retorno sobre investimento no período de transiçãosimposiowitmarsum.coop.br/arquivos/palestra_2...
TRANSCRIPT
Retorno Sobre Investimento no Período de Transição
Ricardo Chebel
Tópicos a serem Abordados
• Custo de enfermindades que ocorrem no periparto
– Metabólicas
– Infecciosas
• Estratégias para reduzir a incidência de enfermidades e
aumentar a produtividade e retorno econômico
– Manejo
– Alimentar
– Hormonal
– Monitoramento
Balanco Energetico Negativo
Período de transição
Transição entre o Período Seco e Lactação
0 21
CMS
Milk
0-21
Começo da lactação esta associado com demandas nutricionais:
Tipo devaca
Leite (kg) IMS (kg) IMS (%PV) ELL(Mcal/d) PM (g/d)
Pré-parto 0 10 1.3 14.5 810
Pós-parto 25 16 2.4 27.9 1,725
Pico 55 30 4.4 48.3 3,476
NRC (2001)
28
Intervalo pos-parto (21 d)
% d
e to
das
vaca
s re
mov
idas
rem
ovid
asno
per
iod
Ris
co d
iario
de r
emoç
ãoem
ca
da p
erio
do
% de vacas removidas Risco de remoção
624.614 vacas removidas5.749 rebanhos
Padrão de Remoção de Vacas Lactantes(MN DHIA 10/96 – 10/01)
Perdas Econômicas devido a Doenças
• Descarte de leite
• Redução na produção de leite e eficiência reprodutiva
– Preço do leite
– Preço da alimentação
• Descarte e morte de animais
– Preço de animais de reposição
• Custo de mão de obra
• Custo do tratamento
• Acurácia e eficiência no diagnóstico e tratamento
• Instalações adicionais para manejo de vacas doentes
Quanto Custam Doenças para um Rebanho Leiteiro?
Referência Doença País Obs. Custo/casoGohary et al.
(2016)Cetose SC(1.4 mmol/L)
Canada Incidência, tratamento, morte, produção, metrite, DA, reprodução, reposição
$203
McArt et al.(2015)
Cetose SC(1.2 mmol/L)
USA Incidência, morte, tratamento, DA, reprodução, produção, reposição,
$289
Rolli et al. (2015)
Mastite30 DEL
USA Incidência, tratamento, morte, produção, reposição, reprodução
$444
Overton and Fetrow (2008)
Metrite USA Tratamento, produção, reprodução, reposição $360
Mahnani et al. (2015)
Metrite Iran Tratamento, produção, reprodução, reposição $162.3
Oetzel (2005)*Hipo-Ca clinica USA Produção, tratamento, reposição $300
Hipo-Ca sub-c USA Produção, tratamento, reposição $125
Guard (2008)*
DA USA Tratamento, produção, reprodução, reposição $494
RP USA Tratamento, metrite, produção, reprodução, reposição
$315
Claudicação USA Tratamento, produção, reprodução, reposição $469
Stress Calórico durante o Pré-Parto
Temperatura do Ar = 29,4 oC Umidade relativa = 50% Vacas na sombra
Evaporaçãopela respiração
evaporaçãopela sudorese
conduçãoconvecção
radiação
38,5 oC
Produção de Calor = Perda de CalorTemperatura corporal permanece normal
Adaptado: P.J. Hansen
Redução daevaporação
pela respiração
Redução decondução & convecção
Redução da radiação
Radiaçãooriunda da luz solar
39,1 oC
Produção de Calor > Perda de CalorAumento da temperatura corporal
Temperatura do Ar = 34,4 oC Umidade relativa = 90% Vacas no sol (sem sombra)
Redução daevaporação
pela sudorese
Funções Termogenicas
Adaptado: P.J. Hansen
Desenvolvimento da Glândula Mamária durante o Período Seco em Condições Termo-neutras
• Stress calórico afeta o
desenvolvimento da GM no
período seco por comprometer a
sua regeneração
Adaptado: Sha Tao
Consequências do stress Calórico durante o Pré-parto na Saúde e Produção
Consumo de MS
Mobilização de aa
Peso e viabilidade do bezerro
Regeneração do tecido mamário
Imunidade
Incidência de doenças
Produção de leite Concentração de IgG no colostro
Dias de Stress Calórico e Redução na Produção de Leite por Estado
Fonte: Fernanda C. Ferreira
Na Flórida:68% dos dias há stress calóricoPerda de produção = 1,165 kg
Considerações Econômicas quanto ao Esfriamentode Vacas Pre-parto
• Dois cenários:
– Construção de novo galpão para vacas secas com sistema
de esfriamento
• Custos de construcao + ventiladores + aspersores
– Adaptação de galpão existente para vacas secas com
sistema de esfriamento
• Ventiladores + aspersores
Adaptado: Fernanda C. Ferreira
Retorno Econômico do Esfriamento de Vacas durante o Pré-parto
Parâmetros Valores
Número de vacas lactantes por ano 85
Número de vacas secas por ano 15
Dias sob stress calórico (average THI > 68) por ano (%) 257 (70%)
Dias da lactação seguinte com benefício do esfriamento 340
Perda de leite quando 100% do tempo no período secoha stress calórico, kg/d
5
Vacas > 2 lactações, % 65
Preço do leite, R$/kg 1.54
CMS adicional para cada 1 kg de aumento na produção de leite, kg
0.4
Preço da alimentação no período seco, R$/kg DM 0.98
Adaptado: Fernanda C. Ferreira
Retorno Econômico do Esfriamento de Vacas durante o Pré-parto
Item Valor
Custo do ventilador (R$/vent.) 2,450
Camas por ventilador 5
Vida útil do ventilador (anos) 7
Manutenção (R$/vent./ano) 52.5
Eletricidade (R$/vent./ano) 129.5
Custo de eletricidade (R$/kWh) 0.21
Potência do motor do ventilador (hp)
0.5
Eficiência do motor (Kw/hp) 0.75
Horas de uso do ventilador sob stress calórico
24
Adaptado: Fernanda C. Ferreira
Item Valor
Custo do aspersor (R$/cama) 28.7
Vida util do aspersor (anos) 5
Uso de agua (L/cama por dia de stress calorico)
56.8
Custo da água (R$/103L) 0.043
Item Valor
Custo de uma cama para vaca seca (R$/cama)
8,750
Via util de uma cama (anos) 20
Manutenção do galpão, areia(R$/cama por ano)
315
-50
0
50
100
150
200
250
300
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Val
or p
rese
nte
liqui
do,
$/va
ca p
or a
no
Dias sob stress calórico
Valor Presente Líquido por Ano, Incluindo Custo de Construção de Galpão
Preço do leite
Perda de produção
Custo/cama
$0.54 5 kg $2,500
$0.44 5 kg $2,500
$0.44$0.29
3 kg5 kg
$2,500$2,500
$0.44 1 kg $2,500
45 a 115 d
Cortesia: Fernanda C. Ferreira
-50
0
50
100
150
200
250
300
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Val
or p
rese
nte
liqui
do,
$/va
ca p
or a
no
Dias sob stress calorico
Valor Presente Líquido por Ano, Excluindo Custo de Construção de Galpão
Preço do leite
Perda de produção
$0.54 5 kg
$0.44 5 kg
$0.44$0.29
3 kg5 kg
$0.44 1 kg
<30 d
Cortesia: Fernanda C. Ferreira
Recomendação Basicas para Esfriamento
• Ventiladores
– Velocidade do ar ~ 4.5 m/seg
– 1.32 m, com 1.5 cavalos de
potência, 18 m de espaçamento
• Aspersores
– 1.9 litros por minuto
– 180° de alcance
• Vacas lactantes
– 15 °C > ligar ventiladores
– 21 °C > ligar aspersores (1 para
10)
– 26.7 °C > ligar aspersores (2
para 10)
• Vacas secas
– 21 °C > ligar ventiladores
– 26.7 °C > ligar aspersores (1
para 10)
Fonte: Joe Harner, Progressive Dairy, Junho 2011
Valores Usados em Todas as Análises Econômicas (de Boteco)
• Dólar para real = R$3.50
• Preço do leite = U$0.40 = R$1.40
• Lucro sobre custo de alimentação = 67.4% (R$0.93)
• Preço de alimentação de vaca secas = U$0.23/kg = R$0.81/kg
• Custo de construção de ‘uma cama’ = U$2,500 = R$8,750
• Manutenção anual por ‘cama’ = U$90 = R$315
• Juros anual de investimento bancário = 0.5%
Separação de Novilhas e Vacas durante o Pré-parto
Separação de Novilhas e Vacas durante o Pré-parto
• Dominância vs Submissão
– Tamanho
– Agressividade
• Em condições de superlotação (200%), novilhas:
– tempo entre alimentação e aproximação do comedouro (81 vs. 32 ± 18
min)
– NEFA, glicose e cortisol fecal
– Maior propenção em mobilizar gordura
Huzzey et al. (2012)
Item Multiparas + Primiparas
Primiparas
Tempo comendo, min/d 184 205
Consumo de concentrado, kg/d 10.1 11.6
Consumo de silagem, kg/d 7.7 8.6
Tempo de descanco, min/d 424 461
Producao de leite, kg/130 d 2,383 2,590
Concentracao de gordura, % 3.92 3.97
Adapted from Grant and Albright (1997)
Performance de Novilhas quando AgrupadasSeparadamente de Vacas
=1.6 kg/d
Retorno Econômico da Separação de Vacas e Novilhas durante o Pre-parto
Retorno por vaca por ano = $35.00
Fator limitante: tamanho de vagão misturador
Dietas de Alta Fibra e Baixa Energiano Pré-parto
Dietas de Baixa Energia e Alta Fibra
• Popularidade de dietas de baxia energia e alto FDN
– Sugestão de que enchimento do rumen previni quedas bruscas na IMS e
problemas metabólicos
• Cardoso et al. (2013)
– Utilizando dados de 7 experimentos avaliou os efeitos de dietas de baixa
energia/alto FDN sobre parâmetros metabólicos, reprodução e saude
– 354 vacas e 54 novilhas
– HE = acesso ad libitum a dietas com energia moderada (19.8 ± 6.8 Mcal/d)
• PSSB = 6.4 ± 1.3 (> 19 mm), 43.1 ± 1.3 (8-19 mm), 50.5 ± 3.1 (< 8 mm)
– CE = restrição alimentar (NEL = 80% do requerimento) ou acesso ad libitum
a dietas de baixa energia/alta fibra (12.1 ± 4.7 Mcal/d)
• PSSB = 21.8 ± 2.6 (> 19 mm), 35.2 ± 1.7 (8-19 mm), 43 ± 1.4 (< 8 mm)
Dietas de Baixa Energia e Alta Fibra
• Cardoso et al. (2013)
– Não houve efeito na incidência de doenças puerperais
– Vacas alimentadas com CE durante o pre-parto (3 semanas antes do parto)
tiveram intervalo parto-concepção mais curto
0100200300400500600700800
-2 -1 1 2 3
NE
FA, µ
mol
/L
Semanas relativo ao parto
HECE
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-2 1 2T
G:G
LY n
o fig
ado
Semanas relativo ao parto
HECE
*P < 0.05** P = 0.09
*
* **
*
*
Produção de Leite de Vacas Alimentadas Dietas de Alta Fibra ou sob Restrição Alimentar
-4.41
-2.33
-12.33 -12.33 -11.89
-4.84
-0.55
2.03
-12.44-14.00
-12.00
-10.00
-8.00
-6.00
-4.00
-2.00
0.00
2.00
4.00Grum 1996 Dann 2006
Janovick2010/11
Richards2011
Silva-del-Rio2010 Mann 2014 Dann 2005
Douglas2006
Janovick2010/11
Diferenca em ECM/FCM, lb/day
• Se o único efeito é a diminuição do intervalo entre parto econcepção (~10%), o retorno por vaca por ano e $61.36
• Se os efeitos são a diminuição do interval entre parto econcepção (~10%) e a diminuição na produção de leite ate 120DEL (~15%), o retorno por vaca por ano e negativo (-$63.43)
• Com e efeito positivo em reprodução (~10%) e negativo emproducao (~15%), o retorno e neutro quando ha reduçãosignificante na incidência de DA e cetose
Suplementação com Monensina
Efeitos da Monensina durante a Transição sobre Parâmetros Metabólicos e Performance
• Vacas suplementadas com 410 mg/d de monensina de -21 a 21 d
relativo ao parto (Mullins et al. , 2012)
– Diminuiu a concentração de BHBA 4 dias pós-parto
– Aumentou a expressão de CPT1α, enzima importante na oxidação de
AG
– Diminuiu a taxa de acúmulo de TAG no figado
• Supra-regulação de PEPCK, enzima que regula a gliconeogenese(Karcher et al., 2007)
• Monensina incidencia de problemas metabólicos = propionato
e mecanismos de gliconeogenese ou utilização de acidos
graxos
Efeitos da Monensina durante a Transição sobre Parametros Metabólicos e Performance
• Duffield et al. conduziu 3 meta-análises para avaliar o efeito de
monensina sobre parâmetros metabólicos, saúde e performance
– Parametros Metabólicos
• BHBA (-13.4%), NEFA (-7.1%) e acetoacetato (-14.4%)
• Glicose (+3.2%) e urea (+6.2%)
• BHBA: melhores resultados quando monensina foi inclusa na ração total,
suplementada até 30 dias de lactação e suplementada para vacas
alimentadas a pasto
• NEFA: melhores resultados quando monensina foi suplementada durante
o pré e pós-parto
Efeitos da Monensina durante a Transição sobre Parametros Metabólicos e Performance
• Duffield et al. conduziu 3 meta-análises para avaliar o efeito
de monensina sobre parâmetros metabólicos, saúde e
performance
– Saúde
• Deslocamento de abomaso (25%), cetose (25%) e mastite
(9%)
• Não teve efeito sobre metrite, endometrite, prenhez após a 1a
inseminação ou descarte
– Performance
• Aumento na produção de leite (+2.3%)
• Diminuição da IMS (-2.3%)
• Eficiência de produção (+2.5%)
Retorno Economico do Uso de Monensina em Vacas em Transição
Retorno por vaca por ano = $27.20
Estratégias de Manejo para Reduzir a Incidência de Hipocalcemia
Disponibilidade e Exigencias de Ca em Vacasdurante o Periparto
Pool extracelular de Ca(8 a 10 g)
PTH/Vit D
Calcitonina
Hypercalcemia
Vit D
Absorção ossea
Dieta
Absorção GI
Poll plasmatico de Ca(2.5 a 3.0 g)
Leite
20 a 80 g/d
Osso fetal
2 a 10 g/d
Excreçãofecal
6 a 10 g/d
Excreçãourinária
0.25 a 1 g/d
PTH/Vit D
Adaptado: J.E. Santos
Incidencia de Hypocalcemia (Clinica e Sub-clinica) de Vacas e Novilhas nos EUA
0
2
4
6
8
10
12
1 2 > 3
Ca,
(m
g/dL
)
Lactações
NAHMS, 2007
Normal 74.3% 54% 42%
Sub-clinica 25% 44% 53%
Clinica 0.7% 2% 5%
Mecanismo Proposto Ca serico
Ca excretado no colostro+
Ingestao/absorção de Ca Mobilização de Ca
Parto Hipocalcemiasub-clinica
( [Ca] < 8.59 mg/dL)
Metrite
43
[Ca+2 ]i para ativação de PMNL
Adapted form: Nunez and Demaurex (2010)
Imunidade inata Função celular
Cortesia: J. E. Santos
Hipocalcemia Clinica Reduz Producao de Leite e Predispoe Vacas a Outras Enfermidades
Hipocalcemia
DA (3.4x)
Cetose (8.9x)
RP (2.8x) Metrite (1.5x)
Produção em 14%
Estratégias para Reduzir o Risco de Hipocalcemia
• Dietas pré-parto com baixas concentrações de Ca
• Redução da absorção intestinal de Ca
• Alterar o status ácido-básico da dieta
• Tratamento de vacas com Ca ao redor do parto
Mem
bran
acé
lula
r
Estrategias para Reduzir o Risco de Hipocalcemia
Espaço Intracélulare IntravascularLúmen do Trato
Intestinal
SO4-2
Cl-
H+
pH
H+
HCO3- PTH
DCAD Negativa Aumenta a Resposta ao PTH e Reduz Incidência de Hipocalcemia
Goff et al. (2014)CMS = 8 kg/dDCAD Positivo = + 181 mEq/kg DCAD Negativo = - 181 mEq/kg
• Redução na incidência de:
– Hipocalcemia clínica ~90 a 100%
– Hipocalcemia sub- clínica = 25% a 60% (Goff and Horst, 1998; Martinez et al., 2015)
Retorno Econômico ao Alimentar Sais Aniônicospara Vacas durante o Pré-parto
Retorno por vaca por ano = $10.81
Estratégias para Reduzir o Risco de Hipocalcemia
• Tratmento de vacas com soluções orais de Ca imediatamente após o parto
• Oetzel and Miller (2014) demonstraram que houve melhor desempenho de
vacas com produção acima da média do rebanho e vacas com score de
locomoção > 3 tratadas com Ca oral (Bovikalc)
• Martinez et al. (JDS in press)
– 225 vacas com problemas de parto
– 225 vacas saudáveis
1,001,051,101,151,201,251,301,351,401,45
0 0,5 24 48 72 96
Control
CaS1
CaS4
Ca2
+, m
M
*
*
‡
Primíparas
‡‡
Hora após tratamento com Ca
1,001,051,101,151,201,251,301,351,401,45
0 0,5 24 48 72 96
Control
CaS1
CaS4
Multíparas
**
Hora após tratamento com Ca
Concentracoes de Ca2+ de Acordo com Paridade
CaS, P < 0.01Duration, P < 0.01
Parity, P < 0.01
* Dentro de uma hora, Controle vs. (CaS1+CaS4) – P < 0.01‡ Dentro de uma hora, CaS1 vs. CaS4 – P < 0.05
Martinez et al. (2016) JDS - Article in press
Suplementação Oral de Calcio por 2 a 4 dias após o Parto
• Vacas primíparas
– Aumentou incidencia de metrite
– Reduziu a producao de leite em novilhas saudaveis (baixo risco para
hipocalcemia)
– Efeito negativo sobre performance reprodutiva
• Vacas multiparas
– Não diminuiu a incidência de metrite
– Reduziu a incidência de algumas doenças (mastite e problemas
digestivos e respiratório)
– Melhorou a performance reprodutiva
Martinez et al. (2016) JDS - Article in press
Manejo Nutricional para Prevenção de Hipocalcemia
• Manter diferença cation-anion < -50 mEq/kg comecando 14 a 28
d antes do parto
– Cálculo mais comumente utilizado: DCAD = [(Na + K) – (S + Cl)]
– Adicionar sais aniônicos (ex. CaCl2, MgCl, MgSO4, CaSO4, HCl)
– Controlar K+ (feno de alfafa)
– Ajustar Mg para garantir absorcao de Ca
• Rebanhos com alto risco de hipocalcemia = tratar vacas
maduras (> 2a lactação) com Ca durante os primeiros 2 ou 3
DEL até corrigir o problema
Tratamento Hormonal de Vacas em Transição
Tratamento de Animais Subnutridos com SomatotropinaAfeta Concentração de IGF-1 e Imunidade
• Humanos deficientes em somatotropina tratados com somatotropina tem
aumento em 50% na população de leucocitos polimorfonucleares
• Vacas que perdem ECC durante o período seco tem IGF-1
• Vacas holandesas (n = 40)
multiparas diagnosticadas com
metrite durante o pos-parto
tinham menor concentracao
de IGF-1 durante o pre-parto
Met-BCS<2.5
Met-BCS>3
Healthy-BCS<2.5
Healthy-BCS>3
Kasimanickam et al. (2013)
Efeito do Tratamento de Vacas com rbST durante o Periparto na Imunidade e Saúde
• Vacas (lactação > 1) holandesas aos 255 ± 3 d de gestação foram
alocadas aleatoriamente a 1 de 3 tratamentos:
– controle = sem rbST
– 125 mg de rbST a cada 7 d = 17.9 mg/d
– 87.5 mg de rbST a cada 7 d = 12.5 mg/d
• Vacas com ECC > 3.75 e EL < 2
– Vacas com ECC alto (> 3.75) tem menor
concentração de IGF-1 entre 7 e 14 d pós-parto
Efeitos do Tratamento de Vacas Periparto com 125 mg de rbST sobre Função Imune, Metabolismo e Saúde
Parâmetro Pré-parto Pós-partoGH 38%** 66%**IGF-1 13%* NS
Fagocitose por células PMN 15%** NS
Oxidação por células PMN 29%** NS
Concentração de IgG anti-ovalbumina 52%* NS
NEFA NS NS
BHBA NS 13%₸
Glicose NS NS
Concentração de lipídeos no fígado NS NS
Concentração de TG no fígado NS NS
Concentração de glicogênio no fígado NS NS
Condição corporal NS 5%* ( 0.17 unit)Incidência de metrite NA 66%**** P < 0.01* P = 0.01 – 0.05₸ P = 0.06 – 0.10
Efeito do Tratamento de Vacas durante o Periparto sobre Saúde, Produção e Reprodução
• Experimento conduzido em 2 fazendas no meio-oeste dos EUA:– Rebanho holandes (2,400 vacas em lactação) – n = 302
– Rebanho jersey (8,400 vacas em lactação) – n = 522
• Vacas pareadas por lactação, ECC, e produção na lactação previa– Controle: não tratadas
– rbST125: tratadas com 125 mg de rbST a cada 7 d entre -21 e +21 d relativo
ao parto• Vacas que receberam < 2 tratamentos de rbST antes do parto foram excluidas
• Resultados de interesse– Saúde: distocia, retenção de placenta, metrite, descarga vaginal purulenta (35
± 3 DEL)
– Produção de leite nos primeiros 30 DEL
– Performance reprodutiva
Efeito do Tratamento com rbST sobre Saúde de Vacas Holandêsas e Jersey
Ítens, %Holandêsas Jersey P-value
Controle rbST125 Controle rbST125 Trt Herd Trt x Herd
Natimorto 5.3 2.7 3.4 7.5 0.65 0.24 0.09
Hipocalcemia sub-clínica 13.0 18.2 0.0 22.2 0.20 0.95 0.96
Retenção de placenta 14.3 6.1 1.5 1.2 0.08 <0.01 0.49
Metrite 26.2 16.6 19.9 13.3 <0.01 <0.01 0.95
Metrite aguda - - 8.7 5.4 0.15 - -
VPD aos 35 ± 3 DEL - - 15.4 16.0 0.91 - -
Ketosis 9.4 11.3 8.5 13.4 0.08 0.02 0.64
DA 60 DEL 4.0 6.0 2.3 0.8 0.80 0.03 0.12
Mastite até 60 DEL 22.5 27.8 7.2 9.3 0.18 <0.01 0.73
Descarte até 60 DEL 7.3 11.3 6.8 7.0 0.31 0.81 0.22
Efeitos do Tratamento com rbST sobre Produção de Leite corrigido para Gordura (30 DEL)
ECC -28 DEL
TRT - P = 0.01
ECC -28 DEL - P = 0.20
TRT x ECC -28 DEL - P = 0.38
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
< 3.25 3.25 > 3.25 Overall
Pro
duçã
o de
LC
G, k
g/d
Controle
rbST125
Efeitos do Tratamento com rbST durante o Periparto sobre Saude e Produção de Leite
• Tratamento de vacas holandêsas e jerseys durante o periparto com
rbST (125 mg de rbST entre -21 a 21 d relativo ao parto):
– Reduziu a incidência de retenção de placenta e metrite, mas não teve
efeito sobre descarga vaginal purulenta aos 35 DEL
– Tende a aumentar a incidencia de cetose
– Não afetou ECC pre-parto, mas resultou em ECC menor pos-parto
– Aumento na produção de leite (~2.5 kg/d) nos primeiros 30 DEL
– Resultados independentes de ECC, paridade, e fazenda
Retorno Econômico do Tratamento de Vacas com rbST durante o Periparto
• Retorno não existiria caso o preço deleite fosse < $8/cwt ($0.18/kg)
Retorno por vaca por ano = $19.41
Fator Estimulante de Colonia de Granulocito(FECG)
• FECG é uma citocina que estimula
a granulopoeise
• Fator de crescimento que
favorece a proliferação e
diferenciação de celulas
precursoras da hematopoiese
• Aumenta a atividade de neutrofilos
circulantes
• Utilizado em pacientes de cancer
sob quimioterapia e que sofrem de
leucopenia
www.slideshare.net
• Tratamento de vacas com FECG (16 mg) aos -6 dias antes do parto e dentro das
primeiras 24 h pos-parto
• Nao houve efeito de tratamento sobre fagocitose e oxidação
Uso de Fator Estimulante de Colônia de Granulócito em Vacas em Transição
• Respostas imunológicas importantes:– Aumento na concentração de neutrófilos
– Em alguns estudos, aumento na produção de anti-corpos e atividade de
neutrófilos
• Experimentos conduzidos para a aprovação do produto na Europa e EUA
demonstram redução da incidência de mastite nos primeiros 30 DEL de
28%– Relatos de veterinários da Nova Zelândia indicam que FECG tem efeito
positivo contra mastite durante o pós-parto
• Perguntas que ainda precisam ser respondidas:– Como situações de manejo e condições fisiológicas afetam a resposta ao
FECG?
– Retorno economico sobre o uso de FECG
Incidência de Mastite Clínica entre 14 e 100 DIM
0
5
10
15
20
25
30
Arruda et al.(2013)
Gohary et al.(2014)
Hernandezet al. (2012)
Krömker etal. (2014)
Ribeiro et al.(2014)
Santos et al.(2004)
Silva et al.(2013)
Silva et al.(2014)
Vercouterenet al. (2015)
Inci
dên
cia,
%
Retorno Econômico do Uso de FECG em Vacas de Transição
Apenas quando incidência > 32% retorno é positivo
Outras Estratégias de Manejo que Reduzem a Incidência de Mastite após o Parto
• Vacina contra coliformes fecais– Apesar de não afetar a incidência de mastitie, tais vacinas
reduzem a severidade dos casos de mastite por coliformes fecais• Produção de leite
– produção -14 a 21 d após diagnóstico = 7.6 kg/d menor para vacas
vacinadas (Wilson et al., 2008)
– produção até 120 DEL = +264 kg/vaca (Bradley et al., 2015)
• Selante interno do teto– Redução da incidência de mastite = 25 a 60% (Berry and Hillerton, 2002;
Godden et al., 2003; Cook et al., 2005*)
– Custo do tratamento = $1.80/vaca
– Praticamente, qualquer rebanho terá retorno econômico +
Uso de Monitores de Ruminação e Atividade para Auxiliar no Diagnóstico e Tratamento de Vacas em Transição
Sistema de Monitoramento de Ruminação e Atividade
200250300350400450500550
-17 -14 -11 -8 -5 -2 1 4 7 10 13 16
Rum
inaç
ão(m
in/d
)
Dia relativo ao parto
HealthyMetritis
200250300350400450500550
-17 -14 -11 -8 -5 -2 1 4 7 10 13 16
Rum
inaç
ão(m
in/d
)
Dia relativo ao parto
HealthySCK
Padrão de Ruminação de acordo com Doencas
200250300350400450500550
-17 -14 -11 -8 -5 -2 1 4 7 10 13 16
Rum
inaç
ão(m
in/d
)
Dia relativo ao parto
HealthySCHC
200250300350400450500550
-17 -14 -11 -8 -5 -2 1 4 7 10 13 16
Rum
inaç
ão(m
in/d
)
Dia relativo ao parto
Healthy
RFM
Diferencas em ruminação pre-parto entre vacas saudaveis e doentes pode nao ser suficiente para identificar vacas em alto risco para doencas
Doencas metabolicas e infecciosas = Redução na ruminação pos-partoAlterações em ruminação nao sao especificas = Exame fisico = Diagnostico
SaudavelSaudavel
Saudavel
SaudavelMetrite
Efeito da Adição de um Sistema de Monitoramento de Ruminação e Atividade no Pós-parto
• Vacas receberam colares de ruminacao e atividade entre -60
e 60 d relativo ao parto (n = 615):
– Controle: producao diaria + exame (4, 7 e 10 DEL) + observacao
– Ruminacao: Adicao da informacao sobre o indice de saude
(ruminacao) duas vezes ao dia
• Concentracao de BHBA semanalmente (0 a 14 DEL)
– Cetose = BHBA > 1.000 mmol/L entre 0 e 14 DEL
• Concentracao de Ca total entre 0 e 3 DEL
– Hipocalcemia sub-clinica: Ca < 8.55 mg/dL
• Vacas avaliadas pre e pos-parto para ECC e doencas
Incidência de Doenças de acordo com Alteração de Ruminação
Doença, % Normal RumAlt P-value
n = 275 n = 335
RP 0.7 3.8 0,02
Metrite 18.9 36.4 <0.001
Cetose 2.1 10.4 <0.001
Hipocalcemia clin. 1.1 2.9 0,12
DA 0 4.4 *
Mastite 2.5 10.1 <0.001
Outra 12.3 28 <0.001
Qualquer doença 32 61.5 <0.001
Associação entre Baixa Ruminação e Produção de Leite
0
20
40
60
80
100
120
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 101112131415161718192021222324252627282930
Leite
, lb/
d
Dia em leite
Blind/Healthy
Blind/LowRumination
Rum/Healthy
Rum/LowRumination
Incidência de Doenças de acordo com Tratamento
Doenças, %Tratamento
P -valueControlen = 317
Ruminaçãon = 293
RP 2.5 2.3 0,91
Metrite 29 27.8 0,77
Cetose 6.3 7.1 0,67
Hipocalcemia clínica 3.1 1 0,06
DA 1.9 3 0,35
Mastite 6.3 7.1 0,67
Outras 18.6 23.5 0,13
Qualquer doenca 47 49.1 0,59
Descarte ate 60 DEL 5.4 6.8 0,68
Intervalo entre Parto e Diagnóstico de Doenças de acordo com Tratamento
DoençaTratamento
P-valueControle Ruminação
RP 1.87 ± 0.64 2.42 ± 1.39 0,4
Metrite 13.41 ± 6.78 12.80 ± 6.77 0,56
Cetose 8.26 ± 5.37 5.8 ± 4.23 0,05
Hipocalcemia clin. 1.8 ± 1.98 2.66 ± 3.05 0,72
DA 15.33 ± 7.58 14.11 ± 6.95 0,69
Mastitis 6.90 ± 4.93 12.71 ± 8.33 0,03
Outras 10.83 ± 8.22 10.08 ± 7.67 0,73
Qualquer doença 10.99 ± 7.55 11.14 ± 7.46 0,66
Efeito do Tratamento sobre a Produção de Leite nos primeiros 30 DEL
TRT – P = 0.50TRT x day – P = 0.03
Day relative to calving
Producao total de leite ate 30 DEL:Controle = 2116.1 ± 41.0 kgRuminação = 2044.5 ± 41.2 kg
Uso de Sistema Automático de Detecção de Cio
Distribuição da Primeira Inseminação e Eficiência Reprodutiva
405060708090
100110120130140
5/26 7/15 9/3 10/23 12/12 1/31 3/21 5/10 6/29 8/18
DEL
a pr
imei
ra IA
Data da primeira IA• Prenhez ao 1a serviço:
− IA = 33% (~80%)− ET = 35% (~20%)
• Taxa de detecção de cio = 57.6%• Taxa de prenhez = 16.1%
Avaliação da Eficiência Reprodutiva de Acordo com Cios detectados por Atividade
• Utilização do sistema de
monitoramento de atividade
poderia reduzir intervalo até
primeira IA e entre IA
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
47 50 53 56 59 62 65 68 71 74 77 80 83 86 89 92 95 98 101
104
107
110
113
116
119
Per
cen
tag
em
Dia em leite
Interval to first service
Interval to first eligible heat
Eficiencia da Deteccao de Cio comparado com Monitoramento de Atividade
• Eficiência de detecção de cio para as 3 primeiras IA = 43%
(214/498)
– Eficiência de detecção de cio para a primeira IA = 61.2%
– Entre todas as vacas do rebanho
• 0.46/vaca de cios elegíveis ‘perdidos’
• Média de dias ‘perdidos’ = 7 d/vaca
• Acurácia de detecção de cio (serviços entre 0 e 24 h do
cio) = 64.1%
Acuracia da Deteccao de Cio de acordo com Sistema de Monitoramento de Atividade
• Tempo fixo:
– IA = 29.8%
– ET = 30.4%
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
IA ET Geral
Pre
nh
ez, %
PrecisoInpreciso
Estratégias para Melhorar a Fertilidade e Retorno Econômico
• Utilização do sistema de monitoramento de atividade + tempo fixo (4,000 vacas em lactação):– Investimento inicial = $315,000.00 – Durabilidade = 5 anos– Taxa de retorno anual de aplicação bancária = 0.5%
– Perda de capital = $594,206.94– Dia vazio = $2.50– Custo de reposição = $770– Bezerro IA = $500– Bezerro ET =$1,000
– Retorno = $96.85/vaca por ano
Performance Atual Atividade
Taxa de detecção de cio 57.6% 64.0%
Taxa de prenhez 16.1% 21.3%
Dias vazio 156 137
Bezerros de IA 3097 3245
Bezerros de ET 380 435
Indiscutível positivo
Água
Comida
Esfriamento
Limpeza
Separar vacas e novilhas
Antibiótico intra-mamário+ selante interno
Dietas acidogênicas
Reprodução agressiva
Monensina
Selênio e vitamina E
Possíveis benefícios
Colina
Niacina
rbST peri-parto
Leveduras
Ácidos graxos
Colares de ruminação
Balanceamento de aa
FECG (preço)
Cálcio oral (certassituações)
Indiscutível sem benefícios
Eliminar reagrupamento
Lotação < 80% no pré-parto
Tratamento profilático com antibiótico
E imprescíndivel saber:Incidencia de doncas
Custo de doencas
Obrigado!!!Ricardo C. ChebelDepartment of Large Animal Clinical SciencesDepartment of Animal SciencesCollege of Veterinary MedicineUniversity of [email protected]
Tratamento Profilático com Antibiótico de Vacas de Alto Risco para Metrite
Tratamento Preventivo de Vacas com Alto Risco para Metrite com Ceftiofur
• 12 fazendas comerciais dos EUA
• Fatores de risco: RP, gêmeos, distocia
• Tratamentos:
– Ceftiofur: 6.6 mg of CCFA/kg, nas primeiras 24 h pós-parto (n =
343)
– Controle: nenhum tratamento (n = 339)
• Resultados de interesse:
– Incidência de metritie aos 7, 14, e 21 DEL
– Produção, reprodução, descarte
McLaughlin et al. (2013)
Efeito do Tratamento Profilático com Ceftiofur sobre a Incidência de Metrite em Vacas de Alto Risco
McLaughlin et al. (2013)
Tratamento P – value
Incidência de
metriteControle CCFA-SS
Estudo 1 n = 120 n = 121
0 a 7 ± 2 33.5 20.3 0.04
0 a 14 ± 2 36.8 20.2 0.03
0 a 21 ± 2 35.3 20.5 0.04
Estudo 2 n = 219 n = 222
0 a 14 43.5 28.7 0.05
• Redução na incidência de metrite entre os dias 0 a 21 de cerca de 35-40%
Efeito do Tratamento Profilático com Ceftiofur sobre Performance (~270 DEL) de Vacas de Alto Risco para Metrite
McLaughlin et al. (2013)
Item Controle CCFA-SS P-value
Vacas vendidas, % 15.5 4.6 15.9 4.7 0.92
Vacas mortas, % 9.9 3.1 7.3 2.5 0.41
Incidência de mastitie, % 34.1 6.3 33.6 6 0.95
Produção de leite ME (305d), kg 12,039.7 456.3 12,141.8 456.3 0.72
Produção de leite (270d), kg 8,909.0 468.6 9,129.9 462.2 0.65
Dias vazio 147 7.4 143 7.1 0.61
Número de inseminações 2.9 0.1 2.7 0.1 0.34