revista aviaÇÃo.com 5ª ediÇÃo dezembro 2010

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REVISTA AVIAÇÃO.COM 5ª EDIÇÃO DEZEMBRO 2010 Jato Legacy 650 demonstra capacidade de vôos de longo alcance Brasil precisa formar 100 pilotos a mais por ano para atender à demanda Rússia preparada para vender caças Su-35 para China

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- Esperando anúncio, França manda Rafales ao Brasil - Jato Legacy 650 demonstra capacidade de vôos de longo alcance - Emirados Árabes Unidos pretendem adquirir 60 helicópteros de ataque Apache - Jato regional Bombardier CRJ1000 NextGen recebe certificação - Exército italiano revela plano de modernização dos helicópteros AW129 Mangusta - Rússia preparada para vender caças Su-35 para China - Problemas no desenvolvimento da aeronave de transporte Antonov An-70 - Embraer assina acordo de US$ 1,5 bilhão com a AVIC Leasing - Celular em avião depende do consumidor

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REVISTA AVIAÇÃO.COM 5ª EDIÇÃO DEZEMBRO 2010

Jato Legacy 650 demonstra capacidade de vôos de longo alcance

Brasil precisa formar 100 pilotos a mais por ano para atender à demanda

Rússia preparada

para vender caças

Su-35 para China

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Brasil finaliza a entrega das aeronaves Super

Tucano para República Dominicana

Brasil entregou oito aeronaves Super Tucano, adquridas da Embraer, para a Força Aérea de República Dominicana (FAD). A força aérea usará as aeronaves Super Tucano para patrulha do espaço aéreo

e para combater o narcotráfico no país. Os turbohélices Embraer A-29B Super Tucano podem disparar mísseis ar-ar como os Phyton 3, AIM-9 SideWinder, MAA-1 Piranha e mísseis ar-solo AGM-65 Maverick. As duas primeiras aeronaves Super Tucano chegaram na República dominicana no dia 10 de dezembro de 2009, após terem voado 17 horas com uma escala a partir de São Paulo. A República Dominicana havia recebido outras três aeronaves A-29B em junho desse ano e as últimas aeronaves chegaram no dia 27 de outubro em San Isidro, de acordo com o site dominicantoday.com, sendo as aeronaves recebidas com a presença do Presidente Leonel Fernandez.

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F-X2: Lula diz que decidirá com “calma” sobre licitação para compra de caças

presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (3) que pretende discutir ―sem precipitações‖ com a presidente eleita Dilma Rousseff a consolidação do contrato de compra de 36 aeronaves do tipo caça para a Força Aérea Brasileira. Apesar de as empresas evitarem falar em

valores, o contrato deve mobilizar um montante de cerca de 4 bilhões de euros. O Brasil, que no dia 7 de setembro de 2009 anunciou a decisão política de estreitar as negociações com a francesa Dassault, fabricante do modelo Rafale, tem sido pressionado também pela sueca Saab, que chegou a oferecer à FAB dois caças Gripen ao preço de um Rafale. Os custos altos da oferta francesa, caso o governo brasileiro escolha os aviões Rafale, são apontados como um fator negativo ao pleito francês. O almirante Edouard Guillaud, chefe do gabinete militar do governo Nicolas Sarkozy, já reconheceu haver ―problemas de preço‖ em relação à proposta da França. Lula afirmou que pretende discutir o assunto com Sarkozy na próxima semana durante a reunião do G20 na Coreia do Sul. A principal demanda do Brasil para escolher o vencedor entre os três finalistas está na possibilidade de transferência de tecnologia e na chance de empresas brasileiras poderem fabricar as novas aeronaves e as exportar. A Saab chegou a listar parte da fuselagem, o trem de pouso e radares como componentes que, caso vitoriosa, dividiria o know-how com o Brasil. Em reunião com o ministro da Defesa, representantes do governo francês, por sua vez, se comprometeram com a transferência de tecnologia ―completa, sem restrição e sem limite‖. Um terceiro concorrente é a norte-americana Boeing. A favor dela contam argumentos como a possível superioridade técnica FA-18 Hornet, além da disposição da empresa americana de desenvolver com a Embraer o cargueiro militar KC-390, a ser vendido para a FAB. A fabricante dos caças não garantiria, no entanto, uma ampla transferência de tecnologia, vetando potenciais transações brasileiras com países não alinhados aos Estados Unidos.

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F-X2: Segundo Jobim, processo de compra de caças vai até final de 2011

ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse hoje que o processo de compra de caças para equipar as forças armadas não se encerrará com a escolha do fornecedor. ―Se tomada a decisão até o fim do ano, esse processo provavelmente vai se

estender até outubro, novembro (de 2011)―, afirmou ele, em entrevista na abertura da 7ª Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo o ministro, depois de definido o fornecedor começa uma etapa de negociação para que o contratado atenda as exigências do governo brasileiro, principalmente a de transferência de tecnologia. ―Não estamos comprando aviões. Estamos aprendendo a fazer, importando tecnologia para capacitação nacional. Há uma série de exigências que só se saberá se serão cumpridas pela empresa escolhida no momento de sentar na mesa para discutir os itens do contrato‖, disse o ministro. Perguntado se continuará na pasta no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), o ministro desconversou. Ele confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrará com Dilma para discutir a compra dos caças. Na disputa para vender 36 aeronaves para o governo brasileiro estão os aviões franceses Rafale, fabricados pela Dassault, o Gripen NG, da sueca Saab, e o F18 Super Hornet, da norte-americana Boeing.

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Primeiro Sukhoi Superjet 100 de produção faz seu voo inaugural

o dia 4 de novembro, a primeira aeronave de produção Sukhoi Superjet 100 (SN 95007) que será entregue para companhia aérea Armavia voou pela primeira vez.

A aeronave foi pilotada por Alexandre Ivanov e Alexandre Kochetkov, ambos pilotos de testes da Sukhoi Civil Aircraft. Durante as 3 horas de voo, os pilotos checaram o desempenho dos motores, sistemas e dos equipamentos, confirmando que as características da aeronave estão dentro do alcance operacional. ―O primeiro voo da primeira aeronave de série do Sukhoi Superjet 100 é uma importante etapa do programa. Nós estamos realmente aumentando a produção em série da aeronave regional. Existem no momento 17 aeronaves de série na linha de montagem, cinco das quais estão na fase final‖ disse o Presidente da Sukhoi, Vladimir Prisyazhnyuk. Após uma série de verificações na fábrica, o SSJ100 SN 95007 voará para Moscou para teste operacional em rota. As operações no solo em aeroportos serão efetuadas em total acordo com a documentação operacional. As avaliações em rota tem o objetivo de confirmar a disponibilidade dos sistemas embarcados no ambiente operacional e como será a operação entre a aeronave e as equipes no solo nos aeroportos.

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Rússia envia a terceira aeronave A-50 AWACS para Índia

Rússia completou sua parte no contrato para entrega de mais uma aeronave A-50 Mainstay AWACS para Força Aérea da Índia, a terceira do tipo, conforme disse um membro da indústria aeronáutica russa.

A Índia encomendou três aeronaves do modelo A-50EI, desenvolvidas com base na aeronave de transporte militar russa Il-76MD e equipadas com o sistema radar israelense Phalcon, em 2004. A primeira das duas aeronaves já está em operação com a Força Aérea da Índia. ―Nós finalizamos a modificação de uma terceira aeronave de transporte para a função especial de alerta aérea antecipado, e enviamos ela para Israel em outubro para ser equipada com os sistemas eletrônico antes de ser entregue para Índia,‖ disse um porta-voz da companhia russa Beriyev, baseada em Taganrog. Em muitos aspectos, o A-50 é comparável ao E-3 Sentry da U.S. Air Force. Ele é equipado com um sistema de reabastecimento aéreo e equipamento de guerra eletrônica, e pode detectar alvos distantes até 400 km (250 milhas). De acordo com informações da Índia, a Força Aérea Indiana poderá adquirir mais duas aeronaves A-50 da Rússia e Israel no futuro. Adicionalmente as aeronaves A-50 russas, a Índia adquiriu oito aeronaves Boeing P-8I de reconhecimento marítimo de longo alcance (LRMR) dos Estados Unidos, e assinou um acordo com o Brasil para em conjunto integrar os sistemas AWACS desenvolvidos na Índia em três aeronaves Embraer 145 de fabricação brasileira, para posteriormente serem integradas a Força Aérea Indiana.

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Esperando anúncio, França manda Rafales ao Brasil

espera da confirmação oficial de que fornecerá os novos caças da FAB (Força Aérea Brasileira), para quem oferece o Rafale, a França mandará pela primeira vez o modelo para um exercício militar no Brasil.

Há uma expectativa, entre militares brasileiros, de que o anúncio confirmando o Rafale será feito durante a visita do ministro Nelson Jobim (Defesa) ao exercício de guerra simulada, chamado Cruzex. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que iria falar novamente com o francês Nicolas Sarkozy sobre o assunto e que iria tomar a decisão em conjunto com a sucessora eleita, Dilma Rousseff. Eles irão se encontrar na semana que vem em Seul, na cúpula do G20. Jobim, que estará hoje com Lula, deverá visitar o Cruzex no dia 18 ou 19, quando a operação acaba. O Cruzex é o maior exercício aéreo de caça da América do Sul, e está em sua quinta edição. Começou no dia 26, com a chegada das primeira equipes de planejamento a Natal, de onde haverá a simulação de conflito, interdição aérea e várias missões de ataque. Serão inéditas 92 aeronaves do Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, França e Estados Unidos. Os franceses já participaram de edições anteriores, sempre com caças Mirage-2000 semelhantes aos que vendeu ao Brasil. Agora, pela primeira vez mandam o Rafale. Serão quatro modelos, mais quatro Mirage, uma espécie de ―cartão de visitas‖ para o eventual anúncio. Os aviões de combate começam a chegar a Natal no fim de semana. Outra novidade é a presença americana. Só que por envolver a Força Aérea, serão enviados caças F-16. Os F/A-18 que os EUA querem vender ao Brasil, concorrendo com o Rafale e o Gripen NG sueco, são operados pela Marinha e pelos Fuzileiros Navais.

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Coreia do Sul propõe a venda do jato T-50 para os EUA

Coreia do Sul está propondo a venda de aproximadamente 500 jatos de treinamento supersônico KAI T-50 Golden Eagle para os EUA, o qual a U.S. Air Force está considerando substituir sua antiga frota de aeronaves de treinamento T-

38 Talon. A Força Aérea dos EUA deve tomar a decisão até 2012, quando escolherá modernizar seus atuais jatos T-38 Talon ou substiuir eles por novas aeronaves. Uma equipe de inspetores norte americanos visitou Seul para checar o desempenho dos jatos T-50 fabricados na Korea Aerospace Industries. A USAF, que estuda o T-50, também está analisando as propostas da Itália com o M-346 Master e a proposta britânica de aeronaes BAE Hawk Mk128, e poderá adquirir entre 300 e 500 aeronaves para treinamento de seus pilotos. A Coreia do Sul lançou seu jato T-50 Golden Eagle, junatamente desenvolvida pela Korea Aerospace Industries e a Lockheed Martin, em 2005, e cada unidade tem um custo aproximado de US$ 20 milhões.

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Jato Legacy 650 demonstra capacidade de vôos de longo alcance

novo jato executivo Legacy 650, da categoria large, concluiu um vôo sem escalas de Dubai (Emirados Árabes Unidos – EAU) para Londres, Reino Unido. O avião percorreu, em oito horas, o equivalente a 6.482 quilômetros (3.500 milhas náuticas), já contabilizado o vento de proa, comum

nesta rota. O vôo foi realizado com dez ocupantes – sete passageiros e três tripulantes – a bordo de uma aeronave com configuração típica. ―A realização desse vôo sem escalas pelo Legacy 650, de Dubai para Londres, com sete passageiros é uma prova da capacidade que o jato executivo tem de servir aos clientes do Oriente Médio‖, disse Colin Steven, Diretor de Marketing e Vendas da Embraer para a Europa, África e Oriente Médio – Aviação Executiva. ―Com o conforto de três ambientes distintos de cabine e o maior compartimento de bagagens da categoria, o Legacy 650 oferece uma conexão sem escalas importante entre o Oriente Médio e a Europa, que pode ser voada durante o ano todo, independentemente do vento em rota.‖ Lançado há um ano, na NBAA 2009, o jato executivo Legacy 650, da categoria large, pode voar, sem escalas, até 7.223 quilômetros (3.900 milhas náuticas), com quatro passageiros, ou 7.112 quilômetros (3.840 milhas náuticas), com oito passageiros, oferecendo aproximadamente 926 quilômetros (500 milhas náuticas) a mais de alcance se comparado com o Legacy 600. Este aumento significativo no alcance é resultado de diversas modificações estruturais, tais como asas e trens de pouso reforçados, sistema de combustível de maior capacidade e novos motores AE 3007A2 da Rolls-Royce, altamente eficientes e com maior potência. Os novos aviônicos Primus Elite™, da Honeywell, equipam o Legacy 650 e futuros jatos Legacy 600. O novo jato possui o mesmo interior elegante, confortável e funcional do Legacy 600, com três ambientes distintos de cabine e uma ampla área para preparo de alimentos (galley), bem como o maior compartimento de bagagens acessível em vôo da sua categoria. Os níveis de ruído na cabine foram reduzidos com um moderno pacote de isolamento acústico e a comunicação de dados de alta velocidade via Internet foi aprimorada com o sistema SwiftBroadband da Inmarsat. O Legacy 650 foi recentemente certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), do Brasil, e pela Agência Européia para a Segurança da Aviação (European Aviation Safety Agency – EASA). As primeiras entregas estão previstas para este ano.

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Emirados Árabes Unidos pretendem adquirir 60 helicópteros de ataque Apache

Agência de Cooperação de Segurança e Defesa (DGSA) notificou o Congresso dos EUA no dia 3 de novembro de uma possível Venda Militar para Países Estrangeiros (FMS) para os Emirados Árabes Unidos de 30 helicópteros de ataque AH-64D Block II lote 10 Apache, remanufaturados

para a configuração AH-64D Block III e 30 helicópteros AH-64D Block III Apache LongBow, bem como peças relacionadas, equipamentos, treinamento e apoio logístico num pacote completo avaliado em US$ 5 bilhões. Os helicópteros serão fabricados na unidade da Boeing em Mesa, Arizona.

Além dos helicópteros, o Governos dos Emirados Árabes Unido solicitaram a compra de

120 motores T700-GE-701D 76 Sensores de Visão noturna e de aquisição de alvos 70 Radares de Controle de Disparo AN/APG-78 70 Bloqueadores infravermelhos AN/ALQ-144A(V)3 70 Conjuntos de Radares de Detecção de Sinal AN/APR-39A(V)4 70 Bloqueadores radar AN/ALQ-136(V)5 70 Sistemas de Alerta de Míssil AAR-57(V)3/5 Armas automáticas de 30mm Além de diversos outros equipamentos de comunicação, sistemas de pontaria montado em

capacetes, treinamento, peças sobressalentes, documentação, manuais técnicos e apoio logístico.

A necessidade dos Emirados nesses helicópteros é para atender o comprometimento estratégico do país em auto-defesa, com apoio da coalisão, na região. Os helicópteros oferecerão aos militares do emirado uma capacidade maior de pontaria e aquisição de alvos. Os helicópteros serão destinados para a defesa de instalações vitais e para oferecer apoio aéreo aproximado das forças terrestres.

Os Emirados Árabes Unidos já possuem em seu inventário 30 helicópteros de ataque AH-64A Apache que estão sendo convertidos para a versão AH-64D LongBow.

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Jato regional Bombardier CRJ1000 NextGen recebe certificação

Bombardier Aerospace anuncioi que a agência de Transportes do Canadá e a EASA (Agência de Segurança de Aviação da Europa) concederam o Certificado do Tipo de Aeronave para seu jato regional de 100 lugares CRJ1000 NextGen.

O maior membro da família de jatos regionais CRJ Series, o CRJ1000 NextGen foi oficialmente lançado no dia 19 de fevereiro de 2007. O protótipo do CRJ1000 (19991) fez seu voo inaugural na unidade da Bombardier em Mirabel, Québec, no dia 3 de setembro de 2008 e o programa de testes de voo da aeronave foi conduzido a partir do Centro de Testes de Voo da Bombardier em Wichita, Kansas, acumulando aproximadamente 1.400 horas de voo em 470 voos. ―Eu não acho que alguém a 20 anos atrás poderia imaginar como os jatos regionais transformariam as companhias aérea em todo mundo,‖ disse Gary R. Scott, Presidente da Bombardier Commercial Aircraft. A Bombardier possui encomendas firmes para 49 aeronaves CRJ1000 NextGen, incluindo 35 para Air Nostrum da Espanha e 14 para Brit Air da França.

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Airbus lança alerta internacional para problemas elétricos em aviões

fabricante de aviões Airbus vai lançar um alerta internacional a respeito de problemas elétricos em suas aeronaves. A companhia afirma que o alerta será voltado para os aviões A319, A320 e A321.

O alerta da Airbus ocorre depois de uma série de incidentes com seus aviões. Em agosto, um Airbus da companhia britânica British Midlands apresentou problemas e não respondeu aos comandos do piloto por vários minutos, com os displays da cabine se apagando. As autoridades do setor de aviação há anos têm demonstrado preocupação com os problemas elétricos de aviões da Airbus, que ainda não foram explicados. A380 A companhia também enfrentou problemas recentemente com seu modelo A380, o maior avião para passageiros do mundo, em operação há três anos. Na segunda-feira a companhia aérea australiana Qantas suspendeu os voos de todos os seus seis aviões Airbus A380 por pelo menos mais três dias depois de descobrir vazamento de óleo em três turbinas. Na quinta-feira da semana passada, um Airbus A380 da Qantas teve que fazer um pouso forçado em Cingapura depois da explosão de uma de suas turbinas. Foi o mais grave incidente envolvendo o A380. As turbinas do Airbus são fabricadas pela empresa britânica Rolls-Royce e a companhia afirmou nesta sexta-feira que identificou o componente da turbina que apresentou problemas. De acordo com a Rolls-Royce, as investigações mostraram que o problema iniciou um incêndio no óleo que vazou, um disco da turbina então se soltou e a turbina desintegrou. A companhia britânica informou que vai substituir o componente em outras turbinas do mesmo tipo. A Airbus, por sua vez, afirma que sua prioridade é manter suas aeronaves que já estão em serviço e, por isso poderá haver atraso na entrega de novos aviões, planejada para 2011.

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F-X2: Saab reforça lobby por caça e lança centro aeroespacial

empresa sueca Saab, fabricante dos caças Gripen, que concorre na escolha para venda de aviões ao Brasil com a francesa Dassault e a americana Boeing, vai instalar em São Bernardo do Campo (SP) um centro de tecnologia e desenvolvimento de engenharia aeroespacial.

O anúncio foi feito ontem pelo diretor da companhia, Bengt Janér, o vice-presidente Dan Jangblad e o prefeito Luiz Marinho (PT). O petista, que já fez defesa pública dos caças suecos disse que voltará a falar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar influenciá-lo na escolha. Por mais de uma vez, Lula demonstrou que prefere o Rafale, da Dassault. ―A Saab está um passo à frente das demais‖, contrapôs o prefeito.

Marinho disse ter sido procurado também pela Boeing e pela Dassault, mas as empresas não se comprometeram a investir na cidade sem ter a certeza da vitória na licitação. A Saab promete implantar o centro de tecnologia em abril de 2011, independentemente do resultado da escolha, que deve ser anunciado pelo presidente até o fim do ano. São previstos investimentos da ordem de US$ 50 milhões em cinco anos, por parte da Saab e de fundos nacionais e internacionais.

―O centro sairá de qualquer forma, mas se o caça vier a ser escolhido pelo governo é claro que iremos para um patamar muito superior‖, admitiu Janér. Se isso vier a ocorrer, a empresa pretende, de acordo com o executivo, construir uma fábrica em São Bernardo, que produziria caças e jatos em geral para exportação. Nesse caso, o investimento seria de mais US$ 150 milhões.

Projetos. Segundo Jangblad, a proposta do centro – a empresa tem outros dois na Suécia e na Índia – é estimular o desenvolvimento de projetos, inicialmente na área aeronáutica, de defesa e de inovações urbanas. Deverão ser firmadas parcerias com centros de pesquisa da região, como a Universidade Federal do ABC, Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), prefeitura, indústrias e incubadoras de empresa.

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Exército italiano revela plano de modernização dos helicópteros AW129 Mangusta

comando de aviação do Exército da Itália planeja moderinzar seus helicópteros de ataque AgustaWestland AW129C para uma nova configuração G19, tendo recentemente obtido a aprovação do parlamento italiano.

Um elemento chave do projeto será a instalação de novos sistemas de observação, aquisição de alvos e armas, compreendendo a unidade de sinal Toplite da Rafael e os mísseis ar-superfície Spike ER. A AgustaWestland irá gerenciar a modernização, com a Selex Galileo fornecendo toda unidade de interface sistema-missão e o software.

Antes do final do ano, um contrato de desenvolvimento e integração será definido para 32 sistemas, com opção para 16 adicionais. O acordo espera-se que esteja avaliado em €200 milhões (US$275 milhões), e o trabalho deve ser finalizado em 2014.

A modernização dará aos helicópteros Mangustas um avançado desempenho de detecção, identificação e rastreamento de alvos, seja de dia ou a noite, e uma capacidade de ataque em longas distâncias.

O exército italiano possui um batalhão de aviação com 10 helicópteros AW129Cs no Afeganistão, com as aeronave oferecendo proteção para as forças terrestres da Itália e da coalisão. Eles também apoiam os helicópteros de transporte italianos destacados, os quais incluem cinco Boeing CH-47Cs Chinook e seis Agusta/Bell AB205s.

Enquanto isso, o exército receberá mais oito helicópteros de transporte tático NH Industries NH90 entre o final desse ano e a metade de 2011 num padrão IOC+ avançado. apresentando um melhorado software de missão e metralhadoras Oto Melara 7.62mm Gatling e capazes de operações em grandes altitudes com a utilização da rampa traseira, as aeronaves serão adicionadas as 12 já recebidas nas versões IOC e IOC+.

No ano que vem, o exército receberá também o primeiro sistema aéreo não tripulado AAI RQ-7B Shadow, através de um acordo de US$64 milhões assinado no começo desse ano. Um total de 16 veículos aéreo Shadow serão entregues até 2014.

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Rússia preparada para vender caças Su-35 para China

empresa exportadora de armas estatal da Rússia, a Rosoboronexport, informou nessa terça-feira que está preparada para manter negociações com a China para entrega de avançados caças Su-35 Flanker-E para a Força Aérea da China.

―Nós estamos prontos para trabalhar com os parceiros chineses nesse fim [entregas do Su-35],‖ disse o vice diretor geral da Rosoboronexport Alexander Mikheyev durante o Airshow China 2010, o qual está sendo realizado entre os dias 16 e 21 de novembro em Zhuhai.

O Su-35 Flanker-E, equipado com dois motores 117S de empuxo vetorado, combina alta manobrabilidade com a capacidade efetiva de engajar vários alvos de forma simultânea utilizando tanto mísseis guiados como não guiados e outros sistemas de armamentos.

A fabricante russa de aeronaves Sukhoi anteriormente havia dito que planejava iniciar as entregas das novas aeronaves, taxadas de geração 4++ com tecnologia de quinta geração,‖ para clientes estrangeiros em 211 e produzir os caças Su-35 durante um período de 10 anos até 2020.

O China International Aviation & Aerospace Exhibition (Airshow China) é a única feira de negócios aeroespaciais realizada na China e autorizada pelo governo central chinês. A exibição bi-anual de armas vem sendo executado em Zhuhai desde 1996.

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Os altos e baixos da Hawker Beechcraft

Hawker Beechcraft recentemente apresentou sua aeronave Beechcraft King Air C90 de número 2000 da linha King Air na unidade de montagem final de Wichita, Kansas, mas suspendeu a produção de seu jato executivo Hawker 400 XP.

A aeronave de número histórico, um King Air C90GTx, representa o mais recente desenvolvimento do modelo que começou a ser desenvolvido a 45 anos atrás. As melhorias chaves no C90GTx incluem um aumento do peso máximo de decolagem e a adição de winglets de material composto que aumentam o desempenho de razão de subida e melhoram a eficiência no consumo de combustível. A companhia informou recentemente que suspendeu a produção de seu jato executivo leve Hawker 400 XP pelos próximos dois anos, conforme reportagem da Asociação dos Pilotos e Proprietários de Aeronaves (AOPA – Aircraft Owners and Pilots Association). O CEO da Hawker Beechcraft Bill Boisture disseq que ―o mercado permanecerá em recessão entre 12 e 24 meses‖.

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Embraer entrega primeiro jato executivo Phenom 100 na Índia

Embraer entregou o primeiro jato Phenom 100, da categoria entry level, para a Invision Air Services Pvt. Ltd., empresa de fretamento de vôos sob demanda com sede em Mumbai, Índia. O avião é o primeiro de 18 Phenom 100 encomendados pela Invision Air há três anos, junto com

outros dois jatos Phenom 300.

―Estamos entusiasmados com a entrada em operação do jato Phenom 100 na Índia este ano‖, disse José Eduardo Costas, Diretor de Marketing e Vendas da Embraer – Mercado Ásia Pacífico – Aviação Executiva. ―Também gostaríamos de reconhecer o comprometimento e esforço que a Invision demonstrou por meio do seu plano de negócios, estruturando a empresa e se preparando para receber a primeira aeronave Phenom, uma ferramenta perfeita para empresários que precisam se deslocar rapidamente e com facilidade entre áreas metropolitanas e cidades menores da Índia.‖

―Com a entrega do nosso primeiro Phenom 100, esperamos estabelecer um marca de serviços de fretamento nunca antes vista na Índia‖, disse Vinit Phatak, Diretor-Geral da Invision Air. ―A entrada deste jato na Índia por meio da Invision Air é um marco para a indústria de aviação geral local. Os clientes indianos terão acesso, pela primeira vez, a um jato seguro, com dois motores, por um preço de 2,5 a 3 vezes maior do que o das passagens aéreas em classe executiva, para até 200 destinos em todo o país. Isto permitirá aos nossos potenciais clientes – executivos empresariais, investidores, celebridades e turistas de alto poder aquisitivo – viajar de forma rápida, eficiente e confortável para cidades menores, o que acreditamos que acelerará o crescimento econômico da zona rural na Índia.‖

Para apoiar as operações dos jatos Phenom que entram em serviço na Índia, a empresa Indamer & Co., com sede em Mumbai – um Centro de Serviços Autorizado (Authorized Service Center – ASC) da Embraer no país – fornece manutenção, reparos e serviços gerais para estas aeronaves, além do Legacy 600. Internacionalmente, a Embraer mantém uma rede de mais de 40 ASC, complementada por um Centro de Apoio (Contact Center) ao Cliente disponível 24 horas por dia na sede da Companhia, em São José dos Campos, para oferecer assistência aos clientes dos jatos executivos da Embraer em qualquer parte do mundo, em qualquer momento do dia.

Este ano, a Embraer também criou um estoque completo de peças de reposição para jatos executivos no Centro Regional de Distribuição da Companhia em Singapura, para maior proximidade com os clientes na Ásia Pacifico e para reduzir o tempo de atendimentos das solicitações de itens. Ao mesmo tempo, foram feitos investimentos para equipar efetivamente os ASC na região com um expressivo inventário de peças sobressalentes.

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A Invision Air é uma empresa de aviação geral que oferece serviços de fretamento de jatos executivos. Criada em 2008, foi fundada pelo Sr. Vinit Phatak e pelo Sr. Jayant Nadkarni. A empresa lançará diversos programas para seus associados no início de dezembro de 2010, incluindo o Jet Cards (com pacotes de 25, 50 e 100 horas), o Owner Programs para aqueles que pretendem comprar seus próprios jatos e serviços de fretamento sob demanda. Mais informações estarão disponíveis no site www.InvisionAir.co.in.

A empresa é parte do grupo de negócios Invision, que atua principalmente nas indústrias de telecomunicações e de segurança de aviação e marítima. O Grupo Invision foi fundado pelo Sr. Vinit Phatak no início da década de 1990 e iniciou suas atividades na indústria de telefonia sem fio como uma modesta empresa de distribuição e vendas de antenas, cabos e acessórios na região da Índia. Quando o negócio conquistou 80% de participação no mercado indiano de antenas para estações de base, a empresa alemã Kathrein Werke KG, a maior e mais antiga fabricante de antenas do mundo, assumiu 51% do controle. Atualmente, a joint venture Kathrein India Pvt. Ltd. é responsável pela venda e distribuição dos produtos Kathrein na região da Associação Sul-Asiática para Cooperação Regional (South Asian Association for Regional Cooperation – SAARC) e possui uma unidade próxima à Mumbai.

Em 2002, a Invision diversificou seus negócios e entrou no mercado de segurança de aviação e marítima com a aquisição de um fabricante com 30 anos de existência, a Meridian Inflatables Pvt. Ltd. Em 2011, a Invision pretende lançar a Invision Green, uma iniciativa que visa compensar as emissões de gás carbônico e consolidar a biodiversidade e os ecossistemas naturais do subcontinente indiano.

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AVIC oferece o jato ARJ21 para o mercado internacional

Durante o Airshow China 2010 em Zhuhai, a Reuters divulgou que a companhia chinesa de leasing AVIC assinou um contrato com a Commercial Aircraft Corporation of China (COMAC) para vender até 100 aeronaves comerciais médias ARJ21-700 em mercados internacionais. O ARJ21, o qual participou pela primeira vez de um show aéreo no Airshow China, espera-se que esteja disponível a partir de 2011. O protótipo fez seu primeiro voo no dia 28 de novembro de 2008 em Shanghai e está sendo certificado pelos padrões da Federal Aviation Administration (FAA) dos EUA e da Administração de Aviação Civil da China (CAAC). O ARJ21-700 é uma aeronave regional com motores turbofan que possui alcance de 2.225 km e permite acomodar 95 passageiros. O programa de certificação já acumulou 400 voos e 900 horas de voo e deve estar completo no ano que vem. As encomendas para o ARJ21-700 já somam 240 exemplares, com a Chengdu Airlines como cliente lançadora. Além do acordo com a COMAC, a AVIC também assinou um acordo de US$1,5 bilhão com a fabricante brasileira Embraer para vender aeronaves na China.

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Problemas no desenvolvimento da aeronave de transporte Antonov An-70

O jornal ucraniano Nezavisimaya Gazeta reportou que o Ministério de Defesa da Ucrânia está pensando em segurar o investimento no projeto da aeronave de transporte Antonov An-70 que é projetada em conjunto com a Rússia.

A Antonov alega que o An-70 é uma nova geração de aeronave de transporte militar tática média e que possui capacidade de decolagem em pistas curtas, mas a aeronave está em desenvolvimento desde 1984. Um acidente com o protótipo em 1995 e problemas com o projeto dos novos motores turbohélices D-27 atrasaram seu desenvolvimento por anos; em 2006 a Rússia pulou fora do projeto mas retornou em 2008 numa parceria 50:50 com a Ucrânia.

Agora o governo da Ucrânia disse que não pode bancar a continuação do desenvolvimento e que também aguarda para decidir sobre o investimento de outros programas com a Rússia, tal como o projeto de modernização dos helicópteros Mi-24 Hind.

A Força Aérea da Ucrânia possui apenas duas aeronaves An-70s encomendadas, enquanto a Força Aérea da Rússia tinha interesse em 40. No entanto, os chefes militares russos consideram que a aeronave já esteja ultrapassada e que preferem modernizar uma versão do An-124 Condor no lugar do An-70. O comitê intergovernamental da Rússia-Ucrânia deve decidir o destino do An-70 em breve.

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Embraer assina acordo de US$ 1,5 bilhão com a AVIC Leasing

Embraer e a AVIC International Leasing Co., Ltd. (AVIC Leasing), da China, anunciaram a assinatura de um Memorando de Entendimento para financiamento e leasing de aeronaves durante conferência de imprensa realizada na oitava edição da Exibição Internacional Aeroespacial e de

Aviação da China, realizada na cidade de Zhuhai, província de Guangdong, China. O acordo poder atingir US$ 1,5 bilhão nos próximos cinco anos. A AVIC Leasing é uma empresa financeira de leasing de propriedade da Aviation Industry Corporation of China (AVIC). É uma das primeiras empresas chinesas de leasing autorizadas a operar pelo Ministério do Comércio da República Popular da China e a única com experiência em aviação no país. Atualmente, a empresa possui ativos de leasing de mais de US$ 1,2 bilhão, com uma frota de 62 aeronaves. O acordo visa criar oportunidades de financiamento para a venda de aeronaves da Embraer na China e no mercado internacional, tendo foco no desenvolvimento dos mercados regional e de aviação executiva na China. ―Temos orgulho em assinar este memorando com a AVIC Leasing, um dos parceiros mais importantes da Embraer na China e uma empresa reconhecida pela experiência e profissionalismo. Este acordo certamente ajudará a fornecer um forte suporte aos nossos clientes na China e em todo o mundo, com alto padrão de qualidade e criatividade‖, disse Paulo César de Souza e Silva, Vice-Presidente Executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Comercial. ―O acordo também mostra o forte reconhecimento e a confiança que a comunidade financeira tem na Embraer e nos produtos e serviços da Empresa.‖ ―Esta aliança estratégica marca um avanço significativo nas relações entre a Embraer e a AVIC Leasing. Ambas as partes têm plena confiança nesta cooperação, com base nas respectivas possibilidades futuras de cada empresa‖, disse Zhao Hongwei, Presidente da AVIC Leasing. ―Acreditamos que esta estratégica parceria cooperativa trará uma nova perspectiva e um novo começo para o setor de financiamento internacional de aeronaves.‖ A AVIC International Leasing Co., Ltd., é uma subsidiária integral da AVIC e tem capital social registrado de US$ 127 milhões. É parte integrante do setor de negócios financeiros da AVIC. Como líder no mercado chinês de financiamento, a AVIC Leasing tem se dedicado a apoiar e promover o sólido desenvolvimento das indústrias de produção de aeronaves e transporte aéreo por meio de serviços de financiamento de alta qualidade. A frota da AVIC Leasing é composta por aeronaves produzidas por fabricantes de diversos países, incluindo os E-Jets da Embraer, bem como jatos executivos e helicópteros. Atualmente, a empresa possui ativos de leasing de mais de US$ 1,2 bilhão, com uma frota de 62 aeronaves.

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China fornecerá radares e mísseis para caças JF-17 do Paquistão O Paquistão, aliado tradicional de Pequim, vai comprar mísseis e sistema de navegação para seus 250 caças JF-17, disse nessa quinta-feira um jornal chinês controlado pelo governo. Os radares e os mísseis PL-12/ SD-10, mísseis BVR, diga-se de passagem, serão instalado nos caças sino-paquistaneses JF-17, que atualmente está em desenvolvimento pelos dois países, diz o jornal Global Times. ―O Paquistão tem planos de comprar mísseis e aviões da China‖, disse o marechal-do-ar Rao Qamar Suleman e comandante da PAF (Força Aérea Paquistanesa) ao China Daily. Anteriormente, Islamabad tinha planos de instalar em seus caças um poderoso radar da Thales e outros sistema da mesma empresa, assim como alguns mísseis da empresa MBDA. Quem ficaria a cargo de ―turbinar‖ os caças paquistaneses seria a empresa francesa ATE. No entanto, as negociações foram congeladas pelo governo francês, sob a desculpa que a parte paquistanesa não estava pronta para firmar o contrato. Pouco tempo depois, o jornal francês Le Monde, revelou que o congelamento das negociações, algo em torno de 1,2 bilhão de Euros, havia sido motivada principalmente porque a França não queria desagrada a Índia, rival do Paquistão. A China é o principal fornecedor de armas o Paquistão. Pequim mantém estreitas relações com o Paquistão, o que representa um importante contra-ponto à Índia e outros países do asiáticos.

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EADS anuncia acordo sobre o A400M

nações clientes e a EADS anunciaram em Leiden, na Holanda, terem chegado a um acordo de princípios que permitirá alterar o contrato original da aeronave de transporte militar A400M nas próximas semanas.

Neste acordo de princípios, as nações concordam em:

Aumentar o valor do contrato em € 2 bilhões; Renunciar a qualquer indenização relacionada aos atrasos; Proporcionar um montante adicional de € 1,5 bilhões em troca de uma participação em

exportações futuras (Export Levy Facilities); Acelerar os pagamentos pré-entrega no período de 2010 a 2014, com base num novo cronograma

de que – será finalizado na alteração do contrato.

Com base nesse acordo, uma estimativa atualizada de conclusão das receitas e custos, incluindo uma avaliação dos riscos, revisada pelo Conselho de Administração da EADS, prevê para o ano de 2009 um aumento da provisão para perdas do A400M no valor de € 1,8 bilhão antes de impostos. A atualização da provisão baseia-se em uma avaliação da gestão, tendo em conta o acordo de princípios entre a EADS e as sete nações clientes.

O EBIT e o lucro líquido da EADS serão negativos em 2009, após incorporar esta carga. Estas informações serão divulgadas por ocasião do anúncio dos Resultados de 2009 da EADS, incluindo as notas de demonstrações financeiras para serem lançadas com as contas de exercício completo, compostas de mais informações sobre o acordo de princípios, incluindo as avaliações de gestão subjacentes. Se mudanças substanciais nas avaliações fossem ocorrer, o desempenho da EADS poderia ser significativamente afetado. A EADS vai fornecer mais informações sobre as alterações do contrato quando as negociações estiverem concluídas.

O perfil de fluxo de caixa do A400M para os próximos anos ainda será negociado em razão da alteração do contrato, e todas as partes estão dispostas a reduzir os impactos negativos de caixa, na medida do possível.

A EADS considera que este acordo constitui uma sólida base para o sucesso e evolução do programa A400M. A EADS vai se esforçar para identificar oportunidades para reduzir significativamente os riscos no programa A400M e oferecer um produto no estado da arte dentro do novo quadro do contrato.

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Dilma pode criar secretaria para o setor aéreo Novo órgão teria status de ministério para acelerar obras A equipe da presidente eleita, Dilma Rousseff, que trabalha na transição de governo está costurando um novo modelo de administração do setor aéreo. Uma das ideias é tirar a Infraero e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) dos domínios do Ministério da Defesa. Elas passariam a responder à Secretaria Especial de Transporte Aéreo, com status de ministério, subordinada diretamente à Presidência da República. A nova secretaria teria a missão de traçar políticas e acelerar obras e soluções para o setor aéreo. Seria uma medida de choque para tirar do marasmo as obras para a Copa do Mundo de 2014. Dos 12 aeroportos nas cidades sedes da Copa, apenas três estão em obras. O restante ainda está em fase de projeto ou licitação. Na avaliação de especialistas, a situação atual dos aeroportos brasileiros beira o caos. - A criação de uma Secretaria Especial pode ser feita por medida provisória (MP) logo no início de janeiro — afirmou uma fonte. Na proposta em estudo, a Infraero continuaria respondendo pelas reformas nos aeroportos, mas também passaria por mudanças para ter uma atuação mais profissional. Para isso, uma das ideias é alterar o estatuto e permitir a vinda de executivos do mercado, ganhando salários acima dos que são pagos atualmente pela estatal. Ministro do TCU defende ajustes imediatos.Para apressar as obras, também seria colocada em prática a concessão de tratamento diferenciado às contratações da Infraero, como ocorre com a Petrobras (dispensada das amarras da lei 8.666). Há consenso de que, sem mexer na Infraero, as obras não ficarão prontas a tempo dos jogos. Durante a campanha presidencial, Dilma disse estar incomodada com a situação dos aeroportos. As alternativas serão apresentadas nas próximas semanas. Já o controle de tráfego aéreo continuaria com a Aeronáutica, dada a falta de mão de obra especializada e recursos para montar uma estrutura à parte. Há ainda uma avaliação de que é uma área complicada, com riscos de paralisações, o que serve de justificativa para que a atividade permaneça com os militares.

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EUA denunciam subsídios ilegais da UE à Airbus País reclama que ajuda de US$ 18 bilhões causaram um prejuízo dez vezes maior aos Estados Unidos Os subsídios concedidos pela União Europeia à construtora de aviões Airbus, considerados ilegais pela OMC, foram de pelo menos 18 bilhões de dólares (13,1 bilhões de euros), segundo um documento apresentado pelos Estados Unidos ao organismo de apelação da OMC. "A União Europeia e Estados membros - França, Alemanha, Espanha e Reino Unido - concederam ajuda substancial para o desenvolvimento e a produção de aviões gigantes da Airbus", explica o informe americano, divulgado nesta quinta-feira à imprensa. "Esses pagamentos chegam a pelo menos 18 bilhões de dólares", acrescenta, informando que se trata do "maior valor" já analisado em uma disputa na OMC. Na ação apresentada em 2004 ante a Organização Mundial de Comércio (OMC), Washington calculou em 205 bilhões de dólares (148 bilhões euros) o valor do prejuízo gerado, parte dele sob a forma de ajudas públicas dos países europeus, e parte pelos efeitos negativos dessas ajudas. Uma guerra de titãs opõe a fabricante de aviões europeia Airbus e a americana Boeing ante a OMC. Ambas consideram ilegais os subsídios concedidos por Estados Unidos e Europa às respectivas empresas.

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Receita da Rolls-Royce na encomenda de motores V2500 da TAM chega a US$100 milhões Rolls-Royce, empresa global de sistemas de energia, receberá mais de US$ 100 milhões na encomenda da TAM de dez aeronaves Airbus impulsionadas por motores V2500. O contrato inclui um acordo de longo prazo para a manutenção dos motores das aeronaves — sete A321s e três A319s —, cujas entregas estão previstas para ter início em 2011. O V2500 é produzido pelo consórcio International Aero Engines (IAE), do qual a Rolls-Royce é um dos principais acionistas. Os outros sócios no IAE são a Pratt & Whitney, a Japanese Aero Engines Corporation e a MTU Aero Engines. O V2500, com empuxo de 22.000 a 33.000 libras, impulsiona a família de aeronaves A319, A320 e A321, bem como o Airbus Corporate Jetliner. Aproximadamente 6.500 motores V2500 estão em serviço ou encomendados, em todo o mundo. Perfil- A Rolls-Royce, um dos líderes mundiais no fornecimento de sistemas de energia e serviços para uso em terra, no mar e no ar, estabeleceu uma posição forte em mercados globais — aeroespacial civil, aeroespacial militar, marítimo e de energia. Como resultado dessa estratégia, a empresa tem atualmente uma ampla base de clientes que inclui mais de 600 companhias aéreas, 4.000 operadores corporativos e governamentais de aviões e helicópteros, 160 forças armadas, mais de 2.000 clientes marítimos, incluindo 70 marinhas de guerra, e clientes de energia em aproximadamente 120 países, com uma base instalada de 54.000 turbinas a gás. A Rolls-Royce emprega 39.000 funcionários treinados distribuídos em escritórios, instalações fabris e de serviços, em 50 países. O Grupo tem um forte compromisso no recrutamento de aprendizes e graduados, investindo também na qualificação dos empregados.

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Em 2009, a Rolls-Royce investiu £864 milhões em pesquisa e desenvolvimento, sendo dois terços desse total com o objetivo de melhorar ainda mais os aspectos ambientais de seus produtos, em particular a redução de emissões. A receita anual foi de £10,1 bilhões em 2009, dos quais cerca de metade é proveniente de serviços. As encomendas firmes e anunciadas estavam em £58,4 bilhões em 30 de junho de 2010, resultando em boas perspectivas para os futuros níveis de atividade. Desde 1959 a Rolls-Royce tem expandido sua presença no Brasil. Atualmente emprega cerca de 500 pessoas em operações em São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Niterói e Macaé. O Grupo continua a investir em instalações que agora servem a uma crescente base de clientes nos seus quatro setores de negócios: Aeroespacial Civil e Militar, Marítimo e de Energia. Nos últimos três anos, a Rolls-Royce construiu três novos centros de serviços no país, para apoiar seus clientes brasileiros e sul-americanos, com investimento superior a US$10 milhões. Essas três instalações são o Centro de Serviços de Macaé, o centro de On-Wing Care em São Paulo e a recentemente inaugurada oficina Marítima em Niterói. A Rolls-Royce iniciou atividades nos mercados brasileiros há mais de cinco décadas, investindo em instalações de revisão e reparos de motores em São Bernardo do Campo, São Paulo. Em 2008, as instalações foram ampliadas com a inauguração do centro On-Wing Care para atender os novos motores Trent que impulsionam as aeronaves wide-body utilizadas por companhias aéreas sul-americanas.

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Celular em avião depende do consumidor Antes proibido por segurança, uso de telefone a bordo agora é determinado pela preferência do passageiro TAM inicia serviço em uma única aeronave; empresas europeias não permitem uso a fim de não incomodar viajante Durante anos, o uso de celular a bordo de aviões foi proibido por motivos de segurança. Com os avanços tecnológicos, o comportamento e as preferências do consumidor é que estão determinando a liberação de conversas telefônicas a 4.000 metros de altura. O serviço começou a ser oferecido pela TAM em 28 de outubro, em uma única aeronave. A ampliação dependerá da aceitação e da demanda pelo serviço, que serão monitoradas pelos próximos seis meses. "Devemos chegar a ao menos quatro aviões nessa etapa inicial, quando avaliaremos se o passageiro vê valor agregado no serviço", diz José Racowski, gerente de unidade de negócios da TAM. Apesar de liberadas na Europa desde 2008, muitas companhias, como Lufthansa e British Airways, optaram por não permitir conversas ao celular para não incomodar os demais passageiros. No lugar disso, optaram por oferecer conexão de internet sem fio e também a possibilidade de envio de torpedos e dados via celular. Nos EUA, o serviço de voz é proibido pela agência reguladora FCC (Federal Communications Commission), influenciada por lobby de associações de comissários. O argumento da FCC é que a demanda no ar poderia sobrecarregar as redes em terra. Diante da proibição, as companhias americanas optaram pela internet sem fio. O custo para elas é inferior, pois o serviço se beneficia de infraestrutura de comunicação terra-ar, de origem militar, que só existe nos EUA. Mas são razões comportamentais que explicam o fato de os EUA proibirem serviços de comunicação de voz via internet, como o Skype.

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CUSTO DA INTERNET "Quando iniciamos o acordo com a OnAir [que desenvolveu a tecnologia de celular para avião], o Wi-Fi em voos não estava disponível para o Brasil", diz Racowski, da TAM. Hoje a internet a bordo esbarra em questões de custo. Mas a TAM avalia a possibilidade de oferecer, no futuro, internet em voos internacionais de longa duração. Já o serviço de celular -cujo custo de implantação a TAM não revela- ficará restrito aos voos domésticos. "Em voos curtos, a necessidade de comunicação tende a ser suprida pelo telefone", diz. "Todos levam celular, mas nem todos carregam o laptop em viagem curta." As concorrentes investem em tecnologias diferentes. A Azul promete TV ao vivo, mas problemas técnicos têm atrasado o lançamento. A Gol não terá nem celular, nem internet, nem TV. A empresa caminha para um serviço sem fio com diversas opções de entretenimento, a ser acessado a partir dos aparelhos -celular, laptop, iPad- dos próprios passageiros. INTERFERÊNCIA Os problemas de interferência com a cabine de comando dos aviões foram superados a partir do sistema desenvolvido pela OnAir, em parceria com a Airbus, que funciona como uma miniestação de transmissão. O contato com as redes em terra se dá por meio dessa estação, que fica dentro do avião e que retransmite o sinal para os celulares a bordo. O equipamento foi aprovado pela Easa, a agência europeia de aviação, responsável por certificar aviões da Airbus. Segundo César Hess, gerente de engenharia da Anac, foram feitas adaptações de frequência para o Brasil por demanda da Anatel. FOCO Preço da ligação é a grande barreira, dizem passageiros As chances de você se incomodar com alguém tagarelando ao celular ao seu lado no avião são poucas. Não exatamente por consideração, mas por causa do custo das ligações. Falar no avião em céus brasileiros custa o mesmo que uma chamada feita ou recebida durante uma viagem ao exterior. E, com o valor do minuto variando de R$ 6,80 a quase R$ 10, dependendo da operadora, as ligações tenderão a ser bem curtas. A Folha testou o serviço de telefonia na sexta-feira, durante um voo de Guarulhos para Porto Alegre. A chamada foi realizada com sucesso, embora o barulho interno na cabine do avião tenha dificultado a audição de quem estava recebendo a ligação. Torpedos foram enviados e recebidos instantaneamente. No mesmo voo, o empresário gaúcho Rogério Kappler, 73, aproveitou a facilidade para perguntar a sua secretária se o carro que deveria esperá-lo na chegada a Porto Alegre estava a caminho do aeroporto. "É uma coisa fantástica poder falar no celular no avião. Sempre tem alguma coisa para resolver, uma emergência. Mas a ligação tem de ser curta", afirmou o empresário. Jeferson Dib, 50, exportador brasileiro radicado na Inglaterra, ficou feliz de poder conversar com a mulher durante o voo.

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"Ela estava passeando com o cachorro em Windsor", conta Dib, que fez a ligação a partir de um celular de operadora britânica. "É muito bom isso, mas, por esse preço, só quem vai usar é quem tem a conta de celular paga pela empresa." ETIQUETA Em nome da boa convivência entre passageiros, algumas regras de etiqueta são recomendadas pela TAM. Pede-se que os passageiros deixem os celulares no modo silencioso ou vibracall. Os tripulantes também têm autonomia para bloquear o uso de voz em voos noturnos, ou em qualquer momento que julgarem necessário. O sistema permite bloquear apenas o serviço de voz, mantendo livre o envio de torpedos. Para garantir uma melhora na qualidade das ligações, a TAM limitou a oito o número de chamadas simultâneas. No entanto, dependendo da demanda, o sistema poderá ser expandido. Com uma semana de implantação do serviço, a TAM detectou uma média de quatro a cinco passageiros utilizando o sistema por voo, tanto de voz como de dados. No voo para Porto Alegre, apenas três passageiros, além da Folha, usaram o serviço.

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Brasil precisa formar 100 pilotos a mais por ano para atender à demanda

or trás das panes aéreas de 2010 está o déficit no setor, que aumenta com a saída de profissionais para outros países emergentes

Em 2010, duas panes aéreas por falta de tripulação revelaram o fantasma da aviação comercial: vai faltar piloto no País. Desde 2008, licenças emitidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para piloto de linha aérea caíram quase pela metade. Mas o transporte aéreo cresceu 27% em um ano. Em jogo, está a segurança do passageiro, já que a urgência de mão de obra força empresas a contratar profissionais com menos experiência, dizem especialistas. A grande dificuldade do setor, segundo a própria Anac, é o alto custo da formação e a debandada dos pilotos para outros mercados emergentes, como Ásia e Oriente Médio. Só na Emirates, que tem sede em Dubai, mais de cem pilotos são brasileiros. Coincidentemente, é o mesmo número de profissionais que vai faltar anualmente para o mercado nacional. "Pelo menos até a Copa de 2014, vamos precisar de no mínimo cem pilotos a mais por ano além do que temos hoje, em uma estimativa bastante conservadora", afirma o superintendente de Capacitação e Desenvolvimento de Pessoas da Anac, Paulo Henrique de Noronha. "Se a aviação crescer 25% até 2014, vai faltar piloto, sim. E pode ser pior, pode crescer 50%." Frota. Com o brasileiro viajando cada vez mais - os aeroportos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) ganharam 20 milhões de passageiros em um ano -, empresas investem em novas rotas e aeronaves, o que demanda mais tripulação. Pelo menos 40 novos aviões foram incorporados às frotas das quatro maiores companhias do Brasil até setembro - TAM, Gol, Azul e Webjet. Pelo Código Brasileiro de Aeronáutica, isso implicaria em no mínimo 200 novos pilotos, cinco para cada aeronave. A Anac emitiu apenas 192 licenças PLA (piloto de linha aérea) de janeiro a julho deste ano. "Autoescola". A necessidade de mão de obra esbarra no processo de formação de um piloto, que não é simples. "Demora, é cara e ele não entra na empresa do dia para a noite, precisa de experiência. Em certo ponto, é até uma atividade elitista", explica o diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), comandante Ronaldo Jenkins.

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"É como uma autoescola, porque ele tem de pagar pelas aulas práticas. E a hora de voo custa hoje, em média, R$ 350", explica Mário Renó, dono da escola de aviação TAS, em São José dos Campos. "A Força Aérea Brasileira já foi responsável por suprir o mercado, hoje não mais. Depois vieram as escolas das empresas, como Varig e Vasp, que eram ótimas e forneciam gente para todo o mercado. Agora é por conta dos aeroclubes", explica. "Por baixo dos panos, sabemos que tem empresa contratando profissionais com experiência bem baixa", conta Paulo Eduardo Santos, piloto de companhia aérea há 12 anos. "Se por um lado ajuda quem está em formação, por outro prejudica a segurança do passageiro." "Antes, ninguém entrava com menos de 4 mil horas de voo. Hoje, você já contrata piloto com mil horas", diz Jenkins. TRÊS PERGUNTAS PARA... DIRETOR DE TREINAMENTO E SERVIÇO DE VOO DA BOEING 1. A Boeing diz que a América Latina precisará de 37 mil pilotos em 20 anos. Qual o papel do Brasil? A aviação sul-americana vai crescer mais rápido que a média mundial e o Brasil será o protagonista do cenário. 2.O resto do mundo também enfrenta o problema de mão de obra? Ásia e Oriente Médio têm o mesmo problema. 3.Como é o intercâmbio de pilotos? Com a mão de obra mais móvel, cria-se uma demanda global versus uma demanda regional. Quanto mais flexível o trabalho, mais oportunidades de emprego no mundo.

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Frota padronizada inclina TAM à Airbus em jatos para Pantanal

AM vai trocar a frota de cinco aviões turboélice ATR da Pantanal por jatos a partir de 2012. A TAM decidiu usar jatos para a frota da companhia aérea Pantanal, comprada no final do ano

passado. O interesse do grupo é ter uma frota padronizada de aviões para obter economias de custos maiores com modelos de um mesmo fabricante. A TAM vai trocar a frota de cinco aviões turboélice ATR da Pantanal por jatos a partir de 2012. "A questão não é em termos de turboélice ou jato. É ter uma frota comum. Quanto mais padronizada a frota, mais ganho de escala", disse o presidente-executivo da TAM Linhas Aéreas, Líbano Barroso, citando como exemplos tripulação e peças de estoque. A companhia aérea vai fazer a escolha dos jatos para a Pantanal entre modelos com capacidade para entre 100 e 150 passageiros. A preferência é por modelos da brasileira Embraer e da europeia Airbus, já que a TAM "não tem intenção de colocar no mercado doméstico avião desse porte da Boeing", disse Barroso. No caso da Embraer, o executivo citou os modelos 190 e 195, com capacidades para 122 passageiros; e sobre a Airbus citou o A319, com 144 assentos. Perguntado sobre a preferência da TAM sobre o fabricante, Barroso citou a padronização de frota da companhia. "(A Airbus) tem uma vantagem pelo efeito de complementariedade." "Porém, se optarmos por novo modelo e termos um plano de que esse modelo seja adquirido em um lote mínimo de tamanho de 15 a 20 aeronaves já começa a se justificar (um fornecedor diferente)", acrescentou o executivo. No terceiro trimestre, a TAM operou uma frota de 151 aeronaves, composta por 139 jatos da Airbus --entre eles 27 A319--, sete aviões da Boeing, para voos internacionais, e os 5 ATRs da Pantanal. Além dos ATRs da frota inicial, a Pantanal passou a voar também com três Airbus depois de ser comprada pela TAM. A unidade voa para 19 cidades no país e, mais cedo, em teleconferência com analistas, Barroso afirmou que a intenção é usar os jatos que serão adquiridos em voos com duração entre 1 e 1,5 hora.

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Saiba quais são as aéreas que cobram valor adicional por assentos maiores

s companhias aéreas brasileiras começaram a cobrar um valor adicional pelas poltronas mais espaçosas de suas classes econômicas. Após vários anos de tarifas iguais para todo o setor, companhias como a TAM e a Azul são as primeiras a adotar preços distintos.

Os assentos com maior espaço para os passageiros, na classe econômica, são as localizadas na primeira fila e também ao lado das saídas de emergência. A medida já é praticada há tempos pela maioria das companhias do exterior, mas no Brasil a medida começa a ser realidade. A TAM começou a adotar, em agosto deste ano, valores adicionais para os voos domésticos. A quantia extra a ser paga pode chegar a R$ 40, dependendo do ponto de partida e do destino. No entanto, grávidas, portadores de necessidades especiais e idosos estão isentos deste valor adicional. A Azul é uma das pioneiras e adotou a prática em 2008, logo quando iniciou suas operações no Brasil. A empresa, que adota uma disposição de assentos diferente das outras companhias, tem suas cinco primeiras fileiras com um espaço maior que as demais - são 86 cm de distância para a poltrona da frente em cada voo, contra 79 cm das convencionais. O preço adicional cobrado é de R$ 20. Recomendações A Anac (a Agência Nacional de Aviação Civil) informa que as empresas têm liberdade tarifária garantida por lei e que, por isso, podem cobrar preços diferentes dentro de um mesmo voo. No entanto, a agência recomenda que os assentos nas saídas de emergência sejam ocupados apenas por pessoas que se sintam aptas a operá-las. Então, independentemente do valor pago, se o passageiro não estiver apto não pode sentar nestas poltronas. No caso da primeira fileira, a Anac recomenda que os lugares sejam ocupados por passageiros com prioridade de embarque. Os usuários do transporte aéreo que queiram tirar dúvidas, dar sugestões ou denunciar problemas das companhias podem entrar em contato com a Anac em seu site oficial. Qualidade A Anac anunciou a criação de um selo de qualidade para os assentos das companhias aéreas brasileiras. O padrão de avaliação do conforto deverá ser criado em março de 2011. As empresas já informaram as dimensões dos assentos, que, segundo o órgão, serão classificados de A

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a E. O selo com as medidas será fixado nas poltronas e a informação terá que estar disponível ao passageiro na compra. Os assentos de categoria E possuem espaço útil mínimo entre assentos menor ou igual a 67 cm, enquanto os da categoria D são de 67 cm a 69 cm. Na faixa "C", as poltronas têm no máximo 71 cm. Na faixa B, o espaço útil entre as poltronas está entre 71 cm e 73 cm, enquanto a categoria A tem um vão igual ou superior ao limite máximo da categoria anterior. O espaço informado é sempre o da classe econômica, tanto para voos domésticos quanto para internacionais. Além disso, não foram medidas as fileiras de assentos próximas às saídas de emergência. Para a definição das faixas, a Anac se baseou em medição feita em 5.300 passageiros, de 15 a 87 anos, realizada nos 20 principais aeroportos brasileiros. Pesquisa Quem reclama do aperto e da falta de conforto no interior das aeronaves terá a oportunidade de ter suas impressões e sugestões levadas em consideração. O projeto "Conforto e Design de Cabine", parceria entre a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), USP e Embraer, cadastra voluntários para fazer a avaliação do conforto oferecido pelas aeronaves. Os voluntários responderão a um questionário e participarão de um voo em um simulador especialmente construído para esse fim na capital paulista. A pesquisa tem como objetivo principal o desenvolvimento de técnicas para aperfeiçoamento do conforto no interior de aeronaves, estabelecendo harmonização entre padrões de estética e de funcionalidade. Os interessados em participar devem preencher um cadastro com informações simples como idade, peso, altura e com que frequência costuma viajar de avião, pela internet, onde também é possível obter informações sobre o projeto e esclarecer dúvidas.

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Aviões poderão pousar automaticamente usando lógica fuzzy Pouso automático

que tem a ver um trabalho realizado em um laboratório de química no Brasil e o controle automático do pouso de um avião

747? Tem muito a ver. Mais especificamente, as duas coisas têm a lógica difusa, ou lógica fuzzy em comum. O pesquisador Lifford McLauchlan, da Universidade Texas, nos Estados Unidos, realizou com sucesso experimentos que demonstraram que a lógica difusa pode ser empregada em um futuro sistema que permita que grandes aviões, como o Boeing 747, realizem pousos automatizados. Mas o estudo que fundamentou seus experimentos havia sido elaborado três anos antes, pelos professores Ana Maria Frattini Fileti, Flávio Vasconcelos da Silva e João Alexandre Ferreira da Rocha Pereira, da Faculdade de Engenharia Química, e Vivaldo Silveira Junior, da Faculdade de Engenharia de Alimentos, ambas da Unicamp. O trabalho brasileiro, denominado Investigações experimentais em lógica difusa para controle de processos, faz parte de uma área de pesquisas que visa aplicar lógica difusa para o controle automático de processos industriais.

O que o pesquisador norte-americano fez foi utilizar as conclusões do estudo para o controle automático de voo de aeronaves. Controle e automação O estudo realizado na Unicamp começou quando a professora Ana Maria teve a ideia de reunir diversos trabalhos de controle e automação, envolvendo especialistas das áreas de refrigeração, destilação e polimerização. Isto gerou uma abordagem muito ampla e extremamente versátil, abrindo a possibilidade da aplicação prática da lógica difusa em diversos segmentos da atividade industrial. Segundo Ana Maria, o pesquisador norte-americano menciona em seu artigo a parte experimental realizada por seu grupo, mostrando a credibilidade e a confiabilidade da lógica difusa implementada em processos químicos, e defendendo a possibilidade de aplicá-la no controle automático de um Boeing. Mas o alcance da linha de pesquisa desenvolvida na Unicamp está tendo um alcance ainda maior, o que se verifica pelo grande número de citações que o trabalho vem tendo, em publicações das mais diversas áreas de pesquisa, incluindo a criação de redes neurais artificiais.

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Lógica fuzzy ou lógica difusa A lógica difusa é um dos ramos da inteligência artificial, uma extensão da lógica booleana que admite valores intermediários entre o falso e o verdadeiro. Com isto, a lógica difusa é uma área de pesquisas voltada para o tratamento de incertezas. Apesar de disponível desde a década de 1960, a área ganhou impulso maior a partir de 1980, com o surgimento dos computadores digitais e sua grande capacidade de processamento. A partir daí, essa lógica foi transposta para softwares que permitem o comando automático de determinados processos, máquinas ou equipamentos. Mas os trabalhos experimentais ainda são escassos. Há muitos trabalhos envolvendo simulações, mas poucos se atêm a aplicações práticas. ―Nossa publicação descreve várias situações experimentais de sucesso,‖ destaca Flávio Vasconcelos da Silva. O pesquisador explica que a lógica fuzzy foge da lógica convencional, que é matemática, cartesiana, que se aplica a uma situação que é ou não é, sem possibilidade de descrever situações intermediárias. Um exemplo bem simples é o chuveiro, em que se controla a temperatura da água sem que seja necessário realizar cálculos precisos – basta ir abrindo e fechando a torneira, sem necessidade de determinar a temperatura exata da água e nem a abertura particular da válvula.

Um dispositivo que utilizasse a lógica convencional para realizar a mesma tarefa teria que receber a informação exata sobre a temperatura para que pudesse determinar um valor exato para a abertura da válvula. Da química ao piloto automático A pesquisadora afirma que os processos descritos no trabalho publicado têm características de transiência. Ela explica que, nos aviões sem dispositivos totalmente automáticos, o piloto precisa levar a aeronave até as condições de cruzeiro, para só então acionar o piloto automático. Hoje, as situações de transiência que o piloto conduzia de forma manual também podem ser monitoradas pelas máquinas, através do sistema digital de controle com algoritmos não convencionais como, por exemplo, a lógica fuzzy. Ana Maria diz que ―a subida e descida do avião correspondem ao ligar e desligar dos processos químicos contínuos, e também à operação normal dos processos de batelada, onde essa condição de transitoriedade se verifica o tempo todo, e por isso a similaridade de comportamento com o pouso ou a decolagem‖. O professor Pereira acrescenta que estas etapas de voo não se dão em condições uniformes e constantes, e por isso a lógica fuzzy pode ser aplicada a eles. Silva considera que não existe ainda possibilidade de eliminar o piloto, mas o emprego da lógica fuzzy permite que ele se concentre em menor número de variáveis e atuações.

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CIRRUS lidera as vendas de monomotores Embora as boas expectativas do início do ano de 2010 não tenham se confirmado e com o mercado pautando um desempenho similar ao de 2009, a CIRRUS AIRCRAFT lidera as vendas da categoria, de acordo com informações recém divulgadas pela GAMA - Associação dos Fabricantes da Aviação Geral nos Estados Unidos. Com o fechamento do terceiro trimestre, os números apontam para 496 monomotores (2,4 e 6 lugares) fabricados nos EUA e entregues naquele país ou no exterior. Deste total, 32,5% foi produzido pela CIRRUS AIRCRAFT tendo o SR22 T, modelo lançado neste ano, como campeão absoluto de vendas. O atual desempenho da CIRRUS está muito próximo do desempenho de 2009, porém, de acordo com Todd Simons, Vice-Presidente de Marketing da CIRRUS "enquanto nossos concorrentes produzem menos aeronaves, continuamos crescendo com nossa fatia de mercado". Pete Bunce, presidente da GAMA, declarou que "os investimentos da CIRRUS em tecnologia e desenvolvimento de novos produtos colocarão a empresa numa posição mais forte e privilegiada quando a economia se recobrar de vez". A frota global da Cirrus Aircraft já ultrapassou a casa das 5.000 aeronaves. No Brasil, onde as vendas se iniciaram em 2005, já existem mais de 220 unidades voando. Neste ano, o representante brasileiro será responsável por mais de 15% das vendas em âmbito mundial.

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El Salvador anuncia compra de aviões Super Tucanos da Embraer

O presidente de El Salvador, Mauricio Funes, confirmou nesta segunda-feira sua intenção de comprar entre 8 e 10 aviões Super Tucano, da Embraer, ao custo de 110 milhões de dólares, para modernizar a Força Aérea Salvadorenha. ―Estamos preparando com os ministros da Defesa e da Fazenda uma proposta que será analisada pela Assembleia Legislativa para comprar entre 8 e 10 aviões Super Tucano da empresa Embraer, do Brasil‖, declarou Funes à imprensa. O presidente revelou que o negócio envolverá entre 100 e 110 milhões de dólares e destacou que ―não são aviões de guerra‖, pois a intenção é empregá-los para ―fortalecer‖ a capacidade operacional da Força Aérea em caso de desastres naturais no país e na região. ―São aviões que têm equipamentos e radares que lhes permitem intervir de forma oportuna e eficaz para atender a comunidades afetadas por desastres naturais‖. Funes comentou que a Guatemala faz um esforço similar para adquirir aviões, o que abre a possibilidade de se realizar operações conjuntas no caso de desastres e no combate ao narcotráfico. A oposição critica a compra dos Super Tucanos, por considerá-la de alto custo.

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F-X2: Lula quer fechar compra de caças O presidente Lula quer resolver a questão da compra dos caças da França na semana que vem. Ele já avisou ao ministro Nelson Jobim (Defesa) que o assunto será debatido entre eles e sua sucessora, Dilma Rousseff, na próxima segunda. Salvo algum imprevisto, o modelo Dassault Rafale será escolhido, o Conselho de Defesa Nacional, convocado para ser informado da decisão no dia 10, e o anúncio oficial ocorrerá durante o encontro entre Lula e o seu colega francês Nicolas Sarkozy, no dia 15, para inaugurar a ponte Brasil-Guiana Francesa. O negócio, estimado em até R$ 10 bilhões para 36 aviões, demorará até um ano para ter suas condições financeiras estipuladas. Jobim, que permanecerá no cargo na virada de governo, pretende envolver outro país que negocia a compra do caça Rafale, os Emirados Árabes Unidos, para pressionar os franceses. O Rafale é o avião mais caro da disputa, que conta com o Saab Gripen NG (Suécia) e o Boeing F/A-18 (Estados Unidos). Os Emirados negociam mais aviões, 60 unidades, só que as conversas estão paradas por dúvidas técnicas e pressões políticas. A Líbia é outro país que considera o caça francês, que nunca foi vendido para o exterior. É com isso que o Brasil conta. Especialistas franceses veem a empresa Dassault em apuros caso não feche a venda brasileira. Além daqui e dos países árabes, o Rafale busca também ganhar uma competição para mais de cem aviões na Índia. Segundo a Folha apurou, a FAB, que já havia indicado preferência pelo Gripen, não vai protestar caso o Rafale seja mesmo o escolhido.

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