revista ferxxi nº30 - adfer

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Publicação relacionada com sistemas de transporte. Realizada pela ADFER - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Ferroviário. Specialized Transport Systems themed Magazine made by ADFER - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Ferroviário (Portuguese Association for the Railway Development).

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  • A ADFER agradece ao Transportes & Negcios e em

    particular, pelo seu empenho e capacidade

    mobilizadora, ao Dr. Fernando Gonalves, o convite para

    estar presente nesta iniciativa de sucesso ao nvel do

    debate sobre o futuro do transporte ferrovirio em

    Portugal.

    A ADFER tem desde a sua criao procurado contribuir

    para o estudo, debate e divulgao temtica das

    realidades e potencialidades do transporte ferrovirio, no

    contexto econmico e social, ao nvel nacional e

    internacional, com vista sua modernizao e

    desenvolvimento.

    Neste sentido, particularmente gratificante para a

    ADFER poder reflectir com todos os presentes sobre:

    - Que lugar para a ferrovia?

    - Que mobilidade urbana?

    - Que integrao logstica?

    Enfim, que potencial para o desenvolvimento do caminho

    de ferro no nosso pas?

    O foco da poltica de transportes deve ser comutado

    pergunta ampla de como organizar mais eficientemente

    o acesso mobilidade de pessoas e bens, face s

    necessidades econmicas e sociais, e ao mesmo tempo

    equilibrar os impactos ambientais e de segurana da

    sociedade sem comprometer a eficincia operativa da

    economia.

    A poltica comum dos transportes procura reflectir os

    desafios especficos com que a abertura concorrncia

    comunitria do mercado dos transportes se confronta,

    reconhecendo o facto de a criao de um mercado

    interno dos transportes, a liberalizao e a realizao

    dos objectivos de servio pblico constiturem

    componentes centrais daquilo que , na realidade, uma

    perspectiva poltica integrada. Desta forma, a

    Comunidade tem vindo a adoptar uma abordagem

    gradual na liberalizao dos mercados dos transportes,

    por forma a garantir o respeito das normas de

    segurana e a assegurar os objectivos essenciais de

    servio pblico.

    Uma poltica eficaz de transporte deve satisfazer a sustentabilidade econmica,

    ambiental e social reforando-se mutuamente. Existem alguns instrumentos de

    poltica que servem a todas as dimenses da sustentabilidade de modo sinergtico,

    gerando solues de ganho potencial para todos. Uma poltica para o transporte

    sustentvel aquela em que todos os intervenientes identificam e executam

    instrumentos da poltica de potencial ganho para todos, confrontando explicitamente

    os trade-off(s) de modo que o balano resulte de escolhas conscientes.

    A melhor forma de garantir a integrao da sustentabilidade atravs do

    desenvolvi-mento de uma poltica centrada na procura, apesar da difcil

    aplicabilidade atravs de medidas regulamentares, em que particular-mente, a

    ltima palavra pertence aos clientes do servio de transportes. A complementa-

    ridade modal, com a combinao das utilizaes mais eficientes de cada modo de

    transporte uma forma de criar valor acrescentado para o desenvolvimento

    sustentvel.

    Os grandes desafios enfrentados pelas empresas de um modo geral, esto na

    crescente presso para reduzir custos e obter maior eficincia nas operaes. As

    transformaes originadas pelos processos competitivos actuais, entre as

    empresas, desencadearam o aparecimento de mecanismos que se adaptam

    evoluo imposta pelo mercado.

    A matriz de transportes nacional, caracteriza-se pelo domnio do transporte

    rodovirio assente no binmio qualidade/confiana da execuo dos servios

    prestados e por uma baixa participao dos modos ferrovirio e martimo,

    consequncia de polticas e prticas que induzem a competio entre os modos, ao

    invs de privilegiar a sua integrao fsica e operacional.

    A actividade empresarial no transporte rodovirio de mercadorias no mais do que

    o resultado da constatao de uma necessidade de servio, tanto no aspecto

    geogrfico como na sua particularidade operacional. Apesar da ferrovia ter tudo

    para crescer, ainda assim ser pouco provvel que exera a liderana, uma vez que

    o transporte rodovirio tende a ocupar espaos por causa da sua flexibilidade.

    Nenhum outro modo de transporte proporciona a cobertura de mercado oferecida

    pelo transporte rodovirio.

    A ADFER agradece ao Transportes & Negcios e em particular, pelo seu empenho e

    capacidade mobilizadora, ao Dr. Fernando Gonalves, o convite para estar presente

    nesta iniciativa de sucesso ao nvel do debate sobre o futuro do transporte ferrovirio

    em Portugal.

    A ADFER tem desde a sua criao procurado contribuir para o estudo, debate e

    divulgao temtica das realidades e potencialidades do transporte ferrovirio, no

    contexto econmico e social, ao nvel nacional e internacional, com vista sua

    modernizao e desenvolvimento.

    Interveno proferida pela Eng Ana Paula Coelho

    Efectuou-se no Porto, no passado dia 30 de Setembro, um Seminrio sobre O Transporte Ferrovirio, promovido

    pelo jornal Transportes e Negcios, integrado no 6 Ciclo de Seminrios realizados por aquele rgo de informao

    especializado, desta vez com o ttulo genrico Procura de um Novo Rumo.

    A ADFER teve a honra de participar nesse Seminrio. Ao Presidente da Direco da Associao competiu moderar o 1

    Painel dedicado ao tema Que futuro para a Ferrovia?. Por sua vez a Directora Adjunta da FERXXI, Eng. Ana Paula

    Coelho, proferiu um discurso na Sesso de Encerramento do Seminrio, que aqui reproduzimos.

    A ADFER colaborou no Seminrio

    organizado pelo Transportes e Negcios

    > 2

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    com vista sua modernizao e desenvolvimento.

    Neste sentido, particularmente gratificante para a ADFER poder reflectir com todos

    os presentes sobre:

    - Que lugar para a ferrovia?

    - Que mobilidade urbana?

    - Que integrao logstica?

    Enfim, que potencial para o desenvolvimento do caminho de ferro no nosso pas?

    O foco da poltica de transportes deve ser comutado pergunta ampla de como

    organizar mais eficientemente o acesso mobilidade de pessoas e bens, face s

    necessidades econmicas e sociais, e ao mesmo tempo equilibrar os impactos

    ambientais e de segurana da sociedade sem comprometer a eficincia operativa da

    economia.

    A poltica comum dos transportes procura reflectir os desafios especficos com que a

    abertura concorrncia comunitria do mercado dos transportes se confronta,

    reconhecendo o facto de a criao de um mercado interno dos transportes, a

    liberalizao e a realizao dos objectivos de servio pblico constiturem

    componentes centrais daquilo que , na realidade, uma perspectiva poltica

    integrada. Desta forma, a Comunidade tem vindo a adoptar uma abordagem gradual

    na liberalizao dos mercados dos transportes, por forma a garantir o respeito das

    normas de segurana e a assegurar os objectivos essenciais de servio pblico.

    Uma poltica eficaz de transporte deve satisfazer a sustentabilidade econmica,

    ambiental e social reforando-se mutuamente. Existem alguns instrumentos de

    poltica que servem a todas as dimenses da sustentabilidade de modo sinergtico,

    gerando solues de ganho potencial para todos. Uma poltica para o transporte

    sustentvel aquela em que todos os intervenientes identificam e executam

    instrumentos da poltica de potencial ganho para todos, confrontando explicitamente

    os trade-off(s) de modo que o balano resulte de escolhas conscientes.

    A melhor forma de garantir a integrao da sustentabilidade atravs do

    desenvolvi-mento de uma poltica centrada na procura, apesar da difcil

    aplicabilidade atravs de medidas regulamentares, em que particularmente, a

    ltima palavra pertence aos clientes do servio de transportes. A

    complementaridade modal, com a combinao das utilizaes mais eficientes de

    cada modo de transporte uma forma de criar valor acrescentado para o

    desenvolvimento sustentvel.

    Os grandes desafios enfrentados pelas empresas de um modo geral, esto na

    crescente presso para reduzir custos e obter maior eficincia nas operaes. As

    transformaes originadas pelos processos competitivos actuais, entre as

    empresas, desencadearam o aparecimento de mecanismos que se adaptam

    evoluo imposta pelo mercado.

    A matriz de transportes nacional, caracteriza-se pelo domnio do transporte

    rodovirio assente no binmio qualidade/confiana da execuo dos servios

    prestados e por uma baixa participao dos modos ferrovirio e martimo,

    consequncia de polticas e prticas que induzem a competio entre os modos, ao

    invs de privilegiar a sua integrao fsica e operacional.

    A actividade empresarial no transporte rodovirio de mercadorias no mais do que

    o resultado da constatao de uma necessidade de servio, tanto no aspecto

    geogrfico como na sua particularidade operacional. Apesar da ferrovia ter tudo

    para crescer, ainda assim ser pouco provvel que exera a

    liderana, uma vez que o transporte rodovirio tende a ocupar espaos por causa

    da sua flexibilidade. Nenhum outro modo de transporte proporciona a cobertura de

    mercado oferecida pelo transporte rodovirio.

    Graas ao sector dos transportes, o petrleo e os nveis de preo recentemente

    atingidos continuam a ter uma forte influncia na economia interna e na

    sobrevivncia de muitas empresas do sector. Portugal disso mesmo um exemplo.

    Perante o actual enquadramento e o declnio da taxa de produo do petrleo, cujo

    valor actual de cerca de 2,5% ao ano, ter de existir uma estratgia para melhoria

    da eficincia energtica a alcanar at 2010, conforme as concluses do Conselho

    Europeu de Barcelona e portanto, a aceitao pela economia de uma igual taxa de

    reduo ao nvel da procura.

    Quando a ferrovia perdeu o monoplio do transporte,

    ficou exposta fragilidade do prprio processo de

    ocupao do territrio nacional. Tornou-se deficitria e

    entrou num processo de decadncia. Sem recursos para

    possibilitar a adequada manuteno, o sistema viveu

    um longo perodo de degradao fsica.

    Mas outros factores contriburam para impedir a auto-

    suficincia da ferrovia, a comear pela falta de uma

    poltica de transportes que definisse claramente o seu

    papel, o seu financiamento e tratamento igual ao

    dispensado aos demais modos.

    Hoje, evidente que o transporte ferrovirio um bom

    negcio. Mas para ser um bom negcio precisa de

    atingir nveis de confiana e de segurana. Ningum vai

    pagar um valor econmico positivo pelo transporte se

    no acreditar que sero realizados investimentos para

    que ele gere um fluxo econmico positivo.

    Mas tal no significa que os demais modos no sejam

    importantes. O que acontece que cada qual possui

    peculiaridades inerentes ao seu sistema, com

    caractersticas operacionais que so diferenciadas. Por

    isso, os diversos sistemas de transporte no devem ser

    concorrentes entre si, mas complementares. A

    competio deve ser substituda pela integrao, com o

    aproveitamento dos pontos fortes de cada um. Haver

    assim, a possibilidade da ocorrncia de uma

    verdadeira revoluo na matriz de transportes,

    entrando em cena, a intermodalidade, que pode dar uma

    expressiva contribuio.

    O sistema de transportes est a passar por um

    momento de transio no que diz respeito s

    possibilidades de utilizao de mais de um modo na

    movimentao de pessoas e bens. De facto, as

    tendncias do transporte tambm esto a participar

    num ambiente de forte concorrncia. Com isso, a cada

    dia as empresas buscam uma maior eficincia nos seus

    servios.

    A progressiva substituio dos combustveis para os

    transportes rodovirios por biocombustveis lquidos

    possvel, apesar dos elevados custos de produo. Mas

    so essencialmente as medidas preconizadas pelo Livro

    Branco sobre a poltica de transportes para o

    reequilbrio e para a verdadeira complementaridade

    entre os modos, que possuem um potencial de

    contribuio para a realizao desse objectivo, como

    pedido pelo Conselho Europeu de Gotemburgo. A

    revitalizao do caminho de ferro, os investimentos nas

    redes transeuropeias, assim como a proposta de

    directiva-quadro, a apresentar dentro em breve, sobre

    a tarifao da utilizao das infra-estruturas, para que

    os preos dos diversos modos de transporte reflictam

    melhor os seus custos para a sociedade, constituem

    outros tantos instrumentos adequados a esse objectivo.

    Todos os modos tm estado empenhados no

    crescimento da sua quota. Mas num perodo de crise

    como o actual, necessrio usar de alguma inteligncia

    na gesto da racionalidade tcnica da nossa matriz de

    transportes e proceder substituio das controvrsias

    intrnsecas repartio modal, simbolizadas pela

    > 2

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  • A ADFER agradece ao Transportes & Negcios e em

    particular, pelo seu empenho e capacidade

    mobilizadora, ao Dr. Fernando Gonalves, o convite para

    estar presente nesta iniciativa de sucesso ao nvel do

    debate sobre o futuro do transporte ferrovirio em

    Portugal.

    A ADFER tem desde a sua criao procurado contribuir

    para o estudo, debate e divulgao temtica das

    realidades e potencialidades do transporte ferrovirio, no

    contexto econmico e social, ao nvel nacional e

    internacional, com vista sua modernizao e

    desenvolvimento.

    Neste sentido, particularmente gratificante para a

    ADFER poder reflectir com todos os presentes sobre:

    - Que lugar para a ferrovia?

    - Que mobilidade urbana?

    - Que integrao logstica?

    Enfim, que potencial para o desenvolvimento do caminho

    de ferro no nosso pas?

    O foco da poltica de transportes deve ser comutado

    pergunta ampla de como organizar mais eficientemente

    o acesso mobilidade de pessoas e bens, face s

    necessidades econmicas e sociais, e ao mesmo tempo

    equilibrar os impactos ambientais e de segurana da

    sociedade sem comprometer a eficincia operativa da

    economia.

    A poltica comum dos transportes procura reflectir os

    desafios especficos com que a abertura concorrncia

    comunitria do mercado dos transportes se confronta,

    reconhecendo o facto de a criao de um mercado

    interno dos transportes, a liberalizao e a realizao

    dos objectivos de servio pblico constiturem

    componentes centrais daquilo que , na realidade, uma

    perspectiva poltica integrada. Desta forma, a

    Comunidade tem vindo a adoptar uma abordagem

    gradual na liberalizao dos mercados dos transportes,

    por forma a garantir o respeito das normas de

    segurana e a assegurar os objectivos essenciais de

    servio pblico.

    Uma poltica eficaz de transporte deve satisfazer a sustentabilidade econmica,

    ambiental e social reforando-se mutuamente. Existem alguns instrumentos de

    poltica que servem a todas as dimenses da sustentabilidade de modo sinergtico,

    gerando solues de ganho potencial para todos. Uma poltica para o transporte

    sustentvel aquela em que todos os intervenientes identificam e executam

    instrumentos da poltica de potencial ganho para todos, confrontando explicitamente

    os trade-off(s) de modo que o balano resulte de escolhas conscientes.

    A melhor forma de garantir a integrao da sustentabilidade atravs do

    desenvolvi-mento de uma poltica centrada na procura, apesar da difcil

    aplicabilidade atravs de medidas regulamentares, em que particular-mente, a

    ltima palavra pertence aos clientes do servio de transportes. A complementa-

    ridade modal, com a combinao das utilizaes mais eficientes de cada modo de

    transporte uma forma de criar valor acrescentado para o desenvolvimento

    sustentvel.

    Os grandes desafios enfrentados pelas empresas de um modo geral, esto na

    crescente presso para reduzir custos e obter maior eficincia nas operaes. As

    transformaes originadas pelos processos competitivos actuais, entre as

    empresas, desencadearam o aparecimento de mecanismos que se adaptam

    evoluo imposta pelo mercado.

    A matriz de transportes nacional, caracteriza-se pelo domnio do transporte

    rodovirio assente no binmio qualidade/confiana da execuo dos servios

    prestados e por uma baixa participao dos modos ferrovirio e martimo,

    consequncia de polticas e prticas que induzem a competio entre os modos, ao

    invs de privilegiar a sua integrao fsica e operacional.

    A actividade empresarial no transporte rodovirio de mercadorias no mais do que

    o resultado da constatao de uma necessidade de servio, tanto no aspecto

    geogrfico como na sua particularidade operacional. Apesar da ferrovia ter tudo

    para crescer, ainda assim ser pouco provvel que exera a liderana, uma vez que

    o transporte rodovirio tende a ocupar espaos por causa da sua flexibilidade.

    Nenhum outro modo de transporte proporciona a cobertura de mercado oferecida

    pelo transporte rodovirio.

    A ADFER agradece ao Transportes & Negcios e em particular, pelo seu empenho e

    capacidade mobilizadora, ao Dr. Fernando Gonalves, o convite para estar presente

    nesta iniciativa de sucesso ao nvel do debate sobre o futuro do transporte ferrovirio

    em Portugal.

    A ADFER tem desde a sua criao procurado contribuir para o estudo, debate e

    divulgao temtica das realidades e potencialidades do transporte ferrovirio, no

    contexto econmico e social, ao nvel nacional e internacional, com vista sua

    modernizao e desenvolvimento.

    Interveno proferida pela Eng Ana Paula Coelho

    Efectuou-se no Porto, no passado dia 30 de Setembro, um Seminrio sobre O Transporte Ferrovirio, promovido

    pelo jornal Transportes e Negcios, integrado no 6 Ciclo de Seminrios realizados por aquele rgo de informao

    especializado, desta vez com o ttulo genrico Procura de um Novo Rumo.

    A ADFER teve a honra de participar nesse Seminrio. Ao Presidente da Direco da Associao competiu moderar o 1

    Painel dedicado ao tema Que futuro para a Ferrovia?. Por sua vez a Directora Adjunta da FERXXI, Eng. Ana Paula

    Coelho, proferiu um discurso na Sesso de Encerramento do Seminrio, que aqui reproduzimos.

    A ADFER colaborou no Seminrio

    organizado pelo Transportes e Negcios

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    com vista sua modernizao e desenvolvimento.

    Neste sentido, particularmente gratificante para a ADFER poder reflectir com todos

    os presentes sobre:

    - Que lugar para a ferrovia?

    - Que mobilidade urbana?

    - Que integrao logstica?

    Enfim, que potencial para o desenvolvimento do caminho de ferro no nosso pas?

    O foco da poltica de transportes deve ser comutado pergunta ampla de como

    organizar mais eficientemente o acesso mobilidade de pessoas e bens, face s

    necessidades econmicas e sociais, e ao mesmo tempo equilibrar os impactos

    ambientais e de segurana da sociedade sem comprometer a eficincia operativa da

    economia.

    A poltica comum dos transportes procura reflectir os desafios especficos com que a

    abertura concorrncia comunitria do mercado dos transportes se confronta,

    reconhecendo o facto de a criao de um mercado interno dos transportes, a

    liberalizao e a realizao dos objectivos de servio pblico constiturem

    componentes centrais daquilo que , na realidade, uma perspectiva poltica

    integrada. Desta forma, a Comunidade tem vindo a adoptar uma abordagem gradual

    na liberalizao dos mercados dos transportes, por forma a garantir o respeito das

    normas de segurana e a assegurar os objectivos essenciais de servio pblico.

    Uma poltica eficaz de transporte deve satisfazer a sustentabilidade econmica,

    ambiental e social reforando-se mutuamente. Existem alguns instrumentos de

    poltica que servem a todas as dimenses da sustentabilidade de modo sinergtico,

    gerando solues de ganho potencial para todos. Uma poltica para o transporte

    sustentvel aquela em que todos os intervenientes identificam e executam

    instrumentos da poltica de potencial ganho para todos, confrontando explicitamente

    os trade-off(s) de modo que o balano resulte de escolhas conscientes.

    A melhor forma de garantir a integrao da sustentabilidade atravs do

    desenvolvi-mento de uma poltica centrada na procura, apesar da difcil

    aplicabilidade atravs de medidas regulamentares, em que particularmente, a

    ltima palavra pertence aos clientes do servio de transportes. A

    complementaridade modal, com a combinao das utilizaes mais eficientes de

    cada modo de transporte uma forma de criar valor acrescentado para o

    desenvolvimento sustentvel.

    Os grandes desafios enfrentados pelas empresas de um modo geral, esto na

    crescente presso para reduzir custos e obter maior eficincia nas operaes. As

    transformaes originadas pelos processos competitivos actuais, entre as

    empresas, desencadearam o aparecimento de mecanismos que se adaptam

    evoluo imposta pelo mercado.

    A matriz de transportes nacional, caracteriza-se pelo domnio do transporte

    rodovirio assente no binmio qualidade/confiana da execuo dos servios

    prestados e por uma baixa participao dos modos ferrovirio e martimo,

    consequncia de polticas e prticas que induzem a competio entre os modos, ao

    invs de privilegiar a sua integrao fsica e operacional.

    A actividade empresarial no transporte rodovirio de mercadorias no mais do que

    o resultado da constatao de uma necessidade de servio, tanto no aspecto

    geogrfico como na sua particularidade operacional. Apesar da ferrovia ter tudo

    para crescer, ainda assim ser pouco provvel que exera a

    liderana, uma vez que o transporte rodovirio tende a ocupar espaos por causa

    da sua flexibilidade. Nenhum outro modo de transporte proporciona a cobertura de

    mercado oferecida pelo transporte rodovirio.

    Graas ao sector dos transportes, o petrleo e os nveis de preo recentemente

    atingidos continuam a ter uma forte influncia na economia interna e na

    sobrevivncia de muitas empresas do sector. Portugal disso mesmo um exemplo.

    Perante o actual enquadramento e o declnio da taxa de produo do petrleo, cujo

    valor actual de cerca de 2,5% ao ano, ter de existir uma estratgia para melhoria

    da eficincia energtica a alcanar at 2010, conforme as concluses do Conselho

    Europeu de Barcelona e portanto, a aceitao pela economia de uma igual taxa de

    reduo ao nvel da procura.

    Quando a ferrovia perdeu o monoplio do transporte,

    ficou exposta fragilidade do prprio processo de

    ocupao do territrio nacional. Tornou-se deficitria e

    entrou num processo de decadncia. Sem recursos para

    possibilitar a adequada manuteno, o sistema viveu

    um longo perodo de degradao fsica.

    Mas outros factores contriburam para impedir a auto-

    suficincia da ferrovia, a comear pela falta de uma

    poltica de transportes que definisse claramente o seu

    papel, o seu financiamento e tratamento igual ao

    dispensado aos demais modos.

    Hoje, evidente que o transporte ferrovirio um bom

    negcio. Mas para ser um bom negcio precisa de

    atingir nveis de confiana e de segurana. Ningum vai

    pagar um valor econmico positivo pelo transporte se

    no acreditar que sero realizados investimentos para

    que ele gere um fluxo econmico positivo.

    Mas tal no significa que os demais modos no sejam

    importantes. O que acontece que cada qual possui

    peculiaridades inerentes ao seu sistema, com

    caractersticas operacionais que so diferenciadas. Por

    isso, os diversos sistemas de transporte no devem ser

    concorrentes entre si, mas complementares. A

    competio deve ser substituda pela integrao, com o

    aproveitamento dos pontos fortes de cada um. Haver

    assim, a possibilidade da ocorrncia de uma

    verdadeira revoluo na matriz de transportes,

    entrando em cena, a intermodalidade, que pode dar uma

    expressiva contribuio.

    O sistema de transportes est a passar por um

    momento de transio no que diz respeito s

    possibilidades de utilizao de mais de um modo na

    movimentao de pessoas e bens. De facto, as

    tendncias do transporte tambm esto a participar

    num ambiente de forte concorrncia. Com isso, a cada

    dia as empresas buscam uma maior eficincia nos seus

    servios.

    A progressiva substituio dos combustveis para os

    transportes rodovirios por biocombustveis lquidos

    possvel, apesar dos elevados custos de produo. Mas

    so essencialmente as medidas preconizadas pelo Livro

    Branco sobre a poltica de transportes para o

    reequilbrio e para a verdadeira complementaridade

    entre os modos, que possuem um potencial de

    contribuio para a realizao desse objectivo, como

    pedido pelo Conselho Europeu de Gotemburgo. A

    revitalizao do caminho de ferro, os investimentos nas

    redes transeuropeias, assim como a proposta de

    directiva-quadro, a apresentar dentro em breve, sobre

    a tarifao da utilizao das infra-estruturas, para que

    os preos dos diversos modos de transporte reflictam

    melhor os seus custos para a sociedade, constituem

    outros tantos instrumentos adequados a esse objectivo.

    Todos os modos tm estado empenhados no

    crescimento da sua quota. Mas num perodo de crise

    como o actual, necessrio usar de alguma inteligncia

    na gesto da racionalidade tcnica da nossa matriz de

    transportes e proceder substituio das controvrsias

    intrnsecas repartio modal, simbolizadas pela

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  • expresso de definio prvia dos que vo ganhar e dos

    que vo perder, para que a poltica sectorial dos

    transportes associada expanso da produo e

    posio estratgica de Portugal, possam reverter as

    desvantagens em oportunidades.

    Por esse motivo, o aumento dos combustveis,

    enquanto factor determinante para a cadeia de

    transporte, muito especialmente para o modo

    rodovirio, a imposio de penalidades circulao de

    pesados, com a aplicao de sanes e taxas para a

    circulao em pases de importncia estratgica como

    o caso da Alemanha, as alteraes ao nvel da gesto

    da cadeia de abastecimento e a forte concorrncia de

    empresas comunitrias, especialmente da Europa de

    Leste, devem constituir-se como um desafio a

    reconhecer por todos os modos de transporte.

    A par de um sistema com algumas adversidades, o sector

    tem de criar condies para alterar o seu centro de

    gravidade e controlar a conflitualidade da situao.

    Quanto ferrovia recentemente liberalizada, importa

    saber o que pretende fazer com esse desafio e at que

    ponto pretende assumir-se como uma parceira do

    negcio da complementaridade. Deve ter-se em mente

    o significado da palavra estratgia como ponto de

    partida para a gesto bem sucedida dos negcios. Onde

    se quer chegar no longo prazo? Qual a viso de futuro e

    quais os valores que motivam a aco empresarial?

    Quais so os objectivos estratgicos e como posicion-

    los em relao aos concorrentes para assegurar a

    competitividade? A resposta a estas questes deve

    direccionar o planeamento, a execuo e o controle das

    empresas do sector.

    A aco e a organizao dos negcios obedece s

    polticas e directrizes definidas no nvel estratgico das

    organizaes tendo em considerao os pontos fortes e

    fracos do seu ambiente interno.

    A busca, descoberta e o desenvolvimento dos factores

    chave (crticos) de sucesso devem permitir ao sector

    ser proactivo, flexvel e veloz, funcionando em tempo

    real, por forma a absorver as novidades tecnolgicas

    capazes de simplificar tarefas, agilizar o trabalho e

    aumentar a produtividade.

    As empresas devem estar constantemente em alerta

    para ganhar competitividade, utilizando ferramentas j

    consagradas como armas para vencer a concorrncia. Apesar da aposta em formas

    inovadoras de prestar servios, uma constante permanece: as empresas que

    oferecem servios de melhor qualidade vencem sempre a concorrncia. A qualidade

    dos seus servios, o reconhecimento da importncia do cliente como factor de

    sobrevivncia da empresa, as inovaes que constantemente so necessrias para

    que as expectativas dos clientes sejam superadas e o tempo de resposta s

    dificuldades impostas pelo mercado devem ser variveis consideradas na anlise dos

    factores chave de sucesso.

    Para a ADFER tambm a definio de um Plano de Transportes, cada vez mais,

    elemento imprescindvel para assegurar a competitividade econmica do pas na

    disputa de recursos e no desenvolvimento de actividades no quadro de uma Unio

    Europeia alargada.

    A ADFER cr ainda, que o desenvolvimento do sector evidencia a necessidade de

    equacionar a organizao do governo no sentido da criao de um Ministrio dos

    Transportes e Logstica, separando claramente o planeamento e a realizao das

    obras de engenharia do que a organizao e desenvolvimento do modelo de

    transportes para o pas.

    Este Ministrio permitiria assim, levar a cabo uma poltica activa de desenvolvimento

    da actividade, de formulao de procedimentos e realizao de aces que permitam

    o desenvolvimento de um mercado competitivo, que sirva o crescimento sustentado

    dos restantes sectores econmicos, com uma produtividade crescente.

    Para dar resposta aos desafios do sector fundamental que se tenha uma estratgia

    de actuao coerente, reflectindo-a no desenho, implementao e superviso dos

    sistema de transportes que permita o ajustamento e fortalecimento da actividade de

    transporte.

    preciso implementar em Portugal um projecto onde todos os modos de transporte e

    parceiros tenham futuro. Diante da perspectiva de renascimento do transporte

    ferrovirio, deve sublinhar-se aos outros modos o sentido de que, se o transporte

    ferrovirio for entendido como empresa que integra uma logstica de transporte, ele

    tem um preo no aparente, um preo de oportunidade.

    > 2

    6

    LOGSTICA

    INTERMODALIDADE

  • expresso de definio prvia dos que vo ganhar e dos

    que vo perder, para que a poltica sectorial dos

    transportes associada expanso da produo e

    posio estratgica de Portugal, possam reverter as

    desvantagens em oportunidades.

    Por esse motivo, o aumento dos combustveis,

    enquanto factor determinante para a cadeia de

    transporte, muito especialmente para o modo

    rodovirio, a imposio de penalidades circulao de

    pesados, com a aplicao de sanes e taxas para a

    circulao em pases de importncia estratgica como

    o caso da Alemanha, as alteraes ao nvel da gesto

    da cadeia de abastecimento e a forte concorrncia de

    empresas comunitrias, especialmente da Europa de

    Leste, devem constituir-se como um desafio a

    reconhecer por todos os modos de transporte.

    A par de um sistema com algumas adversidades, o sector

    tem de criar condies para alterar o seu centro de

    gravidade e controlar a conflitualidade da situao.

    Quanto ferrovia recentemente liberalizada, importa

    saber o que pretende fazer com esse desafio e at que

    ponto pretende assumir-se como uma parceira do

    negcio da complementaridade. Deve ter-se em mente

    o significado da palavra estratgia como ponto de

    partida para a gesto bem sucedida dos negcios. Onde

    se quer chegar no longo prazo? Qual a viso de futuro e

    quais os valores que motivam a aco empresarial?

    Quais so os objectivos estratgicos e como posicion-

    los em relao aos concorrentes para assegurar a

    competitividade? A resposta a estas questes deve

    direccionar o planeamento, a execuo e o controle das

    empresas do sector.

    A aco e a organizao dos negcios obedece s

    polticas e directrizes definidas no nvel estratgico das

    organizaes tendo em considerao os pontos fortes e

    fracos do seu ambiente interno.

    A busca, descoberta e o desenvolvimento dos factores

    chave (crticos) de sucesso devem permitir ao sector

    ser proactivo, flexvel e veloz, funcionando em tempo

    real, por forma a absorver as novidades tecnolgicas

    capazes de simplificar tarefas, agilizar o trabalho e

    aumentar a produtividade.

    As empresas devem estar constantemente em alerta

    para ganhar competitividade, utilizando ferramentas j

    consagradas como armas para vencer a concorrncia. Apesar da aposta em formas

    inovadoras de prestar servios, uma constante permanece: as empresas que

    oferecem servios de melhor qualidade vencem sempre a concorrncia. A qualidade

    dos seus servios, o reconhecimento da importncia do cliente como factor de

    sobrevivncia da empresa, as inovaes que constantemente so necessrias para

    que as expectativas dos clientes sejam superadas e o tempo de resposta s

    dificuldades impostas pelo mercado devem ser variveis consideradas na anlise dos

    factores chave de sucesso.

    Para a ADFER tambm a definio de um Plano de Transportes, cada vez mais,

    elemento imprescindvel para assegurar a competitividade econmica do pas na

    disputa de recursos e no desenvolvimento de actividades no quadro de uma Unio

    Europeia alargada.

    A ADFER cr ainda, que o desenvolvimento do sector evidencia a necessidade de

    equacionar a organizao do governo no sentido da criao de um Ministrio dos

    Transportes e Logstica, separando claramente o planeamento e a realizao das

    obras de engenharia do que a organizao e desenvolvimento do modelo de

    transportes para o pas.

    Este Ministrio permitiria assim, levar a cabo uma poltica activa de desenvolvimento

    da actividade, de formulao de procedimentos e realizao de aces que permitam

    o desenvolvimento de um mercado competitivo, que sirva o crescimento sustentado

    dos restantes sectores econmicos, com uma produtividade crescente.

    Para dar resposta aos desafios do sector fundamental que se tenha uma estratgia

    de actuao coerente, reflectindo-a no desenho, implementao e superviso dos

    sistema de transportes que permita o ajustamento e fortalecimento da actividade de

    transporte.

    preciso implementar em Portugal um projecto onde todos os modos de transporte e

    parceiros tenham futuro. Diante da perspectiva de renascimento do transporte

    ferrovirio, deve sublinhar-se aos outros modos o sentido de que, se o transporte

    ferrovirio for entendido como empresa que integra uma logstica de transporte, ele

    tem um preo no aparente, um preo de oportunidade.

    > 2

    6

    LOGSTICA

    INTERMODALIDADE

  • 1 Introduo

    As actividades logsticas em Portugal tm vindo a

    desenvolver-se quase exclusivamente no mbito da

    iniciativa privada, na ausncia de polticas especficas e

    de uma estratgia do Estado, sem prejuzo dos grandes

    investimentos pblicos realizados nos ltimos anos na

    melhoria da rede rodoviria, na modernizao da rede

    ferroviria e nas infra-estruturas porturias e

    acessibilidades aos portos.

    As infra-estruturas e a capacidade logstica existente

    resultaram principalmente das decises das empresas

    de transporte e distribuio e de alguns dos principais

    operadores logsticos nacionais e internacionais, e a

    sua localizao e configurao obedece a uma lgica de

    negcio individual e estratgia em que cada um dos

    projectos empresariais associados se insere.

    Como consequncia, existe actualmente uma elevada

    concentrao desordenada de armazns e outras infra-

    estruturas junto das reas metropolitanas de Lisboa e

    Porto (eixos Bobadela / Alverca, Carregado / Azambuja,

    Coina / Palmela, Leixes / Freixieiro e Maia / Leandro),

    com acessibilidades predominantemente rodovirias,

    oferecendo servios pouco variados e pouco

    especializados.

    Algumas das infra-estruturas (terminais rodovirios,

    rodo-ferrovirios e plataformas multimodais)

    apresentam no entanto um forte potencial logstico

    quanto aos servios que podem oferecer e ao grau de

    intermodalidade que potenciam, apesar da ausncia de

    integrao em rede e desarticulao com os sistemas

    internacionais.

    Fora destas duas reas metropolitanas, e em quase

    todo o resto do territrio, os agentes econmicos no

    dispem de alternativas logsticas que contribuam para

    a melhoria das condies competitivas.

    A Rede Nacional de Plataformas Logsticas, nos termos

    previstos no POAT - Programa Operacional de

    Acessibilidades e Transportes, constitui um quadro de

    referncia para um conjunto de empreendimentos

    necessrios ao funcionamento do sistema de

    transporte de mercadorias (infra-estruturas, modos de

    transporte, operadores e utentes), da maneira o mais

    possvel actualizada, eficaz e segura.

    Uma vez aprovada pelo Governo, a Rede Nacional de Plataformas Logsticas passa a

    constituir a matriz de implementao do programa e da poltica nacional de logstica,

    durante o perodo de vigncia do QCAIII, em articulao com a poltica de

    acessibilidades e transportes, e em consonncia com os diversos planos de

    ordenamento do territrio.

    Dever pois, compreender as plataformas logsticas fundamentais e as

    principais reas logsticas com interveno potencial e que desse modo se

    tornam elegveis ao financiamento pblico de fundos nacionais e comunitrios, e

    estabelecer as correspondentes articulaes e prioridades, por forma a

    garantir-se a justa aplicao dos meios financeiros que foram afectos.

    Ao Estado, compete assegurar, nas melhores condies, as oportunidades de

    investimento neste domnio de actividade, numa perspectiva de utilidade pblica,

    mas estimulando os investidores privados para a concretizao dos seus objectivos,

    sem se perder de vista a equidade de benefcios que tais investidores possam

    usufruir, o ordenamento ambiental e territorial que importa respeitar, e a melhoria

    da competitividade da economia que deve ser promovida, bem como os padres de

    excelncia nos servios, que, desta forma, devem ser alcanados nas infra-

    estruturas logsticas previstas na Rede Nacional de Plataformas Logsticas, que

    vierem a ser concretizadas.

    Nos prximos dez anos, a tendncia geral na Unio Europeia aponta para um elevado

    aumento do trfego de mercadorias. Ora, o correspondente aumento da circulao

    rodoviria insustentvel, por motivos sociais, ambientais e econmicos, devendo

    impulsionar-se modos alternativos de transporte, tais como, o martimo, o fluvial e o

    ferrovirio, nos percursos mais longos, sendo o transporte rodovirio essencial no

    incio e fim dos percursos, garantindo o servio porta-a-porta.

    Para Portugal, assim essencial a preparao para os novos desafios logsticos

    que se anunciam, como forma de contornar a situao perifrica actual na UE, e

    para acautelar as consequncias do deslocamento para Leste da nova

    centralidade associada ao alargamento, ao mesmo tempo que chegado o

    momento de potenciar a localizao geogrfica na Frente Atlntica da Europa,

    atravs da redescoberta da vocao martima. Assim, atravs do Programa

    Logstico Nacional, Portugal enquadra-se nas polticas preconizadas no Livro

    Branco da Poltica Europeia de Transportes para o Horizonte 2010,

    nomeadamente, a promoo da intermodalidade, a revitalizao do caminho de

    ferro, ou a promoo do transporte martimo e fluvial.

    No presente documento faz-se o enquadramento do Programa Logstico e

    caracteriza-se a proposta de Rede Nacional de Plataformas Logsticas (RNPL), que

    define as reas logsticas e os ns modais fundamentais dos corredores de

    transporte, que devem acolher as Plataformas Logsticas e outras infra-estruturas

    nodais, na perspectiva de promoo da intermodalidade como factor de progresso

    econmico e de coeso nacional, de ligao ibrica e de integrao nas RTE-T.

    > 2

    8

    Dr. Andr C. Henriques

    -Encarregado de Misso do Gablogis (Gabinete para o Desenvolvimento do

    Sistema Logstico Nacional)

    -Licenciado em Economia na Universidade de Ottawa-Canada

    -Licenciado em Administrao Pblica Universidade de Ottawa-Canada

    -Licenciado em Organizao e Gesto de Empresas no ISEG (UTL)

    -Mestrado em Transportes no IST (UTL)

    O PROGRAMA LOGSTICO NACIONAL-

    A Rede Nacional de Plataformas Logsticas

    2 Desenvolvimento do Programa Logstico Nacional

    O Programa Logstico integra aces que visam a constituio de uma rede de

    plataformas logsticas. Pretende-se criar interfaces e as infra-estruturas logsticas

    que permitam melhorar globalmente os servios de transporte e movimentao de

    mercadorias, associados internacionalizao da economia e sua maior

    competitividade, e a racionalizar a distribuio de mercadorias nas reas

    metropolitanas, libertando o seu interior da circulao dos veculos de grande porte.

    Por outro lado, o Programa Logstico prev igualmente a promoo das condies

    para a especializao empresarial do transporte rodovirio de mercadorias, assim

    como, aces que visam encorajar a concentrao das empresas rodovirias e a sua

    associao a outros operadores da cadeia logstica, com a finalidade de estimular a

    constituio de operadores na rea do transporte combinado rodo-ferrovirio,

    promover a participao de empresas portuguesas em consrcios europeus que

    venham a explorar o transporte combinado rodo-martimo, no contexto do

    desenvolvimento futuro do transporte martimo de curta distncia na Europa (TMCD)

    e da criao das auto-estradas do mar.

    Importa, ainda, evidenciar a necessidade de potenciar, atravs do programa, um

    sistema de transporte e de servios a ele ligados, sustentvel, que se constitua, em

    Portugal, numa alternativa a zonas europeias onde a saturao e o

    congestionamento j se fazem sentir, assim como, consolidar a integrao dos portos

    portugueses nas RTE-T como centros logsticos de excelncia da cadeia de

    abastecimento, competitivos com os demais portos ibricos.

    Por esta razo o desenvolvimento do Programa Logstico Nacional dever consistir

    numa actuao concertada em trs vertentes:

    -Desenvolvimento de uma Rede Nacional de Plataformas Logsticas;

    -Reorganizao, em termos de micro-logstica, das reas metropolitanas e das

    cidades mdias;

    -Apoio ao desenvolvimento do tecido empresarial do sector de transporte,

    distribuio e logstica.

    No que se refere primeira vertente, importa dispor de uma Rede, conforme constar

    no ponto 5) deste documento.

    Quanto ao segundo vector, o programa inclui aces no sentido de integrar reas

    logsticas existentes, reordenando os eixos congestionados de Lisboa e Porto, assim

    como a promoo de novas reas logsticas nas duas reas Metropolitanas e num

    conjunto de eixos de insero intermunicipal, em parte resultantes do

    reordenamento de instalaes existentes, disseminadas no interior das zonas

    urbanas.

    No que se refere ao apoio ao desenvolvimento empresarial, trata-se de articular o

    POAT com os programas POE e outros, para estimular a reorganizao das PME's que

    actuam nos transportes, na distribuio e na logstica, no sentido de uma adequao

    das condies ao mercado, em termos de capacidade de resposta eficiente procura

    emergente, por fora da reestruturao das empresas produtoras.

    3 Rede Nacional de Plataformas Logsticas

    De acordo com cenrios credveis de evoluo da

    conjuntura econmica e do comrcio, nos prximos dez

    anos, a tendncia na Unio Europeia, ser no sentido de

    um aumento do volume de trfego de mercadorias em

    40% do seu valor actual, no sendo obviamente

    desejvel que esse acrscimo impulsione na mesma

    proporo, o trfego rodovirio, at hoje, o mais flexvel

    e rpido a dar uma resposta medida das

    necessidades.

    O desenvolvimento do transporte de mercadorias ter de

    ser integrado no objectivo mais vasto do desenvolvimento

    econmico e social sustentvel do sistema europeu de

    transporte, no qual os agentes econmicos, e, de uma

    forma geral, todos os intervenientes, tero de adoptar

    formas de actuao, que respeitem os princpios de

    ordenamento do territrio e preservem o ambiente, e

    prossigam estratgias de maior produtividade e

    competitividade, procurando, designadamente, utilizar

    meios de transporte mais eco-eficientes.

    Aos factores de exigncia acrescida no desempenho

    global das suas funes, dever corresponder a

    oportunidade de se criarem espaos delimitados e

    devidamente infra-estruturados, cuja utilizao se

    encontre previamente licenciada, com vista instalao

    de determinadas actividades empresariais, no caso

    vertente, de cariz predominantemente logstica.

    semelhana do que tem vindo a ser feito em relao s

    reas de Localizao Empresarial, pretende-se, no

    sector dos transportes, criar condies de localizao

    de um conjunto de plataformas logsticas que, por

    definio, quando possurem infra-estruturas

    logsticas, devero dispor de reas, no interior das

    quais se exercem, por distintos operadores, todas as

    actividades relativas s funes de transporte, de

    consolidao e desconsolidao de unidades de carga,

    de armazenagem, de distribuio de mercadorias, onde

    o valor acrescentado em operaes intermdias, tais

    como a etiquetagem e embalagem e a manuteno da

    GABLOGIS

  • 1 Introduo

    As actividades logsticas em Portugal tm vindo a

    desenvolver-se quase exclusivamente no mbito da

    iniciativa privada, na ausncia de polticas especficas e

    de uma estratgia do Estado, sem prejuzo dos grandes

    investimentos pblicos realizados nos ltimos anos na

    melhoria da rede rodoviria, na modernizao da rede

    ferroviria e nas infra-estruturas porturias e

    acessibilidades aos portos.

    As infra-estruturas e a capacidade logstica existente

    resultaram principalmente das decises das empresas

    de transporte e distribuio e de alguns dos principais

    operadores logsticos nacionais e internacionais, e a

    sua localizao e configurao obedece a uma lgica de

    negcio individual e estratgia em que cada um dos

    projectos empresariais associados se insere.

    Como consequncia, existe actualmente uma elevada

    concentrao desordenada de armazns e outras infra-

    estruturas junto das reas metropolitanas de Lisboa e

    Porto (eixos Bobadela / Alverca, Carregado / Azambuja,

    Coina / Palmela, Leixes / Freixieiro e Maia / Leandro),

    com acessibilidades predominantemente rodovirias,

    oferecendo servios pouco variados e pouco

    especializados.

    Algumas das infra-estruturas (terminais rodovirios,

    rodo-ferrovirios e plataformas multimodais)

    apresentam no entanto um forte potencial logstico

    quanto aos servios que podem oferecer e ao grau de

    intermodalidade que potenciam, apesar da ausncia de

    integrao em rede e desarticulao com os sistemas

    internacionais.

    Fora destas duas reas metropolitanas, e em quase

    todo o resto do territrio, os agentes econmicos no

    dispem de alternativas logsticas que contribuam para

    a melhoria das condies competitivas.

    A Rede Nacional de Plataformas Logsticas, nos termos

    previstos no POAT - Programa Operacional de

    Acessibilidades e Transportes, constitui um quadro de

    referncia para um conjunto de empreendimentos

    necessrios ao funcionamento do sistema de

    transporte de mercadorias (infra-estruturas, modos de

    transporte, operadores e utentes), da maneira o mais

    possvel actualizada, eficaz e segura.

    Uma vez aprovada pelo Governo, a Rede Nacional de Plataformas Logsticas passa a

    constituir a matriz de implementao do programa e da poltica nacional de logstica,

    durante o perodo de vigncia do QCAIII, em articulao com a poltica de

    acessibilidades e transportes, e em consonncia com os diversos planos de

    ordenamento do territrio.

    Dever pois, compreender as plataformas logsticas fundamentais e as

    principais reas logsticas com interveno potencial e que desse modo se

    tornam elegveis ao financiamento pblico de fundos nacionais e comunitrios, e

    estabelecer as correspondentes articulaes e prioridades, por forma a

    garantir-se a justa aplicao dos meios financeiros que foram afectos.

    Ao Estado, compete assegurar, nas melhores condies, as oportunidades de

    investimento neste domnio de actividade, numa perspectiva de utilidade pblica,

    mas estimulando os investidores privados para a concretizao dos seus objectivos,

    sem se perder de vista a equidade de benefcios que tais investidores possam

    usufruir, o ordenamento ambiental e territorial que importa respeitar, e a melhoria

    da competitividade da economia que deve ser promovida, bem como os padres de

    excelncia nos servios, que, desta forma, devem ser alcanados nas infra-

    estruturas logsticas previstas na Rede Nacional de Plataformas Logsticas, que

    vierem a ser concretizadas.

    Nos prximos dez anos, a tendncia geral na Unio Europeia aponta para um elevado

    aumento do trfego de mercadorias. Ora, o correspondente aumento da circulao

    rodoviria insustentvel, por motivos sociais, ambientais e econmicos, devendo

    impulsionar-se modos alternativos de transporte, tais como, o martimo, o fluvial e o

    ferrovirio, nos percursos mais longos, sendo o transporte rodovirio essencial no

    incio e fim dos percursos, garantindo o servio porta-a-porta.

    Para Portugal, assim essencial a preparao para os novos desafios logsticos

    que se anunciam, como forma de contornar a situao perifrica actual na UE, e

    para acautelar as consequncias do deslocamento para Leste da nova

    centralidade associada ao alargamento, ao mesmo tempo que chegado o

    momento de potenciar a localizao geogrfica na Frente Atlntica da Europa,

    atravs da redescoberta da vocao martima. Assim, atravs do Programa

    Logstico Nacional, Portugal enquadra-se nas polticas preconizadas no Livro

    Branco da Poltica Europeia de Transportes para o Horizonte 2010,

    nomeadamente, a promoo da intermodalidade, a revitalizao do caminho de

    ferro, ou a promoo do transporte martimo e fluvial.

    No presente documento faz-se o enquadramento do Programa Logstico e

    caracteriza-se a proposta de Rede Nacional de Plataformas Logsticas (RNPL), que

    define as reas logsticas e os ns modais fundamentais dos corredores de

    transporte, que devem acolher as Plataformas Logsticas e outras infra-estruturas

    nodais, na perspectiva de promoo da intermodalidade como factor de progresso

    econmico e de coeso nacional, de ligao ibrica e de integrao nas RTE-T.

    > 2

    8

    Dr. Andr C. Henriques

    -Encarregado de Misso do Gablogis (Gabinete para o Desenvolvimento do

    Sistema Logstico Nacional)

    -Licenciado em Economia na Universidade de Ottawa-Canada

    -Licenciado em Administrao Pblica Universidade de Ottawa-Canada

    -Licenciado em Organizao e Gesto de Empresas no ISEG (UTL)

    -Mestrado em Transportes no IST (UTL)

    O PROGRAMA LOGSTICO NACIONAL-

    A Rede Nacional de Plataformas Logsticas

    2 Desenvolvimento do Programa Logstico Nacional

    O Programa Logstico integra aces que visam a constituio de uma rede de

    plataformas logsticas. Pretende-se criar interfaces e as infra-estruturas logsticas

    que permitam melhorar globalmente os servios de transporte e movimentao de

    mercadorias, associados internacionalizao da economia e sua maior

    competitividade, e a racionalizar a distribuio de mercadorias nas reas

    metropolitanas, libertando o seu interior da circulao dos veculos de grande porte.

    Por outro lado, o Programa Logstico prev igualmente a promoo das condies

    para a especializao empresarial do transporte rodovirio de mercadorias, assim

    como, aces que visam encorajar a concentrao das empresas rodovirias e a sua

    associao a outros operadores da cadeia logstica, com a finalidade de estimular a

    constituio de operadores na rea do transporte combinado rodo-ferrovirio,

    promover a participao de empresas portuguesas em consrcios europeus que

    venham a explorar o transporte combinado rodo-martimo, no contexto do

    desenvolvimento futuro do transporte martimo de curta distncia na Europa (TMCD)

    e da criao das auto-estradas do mar.

    Importa, ainda, evidenciar a necessidade de potenciar, atravs do programa, um

    sistema de transporte e de servios a ele ligados, sustentvel, que se constitua, em

    Portugal, numa alternativa a zonas europeias onde a saturao e o

    congestionamento j se fazem sentir, assim como, consolidar a integrao dos portos

    portugueses nas RTE-T como centros logsticos de excelncia da cadeia de

    abastecimento, competitivos com os demais portos ibricos.

    Por esta razo o desenvolvimento do Programa Logstico Nacional dever consistir

    numa actuao concertada em trs vertentes:

    -Desenvolvimento de uma Rede Nacional de Plataformas Logsticas;

    -Reorganizao, em termos de micro-logstica, das reas metropolitanas e das

    cidades mdias;

    -Apoio ao desenvolvimento do tecido empresarial do sector de transporte,

    distribuio e logstica.

    No que se refere primeira vertente, importa dispor de uma Rede, conforme constar

    no ponto 5) deste documento.

    Quanto ao segundo vector, o programa inclui aces no sentido de integrar reas

    logsticas existentes, reordenando os eixos congestionados de Lisboa e Porto, assim

    como a promoo de novas reas logsticas nas duas reas Metropolitanas e num

    conjunto de eixos de insero intermunicipal, em parte resultantes do

    reordenamento de instalaes existentes, disseminadas no interior das zonas

    urbanas.

    No que se refere ao apoio ao desenvolvimento empresarial, trata-se de articular o

    POAT com os programas POE e outros, para estimular a reorganizao das PME's que

    actuam nos transportes, na distribuio e na logstica, no sentido de uma adequao

    das condies ao mercado, em termos de capacidade de resposta eficiente procura

    emergente, por fora da reestruturao das empresas produtoras.

    3 Rede Nacional de Plataformas Logsticas

    De acordo com cenrios credveis de evoluo da

    conjuntura econmica e do comrcio, nos prximos dez

    anos, a tendncia na Unio Europeia, ser no sentido de

    um aumento do volume de trfego de mercadorias em

    40% do seu valor actual, no sendo obviamente

    desejvel que esse acrscimo impulsione na mesma

    proporo, o trfego rodovirio, at hoje, o mais flexvel

    e rpido a dar uma resposta medida das

    necessidades.

    O desenvolvimento do transporte de mercadorias ter de

    ser integrado no objectivo mais vasto do desenvolvimento

    econmico e social sustentvel do sistema europeu de

    transporte, no qual os agentes econmicos, e, de uma

    forma geral, todos os intervenientes, tero de adoptar

    formas de actuao, que respeitem os princpios de

    ordenamento do territrio e preservem o ambiente, e

    prossigam estratgias de maior produtividade e

    competitividade, procurando, designadamente, utilizar

    meios de transporte mais eco-eficientes.

    Aos factores de exigncia acrescida no desempenho

    global das suas funes, dever corresponder a

    oportunidade de se criarem espaos delimitados e

    devidamente infra-estruturados, cuja utilizao se

    encontre previamente licenciada, com vista instalao

    de determinadas actividades empresariais, no caso

    vertente, de cariz predominantemente logstica.

    semelhana do que tem vindo a ser feito em relao s

    reas de Localizao Empresarial, pretende-se, no

    sector dos transportes, criar condies de localizao

    de um conjunto de plataformas logsticas que, por

    definio, quando possurem infra-estruturas

    logsticas, devero dispor de reas, no interior das

    quais se exercem, por distintos operadores, todas as

    actividades relativas s funes de transporte, de

    consolidao e desconsolidao de unidades de carga,

    de armazenagem, de distribuio de mercadorias, onde

    o valor acrescentado em operaes intermdias, tais

    como a etiquetagem e embalagem e a manuteno da

    GABLOGIS

  • > 3

    0

    -Servios bancrios;

    -Servios telemticos;

    este tipo de infra-estrutura logstica que permitir o aumento da produtividade, tanto a

    nvel macro, como micro-econmico, do sector dos transportes.

    4 Objectivos da criao da Rede

    A rede prevista obedece a uma lgica e estrutura que visa :

    Promover uma organizao mais eficiente do transporte com origem e destino nacional

    na cadeia logstica, assegurando a continuidade de trfegos e a interoperacionalidade;

    Proporcionar solues de intermodalidade nas, e entre, as plataformas das redes

    nacional, ibrica e europeia;

    Promover a aplicao de novas tecnologias no trfego multimodal e na

    interoperabilidade;

    Proporcionar a parceria entre o sector pblico e o sector privado na implementao da

    RNPL;

    Contribuir para a preservao do ambiente e o ordenamento do territrio,

    nomeadamente em relao a novas infra-estruturas;

    Criar as condies para aproveitamento e reordenamento de infra-estruturas servindo

    a cadeia logstica j existente;

    Assegurar a mxima interopera-cionalidade e coordenao das Plataformas

    Logsticas, atravs de sistemas compatveis de telecomunicaes, com vista a obter o

    mximo de ganhos de produtividade (por exemplo em aces de formao e outras);

    Criar as condies para interagir com as redes espanhola e transeuropeia, tendo

    presente o alargamento da Unio Europeia;

    Contribuir para a concretizao do conceito de auto-estrada martima num quadro de

    intermodalidade e multimodalidade de trfego;

    Promover a criao de emprego com a implantao de novas actividades e

    competncias;

    Promover o aumento da competitividade do sector dos transportes e da economia

    nacional.

    5 Estrutura da RNPL

    A base fundamental da Rede Nacional de Plataformas Logsticas constituda por

    projectos de execuo prioritria: a Zona de Actividades Logsticas de Sines, os Centros

    de Transportes de Mercadorias de Lisboa e Porto e os Centros de Carga Area de Lisboa

    e Porto.

    Sero igualmente integradas na Rede, reas logsticas a criar ou existentes nas

    principais concentraes de actividade logstica, como nos eixos das reas

    Metropolitanas de Lisboa e do Porto j referidos, reordenando-as e dotando-as de infra-

    estruturas logsticas, conforme estudos efectuados sobre esta matria, ou ainda a

    articulao com estudos especficos concludos recentemente (ex: sobre a actividade

    logstica no porto de Lisboa e os terminais dedicados para o TMCD).

    As articulaes enunciadas pretendem sublinhar a dimenso da plataforma e o alcance

    das suas relaes dominantes, quer atravs do volume de cargas que movimenta, e dos

    servios e funcionalidades de que dispe, quer atravs da natureza dos seus parceiros

    estratgicos e do mercado onde actua. Depender da performance e da procura de

    cada infra-estrutura, o seu upgrading de articulao, posicionamento e afirmao.

    Por convenincias de sistematizao, atribuiu-se uma designao de nvel s

    plataformas logsticas, de acordo com a natureza relacional respectiva, com o mercado

    onde se inserem, nomeadamente articulao Internacional-Nacional, articulao

    Nacional-Regional e articulao Regional-Local, independentemente do seu grau de

    prioridade, da dimenso que possuem ou das funcionalidades de que dispem.

    cadeia de frio, entre outras, ganham uma dimenso

    logstica fundamental.

    Como factor preponderante dessa definio, dever

    estar a promoo da multimodalidade. Existem as infra-

    estruturas nodais de transporte sem funcionalidades

    logsticas, nas quais, assumem particular importncia, os

    equipamentos e servios de apoio comuns a todas as

    empresas nelas instaladas. Esta designao de

    Plataforma Logstica poder ser utilizada de forma mais

    abrangente para designar reas logsticas de carcter

    polinucleado.

    A instalao e utilizao dessas reas, pelas empresas

    assim estruturadas, devero ser incentivadas, entre

    outras razes, pela reduo dos denominados custos de

    contexto, e por questes de ordenamento territorial e

    empresarial.

    Ao conceito da Rede Nacional de Plataformas Logsticas

    est, antes do mais, associada a ideia de contemplar

    todo o territrio nacional no Programa Logstico

    Nacional, de hierarquizar prioridades de execuo de

    projectos a curto prazo, de permitir um enquadramento

    jurdico-legal e empresarial, que uma abordagem

    dispersa e pontual dificultaria.

    A Rede Nacional de Plataformas Logsticas constitui

    tambm um requisito formal do complemento

    programao da interveno preconizada no mbito da

    aplicao dos objectivos e das aces da Medida 2.3.

    Desenvolver uma Rede Nacional de Logstica do

    POAT, na perspectiva da elegibilidade de candidaturas

    aos fundos financeiros afectos, relativamente s

    plataformas que vierem a ser includas.

    As Plataformas Logsticas, localizadas em pontos de

    ruptura de cadeias de transporte, permitem uma

    integrao fsica intermodal, com consequente

    concentrao de trfego e adequada articulao entre

    eixos e modos de transporte (suficiente para que na

    prtica a plataforma seja vivel), agregando ou

    acedendo a vrios tipos de servios e actividades, quer

    no seu interior, quer atravs da articulao em rede,

    devem oferecer um conjunto de servios mais ou menos

    numerosos conforme as funcionalidades e de acordo

    com a procura, sendo os principais:

    -Centralizao da distribuio de mercadorias;

    -Armazenagem e distribuio;

    -Consolidao e desconsolidao de unidades de

    carga;

    -Actividades com valor acrescentado;

    -Instalao de empresas associadas a estas

    actividades e a outras que possam intervir,

    positivamente, na cadeia de abastecimento;

    -Parqueamento de veculos e unidades de carga

    (contentores, caixas mveis, semi-reboques, etc.);

    -Acesso a Sistemas Integrados de Informao e

    Comunicao.

    Paralelamente, existem tambm servios auxiliares a

    veculos e pessoas:

    -Manuteno e reparao de veculos;

    -Acomodao e restaurao;

    > 3

    1

    Os nveis considerados so os seguintes:

    As Plataformas Logsticas com articulao internacional - nacional devem assumir um

    papel impulsionador do progresso econmico e social, da coeso do territrio nacional,

    e de ligao Pennsula Ibrica e a todo o espao exterior.

    As reas assim definidas devero situar-se junto a cidades mdias, com dinmicas

    econmicas e empresariais que justifiquem o seu surgimento, eventualmente

    enquadradas em Parques Empresariais.

    Sero estruturas com potencial, em

    f u n o d o s i n s t r u m e n t o s d e

    ordenamento e desenvolvimento

    territorial, e eventualmente, enqua-

    d r a d a s t a m b m e m P a r q u e s

    Empresariais.

    Tambm por necessidades de graduao

    de importncia, tendo em vista, por

    exemplo, a gesto da aplicao dos

    meios financeiros afectos Medida

    2.3.do POAT, atribuem-se igualmente

    priori-dades (1 e 2) com base nos

    estudos j realizados, que apontam para

    a premncia de dar respostas

    diferenciadas aos acrscimos de

    movimentao de mercadorias nas reas

    metropolitanas, e nas cidades mdias,

    acompanhando alis o crescimento

    urbano e empresarial dessas mesmas

    reas.

    Por outro lado, h que encontrar

    alternativas de instalao, em

    localizaes tanto quanto possvel

    prximas, para todas as empresas que

    actualmente trabalham em eixos

    l o g s t i c o s e x i s t e n t e s , m a s

    desorganizados e disseminados dentro

    das zonas urbanas, sobretudo no Grande

    Porto e na Grande Lisboa.

    Assim, consideram-se como de primeira

    prioridade, as infra-estruturas logsticas

    relativas ZAL de Sines e as plataformas

    logsticas das duas principais reas

    Metro-politanas, e de segunda prioridade

    todas as restantes, referindo-se como

    localizaes indicativas os:

    -Eixos Aveiro / Cacia, Figueira da Foz /

    Leiria, Setbal / Palmela, Braga /

    Guimares, Pampilhosa / Mealhada e

    1 Nvel - Plataformas logsticas de articulao internacional - nacional

    2 Nvel -Plataformas logsticas de articulao nacional - regional

    3 Nvel - Plataformas logsticas de

    articulao regional - local

    Vendas Novas / Montemor/ Poceiro

    -Corredores de Chaves, Guarda e Elvas,

    -CCA do aeroporto de Beja, Terminal Multimodal do

    Vale do Tejo (TVT), rea Porto (Sul) e no Algarve Castro

    Marim / Tunes

    IP1

    IP1

    IP2

    IP2

    IP2

    IP2

    IP2

    IP3

    IP4

    IP4

    IP5

    IP5

    IP6

    IP7

    IP7

    IP8IP8

    IP3IP1

    IP1

    IP1

    IP1

    A3

    A4

    A1

    A14

    A1

    A8

    A9

    A5

    A2

    A6

    A2

    Valena

    Viana de

    Castelo Chaves Vila Verde

    de Raia

    Bragana

    Quintanilha

    PortoMaia

    Braga

    Vila Real

    Aveiro

    Coimbra

    Leiria

    Vilar Formoso

    Guarda

    Torres NovasMarvo

    Gardete

    Alverca

    Vendas Novas

    BarreiroLisboa

    Setbal

    Beja

    V. Verde Ficalho

    Vila Real

    Sto. Antnio

    Faro

    Tunes

    Ourique

    vora

    Elvas

    Caia

    Sines

    Figueira

    da Foz

    Portimo

    P

    P

    P

    P

    P

    P

    P

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    P

    P

    P

    P

    P

    AM

    P

    P

    AM

    Corredores Auto-Estrada

    Rede Rodoviria

    Rede Ferroviria

    Aeroporto

    Porto Martimo

    Plataforma

    Plataforma Polinucleada

    (reas metropolitanas)

    P

    P

    AM

    Localizao Indicativa de Plataformas Logsticas

  • > 3

    0

    -Servios bancrios;

    -Servios telemticos;

    este tipo de infra-estrutura logstica que permitir o aumento da produtividade, tanto a

    nvel macro, como micro-econmico, do sector dos transportes.

    4 Objectivos da criao da Rede

    A rede prevista obedece a uma lgica e estrutura que visa :

    Promover uma organizao mais eficiente do transporte com origem e destino nacional

    na cadeia logstica, assegurando a continuidade de trfegos e a interoperacionalidade;

    Proporcionar solues de intermodalidade nas, e entre, as plataformas das redes

    nacional, ibrica e europeia;

    Promover a aplicao de novas tecnologias no trfego multimodal e na

    interoperabilidade;

    Proporcionar a parceria entre o sector pblico e o sector privado na implementao da

    RNPL;

    Contribuir para a preservao do ambiente e o ordenamento do territrio,

    nomeadamente em relao a novas infra-estruturas;

    Criar as condies para aproveitamento e reordenamento de infra-estruturas servindo

    a cadeia logstica j existente;

    Assegurar a mxima interopera-cionalidade e coordenao das Plataformas

    Logsticas, atravs de sistemas compatveis de telecomunicaes, com vista a obter o

    mximo de ganhos de produtividade (por exemplo em aces de formao e outras);

    Criar as condies para interagir com as redes espanhola e transeuropeia, tendo

    presente o alargamento da Unio Europeia;

    Contribuir para a concretizao do conceito de auto-estrada martima num quadro de

    intermodalidade e multimodalidade de trfego;

    Promover a criao de emprego com a implantao de novas actividades e

    competncias;

    Promover o aumento da competitividade do sector dos transportes e da economia

    nacional.

    5 Estrutura da RNPL

    A base fundamental da Rede Nacional de Plataformas Logsticas constituda por

    projectos de execuo prioritria: a Zona de Actividades Logsticas de Sines, os Centros

    de Transportes de Mercadorias de Lisboa e Porto e os Centros de Carga Area de Lisboa

    e Porto.

    Sero igualmente integradas na Rede, reas logsticas a criar ou existentes nas

    principais concentraes de actividade logstica, como nos eixos das reas

    Metropolitanas de Lisboa e do Porto j referidos, reordenando-as e dotando-as de infra-

    estruturas logsticas, conforme estudos efectuados sobre esta matria, ou ainda a

    articulao com estudos especficos concludos recentemente (ex: sobre a actividade

    logstica no porto de Lisboa e os terminais dedicados para o TMCD).

    As articulaes enunciadas pretendem sublinhar a dimenso da plataforma e o alcance

    das suas relaes dominantes, quer atravs do volume de cargas que movimenta, e dos

    servios e funcionalidades de que dispe, quer atravs da natureza dos seus parceiros

    estratgicos e do mercado onde actua. Depender da performance e da procura de

    cada infra-estrutura, o seu upgrading de articulao, posicionamento e afirmao.

    Por convenincias de sistematizao, atribuiu-se uma designao de nvel s

    plataformas logsticas, de acordo com a natureza relacional respectiva, com o mercado

    onde se inserem, nomeadamente articulao Internacional-Nacional, articulao

    Nacional-Regional e articulao Regional-Local, independentemente do seu grau de

    prioridade, da dimenso que possuem ou das funcionalidades de que dispem.

    cadeia de frio, entre outras, ganham uma dimenso

    logstica fundamental.

    Como factor preponderante dessa definio, dever

    estar a promoo da multimodalidade. Existem as infra-

    estruturas nodais de transporte sem funcionalidades

    logsticas, nas quais, assumem particular importncia, os

    equipamentos e servios de apoio comuns a todas as

    empresas nelas instaladas. Esta designao de

    Plataforma Logstica poder ser utilizada de forma mais

    abrangente para designar reas logsticas de carcter

    polinucleado.

    A instalao e utilizao dessas reas, pelas empresas

    assim estruturadas, devero ser incentivadas, entre

    outras razes, pela reduo dos denominados custos de

    contexto, e por questes de ordenamento territorial e

    empresarial.

    Ao conceito da Rede Nacional de Plataformas Logsticas

    est, antes do mais, associada a ideia de contemplar

    todo o territrio nacional no Programa Logstico

    Nacional, de hierarquizar prioridades de execuo de

    projectos a curto prazo, de permitir um enquadramento

    jurdico-legal e empresarial, que uma abordagem

    dispersa e pontual dificultaria.

    A Rede Nacional de Plataformas Logsticas constitui

    tambm um requisito formal do complemento

    programao da interveno preconizada no mbito da

    aplicao dos objectivos e das aces da Medida 2.3.

    Desenvolver uma Rede Nacional de Logstica do

    POAT, na perspectiva da elegibilidade de candidaturas

    aos fundos financeiros afectos, relativamente s

    plataformas que vierem a ser includas.

    As Plataformas Logsticas, localizadas em pontos de

    ruptura de cadeias de transporte, permitem uma

    integrao fsica intermodal, com consequente

    concentrao de trfego e adequada articulao entre

    eixos e modos de transporte (suficiente para que na

    prtica a plataforma seja vivel), agregando ou

    acedendo a vrios tipos de servios e actividades, quer

    no seu interior, quer atravs da articulao em rede,

    devem oferecer um conjunto de servios mais ou menos

    numerosos conforme as funcionalidades e de acordo

    com a procura, sendo os principais:

    -Centralizao da distribuio de mercadorias;

    -Armazenagem e distribuio;

    -Consolidao e desconsolidao de unidades de

    carga;

    -Actividades com valor acrescentado;

    -Instalao de empresas associadas a estas

    actividades e a outras que possam intervir,

    positivamente, na cadeia de abastecimento;

    -Parqueamento de veculos e unidades de carga

    (contentores, caixas mveis, semi-reboques, etc.);

    -Acesso a Sistemas Integrados de Informao e

    Comunicao.

    Paralelamente, existem tambm servios auxiliares a

    veculos e pessoas:

    -Manuteno e reparao de veculos;

    -Acomodao e restaurao;

    > 3

    1

    Os nveis considerados so os seguintes:

    As Plataformas Logsticas com articulao internacional - nacional devem assumir um

    papel impulsionador do progresso econmico e social, da coeso do territrio nacional,

    e de ligao Pennsula Ibrica e a todo o espao exterior.

    As reas assim definidas devero situar-se junto a cidades mdias, com dinmicas

    econmicas e empresariais que justifiquem o seu surgimento, eventualmente

    enquadradas em Parques Empresariais.

    Sero estruturas com potencial, em

    f u n o d o s i n s t r u m e n t o s d e

    ordenamento e desenvolvimento

    territorial, e eventualmente, enqua-

    d r a d a s t a m b m e m P a r q u e s

    Empresariais.

    Tambm por necessidades de graduao

    de importncia, tendo em vista, por

    exemplo, a gesto da aplicao dos

    meios financeiros afectos Medida

    2.3.do POAT, atribuem-se igualmente

    priori-dades (1 e 2) com base nos

    estudos j realizados, que apontam para

    a premncia de dar respostas

    diferenciadas aos acrscimos de

    movimentao de mercadorias nas reas

    metropolitanas, e nas cidades mdias,

    acompanhando alis o crescimento

    urbano e empresarial dessas mesmas

    reas.

    Por outro lado, h que encontrar

    alternativas de instalao, em

    localizaes tanto quanto possvel

    prximas, para todas as empresas que

    actualmente trabalham em eixos

    l o g s t i c o s e x i s t e n t e s , m a s

    desorganizados e disseminados dentro

    das zonas urbanas, sobretudo no Grande

    Porto e na Grande Lisboa.

    Assim, consideram-se como de primeira

    prioridade, as infra-estruturas logsticas

    relativas ZAL de Sines e as plataformas

    logsticas das duas principais reas

    Metro-politanas, e de segunda prioridade

    todas as restantes, referindo-se como

    localizaes indicativas os:

    -Eixos Aveiro / Cacia, Figueira da Foz /

    Leiria, Setbal / Palmela, Braga /

    Guimares, Pampilhosa / Mealhada e

    1 Nvel - Plataformas logsticas de articulao internacional - nacional

    2 Nvel -Plataformas logsticas de articulao nacional - regional

    3 Nvel - Plataformas logsticas de

    articulao regional - local

    Vendas Novas / Montemor/ Poceiro

    -Corredores de Chaves, Guarda e Elvas,

    -CCA do aeroporto de Beja, Terminal Multimodal do

    Vale do Tejo (TVT), rea Porto (Sul) e no Algarve Castro

    Marim / Tunes

    IP1

    IP1

    IP2

    IP2

    IP2

    IP2

    IP2

    IP3

    IP4

    IP4

    IP5

    IP5

    IP6

    IP7

    IP7

    IP8IP8

    IP3IP1

    IP1

    IP1

    IP1

    A3

    A4

    A1

    A14

    A1

    A8

    A9

    A5

    A2

    A6

    A2

    Valena

    Viana de

    Castelo Chaves Vila Verde

    de Raia

    Bragana

    Quintanilha

    PortoMaia

    Braga

    Vila Real

    Aveiro

    Coimbra

    Leiria

    Vilar Formoso

    Guarda

    Torres NovasMarvo

    Gardete

    Alverca

    Vendas Novas

    BarreiroLisboa

    Setbal

    Beja

    V. Verde Ficalho

    Vila Real

    Sto. Antnio

    Faro

    Tunes

    Ourique

    vora

    Elvas

    Caia

    Sines

    Figueira

    da Foz

    Portimo

    P

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    AM

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    AM

    Corredores Auto-Estrada

    Rede Rodoviria

    Rede Ferroviria

    Aeroporto

    Porto Martimo

    Plataforma

    Plataforma Polinucleada

    (reas metropolitanas)

    P

    P

    AM

    Localizao Indicativa de Plataformas Logsticas

  • > 3

    2

    rede e exista disponibilidade financeira na Medida 2.3. do POAT, para a utilizao dos

    fundos do FEDER e de acordo com as regras de elegibilidade, as candidaturas dos

    estudos e projectos de infra-estruturas da rede, devem enquadrar-se nas condies de

    acesso seguintes:

    Das entidades beneficirias / promotoras dos projectos

    Categorias de beneficirios:

    -Autarquias

    -Administraes Porturias

    -Aeroportos e Navegao Area (ANA)

    -Caminhos de Ferro Portugueses (CP)

    -Rede Ferroviria Nacional, EP (REFER)

    -Empresas maioritariamente de capitais pblicos, que tenham como objectivo a

    instalao de plataformas logsticas ou a requalificao de zonas de actividades

    logsticas

    Elegibilidade das entidades beneficirias:

    -Terem a situao regularizada com a Segurana Social e a Administrao Fiscal;

    -Demonstrarem que garantem um eficaz desenvolvimento do projecto, dos pontos de

    vista de capacidade de gesto, capacidade financeira (que pressupe situao

    econmica e financeira equilibrada) e capacidade tcnica

    Dos projectos candidatos

    -Enquadrarem-se na poltica do sector, nos objectivos especficos do POAT, neste

    domnio, e referirem-se a plataformas includas na RNPL;

    -Demonstrarem o cumprimento das disposies legais, nacionais e comunitrias,

    nomeadamente em matria de concorrncia, informao e publicidade, ordenamento

    ambiental e territorial, mercados pblicos e igualdade de oportunidades;

    -Terem asseguradas formas de financiamento adequadas, para alm da contribuio

    dos fundos solicitada;

    -O projecto no ter sido iniciado para alm de um perodo de seis meses da data de

    candidatura.

    6 Metodologia de concretizao da RNPL

    A Rede Nacional de Plataformas Logsticas inclui as

    plataformas a implementar, que apresentam potencial de

    viabilidade econmico-financeira, que se considera

    corresponderem lgica que assegura a prossecuo

    dos objectivos da poltica de transportes e logstica para o

    pas.

    Para estimular a implementao destas plataformas, est

    prevista uma medida especfica dotada de alguns meios

    financeiros do FEDER e com a possibilidade de afectao

    de fundos pblicos nacionais, cujo acesso restrito, tendo

    em conta as caractersticas destas infra-estruturas.

    A ttulo indicativo o pacote financeiro inicial decompunha-se

    do seguinte modo:

    -FEDER 84,8 milhes de

    -PIDDAC 97,8 milhes de

    -Outros fundos pblicos 30,4 milhes de

    -Outros fundos 30,0 milhes de

    Relativamente s que vierem a ser objecto de processo de

    concretizao, a metodologia de implementao obedece

    aos parmetros temporais e financeiros associados

    Medida 2.3. do POAT e a outras condies de

    elegibilidade constantes do Complemento de

    Programao, de acordo com as especificidades de

    cada projecto e em funo da necessria articulao

    dos projectos com os modos de transporte e da eventual

    complementaridade funcional entre plataformas.

    7 Condies de Acesso e Elegibilidade

    Considerando que determinado projecto est previsto na

    8 Critrios de Avaliao dos Projectos

    Para alm do formulrio de candidatura, devidamente preenchido, e das condies de acesso satisfeitas, designadamente ao POAT, os projectos

    candidatos devem observar as condies de acesso e de elegibilidade, especificadas, tendo que apresentar ao GabLogis, para obteno de

    parecer, estudos de viabilidade tcnica, econmica e financeira, relatrio do procedimento de avaliao do impacto ambiental, definio do

    modelo de gesto e apresentao do plano de negcios da plataforma logstica (pelo menos para os trs primeiros anos de actividade).

    Cada projecto ser avaliado sob os seguintes critrios:

    -Prazo de execuo previsto: Incio/Fim;

    -Custo previsto;

    -Fundamentao da comparticipao solicitada;

    -Resultados esperados;

    -Modelo de gesto e plano de negcios.

    Mrito econmico e social do projecto

    -Viabilidade econmica e financeira do projecto, capacidade de gerao de receitas e

    de auto-sustentabilidade de explorao, funcionamento e manuteno;

    -Anlise do impacto sobre a competitividade da economia, e da penetrao nos

    mercados externos;

    -Capacidade de criao lquida de novos postos de trabalho.

    Mrito sectorial do projecto

    -Enquadrado nos objectivos polticos sectoriais, no

    Programa Logstico Nacional e mais especifica-mente,

    na RNPL;

    -Ter coerncia interna, do ponto de vista do mercado a

    que se dirige, da sua organizao, da sua capacidade

    tcnica e tecnolgica, e da sua capacidade funcional;

    -Dispor de capacidade multimodal ou intermodal.

    Mrito intrnseco do projecto

    -Descrio, objectivos, principais fases de realizao e

    sua calendarizao, programao financeira plurianual,

    impacto sobre o ordenamento do territrio, impacto

    ambiental;

    apresentao das mercador ias s

    Alfndegas atravs do manifesto e do

    relacionamento electrnico com os

    Concessionrios

    Foram igualmente desenvolvidos contactos

    entre os portos e os fornecedores, de forma a

    pr em marcha os trabalhos com carcter de

    urgncia, sendo de destacar:

    -Identificao do impacto da soluo

    comum nas reas operacionais, comerciais e

    de estatstica;

    -Identificao dos componentes de infra-

    estruturas tecnolgica de base soluo;

    -Definio de requisitos de comunicao

    para a aquisio de tradutor EDIFACT e XML;

    -Identificao das espcies de trabalho em

    cada porto e dos aspectos comuns de

    desenvolvimento nos trs portos;

    -Identificao e repartio de custos entre

    as administraes porturias.

    Foi ainda preparado um texto de base para a

    formalizao de um acordo entre as trs

    administraes porturias, no mbito dos

    seguintes pressupostos:

    -Os timings do Terminal XXI em Sines

    assim o impunham;

    -Neste contexto de interaco, no fazia

    s e n t i d o p a r a L e i x e s p r e c i p i t a r

    unilateralmente a entrada em produo do

    Processo Meio de Transporte (PMT), nem

    deixar de se envolver na especificao do

    Manifesto (Fase 3 do SCOPe);

    -Lisboa entendeu no poder deixar de

    evoluir a sua situao de recepo do

    Manifesto electronicamente.

    A situao dos restantes portos distinta,

    especialmente nas seguintes vertentes:

    plataforma tecnolgica; rea de negcio da

    carga contentorizada e respectivo volume de

    dados a tratar; relacionamento com o

    projecto PIPe.

    As trs administraes assumiram o

    compromisso de manter informados os

    restantes portos da evoluo do trabalho com

    as direces gerais.

    No se considera que a presente aco

    pretenda esgotar ou substituir-se ao projecto

    A entrada em funcionamento do Terminal XXI,

    no Porto de Sines, conduziu necessidade de

    formulao de um projecto na rea dos

    Sistemas de Informao, objectivando o

    tratamento electrnico de dados relativos

    movimentao de contentores, especialmente

    no que respeita s reas funcionais de

    fiscalizao da concesso e do desembarao

    aduaneiro das unidades de carga.

    Entretanto, estava j formulado o Projecto

    SDS para todos os meios de transporte, cuja

    concluso se previa para 2005, promovido

    pela Direco Geral das Alfndegas e dos

    Impostos Especiais sobre o Consumo

    (DGAIEC). A apresentao nacional decorreu

    em 20 de Maro de 2003, estando na altura

    em fase de afinao as especificaes dos

    s e u s d o i s p r o c e s s o s a d u a n e i r o s

    fundamentais:

    . PMT - Processo Meio de Transporte

    (procedimentos chegada e largada);

    . P M - P r o c e s s o M e r c a d o r i a s

    (apresentao da mercadoria Alfndega).

    Estava j em produo um relaciona-mento

    electrnico, para os manifestos de

    mercadorias, entre as agncias de

    navegao e a Administrao do Porto de

    Lisboa, em torno de um standard EDIFACT,

    que merecia o consenso dos intervenientes.

    Estava tambm em curso o projecto SCOPe,

    na Administrao dos Portos de Douro e

    Leixes, em fase de concluso da

    caracterizao da situao actual nesse

    porto, no que respeita aos documentos:

    C o n h e c i m e n t o d e E m b a r q u e e

    Manifesto.

    Estavam, finalmente, em curso trabalhos na

    APDL para a implementao do Processo

    Meio de Transporte (PMT), essencial

    contextualizao dos documentos B/L e

    Manifesto.

    A situao de Sines aconselhava a uma

    interveno urgente abrangendo, no s a

    soluo aplicacional, mas tambm, as

    infraestruturas tecnolgicas de suporte para

    essa soluo. O pr-dimensionamento da

    situao futura em Sines sugeria, claramente, a

    adopo da soluo tecnolgica existente em

    Leixes e Lisboa.

    Ponderando as opes existentes, a deciso

    recaiu sobre o aproveitamento das

    experincias de Leixes (no relacionamento

    com concessionrios e Alfndega) e de Lisboa

    (no relacionamento com os agentes de

    navegao para transmisso do manifesto

    electrnico).

    Para o efeito, a APS motivou junto da DGAIEC a

    separao do projecto para o sistema de PCom

    do projecto global para todos os meios de

    transporte (SDS), preconizando o lanamento,

    desde logo, de um projecto-piloto para a via

    martima.

    Estas entidades confirmaram APS a

    disponibilidade e o interesse para este

    projecto-piloto. As administraes dos portos

    de Lisboa e Leixes confirmaram a

    disponibilidade e o interesse na sua

    participao e a AGEPOR apoiou igualmente a

    iniciativa.

    Este projecto foi designado como Plata-forma

    Comum Porturia (PCom) e visa a construo

    nas 3 Administraes Porturias (APS, APL e

    APDL), de uma plataforma centralizadora

    porturia, relacionando-se, numa primeira

    fase, com o Sistema SDS da DGAIEC, segundo

    standards internacionais e os requisitos de

    interoperabilidade orientados eficcia do

    porto na sua globalidade.

    As duas Direces Gerais (DGAIEC e DGITA)

    e as trs administraes porturias (Lisboa,

    Leixes e Sines) iniciaram, em Fevereiro de

    2003, um conjunto de reunies para

    identificar as prioridades do projecto, no

    mbito das quais so de salientar:

    -Comunicao e Segurana

    endereando as questes de conectivi-dade,

    segurana e credenciao entre vrios

    actores

    -Processo Meio de Transporte

    endereando o estabelecimento de

    procedimentos chegada, durante a estadia

    e largada das embarcaes

    -Processo Mercadorias

    endereando as questes relativas