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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
QMC 5230 - QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL I
PROFESSOR: ANTÔNIO LUIZ BRAGA
EXPERIMENTO 6 – DESTILAÇÃO
Patrícia Sangaletti
Florianópolis, 23 de setembro de 2014.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 3
2. OBJETIVOS ................................................................................................... 5
3. MATERIAIS E REAGENTE UTILIZADOS ...................................................... 6
3.1 Materiais ...................................................................................................... 6
3.2 Reagentes .................................................................................................... 6
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................. 7
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................... 9
6. CONCLUSÃO ............................................................................................... 10
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 11
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1. INTRODUÇÃO
A maioria dos métodos utilizados no processo de purificação de misturas
homogêneas baseia-se na destilação simples, que consiste na evaporação
parcial da mistura líquida, a fim de separar seus componentes.
Quando os pontos de ebulição dos componentes da mistura são muito
próximos, este procedimento não promove uma boa separação dos
componentes, sendo necessário repetir o processo várias vezes. Este processo
pode ser resumido em uma destilação fracionada.
A destilação fracionada é utilizada para separar dois ou mais líquidos de
pontos de ebulição mais próximos, onde um leve excesso de aquecimento é
suficiente para evaporá-los juntos. É inserida uma coluna de fracionamento,
de modo a sujeitar a mistura continuamente a muitos ciclos de vaporização-
condensação, na medida em que o material sobe pela coluna. (PAVIA, 2009)
Em cada ciclo, na coluna, a composição do vapor muda progressivamente,
aumentando a concentração do componente mais volátil (de menor ponto de
ebulição). Finalmente, tal componente emerge no topo da coluna, ao passo que
condensa e passa para o balão de coleta. (PAVIA, 2009)
O processo continua até que todo o componente mais volátil seja removido.
Segundo PAVIA, (2009): “ A destilação deve ser lenta para que os numerosos
ciclos de vaporização-condensação possam ocorrer”.
Quando praticamente todo o primeiro componente foi coletado, a temperatura
começa a aumentar, e uma pequena quantidade de uma segunda fração, que
contém ambos os componentes pode ser coletada. Quando a temperatura de
ebulição do segundo composto é atingida, começa a acontecer sua destilação.
(PAVIA, 2009)
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A destilação fracionada produz uma separação de componentes mais eficiente
que a destilação simples, ao passo que as várias microdestilações tornam cada
vez mais puro o componente que está sendo destilado. (PAVIA, 2009)
A eficiência de uma coluna é usualmente dada pelo número de pratos
teóricos, grandeza relacionada ao número de ciclos de vaporização-
condensação que ocorrem quando uma mistura líquida percorre uma coluna.
Um prato teórico, por exemplo, corresponde à uma destilação simples. (PAVIA,
2009)
A razão de refluxo é definida como a razão entre o número de gotas de
destilado que voltam ao balão de destilação e o número de gotas de destilado
coletadas. Uma coluna eficiente deve conter uma razão de refluxo maior ou
igual ao número de pratos teóricos. Uma alta razão de refluxo garante que o
equilíbrio térmico será atingido e terá eficiência máxima. (PAVIA, 2009)
Os fatores mais importantes que influenciam a separação de misturas em
frações bem delineadas são: isolamento térmico, razão de refluxo, enchimento
e tempo de destilação.
O índice de refração de uma substância é a relação entre a velocidade da luz
no vácuo e sua velocidade na substância. Ele também pode ser definido como
a relação entre o seno do ângulo de incidência e o seno do ângulo de refração.
O índice de refração depende da natureza química da substância, do
comprimento de onda da luz usada em sua medida e da temperatura. Se o
segundo meio é uma solução, o índice de refração depende também da
concentração da mesma. (ARANTES,2009)
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2. OBJETIVOS
Destilou-se, via destilação fracionada, uma mistura de dois componentes
desconhecidos;
Determinou-se a temperatura de ebulição dos componentes durante a
destilação;
Determinou-se o índice de refração dos destilados coletados;
Determinou-se a partir de análise dados experimentais em comparação aos
dados da literatura, os compostos desconhecidos da amostra.
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3. MATERIAIS E REAGENTE UTILIZADOS
3.1 Materiais
Erlenmeyer 100mL;
Balão de 50mL;
Água;
Balão de destilação;
Suporte universal;
Tela de arame;
Garras;
Manta térmica;
Mangueira de entrada e saída de água;
Condensador;
Balão de fundo redondo;
Coluna de fracionamento;
Termômetro;
Pedras de porcelana porosa;
3.2 Reagentes
Mistura desconhecida;
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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O procedimento experimental baseou-se na destilação fracionada de 50mL de
uma mistura desconhecida. Nesta mistura continham-se dois componentes,
dentre os quais poderiam estar: álcool isoamílico, butanol, tolueno, cicloexano,
hexano e clorofórmio.
Montou-se a aparelhagem conforme consta na figura 01, transferiu-se a
amostra desconhecida para o balão de destilação (balão de fundo redondo),
adicionando-se pedras de porcelana porosa a fim de promover-se uma
ebulição mais regular. Iniciou-se o aquecimento do sistema através de manta
térmica.
Figura 01 – Esquema de montagem de destilação fracionada.
Ao iniciar-se a condensação das primeiras gotas do destilado, observou-se
constantemente a temperatura, afim de notar-se a temperatura de ebulição de
cada componente da mistura. As frações recolhidas dos dois líquidos foram
separadas e mediu-se o índice de refração de ambas. Desta forma, ambos os
dados auxiliaram na designação das substancias componentes da mistura,
através da analise da tabela 01.
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Tabela 01 – Temperatura de ebulição e índice de refração dos possíveis compostos da mistura
Fonte: Sigma Aldrich
Composto Temperatura de ebulição (ºC) Índice de refração (à 20ºC)
Álcool isoamílico 130 1,4050
N-butanol 117 1,3971
Tolueno 110 1,4970
Ciclohexano 80,7 1,4267
Hexano 69 1,3751
Clorofórmio 61 1,4459
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ao inicia-se a destilação, coletaram-se as primeiras alíquotas do líquido mais
volátil destilado. Anotou-se a temperatura que permaneceu constante em maior
parte da destilação, de aproximadamente 65ºC.
Notou-se uma pequena redução na temperatura por um curto intervalo de
tempo. Na sequência, percebeu-se o grande acréscimo de temperatura, que
alcançou os 115ºC. Desta forma, substituiu-se os erlenmeyers de coleta a
medida que percebera-se alteração na temperatura, assim evitou-se que os
destilados se misturassem.
Determinou-se o índice de refração das duas amostras de destilado, cujos
dados se encontram na tabela 02.
Tabela 02 – Dados experimentais obtidos
Composto Temperatura de ebulição (ºC) Índice de refração
A 69 1,360
B 115 1,397
Como pode-se observar comparando-se os dados obtidos com os da literatura
contidos na tabela 01, os dois compostos desconhecidos tratavam-se de:
A: Hexano
B: N-butanol
Houveram pequenas variações na temperatura de ebulição desses compostos,
que justificam-se pela difícil visualização da temperatura do termômetro, e até
mesmo pela sua inconstância, pois variou-se muitas vezes ao longo do
experimento, dificultando-se sua determinação.
Entretanto, pode-se perceber que os dados experimentais obtidos
correspondem de forma coerente aos dados da literatura para ambos os
compostos.
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6. CONCLUSÃO
A destilação via coluna de fracionamento é uma importante técnica de
separação de misturas, principalmente daquelas que possuem ponto de
ebulição próximo e não podem ser separadas por destilação simples. O método
produz uma série de microdestilações que aumentam a quantidade do
componente mais volátil no vapor a ser destilado, tornando a separação mais
eficaz.
Um outro ponto importante para produzir–se uma boa separação de
compostos, é aumentar a razão de refluxo, ou seja, uma destilação com
velocidade lenta é necessária.
A identificação da mistura desconhecida deu-se através de dois parâmetros,
que levou-se em conta no processo de destilação: a temperatura de ebulição
dos compostos, que coletou-se no termômetro, e a determinação do índice de
refração. Este foi um importante teste a ser feito, pois alguns compostos
apresentaram ponto de ebulição próximos e pode-se distingui-los através desta
técnica.
Os dados experimentais corresponderam ao hexano, como líquido mais volátil,
e ao n-butanol como líquido menos volátil. O líquido hexano dificultou a
determinação do índice de refração, justamente pela sua volatilidade. Porém, a
proximidade dos dados com a literatura mostra que a destilação fracionada foi
eficiente para produzir a separação da mistura.
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7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
ARANTES, Eliane Candiani. Físico-Química. Ribeirão Preto; 2009. [Apostila
de aulas práticas do departamento de física e química – Universidade de São
Paulo.
PAVIA, Donald L, LAMPMAN Gary M. et al. Química Orgânica Experimental:
técnicas de escala pequena. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman; 2009.
Química Orgânica Experimental. Santa Catarina. [Apostila de aulas praticas
do departamento de química - Universidade Federal de Santa Catarina –
UFSC].