resumo do manifesto do partido comunista - por felipe arraes

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  • 7/23/2019 Resumo Do Manifesto Do Partido Comunista - Por Felipe Arraes

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    RESUMO DO LIVRO MANIFESTO DO PARTIDO

    COMUNISTA.

    Ref: MARX, Karl & ENGELS, Frer!r"#. Ma$fe%' !' Par!'C'()$%a. E!. Mar$ Clare, S*' Pa)l', +-.

    PREF/CIO 0 EDI12O ALEM2 DE -34+

    A liga dos Comunistas, uma associao operria internacional, s podia ser

    clandestina, em seu congresso realizado em Londres em novembro de 1847 encarregou

    os signatrios da redao para publicao de um detalado programa terico e prtico

    de partido! Assim, surgiu o Manifesto "ue se segue, cu#o manuscrito $oi para aimpresso em Londres poucas semanas antes da %evoluo de &evereiro!

    Ainda "ue as condi'es tenam se modi$icado muito nos (ltimos vinte e cinco anos, os

    princ)pios gerais desenvolvidos nesseManifesto, grosso modo, ainda conservam o#e a

    sua interao correo! Alguns pontos poderiam ser melorados! A aplicao prtica

    desses princ)pios, como e*plica o prprio +ani$esto, depender sempre e em "ual"uer

    lugar das circunstncias istricas e*istentes, por isso no se pode atribuir um peso

    especial para as medidas revolucionrias propostas ao $inal da segunda parte! -o#e, essapassagem seria redigida de outra $orma em vrios pontos! &rente ao imenso

    desenvolvimento da grande ind(stria nos (ltimos vinte e cinco anos, e com isso os

    avanos da organizao partidrias da classe trabaladora, $rente .s e*peri/ncias

    prticas, primeiro da %evoluo de &evereiro e, posteriormente, ainda mais com a

    Comuna de 0aris, o#e esse programa est anti"uado em alguns pontos! obretudo a

    Comuna de 0aris provou "ue 2a classe trabaladora no pode simplesmente se apoderar

    da atual m"uina estatal e coloc3la em movimento para os seus prprios ob#etivos!Al5m disso, 5 claro "ue a cr)tica da literatura socialista est incompleta para os dias de

    o#e por"ue ela vai apenas at5 em 18476 assim como as considera'es sobre a posio

    dos comunistas em relao aos di$erentes partidos de comunistas em relao aos

    di$erentes partidos de comunistas em relao aos di$erentes partidos da oposio seo

    9:, ainda "ue se#am corretas em seus traos $undamentais at5 o#e, em sua e*posio

    esto superadas mesmo por"ue a situao pol)tica trans$ormou3se completamente e o

    desenvolvimento istrico levou ao desaparecimento da maioria dos partidos

    enumerados!

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    Contudo, o Manifesto5 um documento istrico "ue no temos mais o direito de

    modi$icar! ;alvez uma nova edio se#a acompanada de uma introduo cobrindo o

    intervalo de 1847 at5 agora6 # "ue a presente reimpresso nos pegou de surpresa, no

    nos dei*ando tempo pra isso!

    Karl Marx Friedrich Engels

    Londres, PREF/CIO 0 RUSSA DE -33+

    A primeira edio russa do Manifesto do Partido Comunista, com traduo de

    =a>unin, $oi lanada no in)cio dos anos 18?@, na tipogra$ia doKolokol.a 5poca, uma

    edio russa desse te*to tina para o Bcidente, no m*imo uma curiosidade literria!

    ada melor "ue o (ltimo cap)tulo 2A posio dos comunistas em relao aos

    di$erentes partidos de oposio para mostrar o limitado alcance da rea de in$lu/ncia

    do movimento operrio na 5poca da primeira edio do Manifesto! A) $altam sobretudo

    a %(ssia e os Dstados Enidos! Dra o tempo "ue a %(ssia $ormava a grande reserva da

    reao europeia e a emigrao para os Dstados Enidos absorvia as $oras e*cedentes do

    proletariado europeu! Ambos os pa)ses abasteciam a Duropa com mat5ria3prima e

    serviam, ao mesmo tempo, como mercados para a venda de seus produtos industriais!

    Dnto, de um modo ou de outro, ambos pareciam os pilares da ordem social europeia!

    Como tudo isso mudou o#eF 0recisamente a emigrao europeia possibilitou o

    colossal desenvolvimento da agricultura norte3americana, "ue com a sua concorr/ncia

    sacudiu a grande e a pe"uena propriedade de terra na Duropa 3 abalada at5 os seus

    alicerces! Ao mesmo tempo, ela possibilitou "ue os Dstados Enidos participassem da

    e*plorao de seus abundantes recursos industriais, e com tal energia e em tal dimenso

    "ue em pouco tempo dever acabar o monoplio industrial da Duropa ocidental,

    sobretudo na nglaterra! A pe"uena e m5dia propriedade da terra dos lavradores, a base

    de todo o ordenamento pol)tico norte3americano, sucumbe cada vez mais . concorr/ncia

    das grandes $azendas6 e nos distritos industriais $orma3se ao mesmo tempo um

    numeroso proletariado pela primeira vez, ao lado de uma $antstica concentrao do

    capital!

    Bra, e a %(ssiaF a 5poca da revoluo de 1848 e 184G, no apenas os pr)ncipeseuropeus como tamb5m a burguesia europeia viam na interveno russa a (nica

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    salvao $ace ao proletariado "ue apenas comeava a despertar! B Czar $oi proclamado

    o ce$e da reao europeia! -o#e ele 5 prisioneiro de guerra em Htcina e a %(ssia 5 a

    vanguarda da ao revolucionria na Duropa!

    A tare$a doManifesto Comunista$oi proclamar o $im inevitvel e iminente da modernapropriedade burguesa! +as na %(ssia, temos mais da metade do solo como propriedade

    comum dos camponeses! Dnto se pergunta pode a comunidade camponesa russa passar

    diretamente a uma $orma mais elevada, comunista, ou ela tem de passar antes pelo

    mesmo processo de dissoluo apresentado pelo desenvolvimento istrico do

    BcidenteI

    A (nica resposta poss)vel a essa pergunta o#e 5 a seguinte se a revoluo russa $or

    sinal para uma revoluo operria no Bcidente, complementando3se uma a outra, ento

    a atual propriedade comum russa poder servir como ponto de partida para um

    desenvolvimento comunista!

    Karl Marx Friedrich Engels

    Londres, PREF/CIO 0 ALEM2 DE -335

    n$elizmente, teno "ue assinar sozino o pre$cio desta edio! +ar* descansa no

    Cemit5rio de -iggate e sobre seu t(mulo # cresce a primeira grama! Jesde a sua

    morte no se pode mais $alar de uma re$ormulao ou complementao do Manifesto.

    0or isso eu considero necessrio con$irmar a"ui de $orma e*pressiva mais uma vez o

    seguinte

    B pensamento $undamental "ue atravessa oManifestoK "ue a produo econmica e a

    articulao social "ue dela necessariamente decorre para cada 5poca istrica, $ormam abase para a istria pol)tica e intelectual dessa mesma 5poca6 "ue toda a istria $oi uma

    istria das lutas de classes e*ploradas e e*ploradoras, dominadas e dominantes nos

    di$erentes estgios do desenvolvimento social6 mas "ue agora essa luta atingiu um

    estgio em "ue a classe e*plorada e oprimida no pode libertar3se da classe e*ploradora

    e opressora sem ao mesmo tempo libertar sempre toda a sociedade da e*plorao,

    opresso e das lutas de classe 3, esse pensamento essencial pertence (nica e

    e*clusivamente a +ar*!

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    Du # disse isso vrias vezes6 mas agora 5 necessrio "ue este#a antes do prprio

    Manifesto.

    Friedrich Engels

    Londres,

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    Jesde "ue o precedente $oi escrito, novamente se tornou necessria uma nova edio

    alem do Manifesto,e tamb5m muitas coisas aconteceram com o Manifesto"ue devem

    ser mencionadas a"ui!

    Ema segunda traduo russa K de 9era Pasulitc K apareceu em 188Com o desaparecimento do movimento operrio da revoluo de $evereiro do palco

    p(blico, tamb5m oManifesto $icou em segundo plano!

    B proudonismo na &rana e o lassalianismo na Alemana estavam desaparecendo, e

    tamb5m as Trade-Unions conservadoras inglesas, ainda "ue em sua maioria # tivessem

    cortado a tempo os laos com a nternacional, paulatinamente apro*imavam3se do

    momento em "ue o seu presidente podia declarar em seu nome no ano passado, emNansea 2B socialismo continental no nos causa medo! a verdade, os princ)pios do

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    Manifesto tinam realizado considerveis progressos entre os trabaladores de todos os

    pa)ses, da ib5ria . Cali$rnia!

    20roletrios de todos os pa)ses, uni3vosF - "uarenta e dois anos, "uando lanamos

    ao mundo essas palavras, poucas vozes responderam na v5spera da primeira revoluoparisiense, na "ual o proletariado apareceu com as prprias reivindica'es! +as em

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    mostram3se na rpida di$uso das ideias socialistas entre os trabaladores poloneses e

    no crescente interesse peloManifesto.

    B rpido desenvolvimento da ind(stria polonesa, "ue dei*ou a russa para trs, 5 uma

    nova prova da indestrut)vel $ora do povo polon/s e uma nova garantia do iminenterenascimento nacional! B renascimento de uma $orte 0olnia independente 5 por5m uma

    "uesto "ue no diz respeito apenas aos poloneses, mas a todos ns! Ema cooperao

    internacional sincera das na'es europeias s 5 poss)vel "uando cada uma dessas na'es

    $or inteiramente autnoma em sua prpria casa!

    Friedrich Engels

    Londres, 1@ de $evereiro de 18G

    AO LEITOR ITALIANO 7PREF/CIO 0 EDI12O ITALIANA DE

    -3658

    0ode3se dizer "ue a publicao doManifesto do Partido Comunista coincidiu com o

    18 de maro de 1848, dia das revolu'es de +ilo e =erlim, "ue representaram revoltas

    de duas na'es "ue se encontram no centro6 duas na'es at5 ento en$ra"uecidas pela

    diviso territorial e por disputas internas, caindo por isso sob dom)nio estrangeiro!

    Dn"uanto a tlia estava submetida ao imperador da Sustria, a Alemana so$ria o #ugo,

    indireto mas no menos e$etivo, do Czar de todas as %(ssias! As conse"u/ncias do 18 de

    maro de 1848 libertaram a tlia e a Alemana dessa in$mia6 se essas duas grandes

    na'es se restabeleceram e se reencontraram consigo mesmas no per)odo de 1848 at5

    1871, isso aconteceu, em certa medida, como dizia +ar*, por"ue as mesmas pessoas

    "ue derrotaram a revoluo de 1848 tornaram3se os seus e*ecutores testamentrios

    contra a sua vontade!

    0or todas as partes, essa revoluo $oi obra da classe trabaladora! os trabaladores

    de 0aris tinam a declarada inteno de derrubas o dom)nio da burguesia "uando

    derrubaram o governo! +as em nenum pa)s o dom)nio da burguesia 5 poss)vel sem a

    independ/ncia nacional! Jesse modo, a revoluo de 1848 tina "ue levar consigo a

    unidade e a independ/ncia da"uelas na'es "ue no as tinam tlia, Alemana,

    -ungria! A 0olnia as seguir a se tempo!

    e a revoluo de 1848 no $oi uma revoluo socialista ela por5m aplainou o caminoe preparou o terreno para ela! em a restituio da independ/ncia e da unidade de cada

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    nao, nem a unio internacional do proletariado, a cooperao pac)$ica e inteligente

    dessas na'es no poderia contribuir para a con"uista de ob#etivos comuns!

    As batalas de 1848 no $oram em vo! Bs $rutos amadurecem, e tudo o "ue eu dese#o

    5 "ue a publicao desta traduo italiana doManifesto se#a um bom pressgio para avitria do proletariado italiano, assim como a edio do original $oi para a revoluo

    internacional!

    B Manifesto $az #ustia ao papel revolucionrio desempenado pelo capitalismo no

    passado! A primeira nao capitalista $oi a tlia! B $im do $eudalismo medieval, o

    comeo do capitalismo moderno est marcado por uma $igura grandiosa um italiano,

    Jante, 5 o (ltimo poeta da dade +5dia e, ao mesmo tempo, o primeiro dos tempos

    modernos! Jar3nos3o aos italianos um novo Jante "ue anunciar o nascimento dessa

    nova era proletriaI

    Friedrich Engels

    Londres, 1 de $evereiro de 18GM!

    I 9 URGUESES E PROLET/RIOS

    A istria de todas as sociedades e*istentes at5 o#e 5 a istria da luta de classes!

    Luta entre opressores e oprimidos, "ue sempre terminou ou com uma trans$ormao

    revolucionria de toda a sociedade, ou com o $im comum das classes em luta!

    A moderna sociedade burguesa, "ue surgiu das ru)nas da sociedade $eudal, no

    eliminou os antagonismos de classe! Dla apenas colocou, no lugar das antigas, novas

    classes, novas condi'es de opresso, novas $ormas de luta! A 5poca da burguesia caracteriza3se por aver simpli$icado os antagonismos de classe!

    ;oda a sociedade divide3se em duas grandes classes, diretamente contrapostas K a

    burguesia e o proletariado!

    Jos servos da dade +5dia sa)ram os moradores dos arredores das primeiras cidades6

    desses se desenvolveram os primeiros elementos da burguesia!

    B modo de $uncionamento da ind(stria, at5 ento $eudal ou corporativo, no era maissu$iciente para as crescentes necessidades dos novos mercados! A manu$atura tomou seu

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    lugar! Bs mestres de corporao $oram substitu)dos pela camada m5dia industrial6 a

    diviso do trabalo entre as di$erentes corpora'es desapareceu com a diviso do

    trabalo em cada o$icina!

    +as os mercados continuavam a se e*pandir, as necessidades aumentavam! A prpriamanu$atura # no era mais su$iciente! Dnto, o vapor e a ma"uinaria revolucionaram a

    produo industrial! o lugar da manu$atura, entrou a grande ind(stria moderna, no

    lugar da cama m5dia industrial, entraram os milionrios, os ce$es de e*5rcitos

    industriais inteiros, os burgueses modernos!

    A grande ind(stria criou o mercado mundial e esse deu ao com5rcio, . navegao, .s

    comunica'es por terra um desenvolvimento incomensurvel! Dste in$luenciou a

    e*panso da ind(stria, e, na mesma medida em "ue se e*pandiam a ind(stria, o

    comercio, a navegao, as estradas de $erro, se desenvolvia a burguesia6 ela

    multiplicava seus capitais, empurrando as classes legadas pela dade +5dia para

    segundo plano!

    A prpria burguesia moderna 5 o produto de um longo processo de desenvolvimento,

    de uma s5rie de trans$orma'es no modo de produo e circulao!

    Cada estgio de desenvolvimento da burguesia $oi acompanado por umcorrespondente avano pol)tico!

    A burguesia desempenou na istria um papel altamente revolucionrio! Dla eliminou

    sem piedade todos os diversi$icados laos $eudais "ue ligavam as pessoas aos seus

    superiores naturais, no dei*ando nenum outro entre as pessoas "ue o puro interesse,

    "ue o $rio 2pagamento . vista! &ez da dignidade umana um simples valor de troca6 no

    lugar das in(meras liberdades duramente con"uistadas colocou a liberdade do com5rcio

    sem escr(pulo! Dm uma palavra, ela colocou no lugar da e*plorao velada com ilus'espol)ticas e religiosas a e*plorao aberta, descarada, direta, seca!

    A burguesia trans$ormou o m5dico, o #urista, o padre, o poeta, o omem da ci/ncia em

    seu trabalador assalariado remunerado! Arrancou das rela'es $amiliares seu v5u

    pungente e sentimental, trans$ormando3as em uma mera relao de dineiro!

    &oi ela "uem mostrou o "ue a atividade do omem pode gerar! Dla realizou obras

    maravilosas totalmente di$erentes das pirmides eg)pcias, dos a"uedutos romanos e das

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    catedrais gticas6 ela realizou caminos totalmente di$erentes das migra'es entre os

    povos e as cruzadas!

    A burguesia ocupa todos o globo terrestre impelida pela necessidade de permanente

    ampliao da venda de seus produtos! Dla tem de se implantar em todas as partes,construir e estabelecer liga'es em todos os cantos!

    Atrav5s da e*plorao do mercado mundial, a burguesia imprimir um carter

    cosmopolita . produo e ao consumo de todos os pa)ses!

    Dla obriga todas as na'es a apropriarem3se do modo de produo burgu/s caso no

    "ueiram perecer6 ela as obriga a introduzirem a camada civilizao, ou se#a, a

    tornarem3se burguesas! Dm uma palavra, ela cria um mundo segundo sua imagem e

    semelana!

    A burguesia submeteu o campo ao dom)nio da cidade! Assim como tornou os povos

    camponeses dependentes dos povos burgueses e o Briente do Bcidente!

    A burguesia elimina cada vez mais a disperso dos meios de produo, da propriedade

    e da populao! Dla aglomerou a populao, centralizou os meios de produo e

    concentrou a propriedade em poucas mos! A conse"u/ncia necessria disso $oi a

    centralizao pol)tica!

    As crises comerciais ameaam cada vez mais colocar em "uesto a e*ist/ncia de toda a

    sociedade burguesa! as crises comerciais so destru)das regularmente no apenas uma

    grande parte dos produtos $abricados como tamb5m $oras produtivas # criadas! as

    crises irrompe uma epidemia social "ue teria parecido um absurdo em 5pocas anteriores

    K a superproduo! Como a burguesia supera as crisesI 0or um lado, com a ani"uilao

    $orada de uma massa de $oras produtivas6 por outro lado, com a con"uista de novos

    mercados e a e*plorao sistemtica dos velos mercados! +as de "ue modoI

    0reparando crises mais universais e mais $ortes, e reduzindo os meios de preveni3las!

    A burguesia no apenas $or#ou as armas "ue le trazem a morte6 gerou tamb5m os

    omens "ue as empunaro K os trabaladores modernos, os proletrios!

    Dsses trabaladores, condenados a venderem3se como peas, so uma mercadoria

    como "ual"uer outro artigo comercial, e igualmente submetido a todas as vicissitudes da

    concorr/ncia, a todas as oscila'es do mercado!

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    Com a e*panso da ma"uinaria e da diviso do trabalo, o trabalo dos proletrios

    perdeu todo o carter autnomo, dei*ando de ser atrativo para o trabalador! Dla torna3

    se um mero ap/ndice da m"uina, do "ual apenas se e*ige o mane#o mais simples,

    montono e $cil de ser aprendido! a mesma medida em "ue aumentam as

    adversidades do trabalo, o salrio diminui! D mais! a mesma medida em "ue aumenta

    a ma"uinaria e a diviso do trabalo, aumenta tamb5m a massa de trabalo se#a com

    aumento das oras de trabalo, se#a com a acelerao do ritmo das m"uinas etc!

    Ouanto menos abilidade e $ora o trabalo manual e*ige, ou se#a, "uanto mais a

    ind(stria moderna se desenvolve, mais o trabalo de omens 5 substitu)do pelo trabalo

    de muleres e crianas! As di$erenas de se*o e idade # no tem mais importncia

    social para a classe trabaladora! D*istem apenas instrumentos de trabalo, "ueocasionam custos di$erentes segundo a idade e o se*o!

    ;o logo termina a e*plorao do trabalo pelo $abricante e ele recebe o seu salrio em

    dineiro, ele 5 atingido pelas outras partes da burguesia o senorio, o comerciante, o

    penorista etc!

    Bs interesses, as condi'es de vida no interior do proletariado tornam3se cada vez mais

    iguais na medida em "ue a ma"uinaria suprime as di$erenas no trabalo, empurrando

    por "uase todas as partes o salrio em um n)vel igualmente bai*o! B salrio do

    trabalador torna3se cada vez mais precrio! Bs trabaladores comeam a $ormar

    coaliz'es contra a burguesia6 unem3se pela de$esa de seus salrios! Dles $undam

    associa'es mais permanentes para se prepararem para essas revoltas eventuais! A"ui e

    ali, irrompe novamente a luta!

    B verdadeiro resultado de suas lutas no 5 o /*ito imediato, mas a unio cada vez mais

    ampla dos trabaladores!

    Je todas as classes "ue atualmente con$rontam a burguesia, o proletariado 5 a (nica

    classe verdadeiramente revolucionria!

    As camadas m5dias, os pe"uenos industriais, os pe"uenos comerciantes, os artesos, os

    camponeses, a sua e*ist/ncia en"uanto camada m5dia $rente ao decl)nio! 0ortanto, elas

    no so revolucionrias, mas conservadores! +ais ainda, elas so reacionrias, pois

    tentam $azer voltar para trs a roda da istria!

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    B proletrio no tem propriedade6 sua relao com a muler e os $ilos # no tem

    nada mais em comum com a relao $amiliar burguesa!

    Bs proletrios s podem con"uistar as $oras produtivas sociais abolindo o seu prprio

    modo de apropriao, e com isso todo modo de apropriao e*istente at5 agora! Bsproletrios nada t/m de seu para assegurar, eles t/m "ue destruir todas as garantias e

    seguranas particulares e*istentes!

    A condio essencial para a e*ist/ncia e para o dom)nio da burguesia 5 a acumulao

    da ri"ueza em mos privadas, a $ormao e multiplicao do capital! A condio do

    capital 5 o trabalo assalariado! B trabalo assalariado apoia3se e*clusivamente na

    concorr/ncia dos trabaladores entre si!

    II 9 PROLET/RIOS E COMUNISTAS

    Bs comunistas no so um partido especial em oposio aos demais partidos operrios!

    o tem interesses separados dos interesses do con#unto do proletariado!

    Bs comunistas di$erenciam3se dos demais partidos proletrios apenas por"ue, por um

    lado, nas diversas lutas nacionais do proletariado eles levantam e $azem prevalecer os

    interesses comuns do con#unto do proletariado, independentemente da nacionalidade6por outro lado, nos di$erentes estgios de desenvolvimento "ue a luta entre o

    proletariado e a burguesia atravessa, eles sempre representam o interesse do con#unto do

    movimento!

    Bs comunistas so a parte mais decidida, a "ue sempre impulsiona os partidos

    operrios de todos os pa)ses! Dles t/m a vantagem sobre o proletariado em relao ao

    entendimento sobre as condi'es, o processo e os resultados gerais do movimento

    operrio!

    B ob#etivo imediato dos comunistas 5 a $ormao do proletariado en"uanto classe,

    derrubada da dominao burguesa, con"uista de poder pol)tico do proletariado!

    Dles so apenas a e*presso geral das rela'es reais de uma luta de classes e*istente,

    de um movimento istrico "ue ocorre diante dos nossos olos! A abolio das atuais

    rela'es de propriedade no 5 uma caracter)sticas peculiar ao comunismo!

    A %evoluo &rancesa aboliu a propriedade $eudal em bene$)cio da burguesa!

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    B "ue caracteriza o comunismo 5 a abolio da propriedade burguesa!

    Bs comunistas podem resumir sua teoria em uma e*presso supresso da propriedade

    privada!

    B trabalo assalariado, o trabalo do proletrio no le cria propriedade! Dle cria o

    capital, a propriedade "ue e*plora o trabalo assalariado e "ue s pode aumentar sob a

    condio de gerar novo trabalo assalariado, para ser novamente e*plorado!

    er capitalista signi$ica no ocupar apenas uma simples posio pessoal na produo,

    mas uma posio social! B capital 5 um produto coletivo e apenas pode ser colocado em

    movimento pela atividade comum de muitos membros, sim, em (ltima instncia, apenas

    pela atividade comum de todos os membros da sociedade!

    B capital no 5 um poder pessoal, 5 um poder social!

    e o capital 5 trans$ormado em propriedade comum, pertencente a todos os membros

    da sociedade, no 5 propriedade pessoal "ue se trans$orma em social! T apenas o carter

    social da propriedade "ue se trans$orma! Dla perde o seu carter de classe!

    B preo m5dio do trabalo assalariado 5 o m)nimo do salrio, "uer dizer, 5 a soma dos

    viveres necessrios para manter o trabalo, en"uanto tal, vivo! Assim, a"uilo de "ue o

    trabalador se apropria por meio de sua atividade 5 apenas o su$iciente para a

    reproduo de sua e*ist/ncia! s "ueremos apenas suprimir o carter miservel dessa

    apropriao, "ue $az com "ue o trabalador viva apenas para aumentar o capital e s

    viva tal como e*ige o interesse da classe dominante!

    a sociedade burguesa, o trabalo vivo 5 apenas um meio para aumentar o trabalo

    acumulado! a sociedade comunista, o trabalo acumulado 5 apenas um meio pra

    ampliar, enri"uecer e apoiar a vida do trabalador!

    a sociedade burguesa o capital 5 autnomo e pessoal, en"uanto o indiv)duo "ue

    trabala 5 dependente e impessoal!

    A supresso dessa relao 5 camada pela burguesia como supresso da personalidade

    e da liberdadeF D com razo! a verdade, e$etivamente se trata da supresso da

    personalidade, da autonomia e da liberdade burguesas!

    o interior das rela'es de produo burguesas atuais, por liberdade se entender olivre3com5rcio, a liberdade de comprar de vender!

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    B comunismo no priva ningu5m do poder de se apropriar de produtos sociais6 ele

    suprime apenas o poder de sub#ugar trabalar aleio com essa apropriao!

    Dliminao da $am)liaF +esmo os mais radicais se indignam com essa vergonosa

    inteno dos comunistas!

    +as no "ue se baseia a $am)lia atual, a $am)lia burguesaI o Capital, no gano

    privado! Dla s e*iste completamente desenvolvida para a burguesia6 mas encontra o

    seu complemento na $orada $alta de $am)lia do proletrio e na prostituio p(blica!

    A $am)lia do burgu/s acaba naturalmente com o $im desse seu complemento, e ambos

    desaparecem com o desaparecimento do capital!

    Acusai3nos por"ue "ueremos eliminar a e*plorao das crianas por seus paisI scon$essamos nosso crime!

    Bs comunistas tamb5m so acusados de abolir a ptria, a nacionalidade! Bs

    trabaladores no t/m ptria! o se les pode retirar a"uilo "ue no t/m! a medida

    em "ue o proletariado tem de con"uistar incialmente a dominao pol)tica, elevar3se .

    condio de classe nacional, deve constituir3se como nao, ela ainda 5 nacional, ainda

    "ue de modo algum no sentido da burguesia!

    Ao uni$icada, ao menos nos pa)ses civilizados, 5 uma das primeiras condi'es de sua

    libertao!

    U medida "ue se#a eliminada a e*plorao de um indiv)duo por outro, ser eliminada a

    e*plorao de uma nao por outro! Com o $im do antagonismo de classe no interior das

    na'es, desaparece a ostilidade das na'es entre si!

    As ideias dominantes de uma 5poca sempre $oram apenas ideias da classe dominante!

    Ouando se $ala de ideias "ue revolucionaram toda uma sociedade, com isso apenas se

    e*prime o $ato de "ue no interior da vela sociedade $ormaram3se os elementos de uma

    nova, "ue com a dissoluo das velas condi'es de vida se dissolvem tamb5m as

    velas id5ias!

    A revoluo comunista 5 a ruptura mais radical com todas as rela'es de propriedade

    legadas!

  • 7/23/2019 Resumo Do Manifesto Do Partido Comunista - Por Felipe Arraes

    15/21

    B proletariado usar sua supremacia pol)tica pra arrancar pouco a pouco todo o capital

    da burguesia, para centralizar todos os instrumentos de produo nas mos do Dstado,

    ou se#a, do proletariado organizado como classe dominante, e para aumentar o mais

    rapidamente poss)vel a massa das $oras de produo!

    os pa)ses mais avanados, as medidas a seguir podero ser aplicadas

    1! D*propriao da propriedade $undiria e aplicao da renda para despesas do

    estado!

    do Dstado e monoplio!?! Centralizao do sistema de transporte nas mos do Dstado!7! Aumento das $bricas nacionais, dos instrumentos da produo, cultivo e

    meloramento da terra segundo um plano comum!8! Bbrigao de trabalo para todos, organizao de e*5rcitos industriais

    especialmente para a agricultura!G! Eni$icao do trabalo agr)cola e industrial, atuao para a superao do

    antagonismo entre a cidade e o campo!1@! Dducao p(blica e gratuita para todas as crianas! &im do trabalo $abril de

    crianas na sua $orma atual! Ligao da educao com a produo material etc!etc!

    o lugar da vela sociedade burguesa, com suas classes e antagonismo de classe, surge

    uma associao na "ual o livre desenvolvimento de cada um 5 condio para o livre

    desenvolvimento de todos!

    III 9 LITERATURA SOCIALISTA E COMUNISTA

    -. O SOCIALISMO REACION/RIOa; O S'"al%(' fe)!al

    0or sua posio istrica, as aristocracias $rancesas e inglesas viram3se camadas a

    escrever pan$letos contra a sociedade burguesa moderna! a revoluo $rancesa de #ulo

    de 18M@, no movimento de re$orma ingl/s, elas sucumbiram novamente ao odiado

    arrivista! o se podia mais $alar de uma luta pol)tica s5ria! 0ara despertar simpatia, a

    aristocracia tina de, aparentemente, perder de vista os seus interesses e $ormular a sua

    ata de acusao contra a burguesia apenas no interesse da classe trabaladora e*plorada!

  • 7/23/2019 Resumo Do Manifesto Do Partido Comunista - Por Felipe Arraes

    16/21

    Dla se entregou ao prazer de cantar stiras ao seu novo senor e de le sussurrar ao

    ouvido pro$ecias sinistras!

    Jesse modo surgiu o socialismo $eudal, meio lamento, meio pas"uim6 meio eco do

    passado, meio sussurro do $uturo, .s vezes atingindo a burguesia no corao com um#u)zo amargo, engenoso, lacerante, mas sempre com e$eito cmico pela completa

    incapacidade de compreender o curso da istria moderna!

    Dla agitava como bandeira na mo a sacola da esmola proletria para reunir o povo

    atrs de si! +as sempre "ue ele a seguia, via no seu traseiro os antigos bras'es $eudais e

    dispersava3se em gargaladas sonoras e irrelevantes!

    Ouando os $eudais demonstram "ue seu modo de e*plorao $oi di$erente da

    e*plorao umana burguesa, eles apenas se es"uecem "ue e*ploravam em

    circunstncias e condi'es completamente di$erentes e # ultrapassadas!

    Dles reprova, mais a burguesia por aver gerado um proletariado revolucionrio do "ue

    um proletariado em geral!

    0or isso, na prtica pol)tica participam de todas as medidas violentas contra a classe

    trabaladora6 e na vida comum contentam3se em coler as mas de ouro e trapacear

    lealdade, amor e onra por l, a(car de beterraba e aguardente!

    ;al como o padre caminava sempre de mos dadas com os senores $eudais, camina

    o socialismo clerical com o socialismo $eudal!

    ada mais $cil "ue cobrir o ascetismo cristo com uma apar/ncia socialista! B

    socialismo cristo 5 apenas a gua benta com a "ual o padre abenoa o desgosto do

    aristocrata!

    )e$'?

  • 7/23/2019 Resumo Do Manifesto Do Partido Comunista - Por Felipe Arraes

    17/21

    ind(stria, eles veem se apro*imar o momento em "ue desaparecero completamente

    como parte autnoma da sociedade moderna, sendo substitu)dos no com5rcio, na

    manu$atura e na agricultura por capatazes e criados!

    Dm pa)ses como a &rana, era natural "ue os escritores "ue se apresentavam peloproletariado contra a burguesia usassem a medida pe"ueno3burgu/s e do pe"ueno

    campon/s na sua cr)tica do regime burgu/s e tomassem partido pelos operrios do ponto

    de vista da pe"uena burguesia! &ormava3se assim, o socialismo pe"ueno3burgu/s!

    Dsse socialismo analisou minunciosamente as contradi'es nas rela'es de produo

    modernas! Dle desmascarou os dis$arces ipcritas dos economistas! Dle demonstrou de

    modo irre$utvel o e$eito destruidor da ma"uinaria e da diviso do trabalo, a

    concentrao do capital e da propriedade da terra, a superproduo, as crises, a

    decad/ncia necessria dos pe"ueno3burgueses e camponeses, a mis5ria do proletariado,

    a anar"uia na produo, as gritantes desigualdades na distribuio de ri"ueza, a guerra

    de e*term)nio industrial entre as na'es, a dissoluo dos velos costumes, das velas

    rela'es $amiliares e das velas nacionalidades!

    o seu conte(do positivo, esse socialismo ou "uer reestabelecer os velos meios de

    produo e de troca, ou "uer prender violentamente os modernos meios de produo e

    de troca no "uadro das velas rela'es de propriedade, "ue $oram destru)das por eles e

    tinam de ser destru)das! Dm ambos os casos 5 tanto reacionrio como utpico! uas

    (ltimas palavras so regime corporativo na manu$atura e economia patriarcal no campo!

    Dm seu desenvolvimento posterior, essa corrente se perdeu em uma ressaca covarde!

    "; O %'"al%(' ale(*' ') ' Ber!a!er' %'"al%('

    A literatura socialista e comunista da &rana, surgiu sobre presso de uma burguesia

    dominante e $oi a e*presso literria da luta contra essa dominao, $oi introduzida na

    Alemana em um per)odo em "ue a burguesia comeava a sua luta contra o absolutismo

    $eudal!

    0erante as condi'es alems, a literatura $rancesa perdeu todo o seu signi$icado prtico

    direto e assumiu um puro aspecto literrio! Assim, para os $ilso$os alemes do s5culo

    V9, as e*ig/ncias da primeira %evoluo &rancesa tinam apenas o sentido de serem

    e*ig/ncias da 2razo prtica em geral6 e a volio da burguesia revolucionria $rancesa

  • 7/23/2019 Resumo Do Manifesto Do Partido Comunista - Por Felipe Arraes

    18/21

    signi$icava para os seus olos a lei da vontade, da vontade como deve ser, a verdadeira

    vontade umana!

    B (nico trabalo dos literrios alemes consistia em colocar as novas ideias $rancesas

    em concordncia com a sua vela consci/ncia $ilos$ica ou bem mais em apropriar3sedas ideias $rancesas a partir do seu ponto de vista $ilos$ico!

    Bs literatos alemes procediam ao contrario com a literatura pro$ana $rancesa! Dles

    escreviam seus disparates $ilos$icos depois do original $ranc/s, por e*emplo, depois da

    cr)tica $rancesa da relao monetria, eles escreviam a 2alienao da ess/ncia umana6

    e depois da sua cr)tica $rancesa do Dstado burgu/s eles escreviam 2superao do

    dom)nio do geral abstrato, etc!

    Jesse modo, a literatura socialista e comunista $rancesa $ormalmente $oi mutilada!

    A luta da burguesia alem, especialmente da burguesia prussiana contra os $eudais e a

    monar"uia absoluta, em uma palavra, o movimento liberal, tornou3se mais s5ria!

    Assim, criou3se para o 2verdadeiro socialismo e to dese#ada oportunidade de

    contrapor ao movimento pol)tico as reivindica'es socialistas, de lanar aos antemas

    tradicionais contra o liberalismo! B socialismo alemo es"uecia oportunamente "ue a

    cr)tica $rancesa, da "ual ele era um eco ins)pido, pressup'e condi'es de vida materiais

    correspondentes e ade"uada constituio pol)tica, pressupostos verdadeiros "ue na

    Alemana ainda estavam por ser con"uistados!

    0or seu lado, o socialismo alemo reconecia cada vez mais a sua vocao de ser

    representante grandilo"uente desses moderadores dos arredores dos burgos!

    +. O SOCIALISMO CONSERVADOR OU URGUS

    Ema parte da burguesia dese#a remediar as ms condi'es sociais para assegurar a

    e*ist/ncia da sociedade burguesa!

    Jele $azem parte economistas, $ilantropos, ben$eitores, meloradores da situao da

    classe trabaladora, organizadores de caridades, protetores dos animais, $undadores de

    associa'es de bons costumes, re$ormadores dos mais velos tipos! D tamb5m esse

    socialismo $oi elaborado em termos de sistemas completos!

    Como e*emplo, mencionemos aFilosofia da mis(ria,de 0roudon!

  • 7/23/2019 Resumo Do Manifesto Do Partido Comunista - Por Felipe Arraes

    19/21

    Bs socialistas burgueses dese#am as condi'es de vida na sociedade moderna sem as

    lutas e os perigos "ue dela necessariamente decorrem! Dles dese#am a sociedade

    e*istente sem os seus elementos revolucionrios e dissolventes! Dles dese#am a

    burguesia sem o proletariado!

    Ema segunda $orma, menos sistemtica e mais prtica, do socialismo conservador

    procura retirar da classe trabaladora "ual"uer impulso revolucionrio com a

    #usti$icativa de "ue no ser essa ou a"uela mudana pol)tica "ue le trar bene$)cio,

    mas apenas a mudanas das condi'es materiais de vida, das rela'es econmicas! 0or

    mudana das condi'es materiais de vida, esse socialismo no entende em absoluto a

    eliminao das rela'es burguesas de produo, "ue s 5 poss)vel por via

    revolucionria, mas melorias administrativas com bases nessa rela'es de produo!Bu se#a, nenuma mudana na relao entre capital e trabalo assalariado, mas, na

    melor das ipteses, a diminuio dos custos da burguesia para o seu dom)nio e a

    simpli$icao de seu oramento estatal!

    eu socialismo consiste precisamente na a$irmao de "ue os burgueses so burgueses

    K no interesse da classe trabaladora!

    5. O SOCIALISMO E O COMUNISMO CRTICO?UTPICOS

    As primeiras tentativas do proletariado de impor diretamente seu prprio interesse de

    classe em um per)odo de agitao geral, na 5poca da "ueda da sociedade $eudal,

    necessariamente $racassavam no apenas por sua condio pouco desenvolvida, como

    tamb5m pela aus/ncia das condi'es materiais de sua libertao, "ue apenas surgem

    como produto da 5poca burguesa! A literatura revolucionria "ue acompanou esses

    primeiros movimentos do proletariado 5 em seu conte(do necessariamente reacionria!

    Dla ensina um ascetismo geral e um igualitarismo grosseiro!

    Bs inventores decerto notam o antagonismo de classes, bem como a atividade dos

    elementos dissolventes na prpria sociedade dominante! Dles no notam nenuma

    iniciativa istrica por parte do proletariado, nenum movimento pol)tico "ue le se#a

    prprio!

    o lugar da atividade social deve entrar a sua atividade pessoal criadora, no lugar das

    condi'es istricas de libertao, as condi'es imaginadas, no lugar da permanente

  • 7/23/2019 Resumo Do Manifesto Do Partido Comunista - Por Felipe Arraes

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    organizao do proletariado em classe, uma organizao ou sociedade prpria

    inventada!

    Dles "uerem melorar a condio de vida de todos os membros da sociedade, inclusive

    dos mais bem situados! 0or isso apelam continuamente ao con#unto da sociedade semdistino, sim, pre$erencialmente . classe dominante! 5 preciso entender o seu

    sistema para reconece3lo como o melor plano poss)vel da melor sociedade poss)vel!

    0or isso eles re#eitam toda ao pol)tica, principalmente toda ao revolucionria! Dles

    dese#am con"uistar o seu ob#etivo pela camino pac)$ico e buscam com pe"uenos

    e*perimentos, naturalmente condenados ao $racasso, pela $ora do e*emplo abrir

    camino ao novo evangelo social!

    +as os escritos socialistas e comunistas tamb5m cont5m elementos cr)ticos! Dles

    atacam todas as bases da sociedade e*istente! 0or isso eles $orneceram um material

    altamente valioso para o esclarecimento dos trabaladores! As suas proposi'es

    positivas sobre a sociedade $utura, por e*emplo, superao da oposio entre cidade e

    campo, da $am)lia, do lucro privado, do trabalo assalariado, a proclamao da

    armonia social, a trans$ormao do Dstado em simples administrao da produo K

    todas essas suas proposi'es e*pressam apenas o $im do antagonismo entre as classes

    "uando ele mal comea a se desenvolver, e "ue eles conecem somente em sua primeira

    indeterminao amor$a! Jesse modo, essa proposi'es possuem ainda um sentido

    puramente utpico!

    U medida "ue a luta de classes se desenvolve e ad"uire $ormas mais de$inidas, esse

    $antstico enaltecimento sobre ela, esse $antstico combate contra ela perde "ual"uer

    valor prtica, "ual"uer legitimao terica!

    IV 9 POSI12O DOS COMUNISTAS FRENTE AOS DIVERSOSPARTIDOS DE OPOSI12O

    T evidente a relao dos comunistas com os demais partidos operrios # constitu)dos!

    Dles lutam pela con"uista dos ob#etivos e interesses diretamente imediatos da classe

    trabaladora, mas ao mesmo tempo, eles representam no movimento atual o $uturo do

    movimento!

  • 7/23/2019 Resumo Do Manifesto Do Partido Comunista - Por Felipe Arraes

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    Bs comunistas voltam a sua principal ateno para a Alemana por"ue ela se encontra

    na v5spera de uma revoluo burguesa, e por"ue essa trans$ormao se realiza nas

    condi'es avanadas da civilizao europeia em geral, e com um proletariado bem mais

    desenvolvido "ue o da nglaterra do s5culo V9 e o da &ranas do s5culo V9,

    portanto, a revoluo alem s pode ser o prel(dio imediato de uma revoluo

    proletria!

    Dm uma palavra, os comunistas em toda parte apoiam "ual"uer movimento contra as

    contradi'es sociais e pol)ticas e*istentes!

    Dm todos esses movimentos eles destacam a "uesto da propriedade como a "uesto

    bsica do movimento, "ual"uer "ue se#a a $orma mais ou menos desenvolvida "ue ela

    tena assumido!

    Bs comunistas trabalam em toda parte pela unio e pelo entendimento dos partidos

    democrticos de todos os pa)ses!

    Dles declaram abertamente "ue os seus ob#etivos s podem ser atingidos com a

    derrubada violenta de toda a ordem social e*istente! Oue as classes dominantes tremam

    perante uma revoluo comunista! ela os proletrios nada t/m a perder a no ser os

    seus gril'es! Dles t/m um mundo a ganar!

    Prolet)rios de todos os !a*ses, uni-+os