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Mestrado Integrado em Medicina- 6º ano Diogo de Novais Matias | a2013172 Ano Lectivo 2018/2019 Relatório Final de Estágio

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Mestrado Integrado em Medicina- 6º ano

Diogo de Novais Matias | a2013172

Ano Lectivo 2018/2019

Relatório Final de Estágio

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Índice

Introdução 3

Objectivos Gerais 3-4

Descrição das Actividades Desenvolvidas 4-8

o Estágio em Ginecologia e Obstectrícia 4

o Estágio em Saúde Mental 4-5

o Estágio em Medicina Geral e Familiar 5

o Estágio em Pediatria 6

o Estágio em Cirurgia Geral 6-7

o Estágio em Medicina Interna 7

o Estágio Opcional em Gastrenterologia 7-8

o Formação Extra-Curricular e Outro Elementos

Valorativos 8

Reflexão Crítica Final 8-10

Anexos 11-16

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Introdução

O sexto ano do Mestrado Integrado em Medicina pretende ser essencialmente um ano profissionalizante

que prossupõe que o aluno consolide conhecimentos de anos prévios e ganhe novas competências de

carácter médico-ciêntifico, mas também humanista e, acima de tudo, que seja capaz de os aplicar na sua

prática médica, com algum grau de autonomia. Inserido neste sexto ano encontra-se o Estágio

Profissionalizante, dividido por 6 especialidades: Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Mental, Medicina Geral e

Familiar, Pediatria, Cirurgia Geral e Medicina Interna.

O presente relatório pretende ser uma descrição objectiva e, ao mesmo tempo, um reflexação crítica deste

mesmo estágio profissionalizante. Para tal, encontra-se dividido nas seguintes secções: Uma Introdução

inicial; Objectivos Gerais, onde sumariamente se encontram referidas as metas por mim traçadas que

pretendia atingir transversalmente em todos os estágios; Uma Descrição das Actividades Desenvolvidas,

onde se encontra uma exposição objectiva das mesmas em todos os estágios, assim como são apontados

objectivos específicos que delineei para cada um dos estágios parcelares. Nesta mesma secção poderá ser

encontrada uma descrição sobre a Unidade Curricular Opcional em Gastrenterologia que optei por escolher,

bem como uma referência a outros elementos que acho terem sido valorativos na minha formação médica;

Seguidamente encontra-se um Reflexão Crítica Final, onde detalho o cumprimento ou não de objectivos

propostos em cada uma das etapas, referindo o que correu melhor e menos bem e, de que forma penso que

poderia ser melhorado, fazendo desta forma uma exegese global ao estágio deste ano e ao próprio mestrado

integrado em Medicina; Finalizo com uma área de Anexos de outros elementos para mim valorativos na

minha formação, actividades extra curriculares e um quadro síntese de pontos positivos e negativos de cada

um dos estágios parcelares realizados este ano.

Objectivos Gerais

Atingindo o sexto ano, o último do Mestrado Integrado de Medicina e, atendendo ao seu carácter

profissionalizante, pretende-se que o aluno tenha como principal objectivo a aquisição de novas

competências clínico-ciêntificas e sedimentação de conhecimentos prévios de forma a ser capaz de exercer

um prática clinica responsável, com bases ciêntificas sólidas e centrada no Doente. Desta forma e, após

leitura cuidada do documento ‘O Licenciado Médico em Portugal’, assim como examinação atenta das Fichas

das várias Unidades Curriculares, tracei para mim mesmo os seguintes objectivos gerais, que pretendia atingir

após conclusão de todos os Estágios Parcelares: Desenvolver uma comunicação e relação de empatia e

respeito com os doentes e seus familiares, de forma a agir de forma autónoma, profissional e ciêntifica, mas

ao mesmo tempo humanista, procurando sempre conhecer e considerar os seus direitos e obrigações;

Adquirir conhecimento relativo aos principios éticos inerentes à confidencialidade e transmissão correcta de

informação para obtenção de um consentimento informado para os mais diversos procedimentos médico-

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cirúrgicos; Sedimentar conhecimentos prévios a nivel de diagnóstico, terapêutico e de promoção de uma

educação para a saúde, procurando atingir regularmente cada vez mais autonomia, possibilitando a minha

integração de forma categórica numa equipa médica; Adquirir competências que me permitam comunicar

adequadamente e trabalhar em equipa com os meus colegas, restantes profissionais de saúde e demais

funcionários hospitalares; Procurar adoptar uma atitude proactiva no desenvolvimento de competências de

cariz pessoal inerentes à minha profisão enquanto futuro médico, nomeadamente no que se refere à

integridade, responsabilidade e interesse pela valorização pessoal e respeito pelo próximo; Manter o

investimento contínuo em áreas de carácter não médico, de meu interesse pessoal, procurando sempre

reconhecer a importância do desenvolvimento de competências humanas e instrumentais para uma boa

prática médica.

Descrição das Actividades Desenvolvidas

Estágio em Ginecologia e Obstetrícia

O estágio decorreu no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Vila Franca de Xira, sob orientação

das Drª Raquel Robalo e Drª Rita Passarinho, no período compreendido entre 10 de Setembro de 2018 e 4

de Outubro de 2018. Para além dos objectivos gerais que propus atingir no ínicio do estágio, previamente

referidos, tracei para mim mesmo os seguintes objectivos particulares: Adquirir capacidade de identificar

precocemente situações que beneficiem de referenciação à Ginecologia e Obstetrícia, praticando sempre

uma medicina preventiva; Desenvolver competências teóricas e práticas no que diz respeito à execução de

procedimentos técnicos na área da Ginecologia e Obstetrícia; Participar ao máximo passivamente e,

fundamentalmente, activamente no Bloco Operatório que até à data tinham sido praticamente inexistentes

durante o meu percurso académico. Desenvolver uma metodologia que me permitisse avaliar a mulher

grávida ao longo dos vários trimestres de gestação.

Durante o estágio tive oportunidade de participar em diversas vertentes da especialidade de Ginecologia e

Obstetricía, nomeadamente: Consulta de Obstetrícia, Consulta e Tratamento de Patologia do Colo, Consulta

de Patologia do Pavimento Pélvico, Consulta de interrupção voluntária da gravidez, Ecografia Ginecológica,

Ecografia Obstétrica, Histeroscopias, Bloco operatório e, Serviço de Urgência, o qual frequentei 12h

semanalmente, durante as quais tive a oportunidade de assistir a 2 cesarianas e um parto eutócico.

Por fim gostaria de referir a minha participação nas reuniões de serviço e sessões formativas, em que, em

conjunto com a minha colega Inês Caetano, apresentei um trabalho sobre “Oligoâmnios isolado no termo”.

Estágio em Saúde Mental

Tive oportunidade de realizar o meu estágio com a equipa de Psiquiatria Comunitária da Amadora,

pertencente ao serviço de Psiquiatria do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, sob alçada da Drª Raquel

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Ribeiro, no período compreendido entre 8 de Outubro de 2018 e 2 Novembro de 2018. Para além dos

objectivos gerais que tracei no ínicio do estágio, delineei os seguintes objectivos particulares: Permeabilizar-

me a ultrapassar estigmas relativamente ao doente com patologia mental; Tomar conhecimento das

patologias psiquiátricas mais comuns e de como as abordar, bem como adquirir competências no

reconhecimento da patologia psiquiátrica aguda em contexto de serviço de urgência.

Os dois primeiros dias de estágio tiveram lugar na Faculdade de Ciências Médicas, com uma componente

essencialmente teórica, onde foram abordadas as patologias psiquiátricas mais comuns em contexto de

urgência, assim como explorado um conceito tão importante como ‘O estigma em saúde mental’.

Durante as restantes 4 semanas tive a oportunidade de assistir maioritariamente a consultas de Psiquiatria

da minha tutora, onde pude observar cerca de cinco dezenas de doentes, frequentei ainda o Serviço de

Urgência e, por um dia tive a possibilidade de assistir a entrevistas a alguns doentes do internamento.

Assisti, ainda, às reuniões e sessões clínicas da equipa comunitária da Amadora e do Hospital de Dia, que

ocorreram todas as 4ª feiras no Hospital Fernando da Fonseca.

Estágio em Medicina Geral e Familiar

O estágio parcelar em Medicina Geral e Familiar decorreu na USF Génesis em Santo António dos Cavaleiros,

sob tutela da Drª Patrícia Vilarinho, no período compreendido entre 5 de Novembro de 2018 e 30 de

Novembro de 2018. Ainda antes do ínico do estágio decidi establecer alguns objectivos particulares que

gostaria de atingir aquando do término do mesmo: ser capaz de identificar precocemente situações com

dificuldades de apoio familiar, institucional ou financeiro que possam pôr em risco uma boa promoção para

a saúde e terapêutica nos diversos doentes observados; Melhorar as minhas competências na gestão de

tempo, para uma melhor utilização do mesmo enquanto recurso diagnóstico; Melhorar a minha capacidade

de articulação entre os cuidados básicos de saúde e os cuidados em âmbito hospitalar.

Durante as 4 semanas que compreenderam o meu estágio tive oportunidade de participar na consulta de

Saúde de Adultos, Consulta Aberta, Consulta de Saúde Infantil e Juvenil, Consulta de Saúde Materna e

Consulta de Planeamento Familiar. De enaltecer a possibilidade de realizar uma boa quantia delas de forma

autónoma, sob supervisão da minha tutora.

Gostaria ainda de realçar a oportunidade que tive de assistir a consultas de intersubstituição, consultas estas

nas quais os doente podem ser atendidos por outro médicos que não o seu médico de família.

Compareci, ainda, à reunião mensal da USF Génesis, onde foram discutidos problemas de carácter

essencialmente administrativo, mas onde gostaria de destacar a oportunidade de assitir à leitura de

reclamações por parte de dois utentes e qual o processo para resposta e seguimento das mesmas

reclamações.

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Estágio em Pediatria

Realizei o estágio de Pediatria sob alçada da Drª Ana Casimiro, no Hospital Dona Estefânia, no período de 3

de Dezembro de 2018 a 11 de Janeiro de 2019. Pelo facto de ser um hospital de referência pediátrico, com

patologia muitas vezes complexa procurei, para além dos objectivos transversais a todos os estágio que

estableci no início do ano, comprometer-me a atingir em particular os seguintes: Saber reconhecer as

principais patologias e princípios gerais da atuação nas doenças mais comuns do doente pediátrico; Ser capaz

de aplicar e integrar conhecimentos adquiridos na Alemanha durante o programa Erasmus na realidade

médica portuguesa; Ser capaz de adequar o discurso e transmissão de informação aos doentes consoante a

sua faixa etária, bem como aos seus familiares responsáveis. Recordar os principais pontos na abordagem

semiológica em idade pediátrica, assim como relembrar o Plano Nacional de Vacinação, de forma a poder

actuar de forma célere, minimizando o erro. No decorrer deste estágio tive a oportunidade de seguir a minha

tutora nas consultas de Pneumologia Pediátrica, bem como durante a realização de Broncospias. Participei

ainda por duas ocasiões na consulta de Reumatologia, assisti durante um dia à consulta de Gastroenterologia

e, também ainda por uma ocasião à consulta de Imunoalergologia. Esta última tanto a utentes em idade

pediátrica, como adultos. Foi-me dada, também, a opotunidade de frequentar o Serviço de Urgência por 4

ocasiões, sob tutela da Drª Ana Casimiro. Assisti a uma aula de Imunoalergologia inerente ao tema

‘Anafilaxia’, participei num Worshop de urgências pediátricas e tive a a oportunidade de assistir a 3 sessões

clínicas hospitalares. Para finalizar, em conjunto com os meu colegas Carolina Nhacocane e Rodrigo Tapadas,

apresentei um trabalho sobre ‘Higiene do Sono em Idade Pediátrica’.

Estágio em Cirurgia Geral

Realizei o presente estágio sobre Tutela do Dr. Diogo Albergaria no Hospital Beatriz Ângelo, no período de

21 de Janeiro de 2019 a 15 de Março de 2019. Ainda antes de iniciar o meu estágio, para além do objectivos

gerais previamente referidos, estableci para mim mesmo, em particular, os seguintes: Ser capaz de identificar

e distinguir as situações clínicas com indicação cirúrgica electiva e as com indicação urgente; Aprimorar as

minhas técnicas de pequena cirurgia previamente obtidas em anos anterioes; Ser capaz de avaliar estado

nutricional, risco cirúrgico e prognóstico pós-cirurgico, com base no raciocínio clínico, exame objectivo

completo e detalhado, nunca esquecendo a importância da aplicação de Scores de risco. Muito embora seja

um estágio de 8 semanas, apenas 4 delas se prendem com activade numa equipa de Cirurgia Geral,

propriamente dita. Sendo as restantes divididas da seguinte forma: Uma semana de sessões teóricas, uma

semana em serviço de urgência (maioritariamente de Medicina) e duas semanas numa área opcional, no meu

caso Anestesiologia, durante o qual tive a oportunidade de observar 26 doentes tanto em consulta, como

Anestesiologia em bloco operatório de Ortopedia, de Otorrinolaringologia, de Ginecologia e Obstetrícia, de

Cirurgia Geral e ainda em Acumpunctura.

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Durante as 4 semanas destinadas à cirurgia geral, tive oportunidade de participar no Bloco Operatório, tanto

em contexto de urgência, como de cirurgia electiva, na consulta externa e no internamento hospitalar.

Referente à consulta externa, assisti à mesma por 3 vezes observando um total de 33 doentes. No

internamento hospitalar, pude acompanhar 12 doente em pós-cirurgico. No que diz respeito ao Bloco

Operatório, assisti a um total de 29 cirurgias, das quais gostaria de realçar duas: uma hernioplastia inguinal

direita na qual participei como primeiro ajudante e uma amputação abdominoperineal por neoplasia baixa

do recto na qual participei como 2º ajudante. Para finalizar gostaria de realçar a minha participação no Curso

TEAM - Trauma Evaluation and Management e a apresentação no Mini Congresso do Hospital Beatriz Ângelo,

em conjunto com os meu colegas Diogo Mesquita e Raquel Dutra do trabalho ‘O negócio da China’, referente

a uma amputação abdominoperineal por neoplasia baixa do recto.

Estágio em Medicina Interna

Tive a oportunidade de realizar o meu estágio no Serviço de Medicina do Hospital das Forças Armadas, no

período compreendido entre 18 de Março de 2019 e 17 de Maio de 2019 , sob orientação da Drª Vera Beato.

Durante este estágio, para além dos objectivos transversais previamente mencionados, propus-me a atingir

os seguintes, em particular: Ser capaz de propôr de forma racional e objectiva a realização de exames

complexos, incluindo exames invasivos se assim necessário; Adquirir conhecimentos que me permitam

referenciar da melhor maneira o doente às diversas especialidades, médicas ou cirúrgicas; Desenvolver a

sensibilidade necessária para a abordagem de doentes em fim de vida; Identificar e priorizar situações de

urgência ou emergência médica; Compreender a dinâmica hospitalar do Hospital das Forças Armadas, assim

como as nuances inerentes a um serviço de saúde distinto dos demais experienciados em anos prévios.

Durante as 8 semanas que compreenderam o meu estágio, passei grande parte do meu tempo no

Internamento onde tive a oportunidade de acompanhar 16 doentes, de forma autónoma. Assiti ainda à

consulta externa de Medicina e à consulta de Decisão Terapêutica de Nefrologia. Uma vez por semana,

frequentei o Serviço de Urgência do Hospital de São José, onde observei 31 doentes, grande parte deles de

forma autónoma. Tive ainda oportunidade de asssitir às sessões clínicas e visita clínica que ocorriam todas

as 5ª feiras e, onde tinha a oportunidade de apresentar um ou mais doentes, todas as semanas. Por último,

realizei e apresentei um trabalho com os meus colegas Alexandrina Silva e Miguel Veríssimo, ‘A propósito de

um caso de hemoptises’, sobre um caso de um doente com Poliangite Microscópica.

Estágio Opcional- Gastrenterologia

Realizei este estágio no período compreendido entre 10 de junho de 2019 e 21 de Junho de 2019, sob tutela

da Drª Rita Barosa, nos hospitais São Francisco Xavier e Egas Moniz. Durante este estágio participei

activamente no internamento, na consulta de hepatologia e na consulta geral de gastrenterologia. Tive

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oportunidade ainda de acompanhar a minha tutora em Consultoria, principalmente em pedidos de colocação

de Gastrostomia Endoscópica Percutânea, bem como assistir a diversas técnicas endoscópicas, tais como

Colonoscopias, Endoscopias Digestivas Altas em contexto electivo e de urgência e Dissecções da Submucosa.

Formação Extra-Curricular e outros elementos valorativos

Durante os seis anos do Mestrado Integrado em Medicina tive oportunidade de participar em várias

actividades e formações extra-curriculares que creio terem-me tornado uma pessoa mais completa tanto a

nível pessoal, como profissional. No meu primeiro ano do curso, fiz parte da organização do Congresso de

Neurorradiologia. Fui Monitor de Anatomia no meu segundo ano e de Anatomia Regional II no meu terceiro

ano. Enquanto actividades relacionadas com a prática clínica tive a oportunidade de realizar estágio clínicos

nacionais e internacionais, o primeiro nas áreas de Cardiologia Pediátrica e Cirurgia Pediátrica, na CUF

Descobertas e, o segundo em cirurgia torácia no Hôpital Nord em Marselha. De carácter de investigação

ciêntifica, realizei um estágio no hospital Ramathibodi em Bangkok, inerente ao tema Validation of antibody

class for toutine testing for Leukemia/Lymphoma diagnosis in flow citometry. Realizei ainda durante parte

do meu 4º e 5º ano investigação ciêntifica no CEDOC na equipa da Drª Otília Vieira no projecto Identification

of New Drugs to Treat Atherosclerosis, durante o qual trabalhei com zebrafish no isolamente de macrófagos

e identificação e análise de inflamação por ésteres de colesterol.

Reflexão Crítica Final

Findo o último ano do Mestrado Integrado em Medicina, ano este de carácter fortemente profissionalizante

e durante o qual se pretende que o aluno obtenha fortes valências clínicas que lhe possibilitem uma transição

suave e preparada para o exercício médico, creio puder dizer que atingi a maior parte dos objectivos a que

me propus no ínicio do ano, salvo raras excepções que indicarei mais adiante na minha relexão crítica.

Gostaria em primeiro lugar de enaltecer a importância do rácio tutor aluno 1:1 e 1:2, que pude encontrar em

praticamente todos os estágios parcelares que realizei, para uma excelsa aprendizagem e por conseguinte

um ganho de autonomia de forma mais célere e justificada. Parti com expectativas elevadas pelo cariz

fundamentalmente prático do ano, durante o qual puderia pôr à prova as minhas capacidades enquanto

futuro médico. Não posso dizer que tenha sido um ano que em muito tenha contrastado com outros

precedentes por, também, nestes ter tido a oportunidade de ter uma intervenção activa. No entanto, a

grande diferença prendeu-se na autonomia e no sentido de responsabilidade com que foi necessário encarar

cada dia de trabalho. Reparei, assim, de forma mais clara, na necessidade de nos mantermos constantemente

actualizados para fazer face às dificuldades vindouras e à singularidade de cada doente. Tomei consciência

pela primeira vez da articulação necessária entre os profissionais de saúde para um bom funcionamento da

equipa, algo que até à data me passou despercebido por estar tudo entregue aos meus tutores. No que

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concerne aos objectivos gerais a que me propus, tenho plena consciência que fui capaz de aprimorar as

minhas competências clínicas, científicas, assim como humanas. O contacto, cada vez mais próximo e

autónomo ao longo dos estágios com os diversos doentes, melhorou sem sombra de dúvida a minha empatia,

capacidade de transmissão de informação e, acima de tudo, a minha capacidade de establecer uma relação

médico-doente frutuosa. Muito embora sinta que o meu desenvolvimento em termos de capacidades de

diagnóstico e pedido de meios complementares de diagnóstico tenha melhorado consideravelmente, o

mesmo não posso dizer no diz que respeito à prescrição terpêutica. Garantidamente houve uma melhoria

subtâncial, mas não a pretendida. Por ser uma área tão vasta, creio que os nosso conhecimentos devam ser

avaliados de forma mais contínua ao longo do curso. Isto possibilitaria não apenas um refresh de

conhecimentos passados, mas também um incentivo ao estudo do tema, para além do incentivo que

obviamente temos perante a diversa patologia em meio hospitalar. Senti uma autonomia crescente ao longo

dos estágios que me permitiu, dentro da mesma, valorizar a importância da troca de saberes, entreajuda e

trabalho de equipa como factor chave para uma boa prática de uma medicina centrada no doente. No que

diz respeito aos objectivos específicos para cada um dos estágios parcelares, muito embora com uma

apreciação global bastante positiva, infelizmente alguns ficaram aquém das expectativas. No que diz respeito

à Ginecologia e Obstértricia, considero-o o estágio que mais me surpreendeu. Por ser uma àrea que não me

fascinava, parti com expectativas algo baixas. No entanto todos os objectivos a que me propus foram

alcançados e, pela abertura das minhas tutoras, pude ir ainda mais longe do que esperava. Foi-me dada uma

crescente autonomia ao longo do estágio, tendo melhorado consideravelmente a minha capacidade de

abordagem de patologia ginecológica e obstétrica. Adquiri autonomia na realização de colpocitologias e, tal

como pretendido, foi-me ainda dada a possibilidade de participar como segundo ajudante em algumas

cirurgias. Sem dúvida, um estágio dinâmico que me fez crescer o interesse por esta área. Quanto ao estágio

de Saúde Mental, tenho a destacar como ponto positivo a possibilidade de eliminar o estigma perante o

doente mental, no entanto e, infelizmente, muito por culpa da patologia associada, foi um estágio em que

não me foi dado qualquer grau de autonomia. Talhou-se por um estágio meramente observacional e que, a

meu ver, deveria ter tido maior componente de internamento, pois 95% da patologia observada foram

perturbações depressivas em contexto de consulta. Penso que uma divisão mais equalitária dos dias

passados em internamento e consulta externa seria mais benéfica para o aluno. No que concerne ao estágio

de Medicina Geral e Familiar, a par com Medicina Interna, creio ter sido o estágio onde me foi dado maior

grau de autonomia, podendo dar consultas “sozinho”, sob supervisão da minha tutora. Foi o estágio onde

desenvolvi maiores capacidades no que diz respeito à prescrição terapêutica e na melhoria da capacidade

comunicativa e de transmissão de informação ao doente. Quanto à Pediatria, era um estágio que partia com

muito interesse uma vez que no 5º ano tinha realizado um estágio na Alemanha e estava curioso para denotar

as diferenças e de que forma me tinha sido útil o que aprendi. Infelizmente, foi um estágio que pecou pelo

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seu carácter praticamente apenas observacional, o que não me permitiu uma grande melhoria nos

conhecimentos de semiologia em pediatria. Por ser um hospital de referência, muitas vezes os doentes

apresentados eram extremamente complexos e com multipla patologia o que tornou dificil uma

aprendizagem célere. Não obstante, marco como aspectos positivos as competências humanísticas

transmitidas pela minha tutora, bem como a possibilidade de passar em diversas sub-especialidades

pediátricas, o que me permitiu uma visão mais ampla da especialidade. No que diz respeito à Cirurgia, por

ser uma área que me interessa particularmente, parti de expectativas elevadas, as quais foram

correspondidas. Cumpri todos os objectivos a que me comprometi, tendo tido a possibilidade de participar

como 1º e 2º ajudante em algumas ocasiões, o que para mim foi uma vantagem. Como ponto negativo,

apenas a semana de urgência que para mim nada acrescenta em termos de cirurgia geral e a localização do

hospital, muito afastada do centro de Lisboa. Relativamente a Medicina Interna, esta foi um agradável

supresa pois adquiri um autonomia considerável desde o primerio dia do estágio e, por não se tratar de um

hospital público, tive a oportunidade de contactar com outra realidade no que toca à disponibilidade

monetária para pedidos de exames complementares de diagnóstico. Desenvolvi imenso as minhas valências

ao escrever regularmente diários clínicos, acompanhar diversos doentes no seu internamento e por executar

tanto notas de entrada, como notas de alta. Apenas como ponto negativo não ter tido oportunidade de

realizar muitos procedimentos técnicos.

Concluídos estes 6 anos, penso ser de relevo enaltecer alguns elementos que penso que contribuiram para a

minha formação médica e pessoal. O Programa Erasmus na faculdade Friedrich-Alexander em Erlangen que

me permitiu deparar com métodos diferentes de trabalho e novas realidades, mas acima de tudo me

enriqueceu e me tornou uma pessoa mais aberta, pelas interações e relações que estableci durante este

período. O estágio Opcional, o estágio em Cirugia Torácica e os estágios em Cirurgia Pediátrica e Cardiologia

Pediátrica permitiram-me colmatar falhas no nosso plano curricular e deparar-me com especialidades que

de outra forma teria pouco ou nenhum contacto. Os projectos de investigação em que participei permitiram-

me desenvolver a minha capacidade crítica, racional e acima de tudo criativa na busca de novas soluções,

reconhecendo a importância da investigação científica, que muitas vezes nos é passada como secundária

durante o curso. Saliento a importância de ter participado enquanto Monitor de Anatomia, por me ter

permitido consolidar conhecimentos prévios, bem como reconhecer o gosto por leccionar. Gostaria ainda de

realçar a importância das minhas actividades extra curriculares (Andebol na equipa da NOVA e Krav Maga),

que muito importantes foram para ultrapassar os momentos de maior stress durante o curso.

Gostaria de finalizar por agradecer aos meus professores e tutores durante o curso de Medicina, bem como

aos doentes que possibilitaram a minha aprendizagem nos seus momentos de maior fragilidade. Sem dúvida

quero ternamente agradecer aos meus amigos e família pelo apoio incondicional nas alturas de maior

ansiedade e dificuldade e pelas gargalhadas e abraços nas alturas de celebração pelos feitos alcançados.

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Anexos

Anexo I – Tabela Resumo de pontos positivos e

negativos em cada um dos estágios

Anexo II- Comissão Organizadora do X Congresso

Nacional de Neurorradiologia

Anexo III- Certificado de Participação enquanto

Monitor de Anatomia

Anexo IV- Estágio IFMSA em Validation of Antibody

Class for Routine Test for Leukemia/Lymphoma

Diagnosis in Flow Citometry

Anexo V- Estágio em Cirurgia Torácica no Hôpital Nord

de Marselha

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Anexo I

Estágio Parcelar Pontos Postivos Pontos Negativos

Ginecologia e Obtetrícia Possibilidade de participação em Bloco

operatório

Autonomia

Possibilidade de participação em todas

as vertentes da àrea

Interesse constante do docente no

ensino

Horários de trabalho muito variàveis

inter tutores

Saúde Mental Eliminação do Estigma na Saude Mental

Reuniões Semanais para revisão de

doente de consulta e hospital de dia

Sem autonomia

Pouca diversidade na patologia

observada

Medicina Geral e Familiar Elevado grau de Autonomia

Possibilidade de participar em todo o

tipo de consultas

Explicação teórica constante antes,

durante e após consulta

Desenvolvimento de competências

burocráticas e administrativas

Ensino na prescrição terapêutica

Desenvolvimento de capacidades de

comunicação

Avaliação do estágio fundamentada,

tendo em conta a meritocracia- DEO

Sem nada a apontar, para mim, tudo o que

um estágio deve ser

Pediatria Possibilidade de assistir a consultas de

diversas especialidades

Possibilidade de assistir a técnicas de

pneumologia

Pouca autonomia

Patologia muito complexa e especifica

mesmo dentro da própria especialidade

Cirurgia Geral Possibilidade de participação em Bloco

Operatório

Algum grau de autonomia em contexto

de enfermaria

Acessibilidade difícil

4 semanas não dedicadas a cirurgia que

poderiam ser aproveitadas de outra

forma

Medicina Interna Participação num serviço de urgência

exigente e com multipla patologia

Elevado grau de Autonomia

Aulas leccionadas durante o estágio

Capacidade de sintetizar e prioritizar

informação importante ao escrever

diários clinicos, notas de entrada e

notas de alta

Contacto próximo com os familiares

Possibilidade de apresentar diversos

doentes na visita clínica

Patologia pouco diversa em

Internamento no HFAR

Pouca possibilidade para execução de

téncinas

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Anexo II

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Anexo III

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Anexo IV

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Anexo V