revista embalagemmarca 021 - abril 2001
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Edição de abril de 2001 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comEsta edição está incompleta, sem os anúncios, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível ler as matérias.TRANSCRIPT
UM CONTÊINER MAIS ECONÔMICO • O QUE A FIEPAG MOSTOU DE MELHOR
Ano III • Nº 21 • Abril 2001 • R$ 5,00
www.embalagemmarca.com.br
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omo bem sabemempresários e pro-
fissionais ligados à produ-ção e à venda de produtosde consumo, um interes-sante exercício de negó-cios é percorrer os pontos-de-venda. Os produtos quedisputam de forma cadavez mais acirrada a aten-ção dos consumidores ofe-recem extraordinários en-sinamentos de marketing.Numa prateleira de super-mercado ou numa estantede bar, por exemplo, épossível observar marcasanônimas e artigos de bai-xo preço batalhando porespaço e vendas, sem omenor complexo de infe-rioridade – e muitas vezesganhando a parada.São muitas as explicaçõespara isso, mas uma, semdúvida, é fundamental: asembalagens de inúmerosdesses produtos de comba-te estão ficando mais emais sofisticadas, nada de-vendo aos de ponta.São garrafas de bebidasbaratas com rótulos me-talizados, auto-adesivos,verniz. Frascos de xam-pus banais com aplica-ções de hot-stamping eoutros recursos. Refrige-rantes, biscoitos e refres-cos em pó comuns emembalagens flexíveis deexcelente impressão, bomdesign, personagens li-cenciados. Seus preçossão anotados em centa-vos, poucas vezes ultra-passam 1 real, raramentechegam a 2.Nem sempre é fácil en-frentar a concorrência dos
“populares”, no que a ex-pressão significa em ter-mos de preço baixo. Exis-te a forte suspeita de sone-gação, roubo, pirataria.Mas a verdade é que a tec-nologia derruba seguida-mente diferenciais, inclu-sive na parte mais visíveldos produtos, que é a em-balagem. Assim, não custarepetir, o bom design po-de ser decisivo. Custapouco, porque o que seinveste nele acaba se di-luindo nas grandes quan-tidades de vendas, e re-força a imagem de marca. Esses são aspectos que areportagem de capa destaedição aborda, mostrandoalguns exemplos que à re-
dação pareceram muitoilustrativos. O intuito dareportagem não é julgarnem apontar soluções má-gicas. EMBALAGEMMARCA
aborda o tema dos produ-tos populares com o obje-tivo de estimular a análisee a discussão, que podemindicar caminhos provei-tosos a todos, do designere do projetista ao fornece-dor, ao usuário de embala-gens e, claro, ao consumi-dor final. A seção EspaçoAberto da revista está àdisposição dos leitores,para que exponham seuspontos-de-vista sobre essee outros temas. Até maio.
O que as gôndolas nos ensinam
Carta do editor
C
Wilson Palhares
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Espaço aberto
Envolvido há 43 anos em ques-tões de reciclagem, desejo cumpri-mentar a equipe desta publicaçãopelo excelente trabalho exposto naedição de março de 2001 versandosobre este importante tema. Traba-lhos como esse não somente ins-truem como educam e condicionamos relacionados direta e indireta-mente com o assunto.
Nilo AlgeConsultor industrial
São Paulo, SP
Brilhante a reportagem sobre re-ciclagem na edição de março de2001. Igualmente notável é a lista-gem dos principais fornecedores depapel cartão no Brasil. Vocês des-mistificaram o assunto. A Compa-nhia Suzano tem sido um verdadei-ro líder no uso de tecnologia indus-trial e eu me orgulho de ser um deseus fornecedores desde 1972. Naárea de fabricação de celulose (maistarde convertida em outros produtosde papel) a Companhia Suzano épioneira com seus sistemas de en-fardamento e aramagem automáti-ca, utilizando equipamento fabrica-do pela Cranston Machinery(EUA). Outro item de valor é aamostra dos produtos da Lavezzo(embalagem elegante, bem feita erepresentativa da técnica disponívelnessa gráfica). Diz o velho ditado português: “ver écrer”.Parabéns pelo belo trabalho jorna-lístico e editorial.
Arnold DiesendruckArnold Com
São Paulo, SP
Mais uma vez vocês mostraramque uma revista especializada podee deve ser um canal de expressão deseu tema não só no conteúdo, mastambém na forma. O trabalho quevem apresentado nas capas da revis-ta e no encarte sobre reciclagem daedição número 20 é um show decriatividade e inovação. Afinal,quem disse que as capas de uma re-vista têm de ser sempre iguais? Pa-rabéns por mais este trabalho.
Fabio MestrinerPacking Design de Embalagem
São Paulo, SP
Aprecio muitíssimo a criativida-de e o charme que permeiam as re-portagens abordadas nas várias edi-ções de EMBALAGEM MARCA. Apre-sentar a matéria sobre reciclagemem caderno central de papel recicla-do foi uma excelente idéia, e a exe-cução está ótima.
Hebe WeyDoutora em ciência da comunicação
São Paulo, SP
Estivemos na FIEPAG e constata-mos a excelente qualidade de sua re-vista. A AMS Propaganda é umaagência pequena, mas sempre aten-deu e atende clientes que anunciamem revistas e desenvolve embala-gens.
Alfredo de Magalhães SchererDiretor de Criação
AMS Propaganda Ltda.
A revista EMBALAGEM MARCA é,sem dúvida, uma referencia impor-tante para o ensino do design de em-balagens. Contamos com essa im-portante revista para consulta deprofessores e alunos.
Haenz Gutiérrez QuintanaProf. Inst. de Artes, Comunicações e
Turismo da PUC Campinas
Gostaria de parabenizá-los pelaexcelente qualidade de EMBALA -GEMMARCA e agradecer a oportuni-dade de ter acompanhado a evolu-ção e o sucesso da revista.
Vanessa LenzSão Paulo, SP
EMBALAGEM MARCA é muito in-teressante e traz muitas novidades.Para nós isso é fundamental.Parabéns pela revista.
João Elton MoretoMarketing da SanavitaNutrição e Marketing
Piracicaba, SP
Endossamos as críticas feitaspela KHS e Label-Fix. Temos umaparticipação significativa no mer-cado de rotuladoras para rótulos en-volventes alimentados por bobinase comercializamos diversas outras,como auto-adesivas e shrink-slee-ve. Gostaríamos de participar dapróxima abordagem .
Marcos SilveiraDiretor comercial da Pavax (re-
presentante exclusivo da TrineLab. Syst. para o Brasil)
Barueri, SP
Vamos abordar novamente o as-sunto rotuladoras em edição futu-ra. Convidamos essa e outras em-presas que se sentiram excluídasda reportagem da edição número19 a entrarem em contato com aredação. Reiteramos que estamosabertos para divulgar informa-ções importantes à cadeia de em-balagens, independente do tama-nho da empresa que as fornecer.
Sobre a reportagem “Reciclagempode ser um bom negócio”, so-mente com muita informação econtinuidade/exploração do tema éque será possível conscientizar esensibilizar o governo e a socieda-de sobre a importância da recicla-gem. Não adianta apenas os consumido-res entrarem na onda do ecologica-mente correto se não existir umacoleta seletiva efetivamente ematividade. Enquanto isso, a embalagem conti-nua sendo a grande vilã da história.
José Antonio Júlio Conemba Consultoria Técnica eDesenvolvimento de Embalagens
Campinas, SP
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Espaço aberto
Redação: Rua Arcílio Martins, 53
CEP 04718-040 • São Paulo, SP
Tel: (11) 5181-6533
Fax: (11) 5182-9463
As mensagens recebidas por carta,e-mail ou fax poderão ter trechosnão essenciais eliminados, em fun-ção do espaço disponível, de modoa dar o maior número possível deoportunidades aos leitores. As men-sagens poderão também ser colo-cadas dentro do site da revista(www.embalagemmarca.com.br).
MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA
Parabenizo a revista EMBALAGEM-MARCA pela reportagem “Reciclarpoderá ser um bom negócio”. O en-foque dado à matéria, enfatizando osganhos econômicos e mercadológi-cos da preservação do meio ambien-te, contribui para o amadurecimentodo setor e estimula a adoção de pro-cedimentos “ecologicamente corre-tos”. Ao mesmo tempo, ressalto aimportância das iniciativas desen-volvidas pelas associações de classesetoriais que, como pudemos ver nareportagem, desenvolvem um exce-lente trabalho de conscientização epromoção da coleta e reciclagemdos materiais que representam.
Luciana PellegrinoDiretora Executiva da Abre
(Associação Brasileira de Embalagem)São Paulo, SP
Queremos agradecer pela opor-tunidade de participarmos da ediçãonº 20 da conceituada revista EMBA-LAGEMMARCA, na cobertura da Fei-ra Brasilplast’2001.
Simone MendesHudson-Sharp Machine do Brasil
São Paulo, SP
Sou leitora assídua de sua revista egosto muito das informações, poisnão é uma revista comercial de em-balagem, e sim técnica e informativa.
Daniela Simeonato VictorDesigner da Hanseatic
Com. e Repr. LtdaSão Paulo, SP
Parabéns pelo excelente trabalhoque vem sendo apresentado por EM-BALAGEMMARCA. Reportagens atu-ais,com conteúdo e brilho, multipli-
cam o prazer de ler esta revista men-salmente.
Luiz Amauri CarvalhoGerente de área da Embalarte
Indl e Coml LtdaSão Paulo, SP
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ENTREVISTA: RUBNEI ROSACoordenador do Grupode Profissionais deEmbalagem da Abrefala de seus planos
CAPAPopular não ésinônimo de ruim.Produtos baratossão comprados pormilhões de pessoas.Fique de olho
DESODORANTESEmbalagens inovadorasdão novo impulso aomercado de sticks
ROTULAGEMCopos de vidrodecorados abremnovas áreas para orequeijão da Nestlé
LOGÍSTICAContêiner dobráveleconomizaespaço ereduz o problemade voltar vazio
MÁQUINASVersatilidade éa palavra de ordemda nova geração demáquinas paraembalagens múltiplas
MUNDO GRÁFICOVisão dos materiais,máquinas, tecnologias e equipamentos mostradosna FIEPAG 2001
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Diretor de RedaçãoWilson Palhares
Flávio [email protected]
Guilherme [email protected]
Lara [email protected]
Thays [email protected]
ColaboradoresJosué Machado
Luiz Antonio Maciel
Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado
AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
Departamento [email protected]
Antonio Carlos Perreto e Wagner Ferreira
Circulação e [email protected]
Assinatura anual (11 exemplares):R$ 50,00
Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.
Tiragem desta edição7 500 exemplares
Filiada ao
EMBALAGEMMARCA
é uma publicação mensal daBloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara SantoAntonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
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O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.
CARTA DO EDITOR ........................ 3
ESPAÇO ABERTO ........................... 6
ESTRATÉGIA..................................14
INVESTIMENTOS..... . . . . . . . . . . . . .33
DISPLAY.........................................34
PANORAMA...................................38
EVENTOS........................................44
ALMANAQUE..................................46
E MAIS
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m por todos e todos porum. O lema, célebre en-tre os mosqueteiros noAntigo Regime francês,adapta-se perfeitamenteà intenção do GPE –
Grupo de Profissionais de Embala-gem da Abre – Associação Brasilei-ra de Embalagem. “O GPE vai tra-zer um benefício muito grande a to-do o setor”, diz Rubnei Rosa, queem março último assumiu o cargode coordenador do grupo.Ele tem a qualificação básica essen-cial para a função: é um profissionalatuante na cadeia de embalagem,um amplo guarda-chuva que podeabrigar desde um funcionário eminício de carreira na área, o dono deuma agência de design de embala-
gem, o cliente dela ou um pesqui-sador até o técnico de uma indús-tria fornecedora, o responsávelpor embalagem numa empresausuária, seus assistentes – enfim,quem tiver, profissionalmente,algo a ver com atividades ligadasa embalagem.Rubnei Rosa, especificamente, temtudo a ver. Ele atua no setor hámais de dez anos, durante os quaistrabalhou em empresas de diferen-tes segmentos. Formado em arqui-tetura, com pós graduação em mar-keting, tem também MBA em Ge-renciamento Internacional. Atual-mente ele é gerente geral da WhiteCap do Brasil, indústria que forne-ce tampas e sistemas de fechamen-to para o mercado de embalagens.Rubnei Rosa foi convidado pela di-retoria da ABRE e pelo Comitê deDesign de Embalagem da associa-ção para ocupar a função devido asua sintonia com o esforço que vemsendo desenvolvido por aqueles or-ganismos visando integrar todos oselos da cadeia de embalagem noBrasil, para obter produtos e servi-ços mais eficazes, mais bonitos emais baratos. Essa integração, en-tende Rubnei, só pode ser consegui-da na medida em que se conseguiraproximar e integrar as pessoasatuantes no setor. Nesta entrevistaele explica com pormenores comopretende fazer isso através do GPE.
Em linhas gerais, qual é o objetivodo Grupo de Profissionais de Em-balagem da Abre – Associação Bra-sileira de Embalagem? O GPE foi instituído basicamentecom o objetivo de aproximar e valo-rizar os profissionais de embala-gem. Nós percebemos que nessesegmento gigante que é o segmentode embalagens existe a necessidadedessa valorização, tanto do ponto de
URUBNEI ROSA,coordenador do GPE (Grupo deProfissionais deEmbalagem) daAbre, fala de seusplanos de integraçãoe crescimento dequem atua no setor,independentementedo posto e da áreaespecífica em queesteja inserido
ENTREVISTA
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“Vai ser bom para todos”
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vista de seu aperfeiçoamento profis-sional e cultural quanto em termospessoais. É um segmento muito im-portante para o desenvolvimento daeconomia e para melhorar a qualida-de percebida dos produtos brasilei-ros. Percebemos que não existemmuitos cursos ou maneiras de se de-senvolver um profissional de emba-lagem no Brasil. Ele acaba aprimo-rando esse conhecimento na prática,no dia-a-dia do trabalho, quando po-deria chegar lá percorrendo atalhos,que nada mais são do que ampliarconhecimentos teóricos e trocar ex-periências. O objetivo central, a mis-são do GPE, é ajudar esse profissio-nal a crescer, tanto tecnicamentequanto pessoalmente, e também aju-dar o setor a crescer junto.
O Grupo está aberto a que profis-sionais? Os que atuam na indústriafornecedora, na usuária, designers,acadêmicos, pesquisadores. . .?Entendemos como profissional deembalagem aquele que está emqualquer uma dessas áreas, desde oprofissional que trabalha na empresafabricante de embalagem até aqueleque trabalha em uma empresa queutiliza a embalagem. Todos são fun-damentais no desenvolvimento deuma embalagem. O importante éque o profissional tenha conheci-mento e esteja integrado com todosos agentes da cadeia de embalagem.Quanto mais souber o que influi noque ela será quando pronta, melhorserá seu desempenho e sua contri-buição para que ela seja o que seprogramou. Não adianta tentar focarsó um segmento, senão outros pro-fissionais nele atuantes serão impe-didos de integrar-se.
Esses objetivos não conflitam comos de organismos já existentes,como a própria Abre, que vem tra-balhando pela integração?O GPE vai ser focado especifica-mente na pessoa física, no profissio-nal de embalagem. Dessa forma não
entra em conflito de maneira algumacom os objetivos da Abre, muitopelo contrário. O trabalho para oprofissional é complementar. A nos-sa estratégia está direcionada a con-seguir que pessoas atuantes em di-versos pontos da cadeia cresçam aomesmo tempo e possam interagir. Oresultado, assim esperamos, será ocrescimento uniforme do setor.
Como se desenvolverá na prática o
trabalho do GPE?Por meio de eventos, encontros paratrocas de idéias, indicações de litera-tura e outras ações destinadas aaportar mais informação e mais co-nhecimento para o profissional. Noprimeiro evento que realizamos logodepois que assumi a coordenação doGPE, por exemplo, foi chamado umprofissional de recursos humanospara falar como a pessoa deve enca-rar sua carreira, como deve projetá-la, como deve posicionar-se dentroda empresa. Buscamos com isso in-duzir cada um a valorizar sua posi-ção profissional, seu conhecimento,que procure especializar-se e apren-der continuamente. Acredito que selevarmos cada vez mais pessoasnessa direção ocorrerá algum bene-fício para o setor em que elas traba-
lham. Outra ação, que vamos repetir,foi um workshop promovido peloGPE para o lançamento do conceitode projeto integrado, que é uma dasbandeiras da Abre e do próprio GPE.Acredito que a valorização do proje-to integrado é uma boa forma de seobter melhores resultados no desen-volvimento de embalagens.
Com que periodicidade serão reali-zadas atividades?Pretendemos fazer encontros men-sais. Neles, além de ter a oportunida-de de conhecer pessoas que traba-lham em outras áreas da indústria, detrocar informações, idéias, teremospessoas para dar palestras e apresen-tações para agregar conhecimento aquem estiver participando. As pales-tras deverão versar sempre sobre al-gum assunto relacionado à indústriade embalagem, alguma tendência dosetor, alguma ameaça ou preocupa-ção, algum aspecto ao qual os profis-sionais da área precisem estar pres-tando atenção. Outras poderão estarvoltadas para o conhecimento dapessoa em si. Atualmente, todos nós– e não me refiro só ao profissionalde embalagem – trabalhamos tantoque acabamos nos esquecendo deparar e pensar em nossas carreiras.Vamos tentar trabalhar a situação dapessoa no mercado: como buscarnovos cursos, como buscar novos in-vestimentos em nós mesmos, novosbenefícios. Enfim, vamos tentarabranger várias áreas, e para isso to-dos poderão contribuir com idéias esugestões. É um primeiro passo paraa integração.
É uma espécie de “quem tem põe,quem não tem tira”. . .Sim, e existem várias maneiras de seatingir isso. Basicamente o que esta-mos querendo trazer é que isso sejafeito de maneira bem informal, istoé, de maneira agradável. Entendo serfundamental que pessoas de váriasempresas do mesmo segmento te-nham uma integração maior. Isso é
Trabalhamostanto que acabamosnos esquecendo deparar e pensar emnossas carreiras.Vamos ver como
buscar novoscursos, novos
investimentos emnós mesmos, novos
benefícios
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estamos querendo implantar. O queajuda é que os profissionais estãopercebendo que não basta ficar fe-chados dentro das empresas. Elesprecisam ter articulação, precisam,de certa forma, promover-se. Porisso, à medida que as pessoas forempercebendo as vantagens da atuaçãodo GPE, que no fundo é a sua pró-pria atuação, o número de membrosdo grupo deverá crescer. Conformefor crescendo, irá maximizandoseus resultados, que é justamente in-
tegrar e ter o maior número possívelde pessoas representantes da cadeiade embalagem.
Nos eventos profissionais, em gerala troca de informações entre os pro-fissionais de diferentes segmentosacaba se dando nos momentos maisinformais. Ou é no café, ou no al-moço, ou, melhor ainda, no happyhour, quando as pessoas ficam empé e podem circular. As reuniões doGPE são descontraídas ou são maisformais?A pergunta vem direto ao encontrodo que estamos trabalhando. A inte-gração já está ocorrendo porque nóstratamos os eventos dessa maneira,como reuniões bastante informais.Nossas três últimas reuniões foram
fundamental para que ocorra o inter-câmbio de informações. Eu diriaque é um movimento que ocorreráconforme a necessidade. Se tiver-mos sugestões desses profissionaisde atividades que venham de algu-ma forma nos enriquecer, por quenão implementá-las no programa?Basicamente, nosso programa éesse: promover atividades mensaisnas quais estarão sendo atingidas di-ferentes maneiras de apresentaçãode programas de valorização. Nãotemos programas grandiloqüentes,exagerados, mesmo porque nin-guém tem muito tempo para ativi-dades além das tantas que já temnormalmente.
Quais os custos para quem desejase integrar ao GPE? Há uma men-salidade? Para participar desseseventos há algum custo adicional?A própria estrutura do GPE necessi-ta de um subsídio. É uma participa-ção irrisória, de 90 reais por semes-tre, mas é o suficiente para que sepossa manter a comunicação entreos profissionais e subsidiar os recur-sos mínimos. Para participar de ati-vidades não é preciso pagar nada.
O que é necessário para se filiar?Entrar em contato com a Abre, oque pode ser feito através do site daassociação (www.abre.org.br). Oupedir a documentação por correio ecadastrar-se como profissional deembalagem.
Falemos de metas. Qual é a expec-tativa com relação ao número de as-sociados? Quantos profissionaisparticipam hoje do GPE e quais asperspectivas de adesões? Atualmente contamos com cinqüen-ta membros. Queremos atingir omáximo possível de profissionais,porque, volto a ressaltar, nosso de-sejo é abranger toda a cadeia. A es-trutura terá de ser ampliada confor-me o número de integrantes do gru-po. É um plano bem arrojado que
feitas em ambiente de happy hour.Os profissionais participam de umseminário, onde ocorre a interaçãocom o palestrante. Depois da pales-tra é aberta a oportunidade para to-dos conversarem, trocarem cartões,trocarem informações e se conhece-rem. É um processo que acrescentasempre alguma coisa.
Ou seja, é uma boa oportunidadepara um pingue-pongue em que en-tra todo mundo que estiver presentena sala. . . A intenção do GPE é promover a in-serção horizontal no setor. Nós en-tendemos que dentro de cada etapade desenvolvimento de um trabalho,até sua utilização final, todos os pro-fissionais devem almejar a um mes-mo resultado. No fundo, todos têm omesmo objetivo. Quando digo que ocliente também é interessado em es-tar presente, vejo que o departamen-to de marketing, o departamento deembalagem, o departamento de de-sign da empresa que vai utilizar aembalagem final – todos os elos dacadeia, enfim, vão tirar muito pro-veito se participarem do GPE. A in-tegração que cada um vai conseguircom profissionais de outros setorese a atualização profissional graças àsinformações que serão trocadas vãocolaborar para que cada um se aper-feiçoe. Vale para o profissional em sie vale para o resultado do trabalho,pois assim estaremos caminhandopara conseguir um produto cada vezmelhor no final da cadeia.
A imprensa especializada poderáparticipar?A imprensa especializada é muitobem vinda. Nossa intenção é justa-mente divulgar esse trabalho paratodos os níveis desse setor, e a im-prensa é o melhor canal que pode-ríamos utilizar. Assim, gostaria deaproveitar esta oportunidade paraconvidar todas as pessoas que inte-gram a cadeia de embalagem a par-ticipar do GPE.
A intenção do GPE é promover a inserção
horizontal no setor.Dentro de cada etapade desenvolvimento
de um trabalho, todosos profissionais
devem almejar a ummesmo resultado. Nofundo, todos têm omesmo objetivo
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ESTRATÉGIA
O IMPORTANTE É ganh ansina a teoria clássicade marketing que osprodutos possuem umciclo de vida. No está-
gio de maturidade, os mercadosatuais parecem ser pouco para aempresa. Nesse momento, é pre-ciso expandir os horizontes.
Para aumentar as vendas, duasopções básicas se apresentam:buscar novos mercados ou lançarnovos produtos. Evidentemente, aestratégia da empresa pode con-templar as duas alternativas si-multaneamente.
Nesta edição, EMBALAGEM -MARCA escolheu dois cases de su-cesso para mostrar que nenhumcaminho é, por princípio, melhorque o outro. De um lado está a Ba-tavo, que mudou o conceito daembalagem do Choco Milk parasuperar entraves logísticos e es-tender suas vendas para além daregião sul do Brasil. De outro estáa Castelo, que criou uma linha denovos produtos para tirar proveitoda imagem de seu carro-chefe, ovinagre.
Território nacionalA fim de aumentar a comercializa-ção do achocolatado líquido prontopara beber Choco Milk, a Batavoestá relançando uma versão moder-na, de vidro, da embalagem originaldo produto, com vistas a ampliarsua base de cobertura geográfica.Trata-se de uma versão premium,que se destaca não só pelo design,mas também por apelar para a con-veniência e a praticidade.
ePara aumentar o faturamento, Batavo optou por expansão geográfica, enquan to
Quando foi lançado, em 1958,o Choco Milk era encontrado so-mente nos Estados do Paraná e deSanta Catarina, em garrafas de vi-dro de 200ml, com tampa metáli-ca tipo crown.
Depois de 24 anos no merca-do, a bebida passou a ser distri-buída nacionalmente, mas emembalagens assépticas de 200ml.Hoje, é comercializada em todo o
Nova embalagem: qualidade premium
país, em TetraPak de 200ml e de1000ml e em lata de alumínio de320ml. As garrafinhas de vidronão ultrapassavam os limites da-queles Estados. A Batavo preten-de mudar isso. Da mesma formaque a Tetrapak de 200ml, a garra-fa visa atingir o mercado nacio-nal. A embalagem de vidro foi re-formulada pela Komatsu Design,que modernizou o rótulo (forneci-do pela Kugler), evidenciando amarca e o nome do produto.
Em versão one way de 200ml,a garrafinha, fornecida pela Cis-per, tem formato arredondado(abaulado), boca larga com tam-pa metálica twist-off com botãode segurança (safety button) de38mm de diâmetro, da WhiteCap. É sobretudo na característi-ca descartável da garrafa que aBatavo está apostando para am-pliar o mercado. Segundo Cláu-dio Irie, diretor de marketing daempresa, “o único obstáculo paraexpandir a distribuição era a lo-gística”. Como a embalagem ori-ginal era retornável, tornava-senecessário recolher todas e trans-portá-las para a fábrica, em Ca-rambeí (PR).
A embalagem também foi mo-dernizada para melhor atender oconsumidor. “A Batavo sempreprocura seguir as tendências domercado”, diz o diretor de marke-ting da empresa. “Atualmente, oconsumidor quer praticidade e co-modidade.” De fato, com a tam-pa metálica de abertura fácil e aboca larga da garrafa, torna-se cô-
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ar MERCADOan to Castelo preferiu a extensão de linha
modo consumir o produto na pró-pria embalagem. Além disso, agarrafa vem responder a uma ou-tra necessidade da empresa: aten-der a todos os públicos. A bebidajá havia conquistado os públicosinfantil, jovem e familiar comsuas diferentes embalagens. Anova garrafinha apela para a qua-lidade premium, atributo até en-tão inexplorado pela marca.
Mais que vinagreApostando na tradição de 96 anosda marca no mercado, a Castelo,maior fabricante de vinagres daAmérica Latina e líder no segmen-to nacional de produção de vinagrepara uso doméstico, acaba de lan-çar, de uma só vez, doze produtosentre molhos e temperos. A empre-sa de Jundiaí (SP) quer fixar-se nosegmento disponibilizando novasopções para o consumidor. De que-
bra, espera fortalecer a liderança nosegmento vinagreiro.
O investimento de 3 milhões dereais, direcionados para infra-es-trutura, tecnologia e desenvolvi-mento dos produtos, deixa clara aambição da Castelo. “Repensamosa empresa e percebemos que anossa missão não é fazer vinagre,mas sim oferecer produtos de qua-lidade e tradição que possam res-saltar o sabor dos alimentos”, afir-ma Marcelo Cereser, superinten-dente da Castelo.
A pesquisa e o desenvolvimentodos produtos começaram há maisde quatro anos para o lançamentodo palmito, primeiro passo da em-presa nesse caminho de diversifica-ção de produtos. Em seguida foramlançados o óleo de girassol e a azei-tona da marca. Dando continuidadea esse processo, no início deste anoforam colocados no mercado, si-
multaneamente, os seguintes pro-dutos, fabricados por terceiros: cat-chup, em frasco de polietileno com400 gramas, da Olveplast; mostar-da, em frasco de polietileno com200 gramas, da Clepax; temperoalho e sal, tempero completo sempimenta e tempero completo compimenta, todos em embalagens de130 gramas da Polivac; cebolinha epicles, em potes de vidro com 200gramas, da Nadir Figueiredo; cogu-melo, em pote de vidro com 200gramas, da Cisper; molho de pi-menta, molho shoyu, molho inglêse molho de alho, em embalagens devidro com 150ml, fornecidas pelaCisper. Todos os rótulos são da Grá-fica Rami.
Para enfrentar o mercado, o la-yout das embalagens passou por al-gumas alterações, assinadas pelaSeragini Design, e a palavra “vina-gre” foi retirada da denominação.“A partir do momento que se temna missão outros produtos além dovinagre, achamos melhor suprimira palavra”, considera Marcelo Ce-reser. “Dessa forma reforçamos amarca Castelo.” O superintendenteda empresa espera que as vendasdos novos produtos alcancem 5%dos 26 milhões de reais previstospara este ano.
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Castelo: de uma só vez, grande crescimento da linha de produtos
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esmo com o reajus-
te do salário míni-
mo, a má distribui-
ção de renda no
Brasil e uma possível infidelida-
de a marcas apontam para a
persistência do consumo de pro-
dutos de preço baixo.
Isso não significa que sua apre-
sentação precise ser ruim. Na
verdade, a indústria, o comércio
e o setor de embalagem podem
(como sempre puderam) benefi-
ciar-se de um mercado de deze-
nas de milhões de consumidores
de artigos que fazem girar enor-
me parcela da economia.
Nesta reportagem, que propõe
uma discussão sobre o desafio
que representa para os profissio-
nais de venda e de marketing
das empresas descobrir forma de
atrair esse público, são mostra-
dos exemplos de produtos vendi-
dos “a preço de banana”, porém
em embalagens que usam os
mais avançados recursos tecno-
lógicos e de design criativo e
profissional. Aliás, é o design
que muitas vezes evidencia a
percepção da diferença entre um
produto top de linha e um de
“primeiro preço” – e nem sem-
pre a favor do primeiro.
16– EMBALAGEMMARCA • abr 2001
CAPA
O CHARMEDOS PRODUTOSPOPULARES
M
Artigos de baixo preço, dirigidos aos consumidores de menorrenda, podem ter embalagens tão boas quanto os top de linha
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Por Wilson Palhares
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reocupado com os ele-vados índices de coles-terol dos soldados, al-guns anos atrás o go-
verno da Holanda resolveu aumen-tar os soldos da tropa, na expectati-va de que os praças substituíssempor uma alimentação mais saudávelessa espécie de paixão nacional ho-landesa que é comer batatas fritas.Resultado: com mais dinheiro nobolso, eles passaram a empanturrar-se ainda mais de batatas fritas.
Há quem preveja que, com a ele-vação do salário mínimo deR$ 131,00 para R$ 180,00, algo se-melhante acontecerá no Brasil. Istoé, em vez de procurar produtos dequalidade superior, os consumido-res de baixa renda usariam o adicio-nal para continuar comprando arti-gos “populares”, no sentido que apalavra tem de sinônimo de preçobaixo.
É bem provável que essa previ-são se concretize, reforçando umvelho desafio à cadeia produtiva noBrasil: para atrair o consumidor po-bre, fazer produtos – e embalagens– com “qualidade européia, mas apreços asiáticos”. Convém semprelembrar que, em qualquer faixa, oconsumidor faz escolhas. E, de
qualquer forma, serãomais 5,5 bilhões de reaisinjetados na economia,segundo estimativa do
Dieese – Departamento Inter-sindical de Estatística e EstudosSócio Econômicos.
MARGEM X ESCALASe, integrados, fornecedores de ma-térias-primas, equipamentos, desig-ners, projetistas, fabricantes e usuá-rios melhorarem a qualidade dosprodutos, conquistarão um mercadode dimensão incalculável, supridoem boa parte de maneira informal.São pessoas que estão distantes doshábitos de consumo de quem com-pra artigos sofisticados, relativa-mente caros, como os mostrados nareportagem de capa de EMBALA -GEMMARCA de fevereiro.
P
É o eterno dilema de ganhar namargem ou na escala. Aquele públi-co compra itens de maior valoragregado e, portanto, com maiormargem potencial de lucro. Masconstitui uma parcela restrita decompradores. A recém divulgadaSíntese de Indicadores Sociais2000 do IBGE, que reúne dados depesquisas sobre a situação social eeconômica dos brasileiros entre1992 e 1999, mostra que nada mu-dou em termos de distribuição entreas duas datas extremas: o 1% maisrico da população apropriou-se de13% da renda do país; em contra-partida, os 50% mais pobres fica-ram com 14% da renda nacional.
Individualmente, estes últimosconsomem pouco, mas em seu con-junto têm poder de compra igual ao
ALIMENTOSOs materiais e osprocessos são os
mesmos das marcaslíderes. A diferença àsvezes está no design
BEBIDASComo nas grandes
marcas, rótulos metalizados, fechamentoseficazes, relevos e outros
apelos vendedores
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da outra ponta da escala social (naverdade, como mostra o IBGE, têm1% a mais…). Enquanto a disputapelas faixas de poder aquisitivo altoe médio é visível nas prateleiras enas gôndolas de supermercados e deoutros estabelecimentos, apenasparte do esforço para conquistar osmais pobres vem à tona. Seu perfil éindefinido, seus hábitos e expectati-vas de consumo não aparecem cla-ramente em pesquisas. Que produ-tos, em que embalagens, vendidos aque preços eles consomem?
É difícil responder com precisão.Mas o certo é que essa parcela anô-nima de consumidores faz girar comgrande dinamismo a economia in-formal – isto é, 30% a 60% do Pro-duto Interno Bruto do país, confor-me as mais diferentes estimativas. Aresposta àquelas perguntas poderáser a resposta sobre a questão decomo atrair para o consumo formalessas pessoas e, conseqüentemente,os produtores clandestinos – que, arigor, não são tão clandestinos as-sim, posto que seus produtos, nemsempre comercializados com notasfiscais, estão presentes em muitasgôndolas de supermercados.
PRESSÃO PARA BAIXOTudo indica que convém fazer o es-forço de atrair esse público. Dada aimobilidade do quadro distributivo,a guerra para aumentar vendas ocor-re essencialmente na faixa de consu-midores de classe média. Mas essafaixa está cada vez mais amea-çada de descer um degrau, am-pliando a faixa de baixo.
Poucos dias antes da divul-gação do relatório do IBGE,
levantamento feito pelo instituto depesquisa e análise de mercado AC-Nielsen sobre o comportamento doconsumidor brasileiro revelava que,de 157 categorias de produtos, noano passado 99 marcas líderes ha-viam perdido 63% de participaçãoem volume de vendas em relação a1998. A pesquisa mostrou tambémque, quando vão ao supermercado,41% dos consumidores brasileirossão influenciados pelos preços emsua decisão de compra, 29% pelapublicidade, 23% por folhetos eapenas 2% pela marca do produto.
“TENDÊNCIA INERCIAL”Muitos brasileiros, não importa ovalor de suas compras, consomemprodutos sem marca ou de marcaspraticamente anônimas, e o novomínimo não deverá alterar essequadro. É mais provável que seconsolide uma espécie de “tendên-cia inercial” no consumo. Os con-sumidores que têm essa baixíssimarenda, hoje alijados do acesso até abens essenciais, provavelmente vãomelhorar sua alimentação básica ereforçar certos “luxos”, consumin-do mais produtos de baixo preço.
Dentro dessa tendência, vãoquerer o melhor, pois “pobre gostade luxo, quem gosta de miséria é in-telectual”. No ponto-de-venda, afrase do carnavalesco JoãozinhoTrinta se concretiza em produtos decusto baixo, mas com agregação devalor pela embalagem.
HIGIENE PESSOALE COMÉTICOS
Insumos de ponta:hot-stamping,
termoencolhíveis,auto-adesivos…
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As garrafas, os rótulos e as mar-cas de vermutes mais baratos po-dem até ser acusados de serem imi-tações das marcas mais renomadas,mas o fato é que seu visual não ficaa dever ao delas. São recipientescom sistemas de fechamento sofis-ticados, rótulos auto-adesivos, me-talizados, ou com aplicações dehot-stamping. Mesmo a qualidadedo produto pode ser inferior, masalgumas dessas marcas “populares”são líderes em seus segmentos.
A FORÇA DO DESIGNFábio Mestriner, diretor da agênciaespecializada Packing Design, ob-serva que cada vez mais empresasvêm percebendo que investimentosem design e em melhorias nas em-balagens se diluem nas vendas degrandes volumes. Na realidade, umprofissional especializado pode àsvezes, com seu conhecimento téc-nico, implementar o visual de umproduto até conseguindo reduçãode custos, ao substituir um materialmais caro por outro mais barato ede melhor rendimento.
Nessa linha, é desnecessário ci-tar os exemplos dos conhaques edos vinhos temperados com catua-ba – o “energético popular”, cate-goria em plena explo-são de vendas na es-teira de erotismo
que assola os meios de comunica-ção, sobretudo a TV. Enfim, o up-grade por meio da embalagem podeser notado em categorias que vãode biscoitos e cosméticos a mate-riais de limpeza. Porém, salvo pou-cas exceções, não se deve deixar delado o fato de que os produtos po-pulares não estarão concorrendocom os de faixas superiores de pre-ço, mas sim em sua própria seara,onde a má qualidade das embala-gens é mais presente.
Em outras palavras, com o adi-cional do mínimo poderá ocorrerum aumento de volume nas vendasde artigos populares, não uma mu-dança para categorias superiores deprodutos. Consumo, como se sabe,é também uma questão cultural, tal-vez mais do que financeira. Gostosà parte, não há notícias disponíveisde que pobres que mudaram devida, até por conta de loterias, te-
nham trocado mocotó por foie gras.Um dado importante é que os
80, 90, 100 milhões de pessoas(ninguém sabe ao certo) que com-põem o contingente de baixa rendacontinuarão consumindo, ainda queprodutos de preço baixo. Depois,seria sensato observar que a prefe-rência do consumidor por preço emdetrimento da marca é relativa.
A FORÇA DA MARCAO estudo do ACNielsen diz quemarcas líderesperderam mercado.Vale dizer que perderam para ou-tras marcas e para marcas próprias,que não deixam de ser marcas. Aocontrário do que se ouve dizer comcerta freqüência, as marcas pare-cem estar longe de morrer. Mesmoao migrar de categorias de produtosde valor unitário mais elevado paraos de faixas inferiores, o consumi-dor ainda exerce sua preferênciapela marca e pela embalagem.
A substituição de refrigerantesde marca pelas chamadas “tubaí-nas” e destas por categorias de re-frescos em pó em que prevalece arelação preço/quantidade é umexemplo. Nesse down trading, o
REFRESCOSEM PÓ
Mesmo peso e mesmo rendi-
mento. Comembalagem
maior, marcalíder se destaca
na gôndola
MATERIAIS DE LIMPEZAOs materiais, o acabamen-
to e a Identidade visualdas embalagens não
ficam distantes das quesão típicas de produtos
que dominam a categoria
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abr 2001 • EMBALAGEMMARCA – 21
mesmo montante de dinheiro con-segue comprar um volume maiorde bebida, mais ainda no caso dosrefrescos em pó, aos quais a quanti-dade de água adicionada pode mui-tas vezes ser maior do que a reco-mendada na embalagem.
HÁ DIFERENÇASA teoria e a prática confirmam oacerto de investir na qualidade dosprodutos e em marcas fortes, já quemesmo na guerra de preços há dife-renças de qualidade e, portanto, devalor. É verdade, segundo lembraLincoln Seragini, diretor da Seragi-ni Design e um dos principais co-nhecedores de design de embala-gem e posicionamento de marca nopaís, que “o consumidor já não va-loriza tanto as marcas famosas eaprendeu que a qualidade intrínsecados produtos, salvo raras exceções,não faz muita diferença, pois oacesso generalizado à tecnologia,de certa forma, igualou tudo”. Noentanto, como ele próprio ressalta,se essa realidade fosse absoluta,marcas como Omo, Parmalat eNestlé não teriam as posições de li-derança que têm nos diferentes seg-mentos de mercado em que atuam.
O fato é que, por serem popula-res e baratos, os produtos e suasembalagens não precisam ser ruins.Entre tantas provas em contrário,evidentes nas gôndolas dos super-mercados, sobressaem também osrefrescos em pó. Não importa, suasmarcas e sua qualidade, em geralsão apresentados em embalagens
UMA DIFÍCIL TRAVESSIAAtrair para a formalidade as empresasque atuam à margem é um problemamais complicado do que parece, dizSérgio Haberfeld, presidente da ABRE– Associação Brasileira de Embala-gem. Segundo ele, são três os fatoresbásicos que dificultam essa travessia.“O primeiro é a elevada carga tributá-ria que recai sobre a produção”. Naopinião do presidente da Abre, “se acarga de impostos fosse mais baixa,algo no limite de 15% a 20%, prova-velmente muitas empresas clandesti-nas se legalizariam”. No entanto, “se-gundo as más línguas, cairia o custodo suborno à fiscalização”, que hojeestaria em torno daqueles índices.A segunda causa da informalidade, navisão de Haberfeld, é mesmo o baixopoder aquisitivo dos consumidores.“O brasileiro é pobre”, diz. “Ele con-some pouco não é porque poupa,como fazem os japoneses, mas por-
que não tem dinheiro para fazercompras.” Segundo ele, “quem aca-ba sofrendo as conseqüências, doponto de vista empresarial, é a in-dústria de embalagem, forçada acomprimir cada vez mais os preços”.Cai-se, dessa forma, numa roda-viva,em que as grandes empresas usuá-rias de embalagem só compram defornecedores qualificados, querecolhem impostos e, assim, têmseus preços agravados em relaçãoaos que não recolhem. “A indústriade fundo de quintal sempre podevender mais barato”, diz Haberfeld.“Quem compra dela não se importase tem nota fiscal, se faz nota espe-lhada ou se a mesma nota vai e voltavárias vezes.” Na opinião do presi-dente da Abre a solução para essetipo de ilegalidade seria estabelecera co-responsabilidade de quem ven-de e de quem compra.
flexíveis com barreiras eficazes,design gráfico sofisticado, boa im-pressão e brilho. Mas, dentro dessatendência, alguns se destacam.Com as marcas populares Q Suco,Q Refresco e Fresh e outras, a KraftFoods Brasil é líder de mercado emtodas as linhas específicas em queestá presente, segundo o departa-mento de marketing da empresa.
Essa posição se deve à reconhe-cida qualidade, à imagem de marcae às embalagens de primeira linhados produtos, lembra Fabíola Fanti-ni, gerente de marketing/bebidas da
empresa. No final de 2000, deacordo com dados Niel-sen, a Kraft Foods deti-
nha 51% do mercado de refrescosem pó (1,7 bilhão de litros/ano), in-cluindo Tang e Clight, diet, marcaslíderes do segmento natural, dire-cionadas a consumidores que evi-tam bebidas carbonatadas e comaçúcar. Seragini expressa conceitosque explicam o porquê disso e mui-to mais. “A embalagem é o retratodo produto, do preço e da qualidadeque se quer atender”, diz. “Ela nãoé um fim em si mesmo. O consumi-dor compra produto – e escolhemarcas porque tem alternativas.”
KOLYNOS VEM AÍAssim, é no mínimo curioso anun-ciar a morte das marcas, como estávirando moda, especialmente quan-do se vê, a poucos meses do fim dobanimento imposto à marca de cre-me dental Kolynos, seus concor-rentes se movimentando intensa-mente. Tratam de defender-se davolta dos cartuchos verde-amarelosao mercado. E é interessante lem-brar que, além de tudo, Kolynos éum produto popular.
SUCOS EREFRIGERANTES
Dentro da“tubainização”,iniciativas de
embalagens queprocuram mostrar
diferenças
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DESODORANTES
PRÁTICA alavancarodutos lançados com propostasmuito diferentes de uso sempresão mais suscetíveis aos destinosextremos no jogo dos negócios.Alcançam o céu, caso caiam nogosto dos consumidores, ou o
limbo, se deixam má impressão e não con-vencem. Os desodorantes em barra, ou sticks,passaram por essa prova de fogo. E vinga-ram. Lançados no país há pouco mais de dezanos, formam a categoria que mais cresce emdesodorantes. Segundo pesquisa Ibope MídiaMix, os produtos com aplicador já têm parti-cipação de 13% nesse mercado.
Além das fragrâncias e das propriedadesantitranspirantes, o êxito pode ser atribuído às embala-gens, ou melhor, aos aplicadores, fundamentais na per-cepção de qualidade do produto. O forte apelo prático dostick, afinal, é sustentado pelo sistema de aplicação.“Durante o período de utilização se estabelece uma for-te ligação entre o consumidor e a embalagem”, nota Re-ginaldo Tavares, gerente de embalagem da Gessy Lever,que, através da divisão Elida Gibbs de produtosde toalete, investe forte na categoria.
Prova disso são os lançamentos nas diver-sas chancelas mantidas pela empresa. Nanova linha Rexona Intensive, por exemplo,as embalagens remodeladas foram motivo deforte trabalho de comunicação. O design foiinspirado nas curvas do corpo da mulher, e anova anatomia facilita o encaixe da mão nahora da aplicação. Tão importante quanto a er-gonomia é o mecanismo de elevação da barradesodorante. Atenta a esse aspecto, a GessyLever patenteou um sistema exclusivo, sob onome easy wheel.
Projeto longo – Em vez do tradicional pa-rafuso para ser manipulado com os dedos, alvode muitas reclamações dos usuários, a base in-teira gira para elevar a barra, e uma trava garante que osistema não se quebre em caso de erro no sentido de
pEmbalagens inovadoras ajudam stick a ganhar mercado
acionamento. Para reforçar a comunicação do modo cor-reto de uso há uma seta em alto relevo na base, que in-dica o sentido de girar o aplicador. Foram colocadostambém um encaixe com ranhuras, para dar firmeza nahora de acionar o mecanismo, e um selo de segurança,que só se rompe após a primeira utilização. Outras novi-dades são uma cúpula de proteção sobre a barra, para ga-
rantir a integridade do produto, e a cor azul doelevador, que indica quando o produto acaba.
Fabricados pela Plastek do Brasil, de In-daiatuba (SP), os aplicadores foram criadospelo próprio departamento de embalagem daGessy Lever, num projeto que consumiu cin-co anos e envolveu protótipos, moldes-piloto,pesquisas com consumidores e finalmentemoldes de última geração.
Além da linha Rexona, líder em vendas dedesodorantes no país, a Gessy Lever tambémtem sticks nas marcas Axe e Dove. Esta últi-ma está sendo lançada também com embala-gem similar à do Intensive. Todos os esfor-ços revelam a consciência de que esse tipode produto só vinga com excelência e inova-ção em conteúdo e embalagem. “A perfor-mance de ambos, formulação e aplicador, são
fatores determinantes na hora do consumidor optar pelarecompra ou não”, conclui Tavares.
Dove: também de“roupa nova”
Novo aplicador consumiu
cinco anos em
pesquisas
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ROTULAGEM
PAIXÃO E arteefinitivamente consoli-dada como um sistematriunfante de rotulagem,a decoração de copos devidro de requeijão cre-moso vem tendo sua
aplicação diversificada. Apesar de osucesso desse instrumento estar semantendo firme desde 1993, a Nes-tlé considera que ainda há espaçopara ações inovadoras. Assim, acabade fazer dois lançamentos nesse tipode embalagem reutilizável.
O primeiro caso é de regionaliza-ção e, simultaneamente, de diversifi-cação de público-alvo. A empresadecidiu ilustrar os copos do requei-jão com os distintivos, flâmulas emascotes de quatro grandes clubesde futebol do Estado de São Paulo –Corinthians, Palmeiras, Santos e SãoPaulo. “Trata-se de uma regionaliza-ção da promoção, o que não aconte-cia com outros temas de decoração”,explica Oduvaldo Viana, gerente demarketing consumidor da Nestlé.
Pesquisas do Serviço de Atendi-mento ao Consumidor (SAC) daNestlé indicaram haver expectativapor parte dos consumidores parapromoções regionais, em que hou-vesse identidade com seus gostos einteresses. “Começamos pelo Esta-
dNestlé diversifica decoração de copos de requeijão para ampliar públicos
do de São Paulo, mas, em breve,pretendemos levar a promoção paratodo o Brasil”, diz Viana. E não estádescartada a possibilidade de outrosclubes serem homenageados.
O apelo à paixão pelo futeboldispensa explicações, pois, comoensina o consenso popular, “brasi-leiro pode trocar de mulher e até denacionalidade, mas de time de fute-bol, não”. A busca do público emtese predominantemente masculinovisa ir além das crianças e das mães,que representam 80% dos compra-dores do produto. “Estamos bus-cando ampliar o target, nos diferen-ciar e tornar a embalagem mais ape-lativa para outras faixas de consu-midores”, conta Viana.
Linha LightAsegunda ação é um caso de manu-tenção de estratégia, com mudançade decoração. Trata-se, basicamen-
te, da mudança de decoração doscopos do requeijão Light Nestlé.Desde o princípio apostando emobras de artistas brasileiros parailustrar os recipientes dessa linha deproduto, desta vez o escolhido foiAlfredo Volpi, sucedendo os coposdecorados com obras de Portinari,Tarsila do Amaral e Aldemir Mar-tins. “A decoração da versão light émais que uma estratégia de marke-ting, é um projeto cultural”, consi-dera Oduvaldo Viana. “Muitas pes-soas não têm disponibilidade paravisitar museus. Essa é uma forma debrindá-las e de divulgar a culturabrasileira.”
“O consumidor não decide acompra influenciado apenas pelamarca, mas também pelo preço epela decoração”, analisa Viana.“Vale dizer que a embalagem maisatraente tem mais chance de ser es-colhida.” Para comprovar, o gerentede marketing cita o desempenho devendas dos requeijão light. Duranteo ano passado, os copos foram de-corados com obras de Aldemir Mar-tins, e mesmo ele sendo o artistamenos conhecido dos já reproduzi-dos as vendas aumentaram em 10%em relação aos demais. “Isso mostracomo o consumidor opta pela bele-za da obra.”
Apelo à paixão do brasileiro pelo futebol: tentativa de ampliar o target
Decoração com obras de Volpi: “Mais do que marketing, cultura”
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LOGÍSTICA
5 NO lugar de 1 fim de suprir o mercado com uma so-lução segura e ao mesmo tempo eco-nômica para transportar mercadorias,a Rheon Indústria e Comércio de Pe-
ças e Equipamentos, de São Paulo, desenvolveu oContêiner Dobrável. Trata-se de um equipamentode transporte cuja principal vantagem, segundo ofabricante, é ser articulado e poder ser dobradotanto para dentro quanto para fora, chegando a terseu volume, quando não em uso, reduzido a 20%da posição aberta.
Noboru Terabayashi, diretor presidente daRheon, conta que o projeto de construção do pro-duto surgiu há dez anos, quando a Honda doBrasil procurava um equipamento que fosse re-tornável, tivesse robustez e qualidade para trans-portar suas motocicletas e, ao mesmo tempo, re-duzisse ao mínimo a eterna dor-de-cabeça da lo-gística: trazer de volta contêineres vazios.
Custos reduzidos – Depois de muitos testes etentativas, a equipe encarregada de desenvolver oprojeto dentro da Rheon concebeu um contêinerde fibra de vidro, com dimensões de 820 x 845 x1650 milímetros, que pesa 65 quilos quando va-zio. Cheio, suporta até 1 500 quilos em empilha-mento de três unidades. O empilhamento máximo
aContêiner dobrável ameniza o velho problema de voltar vazio
O contêiner pode ser dobrado para dentro e para fora
Cinco caixas desmontadas ocupam o lugar de uma montada: facilidade no transporte
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Por Lara Martins
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é de dez unidades com até 300 quilos cada. “OContêiner Dobrável praticamente elimina as difi-culdades de idas e vindas e diminui muito os cus-tos com frete, pois retorna com volume cinco ve-zes menor”, argumenta Terabayashi.
Projetos futuros – Apesar de ser mais caro (aunidade na medida padrão custa 2 200 reais), ocontêiner da Rheon oferece relação custo/benefí-cio favorável, de acordo com a argumentação dodiretor presidente da empresa. “Essa relação écompensadora, se comparada a outros tipos deequipamento existentes no mercado, principalmen-te os fabricados em madeira”, diz Terabayashi.Além disso, segundo afirma, o contêiner dobráveltem vida útil estimada em dez anos. Ele observatambém que, por ser retornável, o equipamentopermite personalização, ao contrário dos contêi-neres tradicionais feitos de madeira, que são uti-lizados para uma única viagem e não retornam àempresa.
Mesmo com as vantagens que oferece, o pro-jeto desenvolvido por Noboru Terabayashi, quetambém é engenheiro mecânico, é utilizado ex-clusivamente pela Honda. Patenteado pelaRheon, o produto ainda não foi muito divulgadono mercado e só é comercializado sob encomen-da. O diretor presidente explica que a empresaainda não tem estrutura para manter uma linha deprodução ativa, razão por que o tamanho do con-têiner permanecerá padronizado, até que a Rheonse capitalize e possa impulsionar a produção.
Projetos futuros – Apostando em tempos me-lhores, a empresa possui alguns projetos futuros.O primeiro deles é substituir por poliuretano a fi-bra de vidro, utilizada atualmente na fabricação.O material, de acordo com Terabayashi, reduzi-ria o preço final pela metade, e o peso cairia para18 quilos, em vez dos 65 quilos atuais. “Noentanto, essa medida implica em investimentosem novas ferramentas, que são caras”, ele expli-ca. “Daí a necessidade de aumentar a produçãopara, então, investir.”
Mantendo as principais características doContêiner Dobrável e seguindo o tamanho pa-drão de uma caixa convencional, a empresaaposta também no projeto de um recipiente retor-nável para verduras e legumes. Apresenta tampae vedação, contém apenas pequenos furos paraventilação e, quando dobrada, tem o tamanho re-duzido de oito para um.
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MULTIPACKS
modularidaduem deseja adquirirmáquinas para traba-lhar com multipacks,embalagens para múl-tiplas unidades de pro-dutos, pede versatili-
dade. Com o mercado cada vezmais dinâmico e exigindo cons-tantes mudanças na apresentaçãodos produtos, seria pouco com-pensador investir altas quantiasem equipamentos de embalagemdedicados a apenas uma tarefa.Por isso, nunca se falou tanto desistemas modulares, que possibi-litem fáceis upgrades de funçõesa um investimento baixo, bemmenor que o necessário para acompra de um novo bem de ca-pital.
Para a conversão de multi-packs não é diferente. Grandes
qNova geração de máquinas para multipacks of er
fabricantes de equipamentos es-tão ligados na tendência, e vêmapresentando novas gerações demáquinas com maiores possibi-lidades de integração e flexibili-dade. O objetivo é claro: garan-tir a satisfação e não interrom-per a continuidade de produçãodo cliente quando ele decidemudar a apresentação de suasmultipacks – alterando a quanti-dade de produtos, acrescentandoacessórios, como bandejas epads, ou alterando a velocidadede produção.
As novas linhas da alemãKisters, por exemplo, procuramlevar ao extremo o conceito demodularidade, com uma série deopções em módulos de funçõese de processos compatíveis.Dessa forma, os clientes não
precisam trocar o maquinário oufazer malabarismos para encai-xar novos equipamentos na li-nha de produção. As opções demódulos flexibilizam esse tra-balho, e as mudanças são “assi-miladas” rapidamente pelas má-quinas, apenas com acertos nosetup do programa. “O tempo deacerto é curto e os equipamen-tos não necessitam mais de jo-gos de acessórios definidos paracada tipo de vasilhame”, diz Jo-hann Kleist, diretor da KistersBrasil.
Rápido retorno Estratégia similar foi adotadapela linha Variopac da Kettner,marca do grupo Krones paramáquinas de multipacks. Dedi-cadas ao empacotamento de la-
Equipamento SP, daKisters: shrink compossibilidades variadas de expansão
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21maquinas 30/04/01 13:11 Page 26
e É A PALAVRAof erece soluções flexíveis
tas, recipientes de vidro e deplástico em linhas de média ealta produções – processam, empista simples, de 18 a 70 pacotespor minuto –, os equipamentossão automáticos e permitem ainclusão de opcionais, para tro-ca de bobinas ou alimentadores,trabalho conjunto com bandejas,pads e outros.
De acordo com Rogério Bal-dauf, diretor comercial da Kro-
A Kettner, do grupo Krones, também aposta em modularidade
com a linha Variopac
nes, as máquinas modularespara multipacks da nova gera-ção permitem uma economiasensível em relação às antigas,“o que faz com que haja rápidoretorno do investimento”. Alte-rações no setup da máquinatambém são fáceis, o que permi-te simplicidade no trabalho comdiferentes materiais e tipos demultipacks. “As novas máqui-nas tendem a se consolidar pela
confiabilidade e por repre-sentarem um avanço nabusca de embalagens queequilibrem atração comeconomia”, aposta Bal-dauf, baseando-se na im-pressão positiva deixadapelas mais de 100 máqui-nas Variopac já instaladasno mundo inteiro.
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Feira
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As feiras voltadas a grandes se-
tores industriais geram expecta-
tiva cada vez maior. Afinal, me-
ses representam hoje uma eter-
nidade quando o assunto é tec-
nologia, já que as ondas da glo-
balização exigem atualização
constante para manter a com-
petitividade e a capacidade de
oferecer serviços e produtos de
alta qualidade.
Nesse sentido, a edição 2001
da Fiepag – Feira Internacional
de Papel e Indústria Gráfica,
realizada em conjunto com a 2ª
edição da Converflex – Feira In-
ternacional de Máquinas para
Impressão de Embalagens,
Convertedores e Materiais, ga-
nhou importância ainda maior.
Isso se deveu ao fato da sua úl-
tima edição ter acontecido há
três anos. O evento, de caráter
bienal, foi cancelado em 2000,
para não coincidir com a alemã
Drupa, maior feira mundial do
setor gráfico. Quem não pôde ir
a Düsseldorf conferir de perto
as novidades da Drupa tinha
motivos de sobra para ir ao
Anhembi, em São Paulo, com a
esperança de encontrar a me-
lhor das vitrines.
Outro fator que influenciava na
perspectiva de um bom evento
IMPRESSÃOPOSITIVA
Fiepag mostra novas tec-nologias para renovação
de parques gráficos
Por Guilherme Kamio
Velocidade com ajuste rápidoTendo em vista a exigência de clien-
tes que buscam soluções segmen-
tadas e em pequenas tiragens de
embalagens, a Heidelberg mostrou
a Speedmaster CD 74 e a Speed-
master 52. A primeira é uma impres-
sora plana offset no formato 60 x 74
cm, com alimentação de papel de
até 0,8 mm, e que permite ajustes
rápidos da máquina. Funciona tam-
bém para altas tiragens, o que é ga-
rantido pela velocidade estável de
15 mil folhas por hora. Os cilindros
de impressão e o sistema AirTrans-
fer, de passagem da folha por ar, fa-
zem com que o papel passe pelas
unidades de impressão sem curva-
tura, o que resulta em alta qualidade
de impressão de materiais espes-
sos, em até cinco cores mais unida-
de de verniz. Já a Speedmaster 52
imprime de 500 a 15 mil exemplares
por hora no formato 52 x 36 cm, em
quatro, cinco ou seis cores e cober-
tura de verniz na mesma passagem
de impressão. “Para atender às no-
vas necessidades do mercado de
embalagens não é suficiente ter
uma impressora veloz, é preciso
que a máquina seja capaz de ser
ajustada rapidamente entre um tra-
balho e outro, sem gastos desne-
cessários de tempo e papel”, co-
menta Roland Krapp, responsável
pela unidade de negócios Speed-
master da Heidelberg do Brasil.
(11) [email protected]
A Bobst apresentou a Amazon70, nova máquina dobradeira-coladeira para processos decartonagem. Dedicada a altas tiragens, elarealiza automaticamente as co-lagens lateral e de fundo decartuchos com até 70 cm de lar-gura. De acordo com a empre-
Dobradeiras e coladeiras sa, o grande destaque é a ope-ração simples da máquina. Aempresa apresentou ainda novi-dades para a dobradeira-cola-deira Media 100 II, como con-juntos de inspeção e controlede qualidade, além de aplica-dor automático de cola.(11) 4524-0083
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abr 2001 • EMBALAGEMMARCA – 29
Feira
era o crescimento a passos lar-
gos do setor nos últimos anos.
A Abigraf – Associação Brasilei-
ra da Indústria Gráfica confirma
que 2000 foi o melhor ano para
o setor na última década. O fa-
turamento foi de 12,28 bilhões
de reais, 27% a mais que o de
1999, que ficou em 9,68 bi-
lhões de reais. Houve abertura
de 8 650 novos empregos e o
déficit da balança comercial do
setor foi reduzido em 24%.
Também vale destacar os in-
vestimentos, que sofreram forte
aquecimento, chegando a
563,9 milhões de dólares em
2000, 23% a mais que os valo-
res registrados no exercício re-
trasado.
Naturalmente, esses fatores
trazem reflexos imediatos tam-
bém ao setor de embalagens,
que responde por 20% da pro-
dução do setor gráfico brasilei-
ro, de acordo com levantamen-
to da Abigraf. A entidade ainda
revela que em 2000 as máqui-
nas gráficas voltadas ao mer-
cado de embalagens brasileiro
registraram vendas de 2,45 bi-
lhões de reais, 26% mais que
no ano anterior.
A conclusão óbvia a partir da
leitura desses números é a de
que os parques gráficos estão
se renovando, para atender os
aumentos na demanda por ser-
viços gráficos dos mais varia-
dos tipos. “O empresariado do
setor tem feito grande esforço
para a modernização do par-
que gráfico”, diz Max Schrap-
pe, presidente da Abigraf. Tal
constatação atraiu sobremanei-
ra a atenção dos expositores
estrangeiros, que confirmaram
Opções diversificadasA Gutemberg esteve expondo impres-soras das diversas empresas que re-presenta, com vários destaques paraa área de embalagem. A Indigo Om-nius WebStream, impressora de seiscores com alimentação por bobina,imprime em praticamente qualquersubstrato – adesivo, filme flexível, pa-pelão e plásticos selecionados. Já aLithrone 440, da japonesa Komori, éuma impressora universal, pois podeatender os segmentos editorial, pro-
mocional e de embalagem. Imprimea quatro cores no formato máximode 720 x 1030 mm e numa veloci-dade de até 15 mil impressos porhora, e a troca das chapas, a lava-gem das blanquetas e a rolagem datinta são automáticas. Há ainda umasérie de opcionais, para secagem,unidade de verniz, controle de tintei-ros e outros.(11) 3225-4400www.gutemberg.com.br
Corte e vinco inteligenteA mesa de corte e vinco
Kongsberg XL24, da Barco
Systems, foi apresentada du-
rante a Fiepag pela Perpak.
Com software mais inteligente,
que pode controlar com preci-
são a espessura de corte do
substrato na mesa (permitindo
até meio-corte), está com ope-
ração mecânica mais simples,
resultado do trabalho conjunto
de três cabeças
de corte.
Máquinas para
conversão de
caixas de pape-
lão ondulado da
marca Arcco,
como a Arcco-
flex 245 S, para
impressão flexo-
gráfica em duas
cores, e a Arc-
cofolder, dobradeira-coladei-
ra, também foram destaque
da Perpak.
Esta última pode ser adapta-
da à saída de qualquer im-
pressora, e tem unidade cola-
deira com sistema de conta-
gem e liberação das pilhas de
caixas (counter-ejector).
(41) 352-6166
www.perpak.com.br
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30– EMBALAGEMMARCA • abr 2001
Feira
presença maciça na feira. Nada
mais natural, tendo em vista
que o Brasil atingiu o posto de
maior comprador de equipa-
mentos gráficos da América La-
tina.
Nesse contexto, empresas na-
cionais e “de fora” – num total
de 861, segundo a Alcantara
Machado, organizadora da feira
– se espalharam numa área de
60 mil metros quadrados. No-
vas tecnologias de impressão e
pré-impressão foram destaca-
das, como o Computer-to-plate
(CTP), que dispensa a grava-
ção de fotolitos para imprimir,
assim como novas famílias de
papéis e máquinas de conver-
são de embalagens.
Estimava-se, no fechamento do
evento, que cerca de 55 mil vi-
sitantes haviam passado pela
Fiepag. Além das novidades ex-
postas nos estandes, as quais
mostramos nestas páginas,
houve ainda a atração do ciclo
de palestras, em que profissio-
nais nacionais e estrangeiros
discutiram assuntos de pré-im-
pressão, impressão, acabamen-
to, materiais, gestão técnica e
outros temas de interesse do
setor. “Os eventos técnicos são
de fundamental importância
para estimular a competitivida-
de, melhorar a capacitação pro-
fissional e fortalecer o mercado
gráfico”, define Ernani Parise,
superintendente de marketing
da Abigraf.
É a consciência de que é pre-
ciso que os profissionais incor-
porem o expertise das novas
tecnologias, senão a excelência
fica só nas máquinas.
Rebobinamento e inspeção hi-techPossuindo um conjunto completo dedispositivos eletrônicos com recursode ajustes rápidos, as máquinas VLIde inspeção, corte e rebobinamentoda Rotoflex foram mostradas no es-tande da Comprint. Falhas detecta-das visualmente ou eletronicamenteem bobinas de embalagens flexíveise rótulos são facilmente excluídascom a utilização da mesa de emen-das, fazendo com que apenas osprodutos em perfeito estado sejamentregues aos clientes. O projeto doeixo de rebobinamento de troca rápi-da permite flexibilidade no trabalhocom diferentes tamanhos de bobi-nas, e o corte tem precisão garanti-da pela tecnologia de guia de bobi-nas eletrônicas de última geração.Cláudio Ogawa, do departamento demarketing da Comprint, afirma que aaceitação da máquina está sur-
preendendo, o que pode ser medidopela aquisição de um modelo pelaMack Color Etiquetas Adesivas, deSão Paulo.(11) [email protected]
Cabeçotes variáveis
A Plotter de mesa da fabricante ja-
ponesa Mimaki para corte, vinco e
desenho foi a novidade apresentada
durante a Fiepag pela Furnax. Com
cabeçotes variáveis, permite de 200
a 5000 gramas de pressão sobre o
substrato de trabalho. De acordo
com Marcus Aguiar Ribeiro, da divi-
são de vendas do grupo, outros
destaques são o painel interativo,
para fácil operação dos parâmetros,
e a bomba de vácuo, para fixação do
material na mesa.
(11) 3277-5658www.grupofurnax.com.br
Mangas que duramO exclusivo sistema Twinlock demangas (sleeves) auto-adesivas paraprocessos flexográficos foi expostopela MacDermid na Fiepag. A van-tagem é a de montar clichês sem ne-cessidade de uso de fitas acolchoa-das de dupla face: a superfície daTwinlock é reutilizável. A adesão dasuperfície retorna após sua limpezacom solvente, e a manga fica nova-mente pronta para receber o próxi-mo jogo de placas. O sistema podedurar vários anos, dependendo daintensidade do trabalho.(19) [email protected]
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abr 2001 • EMBALAGEMMARCA – 31
Feira
Provas e fotolitos sofisticadosTodos os lançamentos na área desoluções gráficas da Agfa foramdemonstrados no estande da AgfaGevaert do Brasil. Entre os desta-ques pertinentes à criação de em-balagens estava a AgfaJet Sherpa24, sistema de prova que combinahardware e software avançados,gerenciado pelo Apogee Série 2RIP, equipamento jato de tinta queconfere alta resolução e trabalhaintegrado ao software de gerencia-mento de cores Color Tune Pro e à
tecnologia AgfaJet Proofing Basecom camada de resina, o que re-sulta em provas de embalagenscom qualidade superior. Já aPhoenix 2250 faz parte da novageração de imagesetters de tam-bor, para a produção de filmes echapas de poliéster para impres-são. Permite produzir até 80 folhaspor hora a 1 200 ppp, e o sistema,compacto, tem interface intuitiva,controlada por ícones. É recomen-dada para soluções de embalageme gráficas comerciais.(11) 5188-6444www.agfahome.com
Aproveitamento totalPor meio de sua divisão de Adesi-
vos Industriais, a Henkel mostrou ao
mercado na Fiepag seus novos ade-
sivos Euromelt 362 e Euromelt 301
para o mercado de embalagens de
bebidas. Produzidos na unidade de
Jacareí (SP da empresa, os novos
produtos são dedicados à rotula-
gem de garrafas de PET com rótulos
de polipropileno, em máquinas de
alta velocidade que usam adesivos
hot-melt. Como antecipado em Em-
balagemMarca nº 12, a embalagem
dos adesivos é um diferencial, já
que se funde ao produto no momen-
to do uso, eliminando os resíduos
industriais.
(11) [email protected]
Kraft e papelão ondulado novosLançamentos da Irani Papel e Embalagem na Fiepag: o Hard Box e o Kraft linerbranco. O primeiro é uma estrutura triplex composta de chapas de papelão ondu-lado para a construção de embalagens para big-bags, paletes e outros produtosque utilizam madeira para o acondicionamento de produtos e cargas. Vem tendobastante aceitação na indústria automobilística,como estrutura de embalagens de transporte. Jáo novo papel kraft é dedicado à utilização comocapa externa de caixas de papelão ondulado(leites, vinhos) e até de embalagens cartonadasassépticas. A produção da Irani é verticalizada,pois a própria empresa produz a matéria-primae converte as embalagens para clientes de diver-sas indústrias. (11) 4154-1000 / www.irani.com.br
Novos papéis e for-talecimento em B2BO e-vcp, novo sistema de e-businessintegrado ao site corporativo, foiuma das novidades da VotorantimCelulose e Papel durante a feira. Denavegação amigável e rico em in-formações sobre a linha de produ-tos, pedidos dos clientes e estoques,o e-vcp tem o objetivo de otimizarnegócios, “fazendo-nos ganhar tem-po e consolidar negócios com segu-rança”, segundo Sérgio Vaz, diretorde negócios da empresa. Outrosdestaques foram os novos papéiscouché da linha Lumimax, entre eleso Lumimax Pet, primeiro couché na-cional desenvolvido especialmentepara rótulos de refrigerantes. Suascaracterísticas marcantes são a pre-sença de revestimento brilhante emuma das faces e resistência à umi-dade, para impressões em offset,flexografia e rotogravura.(11) 269-4000 / www.vcp.com.br
Filmes japonesesPresente em diversas áreas indus-
triais, a Mitsubishi também possui
linha de filmes para imagesetters,
que está sendo trazida como novi-
dade e com exclusividade pela T.
Janér ao Brasil. De acordo com a
empresa, os filmes Mitsubishi têm
melhor definição da formação do
ponto, garantindo um ganho ex-
pressivo em qualidade principal-
mente em reproduções de altas li-
neaturas, e maior sensibilidade
cromática. O NC Fotolito, de Bau-
ru, é um dos birôs que vêm utili-
zando os filmes para a área de
embalagem e seu proprietário,
Newton Chiquito, diz que os filmes
foram “prontamente avaliados e
aprovados pelos clientes”.
(21) 891-5400 / (11) 6165-8300
ST
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Feira
Novos papéis, nova imagemA Brasilcote apresentou no eventonovos papéis para o mercado de em-balagens. O Lamicote Prata 130 é olançamento para o mercado de saco-las. Para rótulos de cerveja e de ou-tras bebidas, a novidade é o Bierco-te, que tem no papel-base tratamentoespecial para resistir à umidade. Jáo Metalcote Gofrado, que pôde servisto em ação promocional na capade EmbalagemMarca no 18, também
visa principalmente ao mercado derótulos. “É uma aplicação comum naEuropa e que enobrece a embala-gem, sem grande aumento de custos”diz Adam Antunes, do marketing daBrasilcote. Outro destaque foi a co-municação, na feira, da nova identi-dade visual da empresa, moderniza-da pela It’s Marketing Mix.(11) 4360-6211www.brasilcote.com.br
Soluções variadasNum enorme estande, a Intergrá-fica apresentou equipamentos depré-impressão, impressão e aca-bamento. Os destaques foram osistema integrador Pecom, daMan Roland, software que permi-te o gerenciamento sistêmico deuma empresa gráfica através deintercâmbio de dados, a impres-sora Man Roland 204, para altastiragens, que imprime em forma-to até 52 x 74 cm, e a impresso-ra flexográfica Nilpeter, de seiscores e opção de hot-stamping,para o mercado de rótulos e eti-quetas adesivas. Também forammostrados soluções em CTP(Computer to Plate) e equipa-mentos para acabamento, comoas guilhotinas da Wohlenberg e obalancim automático para cortede etiquetas da Blumer.(11) 5522-5999 [email protected]
Serigrafia para auto-adesivosA Stork ISC expôs na Fiepag seus
equipamentos de serigrafia rotati-
va, para decoração de rótulos e
etiquetas adesivas para as mais
diversas indústrias.
O sistema funciona com base nas te-
las RotaMesh, que permitem altas ti-
ragens de impressão, tanto em banda
estreita como em banda larga e, pelo
formato modular, podem se combinar
a variadas linhas de impressão. De
acordo com Paulo Ruffini, gerente da
divisão de equipamentos da empresa,
a principal vantagem dos adornos se-
rigráficos é a de conferir relevo, eno-
brecendo o rótulo. O sistema também
Fitas para flexoCom mais de vinte anos no mercado,a Altec apresentou na Fiepag toda asua linha de produtos de automação econtrole de processo para a indústriagráfica. Na linha de insumos gráficos,o lançamento foi a linha de fitas duplaface R/bak Altec para otimização damontagem de clichês para impressãoflexográfica.(11) 5611-7393/ [email protected]
Rotulagem automáticaA Label System mostrou ao mercadosuas rotuladoras, com destaque paraa LS-100/150-3C Softlogic, cujogrande destaque é a alta tecnologiade comando e controle, proporciona-da pelo sistema computadorizado.(11) 4158-3037www.labelsystems.com.br
pode fazer rótulos em braile e garantir
segurança, pois o sistema é difícil de
ser reproduzido em falsificações.
(19) 429-1315 [email protected]
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abr 2001 • EMBALAGEMMARCA – 16
INVESTIMENTOS
CAPACIDADE
ontenegro, RioGrande do Sul.Próxima a PortoAlegre, a cidade
acaba de ganhar o status de centrode excelência na produção de fil-mes de polipropileno biorientado(BOPP). Lá, a Polo Indústria eComércio, um dos maiores fabri-cantes do material no país, inau-gurou oficialmente, em 19 deabril, sua nova unidade de extru-são. Fruto do investimento de 40milhões de dólares, a fábrica terásua produção voltada principal-mente ao mercado de embalagensde alimentos, que vem capita-neando o crescimento do consu-mo dos filmes de BOPP no país –em 2000 houve aumento de 15%em relação ao ano anterior.
Com o funcionamento da uni-dade gaúcha, a Polo, pertencenteao grupo Unigel, torna-se a únicaempresa na América Latina euma das poucas no mundo a do-
m
Polo inauguraprimeira
unidade deextrusão plana de filmes de
BOPP na AL
minar as duas tecnologias de ex-trusão de filmes de BOPP, a tu-bular e a plana. A primeira estáalocada na unidade de Varginha(MG), onde quatro extrusorasprocessam filmes para o mercadode sobre-embalagens de cigarros,numa produção de 12 mil tonela-das anuais. Com a plena opera-ção da unidade de Montenegro,apta a produzir 18 mil toneladasanuais, a capacidade de produçãoda Polo praticamente triplica. Ejá existem planos para a duplica-ção da capacidade de produçãoda nova unidade, “o que deve seconcretizar em até dois anos”, si-naliza Derrick Marcus, diretorpresidente da Polo.
Marcus espera que o mercadopara o BOPP mantenha taxa decrescimento notável “pelo menosdurante os próximos cinco ou seisanos”, avaliação condicionada auma esperada melhora no cenáriomacroeconômico, “o que aumen-
ta o poder aquisitivo dos consu-midores finais e indubitavelmenteaquece o mercado de alimentos”.Vislumbrando essa maior deman-da por filmes de BOPP, a Polotambém tem instalada no localuma moderna metalizadora, “queproduz filmes aluminizados parasnacks e aplicações com barrei-ra”, explica Patrícia Guerreirodos Santos, técnica de processo.
A decisão de instalar a fábricaem Montenegro atende a fatoresaltamente estratégicos no que dizrespeito às logísticas de suprimen-to e de vendas. A matéria-primaconsumida pela Polo vem do PóloPetroquímico de Triunfo, forneci-da pela OPP Petroquímica, e osprincipais clientes ficam nas re-giões Sul e Sudeste do país. “Ade-mais, as exportações, que vêmcrescendo, destinam-se principal-mente aos países do Mercosul, e oporto de Rio Grande fica próximoda fábrica”, justifica Marcus.
triplicada
Na onda das grandes fusões e aquisi-ções, a Mark Andy, maior produtorade impressoras flexográficas de ban-da estreita no mundo, acaba de incor-porar a Comco, outra grande fornece-dora mundial na área. A Mark Andycontinuará fabricando e dando supor-te para as máquinas de sua marca e
também assume estas funções junto à Comco. “A aquisição da Comco promoveráuma excepcional estratégia de cresci-mento e oportunidade em embalagensflexíveis e aplicações em cartona-gem”, afirma John Eulich, presidenteda Mark Andy.
Com a junção do expertise das duasempresas, a Mark Andy amplia seusramos de atuação, provendo solu-ções em conversão, cartonagem,embalagens flexíveis, etiquetas e ró-tulos. No Brasil, a empresa é repre-sentada pela Gutenberg Máquinas eMateriais Gráficos.
Mark Andy adquire a Comco e amplia atuação
Por Guilherme Kamio, enviado especial
21Polo 30/04/01 13:04 Page 16
O sabão em pó Minerva, da Unile-
ver, ganhou uma versão com sili-
cone, o que dispensa o uso de
amaciante. Para o lançamento,
foram escolhidos como embala-
gens cartuchos de 500g e 900g, de
papel cartão laminado com PET e
impressos em flexografia. Na ver-
são Minerva Floral, o cartucho
apresenta a cor rosa e é metaliza-
do. Já no design do cartucho da
SABÃO EM PÓ EM PAPELCARTÃO LAMINADOversão Minerva Brisa, o predomínio
é da cor azul. A empresa não divul-
ga os fornecedores.
Display
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FO
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DIV
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A Bauducco investiu em embalagenspromocionais para o biscoito Champa-nhe, do tipo “leve 3 pague 2”, para oDia das Mães. Outra novidade para adata é um pote hermético de cerâmica,fornecido pela Comercial Vitória, de
Champanhe e pote para as mãesCampinas (SP), que acomoda biscoitosvariados da marca. A NR Design conce-beu o design do pote. Os cartuchos dobiscoito Champanhe trazem um designespecial, assinado pela agência RW.
Omo MultiAção, o detergente em pólíder em vendas no Brasil (36,2% deshare, de acordo com pesquisa Ibo-pe de fevereiro de 2001), quer facili-tar o dia-a-dia das donas de casa.Para tanto, está lançando a novaembalagem de 1500g, com visualassinado pela Oz Design e fornecidapela Toga. Os cartuchos de 500g e900g não estavam adequados aoconsumo familiar – pesquisas do Ibo-pe revelam que está crescendo aaceitação pelas embalagens demaior quantidade de sabão em pó.
Omo tamanho família
IRB aposta em nova embalagem para energéticoInicialmente comercializado
somente em garrafas PET de
200ml, o energético Atomic
Energy Drink, da IRB, aparece
no mercado com uma nova
apresentação: lata de aço de
250ml, fornecida pela Metalúr-
gica Matarazzo.
De acordo com a fabricante, o
investimento está sendo feito
para o produto competir com
os similares importados encon-
trados no mercado, que usam
embalagens metálicas. O de-
sign não sofreu alterações.
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Display
A Extra Comunicação é quem assina o design do novo produto da Valedourado, aVitamina de Frutas. A embalagem tem um grande espaço reservado para imagensde frutas, estratégia para conquistar o público pelo appetite appeal. No design, amarca também foi destacada. O produto é encontrado em embalagens cartonadasde 1litro e de 200g, fornecidas pela Tetra Pak.
RIQUEZA EM IMAGENS PARA DESPERTAR APPETITE APPEAL
Outro lançamento da Valedourado que levavisual desenvolvido pela Extra Comunicação éo Chá, nos sabores limão e pêssego. A fim dedestacar o sabor natural, foram utilizadas ilus-trações das frutas e, ao fundo, do próprio chá.As embalagens, também fornecidas pela TetraPak, ressaltam as cores das frutas (verde para olimão e laranja para o pêssego).
As empresas estão cada vez maisbuscando conquistar o segmentosingle, em expansão. Para não ficaratrás, a Yoki lançou o purê de batata
Purê em porção menor para quem mora só
A Natura está colocando no
mercado a Sintonia de Natura,
nova colônia com versões fe-
minina e masculina. Com um
design moderno e simples, o
frasco, fabricado pela vidraria
francesa Bormioli Rocco, foi
criado pelo designer francês
Thierry Baschmacoff, do reno-
mado ateliê Aesthete.
em embalagem menor (110g). Dis-ponível nos sabores manteiga e er-vas e tradicional, as embalagensflexíveis, com filme laminado, sãofeitas pela própria Yoki e levamdesign da Zauberas & Associados.
Design modernopara o casal
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KOMATSU DESENVOLVE VISUAL DE NOVA RAÇÃO
A nova linha de alimentos paracães Nutridog Sabores, da Provi-mi, teve sua apresentação visual
desenvolvida pela Komatsu De-sign. As embalagens flexíveis de2,5 kg, 8kg, 15kg e 25kg apre-
sentam ilustrações queexploram os diferentes
formatos e cores das ra-ções, com ilustração doproduto simulando umajanela para visualização.Union Pack e a Plastrelasão as gráficas responsá-veis pela impressão.
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abr 2001 • EMBALAGEMMARCA – 37
Display
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A Duty Free do Brasil está trazendo
ao Brasil o uísque super premium
Ballantine’s Purity, envelhecido por
20 anos. Além dos componentes, de
qualidade superior, a embalagem,
uma garrafa de vidro em forma de
gota, de 500 ml, segue o apelo de
diferenciação. Pelo esmero na deco-
ração e no design da garrafa, o Bal-
lantine’s Purity já ganhou diversos
prêmios na Europa. O produto é en-
contrado apenas nas lojas Duty
Free do Brasil e da Ásia, a um preço
Puro luxo no conteúdo e na embalagem
médio de 85 dólares. Informações
no tel. 0800 216168 (SAC Duty Free).
Fusion é o nome da nova fra-
grância do desodorante Axe, da
Elida Gibbs, divisão da Unilever.
O símbolo do produto apresenta
dois personagens entrelaçados,
que representam o “bem” e o
“mal”. As embalagens spray e
aerossol do Axe Fusion são for-
necidas, respectivamente, pela
Sinimplast e pela empresa argen-
tina Impacta. Já a versão colônia
do produto é acondicionada em
frascos de vidro, da Wheaton. O
design das embalagens foi de-
senvolvido internamente.
O BEM E O MAL
Dil e Canguru no Sym reformuladoA Dil Consultores em Design eMarketing foi a responsável pelareformulação da embalagem doabsorvente Sym, da Santher. Oproduto, voltado para o públicojovem feminino, ganhou competi-tividade no PDV pela apresenta-ção moderna, com cores vibran-tes (verde cítrico e lilás). As em-balagens são da ITW Canguru.
Toda a linha Bakery Parmalat pas-sou por uma reformulação, assi-nada pela a10 Design. O projetoenvolveu alteração da logomarca,que fundiu o nome ao símbolo, enovo design das embalagens. A cor vermelha foi adotada comonovo equity para a linha, cujasembalagens também ganharam
Linha de biscoitos da Parmalat ganha nova identidadeuma luz ao fundo das ilustraçõesdos ingredientes e dos produtos.O posicionamento do logo facilitaa leitura da marca Parmalat, e averticalização das embalagens,proposta pela a10, é uma inova-ção na apresentação de biscoitos.As embalagens são fornecidaspela Shellmar e pela Tecnoval.
Em pote de PP, para as prevenidasPrevina, um alimento em pó àbase de proteína isolada de sojapara mulheres, é o lançamentoda empresa Sanavita Nutrição eCiência. O produto, formuladopara reduzir o risco de câncerde mama e os efeitos negativosda menopausa, vem acondicio-
nado em um pote de polipropileno,fabricado pela Emplas. Os rótulos wrap-around, em papelcouché 90g, são impressos pelaSanta Edwiges Artes Gráficas. AÁs Design e Publicidade é quem as-sina a criação da marca e da em-balagem do Previna.
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38– EMBALAGEMMARCA • abr 2001
Panorama
O braço brasileiro da Du Pont acabade lançar seu novo – e caprichado –site para a divisão de embalagem.Em www.pack.dupont.com.br é pos-
DU PONT VIRTUAL REMODELADAsível saber a história da companhiaamericana, ter uma descrição técni-ca e das aplicações das principaismarcas de filmes e resinas produzi-das pela Du Pont, conhecer a histó-ria das embalagens plásticas flexí-veis e entrar em contato com a em-presa. “Como várias companhias emtodo o mundo, a DuPont tem grandeexpectativa em relação à utilizaçãoda Internet como forma de apresen-tação e comercialização de seusprodutos”, diz Henrique Ubrig, presi-dente da Du Pont Brasil, justificandoo investimento.
Plus para produ-tos perigosos
A Brasilata está lançando mun-dialmente sua nova lata 1/4 degalão para produtos perigosos,a Plus UN. Ela dispensa o usode sistemas de reforço e travaspara acondicionar produtoscomo tintas à base de solventes,que fazem parte da categoriade produtos perigosos e têm deseguir recomendações interna-cionais editadas pela Organiza-ção das Nações Unidas. Segun-do especialistas, a nova emba-lagem é a primeira com tampade pressão que conseguiu pas-sar pelos rígidos testes exigidospara a categoria sem o auxíliode travas. Outra vantagem da Plus UN éque, com ela, os fabricantes detintas podem eliminar sistemasde reforço em embalagens se-cundárias como travas plásticase caixas de papelão ondulado. A nova lata já tem pedido regis-trado de patente internacional eseria oficialmente lançada naCannex, evento que reúne fabri-cantes de latas, envasadores efornecedores de equipamentosde todo o mundo em Denver, Es-tados Unidos, no fim de abril. (11) 3619-4400www.brasilata.com.br
Copoliéster protetor transparenteA Eastman está reforçando a comuni-
cação das vantagens de seu novo co-
poliéster Eastar AN004 na conversão
de embalagens. Diversos fabricantes
de cosméticos já vêm utilizando a re-
sina pelas propriedades de transpa-
rência, que permite aparência de vi-
dro, barreira à evaporação, resistên-
cia química e benefícios no processa-
mento – por exemplo a secagem mais
rápida que a de outros copoliésteres.
É o caso da mexicana Zermat, que
utilizou a resina nas tampas das em-
balagens da linha de batons Eleganz-
za, que por ter uma fórmula volátil ne-
cessitava de uma embalagem total-
mente hermética.
(1 423) 229-3078 / www.eastman.com
Extrusão para grandes convertedores
A Imacom está apresentando ao
mercado sua máquina extrusora
de dupla rosca co-rotante DRC
58, para a fabricação de lamina-
dos e granulação de PS, PP, PE e
PET, entre outros materiais ter-
moplásticos. Segundo José Mar-
tusewicz Neto, assessor de mar-
keting da Imacom, a empresa tra-
balha na divulgação das vanta-
gens que o novo equipamento
pode trazer para grandes conver-
tedores de embalagens plásticas.
“Eles próprios podem preparar
sua matéria-prima para a produ-
ção”, justifica.
(11) 4392-4611
www.imacom.com.br FO
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Já estão abertas as inscrições para o2º Prêmio Brasileiro de EmbalagemPapelcartão, promovido pela Bracelpa– Associação Brasileira de Celulose ePapel em parceria com a UniversidadeAnhembi Morumbi. Destinado a estu-dantes universitários de áreas correla-tas ao desenvolvimento de embala-gem, como design, desenho industrial,artes plásticas e marketing, entre ou-tras, de todo o país, o concurso é divi-dido em duas categorias: uma contem-plará novas propostas de embalagenspara produtos que já usam papelcartãoe outra premiará embalagens para pro-dutos que não utilizam o papelcartão.A novidade deste ano é que o seg-mento de alimentos foi o escolhidocomo tema de desenvolvimento dostrabalhos. Os prêmios são computado-res iMac equipados com softwares grá-ficos e a participação numa exposiçãoe numa publicação com os melhorestrabalhos. O kit de inscrição deve serretirado até 17 de agosto, no CampusCentro da Anhembi Morumbi ou naBracelpa. Também pode ser solicitadopelo telefone de informações 0800102131 ou pelo site www.papelcar-tao.com.br.
Panorama
Foco nas embalagenspara alimentos
Transporte sem transtornoA Packnology, representante no Bra-sil do software Cape Pack’99, agorana versão Millenium Edition, acabade inaugurar sua página na internet.No endereço (sites.uol.com.br/pack-nology) é possível colher informa-ções amplas sobre o programa, umdos mais utilizados mundialmenteno desenvolvimento tridimensionalde embalagens para paletização ouconteinerização, redução de esto-ques e melhora de eficiência de ca-deias logísticas como um todo.
(19) [email protected]
Conservação em embalagens flexíveisLançado durante a Brasilplast 2001,“Requisitos de conservação de alimen-tos em embalagens flexíveis” procuratransmitir o máximo de informaçõestécnicas para os transformadores deembalagens plásticas flexíveis, comoexigências de barreiras de diferentesalimentos e quais processos e mate-riais são mais adequados a cada apli-
cação. Patrocinado pela OPP Petroquí-mica, a publicação foi escrita pelaspesquisadoras Claire Sarantópoulos eLea Mariza de Oliveira, do Centro deTecnologia de Embalagem do InstitutoTecnológico de Alimentos (Cetea-Ital), epela engenheira de alimentos Érica Ca-navesi. Além de fonte de consultaspara o setor transformador, espera-se
que o livro também seja útil ao empre-sariado e ao público consumidor emgeral. O volume custa 120 reais – as-sociados do Cetea têm desconto de20% – e pode ser solicitado à área deDocumentação e Informação do Cetea(ADI).(19) [email protected]
A Abividro – Associação Brasi-
leira das Indústrias de Vidro
está lançando seu Anuário,
com um balanço de 2000 e
perspectivas para o atual exer-
cício. Os dados da publicação
mostram que o ano passado
foi positivo para as embala-
gens de vidro, segmento
que registrou maior
crescimento em fatura-
mento na indústria vi-
dreira, com 11,5%. Parti-
cipando em 32% do fatu-
ramento total do se-
tor, que bateu na
casa dos 2,3 bi-
lhões de reais
(cerca de 1%
do PIB), as em-
balagens tam-
bém foram
ABIVIDRO LANÇA ANUÁRIOalvo do maior investimento du-
rante 2000 – 70 milhões de dó-
lares, destinados ao aumento
de produtividade e ao acesso a
novas tecnologias.
No geral, o setor vidreiro cres-
ceu 6,9% em relação a 1999 e a
estimativa para 2001 é de que
os investimentos
alcancem o montante de
217 milhões de dólares,
29% a mais que no
exercício anterior. “Isso
consequentemente irá
alavancar a pro-
dução”, afirma
Lucien Bel-
monte, dire-
tor executivo
da associação.
www.abividro.org.br(11) 255-3033
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Panorama
A indústria brasileira de alu-mínio fechou o ano de 2000com crescimento de 1,1% noconsumo doméstico de pro-dutos transformados de alu-mínio, registrando volume de667 mil toneladas no ano,contra 659,8 mil toneladasem 1999. Nesse desempenho,o setor de folhas, atrelado aosegmento de embalagens,teve aumento de 7,2%.
O grupo Pão de Açúcar, apoia-do pela Unilever através desua marca de xampu Orga-nics, começou a coletar me-tais, vidros, papéis, plásticose baterias de celular para re-ciclagem. Postos de entregavoluntária serão implantadosem 12 lojas da Grande SãoPaulo e Campinas e a rendaobtida com a reciclagem irápara programas sociais e deeducação ambiental. As lojasdo grupo terão sacolas dequatro cores, para que ocliente leve para casa emba-lagens que ajudem na sepa-ração dos materiais.
O Fechamento Plus para latascontinua rendendo prêmios àBrasilata. Acaba de ganharum Prêmio Ouro na categoriaGeneral Line durante o Con-gresso Latincan 2001, quereuniu especialistas em em-balagens metálicas de 28 defevereiro a 2 de março, nacidade de Cancún, México.
A Tetra Pak Brasil recebeu doFDA (Food and Drug Adminis-tration, órgão norte-ameri-cano que regulamenta em-presas fornecedoras de pro-dutos ligados à área alimen-tícia e farmacêutica) certifi-cado autorizando-a a expor-tar suas embalagens, inclusi-ve as específicas para leite,para qualquer país. A empre-sa é a primeira do setor deembalagens para alimentosque recebe esta certificaçãoem toda a América do Sul. Asubsidiária brasileira é a sé-tima do grupo a receber aautorização.
O escritório Oz Design ficouem primeiro lugar no ranking“Designers By Designers”, emque os próprios designers es-colheram os dez melhoresdesigners e os dez melhoresescritórios do país. Fundadaem 1979 por Ronald Kapaz,Giovanni Vannucchi e AndréPoppovic, a Oz é responsável,entre outros trabalhos, pelasembalagens de Omo há dezanos, de Tang e dos bolinhosMuffs, da Santista Alimentos.
A Pimaco, líder da AméricaLatina no segmento de eti-quetas auto-adesivas, querevoluir no segmento de pro-dutos industriais. Para atingira meta de crescer 20% em2001, a empresa acaba deconquistar novos clientes: Ni-vea, Bristol Myers, Basf eSmithKline. A Pimaco já pro-duz há seis anos os rótulosda marca Palmolive e atendeempresas como Coper, Video-lar, Emtec, Helios Carbex eKanitz.
O grupo Tetra Laval, da Suíça,fez uma oferta pela fabri-cante francesa de máquinaspara indústria de embalagensSidel. A empresa sueca deembalagens ofereceu um ágiode 21% sobre a cotação dasações da Sidel, o que a avaliaem 1,5 bilhão de dólares.
Dentro de seis meses, umatarja amarela e um logotipoem azul escuro, com a letraG, deverão constar na emba-lagem de todos os remédiosgenéricos vendidos no País.A nova regra consta em reso-
lução da Agência Na-cional de Vigilância Sa-
nitária (Anvisa) e busca faci-litar a identificação do pro-duto.
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EVENTOS
JUNHO
• Fispal 2001 – Com as atenções voltadas para a segmentação dosetor alimentício, o Grupo Brasil Rio criou um novo formato para aFispal. Serão realizadas, simultaneamente, de 19 a 22 de junho, aFispal Alimentos & Bebidas, no International Trade Mart, e a FispalTecnologia & Embalagem, no Pavilhão de Exposições do Anhembi,oficializando a “Semana Internacional da Alimentação no Brasil”.Informações: (11) 3758-0996• Techno Plus – 3ª Feira Internacional de Tecnologia para as Indús-trias Farmacêutica, Química e Cosmética, que a partir de 2001 acon-tecerá integrada à Fispal Tecnologia & Embalagem – 17ª Feira Inter-nacional de Tecnologia & Embalagem para a Indústria Alimentícia. Entre 19 e 22 de junho de 2001, das 10h às 19h no Pavilhão de Ex-posições do Anhembi, São Paulo.Informações: (11) 3758-0996
JULHO
• LatinPack 2001 – Quinta versão da conferência Premier na Améri-ca Latina sobre conversão de plásticos e embalagens no Mercosul.Serão apresentados trabalhos de extrusão e co-extrusão de filmes efolhas, de impressão e conversão de filmes, novos desenvolvimentosem embalagens de barreira e tecnologias emergentes em plásticos rí-gidos e flexíveis. Dias 11 e 12 de julho no hotel Deville, em Guarulhos,São Paulo. Informações: (8) 47 577-2435.• FCE Pharma – Feira de matérias-primas, embalagens, serviços eequipamentos para a indústria farmacêutica. De 24 a 27 de julho noExpo Center Norte, São Paulo. Informações: (11) 3873-0081• HBA South America – Matérias-primas, embalagens, serviços eequipamentos para a indústria de cosméticos. De 24 a 27 de julho noExpo Center Norte, São Paulo. Informações: (11) 3873-0081
AGOSTO
• Food Ingredients South America – Ingredientes e matérias-primasde alimentos e equipamentos para laboratórios da indústria alimentí-cia. De 1 a 3 de agosto no Expo Center Norte, São Paulo.Informações: (11) 3873-0081
SETEMBRO
• Cosmoprof Cosmética – Feira Internacional da Beleza. 21 a 24 deSetembro de 2001. Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo.Informações: (11) 3826-9111
OUTUBRO
• Visual Communication – Feira de fabricantes e fornecedores demáquinas, equipamentos e suprimentos para pré-impressão, ima-gens digitais, reprografia e sinalização.De 4 a 6 de outubro no Expo Center Norte, São PauloInformações: (11) 3873-0081
CORES: CONHECENDO E APLICAN-
DO A LINGUAGEM E SIGNIFICADOSWorkshop que tem o objetivo de estudar alinguagem da cor conhecendo sua sintaxee semântica e como ela se diferencia en-tre diferentes países, povos e culturas. Noprograma, introdução à história da coratravés dos sistemas cromáticos e de suarelação com a arte, a ciência e uma teoriada cor; introdução à metodologia do SCC– Sistema de Cores Cecor, com aborda-gem à sintaxe e semântica da cor; análisedos conceitos internacionais de corescoordenadas para comunicação, organi-zação e expressão social e de sua contri-buição para mais conforto, mais produtivi-dade e maior segurança.O evento é voltado a profissionais de mar-keting, promoção e vendas de produtos li-gados à cor, profissionais e estudantesdas áreas de arquitetura, design, moda,decoração, comunicação visual e webde-sign. O curso é ministrado por Nelson Ba-varesco, designer gráfico, artista plásticoe pesquisador da cor.Dias 4, 5, 6, 7 e 8 de junho, na rua Nilo,202, São Paulo.Informações: fax: (11) 288-8517 E-mail: [email protected]
FÓRUM INTERNACIONAL DA EMBA-LAGEM EM PAPELCARTÃOAs últimas tendências em design de em-balagens e em marketing ambiental, o pa-norama brasileiro sobre as leis para reci-clagem e descarte de resíduos sólidos enovas soluções de embalagem em papelcartão vão estar sendo debatidos no 2ºFórum Internacional da Embalagem emPapelcartão. O evento, realizado pelaCampanha Papelcartão, promovida pelasempresas Suzano, Ripasa, Papirus, Mi-guel Forte, Ibema, Nobrecel, Klabin e Ri-verwood, associadas à Bracelpa – Asso-ciação Brasileira de Celulose e Papel, évoltado a fabricantes de papel cartão, de-signers, supermercadistas, representan-tes da indústria gráfica e fabricantes deprodutos de consumo.Entre os palestrantes estão ChristopherMcCarty, consultor de design de embala-gem, que trabalha há 30 anos com desen-volvimento e pesquisa de embalagensnos Estados Unidos, Vânia M. Thuerler,chefe de comunicação gráfica da Nestlé,e Fabiano Pires, consultor da Bracelpa. Dia 8 de maio, no Maksoud Plaza, emSão Paulo.Informações pelo telefone 0800 102131.
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AlmanaqueAlmanaque
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Reinado firme, mas curtoMaços de cigarro, cai-xas de alimentos, esto-jos de CD’s e incontá-veis outros produtossão hoje envoltos pelosonipresentes filmesplásticos. No entanto,até meados dos anos 80ainda era habitual usarcomo acabamento dasembalagens o papel ce-lofane. Por sua vez, até1927 esse material erautilizado meramentecomo envoltório deco-rativo, em presentes epara embrulhar produ-tos domésticos. Naque-le ano, Hale Charch,
um pesquisador da Du-Pont Cellophane Com-pany conseguiu desen-volver um celofane àprova d’água que viriatransformar-se num po-pular e eficaz materialde embalagem, que du-rante meio século foisoberano nas funções deprotetor e decorador.
Para pensar em casaDa pré-história aosdias atuais, jogarfora foi a maneirafavorita da humani-dade de livrar-se dascoisas usadas. Esca-vações arqueológi-cas em diferentes sí-tios indicam que olixo simplesmenteficava onde caía ouera varrido para umcanto. Esse sistemade descarte funcio-nou bem durante amaior parte dos últi-mos 2 milhões deanos enquanto as po-pulações foram nô-mades. Ao fixarem-se, começaram osproblemas. Arqueó-logos calculam que
em Tróia os resíduossólidos se acumula-ram ao longo dotempo à média apro-ximada de 1,10 me-tro por século. Asescavações revela-ram também queuma forma mais oumenos comum deeliminar os restos decomida nas cidadesera atirá-los à rua edeixar que animaisdomésticos, especial-mente porcos, osconsumissem. Ascoisas se complica-ram de vez com oaumento das popula-ções urbanas e o usocrescente de embala-gens. Agora é correr.
Cada povo com seu usoGeralmente, aquilo que secostuma chamar “esportenacional” é retratado nasembalagens de produtos,sobretudo de bebidas. Um
bom exemplo, vindo daEspanha, é o dos rótulosde garrafas de aniz. Osque aqui aparecem, dosanos 60, homenageiam
grandes astros da toura-da, uma predileção tão
espanhola quanto o pró-prio aniz. Para os brasi-leiros, é um pouco estra-nho que não haja no paísrótulos de cachaça comídolos ou emblemas de
clube de futebol na mes-ma profusão que se vê na-quela bebida na Espanha. Afinal, se for por quanti-
dade consumida e porpaixão esportiva. . .
A mãe de todas as embalagensPode-se dizer que aRevolução Indus-trial é a verdadeiramãe das embalagenscomo as conhece-mos hoje em dia,isto é, como elemen-to de proteção,transporte e marke-ting. Obviamente,quando se fala deembalagem está-sefalando também derótulos. Com a Re-volução Industrialtornou-se necessárioidentificar os produ-tos que passaram a
ser colocados nomercado em volu-mes – literalmente– industriais. Masos rótulos se torna-ram populares,mesmo, a partir de1798, graças a duasimportantes inven-ções: a máquina defazer papel, conce-bida na França porNicolas-Louis Ro-bert, e o princípioda litografia, des-coberto por AloisSenefelder, na Ba-vária.
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