ESCOLA BRASILEIRA DE MEDICINA CHINESA

EBRAMEC

CLÁUDIA PEREIRA DOS SANTOS

REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA NO

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

PELA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

SÃO PAULO

2010

CLÁUDIA PEREIRA DOS SANTOS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ACUPUNTURA

REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

SISTÊMICA PELA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

Monografia apresentada à Escola

Brasileira de Medicina Chinesa

Ciefato- bramec como exigência

parcial à obtenção do titulo de Pós

Graduação em Acupuntura

Prof. Dr. Reginaldo de Carvalho

Filho

(orientador)

São Paulo 2010

Cláudia Pereira dos Santos

REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA NO

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

PELA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

Monografia apresentada à Escola

Brasileira de Medicina Chinesa

como exigência parcial à obtenção

do titulo de Pós Graduação em

Acupuntura

(orientador)

Aprovado pelos membros da banca examinadora em -

__/__/__

Com Menção __ (_________________)

Banca Examinadora

_______________________________________________

_______________________________________________

São Paulo 2010

Dedico a todos que trabalham para melhorar o sofrimento alheio, daqueles que sofrem e até o fim esperam pelo alivio, daqueles que lutam pela vida para que encontre uma alternativa, daqueles que estendem suas mãos para ajudar o próximo.

AGRADECIMENTO

A minha amiga Karina que muito me incentivou para que este trabalho fosse

finalizado. E ao professor Eduardo V. Jofre pela paciência e orientações.

“O nosso destino é modificado pelos nossos pensamentos. Viremos a ser o que

desejamos ser quando os habituais pensamentos correspondem aos nossos

desejos.” (Machado de Assis)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................1

2 OBJETIVO .........................................................................................2

3 METODOLOGIA .........................................................................................3

4 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ......................................................4

4.1 QUADRO I ....................................................................................................6

4.2 CLASSIFICAÇÃO ....................................................................................... 6

4.3 QUADRO II .................................................................................................. 8

5 ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL.................. 9

6 CONCEITO TRADICIONAL DE ACUPUNTURA......................................... 10

7 ORIGEM DAS DOENÇAS NA MEDICINA CHINESA................................ 11

7.1 O MUNDO LÁ FORA ...................................................................................11

7.2 O MUNDO AQUI DENTRO ........................................................................ 13

7.3 ENTRE DOIS MUNDOS ............................................................................. 14

8 UTILIZAÇÃO DE YIN E YANG NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS ....... 16

9 HIPERTENSÃO NA MEDICINA CHINESA ............................................... 16

10 DIAGNÓSTICO DE ACORDO COM A MEDICINA CHINESA ................ 20

11 SELEÇÃO DE PONTOS PARA OS PADRÕES CLÍNICOS ..................... 21

12 SELEÇÃO DE PONTOS PARA A HIPERTENÇÃO ................................ 22

13 CONCLUSÃO ......................................................................................... 24

14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 25

RESUMO

SANTOS, C.P. Revisão sistemática da literatura no tratamento da hipertensão

pela medicina tradicional chinesa.2010. 29f.Trabalho de Conclusão de Curso

(TCC) - ESCOLA BRASILEIRA DE MEDICINA CHINESA. CIEFATO-

EBRAMEC,São Paulo,2007.

Este trabalho é resultado de uma pesquisa bibliográfica que descreve os aspectos

da patologia da Hipertensão Arterial Sistêmica ( HAS ), como uma doença definida

pela persistência dos níveis da pressão arterial alterados, elevando os riscos em

4 vezes para acidente vascular cerebral ( AVC ) 6 vezes o risco de insuficiência

cardíaca e doenças cardiovasculares, sendo muitas vezes assintomática.

A escolha deste tema teve como incentivos à experiência e o conhecimento de

muitos casos que são tratados a base de medicamentos diversos sem cura.

Sendo uma patologia de diversos agravos inclusive circulatórios, resolvi buscar

dados sobre os efeitos do tratamento da hipertensão pela Medicina Tradicional

Chinesa ( MTC ) encontrando através da aplicação de agulhas em pontos

específicos o equilíbrio da pressão arterial.

Em diversas literaturas pesquisadas, encontrei relatos de que a Hipertensão pode

ser tratada pela acupuntura, mantendo os níveis pressóricos dentro dos padrões

da normalidade, dependendo de quanto tempo o individuo está com a doença e

sua dedicação ao tratamento.

Palavras-chaves: hipertensão Arterial, acupuntura, tratamento ,equilíbrio

ABSTRACT

SANTOS, C.P. A systematic review of literature on the treatment of hypertension by traditional medicine chinesa.2010 ..... F. Work of Course Completion (TCC) - BRAZILIAN SCHOOL OF CHINESE MEDICINE.CIEFATO-EBRAMEC,São Paulo,2010

This work is the result of a search bibliographic that describes aspects of the

pathology of Hypertension as a disease characterized by the persistence of the

levels of blood pressure changes, bringing in four times the risk for stroke, six

times the risk of heart failure and cardiovascular diseases are often asymptomatic.

The choice of this theme was to encourage the experience and knowledge

of many cases that are treated with medication to many incurable. Being a

pathology of several diseases, including circulatory, I decided to seek data on the

effects of treating hypertension by

traditional Chinese medicine, meeting through the application of needles at specific

points to balance blood pressure.

IN several literatures surveyed, found that reports of Hypertension can be treated

by acupuncture, keeping blood pressure levels within normal ranges. Depending

on how long this endividuo qom the disease and its dedication to the treatment

Listen Read phonetically

Keyword: hypertension Arterial, acupuncture, triatment ,equilíbrium

Santos, Claúdia Pereira dos Revisão sistemática da literatura no tratamento da hipertensão pela medicina tradicional chinesa/ Cláudia Pereira dos Santos. – São Paulo: [s.n] 2010. 25f; ....... cm.

Monografia apresentada á Escola Brasileira de Medicina Chinesa Ciefato-Ebramec como exigência parcial á obtenção do título de Pós Graduação em Acupuntura. Orientador: Prof. Dr. Reginaldo de Carvalho Filho 1.Hipertensão Arterial, 2. Acupuntura, 3. Tratamento, 4. Equilibrio

1

1- INTRODUÇÃO

Em 90% dos pacientes com pressão HAS elevada, a causa permanece

desconhecida, o que é chamada de hipertensão essencial, é tratável, porém, não

tem cura. Os demais que tem a pressão HAS elevada em decorrência de uma

variedade de doenças, e ou causas, podem ser reduzidas mediante tratamento

ativo da hipertensão; evitando assim, complicações.

Além da utilização dos diversos fármacos existentes no mercado

farmacêutico, podemos também utilizar a acupuntura com as mais diversas

técnicas existentes para amenizar e controlar as alterações da HAS.

Ao incluir a terapêutica alternativa da acupuntura sistêmica, o individuo

poderá suprir suas necessidades vitais equilibrando e fortalecendo seu organismo,

pois a Medicina Tradicional Chinesa ( MTC ) tem grande eficácia para curar, se

bem aplicada. Além da acupuntura sistêmica, existem ainda diversas técnicas que

podem ser associadas como: Auriculoterapia, Ventosaterapia, Fitoterapia, Tui Ná,

etc.

Cabe aos acupunturistas desenvolverem um entendimento nas áreas

preventivas da MTC educando os clientes e encorajando as pessoas, e até mesmo

a comunidade onde desenvolvem suas atividades, a buscarem o seu bem estar,

através das mudanças no estilo de vida, já que a acupuntura tem uma ação efetiva

no tratamento, não só nos sintomas associados, como também equilibrando a HAS

nos parâmetros da normalidade, proporcionando um bem estar ao cliente que

experimenta (Hong Zhen Zhu, 2007).

2

2- OBJETIVO

Discorrer sobre o tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica ( HAS )

através da Medicina Tradicional Chinesa (MTC).

3

3- METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica: Foram levantadas referências

bibliográficas a fim de conhecer sobre o tratamento da Hipertensão Arterial

Sistêmica (HAS) pela MTC, não sendo descartados textos mais antigos, buscando

interagir, livros, revistas e internet.

4

4- HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença definida pela

persistência de níveis de pressão arterial acima de 135mmhg de pressão sistólica e

85mmhg de diastólica. A hipertensão eleva em quatro vezes o de insuficiência

cardíaca. O risco de lesão cardiovascular entretanto, começa a aumentar a partir

de níveis mais baixos, ao redor de 115/75 mmhg, e o risco dobra a cada 200/100

mmhg de aumento da pressão.

É quase sempre assintomática ou oligo-sintomática, se deixar evoluir

naturalmente, a doença desencadeia, insidiosamente, alterações vasculares em

orgãos vitais, sobretudo no coração (hipertrofia, insuficiência cardíaca,

coronariopatia), cérebro (acidente vascular cerebral), rins (disfunção progressiva),

olhos (retinopatia hipertensiva) e vasos (aneurisma, dissecção). No Brasil a

prevalência é estimada em 20% nos adultos e 50% nos idosos (Black Book-2007)

Ao tratar a hipertensão devemos ter em mente não só os fatores de risco

associados, como manter a redução dos níveis pressóricos e também dos riscos

cardiovasculares.

A HAS apresenta custos médicos e socioeconômicos elevados de correntes,

principalmente das suas complicações como as citadas a seguir:

- HAS é agravada por:

Diabete Mellitus,

obesidade,

sobrepeso,

sedentarismo,

tabagismo,

5

ingestão excessiva de sal,

antiinflamatórios,

- É ainda mais preocupante se associada a:

LDL elevado (colesterol ruim),

HDL baixo (colesterol bom),

obesidade abdominal,

hiperuricemia (ocorrência de grande quantidade de ácido úrico no sangue

alcoolismo ou abuso de drogas,

raça negra, idade avançada, pobreza, (Black Book, 2007)

Existem indícios de que a HAS inicia-se na infância e que pode ser

identificado pelo acompanhamento de seus níveis pressóricos, podendo assim ser

tratada precocemente. Infelizmente quando se manifesta a HAS já se manifesta

como uma urgência ou emergência hipertensiva.

As manifestações geralmente são de descompensação cardíaca aguda

(dispnéia, edema pulmonar, etc) ou neurológicas (cefaléias, sonolência, escotomas

e alterações visuais e motoras transitórias, convulsão, paresias e plegias, etc)

(Black Book, 2007)

6

4.1- QUADRO I

Classificação da HAS em indivíduos maiores de 18 anos:

Classificação PressãoSistólica Pressão Diastólica

Pressão

Arterial

Ótima < 120 mmHg < 80 mmHg

Normal < 130 mmHg < 85 mmHg

Limitrofe 130 – 139 mmHg 85 – 89 mmHg

Hipertensão Estágio I (leve) 140 – 159 mmHg 90 – 99 mmHg

Estágio II

(moderado)

160 – 179 mmHg 100- 109 mmHg

Estágio III

(grave)

≥ 180 mmHg ≥ 110 mmHg

Sistólica isolada ≥ 140 mmHg < 90 mmHG

fonte: V Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial (2006).

4.2- CLASSIFICAÇÃO:

Devido a dificuldade para estabelecer uma divisória entre normotensão

e hipertensão, tornou-se necessária a operacionalização de critérios para

definir tais limites. As V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, trazem

a classificação diagnóstica da doença em maiores de 18 anos de idade,

conforme mostra o quadro 1.

Na hipertensão sistólica isolada, a pressão sistólica é igual ou superior a

140mmhg, mas a diastólica é inferior a 90mmhg, ou seja, a pressão diastólica encontra-

se dentro da normalidade, porém, a hipertensão sistólica isolada está cada vez mais

comum entre os idosos. Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em

categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para a classificação da pressão arterial

(Saúde do Adulto-ciclo 2 módulo2).

7

Fatores de risco:

São considerados fatores de risco para hipertensão, os fatores de risco

constitucionais (que não podem ser afetados) e os ambientais ou estilo de vida

(aqueles passíveis de alguma alteração).

Riscos constitucionais:

idade- aumenta progressivamente com a idade, 50% das pessoas

acima de 65 anos apresentam esse diagnóstico;

sexo- atinge mais frequentemente os homens até os 55 anos após, a

prevalência na mulher aumenta depois do climatério, possivelmente

pela redução da atividade estrogênica;

raça/cor- a raça negra apresenta maior risco de desenvolver a doença

e tem maiores complicações;

Riscos ambientais ou estilo de vida;

obesidade: indíce de massa corpórea (IMC >30);

Tabagismo: associado a maior morbidade e mortalidade coronariana,

cerebrovasculares e vascular de extremidades;

estresses: tem o poder de aumentar a pressão arterial em resposta a

estimulos psicológicos;

álcool: pode aumentar a pressão arterial e risco de acidente vascular

encefálico;

sedentarismo: inatividade fisica eleva o risco de doenças;

DM (Diabete Mellitus): um dos principais fatores de risco;

Lesão de órgãos alvo: doenças cardíacas, angina, IAM prévias,

revascularização miocárdica, insuficiência cardiaca, nefropatia, AVE

8

(acidente vascular encefálico) ou AIT (acidente isquêmico transitório)

doença arterial periférica e retinopatia diabética (Manuais de cardiologia

livro virtual Dr Reinaldo Mano).

Considerando a estratificação de risco individual do cliente

hipertenso, o quadro 2 apresenta:

4.3- QUADRO II

FATORES DE RISCO

NORMAL

LIMÍTROFE

PRESSÃO ARTERIAL

HAS

ESTÁGIO I

HAS

ESTÁGIO II

HAS

ESTÁGIO III

sem

fator de

risco

sem risco sem risco risco

baixo

risco

médio

risco

alto

1 a 2

fator de

risco

risco baixo risco

baixo

risco

médio

risco

médio

risco

muito

alto

3 ou

mais

fator de

risco ou

DM ou

Lesão

de órgão

alvo

risco médio risco alto risco

alto

risco

alto

risco

muito

alto

doença

cardio

vascular

Risco alto Muito alto Muito

alto

Muito

alto

Muito

alto

fonte:V Diretrizes Brasileira Hipertensão Arterial (2006).

A atuação da enfermagem é muito importante, com as orientações

adequadas podemos orientar as intervenções, a fim de evitar os fatores de risco e

complicações, evitando o aumento da pressão arterial.

9

5- ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

Para um tratamento adequado é necessário que haja uma adesão ao

tratamento. Para que isso aconteça é necessária uma boa orientação entre quem

cuida e quem é cuidado, é necessário perseverança e um grande desafio, pois o

tratamento é longo, às vezes o padrão econômico não é favorável, ainda tem os

efeitos indesejáveis dos medicamentos, dificuldades e ou demora na marcação das

consultas, o que acaba por interferir na vida pessoal do individuo.

Diante de diversos fatores que interferem na vida do individuo, é necessária

uma boa relação entre o cliente e o profissional de saúde, para que se tenha

resultados esperados, pois o tratamento é pelo resto da vida (Saúde do Adulto-

ciclo2, módulo2).

O tratamento pode ser medicamentoso ou não medicamentoso

Não medicamentoso ( não farmacológico)

REDUÇÃO PESO CORPORAL EXERCÍCIO FÍCIO REGULAR

REDUÇÃO DA INGESTA DE SAL / SÓDIO ABANDONO DO TABAGISMO

AUMENTO DO CONSUMO DO POTÁSSIO CONTROLE DAS DISLIPIDEMIAS E DO DIABETE MÉLLITUS

REDUÇÃO DO CONSUMO DE BEBIDAS ALCÓOLICOS SUPLEMENTAÇÃO DE CÁLCIO E MAGNÉSIO

Medicamentoso ( Farmacologicos )

BLOQUEADORES BETADRENERGICOS VASO DILATADORES DIRETOS

BLOQUEADORES ALFA 1 ADRENÉRGICOS INIBIDORES DA ECA

INIBIDORES ADRENÉRGICOS CENTRAIS BLOQUEADORES DE CANAL DE CÁLCIO

DIURÉTICOS ANTAGONISTAS DO RECEPTOR AT1 DA ANGIOTENSINA II

INIBIDORES DA ENDOTELINA INIBIDORES DA ENDOTELINA

fonte:V Diretrizes Brasileira Hipertensão Arterial (2006)

10

A atuação da enfermagem sobre os fatores de risco é muito importante, com as

orientações e intervenções adequadas podemos evitar a evolução da HAS e suas

complicações, impedindo o aumento da pressão arterial , pois a mesma é passível

de controle.

6- CONCEITO TRADICIONAL DE ACUPUNTURA

‘’ O termo acupuntura provém do latim: acus=agulha, e punctura=picar, isto

porque os padres jesuitas do século XVII foram em missão científica à China e

descobriram a prática de se enfiar finas agulhas em pontos cutâneos específicos,

para o tratamento de diversas doenças e algias, pois regulam a circulação das

energias pelo organismo promovendo a homeostase ".

Mas, o termo chinês tradicional fornece um sentido mais amplo e completo da

verdadeira arte de curar. Do chinês, Zhen jiu Fa quer dizer literalmente " o método

das agulhas e da moxa (Dr. Orley D. Junior).

É um dos métodos terapêuticos em que surgiu há mais de 5.000 anos baseada

no estudo da natureza e da existência de uma energia vital chamada "Qi ou Ki".

Esta energia circula pelo nosso corpo através de canais chamados

meridianos. As doenças originam-se de alguma condição, ou fatores internos e

externos, que causam desequilíbrio dessa força vital ou Qi perversos.

A energia Qi é uma só. A que flui no homem é a mesma que nos flui outros

animais, vegetais e minerais. A que flui na terra é a mesma que flui no sol, nos

astros e em todo universo. A qualidade da matéria, a solidez, a flexibilidade e

outras características sempre se devem à predominância yin ou yang, que visa

suprir as necessidades locais, (Rene Marcos Orsi-1985).

A energia Qi deve fluir normalmente pelos meridianos, sem que haja

nenhuma obstrução ou bloqueio, pois a nossa saúde depende do perfeito equilíbrio

de yin e yang, qualquer doença, seja qual for a origem, sempre começa com um

11

bloqueio, isto é excesso ou carência de energia, que pode ser por devido

alimentação inadequada ou emoção exagerada (Rene Marcos Orsi-1985).

7- ORIGEM DAS DOENÇAS NA MEDICINA CHINESA

O aparecimento das doenças e suas evoluções estão ligados a

alternância das quatro estações, como exemplo, quando o calor do verão atinge o

máximo, dá lugar ao frescor do outono. Após o período do inverno, instala-se a

primavera e o reaquecimento da temperatura. Do mesmo modo, a uma febre

elevada pode suceder brutalmente uma baixa temperatura com palidez e frialdade

nas extremidades, indicando que a natureza da doença passou do yang para o

yin, ( B. Auteroche-1992).

Esses fatores que causam desequilíbrio são divididos em:

Fatores externos = relacionados ao meio ambiente.

Fatores internos = surgem no organismo e são relacionados principalmente à

emoções e sentimentos.

Fatores mistos = hereditariedade, estilo de vida, alimentação, ocupação, traumas,

excesso de atividades física e sexual, excesso de trabalho, parasitas, epidemias,

etc.

7.1- MUNDO LÁ FORA

Os fatores externos que nos fazem adoecer são os agentes

patológicos que entram em nosso organismo por meio do nariz, boca, invólucro

muscular, pele, poros, e estão relacionados principalmente com as alterações

climáticas.

Na primavera, a tendência da energia é mover-se para cima e para

fora. Por exemplo: a semente move-se em direção ao céu, tendendo a expansão e

criação. O vento é a energia principal dessa época do ano, tornando mais comuns

12

às chamadas "doenças do vento", como os resfriados.

No verão, a energia é mais exuberante, mais intensa, mais quente. É

um período de plenitude e são mais comuns as chamadas doenças do calor, como

insolação, gastroenterocolites (inflamações simultâneas do estômago, intestino

delgado e grosso) e irritabilidade.

No verão prolongado e na transição para o outono ( os últimos 20

dias do verão e o início do outono), ocorre uma mistura das quatro estações, com

mudanças de tempo imprevistas e muita umidade no ar. É época das " doenças de

umidade", como artralgias (dor nas articulações), edemas e cefaléias (dor de

cabeça).

No outono, as folhas secam e caem, e as energias vitais têm a

tendência de dirigir-se para baixo, num movimento de recolhimento para

preservação. As chamadas "doenças da secura ‘’, como alergias respiratórias e

da pele, queda de cabelo e dermatite seborreica, são típicas desse período ( livro

Medicina Chinesa, coleção Caras Zen, 2004).

Por fim, no inverno, há o movimento da quietude. O organismo

busca economizar energia. A expansão máxima da água tende a converter-se em

gelo. Ocorrem as chamadas " doenças do frio ", como lombalgia (dor lombar),

gripe forte e reumatismo. Além das características climáticas, vírus e bactérias

são causas externas de doenças. Da mesma forma a poluição, condições

inadequadas de moradia e até determinadas profissões (livro Medicina Chinesa,

coleção Caras Zen, 200 ).

13

7.2- O MUNDO AQUI DENTRO

Os fatores internos que nos causam doenças relacionam-se ao Qi e

Jing e estão intimamente ligados as nossas emoções. Cada emoção que você

sente, mobiliza seu corpo e sua mente para enfrentar um determinado desafio,

criando um enlace com a cognição e a fisiologia, podendo gerar desequilíbrios.

Emoções são impulsos para uma ação imediata com finalidade de lidar com a vida,

sensação e comportamento. Emoção é uma maneira de sentir e de agir, são

oscilações do sentimento expressivo pelo comportamento.

Assim como as alterações do clima, as emoções não são

necessariamente boas ou ruins por si só, variando com a idade, pressão social e

do meio ambiente e com momentos da vida que você atravessa, uma emoção pode

adquirir um grau maior ou menor de intensidade e importância, repercutindo assim

no bem-estar do seu organismo.

Quando fluem harmoniosamente as emoções não interferem na

saúde, mas quando alteram o fluxo do Qi e desarmonizam yin e yang, elas nos

fazem adoecer. Das emoções que o ser humano conhece existem cinco que mais

interferem na harmonia de nossa essência, causando doenças, são elas:

Raiva: gera o comportamento de agressão ou ataque, do tipo ofensivo

defensivo, também gera satisfação e frustração. A raiva afeta o Fígado (Gan) e se

ocorrer durante as refeições também pode agredir o Estomago (Wei) e o Baço (Pi).

As expressões dessa emoção são o grito e o movimento de arrancar.

Alegria: aquela sensação de leveza que nos causa prazer e faz a vida valer

a pena, é uma emoção positiva. O excesso afeta o Coração (Xin) e a mente,

tornando confuso os pensamentos.

Preocupação: emoção relacionada com a obsessão, com a racionalização

excessiva. Uma idéia fixa que absorve a mente e a inquietação resultante dessa

idéia, quando uma idéia se impõe e a necessidade de realizá-la torna-se

compulsiva, a preocupação vira doença, causando sensação de desconforto físico

14

e de algo ruim poderá acontecer.

A preocupação estanca e depaura o Qi do Baço (Pi), que não tem força

para efetuar sua função de transporte e transformação, causando diarréia, anorexia

e cansaço. Também diminui o Qi do Pulmão (Fei), podendo gerar ansiedade,

ombros arqueados e rigidez do pescoço.

Tristeza: privação da alegria e da vontade de viver. A tristeza enfraquece o

Qi do Pulmão (Fei), agita e contrai o Coração (Xin). Pode manifestar-se como

dispnéia, cansaço, choro, um excesso de tristeza leva a quadros depressivos.

Medo: consiste em várias emoções e se liga a autopreservação e a

sobrevivência. O medo faz o Rim (Shen)descender, relaxando os esfincteres

causando incontinências urinárias e anal.

Ansiedade: estado de hiper-excitação e alta estimulação a ansiedade

pode ser considerada uma resposta fisiológica normal as mudanças ambientais.

Assim como o excesso de alegria, a ansiedade dispersa o Qi do Coração (Xin) e

agita a consciência. Também pode causar problemas no Fígado (Gan) e nos Rins

(Shen).

Choque: abalo emocional muito intenso, o choque suspende o Qi,

afetando o Coração (Xin) e os Rins (Shen). Causa taquicardia, insônia, falta de ar,

sudorese noturna, zumbido e boca seca (Medicina Chinesa, coleção caras Zen,

2004).

7.3- ENTRE DOIS MUNDOS

Os fatores mistos que causam doenças são em geral provocados

pela relação do ser humano como seu meio. Por exemplo: alimentação incorreta,

trabalho em excesso, falta de sono, ferimentos, atividade sexual em excesso,

mordidas e picadas de animal, etc.

15

Alimentação: importante para a manutenção da vida e do equilibrio,

pois o Baço (Pi) e o Estomago (Wei) recebem os alimentos ( energia telúrica) e

deles extraem a essência ( Jin) para formar o Qi do organismo.

A Medicina Chinesa classifica os alimentos por sabor. Cada sabor se

relaciona a um dos grandes órgãos do corpo e a certas emoções. Quem está

saudável come um pouco de um alimento com o sabor de que o corpo precisa e

fica satisfeito. Por exemplo: quando se esta ansioso é normal querer algo amargo

como o café. Esse sabor leva energia ao Coração (Xin), acalmando.

Quem está doente ou com um órgão afetado, tende a comer em

excesso. Veja o que comer e quando:

- salgados e alimentos escuros ( como cogumelos e feijão ) - para amenizar o

medo e ativar os Rins (Shen).

- ácido ( como laranja, limão abacaxi)- controla a raiva e os desgates do Fígado

(Gan).

- amargo (como o café e jiló ) - controla a ansiedade e ativa o Coração (Xin).

- picante, de cor branca (como nabo e rabanete ) - para tristeza e depressão e para

melhorar o Pulmão (Fei).

A má alimentação, seja ela em quantidade ou qualidade, causa

doenças. O excesso alimentar prejudica os intestinos e o Estomago (Wei), levando

a diminuição do Qi do Baço (Pi) causando obesidade.

Na MTC, importa não apenas o que comemos e quanto comemos,

mas como comemos.

As emoções tem grande influencia no nosso organismo, agindo

diretamente sobre uma víscera ou órgão:

16

- a raiva/cólera prejudica o Fígado (Gan)- a alegria afeta o Coração (Xin)

- a angústia/tristeza afeta o Pulmão (Fei)

- a reflexão/preocupação afeta o Baço (Pi)

- o medo faz o Qi do Rim (Shen) descender. (livro Medicina Chinesa, coleção caras

Zen, 2004)

8- UTILIZAÇÃO DO YIN E YANG NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS

O excesso ou a fraqueza do Yin e Yang são a causa essencial da

provocação e do desenvolvimento da doença. A superioridade do Yang se

expressa por um aquecimento, a do Yin por um resfriamento e vice-versa

(Auteroche, 1992).

Regularizar o Yin e Yang e equilíbrio entre ele, são os princípios de

tratamento.

A ação dos diferentes fatores patogênicos (excessos, emoções,

alimentos, fadiga, etc) no organismo se expressa obrigatoriamente por um

desregramento do Yin e do Yang. É um desequilíbrio que está na base do

aparecimento e do desenvolvimento da doença (Auteroche, 1992).

9- HIPERTENSÃO NA MEDICINA CHINESA

A hipertensão costuma ser assintomática e nunca foi definida como

doença dentro dos critérios da MTC. Quando há sintomas, a hipertensão pode

causar dores de cabeça, tonturas, palpitações, insônia ou epistaxe. Na MTC pode

dividir-se nas seguintes categorias: Xuan Yu (vertigens) e Tou Tong (cefaléia).

A maior parte dos livros modernos diz que, sob a perspectiva

chinesa, os três órgãos que estão mais envolvidos na patologia da hipertensão são

Fígado (Gan), Rim (Shen) e Baço (Pi). Segundo Maciocia não apenas Fígado, Rim

e Baço estejam envolvidos na patologia da hipertensão, como também o Coração.

Pelo menos no estado crônico, a hipertensão é essencialmente uma patologia dos

17

vasos sanguíneo. Muitos dos padrões discutidos a seguir envolvem a patologia do

Coração e dos vasos sanguíneos, mesmo quando outros órgãos estejam

envolvidos (por exemplo, subida dom yang do Fígado). Em particular, Coração e

vasos sanguíneos estão envolvidos nos padrões de Fleuma obstruindo orifícios e

vasos sanguíneos e de estagnação de sangue nos canais de Conexão (Luo).

Os livros chineses modernos geralmente mostram que os principais

padrões envolvidos na patologia da hipertensão são os seguintes:

Deficiência de Yin do Fígado (Gan) e do Rim (Shen);

Subida do Yang do Fígado (Gan) ou Fogo do Fígado;

Deficiência do Baço (Pi);

Fleuma

Estagnação de sangue (em casos avançados) (Maciocia), 2007.

Doutor Xia De Xin

Resume os fatores patogênicos da hipertensão como Vento, Fogo e

Fleuma. Estes constituem a manifestação (Biao), e a deficiência do Fígado (Gan) e

do Rim (Shen) constituem a raiz (Bem) da doença. Dr Xia De Xin além desses

fatores utilizou também a Fitoterapia no tratamento da HAS,

Dr Xia De Xin também revela sintomas e tratamento do que

denomina "padrões escondidos" na hipertensão. Estes são os seguintes:

Vento escondido: entorpecimento unilateral de um membro, tremor das

pálpebras ou face (utilize Xi Xian Cão [Herba Siegesbeckiae], Gou Teng

[Ramulus cum Uncis Uncariae] e Tian Ma [Rhizoma Gastrodie] ).

18

Fleuma escondida: sensação de opressão no peito, catarro na garganta,

entorpecimento dos membros (com calor, utilize Tian Zhu Huang [Concretio

Silicea Bambusae in Taeniam]; com Umidade, utilize Ban Xia [Rhizoma

Pinellia preparatum], Dan Nam Xing {Rhizoma Arisaematis preparatum] e

Yuan Zhi [Radix Polygalae]).

Estagnação de Sangue (Xue) escondida: dor no peito (utilize Dan Shen

[Radix Salviae milthiorrizae], Chuan Xiong [Rhizoma Chuanxiong ], Tao Ren

[Semen Persicae] e Hong Hua [ Flos Carthami tinctorii]) (Maciocia, 2007).

Doutor Shi Jian Zhong

O Dr. Shi Jian Zhong resume os principais padrões causadores da

hipertensão com suas principais ervas. Padrões e ervas principais que ele

descreve são os seguintes:

Deficiência do Rim (shen) e subida do Yang do Fígado (Gan): He Shou Wu

(Radix Polygoni multiflori preparata) e Bai Ji Li (Fructus Tribuli).

Fleuma obstruindo os canais: Jiang Can (Bombyx batryticatus ) e Shan Zha

(Fructus Crataegi).

Fogo do Fígado: Jin Que Gen (Radix Caragamae sinicae) e Luo Bu Ma

(Rhizoma Apocyni veneti).

Vento por deficiência: Mu Li (Concha Ostreae) e Zhen Zhu Mu (Concha

Margatiriferae usta) (Maciocia, 2007).

Doutor Weng Wei Liang

O Dr. Weng Wei Liang lista os seguintes principais princípios de

tratamento para hipertensão:

19

Eliminar Calor e resolver Umidade.

Resolver Fleuma e Umidade.

Desobstruir o interior movendo para baixo.

Nutrir Yin e tonificar Rim (Shen)

Revigorar Sangue (Xue) e eliminar estagnação.

Drenar o Fogo do Fígado (Gan) .( Maciocia, 2007).

O Dr. Weng também revela os seguintes principais pontos de

Acupuntura para tratar a hipertensão: PC-6 (Neiguan), PC-4 (Ximen), PC-5

(Jianshi), C-7(Shenmen), IG-4(Hegu), IG-11(Quchi), E-18(Rugen), E-36(Zusanli), E-

40(Fenglong), C-5(Tongli), VB-34(Yanglingquan), B-13(Feishu), B-14(Juevinshu),

B-15(Xinshu), B-16(Dushu), BA-3(Taibai), BA-6(Sanyinjiao), BP-4(Gongsun), F-

3(Taiching), R-1(Yongquan), VC-12(Zhongwan), VC-15(Jiuwei), VC-17(Shanzhong)

(Maciocia, 2007).

Doutor Deng Xu Guang

Conforme já mencionado anteriormente, a maior parte dos médicos

modernos chineses enfatiza a patologia da subida do Qi como padrão na

hipertensão, e maior parte deles correlaciona a moderna doença da hipertensão

como as entidades de doenças chinesas de "cefaléias" e "tontura". Algumas vozes

surgem discordantes, é o caso do Dr. Deng Xu Guang, que afirma que hipertensão

não pode ser correlacionada com "cefaléias" ou "tontura", apesar que estes

sintomas aparecer com freqüência na hipertensão. Considera que o melhor método

para tratar a hipertensão é diferenciar os padrões que causam (subida do Yang do

Fígado, deficiência do Rim, Fleuma, etc.) (Maciocia, 2007).

20

Dr. Deng atribui maior importância ao Estômago, ao Baço e à

Fleuma, como patologias da hipertensão. Ele lista vários princípios diferentes de

tratamento para hipertensão de acordo com o padrão:

Secar Umidade e resolver Fleuma.

Fortalecer Baço (Pi) e harmonizar o centro.

Eliminar Calor e resolver Fleuma.

Promover transformação e transporte do Baço (Pi) e harmonizar Estômago

(Wei).

Tonificar Baço (Pi) e beneficiar Qi.

Aquecer o centro e beneficiar o Baço (Pi).

O Dr. Deng diz que colesterol elevado corresponde à Fleuma e a

coronariopatia, à estagnação de Sangue (Xue) na MTC. Diz, portanto, que a

presença de Fleuma e/ou estagnação de Sangue na hipertensão indica caso

avançado ou grave (Maciocia, 2007).

Entre outros doutores na medicina chinesa todos seguem diversos

caminhos e tratamentos, porém não fogem do padrão de tratamento já citados

anteriormente.

10- DIAGNÓSTICO DE ACORDO COM A MEDICINA CHINESA

Plenitude Calor do Fígado (Gan)

Hipertensão, cefaléia (generalizada, no vértice ou nas têmporas) e

tonturas que agravam com o calor e estados de irritabilidade, face vermelha, olhos

vermelhos, hemorragia nasal, boca e garganta secas, irritabilidade e/ou tendência

para acesso de raiva, língua vermelha com capa amarela, pulso forte e rápido.

21

Mucosidade que ascende ao Aquecedor Superior

Hipertensão, cefaléia e tonturas acompanhadas por sensação de

peso, sensação de peso no corpo, sensação de opulência torácica, alterações de

apetite, língua com capa branca e pegajosa, pulso deslizante.

Subida de Yang do Fígado (Gan) devido o vazio de Yin

Hipertensão, tonturas, cefaléia, acessos de calor, zumbidos, insônia,

irritabilidade, dormência ou tremor dos membros, sintomas agravam com

irritabilidade ou calor, lombalgia que melhora com pressão e está associada a

cansaço, fraqueza dos membros inferiores e zona lombar, urina escura, língua

vermelha sem capa ou com capa muito fina, pulso fino, superficial e rápido.

Vazio de Yin e Yang do Rim (Shen)

Hipertensão, tonturas, zumbidos, cefaléia, lombalgia que melhora

com pressão, alterações urinárias (micção noturna), fraqueza dos membros

inferiores, astenia física, palidez e maçãs do rosto vermelhas, membros frios, sede,

pulso lento e profundo, língua pode apresentar-se normal ou com tom avermelhado

pálido e com capa

11- SELEÇÃO DE PONTOS PARA OS PADRÕES CLÍNICOS

Plenitude Calor do Fígado (Gan) = F2 (Xingjian), VB43 (Xiaxi)

Estes dois pontos eliminam calor do Fígado e da vesícula Biliar. O

ponto F3(Taichong) também pode ser usado pois acalma o Yang do Fígado. Estes

pontos associados aos pontos base ( que acalmam o Yang ou eliminam calor), faz

um tratamento forte.

Mucosidade que ascende ao Aquecedor Superior = E40 (Fenglong),

VC17( Shangzhong), PC 6 (Neiguan).

22

E40 (Fenglong)- elimina mucosidade e os pontos VC17(Shangzhong) e

PC6(Neiguan), regularizam o Aquecedor Superior.

Subida de Yang do Fígado devido ao vazio de Yin: F3 (Taichong), BA6

(Snyinjiao), R3 (Taixi) e F8 (Ququan).

O ponto F3 (Taichong) acalma o Yang do Fígado (Gan) e os

restantes fazem a tonificação do Yin do Fígado. Atente-se à presença do ponto

VG20 (Baihui), no protocolo base, que acalma o Yang do Fígado.

Outros pontos a adicionar seriam o B18 (Ganshu) e B23 (Shenshu),

pois são pontos de assentimento dos referidos órgãos.

Vazio de Yin e Yang do Rim = VC4 (Guanyuan), BA6 (Sanyinjiao), VG4

(Mingmen), B23 (Shenshu), R2 (Rangu). O VC4 (Guanyuan) fortalece o Qi do Rim,

VC4 (Mingmen) e B23 (Shenshu) com Moxa, fortalecem o Yang e BA6 (Sanyinjiao)

e R2 (Rangu) ajudam a tonificar o yin.

Pontos sintomáticos para sintomas mais relevantes:

Insônia e irritabilidade = C7 (Shenmen), VB43 (Xiaxi), VB13 ( Benshen)

Obstipação = TA6 (Zhigou)

Náuseas e Vômitos = PC6 (Neiguan), E36 (Zusanli),

Tonturas severas = VG20 (Baihui), VB20 (Fengchi), E8 (Towei).

12- SELEÇÃO DE PONTOS PARA HIPERTENSÃO

VB20 (Fengchi), IG11 (Quchi), IG4 (Hegu), E36 (Zusanli), TA5 (Waiguan)

Explicação: VB20 (Fengchi) é um importante ponto adjacente para dominar o Yang

do Fígado. E36 (Zusanli), BA6 (Sanyinjiao) e F8 (Ququan), nutrem o sangue do

Fígado e Yin do Fígado (Gan).

23

O R3 (Taixi) e o R6 (Zhaohai), são utilizados se houver deficiência de Yin do Rim.

IG4 (Hegu) regula ascendência e descendência do Qi e, portanto, ajuda a dominar

o Yang do Fígado.

TA5 ( Waiguan) domina o Yang do Fígado e extingue o vento do Fígado.

F3 (Taichong) extingue o vento do Fígado. Este é o principal ponto distal a ser

utilizado.

BA6 (Sanyinjiao) é utilizado para nutrir o yin, o que ajudará a drenar o fogo.

IG11 (Quchi) elimina calor.

VB13 (Benshen) domina a subida do yang do Fígado e acalma a mente.

O ponto VB20 (Fengchi) é o ponto de reunião da Vesícula Biliar e dos meridianos

Yang Wei; elimina calor da cabeça e olhos e acalma a cefaléia. Os pontos IG11

(Quchi) e IG4 (Hegu) eliminam calor e baixam a pressão arterial. O ponto E36

(Zusanli) é outro ponto experimental com bons resultados no tratamento da

hipertensão.

Além destes pontos base, ainda podemos usar o BA10 (Xuehai), E40 (Fenglong), e

F3 (Taichong). Também existem relatos do uso do R2 (Rangu) para tratar

hipertensão sistólica.

24

13- CONCLUSÃO

Hoje em dia, o índice de pessoas que apresentam hipertensão arterial

sistêmica é alto. A maioria vive a base de medicamentos diversos de uso continuo

para o resto da vida. A hipertensão é uma doença que aparece lentamente e que

permanece de causa desconhecida, mas que pode levar ao desenvolvimento de

outras patologias associadas que se não tratadas adequadamente, pode levar a

limitações ou até mesmo a morte.

Cabem a nós terapeutas, estimular a população ou a comunidade

através de divulgação em geral, sobre o tratamento alternativo utilizado pela MTC,

no tratamento da hipertensão, já que podemos notar uma eficácia importante no

equilíbrio da pressão arterial, mantendo o mais próximo possível, os parâmetros

dentro da normalidade ou próximos dele.

Através da Acupuntura podemos obter excelentes resultados na HAS,

mesmo durante as crises onde podemos manter o equilíbrio dos níveis pressóricos,

dando ao paciente uma sensação de bem estar, resultante na diminuição da

pressão arterial.

25

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

A Pratica da Medicina Chinesa Giovanni Maciocia 2ª edição 2007 Editora Roca Acupuntura Classica Chinesa/Tom Sintam Wen- São Paulo;Cultrix,2006 INTERNET: HIPERTENSÃO E aCUPUNTURA Publicado por Nuno Lemos at.13 janeiro, 2010-12;56am JUNIOR Dr.Orley Dulcetti, Pequeno tratado de Acupuntura Tradicional Chinesa, Ed.Andrei-2001 GREG BRODSKY Livro Medicina Chinesa Acupuntura e Fitoterapia Ed.Caras 1º edição março 2004 Coleção Caras Zen pag. 22 a 32. Manual de cardiologia- Livro VirtualDr. Reinaldo Mano- Hipertensão Arterial Sistêmica Rj.Abr.2009. disponivel em: http://www.manuais de crdiologia.med.br/has/as.htm> internet 17/10/10 01:00 O livro da cura Natural Do Jardim do Eden a era de Aquarius 5ª edição Ground, 1974 O Diagnostico na Medicina Chinesa B. Auteroche- P.Navailh Andrei-1992 PEDROSO, Enio Robert Pietra;Olivaira, Reynaldo Gomes de Belo Horizonte: BLACK BOOK-CLINICA MÉDICA:Editora, 2007 Programa de Atualização em Enfermagem: saúde do adulto;PROENF CICLO 1 MODULO 2(2006)-Porto Alegre Artmed/Panamericana Editora, 2006 KALINOWSKI, Carmen. III. Martini, Jussara Gue.IV. Felli, Vanda Elisa Andres