resumo engenharia de reservatorios
TRANSCRIPT
![Page 1: Resumo Engenharia de Reservatorios](https://reader031.vdocuments.mx/reader031/viewer/2022021112/55cf92cf550346f57b99bcbb/html5/thumbnails/1.jpg)
Resumo Engenharia de Reservatórios
Def.: A Engenharia de reservatórios se preocupa basicamente com a retirada dos
Fluidos do interior das rochas, de modo que eles possam ser conduzidos ate a superfície.
1) Propriedades Básicas: são as propriedades que determinam as quantidades de fluidos
existentes no meio poroso, sua distribuição, capacidade de se moverem e a
quantidade a ser extraída.
a. Compressibilidade: os Poros da rocha-reservatório estão cheia de fluidos que
exercem pressão sobre as paredes do mesmo. O volume dos poros é uma
função da sua pressão interna. Ao ser retirado uma certa quantidade de fluido
da rocha, a pressão é reduzida e, conseqüentemente, o volume dos poros
também reduz.
b. Saturação: Como as rochas reservatórios contem água, e não só óleo, para se
estimar a quantidade de óleo presente na formação é necessário estabelecer
que percentual do volume poroso é ocupado por cada fluido(óleo, água e gás).
c.
Permeabilidade Absoluta: É quando existe apenas um único fluido saturando
a rocha. Quanto maior e mais conectados os poros da rocha, maior será sua
permeabilidade.
d.
Permeabilidade Efetiva: é a facilidade com que outros fluidos se movem no
meio poroso. Assim, esse fator depende da saturação de cada fluido no meio
poroso. Cada valor de saturação de um fluido corresponde a um valor de
permeabilidade efetiva daquele fluido.
e. Permeabilidade Relativa: consiste em dividir os valores das permeabilidades
efetivas por um mesmo valor de permeabilidade escolhido como base.
f.
Molhabilidade: é uma relação entre a permeabilidade efetiva e a sua
viscosidade. Tendência que um fluido tem de molhar a superfície de um sólido,
função da afinidade físico-química das moléculas do fluido pelas substâncias
que compõem o sólido.
2) Classificação dos Reservatórios: a classificação é feita de acordo com o
comportamento na mistura nele contida. Quando se começa a produção, tanto o
fluido que é produzido quanto o que permanece na formação sofrem alterações
devido as mudanças das condições as quais estão submetidos. O fluido produzido,
passa das condições de reservatório de temperatura e pressão, para as condições de
superfície.
a. Reservatório de Óleo: quando começa a produção desse reservatório, ocorre
a liberação de gases (partes mais leves), e o óleo (parte liquida) reduz seu
volume quando levado as condições de superfície. De acordo com o grau de
redução de volume, o óleo pode ser classificado como Óleo de baixa contração
(óleo normal) e óleo de alta contração (óleo volátil).
b.
Reservatórios de Gás: é a jazida de petróleo que contem uma mistura de
hidrocarbonetos que se encontram no estado gasoso nas condições de
reservatório. Esse reservatório pode ser de Gás Úmido (quando essa mistura
gasosa produz uma certa quantidade de liquido), Gás Seco (quando não
![Page 2: Resumo Engenharia de Reservatorios](https://reader031.vdocuments.mx/reader031/viewer/2022021112/55cf92cf550346f57b99bcbb/html5/thumbnails/2.jpg)
produz liquido) e Gás Retrogrado (quando esse gás se condensa a medida que
o reservatório vai sendo produzido).
3) Fluidos Produzidos: Um reservatório típico sempre apresenta uma vazão de produção
de óleo, uma de água e uma de gás. As vazões sempre são expressas nas condições de
superfície como metro cúbico standard ou barril standard, essas condições de
superfície são conhecidas como padrão.
a.
Produção de Óleo: corresponde a parte dos hidrocarbonetos que
permanecem no estado liquido quando a mistura é levada para a superfície.
b. Produção de gás: o gás produzido é resultado da composição de três partes. O
gás que já estava no estado gasoso nas condições de reservatório (gás livre), o
que se encontrava dissolvido no óleo e o que estava em solução com a água.
c. Produção de água: A água existente nos reservatórios é chamada água conata.
Sua produção depende muito do reservatório, da maturidade do mesmo e da
existência de aqüíferos próximos.
4)
Fator volume de Formação:
a. Do Gás: é a razão entre o volume que o gás ocupa numa condição de
temperatura e pressão qualquer e o volume ocupado nas condições padrão
(1atm e 20°C).
b.
Do óleo: é a razão entre o volume que a fase liquida ocupa numa condição de
temperatura e pressão qualquer e o volume ocupado nas condições de
superfície.
5) Razões:
a. Gas-óleo (RGO): é a relação entre a vazão de gás e de óleo, ambas as medidas
nas condições de superfície. Uma RGO elevada poderia ser o indicador que o
reservatório esta bastante depletado, ou que, a razão de componentes mais
voláteis na mistura liquida do reservatório é elevada.
b. Água-Óleo (RAO): é a relação entre a vazão de água e de óleo, ambas as
medidas nas condições de superfície.
c. BSW: é o quociente entre a vazão de água mais os sedimentos que estão
sendo produzidos e a vazão total de líquido e sedimentos.
6) MECANISMOS DE PRODUÇÃO: de inicio, os fluidos contidos em uma rocha
reservatório devem dispor de uma certa quantidade de energia para que possam ser
produzidos. Essa energia recebe o nome de energia natural ou primaria.
a.
GÁS EM SOLUÇÃO: A produção é resultado da expansão do gás que
inicialmente estava dissolvido e que vai saindo da solução a medida que o
reservatório vai produzindo e a pressão vai reduzindo. Quanto mais a pressão
cai,mais o gás se expande e mais liquido é deslocado. O processo seria
perfeito se não fosse o fato de que a medida que a pressão cai, mais e mais
hidrocarbonetos vão se vaporizando, e começa a aumentar a fase gasosa até
se transformar num fase continua e começar a ser produzida junto com o óleo.
Levando consigo a energia natural do reservatório. Devido a esse fato,
![Page 3: Resumo Engenharia de Reservatorios](https://reader031.vdocuments.mx/reader031/viewer/2022021112/55cf92cf550346f57b99bcbb/html5/thumbnails/3.jpg)
reservatórios com essas características necessitam muito cedo de algum
mecanismo de elevação artificial.
b. CAPA DE GÁS: A zona de óleo é colocada em produção, o que acarreta uma
redução na sua pressão devido a retirada de fluidos. Essa queda de pressão se
transmite para a capa de gás, que se expande penetrando gradativamente na
zona de óleo, “empurrando” o óleo para ser produzido.
c. INFLUXO DE ÁGUA: para que ocorra esse tipo de mecanismo é necessário que
a formação portadora de hidrocarbonetos esteja em contato direto com uma
grande acumulação de água (aqüíferos). Quando o reservatório produz, sua
pressão é reduzida e o aqüífero responde através da expansão da água nele
contida e da redução de seu volume poroso. Nesse instante há a invasão da
zona de óleo pelo volume da água excedente. Esse influxo de água vai deslocar
o óleo para os poços de produção, alem de manter a pressão elevada na zona
de óleo. Esse processo é continuo.
d. MECANISMO COMBINADO: como freqüentemente um reservatório de
petróleo possui mais de um fluido, é comum que mais de um mecanismo
desses atue na produção de um reservatório.