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Resenha: “Cultures and Organizations: software of the mind” Apresentado à professora Rosa Marina de Brito Meyer pelo aluno Lucas Rezende Almeida.

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Resenha: Cultures and Organizations: software of the mind

Apresentado professora Rosa Marina de Brito Meyer pelo aluno Lucas Rezende Almeida.

05 de maio de 2014, Rio de Janeiro.

Em seu livro Cultures and Organizations Software of the Mind, Hofstede compreende a cultura como um conjunto programado da mente com a qual distinguimos membros de um grupo ou de uma categoria de pessoas de outro grupos ou categorias. Dessa forma, a cultura um bem adquirido e no inerente, ela deriva de um ambiente social e no de uma caracterstica gentica. Hofstede um psiclogo holands que baseia seu trabalho no antroplogo Kluckhohn. Segundo Hofstede, a cultura diferente das caractersticas subjetivas especificas e individuais - e da natureza humana universal e inerente. Para ele, as culturas se manifestam socialmente por meio de smbolos, heris, rituais e valores. Os smbolos representam as palavras e gestos de um grupo; os heris, as personalidades; os rituais, as atividades coletivas e os valores, o grupo de preferncias de certos estados de coisas sobre outros. Os dados que motivaram a pesquisa de Hofstede foram retirados das IBM espelhadas por todo o mundo. Na dcada de 60 e 70, ele comparou a resposta de 117 mil funcionrios de diferentes unidades de IBM em 50 pases diferentes. Da anlise dos dados, o autor institui quatro dimenses culturais principais: a distncia do poder, o individualismo, a averso incerteza e a masculinidade. Na dcada de 90 at 2002, mais de 100 pases foram includos amostra, acrescentando duas novas dimenses culturais: orientao longo prazo e indulgncia contra restrio.As dimenses culturais so aspectos de uma cultura que podem ser mensurados com relao a outras culturas. Diferente de Lewis (2006), os pases no so colocados de forma escalar em um tringulo que os interligam em trs grupos. Essas seis dimenses so constitudas de polos binrios, assim como Peterson (2004) em Cultural Intelligente, entretanto, os pases no ocupam posies opostas nesses plos, eles so avaliados estatisticamente, partindo de um par do binmio at o outro. A primeira dimenso cultural, distncia de poder, refere-se a forma como so aceitas e esperadas as distribuies desiguais de poder. A segunda dimenso cultural, o individualismo, se ope ao outro lado do par, o coletivismo. Em sociedades individuais, espera-se que o individuo cuide de si e de seus parentes prximos. Em sociedades coletivas, os indivduos so integrados fortemente em grupos sociais e tendem a proteg-lo ao longo de suas vidas. A terceira dimenso, a averso incerteza, refere-se a como os membros de uma cultura sentem-se ameaados por situaes incertas ou desconhecidas e como eles tentam evit-las, por exemplo, por meio de previses.A quarta, a masculinidade, se ope ao outro lado do par, a feminilidade. Em sociedades masculinas, competitividade, a assertividade e o materialismo so caractersticas predominantes, ao passo que, em sociedades femininas, as relaes pessoais e a qualidade de vida ganham destaque. A quinta, orientao ao longo prazo, se ope ao outro lado do par, orientao a curto prazo. Esta dimenso refere-se a como cada cultura se orienta temporalmente, principalmente em relao ao futuro. Sociedades de curto prazo so orientadas pelo passado e presente, valorizando a estabilidade e a tradio, ao contrrio das sociedades de longo prazo que promovem valores pragmticos, orientados pela recompensa. A sexta, indulgncia versus restrio, refere-se ao controle dos desejos e dos impulsos. Sociedade indulgentes so mais expressivas e tendem a privilegiar os desejos humanos bsicos e naturais, enquanto que as restritivas, tendem a controlar e regular comportamentos demasiadamente emotivos. Em seguida, Hofstede relaciona suas dimenses culturais com seis modelos organizacionais com as quais as empresas operam e indica autores/filsofos que fundamentaram, discutiram ou criticaram esses mtodos de gerenciamentos ao longo da histria, conforme ilustrado na tabela abaixo:

Modelos OrganizacionaisDimenses de PoderAutores

Modelo de competio(-)distncia de poder, averso incerteza(+) individualismo, masculinidade,

Modelo de Rede( - ) distncia de poder( + ) indivualismo, feminilidade Mary Parker Follet (1868 1933)

A organizao como uma famlia ( + ) distncia do poder, coletivismo Sun Uat-Sen (1866 1925)

A organizao piramidal ( + ) coletivismo, distncia de poder, averso incerteza.Henri Fayol (1841 1925)

O sistema solar( + ) individualismo, restrio

A mquina com bastante leo( - ) averso incerteza, ( + ) restrio, distncia de poderMax Weber (1864 -1920)

A obra de Hofstede trata-se de um programa cientfico com um percurso histrico de quase 50 anos que vem investigando culturas no mbito internacional no mundo dos negcios. O seu livro trata-se de diversos outros fenmenos que podem ser levantados diante do apontado nessa resenha como as questes da imigrao e os movimentos xenofbicos que os interligam politicamente, os choques culturais, as organizaes multinacionais nesse cenrio intercultural entre outros. Cabe ao professor de segunda lngua utilizar das ferramentas aplicadas inicialmente ao campo mercantil educao. A partir do reconhecimento dos fnomenos culturais de seu pas e do seu aluno estrangeiro, o professore se torna capaz de orientar esse aluno quanto aos comportamentos esperados da nova sociedade por meio de uma reflexo crtica que o permita escolher sobre quais paradigmas ele pretende agir.