relatório final iqa - pibic

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA EUDISLAINE FONSECA DE CARVALHO MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO DO TIGRE - JOAÇABA - SC Julho – 2009 Joaçaba - SC

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Page 1: Relatório Final IQA - PIBIC

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

EUDISLAINE FONSECA DE CARVALHO

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO DO TIGRE -

JOAÇABA - SC

Julho – 2009 Joaçaba - SC

Page 2: Relatório Final IQA - PIBIC

2

EUDISLAINE FONSECA DE CARVALHO

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO DO TIGRE -

JOAÇABA - SC

Relatório apresentado em cumprimento ao Edital

nº 011/Unoesc-R/2008 relativo ao Programa

Institucional de Bolsas de Iniciação Científica –

PIBIC/CNPq/UNOESC

Orientadora: Prof. Dra. Eduarda de Magalhães Dias Frinhani

Joaçaba

2009

Page 3: Relatório Final IQA - PIBIC

3

AGRADECIMENTOS

Ao Promotor de Justiça Dr. Márcio Conti Junior por ter viabilizado as coletas no Rio

do Tigre.

Á Polícia Ambiental pelo transporte disponibilizado em todas as coletas.

E aos colegas que auxiliaram na realização das análises no Laboratório de Saneamento

e Águas: Tâmara Pereira, Fernanda Gadler, Vinícius Saibro, Maurício Debortoli, Josué

Romualdo, Marcus Eduardo Deckert e Tenisa Kappes.

Page 4: Relatório Final IQA - PIBIC

4

RESUMO

O Rio do Tigre localizado integralmente no município de Joaçaba – SC apresenta-se sob o

impacto de uma grande carga poluidora proveniente do lançamento de efluente não tratado.

Estes lançamentos provocam alterações químicas e ecológicas no sistema aquático,

conduzindo ao desequilíbrio da fauna e flora dos corpos de água com prejuízos econômicos

para a região. Com o objetivo de realizar um diagnóstico sobre a qualidade das águas do rio

do Tigre determinou-se o Índice de Qualidade de Água (IQA-NSF) e o Índice de Qualidade

de Água para proteção da Vida Aquática (IQAPVA). O estudo foi realizado entre os meses de

dezembro de 2008 a junho de 2009, compreendendo sete coletas, em seis pontos: nascente

(ponto 01), zona rural: Nova Petrópolis (ponto 02) e Linha Duas casas (ponto 03), zona

urbana: Vila Pedrini ( ponto 4), Av. Rio branco (ponto 5) e Av. XV de Novembro (ponto P6)

a montante da desembocadura no rio do Peixe. As análises foram realizadas no Laboratório de

Saneamento e Águas da Unoesc Joaçaba e os seguintes parâmetros foram determinados:

temperatura, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), turbidez,

sólidos totais e dissolvidos, coliformes totais e termotolerantes, fósforo, nitrogênio total e

amônia, surfactantes aniônicos, óleos e graxas. Os valores de IQA indicam que as amostras

coletadas da nascente a zona rural (pontos 01, 02 e 03) apresentam boa qualidade. Os valores

de IQAPVA classificam as águas de ótima a regular, nos mesmos pontos. Os estados mais

degradados (regular, ruim e péssimo) foram encontrados na zona urbana (pontos 04, 05 e 06),

com destaque para os pontos 04 (Vila Pedrini) e 06 (Avenida XV de Novembro). Fato

esperado, pois em vários pontos do rio do Tigre são lançados efluentes domésticos sem

tratamento. Para os pontos 01, 04, 05 e 06 observaram-se maior degradação indicada pelo

índice IQAPVA, o que não ocorreu para os pontos 02 e 03. A menor degradação indicada pelo

IQAPVA pode ser devido a uma boa oxigenação do rio nesta região, associado à baixa

concentração de nitrogênio amoniacal. Os parâmetros turbidez, sólidos dissolvidos e

temperatura encontram-se em conformidade com a Resolução 357 (2005) e Decreto Estadual

14.250 (1980) para rios de classe 2. Com exceção da nascente, os demais pontos apresentaram

teores de fósforo total e coliformes termotolerantes superiores aos valores máximos

permitidos. O ponto 06 apresentou valores de DBO, OD e surfactantes superiores ao

permitido pela legislação. Os resultados indicam que a qualidade das águas do rio do Tigre

Page 5: Relatório Final IQA - PIBIC

5

apresenta-se em estado critico na zona urbana do município de Joaçaba, estando mais

controlada na zona rural. Esta situação é devida ao lançamento de esgotos domésticos in

natura, principalmente na região da Avenida XV de Novembro.

Palavras-chave: Rio do Tigre. IQA. IQAPVA

Page 6: Relatório Final IQA - PIBIC

6

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Fotografia 1 Ponto 1 – Nascente ...............................................................................30

Fotografia 2 Ponto 2 – Distrito de Nova Petrópolis ..................................................30

Fotografia 3 Ponto 3 – Linha Duas Casas .................................................................31

Fotografia 4 Ponto 4 – Vila Pedrini ..........................................................................31

Fotografia 5 Ponto 5 – Av. Barão do Rio Branco .....................................................32

Fotografia 6 Ponto 6 – Av. XV de Novembro ..........................................................32

Fotografia 7 Presença de lixo no rio e nas margens em diferentes pontos ...............34

Page 7: Relatório Final IQA - PIBIC

7

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Valores de IQA para os seis pontos nas sete amostragens realizadas...............28

Gráfico 2 Valores de IQAPVA para os seis pontos nas sete amostragens

realizadas ..........................................................................................................29

Gráfico 3 Média dos valores de DBO nos seis pontos amostrados ..................................35

Gráfico 4 Média dos valores de OD nos seis pontos amostrados .....................................36

Gráfico 5 Média da concentração de fósforo total nos seis pontos amostrados................37

Gráfico 6 Média do número mais provável de coliformes totais e termotolerantes em 100

mL de amostra nos seis pontos amostrados ......................................................38

Gráfico 7 Média da concentração de surfactantes aniônicos nos seis pontos

amostrados .......................................................................................................39

Gráfico 8 Média da concentração de óleos e graxas nos seis pontos amostrados ............39

Page 8: Relatório Final IQA - PIBIC

8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Parâmetros e pesos relativos ao IQA ................................................................15

Tabela 2 Classificação da qualidade das águas ...............................................................16

Tabela 3 Classificação da qualidade da água segundo IQA (FEAM – MG) ..................17

Tabela 4 Curvas de normalização para amônia total e oxigênio dissolvido, com os

respectivos valores de normalização e estados da qualidade ...........................21

Tabela 5 Localização dos pontos de amostragem ...........................................................23

Tabela 6 Parâmetros físicos-químicos e microbiológicos e metodologias utilizadas ....24

Tabela 7 Índice pluviométrico no dia anterior, no dia da coleta e após a coleta .............26

Tabela 8 Comparação entre os índices de qualidade IQAPVA e IQA para os seis

pontos amostrados no Rio do Tigre ..................................................................27

Page 9: Relatório Final IQA - PIBIC

9

LISTA DE MAPAS

Mapa 1 Localização da bacia hidrográfica do Rio do Tigre ..........................................14

Mapa 2 Pontos de amostragem ......................................................................................25

Page 10: Relatório Final IQA - PIBIC

10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................11

2 REVISÃO DE LITERATURA ..........................................................................................13

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO .............................................................13

2.2 ÍNDICE DA QUALIDADE DA ÁGUA ...........................................................................14

2.3 APLICAÇÃO DO IQA NO MONITORAMENTO DE RIOS ..........................................17

2.4 ÍNDICE DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA PROTEÇÃO DA VIDA AQUÁTICA ..20

3 METODOLOGIA ...............................................................................................................23

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................25

5 CONCLUSÃO .....................................................................................................................41

REFERÊNCIAS .....................................................................................................................42

Page 11: Relatório Final IQA - PIBIC

11

1 INTRODUÇÃO

O Rio do Tigre nasce no município de Catanduvas – SC, passa pela zona rural do

município de Joaçaba e deságua no Rio do Peixe, na área urbana da cidade de Joaçaba. Sua

bacia possui uma área de 58,55 km2, com extensão de 29,6 km. Em sua trajetória recebe

efluente doméstico, agrícola e industrial (AZZOLINI, 2002).

Segundo informações do SIMAE, a população atendida por sistema coletivo de

tratamento de esgotos de Joaçaba é de 37%. Na bacia do Rio do Tigre apenas a área urbana é

servida de rede coletora de esgotos, não sendo contemplado o Distrito Nova Petrópolis, que

está inserido na Bacia do Rio do Tigre (TESSER, 2007). De acordo com o jornal A Noticia

(2007), o maior problema verificado em Joaçaba é que, ao invés de ser canalizado, o esgoto

doméstico é lançado diretamente nos rios. As principais vítimas são o rio Tigre - que corta a

cidade de Joaçaba - e o rio do Peixe - que abastece diretamente nove cidades do Meio-oeste

catarinense.

Os principais receptores do esgoto in natura não coletado são os rios e mares,

comprometendo a qualidade da água utilizada para abastecimento, irrigação e recreação

(Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000). A qualidade da água é um termo que não

se restringe à determinação da pureza da mesma, mas às suas características desejadas para os

seus diversos usos. Tanto as características físicas, químicas como as biológicas da água

podem ser alteradas. Na maioria dos casos essa alteração é causada pela poluição, que pode

ter diversas origens (BILICH e LACERDA, 2005).

O lançamento de efluentes domésticos e agrícolas causa alterações químicas e

ecológicas no sistema aquático conduzindo ao desequilíbrio da fauna e flora dos corpos de

água resultando em prejuízos econômicos para a região, que vão desde a diminuição de

captura na pesca e substituição por espécies mais resistentes, porém de menor valor comercial

(atingindo uma população de renda e capacitação profissional inferiores) até o aumento do

custo de aquisição e tratamento da água para consumo (CARVALHO et al, 2000).

O Índice de Qualidade das Águas (IQA) tem como objetivo comunicar a qualidade de

um determinado corpo hídrico aos atores institucionais de uma bacia hidrográfica sejam eles a

população, as prefeituras, os órgãos de controle ambiental, os comitês das bacias

Page 12: Relatório Final IQA - PIBIC

12

hidrográficas, as organizações não-governamentais, entre outros. Desse modo, o índice de

qualidade das águas colabora na construção de um sistema de suporte à tomada de decisão em

uma bacia hidrográfica (CETESB apud da SILVA, JARDIM, 2006).

Neste trabalho, monitoramos o rio do Tigre no período de dezembro de 2008 a junho

de 2009 através da determinação do Índice de Qualidade de Água (IQA) e Índice de

Qualidade de Água para Proteção da Vida Aquática (IQAPVA). A classificação do rio foi

comparada em relação aos parâmetros: oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de

oxigênio (DBO), fósforo total, coliformes, óleos e graxas e surfactantes aniônicos, em relação

ao determinando pela Resolução CONAMA 357 (2005) e Decreto Estadual 14250 (1981)

para rios de classe 2.

Page 13: Relatório Final IQA - PIBIC

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O Rio do Tigre localizado na Bacia Hidrográfica do Rio do Tigre é uma sub-bacia da

Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe. Sua bacia possui a área de 86,344 km2 localizada

integralmente no município de Joaçaba - SC, entre as coordenadas UTM aproximadas

6996000 – 7012000 e 452000 – 463000. A nascente do rio principal encontra-se na

Comunidade de Águas Claras, na extremidade norte do município e a desembocadura ocorre

no Rio do Peixe, na área central de Joaçaba, após um percurso de cerca de 29 km de extensão

(LINDER et al, 2004).

O Rio do Tigre apresenta uma altitude máxima de 1.013 m e mínima de 472 m e uma

extensão em linha de 17 km.

Segundo informações do SIMAE (Sistema Municipal de Abastecimento e Esgoto), a

população atendida por sistema coletivo de tratamento de esgotos de Joaçaba é de 37%. Na

bacia do Rio do Tigre apenas a área urbana é servida de rede coletora de esgotos, não sendo

contemplado o Distrito Nova Petrópolis, que está inserido na Bacia do Rio do Tigre (TESSER

2007).

De acordo com TESSER (2007), 48,55% da Bacia total é coberta por florestas, tanto

de mata nativa quanto de reflorestamento. A zona ripária (uso do solo dentro da Área de

Preservação Permanente - APP) ocupa área de 9,84% da Bacia, com uma área de 30,63% da

zona ripária em estado de degradação.

Os pesquisadores consideram como prioridade ação em relação aos sistemas de

tratamento de dejetos suínos inseridos na zona ripária. Na atualidade encontram-se oito

receptores de dejetos (esterqueiras) dentro da APP, com alguns de maneira precária, próximos

aos corpos d’água, chegando a localizar-se a cinco metros de distância do rio. A área afetada é

de 260 m², representando grande quantidade de dejetos em uma população equivalente a mil

suínos (TESSER, et al, 2007).

Uma segunda consideração refere-se às edificações rurais dentro das zonas ripárias,

Page 14: Relatório Final IQA - PIBIC

em localização irregular são doze pocilgas (3.895 m²), vinte e oito aviários (30.097 m²),

quarenta e nove casas (6.400 m²) e sessenta e oito edificações (8.491 m²).

O mapa 1 apresenta a localização da Bacia do Rio do Tigre.

Mapa 1: Localização da Bacia Hidrográfica do Rio do Tigre. Fonte: AZZOLINI (2002).

Até 2007, o Rio do Tigre era classificado como classe 3 de acordo com a Portaria 24

de 1979 do Governo do Estado de Santa Catarina. Esta portaria foi revogada pela Resolução

CERH No 003/2007, ficando o rio como classe 2.

2.2 ÍNDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA

Com o intuito de desenvolver um indicador que, por meio dos resultados das análises

físicas, químicas e biológicas, pudesse fornecer ao público em geral um balizador da

qualidade das águas de um corpo hídrico, foi desenvolvido o Índice de Qualidade de Água

(IQA).

14

Page 15: Relatório Final IQA - PIBIC

15

O IQA foi desenvolvido pela National Sanitation Foundation (NSF), dos Estados

Unidos, através de pesquisa de opinião junto a vários especialistas da área ambiental, quando

cada técnico selecionou, a seu critério, os parâmetros relevantes para avaliar a qualidade das

águas e estipulou, para cada um deles, um peso relativo na série de parâmetros especificados.

O tratamento dos dados da mencionada pesquisa definiu um conjunto de nove parâmetros

considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas: oxigênio

dissolvido, coliformes fecais, pH, demanda bioquímica de oxigênio, nitrato, fosfato total,

temperatura da água, turbidez e sólidos totais. A cada parâmetro foi atribuído um peso, de

acordo com a sua importância relativa no cálculo do IQA, conforme tabela 1, e traçadas

curvas médias de variação da qualidade das águas em função da concentração do mesmo

(REIS, 2007). Sendo assim o IQA é um facilitador na interpretação geral da condição de

qualidade dos corpos de águas indicando o grau de contaminação das águas devido aos

materiais orgânicos, fecais, nutrientes e sólidos, que são geralmente indicadores de poluição

causada pelos dejetos.

Tabela 1: Parâmetros e pesos relativos do IQA.

Parâmetros Pesos Relativos Oxigênio Dissolvido 0,17

Coliformes fecais 0,15 pH 0,12

Demanda Bioquímica de Oxigênio 0,1 Fosfato total 0,1 Temperatura 0,1

Nitrogênio total 0,1 Turbidez 0,08

Sólidos totais 0,08

Fonte: www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/indice.asp

De acordo com Libânio (2005), além de permitir comparar a qualidade de distintos

corpos d’água, permite inferir o impacto de ações que visem a preservação dos ecossistemas

aquáticos. A partir do cálculo do IQA, definem-se os níveis de qualidade do corpo d’água

relacionando intervalo de variação do IQA a uma cor de referencia, conforme tabela 2.

Page 16: Relatório Final IQA - PIBIC

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Tabela 2: Classificação da qualidade das águas

Valor Qualificação Cor

80 – 100 Ótima Azul

52 – 79 Boa Verde

37 - 51 Aceitável / regular Amarela

20 - 36 Ruim Vermelha

0 -19 Péssima Preta

Fonte: www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/indice.asp

As principais vantagens dos índices de qualidade de águas são a facilidade de

comunicação com o público não técnico, o status maior do que os parâmetros individuais e o

fato de representar uma média de diversas variáveis em um único número, combinando

unidades de medidas diferentes em uma única unidade. No entanto, sua principal

desvantagem consiste na perda de informação das variáveis individuais e da interação entre as

mesmas. O índice, apesar de fornecer uma avaliação integrada, jamais substituirá uma

avaliação detalhada da qualidade das águas de uma determinada bacia hidrográfica

(www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/indice.asp).

A limitação do IQA relaciona-se à perda na interpretação das variáveis individuais e

da relação destas com as demais. Soma-se a isto o fato de que este índice foi desenvolvido

visando avaliar o impacto dos esgotos domésticos nas águas utilizadas para abastecimento

público, não representando efeitos originários de outras fontes poluentes. Como uma forma de

minimizar a parcialidade do IQA, foi adotada em Minas Gerais a CT (Contaminação por

Tóxicos), de maneira a complementar as informações do IQA, conferindo importância a

outros fatores que afetam usos diversos da água (ELMIRO, 2005).

No cálculo original do IQA-NSF considerava-se o nitrogênio nitrato no cálculo. No

entanto, a CETESB realizou uma adaptação desse índice para o nitrogênio no Estado de São

Paulo, uma vez que nesse caso os rios se mostram comprometidos por esgotos domésticos,

que são ricos em outras formas de nitrogênio, tais como nitrogênio orgânico e o amoniacal.

Sendo assim, utiliza-se a curva de nitrogênio, considerando o nitrogênio total. É possível

aplicar a curva de nitrogênio para o nitrato, mas é preciso verificar se essa forma é a

Page 17: Relatório Final IQA - PIBIC

17

preponderante nos rios.

A Fundação Estadual de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerias (FEAM),

juntamente com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e a Fundação Centro

Tecnológico de Minas Gerais (CETEC) que realizam o monitoramento da qualidade das

águas superficiais do Estado, no Projeto “Águas de Minas”, também utilizam o IQA-NSF,

com os mesmos pesos, porém sem as modificações propostas pela CETESB, para avaliação

da qualidade da água, utilizando a classificação da tabela 3.

Tabela 3: Classificação da qualidade de água segundo IQA (FEAM-MG)

Nível de qualidade Faixa Cor de referência

Excelente 90 < IQA ≤ 100 Azul

Bom 70 < IQA ≤ 90 Verde

Médio 50 < IQA ≤ 70 Amarelo

Ruim 25 < IQA ≤ 50 Laranja

Muito ruim 0 < IQA ≤ 25 Vermelho

Fonte: MINAS GERAIS, 2005.

2.3 APLICAÇÃO DE IQA NO MONITORAMENTO DE RIOS

O IGAM, de acordo com Ferreira e Almeida (2005), vem monitorando as águas

superficiais do Estado de Minas Gerais desde 1997. As coletas são realizadas pela Fundação

Centro Tecnológica de Minas Gerais (CETEC) e encaminhadas ao IGAM em meio digital

através do programa Excel e na forma de certificados impressos. Os dados são exportados

para o banco de dados Access, e a partir daí, são realizados os cálculos do Índice de

Qualidade da Água (IQA) através do programa IQACAL e a Contaminação por Tóxicos (CT).

Para aprimorar esse banco de dados e facilitar os cálculos de IQA, foi desenvolvido um

sistema de gerenciamento de Banco de Dados relacional (SGBD), chamado de SCQA

(sistema de cálculo da qualidade da água), que converte de forma automática planilhas e/ou

arquivo texto, com os resultados das analises de água.

Page 18: Relatório Final IQA - PIBIC

18

Carvalho et al. (2000), por meio do Índice de Qualidade de Água, avaliaram os riscos

da intensa atividade pecuária e agrícola na potabilidade e balneabilidade de corpos aquáticos,

nas microbacias do Ribeirão da Onça e do Feijão na região oeste do Estado de São Paulo. As

coletas de água foram feitas sazonalmente, com duas amostragens durante o verão e duas

amostragens durante o inverno. Esta variação revelou melhor qualidade de água no período de

inverno, tendo a precipitação como principal fator de alteração da qualidade de água nos

ribeirões. As análises estatísticas dos parâmetros físico-químicos foram feitas com a média

das variáveis para representar a porção final de cada ribeirão, já que análises por pontos de

amostragens não apresentam resultados estatísticos significativos. Também foi considerado

que o IQA ainda é um índice aproximado, cujo cálculo não considera outros contaminantes

potenciais e, portanto não atinge uma abordagem multidimensional, limitando seu poder de

discriminação.

Bilich e Lacerda (2005) avaliaram a qualidade da água nos trinta pontos de captação

do Distrito Federal. Para cada ponto de captação, por ano e por mês calculou-se a média

aritmética simples dos valores do IQA, utilizando os seguintes parâmetros e seus respectivos

pesos: coliformes fecais (0,2), turbidez (0,15), cor (0,1), amônia (0,15), ferro (0,15), cloreto

(0,1), pH (0,05) e Demanda Química de Oxigênio- DQO (0,1). O padrão de qualidade foi

considerado Bom com poucas alterações ao longo dos dez anos estudados. Os autores

verificaram piora na qualidade da água na estação verão, que compreende o período de chuva.

Molina et al (2006) realizaram um diagnóstico da qualidade de água em diferentes

pontos da microbacia do Córrego Água da Bomba no município de Regente Feijó, SP e

concluíram que a redução da qualidade de água na microbacia do córrego Água da Bomba,

medido pelo IQA é devida aos lançamentos de esgoto e a água de drenagem urbana,

principalmente no período seco do ano e erosão nas áreas rurais, principalmente no período

chuvoso do ano, condicionado pelo manejo incorreto dos solos e a degradação das matas

ciliares. Nos pontos de melhor qualidade de água, a qual chega mais depurada e não recebe

contribuição difusa e pontual da cidade, a fonte de poluição mais relevante são as fontes

difusas provenientes das áreas rurais, em função dos processos erosivos na microbacia.

Lopes e Libânio (2005) fundamentaram-se na mesma metodologia de

desenvolvimento do IQA para desenvolver um Índice de Qualidade de Estação de Tratamento

de Água (IQETA), um índice aplicável a estações de tecnologia convencional que permite

Page 19: Relatório Final IQA - PIBIC

19

comparar o desempenho das estações por meio de uma metodologia que transcenda o simples

atendimento ao padrão de potabilidade. Os parâmetros incluídos no índice foram divididos em

seis grupos conforme processo ou operação unitária do tratamento convencional de água:

mistura rápida, floculação, sedimentação, filtração, desinfecção e operação. A partir dos

pesos atribuídos aos parâmetros foi determinado o peso de cada grupo para o desempenho

eficiente do tratamento. O motivo desta divisão em grupos foi a possibilidade de se ter um

índice para o tratamento como um todo, formado a partir de índices de cada processo ou

operação.

Em Guairá, São Paulo, Toledo e Nicolella (2002) avaliaram o índice da qualidade da

água em uma microbacia com uso predominantemente agrícola na porção superior e

influência urbana na parte inferior. Este índice foi calculado através da técnica de analise

fatorial e do método de Bartlett. Os valores de IQA mostraram diferenças significativas entre

pontos de coleta de água a montante e a jusante do município, onde as variáveis, oxigênio

dissolvido, fósforo total, amônia e condutividade elétrica foram as variáveis que mais

contribuíram na determinação do IQA.

Elmiro et al (2005), conduziram um trabalho na bacia do Rio Formiga-MG, com o

objetivo de fazer um estudo investigativo no espaço geográfico para identificar possíveis

fatores ou processos que apontem justificativas para redução do índice de qualidade da água,

constatado pelo IGAM (Instituto Mineiro de Gestão das Águas). O estudo foi fundamentado

no apoio de técnicas, ferramentas e ambientes de geoprocessamento. A hipótese inicialmente

assumida é de que o problema é causado pela interferência humana em processos e variáveis

ambientais importantes. Os processos e variáveis objetos da analise foram a redução da

cobertura florestal e o conseqüente aumento da antropização a curto prazo, o alto índice de

desconformidade do uso do solo confrontado com a legislação de proteção ambiental e a

inadequação do uso do solo frente a fatores do relevo, pedologia e geologia. Obteve-se um

resultado de perda da vegetação em cerca e 20% comparando dos anos de 1995 e 2002, sendo

conseqüência do aumento da antropização nesse curto prazo. Assim configurando o reforço da

hipótese.

Para avaliação da qualidade da água de irrigação, de acordo com Mollozzi, Pinheiro e

da Silva (2006), é preciso ser considerado características físicas, químicas e biológicas. Em

um trabalho realizado no município de Gaspar, situado no médio Vale do Itajaí, teve por

Page 20: Relatório Final IQA - PIBIC

20

objetivo avaliar a qualidade da água de irrigação do arroz pré-germinado, realizando-se a

determinação de parâmetros físico-químicos da qualidade da água, na entrada e na saída das

áreas, tais como: turbidez, pH, condutividade, oxigênio dissolvido, demanda química de

oxigênio (DQO), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), fosfatos e nitrogênio total.

Calculou-se o índice de qualidade de águas de Bascarán (IQAb), que proporciona o valor

global de qualidade da água, ao incorporar valores individuais de uma serie de parâmetros

(Rizzi, 2001). Observou-se de modo geral, que a qualidade da água de irrigação variou de

desagradável à imprópria.

Com o objetivo de estudar a qualidade das águas do ribeirão Ubá, que esta sendo

afetada pelas atividades antrópicas, Carvalho, Ferreira e Stapelfeldt (2004), procuraram

avaliar o grau de poluição hídrica causada pelas indústrias de móveis, principal atividade

industrial da cidade de Ubá, tendo como base a analise dos parâmetros físico-químicos

quantificados. A determinação de outros parâmetros além dos estabelecidos pelo IQA é muito

importante, pois eles podem indicar um grau de poluição não observado pelo cálculo de IQA.

Assim, por exemplo, a análise de zinco é importante, pois um dos constituintes utilizados para

o acabamento da madeira possui, em sua formulação, esse elemento. Constatou-se que, a

partir da entrada da cidade, bem como à montante desta, a água do ribeirão Ubá é de má

qualidade, sofrendo tanto a poluição por esgotos domésticos quanto por efluentes industriais.

2.4 INDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA PARA PROTEÇÃO DA VIDA AQUÁTICA

da Silva e Jardim (2006) consideram que normalmente, os corpos aquáticos são

encarados como meros fornecedores de água para suprir as inúmeras demandas criadas pela

sociedade, sendo que os critérios de qualidade comumente adotados quase nunca levam em

consideração a manutenção da vida aquática nestes corpos, mas sim a qualidade desta água

para fins de potabilidade. Assim, os autores propuseram o cálculo do índice de qualidade das

águas para a proteção da vida aquática, IQAPVA. Neste índice, foram levados em consideração

os parâmetros amônia (NH3) e oxigênio dissolvido (OD), com o objetivo de evitar o efeito

eclipse, que resulta do processo de agregar inúmeras variáveis ambientais em um único

número, o que pode produzir uma atenuação do impacto negativo de uma das variáveis frente

ao comportamento estável das demais, os autores utilizaram uma variável ambiental mais

Page 21: Relatório Final IQA - PIBIC

21

degradada, ou operador mínimo, para se obter o valor final do índice, onde um componente

pode definir o estado das águas. Assim o uso do operador mínimo constitui-se em uma forma

simples de eliminar o clássico efeito eclipse presente na elaboração dos índices de qualidade.

Para desenvolvimento do IQAPVA, da Silva e Jardim (2006), utilizaram a seguinte

equação:

IQAPVA = Min ( Amônia Totaln, ODn)

Onde o IQAPVA corresponde ao índice de qualidade das águas para proteção da vida

aquática, Amônia totaln é a concentração normalizada da amônia total e o ODn é a

concentração normalizada do oxigênio dissolvido. Nesta equação o valor numérico do

IQAPVA é o menor valor normalizado das variáveis amônia total e oxigênio dissolvido.

Na tabela 4 são apresentadas as curvas de normalização para amônia total e oxigênio

dissolvido, com os respectivos valores de normalização e estados da qualidade.

Tabela 4: Curvas de normalização para amônia total e oxigênio dissolvido, com os respectivos valores de normalização e estados da qualidade.

Estados da

qualidade Ótima Boa Regular Ruim Péssima

Fator de

normalização 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

Amônia total

(mgNH3.L-1) <0,01 <0,05 <0,10 <0,20 <0,30 <0,40 <0,50 <0,75 <1,0 <1,25 >1,25

OD* (mg.L-1) ≥7,5 >7,0 >6,5 >6,0 >5,0 >4,0 >3,5 >3,0 >2,0 ≥1,0 <1,0

*OD = Oxigênio Dissolvido Fonte: da SILVA e JARDIM (2006)

Os estados de qualidade foram estabelecidos com base nas faixas usadas pela

CETESB para seu IQA, Tabela 1.

O impacto ecológico da amônia nas comunidades aquáticas, em peixes e na população

de invertebrados bentônicos, por ex., pode se dar em termos de toxicidade crônica com efeitos

sobre a capacidade reprodutiva (produção de ovos e sobrevivência larval), o crescimento

Page 22: Relatório Final IQA - PIBIC

22

(comprimento e peso), o comportamento, os tecidos (mudanças patológicas nos tecidos das

brânquias, rins e fígados dos peixes) e alterações bioquímicas e fisiológicas (da SILVA e

JARDIM, 2006).

Os autores consideram que o índice proposto, IQAPVA, mostrou-se capaz de comunicar

a qualidade das águas do Rio Atibaia quando em comparação com os índices utilizados pela

CETESB (IQA e IVA), revelando, contudo, uma capacidade de refletir de modo mais

acentuado a presença poluidora do esgoto doméstico na bacia do Rio Atibaia.

Da Silva e Jardim (2007) avaliaram a capacidade de suporte e o estado de degradação

do Rio Atibaia, na região de Campinas/ Paulínia SP, considerando a ameaça para a vida

aquática pela presença da Amônia, a qual representa um dos principais riscos ás comunidades

aquáticas. Com este objetivo foi aplicado o método da Carga Máxima Total Diária (CMTD),

da Agência de proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). O valor da CMTD é uma

expressão numérica da capacidade de suporte de um corpo de água e deve orientar todas as

ações de controle da poluição na bacia hidrográfica. Os resultados revelaram que as cargas de

Amônia aumentavam progressivamente ao longo do Rio Atibaia, principalmente devido ás

fontes pontuais. A violação da qualidade das águas em termos de proteção da vida aquática

ocorreu na estação seca, justamente o período mais crítico em se tratando de fontes pontuais,

pois o poluente tem sua concentração aumentada com menor vazão dos rios. Ao contrário,

que no período chuvoso a maior vazão dilui a amônia lançada na água.

Page 23: Relatório Final IQA - PIBIC

23

4 METODOLOGIA

Para a caracterização da qualidade de água do rio do Tigre, foram determinados 6

pontos de amostragem, os quais estão apresentados na tabela 5.

Tabela 5: Localização dos pontos de amostragem.

Pontos de Amostragem

Ponto 1 Nascente - Catanduvas

Ponto 2 Distrito de Nova Petrópolis - Joaçaba

Ponto 3 Linha Duas Casas - Joaçaba

Ponto 4 Vila Pedrini - Joaçaba

Ponto 5 Av. Barão do Rio Branco – Joaçaba

Ponto 6 Av. XV de Novembro

As coletas foram realizadas no período de Novembro de 2008 a Junho de 2009,

totalizando sete coletas. As amostras de água para determinação dos parâmetros físico-

químicos foram coletadas em frascos de vidro borossilicato de 2L. As amostras de água para

análise microbiológica foram coletadas em frascos de polietileno de 100 ml com lacre,

previamente esterilizados.

As amostras foram acondicionadas em caixa térmica até a chegada ao Laboratório de

Saneamento e Águas da UNOESC campus Joaçaba, onde as análises foram realizadas.

Temperatura, pH e Oxigênio Dissolvido foram medidos no local de coleta.

Os parâmetros físico-químicos e microbiológicos determinados bem como as

metodologias utilizadas estão apresentados na tabela 6.

Page 24: Relatório Final IQA - PIBIC

24

Tabela 6: Parâmetros físicos-químicos e microbiológicos e metodologias utilizadas.

Parâmetros analisados Metodologia

Temperatura Medição in loco utilizando termômetro de mercúrio

Turbidez Método nefelométrico – turbidímetro1

pH Método potenciométrico

Oxigênio dissolvido Metodo oximétrico

Nitrogênio total Método colorimétrico – Reação com 2,6-dimetilfenol

Fósforo total Método colorimétrico – Azul de Molibdênio

Demanda bioquímica de oxigênio Método Respirométrico Simplicado – OXITOP

Coliformes totais e termotolerantes Número mais provável em 100 mL (NMP/100mL) crescimento em caldo Fluorocult LMX

Amônia Método colorimétrico após reação com reativo de Nessler

Sólidos dissolvidos totais Método gravimétrico

Sólidos totais Método gravimétrico

Surfactantes aniônicos Método colorimétrico após reação com azul de metileno.

Óleos e graxas Método gravimétrico após extração com n-hexano:éter tercbutil

As análises colorimétricas foram realizadas em espectrofotômetro SPECTROQUANT

NOVA 60 da Merck.

O cálculo do Índice de Qualidade de Água (IQA) foi realizado de acordo com IQA-

NSF modificado pela CETESB e o Índice de Qualidade de Água para Proteção da Vida

Aquática (IQAPVA) de acordo com da Silva e Jardim (2006).

Para organização dos dados e realização dos cálculos dos índices utilizou-se o

programa EXCELL.

Page 25: Relatório Final IQA - PIBIC

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os seis pontos amostrados foram determinados visando representar o Rio do Tigre em

suas principais porções: nascente (ponto 1), zona rural (pontos 2 e 3), zona urbana (pontos 4,

5 e 6), estando o ponto 6 próximo a desembocadura no Rio do Peixe.

No mapa 2 são indicados os pontos amostrados.

Mapa 2: Pontos de amostragem.

Não houve a presença de chuva durante a realização das coletas, as precipitações

ocorreram antes ou após as mesmas. Na tabela 7 são apresentados os índices pluviométricos.

25

Page 26: Relatório Final IQA - PIBIC

26

Tabela 7: Índice pluviométrico no dia anterior, no dia da coleta e após a coleta

Data da coleta Índice pluviométrico, mm

Dia anterior Dia da coleta Após a coleta 3/12/2009 0 13,6 3,2 4/2/2009 2,1 6,4 5,5 2/3/2009 6,1 0,3 5,5 1/4/2009 0 0 0

22/4/2009 0 23,5 4,4 22/5/2009 0 0 0 17/6/2009 28 9 0

Fonte: SIMAE

Não se observou relações relevantes entre a pluviosidade e os resultados obtidos.

Trabalho realizado por Toledo e Nicolella (2002) em uma microbacia no município de Guaíra

– SP obtiveram resultado semelhante, em que a ocorrência de precipitação sobre a qualidade

da água não foi significativa.

Carvalho et al (2000), demonstrou correlação de algumas variáveis com a

pluviosidade, em que a relação mais intensa foi com o pH, que aumenta com as chuvas.

Gonçalves et al (2005), verificou que no período de chuva ocorre uma maior contaminação

microbiológica na microbacia do Arroio Lino, principalmente por coliformes fecais. Louzada

e Fonseca (2002) concluíram que o maior índice de coliformes totais e fecais pode ser

constatado nos períodos chuvosos, o que pode ser explicado pela lixiviação do solo.

O IQAPVA e IQA-NSF foram calculados para os seis pontos. Os valores médios

utilizados para o cálculo do IQA são apresentados no Apêndice 1. Os conceitos utilizados

para a qualificação do IQA e do IQAPVA foram determinados de acordo com as Tabelas 2 e 4,

respectivamente.

Na Tabela 8 são apresentados as concentrações de amônia e de oxigênio dissolvido

(OD) e seus respectivos fatores de normalização (FN), valor de operador mínimo, e valores de

IQAPVA e IQA.

Page 27: Relatório Final IQA - PIBIC

27

Tabela 8: Comparação entre os índices de qualidade IQAPVA e IQA para os seis pontos amostrados no Rio do Tigre.

Ponto dez/08 fev/09 mar/09 abr/09 abr/09 mai/09 jun/09

1

Amônia (mgNH3.L-

1) 0 0 0 0,1 0 0 0, 12FD - amônia 100 100 100 80 100 100 70 OD (mg.L-1) 4, 82 4, 18 4, 95 6, 36 5, 47 5, 66 5, 53FD - OD 50 50 50 70 60 60 60 Operador mínimo 50 50 50 70 60 60 60 IQAPVA reg ular reg ular reg ular boa boa boa boa

IQA 63 64 60 54 57 63 68 boa boa boa boa boa boa boa

2

Amônia (mgNH3.L-

1) 0,05 0,1 0,07 0,05 0,25 0 ,05 0,2 FD - amônia 90 80 80 90 60 90 70 OD (mg.L-1) 8,97 8,31 7,88 8,1 7,56 9,39 7,29 FD - OD 100 100 100 100 100 100 100 Operador mínimo 90 80 80 90 60 90 70 IQAPVA ótima ótima ótima ótima boa ótima boa

IQA 62 66 58 ------ 53 64 56 boa boa boa ------ boa boa boa

3

H3.LAmônia (mgN1)

-

0,05 0,3 0,07 0,06 0,12 0 ,07 0,3 FD - amôn a i 90 60 80 80 70 80 60 OD (mg.L-1) 8,89 8,51 7,85 8,03 7,63 9,38 7,45 FD - OD 100 100 100 100 100 100 100 Operador mínimo 90 60 80 80 70 80 60 IQAPVA ótima boa ótima ótima boa ótima boa

IQA ------* 57 61 ------ 56 65 54 ------ boa boa -- ---- b oa boa boa

4

H3.L-Amônia (mgN1) 4,8 1,5 0,7 6 1 11 5,5 FD - amônia 0 0 30 0 20 0 0 OD (mg.L-1) 9 8 ,52 7,8 7, 12 7,15 8 ,97 7, 47FD - OD 100 100 100 90 90 100 90 Operador mínimo 0 0 30 0 20 0 0 IQAPVA p éssimo péssimo ruim p éssima ruim péssimo péssimo

IQA ------ 42 50 ------ 41 30 44 ------ regular regular ------ regular regular regular

*------ Não obteve-se resultados. onte: o autor. F

Page 28: Relatório Final IQA - PIBIC

28

ontinuação): Compara e os q IQ A seis mo

Ponto

Tabela 8 (cno Rio d

ção entr índices de ualidade APVA e IQ para os pontos a strados o Tigre. dez/08 fe 9 v/0 m ar/09 a br/09 a br/09 mai/09 ju 9 n/0

5

H3.L-Amônia (mgN1) 1,2 2 0,27 0,3 0,4 1 4 FD - amônia 10 0 60 60 50 20 0 OD (mg.L-1) 8,45 8, 31 7,61 7,7 7,08 8,92 7 ,23FD - OD 100 100 100 100 90 100 90 Operador mínimo 10 0 60 60 50 20 0 IQAPVA p éssimo péssimo boa boa regular ruim péssimo

IQA ------ 51 43 -- ---- 40 50 42 - ----- reg ular reg ular -- ---- reg ular reg ular reg r

6

H3.L-ula

Amônia (mgN1) 1,2 2,5 3 6 2 25 4 FD - amônia 10 0 0 0 0 0 0 OD (mg.L-1) 7,9 7,27 4,46 2,38 5,09 6,03 7,21 FD - OD 100 90 50 20 60 70 70 Operador mínimo 10 0 0 0 0 0 0 IQAPVA péssimo péssimo péssimo péssimo péssimo péssimo péssimo

IQA 43 43 30 20 30 30 35 regular regular ruim ruim ruim ruim ruim

*------ NãoFonte: o

mento similar no que se refere ao estado de qualidade. Os

sultados apontam para índices de menores valores à medida que se caminha da nascente

para a foz do Rio do Tigre.

obteve-se resultados. autor.

Pelos dados da tabela 8 e dos gráficos 1 e 2, os índices IQAPVA e IQA, de modo geral,

apresentaram um comporta

re

Page 29: Relatório Final IQA - PIBIC

Gráfico 1: Valores de IQA para os seis pontos nas sete amostragens realizadas

Gráfico 2 – Valores de IQAPVA para os seis pontos nas sete amostragens realizadas

Para os pontos 1, 4, 5 e 6 observou-se maior degradação indicada pelo índice IQAPVA.

De acordo com da Silva e Jardim (2006) a maior degradação da qualidade da água mostrada

pelo IQAPVA pode ter sua justificativa na ausência do efeito eclipse e pelas variáveis que o

compõem, permitindo com isto uma resposta mais sensível desse índice à forte presença do

esgoto doméstico in natura, rico em amônia e matéria orgânica.

Para os pontos 2 e 3 não se observou esta relação. Estes resultados podem ser devido a

uma boa oxigenação do rio nesta região, associado a baixa concentração de nitrogênio

amoniacal.

29

Page 30: Relatório Final IQA - PIBIC

30

a ab

17-6-2009

s valores d

s pontos 1 e 3 (Linha Duas Casas)

encontram- ente).

Fotografia 2: Ponto 2 – Distrito de Nova Petrópolis. 5-11-2009

Constatou-se que o ponto 1, localizado

menores valores de IQAPVA

baixa concentração de oxigênio

observado na Fotografia 1. A caixa que protege

tempo, a água armazenada escorre por um

quantidade de água escoada a coleta nã

na nascente do rio do Tigre, apresentou

que os pontos 2 e 3. O responsável por estes resultados foi a

dissolvido, devido a nascente estar protegida, como pode ser

a mesma apresenta-se fechada durante todo o

ertura na parte inferior. Devido a pequena

o pode ser realizada fora desta caixa.

03-12-2008

Fotografia 1: Ponto 1 – Nascente

e IQA indicam que a água da nascente apresenta boa qualidade.

(nascente), 2 (distrito de Nova Petrópolis)

se na área rural do município de Joaçaba (fotografias 1, 2 e 3, respectivam

O

O

Page 31: Relatório Final IQA - PIBIC

31

,

21-5-2009 17-6-2009

final dos dejetos suínos tem sido

realizada de maneira adequada.

oncluiu-se qu e péssimo) foram

staque para os ponto

4, localizado na Vila Pedrini (Fotografia 4)

Novem unicípio o rio do Tigre

é corpo receptor de efluente

Nesta região se localizam vários suinocul

principalmente no ponto 3, pode-se constatar um

espumas também foi observada (fotografia 3 -

detergentes e uma maior turbulência do rio neste ponto.

tores, e em algumas coletas realizadas

odor característico de suínos. A presença de

direita), podendo estar associada a presença de

Fotografia 3: Ponto 3 – Linha Duas Casas

No entanto, observou-se que nos pontos amostrados na área rural do município de

Joaçaba, o IQA e IQAPVA apresentaram resultados que caracterizam o rio do Tigre em nível

de qualidade bom a ótimo. Isto indica que a disposição

C e os estados mais degradados (regular, ruim

encontrados na zona urbana, que corresponde aos pontos 4, 5 e 6, com de

e ponto 6, localizo no final da Avenida XV de

ro. Fato esperado, pois em vários pontos da zona urbana do m

s domésticos sem tratamento.

b

Page 32: Relatório Final IQA - PIBIC

32

Fotografia 4: Ponto 4 – Vila Pedrini. 17-6-2009

média, maiores valores de IQA e IQAPVA que os pontos 4 e

6, o que pode ser devido a sua maior largura e vazão neste ponto, o que auxilia na auto

depuração do Rio do Tigre. A fotografia 5 apresenta o local da coleta no ponto 5.

Fotografia 5: Ponto 5 – Av. Barão do Rio Branco. 17-6-2009

lizado após a prefeitura, obteve um alto

tes, DBO, surfactantes aniônicos, óleos e graxas e

bro, existe grande número de moradias, postos

rgens do Rio do Tigre, como pode ser observado na

O ponto 5 apresentou, em

Neste trabalho, verificou-se que o ponto 6, loca

índice de coliformes totais e termotoleran

fósforo total. Em toda Avenida XV de Novem

de gasolina, restaurantes e lojas nas ma

Fotografia 6 (à direita).

Page 33: Relatório Final IQA - PIBIC

33

V de Novembro.

ba e um técnico da Simae retomaram este

eitura). De acordo com a folha Expresso (2009), o mau

heiro que exala dos fundos da prefeitura se torna mais forte nos dias de calor, principalmente

o verão, quando diminui o volume de águas.

Em avaliação da qualidade da água do rio Bauru - SP, Rino et al (2001) também

erificou através do IQA, uma intensa degradação do rio na área urbana, após receber cerca

e 900 litros por segundo de esgotos sanitários in natura, onde 7 de 13 pontos de amostragem

qualidade da água é classificada como péssima.

Molina et al (2006), em análise na microbacia do córrego Água da Bomba – SP,

constatou que suas principais fontes de contaminação são o lançamento de esgoto e a água de

drenagem na área urbana, e erosão nas áreas rurais.

Na fotografia 7 observa-se exemplos de descaso com o rio do Tigre, com presença de

lixos nas margens e no próprio rio.

22-4-2009 17-6-2009

Fotografia 6: Ponto 6 – Av. X

Nos anos de 2005 e 2007 um levantamento nos bairros de Joaçaba foi realizado para

identificar quem estava lançando esgoto nos rios do Tigre e do Peixe. Em maio de 2009 um

técnico da vigilância sanitária da prefeitura de Joaça

trabalho, com um destaque para o centro da cidade, onde se localiza o pior ponto de

lançamento (atrás do prédio da pref

c

n

v

d

a

Page 34: Relatório Final IQA - PIBIC

34

Ponto 4 - 17-6-2009 Ponto 4 - 22-4-2009

Próximo ao ponto 5 - 5-11-2008

rgens em diferentes pontos.

analisados com os valores previstos para rio

de clas

Ponto 4 - 22-4-2009

Fotografia 7: Presença de lixo no rio e nas ma

Carvalho, Ferreira e Stapelfeldt (2004) defendem que a determinação de outros

parâmetros além dos estabelecidos pelo IQA é muito importante, pois eles podem indicar um

grau de poluição não observado pelo cálculo de IQA.

Além dos parâmetros necessários para o cálculo dos índices de qualidade,

determinamos também os parâmetros óleos e graxas e surfactantes aniônicos. Comparou-se os

valores médios destes parâmetros nos seis pontos

se 2 na Resolução CONAMA 357 (2005) e Decreto Estadual 14.250 (1981).

Page 35: Relatório Final IQA - PIBIC

35

57 (2005) e Decreto Estadual

14.250 (1980) para todos os pontos amostrados.

O parâmetro DBO apresentou-se superior ao determinado pela legislação para o ponto

6. O mesmo ocorreu para a concentração de oxigênio dissolvido que apresentou-se menor que

o recomendado, como pode ser observado nos Gráficos 3 e 4.

Dos valores analisados, somente os parâmetros pH, turbidez e sólidos dissolvidos

encontram-se em conformidade com a Resolução Conama 3

― VMP Resolução Conama 357 (2005)

Gráfico 3: Média dos valores de DBO nos seis pontos amostrados

Os maiores aumentos em termos de DBO, num corpo d'água, são provocados por

despejos de origem predominantemente orgânica. A presença de um alto teor de matéria

orgânica pode induzir à completa extinção do oxigênio na água, provocando o

desaparecimento de peixes e outras formas de vida aquática.

www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/indice.asp

No gráfico 4 observa-se menor concentração de oxigênio dissolvido no ponto 6, local

que apresentou maior valor de demanda bioquímica de oxigênio (DBO).

Page 36: Relatório Final IQA - PIBIC

Gráfico 4: Média dos valores de Oxigênio Dissolvido (OD) nos seis pontos amostrados

Ainda em relação ao oxigênio dissolvido, uma variável ambiental clássica, sua

ausência pode afetar significativamente a biota aquática. De um modo geral e simplificado,

com base nos critérios de qualidade para oxigênio dissolvido publicados pela Agência de

Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), as faixas de concentração de oxigênio

dissolvido com as respectivas comunidades aquáticas que podem suportar tais níveis de

oxigênio dissolvido são: de 0 a 2 mg L-1 é insuficiente para manter a vida aquática, de 2 a 4

mg L-1 somente poucas espécies de peixes podem sobreviver, de 4 a 7 mg L-1 é aceitável para

peixes de águas quentes e de 7 a 11 mg L-1 é ideal para peixes de águas frias. (da SILVA e

JARDIM, 2006).

Segundo Pimenta (2002), o lançamento de efluentes in natura nos recursos hídricos

resulta além de vários problemas sócio-ambientais, em impactos significativos sobre a vida

aquática e o meio ambiente como um todo. Por exemplo, a matéria orgânica presente nos

dejetos ao entrar em um sistema aquático, leva a uma grande proliferação de bactérias

aeróbicas provocando o consumo de oxigênio dissolvido que pode reduzir a valores muitos

baixos, ou mesmo extinguir, gerando impactos a vida aquática aeróbica. Têm-se como outros

exemplos de impactos a eutrofização, a disseminação de doenças de veiculação hídrica,

agravamento do problema de escassez de água de boa qualidade, desequilíbrio ecológico,

entre outros.

Com exceção da nascente, os demais pontos apresentaram concentração de fósforo

36

Page 37: Relatório Final IQA - PIBIC

total maior que o permitido pela legislação para rios de classe. Com destaque para o ponto 6

que apresentou valor quase cinco vezes maior, como pode ser observado no Gráfico 5.

― VMP Resolução Conama 357 (2005)

Gráfico 5: Média da concentração de fósforo total nos seis pontos amostrados

O fósforo, de acordo com Guimarães e Nour (2001), tem origem natural pelos

processos de intemperismo das rochas e decomposição da matéria orgânica. Por atividade

antrópica, o aporte de fósforo nos corpos d’água pode ocorrer por lançamento de despejos

domésticos e industriais, fertilizantes e lixiviação de criatórios de animais (LIBÂNIO, 2005).

As águas drenadas em áreas agrícolas e urbanas também podem provocar a presença

excessiva de fósforo em águas naturais. Ainda por ser nutriente para processos biológicos, o

excesso de fósforo em esgotos sanitários e efluentes industriais, também conduz a processos

de eutrofização das águas naturais.

Outro parâmetro que chama a atenção é a concentração de coliformes termotolerantes.

Coliformes termotolerantes são indicativos de contaminação por esgoto doméstico. Os pontos

localizados na zona urbana do município apresentaram valores médios de coliformes totais e

termotolerantes, cerca de 77 e 57 vezes, respectivamente, maior que a zona rural. O gráfico 6

apresenta a concentração de coliformes totais e termotolerantes em escala logarítmica, os

valores médios podem ser comprovados na tabela do apêndice 1.

37

Page 38: Relatório Final IQA - PIBIC

― VMP Conama 357 (2005)

Gráfico 6: Média do Número mais provável (NMP) de coliformes totais e termotolerantes em 100 mL de amostra nos seis pontos amostrados.

As doenças veiculadas pela água têm origem, principalmente, a partir de dejetos.

Muitos microorganismos patogênicos são parasitas do intestino humano que são eliminados

juntamente com as fezes. (PIMENTA et al, 2002).

Surfactante aniônico é o princípio ativo dos detergentes que, de acordo com Amigo

(1998), podem ser encontrados nos sabões, e, detergentes sintéticos mais usados a nível

doméstico, que possuem alta propriedade redutora de tensão superficial. Os detergentes tem

sido os responsáveis pela aceleração da eutrofização, além da maioria dos detergentes

comerciais empregados serem ricos em fósforo, sabe-se que exercem efeito tóxico sobre o

zooplâncton, predador natural das águas (http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/variaveis).

Como pode ser observado no Gráfico 7, novamente o ponto 6 ultrapassou o permitido

para rios de classe 2.

38

Page 39: Relatório Final IQA - PIBIC

― VMP Conama 357 (2005)

Gráfico 7: Média da concentração de surfactantes aniônicos nos seis pontos amostrados

39

Segundo CETESB, os esgotos sanitários possuem de 3 a 6 mg/L de detergentes.

(http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/variaveis.asp) Avaliando os dados sobre a variação

diurna horária de LAS no esgoto bruto, observou-se limites extremos de concentração, de 3,7 mg/l

(às 5h) e 31,8 mg/l (às 15h) com uma concentração média diária de 15,1 mg/l.

No gráfico 8 são apresentados os valores para o parâmetro óleos e graxas. Para rios de

classe 2, o parâmetro óleos e graxas deve ser virtualmente ausente.

Gráfico 8: Média da concentração de óleos e graxas nos seis pontos amostrados

Page 40: Relatório Final IQA - PIBIC

40

Na determinação do parâmetro óleos e graxas grupos de substâncias com

características físicas similares são determinadas quantitativamente baseadas na solubilidade

em um solvente orgânico. Os solventes orgânicos não tem habilidade para dissolver somente

óleos e graxas, mas também outras substâncias orgânicas, caracterizadas como interferentes

(APHA, 2005). A concentração de óleos e graxas no ponto 1 pode ser devida a matéria

orgânica aderida na superfície da caixa de proteção (Fotografia 1), a qual foi extraída pelos

solvente e quantificada como óleos e graxas.

Page 41: Relatório Final IQA - PIBIC

41

nio amoniacal.

6 CONCLUSÃO

Os valores de IQA indicam que as amostras coletadas da nascente a zona rural (pontos

01, 02 e 03) apresentam boa qualidade. Os valores de IQAPVA classificam as águas de ótima a

regular, nos mesmos pontos. Os estados mais degradados, regular, ruim e péssimo, foram

encontrados na zona urbana (pontos 04, 05 e 06), com destaque para os pontos 04 (Vila

Pedrini) e 06 (Avenida XV de Novembro).

Para os pontos 01, 04, 05 e 06 observaram-se maior degradação indicada pelo índice

IQAPVA, o que não ocorreu para os pontos 02 e 03. A menor degradação indicada pelo

IQAPVA pode ser devido a uma boa oxigenação do rio nesta região, associado à baixa

concentração de nitrogê

Os parâmetros turbidez, sólidos dissolvidos e temperatura encontram-se em

conformidade com a Resolução 357 (2005) e Decreto Estadual 14.250 (1980) para rios de

classe 2. Com exceção da nascente, os demais pontos apresentaram teores de fósforo total e

coliformes termotolerantes superiores aos valores máximos permitidos. O ponto 06

apresentou valores de DBO, OD e surfactantes superiores ao permitido pela legislação.

Os resultados indicam que a qualidade das águas do rio do Tigre apresenta-se em

estado critico na zona urbana do município de Joaçaba, estando mais controlada na zona rural.

Esta situação é devida ao lançamento de esgotos domésticos in natura, principalmente na

região da Avenida XV de Novembro.

Page 42: Relatório Final IQA - PIBIC

42

REFERÊNCIAS

APHA. Standard Methods for Examination of Water and Wastewater - AWW-WPCF,

2005. 21a edição, Washington.

BILICH, M. R., LACERDA, M. P. C. Avaliação da qualidade da água do Distrito Federal

(DF), por meio de geoprocessamento, Anais... XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento

Remoto, Goiânia, Brasil, 16-21 abril 2005, INPE, p. 2059-2065.

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Page 46: Relatório Final IQA - PIBIC

46

APÊNDICE

Page 47: Relatório Final IQA - PIBIC

Apêndice 1 – Valores médios dos parâmetros utilizados no cálculo do IQA e IQAPVA

Parâmetros Unidade Legislação Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06 Temperatura °C 19,1 18,4 19,0 19,8 19,6 20,2

Turbidez NTU 100 4,8 13,8 18,3 26,1 19,9 21,8

pH 6,0 - 9,0 6,0 7,4 7,6 7,6 7,1 7,4

Oxigênio Dissolvido mg.O2.L-1 > 5,0 5,3 7,1 7,2 7,0 6,9 5,0

Sólidos Dissolvidos mg.L-1 500 87 83 79 313 91 133

Fósforo Total mg.PO4-P.L-1 0,1 0,20 0,18 0,19 0,17 0,21 0,49

Demanda Bioquímica de

Oxigênio mg.O2.L-1 < 5,0 3,6 1,1 2,0 4,4 4,3 12,0

Coliformes Totais NMP/100ml 486 12036 8800 312125 308375 1778750

Coliformes Termotolerantes NMP/100ml 1000 325 5566 8413 205350 83988 903750

Amônia mgNH3-N.L-1 3,7mg/L N, pH ≤ 7,5 0,03 0,10 0,13 3,85 1,17 5,50

2,0 mg/L N, 7,5 < pH ≤ 8,0

Nitrogênio Total mgN.L-1 1,2 1,5 1,6 5,9 2,9 5,1

Surfactantes Aniônicos mgLAS.L-1 0,5 0,07 0,24 0,23 0,20 0,31 1,08

Óleos e Graxas mg.L-1 Virtualmente ausente 8,0 3,1 13,1 11,7 11,5 17,0

Page 48: Relatório Final IQA - PIBIC

Apêndice 2 – Parâmetros determinados e valores obtidos para os sete pontos amostrados na coleta realizada em 13/12/2008

Parâmetros Unidade Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06

Temperatura °C 18,1 17,2 18,2 19 19,2 19,3

Turbidez FAU 1 6 17

pH 5,53 7,3 7,5 7,82 7,51 7,6

Oxigênio Dissolvido mgO2.L-1 4,82 8,97 8,89 9 8,45 7,9

Sólidos Totais mgL-1 10 10 50 220 140 150

Sólidos Dissolvidos mg.L-1 90 70 90 210 80 90

Nitrogênio Total mgN.L-1 0,6 1 0,9 6,5 3,1 3,2

Fósforo Total mgPO4-P.L-1 0,08 0,42 0,31 0,11 0,05 0,06

Demanda Bioquímica de Oxigênio mgO2.L-1 4 0 0 3 3 8

Coliformes Totais NMP/100ml 130 4900 2600 130000 79000 1600000

Coliformes Termotolerantes NMP/100ml 78 4900 7000 7800 33000 350000

Amônia mgNH3.L-1 0 0,05 0,05 4,8 1,2 1,2

Surfactantes Aniônicos mgLAS.L-11 0,05 0,12 0,2 0,14 0,26 1,3

Óleos e Graxas mg.L-1 14 10 0 16 0 0

Page 49: Relatório Final IQA - PIBIC

Apêndice 3 – Parâmetros determinados e valores obtidos para os sete pontos amostrados na coleta realizada em 04/02/2009

Parâmetros Unidade Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06

Temperatura °C 19,3 20,3 20,7 21,7 21,5 22,7

Turbidez FAU 1 12 32 54 23 14

pH 5,56 7,33 7,62 7,73 7,31 7,2

Oxigênio Dissolvido mgO2.L-1 4,18 8,31 8,51 8,52 8,31 7,27

Sólidos Totais mg.L-1 30 80 80 90 90 80

Sólidos Dissolvidos mg.L-1 30 80 80 70 80 60

Nitrogênio Total mg.N.L-1 0,7 1,6 1,8 3,6 3,2 2,7

Fósforo Total mg.PO4-P.L-1 0,09 0,11 0,16 0,15 0,16 0,29

Demanda Bioquímica de Oxigênio mgO2.L-1 0 0 0 2 1 2

Coliformes Totais NMP/100ml 140 35000 13000 1600000 220000 2800000

Coliformes Termotolerantes NMP/100ml 45 2100 13000 920000 40000 2200000

Amônia mg.NH3.L-1 0 0,1 0,3 1,5 2 2,5

Surfactantes Aniônicos mgLAS.L-1 0,04 0,14 0,35 0,19 0,38 0,5

Óleos e Graxas mg.L-1 0 0 0 0 0 0

Page 50: Relatório Final IQA - PIBIC

Apêndice 4 – Parâmetros determinados e valores obtidos para os sete pontos amostrados na coleta realizada em 04/03/2009

Parâmetros Unidade Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06 Temperatura °C 21,6 23,3 24,8 25,8 26 25,9

Turbidez FAU 1 9 8 10 8 17 pH 6 7,65 7,77 7,7 6,9 7,21

Oxigênio Dissolvido mgO2.L-1 4,95 7,88 7,85 7,8 7,61 4,46

Sólidos Totais mg.L-1 140 100 80 130 20 120

Sólidos Dissolvidos mg.L-1 140 96 76 115 19 101

Nitrogênio Total mg.N.L-1 2 2,1 1,4 3,7 2,1 7

Fósforo Total mg.PO4-P.L-1 0,08 0,17 0,25 0,25 0,25 0,76

Demanda Bioquímica de Oxigênio mgO2.L-1 10 0 3 5 4 17 Coliformes Totais NMP/100ml 490 7000 3300 35000 1300000 2800000

Coliformes Termotolerantes NMP/100ml 220 7000 2300 13000 330000 2200000

Amônia mg.NH3.L-1 0 0,07 0,07 0,7 0,27 3

Surfactantes Aniônicos mgLAS.L-1 0,05 0,09 0.1 < 0,05 0,15 1,84

Óleos e Graxas mg.L-1 10 18 12

50

Page 51: Relatório Final IQA - PIBIC

Apêndice 5 – Parâmetros determinados e valores obtidos para os sete pontos amostrados na coleta realizada em 01/04/2009

Parâmetros Unidade Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06 Temperatura °C 21 20,8 22 24 24 25

Turbidez FAU 7,5 6,37 6,46 7,34 4,06 9,87 pH 6,86 7,8 7,6 7,49 6,51 7,27

Oxigênio Dissolvido mgO2.L-1 6,36 8,.1 8,03 7,12 7,7 2,38

Sólidos Totais mg.L-1 142 73 69 1039 96 181

Sólidos Dissolvidos mg.L-1 60 71 66 1029 92 172

Nitrogênio Total mg.N.L-1 2,1 0,7 1,1 10,8 2 7,9

Fósforo Total mg.PO4-P.L-1 0,09 0,11 0,12 0,15 0,2 1,02

Demanda Bioquímica de Oxigênio mgO2.L-1 2 15 Coliformes Totais NMP/100ml 790 22000 4600 79000 490000 4900000

Coliformes Termotolerantes NMP/100ml 790 11000 2100 49000 17000 1100000

Amônia mg.NH3.L-1 0,1 0,05 0,06 6 0,3 6

Surfactantes Aniônicos mgLAS.L-1 0,05 0,1 0,07 0,23 0,21 1,69

Óleos e Graxas mg.L-1 1,6 0 42 34 42

51

Page 52: Relatório Final IQA - PIBIC

Apêndice 6 – Parâmetros determinados e valores obtidos para os sete pontos amostrados na coleta realizada em 22/04/2009

Parâmetros Unidade Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06 Temperatura °C 18,7 17,7 18,5 19,1 18,9 19,3

Turbidez FAU 4,46 33,2 10,27 9,47 16,22 18,9 pH 5,45 7,49 7,65 6,98 6,25 7,26

Oxigênio Dissolvido mgO2.L-1 5,47 7,56 7,63 7,15 7,08 5,09

Sólidos Totais mg.L-1 104 127 110 563 157 184

Sólidos Dissolvidos mg.L-1 90 98 80 527 127 152

Nitrogênio Total mg.N.L-1 1 1,9 1,6 6,2 3,3 6,4

Fósforo Total mg.PO4-P.L-1 0,06 0,32 0,14 0,17 0,2 0,63

Demanda Bioquímica de Oxigênio mgO2.L-1 5 3 2 3 5 22 Coliformes Totais NMP/100ml 1300 11000 24000 24000 240000 1300000

Coliformes Termotolerantes NMP/100ml 790 11000 24000 24000 130000 790000

Amônia mg.NH3.L-1 0 0,25 0,12 1 0,4 2

Surfactantes Aniônicos mgLAS.L-1 0,03 0,81 0,16 0,19 0,32 1,07

Óleos e Graxas mg.L-1 16,4 4,6

52

Page 53: Relatório Final IQA - PIBIC

Apêndice 7 – Parâmetros determinados e valores obtidos para os sete pontos amostrados na coleta realizada em 22/05/2009

Parâmetros Unidade Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06 Temperatura °C 17,6 12,5 12,6 13,5 13,6 14,8

Turbidez FAU 2,7 7,18 10,71 11,17 10,19 17,6 pH 6,2 7,5 7,6 7,8 7,6 7,4

Oxigênio Dissolvido mgO2.L-1 5,66 9,39 9,38 8,97 8,92 6,03

Sólidos Totais mg.L-1 89 68 76 231 77 117

Sólidos Dissolvidos mg.L-1 85 68 71 231 75 108

Nitrogênio Total mg.N.L-1 0,7 1,2 1,6 9,3 3,1 7,7

Fósforo Total mg.PO4-P.L-1 0,11 0,1 0,12 0,13 0,14 0,67

Demanda Bioquímica de Oxigênio mgO2.L-1 2 1 1 4 2 18 Coliformes Totais NMP/100ml 490 4900 2400 540000 79000 240000

Coliformes Termotolerantes NMP/100ml 330 3300 2400 540000 79000 240000

Amônia mg.NH3.L-1 0 0,05 0,07 11 1 25

Surfactantes Aniônicos mgLAS.L-1 0,05 0,04 0,05 0,11 0,07 0,9

Óleos e Graxas mg.L-1 6,2 4,2 5,4 2,6 8,8 30,8

53

Page 54: Relatório Final IQA - PIBIC

54

Apêndice 8 – Parâmetros determinados e valores obtidos para os sete pontos amostrados na coleta realizada em 12//06/2009

Parâmetros Unidade Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06 Temperatura °C 17,2 13,6 13 13,2 13,2 13

Turbidez FAU 16,1 28,6 48,5 77,7 67,7 68 pH 6,17 6,86 7,31 7,61 7,43 7,52

Oxigênio Dissolvido mgO2.L-1 5,53 7,29 7,45 7,47 7,23 7,21

Sólidos Totais mg.L-1 118 79 102 219 175 177

Sólidos Dissolvidos mg.L-1 113 74 97 192 161 163

Nitrogênio Total mg.N.L-1 < 0,5 1,8 < 0,5 4 3,9 3,8

Fósforo Total mg.PO4-P.L-1 0,12 0,13 0,31 0,31 0,29 0,3

Demanda Bioquímica de Oxigênio mg.O2.L-1 2 3 4 7 14 12 Coliformes Totais NMP/100ml 61 11000 17000 35000 35000 240000

Coliformes Termotolerantes NMP/100ml 20 4900 13000 35000 35000 240000

Amônia mg.NH3.L-1 0,12 0,2 0,3 5,5 4 4

Surfactantes Aniônicos mgLAS.L-1 0,07 0,24 0,21 0,38 0,39 0,31

Óleos e Graxas mg.L-1