contato com alunos vindos de outros países. A comodidade é uma das vantagens, pois não é necessário se preocupar com lavar roupa ou fazer comida. Des-sa maneira, sobra mais tempo para a dedicação aos estudos, que muitas vezes é feita entre amigos ou colegas de classe.

Existe um acompanhamento rigoroso nas atividades escolares: a “hora de estudo obrigatória”. Serve para desenvolver o hábi-to de estudo diário, já que alguns só estudam meia hora antes da prova e não fazem as tarefas. Durante o período determi-nado, monitores acompanham a presença e desenvolvimento do estudo de cada aluno. Os horários variam de 13h30 às 15h diariamente, ou, segundas, terças e quintas das 19h30 as 21h. “No contra-turno, os professores também ministram as aulas de reforço para alunos que estão encontrando dificuldade em determinadas matérias”, explica Wesley Zukowski, diretor geral.

O internato também possibilita um relacionamento professor-aluno privilegiado. O fato de a maioria dos professores mora-rem na própria instituição ou ao redor dela, permite um convívio saudável que influencia o desenvolvimento intelectual do aluno.

Outra oportunidade para o aprimoramento cognitivo localiza-se está logo ao lado: a Escola de Artes. A música sempre é uma atividade essencial numa proposta de educação integral. Seja através de instrumentos musicais, ou no desenvolvimento da voz, auxilia o estudante a desenvolver características que farão dele um profissional diferenciado. Orquestra, conjunto musi-cal, coral e grupo de artes cênicas são algumas das atividades propostas pela instituição. “A música no internato ajuda a forta-lecer a vida espiritual do aluno e seu relacionamento com Deus. Ajuda também a dar um importante senso de ministério que eles levarão para suas comunidades e congregações locais. Além disso, ajuda a descontrair e a desenvolver uma ligação forte com o Colégio através das boas amizades construídas na época que o aluno estudou no internato”, ilustra Anderson Ramos maestro do Coral Jovem do IABC.

Internato permite maior desenvolvimento intelectual

Música

Incentivo ao estudo

Proximidade com professores

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Capítulo 4

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Outro diferencial é a alimentação saudável. Baseado em uma nutrição Ovo Lacto Vegetariana o Setor de Nutrição Alimentar (SNA) conta com a tradição e princípios do sistema alimentar da rede mundial de instituições adventistas. O incentivo a ex-ercícios físicos, a alimentação balanceada, assim como a locali-zação em meio à natureza e ênfase no repouso, fazem do IABC um lugar vantajoso para a saúde dos jovens. Artur Martins, de 15 anos, garante que gosta do estilo de vida saudável. “Cheguei cheio de espinhas, agora meu rosto está limpo e meu porte físico está muito melhor, ganhei massa muscular”, conta ele. Além de gostar da comida, ele explica que sua saúde melhorou muito. “Sinto que tenho mais disposição”, finaliza.

As quadras, ginásio, academia, piscinas e campos do internato são vantagens para o desenvolvimento físico devido à facilidade de acesso. Jovens que nas grandes cidades não praticavam es-porte algum, se deparam com a vasta natureza e belezas natu-rais. João Cleber é exemplo. “Em casa eu só fazia academia, mas aqui eu jogo basquete, vôlei, corro e ainda vou na academia”, assegura ele. Seu foco é se relacionar bem com Deus, estudar e ter boa saúde. “O internato tem me ajudado a cumprir esse objetivo”, ressalta.

A localização da instituição, em meio à natureza, com ar puro e campus arborizado, também contribui para o desenvolvimento saudável dos alunos. Fatores importantes são a luz solar e dis-tância da poluição das cidades. Outro aspecto é a alegria. As brincadeiras, o relaxamento, momentos de risadas e desconcen-tração produzem endorfinas.

Estilo de Vida Saudável

Exercício físico

Ar puro, alegria e endorfinas

Internato

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Ficar longe de casa, conviver com colegas de quarto e de tra-balho, aprender a obedecer a novas regras e participar de ativi-dades em grupo são fatores que tornam o internato um ambi-ente de desenvolvimento social. Os alunos internos apontam a independência, a convivência com personalidades diferentes e a sociabilização como maiores aprendizados desse ambiente.

Artur Bertini nunca tinha lavado ou passado uma única peça de roupa até chegar ao internato. “Sempre tive comida pronta, roupa lavada e passada. Quando chegou no internato as coisas mudaram”, relembra ele. Artur conta que em casa sua mãe o fa-zia arrumar o quarto. “Mas lá em casa não valia nota”, ressalta. “Hoje eu tenho independência, e faço tudo que preciso”, garante ele. Outra forma de independência proporcionada pelo inter-nato é a emocional. “Eu aprendi muito a ter autonomia no inter-nato. Quando eu morava com os meus pais, dependia muito de-les. Aqui eu aprendi a tomar as decisões”, conta ele. O internato também o ajudou a ampliar os objetivos de vida. Artur sonha em cursar Administração fora do país.

Socialmente o internato é uma excelente oportunidade de cresci-mento existencial, considerando as diferentes personalidades com as quais o aluno vai interagir. Para Luanna Pellegrini, aluna interna, o convívio com as colegas de quarto desenvolveu nela a sensibilidade de ouvir e aceitar opiniões diferentes. “Aprendi a aceitar o jeito de cada um, lidar com diferenças, ouvir opiniões divergentes da minha e aceitar situações com as quais muitas vezes não concordava”, comenta. “Quando temos algum prob-lema, sentamos para conversar e chegamos a um denominador comum”, continua Luanna. “No quarto, onde as diferenças tor-nam-se mais evidentes, aprendemos realmente a conviver com as pessoas”, confirma ela.A convivência também promove o auto-conhecimento do es-tudante. “O internato me ajudou a descobrir meu próprio jeito de ser. As minhas atitudes me ajudaram a conhecer quem eu sou realmente”, diz Luanna. No internato, ao perceber as suas defi-ciências, o aluno pode retrabalhar a sua personalidade. “Aprendi a repartir, escutar o que os outros tem a dizer e dar valor ao que tenho, e desenvolvi o auto-controle e confiança”, finaliza ela.

Crescimento social é uma das vantagens do internato

Independência

Convivência

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A ausência da proteção da família e a necessidade de convívio em todos os momentos também exercem influência muito po-sitiva em adolescentes e jovens retraídos. Além da convivência nos quartos, restaurante, ambiente de trabalho e lazer, o aluno participa de eventos coletivos que o ajudam a vencer a timidez. Adriele Arantes, de 15 anos é um exemplo. Algumas festas são tradicionais no internato, como a gincana das cores, show de talentos, festa da amizade, entre outras. “Quando saio desse tipo de festa penso: que bom que estou aqui”, ressalta Adriele. Ela conta que era muito tímida quando chegou no internato.

Mal conversava com as colegas de quarto e só ficava chorando de saudades da família. As colegas de quarto tentavam ajudar, mas só depois de algum tempo conquistaram sua confiança. Foi quando ela começou a se envolver com as atividades do interna-to. “Hoje tenho mais facilidade de fazer amigos, e estou menos tímida!”, conta animada. Ela atribui o seu desenvolvimento so-cial as atividades que o internato proporciona. Hoje ela cursa o segundo ano do Ensino Médio e grande parte dos seus amigos vão embora no fim do ano. “Agora não tenho medo de fazer amigos, e a em 2011 quero conhecer novas pessoas”, afirma ela.

Internato

Sociabilização

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Além dos momentos espirituais diários, o internato permite ao aluno participar de eventos especiais que contribuem com a sua espiritualidade. “Os programas aqui são muito bem elaborados, chamam a atenção dos jovens. Nessa nossa idade de formação, es-ses eventos são muito importantes”, avalia Anna, que está no segundo ano do Ensino Médio. Ela ainda conta que nunca tinha ido ao culto do Bosque, que acontece de madrugada. “Minha amiga insistiu muito, e eu decidi ir. Agora vou sempre que posso”, ressalta a aluna. Os programas especiais e amizades influenciaram tanto a vida de Anna Carolina, que ela tomou a decisão de se batizar. “Em casa era só festa, mas quando cheguei aqui percebi que seria diferente. As semanas de oração me marcaram muito, e uma amiga em especial me chamava sempre para orar, cantar e ler livros. Isso me influenciou positivamente”, pondera.

Espiritualidade é prioridade na Educação Adventista

Programas especiais

Anna Carolina Rossini chegou no IABC sem saber o que era a educação adventista. Buscava um lugar melhor para tomar suas de-cisões. “Eu queria fugir das influências negativas e ser uma pessoa melhor”, conta Anna. Segundo Flávio Siqueira, pastor da igreja do IABC, essa é a prioridade: mostrar Jesus para cada jovem. “A passagem do estudante no internato é marcada pela espiritualidade. A questão espiritual é muito importante”, assegura ele. O internato oferece atividades religiosas como cultos diários, eventos musi-cais, vigílias, semanas de oração, retiros espirituais e simpósios, além da oportunidade de participar dos grupos musicais vocais e ins-trumentais. “Nos encontros sociais, nos retiros, nos cultos, nos finais de semana especiais, buscamos fortalecer os vínculos pessoais para que vivamos em comunidade, valorizando o estilo de vida cristão e preparando cidadão para a eternidade”, finaliza Siqueira.

Projeto da futura igreja do IABC

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O próprio ambiente do campus é apontado pelos alunos internos como favorável ao crescimento espiritual. “Eu adoro morar aqui no meio do mato”, brinca Fúlvia Maia, aluna do Ensino Médio. “Aqui não tem bagunça, nem o barulho da cidade”, emenda. “A gente sai cansado das aulas ou do trabalho e se depara com o verde das plantas, o azul do céu, o som dos pássaros; tudo isso relaxa. Na cidade não conseguimos nos concentrar em Deus como aqui”, garante ela. Ela ainda conta que gosta de ler a Bíblia ou outros livros cristãos embaixo de árvores. “Isso dá muito paz. Quando eu posso ler à sombra de alguma árvore, é muito bom”, diz Fúlvia.

Internato

Natureza

InfluênciasTárcila dos Santos, aluna interna desde 2006, garante que além dos programas religiosos, as amizades e a influência dos professores é que lhe ajudaram espiritualmente. “Decidi me batizar esse ano, e atribuo essa mudança a convivência com os amigos”, admite ela. Embora a influência de pessoas seja um fator de crescimento espiritual para muitos, a influência também pode estagnar ou retro-ceder o desenvolvimento de outros. “O internato pode ajudar ou atrapalhar espiritualmente. Depende, principalmente, das com-panhias, mas cada um é que escolhe o tipo de influência”, adverte Geraldo Beulke, diretor interno do IABC. Na fase da adolescência, as influências são fator decisivo para o futuro do jovem. “No internato, é menos complicado ir à igreja do que na cidade, mas o aluno corre o risco de cair em uma rotina. É necessária a pré-disposição para não fazer da espiritualidade uma obrigação”, finaliza Beulke.

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Em todo o mundo rapazes e moças saem de casa a fim de es-tudar e realizar seus sonhos profissionais. Mas a maioria deles não tem condições financeiras para garantir que ousados so-nhos sejam realizados com facilidade. Mas todos os anos, centenas desses rapazes e moças com grandes talentos ocultos são beneficiados com programas de bolsa de estudo em diversas escolas adventistas como o IABC.Essa prática não é recente, desde o início da Igreja Adventista, instituições de ensino mantém alunos financeiramente carentes.O IABC e sua administração tem se notabilizado através de seu programa filantrópico. Os planos de bolsa são: Assistido Especial (AE) com desconto de 86% no valor da mensalidade; Assistido Parcial (AP) com desconto de 68%; Assistido Parcial 1 (AP1) com desconto de 56%; e Assistido Parcial 2 (AP2) com 32% de desconto. Atual-mente o IABC tem 98 alunos assistidos, quase metade do total de alunos internos. Elisama Beulke, responsável pelo departamento de Filantropia do IABC, explica que a iniciativa é norteada pelo sentido de

missão. “Este departamento é importante pois viabiliza a for-mação de futuros líderes da nossa sociedade e igreja com o per-fil ideal para honrar a Deus no serviço à igreja e ao semelhante”, destaca ela.

Exemplo disso é o aluno Júlio Teodoro, de 16 anos. Seus pais são separados e não teriam condições de enviá-lo para o IABC se não fosse o plano de bolsa de estudo. Ele chegou no colégio em 2009 e já trabalhou em vários setores. “Eu nunca tinha lavado banheiro, por exemplo, e foi a primeira coisa que fiz”, conta ele. Mas nem por isso ele se sente inferior . “Preciso estar disposto a servir em qualquer área, pois independentemente do setor, o trabalho ensina lições úteis para a vida”, argumenta. Ele ainda enfatiza que o que aprende em sala de aula, pode praticar no trabalho. “Aprendemos na aula de química sobre a dosagem de cloro, e ao trabalhar no setor da piscina do colégio, pude ver na prática como funciona”, finaliza ele.

Exemplos da vida real

Chance única

Adrielly Arantes e Murilo Araújo trabalhando na contabilidade com Alysson Lira (funcionário)

Capítulo 5

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Pespectivas

Neste ano já virou tradição entre os grandes eventos do internato. Palestras de cunho espiritual, orientação sexual e social são seguidas de uma vibrante gincana entre várias equipes onde além de terem de cumprir tarefas desafiadoras, percorrem uma trilha durante a madrugada adentrando florestas, riachos, cascatas, despenhadeiros, tudo com a devida segurança, mas exigindo de cada aluno, atenção, esforço espírito de equipe e união.

Realizada com o objetivo de marcar para sempre na memória de nossas alunas e seus pais o momento especial de seus 15 anos. Um culto de ação de graças inspirador é sempre seguido de um jantar especial inesquecível onde a beleza e simpatia de nossas alunas são evidenciadas, mas acima de tudo o valor das amizades nesta fase da vida.

Fim de semana radical

Festa dos 15 anos

O IABC faz...

Pespectivas

Fim de Semana Radical

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Momento que ocorre uma vez ao ano para relembrar o pioneirismo que caracterizou os grandes líderes que fizeram a história do IABC. Com roupas típicas, cada aluno representando seu estado de origem, bem como vestimentas da época, o programa se torna mais rico e inspirador. Participantes do programa chegando em carro de boi e á cavalo demonstram que a vida simples do passado ainda guarda grandes emoções, e que a tecnologia ainda não fez pelo coração do homem o que as lutas do passado fizeram.

Oferecida cada ano vez pelos rapazes vez pelas moças, tem sido a demonstração máxima da amizade com uma festa que sempre é a grande expectativa dos alunos durante quase todo o ano.

O coração espiritual do IABC. Cada sábado as 6h30 da manhã, quando os pássaros começam a cantar, alunos e servidores do IABC se reúnem debaixo dos pinheiros para canta, orar e ler a palavra de Deus. É ali que nos aproximamos de Deus e grandes milagres acontecem fazendo com que cada estudante sinta mais de perto a direção de Deus em sua vida.

Este é o momento do reconhecimento dos grandes talentos da es-cola. Não só no conhecimento acadêmico, mas muito mais no que se refere a área humana de cada um. O mais simpático, o mais amigo, quem mais ajuda o próximo estão entre os premiados nesta noite memorável.

Campal IABC

Festa da Amizade

Culto do Bosque

Festa do Oscar

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Pespectivas

É o projeto que prepara os jovens de nossa igreja para atuarem mais efetivamente na missão que Deus confiou a cada um. Todas as semanas são feitas reuniões onde se aprende a pregar, dar estudos bíblicos, fazer visitas e ou-tras atividades espirituais e de ajuda humanitária.

Em setembro foi instalado nos residenciais masculino, feminino, na cozinha e na lavanderia um sistema de aquecimento solar uti-lizado na Europa que é capaz de aquecer a água mesmo quando a temperatura externa esteja nos 30 graus negativos. Esse sistema trará conforto e praticidade disponibilizando água quente sem ne-cessidade de custos de energia elétrica, usando apenas o que temos em abundancia, luz solar. O reservatório tem capacidade para 5.000 litros sendo aquecidos até 95 graus em dias de sol pleno.

Em forma de curso livre com um encontro semanal, pre-para jovens para atuarem nas escolas e associações nas mais diversas funções de apoio, desde a parte contábil até a recepção e atendimento telefônico. É o IABC preparando seus alunos para trabalharem mais perto da missão que Deus nos confiou. As aulas são ministradas por grandes líderes de experiência que atuam em todos os setores da IASD. Desde a Divisão Sul- Americana, União e asso-ciações do campo da UCOB.

Missão IABC

Projeto Treinee

Instalação do Aquecimento Solar

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1. Numa análise do passado, como você analisa o crescimento do IABC nesses 25 anos de existência? Wesley Zukowski - O IABC é um colégio que teve seu início de forma pioneira. Uma fazenda quase abandonada sem nenhuma árvore ou estrutura que pu-desse identificar um lugar para se mi-nistrar educação. Terra semi-árida com pouco potencial de produtividade agrí-cola. A organização também não tinha dinheiro para poder construir uma in-fra-estrutura básica para iniciar as ativi-dades escolares. Mesmo com todas as barreiras aos poucos as portas foram se abrindo viabilizando o funcionamento da atividade educacional. Compraram a fazenda com o pouco dinheiro que pos-suíam, conseguiram uma doação de uma entidade filantrópica da Europa, e assim foram construídos os primeiros pré-dios para uso da escola. Com o tempo o IABC foi se tornando uma referencia como instituição educacional. Na lidera-nça de grandes homens, com a benção de Deus e o empenho dos servidores o crescimento foi inevitável. Hoje o IABC é parte da história de milhares de ex-alu-

nos que carregam em seu coração mar-cas profundas do tempo em que aqui es-tudaram lembrando com muito carinho e emoção os bons momentos aqui pas-sados. Além disso, hoje nossa estrutura moderna e bem equipada proporciona o que existe de melhor em termos de

ambiente e condições para um excelente desenvolvimento da área acadêmica, so-cial, esportiva e espiritual dos alunos.

2. Qual o principal fator ao qual você atribui o desenvolvimento do IABC?Wesley Zukowski - Os motivos que proporcionaram o desenvolvimento além dos anteriormente citados foram o empenho e dedicação que a organi-zação adventista demonstraram através das instituições superiores como a As-sociação Brasil Central (ABC) e nos úl-timos anos a nova União Centro-Oeste Brasileira (UCOB), que abraçaram com afinco e determinação a causa do IABC principalmente nos momentos cruciais onde houve necessidade de mais inves-timento para adequar a escola à nova realidade do mercado. O que também favoreceu o crescimento do IABC é sua característica de internato espe-cializado no ensino médio e localizado distante o suficiente de grandes cidades para não sofrer as influencias negativas dos grandes centros, mas ao mesmo tempo de fácil acesso de duas grande capitais; Goiânia e Brasília.

Entrevista com o DiretorWesley Zukowski

Mesmo com todas as barreiras, aos poucos as portas foram se abrindo

viabilizando o funcionamento das atividades.

E com o tempo o IABC foi se

tornando uma referencia como

instituição educacional.

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Page 37: Revista IABC 25 Anos

Pespectivas

3. No futuro, você acha que existe outra maneira de atrair pessoas para o IABC, além da filosofia? Wesley Zukowski - O fator principal que tem levado adolescentes e jovens cada vez mais a buscar nosso internato é com certeza nossa filosofia cristã de ensino, aliado a uma disciplina holística que leva em consideração não só a necessi-dade de se desenvolver bons hábitos e respeito aos limites, mas também os sen-timentos e auto-estima do educando. A qualidade e conforto de nossa estrutura também tem sido um fator de atração para nosso público. Mas olhando para o futuro vejo que pelo fato de as cidades colocarem em risco a integridade física e moral dos adolescentes, absorverem pai e mãe no trabalho por muitas horas cada dia, e na falta de opções de atividades que promovam o crescimento do aluno, o internato aparece como uma excelente opção de atender todas as expectativas dos adolescentes e dos pais nesta fase da vida. Saber que o filho está em um local seguro com ambientes de alta qualidade para o estudo, prática esportiva, musical, boa alimentação, internet controlada e outras facilidades, traz uma relativa tranquilidade para os pais que tem tan-tos compromissos e nem sempre conse-guem dar aos filhos toda a assessoria que eles precisam para um desenvolvimento

harmônico de seus potenciais. Esta real-idade já está atraindo cada vez mais alu-nos para esta modalidade de internato.

4. Quais são os projetos para o futuro da instituição? Wesley Zukowski - Já está em fase de instalação um sistema de aquecimento de água por energia solar de sistema

europeu que aquece a água mesmo em temperaturas de 30° negativos desde que tenha luz solar. Este sistema além de ser mais eficiente que o sistema convencional também é altamente ecológico pois não deixa ne-nhum resíduo na natureza, e atenderá os dois residenciais; a cozinha; a lavanderia e o prédio de apartamentos para visitas com água quente gratuita. Porém os maiores desafios em termos de projetos para o IABC são: a construção da nova igreja, proporcionando um ambiente confortável e grandioso para os momen-tos de louvor, adoração e contato com a palavra de Deus. A reforma e readequação de nossa co-zinha, adaptando aos novos sistemas de preparo de alimentos com mais qualidade e de forma mais prática. A transformação do prédio administra-tivo para atender com melhor qualidade as atividades de secretaria, tesouraria, concessão de bolsas, atividades admi-nistrativas e de atendimento ao público. Temos ainda o sonho de construir uma nova biblioteca no sistema mais mo-derno de pesquisa e contato com o co-nhecimento e cultural universal. Além da construção de uma praça moderna e ao mesmo tempo aconchegante para os momentos de sociabilização tão impor-tantes para nossos adolescentes e jovens.

Olhando para o futuro vejo que pelo fato de as

cidades colocarem em risco a

integridade física e moral dos

adolescentes, o internato aparece

como uma excelente opção de atender todas as expectativas dos

adolescentes e dos pais nesta fase da

vida.

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Page 39: Revista IABC 25 Anos
Page 40: Revista IABC 25 Anos

Diretor Geral

Caixa

Secretária

Diretor Financeiro

Contabilidade

Telefonista

Diretor Interno

Filantropia

Técnico de Informática

Recursos Humanos

FuncionáriosAdministração

Wesley Zukowski

Paulo Henrique da S. Oliveira

Gisele da Silva Santos

Abraão da Cruz Vicente

Marcos Antonio de L. Aguiar

Tatiane Siqueira Silva

Geraldo Luis Beulke Júnior

Elisama de Farias G. Beulke

Fabio Abreu de Melo

Josué Miotto

Pr. Flávio Siqueira

Pastor da Igreja

Diretora Acadêmica

Valéria Cristina Reis Miotto

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Page 41: Revista IABC 25 Anos

Produtor MusicalDiretor da Escola de Artes e

Regente do Coral

Professor de Instrumentos de

Sopro

Professor de Piano

Coordenadora

Professor de Violão

Professora deCanto

Escola de Artes

Cozinha

Funcionários

Ronnye de Oliveira DiasAnderson Torres Ramos

Wellington José da Silva

Ivanete Alves de Almeida

Franklin Roosevelt S. Muniz

Jenilcy Teodoro da Silva

Silas Santana

Antonieta Sena de S. Moraes

Leuzeny Ferreira da Silva

Pollyana Alves Calazans

Emanuelle Soares de Jesus

Silvia Maria da F. Cintra

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Page 42: Revista IABC 25 Anos

Funcionários

João Roque Tessaro Filho

Adiranilde O. dos Santos

Lerida Fontana Tognon

Joel Flores da Costa

Bazileu José da Silva

Marcos Andre S. de Jesus

Ana Rodrigues de S. Porto

Ilson Gomes da Maia

Maria Aparecida da Silva

Isael Rodrigues Vieira

Cozinha

Jardinagem Lavanderia

Limpeza Manuntenção

Padaria

Sandra Silva Teixeira Ananete Morais Mateus Coordenadora

Coordenadora

Coordenadora

Coordenador

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Page 43: Revista IABC 25 Anos

Manuntenção Marcenaria

Portaria

José Neves Pereira

Luciano Oscar Oros

Elano Barbosa Serracena

Júnio da Silva Rabelo

Alan dos Reis Silva

Rubens Matos de Maia

Benedito Teófilo Batista

Juaci Ferreira da Silva

Alice Candido Carvalho

Jarbas Pereira de Siqueira

Danilo de Freitas Martins

Cleci dos Santos Martins

Monitoria deCampo

PreceptoriaResidencial Feminino

Motorista

Funcionários

Coordenador

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Page 44: Revista IABC 25 Anos

Coordenadora de Disciplina

Orientadora Educacional

3o. Ano Ensino Fundamental

4o. e 5o. AnoEnsino Fundamental

4o. e 5o. AnoEnsino Fundamental

4o. e 5o. Ano Ensino Fundamental

1o. Ano EnsinoFundamental

2o. Ano EnsinoFundamental e

História

Funcionários

Anderson Matos Soares

Maria das Graças Serracena Loide Maria Gonçalves

José Robson B. da Silva

Elaine de Andrade Arrais

Reni Pedromo Zukowski

Adriana dos Santos Marinho

Katia Aparecida Tencarte

Tatiana Ferelli de SiqueiraGladys Barros de Melo

PreceptoriaResidencial Masculino

Prédio EscolarBiblioteca

Prédio EscolarCoordenação Pedagógica

Wilson de Tarso Ferreira Ana Paula Miguel Soares

Dentista

Professores

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Page 45: Revista IABC 25 Anos

1o. e 2o. Ano Ensino Médio e

História

Educação Física

Inglês

Capelania e Marketing

Jardim I e II Jardim I e IIGeografia e Sociologia

Irene Maria Alves

Elaine Pereira da C. Abreu

Edmilson Vieira

Rogério Stencel Arrais

Herson Felipe da Cunha Alves

Lucimeire B. Sanches Vicente Nayane MeloMaria José de Melo Barbosa

Professores

Ciências e Biologia

PortuguêsEnsino Fundamental

Química Psicóloga e Professora de

Espanhol

Física e Matemática

MatemáticaRosani Tessaro Vieira João Alves Bento Samira de A. OliveiraThander Melo Wilson de Tarso Ferreira

Funcionários

Complexo Esportivo

Davi Cardoso Balestreri

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Page 46: Revista IABC 25 Anos

Alunos

Arthur Martins Beulke

Iago Benjamin O. de Almeida

Josué Henrique Ramos Leite

Beatriz Freire dos Santos

Lara Gama Beulke

Marcus Vinícius F. Lourenço

Caroline Freire dos Santos

Luciano Sanches Vicente

Murilo Henrique de F. Diniz

Daniel Martins

Melissa Ferelli de Siqueira

Alexandre Tessaro Vieira

Jardim I

Jardim II 1o. AnoEnsino Fundamental

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Page 47: Revista IABC 25 Anos

Eduardo Assunção Pereira

Talia Borges Hiendlmayer

Rafaela Silva Teixeira

Gustavo Willyam Reis Miotto

Lucas Tavares Dias

Abner Tessaro Vieira

Isabella Beatriz R. Vieira

Marcos Lopes Vieira da Mota

Camila Borges Hiendlmayer

Letícia Bispo de Oliveira

Maria Vitória G. Timóteo

Juliana Sanches Vicente

Alunos

2o. AnoEnsino Fundamental

3o. AnoEnsino Fundamental

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Page 48: Revista IABC 25 Anos

Alunos

Marcela Fabiana Garcia Silva

Lucas dos Santos Lima

Janaína Portilho Timóteo

Clara Maria Zimmermann

Lucas Miranda M. Almeida

Kessiny Leite Silva

Isabela Moreira Gouvea

Camila Almeida de Menezes

Yasmim Carvalho de Queiroz

Lucas de Oliveira Santos

Christiano Marques Caldas

Ana Raquel Alencar Silva

3o. AnoEnsino Fundamental

4o. AnoEnsino Fundamental

5o. AnoEnsino Fundamental

6o. AnoEnsino Fundamental

48 |

Page 49: Revista IABC 25 Anos

Bruno Daniel Alves Figueiredo

Renato Lopes Vieira da Mota

Emylli Sena de Moraes

Gabriel de Abreu Rocha

Aleksander C. de Menezes

Gabriella Silva Teixeira

José Afonso Ferreira Netto

Ana Paula Portilho Timóteo

Gabriela Vaz Pereira

José Mauro Goulão Mendonça

Claylson Cardoso de Oliveira

Karolaynne Millena da S. Dutra

Alunos

6o. AnoEnsino Fundamental

7o. AnoEnsino Fundamental

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Page 50: Revista IABC 25 Anos

Karoline de Paiva Soares

Luísa de Paiva A. Gentil

Alessandra Queiroz Malta

Kevin Mikael A. S. Frutuoso

Pollyana Santos de Araújo

Amandah Kálita do Cirqueira

Leonardo Lucas Martins Silva

Tályson Patrik M. Araújo

Carolaine Carvalho de Menezes

Lucas Nunes Alves

Yasmin Mendes Simon

Daniel de Oliveira Santos

Alunos7o. AnoEnsino Fundamental

8o. AnoEnsino Fundamental

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Page 51: Revista IABC 25 Anos

Emanuel Almeida Vidal

Isaac Barros Santos

Jonathan Alves Cavalcante

Fernanda de Souza dos Santos

Isadora Moreira Gouvêa

Júlio César Ribeiro Pires

Frederico Marcelino B. C. Lima

Izadora Boaes Lemos

Kassia Kellen Nogueira

Hellisan Carolina Machado

Jonatas Tavares Santana

Marco Vinícius S. de Cavalcante

Alunos

8o. AnoEnsino Fundamental

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Page 52: Revista IABC 25 Anos

Mariana Soares Leite

Sandra Ediana dos Santos

Valéria Portilho Timóteo

Mauro Campos de O. Júnior

Talles Alves Nunes

Ágata Carla P. de O. Garcia

Milleny Rizza Bittencourt

Teresa Cristina Silva Pinho

Alfredo Soares Cardoso

Paula Ribeiro Sare

Thelma Torres de Melo

Ana Maria Moreira dos Santos

Alunos8o. AnoEnsino Fundamental

9o. AnoEnsino Fundamental

52 |

Page 53: Revista IABC 25 Anos

Ana Paula Carneiro de Souza

Brenda Natielle H. de Brito

Cristina Esteves de Oliveira

Arianne Pacheco Rodrigues

Breno L. M. A. de Araujo

Danielle Silva Rodrigues

Arthur Moreira Lima

Carlos Henrique A. Cuellar

Diego Nicolau Ferro

Berlindo Júnio Hertel da Silva

Caroline do Mont Figueiredo

Diego Yislone Cintra de Oliveira

Alunos

| 53

Page 54: Revista IABC 25 Anos

Isabella Pereira de Barros

Joyce Grasielle C. Fernandes

Lucas Alves de Oliveira

Jhonatan Ramalho Silva

Juliana Menezes Roriz

Lucas Ferelli Lima

João Paulo Veloso Adelar

Juliana Souza de Goes

Maria Gabriela do N. Balbino

Jordanio Della Santa

Juliano da Costa M. Santos

Murilo Leão Costa

Alunos9o. AnoEnsino Fundamental

54 |

Page 55: Revista IABC 25 Anos

Nádila Floriano Vieira

Wendel Xavier Chaves

Andressa Stephanny Silva Rocha

Nathaly Andrea Silva Gusman

Adriane Cristina Pires Freire

Breno Torres Streithorst

Pedro Henrique Auler Filho

Alyson Vessone Abdalla Oliveira

Daniel Magno Benicio Paulino

Raquel Moraes de Menezes

Ana Carolina Lino da Silva

Daniela Basílio dos Santos

Alunos

9o. AnoEnsino Fundamental

1o. Ano AEnsino Médio

| 55

Page 56: Revista IABC 25 Anos

Estênio Breno de M. Granjeiro

Ingrid Fernandes dos Santos

Ludimila Alves de Almeida

Fernanda Freire Pinho

Izabela Bortolini

Luis Miguel S. Hendges

Francisco Erivaldo F. Junior

Jefferson Silva Nicácio

Marcela Secundo Cavalcante

Giovanni da Silva Monteiro

Luanna Letticia Pellegrini

Marina Pires de Araújo

Alunos1o. Ano AEnsino Médio

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Page 57: Revista IABC 25 Anos

Murilo Brandão de Gusmão

Rinaldo de Freitas M. Filho

Valéria Tavares Pereira

Nickson de Santana Rezende

Rodrigo Queiroz Brilhante

Valesca da Silva Buzzi

Raiane Gomes dos Santos

Ruan Azevedo Alves

Amanda Caroline da C. Mendes

Renato Baltazar F. Júnior

Sofia Maria Mariz M. Rios

Andressa Cardim Lima

Alunos

1o. Ano AEnsino Médio

1o. Ano BEnsino Médio

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Page 58: Revista IABC 25 Anos

Angela Tognon

Carolina C. Nascimento

Eduarda Perecin Oliveira

Arthur de Miranda Martins

Cleyone Balica de Almeida

Eduardo Moledo Vianna

Átala Pirineus de Oliveira

Daniel Soares Teixeira Junior

Euáleff Bruno Santana Silva

Bruno Pinheiro Mott

Daniele Alves de O. F. da Cruz

Eugênio de Carvalho F. Filho

Alunos1o. Ano BEnsino Médio

58 |

Page 59: Revista IABC 25 Anos

Felipe Bezerra Cirillo

Jacqueline Palopi Ribeiro

Jordana Campioli Silva

Felipe Jaquinta M. M. Soares

Janete Azevedo de Oliveira

Julio Cesar Fernandes Teodoro

Gabriel Belém Rodrigues

Jeizon Castro Santos

Keroliny Vieira Marques

Gabriel Magalhães Bezerra

João António Diogo

Larissa Silva Sinhoreli

Alunos

1o. Ano BEnsino Médio

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Page 60: Revista IABC 25 Anos

Midiã Laudiceia da Silva

Samara Alice Toews de Brito

Wander Antonio Ferreira Júnior

Myllena Sena de Moraes

Sarah da Costa Silva

Ana Caroline Hertel Silva

Rayane Rabelo Bordignon

Tâmyla Rayna Miranda Araújo

Anderson Aires de Sá

Rodolfo Magno V. Pedro

Vanessa Almeida de Menezes

Ane Karoline M. dos Santos

Alunos1o. Ano BEnsino Médio

2o. Ano AEnsino Médio

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Page 61: Revista IABC 25 Anos

Anna Carolina Silva Rossini

Eunice Batista Salgado

Jackson Eduardo C. de Oliveira

Artur Victor Rodrigues Gontijo

Fabiana Delamura Gomes

João Paulo Silveira Moraes

Bianca Alves Brito da Silva

Isac Aguiar de Lima

Kristhiano L. H. de O. Marques

Carmo dos Reis de Sousa Junior

Ivan Zacarias Batista Oliveira

Layla Wanessa Siqueira Souza

Alunos

2o. Ano AEnsino Médio

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Page 62: Revista IABC 25 Anos

Lílian Batista de Oliveira

Naiade de Paiva Soares

Silvio Jorge Zamar Neto

Líria Amanda da C. Silva

Pedro Ivo Amaral

Vicente Lopes Pereira Junior

Lourenço Alves de Paula

Pedro Gabriel Goes de Assis

Wellington Mendes Ferreira

Mateus Elias de Carvalho

Raphael Rios Cavalcante

Wenderson Souza dos Santos

Alunos2o. Ano AEnsino Médio

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Page 63: Revista IABC 25 Anos

Adrielly Penna Arantes

Caio Muller da Silva Arruda

Fúlvia Caroline M. A. de Araújo

Anelise Camila Schaedler

Camila do Mont Figueiredo

Gabriel Medeiros da Costa

Armanda A. T. de Menezes

Dayane Freitas dos Santos

Guilherme Saraiva Batista Vieira

Arthur Pereira dos Anjos Bertini

Francinela Patricia Júnior Xavier

Hellen Cristina Machado

Alunos

2o. Ano BEnsino Médio

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Page 64: Revista IABC 25 Anos

Hiasmine Alves de Paula

Jeyfferson Furtado e Silva

Khryst Anne Soares Serpa

Hortência F. Barcelos

Kayo Nagano Bezerra

Lays Menezes Ferreira

Hugo Ribeiro de Souza

Kauara Ohanna Lopes Bertoluci

Pedro Henrique Silva Costa

Jessyca Pereira Lima

Khattyusse Pereira Nascimento

Pitter Penna Porto

Alunos3o. Ano AEnsino Médio

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Page 65: Revista IABC 25 Anos

Rosana do Nascimento Cardoso

Barbara Mendes Falcão

Evandro Tognon

Sara Magalhães

Clyone Balica de Almeida

Flávio Henrique Toews de Brito

Sofia da Conceição D. Vilola

Dionathan Soares Fragoso

Gabriel Rodrigues Faria

Alesi Teixeira Mendes

Elisa Montalvão Rocha

Juliana Soares Martins

Alunos

3o. Ano AEnsino Médio

3o. Ano BEnsino Médio

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Page 66: Revista IABC 25 Anos

Kenji Tanaka Orita

Mônica Cavalcante Ferreira

Taylor do Nascimento

Lucas Borges da Costa

Nery Milton Victoriano Pedro

Victor Lima Maranhão Sá

Lucas Italo Ferrari Santos

Nayara Fernanda Mariano

Wesleni Costa dos Santos

Mauro Victor Alves Castro

Sarah da Costa Silva

Alunos3o. Ano BEnsino Médio

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Page 67: Revista IABC 25 Anos

Agradecimento

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O Instituto Adventista Brasil Central (IABC) e a União Centro-Oeste Brasileira (UCOB) agradecem, de coração, a Divisão Sul-Americana (DSA) pelo apoio e incentivo demonstrados nestes 25 anos de existência do IABC, fazendo com que a equipe de servidores desta instituição se sinta cada vez mais motivada a prosseguir no cumprimento da missão recebida. A missão de educar para esta vida e para a eternidade.

Agradecemos também a Rede Novo Tempo de Comunicação que tornou possível nosso grande sonho musical: a produção do DVD “Vida & Louvor”. Trabalho este que levará o louvor do IABC com melhor qualidade aos lares e igrejas deste planeta.

E por fim, agradecemos a Casa Publicadora Brasileira (CPB) por ter sempre apoiado nossos projetos. No ano em que a CPB completa 110 anos de existência , queremos parabenizar esta instituição que no decurso de sua historia tem sido um agente de mudanças na igreja e na sociedade, encaminhando e transformando vidas através da influência de sua literatura. Parabéns CASA, apesar de 110 anos, está cada vez mais jovem.

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