revista digital mouro

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MOURO . IESALBERICIA @ GMAIL . COM nº 19 WWW.IESALBERICIA.COM sumario “Los rugidos de la galerna no pueden acallar la voz del vate de Mouro, y tampoco hay tinta que emborrone su estampa, la del amor pirata que a fuerza de padecer ha enraizado a los pies de un faro como la roca milenaria a donde van a morir las utopías (o a nacer)”. “Los medios modernos construyen selectivamente el conocimiento de la sociedad”. Stuart Hall, ‘Culture the media and the ideological effect’

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Publicación del IES La Abericia ( Santander ) CANTABRIA

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  • mouro. iesalberic [email protected]

    n 19

    WWW.IESALBERICIA.COM

    sumario

    Los rugidos de la galerna no pueden acallar la voz del vate de Mouro, y tampoco hay tinta que emborrone su estampa, la del amor pirata que a fuerza de padecer ha enraizado a los pies de un faro como la roca milenaria a donde van a morir las utopas (o a nacer).

    Los medios modernos construyen

    selectivamente el conocimiento

    de la sociedad.Stuart Hall, Culture the media and the ideological effect

  • EDITORIAL

  • E n e l e d i t o r i a l d e l n m e r o a n t e r i o r s e a l b a m o s q u e este curso iba estar marcado p o r l a s n u m e r o s a s i n q u i e t u d e s q u e s e h a b a n d e s p e r t a d o e n l a c o m u n i d a d e d u c a t i v a c o m o c o n s e c u e n c i a d e u n a a n u n c i a d a p o l t i c a d e r e c o r t e s s o b r e e l s i s -t e m a e d u c a t i v o p b l i c o d i s e a d a e n l e j a n o s d e s p a c h o s d e B e r l n y B r u s e l a s y c o m p l e t a d a c o n m u y a g r e s i v o s m a t i c e s t a n t o e n l o s d e s p a c h o s d e l P P d e M a -d r i d c o m o e n l o s d e S a n t a n -d e r . T e r m i n a e l c u r s o y l a s inquietudes no han hecho s ino m u l t i p l i c a r s e . N u e s t r a s p r e -v i s i o n e s h a n r e s u l t a d o s e r d e m a s i a d o i n o c e n -t e s . A d a d e h o y p o d e m o s c o n -c l u i r q u e s e t r a t a d e l a o f e n s i v a m s d u r a y c o m p l e t a c o n t r a l a e d u c a c i n p b l i c a d e s d e h a c e m u c h a s d c a d a s . E l a u m e n t o d e l a r a t i o , e l r e c o r t e b r u t a l e n l a f i n a n c i a c i n , l a l i q u i d a c i n d e f a c t o d e l o s r e f u e r z o s e d u c a t i -

    v o s , e l d e s p i d o d e c e n t e n a r e s d e p r o f e s o r e s i n t e r i n o s e t c . m i e n t r a s s e d e s c o n o c e e s t a a u s t e r i d a d e n l o s c o n c i e r t o s d e l a e n s e a n z a p r i v a d a e i n c l u s o s e f i n a n c i a n c o n d i n e r o p b l i c o nuevos centros pr ivados que prac-t i c a n u n a e d u c a c i n n e t a m e n t e s e x i s t a t o d o p a r e c e i n d i c a r q u e l o s n u e v o s g e s t o r e s d e l a e d u c a c i n p b l i c a d e C a n t a b r i a h a n a p o s t a d o p o r d e f e n d e r e l n e g o c i o y l i q u i d a r e l s e r v i c i o .

    P o r o t r a p a r t e , e s p r e c i s o r e c o -n o c e r a q u q u e c a d a v e z q u e e l s r c o n s e j e r o a n u n c i a u n n u e -v o h a c h a z o l o p r e c e d e d e u n a frase (siempre la m i s m a ) q u e n o s invita ciertamen-

    t e a l a c o m p r e n s i n c u a n d o n o a l a i n d u l g e n c i a : C o m o c o n s e -c u e n c i a d e l a s m e d i d a s i m p u e s -t a s p o r e l G o b i e r n o C e n t r a l . A t e n c i n a l p a r t i c i p i o u t i l i z a -d o . E s r e a l m e n t e f o r m i d a b l e . E l D i c c i o n a r i o d e l a R e a l A c a d e m i a E s p a o l a d e f i n e a s e s t e v e r b o e n s u p r i m e r a a c e p c i n : ( d e l

    l a t . i m p o n r e ) . P o n e r u n a c a r g a , u n a o b l i g a c i n u o t r a c o s a . E l t o n o l a s t i m e -r o g e n e r a l m e n t e u t i l i z a d o p o r e l c o n s e j e r o e n e s t e a s u n t o n o s o b l i g a a p e n s a r a d e m s , q u e l a c a r g a q u e l e h a n i m p u e s t o d e s d e e l G o b i e r n o c e n t r a l e s b a s -t a n t e p e s a d a . D i r a s e , a s p u e s , q u e e s t r e a l i z a n d o e s t o s r e c o r t e s e n c o n t r a d e s u v o l u n t a d , c o m o s i s e v i e r a a b o c a d o a t o m a r e s t a s d e c i s i o n e s p o r u n a e x t r a a f u e r z a q u e l e v i n c u -l a r a d e f o r m a i r r e m e d i a b l e c o n p r o g r a m a s p o l t i c o s y s o c i a l e s a j e n o s . S i e s o e s v e r d a d , d e b e s a b e r e l s e o r D e l a S e r n a q u e h a y u n a f r m u l a i n f a l i b l e q u e l e l i b e r a r a d e f i n i t i v a m e n t e d e e s a p e n o s a e s c l a v i t u d : l a d i m i s i n i r r e v o c a b l e . E n e s a a c c i n e m a n c i p a -d o r a q u e l e d e v o l v e r a l a a n s i a d a l i b e r t a d , c o n t a r a s i n d u d a c o n e l a p o y o y l a s o l i d a r i d a d d e l o s m i l e s d e e s t u d i a n t e s , p r o f e s o r e s y p a d r e s d e a l u m n o s q u e s e han movi l izado a lo largo del c u r s o c o n t r a l o s r e c o r t e s . E s v e r d a d q u e t a l d e c i s i n

    d e s p e r t a r a s i n e m b a r g o i n t r a n q u i l i d a d e n t r e l o s afectos a l santo marqus de P e r a l t a q u e d i r i g e n h o y e l c o l e g i o To r r e v e l o . E l a f n d e m o s t r a d o p o r e l s e o r D e l a S e r n a e n f i n a n c i a r c o n d i n e r o p b l i c o ( e s e q u e f a l t a p a r a o t r o s d e s -t i n o s ) e s t e c e n t r o d e s d e q u e t o m p o s e s i n d e s u c a r g o l e s h a r a c r e e r , y c o n s o b r a d a r a z n , q u e h a b a n p e r d i d o u n f i r m e v a l e d o r e n l a C o n s e j e r a d e E d u -c a c i n . P e r o e l c o n s e j e r o s a b e y d e q u f o r m a ! q u e e s i m p o s i b l e s a t i s f a c e r a t o d o s a l m i s m o t i e m p o .E l c u r s o q u e v i e n e n o s e r t a m p o c o u n r e m a n s o p r e -c i s a m e n t e . L a d e f e n s a d e l o s d e r e c h o s s o c i a l e s y d e l o s s e r v i c i o s p b l i c o s q u e s o n b a s e d e g a r a n t a d e e s o s d e r e c h o s a s l o e x i g e . B u e n v e r a n o !

    ED I TOR I A LJ U N I O 2 0 1 2

    A d a d e h o y p o d e m o s c o n c l u i r

    q u e s e t r a t a d e l a o f e n s i v a

    m s d u r a y c o m p l e t a c o n t r a l a

    e d u c a c i n p b l i c a d e s d e h a c e

    m u c h a s d c a d a s

  • 4 S E D I C E Q U E L O S J V E N E S V A I S A V I V I R P E O R Q U E V U E S T R O S P A D R E S

    4 D E C R E C I M I E N T O Y S O S T E N I B I L I D A D

    SOCIEDAD DE CRISIS Y...

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    Quiz t tambin lo hayas odo y pensado, pero no tiene por qu ser as.Nuestra sociedad est azotada por la c r i s i s

    econmica y las familias estn sufr iendo sus consecuencias. Aunque menos visibles, se nos echan encima dos cris is ms profundas todava, las cr is is energt ica y eco lgica, esta ltima con el cambio climtico en ciernes. Por qu ocurre todo esto ahora? Nos han hecho creer que el crecimiento econmico de los Estados poda continuar ilimitadamente. Se sabe, desde hace tiempo, que esto es imposible, que la economa, en buena lgica, no puede crecer y crecer sin toparse con los lmites de nuestro Planeta. Y, desgraciadamente, nos ha tocado vivir esta poca, la poca en la que estamos sobrepasando los lmites de la Tierra.

    La primera consecuencia de este hecho es que, desde hace algunas dcadas, los sistemas naturales estn degradndose debido a su sobrexplotacin y a su excesiva contaminacin.

    La segunda es que, fruto de dicho deterioro, ha comenzado un periodo de decrecimiento f s ico; hoy a cada uno de nosotros le toca menos gasolina, menos tierra, menos alimento, menos agua, menos pescado, menos madera, etc. que ayer y ms que maana. Todava es

    poco percept ib le es te decrecimiento, pero pronto veremos que los precios de la gasolina subirn ao tras ao y lo mismo suceder con los de otros productos.P o r e s o , l a t e r c e r a consecuencia es que aos despus de l decrec imiento fsico llegar el decrecimiento econmico y el sueo que tenamos de un crecimiento ilimitado se desvanecer como un espejismo e incluso se podr convertir en una pesadilla.Entrar o no en un futuro de pesadilla depende de todos nosotros. Si los

    ciudadanos no tomamos conciencia de lo que est ocurr iendo, tampoco lo harn los poderes pol t ico y econmico que nos gobiernan. Lo digo tan rotundamente porque la avalancha de datos de la degradacin que sufren los sistemas n a t u r a l e s e s t a n contundente que si no han tomado medidas

    para solucionarla es porque no les interesa hacerlo o, sencillamente, les sobrepasa el problema.Tomar conciencia del problema supone aceptar el decrecimiento, a partir de ahora, no solo los espaoles sino todos los seres humanos tendremos que vivir cada vez con menos energa y productos durante una larga temporada. Hasta cundo? Hasta que nuestra economa disminuya lo suficiente como para respetar los lmites planetarios, o sea, hasta lograr una situacin de sostenibilidad con la Tierra.

    SE DICE QUE LOS

    JVENES VAIS A

    VIVIR PEOR QUE VUESTROS

    PADRES

    decrecimiento Mximo Luffiego Profesor de Ciencias Naturales. Ies La Albericia

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    ddddd

    Entonces la economa podr estabilizarse, aunque con un nivel de consumo bastante menor que el actual.Si el decrecimiento se realiza de manera negociada, programada y controlada por todos los pases quiz por mediacin de un organismo mundial, como una ONU con ms poder- el decrecimiento no tiene por qu ser doloroso. Asist iremos a cambios polticos y econmicos t rascendenta les con e l f in de potenciar la democracia participativa y eliminar el enorme poder que han adquirido los grandes bancos y corporaciones empresariales. La economa y la vida sern ms locales; el comercio entre pases ser limitado as como los viajes, el trabajo tendr que ser repartido y tambin los salarios, el consumo de productos ser bastante menor. A cambio, trabajaremos menos horas, dispondremos de ms tiempo para el ocio, el deporte, las relaciones sociales, el trabajo social, las actividades creativas, etc. La contaminacin s e r m u c h o m e n o r, s e recuperarn los paisajes, los

    bosques, los ros y otros sistemas naturales. En definitiva, tendremos menos trabajo pero ms tiempo libre, menos dinero y estrs pero ms calidad de vida, o sea, podremos vivir mejor aunque con menos cosas, como reza este eslogan a favor del decrecimiento. Los valores individualistas y de competitividad a ultranza que dominan en nuestra sociedad sern sustituidos por otros como la austeridad, la solidaridad, la amistad, la prudencia y sensatez, el gusto por estudiar y aprender, la crtica fundamentada, etc. valores que pueden proporcionar tanta o ms felicidad que aquellos otros.La meta a alcanzar por la humanidad es la sostenibilidad. La sostenibilidad tiene que ser la utopa que reemplace a la actual del progreso. El progreso se ha convertido, de hecho, en un regreso. La sostenibilidad con el Planeta es la esperanza de la humanidad, ni ms ni menos. Creo que es una bella idea para que la gente joven la incorpore en su vida y trabaje por ella: salvar el Planeta para salvarnos con l.

    "Los valores individualistas y de

    competitividad a ultranza que dominan en nuestra sociedad sern

    sustituidos por otros como la austeridad, la solidaridad, la amistad, la prudencia y

    sensatez, el gusto por estudiar y aprender, la crtica fundamentada,

    etctera".

    ecreci miento

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    AD SEs lg ico que la g ran m a y o r a d e n o s o t r o s centre su atencin en la c r is is econmica y en las frmulas empleadas para salir de la misma. Los gobiernos europeos llevan ya cuatro aos aplicando la frmula neoliberal y los pases ms dbiles, los PIGS, estn siendo zarandeados por la crisis y cada vez se encuentran ms atrapados y hundidos en el fondo de un pozo del que no se ve salida, con medidas tales como despidos, prdida de derechos de los trabajadores, rebajas de

    salar ios, recortes sociales en sectores como la educacin, la sanidad, los servicios sociales, etc. Y a pesar de todas estas medidas el enfermo no sana, el consumo sigue bajo mnimos y la economa en recesin. Asistimos atni tos a la constatacin de que, en realidad, la crisis es un g igan tesco mecan ismo pa ra convertir el dinero virtual creado por el mundo financiero en dinero real que mana desde el sector pblico a los bancos, al tiempo que se produce un debilitamiento de los Estados y de los sistemas de proteccin social que pone

    en peligro la cohesin social y la misma democracia. L a s o p c i o n e s p o l t i c a s m s p r o g r e s i s t a s d e f i e n d e n l a inversin pblica para potenciar el crecimiento econmico, frente a las neoliberales que ven en la austeridad y los recortes sociales la solucin para lograr este mismo objet ivo. Unos proclaman que sin estimular el crecimiento no podemos salir de la crisis y otros que sin un control del dficit, los intereses de la deuda ahogan a cualquier economa impidiendo el crecimiento. Pero la frmula p r o g r e s i s t a d e f i n a n c i a r inversiones para regresar a la senda del crecimiento tampoco es una buena solucin. Parece que nos saca de la c r i s i s econmica, pero, en realidad, nos introduce cada vez ms en una cr is is global , porque crecer signif ica ms consumo de energa y de otros recursos y ms contaminacin y, por lo tanto, un agravamiento de dos crisis que de manera larvada van a condicionar los prximos aos: la crisis energtica y la climtica. Hay momentos en la historia que los grandes cambios se vuelven irrenunciables e inaplazables. Son

    periodos revolucionarios. Vivimos uno de estos hitos histricos. E l progreso la u topa que ha al imentado a la soc iedad indust r ia l - en su versin dominante y crematstica ha entrado en crisis; de hecho es ya un regreso. Despus de ms de un siglo de crecimiento de la economa mundial, sta se halla ante los lmites fsicos y ecolgicos

    del Planeta. Desde hace tres o cuatro dcadas, las sociedades

    h u m a n a s h a n entrado en df ici t ecolgico (F igura 1). Eso quiere decir que desde entonces los seres humanos consumimos ms biomasa de la que

    DECRECIMIENTOSOSTENIBILIDAD

    U N R E L A T O E S P E R A N Z A D O RMximo Luffiego Garca y Julio Soto Lpez (Este artculo ha sido publicado en la revista digital Rebelin, con fecha 30-5-2012)

    Fig. 1 Los dos escenarios que se contemplan son continuar con el crecimiento aumentando el dficit ecolgico hasta ms de dos planetas (escenario materialmente imposible) o empezar a decrecer voluntariamente hasta reducir el dficit a cero (escenario con huella ecolgica 1). Fuente: footprintnetwork.org

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    s e p r o d u c e e n l a T i e r r a a n u a l m e n t e y c o n t a m i n a m o s m s d e l o q u e l o s s u m i d e r o s n a t u r a l e s p u e d e n a b s o r b e r . L a s e s t i m a c i o n e s ac tua les reve lan que consumimos vez y media l a p r o d u c c i n a n u a l

    planetaria. L i t e r a l m e n t e e s t a m o s consumiendo el capital natural d e l P l a n e t a . E s e v i d e n t e que tenemos un g igantesco p rob lema enc ima y escaso tiempo para resolverlo. Podemos e n g a a r n o s i g n o r a n d o s u urgencia o especulando acerca de quin ganar esta batalla: si el crecimiento o los lmites de la Tierra, si las leyes econmicas o las leyes fsicas y ecolgicas, pero teniendo presente que es la sociosfera la dependiente de la biosfera y no al revs, no cabe duda de quin inevitablemente ganar esta pugna. Por esto, desgraciadamente, es ta cr is is no es como las dems; no se resolver, como espera la mayora de la gente, con ms crecimiento, porque ste no har s ino h ipotecar todava ms el futuro. Cuando se despeje la niebla de la crisis econmica, no aparecer otro horizonte que el de la cr is is

    energt ica y la c l imt ica. El pico del petrleo -ya rebasado- de te rm ina r que todos l os combustibles derivados de l se encarezcan a l aumentar p a u l a t i n a m e n t e l a b r e c h a entre la oferta y la demanda. Dado que es la energa y no el dinero- la que mueve el mundo, tanto la fabricacin de productos como los servicios seguirn el mismo camino, un encarec imiento genera l que disminuir el consumo hasta tal punto de que el mercado global ya insostenible por su derroche e n e r g t i c o - s e d i s o l v e r como un azucar i l lo y el PIB experimentar un decrecimiento a escala mundial.C o m o d i c e l a p r o f e s o r a Marga r i t a Med iav i l l a de l a Universidad de Val ladol id en su ar t cu lo Decrecer b ien o decrecer mal, hoy ya estamos sumidos en un decrecimiento f s i c o , t o c a m o s a m e n o s petrleo, suelo frtil, alimentos, agua potable, pescado, bosques, etctera, que ayer y a ms que maana. Tan solo es cuestin de unos aos que el sistema econmico actual se derrumbe, porque no alcanzamos a ver sustituto alguno para una fuente de energa tan potente y verstil como el petrleo.Qu hacer? Desde nuestro

    punto de vista, no cabe otra s a l i d a q u e l a d e r e c o r r e r una e tapa de decrec imiento voluntario hasta alcanzar una s i t uac i n de sos ten ib i l i dad con el planeta. Esta frmula, aparentemente tan lgica, no se halla incluida ni se incluir en las agendas de nuestros gobernantes mientras el poder real est en manos del sector financiero y de los polticos que lo apoyan. Por eso, la primera condic in para la aceptacin de la senda del decrecimiento es la de arrebatar el poder al sector financiero y acabar con la economa de casino . La segunda es que Nac iones Un idas o un o rgan ismo s i m i l a r a c t e , a modo de un gobierno mundia l democrt ico, concertando, organizando y controlando el trnsito por esta etapa de decrecimiento has ta log ra r una re lac in sostenible del conjunto de las sociedades con la biosfera y de cada Estado, pas o regin con sus ecosistemas respectivos.M ien t ras t an to qu hace r e n E s p a a e s t a n d o , c o m o est, en el centro del huracn econmico? A nuestro juicio, ms importante que el crecimiento (ya hemos experimentado que algunos t ipos de crecimiento p r o d u c e n e c o n o m a s m u y v u l n e r a b l e s ) e s e n c o n t r a r un camino para aumentar la

    fortaleza de la economa, es decir, su resiliencia. La resiliencia es la capacidad de au to r regu lac i n que tiene un sistema cuando es perturbado. Con crecimiento o sin l, se trata de preparar a nuestro pas para hacer f r e n t e e n l a s m e j o r e s condiciones posibles a las perturbaciones a c t u a l e s y f u t u r a s y que son, ni m s n i m e n o s , q u e la crisis

    e c o n m i c a , l a e n e r g t i c a ,

    l a c l i m t i c a y l a p o l t i c a , e n s u s

    d i m e n s i o n e s s o c i a l y democrtica.S u g e r i m o s l a s s i g u i e n t e s polticas encaminadas a ello: Pr imera, introducir impuestos ms progres ivos y combat i r e l f raude f i sca l para poder au to f inanc ia r las s igu ien tes medidas sin tener que acudir al endeudamiento exterior.Segunda, incrementar la diversidad

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    p r o d u c t i v a , p u e s t o q u e a s s e p o t e n c i a l a f o r t a l e z a d e l s is tema econmico f rente a las perturbaciones. Para el lo debiera crearse una banca pblica, alejada de cualquier veleidad financiera, que favorezca la diversidad de empresas y que d crd i tos , tan to a las empresas como a los particulares, a un inters muy bajo. Tercera, preparar la economa para

    la relocalizacin sostenible, es decir, para ser relativamente autosuficiente respetando los lmites de los ecosistemas. Ello implicara una dependencia energtica cada vez menor del exterior potenciando el desarrollo de las energas renovables, el transporte pblico y aumentando la eficiencia energtica. Tambin preparar una transicin hacia una agricultura y ganadera sostenibles ecolgicamente, menos dependientes del petr leo y que doten a nuestro pas, en gran medida, de una autosuficiencia alimentaria. Cuarta, fomentar la creacin de ecosistemas industriales, recintos industriales donde los desechos de una industria sirven de materia prima para otra, simulando as los procesos ecolgicos de reciclado.Quinta, realizar un plan de reforestacin del pas con especies autctonas para prevenir los riesgos del cambio climtico, favorecer el empleo y aumentar los recursos hidrolgicos y la riqueza forestal. Sexta, repartir el trabajo; los trabajadores tendran un sueldo menor pero a cambio trabajaran menos horas. Estas dos ltimas medidas fomentaran la cohesin social.Sp t ima , po tenc ia r una economa de l conocimiento basada en una investigacin guiada por el principio de biommesis (este pr incip io sost iene que nos ahorraramos muchos riesgos si nuestra ciencia y tecnologa se desa r ro l l a ran s igu iendo so luc iones

    p roceden tes de l a na tu ra leza ) . Es tas tecnologas biomimticas se aplicaran en los diferentes campos: agricultura y ganadera, energas renovables, eficiencia energtica, medicina, ecosistemas industriales, poltica forestal, etc. Oc tava , po tenc ia r l a i nves t i gac in en humanidades como gua esenc ia l para proponer objetivos, conocimientos, valores y leyes que mejoren la educacin, la capacidad crtica de la ciudadana, la convivencia y la cohesin social.Novena, mantener, a toda costa, los sistemas pblicos de educacin, sanidad, servicios

    sociales y pensiones, como garantas de igualdad de oportunidades, cohesin y justicia social. D c i m a , d e s a r r o l l a r u n a d e m o c r a c i a participativa, donde los ciudadanos puedan no solo votar cada cierto nmero de aos, sino participar en las decisiones discutiendo y votando en refrendos.A nuestro juicio, no se trata tanto estar de acuerdo o no con estos puntos, s ino de contribuir a la apertura de un debate de ideas en la ciudadana con el fin de desarrollar un relato para la esperanza. Hoy, la historia nos

    sita ante una encrucijada decisiva, en la que no sirven ya las opciones in te rmed ias : o con t inuamos con el paradigma del crecimiento y su versin dominante, el neoliberalismo, cuyo objetivo es la transformacin del capital natural y humano en capital monetario, o bien optamos por una posicin contraria y radical, la del decrecimiento y la sostenibilidad, que trate de recuperar y conservar el capital natural adaptando la economa a los lmites de los ecosistemas y as posibilitar un largo futuro para la Humanidad.Se trata, ni ms ni menos, de una lucha entre intereses y razn. Hay muchos datos -demasiados ya- que refutan el paradigma del crecimiento, pero los intereses dominan sobre la lucidez intelectual, infectan los medios de comunicacin y prolongan peligrosamente su agona . Un decrec imiento impuesto por la naturaleza sera equivalente a un slvese quien pueda, l levara a una crisis demogrfica de proporciones bblicas; por eso, es especialmente importante mantener los sistemas estatales de proteccin social.En este aspecto, la oposicin izquierda-derecha parece superada en la si tuacin a c t u a l , p u e s a m b a s , b a j o d i f e r e n t e s perspect ivas y ob je t ivos , apuestan por el crecimiento. Es prct icamente toda la Humanidad la que se encuentra en una si tuacin de gran vulnerabi l idad frente a quienes mantienen esta polt ica neoliberal cr iminal. De ah que sea ms que nunca urgente recuperar a la socialdemocracia para este gran objetivo y lograr una unidad, abierta a la sociedad, de todos los grupos polticos de izquierda y verdes, superando las viejas y caducas rencillas.Una tarea comn que no habra que descuidar es la de la formacin y educacin. Los jvenes comienzan a interiorizar que van a vivir peor que

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    sus padres. No tiene por qu ser as. No hay que ocultar las dificultades por las que a t rav iesa nues t ra sociedad, es ms, es conveniente analizar con ellos las causas que nos han llevado a esta situacin. Pero es importante no quedarse ah, hay que hay que ocultar las dificultades por las que atraviesa

    nuestra sociedad, es ms, es conveniente analizar con ellos las causas que nos han llevado a esta situacin. Pero es importante no quedarse ah, hay que ofrecerles un relato esperanzador. Hay que ensearles que la nueva utopa de la Humanidad no puede ser

    otra sino la de la sostenibilidad y que a ella se llega a travs de un periodo de decrecimiento. Que la economa y la vida sern ms locales; que el comercio entre pases ser limitado, as como los viajes, que el trabajo tendr que ser repartido y tambin los salarios y que el consumo de productos ser bastante menor. Que, a cambio, trabajaremos menos horas y suf r i remos menos est rs, que dispondremos de ms tiempo para el ocio, el deporte, las relaciones sociales, el trabajo social, las actividades creativas, etc. Que la contaminacin ser mucho menor y que se recuperarn los paisajes, los bosques, los ros y otros sistemas naturales.

    Los va lo res i nd i v i dua l i s tas de compet i t i v idad a u l t ranza y de exhibicin de la riqueza que dominan en nuestra sociedad dejarn paso a o t ros como la auster idad, la solidaridad, la amistad, la prudencia y la sensatez, el gusto por estudiar y aprender, la crtica fundamentada, e t c . v a l o r e s q u e n o s p u e d e n proporc ionar ms fe l i c idad que aquellos otros. Creemos que es una bella idea para que la gente joven la incorpore a su vida y trabaje por ella: salvar la Tierra para salvarnos con ella.

  • 4 P E L I G R O ! F R A C K I N GMedio ambiente

  • MEDIO

    AMBIEN T E

    qumicos. Esta mezcla al llegar a la capa de roca objetivo, la fractura de tal modo que las burbujas de gas se liberan y pueden ser extradas.

    Existen diversos informes acerca de los impactos asociados a esta tcnica extractiva. Algunas conclusiones de estos estudios, son realmente preocupantes:

    Consumo de INGENTES cantidades de agua: para fracturar cada pozo, son necesarias una media de 9.000 a 29.000 TONELADAS de agua. El fluido de retorno del fracking contiene las sustancias qumicas utilizadas en el proceso de fractura, adems de metales pesados y sustancias radiactivas como radn, radio o uranio. Entre las sustancias qumicas usadas en la fractura hidrulica se han identificado ms de 360 sustancias nocivas para la salud (cancergenas, txicas para la piel, ojos, sistema digestivo, respiratorio o nervioso, etc.). Contaminacin de aguas subterrneas con gas metano. Contaminacin de tierras y aguas superficiales. Contaminacin del aire debido a fugas de gas natural.

    En Cantabria son varias las zonas afectadas por los permisos de investigacin de hidrocarburos concedidos, tanto por la Administracin del Estado como por la Administracin autonmica, para la bsqueda de gas no convencional.San Vicente de la Barquera, Valdliga, Rionansa, Tudanca, Udas, Cabezn de la Sal, Ruente,

    El fracking llega a Cantabria, y ante las consecuencias tan nefastas que, para el entorno, tiene esta tcnica extractiva, es necesario que la poblacin disponga de la mayor informacin posible para que pueda tomar conciencia del gran problema

    que se avecina, si no ponemos remedio.

    Fracking (fractura hidrulica horizontal) es una tcnica de extraccin de gas de pizarra que consiste en la inyeccin de agua, arena y productos qumicos, a gran presin, en el subsuelo rocoso.

    Esta tcnica consiste en realizar una perforacin vertical hasta alcanzar los estratos objetivo (400 a 500 metros de profundidad). Una vez en ese punto, se contina en horizontal (pudiendo llegar a distancias de 3 kilmetros). A continuacin se inyecta, a alta presin, una mezcla de agua, arena y un cctel formado por ms de 600 productos

    FPELIGRO RACKING

  • MEDIO

    AMBIEN T E

    Caburniga, Los Tojos, Campoo de En medio, Campoo de Yuso, Las Rozas de Valdearroyo, Pesquera, Reinosa, San Miguel de Aguayo, Santiurde de Reinosa, Valdeolea, Valdeprado del Ro y Valderredible, son algunos de los municipios cntabros que se van a ver afectados por los permisos de investigacin que se han concedido y que requieren la utilizacin de la tcnica conocida como FRACKING.

    En Europa pases como Francia han prohibido la utilizacin de esta tcnica y Dinamarca ni siquiera se plantea debatir la conveniencia o no del recurso a esta tcnica extractiva. La Comisin de Medio Ambiente, Salud Pblica y Seguridad Alimentaria del Parlamento Europeo encarg un informe en el que concluye que la fracturacin hidrulica tendra unos efectos devastadores sobre el territorio y que existe un alto riesgo de contaminacin del agua potable y de efectos negativos sobre la salud humana.

    En nuestra mano, la de toda la sociedad cntabra, est la posibilidad de manifestar nuestro ms profundo rechazo a estos proyectos y hacer recapacitar a quienes deben tomar la decisin de permitir, o no, que este despropsito siga hacia delante.

  • 4 I N T E R C A M B I O C O N C A N A D ( 2 )

  • ACT IVIDAD

    ES

    Un grupo de 21 estudiantes de 3 y 4 de la E.S.O. ha partici-pado durante el presente cur-so escolar en un intercambio internacional con Canad, promovido por el Departamento de Francs.

    El intercambio ha constado de dos partes:

    La primera, del 3 al 17 de octubre de 2011 ambos incluidos-, estos 21 alumnos, junto con las profesoras Mara Rosa Guijarro del Departa-mento de Tecnologa- y Mara nge-les Caldern del Departamento de

    Francs-, viajaron a Qubec. En la ciudad de Qubec, los alum-nos fueron recibidos por las familias de sus correspondientes, durante 10 das, y tuvieron la ocasin de visitar diversos lugares de inters, como las cataratas de Montmoren-cy, el poblado indio de Wendake, la isla de Orlans, subida al monte Sainte Anne, y la propia ciudad de Qubec. Cada da se reunan en el instituto a primera hora de la maana, y, o bien entraban a alguna clase, o bien salan del centro educativo para visitar algn museo, o los lugares arriba citados.

    CANA

    D

    IES LA ALBERICIA COLE SECONDAIRE J . F. P E R R A U LT D E Q U B E C

    INTE

    RC

    AM

    BIO

    Los ltimos cuatros das antes del regreso a Espaa estuvieron en la ciudad de Mon-tral. All, anduvieron por las calles del vieux Montral, las de la nueva ciudad, las de la ciudad subterrnea; en-traron al Biodme mu-seo de la Naturaleza-, a la Biblioteca de la UMQ Universidad de Montral en Qubec-, y sobre todo, admiraron su arquitectura y estilo de vida.Estos 10 das de estancia en familias, han sido alta-mente valorados tanto por los propios alumnos, como por los profesores, ya que ha significado un gran avance

    lingstico, por la prctica de los idiomas francs e ingls, y, a su vez, se han creado im-portantes vnculos de amis-tad entre nuestros alumnos y los canadienses.

    La segunda, del 26 de mar-zo al 5 de abril de 2012 in-cluidos, 24 alumnos que-bequenses, junto con tres profesores, nos devolvieron la visita. Para tal ocasin, el Departamento de Fran-cs haba preparado una serie de actividades dentro y fuera del centro, como la asistencia a clases de espa-ol ya que su programa as se lo exiga-, y las salidas a Santillana del Mar, Comil-las, la baha de Santander, y

    C

  • ACT IVIDAD

    ES

    dos das en el Parque Nacional de Picos de Europa, salida que

    compartieron con los alumnos espaoles participantes en el intercam-bio, ms otros tres que no haban ido a Qubec, pero que s recibieron a tres quebequenses. En estos dos das tuvieron la oportunidad de compartir momentos in-olvidables y de ver la cueva de El Soplao, subir en el telefrico de Fuente De, hacer una ruta a pie por el Parque con monitores del Centro de Visi-tantes de Tama, y andar por las viejas calles de Potes.Esta visita sirvi para reforzar esos lazos creados durante la estancia en Qubec de nuestros alumnos, y esperamos que, aunque no sea de forma acadmica, sigan manteniendo la amistad, y por qu no, sigan cruzando el Atlntico, tanto los canadienses como los espaoles.

  • 4 D - E S P E J A D O S

    CMIC

  • D-Espejados

    Mar ta Prez/ Duje Caestro (2 Bachillerato IES La Albericia)

    Un soleado da de in-vierno un apuesto joven paseaba por los alrede-dores de La Albericia.

    Disfrutaba del canto de los pjaros y el susurro

    de las hojas cuando algo le deslumbr.

    Vaya! Qu har un

    espejo aqu tirado?

    El espejo pareca muy viejo, tena grabadas una especie de runas en su marco. El joven decidi quedrselo, pensando que al venderlo sacara prove-cho, y se dirigi a ver a su ami-ga para ensearle su descubri-miento. Una vez all observ que el espejo se comportaba de forma extraa...

  • ...

    ?

    Eh, Marta!Aydame! Estoy

    atrapado!

    La sorpresa se convirti en terror cuando vio a su amigo caminan-do fuera del espejo y con un aura rodendole. Marta, con la intencin de salvar a su amigo, salt de la escalera en la que se encontraba y vol por los aires veloz y rauda como un rayo.

    Qu narices es so?

    Es l!

    FIUUUUU

    UUUUUMM

    M!!!

  • Acorral a su enemigo y mantu-vieron una lucha encarnizada , un duelo de titanes donde muelas y vsceras saltaron a tutipln. Los que lo contemplaron teman que fuera el Apocalipsis, no daban crdito a sus ojos (algunos de los asistentes tuvieron que ser intervenidos psicolgicamente debido a su estado de shock). Tras horas de enfrentamien-to y algn que otro tirn de pelo...

    Nuestra guapa, simptica y genial herona asest

    el golpe mortal (bue-no, mortal como

    quien dice... ms bien prdida de consciencia) lo que hizo que la criatura infernal salida del Averno quedase fuera de combate.

    BOOOOOOOOOMMMMMM!!!

    Nuestra protagonista arras-tr los restos del malechor, entre aplausos y vitoreos de los ciudadanos, hasta donde se encontraba el espejo. Al recostarlo al lado del espejo sucedi algo inesperado... El espejo absorbi (literalmen-te) a nuestro villano! Acto seguido un destello surgi del espejo y como si se tra-tase de una lmpara mgica, brot del espejo y se fueron a comer una enchilada.

    Continuar...

  • Las Letras

  • E ste cuento, como tantos otros, intentaba nacer de una pgina en blanco, universo primigenio de infinitas po-sibilidades, pero en todas las ocasiones que quiso ver la luz fue truncado por una sombra, un punto oscuro en el

    horizonte como presagio de pavorosas censuras que amordaza-ba el aliento de vida germinal de las palabras creciendo sobre el papel. La sombra fue acercndose hasta emborronar con su mezquina mancha la hoja, estallando al instante una tormenta de tinta extraordinariamente violenta, en la que apenas se poda ver el siguiente rengln. En medio de la fragosa tempestad, el mar

    crdeno fue anegando las tierras blanquecinas e impolutas del pramo literario. Me refugi entonces en un viejo casern, antiguo monasterio de la Orden de los Hospitalarios que todava evidenciaba trazas romnicas en su vetusta fbrica, habitada por fantasmas silen-ciosos de monjes guerreros que aparecan y desaparecan entre las ruinas. Fenecidos vctimas de la Gran Peste, ahora camina-ban uno tras otro como reguero de cadveres tristes. El nivel del mar aciago fue creciendo hasta no dejar un palmo de tierra seca y completado el tiempo del diluvio, me descolgu como pude a la siguiente pgina.Haba que sumergirse en otra historia y quedaba poco tiempo, ya que gota a gota, ros de tinta empezaban a saltar de una hoja a la otra, y pronto inundaran aquel paraje todava yermo. Pero nada pude hacer al ver a un escriba ocupado en mi labor. Un adolescente enamorado garabatea dibujos y poemas dedicados a una muchacha que nada saba de su pesar. El amor ha anidado por primera vez en este cuerpo de hombre nio haciendo dao, porque le duele el ansia, y cualquier palabra, gesto, mirada, le

    LETRAS EN ELA R C O I R I S

    Los rugidos de la galerna no pueden acallar la voz del vate de Mouro, y tampoco hay tinta que emborrone su estampa, la del amor pirata que a fuerza de padecer ha enraizado a los pies de un faro como la roca mi-lenaria a donde van a morir las utopas (o a nacer).

    Mara Jos Sagasti

  • provoca heridas profundas en la piel, como si se la arrancaran a tirones. Es vulnerable, se siente desvalido ante la necesidad de la otra persona. Quien haba sido el centro del universo conocido, ahora una estrella ra-diante le ha convertido en satlite y despojo. Conoce los pequeos deta-lles, los pequeos tesoros que ella le regala sin darse cuenta: una sonrisa, un tono de voz tan familiar, un brillo en la mirada nunca visto antes. Acecha, espa, espera, desespera, desea... El amor todava es egoista y ex-clusivo... La hoja hmeda se desgarra y caemos al vacoEn la tercera pgina somos compaeros de abismo y nos encaramamos como nufragos a la deriva en la misma balsa que navega so-bre un mar violento ense- oreado ya de la inspi-racin. A aquel joven nadie le haba dicho que el tiempo pasaba tan rpido. El mismo corazn aunque el cuerpo envejecido. Se yergue como hue- sudo Quijote cuan-do tiene a la vista el faro de la isla de Mouro, que las olas engullen y vomitan entre blanca espuma. El nufrago, a pesar de las embestidas ma- rinas, se mantiene en imposible equilibro y comienza a recitar algn poema rememorado des- pus de tantos aos, gritan-do como un loco. No le importa ya lo que pase porque ha recuperado aquella fuerza desconocida que le hizo caminar unas veces como monje silencioso y meditabundo, otras como marino embravecido o como el h-roe de todas las batallas. Los rugidos de la galerna no pueden acallar la voz del vate de Mouro, y tampoco hay tinta que emborrone su estampa, la del amor pirata que a fuerza de padecer ha enraizado a los pies de un faro como la roca mile-naria a donde van a morir las utopas (o a nacer). Y desde all increpa a la mar agitando los brazos, recitando a puro grito uno de aquellos poe-

    mas que por inspiracin de una mujer le lanzaron por primera vez hacia el infinito y a la bsqueda de la liber-tad y el nuevo mundo por nacer:

    Quisiera ser en tu bocala mar hmeda y saladalanzada inconsciente contra tu cuerpo,arrecife envuelto en caricias de aguay sudor de espuma.Resbalar por tu pielmansamente en retiraday volver sin aviso embravecidaembistiendo tus labioscon el dulce vaivn del oleajey el deseo que no cesa.Pero eres t la mary yo la roca que tu bocaempapa y moldeabajo el intenso azulen la miradainquieta, serena, sedientaa la espera del amor y tu palabra!

    Y aade ya fuera de s:Lucha viejo ocano que sabr rendirte!

    Ante semejante despliegue de musas marinas a viva voz, a m slo se me ocurre decirle:-Qu subidn chaval, qu subidn!Y me alejo nadando mientras lo veo haciendo grafitis en el faro de Mouro como letras en el arco iris.

  • LA METFORA EN LA TO P ONIMIAFrailes, tetas y camellos en el paisaje de Cantabria

    Alber to Gonzlez Rodrguez

    Ciertos nombres del paisaje, ciertos topnimos, nos proporcio-nan una suerte de desfile de personajes y objetos compuesto por clrigos, animales, partes del cuerpo, complementos, etc. Este fenmeno de la toponimia es universal y afecta especial-mente a los nombres de peas, peascos, roquedos y cualquier perfil rocoso modelado por la erosin. La semejanza de su perfil con algn animal, persona caracterstica u objeto es la causa de

    su denominacin.

    Vamos a repasar en estas lneas unos pocos ejemplos localizados en Cantabria. Se trata de nombres y lugares bien conocidos, cuya denominacin se debe a la metfora, desencadenada por el parecido entre el roquedo y el elemento que proporciona el nombre.

  • FrailesEl Fraile: es un conocido faralln rocoso de gran desarrollo ubica-do en los acantilados de Santoa. En el s. XIX Madoz relataba en su diccionario cmo dicha pea haba cambiado parte de su semejanza con la figura de un fraile debido a un desprendi-

    miento.Debe tenerse en cuenta por los navegantes que ha desaparecido ya toda la cabeza encapillada y parte de los brazos de la figura de un fraile, que lo mismo a larga distancia que de cerca presentaba antes la cspide de la pea de este nombre parecida a los hbitos, capilla, cubierta y cordn de un fraile con las manos puestas en actitud de orar, admirando la propie-dad con que la naturaleza lo haba formado en aquel sitio accesible slo de las aves.

    El Fraile: en Fresno de Ro (Campoo de Enmedio) es el nombre de un blo-que de roca que recorta su figura estilizada sobre una ladera herbosa.

    Este tipo toponmico se encuentra en toda la Pennsula Ibrica, incluso en las Islas Canarias. A continuacin ofrecemos un pequeo listado de imgenes.

    Foto: El Fraile (Fresno del Ro, Campoo de Enmedio, Cantabria)

    Foto: El Fraile (Santoa, Cantabria)

  • Foto: El Fraile (Gran Canaria) Foto: Pico del Fraile (Ordua, Vizcaya) Foto: Monte do Frei e do Frade (Ourense, Galicia)

    CamellosPlaya del Camello: playa situada junto al istmo de la pennsu-la de La Magadalena, en su parte norte, y perteneciente al casco urbano de Santander. Recibe su nombre de una roca situada en la orilla que llega a cubrirse parcialmente con la subi-da de la marea y que semeja la figura de un dromedario dndose un bao.

    Existe en la provincia de Burgos un curioso ejemplo de este tipo toponmico en el que los roquedos erosionados asemejan la fi-gura de dos camellos (ms bien dromedarios) besndose .

    Foto: Playa del Camello (Santander)

    Foto: El Beso de los Camellos (Orbaneja del Castillo, Burgos)

  • TetasLas Tetas de Lirganes: sen-dos remates rocosos cnicos, similares y

    contiguos- sobre el pueblo de Lirganes, en la cuenca del ro Miera. La denomina-cin metafrica es secundaria ya que sus primitivos nombres son los Picos de Bu-sampiro en su conjunto, Cotillamn y Ma-rimn cada una de ellos. Existen muchos ms ejemplos en la to-ponimia de Cantabria y tambin en la es-paola, y por supuesto, en cualquier otro pas o territorio. Si conoces alguno ms (ya sea de los nombres propuestos, ya sea de cualquier otra motivacin metafrica) hznoslos saber. Los publicaremos en otro artculo dedicado a la metfora y la topo-nimia.

  • 4 D E S P E D I D A D E S E G U N D O D E B A C H I L L E R

    EN EL CENTRO...

    No estn todos los que son, pero sin duda son todos los que

    estn. ENHORABUENA!

  • M A R A A R R O Y O C A R L O S I R I O N D O C L A R A G U R T I R R E Z A N D R E A N O V O

    M A R TA P R E ZL A U R A M O R A NA N A VA R E A E L E N A G A R C I AL U I S A S I E R M A Z O

    A L E J A N D R A G M E Z - S O T O

  • PREMIOS BACHILLER

  • E N EL CEN

    TR

    O...

    IES

    LA A

    LBER

    ICIA

    Algo tiene que cambiar para que todo siga igual se pregunta uno de los protagonistas de El Gatopardo, famosa novela de GiuseppeTo-masi di Lampedusa. Con ello quera mani-festar el autor la necesidad de que la vieja aristocracia cambiara sus hbitos y cos-tumbres para poder seguir manteniendo sus privilegios en tiempos convulsos.En nuestro caso no hablamos de privile-gios sino de inspiracin. El Instituto de La Albericia ha gozado tradicionalmente de un sello de compromiso con la educacin, entendida como la formacin integral de nuestros alumnos, como el proceso necesario de formacin de mejores es-tudiantes, mejores ciudadanos, mejores personas. El respeto entre los diferentes miembros de la comunidad escolar sigue siendo hoy para todos nosotros uno de los principios que custodiamos y fomenta-mos con mayor ilusin. Sin embargo, por mucho que sigan acercndose por el cen-tro con frecuencia y participando en comi-das y excursiones, echamos de menos a la vieja guardia. Son muchos los compaeros que se han jubilado en estos ltimos aos, este mismo ao cambian de trabajo tam-bin Mara Jos Quiruelas, Felipe Laso, Sa-grario Prez y Elena Rodrguez. A la nueva generacin no se nos puede mi-rar con la misma admiracin. Es ms segu-

    ramente se nos podra considerar respon-sables parciales de esta difcil situacin econmica y social. Resulta irnico que en esta poca de re-cortes, reformas y contrarreformas en ed-ucacin sea precisamente en esta gener-acin en la que podemos sin ningn miedo depositar nuestra esperanza de un futuro mejor.Porque creemos en vosotros, porque sabemos de vuestro esfuerzo, de vues-tra generosidad, de vuestra capacidad, porque sois una generacin verdadera-mente excepcional en muchos sentidos, hemos querido instaurar este galardn Premio Extraordinario de Bachillerato, con el objetivo de reconocer y celebrar estos valores de esfuerzo, disciplina, ex-celencia acadmica y tambin solidaridad, generosidad y compromiso.Para entregar estos premios acompaan-do al director del centro, para reforzar estos lazos entre el pasado y el futuro del centro queremos agradecer la presencia de Trini y ngel Liras.No nos equivocamos. Habis sido muchos los profesores y estudiantes que habis empleado en vuestro tiempo en nominar a estudiantes de segundo bachillerato para este premio explicando por qu en vues-tra opinin cada uno de ellos es merece-dor de tal galardn.

  • E N EL CEN

    TR

    O...

    Hace poco tiempo el ministro de Educacin seor Wert, se que-jaba de que, cito sus palabras, el empolln no puede ser el friki. No creo que en esos momentos te tuvi-era en mente pero, desde luego, qu quieres que te diga, hija? Papeletas no te faltan ni para lo uno y para lo otro.Si preguntamos a los profes por Sandra te van a decir: estudiante modelo, or-denada, trabajadora, prudente, tenaz. Vamos, que hasta tu maestra de 4 de primaria sigue mostrando tus cuader-nos como ejemplo. No nos vas a negar tampoco que tienes un punto. A ver, cuntos compaeros tuyos se dedican en sus ratos a pillar olas, dar pedales monte arriba monte abajo o machacarse el cuerpo con pos-turas y piruetas imposibles ms propias del Bronx que no de Sanrromn?Sin embargo, la RAE dice que un em-polln es un estudiante que se dis-tingue ms por la aplicacin que por el talento. Podemos sacar nueves y dieces en todas las materias y encon-trar tiempo suficiente para destacar en el deporte y cuidar a tus amigos? Lo de empollona difcil.A falta de entrada en la RAE, un friki es para la Wikipedia una persona cuyas aficiones, comportamiento o vestuario son inusuales y llaman la atencin. Por suerte para todos, ser respetuoso y generoso con tus compaeros en nues-tro instituto no es raro -a tu lado es-

    tn otros excelentes ejemplos de ello. Practicar varios deportes al aire libre y disfrutar de la naturaleza tambin es marca de la casa. La ropa digamos simplemente que si algo buscas es pre-cisamente no llamar la atencin. Seg-uro que no eres la nica voluntaria de Cruz Roja de Cantabria.Qu hacemos contigo entonces? No resulta fcil describirte en pocas palabras seguramente porque la com-binacin de todos esos factores te hace especial. Quiz el mejor calificativo que se me ocurre, que se nos ocurre es el Premio Extraordinario de Bachillerato.Porque en todos los aos que llevas en el IES La Albericia has conseguido ser una persona muy querida, alguien con quien toda la comunidad escolar se siente identificada, alguien que despi-erta simpata y admiracin a partes iguales, una digna ganadora de la prim-era edicin del Premio Extraordinario de Bachillerato IES La Albericia.Seguro que durante la maravillosa carrera profesional que ests a punto de arrancar, tendrs momentos du-ros, enfermos por los que no habr mucho que hacer, compaeros que se aprovechen de tu generosidad, prome-sas rotas. Espero que cuando apagues la luz y sientas que la oscuridad te traga, sien-tas toda nuestra energa, que recu-erdes que La Albery nunca se rinde, que somos muchos los que confiamos en ti y que, Sandra, t vales mucho.

    Sandra (carta de una amiga)

    A diferencia de otros galardones de similar nombre, nuestro pre-mio buscar reconocer no slo la excelencia acadmica de nues-tros estudiantes de bachillerato sino tambin su compromiso la sociedad y de manera ms especfica sus relaciones con la comunidad escolar.La respuesta del alumnado de segundo de bachillerato y del profeso-rado del centro ha sido magnfica. Se recibieron en una primera fase un total de 22 nominaciones, avaladas cada una de ellas por un mnimo de tres profesores y/ estudiantes de las que el equipo directivo, valorando estrictamente los mritos descritos en las nominaciones, hubo de selec-cionar los diez finalistas. Finalmente, los votos del alumnado de 2 de bachillerato, profesorado y personal no docente decidieron que Sandra Gmez Soto, alumna del IES La Albericia desde 1 de la ESO en el curso 2005-06, reuna las cualidades necesarias para inaugurar la galera de estudiantes que deben servir de modelo e inspiracin para las prximas generaciones de estudiantes y de referencia del tipo de estudiante y persona con el que nuestro centro se identifica plenamente.Sandra est, en palabras de sus compaeras, siempre dispuesta a ayudarte, resolverte cualquier duda, apoyarte, todo ello con una in-mensa sonrisa. De su generosidad tambin nos habla su colaboracin en Cruz Roja Juventud como monitora infantil de tiempo libre.El expediente acadmico de Sandra es suficientemente elocuente sobre su talento y aplicacin. La matrcula de honor obtenido es, sin duda, la consecuencia de un trabajo muy bien hecho, el resultado de una magnfica combinacin de inteligencia natural, disciplina y tesn que le ha acompaado en su trayectoria escolar ya desde muy tem-prano.La combinacin de todos estos elementos aadidos a su pasin por los deportes al aire libre la convierten en una estudiante verdaderamente especial de la que el IES La Albericia se siente extremadamente orgul-loso. Enhorabuena Sandra!

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