revista elo dezembro 2015

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A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração Distribuição Gratuita. Venda proibida. Ano XXXV - nº 397 - Dezembro/2015

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Ano XXXV - nº 397 - Dezembro/2015

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Page 1: Revista Elo Dezembro 2015

A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração

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A Palavra do Pastor “Ai da Igreja quando os bispos se calam!”

Revista Elo - Dezembro/2015 - Ano XXXV - nº 397Diretor: Pe. Marcos Roberto P. SilvaEquipe Revista Elo: Dom Redovino Rizzardo; Padre Jander da Silva Santos; Seminarista Éverton F. S. Manari; Estanislau N. Sanabria; Adriana dos Santos Gonçalves; Maria Giovanna Maran; Suzana Sotolani; Ozair Sanabria.Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo CaparrózPropriedade: Mitra Diocesana de DouradosTelefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911Site: www.diocesededourados.com.brContatos e sugestões: [email protected]ão: Gráfica Infante Tiragem: 19.614 exemplares

Índice

Expediente

Pe. Marcos Roberto P. [email protected]

Apresentação

Patrocinadores

Palavra de vida“Preparai o caminho para o Senhor, endireitai as suas veredas” (Mc 1,3)

Testemunho de vidaSão João Diego

Opiniões que fazem opiniãoSonhar mais um sonho (im)possível: A Igreja Católica e o boiocote ao Mato Grosso do Sul

Novena de Natal

A Diocese em revista

Fique por Dentro!

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Caro amigo leitor!

O mês de dezembro sempre traz uma atmosfe-ra diferente e evolvente, nos proporcionando novas perspectivas, alegria e renovação interior. Na ca-dência do advento, que tem seu cume na grande festa do natal, nas lindas cores e luzes que enfei-tam nossos presépios, casas e árvores natalinas, os nossos corações também podem tornar-se o reflexo mais perfeito da celebração da vida plena, contida no menino Deus.

Depois da edição especial, dedicada a Dom Redovino, nosso bispo administrador, como forma de gratidão e reconhecimento, por tudo o que fez durante os quinze anos que esteve a frente da nossa Igreja diocesana, como bispo titular, temos agora a disposição esta edição da revista Elo, não menos importante, pois já nos coloca em contato com a história e a vida do nosso futuro bispo, monsenhor Henrique Aparecido de Lima, que será sagrado bispo no dia 30 de janeiro de 2016, e empossado na mesma ocasião, portanto, não deixe de apreciar as páginas 17 e 18.

Boa parte desta edição foi destinada à Novena de Natal, para que, em família, igreja e sociedade possamos nos preparar para celebrar bem o Natal. Não deixe de participar ou até mesmo de organi-zar e animar um grupo de novena.

Ademais, esta edição, em suas páginas, traz importantes reflexões, testemunhos, informações e imagens. Aprecie cada uma delas, vale a pena!

Boa leitura e um feliz e aben-çoado natal!

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“Ai da Igreja quando os bispos se calam!”A Palavra do Pastor

Dom Redovino Rizzardo, csAdministrador Apostólico

Em 2006, o Pe. Zezinho escreveu um artigo sob o título “O social esquecido”. Iniciava com esta afirmação: «A Igreja do Brasil ficou mais light. Parou de denunciar. Mas isso vai durar pouco. A situação ficou tão insustentável que até os padres e bispos bonzinhos, que hoje só falam de céu e só dizem coi-sas bonitas, vão começar a denunciar».

Ele lembrava com saudade o período então re-cente da história do Brasil, em que uma plêiade de bispos abraçara corajosamente a defesa dos oprimi-dos, colocando a própria vida em segundo plano, ante as exigências da justiça e dos direitos humanos.

Talvez levado pela vaidade de um neófito no cargo episcopal, o escrito me deixou chateado, tan-to que me defendi com um artigo do mesmo teor. Contudo, depois de tudo o que a população brasilei-ra passou e sofreu, percebo que o Pe. Zezinho tinha carradas de razões.

A análise que faço é simples. Eu e um grande grupo de bispos recebemos a nossa formação eclesial e pastoral durante o regime militar. Ante a violên-cia e a opressão que imperavam, sonhávamos com liberdade e igualdade social. Foi-nos dito que deter-minado partido político, que então nascia dentro da Igreja, chegara para realizar as esperanças do povo. Abraçamos decididamente a causa.

Infelizmente, em 2006, quando o Pe. Zezinho escreveu o artigo, as decepções já começavam a pipo-car. Pouco ou nada do que desejávamos aconteceu. Foi então que vários bispos, decepcionados, optaram pelo silêncio, inclusive em questões fundamentais para a sobrevivência da família e da ética.

Muito diferente do que fez o Papa Francisco, desde quando arcebispo de Buenos Aires. Não será também por isso que, até que Cristina Kirchner es-teve no poder, não visitou a Argentina? Ele nunca simpatizou com figuras que, sob a capa de liberdade, impõem ao povo culturas e critérios de comporta-mento que nada fazem senão espezinhá-lo.

“Ai da Igreja quando os bispos se calam!”, era o clamor que ressoava em certos ambientes da Igreja Primitiva. Assim, como pode um bispo silenciar ante o disparate apresentado pelo MEC nas provas do ENEM, no dia 25 de outubro? A “Questão 5” reza-va textualmente: «Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, eco-nômico define a forma que a fêmea humana assume

no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o cadastro que qualificam o feminino».

A meu ver, o que o texto revela é um feminismo pobre e doentio, próprio de pessoas que não aceitam sua feminilidade, desconhecido de uma multidão de mulheres que se sentem realizadas em sua condição de esposas, mães e consagradas na vida religiosa.

Por esse e, por mil outros motivos, não será nada fácil a missão que aguarda o novo bispo de Dourados, Mons. Henrique Aparecido de Lima. Quanto aos meus anos de episcopado, no dia 21 de outubro, quando a Santa Sé publicou o nome do sucessor, um site brasileiro, que se rege pelo funda-mentalismo social, político e religioso, publicou o seguinte comentário: «Aposentadas duas das figuras mais tenebrosas do episcopado brasileiro. Dom De-métrio Valentini, bispo de Jales, SP, e Dom Redovino Rizzardo, de Dourados, MS, tiveram suas renúncias aceitas pelo Papa Francisco no dia de hoje. Não co-nhecemos o perfil de seus sucessores, mas, dificil-mente pode ser pior que o dos sucedidos».

Não tenho condições para opinar sobre o re-chaço do site em relação a Dom Demétrio. Talvez pela linha social e política que o colega seguiu... No meu caso, fui seguidamente criticado pelos escritos semanais, e que pareciam demasiado “heterodoxos” para pessoas que não hesitam em questionar o pró-prio Papa Francisco...

Por falar em Francisco, Mons. Henrique terá a graça de iniciar o seu episcopado sob a liderança de um Papa evangelicamente revolucionário, como de-monstrou, se ainda era necessário fazê-lo, no dia 24 de outubro, na conclusão do Sínodo sobre a Família: «A Igreja é Igreja dos pobres em espírito e dos peca-dores à procura do perdão, e não apenas dos justos e dos santos. Ou melhor: é a Igreja dos justos e dos santos que se sentem pobres e pecadores. Pois, sem cair no perigo do relativismo ou de demonizar os outros, procuramos, abraçar plena e corajosamente, a bondade e a misericórdia de Deus, que ultrapassa os nossos cálculos humanos e nada mais quer senão que todos os homens sejam salvos».

O Pe. Zezinho pode se sentir em paz: com o Papa Francisco, a Igreja voltou a acreditar que só se encontra a Deus quando, a exemplo de Tomé, se co-locam a mão e o dedo nas chagas da humanidade...

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Palavra de Vida

“Preparai o caminho para o Senhor, endireitai as suas veredas!” (Mc 1,3)

Pe. Fábio Ciardi

Essas palavras são diri-gidas a mim. O Senhor vem, e devo estar pronto para acolhê-lo. A cada dia eu lhe peço: “Vem, Se-nhor Jesus!”. E ele responde: “Sim, eu venho em breve” (Ap 22,17.20). Ele está à porta e bate, pede para entrar em casa. Não posso deixá--lo fora da minha vida.

O convite a acolher o Senhor que vem é de João Batista. Era di-rigido aos judeus de seu tempo. Ele os convidava a confessar os próprios pecados e a converter--se, a mudar de vida. Ele tinha a certeza de que a vinda do Messias era iminente. Será que o povo, que também o esperava havia sé-culos, o reconheceria, escutaria as suas palavras, haveria de segui--lo? João sabia que, para acolhê--lo, era necessário preparar-se. Daí o convite urgente: “Preparai o caminho para o Senhor, endireitai as suas veredas!”.

Essas palavras são dirigidas a mim, porque Jesus continua vindo ao meu encontro todos os dias. Cada dia ele bate à minha porta. E também para mim, como para os judeus do tempo de João Batista, não é fácil reconhecê-lo. Naquele tempo, contrariando to-das as expectativas, ele se apre-sentou como um humilde carpin-teiro proveniente de Nazaré, um povoado pouco conhecido. Hoje ele se apresenta no perfil de um migrante, de um desempregado,

do patrão, da colega de escola, dos familiares e até mesmo de pessoas nas quais o semblante do Senhor nem sempre se mostra em toda a sua luminosidade; pelo contrário, às vezes parece estar escondido. A sua voz delicada, que convida a perdoar, a ofere-cer confiança e amizade, a não se conformar com opções contrá-rias ao Evangelho, é muitas vezes abafada por outras vozes que in-citam ao ódio, à prática de tirar vantagem, à corrupção.

Daí a metáfora dos caminhos tortuosos e acidentados, que lem-bram os obstáculos que se contra-põem à vinda de Deus na nossa vida de cada dia. Não vale a pena enumerar a mesquinhez, o egoís-mo, os pecados que se aninham no coração e nos tornam cegos à sua presença e surdos à sua voz. Cada um de nós, se for sincero, sabe quais são as barreiras que lhe impedem o encontro com Jesus, com a sua Palavra, com as pesso-as com as quais ele se identifica. Eis então o convite que a Palavra de Vida dirige hoje exatamente a mim: “Preparai o caminho para o Senhor, endireitai as suas veredas!”.

Endireitar aquele julgamen-to que me leva a condenar o ou-tro, a não falar mais com ele, para chegar a compreendê-lo, a amá--lo, a colocar-me a seu serviço. Endireitar aquele comportamen-to ambíguo que me faz trair uma

amizade, me faz ser violento ou ludibriar as leis civis, para em troca converter-me em alguém disposto a suportar até mesmo uma injustiça para salvar um re-lacionamento, a ser prejudicado se necessário, para fazer crescer a fraternidade no meu ambiente.

A Palavra que nos é proposta neste mês é dura e forte, mas tam-bém libertadora. Ela pode mudar a minha vida, abrir-me ao encon-tro com Jesus, fazendo com que ele venha a viver em mim, e que seja ele em mim a agir e a amar.

Essa Palavra, se vivida, pode fazer ainda muito mais: pode fa-zer nascer Jesus em meio a nós, na comunidade cristã, na família, nos grupos em que atuamos. João Batista dirigiu-a a todo o povo: e Deus “veio morar entre nós” (Jo 1,14), em meio ao seu povo.

Por isso, ajudando-nos uns aos outros, queremos endireitar as veredas dos nossos relaciona-mentos, eliminar todo desacerto que talvez exista entre nós, viver a misericórdia, para a qual somos convidados neste Ano Santo. Des-sa forma, juntos, seremos a casa, a família capaz de acolher Deus.

Está chegando o Natal: Jesus encontrará o cami-nho aberto e poderá permanecer entre nós.

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São João DiegoTestemunho de Vida

Pelas informações de que dispomos, o índio João Diego nasceu em 1474, numa aldeia a 20 km ao norte da atual capital do México.

Sendo pobre e pertencente à casta mais baixa do império aste-ca, seu ganha-pão era o trabalho no campo e a confecção de estei-ras. Possuía uma pequena pro-priedade, onde vivia feliz com a esposa, numa casa modesta. O ca-sal não tinha filhos.

Atraído pela beleza do Evan-gelho pregado pelos Franciscanos – que chegaram ao México em 1524 –, ele se converteu e foi bati-zado, juntamente com a esposa.

Era um homem humilde e simples, que gostava de se retirar para lugares desabitados, a fim de rezar. Sempre que possível, di-rigia-se à cidade do México, para participar da missa e receber os sa-cramentos, fazendo o longo trajeto a pé e descalço.

A esposa, Maria Lúcia, fale-ceu em 1529. João Diego foi mo-rar, então, com um tio, João Ber-nardino, um pouco mais perto da capital do México. Aos sábados e domingos, ele saía de casa antes

do amanhecer e se dirigia à cida-de para ouvir a Palavra de Deus, confessar-se e participar da missa.

Foi durante uma de suas idas à igreja, no dia 9 de dezembro de 1531, quando estava com 57 anos de idade, que, por volta das qua-tro horas da madrugada, ao che-gar perto da colina de Tepeyac, recebeu a primeira aparição de Nossa Senhora. Eis como ela é nar-rada por um manuscrito do século XVI (tudo o que, a seguir, aparece em itálico, é transcrição textual): «Num sábado de 1531, um índio de nome Juan Diego, mal raiava a madrugada, ia do seu povoado a Tlatelolco, para participar do culto divino e escutar os mandamentos de Deus. Já amanhecia quando chegou à colina chamada Tepeyac e escutou que, do alto, o chama-vam: “Juanito, Juan Dieguito!”.

Subiu até o cimo e viu uma senhora de sobre-humana gran-deza, cujo vestido brilhava como o sol e que, com voz muito branda e suave, lhe disse: “Juanito, menor dos meus filhos, fica sabendo que sou Maria sempre Virgem, Mãe do verdadeiro Deus, por quem vi-vemos. Desejo muito que se erga aqui um templo para mim, onde derramarei o meu amor, compai-xão, auxílio e proteção sobre todos os moradores desta terra e outros devotos que me invoquem con-fiantes. Vai ao Bispo e manifesta--lhe o que tanto desejo”».

O bispo, Dom Juan de Zu-márraga, porém, não acreditou nele, e o despediu sem mais nem menos: «Vem outro dia e te ouvi-rei com mais calma».

No sábado à tarde, regressan-do para casa «Juan Diego voltou ao cimo do cerro, onde a Senhora do céu o esperava, e lhe disse: “O bispo não acreditou. Rogo-te que encarregues alguém mais impor-tante de levar tua mensagem com mais crédito, porque não passo de um joão-ninguém”».

Na terça-feira, dia 12, João Diego foi novamente à cidade. Nossa Senhora o esperou no cami-nho e lhe disse: «Ouve e entende bem uma coisa, tu que és o me-norzinho dos meus filhos. O que agora te assusta e te aflige não é nada. Não se perturbe o teu cora-ção nem te inquiete coisa alguma. Não estou aqui eu, tua mãe? Não estás sob a minha proteção? Sobe ao alto da colina, onde acharás um punhado de flores, que deves co-lher e trazê-lo!».

«Quando Juan Diego chegou ao cimo, ficou assombrado com a quantidade de rosas que ali ha-viam brotado em pleno inverno. Envolvendo-as em sua manta, le-vou-as para Nossa Senhora. Ela lhe disse: “Meu filho, eis a prova que apresentarás ao Bispo, para que nela veja a minha vontade. Tu és o meu embaixador, digno de toda a confiança”.

«Ele se pôs a caminho e, ao chegar à presença do Bispo, lhe disse: “Senhor, fiz o que me orde-naste. Nossa Senhora consentiu em atender o teu pedido. Enviou--me ao cimo do cerro para colher estas rosas e trazê-las a ti”.

«Desdobrou a sua branca manta. À medida que as rosas se espalhavam pelo chão, desenha-va-se no pano a preciosa imagem de Maria sempre Virgem, Mãe de Deus, como até hoje se conserva em seu templo de Tepeyac».

Após a construção da cape-la, João Diego residiu numa sala ao lado, e dedicou os 17 anos de vida que lhe restaram propagan-do a devoção àquela que passou a ser venerada sob o título de Nossa Senhora de Guadalupe.

Faleceu a 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos. Quem o canonizou, a 31 de julho de 2002, foi São João Paulo II, que estabe-leceu sua festa litúrgica para o dia 9 de dezembro, data da primeira aparição.

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Opiniões que fazem opinião

A Igreja Católica e o boiocote ao Mato Grosso do Sul

O anúncio dos primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em Palmas, me fez sonhar mais uma vez. Sonhar com um mundo de paz, em que as diferenças sejam respeitadas e os direitos das pessoas garantidos.

Infelizmente, em nosso Estado, os ânimos estão cada vez mais acirrados. A insegurança jurídica continua gerando conflitos entre produtores rurais e comunidades indígenas. Recentemente foi aberta, na Assembleia Legislativa, uma CPI, visando investigar se o Conselho Indigenista Missionário – CIMI – não seria responsável por instigar os índios para uma retomada de terras que consideram suas. Poucos dias depois, foi aprovada outra CPI, chamada do Genocídio, para apurar “ação/omissão do Estado do Mato Grosso do Sul nos casos de violência praticados contra os povos indígenas no período de 2000 a 2015”.

O teor das discussões e manifestações, até agora divulgadas, mostra bem o clima subjacente às CPIs. No fundo, ambas são iniciativas extremas diante da inércia do Poder Público, sobretudo Federal, em resolver uma pendência constitucional, que já se arrasta por décadas.

Tenho entabulado conversas com vários segmentos da sociedade, sobre essa problemática: meus irmãos Bispos, Deputados, Ministério Público, produtores rurais de diversas procedências, movimentos sociais e sindicais com a presença de representantes indígenas ou indigenistas, autoridades em nível estadual e federal... O que percebo é uma revolta crescente, uma paciência já nos limites, particularmente entre índios e produtores rurais, todos ansiando por uma solução que nunca chega.

No dia 7 de outubro foi realizado um Ato Ecumênico na Assembleia Legislativa, com a presença de representantes de várias Igrejas Cristãs e de outros organismos de diálogo e serviço, movimentos sociais e sindicais e centenas de índios de várias partes do Estado. Na ocasião, foram ventiladas expressões, a meu ver, desastrosas, como: “A carne e a soja do Mato Grosso do Sul estão manchadas com o sangue de crianças indígenas”. Foi anunciado, com base a esse slogan, um boicote à produção pecuária e agrícola do Estado, que já contaria com o apoio de alguns organismos internacionais. É importante dizer que esta não é uma iniciativa da Igreja Católica, nem representa a posição dos Bispos do Regional Oeste 1 da CNBB,

que abrange todo o MS.A iniciativa só vem lançar mais lenha na

fogueira. Em primeiro lugar, porque ela é injusta. São centenas os produtores rurais no Estado que nada têm a ver com os conflitos, já que sequer moram ou trabalham em áreas marcadas pela presença indígena. Conheço vários que, mesmo sofrendo a incerteza jurídica, que persiste por inércia do Poder Público, nunca apelaram para a violência, procurando resolver a questão pela via jurídica. Outros até já me disseram que estão dispostos a entregar suas terras, pedindo apenas a indenização a que têm direito, já que não são invasores. Por outro lado, é inegável a situação de penúria, insegurança e insalubridade em que vivem centenas de índios em várias regiões do Estado, com consequências graves na vida desses povos, num flagrante desrespeito a seus direitos.

Certamente, existem líderes católicos que aderem a esse boicote, mas o fazem em nome próprio, ou de algum organismo que representam, mas não falam em nome da Igreja Católica.

Investigações da parte do Ministério Público, da Polícia Federal ou de outros órgãos de inteligência são muito bem-vindas. Que sejam apuradas as responsabilidades pelas violências e pelo desrespeito às leis, venham de onde vierem. No entanto, repito o que sempre tenho declarado: o verdadeiro culpado não se encontra entre os missionários do CIMI ou na Igreja Católica. A culpa também não está entre os índios, nem entre os produtores rurais. Quem está na raiz de todas essas décadas de violência e de desrespeito pelos direitos básicos da pessoa humana é o Poder Público, particularmente o Federal, único competente na matéria.

Os Jogos Mundiais de Palmas, repito, me fazem sonhar mais uma vez. É possível, ou melhor, é imperativo fazer algo de concreto para que a paz, o respeito pelos direitos e pela justiça sejam assegurados a todos. É urgente que as negociações sejam retomadas, com o envolvimento de todas as partes interessadas. E que Mato Grosso do Sul nunca deixe de ser uma “Terra de Deus, Terra de Irmãos” (Campanha da Fraternidade, 1986).

Campo Grande, MS, 28 de outubro de 2015

Dom Dimas Lara BarbosaArcebispo de Campo Grande - MS

Presidente do Regional Oeste 1 da CNBB

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Novena de Natal

Novena de NatalApresentação

ORAÇÃO DE ABERTURA(Para todos os dias da novena)

Animador/a: Iniciemos a nos-sa novena de Natal em nome de Deus Uno e Trino , cantando o Si-nal da Cruz.

Canto: “Nossa novena será abençoa-da...”

Animador/a: Acolhamos com alegria o Senhor Jesus, que há de chegar, pedindo:Todos: Vem, Senhor! Vem nos sal-var! Com teu povo, vem caminhar!

Lado a) Vem de novo, Senhor! Vem nascer nessa nossa terra, onde há tristeza e miséria, onde a injustiça reina!Lado b) Vem Senhor acender no-vamente o fogo do amor, que o egoísmo apagou!

Lado a) Vem de novo, Senhor, plantar a esperança nos corações, onde secou! Lado b) Vem, Senhor, novamente devolver aos que sofrem, a ale-gria de viver!

Lado a) Vem de novo, Senhor, como luz iluminar

este mundo, onde há tanta escuridão!

Lado b) Vem nova-mente, Senhor, com teu

amor para nos unir, como irmãos e irmãs, numa gran-

de fraternidade!

Todos: Vem, Senhor!

Irmãs e irmãos, o Natal se aproxima! Advento é um tempo de espera, de expectativa! Tempo de nos prepararmos para a chegada de Jesus. Tempo de pôr-se a caminho que nos conduz à Belém! Tempo também de abrir o coração, os braços, e as mãos, em sinal de solidariedade e partilha para com os pequeninos, os preferidos de Jesus. Natal é a festa da visita de Deus, na pessoa de Jesus de Nazaré, o Deus Emanuel, que caminha conosco na estrada da vida. Vem Senhor! Vem nos salvar! Com teu povo vem caminhar! Que este Natal possa trazer esperança, para quem anda desesperado; ânimo para quem está desanimado; alegria, para quem está triste; e paz, para quem vive no meio de conflitos e violência! A todas e todos uma abençoada novena, um santo e feliz Natal, e um Ano Novo de muita alegria e paz!

Vem nos salvar. Com teu povo, vem caminhar!Acender a vela (todo dia uma vela a mais)

Animador/a: Bendito sejas, Se-nhor, Deus da Vida, que nos des-te teu Filho, Jesus, como luz do mundo, para iluminar todos os povos!Todos: Bendito seja o nome de Je-sus, agora e para sempre!

Canto: “Nossa novena será abençoa-da!”

ORAÇÃO FINAL(Bênção da água e da casa)

Animador/a: Senhor, fonte de bên-ção e de vida, nós te agradecemos porque fizeste de nosso coração a morada de teu Filho, Jesus. Aben-çoa esta água, dom do Senhor. E faze entrar nesta casa, que nos acolhe, a bênção divina, a alegria sincera, o amor fraterno, uma boa saúde e a partilha solidária.

Todos: Senhor, que tua paz nun-ca nos falte! Que teu amor nos una sempre mais como irmãs e irmãos! E que tua bênção nos acompanhe sempre: Pai, Filho e Espírito Santo.

Canto: “Derrama, Senhor, o Espí-rito Santo, derrama, Senhor, a paz e o amor!”.

Canto final

CANTOS DE ADVENTO E NATALOh! Vinde adoremos

Cristãos, vinde todos com alegres cantos. Oh! Vinde, oh! Vinde até Belém! Vede nascido vosso Rei eterno. Oh! Vinde adoremos, oh! Vinde adoremos, oh! Vinde ado-remos o Salvador!

Glória in excelsis DeoVinde, Cristãos, vinde à porfia, hinos cantemos de louvor, hinos de paz e de alegria, hinos dos an-jos do Senhor: Glória in excelsis Deo!

Noite FelizNoite Feliz! Noite Feliz! Oh, Se-nhor, Deus de amor. Pobrezinho nasceu em Belém, eis na lapa Je-sus, nosso bemDorme em paz, oh! Jesus. Dormeem paz, oh! Jesus.Noite feliz, noite feliz! Oh, Jesus,Deus da luz.Quão afável é o Teu coração, que quiseste nascer nosso irmão E a nós todos salvar, e a nós todos salvar.Noite feliz, noite feliz! Eis que no ar vem cantar Aos pastores e aos anjos do céu, anunciando a che-gada de Deus De Jesus Salvador, de Jesus Salvador.

Natal de JesusNatal de Jesus, festa de alegria,esperança e luz (Bis)1.Toda terra canta um hino ben-dizendo o SalvadorQue em Belém se fez menino dan-do exemplo de amor!2. Uma estrela diferente toda ter-ra iluminou.Foi Jesus que, humanamente, a nós todos se igualou!

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Page 8: Revista Elo Dezembro 2015

Novena de Natal

1º EncontroAcolhemos Jesus, a misericórdia do Pai

Ambiente: Preparar Bíblia, pre-sépio, vela, flores.

Animador/a: Irmãs e irmãos, bem vindos para nosso primeiro en-contro da Novena de Natal. Sua presença é motivo de alegria! É bom estarmos aqui em oração, nos preparando para acolher Jesus, a Luz verdadeira, que ilumina todo ser humano. Quem acolhe Jesus, a misericórdia do Pai, deve tam-bém acolher suas irmãs e irmãos, que precisam de compaixão!

ORAÇÃO INICIAL (Página 7)

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: No dia 08 de de-zembro, Papa Francisco abriu (abre) solenemente o “Ano San-to Extraordinário da Misericór-dia”. Jesus, cheio de compaixão, sempre teve um cuidado especial pelos mais vulneráveis e mais frágeis. Colocou-se do lado dos fracos, excluídos e injustiçados e se identificou com eles. Miseri-córdia é o que mais caracteriza a vida e a prática de Jesus. É seu modo de ser e de agir!

Leitor/a 1: “Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão, por-que eles estavam como ovelhas sem pastor!” (Mc 6,34).

Leitor/a 2: “Tenho compaixão dessa multidão, porque eles não tem nada para comer!” (Mc 8, 2).

Leitor/a 1: “Sejam misericor-diosos, como o Pai de vocês é misericordioso!” (Lc 6, 36).

Todos: “Eu quero a mi-sericórdia e não o sa-crifício!” (Mt 9,13).

Canto

AQUECENDO O CORAÇÃO COM A PALAVRA

Animador/a: Jesus nos mostra o rosto misericordioso e solidário de Deus Pai para com as pessoas excluídas, marginalizadas e sofri-das.

Leitor/a 1: Ter misericórdia é as-sumir de cheio a causa dos pobres e necessitados; é sentir e assumir com carinho as dores do povo que sofre! Ter misericórdia é ter compaixão com a miséria huma-na; é socorrer aquela pessoa, que não aguenta mais o peso da vida!

Leitor/a 2: O “Bom Samaritano”, que “teve compaixão” com o ho-mem assaltado e espancado, e que “praticou misericórdia para com ele”, é colocado, por Jesus, como exemplo de solidariedade em fa-vor do próximo:Todos: “Vá, e faça a mesma coisa!”

Canto de aclamação

Leitor/a 3: Proclamação do Evan-gelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1, 67-79.

a) Como devo hoje praticar a compaixão ou a misericórdia? b) “Não basta olhar para Jesus e virar as costas para o pobre e para quem sofre!” (Papa Francisco). Comente!

Oração: Salmo 103

Animador/a: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai da misericórdia e compaixão!

Leitor/a 1: Do fundo do meu coração

quero bendizer o nome do Se-nhor! Jamais me esquecerei de

tudo o que Ele me tem dado!Todos: É Deus que perdoa todos os nossos pecados e cura todos os nossos males, cercando-nos de amor e compaixão!

Leitor/a 2: O Senhor faz justiça ao pobre e defende os direitos dos oprimidos; tem pena, tem com-paixão! É rico em misericórdia e sempre cheio de amor.

Todos: Qual pai, que tem com-paixão dos filhos, assim é com-passivo o Senhor para conosco. O amor do Senhor existe desde sem-pre e para sempre existirá!

TESTEMUNHO DE VIDALeitor/a 3: Juliana é uma jovem que morava com seus pais; ambos de saúde frágil. Certo dia, Julia-na entrou em discussão com sua mãe e as duas brigaram muito. A mãe foi muito humilhada por sua filha, a ponto de o pai inter-vir em defesa de sua mulher. Sen-tindo que não era mais possível a convivência, Juliana saiu de casa, sem dizer para onde ia. Os pais fi-caram vários dias sem notícia de sua filha. A cada dia que passava, o coração ficava mais apertado. Até que um dia alguém veio com informações a respeito de Juliana, passando necessidade. Ao saber que sua filha estava numa cidade próxima, a mãe não teve dúvida. Apesar de sua frágil saúde, viajou e foi ao encontro de sua filha, pe-dindo que ela voltasse para casa, pois lá era o seu lugar. E mesmo tendo sido ofendida a mãe, com-passiva, acolheu sua filha de bra-ços abertos.

c) Qual lição traz esta história para a nossa vida?

ORAÇÃO FINAL (Página 7)

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Novena de Natal

Acolhida: Preparar uma mesa com símbolos natalinos, presépio ou uma imagem da Sagrada famí-lia.

Animador/a: Queridos irmãos e irmãs, somos chamados a estar atentos aos sinais da chegada de Deus. O centro da nossa alegria, neste tempo especial de Natal, deve ser a pessoa de Jesus!

ORAÇÃO INICIAL (Página 7)

ABRINDO OS OLHOS PARA VERLeitor 1: Muitas vozes tentam nos dispersar, para não ouvirmos a voz de Deus. Como Maria, pre-cisamos ter momentos de silên-cio, para discernir a vontade do Senhor. Nestes dias que antece-dem o Natal, temos que descar-tar todos os apelos consumistas e manter nosso foco no essencial: a alegria de acolher Deus Menino!

Leitor/a 2: Ao decretar o Ano Ex-traordinário da Misericórdia, o Papa nos diz: “Deus nos ama e nos perdoa. A sua misericórdia é infinita”! Confiantes, rezemos:Todos: Por sua misericórdia, atendei-nos, Senhor

Leitor/a 3: Para que saibamos ouvir a voz de Deus, que nos chama a colaborar no anúncio do Reino, peça-mos:

Leitor/a 4: Para que aco-lhamos os pobres, os doentes e os mais neces-sitados de misericórdia, peçamos:

TESTEMUNHO DE VIDAMinha história é igual à de muitas outras pes-soas: vidas que são trans-

formadas ou até interrompidas com a triste notícia de um cân-cer. Recebi o diagnóstico duran-te os preparativos do Natal do ano passado. O que seria festa se tornou uma corrida pela minha saúde. A notícia, se por um lado trouxe dor, medo e angústia, por outro, foi fonte de crescimento, exercício de fé e oportunidade de conhecer este Deus magnífi-co! Quando nos deparamos com uma doença grave, deixamos o orgulho de lado, choramos e cla-mamos ao Senhor, e Ele entra em nossa vida e nos carrega no colo. Não me esqueço de que, na noi-te anterior em que eu saberia da doença, sonhei com alguém me falando a palavra carcinoma, mas que eu não precisaria me preo-cupar porque Deus já estava to-mando conta de tudo. Ao abrir o exame, constava a expressão carcinoma, de alto grau nuclear. Deus preparou meu coração para esta novidade. Fui buscar confor-to na Bíblia e a abri em Jeremias 33, 6, onde dizia: “Vou pensar--lhes as feridas e curá-las, e lhes proporcionar abundância de feli-cidade e segurança”. Tomei pos-se dessa Palavra e a experimentei concretamente. Senti o amor e a solidariedade da minha família, dos amigos, dos colegas de traba-

lho, das aulas de dan-ça e de culinária. Fui submetida à cirur-gia, para a retirada do nódulo da mama e foi um sucesso. O resultado da biopsia definiu a necessidade da quimioterapia. Fui acolhida com amor pela equipe da clíni-ca de oncologia, tor-nando o tratamento bem mais leve. Quan-do achei que ia viver

o pior momento da minha vida, tive a possibilidade de vivenciar a felicidade de ser íntima d’Aquele que é poderoso, Deus. Outro Na-tal se aproxima e já sinto em meu coração o renascer de uma vida nova, seja no cabelo que cresce, seja na pele que se refaz. Esta his-tória só está sendo feliz porque os protagonistas dela somos eu e Deus. Mas, pode ser você e Deus. Basta ter fé, abrir o coração e dei-xar a luz do céu entrar, e tudo o mais Ele fará! (Regina Célia Silva)

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: Quando Deus Pai enviou Jesus ao mundo, Ele o fez para estender sua misericórdia a todos.

Canto de aclamação: Aleluia! Quem diria! Boa nova é encontrar o menino! Aleluia! Quem diria! Partilhando do nosso destino.

Leitor/a 2: Proclamação da Boa Nova segundo Lucas 1, 26-30

PARTILHANDO A PALAVRAa) Podemos notar semelhanças entre a atitude de Maria e da Re-gina, perante as situações novas que lhes foram apresentadas? Comente.b) Como tenho acolhido a vonta-de de Deus?

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Peçamos a Nossa Senhora, que nos ajude a cumprir nossos bons propósitos e a viver na graça de Deus. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória)

ASSUMINDO A PALAVRAc) Escolher um gesto concreto para realizar juntos.

ORAÇÃO FINAL (Página 7)

2º EncontroAtenção: Deus está chegando!

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Novena de Natal

3º EncontroJesus, a verdadeira Luz!

Acolhida: Preparar uma mesa com a Palavra, flores, símbolos natalinos.

Animador/a: Amados irmãos e ir-mãs, Jesus é Luz! Nestes dias que antecedem o Natal é importante confrontarmos nossa vida com a luz de Cristo, permitindo que Ele nos ilumine.

ORAÇÃO INICIAL (Página 7)

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: A luz esclarece, tira dúvida, dá um norte, uma direção. A luz dá confiança na caminhada, proporciona segurança, mesmo se o caminho é difícil. Rezemos em dois coros e a cada prece, rezemos:Todos: O Senhor é a minha luz e a minha salvação. A quem temerei? A quem temerei?

Lado 1: Iluminai, Senhor, nossas trevas interiores.Lado 2: Libertai-nos, Senhor, da dureza de coração, da falta de perdão e de misericórdia.

Lado 1: Perdoai-nos, Senhor, do egoísmo, materialismo e da indi-ferença aos necessitados.Lado 2: Livrai-nos, Senhor, das discórdias, intrigas e toda espécie de desunião.

TESTEMUNHO DE VIDAFui adotada e criada por meus

avós maternos até os cinco anos. Logo depois da morte de minha mãe-avó, uma das minhas tias passou a me criar, como filha. Cresci sabendo que meus pais eram vivos, mas não convivia com eles. Em 1983 vim morar em Dourados, onde estudei e me for-mei professora. Já adulta, passei a conviver com minha mãe legíti-ma e meus dois irmãos, mas não

conhecia meu pai. Com a vida já estabilizada em Dourados, passei a querer conhecê-lo.

Nesse querer intenso, fui pro-curar pelo meu pai. Entretanto, co-meçaram os desencontros. Encon-trei a família de meu pai, porém, ao procurá-lo não o encontrei. Em meio aos desencontros, deixei meu telefone, endereço, mas sem nenhum contato por parte dele.

Em 2013, mexendo com o fa-cebook, aceitei alguns convites de amizade. E eis que, uma de mi-nhas sobrinhas passou a conversar comigo, e me informou que tinha curiosidade de me conhecer. Ela contou que a sua avó, dona An-tônia, esposa de meu pai, deu as informações para ela pesquisar no facebook. Contei os fatos à minha mãe. Ela me deu força para conti-nuar a investigação. Naquele ano, então, passei a ter contato com mi-nhas duas sobrinhas.

Sempre sentia rejeição e evi-tava contatos, como forma de me defender. Elas insistiam, diziam que meu pai queria me conhecer. Então, em 2014 eu também quis conhecer meu pai e abraçá-lo mui-to.

E assim, no dia 28 de setembro de 2014 fui à Campo Grande co-nhecer meu pai. Deus é maravi-lhoso! Ganhei uma família linda! Meu pai pediu perdão para mim, e passamos a ter uma convivência maravilhosa.

Tive o prazer de passar um único Natal com meu pai. Foi um dos melhores presentes que Deus me deu! Mas, após um ano, meu pai veio a falecer, no dia 08 de ou-tubro de 2015. Havíamos feito pla-nos para ele passar uma tempora-da aqui em Dourados, de irmos ao Pernambuco, conhecer alguns pa-rentes. Mas o propósito de Deus é outro.

Alegro-me em Deus por ter

convivido um pouco com meu pai! Foi como se nós tivéssemos convivido a vida toda. Eu o amei e fui muito amada por ele. (Lucimar Cursino da Silva)

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: Permitamos que Cristo, Luz do mundo, nos ilumi-ne com Sua Palavra.Canto

Leitor/a 1: Proclamação do Evan-gelho de Jesus Cristo segundo João 1,6-9

PARTILHANDO A PALAVRA1) João Batista não era a Luz, mas deu testemunho da Luz. Como posso imitá-lo?2) Vimos que a Lucimar soube re-conhecer o amor de Deus no en-contro com seu pai. Comente.

REZANDO A PALAVRALeitor/a 2: “O povo que caminha-va nas trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra, na sombra da morte brilhou uma grande luz” (Is 9,2). Confiantes nesta Palavra rezemos: Sobre nós brilhe, Senhor, a vossa luz

Leitor/a 3: Fazei-nos voltar ao bom caminho e dai-nos a vossa salvação.

Leitor/a 4: Pacificai os corações vio-lentos e livrai-nos dos malfeitores.

ASSUMINDO A PALAVRA3) Que atitudes revelam que a luz de Cristo habita em nós?

ORAÇÃO FINAL (Página 7)

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Novena de Natal

4º EncontroPreparem o caminho do Senhor

Acolhida: Ambiente ornamenta-do com motivos natalinos, manje-doura sem o menino Jesus.

Animador/a: Amados irmãos, nesta caminhada de preparação para o Natal, o apelo é para que preparemos o caminho do Se-nhor. A Palavra fala em aplainar as montanhas, aterrar os vales.

ORAÇÃO INICIAL (Página 7)

Canto: Da cepa brotou a rama

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: Durante muitos sé-culos o Pai preparou um povo e um momento, para que a sua promessa de salvação se tornasse concreta e visível. Leitor/a 1: A “plenitude dos tem-pos” para nós é hoje, agora, pois o Senhor quer estabelecer e con-cretizar o seu Reinado de Amor e Salvação, em nossa vida. O Ad-vento é o tempo de espera, mas também, e principalmente tempo de preparação.

Leitor/a 2: Preparar a chegada do Salvador é assumir em si próprio o compromisso de preparar o coração para esse momento tão importante da nossa caminhada. Jesus continua a nascer nos cora-ções, pois o seu nascimento traz a esperança e a certeza de que Ele é nosso irmão.Todos: Vinde, Senhor Jesus!

TESTEMUNHO DE VIDANos anos que já se foram, o Na-

tal era celebrado muito mais no coração que na aparência.

Para uma família numerosa do nordeste, preparar o Natal signi-ficava respirar um ar diferente. A impressão que se tinha era de que,

naqueles dias, o tempo mudava, a natureza ficava diferente, as pes-soas adquiriam um semblante de paz.

As roupas eram as de sempre. Os calçados, os mesmos: sandálias “lep-lep”, apenas para ir à Igreja e pés descalços sempre. A comida também era a de sempre, o trivial. Feijão com farinha e cuscuz. Quan-do muito, carne de uma criação do terreiro alegrava as refeições, qua-se sempre feitas à sombra de uma árvore na roça, ao lado do cabo da enxada.

Na noite de Natal a festa acon-tecia apenas no coração e nos so-nhos. A Missa, que pouco se en-tendia, era o ponto alto e único. Respirava-se algo diferente, mági-co, inexplicável. Essa magia fazia daquela noite, uma noite especial. Jesus nasceu! A fé existia: real-mente Jesus nasceu. Mas a sensa-ção era de que Jesus havia nascido tão distante, para os outros. Para aquela família o Natal era celebra-do única e exclusivamente na Fé e pela Fé inquebrantável da mãe viúva. (continuação no próximo encontro)

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: O Rei está para che-gar, preparemos o nosso coração, e adequemos a nossa vida aos princípios do Natal, acolhendo Aquele que vem para salvar e li-bertar.

Canto: Adeste Fidelis

Leitor/a 1: Lc 3, 3-6

Animador/a: João Batista percor-ria as margens do Jordão, anun-ciando a chegada do Rei. Vamos refletir a respeito desse apelo do Precursor, pois certamente esse recado deve ter um significado especial e profundo para nós.

PARTILHANDO A PALAVRALeitor/a 2: Alguém muito especial vai chegar, que atitudes devemos tomar para preparar sua chegada? João Batista: “voz que clama no deserto” nos dá a dica dizendo: “Preparai o caminho do Senhor”.

Leitor/a 3: A Palavra nos fala ain-da aplainar, aterrar, endireitar. Onde estas ações devem ser apli-cadas em nossa caminhada?

Animador/a: A nossa preparação para o Natal começa em nós mes-mos, no nosso coração, na nossa conversão, mudança de atitudes. O convite é para empreendermos uma preparação espiritual, e não apenas material e de aparência.

Canto: Senhor, fazei-me instru-mento da vossa paz...

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Senhor, nós que-remos preparar o nosso coração para que possas nascer em nós!Todos: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade!

ASSUMINDO A PALAVRAAnimador/a: Preparar, aplainar, aterrar, endireitar. Eis os verbos e atitudes que devem nos orien-tar nestes dias. Todos eles devem acontecer, primeiramente no es-paço do nosso coração, e a partir dele, transbordar ao nosso exte-rior, como sinal de verdadeira conversão.

Todos: Preparemos, com atitudes e gestos concretos, o nosso cora-ção. Neste Advento, vamos pro-mover a paz por onde andarmos. Sejamos instrumentos da paz...

ORAÇÃO FINAL (Página 7)

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Novena de Natal

5º EncontroJosé recebeu Maria em sua casa

Acolhida: Ambiente com moti-vos natalinos, manjedoura sem o menino Jesus.

Animador/a: O mistério da en-carnação de Jesus, desafia a nos-sa fé: Maria que engravidou sem a participação de um homem. E José que duvidou da fidelidade da sua esposa. Deus não explica tudo, mas intervém, em favor da nossa dificuldade de crer, para que a sua vontade se realize.

ORAÇÃO INICIAL (Página 7)

Canto: Meu bom José...

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: Deus é onipotente, criou tudo e todos sem necessi-tar da ajuda de ninguém. Porém para realizar a sua promessa de salvação Ele quer contar com a nossa colaboração.

Leitor/a 1: São incontáveis os co-laboradores que Deus chamou para concretizar a sua salvação, ao longo da história. Para formar um povo e desse povo fazer nas-cer o Filho de Deus, feito homem.

Leitor/a 2: Deus precisou de Ma-ria e de José. Ela para gerar e ser mãe; ele para proteger, cuidar e defender mãe e filho. Não foi fácil para os dois; foi preciso a inter-venção do Anjo.Todos: Jesus, Maria e José, nossa família vossa é!

TESTEMUNHO DE VIDA(Continuação)

Por anos a fio, os filhos mais novos, ao retornar da Missa do Galo, sonolentos e cansados, pois o costume era dormir com o escu-recer do sol, faziam seu mais im-portante e diferente gesto da noite

de Natal. Colocavam seus chinelos “lep-lep” na janela, na esperan-ça de que um tal “Papai Noel” se lembrasse de passar por aqueles distantes e esquecidos rincões. A cada Natal, uma nova esperança: quem sabe, dessa vez... Mas não! O “papai Noel” nunca passava por ali e no amanhecer do dia as sandálias permaneciam vazias.

Nunca houve presentes, mas o Natal sempre era especial, o cora-ção de todos se enchia de paz e de um sentimento inexplicável, in-contido e, por fim, todos tinham a certeza de que verdadeiramen-te Jesus havia nascido renovando as forças e as esperanças. Hoje, tudo mudou: muitos presentes, comida, roupas novas, casa pin-tada, muita alegria. Mas aquela família, já crescida e amadureci-da, continua sentindo falta e sau-dade daquele Natal, regado a fé e sonhos de criança. Hoje todos entendem porque o Papai Noel nunca foi lá. Era e continua sen-do, apenas imaginação de crian-ça. Pena que em muitas famílias a figura do tal Papai Noel tornou--se mais importante que a do pró-prio Deus-Menino. (Luís Torres)

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: As dificuldades de Maria e de José, para aceitar a missão a eles confiada por Deus, são superadas no momento em que eles respondem com amor ao seu chamado. Canto: Palavra de Salvação....

Leitor/a 1: Proclamação do Evan-gelho segundo Mt 1, 18-25

Animador/a: A história do nasci-mento de Jesus nos mostra o ma-ravilhoso encontro da divindade que pode tudo, com a humanida-de que pouco entende da vontade de Deus.

PARTILHANDO A PALAVRALeitor/a 2: Como Maria, somos convidados a também gerar Jesus para o mundo. Quais são as di-ficuldades que apresentamos ao convite de Deus?

Leitor/a 3: Como José, somos cha-mados a assumir a responsabili-dade de cuidadores da Palavra e mesmo da Pessoa de Jesus. Que barreiras devemos eliminar para realizar essa importante missão?

Animador/a: O que nos impede de agir com a mesma obediência de Maria e o zelo de José, em rela-ção às coisas de Deus e da Igreja?

Animador/a: Entoemos o Magni-ficat – Lucas 1, 46-55

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Senhor, nós que-remos preparar o nosso coração para que possas nascer em nós!Todos: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade!

ASSUMINDO A PALAVRAAnimador/a: De uma forma espe-cial, somos convidados a sermos mães e pais do Deus Menino, para que Ele seja apresentado ao mundo e o mundo o reconheça como Salvador e Senhor.

Leitor 1: Vamos aco-lher Jesus em nossa vida, no seio da nos-sa família, em nossa caminhada e sobre-tudo em nosso coração, assim como Maria e José.

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Novena de Natal

6º EncontroJoão aponta o Messias

Ambiente: Preparar um altar com flores, rosas, símbolos de Natal, as imagens de Maria e José ao lado ao Manjedoura à espera do menino Jesus.

Animador/a: Queridos irmãos e irmãs sejam todos bem vindos, estamos iniciando nosso sexto encontro. É o amor de Maria e de seu Filho Jesus que nos saúda e nos acolhe a cada dia nessa no-vena pelas casas por onde passa-mos. Esse amor expressa a ternu-ra e a misericórdia de Deus, com que somos saudados e acolhidos todos os dias em nossa vida.

ORAÇÃO INICIAL (Página 7)

Canto: Maria de Nazaré, Maria me cativou. Fez mais forte a mi-nha fé e por filho me adotou. Às vezes eu paro e fico a pensar e sem perceber me vejo a rezar. E meu coração se põe a cantar para virgem de Nazaré. Menina que Deus amou e escolheu para Mãe de Jesus, o Filho de Deus, Maria que o povo inteiro elegeu, Senho-ra e Mãe do céu. Ave Maria, Ave Maria, Ave Maria, Mãe de Jesus.

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: Preparar-nos para o Natal de Jesus não é um ato meramente humano, usando coisas descartá-veis que expressam um amor passageiro, ou até mesmo interesseiro. Na-tal é viver a mística divi-na do Menino Deus que nos visita, nos transfor-ma e nos capacita para mostrá-Lo, presente em nós, às pessoas e ao mun-do onde vivemos.

Leitor/a 1: Existem pes-

soas que não se saúdam. Saudar, como diz a palavra, implica o de-sejo de “saúde” e de “vida” para outras pessoas. Saudar alguém é como dizer-lhe: que tenha vida e vida em abundância!

Leitor/a 2: O relato evangélico do nosso encontro de hoje, vai girar em torno da força imprevisível de uma saudação, não uma saudação meramente convencional, mas ex-pressão de alguém que invadido pela Vida de Deus, se torna porta-dor da Vida.

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUSAnimador/a: Na Palavra que ou-viremos, como porta-voz do Espí-rito, Isabel bendiz a Maria. Procla-ma que ela é “bendita de Deus” e que é “bendito” também o fruto do seu ventre, dom de Deus.

Canto: Envia tua palavra, palavra de salvação, que vem trazer espe-rança, aos pobres, libertação.

Leitor/a 2: Proclamação do Evan-gelho de Jesus Cristo segundo Lc 1, 39-45.

PARTILHANDO A PALAVRAa) Qual foi a maior surpresa e a alegria de Isabel ao receber a sau-dação de Maria?

b) Nossas saudações têm algo a ver verdadeiramente com a vida?

TESTEMUNHO DE VIDACerta vez, numa celebração

eucarística, quando o povo se preparava para a Liturgia da Pa-lavra, um homem de semblante sereno, mas apressado, entrou na igreja, chegou bem perto do presbitério, onde se encontra-va o sacerdote e sem nenhum constrangimento disse espon-taneamente para ele: “Senhor padre, eu ia passando em frete à sua igreja e o avistei, por isso, vim lhe saudar, pois meu tempo é pouco, vou-me embora, mas noutra vez paro para conversar”. O presbítero guardou essas pa-lavras em seu coração e depois da missa quando se dirigia para as demais atividades, pensava sobre o fato e chegou à conclu-são que, por mais que foi rápida a saudação, sentiu ter sido dife-rente de todas as outras que, mo-mentos antes, ele havia recebido na entrada da igreja. Pensava consigo que, também Deus pas-sa rapidamente por nossa vida todos os dias, através de sua Pa-lavra e seus sinais, deixando a sua mensagem. Muitas vezes O deixamos passar despercebido,

não vemos sua saudação e não percebemos o bem que Ele nos traz.

ASSUMINDO A PALAVRAc) Como podemos mo-tivar a saudação nas re-lações interpessoais no mundo pós-moderno, a pesar de nossa pressa?

ORAÇÃO FINAL (Página 7)

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Novena de Natal

7º EncontroNão havia lugar para Ele

Ambiente: Preparar um altar com a manjedoura ainda vazia e ao lado Maria e José, juntamente com algum símbolo do Natal.

Acolhida: Caros irmão e irmãs, o espírito natalino vai nos envol-vendo a cada dia, trazendo-nos a alegria da espera. É uma grande celebração, é o verdadeiro Deus, é o Verbo encarnado no seio de Ma-ria que vem ao nosso encontro. O tema de hoje é bastante sugestivo, mas ao mesmo tempo intrigante: “Não havia lugar para Ele”.

ORAÇÃO INICIAL (Página 7)

Canto: É Natal de Jesus! Festa de alegria, de esperança e luz. (2x)1. Toda terra canta um hino, ben-dizendo o Salvador, que em Be-lém se fez menino, dando exem-plo de amor!

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: Ao longo de nossa vida vamos construindo uma es-cala de valores, desde nossas op-ções primeiras, assim como aque-les que ocuparão os devidos luga-res em nosso coração e às vezes não deixamos espaço àquele que mais precisa de um acolhimento e de um aconchego.

Leitor/a 1: Para nós, cristãos e cristãs, a noite do nascimento de Jesus é a “noite das noites”, po-rém uma história carregada de preocupações e sofrimentos, seja da parte de Maria e José, seus pais, que não encontraram um lugar na cidade de Belém, bem como para Jesus, que nasceu de forma precária em meio aos ani-mais.

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUSAnimador/a: Obedientes às or-

dens do imperador Augusto, que pediu um recenseamento, Maria e José se dirigiram a Belém, que era a cidade do esposo. Dessa ma-neira se cumpririam as profecias que diziam que o filho de Maria deveria nascer em Belém, cidade de Davi.

Canto: 1. Uma entre todas foi a escolhida: foste tu, Maria, serva preferida, Mãe do meu Senhor, Mãe do meu salvador. Maria cheia de graça e consolo, venha caminhar com teu povo, nossa Mãe sempre serás.2. Roga pelos pecadores desta terra. Roga pelo povo que em seu Deus espera, Mãe do meu Senhor, Mãe do meu Salvador.

Leitor/a 2: Proclamação do Evan-gelho de Jesus Cristo segundo Lc 2, 1-7

PARTILHANDO A PALAVRAa) O que representou para Maria e José não terem encontrado um lugar para Jesus nascer digna-mente? b) Que significa para nós hoje, Je-sus ter nascido pobre em Belém?

TESTEMUNHO DE VIDALeitor/a 3: Larissa nasceu com apenas oito meses, veio de uma gravidez de risco, liberada do hospital antes do tempo previsto e do peso normal de uma crian-ça recém nascida. A partir de então, ela e seus pais co-meçaram um processo difícil de ser resolvido, tanto na questão de sua vida, como de sua saúde. Maior dificuldade ainda dizia sua mãe, é que o casal antes não tinha uma vivência profunda numa comunidade de fé, e des-sa forma tiveram que lidar sozinhos com tal situação,

sem poder desfrutar até mesmo da visita de algum membro da comunidade e do aconchego da mesma. Hoje todos participam, a igreja se tornou sua família e lá não somente se busca viver uma fraternidade, assim como à luz da Palavra de Deus procuram ver melhores condições de vida para outras pessoas, sejam cristãs ou não. É como usar da misericórdia de Deus que ama a todos. Con-forme o testemunho dessa mãe, Jesus continua necessitando de um lugar, seja nas crianças que nascem, nos pobres necessitados, nos marginalizados e indefesos de modo geral.

ASSUMINDO A PALAVRAc) Este testemunho ajuda em nos-sa vida? Tem alguma situação pa-recida que você conhece e possa contribuir?

Canto: Hoje a noite é bela, vamos à capela sob a luz da vela, felizes a cantar! Ao soar o sino, sino pe-quenino vai o Deus Menino, nos abençoar.Bate o sino pequenino, sino de Belém. Já nasceu o Deus me-nino, para o nosso bem. Paz na Terra pede o sino, alegre a can-tar. Abençoe Deus menino, este nosso lar.

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Novena de Natal

8º EncontroA visita dos Pastores ao Menino Jesus

Acolhida: Preparar o ambiente com o presépio.

Animador/a: Amados irmãos e irmãs, neste tempo nos prepara-mos para celebrar o Natal do Se-nhor. Comecemos juntos nossa Novena.

ORAÇÃO INICIAL (Página 7)

Leitor/a 1: Deus desce realmente. Torna-se criança, colocando-Se na condição de dependência total, própria de um ser humano re-cém-nascido. O Criador que tudo sustenta nas suas mãos, de Quem todos nós dependemos, faz-Se pe-queno e necessitado do amor hu-mano.

ABRINDO OS OLHOS PARA VERLeitor/a 2: São Lucas conta-nos que Deus levantou um pouco o véu que O encobria diante de pes-soas de condição muito humilde, diante de pessoas que habitual-mente eram desprezadas na gran-de sociedade: diante dos pastores que, nos campos ao redor de Be-lém, guardavam os animais.

Leitor/a 1: O Evangelista diz-nos que estas pessoas “velavam”. A um coração vigilante pode ser di-rigida a mensagem da grande ale-gria: “esta noite nasceu para vós o Salvador”.

Leitor/a 2: Só o coração vigilante é capaz de crer na mensagem. Só o coração vigilante pode incutir a coragem de pôr-se a caminho, para encontrar Deus nas condi-ções de uma criança no curral.

Todos: Sim, Senhor, fazei-nos ver o esplendor da Vossa Glória.

Animador/a: Peçamos ao Senhor

para que nesta hora nos ajude a tornar-nos também pessoas vigi-lantes.

Todos: “Vinde, Senhor Jesus! Vin-de ao Vosso modo, da maneira que conheceis. Vinde aonde sois desconhecido. Vinde à Vossa ma-neira e renovai o mundo de hoje. Vinde também aos nossos cora-ções, vinde e renovai o nosso vi-ver.” (Papa Emérito Bento XVI)

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: Abramos o coração para acolher a Palavra de Deus, para acolher o Verbo que se fez carne e que convida-nos a fazer--nos, também nós, pequenos e vi-gilantes.

Canto de Aclamação

Leitor/a 3: Proclamação do Evan-gelho de Jesus Cristo segundo Lucas 2, 8-14.

PARTILHANDO A PALAVRAa) A condição de Jesus Menino indica-nos como podemos encon-trar Deus e gozar de Sua presen-ça. Temos acolhido o Mistério e o Amor de Deus com simplicidade e confiança, ou esperamos grandes milagres e provas de Seu Amor?b) Os pastores eram pessoas ver-dadeiramente vigilantes, nas quais estava vivo o sentido de Deus e da Sua proximidade. E nós, temos parado um pouco para escutá-Lo e para reconhecê-Lo nas pequenas coisas do dia-a-dia?

TESTEMUNHO DE VIDAAlguns anos atrás eu estava vi-

sitando uma paróquia da periferia de São Paulo, num bairro muito pobre, cujas famílias viviam qua-se todas em favelas, ao lado de um córrego poluído, sujo e cheio de ratos. Uma tarde fui visitar os

doentes com o diácono Gilberto, um senhor muito bom e dedica-do aos mais humildes. “Quero te levar na casa do Samuel!”. Entra-mos numa viela e, numa casa mui-to humilde, encontramos Samuel, uma criança de dois anos com graves problemas cardíacos, que várias vezes tinha chegado à beira da morte. A mãe estava preocupa-da que Samuel falecesse sem ba-tismo. Demos todas as indicações para viver o sacramento e rezamos juntos. Meses depois encontrei o diácono e me disse: “Giovanna, você lembra do Samuel? Ele foi batizado, fez uma cirurgia e ago-ra tá fofinho! Ele com a graça de Deus sobreviveu!” (Missionária Maria Giovanna Maran)

REZANDO A PALAVRALeitor/a 1: Em cada criança, senti-mos a presença do Menino de Be-lém. Pensemos, pois de modo par-ticular também naquelas crianças às quais é recusado o amor dos pais; nos meninos de rua que não têm o dom de um lar; nas crianças que são brutalmente usadas como soldados e feitas instrumentos da violência, em vez de poderem ser portadoras da paz.

Todos: Senhor, fazei-nos instru-mentos de Vossa paz e de Vosso amor.(Preces espontâneas)

ASSUMINDO A PALAVRAAnimador/a: Voltemo-nos ago-ra com o olhar dos pastores, que esperam o nascimento de Jesus, e aprendamos deles o segredo da vigilância e da simplicidade, para saborear a alegria do Natal.

Todos: Ave Maria...

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Novena de Natal

9º EncontroJesus, presente maravilhoso do Pai

Acolhida: Preparar uma manje-doura ornada para o Menino Jesus.

Animador/a: Está chegando Na-tal, a manifestação de Deus e da Sua grande luz num menino que nasceu para nós. Nascido no está-bulo de Belém, não nos palácios do rei. “Nisto manifestou-se o Amor de Deus por nós: Deus enviou seu Filho Único ao mundo para que vivamos por Ele” (1 Jo 4, 9).

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Canto: É Natal de Jesus! Festa de alegria, de esperança e luz!

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: Em 1223, quando Francisco de Assis celebrou em Greccio o Natal com um boi, um jumento e uma manjedoura cheia de feno, tornou-se visível uma nova dimensão do mistério do Natal. Francisco designou o Natal como “a festa das festas”, mais do que todas as outras solenidades . (Fontes Franciscanas).

Leitor/a 1: Ele beijava, com gran-de devoção a imagem do Menino e balbuciava-lhes palavras de ter-nura.

Leitor/a 2: Graças a Francisco e ao seu modo de crer, aconteceu algo de novo: ele descobriu a humani-dade de Jesus. O Filho de Deus vis-to como menino, como verdadeiro filho de homem: isto tocou profun-damente o coração do Santo de As-sis, transformando a fé em amor.

Todos: “Manifestaram-se a bon-dade de Deus e o seu amor pelos homens”.

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: Abramos o coração

para ouvir a Palavra de Deus.

Canto: Nasceu Jesus Salvador: Ale-luia, aleluia! É ele o Cristo Senhor: Aleluia, aleluia!

Leitor/a 3: Evangelho segundo Lucas 2, 15-20.

PARTILHANDO A PALAVRAa) “Contemplando o Menino Je-sus recém-nascido e reclinado numa manjedoura, somos convi-dados a refletir. Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me al-cançar por Ele, deixo-me abraçar, ou impeço-Lhe de aproximar--Se?” (Papa Francisco)b) “Temos a coragem de acolher, com ternura, as situações difíceis e os problemas de quem vive ao nosso lado?” (Papa Francisco).

REZANDO A PALAVRALeitor/a 1: “A resposta do cristão não pode ser diferente da que Deus dá à nossa pequenez. A vida deve ser enfrentada com bondade e mansidão. Senhor, ajudai-me a ser como Vós, concedei-me a gra-ça da ternura nas circunstâncias mais duras da vida, de me aproxi-mar ao ver qualquer necessidade, a graça da mansidão em qualquer conflito”. (Papa Francisco)

TESTEMUNHO DE VIDAUma tarde, nós da Pastoral Car-

cerária, fomos visitar os irmãos do presídio de Dourados. Entrando no corredor de um bloco, logo os presos se aproximaram da grade, para ouvir nossas palavras e par-

tilhar um momento de fé e oração. Estavam nos aguardando com ca-rinho e esperança. Após uma lei-tura do Evangelho um deles, Luiz, fez a seguinte oração: “Agrade-ço a Deus pela visita de vocês! A sociedade nos condenou, muitas das nossas famílias não vem mais nos visitar, porque não acreditam mais em nós e na nossa mudança. Mas a presença de vocês aqui hoje é o sinal que Deus não esquece e ainda acredita em nós! Todos jun-tos cantaram animadamente uma música que o mesmo Luiz acom-panhou com o violão: Tem anjos voando neste lugar... (Pastoral Carcerária de Dourados)

Todos: Com os pastores e os an-jos, “agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do co-ração o nosso louvor pela sua fidelidade: Nós Vos bendizemos, Senhor Deus Altíssimo, que Vos humilhastes por nós. Sois imen-so, e fizestes-Vos pequenino; sois rico, e fizestes-Vos pobre; sois onipotente, e fizestes-Vos frágil” (Papa Francisco).

ASSUMINDO A PALAVRALeitor/a 2: O Natal é um convite a contemplar, no Menino Jesus, o Mistério de Deus que se faz ho-mem na humildade e pobreza e a acolher em nós mesmos este Menino, presente do Pai para nós. Portanto, sejamos portadores da alegria, novidade e luz de Deus, manifestadas no Natal.

Todos: “Ó humildade admirável, ó pobreza estupenda! O Rei dos anjos, Senhor do Céu e da Ter-ra, repousa numa manjedoura!” (Santa Clara de Assis).

ORAÇÃO FINAL (Página 7)

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Novo bispo diocesano: mensagens“Eis que lhes anuncio uma boa notícia, que será de

grande alegria para todo o povo” (Lc 2,10.Foi com estas palavras que, na Noite de Natal,

os anjos anunciaram aos pastores de Belém o nasci-mento de Jesus.

É a alegria proporcionada pela presença do Emanuel – “Deus conosco” – que continua sustentan-do a Igreja e a cada um de seus filhos e filhas através dos séculos. Habitando e caminhando lado a lado co-nosco, Deus nunca perde ocasião de realizar sempre maravilhas em que se deixa envolver por seu amor.

É com essa mesma alegria que a Diocese de Dourados recebe hoje a tão esperada notícia da nomeação, feita pelo Papa Francisco, de seu novo bispo diocesano, o sexto desde a criação da Diocese, na pessoa do Pe. Henrique Aparecido de Lima, Su-perior Provincial da Congregação do Santíssimo Redentor, cujos membros são conhecidos como “Redentoristas”.

O Pe. Henrique tem 51 anos, tendo nascido no dia 28 de julho de 1964, na cidade de Assis Chateau-briand, no Paraná. É o mais velho de sete irmãos, filho de Manoel Catarino de Lima (falecido) e de Sebastiana Onofre de Lima.

Aos 17 anos, visitando o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, se sentiu chamado por Deus a ingressar na Congregação Redentorista. Fez os votos solenes em maio de 1999, e no dia 21 de novembro do mesmo ano, foi ordenado sacerdote em Diadema, no Estado de São Paulo.

Por uma feliz coincidência, sua primeira ati-vidade pastoral como sacerdote foi levada adiante em nossa Diocese, na Paróquia São José, em Ponta Porã, administrada justamente pelos Padres Reden-toristas. No Mato Grosso do Sul, atuou ainda em Aquidauana e em Campo Grande. A partir de ou-tubro de 2014, é Superior Provincial da Província de Campo Grande, que compreende os Estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná, com sede em Curi-tiba.

Com alegria, amizade e esperança, a Diocese de Dou-rados acolhe seu futuro bis-po, o qual, de acordo com as primeiras informações, pode-rá ser ordenado em nossa ca-tedral diocesana, em meados de janeiro de 2016.

Dom Redovino Rizzardo, cs

Queridos irmãos e irmãs da Diocese de Dourados/MS.

Durante Assembleia de nossa Província Redentorista de Campo Grande, quarta-feira 21 de outubro, o Papa Francisco me nomeou bispo desta querida Diocese de Dourados. E hoje, dia de São João Paulo II em oração lhe dirijo esta saudação a todos da diocese.

Sinto a mão de Deus e sua misericórdia nos envolvendo. Assim, há 48 dias da proclamação do ano Jubilar da misericórdia, olhando para minha vida religiosa, para o meu ministério sacerdotal, vejo o quanto o Senhor nos ama e nos envolve em seu reino. Agora assumo uma nova missão com todos vocês.

Quero agradecer Dom Redovino Rizzardo, CS, que com muita alegria me acolheu, me incentivou e me coloca em oração. Também me dirijo ao clero diocesano, aos religiosos e religiosas, comunidades de vida, pastorais, movimentos e serviços, e ao povo de Deus desta diocese. É com muita alegria que acolho esta nova missão, que a Igreja me confia em nome da Santíssima Trindade. Peço-lhes que orem por mim, a fim de que eu seja um Pastor segundo o coração de Jesus Redentor.

Desde já me coloco à disposição no serviço à Igreja (eu vim para servir, Mc 10,45) em Dourados, para caminharmos como irmãos no serviço pastoral rumo ao Reino definitivo.

Agradeço também ao episcopado do Regional Oeste I que me acolhe, neste momento especial, para juntos trabalhar no pastoreio com o povo de Deus do estado do Mato Grosso do Sul. Ao Dom Dimas e Dom Mariano que estiveram visitando a Assembleia Provincial dando bênção aos confrades e me felicitando pela nova missão episcopal na Diocese de Dourados

Que Nossa Senhora Mãe Santíssima nos protege e nos guarde no seguimento de seu filho Jesus na continuidade do pastoreio da desta Diocese.

Que o Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da nossa Diocese continue nos fortalecendo da Graça do amor de Deus por todos nós!

Mosenhor Henrique Aparecido de Lima, C.Ss.R.

A Diocese em Revista

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A Diocese em Revista

Pais: Manoel Catarino de Lima e Sebastiana Onofre de Lima

Henrique com seus irmãos Desde jovem Henrique gostava de animar os colegas com a música

Henrique recebendo o sacramento da CrismaPara pagar os estudos no seminário,

Henrique foi caminhoneiro Henrique com seus familiares

20/11/1999: Ordenação presbiteralOrdenação presbiteral: Henrique com seus pais Dando a comunhão a sua mãe

Dando a comunhão a seu paiPadre Henrique em sua primeira paróquia,

Ponta Porã A mãe como religiosa da Copiosa Redenção

Novo bispo diocesano: flashs

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Datas Significativas

Agenda Diocesana

AniversariantesReligiosos/as Padres e Diáconos

Fique por dentro!

Nascimento03. Pe. Adriano Van Ven, svd03. Pe. José Alexandre de Almeida, mipk14. Pe. Casimiro Facco, sac22. Diác. Sidnei T. Lopes23. Frei Érico Renz, ofm

Ordenação02. Pe. Wilbert M. da Silva03. Pe. Crispim G. dos Santos03. Pe. José Luiz Tomio, sac04. Pe. Aldoir Ceolin, sac07. Pe. Fábio F. da Silva08. Pe. José Alexandre M. de Almeida, mipk08. Diác. Heitor Espindola08. Diác. Arcizo C. de Souza08. Pe. Alvino F. de Souza08. Pe. Telmo Buriol, sac08. Pe. Antônio Pádua de Souza, mipk

10. Pe. Salvador Tomio, sac11. Diác. Antônio Bitencourt do Amaral11. Diác. Arlindo Mantovani11. Diác. José M. de Almeida11. Diác. Lourival Centurião Marcelino11. Diác. Luiz Wanderley Schluchting13. Diác. Vílson Buzzio Hernandes16. Pe. Laurindo Zeni, sac16. Pe. Adriano Stevanelli17. Pe. Martinho A. de Sousa, sjs19. Pe. Paulo do Nascimento Souza, cssr22. Pe. Nereu Borin, sac26. Pe. Jorge Dal Ben30. Pe. Pedro Wegmann, sac

Nascimento05. Ir. Ana Maria do Coração Amoroso do Pai, fpss05. Ir. Mariana da E. do Verbo, fpss07. Ir. Anari Nantes, isj18. Ir. Neide L. Mühlbauer, isna20. Ir. Lúcia Wolfart, ufcc26. Ir. Rita Beatriz Röhsler, ufcc27. Ir. Aurora Cossu, IMC30. Ir. Safira Maria de Cristo Rei, fpss

Profissão Religiosa07. Ir. Elaine Silva Freitas, isna08. Ir. Laís Maria de Nossa Senhora dos Anjos, ocs08. Ir. Álison Humberto Furlan, Maristas

09. Ir. Valério Della Libera, Maristas12. Ir. Maria Aparecida da Cruz, icmes12. Ir. Adiles Schäfer, mesc12. Ir. Mirian Terezinha Beuren, mesc14. Ir. Iolanda dos Santos, icmes14. Ir. Ivani Lima Soares da Silva, icmes17. Ir. Graciema Maria Parizoto, isj17. Ir. Jovita Sauther, isj17. Ir. Maurilia Carra, isj17. Ir. Olga Beitos, isj17. Ir. Santina Pasuch, isj 18. Ir. Aurora Tormen, isj29. Ir. Maria Cristina da Virgem Imaculada e São José, ocs

05 – Crismas em Dourados (Paróquia Bom Jesus)06 – Missa do bispo diocesano no Mosteiro Santa

Maria dos Anjos, pelo “envio missionário” de Irmãs Clarissas para a Itália.

08 – Abertura do Ano Santo da Misericórdia no Va-ticano

11/13 – Encontro do Caminho Neocatecumenal, no IPAD

12 – Abertura do Ano Santo da Misericórdia e Mis-sa de ação de graças pelos 15 anos de serviço

03 – São Francisco Xavier, padroeiro das missões06 – 2° Domingo de Advento 08 – Imaculada Conceição de Nossa Senhora, titu-

lar da Catedral e padroeira da cidade09 – São João Diego, indígena12 – Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da

América Latina13 – 3° Domingo de Advento: Coleta para a

pastoral de Dom Redovino, na Cate-dral Diocesana

13 – Abertura do Ano Santo nas Paróquias (e no Santuário Diocesano de Nossa Senhora Apa-recida, pelo bispo diocesano) – Crismas em Dourados (Paróquia Santo André)

19 – Ordenação presbiteral de Leandro Aparecido Ramos, SAC, em Fátima do Sul

Evangelização17 – Aniversário de nascimento do Papa Francisco20 – 4° Domingo de Advento25 – Natal de Jesus26 – Santo Estevão, diácono27 – Sagrada Família28 – Santos Inocentes31 – Celebração/Encerramento/Início do Ano

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