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PROJETO CAATINGA VIVA
CURSO DE FORMAÇÃO DE DISSEMINADORES DE GESTÃO AMBIENTALDISCIPLINA: DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
PROFESSOR: ELISÂNGELO FERNANDES DA SILVA
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA DE CAMPO
ALUNO: Rivaldo Batista Da Nóbrega Junior
AÇU/RN06/2012
INFORMAÇÔES GERAIS
Local da Visita Técnica De Campo :
Nome do Local / Organização / Instituição: Lixão de Açu, Cerâmica Progreso e Areas
de Solos Degradados Pelas Cerâmicas, Barragem Armando Ribeiro Gonsalves, Fabrica de
Briquetes, Estação de Tratamento de Esgoto de Carnaubais.
Data: 27 /05/ 2012, período da Manhã.
Duração da Visita: 06 horas
Profissional Responsável Pela Visita:
Nome: Elisângelo Fernandes da Silva
Disciplina: Degradação Ambiental no Semiárido Brasileiro
Natureza da Visita Técnica:
Coordenação: Projeto Caatinga Viva
Curso: Disseminadores de Gestão Ambiental
INTODUÇÃO
A questão do meio ambiente vem sendo cada vez mais discutida
nos últimos anos. Mudanças de consciência e comportamento vêm tornando-se
necessárias no sentido de preservá-lo, para se encontrar maneiras que possibilitem
o crescimento econômico sem prejudicar gerações futuras. Tal crescimento pode ser
buscado através da união de esforços de todas as Ciências – Humanas, Exatas,
Biológicas e outras –, cada uma contribuindo de acordo com suas características.
Há algumas décadas atrás, para todos os países, crescimento
econômico era sinônimo de exploração dos recursos ambientais. Dessa forma, eles
não se preocupavam se a degradação do ambiente podia ou não ser irreversível,
houve a difusão do pensamento de que as nações desenvolvidas alcançaram níveis
satisfatórios de crescimento à custa das perdas ambientais, sendo que as que
estavam em desenvolvimento teriam de passar pelo mesmo processo de
esgotamento de recursos naturais.
Somente nas últimas décadas do século XX, por causa do
agravamento dos problemas ambientais, é que a sociedade se mobilizou para
discutir a questão e tentar diminuir a exploração indiscriminada e seus riscos para o
meio ambiente.
Objetivo da Visita Técnica:
Através desta visita técnica de Campo, Identificar as problemáticas
ambientais do vale do Açu, e ver de perto como estes fatores ambientais causados
pelo homem tem interferido em nosso meio ambiente.
DESENVOLVIMENTO
O crescimento demográfico das últimas décadas resultou em
um grande contingente humano concentrado principalmente em áreas urbanas. O
fenômeno do crescimento urbano acelerado juntamente com o processo de
industrialização, que também se intensificou nesse período, implica em altos índices
de poluição atmosférica urbana, afetando direta e indiretamente milhares e em
alguns casos até milhões de pessoas.
Ao longo de vários séculos, o homem, através de suas
atividades de exploração dos recursos naturais, comprometeu e ainda está
comprometendo o padrão de vida da sociedade, causando diversos malefícios à
população devido aos impactos ambientais decorrentes de suas atividades. A
ameaça do aquecimento global deu ao termo globalização um novo sentido, que vai
muito além da integração dos mercados. Trata-se de um senso compartilhado de
responsabilidade perante o planeta. A ameaça de mudança do clima nunca foi tão
real. Ela vai transformar a vida dos indivíduos, dos governos e das empresas e tais
problemas originam-se da maneira pela qual os recursos naturais estão sendo
consumidos e na relação das consequências advindas deste consumo.
Visita ao Lixão de Açu
A cidade de Açu tem como uma grande fonte de poluentes
e de consequentes reclamações dos moradores circunvizinhos o lixão da cidade.
Este caso vem sendo discutido pela sociedade açuense, pois o lixão de Açu e muito
próximo à zona urbana causando graves problemas ambientais como vimos na visita
nos anexos abaixo vemos este problema tão grave na cidade de Açu.
Figura 1: mostra esta problemática do lixão, pessoas que tiram o seus sustentos do próprio lixão sem
imaginarem o tamanho do problema que isso trás a saúde destas pessoas.
Figura 2: Mostra alguns utensílios que dava para ser aproveitado e esta no lixo, também vimos à
criação de porcos que se alimentam de restos do lixão
Visita a Cerâmica em Itaja-RN:
De antemão, sabemos que o desenvolvimento da atividade
ceramista tem se dado por meio de um processo produtivo bastante complexo e que
envolve algumas fases, como: a extração de matérias-primas (Lenha e Argila) para o
seu processo produtivo.
Esta Extração tem causado grandes danos ao meio ambiente, pois
no passado alguns ceramistas do vale não tinham a conscientização do problema
que eles estavam causando ao meio ambiente e até os dias atuais ainda alguns
destes proprietários não tem demostrado sensibilização para o problema, deformas
eradas e sem planos de manejo destroem solos e retiram lenha indevidamente
prejudicando o nosso meio ambiente.
Mais vemos nesta visita que algo já tem feito, segundo Genival
Batista proprietário da cerâmica já tem algumas empresas do seguimento que vem
adotando melhorias em sua produção, através de tecnologias inovadoras para que
estes impactos venham a ser minimizados dando como exemplo a construção de
fornos mais econômicos para a queima e consequentemente não degradando o
meio ambiente, pois estes fornos reduzem cerca de 75% do consumo de lenha e
mais de 50% do CO2 isso relação aos fornos convencionais, esta medida já foram
vista por vários empresários do setor e já existe 5 fornos (CEDAN) como estes
operando no vale do Açu.
Figura 4: Cerâmica já com teologias no seu processo produtivo
Figura 5: Forno Cedan e uma inovação tecnológica na área da cerâmica vermelha diminuem ate em
75% o consumo de lenha e o ideal e que ele já adaptado para a queima de biomassa como o
briquete.
Figura 6: Imagens de satélites de jazidas de extração de argila para as cerâmica de itajá-RN, com
profundidades que chegam a 10mt
Visita a Barragem Armando Ribeiro Gonsalves
Tivemos a oportunidade também de visitarmos a Barragem
Armando Ribeiro Gonsalves, aonde o professor Raimundo indagou a seguinte
questão, o órgão que fiscaliza a barragem e o DNOCS (Departamento de Obras
Contra a Seca), na ideia do professor este nome deveria ser mudado, pois não
podemos combater a seca o que podemos faze e aprender conviver com ela pois e
um fenômeno natural e não podemos mudar.
Figura 7: O Açude Açu é considerado o maior reservatório construído pelo DNOCS até o momento,
com capacidade de armazenamento de 2,4 milhões de m3 d'água e bacia hidráulica com área de 195
km2. O volume regularizado é de 389 milhões de m3 para uma garantia de 90%.
Visita a Fabrica de Briquete:
Podemos observa de perto a construção da fabrica de briquete
em Ipanguaçu, que vem como uma alternativa para a produção de biomassa pois
sabemos que o briquete contem um grande pode calorifico pois ele possui menos
umidade em relação a lenha nativa. O Briquete é resultado do processo de secagem
e prensagem de serragem ou pó dos mais diversos tipos de madeira. O alto poder
calorífico torna o briquete ideal para uso em caldeiras industriais, fornos de padarias,
pizzarias, cerâmicas, lareiras e outros.
O Briquete é uma lenha ecológica que vai substitui a lenha que e
usada na cerâmica. As sobras de madeira eram jogadas no lixo, poluindo o meio
ambiente. Agora, com o reaproveitamento dessas sobras como matéria-prima na
produção dos briquetes, isso não ocorre mais, e o que era lixo virou energia,
ajudando assim a preservar a natureza, contribuindo com o governo na economia de
energia e também no controle do desmatamento florestal.
Segundo o que professor Raimundo indagou e que outras fontes
de energias alternativas vão ser usadas para a fabricação do briquete como a poda
das árvores da cidade, o talo e palha da carnaúba o capim elefante, e estudos estão
sendo feitos para que ostras fontes como a casca da castanha de caju e a bucha do
coco e o bagaço da cana de açúcar possam vim a ser a acrescentada também ao
briquete.
Substitui a lenha na sua totalidade, sem a necessidade de
qualquer modificação no equipamento, inclusive os novos fornos a lenha compactos,
assegurando assim economia, comodidade, rentabilidade e garantia no
fornecimento. Portanto o Briquete é até 06 vezes mais eficientente que a lenha na
relação Kg/m³, pois para cada tonelada de briquete, é necessário 5,8m³ de lenha.
Figura 8: abaixo ilustrativo
Visita a Estação de Tratamento de Esgoto de Carnaubais
Visitamos a Estação de Tratamento de Esgoto da cidade de carnaubais, vimos que
ela foi construída em um local não apropriado, e quando chove a água das chuvas
inundam as bacias carregando todos os desejos para o Rio Açu. Podemos observar
também que as bacias não estão mais fazendo a decantação de vido estarem muito
cheias de matéria orgânica.
Figura 9: Estação de Tratamento de Esgoto de Carnaubais.
Considerações Finais
Diante de tudo que vimos podemos fazer uma inferência, que os
problemas ambientais no vale do Açu são tipicamente parecidos e que estes
problemas estão causando vários danos ao nosso meio ambiente.
A problemática ambiental, mesmo que não fosse esse o termo
utilizado, tornou-se uma velha e conhecida questão que vem perpassando toda
construção do conhecimento humano, desde os seus primórdios na Antiguidade
Clássica no âmago do povo grego até os dias atuais. No entanto, a realidade tem
nos mostrado que a separação natureza-sociedade parece não ter desaparecido na
sua plenitude, no correr dos tempos, tornando-se, por conseguinte, em um dos mais
velhos e ir resolvidos problema das ciências nesta contemporaneidade.
Neste limiar de século, os problemas ambientais atingiram grande
magnitude que representam um verdadeiro desafio à sobrevivência da humanidade.
Em qualquer área territorial – urbana ou rural – a degradação ambiental (natural-
social) já atingiu tal nível que a qualidade de vida se encontra com o futuro
ameaçado. Se no passado a economia condicionou a utilização do meio ambiente,
sem se preocupar com a degradação e exaustão dos seus recursos, atualmente
parece ser condicionar a economia.
O meio ambiente vem sendo destruído e no território do vale do Açu,
em particular, os problemas resultantes desta destruição tornaram-se perceptíveis
por toda à parte desmatamento, degradação dos solos, problema com o lixão,
desertificação, CO2 lançado pelas indústrias ceramistas do vale e principalmente a
dilapidação do homem em seu cotidiano.
Nesse sentido, procuramos entender a problemática socioambiental que
vem se descortinando no vale do Açu como uma decorrência do processo evolutivo
de nossa sociedade. A nosso ver, tudo isso se constitui em problemas
socioambientais, e não conseguimos separar cartesianamente natureza-sociedade
desse processo de produção, pois se trata de uma relação homem-natureza e uma
relação do homem com o homem e, ao mesmo instante, da natureza com ela
mesma, porque entendemos que o homem também é natureza. É assim que
procuramos não tomar homem e natureza como polos excludentes, mas como
elementos que convivem em constante interação na busca da construção e
reconstrução do território, possibilitando daí a atualização da problemática que
decorre entre ambos.
Partimos da premissa básica de que a educação e a problemática ambiental são,
antes de tudo, questões políticas que envolvem valores, interesses e concepções de
mundo divergentes, e que podem assumir direções mais conservadoras ou
emancipatórias. Daí a importância de investigar os conteúdos políticos e éticos que
fundamentam as propostas educativas praticadas em nossa vida socio-cultural. Sem
negar a existência da dimensão técnica da educação e da questão ambiental
defendemos, entretanto, que a técnica é e deve ser, subordinada à política e a
critérios éticos na elaboração e implementação de respostas aos problemas
socioambientais. Entendemos que uma educação ambiental de ênfase técnica e
biologizante reduz a complexidade do real e mascara os conteúdos e conflitos
políticos inerentes à questão ambiental, favorecendo uma compreensão alienada e
limitada do problema por parte dos educandos. Portanto, a construção de um
processo educativo identificado com a autonomia individual e a emancipação social
não pode prescindir de uma atitude crítica, participativa e comprometida com a
ampliação da cidadania.
Precisamos procura elencar os principais aspectos implicados
na relação entre políticas públicas e meio ambientes. Ao final desta empreitada,
legítimo é concluir que a temática ambiental tornou-se, definitivamente, objeto das
ações dos poderes públicos constituídos. Todavia, é preciso reconhecer os
caminhos e descaminhos da agenda pública ambiental e de seus respectivos
gestores.