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Turismo | Cultura | Moda | Beleza | Comportamento | Arquitetura | Tecnologia | Gastronomia | Vinhos Ano II - #22 - Distribuição gratuita Gloria Pires, uma das atrizes brasi- leiras mais admiradas, volta às no- velas e ganha livro sobre sua vida e seus 40 anos de carreira. Tempos de glória

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revista estação aeroporto nº22

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Turismo | Cultura | Moda | Beleza | Comportamento | Arquitetura | Tecnologia | Gastronomia | Vinhos

Ano II - #22 - Distribuição gratuita

Gloria Pires, uma das atrizes brasi-leiras mais admiradas, volta às no-velas e ganha livro sobre sua vida e seus 40 anos de carreira.

Tempos de glória

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Editorial

ExpedienteDiretoraNarriman [email protected]

Jornalista ResponsávelRodrigo [email protected]

Editor ExecutivoDani [email protected]

Direção de ArteKarin [email protected]

JornalistaAna Marta [email protected]

Diretora de MarketingAna Carolina [email protected]

Gerente de MarketingGuilherme [email protected]

Gerente de ComunicaçãoPriscila [email protected]

ColunistasRaul [email protected]

Correspondente Internacional (Europa)Celso R.de Campos Corrêa Nobili PantafniMilão Itá[email protected]

Diretora ComercialSonia Meireles(11) 92501273 | (48) 96161276Rua Marins de Araujo Viana,85 São Paulo SPCEP [email protected]

BrasíliaAlberto Moreira Rosa Neto (61) [email protected]

GoiâniaGisella Silva Oliveira (62) [email protected]

CuritibaMirian Lins (41) 32323466Paraná@centralcomunicacao.com.br FlorianópolisPHD Negócios (48) [email protected]

Redes sociaiswww.facebook.com/estacao.aeroporto

Grande ValeMirla Fabiane (47) 33679996 | (47) 84516774 [email protected]

Comercial InternacionalPiquet Business Consulting80 SW 8th Street 20th floor | 33130 Miami, Fld( 305 ) 781-8823 | (786)[email protected]@piquetbusiness.com

RedaçãoRua Araújo Figueiredo,119 | sala 1002Centro Executivo VellosoFlorianópolis SC (48) 32221840 | (48) 33658191

www.twitter.com/estacao

Agosto é o mês que dedicamos aos nossos maiores heróis. É o mo-mento de celebrar a existência dos homens do lar, dos protetores da casa, com quem a gente sabe que pode contar. Tempo de agradecer aos nossos pais por eles ficarem sempre tão felizes e orgulhosos com o nosso sucesso. O pai é aquele porto seguro em que a gente se apoia e tem a impressão de que nada de ruim pode acontecer. Há pais de vários tipos - e não importa muito seu tipo -; seja ele como for, é sempre bom poder ter ou ter tido um. Podem ser homens que sabem inventar his-tórias bonitas. Ou figuras que conversam mansinho e tentam ensinar o que é certo. Pessoas que trazem palavras de estímulo, que nos ensinam a enfrentar batalhas difíceis e também a festejar as vitórias e aceitar os possíveis fracassos. São tantos os sonhos dourados... Feitos de um amor prateado... Que fazem com que nós pensemos: “Pai pode e merece tudo no mundo!”

Das muitas coisas de que tenho saudades da minha infância, uma com certeza é de sentar no colo de meu pai, sem ter pressa de dali sair. O pai é sempre uma figura expressiva na vida da gente. E é por essas e outras que dedicamos a eles nossa edição do mês de agosto.

E seguimos... Gloria Pires, a bola da vez da Estação Aeroporto, estam-pa nossa capa. Querida, linda, inteligente e o que é ainda maior que tudo: dona de um talento que mata todos de inveja. Para que vocês tenham a chance de conhecer um pouco mais da Gloria!

E seguimos com nossos roteiros sempre deliciosos... A região dos Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul, resgata os caminhos

trilhados pelos tropeiros e os transforma em rotas para o turismo. Com direito a rodas de chimarrão, fogo de roda e a hospitalidade característica do povo gaúcho. Em Desembarque, mostramos um pouco de Blumenau, em Santa Catarina, cidade que mistura a influência dos imigrantes ale-mães com a alegria dos brasileiros. Apresentamos também as belezas de Valença, na Bahia, maior cidade da região da Costa do Dendê, repleta de riquezas naturais e históricas. E tem ainda a magnífica Foz do Iguaçu, no Paraná, com suas famosas cataratas, com quedas d’água de até 60m de altura.

Lembrando o Dia Mundial da Fotografia, comemorado no dia 19 de agosto, a edição traz uma matéria sobre essa que é uma das formas de expressão mais democráticas. Além disso, celebra os 100 anos de nasci-mento de Adoniran Barbosa, que cantou o cotidiano da São Paulo antiga, em músicas como “Trem das Onze” e “Saudosa Maloca”. E ainda fala sobre o couchsurfing, espécie de rede social via internet que possibilita aos usuários hospedarem-se gratuitamente na casa de outros membros da comunidade espalhados pelo mundo.

Então, sigamos em frente, sem perder o trem, pois a edição de agos-to ainda reserva muitas outras boas surpresas.

Beijos e fiquem com Deus e até a próxima, no mês que vem...

Narriman Chede

A Revista Estação Aeroporto pertence à E Edi-tora Ltda. Apenas as pessoas que constam no expediente tem autorização para representá-la. Os conceitos emitidos em artigos assina-dos são de responsabilidade de seus autores.

Sumário

08 Horizontes12 Lugares por onde andei14 Beleza17 Aposte18 Decoração20 Turismo Internacional22 Habitat24 Capa28 Tecnologia 30 Cultura 42 Desembarque

48 Gastronomia 50 Vinhos53 Velocidade57 Comportamento59 Tendência60 Estilo76 Mais Estação78 Empreendedorismo82 Homenagem84 Estação Final89 Crônica

24Gloria Pires

10Mimos

64Moda

54Fotografia

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HorizontesNa rota dos tropeiros Campos de Cima da Serra | RS

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Nos Campos de Cima da Serra (RS), os corredores por onde passavam tropas de mulas estão sendo

resgatados e transformados em rotas para o turismo. Viajar pela região possibilita apreciar a hospitalidade do povo gaúcho, participar do fogo de chão e das rodas de chimarrão, saborear pratos campeiros feitos com pinhão e charque. Localizado junto às regiões de produção de uva, vinho e hortênsias, o local forma um dos mais belos destinos da Serra Gaúcha.

A Rota dos Tropeiros é ótima também para fazer trilhas, cavalgadas e praticar atividades de aventura, como rapel, tirolesas, quadriciclos e passeios de bote. O visitante pode inclusive se hospedar em fazendas que serviram de pouso para as tropas.

A história do gaúcho serrano mistura-se à cultura dos tropeiros, que atravessavam o País comerciali-zando animais e produtos, e desse modo fundaram muitas cidades. Esse movimento perdurou do início do século XVIII até por volta do ano de 1930, quando a modernidade passou a decretar o fim deste ciclo.

A Rota dos Tropeiros integra os municípios de Bom Jesus, Cambará do Sul, Jaquirana, São Francisco de Paula, São José dos Ausentes e Vacaria, na região dos Campos de Cima da Serra.

Chamada de “Porteira do Rio Grande”, Vacaria é a maior cidade dos Campos de Cima da Serra. Destaca-

se por sediar o Rodeio Crioulo Internacional. Já o mu-nicípio de Monte Alegre dos Campos é o quarto maior produtor de maçã do Estado e grande produtor de vinicultura.

Em Bom Jesus, a cultura dos antigos tropeiros ain-da é muito presente. Os corredores de tropeadas, a paisagem exuberante e a gastronomia farta são al-guns dos atrativos da cidade.

São José dos Ausentes, localizada no extremo nor-deste do estado, é conhecida pela hospitalidade, pelo turismo rural, e sobretudo, pela beleza de suas pai-sagens.

Já Cambará do Sul atrai turistas tanto por suas bele-zas naturais, clima, arquitetura e gastronomia, quanto pela hospedagem receptiva e calorosa.

Em São Francisco de Paula, flora e fauna proporcio-nam o prazer de sentir o cheiro agreste da natureza e de observar a variedade de aves e outros animais que dão vida às matas.

Jaquirana, por sua vez, abriga natureza exuberante, com belíssimas cascatas, paisagens, rios, trilhas, cam-pos, pousadas Rurais e um povo hospitaleiro.

Saiba mais:www.rotadostropeiros.com.br

Pico do Monte Negro, ponto mais alto do Rio Grande do Sul, em São José dos Ausentes.

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À direita: Passeio de mula em Bom Jesus.Abaixo: Geada em Bom Jesus. Mais abaixo: Travessia da cascata Passo do S, em Jaquirana (esquer-da), e mula comum na região.

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Mimos

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Felicidade em joia

A “Arte da felicidade” é a filosofia da designer de joias francesa Aurelie Bidermann. Suas criações são amuletos de luxo para a sorte e trazem uma estética chique e rústica. A carreira recente de apenas sete anos de Aurelie é fundamental na arte da gemologia e na riqueza de inspirações coletadas em viagens pelo mundo. Aurelie Bidermann tem seduzido muitos clientes importantes com suas criações pensadas e criadas como um poema para um poeta. O bracelete banhado em ouro amarelo traz o modelo de folha de carvalho em uma textura digna de outono.Preço: € 508,33.Saiba mais: www.aureliebidermann.com/estore

Lentes de Jason Wu

Quem não está familiarizado com o nome do jovem estilista, deve ter ouvido sobre ele por ser um dos designers prefe-ridos da primeira dama norte-americana, Michelle Obama. A novidade de Wu agora é a linha eyewear, inspirada pela passarela inovadora e chique do próprio estilista. A coleção inicial traz quatro óculos de acetato, com detalhes em aço inoxidável escovado, produzidos no Japão. Os modelos olho de gato, aviador, oval, retangular e oversized são os eleitos para a estreia de Jason Wu no mundo das lentes. As cores cristalinas trazem tons translúcidos em aquamarine, caramelo, preto, verde-oliva, ônix e topázio.Preço: £ 190,00.Saiba mais: www.modo.com

iPad (mais ainda) na moda

Que o famoso tablet da Apple é um sucesso, você já sabe. A novidade agora é que o iPad pode andar mais ainda na moda. Grifes como Louis Vuitton, Salvatore Ferragamo, Oscar de la Renta e Gucci lançaram cases especiais para proteger o seu iPad. Os modelos recriam estampas e texturas clássicas de cada marca. O Mosaico iPad Clutch, da Oscar de la Renta, é confeccionado em couro e vem nas cores mostarda, bran-ca e vermelha. O interior é revestido com microfibra, que previne riscos na tela touchscreen e facilita o deslizamento do aparelho para dentro e fora da capa.Preço: US$ 290,00.Saiba mais: www.oscardelarenta.com

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Sem bater perna

Para facilitar suas compras de produtos esportivos em todo o Brasil, a MilShoes inova. Dentro do conceito de loja virtual, a loja oferece os melhores artigos esportivos das melhores marcas do mercado, comodidade, praticidade e segurança. Certificada pelo E-Bit, empresa referência no fornecimento de informações sobre e-commerce nacional, a MilShoes já foi selecionada para concorrer ao prêmio de melhor loja Ouro da categoria. Preço: Tênis Reebok Diamond Cool (foto) – R$ 399,00.Saiba mais: www.milshoes.com.br

O conceito de velocidade pode ser materializado pela coleção de relógios Longines Grande Vitesse by Vana. Com linhas fluidas, curvas aerodinâmicas, tipografia forte e taquímetro, o relógio é a realização para quem gosta de adrenalina com muita elegância. O taquímetro do Longines GrandeVitesse tem a marcação até Mach II (duas vezes a velocidade do som), além de detalhes em vermelho no mostrador, ponteiros e botões de acionamento do cronógrafo. Com mecanis-mo automático Valjoux 7750, a capacidade de reserva de marcha é de até 44 horas. Visor em cristal de safira no mostrador e fundo do relógio. A linha está disponível em pulseira de aço, couro ou borracha, com fecho de segurança tripla.Preço: a partir de R$ 8.200,00.Saiba mais: +55 (11)3035.1010 – SAC

Velocidade do tempo

Absolutly amazing

A vodca mais adorada do mundo inova mais uma vez. A sueca Absolut selecionou três fashionistas para desenvol-ver em conjunto com a marca presentes exclusivos para os pais mais modernos. As marcas escolhidas foram Pe-dro Brando, Stone Bonker e Ótica Ventura, e trazem gifts especiais como óculos escuros, joias e gravatas de seda. “A absolut 100 é uma vodca Super Premium, ousada e elegante. Símbolo de masculinidade vanguardista e ado-rada pelos homens mais exigentes. Por esse motivo elen-camos profissionais e grifes que atendem às expectativas deste perfil de consumidor”, explica João Rozário, gerente de grupo das bebidas trendy da Pernod Ricard Brasil.Preço: sob consulta.Saiba mais: www.absolut.com

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Lugares por onde andeiOs privilégios de Costa Rica Por Onofre Santo Agostine

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Foi no mês de setembro de 2009 que eu, como Secretário de Estado do Desenvolvimento Eco-

nômico Sustentável, liderei uma comitiva composta por 30 lideranças políticas que foi à Costa Rica, com o objetivo de estabelecer um programa de inter-câmbio de experiências científico-tecnológicas entre empresários e funcionários governamentais do Bra-sil e Costa Rica, dos setores de turismo, preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.

A Missão esteve inserida dentro do Acordo Básico de Cooperação Técnica entre o Governo Brasileiro e o Governo da República da Costa Rica, para imple-mentação do Projeto de Desenvolvimento de Capa-cidades em Gestão de Áreas Protegidas e Turismo, assinado em Brasília, em 30 de julho de 2008.

Entre o mar do Caribe e as águas do Pacífico, cor-tada por cordilheiras e Vulcões, e com o maior ín-dice de preservação ambiental do mundo, a Costa Rica dispensa comentários. Sua rica biodiversidade

e exuberante natureza oferecem um extenso cardá-pio de aventuras, como caminhadas até os vulcões ou até cachoeiras fantásticas, rafting, surf e muito mais.

A Costa Rica é um país que ocupa um lugar pri-vilegiado no âmbito internacional, no contexto do desenvolvimento humano, preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e estabilidade política e social. Com um território de cinquenta e um mil quilômetros quadrados, conta com grande diversida-de de ecossistemas. Tem 35% de seu território for-mado por áreas de preservação, incluindo parques nacionais, reservas biológicas, refúgios naturais de vida silvestre, reservas florestais e reservas indíge-nas. Neste contexto, aquele país se constitui num bom laboratório de observação e aprendizagem.

Quando chegamos a San José, capital da Cos-ta Rica, fiquei entusiasmado com a cidade, que é cosmopolita e considerada a mais desenvolvida da

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América Central. Percebi que lá a vida noturna é bem agitada, porém a vida cultural alterna-se com uma variedade de museus, galerias, entre outras atra-ções.

Também tive a oportunidade de vi-sitar vulcões, como o Arenal, principal vulcão ativo da Costa Rica, e também um dos pontos turísticos mais visitados do país. Com altitude de 1657 metros, era considerado extinto, até que em julho de1968 entrou em erupção, após 400 anos de inatividade.

Outra coisa que me chamou muita atenção foi a reserva florestal do Mon-teverde, localizada a 180 km de San José, próxima ao vulcão Arenal. A re-serva é considerada rara por apresen-tar um alto índice de nebulosidade em floresta tropical, que permite à proli-feração de espécies raras de plantas, proporcionando um espetáculo único na natureza.

Não podia deixar de falar das águas límpidas da Costa Caribenha, com praias de águas calmas e transparen-tes, como a Limón, um porto natural belíssimo, e a Cahuita, com seus reci-fes ideais para mergulho. Foi esta a im-pressão que tive de um país que está dando exemplo de preservação e recu-peração de suas reservas ambientais.

Acima: Imagens do famoso Vulcão Arenal.À esquerda: Teatro Nacional de Costa Rica, situado na cidade de San Jose.Abaixo: Playa Grande, localidade na costa do Pacífico, em Costa Rica, escolha de muitos turistas pela prática do surfe.

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Beleza

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Hollywood por Michael Kors

O marketing da fragrância assinada pelo estilista norte-americano Michael Kors é transformar seu co-tidiano em experiências únicas. Tudo em Hollywood é maior e mais brilhante, e isso parece ser possível com o luxo destas gotinhas glamourosas. Desen-volvido pelos perfumistas Pascal Gaurin e Laurent Le Guernec, e com parceria do próprio Michael e da Estée Lauder Cosmetic Inc., a fragrância é um floral sofisticado, com notas de tangerina cintilante, berga-mota, mandarina, jasmim, ylang-ylang, framboesa, gardênia e âmbar.Preço: US$ 45 (30ml) e US$ 85 (100ml).Saiba mais: www.michaelkors.com

Maquiagem xadrez

A grife britânica Burberry criou uma linha de maquia-gem especial para venda na internet, por meio da Harrods. Todos os produtos foram inspirados no icônico xadrez da marca em cores neutras nas embalagens. A linha completa conta com mais de 95 itens, entre máscara para os olhos, batom, gloss, blush, base e iluminadores. Christopher Bailey, diretor criativo da marca, em entrevista para a WWD, conta que criou a linha de make up depois de ter problemas com produ-tos usados em alguns dos desfiles da grife.Preço: sob consulta.Saiba mais: http://migre.me/ZjkJ

Maquiagem inspirada em jeans

A marca de cosméticos criada pelo make up artist Bobbi Bro-wn lança uma linha totalmente inspirada no blue jeans. A coleção batizada de “Denin and Rose Collection”, com a paleta de cores casual, tem pegada rock, mas com es-paço também para o romantismo. Os produtos que complementam a linha são kit de pincéis, ilu-minador com pincel, delineador denim em gel, sombra denim de glitter, rímel e gloss rosas. Os estojos, claro, são confeccionados em jeans.Preço: de US$ 21,00 a US$ 60,00.Saiba mais: www.bobbibrowncosmetics.com

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Antirrugas para eles

O Anti-Rides Fermeté - Spécial Peaux Sèches, da Clarins, é um creme de textura leve que combate a flacidez da pele do rosto. Desenvolvida exclu-sivamente para a pele masculina, também pode ser usado no pescoço. Proporciona hidratação às peles secas, sem deixar a sensação de oleo-sidade. A ação de extratos botânicos aliados à cafeína minimiza as linhas de expressão e rugas. A indicação é que seja aplicado diariamente após fazer a barba.Preço: R$ 168,90.Saiba mais: www.clarins.com

Shiseido, fragrância masculina

A shiseido aposta em uma fragrância destinada a homens ele-gantes e modernos, em busca de serenidade e energia positiva. As notas são de Nashi (pera japonesa), bergamota e kumquat - fruta cítrica de origem chinesa -, que resultam em uma fragrân-cia fresca e de alta vitalidade. As notas de coração revelam a intensidade nos aromas potentes e picantes com noz-moscada, a flor da violeta e a força do Rododentro, árvore presente no Himalaia. As notas de base são musk, couro e patchouli.Preço: sob consulta.Saiba mais: www.shiseido.com.br

A arte de fazer barba

A promessa deste creme noturno da The Art of Shaving é a redução de 93% da redução de pelos encravados em menos de seis semanas. O produto acelera o alívio de pelos encravados e de pequenos cortes causados pela lâmina. A manteiga de karité, presente na fórmula, amacia a pele, permitindo que os pelos encravados se libertem, e o óleo de jojoba hidrata poros obstruídos. Óleos essenciais terapêuticos reduzem inflamações, enquanto os extratos vegetais, ricos em ácidos de frutas, ama-ciam a pele.Preço: US$ 40,00.Saiba mais: www.theartofshaving.com

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AposteA volta do cabelo comportadinho

1. Desfile Prada - Verão/2011 [Divulgação]2. Desfile D&G - Verão/2011 [Divulgação]3. Beleza Mario Queiroz - Verão 2011 [Agência Fotosite]4. Beleza VRom - Verão/2011 [Agência Fotosite]

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O cabelo engomadinho, modelado com gel, pa-

rece estar de volta. Depois de algumas temporadas com looks milimetricamen-te bagunçados e assimétri-cos, as passarelas mascu-linas dão vez aos cabelos comportadinhos. As opções aparecem em duas linhas: com gel, que dá um ar molhado de ‘recém-saído-do-banho’, e com mousse ou cera para cabelo, que modelam as madeixas sem deixá-las endurecidas.

Segundo dica do cabelei-reiro Ricardo Heleno, do sa-lão Vila Beauté (Al. Lorena, 1052 - Jardins, SP), na hora de selecionar o produto cor-reto, é preciso primeiro sa-ber qual efeito você quer. “O gel é indicado para modelar os fios e diminuir o volume. A cera ou pomada para ca-belo é usada para definir melhor o corte, e deve ser usada sempre nos cabelos secos. Já o mousse deve ser aplicado nos cabelos úmidos ou levemente secos, pois modela os fios criando volu-me, e é ideal para cabelos cacheados”, explica.

As passarelas nacionais e internacionais apostaram nos cabelos bem aparados e divididos do lado, no melhor estilo “bom moço”. Outra opção para eles é pente-ar o cabelo para trás, uma variação prática para dias de cabelo rebelde. Ao lado, separamos fotos de desfiles da última temporada para inspirar! Mãos à obra!

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Pilão e especiarias frescas na sua cozinha

O design simples e robusto do pilão Orb traz dois recipientes para moer especiarias e foi desenhado por Graeme Davies. O diferencial deste modelo trazido pela Joseph & Joseph está no recipiente principal, que é grande o suficiente para moer maior quantidade de uma única vez. A tampa, quando invertida, torna-se um pilão que cabe na mão – ideal para moer quantidades pequenas de ervas ou pimentas. Feito de porcelana vitrificada não absorven-te, pode ser levado à lava-louças.Preço: sob consulta.Saiba mais: www.abdallaimports.com.br/joseph/utensilios/Orb/Orb

Chá perfeito

Acertar a temperatura da água para um chá perfeito pode ser uma tarefa mais complicada do que parece. Pensando nisso, a marca australiana Breville criou a Gourmet Tea Brewer. Uma espécie de chaleira elétrica que faz seu chá com apenas um clique de botão. Com recurso para cinco variedades de chá e três maneiras de preparação, o produto promete fazer seu chá e mantê-lo quente por até uma hora. Para usá-la como chalei-ra, basta remover a cestinha onde se colocaria o chá a granel. Inclui um recipiente inquebrável de vidro alemão.Preço: US$ 299,95.Saiba mais: www.breville.com

É um casaco? Um cobertor?

Os dias de inverno no sofá costumam fazer quem sente mais frio levar um cobertorzinho para a sala. Com essa ideia, a marca norte-americana The Slanket criou o pro-duto que parece ser a solução para dias mais gelados. O Slanket (o mesmo nome da empresa) é uma mistura de cobertor e de casaco. E o nome vem da união das palavras em inglês “sleeve” (manga) e blanket (cober-tor). As cores aparecem em tons super democráticos e estampas divertidas, para adultos e crianças. As ver-sões para viagem e para namorados também estão no catálogo da loja! Agora a dica fashion é não sair de casa com ele!Preço: US$ 38,00 (adultos) e US$ 35,00 (infantil).Saiba mais: www.theslanket.com

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Decoração

Decoracão cristalina

A Cristais brutos, itens de coleção e obras artísticas vivas são espe-cialidades da Elemental Cristal. Com ideia e conceito inovadores, a empresa de pedras semipreciosas procura levar a seus clientes a beleza exuberante e a energia dos cristais de forma simples e sofisticada. A Elemental Cristal, em parceria com a artista plástica Carla Gozzo, acreditam na transformação do ser humano por meio dos cristais. A instalação Viva Vida é composta harmonicamente por pedras, cristal ametista, água e plantas, produzindo um pequeno ambiente natural.Saiba mais: (11) 8199. 7353

Para apaixonados por peixe, seja assado, com legu-mes, ou de qualquer outra forma deliciosa, a Mauviel by Doural traz uma panela específica para preparar delícias com peixe. Confeccionada artesanalmente em cobre, conta com suporte e tampa de design franceses que são também itens de decoração. As panelas de cobre da Mauviel resultam em uma efici-ência máxima no cozimento e garante que a comida salgada não tenha qualquer reação desagradável quando em contato com o cobre. São feitas com 90% de cobre e cobertos por uma fina camada de inox que impede o contato do cobre com o alimento.Preço: R$ 3.158,46. Saiba mais: www.doural.com.br

Do mar para a panela

Design de conforto

A Montenapoleone apresenta o banco AP, uma novidade do Salão do Móvel de Milão. Criado pelo designer japonês Shin Azumi, sua principal proposta é trazer um móvel bonito e funcional, que o torna protagonista em qualquer ambien-te. O resultado final é uma escultura em forma de banco, produzida a partir de uma única folha de madeira compensada e que, ao contrário de outras peças, não possui divisão entre suas partes.Preço: sob consulta.Saiba mais: www.montenapoleone.com.br

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Planícies a perder de vista combinam com sol e calor e impõem um ritmo lento e compassado ao Alente-

jo. No interior, a planície imensa, searas louras ondulan-do ao vento; no litoral, praias selvagens, duma beleza agreste e inexplorada.

A Região do Alentejo compreende integralmente os distritos de Portalegre, Évora e Beja, e as metades sul do distrito de Setúbal.

A amplitude da paisagem é entrecortada por so-breiros ou oliveiras que resistem ao tempo. Aqui e ali ergue-se um recinto muralhado, como Marvão ou Mon-saraz, ou a simplicidade de um animal silvestre, como o lobo ou o porco do mato, a lembrar a magia do lugar. Nos montes, casas térreas e brancas coroam pequenas elevações, os castelos evocam lutas e conquistas e os pátios e jardins atestam influências árabes, que molda-ram povo e natureza.

No Alentejo, a força da terra marca o tempo. Na re-gião respira-se história, entre castelos e igrejas, antas e necrópoles, ruínas e villas romanas. Talvez por isso a cultura ganhe aqui um caráter particular. Basta conhe-

cer Évora, as suas raízes romanas e o encanto do seu patrimônio, para perceber por que razão foi classificada Patrimônio Mundial. Não deixe de visitar o templo de Diana e algumas das suas igrejas.

Mas não passe para o norte ou para sul sem explorar o litoral. Aí, a paisagem é alta e escarpada, com peque-nas praias abrigadas entre arribas (rochedos escarpa-dos). E também há aromas de campo, as ervas de chei-ro temperam peixes e mariscos, o tempo corre devagar.

O Alentejo já foi uma grande região de trigo. Nos montados de sobreiros e oliveiras, grandes varas de porcos pastavam na planície. Por isso, pão, porco e azei-te são a base duma das mais gostosas cozinhas de Por-tugal, que as ervas perfumam com aromas de campo. A sopa é prato principal, e pode ser fria no gaspacho, mas o pão é obrigatório na sopa de cação, de bacalhau ou de tomate com linguiça.

Turismo internacionalOnde o sol é mais dourado Alentejo | Portugal

Mais informações:www.ci.boca-raton.fl.usGo Alentejo: www.goalentejo.pt

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Torre de Belém, em Lisboa.Região possui pequenas praias abrigadas entre escarpas.

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Acima: Paisagem ampla é entrecortada por sobreiros ou oliveiras.À esquerda: pão, porco e azeite são a base da cozinha. No detalhe: Painel de azulejo.Abaixo: Famosas searas douradas ondulam ao vento.

Prados ondulados são frequentes na região.

Ermidas caracterizam arquitetura tradicional.

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HabitatClássico do Mediterrâneo Ilha de Maiorca | Espanha

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Serviço:Playa de Formentor, 3. 07470. Port de Pollença, Mallorca, Spain. Tel.: 34 971 899 100. www.barceloformentor.com

O hotel Barceló Formentor, situado na ilha de Maior-ca, na Espanha, proporciona aos seus hóspedes

um oásis de sossego e descontração, com vista be-líssima para a baía. Seu prédio, uma propriedade do século 13, com fachada de pedra, é um belo exem-plar da arquitetura clássica ibérica, tombado pelo pa-trimônio nacional.

O hotel proporciona aos hóspedes uma combinação de proximidade com a natureza e acesso à tecnolo-gia em 1200 hectares na península de Formentor, em uma das praias mais bonitas do Mediterrâneo. Situa-do a apenas 300 metros da praia, é ideal para quem busca um lugar tranquilo e idílico para se hospedar.

Construído em 1929 e renovado em 2002, o hotel dispõe de um edifício principal de três andares com um total de 125 quartos, dos quais 18 são suítes. Os jardins mediterrâneos, de 80 mil metros quadrados, são considerados dos mais bonitos de Espanha. O Formentor já recebeu no passado celebridades como Winston Churchill, Charles Chaplin and Laurence Oli-vier.

Os clientes podem se deliciar com os pratos da co-zinha e o serviço excelente de seus seis restaurantes. Situado na praia, o restaurante La Veranda possui um amplo terrace e combina uma variada gama de pratos com produtos feitos à mão. Já o El Colomer, localizado

no coração do hotel, oferece cozinha internacional e mediterrânea, além de serviço de café da manhã.

O visitante também pode desfrutar da comodidade de suas duas amplas e belas piscinas. São oferecidas ainda opções de esporte ao ar livre, como passeios a cavalo, windsurf, ciclismo e mini golf. Diárias custam a partir 170 euros.

À esquerda: Vista da piscina. Acima: Serviço com vista para a baía.

Hotel harmoniza-se com paisagem.

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Barceló oferece vista e acesso fácil à praia.

Piscina ampla de frente para a fachada. Palmeiras oferecem sombra natural.

Restaurante tem mesas ao ar livre. Quartos são amplos e confortáveis.

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40 anos de gloria na TV e nas telas

Por Rodrigo Brasil

Gloria Pires, a dama da tevê brasileira, lança biografia e começa a gravar Insensato Coração, próxima novela das oito, que estreia em janeiro de 2011.

Uma das atrizes mais admiradas do País, Gloria Pires é reconhecida tanto por seu talento quan-

to pela postura ética na vida profissional e pessoal. Em seus 40 anos de carreira, atuou em 21 novelas, 13 filmes, duas minisséries, uma peça infantil e diversos programas especiais. Fez inúmeras perso-nagens marcantes, entre elas a Maria de Fátima, de “Vale Tudo”, considerada uma das maiores vilãs da TV brasileira, e a forte Ana Terra, de “O Tempo e o Vento”. “É uma mulher de muitas faces, que eleva o patamar da dramaturgia televisiva e cine-matográfica brasileira”, diz Aguinaldo Silva.

Para coroar essa carreira brilhante, a Geração Editorial lança “40 anos de Gloria” (346 páginas, R$ 39,90), a história da longa e vitoriosa carreira de uma atriz ainda jovem (apenas 46 anos), mas com 40 anos de atuações marcantes e cenas an-tológicas. A pedido de Gloria, os autores abordam, sobretudo, sua trajetória, e evitam entrar em ques-tões pessoais polêmicas, como o casamento con-turbado com o ex-marido Fábio Júnior.

Outra novidade é que a atriz volta a participar de novelas, após três anos de ausência. Ela con-firmou recentemente que será a protagonista de Insensato Coração, próxima novela das 20h, de Gilberto Braga, que estreia em janeiro de 2011. Glória está afastada da TV desde Paraíso Tropical, em 2007, quando viveu a personagem Lúcia. Ela também é cotada para atuar na novela seguinte,

Marido de Aluguel, de Aguinaldo Silva, mas sua participação não está confirmada - a disputa entre os autores pela atriz inclusive ganhou repercussão na mídia.

O livro “40 anos de Gloria” mostra uma Glória rigorosa com o trabalho e sem estrelismo, que gra-va a qualquer hora, repete cenas. Humilde, ela diz que teve a chance de aprender errando, já que não estourou logo como protagonista. “O processo de criação sempre me fascinou! O que mais me dá prazer é o momento em que você está buscando a personagem. É um prazer egoísta e pessoal. O fazer é muito doloroso. Porém, quando o trabalho chega ao público, eu me realizo em saber que um personagem pode levar alguma alegria num mo-mento difícil a uma pessoa”.

Os autores Eduardo Nassife e Fábio Fabrício Fa-bretti desvendam a trajetória de Gloria desde a sua estreia em 1969, aos quatro anos de idade, até o período em que optou por viver em Paris com a família, em paz e longe dos holofotes, antes de voltar a gravar. Na obra há detalhes da vida de atriz, de mãe, de esposa, da celebridade, inclusive da cantora (sim, Gloria canta), com relatos em pri-meira pessoa de Gloria Pires sobre todos os gran-des acontecimentos da sua carreira e do dia-a-dia de uma mãe de quatro filhos. Os depoimentos são em ordem cronológica e reveladores.

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“Maria Moura trouxe uma mu-lher poderosa

dentro de mim”.

Vida lembra um filme

Nos 25 capítulos do livro, há histórias sobre a gravidez de risco da mãe da atriz, o início precoce da carreira de Gloria aos quatro anos, o trabalho com o pai, o talentoso ator Antonio Carlos Pires, as primeiras participações em programas humorís-ticos, uma reprovação traumatizante, os primeiros papéis de repercussão, como Marisa, em Dancin’ Days e Zuca em Cabocla, a convivência com os ami-gos mais velhos, como Lauro Corona e Daniel Filho, os nascimentos dos seus quatro filhos e a interrup-ção de duas gestações precocemente.

O livro contém curiosidades, como os dois con-vites feitos pela revista Playboy para Gloria posar nua (recusados por ela), as cirurgias dentárias re-paradoras, a tatuagem no pé, além dos frequen-tes problemas de saúde ao longo da sua premiada carreira.

Os autores abordam o rigoroso profissionalismo da atriz e sua obsessão com a disciplina nas prepa-rações para viver seus personagens. Por exemplo: para viver a heroína Maria Moura, na minissérie Memorial de Maria Moura, em 1994, Gloria Pires fez aulas de equitação, tiro e até curso básico de sobrevivência na selva. Durante um treinamento de tiro, ela quase se machucou quando atirou com uma espingarda calibre 12. “Maria Moura trouxe uma mulher poderosa dentro de mim”, conta.

Nas páginas também há relatos emocionantes e sinceros sobre a convivência com as atores mais velhos, como Lauro Corona, seu grande amigo, e Daniel Filho, que a reprovou em um teste para atriz quando ainda era garota, por ela não ter os atribu-tos físicos que ele buscava para a personagem Zizi, da novela O Primeiro Amor.

Gloria esteve presente nos filmes de maiores

públicos e de maior reconhecimento internacio-nal desde a retomada no cinema nacional, como no papel de Helena, em “Se Eu Fosse Você 1 e 2”, além de fazer parte do elenco de “O Quatri-lho”, que levou um longa-metragem brasileiro a concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 1995, depois de um jejum de 33 anos. Em 2009, ela ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Brasília, pelo filme “É Proibido Fumar”, que levou nove “Candangos”. Também interpretou a mãe do presidente Lula, Dona Lindu, em “Lula, O Filho do Brasil”, em 2010.

Filha da produtora e empresária Elza Pires e do ator Antônio Carlos Pires, Glória Maria Cláudia Pires de Moraes nasceu no Rio de Janeiro, no dia 23 de agosto de 1963. Já foi casada com o ator e can-tor Fábio Jr, pai de sua filha, Cléo Pires, que hoje também é atriz. Atualmente, está casada com o

músico Orlando Morais, com quem tem três filhos, Antonia (1992), Ana (2000) e Bento (2004).

Cena de “É proibido Fumar”.

Cena do filme “Lula, o filho do Brasil”.

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Um poema

Eu acho que o mundo parou,desde o dia em que nasci.

Anda mundo, caminha,reza a tua ladainha.

Sou criança e quero viver,os jovens não podem morrer!

Oh! Mundo sofrido!Oh! Mundo oprimido!

Oh! Mundo danado!Parece que roda parado!

Gloria Maria Claudia Pires, aos 5 anos

Depoimentos

Na parte final da obra, diretores, atores, atrizes e familiares deixam um recado para Gloria Pires. Entre eles estão Stephan Nercessian, Daniel Filho, Cléo Pires, Joanna Fomm, Reginaldo Faria, Rogéria, Arlete Salles, Malu Mader, Regina Duarte, Denis Carvalho, Orlando Morais e Aguinaldo Silva. Confira alguns trechos:

“Em “A Partilha”, tinha pouco dinheiro para o filme e todo mundo sabia disso. Meu prazo era curto e a Gloria passando mal com a gravidez. As pessoas fa-lavam para substituí-la. Respondia que não faria isso de jeito nenhum. Sem ela, não teria filme. Resolvi dar uma parada e banquei tudo até ela melhorar.”

Daniel Filho

“Ela tem uns recursos espontâneos, naturais, que eu admiro demais numa atriz. Era difícil contracenar com ela. Levava aquela frieza da Maria de Fátima às últimas consequências, com muita propriedade e ta-lento.”

Regina Duarte

“Adoro escrever para a Glorinha, porque ela encai-xa o tom do personagem como realmente queremos.”

Aguinaldo Silva

“Tenho grande admiração por Gloria. Fui muito ami-ga do pai dela. Trabalhamos juntos em rádios e tevês. Ele só podia fazer uma filha como Gloria Pires. Ela é uma atriz inteira, quente, aglutinadora. Ela sempre se põe no jogo da comunicação humana e se entrega de uma forma simples e delicada. Mas muito forte. Mere-ce todo o sucesso que tem. E todo o nosso carinho. E todo o nosso reconhecimento.”

Fernanda Montenegro

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Nova “onda” da Samsung

Equipado com processador de 1 GHz, o smartphone Samsung Wave (SB8500) é o primeiro modelo a chegar ao mercado equipado com o novo sistema operacional Bada, projetado pela própria Samsung para concorrer com gigantes como o iOS e o Android. O processador é um ARM Cortex A8 de 1 GHz. A tela é um show à parte e a memória interna de 1.5 GB pode ser ex-pandida a 32 GB com cartões microSD. Em termos de conexões ele é completo, com 3G, Wi-Fi (802.11 b/g/n), Bluetooth 3.0 e A-GPS. A parte multimídia é composta por uma câmera de cinco MP com flash e rádio FM.Preço: R$ 1.899,00.Mais informações: www.samsung.com.br

Música em alto e bom som

O som do Fidelio DS900, dock para iPhone e iPod da Philips, de apenas 56 centímetros, reproduz música com fidelidade. O alto e bom som deve-se a um woofer de 4” e um tweeter de 1” de cada lado, contabilizando uma potência de 100 W RMS. Já o Pure Di-gital processa o som digital com qualidade, evitando ruídos. O aparelho chega ao Brasil no segundo semestre. Preço sugerido: £ 399.Mais informações: www.philips.com.br

Nova geração do iPhone

O novo iPhone 4 traz mais de 100 novos recursos em relação ao 3GS, seu antecessor. O aparelho é 24% mais fino, possui uma câmera de 5.0 megapixels com flash LED e zoom digital de cinco vezes. Ela grava vídeos em alta resolução, que podem ser editados no próprio aparelho e enviados por e-mail com apenas um clique. A bateria tem maior duração: sete horas no modo 3G (ligações), seis horas no modo 3G (internet), 10 horas usando Wi-Fi (internet), 10 horas para vídeo e 40 horas para músicas. Preço: US$ 199 (16 GB) e US$ 299 (32 GB).Mais informações: www.apple.com/br/iphone

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TecnologiaTV 3D com Plasma

A Panasonic anunciou que lançará em breve no Brasil seus modelos de TVs Viera 3D para o Brasil: o 50VT20 (de 50 polegadas) e o 58VT20 (de 58 polegadas). A Panasonic é a única grande empresa a lançar uma TV 3D com tecnologia de Plasma. Essas novas TVs utilizam o novo painel de plasma NEO-PDP (que consome quatro vezes menos energia que a geração anterior) com reso-lução Full HD, contraste estático de 5.000.000: 1 e 6.144 níveis de gradação de cores.Preço sugerido: não definido.Mais informações: www.panasonic.com.br

Lamborghini lança notebook

Depois de a Ferrari virar marca de notebook, agora é a vez da Tonino Lamborghini adentrar no mundo dos computadores, com o portátil Slim Digital. O notebook pesa pouco mais de um quilo, distribuídos entre perfomance e um design arrojado. O selo da marca incrementa o aparelho em black piano e de tela fininha. O laptop usa um processador Intel CULV, isto é, com baixíssimo consumo de energia. A Intel também está na placa de vídeo, uma GMAX 4500. Preço: € 650 Mais informações: www.lamborghini.com

Quase um tablet

A Sony Ericsson traz ao Brasil o Xperia X10, seu primeiro Android. O aparelho conta com um processador de 1Ghz, câmera de 8MPx e uma tela touchscreen de 4 polegadas, avantajada porém leve. Os 8GB de memória no cartão micro SD incluso garantem espaço suficiente para armazenar e ouvir músicas, assistir a vídeos e guardar as fotos capturadas com a câmera de 8 megapixels embutida. Seu Timescape reúne todas as atividades dos seus contatos, como e-mails, SMS, updates no Twitter e Facebook. Preço: R$ 1.899,00. Mais informações: www.sony.com.br

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Cultura . teatroOlhar renovado sobre a velhice

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Serviço:O que: “Amanhã É Natal”Onde: Teatro Paulo Eiró (Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro, São Paulo - SP. Tel.: 5546-0449).Quando: Sexta e sábado, 21h. Domingo, 19h. Até 22/08. Quanto: R$ 10,00.

No elenco, Álvaro Gomes, Cinthia Zaccariotto e Nana Pequini.

A peça “Amanhã É Natal”, do premiado drama-turgo Mario Viana, contempla a terceira idade

com discussões mais amplas em torno do envelhe-cimento, que não só as de comiseração e solidão. Os protagonistas, Edgar e Cecília, experimentam as dúvidas de uma relação a dois, e ainda precisam conviver com os problemas do passado. No elenco, os atores Álvaro Gomes, Cinthia Zaccariotto e Nana Pequini.

Edgar e Cecília estão ansiosos nos preparativos da ceia de Natal. Para ela, é uma forma de rever os filhos. Para ele, é a oportunidade de oficializar a união com Cecília - ambos vêm de uma viuvez. Na tarde que antecede a festa, tudo está dando errado: a faxina está atrasada, uma chuva torren-cial inundou o caminho até a rotisserie e a padaria não assou o pernil que Edgar encomendou. Para complicar, Edgar recebe a visita de Joelma, a filha com quem ele não falava há quase 20 anos. E ela vem falar de um irmão, Andinho, cuja existência Cecília ignorava.

Em “Amanhã É Natal”, Mario Viana coloca per-sonagens maduros como protagonistas de uma trama teatral. E mais ainda: Edgar e Cecília vivem

uma história de amor, experimentam as dúvidas de uma relação a dois, encaram seus fantasmas e aprendem com a vida.

A principal ambição do texto é afastar-se do sentimentalismo, da ideia de que os “pobres ve-lhinhos” merecem nossa consideração pelo fato de terem cabelos brancos... Edgar e Cecília são dois personagens ativos, que tomam sua história nas mãos e a modificam, conforme suas necessidades e carências. Enxergar, dar voz e dignificar o brasi-leiro de terceira idade é um dos segredos da co-média.

A direção é de Jairo Mattos, que já tem em seu currículo como diretor três peças do autor, “Carro de Paulista” – que ficou quatro anos em cartaz –, “Meu Filho, Meu Tesouro” e “Assim com Rose”.

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Cultura . teatro

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Bonequinha trágica

Serviço:O que: Mi MuñequitaOnde e quando: 28/10/10 – Sesc Salvador; 27/10/10 – Sesc Salvador; 20/10/10 – Sesc João PessoaQuanto: R$ 10,00 (público em geral) / R$ 5,00 (comerciários e dependentes, estudantes, idosos professores).Mais informações: www.mmunequitaprojeto.blogspot.com

Milena Moraes (direita), Sabrina Gizela (no chão), Monica Siedler (centro), Malcon Bauer (de pé) e Alvaro Guarnieri (esquerda).

Mesclando drama e comédia, a peça “Mi Muñequita” conta a história de

uma adolescente que usa sua boneca pre-ferida, La Huerfanita (Sabrina Gizela), para enfrentar a violência gerada pela própria família. A menina, chamada de La Nena (Monica Siedler), vive com parentes de-sajustados – La Madre (Milena Moraes), uma mulher frustrada, El Padre (Alvaro Guarnieri), um homem ausente, e El Tio (Malcon Bauer), um senhor rancoroso –, formando um jogo perverso de adultos que inclui traumas e vinganças. Com nar-rativa moderna, a peça conta ainda com El Presentador (Paulo Vasilescu), o mestre de cerimônias que conduz o espetáculo.

Produzido pela Ponte Cultural, o espetá-culo é baseado no texto original de Gabriel Calderón, que está em cartaz no Uruguai há quatro anos, com grande sucesso. Com tradução de Esteban Campanella e direção de Renato Turnes, “Mi Muñequita” é a pri-meira adaptação da premiada obra tragi-cômica feita no país. A versão tupiniquim ganha novas cenas e improvisos, adqui-rindo um tom melodramático, comum na estética latina.

Repleta de memórias sensoriais lati-nas, com influências de Almodóvar, mú-sicas românticas dos anos 70, e figurino desta década, entre outras referências da infância tanto do diretor como do elenco, Mi Muñequita é uma obra teatral que faz rir e chorar, ou chorar de rir. Com excesso de sentimentos desesperados, tragédia e comédia se tornam estilos dramáticos in-separáveis e indistinguíveis.

O resultado desta montagem é um show de variedades bizarro, um freak-show do-méstico que mescla inspirações do reper-tório das TVs sensacionalistas, do mundo cão, do circo e do teatro do melodrama.

Em 2009, Mi Muñequita integrou o pro-jeto EmCena Catarina, de itinerância do SESC/SC, e foi vencedora do Edital Elisa-bete Anderle de Estímulo à Cultura para nova circulação pelo estado, cuja primei-ra etapa foi iniciada em março de 2010. Desde abril, a peça faz turnê nacional no projeto Palco Giratório, do SESC.

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Cultura . música

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Após sua estreia com um disco intitulado simplesmente “Cibelle” e o bem-sucedido traba-lho seguinte, “The Shine Of Dried Electric Leaves”, chega a vez de “Las Vênus Resort Palace Hotel”, terceiro CD da cantora, compositora, produtora e multi-instrumentista brasileira, que mais uma vez nos leva a fronteiras sônicas jamais imaginadas. Cibelle gravou as faixas do disco no porão de seu apartamento em Londres, em um bosque canadense nos arredores de Vancouver (depois invadido por ursos), num estúdio caseiro em Berlim, e por fim, em sua cidade natal, São Paulo. Traz contribuições dos amigos Josh Weller, Mocky, Kristian Craig, Robinson (Capitol K), Sam Genders (Tunng), Fernando Catatau, Pupilo (Nação Zumbi), entre outros. O álbum foi produzido por Cibelle e co-produzido por Damian Taylor, diretor musical de Björk, e mixado em Los Angeles por Thom Monahan.

Cibelle

O que: Las Vênus Resort Palace Hotel (Album).Artista: Cibelle.Quanto: R$ 30,00.Lançamento: ST2 Records.

Biônica

O que: Bionic (Álbum)Artista: Christina AguileraQuanto: R$35,00Lançamento: RCA/Sony Music

Depois de vender mais de 30 milhões de álbuns no mundo inteiro, Christina Aguilera já atingiu um patamar ímpar de sucesso. No ano que passou, Christina trabalhou duro no estúdio e agora tem o prazer de anunciar o lançamento de seu 4° álbum, Bionic. O primeiro single, “Not Myself Tonight”, produzido por Polow Da Don, é um hino intenso e enérgico e o álbum traz músicas escritas por Aguilera junto com famosos colaboradores como Sia, Tricky Stewart, Polow Da Don, Le Tigre, Hill & Switch e Ladytron, entre outros. O álbum também inclui uma balada produzida e escrita por Linda Perry chamada “Lift Me Up”. O título Bionic reflete o talento de Christina para elevar o seu alcance musical ainda mais a novos níveis e usar a sua voz de várias maneiras nunca ouvidas antes.

O vídeo “Can’t Be Tamed” mostra uma Miley Cyrus alada quebrando as correntes, se libertando de uma gaiola. Tudo faz sentido desde que o mundo vem observando, sem fôlego, a artista encenar sua liberda-de artística na vida real. Aos 17 anos, ela agora olha para um futuro musical mais aventuroso com seu novo álbum. Com ela co-escrevendo quase tudo, sua marca criativa está em toda parte do disco. Como anteriormente, ela se uniu com os produtores/ compositores John Shanks e Rock Mafia (Tim James e Antonina Armato) para criar cada nota. O resultado é uma mistura de batidas dance furiosas, baladas intimistas e aquele vocal característico cheio de adrenalina, tudo resumido numa única palavra. Canções como “Liberty Walk” e a faixa título emolduram o desejo de liberdade em um elegante som de sinte-tizador. Dando um passo adiante está “Robot”. Baladas como “Stay”, “Scars” e “Take me along” fazem sentido real para a jovem, na tentativa de levar uma vida normal - inclusive relacionamentos amorosos -, quando o mundo luta contra seu tempo. Já “Permanent December” mostra apenas a ameaça formidá-vel em que se tornou como cantora e compositora. De quebra o CD é acompanhado por um DVD com uma mega apresentação de Miley em um show eletrizante.

Can’t Be Tamed

O que: Can’t Be Tamed (CD + DVD)Artista: Miley CyrusQuanto: R$45,00Lançamento: Hollywood Records

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Macy Gray, The Sellout. O disco é o primeiro trabalho dessa premiada cantora e compositora em mais de três anos. São 12 composições, co-escrito por Gray - que também respondeu pela produção executiva. O álbum foi mixado por Manny Marroquin, cujo currículo inclui hits para Lady Gaga, Jay Z, Rihanna, Alicia Keys, Kanye West e John Mayer. Participam do disco T.I., Bobby Brown e Kaz James (The Bodyrockers), além de Slash, Duff McKagan e Matt Sorum (ex-Guns N’ Roses e Velvet Revolver). “Beauty In The World”, primeiro single a ser extraído do álbum, é o trabalho de uma artista que se reconectou com a essência de seu talento criativo, após uma longa e tortuosa jornada pela indústria do showbiz. Melodias borbulhantes e letras reflexivas, de cunho pessoal, cintilam em The Sellout, um manifesto autêntico e seguro de uma das mais criativas e habilidosas forças da música contemporânea. Os destaques do álbum são inúmeros, incluindo o majestoso groove soul-pop de “Lately”; “That Man”, uma suculenta fatia de new wave oitentista à moda dos Ting Tings; o encontro imaginário entre Joan Jett e T- Rex com a guitarra gritante de Slash em “Kissed It”; e a tentadora “Still Hurts”, uma balada vulnerável e carregada de emoção, apenas para citar alguns.

A volta de Macy Gray

O que: The Sellout (Álbum).Artista: Macy Gray. Quanto: R$30,00.Lançamento: Concord Records/Universal Music.

Filmado durante a turnê mundial da superestrela Celine Dion, no período de 2008-2009, o CD/DVD Taking Chances World Tour: The Concert traz apresentações ao vivo dos maiores sucessos da Diva canadense, como “Because You Loved Me”, “All By Myself”, “My Heart Will Go On” e “I Drove All Night”. Esta é a segunda turnê de maior retorno financeiro de uma artista solo em toda a história da música e foi vista por mais de três milhões de pessoas, cobriu cinco continen-tes, 25 países e 93 cidades. Com mais de 200 milhões de álbuns vendidos no mundo todo, Celine Dion é uma das cantoras mais reconhecidas e respeitadas de toda a história da música pop mundial, e foi homenageada com mais de mil prêmios durante sua carreira.

Taking Chances World Tour

O que: Taking Chances World Tour (CD/DVD).Artista: Celine Dion.Quanto: R$60,00.Lançamento: Sony Music.

Na primavera de 1971, com certa relutância, os Rolling Stones deixaram o Reino Unido para fixar residência na França. Keith Richards se acomodou em uma mansão chamada Nellcôte, em Villefranche-sur-Mer, e ali a banda gravou grande parte da obra-prima Exile On Main Stre-et. Stones In Exile conta, nas palavras da própria da banda e por meio de extenso material de arquivo, como foi o tempo que o grupo passou longe do Reino Unido e a criação desse extraordinário disco duplo, considerado por muitos o melhor trabalho dos Rolling Stones.

Exílio

O que: Stones In Exile (DVD).Artista: The Rolling Stones.Quanto: R$50,00.Lançamento: St2 Vídeo.

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A Origem

Cabeça a prêmio

Par perfeito

O aclamado diretor Christopher Nolan trabalha com um elenco internacional em “A Origem”, longa de ficção-cien-tífica e ação que viaja por todo o mundo e além do íntimo e infinito dos sonhos. Dom Cobb (Leonardo DiCaprio) é um ladrão eficiente que está entre os melhores na arte da ex-tração: roubar segredos valiosos de dentro dos confins do inconsciente durante o estado de sono, quando a mente se encontra mais vulnerável. Esta rara habilidade tornou Cobb um perito cobiçado no traiçoeiro novo ramo da espionagem corporativa, mas também o transformou em um fugitivo internacional e o levou a sacrificar tudo aquilo que amava. Agora Cobb tem uma chance de redenção. Uma última ofer-ta de trabalho poderá lhe devolver sua vida normal, mas para isso ele deverá encontrar o que é impossível – a ori-gem. Ao invés de executar um assalto, Cobb e sua equipe de especialistas precisam realizar o inverso; sua missão não é roubar uma idéia e sim plantar uma. Se conseguirem, este poderá ser o crime perfeito.

O brilhante ator e produtor Marco Ricca estreia na direção de filmes de longa metragem no excelente “Cabeça a Prêmio”, baseado no livro de Marçal Aquino. Ambientado na fronteira do País, o filme conta a história dos irmãos Menezes Miro (Fúlvio Stefanini) e Abílio (Otávio Muller), empresários pecuaristas do centro-oeste brasileiro que também controlam uma rede de negócios ilícitos. Miro é casado com Jussara (Ana Braga) e pai de Elaine (Alice Braga), com quem tem uma forte relação afetiva. Já Abílio, o caçula, não concorda com a condução que o irmão deu aos negócios. Ele acompanha o envolvimento da sobrinha com Dênis (Daniel Hendler), o piloto da família. A descoberta desse romance e as investidas sexuais de Abílio ao piloto mudam o cenário completamente. Na outra ponta da história estão Cássio Gabus Mendes e Eduardo Moscovis, na pele de seguranças-matadores. As atuações da du-pla resultam num incrível contraponto, que mescla o drama e a comédia, de modo muitas vezes angustiante. Um bate-bola poucas vezes visto no cinema nacional. Destaque para Via Negromonte numa performance arrebatadora, atriz pouco vista mas de extremo talento e presença cênica. Em “Cabeça a Prêmio”, as histórias se cruzam numa paisagem desoladora de fronteira, fim da linha entre o Brasil, o Paraguai e a Bolívia, terra de personagens desgarra-dos, esquecidos e que vivem suas vidas vertiginosamente. Fotografia de José Roberto Eliezer e a música de Eduardo Queiroz contribuem para o sucesso do longa.

Tentando se recuperar de um fim de namoro repentino, Jen Kornfeldt (Katherine Heigl) acredita que nunca se apaixonará novamente. Mas quando deixa de relutar e aceita se juntar a seus pais em uma viagem à Riviera Francesa, Jen acaba conhecendo o homem de seus sonhos, o charmoso e atraente Spencer Aimes (Ashton Kutcher). Três anos de-pois, seu desejo, aparentemente impossível, realiza-se: ela e Spencer são recém-casados e levam a vida ideal fora da cidade – isto é, até a manhã seguinte ao aniversário de 30 anos de Spencer, quando balas começam a voar. Acontece que Spencer nunca pensou em contar a Jen que no passado havia sido um super espião internacional e agora o perfeito mundo de Jen ficou de ponta-cabeça.

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De pais para filho

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Embora tenha a mesma estrutura emocional de Karatê Kid, de 1984, essa definitivamente não é uma refilmagem ou mesmo uma sequência. O filme conta a história de Dre Parker (Jaden Smith), um garoto de 12 anos que muda de Detroit para Pequim com sua mãe (Taraji P.Henson), uma executiva numa montadora de automóveis. Imediata-mente, Dre se apaixona pela sua colega de classe Mei Yin (Wenwen Han), mas as diferenças culturais tornam essa amizade impossível. Pior ainda, os sentimentos do menino fazem com que Cheng (Zhenwei Wang ) torne-se seu ini-migo. Na terra do Kung Fu, Dre conhece apenas um pouco de karatê e Cheng irá mostrar ao “Karatê Kid” que seus co-nhecimentos não valem nada. Dre não tem a quem recorrer exceto ao zelador do seu prédio Sr. Han (Jackie Chan), que é secretamente um mestre do kung fu. Jaden parece ter nas-cido para o personagem, seus pais Will Smith e Jada Pinkett Smith acertaram em cheio ao produzir o filme. A sequência do filme está confirmada para 2012.

O Aprendiz de FeiticeiroO Aprendiz de Feiticeiro é uma comédia romântica de aventura sobre um fei-ticeiro e seu azarado aprendiz que acaba no meio de um antigo conflito entre o Bem e o Mal. Balthazar Blake (Nicolas Cage) é um mestre feiticeiro dos dias atuais, morador de Manhattan, que tenta defender a cidade de seu arquiini-migo, Maxim Horvath (Alfredo Molina). Balthazar não é capaz de fazer isso sozinho, então ele recruta Dave Stutler (Jay Baruchel), um rapaz de aparência comum, que demonstra potenciais ocultos, como seu relutante protegido. O feiticeiro dá a seu hesitante cúmplice um curso rápido na arte e na ciência da magia e, juntos, a improvável dupla reúne seus poderes para combater os mais terríveis e cruéis vilões de todos os tempos. Será necessária toda a cora-gem que Dave consiga reunir para sobreviver ao treinamento, salvar a cidade e ficar com a garota quando ele se tornar o feiticeiro.

Após uma ação espetacular, porém fracassada, o assaltante de bancos William da Silva Lima (Daniel de Oliveira) é preso, condenado, e levado ao presídio de Ilha Grande. Na prisão encontra uma realidade que não conhecia: a dos presos políticos, encarcerados por uma brutal ditadura militar pelo “crime” de pensar diferente. É neste lugar que a explosiva mistura de presos comuns com presos políticos começa a gerar uma situação de extrema incoerência interna dentro do sistema penal: por um lado, criou-se uma relação de respeito e admiração por parte dos presos comuns à orga-nização, disciplina e companheirismo dos revolucionários de esquerda. E, por outro, culminou num incontornável clima de crescente tensão, impossível de não explodir em violên-cia. Assim nasce o Comando Vermelho.

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Charles Darwin (Paul Bettany) revolucionou toda a história da humanidade com sua extraordinária obra - A Origem das Espécies. Suas ideias chocaram a todos, mas foi dentro de sua família, em especial com sua esposa Emma (Jennifer Connely), que ele encontrou os maiores desafios à sua teoria. Darwin viveu um dilema, entre a fé e a razão, o amor e a verdade.

Criação

O que: Criação (Blu Ray).Quanto: R$89,90.Lançamento: Imagem Filme.

Hairspray

O que: Hairspray- Em Busca da Fama (Blu-Ray).Quanto: R$ 89,90.Lançamento: Play Arte.

Estamos nos anos 1960. O sonho de todo adolescente da época é aparecer no “The Corny Collins Show”, o programa de dança mais famoso da TV. Tracy Turnblad (Nikki Blonsky), uma grande garota com grande cabelo e coração maior ainda, tem só uma paixão na vida: dançar. Mesmo sem os padrões locais, ela impressiona os juízes com seu estilo e ganha espaço na atração. A garota se torna um sucesso, ameaçando a hegemonia de Amber Von Tussle (Brittany Snow). O público ama Tracy. Mas a disputa se torna pessoal mesmo quando as duas passam a lutar pelo amor do jovem Link (Zac Efron). Baseado no premiado musical da Broadway, que por sua vez é baseado no filme “Hairspray”, de John Walters.

De Repente é Amor

O que: De Repente, Califórnia (DVD).Quanto: Apenas para locação.Lançamento: Paris Filmes.

Zach (Trevor Wrihgt) abandona o sonho de estudar artes plásticas para cuidar da família desestruturada após a morte da mãe. Dividindo seu tempo entre o trabalho e o sobrinho de cinco anos, ele mal consegue se dedicar ao que mais gosta: grafitar e pegar ondas. Tudo muda quando ele reencontra Shaun (Brad Rowe), irmão de seu melhor amigo, um escritor gay de 30 e poucos anos, com quem passa a surfar. Quando a paixão transborda para além das ondas do mar, Zach descobre o desejo e terá de aprender a conciliar responsabilidade, amor e ambição. A delicada direção de Jonah Markowitz é o ponto alto nesse romance entre iguais que se tornou um clássico instantâneo.

Milo Boyd (Gerard Butler ), um caçador de recompensas que está na pior, consegue o traba-lho dos seus sonhos quando é designado a capturar sua fugitiva ex-mulher, a repórter Nicole Hurly (Jeniffer Aniston). Milo acha que vai ser moleza, mas quando Nicole escapa para seguir a pista de um assassinato encoberto, ele se dá conta de que nada é fácil entre eles. O ex-casal vive passando a perna um no outro, até que eles percebem que precisam fugir para salvar as próprias vidas.

Caçador de Recompensas

O que: Caçador de Recompensas (Blu-Ray).Quanto: R$89,90.Lançamento: Sony Home.

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Cultura . home video

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Delicada Atração

O que: Do Começo ao Fim (DVD).Quanto: Apenas para locação.Lançamento: Europa Filmes.

A médica Julieta (Julia Lemmertz) é mãe de Francisco ( João Gabriel ), fruto de seu relacionamento com o argentino Pedro (Jean-Pierre Noher). Depois da separação, ela conhece o arquiteto Alexandre (Fábio Assunção), com quem tem outro filho, Thomás (Rafael Cardoso). Como cria os meninos juntos, Julieta é a primeira a perceber que no carinho dos irmãos se desenha uma sólida paixão.

A bela adaptação de George Stevens, do livro Uma Tragédia Americana, de Theodore Drei-ser, garantiu a imortalidade para os apaixonados Montgomery Clift e Elizabeth Taylor. Clift estrela como George Eastman, um pobre jovem decidido a obter status na respeitável socie-dade e também o coração da bela socialite Angela Vickers (Elizabeth Taylor). Shelley Winters vive a operária Alice Tripp, cujo segredo ameaça as ambições profissionais e românticas de Eastman. Consumido pelo medo e pelo desejo, Eastman é fatalmente levado a um deses-perado ato de paixão, que destrói seu mundo para sempre.

Clássico dos Clássicos

O que: Um Lugar ao Sol (DVD).Quanto: R$29,90.Lançamento: Paramount Home.

Em 2003, o subtenente do exército americano Roy Miller(Matt Damon) e sua equipe são designados para achar armas de destruição em massa supostamente guardadas no deserto do Iraque. Mas, indo de um lugar cheio de armadilhas e trincheiras a outro, os homens que buscam agentes químicos mortais esbarram em uma farsa que subverte o propósito da missão. Agora Miller precisa vasculhar os serviços secreto e de inteligência escondidos em terra estrangeira para encontrar respostas que ora acabarão com um regime nocivo ora propagarão uma guerra em uma região instável. Nesse momento delicado e nesse lugar inflamável, ele descobre que a arma mais ilusória de todas é a verdade. Reencontro de Damon e Paul Greengrass após o sucesso dos dois últimos filmes da franquia Bourne.

Zona Verde

O que: Zona Verde (DVD).Quanto: Apenas para locação.Lançamento: Universal Pictures.

Em “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”, os 12 grandes deuses do Monte Olimpo vivem em pleno século XXI em uma montanha acima do famoso edifício Empire State, em Nova York. Além de vivos, continuam se apaixonando por mortais e gerando semideuses - heróis metade mortal e metade Deus. Zeus (Sean Bean) suspeita que Percy Jackson (Logan Lerman), filho adolescente de Poseidon (Kevin McKidd), roubou o raio, a arma mais poderosa do universo. Para provar sua ino-cência e impedir uma guerra devastadora entre os deuses, o herói tentará encontrar o verdadeiro ladrão, mas no caminho enfrentará inimigos e terá de salvar sua mãe Sally Jackson (Catherine Keener) das garras mortais do Deus do Submundo, Hades (Steve Coogan).

Semideus

O que: Percy Jackson e o Ladrão de Raios (Blu-Ray).Quanto: R$ 79,90. Lançamento: Fox Home.

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Cultura . artes visuaisMandalas: entre poética e mística

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Por Mauro Júlio Amorim

Simbolizando o centro do mundo e identificada com o ano nas

sociedades primitivas, a manda-la (palavra sânscrita que quer dizer círculo, circunferência) tornou-se, logo depois, sím-bolo da santidade e eternida-de dos templos, aparecendo claramente nos santuários de todas as épocas e civilizações, querendo significar que o pla-no arquitetônico do templo é obra dos deuses e se encontra no centro da circunferência, muito perto deles, sendo, portanto, um lu-gar sagrado, livre de toda a corrupção terrestre.

Como símbolo do centro do mundo, a mandala dá forma não apenas às cidades, aos templos e aos palá-cios reais, mas também à mais modesta habitação huma-na. Nas populações primitivas, a edificação das moradas tem início num poste central, espraiando-se a partir dali, colocando os moradores em contato com os três níveis da existência: o inferior, o médio e o superior. Assim, a man-dala pode representar para o homem não só o seu abrigo interior, como permite igualmente o seu reencontro com Deus.

Nas artes plásticas, a mandala apresenta sempre uma grande profusão de cores e formas, conduzindo e ajudan-

do na concentração para atingir outros níveis de contemplação. Por isso,

sua elaboração é uma forma de meditação constante; um pro-cesso lento, com movimentos meticulosos, que se repetem e conduzem essa meditação a um ponto central, permitindo a imaginação de uma deta-lhada estrutura tridimensional e – por que não? – espiritual.

Após ter incursionado por diversas formas de arte, movido

por uma inquietação constante que se manifestou desde cedo no dese-

nho e prosseguiu na propaganda, Geor-ge Alberto Peixoto é um artista altamente

criativo, cujo mundo interior, rico de formas e cores, parece estar conduzindo-o, lenta e gradativamente, para uma estrada que leva a um universo mais interiorizado e, portanto, exatamente mais espiritualizado.

Suas mandalas, embora não tendo a conotação mística e religiosa das rosáceas dos templos góticos, estão plenas de vida em suas mais variadas manifestações, desde a ale-gria pura e simples do apenas viver, até as visões interiores que o ser humano pode ter, em busca de respostas para as inquietações diante do mundo. De modo contínuo e per-pétuo, talvez elas sugiram a procura de explicações para os porquês da vida.

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Cultura . artes visuais

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As impressões de Alechinsky

Aquarelas inusitadas

Serviço:O que: Alechinsky - 40 anos de colaboração com Peter BramsenOnde: Instituto Tomie OhtakeAv. Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés, 88) Pinheiros. São Paulo /SPQuando: Até 7 de set, ter-dom, das 11h às 20h.Quanto: entrada franca

Serviço:O que: Exposição de trabalhos de Sergio AllevatoOnde: Galeria Artur FidalgoRua Siqueira Campos 143, ljs 147 a 150, 2° Piso, Copacabana, Rio de Janeiro-RJQuando: Até 4 de setembro. Segunda a sexta, 10-19h; sábado, 10-14hContato: [email protected]

Parte da extensa obra em gravura de Pierre Alechinsky pode ser vista nesta exposição que reúne 100 litografias pertencentes ao Atelier Clot (Paris,

França), de Peter Bramsen, também impressor e parceiro do artista belga há 40 anos. As obras reunidas pelos curadores Christian Bramsen e Valère Bertrand percorrem cinco décadas (1963 a 2002) da produção de Alechinsky desenvolvida em gravura a partir de 1948.

Pierre Alechinsky (Bruxelas, 1927), ao lado de nomes como Karel Appel, Asger Jorn, Constant, entre outros, fez parte do Grupo Cobra (1949-1951). O movimento rejeitava o abstracionismo da pintura europeia do pós-guerra ao considerá-la sem vida, e trazia o inconsciente com questão central. As-sim como a dos outros integrantes do grupo, sua obra notabilizou-se pela livre expressão, utilização de cores fortes e contrastantes, com pinceladas acentuadas e grossas, resultando em trabalhos plenos de movimento e vi-talidade. Particularmente, Alechinsky, ao mesmo tempo em que fazia parte dos chamados inconscientes, trazia em sua obra algo de construtivo, sem ser geométrica, e curiosamente, até hoje, apresenta uma narrativa que remete a histórias em quadrinhos.

Quando o Grupo Cobra se dissolveu, Alechinsky mudou-se para Paris, mas em 1955 passa uma temporada no Japão para estudar caligrafia, quando fez seu conhecido filme “Caligrafia Japonesa”. A partir de então o artista am-plia seu interesse pelos métodos de impressão, daí a gravura se tornar parte representativa de sua produção.

À primeira vista, as aquarelas de Sergio Allevato pare-cem retratar a flora, como a tradicional arte botânica

de Margaret Mee. Examinando melhor, porém, o obser-vador descobre, mimetizado em partes da anatomia das plantas, personagens da Disney, da Hanna Barbera e ou-tros que povoam o imaginário infantil.

Na série “Atlas Botânico”, os personagens caracterís-ticos de um lugar – Mortadelo, Espanha; Mickey, Estados Unidos; Ligeirinho, México, etc – aparecem em uma plan-ta endêmica daquele lugar. O jogo proposto pelo artista é assim estendido a uma ampla pesquisa da botânica e da nacionalidade ou afinidade territorial dos personagens de desenhos animados e HQs. Na série “Rio de Janeiro”, os pistilos de uma bromélia nativa da região, a Alcantarea imperialis, tornam-se o Zé Carioca, sua namorada Rosinha

e os sobrinhos.A mistura inesperada de campos díspares deixa o obser-

vador desconfiado, como quem está diante de um trabalho malicioso, em que as coisas – a infância, a natureza, a cul-tura –, não são o que parecem. A imagem tem um sorriso irônico no canto dos lábios. Além das aquarelas, o artista realizará uma obra diretamente na parede da galeria.

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Cultura . literatura

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Com seu humor melancólico e, ao mesmo tempo, brutal em sua franqueza, o quadrinhista Chester Brown retrata aqui a história de sua adolescência e seu secreto “romance” com a revista Playboy. Uma história de amor, de culpa e de ódio por uma revista.Seu desenho delicado, enganadoramente ingênuo, e a sutil ousadia do projeto gráfico de suas páginas conseguem, como apenas os mestres conseguiram, retratar o silêncio. Chester Brown usa o nanquim preto como músicos usam o silêncio. Se suas páginas têm pouco quadrinhos - dois ou três -, cada centímetro delas ajuda a contar a história. E faz com que tenhamos a certeza que tal história só poderia mesmo ser contada na forma de quadrinhos.

A Playboy

Autor: Chester Brown.Quanto: R$25,00.Editora: Conrad.Páginas: 184.

Entre 1974 e 1985, sete casais foram assassinados enquanto mantinham relações sexuais dentro de carros nos arredores de Florença, Itália. O caso se tornou a mais longa e mais cara investigação criminal do país. Cerca de 100 mil homens foram investigados e mais de uma dúzia presos, muitos dos quais tiveram de ser libertados quando o Monstro atacou novamente. Neste livro, o consagrado autor Douglas Preston – o mes-mo de Lincon Child e Cemetery Dance – se junta ao jornalista policial Mario Spezi para contar uma das mais extraordinárias histórias de crime e investigação que o mundo já ouviu.

O Monstro de Florença

Autor: Douglas Preston e Mario SpeziQuanto: R$ 54,90Editora: Larousse do BrasilPáginas: 358

No romance de Natalia Ginzburg, as personagens seguem um percurso errático e melancólico. São ao todo 42 capítulos, quase todos constituídos de cartas, alguns diálogos e pequenos trechos narrativos. A maioria das cartas é dirigida a Michele, um jovem protagonista que quase não aparece na história. O pouco que sabemos de sua vida vai sendo revelado de viés, contado em tom casual nas cartas que lhe enviam a mãe, a irmã e alguns amigos. A história se passa em Roma, em fins de 1970 e em 1971, quando há um repique fascista na Itália, com uma tentativa de golpe militar.

Caro Michele

Autor: Natalia Ginzburg.Quanto: R$ 49,00.Editora: Cosac Naify.Páginas: 192.

Este livro tem uma importância singular para entender a trajetória literária de Clarice Lispector e, mesmo, apontar novas leituras sobre a sua biografia. Organizado pela professora Teresa Montero, autora da biografia Eu sou uma pergunta (Rocco, 1998), o livro traz 120 cartas inéditas escritas por Clarice Lispector para as irmãs, Tania Kaufmann e Elisa Lispector, entre 1940 e 1957. Enquanto relata suas impressões sobre as 31 cidades por onde passa, as novidades da literatura, da música, do cinema e do teatro, a descrição do seu processo criativo, suas angústias acerca da publicação e repercussão de seus livros, a escritora mostra a história do amor e da ternura entre ela e suas irmãs, onde a vida privada é pontuada por momentos importantes da história política da Europa e dos Estados Unidos.

Minha Queridas

Autor: Clarice Lispector.Quanto: R$ 39,00.Editora: Rocco.Páginas: 328.

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Desembarque

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Mais informações:Prefeitura Municipal: www.valenca.ba.gov.br

Valença | BahiaSegredos da Costa do Dendê

Ilha de Anhatomirim.

Cidade colonial da segunda metade do século 18, Va-lença detém um valioso patrimônio arquitetônico e

cultural, presente nas calçadas com pedras irregulares, nas igrejas que guardam imagens dos séculos 18 e 19, nos sobrados coloniais. Maior município da região cha-mada de “Costa do Dendê”, que vai de Cairu até seu território, Valença foi a primeira cidade brasileira a rece-ber uma tecelagem movida a energia hidráulica - cujas ruínas podem ser visitadas às margens do Rio Una.

Economicamente importante para a região durante o passado, o local preserva construções dos séculos XVIII e XIX no seu centro. A maioria ainda abriga órgãos pú-blicos e pode ser visitada por dentro. Não deixe de ver o prédio da Câmara de Vereadores, a antiga residência do Comendador Madureira e as igrejas Nossa Senhora do Amparo e Matriz do Sagrado Coração de Jesus, redu-to de imagens sacras dos séculos XVIII e XIX.

Situada a 133 km de Salvador, Valença se destaca ainda pelo seu patrimônio natural, que inclui o rio Una e seu manguezal e duas praias, com 15km de extensão: a de Guaibim – uma das mais procuradas do Estado, situada a 18km do Centro; e a da Ponta do Curral –

cercada por fazendas de coco. Ambas são consideradas boas para a prática de surfe.

Outras atrações são a cachoeira do Candengo, com suas quatro quedas d’água de cerca de cinco metros. A Área de Proteção do Candengo abriga ainda espécies variadas de aves e animais, além das ruínas da primeira hidrelétrica da Bahia, datada de 1908. A Serra do Abiá, o ponto mais alto do município, com cerca de 900 m de altura, é ótima para a prática de vôo livre.

Valença é muito visitada também por ser o principal acesso à Ilha de Tinharé, turisticamente famosa pelo povoado de Morro de São Paulo. O visitante pode alu-gar escunas para passeios pelo arquipélago, até o Mor-ro de São Paulo e Boipeba, no grande centro artesanal de construção naval localizado às margens do rio Una. O município destaca-se ainda por ser o principal produ-tor de mariscos da Bahia.

Centro histórico abriga patrimônio arquitetônico e cultural importante.

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A Igreja da Boa Morte sedia o Museu de Arte Sacra da Boa Morte.

Abaixo: Vista aérea do litoral de Valença.Abaixo, à direita: Roda de capoeira, foz do rio Una e barcos de pesca locais.

Cidade possui duas praias, com 15km de extensão: a de Guaibim e a da Ponta do Curral.

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DesembarqueTerra de imigrantes

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Blumenau | Santa Catarina

Uma cidade catarinense de 300 mil habitantes que funde toda a magia

das tradições europeias com a hospita-lidade e a alegria brasileiras. Colonizada por imigrantes alemães, Blumenau man-teve os traços e a cultura dos antepassa-dos no trabalho, na vida social, na arqui-tetura, nas artes e gastronomia.

O município possui casas antigas com arquitetura de influência germânica. Em uma caminhada de cerca de 2,5 km pelo centro, você pode conhecer locais históri-cos e turísticos, como a ponte da estrada de ferro, o antigo paço municipal, o mau-soléu Dr. Blumenau.

Um dos costumes trazidos da Europa foi a fabricação de cerveja. Na Blumenau antiga, mais de 20 cervejarias artesanais respondiam pela produção caseira, abas-tecendo eventos como bailes e festas familiares. Vale conhecer o Biergarten - Jardim da Cerveja, construção em es-tilo enxaimel, situada às margens do Rio Itajaí-Açu. Inaugurada em 1986, abriga cervejaria própria e o Museu da Cerveja.

Quem visita Blumenau, não pode dei-xar de conhecer também o distrito de Vila Itoupava, situada a 25 km do centro. Trata-se do mais típico recanto alemão da cidade, onde seus cerca de sete mil moradores ainda preservam os aspectos culturais mais autênticos da colonização.

No distrito, noventa por cento da po-pulação domina e fala corriqueiramente o idioma alemão. Os trajes típicos ainda fazem parte do cotidiano da cidade. As casas preservam o estilo enxaimel típico, com floreiras na janelas, jardins e gra-mados bem cuidados. No local o turista encontra também comidas e bebidas tradicionais, como deliciosos licores de fabricação caseira.

Várias casas de famílias de imigrantes foram transformadas em atrações turísti-cas. Entre elas, a antiga casa da Família Hinsching, construída em 1916, que nos primeiros anos funcionou como hotel e restaurante. Atualmente, o imóvel per-tence à Haco Etiquetas. Já a Cervejaria Feldmann, fundada em 1898, atualmen-te é patrimônio da Fundação Cultural de

Oktoberfest elege anualmente a rainha e as princesas da festa.

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Mais informações: Prefeitura Municipal: www.blumenau.sc.gov.brBlumenau Convention & Visitors Bureau: www.blumenau.com.br/turismo

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Parque das Nascentes.

Blumenau, sendo utilizado como Centro Cultural da Vila Itoupava.

Desenhada pelo leito do Rio Itajaí Açu, Blumenau é rodeada por muito verde e pelo colorido das flores de seus jardins. O Parque Municipal das Nascentes (Rua Santa Maria, s/n° - Nova Rússia. Tel.: 47 3335-1863) possui 364 espécies de animais e mais de 360 de árvores. Já Parque Spitzkopf (rua Bruno Schreiber, 3777, acesso pela R. Amazonas, Progresso. Tel.: 47 3336-5422), possui uma área de 500 hectares de Mata Atlântica, com nascentes, cascatas e piscina natural.

Em outubro, é realizada a Oktoberfest, segunda maior festa da cerveja do mundo, com muita música, alegria, comida típica, chopp e cerveja.

Casa com arquitetura típica.

Ruas ficam tomadas durante a Oktoberfest.

Muitos prédios da cidade possuem influência da arquitetura alemã.

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DesembarqueNo reino das águas

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Foz do Iguaçu | Paraná

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Localizada no extremo Oeste do Estado do Paraná, na fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina, Foz do

Iguaçu faz parte de um dos maiores pólos de turismo cultural da América do Sul. A cidade abriga as cataratas do Iguassu, uma das maravilhas naturais do planeta, com 275 cachoeiras com altura média de 60m. Apropriada-mente, a palavra Iguaçu significa “água grande”, na eti-mologia tupi-guarani.

Todos os anos, milhares de turistas brasileiros e es-trangeiros visitam essa que é uma das principais atrações turísticas do País. A maior atração é a Garganta do Diabo, que fica do lado argentino. É possível fazer um passeio de barco pelas corredeiras das Cataratas no emocionante Macuco Safári.

Mas Foz do Iguaçu oferece outras atrações, como o Parque Nacional do Iguassu, uma das mais belas reservas ecológicas do mundo, com 225 mil hectares e reconheci-do pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanida-de. Além de abrigar as Cataratas, conserva área de Mata Atlântica com grande diversidade de flora e fauna. Lá vi-vem cerca de 350 espécies de aves, 250 de borboletas e 50 de mamíferos - algumas das quais ameaçadas de ex-

tinção, como a onça-pintada e o papagaio-de-peito-roxo.O Parque pode ser explorado por meio de trilhas na

mata e por passeios de caiaque e barco. Conta também com um Centro de Visitantes, ônibus elétrico e o Porto das Canoas, um espaço com lojas de suvenires e restau-rante panorâmico.

Outro passeio interessante é a visita à Usina Hidrelétri-ca de Itaipu – a maior do mundo em sua categoria – para conhecer sua gigantesca dimensão. Há também o Parque das Aves, onde viveiros abrigam centenas de exemplares de numerosas espécies dos cinco continentes.

As atrações e boa parte dos hotéis ficam na Avenida das Cataratas, que liga a cidade de Foz do Iguassu ao Parque. Assim como os hotéis, os restaurantes estão es-palhados por toda a cidade, prontos para atender a todos os gostos.

Do outro lado do rio, na cidade paraguaia de Ciudad del Leste - que faz divisa com Foz -, podem-se comprar artigos importados com isenção de taxas até os valores determinados pela Receita Federal brasileira. Basta cruzar a Ponte da Amizade, que possibilita o acesso rodoviário direto a Assunción, pela Ruta 01 no Paraguai.

Arvorismo é um dos esportes de aventura praticados na região. Vale visitar a Usina Hidrelétrica de Itaipu.

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Mais informações: Prefeitura Municipal: www.fozdoiguacu.pr.gov.brSetur: 0800-45-1516

Acima: Passeio de barco pelas corredeiras das Cataratas, que também podem ser vistas de cima (à direita).Abaixo, à direita: Quatis passeiam entre turistas no parque.Mais abaixo: Artesanato indígena.

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Gastronomia

Serviço:Terrasse (120 lugares)Rua Professor Atílio Innocenti, 101, Itaim BibiTel.: 11 3078-1413

Horário de funcionamento: Almoço: segunda a sexta, 12h às 15h; sábado, 12h às 16h.Jantar: terça, 19h à 0h; quarta a sábado, 19h à 1h. Domingo, sem intervalo, 12h às 23h.

Cartões de crédito e débito: Visa, Mastercard, American Express, Sodexo, Visa Vale, Redeshop, VR.Estacionamento: Almoço R$ 12,00; Jantar R$ 15,00Acesso wireless à internet.Acesso a deficientes físicos.

Sabor Mediterrâneo

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Um pedaço do mediterrâneo em São Paulo — esta é uma das propostas do restaurante Terrasse, empre-

endimento de Michel Saad e Marcelo Carvalho, que pro-mete ser o novo hot spot do Itaim. O cardápio elaborado pela chef Vanessa Tréfois, que morou dez anos na Europa e trabalhou com chefs como Andoni Luis Andruiz, Reine Sammut e Ferran Adria, traz receitas típicas da gastrono-mia mediterrânea.

A decoração, que apresenta madeira de demolição, la-drilhos hidráulicos na cor azul e paredes brancas caiadas, remete à região. O nome Terrasse é uma referência ao charmoso terraço no segundo andar da casa. No espa-ço, os sócios prometem sintonia entre serviço, ambiente e boa cozinha. “Trabalhei muito na região mediterrânea e aprecio a culinária local por ser saudável, saborosa e leve. Quando elaborei o cardápio pensei em opções que não levassem muitos ingredientes para valorizar o sabor de cada um”, revela a chef.

Paninis e tapas criados por Vanessa são o destaque do cardápio. O menu lista receitas como a tapa Terrasse Pate de Foie, feita com mel trufado, queijo brie e cebola caramelizada. Outros pratos levam o nome de cidades e lugares. Um exemplo é o panini Club 55, que empresta o título do famoso restaurante de St. Tropez. A receita leva salmão defumado, cream cheese, dill, e os pães de miga e miga integral.

A casa abrirá todos os dias para almoço, das 12h às 15h, com um cardápio que não se repete. A chef vai propor um bufê de saladas e mais três opções de pratos diariamente.

Instalada em um dos bairros mais badalados de São Pau-lo, casa exibe o melhor da gastronomia mediterrânea.

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VinhosO teor alcoólico do vinho Edson Ubaldo*

* Desembargador do TJSCAutor de “Vinho Um Presente dos Deuses”

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também é meia mentira – porquanto os mais reputados vinhos do mundo sempre estiveram entre 12 e 13º GL.

A novidade foi saudada pela mídia e por alguns críticos como verdadeira revolução e os vinhos dessa faixa foram cantados em prosa e verso, como se o valor da bebida fosse diretamente proporcional ao teor alcoólico.

Servir tais vinhos virou sinônimo de conhecimento, de elegância e de bom gosto. A moda pegou e até mesmo os tradicionais produtores europeus de 12º se viram for-çados a subir o teor alcoólico de seus vinhos para seguir a nova tendência. Os resultados, no mais das vezes, foram desastrosos, pois a elevação do teor tirava do vinho sua real identidade, em muitos casos formada há séculos. Mas não levou muito tempo para os consumidores descobrirem o óbvio: vinhos com mais de 13º, por melhores que sejam, não servem para o happy hour, mas para acompanhar car-nes e pratos condimentados. É verdade que esses vinhos são longevos e podem melhorar muito com a idade, em geral a partir do quinto ano, desde que seus demais com-ponentes estejam em sintonia com o álcool, uma vez que este, por si só, não é garantia de qualidade . Como os apre-ciadores gostam de compartir uma garrafa com os amigos fora das refeições, os menos alcoólicos, ou seja, de 13º para baixo, estão voltando a ser os favoritos.

Uma singela experiência comprovará o que afirmamos: abra uma garrafa de 14º ou mais e beba duas taças com alguns tira-gostos; no dia seguinte, no mesmo horário e com os mesmos aperitivos, beba igual quantidade de um vinho com 11 º ou 12º e então compare os resultados. Convém lembrar que acima de 12º os efeitos do álcool se intensificam de forma geométrica.

De toda sorte, o gosto é algo personalíssimo. Cada um deve beber o vinho que lhe dá maior prazer, pouco im-portando se o teor alcoólico é mais alto ou mais baixo. As observações aqui feitas correspondem aos padrões médios estabelecidos e seguidos por produtores e consumidores ao longo da história do vinho. Tais padrões, em última aná-lise, ajustam-se ao princípio assentado pelos romanos há vários séculos: in medio virtus.

O que faz a principal diferença entre o suco da uva e o vinho é justamente o álcool. O líquido proveniente dos

grãos, chamado de mosto, quando não fermentado é um suco como o de qualquer outra fruta. Conserva os açúcares em estado natural e contém todos os demais elementos próprios da uva. Submetido à fermentação, o mosto se torna vinho. O objetivo deste processo é a obtenção de álcool, por meio da ação das leveduras - micro-organismos contidos nas cascas ou produzidos em laboratório. Os açú-cares contidos no mosto são fermentecíveis por via direta. Atacados pelas leveduras, transformam-se em álcool e gás carbônico, fazendo com que a cada hora o líquido se torne menos doce e mais alcoólico. Por isso esta primeira fase leva o nome de fermentação alcoólica, também conhecida como tumultuosa, pois o gás carbônico produz um ruído característico ao escapar pela superfície do recipiente, dan-do a impressão de que o mosto está fervendo.

O álcool é o elemento que mantém o vinho sadio e lhe dá longevidade. O vinho dos gregos da antiguidade não atingia uma quantidade de álcool suficiente para mantê-lo íntegro por muito tempo. Na tentativa de conservá-lo por períodos mais longos, pelo menos até a safra seguinte, adicionavam-se elementos estranhos, como mel, azei-te, breu e resina de pinheiro. Essa prática o transformava numa bebida espessa, adocicada, licorosa, que precisava ser diluída em água antes de ser servida. Os romanos su-peraram essas técnicas rudimentares e criaram métodos avançados para a época. Seus barris de madeira, substi-tuindo as ânforas de barro, foram precursores dos atuais e suas garrafas de vidro não estavam muito distantes das que hoje conhecemos. Por isso seus vinhos tinham maior graduação alcoólica, ainda que não muito alta, eram me-lhores e se conservavam por mais tempo sem adição de elementos extravagantes.

A partir da Idade Média, sobretudo com o trabalho de-senvolvido pelos monges, o teor alcoólico subiu, proporcio-nando longevidade ao vinho. A média oscilava entre 7% e 10%, algumas vezes subindo para 11% ou 12%. Este último patamar tornou-se o padrão dos grandes vinhos a partir do século XIX. Garrafas da Bourgogne e do Bordeaux, com esta graduação, abertas mais de cem anos depois, ain-da apresentavam potabilidade. No último quarto do século XX, chilenos e argentinos passaram a produzir e exportar vinhos com teor alcoólico cada vez mais elevado. A seleção das variedades, a altitude, a falta de chuvas e a intensidade solar propiciam uma excepcional concentração de açúca-res. Desdobrados pela fermentação, a produção de álcool chega a 14º, 15º, e em alguns vinhos já ultrapassam 16º GL ! Que fazer, então ? Ora, convencer os consumidores de que quanto maior o teor alcoólico, melhor será o vinho. Isso não passa de meia verdade – e sendo meia verdade

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VelocidadeRetrô moderninho Citröen DS3

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Baseada na linha DS, de 1960, e no hatch C3, a Citroen criou o DS3, que agora chega ao Brasil. O

modelo traz um design “clean” e formas fluidas mis-turada com linhas angulares, além de interior mais espaçoso e ergonômico que dos concorrentes. O DS3 segue a linha de compactos importados com desenho inusitado, interior descolado e preços de carros mé-dios e grandes, como o Mini Cooper e Fiat 500.

Destaque para seu motor a gasolina de 1.6 litro, que desenvolve 150 cv, auxiliada por um turbocom-pressor. O modelo acelera facilmente até os 150 km/h. As relações da transmissão parecem ter sido projetadas para explorar cada cavalo de potência do

motor. O consumo médio na cidade foi de 8,4 km/l.O DS3 se destaca por suas 38 combinações de co-

res na lataria, 12 modelos diferentes de rodas, três níveis de equipamento – Chic, So Chic e Sport Chic.

Por aqui ele será adaptado para utilizar nossa ga-solina, e tudo indica que será apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo, e para 2011 também trará modelos off-road com motor turbo de 1.6l com 200cv, desenvolvido a partir do propulsor PSA, e uso de peças específicas de competição. Valores ainda não foram divulgados, mas o preço deve ser algo em torno de R$ 60 mil.

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FotografiaOlhar mecânico, status de arte

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Por Ana Marta Moreira Flores

1O mês de agosto dedica uma data espe-cial para a fotografia. O dia 19 de agos-

to parece vir a calhar com a popularização das máquinas fotográficas digitais, compro-vando que uma imagem, vale sim, mais que mil palavras.

Porém saber manipular uma máquina fotográfica não faz de ninguém um fotó-grafo profissional. “Registrar momentos pessoais e alegres é o meu objetivo com as minhas fotos. Tenho consciência que não são obras de arte, mas adoro experimen-tar”, comenta a estudante de administra-ção Renata Passos.

A fotografia é uma das mais democrá-ticas formas de expressão. Através dela é possível comunicar sobre qualquer assunto. Assim é também a variedade de especia-lidades dos fotógrafos: paisagens, moda, animais, celebridades, comportamento. Tudo.

O fotógrafo de moda Scott Schuman se especializou em fotografar looks no meio da rua. Em 2005, ele se afastou da carrei-ra para cuidar da filha pequena. Durante os passeios no parque com a filhinha, ele levava também sua câmera fotográfica; quase sem perceber, tinha vários looks de estranhos na mão. Daí para publicá-los em um site na internet, foi rápido. Em 2009, o blog The Sartorialist virou livro, publicado pela editora Penguin.

No Brasil, um dos nomes mais im-portantes na fotografia de moda foi Otto Stupakoff. Em mais de 50 anos de carrei-ra, Otto foi reconhecido com respeitadas premiações, como o DuPont Award, além de ser homenageado durante a São Paulo Fashion Week, em 2007. Foi o único bra-sileiro no Vogue Book of Fashion Photogra-phy, publicação que aponta os profissionais mais importantes da fotografia de moda.

A fotografia pode ser chegar ao status de obra de arte e de ícones de um período. Um fotógrafo que definiu um período no Afeganistão é Steve McCurry. A foto da me-nina afegã, que foi capa da revista Natio-nal Geographic, em 1985, girou o mundo. Segundo McCurry, em entrevista concedida a Geneton Moraes Neto, seu maior prazer é viajar com uma câmera e buscar expe-

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1) Menina Afegã - Steve Mcurry - Afeganistão, 1984.2) Série de fotos feitas na Índia - Steve Mcurry, 1983.3) Trabalhadores saindo da mina de carvão - Sebastião Salgado - Índia , 1989.4) Retrato - McCurry - Bamiyan, Afeganistão, 2007.5) Domingo às margens do Rio Marne - Henri Cartier-Bresson - França, 1938.

riência autênticas de pessoas comuns e olhares diferentes. Outro fotógrafo que encontra beleza nas mazelas do mundo é o brasileiro Sebastião Salgado. Trabalhando exclusivamente com fotos em preto e branco, o fotógrafo formado em eco-nomia tem mais de 35 anos de carreira e reco-nhecimento mundial.

Quem estiver na capital paulista até o fim do mês, pode conferir a exposição “Dez Anos do Clube da Fotografia”, que retorna ao MAM, sob curadoria de Eder Chidetto. Até o dia 22, vale a pena visitar a exposição no SESC Pinheiros, com a exposição de fotografias da National Geogra-phic clicadas por como Paolo Pellegrin, John Stan-meyer e Lynn Johnson.

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ComportamentoSolteiros S/A Por Ana Marta Moreira Flores

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Dia das mães, dos pais, das crianças. Dia da mulher, do homem e dos namorados. Depois de todas essas ho-

menagens, também os solteiros, que têm aumentado de número nas últimas décadas, ganharam um dia só para eles: 15 de agosto. De acordo com uma pesquisa reali-zada pelo Provar - Programa de Administração no Varejo, realizado este ano em oito capitais brasileiras, 10% do to-tal de habitantes das cidades pesquisadas são solteiros. O segmento dos consumidores que moram sozinhos cresceu 5,13% por ano, no mesmo período, o que representa um grande crescimento deste público no País.

Há menos de meio século não ser casado era uma con-dição quase vergonhosa. Com a mudança nos padrões sociais, no mercado de trabalho e a redução das diferenças entre homens e mulheres, ser solteiro vem sendo uma opção bem prática.

Praticidade, a propósito, é a palavra de ordem quando se está entre solteiros. A demanda de trabalho em ritmo acelerado afeta mais ainda a rotina de quem mora sozinho. Com isso, não há tempo – ou experiência – para cozinhar, organizar a casa, fazer as compras. Observando esse cená-rio, a indústria logo investiu em opções rápidas e exclusivas para solteiros. Exemplos disso são empresas que facilitam a vida de quem tem uma rotina intensa e é solteiro, como os serviços de Home Organizer, que fazem compras no supermercado, levam o cachorro para passear, limpam e organizam a casa.

Além disso, produtos alimentícios aparecem em opções

menores, visando este público. O mercado de congelados e comidas prontas é destaque: pizzas vendidas por fatias, hambúrgueres individuais e caixas pequenas de cereais são resposta do mercado ao aumento da procura de pro-dutos que não estraguem quando o consumo é para ape-nas uma pessoa. Além disso, embalagens de meio litro de leite e os famosos macarrões instantâneos – que vêm em copos descartáveis e não deixam louça suja – são os preferido da ‘categoria’.

Porém, a geração solteira é também geração saúde e consciente dos impactos que a produção de embalagens menores gasta mais energia e produz mais lixo. O aumen-to do consumo de produtos orgânicos também é reflexo do público solteiro. Lojas e empresas especializadas em frutas e verduras orgânicas criam kits com quantidades menores de produtos selecionados e prontos para consumir, com a regalia de entrega em casa, focado para o público solteiro.

O mercado de livros também lucra com os rendimentos de quem não é casado. Anualmente dezenas de livros são lançadas tratando da temática dos solteiros; ou para quem não quer ficar solteiro. Para eles, o “Guia do Solteiro - Como Fazer de Sua Casa um Confortável Chiqueiro” (Conrad Edi-tora), de P.J. O’Rourke, e para elas “Solteira – O Insuperável Fascínio da Mulher Livre” (Editora Ediouro), de Patrizia Guc-ci, são oráculos para quem procura ajuda.

Liberdade, um pouco de mordomia e uma vida de eter-no aprendizado parecem ser os desejos dos solteiros. E dos casados também.

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Nas alturas com Christian Louboutin Por Ana Marta Moreira Flores

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O nome do designer francês Christian Louboutin virou sinônimo de sapato e de desejo. A marca registrada da grife é o solado

vermelho que desde 1992 deixa evidente a assinatura do designer em todos os modelos. Louboutin conta que suas maiores influências foram as dançarinas de cabaré, que, mesmo nuas, jamais tiravam os sapatos. A influência segue até hoje, especialmente nas últimas temporadas, em que os saltos altíssimos e a meia pata conquista-ram celebridades, it girls e o mundo da moda.

A última coleção lançada mundialmente trouxe saltos democrá-ticos: agulha, plataforma e meia-pata. Ainda teve espaço para raras sapatilhas e tênis masculinos. A cartela de cores vem no duo preto e branco, contrastes ultracoloridos e muitas tachas, que prometem ser o hit do inverno 2010.

As tachas – que usualmente dão cara de rock aos looks – traçam um curioso ar de sofisticação e fetiche. Com mo-delos pontiagudos e prateados, as tachinhas aparecem em toda a coleção, inclusive nos modelos masculinos. Alguns modelos brincam com transparências, vazados, laços, mo-delos peep toe, botas e tamancos pesados.

O sucesso do designer de sapatos de luxo é tanto que muitos stylists dizem que o pódio está empatado com Jimmy Choo e Manolo Blanik, ícones de sapato de luxo. Com o aniversário de 50 anos da boneca Barbie, Louboutin criou sapatinhos especiais para a loirinha de plástico. Esta não é a pri-meira vez que Christian Louboutin cria para a Barbie. Os sapatos do desfile comemorativo de 50 anos da Barbie, que aconteceu durante a New York Fashion Week de outono/inverno deste ano, eram todos assinados por ele.

No cinema, com a sequência do filme Sex and the City, os sapatos altíssimos e a nova co-leção estão nas telonas, em especial nos pés da personagem Carrie Bradshaw.

O fato é que os saltos e os preços de cal-çados e bolsas da marca estão sempre nas alturas. A média de preço de um par de sapatos gira em torno de R$1 mil e a única loja da marca está localizada em São Paulo, no shopping Iguatemi. Além disso, os sapatos com 12 cm ou mais são feitos para quem anda pouquíssimo, ou como se costuma chamar: sapatos-de-tapete-ver-melho. Para a vida “real”, a dica é investir

nas sapatilhas que garantem o conforto e deixar os saltões para festas.

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EstiloO estilo iluminado de Jack Nicholson

Por Ana Marta Moreira Flores Foto

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O norte-americano nascido em New Jersey é dono de um talento único. Bem, isso você já sabe. Agora você confe-

re um pouco mais da carreira, das personagens psicologica-mente atípicas e do estilo único do ator.

Jack Nicholson é John Joseph Nicholson, ator que iniciou seu caminho nas telas de cinema em 1958, com o thril-ler “The Cry Baby Killer”. Uma seleção generosa de títulos em sua carreira passa por “O corvo” (The Raven -1963), “A vingança de um pistoleiro” (Ride in the whirlwind - 1965), “Busca Alucinada” (Psych-Out - 1968), “Sem Destino” (Easy Rider – 1969), “Chinatown” (1974), “Profissão: Repórter” (Profession: repórter - 1975) e “Um Estranho no Ninho” (One Flew Over the Cuckoo’s Nest – 1975).

A década de 1980 iniciou com um dos filmes mais icôni-cos de Jack Nicholson: “O Iluminado” (The Shining – 1980). Baseado em um livro do Stephen King e dirigido por Stanley Kubrick, Nicholson interpreta Jack Torrance, um homem con-tratado para trabalhar como vigia em um hotel no Colorado. O isolamento no hotel às moscas em um rigoroso inverno começa a influenciar seu comportamento, passando a ser agressivo e descontrolado.

Jack também emprestou seu sorriso para Coringa, o vi-

lão mais sorridente da história dos quadrinhos e do cinema, na adaptação de Batman dirigida por Tim Burton, em 1989. Com “Melhor é Impossível” (As Good as it Gets - 1997), Ni-cholson eleva ao nível da maestria a interpretação da neuro-se do escritor Melvin Udall, com transtorno obsessivo com-pulsivo – TOC. Ao mesmo tempo ele conquista o público com um dom especial.

Nas últimas décadas, o cardápio cinematográfico passeia dos dramas psicológicos às comédias, comprovando o es-tilo ‘camaleão’ do ator. O interesse em filmes com tramas mais leves surgiu a partir de 2001, já que, segundo o ator, “os Estados Unidos estavam precisando de motivos para sor-rir”, em especial depois dos ataques terroristas de setembro daquele ano. Com quarenta anos de carreira e mais de 60 produções cinematográficas, Nicholson acumula três Oscar e seis Globos de Ouro.

Independente do papel que represente, o carisma é sem-pre marca registrada do ator. Loucos, mafiosos, neuróticos ou senhores aposentados, a persona de Jack sempre emi-te uma luz especial. Dono de sobrancelhas marcantes, Ni-cholson também tem, além do sorriso, alguns itens que são protagonistas em seu guarda-roupa, dentro e fora das telas.

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chapéu: modelo fedora Indiana Jones.isqueiro: modelo clássico Zippo

Os óculos escuros são acessórios sempre vistos, mesmo à noite. O modelo wayfarer, da Ray-Ban, está entre os preferi-dos em monentos de lazer, como nos jogos de basquete do Lakers. O chapéu, modelo fedora, foi companheiro de vários personagens, como Jake Gittes, em Chinatown. A boina é o acessório-chave de Buddy Rydell, psiquiatra em Tratamento de Choque (Anger Management – 2003).

Além disso, com seus 73 anos, os cigarros e charutos ain-da são cúmplices constantes do ator. Em entrevista a Marcelo Bernardes, ele admite que parar de fumar sempre foi um desafio. Em 2099 o ator foi flagrado por paparazzi fumando – enquanto nadava em alto-mar (!) - durante as férias de verão. A fumaça parece ser compa-nheira inevitável desta lenda viva do cinema; mas não atrapalha em nada seu brilho.

Atualmente o ator participa de dois pro-jetos em fase de pós-produção: “Everything You’ve Got” e “Last Vegas”, ainda sem tradu-ção para o português.

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Tal pai, tal filho

Moda

O mês de agosto marca as temperaturas mais baixas do ano e, para es-quentar de vez, a revista Estação Aeroporto traz todo o calor humano

existente entre pais e filhos. Os looks do inverno masculino vêm cheios de lã, jeans e jaquetas modernas, numa cartela de cores entre azul, cinza e preto. Para a maratona de ser pai, nada mais cool e confortável que se render aos tênis, com os modelos para esta temporada. Para os peque-nos, muita cor, estampas divertidas e jaquetas quentinhas para proteger do frio. Confira como estilo pode ser hereditário!

64Matheus veste camiseta Alexandre Herchcovitch, calça

Diesel para Authentic, colete Carmim para Authentic e cachecol acervo . Gabriel veste camiseta Alexandre

Herchcovith infantil para Petit-Pavé.

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tal pai, tal filho!

Domingo no parque

Dia dos pais 2010

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Leandro usa camisa Mandi & Co, calça VR e tênis Von Dutch. Júlia usa vestido e casaco 1 + 1, meia-calça acervo e sapatinho Dinda Baby. João Pedro usa camisa Petit-Pavé e camiseta Miniaturas de Ronaldo fraga para filhotes e calça jeans 1+1 para Petit-Pavé.

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Matheus usa calça Calvin Klein , blazer Carmin para Authentic, tênis VR e óculos escuros Giorgio Armani. João Gabriel veste blusa Alexandre Herchcovitch infantil para Petit-Pavé, calça Lacoste para Petit-Pavé e galocha acervo. João Pedro veste canguru Ronaldo Fraga Filhotes para Petit-Pavé, calça 1+1 e tênis Ronaldo fraga para filhotes.

Matheus usa calça Mandy & Co, camiseta acervo e jaqueta VR. João Gabriel usa camiseta Alexandre Herchcovitch, calça Ronaldo Fraga Filhotes para Petit-Pavé e botinha Dinda baby.

68 João Pedro usa camisa xadrez Mandy & co e sapato Authentic.

69Matheus usa blazer Carmim para Authentic, calça Calvin Klein Jeans e tênis VR. João Pedro usa calça montaria Papirus para Petit-Pavé, bota acervo, camiseta Ronaldo Fraga Filhotes para Petit Pavé,e jaqueta Abercombrie para Mandy & co.

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Júlia usa camisa Petit-Pavé, vestido e bota Ronaldo Fraga filhotes para Petit-Pavé e meia-calça acervo. Maycon veste calça Mandy & Co, tênis VR, pólo e tricot Calvin Klein.

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Maycon veste calça, camisa, jaqueta e tênis Calvin Klein e João Pedro veste calça, camiseta, blazer e tê-nis Ronaldo Fraga Filhotes para Petit-Pavé.

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Leandro veste calça Diesel para Authentic, cami-sa, cinto e tênis VR. Júlia usa calça Pucca, bota

de paetês Dinda Baby para Petit- Pavé, camiseta Ronaldo Fraga Filhotes para Petit-Pavé.

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Leandro usa calça Colcci, camiseta Mandy & Co,jaqueta Collci e cinto VR. Júlia usa vestido Isabela Capeto para Petit-Pavé.

João Pedro usa canguru , calça e tênis Ronaldo Fraga Filhotes. Júlia usa vestido Isabela Capeto, legging Alexandre Herchcovitch e tênis Dinda Baby. João Gabriel usa bermuda Tirol, camiseta Ronaldo Fraga para filhotes e tênis Dinda Baby. Tudo para Petit-Pavé.

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Ficha técnica:Fotografia: Gilson de RezendehAssistente de fotografia: Gustavo FrancoCabelo e make: Roger VianaProdução de Moda: Carola Chede e Narriman ChedeCasting: Matheus de Borba (Ford), Leandro Vicenci (Ford) e Maycon Vieira.Agradecimentos: Pedra Branca Urbanismo Sustentável e Ford Models Santa Catarina

Matheus usa calça Calvin Klein, camisa e tricot Mandy & Co e sapato acervo. Júlia usa legging Alexandre Herchcovitch, bota e vestido Ronaldo Fraga filhotes e casaco TIROL para Petit-Pavé.

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Mais EstaçãoVolta ao mundo em um sofá Por Rodrigo Brasil

Viajar pelo mundo, conhecer pessoas, mergulhar em ou-tras culturas. O couchsurfing (www.couchsurfing.com),

espécie de rede social via internet por meio da qual os par-ticipantes se hospedam gratuitamente na casa de outros membros da comunidade espalhados pelo mundo, ganha cada vez mais adeptos – já são mais de dois milhões de couchsurfers, de 238 países e 75.543 cidades. A expressão couchsurfing, que em tradução literal significa “surfe no sofá”, é uma gíria usada por estudantes americanos para se referir ao costume de se hospedar, de forma improvisa-da, na casa de alguém.

Mais que hospedagem gratuita, o coachsurfing tem a proposta de conectar pessoas mundo afora, promover o in-tercâmbio entre culturas diferentes, possibilitar “experiên-cias inspiradoras”, e mesmo “criar um mundo melhor, um sofá de cada vez”. Ser recebido por um coachsurfer possi-bilita um contato muito mais rico com os lugares visitados – ninguém melhor que um morador local para indicar onde estão as melhores atrações – seja o bar mais interessante ou a melhor música ao vivo, por exemplo.

“Em toda cidade grande de qualquer lugar do mundo que você vai, sempre tem alguém disponível para lhe en-contrar e dar referências”, conta Natália Brasil, 27 anos, fotógrafa, que é embaixadora do couchsurfing em Floria-nópolis – em cada cidade há voluntários chamados embai-

xadores, que se dispõem a explicar como funciona o site e esclarecer dúvidas aos demais membros.

Cadastrar-se não significa que o usuário precisará hos-pedar alguém. Pode-se manter o status de hospedagem indisponível, e escolher opções como a “coffe or a drink”, ou seja, manifestar disponibilidade para encontrar os via-jantes para um café ou drinque, levá-lo para passear, sem precisar recebê-lo em casa. Estima-se que 47% dos mem-bros oferecem seus “sofás” aos viajantes, enquanto 23% mantém seu status como “talvez”. “Muitos couchsurfers optam por se hospedar em hostels (albergues), e procu-ram membros da comunidade apenas para se socializar”, comenta Natália.

É o próprio anfitrião que estabelece as regras de sua casa – pode-se, por exemplo, deixar a chave com o hós-pede ou optar por estabelecer horários de chegada e sa-ída. O anfitrião também pode definir qual sua disponibili-dade para acompanhar o hóspede em seus passeios, por exemplo. Além de receber os viajantes, os couchsurfers costumam organizar encontros entre os membros de sua própria cidade, e formando redes de amigos que se encon-tram regularmente.

Segundo o próprio site da comunidade, a melhor ma-neira de se certificar de que terá experiências positivas é receber quem você quiser, quando quiser. O site incentiva

Os couchsurfers José Vitor, Pedro (português), Joelma, Natália e Graciana (alemã).

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a procurar receber pessoas que entendam suas prerroga-tivas, tenham datas e horários compatíveis com os seus, e – mais importante – pareçam interessantes para você. Por-tanto, para aumentar as chances de conseguir acomoda-ção, é preciso caprichar na criação do perfil, que funciona como uma carta de apresentação aos demais membros.

“Pode acontecer de você encontrar alguém com quem não tenha muita afinidade. Mas quando encontra uma pessoa com a qual realmente se identifica, vale muito a pena”, observa Joelma Moser, 27, administradora. “Às ve-zes, é interessante e enriquecedor encontrar justamente alguém que seja diferente de você”, comenta o francês Quentin Urlacher, 28, que está há dois anos viajando pelo mundo usando o couchsurfing.

Ao conhecer outros países, é normal o visitante experi-mentar alguns choques culturais. As suíças Natalie Vauls-cher, 27, professora, e Deb- bie O’Mahoney, que trabalha com deficientes físicos, disseram que no Brasil estra-nharam prin-cipalmente o rigor do in-verno. “Aqui s e n t i m o s frio mesmo dentro das res idên-cias e es-tabeleci-mentos comerciais, o que não acontece na Europa, onde se tem aquecedores nos ambientes fechados”.

A participação na rede virtual é totalmente gratuita. A única prerrogativa para juntar-se à ferramenta é ser uma pessoa “open minded” (mente aberta), que gostem de viajar e conhecer pessoas, e estão abertas a outras formas de ver o mundo. Os participantes são predominantemente jovens. Cerca de 71% dos coachsurfers têm entre 18 a 29 anos; 19% têm entre 30 e 39; e 5% de 40 a 49 anos. A maior parte dos membros é dos EUA – 21,9%; em seguida

vem a Alemanha (9,5%) e França (8,6%). O Brasil respon-de por 2,7%, com 55.063 membros.

Naturalmente, o inglês é a linguagem mais falada – 74,7% se comunicam no idioma. Porém, falar inglês não é pré-requisito. Afinal, alguns viajantes têm noção de es-panhol ou português, e sempre se pode apelar para os gestos. Outro recurso é colocar como condição de hospe-dagem que a pessoa fale um pouco da língua de seu país.

A comunidade possui regras de segurança, e tem se mostrado bastante segura. Por meio do site, pode-se ler o perfil da pessoa que será seu hóspede ou anfitrião, assim como relatos das experiências que os demais membros ti-veram com ela durante cada hospedagem. Também é pos-sível ver quem são os amigos dessa pessoa, ver a descrição de como eles a conheceram. Além disso, ao realizar uma doação de 13 dólares à ONG, o usuário ganha um atestado emitido pelo site garantindo que seu nome e endereço são verdadeiros, o que transmite mais segurança aos futuros

anfitriões. O resultado dessas medidas é que as experiências de contato na vida

real entre membros da comunidade têm um índice de 99,7%

de experiências positivas.

A ideia de montar a rede surgiu por aca-

so, quando o programador de

compu tado res norte-americano

Casey Fenton de-

parou na internet com uma passagem para a Islândia que custava uma pechincha, e decidiu aproveitar o fim de semana para visitar o país. Como não conhecia ninguém lá, resolveu enviar 1500 e-mails para estudantes de uma universidade da capital, Reykjavik, contando quem era e perguntando se não poderiam hospedá-lo. Em menos de 24 horas, recebeu mais de 50 ofertas de acomodação, e embarcou naquela que diz ter sido uma das melhores via-gens de sua vida. Decidiu então, com a ajuda de amigos, criar o couchsurfing, em 2004.

Étienne (francês) e Natália, em Paris.

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EmpreendedorismoModelo de desenvolvimento sustentável

É impossível não se encantar com a paisagem bucólica da Cidade Pedra

Branca. Com sua paisagem, suas pra-ças, lagos e caminhos arborizados. E é nesse oásis urbano que está surgindo a nova centralidade da grande Floria-nópolis. Um bairro-cidade modelo, que reúne estética e sustentabilidade.

Um bairro onde as pessoas poderão morar, trabalhar, estudar e se divertir num mesmo local. Fazer caminhadas e andar de bicicleta. E muito mais. Com construções sustentáveis, os edifícios economizarão energia e água. O con-domínio será mais barato, com capta-ção de águas de chuva, reuso de água e captação de energia solar.

O bairro de Pedra Branca vai crescer ordenadamente, sem perder o char-me, a beleza e o encanto que possui hoje. Já é considerado um dos bairros charmosos do continente, com poucos terrenos à venda e muitas casas e pe-quenos edifícios em construção. Boa parte de seus quatro mil moradores trabalham ou estudam em Pedra Bran-ca e em seu entorno.

A implantação do novo centro de bairro foi cuidadosamente projetado, segundo os princípios de Novo Urba-nismo e Urbanismo Sustentável. O bairro-cidade recupera os valores da urbanidade e o melhor do que havia nas cidades, com prioridade para os pedestres. Facilita o convívio e encon-tro das pessoas.

O estudo de seu crescimento foi cuidadosamente estudado e debatido em oficinas de trabalho (charretes) reunindo representantes da comunida-de, arquitetos, urbanistas, paisagistas e um elenco de importantes consultores das mais diversas áreas. Desde o meio ambiente até o tratamento de esgo-to, a reutilização de águas servidas e de chuva, a economia de energia e o conforto ambiental. Transporte público e ciclovias.

Cidade Pedra Branca | Palhoça (SC)

Pátio da Pedra, projeto Marchetti & Bonetti.Edifício Dolomitas.

Vista noturna edifício Travertino.

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Foco no pedestre Centro de bairro de uso misto e alta densidade de ocu-

pação, Pedra Branca irá abrigar o rápido crescimento da Grande Florianópolis. Idealizado como um núcleo susten-tado que privilegia o pedestre, o empreendimento é o primeiro da região e deverá servir de modelo para o pro-jeto e construção de similares em todo o Brasil. O Centro apresenta-se como alternativa local para bairros distantes do centro e de baixa densidade, criando uma comunidade que privilegia o pedestre e, portanto, permite a preserva-ção do meio ambiente local e das áreas verdes.

Além disso, Pedra Branca representa um precedente internacional para projetos e desenvolvimento de centros de alta-densidade, uma vez que o bairro-cidade deverá abrigar uma população de 30 mil pessoas, dentro de 10 a 15 anos. Suas quadras abrigarão, além de edifícios residen-ciais, áreas destinadas a escritórios e serviços. Nos térreos das ruas principais serão dispostas as lojas que irão compor o Open Shopping de Pedra Branca. Além de restaurantes, padarias, academias e um centro cultural com teatro, cine-ma e livraria.

O empreendimento se concentra em núcleos, proje-tados para permitir aos moradores acesso rápido à zona

Vista interna Pátio da Pedra.

Apartamento jardim. Vista da rua. Apartamento jardim: integração com o pátio.

Imagens do Pátio da Pedra, primeira quadra do novo centro de bairro de Pedra Branca. Maquete do centro do bairro-cidade.

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comercial, a uma distância que pode ser feita a pé. A primeira fase do novo centro vai integrar espacial e funcionalmente a universidade existente com a área de indústrias leves, loca-lizada nos limites laterais da área.

Todas as atividades culturais, comerciais e de lazer de Pedra Branca estão ligadas por ruas que privilegiam os pedestres. Uma rede de ciclovias também segue este padrão viário, ofe-recendo rotas alternativas que realçam a visão da cordilheira circundante.

Amplos bolsões de áreas verdes, praças e um parque li-near ao longo do riacho e lago oferecem oportunidades para encontros e aproveitamento da vida ao ar-livre, bem como a praça central, a Praça Pedra Branca, que irá concentrar os usos cívico-culturais, comerciais e de lazer. E será a âncora do shopping aberto do bairro.

Mais informações: www.cidadepedrabranca.com.br

Edifício Travertino. Opção planta 4 dormitórios.

Maquete novo centro do bairro-cidade.

Anfiteatro Pedra Branca. Projeto Jaime Lerner.

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HomenagemSambista maior paulistano

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No ano do centenário de Adoniran Barbosa (1910-1972), uma série de produções, eventos e realizações

celebra o artista, resgatando e divulgando para as novas gerações sua vida e sua obra. Adoniran Barbosa é a princi-pal referência do samba paulistano. Com seu jeito simples e muito bom humor, o irreverente compositor retratou em suas canções o cotidiano da população urbana de São Pau-lo e as mudanças causadas na cidade pelo progresso.

No início de maio, foi lançado o CD Adoniran 100 anos, da gravadora Lua Music, com produção de Thiago Marques Luiz. São 24 canções do compositor, interpretadas por uma constelação de nomes da nova geração e da velha guarda – Jair Rodrigues, Arnaldo Antunes, Wanderléa, Cauby Peixo-to, Dominguinhos, Leci Brandão, Fabiana Cozza, Demônios da Garoa, Quinteto em Branco e Preto, Diogo Poças e Ve-rônica Ferriani.

A gravadora programou uma série de apresentações em homenagem a Adoniran Barbosa no Centro Cultural São Paulo. Os shows serão realizados em quatro finais de semana durante o mês de agosto. Confira a programação no site www.myspace.com/luamusicoficial.

Além disso, já está nas livrarias a edição comemorativa

Por Rodrigo Brasil

do livro Adoniran – Uma Biografia, do jornalista Celso de Campos Jr (Editora Globo). Ampliada, a biografia traz rotei-ros originais do programa Histórias das Malocas, sucesso no rádio paulista nos anos 1950 e 60, escritos por Osvaldo Moles e estrelados por Adoniran, em seu célebre papel de Charutinho.

No segundo semestre, a MOJO Books lança o Alma-naque Adoniran, histórias em quadrinhos, passatempos, crônicas e outras atrações inéditas assinadas por grandes nomes das artes populares.

Nas telas, a Rede Globo de Televisão exibe, no segundo semestre, o especial Por Toda Minha Vida, em homenagem a Adoniran Barbosa, com direção de Fabrício Mamberti e, previsto para o segundo semestre. As produtoras Boitatá e a Ioiô Filmes também preparam um documentário sobre o artista, a cargo das diretoras Aline Sasahara e Vange Milliet.

Nos palcos, está em produção um musical, dirigido por Rubens Ewald Filho, e uma releitura músico-teatral do pro-grama Histórias das Malocas, a cargo do Instituto de Artes do Brasil, com direção de Nanah Pereira.

Considerado um dos maiores sambistas do país, o com-positor João Rubinato, ou Adoniran Barbosa, faria 100 anos

Adoniran era um nostálgico da São Paulo antiga: “Me mandaram achar São Paulo e eu não achei. Me mandaram achar o Bexiga e não existia mais.”

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em 6 de agosto. Filho de imigrantes italianos, nasceu em 6 de agosto de 1910, em Valinhos (SP). Adoniran deu os primeiros passos em programas de rádio-teatro e cinema. Em parceria com o escritor Osvaldo Molles, ele foi o res-ponsável pela criação de personagens históricos, como o divertido Charutinho.

Mas foi na Terra da Garoa que Adoniran despontou como artista. No período de nove anos compreendido en-tre “Saudosa Maloca” e “Trem das Onze”, os Demônios gravaram 14 composições dele, como “Iracema” e “As Mariposas”. Apenas em 1974 o compositor lançaria seu primeiro álbum como cantor.

Nas palavras do crítico Antonio Candido, Adoniran “in-ventou um certo jeito de ser paulistano”. Afirmou-se como intérprete, expressão e extensão de uma metrópole no momento em que ela passava por radicais transformações que acentuaram a desigualdade social. Com uma visada crítica, Adoniran modelou a sua visão de São Paulo com uma poética da denúncia e da rebeldia, cheia de cômica ironia e peculiar dicção.

Adoniran exerceu diversas profissões – pintor, mascate, torneiro mecânico, garçom – antes de conseguir se dedi-car apenas à carreira artística. Embora seja mais lembrado como compositor – autor dos sucessos “Samba do Arnes-to”, “Saudosa maloca”, “Trem das onze”: “Moro em Jaçanã, se eu perder esse trem que sai agora às onze horas, só amanhã de manhã”…

No fim da vida, já não reconhecia a cidade que tanto o inspirou: “Me mandaram achar São Paulo e eu não achei. Me mandaram achar o Bexiga e não existia mais, a não ser alguma coisinha ali pela 13 de Maio, rua Fortaleza. O Brás é quem te viu e quem te vê. Mas já não sofro mais, estou calejado”.

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Emporium Jazz, o evento mais charmoso de Florianópolis durante a temporada de frio.

Fotos by Alberto Goulart e Luiz Henrique Pereira.

Estação Final by Narriman Chede

O evento enogastronômico mais concorrido do outono/inver-no de Florianópolis, o Emporium Jazz, movimenta a charmosa Rua Bocaiúva, região nobre da cidade, aos sábados, das 12h às 18h. Participam do evento, como convidados para preparar receitas diferenciadas, chefs de cozinha, cozinheiros e gourmets. Os quitu-tes, em sua maioria, são elabora-dos com ingredientes disponíveis na delicatessen do Emporium Bo-caiúva. O prazer da gastronomia é acrescido de degustações de vinhos, sob a assessoria e orien-tação de enólogos, sommeliers e enófilos especialmente convi-dados para participar do evento. Além da enogastronomia, a mú-sica também é um dos pontos altos, já que músicos de excelente qualidade apresentam seletos re-pertórios.

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Teco e Gabriela Padaratz.

Miryan de Arruda Fett com a amiga Conny Lowndes.

As irmãs Lúcia de Vicenzi e Regina Nascimento.

Leda Fontes e Udo Von Wangenheim.

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Paisagista Gilberto Elkis e o publicitário Wilfredo Gomes.

Jorge Bornhausen.

Desembargadores Maria do Rocio Luz Santa Ritta e Cesar Abreu.

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Miryam Consoni Gomes.

Ana Christina e Marcelo Petrelli com o filho João.

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Fábio Baretta e Marcos Barbosa

Entrega do Prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC é prestigiada por empresários e autoridades catarinensesBy Molina | Manolo Rodriguez | Equipe

Angela Guedes

André Gaidzinski, Maria Carolina Linhares, Renato Pieri, Glauco José Côrte Filho. Entrega da premiação para Portonave.

Entrega da premiação para Koprime. Entrega da premiação para RIC.

Entrega da premiação para Unimed. Entrega da premiação para Tigre.

Maria Carolina Linhares e Deputada Ada De Luca.

Renato Pieri e Maria Gertrudes da Luz Gomes.

Ivete abalou, sacudiu e balançou Santa Catarina

Fotos by Marcelo Schmoeller.

Prefeito de Florianópolis, Dário Berger.

Doreni Caramori Junior e Juliana Ferreira - Socio do Grupo All que trouuxe os shows

de Ivete para Santa Catarina.

Marcos Assman, Ivete Sangalo e Jordana Pires.

Lívia Lemos.

Show de Ivete Sangalo.

Ivete Sangalo ganha um quadro assinado pelo artista catarinense Luciano Martins.

Pedro Freitas ,Sócio do Grupo All.

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Inauguração do TAJ em Balneário Camboriú/SC

Fotos by Emerson Touche.

Estação Finalby Narriman Chede

Deise Somariva e Patricia Auth.

Ney Fagundes , Ricardo Pereira e Fábio Queiroz.

Fernando Xavier Ferreira, Beatriz Ferreira e o filho Gustavo Ferreira, um dos sócios do TAJ Gustavo Andrade e a esposa Manoela, grávida

de três meses. Ele é um dos sócios do TAJ.

Ivan Hadad e Andressa Hadad. Patricia Philipps e Karen Shcaufert.

Carlos Eduardo Ferreira e Claudia de Conto.

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Rafaella, Giocondo e Marinês.

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Fotos by Marcelo Schmoeller e Ique

Festa do Núcleo Catarinense de Decoração, evento em que foram premiados os arquitetos, decoradores

e designers de maior destaque em SC.

Ana Paula Ronchi, arquiteta Premiada.

Rosane Girardi e Paula Pereira Oliveira.

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Geral Premiados – primeiros lugares cate-goria estadual.

Equipe Robson Nascimento Arquitetos.

Sheila Michels e Marcia Maurano.

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Até poucas décadas atrás passávamos muito bem sem computador, internet, controles remotos, celu-

lares, cartões magnéticos, notebooks e outras engenho-cas da parafernália eletrônica que nos serve e, ao mes-mo tempo, nos aprisiona no transcorrer do século 21. Se falta energia, ou se um desses “monstrinhos” entra em pane, no princípio da manhã, o dia pode se trans-formar num caos. Já para os fanáticos do celular se, de repente, o aparelho desaparece, o pânico é semelhante a uma tormenta abatendo-se sobre as suas cabeças. A comunicação via celular, como dá para se perceber em qualquer rua ou nos mais diversos ambientes de qual-quer cidade, tornou-se uma verdadeira mania.

Durante milênios a humanidade sobreviveu sem a necessidade de qualquer aparato tecnológico e a luz das velas iluminava as suas noites. Foi a partir da revo-lução industrial, do século 18 em diante, que tudo se acelerou. Com a invenção do telefone e da luz elétrica e o posterior advento da gravação sonora, do cinema, do rádio e da televisão, os hábitos e o comportamen-to mundial transformaram-se drasticamente. Hoje a tecnologia tornou-se indispensável até nas atividades mais corriqueiras, como as microondas domésticas. (Es-tou me referindo, é claro, àquelas famílias que tem um padrão de vida decente.)

Já para quem exerce o ofício jornalístico e/ou lite-rário, ou utiliza-se da palavra escrita para outros fins, a mudança nos últimos tempos, com relação ao seu ins-trumento de trabalho, foi extraordinária. No início dos anos 90 as remingtons e olivettis ainda se encontravam em plena ação e, a não ser quando ocorria algum entra-ve mecânico, podíamos serenamente dar conta delas. Depois de certo tempo de uso, o máximo que elas nos exigiam era que sujássemos as mãos trocando as fitas. Atualmente necessitamos ter experts em computação disponíveis, pois somos verdadeiros analfabetos (eu pelo menos sou) com relação ao funcionamento dessas máquinas um tanto quanto imprevisíveis e tempera-mentais. Quem já não perdeu textos inteiros, por ter es-quecido de “salvá-los”? Isso quando a instável energia elétrica não vai embora, levando para o éter algo que está pela metade, ou às vezes, quase completo, pois ninguém vai ficar “salvando” frase por frase.

Outros tormentos garantidos acontecem nas inter-rupções da internet ou TV a cabo. Comunicar-se com as empresas responsáveis e conseguir trazer técnicos des-ses serviços aos nossos lares é uma batalha tão aguer-rida quanto a tomada de Monte Castelo pelos pracinhas brasileiros na 2ª Guerra Mundial. A começar pela via crucis que é localizarmos quem poderá nos auxiliar, pois

o sistema telefônico dos setores de atendimento, com maviosas e impessoais vozes femininas (já gravadas), nos transportam a uma infinidade de opções, que qua-se atravessa um alfabeto inteiro. Até ouvir alguém “ao vivo” a espera é longa e torturante.

O extravio de aparelhos celulares e cartões magné-ticos motiva também infindas dores de cabeça. Quem enfrenta esses contratempos deve assumir logo a pa-ciência de Jô, pois muitas luas se passarão (como di-ziam os sioux), entre senhas, filas e chás de cadeira em operadoras de celular ou agências bancárias, até que os substitutos dos objetos perdidos (ou roubados) retornem às mãos dos seus usuários.

*** Mas são naquelas noites em que a luz some subita-

mente, como num passe de mágica de algum feiticeiro medieval, que mais nos sentimos impotentes perante o reino tecnológico que nos envolve. A escuridão das ruas e o retorno à milenar luz de velas nos transporta a outras eras e somos dominados por ancestrais temores, como se ouvíssemos o rugido dos animais selvagens, ou aguardássemos o iminente ataque dos índios. Um apagão deixa também a maioria das pessoas entorpe-cida por não poder assistir as suas novelas e noticiários de televisão, imersos no silêncio da tela escura. Já os “ratos” dos sites de relacionamento, a chamada gera-ção on-line, fica que nem baratas tontas sem a internet com os seus e-mails, blogs, orkuts, facebooks, twitters e outras ferramentas destinadas ao papo furado virtual. É aí que a palavra impressa em jornais, revistas e livros nos socorre, pois não necessita de energia elétrica, nem de cargas para ser usufruída. Basta uma simples velinha (ou algumas).

***Tudo isso nos leva à conclusão de que o aperfeiço-

amento científico e tecnológico, apesar de ter propor-cionado inúmeras facilidades à vida humana, nos trans-forma também em reféns dos seus inventos, criando novas formas de apoquentações para enfrentarmos no dia-a-dia.

CrônicaReféns da tecnologiaRaul Caldas Filho

RAUL CALDAS FILHOJornalista, cronista e ficcionista.www.raulcaldasfilho.com.brcontato@raulcaldasfilho.com.br

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A função da arte

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Texto extraído do “Livro dos Abraços”, de Eduardo Galeano.

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Foto

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ção

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que des-cobrisse o mar.Viajaram para o Sul.

Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imen-sidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.

E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:

- Me ajuda a olhar!

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