revista estudos brasileiros - especial midia

26
Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea no Brasil – CPDOC/FGV Revista Estudos Históricos Editora Getúlio Vargas Tema: Mídia Nº: 31 Ano: 2003/1 1. Como os sem-terra se inventaram pela mídia: a novidade social nos anos 90 Autor(es): Raquel Bertol Nunca, no Brasil, um movimento de cunho social conseguira firmar-se de forma tão organizada e sólida, como o dos sem-terra brasileiros. Ao longo dos anos 90, o país assistiu ao fenômeno sem-terra. O objetivo, a partir do ponto de vista urbano, é mapear como se deu a intervenção do movimento dos sem-terra no dia-a-dia da imprensa brasileira. Enfim, como se tornou tema de repercussão nacional. As teorias desenvolvidas por Bourdieu sobre a constante luta social por poder simbólico, travada eminentemente com a arma da palavra, nos ajudam a pensar as metamorfoses desse processo. Antes de irmos aos 90, retrocederemos ao anos 80, viagem crucial para o entendimento do que aconteceu. Nossa principal fonte são reportagens de jornais e revistas (consultaram-se cerca de 300 artigos). Conta-se a história do MST pelo viés da mídia. 2. Jornalismo cidadão Autor(es): Alzira Alves de Abreu O papel da imprensa na construção da cidadania e no acesso à justiça por parte da população de baixa renda ocupa papel de destaque nos estudos recentes sobre a consolidação democrática no Brasil. Neste texto buscamos mostrar que a maior difusão da informação não leva necessariamente a uma ampliação da cidadania e do acesso à justiça para todas as classes sociais. Existem limites para a concretização dessas demandas, isso porque condicionantes sociais, políticos e culturais interferem nesse processo.

Upload: professorfabio

Post on 10-Jun-2015

316 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia

Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea no Brasil – CPDOC/FGV

Revista Estudos Históricos

Editora Getúlio Vargas

Tema: Mídia Nº: 31 Ano: 2003/1

1. Como os sem-terra se inventaram pela mídia: a novidade social nos anos 90Autor(es): Raquel Bertol Nunca, no Brasil, um movimento de cunho social conseguira firmar-se de forma tão organizada e sólida, como o dos sem-terra brasileiros. Ao longo dos anos 90, o país assistiu ao fenômeno sem-terra. O objetivo, a partir do ponto de vista urbano, é mapear como se deu a intervenção do movimento dos sem-terra no dia-a-dia da imprensa brasileira. Enfim, como se tornou tema de repercussão nacional. As teorias desenvolvidas por Bourdieu sobre a constante luta social por poder simbólico, travada eminentemente com a arma da palavra, nos ajudam a pensar as metamorfoses desse processo. Antes de irmos aos 90, retrocederemos ao anos 80, viagem crucial para o entendimento do que aconteceu. Nossa principal fonte são reportagens de jornais e revistas (consultaram-se cerca de 300 artigos). Conta-se a história do MST pelo viés da mídia.

2. Jornalismo cidadãoAutor(es): Alzira Alves de Abreu O papel da imprensa na construção da cidadania e no acesso à justiça por parte da população de baixa renda ocupa papel de destaque nos estudos recentes sobre a consolidação democrática no Brasil. Neste texto buscamos mostrar que a maior difusão da informação não leva necessariamente a uma ampliação da cidadania e do acesso à justiça para todas as classes sociais. Existem limites para a concretização dessas demandas, isso porque condicionantes sociais, políticos e culturais interferem nesse processo.

3. Terror e mídia: história e economia simbólica no limiar do século XXIAutor(es): Fernando Lattman-Weltman Atos de terrorismo como os de 11 de setembro de 2001 só se efetivam por completo, adquirindo todos os seus significados políticos mais amplos, se devidamente consagrados pela mídia. Isto coloca em questão as eventuais cumplicidades entre os meios de comunicação e os grupos terroristas. Este ensaio analisa esta relação a partir da atribuição de uma específica racionalidade política ao terrorismo, em função da soberania exercida pela Publicidade nos quadros da democracia midiática contemporânea.

4. A cobertura do congresso nacional pelos jornais brasileiros, 1985-1990Autor(es): Vladimyr Lombardo Jorge Para analisar a cobertura do Congresso Nacional entre 1985-1990, o autor utilizou uma amostra de 2.523 notícias publicadas por quatro importantes jornais. Nesse período, a atividade legislativa tornou-se mais visível por causa dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte. Após a promulgação da Constituição, a visibilidade das

Page 2: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia

atividades legislativas e parlamentares diminuiu na mídia impressa. Portanto, apesar da Constituição de 1988 ter fortalecido o Congresso Nacional, os jornais não aumentaram imediatamente a cobertura dessa instituição. Por fim, o autor constatou que os jornais deram poucas informações ao leitor sobre o processo legislativo, o trabalho parlamentar e a estrutura do Congresso Nacional.

5. A grande imprensa e a constituição da agenda ultraliberal na nova 'Nova República'Autor(es): Francisco Fonseca Este artigo objetiva analisar o papel político/ideológico da grande imprensa brasileira - especificamente os periódicos Jornal do Brasil, O Globo, Folha de S. Paul e O Estado de S. Paulo - no que diz respeito ao debate acerca das doutrinas 'intervencionista' e 'ultraliberal' durante a chamada 'Nova República' (1985-1989). Pretende-se demonstrar, por intermédio sobretudo dos editoriais, como os referidos periódicos influenciaram decisivamente a formulação da agenda ultraliberal no Brasil. Concluiu-se que os jornais apoiaram enfaticamente esta agenda internacional, condenando a priori o modelo 'intervencionista' até então vigente e, portanto, impedindo a discussão democrática sobre um tema tão crucial à sociedade brasileira.

6. Mídia e democracia: o pluralismo regulado como arranjo institucionalAutor(es): Luiz Henrique Vogel O objetivo do artigo é analisar os contextos sociais nos quais se realiza a atividade política em sociedades populosas, complexas e de larga escala e contrastá-la, criticamente, com os pressupostos de quatro autores influentes da teoria da democracia contemporânea: Joseph Schumpeter, Robert A. Dahl, Anthony Downs e Giovanni Sartori. A partir da concepção da disputa política como luta entre idéias-força, elaborada por Bourdieu, o artigo propõe incrementar o ¿arranjo institucional¿ das democracias liberais contemporâneas por meio da regulação dos meios de comunicação de massa, criando chances mais equilibradas para que os grupos em conflito apresentem suas concepções políticas.

7. Pela legitimidade de prever: ibope, imprensa e lideranças políticas nas eleições paulistas de 1953 e 1954Autor(es): Áureo Busetto Nas duas últimas décadas do século XX os brasileiros se habituaram a ver, salvo quando se trata das polêmicas medições sobre a audiência das emissoras de televisão, a relação amistosa entre a imprensa e os institutos de pesquisa de opinião pública e a confirmação dos prognósticos desses, sobremaneira os relacionadas às preferências eleitorais. Entretanto, o relacionamento entre ambos agentes e o desempenho das sondagens eram bem diferentes em meados do século passado. A exatidão dos prognósticos eleitorais do IBOPE no pleito de 1953 e a sua falha na eleição governamental paulista de 1954, são marcos do processo de ingresso dos institutos de opinião pública no mundo político-eleitoral e acontecimentos que fornecem pistas sobre as dificuldades e tensões enfrentadas por aquelas empresas, particularmente pelo IBOPE, na luta pela busca da legitimidade de prever os resultados eleitorais, embate anteriormente iniciado, e que ainda se desenrolava, entre imprensa e líderes políticos.

8. Jornalismo, literatura e política: a modernização da imprensa carioca nos anos 1950Autor(es): Ana Paula Goulart Ribeiro

Page 3: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia

A década de 1950 foi um momento de profundas transformações da imprensa brasileira, sobretudo carioca. Nesse período, o modelo norte-americano se implantou no jornalismo nacional, provocando a modernização das empresas e dos textos e também a profissionalização dos jornalistas. No seu conjunto, essas reformas apontavam para um processo de autonomização do campo jornalístico, sobretudo em relação às esferas políticas e literárias. Até que ponto, no entanto, essas transformações representaram, de fato, uma ruptura radical com o modo anterior de fazer jornalismo? O que traziam de estruturalmente novo e o que representavam de continuidade em relação ao período anterior? Qual é o significado do conjunto dessas reformas (administrativas, redacionais, editoriais, gráficas e profissionais)? O que as impulsionou? Será que elas respondiam a mesma lógica de transformação do jornalismo nos países capitalistas avançados? Será que a racionalização da produção apontava para a implantação de um jornalismo de massa no país, para a incorporação da imprensa na esfera da indústria cultural? Ou será que a modernização do jornalismo nacional obedeceu a impulsos de outra ordem?

9. Políticas públicas culturais de 1924 a 1945: o rádio em destaqueAutor(es): Lia Calabre O artigo examina a estruturação do setor radiofônico e suas relações com o Estado nos anos de 1923 a 1945. Na primeira parte encontram-se analisados alguns elementos da legislação regulamentadora do sistema radiofônico aprovada durante o período, como um todo, com uma atenção especial para os Decretos nº 16.657, 20.047 e 21.111. A segunda parte apresenta algumas das medidas tomadas pelos Ministérios da Educação, do Trabalho, de Justiça e pelo Departamento de Imprensa e Propaganda- DIP em relação ao rádio e das disputas entre os mesmos, permitindo a reconstituição da atuação do Estado na área de radiodifusão.

Link: http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/346.pdf

10. O pampa virou cidade? Um estudo sobre a inserção regional na tv aberta gaúchaAutor(es): Daniela Aline Hinerasky O artigo estuda a vinculação da principal emissora de televisão do Rio Grande do Sul com a cultura regional, no que tange ao direcionamento de sua programação. Através de uma retrospectiva histórica da oferta de programação da RBS TV neste Estado, desde os anos 80, procura-se demonstrar como os profissionais organizaram e organizam a programação dentro de uma proposta de valorização da cultura e da identidade regional. Palavras-chave: cultura regional, televisão, programação.

11. Como ser estrangeiro no Rio: paisagens cariocas no cinema brasileiro e norte-americano contemporâneoAutor(es): Bianca Freire-Medeiros; Leonardo Name A partir da análise de quatro filmes contemporâneos, norte-americanos e brasileiros, recuperamos a representação da cidade do Rio de Janeiro em que o olhar estrangeiro é predominante. Entendidos não como textos isolados, mas como práticas culturais, tais filmes oferecem um terreno epistemológico rico para o exame das relações entre mídia e representações do “eu e do outro”.

Link para o texto que será analisado em sala: http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/346.pdf

Page 4: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 5: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 6: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 7: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 8: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 9: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 10: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 11: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 12: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 13: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 14: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 15: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 16: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 17: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 18: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 19: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 20: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 21: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 22: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 23: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia
Page 24: Revista Estudos Brasileiros - Especial Midia

Curso: Pós-graduação História e MídiaEncontro: História da Mídia no Brasil Republicano

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira Santos – [email protected]