revista brasileira de anestesiologia publicação … · da anestesia geral com monitorac¸ão do...
TRANSCRIPT
R
A
Bdcc
Ce
a
b
c
d
e
RD
h0C
ev Bras Anestesiol. 2017;67(1):72---84
REVISTABRASILEIRA DEANESTESIOLOGIA Publicação Oficial da Sociedade Brasileira de Anestesiologia
www.sba.com.br
RTIGO DE REVISÃO
enefício da anestesia geral com monitoracãoo índice bispectral em comparacãoom o monitoramento guiado apenas por parâmetroslínicos. Revisão sistemática e metanálise
arlos Rogério Degrandi Oliveiraa,b,∗, Wanderley Marques Bernardoc,d,e
Victor Moisés Nunesd
Hospital Guilherme Alvaro, Departamento de Anestesiologia, Santos, SP, BrasilHospital Ana Costa, Departamento de Anestesiologia, Santos, SP, BrasilUniversidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Medicina Baseada em Evidências, São Paulo, SP, BrasilCentro Universitário Lusíada, Faculdade de Medicina de Santos, Santos, SP, BrasilPrograma Diretrizes da Associacão Médica Brasileira, Santos, SP, Brasil
ecebido em 14 de julho de 2015; aceito em 22 de setembro de 2015isponível na Internet em 19 de novembro de 2016
PALAVRAS-CHAVEAnestesia geral;Anestésicos;Inalacão;Anestesiaintravenosa;Monitoracão doíndice bispectral
ResumoJustificativa: O parâmetro índice bispectral (BIS) é usado para guiar a titulacão da anestesiageral; no entanto, muitos estudos têm mostrado resultados conflitantes quanto aos benefícios damonitoracão do BIS. O objetivo desta revisão sistemática com metanálise foi avaliar o impactoclínico da monitoracão do parâmetro BIS.Métodos: A busca por evidências em fontes de informacão científicas foi conduzida de dezembrode 2013 a janeiro de 2015 nas seguintes bases de dados: Medline/PubMed, Lilacs, Cochrane,Cinahl, Ovid, Scopus e Teses. Os critérios de inclusão foram estudos randomizados e controlados,que compararam anestesia geral monitorada com o parâmetro BIS com anestesia guiada apenaspor parâmetros clínicos em pacientes com mais de 18 anos. Os critérios de exclusão foramestudos que envolveram anestesia ou sedacão para procedimentos de diagnóstico e teste dedespertar no intraoperatório de cirurgia da coluna vertebral.Resultados: O uso de monitoracão com o BIS mostrou benefícios como a reducão do tempo deextubacão, orientacão no tempo e no espaco, alta da sala de cirurgia e da sala de recuperacão
useas e vômitos no pós-operatório foi reduzido em 12% em pacientesorreu uma reducão de 3% no risco de disfuncão cognitiva em três
6% no risco de delírio pós-operatório em pacientes monitorados come despertar com memória intraoperatória foi reduzido em 1%.
pós-anestesia. O risco de námonitorados com o BIS. Ocmeses do pós-operatório e
o BIS. Além disso, o risco d
∗ Autor para correspondência.E-mail: [email protected] (C.R.D. Oliveira).
ttp://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2016.10.002034-7094/© 2016 Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este e um artigo Open Access sob uma licencaC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
Benefício da anestesia geral com monitoracão do índice bispectral 73
Conclusão: Clinicamente, a monitoracão com o BIS pode ser justificada, pois permite vantagenscomo reduzir o tempo de recuperacão, principalmente, a administracão de anestésicos geraise o risco de eventos adversos.© 2016 Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este e umartigo Open Access sob uma licenca CC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
KEYWORDSGeneral anesthesia;Anesthetics;Inhalation;Intravenousanesthesia;Bispectralindex-monitoring
Benefit of general anesthesia monitored by bispectral index compared withmonitoring guided only by clinical parameters. Systematic review and meta-analysis
AbstractBackground: The bispectral index parameter is used to guide the titration of general anesthesia;however, many studies have shown conflicting results regarding the benefits of bispectral indexmonitoring. The objective of this systematic review with meta-analysis is to evaluate the clinicalimpact of monitoring with the bispectral index parameter.Methods: The search for evidence in scientific information sources was conducted duringDecember 2013 to January 2015, the following primary databases: Medline/PubMed, LILACS,Cochrane, CINAHL, Ovid, SCOPUS and TESES. The criteria for inclusion in the study wererandomized controlled trials, comparing general anesthesia monitored, with bispectral indexparameter with anesthesia guided solely by clinical parameters, and patients aged over18 years. The criteria for exclusion were studies involving anesthesia or sedation for diagnosticprocedures, and intraoperative wake-up test for surgery of the spine.Results: The use of monitoring with the bispectral index has shown benefits reducing timeto extubation, orientation in time and place, and discharge from both the operating roomand post anesthetic care unit. The risk of nausea and vomiting after surgery was reduced by12% in patients monitored with bispectral index. Occurred a reduction of 3% in the risk ofcognitive impairment postoperatively at 3 months postoperatively and 6% reduction in the riskof postoperative delirium in patients monitored with bispectral index. Furthermore, the risk ofintraoperative memory has been reduced by 1%.Conclusion: Clinically, anesthesia monitoring with the BIS can be justified because it allowsadvantages from reducing the recovery time after waking, mainly by reducing the administrationof general anesthetics as well as the risk of adverse events.© 2016 Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Published by Elsevier Editora Ltda. This is anopen access article under the CC BY-NC-ND license (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
ca
M
AfdbrfOAOiMm
Os critérios de inclusão no estudo foram ensaios clínicos
Introducão
O índice bispectral (BIS) é um parâmetro multiprocessadoderivado do EEG (eletroencefalograma) desenvolvido espe-cialmente para medir os efeitos dos anestésicos no estadohipnótico do cérebro, o que torna possível medir a profun-didade da anestesia. A introducão do BIS na prática clínicamostrou que esse é um método confiável para avaliar afuncão cerebral e que permite a titulacão de hipnóticossobre a atividade cortical.
Devido à anestesia, respostas imprevisíveis podem ocor-rer em momentos diferentes da cirurgia com grandevariabilidade entre os pacientes, de modo que a dosagemexata de anestésico a ser administrada continua a ser umdesafio. No entanto, muitos estudos apresentaram resul-tados conflitantes sobre as vantagens do BIS e se essemonitoramento melhora os tempos de recuperacão e dealtas hospitalares, bem como se minimiza os efeitos adver-
sos.O objetivo desta revisão sistemática com metanálise foiavaliar clinicamente o parâmetro objetivo de monitoracão
rCo
om o BIS, em comparacão com os parâmetros clínicos emnestesia geral.
étodos
busca por evidências em fontes científicas de informacõesoi feita por dois revisores independentes (CRDO, WMB)e dezembro de 2013 a janeiro de 2015 nas seguintesases de dados primárias: Medline/PubMed, Lilacs, Coch-ane, Cinahl, Ovid, Scopus e Theses. A estratégia de buscaoi feita com as seguintes palavras: Anesthesia, GeneralR Anesthetics, Inhalation OR Anesthetics, Intravenous)ND (Consciousness Monitors OR Monitoring, IntraoperativeR Bispectral index-monitoring technology OR Bispectral
ndex-monitoring OR Bispectral index monitoring OR Drugonitoring OR Awareness OR Monitoring, Physiologic OR BISonitoring AND Random.
andomizados (ECRs), com nível de evidência 1B/2B (Oxfordentre for Evidence-based Medicine), em inglês, espanholu português, que compararam anestesias gerais venosas ou
74
Tabela 1 Desfechos considerados
Tempo para abertura espontânea dos olhosTempo para abertura dos olhos sob comando verbalTempo para extubacão traquealTempo para a orientacão no tempo e no espacoTempo para deixar a sala de cirurgiaTempo de alta da sala de recuperacão pós-anestesia (SRPA)Tempo de alta hospitalarNáuseas e vômitos no pós-operatório (NVPO)Distúrbios cognitivos no pós-operatório (uma semana após
a extubacão)Distúrbios cognitivos no pós-operatório (três meses após
a extubacão)Delírio no pós-operatório
itp
aOiec
b
gCC
dtcfia
ehh
lepes
R
Ic1
pptPd
e
Memória no intraoperatório
nalatórias monitorizadas com o parâmetro BIS, com anes-esias guiadas exclusivamente pelos parâmetros clínicos emacientes com idade superior a 18 anos.
Os critérios de exclusão foram estudos que envolveramnestesia e sedacão para procedimentos de diagnóstico.s estudos que envolveram teste de despertar no período
ntraoperatório para cirurgia de coluna vertebral foramxcluídos, bem como os ensaios clínicos que utilizaram aetamina como anestésico intravenoso.
Esta revisão sistemática com metanálise foi registrada noanco de dados PROSPERO sob o número CRD42015017240.
A tabela 1 mostra os resultados considerados.
Os resultados das metanálises foram obtidos com o pro-rama RevMan 5.2 (Review Manager Computer. Versão 5.2.openhagen: The Nordic Cochrane Centre, Cochraneollaboration© 2014).
tom
Artigos identificados atravésda procura nas bases de dados
(n = 1.744)
Artigem
Artigos analisados(n = 1.747)
Artigos elegíveisacessados na ínteg
(n = 53)
Estudos incluídos nanálise qualitativa
(n = 17)
Estudos incluídos nsíntese (metanálise
quantitativa(n = 17)
Figura 1 Diagrama de fluxo consolid
C.R.D. Oliveira et al.
Em relacão à metanálise, a estimativa foi calculada pelaiferenca do risco para as variáveis dicotômicas com oeste de Mantel-Haenszel (M-H), com 95% de intervalo deonfianca (95% IC), e pela diferenca da média com efeitoxo com o uso do inverso da variância (IV), com 95% IC, paras variáveis contínuas.
Um I2 = 0% indica que não há heterogeneidade entre osstudos, os valores abaixo de 50% indicam que há baixaeterogeneidade e os acima de 50% indicam que há altaeterogeneidade.
Quando a heterogeneidade foi superior a 50%, uma aná-ise de sensibilidade foi feita, excluindo-se os dados dostudo que estavam ‘‘fora’’ do gráfico ‘‘em floresta’’ (forestlot). Para alcancar a reducão da heterogeneidade, estesstudos permaneceram fora da metanálise do desfecho con-iderado.
esultados
nicialmente, a pesquisa resultou em 1.747 artigos científi-os. Após a aplicacão dos critérios de inclusão e exclusão,7 ECRs foram selecionados (fig. 1).
A tabela 2 mostra os estudos selecionados com os res-ectivos níveis de evidência, escala de Jadad, número deacientes randomizados e analisados, número de pacien-es nos grupos de intervencão e de controle e estratégiaICO. Foram analisados 10.761 pacientes, 5.668 em grupose intervencão e 5.093 em grupos de controle.
A tabela 3 mostra os 36 artigos com textos completosxcluídos e os motivos.
O tempo para a abertura espontânea dos olhos é con-ado a partir do término da última sutura, quando então
anestésico inalatório ou intravenoso é descontinuado. Oonitoramento com o BIS, comparado exclusivamente com
os adicionais identificados outras fontes de dados
(n = 3)
Artigos excluídos(n = 1.694)
raArtigos excluídos,com justificativa
(n = 36)
a
a)
ado (Prisma Flow Diagram, 2009).
Benefício da
anestesia geral
com m
onitoracão do
índice bispectral
75
Tabela 2 Ensaios clínicos randomizados (ECR) selecionados
ECR NE J R/ASelecionado
I/C P I C O
Nelskyläet al.(2001)1
2B 0 62/62 32/30 ASA I ou II, entre 18 e 50anos, cirurgiaginecológica
BIS entre 50 e60.
Monitor cegado.Anestesia justada deacordo com osparâmetros clínicos.
Tempo para aberturaespontânea dos olhos,extubacão, orientacão notempo e no espaco, altahospitalar e NVPO.
Wong et al.(2002)2
1B 3 68/60 29/31 >60 anos, ASA I a III,cirurgia ortopédica.
BIS entre 50 e60.
Monitor cegado.Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Tempo para aberturaespontânea dos olhos,extubacão, orientacão notempo e no espaco e alta daSRPA
Luginbühlet al.(2003)3
2B 2 160/160 80/80 >18 anos, cirurgiaginecológica.
BIS entre 45 e55.
Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos
Tempo de extubacãotraqueal.
Ahmadet al.(2003)4
1B 3 99/97 49/48 >18 anos, cirurgiaginecológica.
BIS entre 50 e60.
Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Tempo de alta hospitalar.
Basar et al.(2003)5
2B 0 60/60 30/30 >18 anos, ASA I ou II,cirurgia abdominal.
BIS entre 40 e60.
Monitor cegado.Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Tempo para abertura dosolhos sob comando verbal.
Puri andMurthy(2003)6
2B 2 30/30 14/16 >18 anos,revascularizacãomiocárdica ou trocavalvar com circulacãoextracorpórea, 18---70anos.
BIS entre 45 e55.
Monitor cegado.Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Tempo para abertura dosolhos sob comando verbal,extubacão e despertar commemória dointraoperatório.
Kreuer et al.(2003)7
2B 2 120/120 40/40 >18 anos, ASA I a III,cirurgia ortopédica.
BIS 50 e nosúltimos 15 min,60.
Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Tempo para aberturaespontânea dos olhos eextubacão.
Myles et al.(2004)8
1B 5 2.503/2.463 1.225/1.238 >18 anos, com pelomenos um fator de riscopara despertar commemória dointraoperatório.
BIS entre 40 e60.
Monitor desligado.Anestesia ajustada deacordo com parâmetrosclínicos.
Tempo para aberturaespontânea dos olhos,tempo para alta da SRPA edespertar com memória dointraoperatório.
Bruhn et al.(2005)9
2B 2 200/200 71/58 >18 anos, ASA I a III. BIS de 50. Nosúltimos 15 minBIS de 60.
Anestesia ajustada deacordo com parâmetrosclínicos.
Tempo para a aberturaespontânea dos olhos,extubacão, náusea e vômitono pós-operatório edespertar com memória dointraoperatório.
76
C.R.D.
Oliveira
et al.
Tabela 2 (Continuacão)
ECR NE J R/ASelecionado
I/C P I C O
Kreueret al.(2005)10
1B 4 120/120 40/40 >18 anos, ASA I a III,cirurgia ortopédica.
BIS 50 e nosúltimos 15 min,60.
Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Tempo para a aberturaespontânea dos olhos,extubacão e tempo paradeixar a sala de operacão.
Vretzakiset al.(2005)11
1B 3 130/121 36/44 >18 anos,revascularizacãomiocárdica ou trocavalvar com circulacãoextracorpórea, fracão deejecão >45%.
BIS abaixo de60.
Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Despertar com memória dointraoperatório.
Aimé et al.(2006)12
2B 1 140/125 34/54 Idade entre 18 e 80anos, ASA I a III, cirurgianeurológica, ortopédica,abdominal eginecológica.
BIS entre 40 e60.
Monitor cegado.Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Tempo para a aberturaespontânea dos olhos eextubacão traqueal.
Ibraheimet al.(2008)13
2B 0 30/30 15/15 >18 anos, obesosmórbidos, cirurgia debanda gástrica.
BIS entre 40 e60.
Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Tempo de abertura dosolhos sob comando verbal,extubacão e alta da SRPA.
Kamal et al.(2009)14
2B 1 60/57 29/28 >18 anos, ASA I a III,cirurgia abdominal
BIS entre 50 e60.
Monitor cegado.Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Tempo para aberturaespontânea dos olhos,extubacão, orientacão notempo e no espaco, deixar asala de cirurgia, alta daSRPA e despertar commemória dointraoperatório.
Zhang et al.(2011)15
1B 5 5.309/5.228 2.919/2.309 >18 anos, anestesiavenosa total.
BIS entre 40 e60.
Monitor cegado.Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Despertar com memória dointraoperatório.
Chan et al.(2013)16
1B 3 921/902 450/452 >60 anos, cirurgiaeletiva não cardíaca.
BIS entre 40 e60.
Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Tempo para aberturaespontânea olhos, alta daSRPA, disfuncão cognitivano pós-operatório (umasemana e três mesesdepois) e delírio.
Radtkeet al.(2013)17
1B 3 1.277/1.155 575/580 >60 anos. BIS entre 40 e60.
Monitor cegado.Anestesia ajustada deacordo com osparâmetros clínicos.
Disfuncão cognitiva nopós-operatório (umasemana e três mesesdepois) e delírio.
ASA, American Society of Anesthesiologists Physical Status; BIS, parâmetro índice bispectral; ECR, ensaio clínico randomizado; NE, nível de evidência; J, escore de Jadad; R/A, pacientesrandomizados e analisados; I/C, grupo intervencão/grupo controle; P, populacão; I, intervencão; C, controle ou comparacão; O, outcome (desfecho).
Benefício da anestesia geral com monitoracão do índice bispectral 77
Tabela 3 Artigos com textos completos excluídos e justificativas
Artigo Motivo de exclusão
Sebel et al. (1997)18 Antes de incisão, um estímulo elétrico tetânico foi aplicado ao nervo ulnar. Na presenca dequalquer movimento, a anestesia era aprofundada. Na ausência de movimento, a anestesia eramantida. Após a incisão, qualquer movimento era considerado para o aprofundamento daanestesia. O estudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle(consciência monitorada apenas por parâmetros clínicos).
Yli-Hankala et al. (1999)19 Os dados dos resultados foram expressos em medianas.Mi et al. (1999)20 Os pacientes foram monitorados com o BIS e os resultados foram analisados devido a diferentes
regimes anestésicos. O estudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupocontrole (consciência monitorada apenas por parâmetros clínicos).
Nakayama et al. (2002)21 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS e os resultados foram analisados devido adiferentes regimes anestésicos (somente propofol ou propofol e fentanil). O estudo foge aotema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle (consciência monitoradaapenas por parâmetros clínicos).
Lehmann et al. (2002)22 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS e analisados os desfechos resultantes técnicasanestésicas diferentes (com infusão manual de propofol vs. propofol em infusão alvo-controlada[IAC]). O estudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle(consciência monitorada apenas por parâmetros clínicos).
Paventi et al. (2002)23 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS e analisados os desfechos resultantes técnicasanestésicas diferentes (com infusão manual de propofol vs. propofol em IAC). O estudo foge aotema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle (consciência monitoradaapenas por parâmetros clínicos).
Lehmann et al. (2003)24 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS (grupo BIS 50 e grupo BIS 40). O estudo foge aotema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle (consciência monitoradaapenas por parâmetros clínicos).
Yamaguchi et al. (2003)25 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS e analisados os resultados obtidos comdiferentes drogas anestésicas e técnicas (grupo propofol/inducão IV e grupo sevoflurano cominducão inalatória em adultos pela técnica de capacidade vital). O estudo foge ao tema:intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle (consciência monitorada apenas porparâmetros clínicos).
Buyukkocak et al. (2003)26 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS e os resultados foram analisados devido adiferentes drogas anestésicas, quatro métodos diferentes de sedacão associados à anestesiatópica. O estudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle(consciência monitorada apenas por parâmetros clínicos).
Forestier et al. (2003)27 Todos os pacientes foram monitorizados com o BIS e analisados cinco grupos com diferentesconcentracões de sufentanil. O estudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão como grupo controle (consciência monitorada apenas por parâmetros clínicos).
Schneider et al. (2003)28 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS e analisados quatro diferentes regimesanestésicos. O estudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle(consciência monitorada apenas por parâmetros clínicos).
Schneider et al. (2003)29 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS e analisados dois regimes anestésicosdiferentes. O estudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle(consciência monitorada apenas por parâmetros clínicos).
Liu (2004)30 Metanálise. Os critérios para inclusão na revisão sistemática foram estudos randomizadoscontrolados.
Bauer et al. (2004)31 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS e analisados dois regimes anestésicos diferentes(IAC vs. infusão manual de propofol). O BIS foi usado, mas não foi descrito se era cegado. Oestudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle (consciênciamonitorada apenas por parâmetros clínicos).
Bestas et al. (2004)32 Todos os 50 pacientes (dois grupos de 25 cada) foram monitorados com o BIS e estavam cegados,com análise de dois regimes anestésicos diferentes. O estudo foge ao tema: intervencão com o BISem comparacão com o grupo controle (consciência monitorada apenas por parâmetros clínicos).
Boztug et al. (2006)33 Artigo não encontrado.Puri et al. (2007)34 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS, com análise de dois tipos diferentes de infusão
de propofol. O estudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle(consciência monitorada apenas por parâmetros clínicos).
Lindholm et al. (2008)35 O artigo analisa o grau de proficiência no manejo do BIS por enfermeiros anestesistas. O estudofoge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle (consciênciamonitorada apenas por parâmetros clínicos).
78 C.R.D. Oliveira et al.
Tabela 3 (Continuacão)
Artigo Motivo de exclusão
Avidan et al. (2008)36 No grupo controle, a anestesia foi mantida com o BIS cegado, mas com uma fracão expirada de0,7-1,3 de concentracão alveolar mínima de anestésico inalatório.
Bejjani et al. (2009)37 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS com a análise de processamento de memória. Oestudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle (consciênciamonitorada apenas por parâmetros clínicos).
Delfino et al. (2009)38 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS ou índice de estado cerebral, com a análise dainfusão de propofol com esses dois tipos de monitoracão. O estudo foge ao tema: intervencãocom o BIS em comparacão com o grupo controle (consciência monitorada apenas por parâmetrosclínicos).
Kerssens et al. (2009)39 Estudo de memória no intraoperatório e lembranca de palavras ouvidas durante otransoperatório, por meio de testes de memória no pós-operatório.
Mashour et al. (2009)40 Estudo de coorte. Os critérios para inclusão na revisão sistemática eram estudos clínicosrandômicos.
Satisha et al. (2010)41 Estudo de coorte. Os critérios para inclusão na revisão sistemática eram estudos clínicosrandomizados.
Meybohm et al. (2010)42 Estudo de protocolo. Os critérios para inclusão na revisão sistemática eram estudos clínicosrandomizados.
Leslie et al. (2010)43 Estudo retrospectivo de coorte. Os critérios para inclusão na revisão sistemática eram estudosclínicos randomizados.
Avidan et al. (2009)44 Estudo de protocolo. Os critérios para inclusão na revisão sistemática eram estudos randomizadoscontrolados.
Ellerkmann et al. (2010)45 Anestesia inalatória ou venosa, complementada por anestesia regional (anestesia combinada). Oestudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle (consciênciamonitorada apenas por parâmetros clínicos).
Yufune et al. (2011)46 Os 38 pacientes foram monitorados com o BIS e os resultados foram analisados devido adiferentes regimes anestésicos, bem como a diferentes concentracões de remifentanil. O estudofoge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle (consciênciamonitorada apenas por parâmetros clínicos).
Liu et al. (2011)47 Todos os pacientes foram monitorados com o BIS e os resultados foram analisados devido adiferentes regimes anestésicos, infusão alvo-controlada de propofol vs. closed-loop management.O estudo foge ao tema: intervencão com o BIS em comparacão com o grupo controle (consciênciamonitorada apenas por parâmetros clínicos).
Avidan et al. (2011)48 O grupo controle foi ajustado para manter uma fracão expirada de 0,7-1,3 de concentracãoalveolar mínima de anestésico inalatório.
Aimé et al. (2012)49 Os 102 pacientes foram monitorados com o BIS ou entropia, em ambos os grupos os valores eramcegados e a anestesia foi conduzida por parâmetros clínicos. O estudo foge ao tema: intervencãocom o BIS em comparacão com o grupo controle (consciência monitorada apenas por parâmetrosclínicos).
Mashour et al. (2012)50 O grupo controle estava cegado, mas ajustado por idade para uma concentracão alveolar mínimade anestésico inalatório.
Persec et al. (2012)51 Os resultados desse estudo não podem ser metanalisados, pois não proporcionam desvio padrão.Fritz et al. (2013)52 Estudo retrospectivo de coorte. Os critérios para inclusão na revisão sistemática eram estudos
controlados randomizados.Villafranca et al. (2013)53 Estudo retrospectivo de coorte. Os critérios para inclusão na revisão sistemática eram estudos
controlados randomizados.
oa−oveP(
é
apndd
BIS, parâmetro índice bispectral.
s parâmetros clínicos, mostrou uma reducão no tempo para abertura espontânea dos olhos de 0,62 min (95% IC −1,08;0,16), com um I2 = 83%. Na análise de sensibilidade, quando
estudo conduzido por Kreuer et al.7 foi removido, obti-emos um I2 = 0%, com reducão do tempo para a aberturaspontânea dos olhos de 0,28 min (95% IC −0,75; 0,20).
orém, a diferenca estatisticamente significativa foi perdidafig. 2).O tempo para a abertura dos olhos sob comando verbal contado a partir do término da última sutura, quando o
eler
nestésico inalatório ou intravenoso é interrompido e oaciente é solicitado a abrir os olhos. Houve uma reducãoo tempo para a abertura dos olhos ao comando verbale 0,63 min (95% IC −1,30; 0,05), com I2 = 67%, não houveiferenca estatisticamente significativa (fig. 3).
O uso do BIS reduziu o tempo de extubacão traqueal
m 1,18 min (95% IC −1,65; −0,70), com I2 = 79%. Na aná-ise de sensibilidade, quando o estudo conduzido por Kreuert al.7 foi removido, o tempo de extubacão traqueal foieduzido em 0,87 min (95% IC −1,36; −0,38), com I2 = 59%,Benefício da anestesia geral com monitoracão do índice bispectral 79
Estudo ou Subgrupo
Nelskylä KA 2001
Nelskylä KA 2001
Wong J 2002
Wong J 2002
Kreuer S 2003
Kreuer S 2003
Kreuer S 2005
Kreuer S 2005
Aimé I 2006
Aimé I 2006
Kamal NM 2009
Kamal NM 2009
Total (95% IC)
Total (95% IC)
Heterogeneidade: χ2 = 34,57, df = 6 (p < 0,00001); I2 = 83%
Heterogeneidade: χ2 = 2,29, df = 5 (p = 0,81); I2 = 0%
Teste para efeito global: Z = 2,64 (p = 0,008)
Teste para efeito global: Z = 1,13 (p = 0,26)
275
235 241
281 100,0%
100,0%
Bruhn J 2005
Bruhn J 2005
5
4
3,5 2,9 40 9,3 5,2 40
3,5 2,9 40 9,3 5,2 40
5,6 2,5 58
4,7 2,2 40
3,9 54
1,9 28
–10 –5 0 5 10
–10 –5 0 5 10
58
4054
28
8
4,4
713,4
2,1 40
4,1 34
1,6 29
5,9
5,6 2,5713,45,9
4,2
4,7 2,22,1 404,2
7,6
3,984,1 347,6
4,1
1,94,41,6 294,1
2,1 29
5 32 5
4,9 3,4 31
4 2,1 29 4,9 3,4 31
2 30
5 5 32 5 2 30
6,1% 2001
2002
2003
2005
2005
2006
2009
2001
2002
2003
2005
20052006
2009
10,6%
6,3%
20,5%
24,0%
7,1%
25,5%
6,5%
11,3%
0,0%
21,9%
25,6%7,6%
27,2%
0,00 [–1,87, 1,87]
–0,90 [–2,32, 0,52]
–5,80 [–7,65, –3,95]
0,30 [–0,72, 1,32]
–0,50 [–1,44, 0,44]
–0,40 [–2,13, 1,33]
–0,30 [–1,21, 0,61]
0,00 [–1,87, 1,87]
–0,90 [–2,32, 0,52]
–5,80 [–7,65, –3,95]
0,30 [–0,72, 1,32]
–0,50 [–1,44, 0,44]–0,40 [–2,13, 1,33]
–0,30 [–1,21, 0,61]
–0,62 [–1,08, –0,16]
–0,28 [–0,75, 0,20]
Média Média DPDP AnoPesoTotalTotal
Ano
IV, Fixo, 95% IC IV, Fixo, 95% ICBIS Controle Diferença da média
Estudo ou Subgrupo Média Média DPDP IV, Fixo, 95% ICPesoTotalTotalBIS Controle Diferença da média
Diferença da média
Diferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
BIS Controle
BIS Controle
Figura 2 Tempo para abertura espontânea dos olhos (min).
Estudo ou Subgrupo
Total (95% IC) 100,0% –0,63 [–1,30, 0,05]
BIS Controle
Média
Basar H 2003 8,25
18,5
6,8 2,1 15 8,66 2,6
59 61
15 15,9%
11,5 14 28 16 0,5% –9,50 [–19,00, 0,00]
–1,86 [–3,55, 0,17]
15
1,8 30 8,59 1 30 83,6% –0,34 [–1,08, 0,40]
2003
2008
2003
Puri GD 2003
Ibraheim O 2008
Heterogeneidade: χ2 = 5,97, df = 2 (p = 0,05); I2 = 67%–10 –5 0 5 10
Teste para efeito global: Z = 1,82 (p = 0,07)
Média DPDP AnoPesoTotalTotal IV, Fixo, 95% ICBIS Controle Diferença da média Diferença da média
IV, Fixo, 95% IC
dos o
2-
ap(
oc
npNi
a(m
Figura 3 Tempo para abertura
manteve-se, portanto, uma diferenca estatisticamente sig-nificativa (fig. 4).
A combinacão de três estudos1,2,14 mostrou que o tempopara a orientacão no tempo e no espaco reduziu em 3,08 min(95% IC −3,70; −2,45), com I2 = 73%. Na análise de sensi-bilidade, quando o estudo conduzido por Nelskylä et al.1
foi removido, obtivemos uma reducão de 3,76 min (95%IC −4,55; −2,97), com I2 = 0%, manteve-se, portanto, umadiferenca estatisticamente significativa (fig. 5).
Ao usar o BIS, o tempo até o paciente estar em condicãode ser retirado da sala de cirurgia e ser levado para a SRPA foireduzido em 2,93 min (95% IC −3,68; −2,18), com I2 = 92%.Na análise de sensibilidade, quando o estudo conduzidopor Kreuer et al.10 foi removido, obtivemos uma reducãode 4,89 min (95% IC −5,95; −3,83), com I2 = 0%, manteve--se, portanto, uma diferenca estatisticamente significativa(fig. 6).
O tempo até que os pacientes atendessem aos critérios
de alta da SRPA (índice de Aldrete-Kroulik modificado) foireduzido em 4,05 min (95% IC, −7,23; −0,87), com I2 = 91%.Na análise de sensibilidade, quando o estudo conduzido porIbraheim et al.13 foi removido, obtivemos uma reducão de-−n
lhos sob comando verbal (min).
2,35 min (95% IC −31,01; −13,69), com I2 = 20%, manteve-se uma diferenca estatisticamente significativa (fig. 7).
Não houve diferenca estatisticamente significativa entre intervencão e o controle na avaliacão do tempo necessárioara a alta hospitalar (95% IC −22,08; 30,52), com I2 = 0%fig. 8).
A incidência de NVPO foi menor em anestesias feitas com BIS, com reducão de risco de 12% (95% IC −0,22; −0,01),om I2 = 61%, o que foi estatisticamente significativo (fig. 9).
Não houve reducão do risco de distúrbios cognitivoso pós-operatório com uma semana após a extubacão emacientes que usaram o BIS (95% IC −0,06; 0,01; I2 = 0%).ão houve diferenca estatisticamente significativa entre a
ntervencão e o controle (fig. 10).Os distúrbios cognitivos no pós-operatório em três meses
pós a extubacão mostraram uma reducão de risco de 3%95% IC −0,05; −0,00), com I2 = 52%, o que foi estatistica-ente significativo (fig. 11).
Houve uma reducão de 6% no risco de delirium no pós-operatório em pacientes monitorados com o BIS (95% IC0,10; −0,03), com I2 = 11%, o que foi estatisticamente sig-ificativo (fig. 12).
80 C.R.D. Oliveira et al.
Estudo ou Subgrupo
Total (95% IC)
Total (95% IC)
355
315
361
321
100,0%
100,0%
–1,18 [–1,65, –0,70]
–0,87 [–1,36, –0,38]
Nelskylä KA 2001 2
6,8 4,6 40 10,5 5,9 40 4,2%
4,4%
3,0%
6,5%
9,8%
21,8%
2,6%
7,2%
17,4%
40
16
40
40
58
54
15
28
6,1
3,2
5,3
4,4
2,4
9
2,9
2,3
8,3
6
9,7
5,4
6,3
14,2
11,8
4,8
4,1 40
14
40
40
71
34
15
29
4,3
2,9
2,2
3,5
5,1
2
2,1
6,5
7,2
4,1
4,4
6,6
11,1
9,26
4,3
322 3 2
2
6,8 4,6 40 10,5 5,9
6,1
3,2
5,3
4,4
2,4
9
2,9
2,3
8,3
6
9,7
5,4
6,3
14,2
11,8
4,8
4,1 40
14
40
40
71
34
15
29
4,3
2,9
2,2
3,5
5,1
2
2,1
6,5
7,2
4,1
4,4
6,6
11,1
9,26
4,3
322 3 2
30
40
40
16
40
40
58
54
15
28
30
23,0%
24,6%
4,5%
4,7%
3,2%
0,0%
10,5%
23,4%
2,8%
18,6%
–10 100 5–5
7,7%
–1,00 [–2,00, –0,00]
–1,00 [–2,00, –0,00]
–3,70 [–6,02, –138]
–3,70 [–6,02, –138]
–1,80 [–4,08, 0,48]
1,20 [–1,54, 3,94]
–5,60 [ –7,47, –3,73]
–1,00 [–2,52, 0,52]
0,30 [–0,72, 1,32]
–3,10 [–6,05, –0,15]
–2,54 [–4,32, –0,76]
–0,50 [–1,64, 0,64]
2001
2003
2003
2003
2003
2005
2005
2006
2008
2009
2001
2003
2003
2003
2003
2005
2005
2006
2008
2009
–1,80 [–4,08, 0,48]
1,20 [–1,54, 3,94]
–5,60 [ –7,47, –3,73]
–1,00 [–2,52, 0,52]
0,30 [–0,72, 1,32]
–3,10 [–6,05, –0,15]
–2,54 [–4,32, –0,76]
–0,50 [–1,64, 0,64]
Puri GD 2003
Kreuer S 2003
Kreuer S 2005
Bruhn J 2005
Aimé I 2006
Ibraheim O 2008
Kamal NM 2009
Nelskylä KA 2001
Luginbühl M, 2003 (b)
Luginbühl M, 2003 (a)
Luginbühl M, 2003 (b)
Luginbühl M, 2003 (a)
Puri GD 2003
Kreuer S 2003
Kreuer S 2005
Bruhn J 2005
Aimé I 2006
Ibraheim O 2008
Kamal NM 2009
Heterogeneidade: χ2 = 42,58, df = 9 (p < 0,00001); I2 = 79%–10 –5 50 10
Teste para efeito global: Z = 4,83 (p < 0,00001)
Heterogeneidade: χ2 = 19,65, df = 8 (p = 0,01); I2 = 59%
Teste para efeito global: Z = 3,45 (p = 0,0006)
Média MédiaDP DPTotal Tota l Peso AnoBIS Controle Diferença da média
IV, Fixo, 95% IC Diferença da média
IV, Fixo, 95% IC
Diferença da médiaIV, Fixo, 95% ICEstudo ou Subgrupo Média DP Média DPTotal Total Peso Ano
BIS Controle Diferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
BIS Controle
BIS Controle
Figura 4 Tempo de extubacão traqueal (min). O trabalho de Luginbühl (2003) considerou, dentro de um mesmo desfecho, doisregimes anestésicos diferentes, com propofol (a) e desflurano (b).
Estudo ou Subgrupo Média MédiaDP DPTotal Total Peso AnoBIS Controle Diferença da média
IV, Fixo, 95% ICDiferença da média
IV, Fixo, 95% IC
Estudo ou Subgrupo Média MédiaDP DPTotal To tal Peso AnoBIS Controle Diferença da média
IV, Fixo, 95% ICDiferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
Nelskylä KA 2001
Wong J 2002
6
9,5
7,4
2
3,1
1,5
32
29
29
3 2
3,813,1
11,2 1,9
30 38,8% –2,00 [–3,00, –1,00]
–3,60 [–5,35, –1,85]
–3,80 [–4,69, –2,91]
2001
2002
2009
2001
20022009
12,6%
48,6%
–10 –5 0 5 10
28
31
Kamal NM 2009
Nelskylä KA 2001Wong J 2002
29,57,4
23,11,5
322929
3 23,813,1
11,2 1,9
30 0,0% –2,00 [–3,00, –1,00]–3,60 [–5,35, –1,85]–3,80 [–4,69, –2,91]
20,6%79,4%28
31Kamal NM 2009
Total (95% IC) 90 89 100,0% –3,08 [–3,70, –2,45]
Heterogeneidade: χ2 = 7,36, df = 2 (p = 0,03); I2 = 73%
Teste para efeito global: Z = 9,71 (p < 0,00001)
Total (95% CI) 58 5 9 100,0% –3,76 [–4,55, –2,97]Heterogeneidade: χ2 = ,04, df =1 (p = 0,84); I2 = 0%
Teste para efeito global: Z = 9,28 (p < 0,00001) –10 –5 0 5 10
BIS Controle
tacão
ncnNci
D
O
Figura 5 Tempo para a orien
O uso do BIS mostrou reducão de 1% no risco de memóriao intraoperatório, uma diferenca estatisticamente signifi-ativa (−0,01 [95% IC, −0,01; −0,00]), com I2 = 0%. Memória
o intraoperatório é o despertar confirmado pelo paciente.ão houve uma diferenciacão de estudos com pacienteslassificados como de baixo ou alto risco para memória nontraoperatório (fig. 13).ztor
BIS Controle
no tempo e no espaco (min).
iscussão
uso de monitoracão com BIS mostrou benefícios ao redu-
ir os tempos de extubacão em 0,87 min, orientacão noempo e no espaco em 3,76 min e para deixar a sala deperacão em 4,89 min. Os pacientes apresentaram umaeducão de 22,35 min para atender aos critérios de alta daBenefício da anestesia geral com monitoracão do índice bispectral 81
Estudo ou Subgrupo Média MeanDP DPTota otal Peso AnoBI Controle Diferença da médiaS
IV, Fixo, 95% IC
Diferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
Diferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
Diferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
40
40
40
40
Kreuer S 2003
Kreuer S 2005
9,4
8,4
7
9,4
8,4
7
1,9
2,4
3,2
1,9
2,4
3,2
29
40
40
29
14,1
9,4
12,4
14,1
9,4
12,4
2,8
2,4
5,7
2,8
2,4
5,7
–4,70 [–5,95, –3,45]
–1,00 [–2,05, 0,05]
–5,40 [–7,43, –3,37]
2009
2005
2003
2009
2005
2003
–4,70 [–5,95, –3,45]
–1,00 [–2,05, 0,05]
–5,40 [–7,43, –3,37]
35,9%
72,5%
0,0%
27,5%
50,5%
13,6%
28
40
40
28Kamal NM 2009
Kreuer S 2003
Kreuer S 2005
Kamal NM 2009
Total (95% IC) 109 108 100,0% –2,93 [–3,68, –2,18]
Heterogeneidade: χ2 = 26,39, df = 2 (P < 0,00001); I2 = 92%
Teste para efeito global: Z = 7,68 (p < 0,00001)
Total (95% IC) 69 68 100,0% –4,89 [–5,95, –3,83]
Heterogeneidade: χ2 = 0,33, df = 1 (p < 0,56); I2 = 0%
Teste para efeito global: Z = 9,03 (p < 0,00001)
Estudo ou Subgrupo Média MédiaDP DPTotal Total Peso AnoBIS Controleontrol
–10 –5 50 10
–10 –5 50 10
BIS Controle
BIS Controle
Figura 6 Tempo para deixar a sala de cirurgia (min).
Wong J 2002 111 30 29 48 123 –12,00 [–32,12, 8,12]2,5%31
Wong J 2002 111 30 29 48 123 –12,00 [–32,12, 8,12]18,5%31
86,5%154,8131154,7429,8 –1,20 [–4,62, 2,22]Ibraheim O 2008
0,0%154,8131154,7429,8 –1,20 [–4,62, 2,22]Ibraheim O 2008
11,0%2821,578,62914,753,9 –24,70 [–34,29, –15,11]
2002
2008
2009
2002
2008
2009
Kamal NM 2009
81,5%2821,578,62914,753,9 –24,70 [–34,29, –15,11]Kamal NM 2009
Total (95% IC) 73 74 100,0% –4,05 [–7,23, –0,87]Heterogeneidade: χ2 = 21,07, df = 2 ( p < 0,0001); I2 = 91%
Teste para efeito global: Z = 2,50 (p = 0,01)
Total (95% IC) 58 59 100,0% –22,35 [–31,01, –13,69]
Heterogeneidade: χ2 = 1,25, df = 1 ( p = 0,26); I2 = 20%
Teste para efeito global: Z = 5,06 (p < 0,00001)
Estudo ou Subgrupo Média MédiaDP DPTotal Total Peso Ano
BI ControleS Diferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
Diferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
Estudo ou Subgrupo Média MédiaDP DPTotal Total Peso Ano
BI ControleS Diferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
Diferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
BIS Controle–100 –50 0 5 0 100
BIS Controle–100 –50 0 5 0 100
Figura 7 Tempo para alta da SRPA (min).
Estudo ou Subgrupo Média MédiaDP DPTotal Total PesoBIS Controle
Nelskylä KA 2001
Ahmad S 2003
306 85 32 298 124 30 24,4%
203 78 49 200 74 48 75,6%
8,00 [–45,26, 61,26]
3,00 [–27,25, 33,25]
Ano2001
2003
Total (95% IC)
Heterogeneidade: χ2 = 0,03, df = 1 (p = 0,87); I2 = 0%
Teste para efeito global: Z = 0,31 (p = 0,75)
81 78 100,0% 4,22 [–22,08, 30,52]
–100 –50 0 50 100
BIS Controle
Diferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
Diferença da médiaIV, Fixo, 95% IC
ra al
trt
Figura 8 Tempo pa
SRPA. Os resultados combinados dos estudos mostraram quea reducão do risco de incidência de NVPO foi de 12% nospacientes monitorados com o BIS.
Os distúrbios cognitivos em pacientes no pós-operatóriouma semana após a extubacão não mostraram diferencaestatisticamente significativa. No entanto, houve umareducão de 3% no risco de distúrbios cognitivos em pacientes
nd
p
ta hospitalar (min).
rês meses após extubacão. Houve uma reducão de 6% noisco de incidência de delírio no pós-operatório nos pacien-es monitorados com o BIS. Além disso, o risco de memória
o intraoperatório mostrou reducão de 1% com o usoo BIS.Os 17 estudos selecionados de acordo com os critériosré-estabelecidos mostraram uma heterogeneidade logo
82 C.R.D. Oliveira et al.
Estudo ou Subgrupo Média MédiaTotal Total PesoBIS Controle Diferença de risco
M-H, Fixo, 95% ICDiferença de riscoM-H, Fixo, 95% IC
Nelskylä KA 2001
Bruhn J 2005
5 32 12 30 32,7%
6 71 8 58 67,3%
–0,24 [–0,46, –0,03]
–0,05 [–0,16, 0,06]
Ano
2001
2005
Total (95% IC)
Total média
Heterogeneidade: χ2 = 2,59, df = 1 (p = 0,11); I2 = 61%Teste para efeito global: Z = 2,22 (p = 0,03)
103
11
88
20
100,0% –0,12 [–0,22, –0,01]
–1 –0,5 0 0,5 1
BIS Controle
Figura 9 Náuseas e vômito no pós-operatório (NVPO) --- n (%).
Estudo ou Subgrupo Média MédiaTotal Total Peso M-H, Fixo, 95% IC M-H, Fixo, 95% ICBIS Controle Diferença de risco Diferença de risco
Chan 2013
Radtke 2013
9870
450 104 452 43,9% –0,01 [–0,07, 0,04]
575 90 580 56,1% –0,03 [–0,07, 0,01]
Total médiaHeterogeneidade: χ2 = ,39, df = 1 (p = 0,53); I2 = 0%Teste para efeito global: Z = 1,45 (p = 0,15)
168 194
–1 –0,5 0 0,5 1
BIS Controle
Total (95% IC) 1.025 1.032 100,0% –0,02 [–0,06, 0,01]
Figura 10 Transtornos cognitivos no pós-operatório (uma semana após a extubacão) --- n (%).
Estudo ou Subgrupo Média MédiaTotal Total Peso M-H, Fixo, 95% IC M-H, Fixo, 95% ICBIS Controle Diferença de risco Diferença de risco
Chan 2013Radtke 2013
4621
450 66 452 43,9% –0,04 [–0,09, –0,00]575 28 580 56,1% –0,01 [–0,03, 0,01]
Total médiaHeterogeneidade: χ2 = 2,08, df = 1 (p = 0,15); I2 = 52%Teste para efeito global: Z = 2,21 (p = 0,03)
67 94
–0,5 –0,25 0,25 0,50
BIS Controle
Total (95% IC) 1.025 1.032 100,0% –0,03 [–0,05, –0,00]
Figura 11 Transtornos cognitivos no pós-operatório (três meses após a extubacão) --- n (%).
Estudo ou Subgrupo Média MédiaTotal Total Peso M-H, Fixo, 95% IC M-H, Fixo, 95% ICBIS Controle Diferença de risco Diferença de risco
Chan 2013Radtke 2013
7095
450 109 452 43,9% –0,09 [–0,14, –0,03]575 28 580 56,1% –0,05 [–0,09, –0,00]
Ano20132013
Total Média Heterogeneidade: χ2 = 1,12, df = 1 (p = 0,29); I2 = 11%Teste para efeito global: Z = 3,74 (p = 0,0002)
165 233
–1 –0,5 0,5 10
BIS Controle
Total (95% IC) 1.025 1.032 100,0% –0,06 [–0,10, –0,03]
Figura 12 Delírio no pós-operatório --- n (%).
Estudo ou Subgrupo Média MédiaTotal Total Peso M-H, Fixo, 95% IC M-H, Fixo, 95% ICBIS Controle Diferença de risco Diferença de risco
Puri GD 2003Myles PS 2004
Bruhn J 2005Kamal NM 2009Zhang C 2011
020
14 1 16 0,4% –0,06 [–0,23, 0,10]1225
7129
2.919
04
11
00
15
123858
28
2.309
31,4%1,6%0,7%
65,8%
–0,01 [–0,01, –0,00]
0,00 [–0,03, 0,03]0,00 [–0,07, 0,07]
–0,01 [–0,01, –0,00]
20032004200520092011
Total médiaHeterogeneidade: χ2 = 1,04, df = 4 (p = 0,90); I2 = 0%Teste para efeito global: Z = 3,73 (p = 0,0002)
6 27
–0,1 –0,05 0,05 0,10
BIS Controle
Total (95% IC) 4.258 3.649 100,0% –0,01 [–0,01, –0,00]
Ano
Figura 13 Memória no intraoperatório --- n (%).
ectr
R
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Benefício da anestesia geral com monitoracão do índice bisp
percebida. Fatores relacionados à técnica anestésica, aopaciente e ao procedimento cirúrgico foram observados. Osestudos que analisaram o consumo de anestésicos não apre-sentaram medidas padronizadas que permitissem a selecãode pelo menos dois estudos para a metanálise.
O estudo conduzido por Ibraheim et al.13 envolveu paci-entes com obesidade mórbida. Três estudos foram feitosexclusivamente com pacientes com mais de 60 anos.2,16,17
Puri et al.6 e Vretzakis et al.11 avaliaram pacientessubmetidos à cirurgia cardíaca com circulacão extracor-pórea.
Myles et al.8 avaliaram pacientes com pelo menos umfator de alto risco para o despertar com memórias do períodointraoperatório (cirurgia cardíaca de alto risco, cesarianas,choque hipovolêmico, broncoscopia rígida, instabilidadecardiovascular e hipotensão prevista durante a cirurgia,doenca pulmonar em fase avancada, histórico de despertarcom memórias do período intraoperatório, via aérea difícil,alto consumo de álcool, uso crônico de benzodiazepínicosou opioides e terapia com inibidores da protease).
Os desfechos analisados com variáveis contínuas rela-cionadas ao tempo de recuperacão e alta dos pacientesforam: tempo para abertura espontânea dos olhos, paraabertura dos olhos sob comando verbal, de extubacão,para a orientacão no tempo e no espaco, para deixar a salade cirurgia, de alta da SRPA e de alta hospitalar.
Os desfechos de variáveis dicotômicas relacionados aeventos adversos foram NVPO, distúrbios cognitivos noperíodo pós-operatório uma semana após a extubacão, dis-túrbios cognitivos no período pós-operatório três meses apósa extubacão, delírio no pós-operatório e memória no intra-operatório.
Alguns estudos primários contribuíram com apenas umdesfecho analisado.3---5,11,15
A individualizacão dos desfechos derivados de estudosque envolveram anestesia balanceada ou anestesia venosatotal não foi feita.
Clinicamente, o custo da implantacão de um monitor BISpode ser justificado por permitir vantagens na manutencãode cirurgias ambulatoriais, bem como nas técnicas de des-pertar precoce e, especialmente, porque pode reduzir aincidência de eventos adversos.
O custo dos eletrodos descartáveis é uma causa dediscussão sobre o valor no uso do BIS. Assim, é impor-tante a participacão ativa dos profissionais, principalmentedos administradores de saúde, no desenvolvimento de umplano de acão que aprimore os recursos e proporcione maisseguranca e conforto para os pacientes.
Até o momento, não há um padrão-ouro para abrangertodo o espectro do efeito anestésico sobre o sistema ner-voso central e o BIS é, sem dúvida, o mais estudado, masé um dos muitos monitores derivados do EEG atualmenteusados. A monitoracão da profundidade da anestesia comouma nova tecnologia está em seu início. A nova fronteiraé a individualizacão do monitoramento do hipnótico e seusefeitos sobre o sistema nervoso central.
Conflitos de interesse
Os autores declaram não haver conflitos de interesse.
1
al 83
eferências
1. Nelskylä KA, Yli-Hankala AM, Puro PH, et al. Sevoflurane titra-tion using bispectral index decreases postoperative vomitingin phase II recovery after ambulatory surgery. Anesth Analg.2001;93:1165---9.
2. Wong J, Song D, Blanshard H, et al. Titration of isoflurane usingBIS index improves early recovery of elderly patients undergoingorthopedic surgeries. Can J Anaesth. 2002;49:13---8.
3. Luginbühl M, Wüthrich S, Petersen-Felix S, et al. Different bene-fit of bispectal index (BIS) in desflurane and propofol anesthesia.Acta Anaesthesiol Scand. 2003;47:165---73.
4. Ahmad S, Yilmaz M, Marcus RJ, et al. Impact of bispectral indexmonitoring on fast tracking of gynecologic patients undergoinglaparoscopic surgery. Anesthesiology. 2003;98:849---52.
5. Basar H, Ozcan S, Buyukkocak U, et al. Effect of bispectralindex monitoring on sevoflurane consumption. Eur J Anaesthe-siol. 2003;20:396---400.
6. Puri GD, Murthy SS. Bispectral index monitoring in patientsundergoing cardiac surgery under cardiopulmonary bypass. EurJ Anaesthesiol. 2003;20:451---6.
7. Kreuer S, Biedler A, Larsen R, et al. Narcotrend moni-toring allows faster emergence and a reduction of drugconsumption in propofol-remifentanil anesthesia. Anesthesio-logy. 2003;99:34---41.
8. Myles PS, Leslie K, McNeil J, et al. Bispectral index monitoring toprevent awareness during anaesthesia: the B-Aware randomisedcontrolled trial. Lancet. 2004;363:1757---63.
9. Bruhn J, Kreuer S, Bischoff P, et al. Bispectral index and A-lineAAI index as guidance for desflurane-remifentanil anaesthesiacompared with a standard practice group: a multicentre study.Br J Anaesth. 2005;94:63---9.
0. Kreuer S, Bruhn J, Stracke C, et al. Narcotrend or bispectralindex monitoring during desflurane-remifentanil anesthesia: acomparison with a standard practice protocol. Anesth Analg.2005;101:427---34.
1. Vretzakis G, Ferdi E, Argiriadou H, et al. Influence of bispectralindex monitoring on decision making during cardiac anesthesia.J Clin Anesth. 2005;17:509---16.
2. Aimé I, Verroust N, Masson-Lefoll C, et al. Does monitoringbispectral index or spectral entropy reduce sevoflurane use?Anesth Analg. 2006;103:1469---77.
3. Ibraheim O, Alshaer A, Mazen K, et al. Effect of bispec-tral index (BIS) monitoring on postoperative recovery andsevoflurane consumption among morbidly obese patients under-going laparoscopic gastric banding. Middle East J Anesthesiol.2008;19:819---30.
4. Kamal NM, Omar SH, Radwan KG, et al. Bispectral index monito-ring tailors clinical anesthetic delivery and reduces anestheticdrug consumption. J Med Sci. 2009;9:10---6.
5. Zhang C, Xu L, Ma YQ, et al. Bispectral index monitoring preventawareness during total intravenous anesthesia: a prospective,randomized, double-blinded, multi-center controlled trial. ChinMed J (Engl). 2011;124:3664---9.
6. Chan MT, Cheng BC, Lee TM, et al. BIS-guided anesthesia decre-ases postoperative delirium and cognitive decline. J NeurosurgAnesthesiol. 2013;25:33---42.
7. Radtke FM, Franck M, Lendner J, et al. Monitoring depth ofanaesthesia in a randomized trial decreases the rate of posto-perative delirium but not postoperative cognitive dysfunction.Br J Anaesth. 2013;110 Suppl. 1:i98---105.
8. Sebel PS, Lang E, Rampil IJ, et al. A multicenter study of bispec-tral electroencephalogram analysis for monitoring anestheticeffect. Anesth Analg. 1997;84:891---9.
9. Yli-Hankala A, Vakkuri A, Annila P, et al. EEG bispectral indexmonitoring in sevoflurane or propofol anaesthesia: analysis ofdirect costs and immediate recovery. Acta Anaesthesiol Scand.1999;43:545---9.
8
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
5
5
5
4
0. Mi WD, Sakai T, Singh H, et al. Hypnotic endpoints vs. the bispec-tral index, 95% spectral edge frequency and median frequencyduring propofol infusion with or without fentanyl. Eur J Ana-esthesiol. 1999;16:47---52.
1. Nakayama M, Ichinose H, Yamamoto S, et al. The effectof fentanyl on hemodynamic and Bispectral Index changesduring anesthesia induction with propofol. J Clin Anesth.2002;14:146---9.
2. Lehmann A, Boldt J, Thaler E, et al. Bispectral Index in pati-ents with target-controlled or manually-controlled infusion ofpropofol. Anesth Analg. 2002;95:639---44.
3. Paventi S, Santevecchi A, Perilli V, et al. Effects of remifenta-nil infusion BIS-titrated on early recovery for obese outpatientsundergoing laparoscopic cholecystectomy. Minerva Anestesiol.2002;68:651---7.
4. Lehmann A, Karzau J, Boldt J, et al. Bispectral Index-guidedanesthesia in patients undergoing aortocoronary bypass graf-ting. Anesth Analg. 2003;96:336---43.
5. Yamaguchi S, Egawa H, Mishio M, et al. Bispectral monitoringduring vital capacity rapid inhalation induction with sevoflu-rane. J Clin Anesth. 2003;15:24---8.
6. Buyukkocak U, Ozcan S, Daphan C, et al. A compari-son of four intravenous sedation techniques and BispectralIndex monitoring in sinonasal surgery. Anaesth Intensive Care.2003;31:164---71.
7. Forestier F, Hirschi M, Rouget P, et al. Propofol and sufenta-nil titration with the Bispectral Index to provide anesthesia forcoronary artery surgery. Anesthesiology. 2003;99:334---46.
8. Schneider G, Gelb AW, Schmeller B, et al. Detection of awa-reness in surgical patients with EEG-based indices-bispectralindex and patient state index. Br J Anaesth. 2003;91:329---35.
9. Schneider G, Elidrissi C, Sebel PS. Bispectral index-guidedadministration of anaesthesia: comparison between remifen-tanil/propofol and remifentanil/isoflurane. Eur J Anaesthesiol.2003;20:624---30.
0. Liu SS. Effects of Bispectral Index monitoring on ambulatoryanesthesia. Anesthesiology. 2004;101:311---5.
1. Bauer M, Wilhelm W, Kraemer T, et al. Impact of Bispectral Indexmonitoring on stress response and propofol consumption in pati-ents undergoing coronary artery bypass surgery. Anesthesiology.2004;101:1096---104.
2. Bestas A, Yasar MA, Bayar MK, et al. The effects of two dif-ferent anaesthesia techniques on bispectral index values andawareness during off-pump coronary artery bypass grafting. JClin Monit Comput. 2004;18:347---51.
3. Boztug N, Bigat Z, Akyüz M, et al. Does using the BispectralIndex (BIS) during craniotomy affect the quality of recovery? JNeurosurg Anesthesiol. 2006;18:1---4.
4. Puri GD, Kumar B, Aveek J. Closed-loop anaesthesia delivery sys-tem (CLADS) using bispectral index: a performance assessmentstudy. Anaesth Intensive Care. 2007;35:357---62.
5. Lindholm ML, Brudin L, Sandin RH. Bispectral index monitoring:appreciated but does not affect drug dosing and hypnotic levels.Acta Anaesthesiol Scand. 2008;52:88---94.
6. Avidan MS, Zhang L, Burnside BA, et al. Anesthesia awarenessand the Bispectral Index. N Engl J Med. 2008;358:1097---108.
7. Bejjani G, Lequeux PY, Schmartz D, et al. No evidenceof memory processing during propofol-remifentanil target--controlled infusion anesthesia with Bispectral Index monitoringin cardiac surgery. J Cardiothorac Vasc Anesth. 2009;23:175---81.
5
C.R.D. Oliveira et al.
8. Delfino AE, Cortinez LI, Fierro CV, et al. Propofol consumptionand recovery times after bispectral index or cerebral state indexguidance of anaesthesia. Br J Anaesth. 2009;103:255---9.
9. Kerssens C, Gaither JR, Sebel PS. Preserved memory functionduring Bispectral Index-guided anesthesia with sevoflurane formajor orthopedic surgery. Anesthesiology. 2009;111:518---24.
0. Mashour GA, Tremper KK, Avidan MS. Protocol for the ‘‘MichiganAwareness Control Study’’: a prospective, randomized, control-led trial comparing electronic alerts based on bispectral indexmonitoring or minimum alveolar concentration for the preven-tion of intraoperative awareness. BMC Anesthesiol. 2009;9:7.
1. Satisha M, Sanders GM, Badrinath MR, et al. Introduction of bis-pectral index monitoring in a district general hospital operatingsuite: a prospective audit of clinical and economic effects. EurJ Anaesthesiol. 2010;27:196---220.
2. Meybohm P, Gruenewald M, Höcker J, et al. Correlation andagreement between the bispectral index vs. state entropyduring hypothermic cardio-pulmonary bypass. Acta Anaesthe-siol Scand. 2010;54:169---75.
3. Leslie K, Myles PS, Forbes A, et al. The effect of Bispectral Indexmonitoring on long-term survival in the B-Aware trial. AnesthAnalg. 2010;110:816---22.
4. Avidan MS, Palanca BJ, Glick D, et al. Protocol for the BAG--RECALL clinical trial: a prospective, multi-center, randomized,controlled trial to determine whether a bispectral index-guidedprotocol is superior to an anesthesia gas-guided protocol inreducing intraoperative awareness with explicit recall in highrisk surgical patients. BMC Anesthesiol. 2009;9:8.
5. Ellerkmann RK, Soehle M, Riese G, et al. The Entropy Moduleand Bispectral Index as guidance for propofol-remifentanil ana-esthesia in combination with regional anaesthesia comparedwith a standard clinical practice group. Anaesth Intensive Care.2010;38:159---66.
6. Yufune S, Takamatsu I, Masui K, et al. Effect of remifentanilon plasma propofol concentration and bispectral index duringpropofol anaesthesia. Br J Anaesth. 2011;106:208---14.
7. Liu N, Chazot T, Hamada S, et al. Closed-loop coadministra-tion of propofol and remifentanil guided by Bispectral Index: arandomized multicenter study. Anesth Analg. 2011;112:546---57.
8. Avidan MS, Jacobsohn E, Glick D, et al. Prevention of intrao-perative awareness in a high-risk surgical population. N Engl JMed. 2011;365:591---600.
9. Aimé I, Gayat E, Fermanian C, et al. Effect of age on the com-parability of bispectral and state entropy indices during themaintenance of propofol---sufentanil anaesthesia. Br J Anaesth.2012;108:638---43.
0. Mashour GA, Shanks A, Tremper KK, et al. Prevention of intrao-perative awareness with explicit recall in an unselected surgicalpopulation. Anesthesiology. 2012;117:717---25.
1. Persec J, Persec Z, Kopljar M, et al. Effect of bispectral indexmonitoring on extubation time and analgesic consumption inabdominal surgery: a randomised clinical trial. Swiss Med Wkly.2012;142:w13689.
2. Fritz BA, Rao P, Mashour GA, et al. Postoperative recovery withBispectral Index versus anesthetic concentration-guided proto-cols. Anesthesiology. 2013;118:1113---22.
3. Villafranca A, Thomson IA, Grocott HP, et al. The impact of Bis-pectral Index versus end-tidal anesthetic concentration-guidedanesthesia on time to tracheal extubation in fast-track cardiacsurgery. Anesth Analg. 2013;116:541---8.