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2017 RELATÓRIO E CONTAS CCAM TERRAS DE MIRANDA DO DOURO

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R E L ATÓR IOECONTA S

CCAMT E R R A S D EM I R A N D A D O D O U R O

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Índice

Convocatória de Assembleia Geral 3

Estrutura e Práticas de Governo Societário 5

Enquadramento Macroeconómico 18

Crédito Agrícola: Evolução recente 33

Iniciativas Comerciais e de Marketing 43

Caixa Agrícola: Missão 73

Caixa Agrícola: Evolução no exercício 74

Actividade Comercial 77

Movimento de associados e capital 84

Rácios Normativos, Outros Indicadores e Indicadores de Rendibilidade 85

Balanço 86

Demonstração dos Resultados 88

Demonstração dos Fluxos de Caixa 89

Demonstrações de Alterações no Capital Próprio 90

Anexo às Demonstração Financeiras 91

Proposta de Aplicação de Resultados 155

Fundos Próprios 156

Parecer do Conselho Fiscal 157

Certificação Legal das Contas 159

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PÁGINA DEIXADA EM BRANCO PROPOSITADAMENTE

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro, CRL

Relatório e Contas de 2017

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Convocatória de Assembleia Geral

Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro, C.R.L., pessoa colectiva nº 501760326, com sede na Rua da Indústria, S/N, em Palaçoulo, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Miranda do Douro sob o mesmo número, com o capital social realizado de € 5.000.000,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 25 de Março de 2018, pelas 13:00 horas, na sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2017 e do relatório anual do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

5. Discussão e votação da alteração integral dos Estatutos da Caixa Agrícola, nos termos constantes da proposta cujo texto integral ficará à disposição dos Associados na sede da Caixa Agrícola a partir da publicação da presente convocatória, sem prejuízo de, na Assembleia Geral, poderem ser propostas pelos Associados redacções diferentes.

6. Discussão e votação da alteração do Regulamento Eleitoral da Caixa Agrícola.

7. Discussão e votação da alteração da Política Interna de Selecção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

8. Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola.

Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número.

Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto.

Palaçoulo, 19 de fevereiro de 2018.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral,

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PÁGINA DEIXADA EM BRANCO PROPOSITADAMENTE

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro, CRL

Relatório e Contas de 2017

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Estrutura e Práticas de Governo Societário

1. ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Mirando do Douro, CRL adopta o modelo de

governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de

Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral,

para um mandato de três anos.

2. ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA

3. ASSEMBLEIA GERAL

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um

Secretário.

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Relatório e Contas de 2017

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3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: José Afonso Martins

Vice-Presidente: Manuel Fernandes Pera Macias

Secretário: José Augusto Ramos

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe

atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da

Mesa da Assembleia Geral;

Decidir da alteração dos Estatutos.

4. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no

mínimo de três e de um suplente.

Actualmente o Conselho de Administração é composto por 3 membros, com mandato para o

triénio 2016/2018.

4.1. Composição do Conselho de Administração

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Presidente: Dr. Cisnando Pires Ferreira

Vogal: Jacinto dos Santos Afonso

Vogal: David José de Pera Macias Fernandes

Suplente: José Fernando Carvalho Martins

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em

especial e de acordo com os Estatutos:

Administrar e representar a Caixa Agrícola;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de

orçamento para o exercício seguinte;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao

exercício anterior;

Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 1 vez por semana, tendo realizado um

total de 54 reuniões em 2017.

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

A distribuição de pelouros entre os membros do Conselho de Administração é a seguinte:

Cisnando Pires Ferreira

Presidente do Conselho de Administração. Presidência e Representação da Caixa, Auditoria

Interna, Gestão de Riscos, Compliance, Apoio Jurídico e Contratação. Supervisiona a Área de

Suporte.

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Relatório e Contas de 2017

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Jacinto dos Santos Afonso

Vogal do Conselho de Administração. Supervisiona a Área de Risco e Recuperação de

Crédito.

David José de Pera Macias Fernandes

Vogal do Conselho de Administração. Supervisiona e Coordena a Área Comercial.

5. ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de

Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao

Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de

actividades e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.1 Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Dr. Alberto Afonso Martins

Vogal: Dr. António Afonso Pimentel

Vogal: Dr. Paulo José Trigo Teixeira

Suplente: Dr. Roberto de Oliveira Cangueiro

5.1.2 Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, cada três meses, tendo realizado, em 2017, um total

de 5 reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho

Fiscal.

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O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designado

para o cargo:

Efectivo: Fernando Peixinho & José Lima, SROC, Lda

Representada por: Dr. Fernando José Peixinho de Araújo Rodrigues

Suplente: Dr. José Alberto Figueira da Fonseca Lima

6. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

A) Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização

6.1 Em 18 de Dezembro de 2016 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo de Terras de Miranda do Douro, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política

de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em

cumprimentodo disposto na Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho.

6.2 Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011,

reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi

aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

Declaração de Política de Remuneração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de

Miranda do Douro, CRL

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que

lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Artigos 7.º, número 3, e 20,

número 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, vem o

Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TERRAS DE MIRANDA DO

DOURO, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política

de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA

AGRÍCOLA para o ano de 2017.

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017 seja aprovada nos seguintes termos:

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Relatório e Contas de 2017

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1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir

adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o

âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos

assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da

mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado

qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo

que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria

das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a

ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF;

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam

incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo

Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se

revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;

d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de

Capital);

e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de

Requisitos de Capital);

f. As orientações da Autoridade Bancária Europeia n.º EBA/GL/2015/22;

g. O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

2. PRINCÍPIOS GERAIS

O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da

proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância

dada elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de

restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a

tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos

inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações

insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal

como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses

de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

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Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as

disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se

considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas

revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas

das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº

3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente

Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de

riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e

interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração,

fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade

organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela

Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la

periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do

art. 115º-C do RGICSF;

b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor

das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização

e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer

remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do

RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de

Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o

desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de

uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica

do Crédito Agrícola;

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e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de

Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas

também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa,

incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da

informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO FISCAL

A remuneração dos membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da

composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de

senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.

Os mesmos membros do Conselho Fiscal terão ainda direito a ajudas de custo, nos exactos termos

em que estas sejam pagas aos trabalhadores da Caixa Agrícola, bem como ao reembolso das

despesas em que comprovadamente incorram no exercício das suas funções.

Para efeitos da determinação da remuneração fixa acima referida, considerou-se que os membros

do Conselho Fiscal participam anualmente e em média em seis reuniões (quatro trimestrais

ordinárias, uma extraordinária e uma anual de avaliação).

5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃO

5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Administradores Executivos da Caixa Agrícola consiste exclusivamente numa

componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos

análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários,

subsídios de férias e subsídios de natal, de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei,

dos Estatutos e do artigo 9.º, n.º 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito

Agrícola Mútuo.

Os mesmos Administradores terão ainda direito a ajudas de custo, nos exactos termos em que

estas sejam pagas aos trabalhadores da Caixa Agrícola, bem como ao reembolso das despesas em

que comprovadamente incorram no exercício das suas funções.

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Os Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de pessoal da mesma e cujos

contratos de trabalho tenham sido suspensos por consequência da sua eleição para o Conselho de

Administração terão direito a receber uma remuneração fixa cujo valor global seja, pelo menos

idêntico ao que aufeririam se o referido contrato de trabalho se mantivesse em vigor, sem

prejuízo da possibilidade da sua actualização, nos termos aplicáveis à generalidade dos

trabalhadores da Instituição, bem como a manter os benefícios sociais, incluindo de natureza não

pecuniária, a que teriam direito enquanto trabalhadores, excepto os incompatíveis com a

suspensão do vínculo laboral.

Nos termos da presente Política, os Administradores Executivos oriundos do quadro de pessoal

não têm direito a receber remuneração variável, ainda que seja atribuída à generalidade dos

trabalhadores da Instituição.

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº

10/2011, mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores

Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos

termos acima descritos;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que

são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do

art. 16º do Aviso nº 10/2011.

5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback

Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma

componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição

do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”).

5.1.3 Disposições gerais

a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente

variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº

10/2011;

b) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e

indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

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c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato

que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo

pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não

concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente

pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art.

10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial

relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente

inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações

pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição;

e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma

antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como

remuneração.

g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou

responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os

efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração

h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro

mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os

interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem

quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e

reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de

qualquer parte da remuneração.

5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

A Caixa Agrícola não tem Administradores não executivos.

6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e

definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

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6.3 Quadro com as remunerações auferidas em 2017:

Euros

VencimentoSenhas de

Presença

Ajudas de

custo

Prestação

de Serviços Total

Conselho Fiscal

Alberto Afonso Martins - 750,00 50,24 - 800,24

António Afonso Pimentel - 600,00 0,00 - 600,00

Paulo José Trigo Teixeira - 600,00 0,00 - 600,00

Remunerações agregadas - 1.950,00 50,24 - 2.000,24

Conselho de Administração

Cisnando Pires Ferreira 29.400,00 - 116,09 - 29.516,09

Jacinto dos Santos Afonso 22.050,00 - 0,00 - 22.050,00

David José Pera Macias Fernandes 68.880,00 - 347,08 - 69.227,08

Remunerações agregadas 120.330,00 - 463,17 - 120.793,17

Revisor Oficial de Contas - - - 9.000,00 9.000,00

(acresce IVA)

Remunerações agregadas - Órgãos

de Administração e Fiscalização120.330,00 1.950,00 513,41 9.000,00 131.793,41

B) Política de Remuneração de colaboradores

6.4 Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de

colaboradores:

a) Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as

condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um

complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência

de reajustamento remunerativo casuístico.

b) Também se atribui Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de

responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

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Relatório e Contas de 2017

-16-

c) Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num

processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual

corresponde apenas a um prémio de desempenho.

d) A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de

administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica,

para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os

resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia directa dos

colaboradores.

e) A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando o resultados da

avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito

pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade, designadamente as regras de

controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores. Pretende-

se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo

prazo.

f) A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o

desempenho do ano transacto.

g) Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor

desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa

impedir que se atinja qualquer um dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir.

h) Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em

2017 os colaboradores da Caixa auferiram as seguintes remunerações:

Euros

VencimentoAjudas de

custoTotal

Compliance e Gestão de Riscos * 1 40.172,50 100,48 500,00 40.772,98

Área Risco e Recuperação de Crédito 1 15.607,66 166,33 500,00 16.273,99

Área de Suporte 1 21.523,50 46,83 500,00 22.070,33

Área Comercial 8 221.636,00 984,34 4.000,00 226.620,34

Remunerações agregadas 11 298.939,66 1.297,98 5.500,00 305.737,64

Fixa

VariávelNúmero de

ColaboradoresÁrea de Actividade

* Colaborador abrangido pelo n.º 2 do artigo 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011

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Relatório e Contas de 2017

-17-

7. CRÉDITOS CONCEDIDOS AOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

Atento o disposto no n.º 9 do artigo 85.º do RGICSF, aos membros efectivos do Conselho de

Administração e do Conselho Fiscal, depois do início das suas funções, foram concedidas e

encontram-se em vigor, as seguintes operações de crédito:

Euros

Nome / Denominação Cargo Tipo de créditoData de

concessão

Limite do

cartão

Valor em

dívida

Conselho de Administração

Cisnando Pires Ferreira Presidente Cartão de Crédito 06-10-2017 1.500,00 120,26

Conselho Fiscal

Alberto Afonso Martins Presidente Cartão de Crédito 16-12-2011 1.000,00 0,00

Paulo José Trigo Teixeira Vogal Cartão de Crédito 20-04-2011 2.500,00 0,00

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Relatório e Contas de 2017

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Enquadramento Económico

Economia Internacional

A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de

alguns factores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais

blocos desenvolvidos e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as

economias europeias – desenvolvidas e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o

crescimento esperado para 2017 tem sido revisto genericamente em alta. O ritmo de crescimento

dos preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos, mas aquém do desejado pelas

autoridades monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de crescimento do PIB Mundial

para 3% em 2017.

Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições

financeiras acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os

agentes económicos e redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à

medida que alguns receios que limitavam o crescimento e optimismo se foram dissipando, sendo

que a procura interna continuou a ser o principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação

das exportações, graças à retoma da economia a nível global, permitiu que o contributo da procura

externa fosse igualmente positivo. É de salientar, no campo político, a expectativa gorada dos que

esperavam que o sentimento populista que conduziu à vitória do “Sim” no Brexit e à eleição de

Donald Trump nos EUA os levasse a ganhar as eleições em França e na Holanda, o que acabou por

não acontecer.

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Relatório e Contas de 2017

-19-

Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em

quase sete anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do

Euro. O investimento de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à

manutenção das políticas acomodatícias do Banco Central Europeu.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo

ficado no final do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de 2009. No entanto, a

recuperação do emprego não foi acompanhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação

anual dos preços ao consumidor manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017

em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da meta do BCE.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

O BCE decidiu manter as principais taxas directoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no

caso da taxa principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no

caso da taxa de cedência de fundos. Relativamente ao plano de compra de activos, em Abril, os

montantes das compras mensais foram reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil

milhões do que anteriormente. Em Outubro, em resposta às condições económicas favoráveis, o BCE

decidiu cortar o seu programa de compras de obrigações para metade, i.e., 30 mil milhões de euros

mensais a partir de Janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível seria mantido até

Setembro de 2018.

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Relatório e Contas de 2017

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A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de

2,3% do PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro

trimestres do ano, com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de

emprego a apresentarem os melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de sempre.

A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase

17 anos. Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores estiveram

activamente a recrutar para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do

mercado de trabalho suportou o consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à

evolução da procura interna e externa assistiu-se também à recuperação do investimento que, numa

primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-se depois a outros sectores,

nomeadamente à actividade industrial.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a

subir para os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de

transportes.

Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de

crescimento em 2018. Os objectivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes

de impostos para empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às

famílias e empresas, eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de

financiar a redução de impostos.

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Relatório e Contas de 2017

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A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando esta

actualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para o cargo de

Governador da Reserva Federal, que sucedeu a Presidente Janet Yellen em Fevereiro de 2018.

Apesar desta mudança na liderança do banco central americano, não são esperadas grandes

alterações na actual política de normalização das taxas de juro americanas.

Economia Nacional

A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60%

versus 2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura

interna e do desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos

principais parceiros comerciais.

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento

disponível, tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da

permanência dos baixos custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que

contribuiu para a recuperação da capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º

trimestre de 2017, valor acima dos 80,6% da média de longo prazo.

Assim, o investimento registou um crescimento médio anual de 10,3% nos três primeiros trimestres

do ano, depois de, durante o mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando partido do

investimento realizado pelo sector privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as

exportações nacionais a ficarem acima das importações. As exportações nacionais atingiram os 42%

do Produto Interno Bruto em 2017 (que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da

resiliência da economia nacional face a uma evolução na política monetária europeia.

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Relatório e Contas de 2017

-22-

Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano,

sugerem um crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de

riqueza por habitante entre Portugal e a região da moeda única.

A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da Europa,

situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016).

O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de

gradual aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens

energéticos, cujo contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo

do ano.

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Relatório e Contas de 2017

-23-

O assinalável dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector

hoteleiro e, consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo,

em Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se

verificado maior agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao

mesmo período do ano anterior).

O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de euros,

o que se traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução do

défice em contabilidade pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões

de euros acima da meta traçada. Em Outubro, aquando da actualização das estimativas para o ano

de 2017 (O. E. 2018), o Governo fixou a meta do défice para 2017 em 1,4%. Posteriormente, o

Governo tem vindo a apontar para objectivos mais ambiciosos, com o primeiro-ministro, António

Costa, a adiantar que o défice do ano de 2017 terá ficado em torno de 1,2% do PIB.

Mercado Bancário Nacional

O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de

reestruturação em alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se

mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: a operação

de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões de euros) com a entrada de um novo accionista

(Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da CGD, com a injecção de 2,5 mil

milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de aquisição lançado

pelo CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a conclusão

da alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os restantes 25%

como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração do Banco Popular Portugal no

Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular ao Banco Santander.

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Relatório e Contas de 2017

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Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos

aumentou 2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado

crescimento dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos

particulares ocorreu uma estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro

de 2017 face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de

crédito não produtivo (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais

significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no

crédito a particulares (-1,0%), ambos face a Dezembro de 2016.

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Relatório e Contas de 2017

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De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o

crédito total reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no

segmento das empresas nos distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito a

empresas caiu 4,5 mil milhões de euros e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão de

crédito aumentou 0,7 mil milhões de euros, sendo que no país foi registada uma quebra no crédito a

empresas global de 4,2 mil milhões de euros.

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu

essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro

de 2016) que representa 81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido

de clientes particulares, este situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins

que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017

face a Dezembro de 2016).

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Relatório e Contas de 2017

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No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito

a empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos sectores da

agricultura e pescas, indústrias extractivas, alojamento e restauração e actividades imobiliárias foi

possível verificar um aumento do crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com

maior incumprimento continuam a ser o da construção, das actividades imobiliárias e do comércio,

que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Mercados Financeiros

Mercados accionistas

O mercado de acções americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow

Jones a bater pela primeira vez os 20.000 pontos em Janeiro, 21.000 em Março, 22.000 em Agosto e

finalmente 24.000 no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o

S&P 500 arrecadou uns impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673

pontos.

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Relatório e Contas de 2017

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Os níveis de confiança das empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados ao

longo do ano. Os líderes deste crescimento foram sem dúvida os grandes nomes do sector

tecnológico como a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e Alphabet.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na

Europa também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron

ganhou as eleições francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza

política na Alemanha e em Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha,

apesar da incerteza política na segunda metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o PSI

20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Borsa Italiana 13,61%. O IBEX 35 teve uma performance

inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim, registado uma valorização de 7,4%.

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro

relativamente às moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de

14,15% face ao dólar, 9,16% face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra

esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos 1,052 dólares, referia-se como provável a paridade

entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a 1,20 dólares, valor que não era verificado

desde 2015. Efectivamente, as expectativas quanto à solidez do crescimento da Zona Euro e quanto

à remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior procura do euro contra as

restantes moedas.

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Relatório e Contas de 2017

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Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais de

80% das transacções cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte das

políticas da nova Administração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando,

nomeadamente com o adiamento dos planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote

fiscal, a moeda norte americana foi perdendo força ao longo do ano. Em termos políticos, foi

igualmente significativa a forte oposição do Congresso às medidas prometidas em campanha

eleitoral, como o fim imediato do programa conhecido por Obamacare. Quanto à política monetária,

a Fed prosseguiu o ciclo de subida das taxas de juro que, embora tenha ampliado o diferencial de

juros para o euro, não trouxe uma significativa apreciação da moeda, visto que os movimentos já

tinham sido antecipados pelos mercados e tornaram-se num não-evento.

Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao

dólar. Na maior parte do ano o par USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre

107 e 116, sem tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da

moeda, nunca hesitando em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de

apreciação da sua moeda.

A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano,

depois do movimento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o

comportamento da libra foi condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o

processo. Até à data de Março de 2019, data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU,

será sempre um dos principais factores de mercado.

No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o

ano de 2017 a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.

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Matérias-primas

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

O mercado do petróleo teve alguns factores relevantes que condicionaram de forma significativa a

sua evolução ao longo de 2017. Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior

equilíbrio entre a oferta e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a colocar em

risco a evolução dos preços. O petróleo iniciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de

retoma e reforço do consumo ao longo do ano de 2017.

No entanto, o ciclo de crescimento em curso nos vários blocos não iria trazer acréscimos

significativos da procura, havendo até, durante algum tempo, dúvidas em relação ao crescimento da

actividade na China. Face à possibilidade de ocorrer um abrandamento mais expressivo do

crescimento chinês, surgiram reacções negativas nos mercados de commodities. O petróleo chegou

a registar um mínimo de $44 no final de Junho.

Na segunda metade do ano houve uma recuperação dos preços do petróleo, com a maior

visibilidade nos cortes de produção na OPEP e com a perspectiva de um aumento do consumo no

ano seguinte. Assim, a tendência de subida dos preços foi surgindo de forma consistente e

sistemática, levando o petróleo a encerrar o ano em torno dos $66.

O ouro negociou durante a maior parte do ano dentro do intervalo dos $1.200-$1.300 e encerrou o

ano a valorizar mais de 13% nos $1.302,8. Embora a Fed tenha continuado com o seu processo de

normalização das taxas de juro e dos mercados accionistas terem acelerado, a performance do ouro

foi assinalável.

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Mercado obrigacionista

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias

acomodatícias e baixos níveis de inflação. Estes factores limitaram o movimento de subida das yields

dos principais benchmarks na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos

registados no ano anterior, se mantiveram em níveis historicamente muito baixos.

Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais

significativos, nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas

agências de notação financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na

classe de investimento. Nos 10 anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o

spread face à dívida alemã no mesmo prazo a cair para os 152 pontos.

Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo

as yields fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respectivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a

instabilidade política decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências

económicas prejudicaram as yields espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das

próximas eleições nacionais onde o Movimento 5 Estrelas tem aparecido bem posicionado nas

sondagens.

A yield do Bund alemão a 10 anos transaccionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando

condicionado pelo programa de compra de activos do BCE e também pelo baixo nível de oferta,

reflexo da sua saudável situação fiscal.

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Relatório e Contas de 2017

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Principais riscos e incertezas para 2018

Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas

monetárias acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos

agentes económicos, nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do

programa de compra de activos do Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da

Reserva Federal. Acresce que a instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha,

do resultado das próximas eleições em Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política

expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir um factor determinante em

2018, particularmente tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China. O panorama

do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos no

mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a

uma expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial de alguns players mundiais

na classificação do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo.

Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no

panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como

também no sistema bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta actuação mais

rigorosa é justificada não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições

financeiras face a futuras crises, mas também pela necessidade de regular o surgimento de novos

players (ex. fintechs) no mercado bancário europeu.

Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:

i. a melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:

(i) do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através

do esforço de digitalização e robotização das operações;

(ii) da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e,

(iii) da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

ii. a pressão sobre o capital e liquidez, por via:

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Relatório e Contas de 2017

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(i) da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos

apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via capital

interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e parcerias

necessárias para operar numa indústria com ameaças e em permanente mutação (ex.

digital, regulação); e,

(ii) de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de

risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).

iii. a adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais

requisitos requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do

consumidor (ex. GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e segurança na

condução da actividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT)

iv. a revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex.

mobile banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito

online) e às alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open banking).

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Relatório e Contas de 2017

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Crédito Agrícola: Evolução recente

Resultado e Balanço

Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas

Associadas), referentes ao exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 415.824 480.485 64.661 15,5%

Aplicações em Instituições de Crédito 6.035 6.957 922 15,3%

Crédito a Clientes (líquido) 7.997.636 8.782.890 785.254 9,8%

Crédito a Clientes (bruto) 8.713.284 9.435.024 721.740 8,3%

Provisões / Imparidades Acumuladas 715.648 652.134 -63.514 -8,9%

Aplicações em Títulos (líquido) 5.311.976 6.031.113 719.138 13,5%

Activos não correntes detidos para venda 395.045 334.274 -60.770 -15,4%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 320.780 314.505 -6.275 -2,0%

Outros Activos 433.319 486.886 53.567 12,4%

Total Activo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 1.578.903 1.935.086 356.182 22,6%

Recursos de Clientes 11.770.738 12.638.189 867.451 7,4%

Passivos Subordinados 116.534 106.782 -9.752 -8,4%

Outros Passivos 187.064 312.860 125.796 67,2%

Total Passivo 13.653.239 14.992.916 1.339.677 9,8%

Capitais Próprios 1.227.375 1.444.194 216.819 17,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

2016 2017Variação

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Relatório e Contas de 2017

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Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 396.270 407.803 11.534 2,9%

Juros e encargos similares 120.256 118.124 -2.132 -1,8%

Margem Financeira 276.013 289.679 13.666 5,0%

Comissões líquidas 138.192 148.122 9.930 7,2%

Result. de operações financeiras 38.561 79.382 40.821 105,9%

Outros resultados de exploração (*) 21.766 15.473 -6.294 -28,9%

Produto Bancário 474.532 532.655 58.124 12,2%

Custos de Estrutura 313.331 316.435 3.104 1,0%

Custos de pessoal 175.410 176.753 1.343 0,8%

Gastos gerais administrativos 124.682 127.193 2.511 2,0%

Amortizações 13.238 12.488 -750 -5,7%

Provisões e imparidades 56.123 14.563 -41.561 -74,1%

Resultado antes de impostos 105.078 201.658 96.580 91,9%

Impostos, após correc. e diferidos 33.020 54.027 21.006 63,6%

Resultado Líquido 72.057 147.631 75.574 104,9%

Variação2016 2017

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros

activos e outros resultados de exploração.

Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário

(SICAM) de cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de euros

face aos 72,1 milhões de euros alcançados em 2016.

Valores em milhões de euros

31-mar-17 30-jun-17 30-set-17 31-dez-17

Caixas Associadas 22,8 41,6 68,5 89,4

Caixa Central 0,8 8,2 46,3 55,2

SICAM (Consolidado) 23,5 43,6 119,3 147,6

Evolução do Resultado Líquido

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Relatório e Contas de 2017

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O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior,

em parte justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de 58 milhões de

euros (+12,2%). Este aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do

Produto Bancário, designadamente nos resultados de activos financeiros (+105,9%), da margem

financeira (+5,0%) e das comissões líquidas (+7,2%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 245 276 290 14 5,0%

Margem Complementar, da qual: 258 199 243 44 22,4%

Comissões líquidas 130 138 148 10 7,2%

Resultado de operações financeiras 99 38,6 79,4 41 105,9%

Outros resultados de exploração 29 22 15 -6 -28,9%

Produto Bancário 503 475 533 58 12,2%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, passando de 276 milhões de euros em 2016 para

290 milhões de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução das

taxas de remuneração dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este efeito

tenha sido atenuado com o aumento do volume de depósitos face ao período homólogo.

No ano de 2017, as taxas de referência (EURIBOR) mantiveram uma tendência de queda, em

resultado da maior liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias de

quantitative easing do BCE. Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas Associadas

na Caixa Central foi ajustada à evolução das taxas praticadas no mercado.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 301 313 316 3 1,0%

Custos de Pessoal 167 175 177 1 0,8%

Gastos Gerais Administativos 121 125 127 3 2,0%

Amortizações 13 13 12 -1 -5,7%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3,1 milhões de euros).

Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,3 milhões de euros

(+0,8%) e dos gastos gerais administrativos em 2,5 milhões de euros (+2,0%).

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Relatório e Contas de 2017

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Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 82 -8 -3 4 -57,5%

Imparidade de outros activos 45 64 18 -46 -72,1%

Provisões e imparidades do exercício 127 56 15 -42 -74,1%

Provisões e imparidades (stock) 852 716 652 -64 -8,9%

Rácio de cobertura do crédito vencido 128% 131% 124% -6,68 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no

valor de 15 milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a 2016.

Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131%

em 2016 para 124% em 2017, em linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que

beneficiaram da retoma económica.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Crédito e juros vencidos (total) 668 547 525 -22 -4,0%

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no activo total do SICAM

que passou de 14.881 milhões de euros em 2016 para 16.437 milhões de euros em 2017,

contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785

milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+696 milhões de euros).

O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública

a crescer 11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a 2016.

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Relatório e Contas de 2017

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Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Provisões / Imparidades 852 716 652 -64 -8,9%

Crédito líquido 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Evolução do Crédito a Clientes

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de

recursos de clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em bancos

centrais e outras instituições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%).

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 14.757 13.349 1.408

Caixa Central 8.888 8.561 327

SICAM (Consolidado) 16.437 14.993 1.444

É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um

acréscimo de 1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito

aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo

facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (l íquido) 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Recursos de Clientes 10.970 11.771 12.638 867 7,4%

Rácio de Transformação 69,1% 67,9% 69,5% 1,5 p.p. n.a.

Evolução do crédito e recursos de clientes

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Relatório e Contas de 2017

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Outros Factos Relevantes

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; o

prémio obtido, no ano 2017, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente”; e o

facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário1,

permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2017.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à

Gestora de Activos do Grupo. Pela sétima vez em dez anos, o terceiro ano consecutivo, a CA Seguros

foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”2. Por seu

lado, a CA Vida foi eleita Empresa Líder, no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal

2017, tendo repetido o 1º lugar no Índice de Lealdade do Cliente obtido em 2016 no mesmo estudo.

Mais ainda, os Fundos CA Rendimento e CA Monetário foram os fundos mais rentáveis em 2017, na

sua respectiva classe, e consequentemente elegíveis para a atribuição do prémio APFIPP.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se

destacam:

A 4ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação” distinguindo as empresas

empreendedoras no sector agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das

fileiras agrícola, agro-indústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo financeiro

que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

O Workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector

hortofrutícola;

A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em

2016, realizada pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das

Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia

portuguesa;

O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo,

realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e

Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

1 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2017), o Crédito Agrícola (SICAM)

apresenta 4 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema é de 13.

2 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

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Relatório e Contas de 2017

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O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um

crescimento de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transacções nos B24

registou um crescimento de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das

transacções encontra-se acima dos 42% (mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução

semestral do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço Balcão 24,

verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada semestre, em comparação com igual período

de 2016.

O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de 1.520

no final de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na

rede SIBS de 1 p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se refere ao número de

transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%, efectuando-se mais de 90

milhões de transacções.

No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.362 TPA activos e

uma subida no número de transacções de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de

transacções.

Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a

débito do Crédito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito

Agrícola de 7,3%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola

de 0,4 p.p. nos cartões de débito e um aumento de 1,5 p.p. nos cartões de crédito.

No sentido de dinamizar a actividade comercial das Caixas Associadas, estabeleceram-se protocolos

e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas

conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;

NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém;

Grupo Lusiaves - Projecto “LUSITERRA”;

Grupo Agrinda - AgriPro e Agriloja.

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Relatório e Contas de 2017

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No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de

contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na

comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a

reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017

atingido quase os 100.000 fãs só no facebook.

Desde 2009, o programa de actualidade financeira revela ser uma parceria

acertada para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em

geral. Em 2017 foi introduzido um programa “Especial Empresas”, transmitido

semanalmente à 6ª feira, que para além de compilar temas de interesse para

as empresas, fez a cobertura de eventos institucionais do CA, nomeadamente:

Apresentação de Resultados do Grupo CA; Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar de Gala Concurso

de Vinhos CA e Cerimónia de Entrega do Prémio Empreendedorismo e Inovação CA.

O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa, o MUDA. Uma

iniciativa que tem como objectivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo

assim para uma sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma

economia mais forte e competitiva.

De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais

promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta acção nas

suas Agências, assim como através das redes sociais.

Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes, o e-mail Marketing. A utilização de

canais digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar

iniciativas e promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes.

No âmbito Campanhas de Marketing e de outras Acções realizadas no final do ano 2017, através do

canal de comunicação digital mais directo com os Clientes, o e-mail Marketing, foram

implementadas as diversas acções de comunicação digital.

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Relatório e Contas de 2017

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Foram implementados diversos programas específicos para segmentos prioritários como o CA Nota

20, que pretende reconhecer o mérito escolar dos alunos do ensino secundário, oferecendo prémios

aos melhores alunos a nível nacional do 7º ao 12º ano. Esta iniciativa que complementa também as

acções de reconhecimento que são feitas localmente pelas Caixas Associadas tem vindo a ter um

número crescente de participantes de ano para ano.

Para o segmento dos jovens dos 12 aos 17 anos foi também lançado o Programa de Fidelização CA

Faz Por ti – School Leader VID, um concurso de produção de vídeos dedicados à temática da

poupança, que são submetidos a concurso num canal específico da rede social YouTube,

participando os 10 videos mais votados numa final que se realiza na Futurália 2018, a feira das

profissões e vocações para os jovens que frequentam o ensino secundário. Este programa foi

promovido por dois youtubers com uma notoriedade elevada no segmento a que se destinou a

iniciativa.

Para o segmento dos jovens até aos 12 anos de idade foi também realizadas diversas iniciativas no

âmbito do Clube do Cristas, clube digital para estes jovens e respectivos encarregados de edução, de

que se destacam o lançamento de novos jogos na app do Clube, a agenda cultural e a promoção e

oferta a Clientes do segmento do jogo Multipli, que pretende promover o conhecimento da

matemática e foi reconhecido pela Sociedade Portuguesa de Matemática e pela Associação de

Professores de Matemática.

Em 2017, o CA patrocinou o programa televisivo “Os

Extraordinários”, tratando-se do 1º e único programa

onde as competências como a destreza mental e as

habilidades de memória desempenham o papel principal.

Este programa apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do

Crédito Agrícola nos últimos anos, contribuiu para

aumentar a notoriedade do Grupo, trazendo-nos juventude, modernidade, sofisticação, simpatia e

reforçando atributos como talento, destreza e inovação.

Em 2017 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios

a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

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Relatório e Contas de 2017

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Teresa Almeida, Vice-Campeã Europeia de BodyBoard;

Katlheen Barrigão, Campeã Nacional de Long Board;

Mário Patrão, 3º lugar no Campeonato Nacional de TT e da classe

“Maratona” e 20º lugar no Rali Dakar 2017, em motociclismo;

João Salgadinho, Campeão Nacional Interbancário, em Snooker;

Rui Ramalho, Campeão Nacional de Montanha, em Automobilismo;

Alcobaça Club de Ciclismo, com especial destaque para os ciclistas

Julian Espinoza, Pedro Lopes, Tiago Santos e Guilherme Mota que

foram consagrados vencedor da Taça Nacional – Cadetes, vencedor da Taça de Portugal –

Juniores, vencedor Nacional de Escolas de Infantis e Campeão Nacional de Fundo,

respectivamente;

CDUL, Campeões Nacionais de Rugby;

Pedro Rilhado, Vice-campeão Nacional de Kart.

Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o

Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB),

Tektónica, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

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Relatório e Contas de 2017

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Iniciativas Comerciais e de Marketing

Planeamento de Marketing

O Planeamento de Marketing desenvolveu um conjunto de tarefas ao longo de 2017 para garantir

que as campanhas, acções e diferentes iniciativas fossem implementadas e desenvolvidas de acordo

com o calendário previsto.

Todas as iniciativas foram planeadas, de forma detalhada, com a atribuição de tarefas às diferentes

Unidades participantes, no que se refere aos principais aspectos da operativa de cada uma das

iniciativas. No decurso do planeado, as tarefas foram devidamente articuladas com as diferentes

Unidades por forma a ocorrerem na data prevista.

Desta forma garantiu-se a execução do que havia sido planeado, criando-se todas as condições para

o sucesso das diferentes iniciativas desenvolvidas ao longo do ano do ano.

Noutra vertente do planeamento é ainda relevante a participação no Grupo de trabalho do projecto

CA Speed cujo objectivo é o desenvolvimento de uma nova metodologia de distribuição de

Objectivos Comerciais por Caixa, Agência, Gestor e Gestor de Cliente Empresa, mantendo-se a

ligação ao processo de determinação das linhas de orientação e dos objectivos estratégicos

definidos para o Crédito Agrícola.

Marketing Analítico

Na preparação e implementação de campanhas, em articulação com as Áreas de Segmentos

Empresas e Particulares, foi produzida informação relevante para análise dos segmentos-alvo, por

forma a desenvolver, para cada uma das campanhas, a segmentação dos Clientes alvo e a

identificação de um conjunto de oportunidades a serem disponibilizadas no CA GPS.

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Relatório e Contas de 2017

-44-

Nos Data Marts foram desenhadas as segmentações sobre a base de dados, selecionados os Clientes

dos segmentos-alvo, calculados os objectivos e desenvolvidos os modelos de acompanhamento das

diversas iniciativas, através da produção de informação para rankings, relatórios de produção por

contrato e respectivos angariadores para todas as campanhas, programas de vinculação, acções de

recuperação de objectivos, nas diferentes vagas da nova campanha de colocação de cartões com

propostas automáticas, nas acções de aquisição de OTRV, na acção para Clientes e potenciais

Clientes para atribuição do estatuto de PME Líder e Excelência, na acção de angariação de novos

Clientes para Gestores de Clientes Empresa e na acção de retenção de Clientes.

Foi também elaborada a segmentação específica para as várias iniciativas de Email-Marketing que

decorreram ao longo de 2017 e que visaram o envio de mensagens de correio electrónico em

campanhas específicas e o envio das diferentes newsletters através deste canal.

No âmbito do processo de definição dos objectivos comerciais anuais foi extraída a informação

necessária para popular a metodologia de distribuição dos objectivos por Caixa e Agência.

Na implementação do projecto dos Gestores de Clientes Empresa foi preparada toda a informação

para o encarteiramento de Clientes nos novos Gestores criados em 2017 e para a definição dos

objectivos comerciais anuais.

Ao longo do ano foi produzida informação para diferentes Direcções da Caixa Central, destacando-

se, por ser mais regular, a informação de Clientes disponibilizada à DBD, a informação para a DNI

relativa a Clientes importadores e para os escritórios de representação no exterior.

No âmbito do projecto CA Target foi assegurada a participação do Marketing Analítico em todo o

programa, desde a Geração de Leads baseadas em Eventos, o desenvolvimento do novo Data Mart

de clientes, o Motor de Gestão de Leads, a monitorização da gestão centrada do cliente até aos

modelos analíticos de propensão a produto e churn de cliente. A participação incluiu todas as

vertentes de cada item com o maior foco nos testes de aceitação, que decorreu no primeiro

semestre de 2017 com o terminar do projecto no final de Julho.

Foi também implementada a passagem de informação do novo Motor de Gestão de Leads criado

especificamente para o TARGET para o Data Mart de Campanhas para que esta informação possa ser

utilizada ao nível das campanhas.

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Relatório e Contas de 2017

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No último trimestre de 2017 iniciou-se o projecto CA Keep on Target – KoT – que tem como principal

objectivo dar continuidade ao projecto CA Target através do desenvolvimento de pequenas

iniciativas mensais que visam melhorar e adicionar novas capacidades ao CA Target.

No âmbito dos Modelos de Propensão desenvolveu-se um dashboard de monitorização destes, de

forma a permitir avaliar cada um dos modelos ao longo dos meses, visando a necessidade de

desenvolvimento de um novo modelo de propensão sempre que se identifique a perda da sua

capacidade predictiva.

Desenvolveu-se um novo modelo de propensão a Fundos de Investimento. E foi integrada nova

informação de seguros por forma a enriquecer o conhecimento do cliente nesta vertente e os

modelos de propensão de seguros poderem ser mais assertivos.

O Marketing Analítico participou também no Projecto MasterCard relativo à emissão de Cartões

Empresa ao nível da validação e extracção de informação necessária à análise da carteira de clientes

do Crédito Agrícola.

Foi também garantida a participação no projecto e-Learning que visou a criação de uma plataforma

automática que sugere a inscrição dos colaboradores comerciais em formações, em função do seu

desempenho na venda de Produtos e Serviços Bancários, Seguros e Fundos através da análise da

taxa de efectividade verificada.

Colaboração na aplicação da nova directiva MIFID2 que visa proteger o cliente na aquisição de

produtos complexos, tendo sido elaborados questionários e classificações de acordo com o tipo de

produto e com o cliente que o pretende subscrever.

Segmentos e Produtos

No decorrer do ano de 2017 o foco incidiu sobre uma maior diferenciação e melhoria das propostas

de valor dirigidas aos macro segmentos de Particulares e de Empresas, com especial relevo para as

iniciativas concretizadas no âmbito de cada segmento, nomeadamente nos segmentos que se

identificam como prioritários para a estratégia e posicionamento do Grupo Crédito Agrícola.

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Relatório e Contas de 2017

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Macro-Segmento Empresas

Segmento ENI, Micro e Pequenas Empresas

Foi desenvolvido um preçário específico de taxas e spreads para Empresários em Nome Individual,

diferenciando-se do preçário de empresas, acautelando o risco deste segmento nas operações de

crédito.

Disponibilização de soluções focadas nas necessidades financeiras de quem pretende concretizar

projectos de negócio, nomeadamente no segmento de Empreendedores.

Segmento Médias Empresas

O ano de 2017 iniciou-se com forte vocação de apoio às empresas com a

assinatura do Protocolo de Crédito “Capitalizar” entre o Instituto de

Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, IP (IAPMEI),

Sociedades de Garantia Mútua (SGM), PME Investimentos – Sociedade de

Investimento, S.A. e a Caixa Central, destinado a alavancar o

financiamento das Empresas em condições mais favoráveis, permitindo-

lhes sustentar uma estratégia de crescimento e suportar o crescimento

das exportações.

Num ano particularmente difícil e fustigado pelas catástrofes naturais, o Crédito Agrícola deu mostra

daquelas que são as suas prioridade em termos do apoio ao desenvolvimento regional, assegurando

a assinatura de um Protocolo com a PME Investimentos e a Sociedade Portuguesa de Garantia

Mútua para apoio à tesouraria das empresas afectadas por incêndios e também o protocolo com o

Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. e as Sociedades de Garantia Mútua para

apoio a necessidades de tesouraria das empresas agrícolas afectadas pela seca.

Com a presença do Crédito Agrícola no território insular da Madeira, deu-se continuidade e suporte

à interacção com os agentes económicos deste território, com particular ênfase nas interacções de

apoio ao tecido empresarial madeirense. Exemplo desta actuação foi a assinatura do protocolo de

crédito com o Instituto de Desenvolvimento Empresarial, IP RAM e as Sociedades de Garantia

Mútua, para apoio às empresas sediadas na Região Autónoma da Madeira.

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Relatório e Contas de 2017

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Por fim, o protocolo de “Crédito com Garantia Mútua, IFD

2016 – 2020” entre a IFD – Instituição Financeira de

Desenvolvimento, as Sociedades Portuguesas de Garantia

Mútua (SGM) e o CA foi alterado embora as empresas

possam continuar a contar com soluções para a capacitação

empresarial e de desenvolvimento de bens e serviços

dirigidos à exportação, bem como para a manutenção e criação de emprego, agora sob a

denominação “Linha de Crédito IFD - Capitalizar Mais”.

Segmento Agricultura

Sendo o segmento que traduz a principal identidade do

Crédito Agrícola, “Desde sempre a apoiar a Agricultura” e

alicerçado nos valores cooperativos, na solidez e confiança,

na relação de grande proximidade com o Cliente

demostrando competências de relação/parceria,

aconselhamento e financiamento com condições

preferenciais, e ainda aliado à transparência e simplicidade

da oferta de produtos e serviços, o Crédito Agrícola utilizou essa abordagem no “mercado”

reforçando a imagem como a Instituição Financeira de maior envolvimento e conhecimento

intrínseco à ruralidade, consolidando o conceito de parceria e apoio ao Sector primário Agrícola, das

Florestas e das Pescas, valorizando a produção Portuguesa:

”A produção nacional agrícola é um bem que merece crédito com o apoio do CA “

No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM e no sentido de continuar a criar uma

maior fidelização de actuais Clientes, reforçando a angariação de novos Clientes para o Crédito

Agrícola, incrementou-se a dinamização comercial com o apoio necessário às diferentes parcerias

estabelecidas e concretizaram-se ainda novas parcerias com entidades de prestígio no Sector.

O Crédito Agrícola continuou também a estar presente em sessões técnicas no âmbito de eventos

organizados por parceiros do Sector, aproveitando a presença para dinamizar a sua oferta comercial.

Segmento Comércio e Serviços

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Relatório e Contas de 2017

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O principal objectivo neste segmento visou o aumento do grau de vinculação e concretização de

novas vendas de produtos por parte dos Clientes e Associados CA do Segmento de ENI, Micro e

Pequenas Empresas do Sector cujo Código de Actividade Económica (CAE) é o do Comércio e

Serviços, e os sub-sectores Turismo/Alojamento, Restauração e Saúde.

Para que estes objectivos fossem atingidos neste segmento actuou-se de modo

a melhorar a proposta de valor relativa ao ciclo de exploração de uma

empresa, incluindo as soluções para a Gestão do dia-a-dia (Serviço de TPA’s e

Cartões de Crédito CA&Companhia), facilidades de Crédito (Gestão de

Tesouraria, Soluções de Financiamento, Crédito Especializado e Linhas de

Crédito Protocoladas) e as soluções de protecção com os Seguros Vida (Solução

CA Negócios) e os Seguros Não Vida (CA Saúde).

A carteira de Clientes Empresa do Crédito Agrícola continua a ter um peso

crescente nestes sectores de actividades, sendo que o apoio da função de

Gestores de Clientes Empresa recentemente criada em algumas Caixas poderá contribuir para um

maior aproveitamento de oportunidades comerciais e a captação de mais crédito.

Segmento Internacional

No âmbito da dinamização do segmento de Negócio Internacional, tem-se vindo a promover a

participação do Crédito Agrícola em eventos internacionais e feiras onde estão presentes Clientes e

potenciais Clientes com o objectivo de dar a conhecer as propostas de valor deste segmento.

Ao longo do ano em conjunto com a DNI foram desenvolvidas diversas Acções de Dinamização

regionais (Workshop Cooperar para Exportar) e Internacionais (Fruit Attraction 2017 Madrid)

visando atingir o objectivo acima referido.

Segmento Institucional

A actuação e interacção do Crédito Agrícola neste segmento continua a focar-se na concretização de

protocolos e parcerias junto de organismos federativos e associativos com o intuito de, através das

suas estruturas de associação, proporcionar condições favoráveis à concretização dos seus

objectivos e políticas associativas que, tal como o próprio Crédito Agrícola, pretendem ter através

dos seus associados uma forte intervenção social, empresarial e ambiental, consoante a natureza de

cada uma das entidades.

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Relatório e Contas de 2017

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Segmento Associados

No âmbito do programa dirigido aos Associados do Crédito Agrícola, Clube

A, têm vindo a ser desenvolvidas iniciativas no sentido de reforçar a

proposta de valor para todos aqueles que têm estatuto de Associado no

Crédito Agrícola.

O lançamento da nova imagem do cartão Clube A

de débito para particulares e empresas deu início a

esta renovação, a qual pretende que o Cliente

Associado experiencie um estatuto diferenciado, distinto e uma relação de

exclusividade e reconhecimento.

No mês de Março, junto com o extracto do seu cartão de crédito Clube A, os

Associados receberam a newsletter CA Notícias Clube A, um espaço de comunicação que lhes é

dedicado e que se apresenta com uma imagem renovada, reforçando a experiência de estatuto

exclusivo do Cliente Associado.

A diferenciação positiva do estatuto de Cliente Associados foi ainda reforçada pela prática de

condições diferenciadas em todas as campanhas de marketing concretizadas em 2017.

Macro-Segmento Particulares

Segmento Jovem

Subsegmento CA Jovens

O objectivo estratégico para o macro-segmento Particulares continua a ser o

rejuvenescimento da carteira de Clientes, tendo o Crédito Agrícola vindo a

investir nos segmentos mais jovens com o intuito de vincular os Clientes

actuais e, acima de tudo, aumentar a captação de novos Clientes.

Neste sentido, em 2017 deu-se continuidade ao Programa CA Nota 20, que

premeia os melhores alunos a nível nacional entre o 7º e o 12º ano. Foi

preparada uma cerimónia tipo igual para todas as CCAM com o intuito de lhe dar um carácter

nacional, por forma a melhor posicionar o Crédito Agrícola no segmento Jovem.

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Relatório e Contas de 2017

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Ainda no sub-segmento dos 13 aos 17 anos foi criado o Programa School Leader VID, em que os

jovens foram desafiados a criar um vídeo com uma duração máxima de 60 segundos em que ilustre

o mote “o melhor investimento é a poupança”. Em Março de 2018 será apurado o vídeo vencedor.

Subsegmento CA Juniores

Dando continuidade à promoção da mascote “Cristas”, foram

distribuídos este ano, como contrapartida na abertura de Poupanças

e/ou reforços efectuados no produto Poupança Cristas, o jogo da

“Tabuada do Cristas” (Jogo Educativo para estimular o gosto dos mais

pequenos pela matemática). Paralelamente havia a possibilidade de se

continuar a oferecer o mealheiro Cristas, bem como os seus

acessórios, principalmente em novos Clientes.

O Clube do Cristas foi melhorado com diversas funcionalidades lúdicas na comunidade digital

infanto-juvenil com o objectivo de se continuar a reforçar a notoriedade CA junto dos mais novos:

Complementando o jogo “As Aventuras do Cristas”, foram lançados mais dois jogos “Fruta

Mania do Cristas” e “As Pinturas do Cristas”,

Criação do Banco Virtual que ensina aos mais pequenos sobre o funcionamento de uma

Poupança,

Disponibilização de uma agenda Cultural, que permite ajudar os Pais a terem acesso e a

conhecerem diversas actividades lúdicas para este segmento, que se realizam a nível

nacional, podendo seleccionar as actividades mais atractivas e adequadas para o seu filho .

Permitir que os representantes legais dos Clientes CA também possam convidar outros

jovens (Clientes CA ou não), através dos pais, para participarem no “Clube do Cristas” e

desta forma incentivar os pais dos jovens que ainda não sejam Clientes CA a passarem a sê-

lo. Os não Clientes só têm algumas funcionalidades disponíveis, de forma a ganharem

interesse e a quererem tornar-se Clientes.

O Clube do Cristas foi alargado para as versões iOS e Android para smartphones (antes só estava

disponível para tablet).

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Relatório e Contas de 2017

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Segmento Jovem Adulto Foi lançado o cartão pré-pago com nova imagem “Unplugged” que substitui

o anterior cartão superjovem, tendo o produto as mesmas características e

benefícios, destinando-se aos jovens com idades compreendidas entre os

18 e os 30 anos.

Com vista a reter os Clientes deste segmento está a ser trabalhado o programas de fidelização deste

segmento – CA Universitário + - que visa o aumento do vínculo com os Cliente jovens em idade

universitária, premiando-os pela sua permanência e relacionamento com o Crédito Agrícola.

Segmentos Portugueses no Mundo

Foi dinamizada uma página na rede social Facebook dedicada aos

“portugueses no mundo”, que pretende aproximar esses

portugueses do Crédito Agrícola e ser a génese de uma comunidade

virtual dedicada à emigração portuguesa.

Já no âmbito nacional foi feita uma acção de comunicação nas

Agências do Crédito Agrícola que promoveu a oferta para este

segmento assim como uma divulgação desta comunicação na

revista da TAP Air Portugal.

Segmento CA Vida Activa

Durante este ano, procurou-se sempre manter a proposta de valor deste segmento bastante

competitiva, tendo em conta os produtos mais valorizados, o Crédito Habitação e o Crédito ao

Consumo.

Tem vindo a ser desenvolvido o CA Crédito Fast, que é um novo produto de Crédito ao Consumo

com um montante pré-aprovado e de contratação imediata através do Online e do Balcão, que será

disponibilizado muito brevemente.

Os Clientes deste segmento valorizam bastante o preço mas também a eficiência, rapidez e

facilidade na subscrição de produtos, especialmente nos canais digitais, pelo que estão em

desenvolvimento novos conceitos para disponibilizar mais oferta nestes canais.

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Relatório e Contas de 2017

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Segmento CA Dedicado

Durante este ano, dinamizámos a oferta específica deste segmento, mantendo a oferta sempre

competitiva, dando especial enfoque ao Crédito Habitação e ao Crédito ao Consumo.

Continuámos a divulgar os Fundos de Investimento do CA Dedicado, tendo solicitado primeiramente

à CA Gest e em seguida à IMGA a redução do valor mínimo de investimento, tornando-os mais

apelativos.

Solicitámos o desenvolvimento dos cartões de crédito e de débito com imagem própria para o CA

Dedicado e com um plano de seguros adaptado ao que este segmento mais valoriza. Esperamos que

o desenvolvimento destes cartões esteja concluído em 2018.

Segmento Associados - Particulares

Em todas as campanhas realizadas em 2017 foram criadas condições especiais de preçário para

Associados nos vários produtos da oferta.

A newsletter Clube A foi renovada em termos de imagem, no sentido de a mesma ser mais

direccionada ao segmento.

Preçário

O ano de 2017 regista uma ligeira subida dos valores cobrados em comissões com um crescimento

de 0,39% face ao ano anterior.

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Relatório e Contas de 2017

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No Crédito a particulares designadamente em crédito habitação e crédito pessoal, destaca-se um

crescimento nas comissões inicias do crédito habitação, não só pela via do crescimento do crédito

mas também pelo aumento das comissões iniciais.

No crédito de Enis e Empresas mantém-se um crescimento generalizado das comissões o que

reflecte a boa performance do Crédito.

Em 2017 efectuaram-se 7 actualizações ao folheto de comissões e despesas e 12 ao folheto de taxas

de juro, destacando-se, entre outras, as seguintes:

Criação da comissão de alteração de titularidade para o segmento de Particulares e da

comissão de gestão de descoberto para o segmento de Empresas e EN. Estas comissões

tiveram um contributo muito significativo para o comissionamento.

Alteração da comissão de imobilização, que sempre esteve no sistema IBS, tendo sido migrada

para a Ferramenta de Gestão de Preçário, permitindo uma maior flexibilidade na gestão do

preçário e tendo atingido um volume de cobrança muito superior ao estimado.

Ao longo do ano foram efectuadas actualizações às taxas de juro activas reflectindo as tendências

evidenciadas pelo mercado, mas procurando sempre posicionar o crédito Agrícola como um dos

preçários mais atractivos:

Actualização das taxas do Crédito Pessoal e do Crédito à Habitação, mantendo o

posicionamento mais recente, que é estar entre os melhores do mercado, para maior

captação do segmento jovem. Esta estratégia tem contribuído de forma decisiva para

melhorar o desempenho comercial e consequente ganho de quota de mercado;

Com a preocupação de melhoria constante da eficácia de cobrança foram reportados a todas as

CCAM, através de carta endereçada ao seu CAE, os Clientes e as contas com isenção de comissões,

para sua análise e posterior tomada de decisão.

No que se refere a alterações por via regulamentar destacamos as seguintes:

Para dar cumprimento à determinação do Banco de Portugal para os contratos em Persi,

foram criadas as condições para isenção das devidas comissões na Ferramenta de Gestão de

Preçário;

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No âmbito do Decreto-Lei 81-C, procedeu-se à alteração das comissões de intermediação para

comissões de Agência;

A implementação do Decreto-Lei 74 – A – crédito hipotecário não teve impacto directo no

comissionamento dos créditos com hipoteca, produzindo apenas uma alteração nas despesas.

Este regulamento veio criar o novo destino de obras com enquadramento obrigatório no

Decreto Lei 133, assumindo o comissionamento de Crédito Pessoal;

Foi dado cumprimento ao Decreto-lei 117/2017 relativo aos Serviços Mínimos Bancários;

Ao longo do ano foi dado o apoio às Caixas em diversas parametrizações próprias e específicas de

cada uma e dados os necessários esclarecimentos às diferentes questões colocadas.

No âmbito da gestão do preçário é ainda assegurada a disponibilização de ficheiros mensais de

reporte para as Caixas, com detalhe por Agência das cobranças mensais de todas as comissões

efectuadas nos vários sistemas

Campanhas de Marketing

Macrosegmento Empresas

No âmbito do plano de Marketing de 2017, realizaram-se quatro campanhas de marketing dirigidas

aos segmentos prioritários da Agricultura, Pequenas e Médias Empresas, Empreendedores e

Comércio e Serviços, cada uma com uma duração de 10 semanas.

Estas campanhas tiveram como objectivo principal a captação de crédito, a subscrição de capital e

angariação de novos Clientes e Associados e o incremento da oferta complementar, nomeadamente,

produtos de Seguros Vida e Não Vida direccionados para os segmentos em foco, o que contribuiu

para a vinculação e fidelização de Clientes actuais e novos.

Estas campanhas contribuíram de forma significativa para o aumento do Crédito de boa qualidade,

contribuindo para o incremento do produto bancário do Grupo.

Segmento Agricultura

A campanha da Agricultura atingiu no Crédito a Empresas um Grau de Realização do Objectivo (GRO)

de 93%, correspondendo a cerca de 323,3 milhões de euros. Nos produtos complementares da

oferta atingiu-se um GRO de 186% e 167%, em produtos de Seguros Vida e em produtos de Seguros

Não Vida, correspondendo a 183,7 mil e a 344 mil euros, respectivamente.

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Relatório e Contas de 2017

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Segmento Pequenas e Médias Empresas

Seguindo a estratégia de posicionamento, o Crédito Agrícola assumiu a

capacidade para apoiar as empresas nas suas estratégias de investimento,

de internacionalização e de inovação. Afirmando “Se a sua empresa

precisa, Estamos CÁ” propôs-se dotar as empresas de soluções financeiras

para competir com os seus concorrentes em território nacional ou

qualquer outro de oportunidade para os seus bens e serviços.

Os resultados alcançados evidenciam o forte contributo dado ao

crescimento da rúbrica de crédito às Empresas e ainda para a captação de novos Associados e

Capital Social das Caixas de Crédito Agrícola, cumprindo assim os principais objectivos da campanha.

Segmento Empreendedores

O apelo à irreverência do Jovem Empreendedor que emerge em todas as

regiões do país foi o móbil para a campanha dirigida a este segmento que

decorreu sob o mote “Se tens ideias diferentes, precisas do banco que te

acompanha”.

Poder contar com o apoio de um banco próximo para criar um negócio que

nem sempre é percebido, é a barreira que o Crédito Agrícola pretendeu

esbater através desta campanha propondo-se ser capaz de acompanhar

quem tem uma visão diferente de negócio e de sucesso.

O Crédito agrícola faz um apelo aos Empreendedores a quem se propõe responder com soluções

focadas nas necessidades financeiras de quem pretende concretizar projectos de negócio.

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Relatório e Contas de 2017

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A campanha contribuiu de forma esperada para o crescimento do crédito às Pequenas e Micro

Empresas e aos ENI e ainda para a captação de novos Associados e Capital Social das Caixas de

Crédito Agrícola, cumprindo assim os principais objectivos.

Segmento Comércio e Serviços

A Campanha dirigida ao segmento do Comércio e Serviços, que é o sector de

actividade com maior representatividade de Clientes, só termina em 2018 e

mostra uma tendência em que se perspectiva que os objectivos sejam

atingidos ou superados, com um volume de crédito a atingir 208 milhões de

euros. Nos produtos complementares os TPA atingiram o objectivo, o Seguro

Não Vida Comércio e Serviços alcançou os 77% de GRO e o Seguro Vida CA

Negócios cerca de 52%.

Macrosegmento Particulares

No âmbito do Plano de Marketing de 2017, realizaram-se oito campanhas de marketing destinadas

ao macro segmento de Clientes Particulares, cada uma com uma duração de 6 semanas.

Segmento Jovem

A campanha para o subsegmento dos Jovens entre os 13 e os 17 anos teve como oferta a Poupança

Futuro, o Cartão GR8 e os Seguros CA Acidentes Pessoais Protecção Jovem e o CA Protecção

Universitário (nas vertentes Protecção e Capital), utilizou na comunicação a imagem dos Youtubers

Paulo Sousa e Angie Costa.

A campanha contou ainda com a inovação criada na proposta de valor do

Programa de Fidelização designado CA Faz Por ti – School Leader VID e

deu-se continuidade a mais uma edição do Programa CA Nota 20.

Em termos de resultados foram abertas 1.000 novas contas de Poupança

Futuro em Clientes novos. O Seguro Não Vida CA Acidentes Pessoais

atingiu um GRO de 154%, o Seguro Vida CA Universitário e o Cartão GR8

obtiveram uma concretização menos relevante.

Esta campanha contribuiu de forma significativa para a melhorar o objectivo estratégico do

rejuvenescimento da carteira de Clientes através da captação de novos Clientes neste segmento.

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Relatório e Contas de 2017

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A campanha dos Juniores, subsegmento para Clientes até aos 12 anos, deu

sequência à promoção da mascote Cristas e à oferta do mealheiro Cristas e,

por cada reforço adicional nas novas ou nas actuais Poupanças Cristas, foi

oferecido “ o Baralho de Cartas do Cristas”, que é um jogo educativo,

relacionado com a tabuada, que estimula a criança para o ensino da

Matemática. Adicionalmente foram ainda oferecidos como acessórios os

óculos ou a prancha do Cristas.

Na campanha foi igualmente comunicado as novas funcionalidades do “Clube do Cristas”, uma

aplicação digital onde os representantes legais e os nossos Clientes mais novos (até aos 12 anos)

podem registar-se para acederem a um conjunto de áreas com diferentes temas de interesse como,

por exemplo, jogos do Cristas, agenda cultural de eventos, espectáculos e outras iniciativas para os

mais jovens.

Esta campanha ultrapassou mais uma vez as expectativas, os resultados actuais mostram um GRO

médio superior a 100%, tendo sido angariados cerca de 10.Milhões de euros na Poupança Cristas e

abertas aproximadamente 4.000 novas contas. A oferta de seguros para jovens obteve um melhor

desempenho em seguros não vida.

Segmento Jovem Adulto, Vida Activa, Dedicado e CA 55+

A campanha de angariação de novas activações do serviço Online

Particulares com comunicação digital foi dirigida ao

macrosegmento particulares, mas com enfoque nos segmentos

CA Jovem Adulto e CA Vida Activa, uma vez que são os Clientes

mais propensos à utilização deste serviço. Foi promovida a oferta

aos Clientes da primeira anuidade de uma apólice do Seguro de

Responsabilidade Civil Familiar e de descontos nos prémios dos

seguros de Protecção Hospitalar e Protecção família. Para

dinamizar esta oferta foram realizados 2 sorteios publicitários

com oferta de 6 iphones como prémio. Para a comunicação desta

campanha foi utilizada a imagem da jovem Teresa Almeida, atleta

patrocinada pelo CA, aumentando assim a notoriedade da comunicação.

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Relatório e Contas de 2017

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Os objectivos da campanha foram atingidos em todos os produtos e serviços com um GRO de 124%

no On-Line, com mais de 15.373 adesões, um GRO de 250% na Responsabilidade Civil Familiar e um

GRO de 154% nos seguros Protecção Hospitalar e Protecção Família

A primeira campanha de crédito pessoal, destinou-se aos segmentos

CA Jovem Adulto, CA Vida Activa e CA Dedicado. Apresentou como

oferta o Crédito Pessoal, os Seguros Não Vida CA Automóvel e CA

Habitação e os Seguros Vida de Protecção ao Crédito Pessoal e CA

Protecção Livre.

Nesta campanha foram concedidos cerca de 25 milhões de euros de

crédito, que corresponderam a um GRO de 92%, no Seguro de Vida

Protecção Crédito Pessoal e CA Protecção livre foi atingido um GRO de

176% e no Seguro Automóvel e CA Habitação um GRO de 101%.

A campanha de Crédito Habitação destinou-se aos segmentos CA

Jovem Adulto e CA Vida Activa.

Teve como oferta o Crédito Habitação e os Seguros Protecção Crédito

Habitação e CA Habitação.

Em termos de resultados o Crédito à Habitação obteve um GRO de

103%, com cerca de 60 milhões de euros concedidos e o Seguro Vida

Protecção Crédito à Habitação e o Seguro Não Vida CA Habitação

atingiram 227% e 86% de GRO, respectivamente.

A campanha CA Protecção Família, destinada aos segmentos CA Jovem

Adulto, CA Vida Activa e CA 55+, teve lugar em Julho e Agosto, e teve como

oferta 3 Seguros de protecção (CA Protecção Hospitalar, CA Mulher e

Seguro CA CliniCard).

O CA Protecção Hospitalar e o CA Mulher atingiram um GRO de 92%, com

83 mil euros, o Seguro CA CliniCard alcançou 260 mil euros e 75% de GRO.

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A campanha de Crédito Pessoal realizada em Setembro e Outubro

teve também como oferta o Crédito Pessoal, os Seguros de Vida de

Protecção ao Crédito e os Seguros Não Vida CA Saúde e Protecção

Financeira CP, igualmente com condições especiais de subscrição para

os Clientes.

Para os resultados da campanha em muito contribuiu o pricing muito atractivo do Crédito Agrícola

na oferta de crédito.

Na campanha foram concedidos 22 milhões de euros de Crédito Pessoal, atingindo um GRO de 70%.

Os Seguro de Vida Protecção Crédito Pessoal realizaram um montante de 181 mil euros, com um

GRO de 173% e os Seguros CA Saúde e Protecção Financeira CP em conjunto realizaram 463 mil

euros com um GRO de 156%.

A campanha exclusiva para o segmento CA Dedicado teve como foco o

Investimento e a Protecção.

Na vertente de investimento a oferta integrava Fundos de Investimento e

Fundos de Pensões.

Na vertente de protecção a oferta centrou-se nos Seguros Vida Risco e CA

Saúde Particulares.

Os Fundos de Investimento atingiram um volume de cerca de 34 milhões de euros, com um GRO de

96%, Os Fundos de Pensões atingiram 2,6 milhões de euros com um GRO de 139%, o Seguro de

Saúde obteve cerca de 430 mil euros, correspondendo a 101% de GRO e os Seguros de Vida Risco

atingiram cerca de 130 mil euros e 103% de GRO.

Acções de Recuperação

Foram implementadas várias acções de recuperação para

compensar o grau de execução dos objectivos comerciais

anuais das CCAM em várias famílias de produtos.

As acções que foram realizadas englobaram a disponibilização de oportunidades de contacto às

CCAM para uma abordagem eficaz aos Clientes com propensão para a aquisição dos vários produtos,

tais como o Crédito Pessoal, o CA Clinicard, Crédito à Tesouraria, Crédito Habitação, Seguro CA

Habitação e Fundos Mobiliários.

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Estas acções de recuperação contribuíram de forma muito relevante para a concretização anual

alcançada nas principais variáveis nomeadamente no Crédito.

Desafios Comerciais

Em paralelo com as campanhas foi efectuada a dinamização do

Desafio ao Cubo na aplicação do sistema de incentivos, utilizando

os períodos que estavam planeados ao longo do ano e que

coincidiam em geral com as campanhas de crédito.

Aproveitando a realização das Campanhas estes desafios permitem que um melhor desempenho dos

comerciais em Crédito proporcionará um incentivo extra, que é a atribuição de cubos virtuais pelas

vendas efectuadas, resultando da acumulação destes cubos uma classificação que elege os melhores

para uma viagem anunciada.

Programas de Vinculação

Estes programas têm como objectivo conseguir um

primeiro grau de vinculação de Clientes quando estes só

têm uma Conta de Depósitos à Ordem, fomentando a

venda dos produtos que integram a oferta CA Express.

Decorreram 2 programas ao longo do ano, com a duração de cerca de 13 semanas com a oferta dos

Serviço On-Line e Mobile, um Cartão de Débito, o Seguro de Vida CA Express Vida e o Seguro Não

Vida Acidentes Pessoais CA Vinculação.

Acções de Dinamização

Foram realizadas acções de dinamização de comercialização de OTRV, oferta pública de obrigações

do tesouro de rendimento variável, em Março, Julho e Novembro com datas de reembolso previsto

para Abril, Agosto e Dezembro de 2022. Para as duas últimas acções foram identificados segmentos

de Cliente alvo mais propensos para a subscrição desta oferta.

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Programa de Colocação de Cartões

Este programa teve início no último trimestre de 2017 e tem como objectivo o crescimento da

carteira de cartões de crédito com atribuição de cartões com recurso a modelos de análise de risco

que atribuem de forma automática o tipo de cartão e o respectivo limite, permitindo uma agilização

do processo de atribuição de cartões e facilitando o trabalho processual.

Os resultados obtidos neste Programa são evidentes e mostram que a atribuição de cartões, com

risco controlado, pode ser efectuada com um ritmo de crescimento mais elevado que o verificado

até agora.

Retenção de Clientes

Esta acção teve como principal objectivo reter Clientes que já só tinham conta de depósitos à ordem

sem movimentos no último ano, com saldo a zero. Para o efeito foram identificados os Clientes de

segmentos prioritários que tínhamos como objectivo reter. Para poder reatar a relação com estes

Clientes definiu-se uma oferta básica centrada no CA Express, com oferta da anuidade do Cartão de

Débito. Deste modo, com esta oferta básica, simples e rápida, seria possível causar uma boa

impressão nestes Clientes e por essa via facilitar o reatar do relacionamento permitindo

posteriormente a colocação de outros produtos.

A retenção de Clientes ficou aquém das expectativas mesmo tendo em conta que se tratavam de

Clientes que já não tinham produtos connosco

Outras iniciativas

Além das campanhas de marketing que foram implementadas, foram realizadas um conjunto de

acções e iniciativas de dinamização e promoção de produtos e serviços, assim como implementados

alguns projectos, destacando-se os seguintes:

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Solução CA Empresas Premium

O Crédito Agrícola continua a reforçar a aposta na parceria com o Instituto de Apoio às Pequenas e

Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) e com o Turismo de Portugal na

consagração das empresas suas clientes com o estatuto PME Líder e

PME Excelência, acentuando o seu apoio à obtenção destas

certificações. Em 2017 o Crédito Agrícola registou um aumento

significativo de Clientes com certificação PME Líder e PME Excelência.

O empenho das Caixas, a imagem e o posicionamento do Crédito e a

Acção de dinamização realizada no período de candidaturas terão

contribuído para este sucesso.

Simultaneamente com a acção promoveu-se a Solução CA Empresa Premium, que apresenta uma

oferta específica para este segmento.

Leasing Automóvel

Foi ajustado o preçário do CA nas

operações de Leasing Automóvel para

Particulares e Empresas permitindo a

descida do spread mínimo. Esta alteração

permitiu um melhor posicionamento

competitivo do Crédito Agrícola e uma maior resposta às dificuldades que as Caixas estavam a sentir

no terreno em termos de novas contratações.

Suporte à função de Gestor de Clientes Empresa (GCE)

O crescimento do negócio no segmento de Empresas, em particular junto das de pequenas e médias

Empresas (PME), é um objectivo prioritário para o Grupo Crédito

Agrícola.

O Crédito Agrícola tem vindo a dotar-se de uma maior especialização

e capacidade no desenvolvimento do segmento das PME.

Foi dado apoio às novas CCAM que passaram a ter a função de Gestor

de Cliente Empresa (GCE).

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Relatório e Contas de 2017

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Para o efeito foram seleccionadas listas de Clientes potenciais para encarteiramento, sendo a lista

final definida pela respectiva CCAM. Foram também definidos os objectivos comerciais dos novos

GCE que entraram em funções ao longo de 2017.

Projecto - Nova plataforma de e-learning

Esta solução visa a implementação de uma plataforma de e-learning transversal à organização com a

capacidade de suportar vários módulos funcionais orientados a áreas específicas e que permitirá à

DRHO – Centro de Formação, definir e gerir o processo de formação de forma ágil e de acordo com

as melhores práticas de mercado, tendo como objectivo final melhorar o rendimento dos

colaboradores e respectivas equipas gerando valor para todo o GCA.

O DME acompanhou o desenho da solução da plataforma e do módulo comercial associado à

plataforma e participou activamente na definição dos produtos e serviços a incluir, bem como na

mecânica de pontuação, scoring e sugestão de regras de participação dos colaboradores nos cursos

baseados na efectividade média , em função dos critérios de desvios em relação à média e o grau de

relevância de conhecimento dos produtos e serviços que constam da oferta do Crédito Agrícola.

Projecto - Emissão de Cartões de Débito e Crédito Empresas sob marca Mastercard

Em curso com a Mastercard está a decorrer um projecto liderado pela DP que visa a emissão de

cartões de Débito e de Crédito Corporate, em que a migração da actual carteira de clientes está

prevista para 2018.

Ocorrida esta migração proceder-se-á a um seguimento/monitorização para ajustes/correcções que

se venham a verificar ser necessários. Após esta vaga seguir-se-ão campanhas de aquisição de novos

Clientes com cartão Empresa.

Este projecto tem sido acompanhado pelo DME em todas as vertentes, nomeadamente no que diz

respeito à validação das diferentes peças de comunicação interna e externa, formação e divulgação

junto das Caixas e acções Locais, bem como o apoio na extracção de informação na fase inicial do

projecto.

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Simplificação do processo de venda

O projecto de simplificação do processo de venda visa a automatização de processos, a simplificação

processual e um menor gasto de tempo dos colaboradores na preparação, análise e decisão de

processos de crédito. No final de 2017 foi terminado o desenvolvimento do crédito ao consumo,

prevendo-se para o início do próximo ano terminar o desenvolvimento do Crédito Hipotecário e do

workflow de Particulares, seguindo-se o desenvolvimento do Crédito a Empresas e o workflow de

empresas.

Para o início do próximo ano está previsto também a conclusão do CA Crédito Fast.

DL 74 – A - Crédito Hipotecário

A DME participou no Grupo de Trabalho que implementou esta legislação. Para cumprirmos a

legislação foi necessário participarmos na criação de documentos específicos, nomeadamente fichas

de produto, FINE, Preçário, alterações aos simuladores e adaptarmos as bonificações dos produtos

Crédito Habitação, Multiusos e Crédito ao Consumo com hipoteca, ou seja do Crédito Hipotecário.

Em 2018 vamos rever as bonificações pela posse de produtos e serviços.

Protecção de Dados

O novo Regulamento de Protecção de dados será aplicado a todas as empresas, públicas e privadas,

e a todo o tipo de dados pessoais, quer sejam de colaboradores ou de clientes.

Neste sentido, foi necessário rever todos os seus processos de gestão e utilização de dados pessoais,

por forma a ajustar o tratamento de dados ao novo Regulamento. Para tal houve necessidade de

efectuar um levantamento exaustivo e de classificar todos os dados de Clientes que habitualmente

são manipulados.

CA Target – CA GPS/Modulo Script

Este projecto foi implementado no decorrente ano, pretendendo contribuir para uma maior

dinâmica comercial através da implementação de uma infra-estrutura que permite a identificação e

disponibilização de oportunidades às Caixas comerciais baseadas na identificação de eventos que

ocorrem no ciclo de vida do Cliente e no ciclo de relacionamento que este tem com o Crédito

Agrícola.

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Relatório e Contas de 2017

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A disponibilização de eventos relacionais/comerciais, disponibilizou mais oportunidades de contacto

e com maior regularidade, o que implicou um maior esforço na preparação dos contactos

comerciais.

Para facilitar este trabalho e contribuir para uma maior eficácia da abordagem comercial e da venda

foram desenvolvidos scripts de apoio à actividade comercial por Eventos, por Campanhas de

Marketing e outras Acções, que tem permitido aumentar o grau de contactabilidade com Clientes e

reforçar a relação com os mesmos, gerando mais vendas.

Protocolos

No decurso da estratégia de estabelecimento de protocolos e parcerias comerciais e de colaboração,

foram reforçados e desenvolvidos novos acordos e ainda realizadas iniciativas conjuntas com várias

entidades privadas e institucionais:

ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito;

CPCCRD – Confederação Portuguesa das Colectividades, Cultura, Recreio e Desporto;

CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias

Empresas;

Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de

Desenvolvimento Local;

AGROPORTAL – a porta do mundo rural;

AGONEGOCIOS - o Portal de Informação Agroalimentar de Portugal

Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros

produtos de Associado.

ADRAL (Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo):

Concurso ideias inovadoras nas Universidades e Politécnicos das regiões do Alentejo e da

Lezíria do Tejo (“Digital Marketing”; “Realidade Aumentada e Virtual”; “Coisas da Internet”);

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CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de

Portugal, C.C.R.L.

CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal;

AJAP - Associação dos Jovens Agricultores de Portugal;

FPAS | Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores;

ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos;

Academia do Centro de Frutologia Compal;

Agrinda: AgriPro e Agriloja;

Lusiaves – Projecto Lusiterra;

Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém.

Em algumas das parcerias acima referidas foram realizadas Acções de

Comunicação em conjunto com as CCAM e com as entidades parceiras,

assim como desenvolvidos suportes de comunicação específicos para

assegurar a divulgação das mesmas.

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Participação em seminários ou congressos para o segmento Empresas e ENI

Participação em diversos seminários e conferências dedicadas a temáticas relevantes para o

segmento empresas e empresários:

Academia do Centro de Frutologia Compal - Formação;

CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de

Portugal, C.C.R.L.;

CPCCRD – Confederação Portuguesa das Colectividades, Cultura, Recreio e Desporto;

CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;

ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;

AJAP - Associação dos Jovens Agricultores de Portugal – Encontro de técnicos);

Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém – II Fórum de Empreendedorismo e

Inovação Empresarial;

Acções de Comunicação Periódicas e Especializadas

Em 2017, foi dada continuidade às acções de comunicação/dinamização dirigidas ao macro-

segmento Particulares e Empresas procurando marcar presença através de meios ou suportes

especializados:

Newsletter CA Particulares;

Newsletter CA Empresas;

Newsletter Clube A;

Redes Sociais (facebook, linkedin, Instagram e You Tube);

Revistas e jornais especializados.

Atribuição da Certificação “Prémio 5 Estrelas”

O CA candidatou-se e recebeu a atribuição do prémio 5 estrelas pelo 3º

ano consecutivo na categoria de serviço de atendimento ao cliente. Esta

certificação é atribuída com base numa metodologia suportada em

critérios auditados por um comité técnico e também com a realização de

estudos de mercado feitos a Clientes e não Clientes, sendo necessária a

obtenção de uma avaliação positiva superior a 70% para que seja

atribuída. Este prémio contribuiu para reforçar o posicionamento do

Crédito Agrícola como instituição bancária de referência no mercado.

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Acção de dinamização do serviço Western Union

Com vista a aumentar e dinamizar as transferências de dinheiro através do

serviço Western Union, foi implementada uma acção com a premiação das

transferências por parte dos clientes e também dos colaboradores nas Agências

CA. Foram comtemplados 20.000 prémios sem sorteio, por cada transacção

efectuada por cliente e 2.000 prémios sem sorteio para os colaboradores CA, por

cada 10 transferências realizadas.

Acção de promoção “MUDA – movimento pela utilização digital ativa”

O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital

Activa, o MUDA. Uma iniciativa que tem como objetivo fomentar a “educação

digital” dos portugueses, contribuindo assim para uma sociedade mais

evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais

forte e competitiva.

De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos media

nacionais promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta

acção nas suas Agências com cartazes e folhetos, assim como a utilização nas redes sociais.

Reforço da presença do Crédito Agrícola nas Redes Sociais

Foi dinamizada a presença do Crédito Agrícola nas várias redes sociais em coordenação com o DBD e

participação do GCRI, que implica o envolvimento no planeamento de conteúdos relativos a

segmentos e a produção/validação de conteúdos a divulgar. Foi também dinamizada a nova página

de facebook direccionada aos portugueses no mundo que conta já com mais de 22 mil seguidores

assim como a criação de um micro site “ saudades” que irá gerar ainda mais tráfego para esta página

e aumentar a comunidade.

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Passatempo Fundos de Investimento subscritos no On Line

De 18 a 22 de Dezembro decorreu uma Campanha de Natal Fundos de Investimento Mobiliário em

parceria com a IMGA. Para os Clientes que subscreveram Fundos de Investimento Mobiliários

através do On Line, foram oferecidas unidades de participação variáveis de acordo com o FIM em

que foi feito o investimento.

Esta oferta foi limitada às 100 primeiras subscrições de valor igual ou superior a € 10.000.

A comunicação desta Acção realizou-se através do e-mail Marketing e no On-Line Particulares.

Desenvolvimento / Implementação de infra-estrutura de comunicação digital

Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes o e-mail Marketing. A utilização de

canais digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar

iniciativas e promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes.

A comunicação através de e-mail Marketing é uma das que permite maior personalização, tem

maior capacidade de impacto na transmissão de conteúdos e uma eficácia significativa na geração

de resultados.

No âmbito Campanhas de Marketing e de outras Acções realizadas no final do ano 2017, através do

canal de comunicação digital mais directo com os clientes, o e-mail Marketing, foram

implementadas as seguintes Acções:

Acção de Dinamização Obrigações de Tesouro – OTRV;

Campanha CA Comércio e Serviços;

CA News OnLine Particular;

Acção de Dinamização dos Cartões de Crédito CA;

Acção de Dinamização de Fundos de Investimento Mobiliário / Passatempo;

CA News Online Clube A.

CA Express

Em 2017 participámos com contributos específicos para a campanha institucional que divulgou o

serviço CA Express.

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Relatório e Contas de 2017

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Na continuação do processo de melhorias do CA Express foram analisadas e avaliadas alterações que

implicam adicionar mais alguns campos de recolha de dados sem perder a lógica de termos uma

solução rápida de actualização e abertura de Cliente e Conta.

CA Bullet

Este projecto tem como âmbito a criação de um novo site e de um novo online empresas e numa

segunda fase a criação de condições para a criação de novos canais: SMS, Email-Marketing, Banners

no site e Online.

Estes novos canais serão ligados ao Motor de Gestão de Leads para que a partir de então seja

possível distribuir a lead para o canal em função do Cliente.

Está previsto o lançamento do novo site no final do 1º trimestre de 2018.

No último trimestre de 2017 foi desenvolvido o conceito e toda a parte estrutural do novo site e

estão-se a rever os conteúdos de todas as páginas do novo site.

WorkFlow de Produtos

No ano de 2017, foi desenvolvido para a Caixa Central uma ferramenta de e-doc, que visa apoiar os

processos de criação, alteração ou descontinuação de produtos, bem como de reposição de stock de

cartões. Na ferramenta será possível identificar a etapa do processo em que nos encontramos, quais

as tarefas que estão concluídas e que faltam concluir e por quem, sendo possível que todos os

Departamentos/Gabinetes da CCCAM com intervenção no processo, possam ser chamados a

contribuir nas questões que são da sua responsabilidade. Nesta ferramenta estão também

contemplados os processos que envolvem as Unidades de Negócio do Grupo.

TEKTÓNICA 2017 - FIL

Na 19ª edição da Tektónica, o Crédito Agrícola foi

convidado a participar no ciclo de conferências,

naquela que é a feira líder de Construção em

Portugal e considerado o grande palco de produtos e soluções inovação do sector.

Com o objectivo comum de apoiar as empresas na sua estratégia de crescimento

e Internacionalização, a participação do Crédito Agrícola foi mais um momento de

afirmação do seu posicionamento face ao tecido empresarial nacional.

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A participação ocorreu durante a conferência organizada pela Associação Portuguesa das Empresas

do Sector Fotovoltaico (APESF ), na mesa redonda sob o tema «Para quando o êxito da produção

descentralizada?» que contou ainda com a presença da Sonae, da Lobosolar, da DGEG e da Comissão

Técnica CTE64.

Innovation Challenge APB/IFB Aceitando o convite da Associação Portuguesa de Bancos

(APB), o Crédito Agrícola participou no Innovation

Challenge que se realizou em Novembro e que reuniu

cerca de 100 alunos do ensino secundário, no Centro

Ismaili, em Lisboa.

Desafiados a reflectir sobre “Como será o Banco do futuro” os jovens estudantes apresentaram os

seus planos de negócio para aquele que deverá ser a sua escolha de banco e não faltaram ideias

disruptivas.

O resultado foi esclarecedor, “o banco do futuro terá de

lidar com gerações cada vez mais familiarizadas com as

novas tecnologias, e a migração de cada vez mais serviços

para as plataformas móveis poderá ser um passo decisivo e

imprescindível na evolução do sector bancário”.

The targeted longer-term refinancing operations (TLTRO)

Em 2017, a Caixa Central deu continuidade à estratégia de transferência do benefício da linha de

refinanciamento TLTRO do BCE para as Caixas Agrícolas, continuando a dar suporte a uma presença

comercial mais efectiva junto dos agentes económicos das suas regiões de actuação, com particular

predominância na actuação junto das empresas sediadas nestes mercados.

O momento mais significativo desta estratégia ocorreu em Junho de 2017 quando foram alcançados

valores superiores a 1,5 Milhões de euros de transferência de benefício para as Caixas Agrícolas.

Perto do final de 2017 foi ainda tomada a decisão de assegurar a continuidade e reforço da

estratégia TLTRO que continuará a dar suporte à capacidade de actuação comercial das Caixas

Agrícolas.

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Relatório e Contas de 2017

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CA SPEED

O projecto CA Speed tem como objectivo o desenvolvimento de uma nova metodologia de

distribuição de Objectivos Comerciais por Caixa, Agência, Gestor e Gestor de Cliente Empresa.

Esta nova metodologia pretende tornar o processo de definição de objectivos comerciais mais claro,

melhorando-o e automatizar o processo, por forma a reduzir o risco operacional que existia e a

encurtar o prazo habitualmente necessário para determinar os objectivos.

Os objectivos comerciais para todas as variáveis de negócio definidos por esta nova metodologia são

posteriormente confrontados com as linhas de orientação e dos objectivos estratégicos definidos

para o Crédito Agrícola efectuando-se os respectivos ajustes nos objectivos por Caixa.

A metodologia considera pressupostos e conceitos semelhantes aos usados anteriormente,

utilizando dimensões como o potencial existente no mercado de actuação de cada Caixa Agrícola, o

potencial de negócio existente na sua carteira de Clientes e a capacidade competitiva face ao

respectivo mercado de actuação e ao SICAM.

A metodologia utilizada é comum para todas as áreas de negócio e variáveis para que vão ser

definidos objectivos.

Pretende-se um processo mais fluido e, como referido, totalmente automático, em que, entre

outras alterações, se irá, por exemplo, considerar um racional para determinar o ponto de partida

para o ano seguinte com base na evolução dos dois últimos anos e em que a componente de

definição dos objectivos por Colaborador passa a ser feita de forma integrada com a determinação

dos objectivos para as CCAM e Agências.

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Relatório e Contas de 2017

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Caixa Agrícola: Missão

Construir relações de negócio sólidas com associados e clientes;

Contribuir para o desenvolvimento económico e social do concelho;

Agir permanentemente com princípios éticos e deontológicos;

Manter a proximidade e a pronúncia local, evidenciando a solidez de um grupo nacional;

Transmitir rigor e confiança aos clientes na operacionalização das soluções financeiras e de seguros

que a Instituição dispõe;

Melhorar sistematicamente o serviço prestado;

Dinamizar o negócio com base em princípios de sustentabilidade e consolidação financeira.

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Relatório e Contas de 2017

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Caixa Agrícola: Evolução no exercício

Durante o exercício de 2017, apesar da acentuada diminuição da margem financeira, a Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro, CRL ainda registou, na sua actividade global,

um resultado líquido no montante que atingiu 319.237,34 euros, em contraste com o apurado no

exercício anterior, que se tinha elevado a 377.532,14 euros.

As condições que vigoraram no exercício, além da acentuada descida da remuneração das aplicações

na Caixa Central, também, as relacionadas com a rentabilidade do crédito concedido, não foram as

mais adequadas, como se pode verificar na manutenção das taxas Euribor em valores negativos, as

quais terminaram o ano, em -0,372%, -0,329%, -0,274% e -0,189%, respectivamente a 1, 3, 6 e 12

meses. Esta situação penaliza, em grande escala, a rentabilização da margem financeira da Caixa,

que diminuiu 82.894,13 euros, dado que em 2017 atingiu 745.098,73 euros, em contraste com o

montante de 827.992,86 euros, evidenciados no ano de 2016.

Por sua vez, no produto bancário, assistimos a um ligeiro aumento de 43.206,48 euros, pois

enquanto no ano de 2016, apresentou 1.239.318,63 euros, por sua vez, no exercício de 2017,

elevou-se a 1.282.318,63 euros. Para esta situação, além do aspecto negativo, já salientado, que se

verificou da redução da margem financeira, em contraponto, contribuiram positivamente, quer o

aumento na rubrica de Rendimento de Comissões e Serviços (+70.144,98 euros), bem como nos

Resultados de activos financeiros detidos para venda (+57.979,24 euros).

O resultado antes de impostos, do exercício de 2017, que se situou no montante de 378.910,41

euros, foi afectado, negativamente, pelo aumento dos Custos com pessoal (+83.037,08 euros),

Custos gerais administrativos (+6.947,83 euros) e Correcções de valor associadas ao crédito a

clientes e valores a receber de outros clientes-líquidas de reposições e anulações (+55.018,52 euros).

Os recursos da Caixa Agrícola, nas rubricas do balanço (depósitos à ordem, depósitos a prazo e

poupanças), e apesar da actual conjuntura, em que as taxas de juro aplicadas se situam, em valores

muito próximos de zero, superaram as nossas melhores previsões, atingindo um crescimento de

5,86%. Por sua vez, os recursos fora do balanço (fundos de investimento mobiliário, fundos de

investimento imobiliário e seguros de capitalização), aumentaram 3,76%, o que originou que os

recursos totais da Caixa tivessem um crescimento de 5,40%, para um total de 62.036.240 euros.

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Em relação ao crédito concedido, devido à participação em vários consórcios, liderados pela Caixa

Central, bem como à retoma do mercado, esta rubrica apresentou um crescimento de 12,69%,

contrariamente ao verificado no ano anterior, no qual assistimos a uma diminuição de 2,08%. No

segmento de particulares (crédito habitação, crédito pessoal e outro crédito), assistimos, a um

crescimento absoluto de 0,86%, enquanto, por sua vez, no segmento de empresas (crédito à

tesouraria e crédito ao investimento), verificou-se um elevado crescimento de 28,44%.

Ainda no crédito concedido, e devido aos cuidados e diligências efectuadas, o crédito em atraso teve

uma diminuição de 10,83%, correspondente a menos 119.699 euros, totalizando, desta forma,

986.039 euros, o que representa 3,89% do total do crédito concedido.

Relativamente à actividade seguradora, a Caixa teve um desempenho excepcional, pois enquanto a

vertente de seguros de ramos reais teve um incremento de 11,88%, por sua vez, os seguros de risco

tiveram um aumento de 4,32%. Os seguros de capitalização, por sua vez, apresentaram uma

diminuição de 52,76%, em virtude da Crédito Agrícola Vida deixar de comercializar estes produtos

durante todo o exercício de 2017.

No seguimento do desempenho da actividade seguradora, por sua vez, assistimos a um forte

incremento de 36,79%, nas comissões recebidas de empresas do grupo, aos quais se elevaram, no

exercício de 2017, ao montante de 233.299 euros, dos quais 218.638 euros provenientes da

actividade seguradora.

Por sua vez, os gastos gerais administrativos tiveram um crescimento de 2,20%, correspondentes a

mais 6.947,83 euros, relativamente ao ano imediatamente anterior, totalizando desta forma o

montante global de 323.061,29 euros. Este aumento explica-se pelo aumento de custos com

trabalho independente, outros serviços de terceiros, seguros e despesas judiciais, contencioso e

notariais.

Os custos com pessoal também apresentaram um crescimento de 83.037,08 euros, perfazendo o

total de 533.490,05 euros, correspondentes a mais 18,40%, e explicam-se no incremento da massa

salarial constante de regalias e prémios definidos pelo Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) do

Crédito Agrícola, pelo aumento do quadro de pessoal da instituição e pelo aumento da remuneração

ao órgão de administração.

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O activo líquido, durante o exercício de 2017, apresentou um crescimento de 5,46%, totalizando,

desta forma, 61.226.092,10 euros. Os fundos próprios totais aumentaram 3,00%, totalizando, no

final de 2017, o montante de 10.090.184,50 euros. Por sua vez, o rácio de solvabilidade situou-se em

59,71%, enquanto o Rácio TIER I apresentou a mesma percentagem de 59,71.

A quota de mercado da Caixa Agrícola, relativamente ao seu raio de actuação, ou seja no concelho

de Miranda do Douro, sofreu uma ligeira alteração. Em relação aos depósitos, enquanto no final de

2016, a Caixa tinha 32,55% do total dos depósitos do concelho de Miranda do Douro, por sua vez, no

final de Novembro de 2017, apenas atingia 28,60%. Em relação ao crédito concedido, no final de

2016, apresentava a percentagem de 40,94%, do total do crédito concedido, no concelho de

Miranda do Douro, percentagem essa que aumentou significativamente para 47,37%, no final do

mês de Novembro de 2017.

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Actividade Comercial

Depósitos e Outros Recursos

No seguimento dos últimos exercícios, também o de 2017, fica marcado pelo acentuado

crescimento dos recursos totais da Caixa, dos quais destacamos o forte incremento dos recursos do

balanço em 2.689.061 euros, o que representa um crescimento de 5,86%, totalizando o montante

de 48.582.724 euros, enquanto, por sua vez, os recursos fora do balanço apresentaram um

crescimento de 466.820 euros, representando mais 3,76%, e originaram um total deste tipo de

aplicações de 13.454.168 euros. Somando os recursos do balanço e fora do balanço o crescimento

elevou-se a 3.176.240 euros, pelo que o total de recursos da Caixa Agrícola atingiu, no final de 2017,

o montante de 62.036.892 euros.

Recursos de Clientes Euros

2016 2017

Variação

Absoluta Variação %

Depósitos à Ordem 16.454.500 18.676.740 2.222.240 13,51%

Depósitos a Prazo e Poupanças 29.439.164 29.905.984 466.820 1,59%

Recursos do Balanço 45.893.663 48.582.724 2.689.061 5,86%

Fundos de Investimento Mobiliário 2.664.751 3.292.765 628.014 23,57%

Fundos de Investimento Imobiliário 1.012.825 2.161.229 1.148.404 113,39%

Seguros de Capitalização 9.289.412 8.000.173 -1.289.239 -13,88%

Recursos fora do Balanço 12.966.988 13.454.168 487.180 3,76%

Total de recursos 58.860.651 62.036.892 3.176.240 5,40%

De seguida, apresentamos o quadro com a distribuição dos recursos totais da Caixa, em 2016:

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Evolução do Crédito Concedido

No ano de 2017, a rubrica de crédito concedido, apresentou uma evolução muito positiva, com um

crescimento de 12,69%. Esta situação explica-se, essencialmente, pelo forte crescimento de 28,44%

no crédito a empresas. Por sua vez, o crédito a particulares, manteve sensivelmente os montantes

do ano anterior, registando apenas um crescimento de 0,86%.

Principais Rubricas do Crédito Euros

2016 2017

Variação

Absoluta Variação %

Crédito a Particulares 12.840.279 12.951.279 111.000 0,86%

Crédito Habitação 11.270.731 11.746.143 475.412 4,22%

Crédito ao consumo / Outros 1.569.548 1.205.136 -364.412 -23,22%

Crédito a Empresas e Eni´s 9.649.283 12.393.059 2.743.776 28,44%

Crédito à Tesouraria 2.946.658 4.774.984 1.828.326 62,05%

Crédito ao Investimento 6.702.625 7.618.075 915.450 13,66%

Crédito Total 22.489.562 25.344.338 2.854.776 12,69%

No âmbito do crédito habitação, no exercício de 2017, apenas foram efectuados 11 novas

operações, no montante global de 847.500,00 euros, registando-se diminuição em relação ao ano

anterior, em que foram efectuados 17 contratos, no montante de 1.278.750,00 euros.

Nestas condições, enquanto no final de 2016, o crédito habitação representava 50,12% do total do

crédito concedido pela Caixa, por sua vez, e atendendo ao elevado incremento do crédito a

empresas, essa percentagem, no final do exercício de 2017, diminuiu para 46,37%.

Por sua vez, o crédito concedido com garantia hipotecária, à semelhança do total do crédito

concedido, sofreu um acréscimo para 19.024.838 euros, diminuindo, porém, a sua percentagem

para 75,10% do total do crédito concedido pela Caixa.

A percentagem do crédito concedido com garantias reais (inclui as garantias hipotecárias, o penhor

de Depósitos e outro tipo de garantias reais) sofreu um ligeiro decréscimo, dado que, enquanto no

final de 2016, atingia 82,41%, por sua vez, no final de 2017, apresentava 78,70%.

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Por seu lado, o crédito vencido, teve uma diminuição de 119.699 euros, correspondentes a menos

10,83%, situando-se no montante global de 986.039 euros, que representa 3,89% sobre o total.

Crédito em atraso Euros

2016 2017

Variação

Absoluta Variação %

Crédito em atraso 1.105.738 986.039 -119.699 -10,83%

Quanto ao rácio de transformação de recursos (depósitos à ordem, depósitos a prazo e poupanças)

em crédito concedido, verifica-se um acentuado crescimento, dado que, enquanto no final de 2016,

se cifrava em 51,81%, por sua vez, no final de 2017, essa percentagem se elevou a 55,78%.

Seguros de Ramos Reais

No ano de 2017, à semelhança dos últimos exercícios, os seguros de ramos reais tiveram um

comportamento bastante favorável, considerando-se este o exercício com o melhor desempenho de

sempre da Caixa Agrícola nesta tipo de actividade, com um crescimento na cobrança de prémios

comerciais de 51.162 euros, representando um aumento percentual de 11,88%.

Prémios cobrados CA Seguros (Exclui seguro de colheitas) Euros

2016 2017

Variação

Absoluta Variação %

Acidentes de Trabalho 56.458 64.028 7.570 13,41%

Acidentes Pessoais 23.970 31.228 7.258 30,28%

Automóvel 156.089 176.031 19.942 12,78%

CA Saúde 24.176 35.289 11.113 45,97%

Caçadores 2.885 2.953 68 2,37%

Cartão Clinicard 18.177 23.727 5.550 30,53%

Multirriscos Empresa 26.140 28.719 2.579 9,86%

Habitação 62.660 65.719 3.059 4,88%

Máquinas Agrícolas 22.135 24.257 2.122 9,59%

Responsabilidade Civil 17.015 19.294 2.279 13,39%

Riscos Construção 1.125 3.475 2.350 208,87%

Riscos Industriais 5.626 5.037 -589 -10,47%

Outros 14.324 2.185 -12.139 -84,75%

Total Prémios Cobrados 430.780 481.942 51.162 11,88%

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Da mesma forma, os seguros de colheitas apresentaram uma aumento de 99,31%, a que

corresponderam mais 10.105 euros de prémios cobrados.

Prémios cobrados CA Seguros (Apenas Seguro de Colheitas) Euros

2016 2017

Variação

Absoluta Variação %

Colheitas 10.176 20.281 10.105 99,31%

Seguros de Vida e Capitalização

As modalidades de seguros de vida e capitalização, efectuados por intermédio da CA Vida –

Companhia de Seguros, SA, apresentaram os seguintes montantes de prémios cobrados:

Prémios cobrados CA Vida Euros

2016 2017

Variação

Absoluta Variação %

Protecção Poupança Investimento 3.361 2.372 -989 -29,42%

CA Poupança Activa 145.288 46.281 -99.007 -68,15%

Protecção Poupança Educação 3.452 3.265 -187 -5,41%

Protecção Poupança Reforma 296.764 43.524 -253.241 -85,33%

Fundos de Pensões 82.670 155.633 72.963 88,26%

Seguros de Capitalização 531.534 251.075 -280.460 -52,76%

Protecção Família 33.075 30.287 -2.788 -8,43%

CA Vida Plena 6.457 6.424 -33 -0,51%

CA Mulher 4.803 5.492 689 14,35%

Protecção Crédito Habitação 117.009 127.224 10.215 8,73%

Protecção Crédito Pessoal 29.415 29.504 89 0,30%

Protecção Empresa Viva 176 3.305 3.129 1781,80%

CA Pessoa Chave 7.379 4.822 -2.557 -34,66%

CA Express 735 586 -149 -20,25%

Seguros de Risco 199.049 207.644 8.595 4,32%

Total Prémios Cobrados 730.583 458.719 -271.864 -37,21%

Os seguros de vida-risco, continuaram o seu desempenho positivo, com um aumento dos prémios

cobradas de 8.595 euros, a que corresponde um aumento percentual de 4,32%. Por sua vez, o

desempenho dos seguros de capitalização, foi bastante negativo, pelo motivo da sua

comercialização ter estado suspensa durante todo o exercício de 2017.

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Comissões Recebidas As comissões recebidas de empresas do Grupo Crédito Agrícola tiveram, no seu conjunto, um forte

incremento de 36,79%, totalizando, desta forma, no ano de 2017, a quantia de 233.299 euros,

quando, no exercício anterior, apenas tinham atingido o montante de 170.548 euros. Este

crescimento ocorreu, essencialmente, devido ao excepcional aumento das comissões recebidas das

seguradoras do Grupo Crédito Agrícola.

Nestas condições, as comissões recebidas da CA Seguros elevaram-se ao montante de 157.888

euros, apresentando um elevado aumento, em relação ao ano de 2016, de 68.250 euros, enquanto

as comissões recebidas da CA Vida, apenas alcançaram a quantia de 60.750, apresentando uma

diminuição de 11.261 euros, em relação a 2016.

Comissões Recebidas de Empresas do Grupo Euros

2016 2017

Variação

Absoluta Variação %

CA Gest (Fundos de Investimento Mobiliário) 5.350 6.941 1.591 29,74%

CA Seguros (Seguros não vida) 89.638 157.888 68.250 76,14%

CA Vida (Seguros de Vida) 72.011 60.750 -11.261 -15,64%

Caixa Central (DUC) 473 964 491 103,85%

Caixa Central (Leasing) 188 1.416 1.228 652,97%

Square Asset Management (Fundos Investimento Imobiliário) 2.888 5.340 2.452 84,92%

Total de comissões recebidas 170.548 233.299 62.751 36,79%

De seguida, apresentamos a evolução das comissões recebidas das seguradoras do grupo Crédito

Agrícola nos últimos cinco anos:

Comparação de comissões recebidas de Seguradoras Euros

2013 2014 2015 2016 2017

CA Vida 79.186 81.077 90.620 72.011 60.750

CA Seguros 65.586 73.157 104.731 89.638 157.888

Total de comissões recebidas 144.772 154.234 195.351 161.649 218.638

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Relatório e Contas de 2017

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Ajudas ao Rendimento Agrícola

As ajudas ao Rendimento dos Agricultores continuam a ter uma grande relevância na actividade da

Caixa, quer pelo movimento de agricultores que se dirigem às nossas agências, e aí tomam

conhecimento e podem ser abordados sobre todos os produtos e serviços que temos disponíveis,

bem como através dos montantes provenientes deste tipo de ajudas e que, consequentemente, são

canalizados pelas contas à ordem sediadas nas diversas agências da Caixa Agrícola.

É neste contexto que, esta actividade de elaboração das ajudas ao rendimento dos agricultores, tem

cada vez mais utilidade e importância na acção da Caixa e, consequentemente, permite a

manutenção e até algum crescimento moderado do total de produtos de passivo da Caixa.

Nesta conformidade, durante a campanha de ajudas ao rendimento do ano de 2017, quer na agência

de Miranda do Douro, bem como na agência de Palaçoulo, foram elaborados no seu conjunto 747

pedidos únicos, destacando que, deste total, 91 candidaturas foram de substituição, número

ligeiramente inferior ao do ano de 2016, em que tinham sido registadas 768.

Ajudas ao Rendimento

2013 2014 2015 2016 2017

Candidaturas efectuadas 694 721 * 752 ** 768*** 747****

* Das quais 35 de substituição

** Das quais 94 de substituição

*** Das quais 107 de substituição

**** Das quais 91 de substituição

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Relatório e Contas de 2017

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Grau de Cumprimento dos Objectivos Comerciais no ano de 2017

Valor no

Período

Objectivo

Anual

Desvio

Absoluto

Depósitos à OrdemSaldo

AcumuladoEuro 18.676.740,28 17.214.079,00 1.462.661,28 108,50%

Depósitos a Prazo e PoupançasSaldo

AcumuladoEuro 29.905.984,87 29.555.742,00 350.242,87 101,19%

Capital SocialSaldo

AcumuladoEuro 3.720.025,00 3.503.270,00 216.755,00 106,19%

Crédito HabitaçãoSaldo

AcumuladoEuro 11.746.142,80 11.917.464,00 -171.321,20 98,56%

Crédito PessoalSaldo

AcumuladoEuro 874.698,37 1.010.174,00 -135.475,63 86,59%

Crédito à TesourariaSaldo

AcumuladoEuro 3.317.998,00 3.298.740,00 19.258,00 100,58%

Crédito ao Investimento e

Leasing Imobiliário

Saldo

AcumuladoEuro 9.038.297,33 7.592.661,00 1.445.636,33 119,04%

Leasing Leasing MobiliárioSaldo

AcumuladoEuro 210.221,37 79.146,00 131.075,37 265,61%

Adesões Online ParticularesSaldo - Nº

AdesõesNúmero 1.361 1.238 123 109,94%

TPAsSaldo - Nº

AdesõesNúmero 35 44 -9 79,55%

Cartões de CréditoNúmero de

cartõesNúmero 210 247 -37 85,02%

Negócio Internacional Negócio InternacionalSaldo

AcumuladoEuro 9.565.076 10.273.257 -708.181 93,11%

Fundos Investimento MobiliárioSaldo

AcumuladoEuro 3.292.764,70 2.394.415,00 898.349,70 137,52%

Fundos Investimento ImobiliárioSaldo

AcumuladoEuro 2.166.397,64 994.513,00 1.171.884,64 217,84%

Automóvel Produção Nova Euro 35.552,48 22.490,00 13.062,48 158,08%

Habitação Produção Nova Euro 6.735,93 4.973,00 1.762,93 135,45%

CA Saúde Produção Nova Euro 7.035,83 3.960,00 3.075,83 177,67%

CA CliniCard Produção Nova Euro 6.256,16 5.429,00 827,16 115,24%

Outros Produtos Produção Nova Euro 39.929,40 39.745,00 184,40 100,46%

RiscoNovo +

ContiuadosEuro 209.178,68 195.139,00 14.039,68 107,19%

Fundos de PensõesNovo +

ContiuadosEuro 155.913,72 99.551,00 56.362,72 156,62%

Seguros Não Vida

Seguros de Vida

Banca Directa e Meios

de Pagamento

Família Conceito UnidadeProduto

Fundos

Grau de

Realização

dos

Objectivos

em %

Variação Saldos / Produção

Recursos de Clientes

Crédito a Particulares

Crédito a Empresas

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Relatório e Contas de 2017

-84-

Movimento de associados e capital

No ano de 2017 foram admitidos 56 novos associados, havendo, porém a registar a demissão ou

exclusão, de 46, pelo que, nesta conformidade, o total de sócios activos da Caixa, no final do ano de

2017, ascende a 1.586, em comparação com os 1.573 associados existentes, a 31 de Dezembro de

2016.

Por sua vez, o capital social da Caixa, elevou-se no final de 2017, ao montante de 8.157.880 euros,

dos quais 3.724.685 euros subscritos pelos sócios, e o restante, no valor de 4.433.195, detido pela

própia Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro, CRL, e que resultou de

títulos de capital emitidos por incorporação de reservas.

Movimento de Associados e Capital

Variação de sóciosMontante do

Capital (Euros)

Sócios activos em 31.12.2016 1.573 3.392.715

Sócios admitidos em 2017 56 209.340

Sócios demitidos a pedido em 2017 -23 -60.550

Sócios excluídos em 2017 (falecimento/cessação actividade) -23 -89.865

Aumento de participação de sócios em 2017 376.875

Redução de participação de sócios em 2017 -103.830

Sócios activos em 31.12.2017 1.586 3.724.685

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro 4.433.195

TOTAL DO CAPITAL EM 31.12.2017 8.157.880

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Relatório e Contas de 2017

-85-

Rácios Normativos, Outros Indicadores e Indicadores de Rendibilidade

Rácios Normativo da Caixa Central

Rubrica Orientação 2016 2017

Variação

período

homologo

Rácio Common Equity Tier > 13% 59,57% 59,71% 0,24%

Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido ≤ 3% 2,36% 1,64% -30,51%

Crédito Vencido Bruto/Crédito Total ≤ 5% 4,91% 3,89% -20,77%

Rácio de Eficiência < 70% 63,38% 68,26% 7,70%

Activo Líquido ajustado/Nº Empregados > 4.000.000 € 6.365.337 € 6.600.262 € 3,69%

Produto Bancário/Nº Empregados > 110.000 € 112.647 € 116.574 € 3,49%

Comissões Líquidas/Produto Bancário > 20% 29,25% 33,51% 14,56%

Rácio de Transformação ≤ 85% 51,81% 55,78% 7,66%

Rácio de Activos não decorrentes para venda < 6% 0,21% 0,21% 0,00%

Outros indicadores

Rubrica Orientação 2016 2017

Variação

período

homologo

Rácio de Crédito em Risco < 13% 9,29% 6,28% 32,40%

Rácio de Crédito com Incumprimento --- 4,31% 3,85% 10,67%

Grau de Cobertura do Crédito em Risco p/ Imparidade > 75% --- 73,59% ---

Indicadores de Rendibilidade

Rubrica 2016 2017

Rendibilidade

Média Caixas

Agrícolas

Rent. Mg Financeira = Margem Financeira / Activo Líquido Médio 1,53% 1,29% 1,76%

Rent. Mg Complementar = Margem Compl. / Activo Líquido Médio 0,67% 0,74% 0,88%

Rent. Produto Bancário = Prod. Bancário / Activo Líquido Médio 2,29% 2,22% 2,77%

Custos com Pessoal / Activo Líquido Médio 0,63% 0,92% 1,05%

Fornecimento e Serviços de Terceiros / Activo Líquido Médio 0,54% 0,56% 0,75%

Rent. do Activo = Resul. Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 0,70% 0,55% 0,63%

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Relatório e Contas de 2017

-86-

Balanço - Activo

Notas 2016

Activo Líquido

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 207.042,77 277.789,28 277.789,28

Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 528.507,10 493.764,40 493.764,40

Activos financeiros detidos para negociação 7

Outros act finan ao justo valor atrav de resultados 8

Activos financeiros disponíveis para venda 9 936.749,18 999.646,23 999.646,23

Aplicações em instituições de crédito 10 32.623.856,11 32.508.929,30 32.508.929,30

Crédito a clientes 11 21.494.020,00 25.353.312,55 1.172.032,49 24.181.280,06

Investimentos detidos até à maturidade 12 328.591,61 754.000,24 754.000,24

Activos com acordo de recompra 13

Derivados de cobertura 14

Activos não correntes detidos para venda 15 121.000,00 127.500,00 127.500,00

Propriedades de investimento 16

Outros activos tangíveis 17 471.013,56 964.841,33 498.702,42 466.138,91

Activos intangíveis 18

Invest em filiais, associadas e empreendim conjuntos 19 894.476,96 953.031,96 953.031,96

Activos por impostos correntes 20 26.483,99

Activos por impostos diferidos 20 219.872,16 254.880,57 254.880,57

Outros activos 21 206.190,06 209.131,15 209.131,15

Total do Activo 58.057.803,50 62.896.827,01 1.670.734,91 61.226.092,10

20172017

ACTIVO Activo Bruto

Provisões,

imparidade e

amortizações

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Relatório e Contas de 2017

-87-

Balanço - Passivo e Capital

Notas 2016 2017

Recursos de bancos centrais 22

Passivos financeiros detidos para negociação 23

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24

Recursos de outras instituições de crédito 25 2.303.366,92 2.271.807,23

Recursos de clientes e outros empréstimos 26 45.925.681,11 48.602.977,39

Responsabilidades representadas por títulos 27

Passivos financeiros associados a activos transferidos 28

Derivados de cobertura 14

Passivos não correntes detidos para venda 29

Provisões 30 145.714,57 10.100,02

Passivos por impostos correntes 20 6.393,67

Passivos por impostos diferidos 20

Instrumentos representativos de capital 31

Outros passivos subordinados 32

Outros passivos 33 218.550,74 212.014,26

Total do Passivo 48.593.313,34 51.103.292,57

Capital 35 7.560.555,00 8.157.880,00

Prémios de emissão 35

Outros instrumentos de capital 36

Reservas de reavaliação 36 -7.510,28 23.735,80

Outras reservas e resultados transitados 36 1.533.913,30 1.621.946,39

Lucro do exercício 36 377.532,14 319.237,34

Dividendos antecipados

Total do Capital 9.464.490,16 10.122.799,53

Total do Passivo e do Capital 58.057.803,50 61.226.092,10

PASSIVO E CAPITAL

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Relatório e Contas de 2017

-88-

Demonstração dos Resultados

Notas 2016 2017

Juros e rendimentos similares 37 947.459,79 816.188,74

Juros e encargos similares 38 119.466,53 71.090,01

MARGEM FINANCEIRA 827.992,86 745.098,73

Rendimentos de instrumentos de capital 39 12,50 2,70

Rendimentos de serviços e comissões 40 392.835,53 462.980,51

Encargos com serviços e comissões 41 30.373,46 33.214,93

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor

através de resultados 42 -1.072,30

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 57.979,24

Resultados de reavaliação cambial 44 71,51 -119,32

Resultados de alienação de outros activos 45 4.100,00 2.810,00

Outros resultados de exploração 46 44.473,21 47.854,00

PRODUTO BANCÁRIO 1.239.112,15 1.282.318,63

Custos com pessoal 47 450.452,97 533.490,05

Gastos gerais administrativos 48 316.113,46 323.061,29

Amortizações do exercício 17 e 18 18.789,84 18.762,53

Provisões líquidas de reposições e anulações 30 -6.771,78 4.078,62

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a

receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) -31.002,79 24.015,73

Imparidade de outros activos financeiros líquida de 30

reversões e recuperações

Imparidade de outros activos líquida de reversões e

recuperações 30 0,00 0,00

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 491.530,45 378.910,41

Impostos

correntes 20 100.447,73 94.681,48

diferidos 20 13.550,58 -35.008,41

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 377.532,14 319.237,34

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Relatório e Contas de 2017

-89-

Demonstração dos Fluxos de Caixa

2017 2016

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Juros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos 1.287.954 1.340.294

Juros, comissões e outros custos equiparados pagos (116.180) (149.840)

Pagamentos a empregados e fornecedores (866.368) (765.335)

Pagamentos e contribuições para fundos de pensões (1.371) (1.230)

(Pagamentos) / recebimento de imposto sobre o rendimento (61.804) (113.999)

Outros (pagamentos) / recebimentos relativos à actividade operacional 47.735 44.544

Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 289.966 354.434

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Crédito a clientes 2.854.310 4.146.175

1.072 936.749

Activos financeiros disponíveis para venda (10.429) (481.994)

Aplicações em instituições de crédito (100.000) 328.592

Investimentos detidos até à maturidade 423.000 (52.500)

Outros activos (2.956) (55.331)

3.164.997 4.821.691

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Recursos de outras instituições de crédito e bancos centrais (31.451) 411.591

Recursos de clientes e outros empréstimos 2.689.062 4.123.253

Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura (17.200)

Outros passivos 18.037

2.675.649 4.517.644

Caixa líquida das actividades operacionais (199.382) 50.387

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Dividendos 3 (13)

Alienações (aquisições) de filiais e associadas, liquidas de alienações (58.555) 77.285

Aquisições de activos tangíveis, intangíveis e propriedades de investimento, l íquidas de alienações (13.888) 5.841

Caixa líquida das actividades de investimento (72.440) 83.113

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Emissão de passivos subordinados, líquida de reembolsos

Aumento (diminuição) de capital 307.826 549.840

Reservas 366.804

Caixa líquida das actividades de financiamento 307.826 183.036

Aumento / (diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 36.004 316.536

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 735.550

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 771.554 316.536

A Caixa e seus equivalentes no fim do exercício integra

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 277.789 207.043

Disponibilidades em outras instituições de crédito 493.764 528.507

771.554 735.550

Activos financeiros detidos para negociação e outros activos avaliados ao justo valor através

de resultados

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Relatório e Contas de 2017

-90-

Demonstrações de Alterações no Capital Próprio (Exercícios 2016 e 2017)

Outras Resultados Resultado do

Capital reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 (NCA) 7 .0 10 .7 15 2 3 .2 2 0 1.4 4 1.3 9 8 (3 .4 6 8 ) 1.4 3 7 .9 3 0 4 3 2 .0 5 7 8 .9 0 3 .9 2 2

Impacto da adopção das NIC - Entrada em vigor do Aviso n.º 5/2015

Imparidades do crédito (NIC 39)

Impostos Diferidos Activos (NIC 12)

Saldos em 1 de Janeiro de 2016 (Pró-forma) 7 .0 10 .7 15 2 3 .2 2 0 1.4 4 1.3 9 8 (3 .4 6 8 ) 1.4 3 7 .9 3 0 4 3 2 .0 5 7 8 .9 0 3 .9 2 2

Aplicação do resultado do exercício de 2015:

Amortização anual do impacto de transição das pensões IAS 19 (3.474) (3.474) (3.474)

Transferência para reservas e resultados transitados (30.730) 95.989 3.468 99.457 (99.457) (30.730)

Distribuição de resultados (29.290) (29.290)

Aumento de capital por incorporação de Reservas 303.310 (303.310)

Aumento de capital 464.355 464.355

Reembolso de capital (217.825) (217.825)

Variações na reserva de justo valor líquidas de imposto

Resultado liquido do exercício de 2016 377.532 377.632

Outras alterações nos capitais próprios

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 (Pró-forma) 7 .5 6 0 .5 5 5 (7 .5 10 ) 1.5 3 7 .3 8 7 (3 .4 7 4 ) 1.5 3 3 .9 13 3 7 7 .5 3 2 9 .4 6 4 .4 9 0

Aplicação do resultado do exercício de 2016:

Transferência para resultados transitados 31.246 84.559 3.474 88.033 (88.033) 31.246

Distribuição de resultados (24.144) (24.144)

Aumento de capital por incorporação de reservas 265.355 (265.355)

Aumento de capital 586.215 586.215

Reembolso de capital (254.245) (254.245)

Variações na reserva de justo valor líquidas de imposto

Resultado liquido do exercício de 2017 319.237 319.237

Outras alterações nos capitais próprios

Saldos em 31 de Dezembro de 2017 8 .15 7 .8 8 0 2 3 .7 3 6 1.6 2 1.9 4 6 1.6 2 1.9 4 6 3 19 .2 3 7 10 .12 2 .7 9 9

Outras Reservas e resultados transitados

Reservas

reavaliação

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Relatório e Contas de 2017

-91-

Anexo às Demonstração Financeiras em 31 de Dezembro de 2017 e 2016

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro, C.R.L. (adiante designada

por Caixa ou CCAM Miranda) é uma instituição de crédito constituída em 25 de Março de 1986

sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a

concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos

previstos na legislação aplicável.

A Caixa é parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola

Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e

representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua da Indústria,

em Palaçoulo, a través de uma rede de mais dois balcões situados no cencelho de Miranda do

Douro.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da Caixa

foram preparadas e apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas

(NCA), tal como imposto pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

As NCA tinham por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como

adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo

aplicáveis as derrogações previstas nos Avisos nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de

Portugal.

Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à

supervisão do Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas

demonstrações financeiras em base individual de acordo com as NIC, tal como adoptadas,

em cada momento, por Regulamento da União Europeia.

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Relatório e Contas de 2017

-92-

As NIC incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards

Board (IASB), bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting

Interpretation Committee (IFRIC) e pelos respectivos órgãos antecessores.

Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, as

Caixas de Crédito Agrícola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola

Mútuo (SICAM) beneficiaram, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no

artigo 3º do referido Aviso, pelo que nestas entidades a adopção das NIC apenas ocorreu

no dia 1 de Janeiro de 2017. De notar que as demonstrações financeiras consolidadas do

Grupo Crédito Agrícola (GCA), o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de

acordo com as NIC, pelo que esta adopção em 2017 ocorreu apenas a nível das contas

individuais.

As demonstrações financeiras da Caixa apresentadas reportam-se ao ano de 2017, período

findo em 31 de Dezembro, tendo sido já preparadas de acordo com as NIC.

As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas de acordo

com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao justo

valor.

De notar que a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer

que a Caixa efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a

aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e

passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão

ter impacto sobre as actuais estimativas e julgamentos.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de

Administração de dia 27 de Fevereiro de 2018.

2.2. Alterações às políticas contabilísticas e de comparabilidade

A entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal impôs a necessidade de a

Caixa elaborar as suas demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de

2017, de acordo com as NIC, deixando assim de ser aplicadas as NCA.

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Relatório e Contas de 2017

-93-

Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº 3/95 do

Banco de Portugal, os quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das

instituições de crédito, com as seguintes finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii)

riscos gerais de crédito, (iii) encargos com pensões de reforma e sobrevivência, (iv) menos-

valias de títulos e imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e (vi)

risco-país.

Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza

análoga passaram a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os

requisitos da NIC 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando

de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de

Portugal.

Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adopção das NIC para efeitos da

preparação e apresentação das demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de

2017, teve impacto nomeadamente ao nível da diminuição das provisões para crédito a

clientes e garantias, decorrente do reconhecimento de perdas por imparidade apuradas

em conformidade com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no Aviso

nº 3/95 do Banco de Portugal.

De acordo com as NIC, a adopção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada

retrospectivamente, pelo que a Caixa ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016

para efeitos comparativos.

Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspectos materialmente

relevantes comparáveis com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente

documento referentes ao período anterior (ou seja, 2016).

Apresenta-se nos quadros abaixo a reconciliação das principais rubricas das demonstrações

financeiras aprovadas em 2016, as quais foram preparadas em base NCA, e as

demonstrações financeiras de 2016, preparadas de acordo com as NIC, reportadas neste

documento para efeitos comparativos:

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Relatório e Contas de 2017

-94-

a) Reconciliação entre o Balanço a 1 de Janeiro de 2016 preparado com base nas NCA e

nas NIC

Notas

NIC

Ajustamentos

NCA

Crédito a clientes

21.943.834

21.943.834

Activos por impostos diferidos

233.423

233.423

Outros elementos do activo

30.809.106

30.809.106

Total do Activo

52.986.363

0

52.986.363

Provisões

152.486

152.486

Outros elementos do passivo

43.929.955

43929955

Total Passivo

44.082.441

0

44.082.441

Outras reservas e resultados transitados

1.461.150

1.461.150

Lucro do exercício

432.057

432.057

Outros elementos do capital próprio

7.010.715

7.010.715

Total Capital Próprio

8.903.922

0

8.903.922

Total do Passivo e Capital Próprio

52.986.363

0

52.986.363

b) Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA

e nas NIC

Notas

NIC

Ajustamentos

NCA

Crédito a clientes

21.492.844

21.492.844

Activos por impostos diferidos

219.872

219.872

Outros elementos do activo

36.345.088

36.345.088

Total do Activo

58.057.804

0

58.057.804

Provisões

145.715

145.715

Outros elementos do passivo

48.447.598

48.447.598

Total Passivo

48.593.313

0

48.593.313

Outras reservas e resultados transitados

7.560.556

7.560.556

Lucro do exercício

377.532

377.532

Outros elementos do capital próprio

1.526.403

1.526.403

Total Capital Próprio

9.464.491

0

9.464.491

Total do Passivo e Capital Próprio

58.057.804

0

58.057.804

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Relatório e Contas de 2017

-95-

c) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de 2016

preparado com base nas NCA e nas NIC

Notas

NIC

Ajustamentos

NCA

Margem Financeira

827.993

827.993

Produto bancário

1.239.112

1.239.112

Provisões líquidas de reposições e anulações 6.772

6.772 Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 0

Outros proveitos / (custos) que concorrem para o resultado antes de impostos -754.354

-754.354

Resultado antes de impostos

491.530

0

491.530

Impostos correntes

-100.448

-100.448

diferidos

-13.550

-13.550

Resultado líquido do exercício

377.532

0

377.532

Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as quais

apresentamos de seguida, que não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas

ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de 2017.

1. Impacto da adopção das alterações às normas que se tornaram efectivas a 1 de Janeiro

de 2017:

a) IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as

variações dos passivos de financiamento, desagregados entre as transacções que deram

origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia

com os fluxos de caixa das actividades de financiamento da Demonstração do Fluxo de

Caixa, os impactos ainda não estão estimados a esta data.

b) IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos

diferidos activos sobre perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração clarifica a forma de contabilizar impostos

diferidos activos relacionados com activos mensurados ao justo valor, como estimar os

lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como

avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos activos quando existem restrições na

lei fiscal, os impactos ainda não estão estimados a esta data.

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Relatório e Contas de 2017

-96-

2. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória

para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, mas que a

União Europeia ainda não endossou:

a) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Janeiro de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à

classificação e mensuração dos activos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de

imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos

requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

O Grupo Crédito Agrícola, onde se inclui a CCAM, definiu uma estrutura global de

trabalho com o objectivo de adaptar os seus processos internos aos normativos

explanados na IFRS 9, de modo a que estes sejam, simultaneamente, aplicáveis,

uniformemente, a todas as CCAM do SICAM e sejam adaptáveis às características

individuais de cada uma.

Relativamente à estrutura de governance do projecto de implementação da IFRS 9, o

Grupo criou um comité com a responsabilidade de acompanhar o projecto mas também

de assegurar que estão envolvidos neste projecto todas as áreas relevantes para o

sucesso do mesmo.

O Grupo Crédito Agrícola encontra-se actualmente na fase de implementação dos

modelos e requisitos definidos, com o objectivo de assegurar a eficiente implementação

dos normativos previstos na IFRS 9, optimizando os recursos necessários para o

desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos.

Quando a fase de implementação estiver concluída, o Grupo irá testar os resultados

obtidos pelos modelos implementados através de diversas simulações, por forma a

assegurar que a transição para o novo normativo está de acordo com o estabelecido

inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo paralelo do montante de imparidade de

acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como complemento e base de

comparação às simulações internas que o Grupo desenvolveu ao longo do projecto de

implementação da IFRS 9.

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-97-

A CCAM, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada

com o modelo, calendário e objectivos do Grupo para o projecto de implementação da

IFRS 9. À presente data, a CCAM está a avaliar os efeitos e impactos da plena adopção

dos normativos previstos na IFRS 9, pelo que os impactos estimados desta avaliação

serão comunicados assim que esteja disponível uma estimativa razoável dos mesmos.

b) IFRS 15 (nova), ‘Crédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos

para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça

o rédito quando a obrigação contratual de entregar activos ou prestar serviços é

satisfeita e pelo montante que reflecte a contraprestação a que a entidade tem direito,

conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”. Os impactos ainda não estão

estimados a esta data.

c) IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2019). Esta nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na

contabilização pelos locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de

locação reflectindo futuros pagamentos da locação e um activo de “direito de uso" para

todos os contratos de locação, excepto certas locações de curto prazo e de activos de

baixo valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no

"direito de controlar o uso de um activo identificado". Os impactos ainda não estão

estimados a esta data.

d) IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar

nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às

entidades que negoceiam contractos de seguro a opção de reconhecer no Outro

rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos resultados, a

volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre

contractos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à

aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja actividade predominante seja a de

seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras

consolidadas que incluam uma entidade seguradora. Os impactos ainda não estão

estimados a esta data.

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Relatório e Contas de 2017

-98-

e) Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações

adicionais a seguir para determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao

momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual, à

revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos

novos regimes previstos para simplificar a transição. Os impactos ainda não estão

estimados a esta data.

3. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória

para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017, mas que a

União Europeia ainda não endossou:

3.1 – Normas

a) Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em

ou após 1 de Janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos:

IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28. Os impactos ainda não estão estimados a esta data.

b) IAS 40 (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está

sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os

activos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de

investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da

intenção da gestão não é suficiente para efectuar a transferência. Os impactos ainda

não estão estimados a esta data.

c) IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transacções de pagamentos baseados

em acções’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018).

Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta

alteração clarifica a base de mensuração para as transacções de pagamentos baseados

em acções liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a contabilização de

modificações a um plano de pagamentos baseado em acções, que alteram a sua

classificação de liquidado financeiramente (“Cash-settled”) para liquidado com capital

próprio (“equity-settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS

2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em acções seja tratado

como se fosse totalmente liquidado com capital próprio (“equity-settled”), quando o

empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa

quantia à autoridade fiscal. Os impactos ainda não estão estimados a esta data.

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-99-

d) IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar

nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda

está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a

possibilidade de classificar activos financeiros com condições de pré-pagamento com

compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de

condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de resultados. Os

impactos ainda não estão estimados a esta data.

e) IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos

conjuntos’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019).

Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta

alteração clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e

empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em

associadas e empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do

método de equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando

sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, antes de qualquer teste de

imparidade ao investimento como um todo. Os impactos ainda não estão estimados a

esta data.

f) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1

de Janeiro de 2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso

pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS

12, IFRS 3 e IFRS 11.Oos impactos ainda não estão estimados a esta data.

g) IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após

1 de Janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União

Europeia. Esta nova norma substitui o IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que

emitam contratos de seguro, contratos de resseguro e contratos de investimento com

características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração

corrente das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente

pode assentar num modelo completo (“building block approach”) ou simplificado

(“premium allocation approach”). O reconhecimento da margem técnica é diferente

consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospectiva. Os

impactos ainda não estão estimados a esta data.

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-100-

3.2 - Interpretações

a) IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta

interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se

de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e refere-se

à determinação da "data da transacção" quando uma entidade paga ou recebe

antecipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira.

A “data da transacção” determina a taxa de câmbio a usar para converter as

transacções em moeda estrangeira. Os impactos ainda não estão estimados a esta data.

b) IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta

interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se

de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’, referindo-se aos

requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas

quanto à aceitação de um determinado tratamento fiscal por parte da Administração

fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à

posição da Administração fiscal sobre uma transacção específica, a entidade deverá

efectuar a sua melhor estimativa e registar os cativos ou passivos por imposto sobre o

rendimento à luz da IAS 12, e não da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e

activos contingentes”, com base no valor esperado ou o valor mais provável. A

aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospectiva ou retrospectiva modificada. Os impactos

ainda não estão estimados a esta data.

2.3. Principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à

generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos

são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu

pagamento ou recebimento.

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-101-

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à

taxa de câmbio em vigor na data do balanço, com excepção dos saldos relativos a

notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês

indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no

período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm

na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a

prazo são registadas na posição cambial.

No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço

MOEDA Descrição da Moeda Taxa de

Câmbio

CAD Dólar Canadiano 1,50416

CHF Franco Suíço 1,17038

USD Dólar Americano 1,1997

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das

mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência

significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma

participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar

nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir

controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

A Caixa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos

variáveis do seu envolvimento com a entidade e tem a capacidade de afectar esses

retornos, através do seu poder sobre a entidade.

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-102-

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição. Estes

investimentos são objectos de análises de perdas por imparidade quando estas

participações financeiras registem deteriorações significativas ao nível da sua posição

financeira, sendo registadas perdas por imparidade quando o valor estimado

recuperável é inferior ao valor contabilístico registado.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não

monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica

da data da transacção, conforme previsto na NIC 21.

Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao

seu pagamento é estabelecido.

d) Crédito e outros valores a receber

O crédito a clientes abrange os créditos concedidos a clientes e outras operações de

empréstimo tituladas (papel comercial) cuja intenção não é a de venda no curto prazo,

os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente,

sendo reconhecidas pelo valor nominal.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são registados ao custo

amortizado, sendo submetidos a análises periódicas de imparidade.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é

objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os

proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais.

Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das

operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente,

reconhecidos ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa

efectiva.

Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios,

sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida

das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

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A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros

decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações

vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo

nesse momento considerada vencida toda a dívida.

O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais da

Caixa relativos aos respectivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (ii) a Caixa

transfira substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao crédito, ou (iii)

mesmo que a Caixa retenha uma parte dos riscos e benefícios associados aos créditos,

o controlo sobre os mesmos tenha sido transferido.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são

registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros,

comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das

operações.

Imparidade

A análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e

compromissos assumidos, é realizada pelo GCA a nível central, sendo aplicado o

mesmo modelo de imparidade a todas as Caixas integradas no SICAM.

Periodicamente, o GCA analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para

identificar evidências de imparidade. Considera-se que um activo financeiro se

encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de que a ocorrência de um

evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros

esperados desse activo ou grupo de activos.

Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, o GCA segmenta a

sua carteira da seguinte forma:

- Crédito concedido a empresas;

- Crédito à habitação;

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-104-

- Crédito ao consumo;

- Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares;

- Outros créditos a particulares;

- Extrapatrimoniais.

Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial,

operações em moeda estrangeira e contractos de locação financeira.

De acordo com o modelo de imparidade em vigor no GCA, é analisada a existência de

perdas por imparidade em termos individuais, através de uma análise casuística, e em

termos colectivos. Quando um grupo de activos financeiros é avaliado em conjunto, os

fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os fluxos

contratuais dos activos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em activos

com características de risco de crédito similares.

Sempre que se entende necessário, a informação histórica é actualizada com base nos

dados correntes observáveis, para reflectirem os efeitos das condições actuais.

Os critérios de selecção dos clientes alvo de análise individual foram os seguintes:

Todos os clientes/ Grupo económico (GER) com responsabilidades superiores a

1.000.000 Euros;

Clientes/ GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a 50.000 Euros;

Clientes/ GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades

superiores a 500.000 Euros;

Clientes/ GER com exposição da conta corrente ou descoberto superior a 500.000

Euros e igual ou superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses;

Clientes/ GER com responsabilidades superiores a 500.000 Euros sem garantia

real associada ou com LTV (loan-To-Value) superior a 80%;

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-105-

Clientes/ GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos

reestruturados superior a 500.000 Euros.

A evidência de imparidade de um activo ou grupo de activos definida pela Caixa está

relacionada com a observação de diversos eventos denominados “eventos de perda”,

entre os quais se destacam:

Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento

do capital e/ou juros;

Dificuldades financeiras significativas do devedor;

Alteração significativa da situação patrimonial do devedor;

Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente:

o das condições e/ou capacidade de pagamento;

o das condições económicas do sector no qual o devedor se insere, com impacto

na capacidade de cumprimento das suas obrigações.

As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade

correspondem ao produto entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses

(PI), tendo por base o tempo de permanência em meses no estado de delinquência

sem indícios de imparidade, e o máximo entre zero e a diferença entre o valor de

balanço dos respectivos créditos à data de referência e o valor actualizado dos fluxos

de caixas futuros estimados dessas operações. A PI corresponde à probabilidade de

uma operação ou cliente entrar numa situação de indícios de imparidade durante um

período de emergência. Este período equivale ao tempo que decorre entre a

ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência

desse evento é percepcionada pelos Serviços do GCA (Incurred But Not Reported).

Para todos os segmentos da carteira, o GCA considerou um período de emergência de

12 meses, e a PI foi calculada por operação.

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Relatório e Contas de 2017

-106-

Se existir evidência de que qualquer entidade do GCA incorreu numa perda por

imparidade em crédito e outros valores a receber, o montante da perda é

determinado pela diferença entre o valor de balanço desses activos e o valor actual

dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do

activo ou activos financeiros. O valor de balanço do activo ou dos activos é reduzido

pelo saldo da conta de perdas por imparidade.

Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar

qualquer perda por imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contracto.

As perdas por imparidade são registadas por contrapartida de resultados.

Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas

por imparidade atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é

revertido, sendo ajustada a conta de perdas por imparidade. O montante da reversão

é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

Anulações de capital e juros

Periodicamente, a Caixa abate ao activo, por utilização da imparidade constituída, os

créditos considerados incobráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que

têm a seu cargo o acompanhamento e recuperação dos créditos, tendo o respectivo

abate que ser igualmente aprovado pelo Conselho de Administração.

Eventuais recuperações de créditos abatidos ao activo são reflectidas como

rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram.

De acordo com as políticas em vigor no GCA, os juros de créditos vencidos sem

garantia real são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da

primeira prestação em atraso. Os juros não registados, sobre os créditos acima

referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados.

Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com

outras garantias reais não são anulados. Não obstante, para os créditos com garantia

real e hipotecária com prestações de capital vencidas e não pagas há mais de seis e

doze meses, respectivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo é

interrompido.

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-107-

As recuperações de juros abatidos ao activo são igualmente reflectidos como

rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com

a NIC 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de

resultados, passivos financeiros detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento

variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de

venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de

negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na

rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação

com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos

financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de

rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por

registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros

ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor.

Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são

reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de

aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o

método da taxa de juro efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de

“Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com

este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no

exercício em que é deliberada a sua distribuição.

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-108-

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados

em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço.

Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é

estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de

avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros

futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de

desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros

com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados

utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e

dívida, que não sejam classificados como de negociação, designados ao justo

valor através de resultados, activos detidos até à maturidade ou como

empréstimos concedidos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com

excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo

justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem

registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo

valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo

valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade),

momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais

de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período,

enquanto que os ganhos ou perdas cambiais dos instrumentos de capital próprio

são reconhecidos directamente em reservas.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças

entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados

de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na

rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

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-109-

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em

resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este

critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício

em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não derivados

com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades fixadas, relativamente

aos quais a Caixa tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à

maturidade.

Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de

aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das

diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são

calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em

resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos concedidos e contas a receber

Nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de

crédito.

Os valores aqui registados respeitam a activos financeiros com pagamentos fixos

ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer

uma das restantes categorias de activos financeiros.

No reconhecimento inicial, estes activos são valorizados pelo justo valor,

deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos

os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção.

Subsequentemente, estes activos são valorizados ao custo amortizado, com base

no método da taxa de juro efectiva e sujeitos a testes de imparidade.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que

permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das

operações. A taxa efectiva é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros

estimados associados ao instrumento financeiro na data do seu reconhecimento

inicial.

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-110-

v) Operações de venda com acordo de recompra

Considera-se acordo de recompra um acordo para transferir um activo financeiro

para uma outra parte em troca de dinheiro ou de outra retribuição e uma

obrigação concorrente de adquirir o activo financeiro numa data futura por uma

quantia igual ao dinheiro, ou a outra retribuição trocada incluindo juros.

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde

estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de

liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos

juros, através do método da taxa de juro efectiva.

vi) Operações de compra com acordo de revenda

É considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição

compra um activo financeiro com o compromisso de revender esse activo a um

preço pré determinado e numa determinada data fixada ou em data a fixar.

Os activos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou

por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao

prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o custo de aquisição

registado como empréstimos a outras instituições de crédito. A diferença entre o

valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a

vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

vii) Outros passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma

obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de

dinheiro ou de outro activo financeiro independentemente da sua forma legal.

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de

crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao

justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de

transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

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-111-

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo

de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado

pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o

Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse

por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e

nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar

acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições,

com vista à defesa do SICAM.

viii) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros e outros

valores a receber, conforme referido acima.

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos

financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de

resultados.

Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência

objectiva de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor

significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de

valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou

de valor superior a 30%, respectivamente. Para títulos não cotados, é

considerado evidência objectiva de imparidade a existência de eventos com

impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde

que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das

perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é

revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante

da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

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-112-

No caso de activos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência

objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do

justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda

acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio

e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de

rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique

uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido

após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos

de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias

potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são

reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para

os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no seu

justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

ix) Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data

da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas

extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os

instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O

justo valor é apurado:

Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no

que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no

mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de

opções.

Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados

mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de

"Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados".

As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas "Activos

financeiros detidos para negociação" e "Passivos financeiros ao justo valor

através de resultados", respectivamente.

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-113-

A Caixa não possui em balanço instrumentos financeiros derivados de cobertura.

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são

tratados em separado do instrumento principal, sempre que: i) as suas

características económicas e os seus riscos não se encontrem relacionados com

as características económicas e riscos do instrumento principal; e ii) o

instrumento principal não se encontre mensurado ao justo valor através de

resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos, e contabilizados ao justo

valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados.

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros

derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo

com a NIC 39, incluindo:

Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos

registados ao justo valor através de resultados, tornando assim

desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem

coberturas eficazes ao abrigo da NIC 39;

Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados

apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas

rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de

resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas

“Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros

ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

g) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade

são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos

directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do

período de vida útil estimado do bem:

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-114-

Anos de

vida útil

Imóveis de serviço próprio 50

Despesas em edifícios arrendados 10

Equipamento informático e de escritório 4 a 10

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em

edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível

com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006

foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que

corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei,

decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a

40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite

como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos

diferidos passivos.

Activos intangíveis

A Caixa regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projectos

relativos a sistemas de informação implementados e em fase de implementação, bem

como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto

esperado se reflecte para além do exercício em que são realizados.

Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações

e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao

longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

h) Activos tangíveis disponíveis para venda

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-115-

A Caixa regista em “Activos não correntes detidos para venda” os imóveis,

equipamentos e outros bens recebidos em dação para pagamento de operações de

crédito vencido, quando estes se encontram disponíveis para venda imediata na sua

condição presente e existe a probabilidade de alienação dos mesmos no período de um

ano, sendo registados pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde

ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação. Os

imóveis são objecto de avaliações periódicas (pelo menos de 3 em 3 anos), que dão

lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas

avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram

contabilizados. Os activos tangíveis são registados nesta rubrica a partir do momento

da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação.

Encontram-se registados igualmente, nesta rubrica, os activos executados

judicialmente.

Em excepção ao enquadramento no parágrafo acima referido, os imóveis que

apresentem a existência de “ónus” impeditivo de venda, são enquadrados em “Outros

Activos”, de acordo com o mencionado no parágrafo 7 da IFRS 5 “Activos Não

Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas”:

“Para que este seja o caso, o activo (ou grupo para alienação) deve estar

disponível para venda imediata na sua condição presente sujeito apenas aos

termos que sejam habituais e costumeiros para vendas de tais activos (ou grupos

para alienação) e a sua venda deve ser altamente provável.”

A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.

i) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a garantias e

compromissos assumidos

j) Benefícios de empregados

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-116-

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector

bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de

reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão

inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões

relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos

face aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do

Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de

reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela

Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de

acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o

coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o

número total de anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no

Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a

natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestãoa cargo da Companhia CA Vida,

SA.

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são

abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a

partir das seguintes datas:

Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira,

considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões,

assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de

Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

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-117-

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é

posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta

última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior

à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a

considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e

diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma

por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma

por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes

efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante

diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou

feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração

do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é

estimada pela Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A. para cada entidade

contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de

financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões

em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades

com serviços passados de pessoal no activo.

k) Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no

activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço,

um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois e três meses da sua retribuição

mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente.

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-118-

A caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através

de cálculos actuariais pelo método “Projected Unit Credit”, Os pressupostos actuariais

(financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos

salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das

responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é igualmente determinada com

base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo

semelhante ao da liquidação das responsabilidades.

l) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído; Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no exercício a que se referem;

Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro

efectiva de um instrumento financeiro.

m) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no

Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos

correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere

do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de

custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão

considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em

períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre

o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação

do lucro tributável.

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-119-

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as

diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são

registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis

futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias

dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas

seguintes situações:

Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e

passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o

lucro tributável;

Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por

empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a

possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não

venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa

estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem

às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos

resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram

tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da

reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o

correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio,

não afectando o resultado do exercício.

n) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes

englobam os valores registados no balanço com maturidade inicial inferior a três

meses a contar da data de aquisição/contratação e não sujeitas a riscos de flutuação

de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras

instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de

natureza obrigatória realizados juntos de Bancos Centrais.

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3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras separadas da Caixa

são continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do

Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada

e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem

razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam

sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes

estimados.

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de

pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos,

assim como de passivos contingentes divulgados.

O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes:

Provisões e perdas por imparidade

A Caixa efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência

de imparidade.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por

imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo

inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação

das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu

recebimento.

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia

resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente

impacto nos resultados.

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Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na

ausência de cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos

calculados por terceiros através de modelos de valorização ou de acordo com metodologias de

valorização considerando essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto

significativo na valorização do instrumento.

Benefícios a empregados

As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas

utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à

mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste

sentido, estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas.

Activos por impostos diferidos

São reconhecidos activos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não utilizados, na medida

em que seja provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados

fiscais positivos. Para o efeito são efectuados julgamentos para determinação do montante de

impostos diferidos activos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais

futuros esperados de acordo com projecções económico-financeiras em condições de incerteza.

Caso estas estimativas não se concretizem, existe o risco de ajustamento no valor do activo por

impostos diferidos em exercícios futuros.

Avaliação de activos imobiliários

O serviço de avaliações é prestado por peritos independentes, registados na CMVM e com

qualificações, reconhecida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho

das respectivas funções.

Os procedimentos de avaliação pressupõem a recolha de informação rigorosa, quer de

documentação actualizada, quer numa inspecção do imóvel e zona envolvente, quer na análise

do mercado, transacções, relação oferta/procura e perspectivas de desenvolvimento. O

tratamento da informação permite a adopção de valores base para o cálculo, por aplicação dos

métodos e sua comparação.

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-122-

O valor de realização dos activos está dependente da evolução futura das condições do

mercado imobiliário.

4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Caixa:Moedas nacionais 276.641 205.525 Moedas estrangeiras 1.148 1.518

277.789 207.043

TOTAL 277.789 207.043

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central

Europeu, as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão

sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais

participantes. O valor das reservas mínimas a cumprir por cada instituição é determinado a

partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de incidência, a qual resulta do

somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço. Presentemente, o

coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos. As reservas

mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de

refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 401.283 440.742Cheques a cobrar 92.464 87.759Outras disponibilidades - -

493.747 528.501

Juros a Receber 17 6

TOTAL 493.764 528.507

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6. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não existe activos financeiros desta natureza.

7. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem activos financeiros desta natureza.

8. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

TítulosEmitidos por residentes

Instrumentos de dívida 307.573 330.791Instrumentos de capital 285 80Outros - -

Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida 691.788 605.878

TOTAL 999.646 936.749

Apresenta-se igualmente abaixo os movimentos do ano na reserva de justo valor em capitas

próprios:

31-dez-16 31-dez-17Reserva Aumentos Diminuições Outras Reserva

de JV de JV de JV variações de JV

Reservas de justo valor

Títulos emitidos por residentes- Instrumentos de dívida 714,13 0 -4815,65 -4101,52- Instrumentos de capital 0- Outros 16966 15899 32865

Títulos emitidos por não residentes- Instrumentos de dívida -25190,41 20162,73 -5027,68- Instrumentos de capital 0- Outros 0

TOTAL (7.510) 36.062 (4.816) - 23.736

Movimentos de 2017

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O detalhe dos títulos incluídos nesta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 é apresentado no

Anexo I.

9. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Aplicações em Instituições de Crédito no País:

No Banco de Portugal:

Mercado monetário interbancário - -

Depósitos 32.500.000 32.600.000

Empréstimos - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Outras aplicações - -

TOTAL 32.500.000 32.600.000

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais das aplicações em

instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 1.500.000 -

Entre três meses e um ano 31.000.000 32.600.000

Entre um ano e três anos - -

Entre três e cinco anos - -

Mais de cinco anos - -

32.500.000 32.600.000

Juros a receber 8.929 23.856

TOTAL 32.508.929 32.623.856

10. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Crédito internoMédio e longo prazos

Empréstimos à habitação bonificado 165.095 200.259 213.557Empréstimos à habitação regime geral 11.088.341 11.046.332 10.398.819Empréstimos com garantia real 7.354.225 7.030.435 8.051.678Empréstimos sem garantia real 4.370.454 1.976.551 2.207.021

Curto prazoOutros créditos

Cartão crédito 58.464 52.323 50.816Outros créditos 885.255 730.694 635.899

Créditos em conta correnteClientes 425.880 339.380 468.031Empresas do grupo - - -

Descobertos em depósitos à ordemEmpresas do grupo - - -Outros residentes 18.383 20.633 27.075

24.366.097 21.396.607 22.052.896Crédito ao exterior

Total crédito não vencido 24.366.097 21.396.607 22.052.896

Crédito e juros vencidosCrédito vencido 981.341 1.081.941 913.300Juros vencidos 5.874 23.796 15.788Total crédito e juros vencidos 987.215 1.105.737 929.088

25.353.312 22.502.344 22.981.984

Imparidades e ProvisõesPara crédito e juros vencidos (1.172.032) (600.630) (585.672)Para crédito de cobrança duvidosa - (407.694) (453.654)

(1.172.032) (1.008.324) (1.039.326)

TOTAL 24.181.280 21.494.020 21.942.658

Para fazer face aos riscos de recuperação da carteira de crédito concedido, a Caixa sujeita a

mesma a análise no âmbito do modelo de imparidade do GCA, conforme se explicou em

detalhe na nota 2.3 d) referentes às principais políticas contabilísticas seguidas pela Caixa.

Note-se que, por força da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal e, consequente,

revogação do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, a Caixa passou a registar imparidades de

acordo com a NIC 39 sobre a sua carteira de crédito, em vez de provisões para risco específico

de crédito e risco geral de crédito, credito cobrança duvidosa e crédito vencido conforme

sucedeu até 31 de Dezembro de 2016.

Porém, os montantes apresentados nas colunas de 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 do

quadro acima encontram-se ajustados de forma a reflectir a posição de Balanço naquelas datas

em conformidade com as NIC.

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-126-

Os ajustamentos realizados em cada data encontram-se apresentados em maior detalhe na

nota 2.2 referente à comparabilidade da informação.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos créditos a

clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 288.420 258.888Entre três meses e um ano 1.332.899 359.665Entre um ano e três anos 1.878.685 1.423.213Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos 20.681.276 19.452.254

TOTAL 24.181.280 21.494.020

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a composição de créditos a clientes

por sectores de actividade é a seguinte:

Vencido Não vencido Total Vencido Não vencido Total

Particulares: - -

Habitação - 11.253.436 11.253.436 - 11.246.591 11.246.591

Consumo - 502.727 502.727 - 412.337 412.337

Outros - 12.425.117 12.425.117 - 9.835.092 9.835.092

TOTAL 0 24.181.280 24.181.280 0 21.494.020 21.494.020

11. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Titulos detidos até à maturidade:Títulos emitidos por residentes

De dívida pública portuguesa 751.000 328.000Juros a receber 3.000 592

TOTAL 754.000 328.592

Em 31 de Dezembro de 2017, os investimentos financeiros a deter até à maturidade

encontram-se registados ao custo amortizado. Os juros inerentes aos activos financeiros e o

reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou

desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em

resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

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Relatório e Contas de 2017

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A carteira de investimentos detidos até à maturidade em 31 de Dezembro de 2017, tem os

seguintes prazos contratuais:

À vista Até 3 meses

De 3

meses a 5

anos

Mais de

5 anos

Indetermin

ado Total

Investimentos detidos

até à maturidade - 754.000 754.000

Prazos residuais contratuais

31 dez 2017 em milhares de euros

12. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Activos não correntes detidos para venda:Outros activos não correntes detidos para venda 127.500 121.000

127.500 121.000

127.500 121.000- -

TOTAL 127.500 121.000

O movimento desta rubrica nos exercícios de 2017 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 121.000 - 100.000 (93.500) - - - 127.500 - 127.500

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - - -

121.000 - 100.000 (93.500) - - - 127.500 - -

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 169.400 - 27.500 (77.700) 1.800 - - 119.200 1.800 121.000

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - - -

169.400 - 27.500 (77.700) 1.800 - - 119.200 1.800 1.800

31-dez-16 31-dez-17

31-dez-15 31-dez-16

Nos termos da Instrução nº 4/2016, de 21 de Março, a Caixa tem efectuado pedidos de

prorrogação do prazo de detenção e manutenção no seu património, de imóveis adquiridos em

reembolso de crédito.

13. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

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Relatório e Contas de 2017

-128-

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2017

e 2016 foi o seguinte:

Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 51.810 - - - - - - - - - - 51.810 - - 51.810

Edificios 552.119 (189.359) - - - - (11.547) - - - - - - - 351.213

Outros - - - - - - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - - - - - - - - -

Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

603.929 (189.359) - - - - (11.547) - - - - 51.810 - - 403.023

Equipamento:

Mobiliário e material 40.510 (40.415) - - - (44) - - - - 40.510 (40.415) (44) 51

Máquinas e ferramentas 33.412 (26.456) - - - - (2.522) - - - - 33.412 (26.456) (2.522) 4.435

Equipamento informático 88.187 (88.086) - 807 - - (199) - - - - 88.994 (88.086) (199) 709

Instalações interiores 32.138 (32.138) - - - - - - - - - 32.138 (32.138) - (0)

Material de transporte 34.700 (19.500) - - - - - - - - - 34.700 (19.500) - 15.200

Equipamento de segurança 80.576 (69.358) - - - - (1.993) - - - - 80.576 (69.358) (1.993) 9.225

Outro equipamento 23.479 (14.627) - - - - (2.458) - - - - 23.479 (14.627) (2.458) 6.394

333.003 (290.580) - 807 - - (7.216) - - - - 333.810 (290.580) (7.216) 36.013

Activos tangíveis em curso 14.022 - - 13.081 - - - - - - - - - - 27.103

950.954 (479.940) - 13.888 - - (18.763) - - - - 385.620 (290.580) (7.216) 466.139

31-dez-15 31-dez-16

Alienações e abatesRegularizações

Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 51.810 - - - - - - - - - - 51.810 - - 51.810

Edif icios 552.119 (189.359) - - - - (11.547) - - - - - - - 351.213

Outros - - - - - - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - - - - - - - - -

Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

603.929 (189.359) - - - - (11.547) - - - - 51.810 - - 403.023

Equipamento:

Mobiliário e material 40.510 (40.415) - - - - (44) - - - - 40.510 (40.415) (44) 51

Máquinas e ferramentas 33.412 (26.456) - - - - (2.522) - - - - 33.412 (26.456) (2.522) 4.434

Equipamento informático 88.187 (88.086) - 807 - - (199) - - - - 88.994 (88.086) (199) 709

Instalações interiores 32.138 (32.138) - - - - - - - - - 32.138 (32.138) - -

Material de transporte 34.700 (19.500) - - - - - - - - - 34.700 (19.500) - 15.200

Equipamento de segurança 80.576 (69.358) - - - - (1.993) - - - - 80.576 (69.358) (1.993) 9.225

Outro equipamento 23.479 (14.627) - - - - (2.458) - - - - 23.479 (14.627) (2.458) 6.394

333.002 (290.580) - 807 - - (7.216) - - - - 333.809 (290.580) (7.216) 36.013

Equipamento em locação f inanceira:

Imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - - - - - - -

Outros activos em locação f inanceira - - - - - - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

(…) - - - - - - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso 14.022 - 13.081 - - - - - - - - - - - 27.103

950.953 (479.939) 13.081 807 - - (18.763) - - - - 385.619 (290.580) (7.216) 466.139

31-dez-16 31-dez-17

Alienações e abatesRegularizações

14. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Não existem activos intangíveis desta natureza.

15. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a rubrica “investimentos em filiais”

tem a seguinte composição:

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Relatório e Contas de 2017

-129-

Participação Valor de Valor de

efectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-dez-17 31-dez-17 31-dez-16

Caixa Central Bancária Lisboa 0,257 946.445,00 890.390,00

Ca Informática Informática Lisboa 0,059 4.011,96 4.011,96

Fenacam Serviços Lisboa 0,01 50,00 50,00

Ca Seguros Seguros Lisboa 0,00 25,00 25,00

Ca Vida Seguros Lisboa 0,00 2.500,00 0,00

953.031,96 894.476,96

Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das

demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Empresa líquido líquida líquido

Caixa Central 8.778.164.087 239.610.499 8.205.708

Ca Informática 19.355.979 7.509.871 279.824

Fenacam 7.001.583 5.058.085 258.985

Ca Seguros 216.695.007 45.051.664 2.145.455

Ca vida 1.840.875.097 108.588.748 4.332.853

16. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2017,

1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 246.718 207.384 220.418

Por prejuízos fiscais reportáveis - - -

246.718 207.384 220.418

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 8.163 12.488 13.005

254.881 219.872 233.423

Activos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a recuperar - 26.484 -

- 26.484 -

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar 6.394 - 5.217

TOTAL 6.394 26.484 5.217

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Relatório e Contas de 2017

-130-

Em resultado da adopção das NIC em 2017, a Caixa apurou um impacto ao nível dos impostos

diferidos, tal como apresentado no ponto 2.2 relativo à comparabilidade das demonstrações

financeiras. Sobre este assunto remetemos para a mencionada nota deste anexo.

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2017 e 2016

foi o seguinte:

Saldo Adopção Variação Variação Variação Saldo

em das NIC em em Resultados em em

31-dez-16 (Aviso 5/2015) Resultados Transitados Reservas 31-dez-17

. Imparidade em activos tangíveis - - - - - -

. Imparidade em activos intangíveis - - - - - -

. Imparidades em crédito 207.384 - 39.333 - - 246.717

. Imparidade em participações financeiras - - - - - -

. Imparidade em ANCDV e outros activos - - - - - -

. Provisão para riscos gerais bancários - - - - - -

. Provisão para outros riscos e encargos - - - - - -

. Benefícios aos empregados

Reformas antecipadas - - - - - -

Contribuição efectuada - - - - - -

Prémio de antiguidade 10.810 - (1.971) - - 8.839

Encargos com saúde 1.679 - - - - 1.679

. Reavaliação de AFT não aceite fiscalmente - - - - - -

. Reserva de justo valor de IFD - - - - - -

. Reserva de justo valor de AFDV - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

Provisão para garantias e compromissos assumidos (off balance) (2.354) (2.354)

219.873 - 35.008 - - 254.881

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal,

medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de

impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-dez-17 30-jun-16

Impostos correntes 94.682 100.448

Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias (39.333) -Prejuízos fiscais reportáveis 4.325 13.551

(35.008) 13.551

Total de impostos reconhecidos em resultados 59.674 113.999

Lucro antes de impostos 378.910 439.151

Carga fiscal 15,75% 25,96%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção

por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, regra geral, durante um período de 4 anos.

Deste modo, os exercícios de 2014 a 2017 encontram-se ainda abertos para inspecção,

podendo ser alvo de liquidações adicionais por parte daquela entidade.

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Relatório e Contas de 2017

-131-

Contudo, entende a Administração da Caixa que não é previsível que ocorram correcções com

impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto a 31 de Dezembro de 2017 e

2016 pode ser demonstrada como segue:

Resultado antes de impostos 319.237 377.532

Imposto apurado com base na taxa geral de IRC 21% 67.040 21% 79.282

Imposto apurado com base na taxa de derrama municipal 0,0% - 0,0% -

Imposto apurado com base nas taxas de derrama estadual (3% - 7%)

67.040 79.282

Gastos relativas a exercícios anteriores 0,00% - 0,00% -

Imparidades não dedutíveis ou acima dos limites legais 72,41% 231.168 9,93% 37.485

IRC e Insuficiência de estimativa de impostos 6,23% 19.883 5,59% 21.094

Insuficiência de Estimativa (1,41%) (4.501) 0,07% 258

Reintegrações não aceites como custos 0,03% 89 0,02% 89

Contribuição sobre o sector bancário 0,39% 1.248 0,25% 945

Outras diferenças permanentes (69,11%) (220.629) -13,15% (49.650)

Outros encargos não dedutíveis 0,00% - 0,00% -

Eliminação da dupla tributação económica 0,00% - 0,00% -

Donativos não previstos 0,02% 53 0,00% -

Outros valores dedutíveis (Impostos Diferidos) (2,30%) (7.352) 0,00% -

Derramas municipal e estadual 2,05% 6.536 1,74% 6.587

Tributações autónomas 0,30% 957 0,38% 1.446

Benefícios fiscais Artº 12º EFC 0,00% - -0,03% (126)

Imposto corrente sobre o lucro do exercício 94.492 97.410

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 0,00% - 0,75% 2.846

Custo com imposto do exercício 29,60% 94.492 26,56% 100.256

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 190 192

Impostos correntes sobre os lucros 94.682 100.448

17. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Outros activosBonificações a receber 45 81Outros devedores diversos 145.589 104.277Devedores e Outras Aolicações 1.176 1.176

146.810 105.534Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões 1.768 846 - -

1.768 846Valores a regularizarOperações activas a regularizar 292 414Outras 60.706 100.572

60.998 100.986

TOTAL 209.576 207.366

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Relatório e Contas de 2017

-132-

18. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Não existem recursos desta natureza.

19. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem recursos desta natureza.

20. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Recursos de instituições de crédito no paísDepósitos 2.271.638 2.303.089

Outros recursos 169 2782.271.807 2.303.367

- -

TOTAL 2.271.807 2.303.367

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos recursos de

outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 2.271.807 2.303.367Entre três meses e um ano - -Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

TOTAL 2.271.807 2.303.367

21. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Depósitos À ordem 18.676.740 16.454.500A prazo 14.192.206 14.111.941De poupança 15.713.779 15.327.223

Juros a pagar 20.252 32.017

TOTAL 48.602.977 45.925.681

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais dos recursos de

clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

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Relatório e Contas de 2017

-133-

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 30.364.569 27.585.624

Entre três meses e um ano 17.552.513 17.335.311

Entre um ano e três anos 564.877 911.019

Entre três e cinco anos - -

Mais de cinco anos 121.018 93.727

TOTAL 48.602.977 45.925.681

22. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Não existe operações desta natureza

23. PROVISÕES E IMPARIDADES

O movimento ocorrido nas provisões e imparidades da Caixa durante os exercícios de 2017 e

2016 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em

31-dez-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-17

Imparidade para crédito a clientes e aplicações 1.148.016 1.005.930 (981.914) - - 1.172.032

em instituições de crédito

Imparidade em AFDV

- Intrumentos de dívida - - - - - -

- Intrumentos de capital - - - - - -

- Outros títulos - - - - - -

- - - - - -

Imparidade em investimentos em filiais e associadas - - - - - -

Imparidade em AFT e AI - - - - - -

Imparidade em ANCDV - - - - - -

Imparidade em outros activos - - - - - -

Imparidade para garantias e compromissos assumidos 6.022 18.764 (14.686) - - 10.100

Provisões:

- Riscos bancários gerais - - - - - -

- Outros riscos e encargos - - - - - -

- Outras provisões - - - - - -

- - - - - -

1.154.038 1.024.694 (996.600) - - 1.182.132

Saldos em Reposições e Saldos em

1-jan-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-16

Imparidade para crédito a clientes e aplicações 1.193.613 217.732 (261.529) (1.800) - 1.148.016

em instituições de crédito (Notas 8 e 9)

Imparidade em AFDV (Nota 7)

- Intrumentos de dívida - - - - - -

- Intrumentos de capital - - - - - -

- Outros títulos - - - - - -

- - - - - -

Imparidade em investimentos em filiais e associadas (Nota 17) - - - - - -

Imparidade em AFT e AI (Nota 15 e 16) - - - - - -

Imparidade em ANCDV (Nota 13) - - - - - -

Imparidade em outros activos (Nota 19) - - - - - -

Imparidade para garantias e compromissos assumidos - 6.022 - - - 6.022

Provisões:

- Riscos bancários gerais - - - - - -

- Outros riscos e encargos - - - - - -

- Outras provisões - - - - - -

No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em

resultado da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adoptou com efeitos

a 1 de Janeiro de 2017 as NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC

39, contrariamente ao que sucedia até 31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um

modelo de provisionamento do crédito nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

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Relatório e Contas de 2017

-134-

Os impactos contabilísticos resultantes da adopção do novo normativo contabilístico

encontram-se devidamente apresentados e explicados na nota 2.2 relativa à comparabilidade

da informação.

24. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

Não existe instrumentos desta natureza.

25. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Não existe instrumentos desta natureza.

26. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Credores e outros recursos

Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 18.692 17.180

Contribuições para a Segurança Social 9.512 7.896

Imposto sobre o Valor Acrescentado 515 508

Cobranças por conta de terceiros 265 285

Contribuições para outros sistemas de saúde 1.595 1.532

Credores diversos 27.820 15.242

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões 423 316

Outros credores 7.077 3.732

Encargos a pagar

Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 48.533 50.963

Prémio de antiguidade 47.943 56.702

Outros - -

Por gastos gerais administrativos - 5.148

Outros 923 923

Receitas com rendimento diferido

Comissões sobre garantias prestadas 1.152 436

Outras 9.824

De compromissos irrevogaveis 3.073

Valores a regularizar

Outras operações a regularizar 44.491 57.688

TOTAL 212.014 218.551

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Relatório e Contas de 2017

-135-

27. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se

registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-dez-17 31-dez-16

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados 194.013 160.791

Garantias pessoais recebidas 42.296.034 40.816.118

Garantias reias recebidas 37.282.696 32.621.334

Compromissos perante terceiros

Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 1.979.489 2.192.630

Compromissos revogáveis 334.282 233.300

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 38.574 11.545

Outras 233.836 256.200

TOTAL 82.358.924 76.291.918

28. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos

com um valor unitário de 5 euros.

Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Credito Agrícola

Mutuo e das Cooperativas de Credito Agrícola Mutuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido

por amortização dos títulos de capital nos casos de redução da participação do Associado,

exoneração do Associado, exclusão do Associado ou falecimento de um Associado desde que os

seus sucessores não queiram ou não possam associar-se.

A redução da participação do Associado só e permitida ate ao limite mínimo estabelecido nos

estatutos ou deliberado em Assembleia-geral.

29. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO

EXERCÍCIO

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Relatório e Contas de 2017

-136-

Em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e

resultados transitados têm a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para venda -9156 -24476

Reservas de reavaliação - Fundo de Pensões ganhos actuariais 32865

De activos financeiros disponíveis para venda 27 26966 2322023.736 2.490 23.220

Outros instrumentos de capital

Reserva legal 1.549.896 1.474.387 1.387.973

Outras reservas 72.050 63.000 53.425

Resultados transitados (3.474) (3.468) 1.621.946 1.533.913 1.437.930

Lucro do exercício 319.237 377.532 432.057

TOTAL 1.964.919 1.913.935 1.893.207

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, a Caixa

constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres

constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para

esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o

referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o

capital.

Em 2017 foi ainda registado em outras reservas o impacto da adopção das NIC. O detalhe deste

impacto encontra-se apresentado na nota 2.2 relativa à comparabilidade das demonstrações

financeiras.

30. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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Relatório e Contas de 2017

-137-

31-dez-17 31-dez-16

Juros de disponibilidades em bancos centraisJuros de disponibilidades em outras instituições de crédito 197 267

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 197 267Juros de aplicações em instituições de crédito 127.343 203.939

Aplicações em instituições de crédito no país 127.343 203.939Juros de crédito a clientes 656.180 723.198

Crédito não representado por valores mobiliários 656.180 723.198Crédito interno 648.890 344.176

Empresas e administrações públicas 330.606 344.176Desconto e outros créditos titulados por efeitos - 468Empréstimos 305.143 313.314Créditos em conta corrente 16.505 20.385Descobertos em depósitos à ordem 7.955 9.935Outros créditos - 73

Particulares 357.081 375.026Habitação 163.491 163.639

Outros créditos 163.491 163.639Consumo 72.197 71.306

Outros créditos 721.967 71.306Outras finalidades 121.393 140.082

Empréstimos 105.047 123.191Créditos em conta corrente 14.910 16.585Descobertos em depósitos à ordem 1.436 316

TOTAL 776.429 923.408

31-dez-17 30-jun-16Crédito externo

Particulares 7.290 3.996 7904011 Habitação 7.290 3.989

Outros créditos - 3.989 790401108 Consumo

Outros créditos e valores a receber (titulados) 12.118 790480 Emitidos por residentes 712 -

Divida Publica Portuguesa 5.232Divida Publica Estrangeira 6.174

Juros de investimentos detidos até à maturidade 10.117 7906600 Títulos de dívida emitidos por residentes 10.117 -

Outros juros e rendimentos similares 10.235 20.05639.760 - 24.052

TOTAL GERAL 816.189 947.460

31. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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Relatório e Contas de 2017

-138-

31-dez-17 30-jun-16

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 3.916 4.347

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 60.996 114.376Outros juros e encargos similares 6.177 744

TOTAL 71.090 119.467

32. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país

Investimentos em associadas 3 13TOTAL 3 13

33. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Por garantias prestadas

Garantias e avales 3.442 4.0873.442 4.087

Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos revogáveis 16.694 13.21416.694 13.214

Por serviços prestados

Cobrança de valores 259 479

Transferência de valores 5.479 5.470

Gestão de cartões 40 70

Anuidades 20.413 17.963

Outras operações de crédito 74.451 69.977

Outros serviços prestados 265.411 202.924366.053 296.883

Por operações realizadas por conta de terceiros

Outras comissões recebidas 76.793 78.652

TOTAL 462.981 392.836

34. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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Relatório e Contas de 2017

-139-

31-dez-17 31-dez-16

Por serviços bancários prestados por terceirosDepósito e guarda de valores 1.568 116Cobrança de valores 7.224 8.474Administração de valores 1.783 -Outros 22.640 21.783

TOTAL 33.215 30.373

35. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Ganhos Perdas Líquido Ganhos Perdas Líquido

Activos

Activos financeiros detidos para negociação - (1.072) (1.072) - - -

Derivados de Cobertura - - - - - -

Outras activos ao justo valor através de resultados - - - - - -

- (1.072) (1.072) - - -

31-dez-17 31-dez-16

36. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

TítulosInstrumentos de dívida 27.298 -

Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida 30.681 -

TOTAL 57.979 -

37. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Operações cambiais à vista (119) 72Operações cambiais a prazo - -

TOTAL (119) 72

38. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro, CRL

Relatório e Contas de 2017

-140-

31-dez-17 31-dez-16

Resultados em activos não financeirosAlienação activos não correntes detidos para venda 2.810 4.100

TOTAL 2.810 4.100

39. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Outros rendimentos de exploraçãoReembolso de despesas 85 1.472

Recuperação de créditos incobráveis 304 -Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 30.161 24.222

Rendimentos da prestação de serviços diversos 37.688 38.254Outros 12.183 5.872

80.421 69.820

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (2.750) (4.000)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (499) (385)Outros encargos e gastos operacionais (22.525) (7.676)Outros Impostos (6.793) (7.998)

(25.774) (5.288)(25.347)

TOTAL 47.854 - 44.473

40. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Salários e vencimentos

Órgãos de Gestão e Fiscalização 118.550 85.500

Empregados 306.728 272.323

Encargos sociais obrigatórios

Fundos de Pensões 1.371 1.230

Encargos relativos a remunerações:

Segurança Social 85.935 70.837

SAMS 16.205 16.121

Outros encargos sociais obrigatórios:

Outros 3.253 3.090

Outros custos com pessoal:

Outros 1.448 1.352

TOTAL 533.490 450.453

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Relatório e Contas de 2017

-141-

O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 apresenta a

seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Direcção 3 3

Chefias e gerência 3 3

Quadros técnicos 3 3

Administrativos 5 5

41. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 13.574 13.353Material de consumo corrente 3.362 4.160Publicações 252 451Material de higiene e limpeza 37 10Outros fornecimentos de terceiros 335 3.920

17.560 21.894Com serviços:

Rendas e alugueres 2.946 5.334Comunicações 33.486 31.610Deslocações, estadas e representação 7.290 16.153Publicidade e edição de publicações 10.783 11.962Conservação e reparação 5.448 11.286Transportes 5.007 5.013Formação de pessoal 917 4.198Seguros 14.619 11.512Serviços especializados:

Avenças e honorários 12.888 651Judiciais contencioso e notariado 6.538 4.581Informática 91.592 91.855Segurança e vigilância - -Limpeza 11.608 11.144Informações - -Bancos de dados 86 -Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - -Consultores e auditores externos 37.501 18.906Tratamento de valores - -Avaliadores externos 9.959 7.137SIBS 9.953 10.996

Outros serviços de terceiros 44.880 51.882

305.501 294.220

TOTAL 323.061 316.114

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Relatório e Contas de 2017

-142-

O valor registado a 31 de Dezembro de 2017 respeitantes aos honorários a facturar pela

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas ascende a 11.070,00 €.

42. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 17), a Caixa consolida com as Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

No quadro abaixo apresentamos os saldos e transacções, bem como as responsabilidades

extrapatrimoniais, entre a Caixa e entidades relacionadas, com referência a 31 de Dezembro de

2017 e ao período comparativo de 31 de Dezembro de 2016.

Associadas ColigadasCaixa

CentralTotal Associadas Coligadas

Caixa

CentralTotal

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 493.747 493.747 - - 528.500 528.500

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -

Aplicações em instituições de crédito - - 32.500.000 32.500.000 - - 32.800.000 32.800.000

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos - - - - - - - -

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - 2.271.638 2.271.638 - - 2.303.089 2.303.089

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos - - - - - - - -

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -

Associadas ColigadasCaixa

CentralTotal Associadas Coligadas

Caixa

CentralTotal

Custos:

Juros e encargos similares - - 3.916 3.916 - - 4.347 4.347

Encargos com serviços e comissões - - 18.046 18.046 - - 469 469

Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos - - 182.431 182.431 - - 173.428 173.428

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 130.099 130.099 - - 204.205 204.205

Rendimentos de instrumentos de capital - - - - - - - -

Rendimentos de serviços e comissões - - 343.876 343.876 - - 182.485 182.485

31-dez-17 31-dez-16

31-dez-17 31-dez-16

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de

mercado nas respectivas datas.

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Relatório e Contas de 2017

-143-

43. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a

empregados no activo e a reformados e pensionistas, foram efectuados estudos actuariais pela

Companhia Crédito Agrícola Vida, S.A.

Em resultado das alterações introduzidas à NIC 19 – Benefícios aos Empregados (passando a

designar-se NIC 19R), as quais entraram em vigor a 1 de Janeiro de 2013, as remensurações,

anteriormente denominadas desvios actuariais, passaram a ser reconhecidas em capitais

próprios, como “outro rendimento integral”.

A 31 de Dezembro de 2017, encontra-se registada em capitais próprios uma reserva de

reavaliação correspondente às remensurações acumuladas de 32.892,00 €.

Com as alterações à NIC 19R, passou a ser aplicada uma taxa única às responsabilidades e aos

activos do plano, sendo que o impacto em resultados do fundo de pensões passou a

corresponder apenas ao custo corrente e aos gastos líquidos de juros. O impacto em resultados

encontra-se registado na rubrica de “Custos com pessoal”, ascendendo a 31 de Dezembro de

2017 a 1.371,00 €, conforme se detalha abaixo:

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de

Dezembro de 2016 foram os seguintes:

31/12/2017 31/12/2016 Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 Idade normal de reforma (**) (**) Método de financiamento atuarial “Projected Unit

Credit” “Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros: Taxa de desconto (*)

)

(*)

) Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social: - de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40% - de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 2,30% 2,70%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,10% 2,30%

Pré-reformados, reformados e pensionistas : 1,75% 2,00%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

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-144-

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os participantes de planos de pensões

financiados pelo fundo são os seguintes:

31-12-2017

F.2016 Valor atual das Responsabilidades por serviços passados 119.452

F.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 100.799

F.2. Com licenças sem vencimento 18.653

F.3. Com pré-reformados 0

F.4. Com pensões em pagamento 0

01-01-2007

Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 1.928

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 14.765

A.2.1. Tábua de mortalidade 761

A.2.2. Pressupostos financeiros 14.004

A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 16.693

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 2.270

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 14.423

01-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 35.658

B.2. Com licenças sem vencimento -

B.3. Com pré-reformados -

B.4. Com pensões em pagamento -

B. Total 35.658

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Relatório e Contas de 2017

-145-

01-01-2007

Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 32.057

C.2. Com licenças sem vencimento -

C. Total 32.057

O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral

dos fundos de pensões relativamente às responsabilidades com pensões em pagamento e de

um nível mínimo de financiamento de 95% em relação às responsabilidades com serviços

passados de pessoal no activo.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os custos com pensões têm a seguinte

composição:

A.4.2015 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 121.964

H.1 (+) Contribuições efetuadas 4.973

H.1.1 Pela CCAM TERRAS DE MIRANDA DO DOURO 0

H.1.2 Pelos empregados 4.973

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 3.021

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 4.659

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 4.532

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 0

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 0

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 0

H.7.2016 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2017

128.831

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2017

(H.7.2017 – A.4.2016) 6.867

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-146-

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, as remensurações têm a seguinte

composição:

F.2016 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2016 127.113

G.1. (+) Custo do serviço corrente 6.157

G.1.1. Custo do serviço corrente da Entidade 1.184

H.1.2. Contribuições para o Fundo efetuadas pelos empregados 4.973

G.2. (+) Custo dos juros 3.016

G.4.1. (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades -16.835

G.5. (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0

H.5. (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 0

H.5.1. Por reformas antecipadas 0

H.5.2. Outros 0

H.6. (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 0

F.2016 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2016 119.452

K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2017 – F.2016) -7.661

De acordo com a Carta Circular do Banco de Portugal nº 106/08/DSBDR de 18 de Dezembro, a

partir do exercício de 2008, o custo com o serviço corrente e o juro liquido, passaram a ser

registados na rubrica "Custos com pessoal".

O movimento ocorrido no valor das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de

Dezembro de 2016 foi o seguinte:

F.2017 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 119.452

I.1. Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2015 (Aviso 7/2008) * 0

I.2. Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 113.479

I.3. Nível de cobertura (Aviso12/2001) (%) 114

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na

adpção da IAS 19.

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RI.2016 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2016 16.966

RI.ano Ganhos e perdas actuariais gerados em 2017 – Ganhos e perdas actuariais 15.899

RI.2017 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2017

44. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Risco de Mercado

O risco de mercado reflecte o potencial de perdas eventuais resultantes de uma alteração

adversa do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação,

nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias,

spreads de crédito ou outras variáveis equivalentes.

As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira, incluem

limites de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez,

rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas

admissíveis.

De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se

implementada uma política de segregação de funções entre a execução das operações de

mercado e o controlo do risco incorrido a cada momento decorrente das mesmas.

Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como

pelos responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos

autorizados.

Risco Cambial

O risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que

existem “posições abertas” nessas mesmas moedas.

A Caixa apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efectivamente, o perfil definido

para o risco cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura

seguida.

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-148-

Risco de Taxa de Juro

A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade,

contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das

taxas de juro.

O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:

diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos

extrapatrimoniais (risco de repricing);

alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);

variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas

patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e

existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

Risco de Liquidez

O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu activo

satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.

Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política

conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades

claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde

são centralmente aplicados em activos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente

obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições

de Crédito de referência, nacionais ou internacionais.

O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída

de forma equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 675 balcões e numa base de

funding dispersa, estável e com elevada permanência.

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-149-

Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente

tidos em conta e acompanhados os seguintes aspectos:

Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a

desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira

diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de

impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho

e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais.

Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à

posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de

financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente

testadas;

Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões

de permanência dos recursos projectados.

Manutenção de uma almofada de activos com liquidez imediata para fazer face a um

qualquer aumento inesperado de saídas de caixa.

Risco de Crédito

As actividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a

Caixa para uma gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado,

através de um conjunto significativo de iniciativas que compreendem uma forte articulação com

a vertente tecnológica e exigem o desenvolvimento de competências internas específicas, bem

como assegurar o necessário enquadramento com os exigentes desafios de carácter

regulamentar vigentes.

Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa dispõe de um modelo heurístico de rating associado

a um processo de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das

empresas e de modelos de scoring de aceitação associados ao processo de concessão de crédito

a clientes particulares. Deste modo, o Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a

melhorar a sua capacidade de gestão do risco, com base na adopção de metodologias que

permitem obter uma visão mais exacta do perfil de risco da sua carteira.

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-150-

Justo valor de activos e passivos financeiros

Como previsto na norma IFRS 13 e para efeitos de apresentação, os instrumentos financeiros

registados em balanço ao justo valor são classificados com a seguinte hierarquia:

Nível 1 – Cotações em mercado activo

Neste nível englobam-se os instrumentos financeiros valorizados com base em preços de

mercados activos (bids executáveis) divulgados através de plataformas de negociação.

Nível 2 – Técnicas de valorização baseadas em dados de mercado

Neste nível são considerados os instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos

internos que utilizam dados observáveis no mercado, nomeadamente curvas de taxas de juro

ou taxas de câmbio.

Nível 3 – Técnicas de valorização utilizando inputs não baseados em dados observáveis em

mercado

Englobam-se neste nível os instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias

de valorização internas considerando essencialmente inputs não observáveis em mercado e

com impacto significativo na valorização do instrumento ou valorizados com base em bids

indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização.

45. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro, CRL está inscrita na

Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de

Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006,

de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as

Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros –

Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da

actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida –

Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o

Ramo Vida e Fundos de Pensões.

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-151-

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de

seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa

no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues aos seus Balcões.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a

CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos

de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas

Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na

Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores

de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão

reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas

pela Caixa nos últimos 3 anos (valores em euros):

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro, CRL não efectua a cobrança

de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de

fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo,

rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela

Caixa.

Origem

Seguradora

2015

2016

2017

% por Origem

2017

Ramos Não Vida

CA Seguros

104.831,02

89.638,31

157.887,58

72,2%

Ramo Vida

CA Vida

86.422,17

66.524,53

52.276.13

23,9%

Fundos de Pensões

CA Vida

4.198,03

5.486,95

8.473,57

3,9%

Total 195.451,22 161.649.79 218.637,28 100,0%

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-152-

46. RÁCIOS PRUDENCIAIS

A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada

através do rácio Common Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III. Durante o

ano de 2014 encontrou-se em vigor um regime transitório que permite o cálculo do rácio CET1

na forma de implementação “phase in”.

No final de 2016, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (Common Equity Tier 1)

situou-se nos 9.096.556 €, situando-se nos 9.797.860 € a 31 de Dezembro de 2017. Por seu

lado, o rácio de capital total situou-se nos 59,71 %, cumprindo os requisitos mínimos

estabelecidos pelo regulador.

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Terras de Miranda do Douro

Em euros 2014 2015 2016 2017 Δ 16/17

Fundos Próprios totais 7.917.135 8.623.344 9.096.556 9.797.860 7,7%

Common equity tier 1* 7.769.668 8.470.858 9.096.556 9.797.860 ---

Tier 1*

7.769.668 8.470.858 9.096.556 9.797.860 7,7%

Tier 2

147.467 152.486 0 0 #DIV/0!

Posição em risco de activos e equivalentes 50.365.952 53.551.435 59.016.976 65.404.611 10,8%

Requisitos de fundos próprios 15.450.558 15.539.192 15.269.990 16.407.836 7,5%

Crédito

12.665.355 12.806.521 12.660.679 13.886.622 9,7%

Operacional

2.785.203 2.732.671 2.609.310 2.521.214 -3,4%

CVA

--- --- --- 0 ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* --- --- --- --- ---

Tier 1 * 50,29% 54,51% 59,57% 59,71% 0,1 P.P

Tier 2 0,95% 0,98% 0,00% 0,00% 0,0 P.P

Total* 51,24% 55,49% 59,57% 59,71% 0,1 P.P

* Incorporando o resultado líquido do exercício.

(a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

47. EVENTOS SUBSEQUENTES

Tendo em conta o disposto na IAS 10, até à data de autorização para emissão destas

demonstrações financeiras, não foram identificados eventos subsequentes que impliquem

ajustamentos ou divulgações adicionais.

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-153-

31-dez-16

(Pro-forma)

1-jan-16

(Pro-forma)

ACTIVO NotasActivo

Bruto

Provisões,

Imparidades e

amortizações

Activo

Líquido

Activo

Líquido

Activo

Líquido

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4 277.789 277.789 207.043 182.676

Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 493.764 493.764 528.507 402.564

Activos financeiros detidos para negociação 6 - -

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 7 - -

Activos financeiros disponíveis para venda 8 999.646 - 999.646 936.749 -

Aplicações em instituições de crédito 9 32.508.929 32.508.929 32.623.856 28.477.680

Crédito a clientes 10 25.353.313 (1.172.032) 24.181.280 21.494.020 21.943.833

Investimentos detidos até à maturidade 11 754.000 754.000 328.592

Activos não correntes detidos para venda 12 127.500 127.500 121.000 169.400

Outros activos tangíveis 13 964841 (498.702) 466.139 471013,56 483.963

Activos intangíveis 14 -

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 15 953032 953.032 894477 817.192

Activos por impostos correntes 16 - 26484

Activos por impostos diferidos 16 254880,57 254.881 219872 233423

Outros activos 17 209131,15 209.131 206190 275631

Total do Activo 62.896.827 (1.670.735) 61.226.092 58.057.803 52.986.362

PASSIVO E CAPITAL Notas 31-dez-1731-dez-16

(Pro-forma)

1-jan-16

(Pro-forma)

Recursos de bancos centrais 18

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 19

Recursos de outras instituições de crédito 20 2.271.807 2.303.367 1.891.776

Recursos de clientes e outros empréstimos 21 48.602.978 45.925.681 41.802.428

Responsabilidades representadas por títulos 22

Provisões 23 10.100 145.714 152.486

Passivos por impostos correntes 16 6.394 5.217

Passivos por impostos diferidos 16 -

Instrumentos representativos de capital 24

Outros passivos subordinados 25

Outros passivos 26 212.014 218.551 230.533

Total do Passivo 51.103.293 48.593.313 44.082.440

Capital 28 8.157.880 7.560.555 7.010.715

Prémios de emissão 28

Outros instrumentos de capital 29

Reservas de reavaliação 29 23.736 (7.510) 23.220

Outras reservas e resultados transitados 29 1.621.946 1.533.913 1.437.930

Lucro do exercício 319.237 377.532 432.057

Dividendos antecipados

Total dos Capitais Próprios 10.122.799 9.464.490 8.903.922

Total do Passivo e dos Capitais Próprios 61.226.092 58.057.803 52.986.362

31-dez-17

BALANÇO INDIVIDUAL

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017, 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (PRO-FORMA) E 1 DE JANEIRO DE 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

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DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL INDIVIDUAL

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31-dez-1731-dez-16

(Pro-forma )

Juros e rendimentos similares 30 816.189 947.460

Juros e encargos similares 31 (71.090) (119.467)

Margem financeira 745.099 827.993

Rendimentos de instrumentos de capital 32 3 13

Rendimentos de serviços e comissões 33 462.981 392.836

Encargos com serviços e comissões 34 (33.215) (30.373)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 35 (1.072) -

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 36 57.979 -

Resultados de reavaliação cambial 37 (119) 72

Resultados de alienação de outros activos 38 2.810 4.100

Outros resultados de exploração 39 47.854 44.473

Produto bancário 1.282.319 1.239.113

Custos com pessoal 40 (533.490) (450.453)

Gastos gerais administrativos 41 (323.061) (316.113)

Amortizações do exercício 13/14 (18.763) (18.790)

Provisões líquidas de reposições e anulações 23 (4.079) 6.771

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 23 (24.016) 31.002

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 23

Resultado antes de impostos 378.910 491.530

Impostos

correntes 16 (94.681) (100.448)

diferidos 16 35.008 (13.550)

Resultado líquido do exercício 319.237 377.532

Outro rendimento integral do exercício depois de impostos

Reserva de justo valor

Impostos

Ganhos/(Perdas) actuariais do período

Impostos

Rendimento reconhecido directamente no capital próprio - -

Total do rendimento integral do período 319.237 377.532

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-155-

Proposta de Aplicação de Resultados

A Caixa Agrícola, apesar da diminuição da margem financeira e do aumento dos custos com pessoal

e gastos gerais administrativos, conseguiu apresentar um resultado do exercício bastante

significativo, e que no ano de 2017, ascendeu ao montante de 319.237,34 euros.

Este resultado proporciona a remuneração do capital subscrito e realizado pelos sócios, com

montante igual ou superior a 500 euros. No final de 2016, os associados detinham 3.724.685 euros

de capital social. Propomos que a Caixa suporte uma remuneração equivalente a 0,75%, da qual

resulta um rendimento de 26.912,71 euros, a ser distribuído pelos sócios que reúnam as condições

referidas, após aprovação do Banco de Portugal.

Conforme determinam os artigos 33.º e 34.º dos Estatutos, propomos que o resultado do exercício,

no montante de 319.237,34 euros seja distribuído da seguinte forma:

Proposta de Aplicação de Resultados, em Euros

Rubrica2016 2017

Reserva Legal 75.509,02 63.849,63

Resultados Transitados / Impacto adopção das NCA´s 3.474,00 0,00

Reserva Especial 265.355,00 220.025,00

Reserva para Educação e Formação Cooperativa 3.800,00 3.200,00

Reserva para Mutualismo 250,00 250,00

Reserva para Remuneração dos Títulos de Capital 5.000,00 5.000,00

Distribuição de Rendimentos de Títulos de Capital 24.144,12 26.912,71

Total 377.532,14 319.237,34

Nos termos da alínea d) do n.º 2 do artigo 8.º dos Estatutos, propomos que, da reserva especial, seja

transferido para capital social, a quantia de 220.025 euros, correspondente a 44.005 títulos de

capital, a atribuir à própria Caixa.

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Fundos Próprios

Euros

Fundos Próprios de Base 2017

Após

Distribuição

Resultados

Capital Social 8.157.880,00 8.377.905,00

Reserva Legal 1.549.896,32 1.613.745,95

Reserva para Educação e Formação Cooperativa 28.800,00 32.000,00

Reserva para Mutualismo 3.250,00 3.500,00

Reserva para Remuneração de Títulos de Capital 40.000,00 45.000,00

Reserva de Reavaliação 23.735,80 23.735,80

Reserva de Reavaliação de Dívida Pública Portuguesa 0,00 0,00

Deduções

0,00 0,00

-9.379,28 -9.379,28

3.677,03 3.677,03

9.797.859,87 10.090.184,50

Fundos Próprios Complementares

Provisões para Riscos Gerais de Crédito 0,07 0,07

0,07 0,07

3 - PARTICIPAÇÕES EM SEGURADORAS 0,00 0,00

9.797.859,94 10.090.184,57

1 - TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS DE BASE ELEGÍVEIS

TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS ELEGÍVEIS (1+2-3)

2 - TOTAL DOS FUNDOS COMPLEMENTARES ELEGÍVEIS

Resultados transitados de exercícios anteriores

Outros ajustamentos de transição capital

Contribuições para Fundo de Pensões ainda não relevados como custo

Palaçoulo, 27 de Fevereiro de 2018.

O Conselho de Administração,

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Parecer do Conselho Fiscal

Aos treze dias do mês de Março de dois mil e dezoito, pelas 18:45 horas, na sede da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro, C.R.L., sita na rua da indústria, em Palaçoulo,

reuniu, em cumprimento das disposições legais e estatutárias, o Conselho Fiscal da Entidade,

constituído pelo seu Presidente, Alberto Afonso Martins, residente em Palaçoulo e pelos seus vogais,

António Afonso Pimentel, residente em Miranda do Douro, e Paulo José Trigo Teixeira, residente em

Vilar Seco, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

PONTO ÚNICO: Emitir parecer sobre o RELATÓRIO ANUAL E AS CONTAS referentes ao exercício de

dois mil e dezassete.

Depois de adequada apreciação ao documento produzido pelo Conselho de Administração, foi

deliberado, por unanimidade, emitir o seguinte parecer:

1. O relatório apresentado pelo Conselho de Administração descreve, de forma clara, o

enquadramento macroeconómico global e a evolução e situação do Mercado Bancário Nacional,

do Grupo Crédito Agrícola e mais pormenorizadamente da nossa Instituição;

2. No plano macroeconómico, verificou-se um crescimento económico acima das expectativas a

nível mundial, tendo Portugal superado largamente as previsões mais optimistas.

3. O Mercado Bancário Nacional, continua à procura da estabilidade desejável e necessária para o

desenvolvimento da actividade económica.

4. O Grupo Crédito Agrícola, continua a posicionar-se numa política de segurança e de carácter

conservador, que lhe continua a garantir resultados positivos, e muito assinaláveis no período em

causa.

5. Relativamente à nossa Instituição, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do

Douro (CCAMTMD), continua a acompanhar o Grupo Crédito Agrícola, no que respeita à sua linha

estratégica de actuação. O exercício de 2017 foi caracterizado por uma redução dos resultados

positivos, ainda que satisfatórios se atentarmos à dimensão da nossa entidade. Em contraponto,

verificou-se um crescimento do crédito concedido o que augura uma potencial melhoria nos

próximos exercícios.

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6. O Balanço e a Demonstração de Resultados são claros e espelham coerentemente as conclusões

do relatório apresentado; Apraz-nos registar que estes documentos contabilísticos mais uma vez

foram validados positivamente por parte do ROC. No entanto, o Conselho Fiscal, reitera a sua

preocupação com o aumento dos custos com o pessoal e com os gastos gerais e administrativos.

Contudo, refira-se que estes custos emanam essencialmente das cada vez mais crescentes

imposições legais oriundas do grupo CA e da entidade reguladora.

7. Os resultados positivos obtidos em 2017 têm o mérito conjunto do Conselho de Administração e

Funcionários, pelo que a todos endereçamos merecidas felicitações.

Com base no anteriormente exposto, o Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras

de Miranda do Douro emite, por unanimidade, parecer favorável ao RELATÓRIO E AS CONTAS DO

ANO DE DOIS MIL E DEZASSETE e, convicto de que satisfazem os requisitos legais e estatutários

aplicáveis, propõe e apela à sua aprovação por parte da Assembleia Geral.

E, nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião, da qual se lavrou a presente acta, que lida e

achada conforme, vai ser assinada pelos três intervenientes.

O Conselho Fiscal,

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