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Relatório e Contas 2013 1 Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Relatório e Contas 2013 2 Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Índice
Mensagem do Presidente do Conselho de Administração ..................................................... 4
1. O Centro Hospitalar Cova da Beira .............................................................................. 11
2. Recursos Humanos ....................................................................................................... 24
3. Actividade desenvolvida em 2013 ................................................................................. 32
3.1 Resumo da Atividade Assistencial ............................................................................................ 32
3.2 Desenvolvimento de Projetos .................................................................................................... 32
3.3 Qualidade .................................................................................................................................. 36
3.4 Investigação Clínica .................................................................................................................. 38
3.5 Telemedicina ............................................................................................................................. 40
3.6 Serviço Social ............................................................................................................................. 41
3.7 Rede Nacional de Cuidados Integrados Continuados ............................................................... 43
3.8 Sistemas e Tecnologias de Informação ..................................................................................... 47
3.9 Anatomia Patológica ................................................................................................................. 47
3.10 Farmácia Hospitalar ................................................................................................................ 47
3.11 Avaliação do Grau de Satisfação dos Utentes e Colaboradores .............................................. 48
3.12 Sustentabilidade ...................................................................................................................... 50
3.13 Outras informações/ Iniciativas ............................................................................................... 57
4. Relatório de produção .................................................................................................. 60
4.1 Consulta Externa ....................................................................................................................... 60
4.2 Urgência .................................................................................................................................... 61
4.3 Hospital de Dia .......................................................................................................................... 62
4.4 Serviço Domiciliário ................................................................................................................. 63
4.5 Internamento .............................................................................................................................. 63
4.6 Atividade Cirúrgica ................................................................................................................... 64
4.7 Bloco de Partos .......................................................................................................................... 67
4.8 Análise GDH's ........................................................................................................................... 67
4.8.1 GDH's de Internamento .......................................................................................................... 67
4.8.2 GDH's de Ambulatório ........................................................................................................... 75
4.8.2.1 Actividade Médica de Ambulatório ..................................................................................... 75
4.8.2.2 Cirurgia de Ambulatório ...................................................................................................... 78
4.9 Indicadores de Qualidade e Benchmarking ............................................................................... 82
4.10 Codificação .............................................................................................................................. 88
4.11Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) ............................................. 88
Relatório e Contas 2013 3 Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
5. Linhas estratégicas 2013-2015 ................................................................................... 91
5.1 Principais Linhas Estratégicas ................................................................................................... 91
5.3 Metas de Produção 2014 ........................................................................................................... 93
6. Relatório económico-financeiro .................................................................................... 96
6. 1. Cumprimento dos princípios de bom governo ........................................................................ 96
6.1.1. Missão, Objetivos e Politicas da Empresa ......................................................................... 96
6.1.2. Regulamentos Internos e Externos a que a Empresa está sujeita ...................................... 96
6.1.3. Informação sobre as Transacções Relevantes ................................................................... 96
6.1.4. Informação sobre outras Transacções ............................................................................... 96
6.1.5. Indicação do Modelo de Governo e Identificação dos Membros dos Órgãos Sociais ...... 97
6.1.6. Estatuto Remuneratório Fixado ......................................................................................... 97
6.1.7. Remunerações ................................................................................................................... 98
6.1.8. Cumprimento das orientações legais ............................................................................... 100
6.2.1. Proveitos e Ganhos .......................................................................................................... 106
6.2.2. Custos e Perdas ................................................................................................................ 108
6.2.3. Imobilizado ...................................................................................................................... 111
6.2.4. Dívidas de Terceiros ........................................................................................................ 111
6.2.5. Acréscimos e Diferimentos ............................................................................................. 112
6.2.6. Fornecedores ................................................................................................................... 112
6.2.7. Resultados ....................................................................................................................... 112
7. Documentos de Prestação de Contas ........................................................................... 114
7.1 – Demonstrações financeiras ................................................................................................... 114
Relatório e Contas 2013 4 Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Mensagem do Presidente do Conselho de Administração
RELATÓRIO E CONTAS 2013 5 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
O ano de 2013 para o CHCB foi um ano
especialmente difícil, e ao mesmo tempo, um
ano de desenvolvimento organizacional e de
incremento de metas da qualidade. Numa
avaliação global, podemos dizer que foram
superados os grandes desafios de 2013 devido
ao enorme empenhamento e dedicação dos
profissionais envolvidos num claro e definido
rumo estratégico.
As dificuldades sentidas a nível da situação
económico-financeira do Centro Hospitalar,
má desde o princípio, e assim ficou plasmada
em orçamento, derivam essencialmente do
facto das receitas previstas no contrato
programa com o Ministério da Saúde, não
cobrirem as despesas previstas no Orçamento
deixando aproximadamente 20% das despesas
correntes sem contrapartida. Por esse motivo,
à partida era esperado um EBITDA
amplamente negativo e um agravamento do
passivo. Também a gestão da tesouraria se
esperava, e foi, muito complexa.
Como já foi demonstrado em diversas
circunstâncias o modelo de contrato programa,
evidencia diversos problemas e inadequações
que tem no CHCB um enorme impacto.
Sabendo-se que o contrato programa aplicável
ao Centro Hospitalar remunera actividade, daí
decorrem duas consequências, Uma primeira
resultante da insuficiente actividade cirúrgica,
que decorre directamente da franca
insuficiência de anestesistas (que não tem sido
possível contratar apesar da abertura de
diversos concursos), uma segunda, resultante,
do impacto do Índice de Case Mix, que apesar
de estar a subir, aproximando-se do valor mais
próximo do que traduz mais realmente a
actividade do CHCB, ainda não atingiu esse
valor. Outros problemas decorrem também do
contrato programa e resultam, mais uma vez
do inadequado modelo, que remunera muito
mal a actividade de ambulatório, com especial
incidência em especialidades de predomínio
dessa área de actividade: Infecciologia,
Neurologia, Imunohemoterapia e Oncologia
que no CHCB tem uma representação
significativa.
Junta-se aos factores anteriores a não
diferenciação do hospital enquanto hospital
universitário, bem como os sobrecustos
relacionados com os transportes dos doentes e
os decorrentes dos pagamentos de exames e
tratamentos, que não cabendo ao CHCB em
termos de rede de referenciação, deviam ser
assumidos pelas instituições com essa
responsabilidade.
Só, com uma gestão rigorosa e minuciosa,
foi possível, encontrar as dinâmicas para
manter o hospital a funcionar, assegurando e
incrementando a prestação de cuidados com
qualidade aos doentes, o pagamento atempado
dos salários aos colaboradores, no entanto o
deficit impôs impossibilidade de cumprir a Lei
dos Compromissos, o aumento do passivo e a
dilatação do prazo de pagamento a
fornecedores. Apesar de ter havido reforço de
verbas para pagamento de divida vencida, tal
não foi suficiente para compensar o
insuficiente financiamento. Prova do rigor que
assumimos e com envolvimento de todos foi
possível terminar o ano com um deficit menor
que o previsto no orçamento e ainda apostar
no desenvolvimento do hospital. Refira-se
que, para esta melhoria da gestão, revelou-se
RELATÓRIO E CONTAS 2013 6 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
da maior importância o reforço da área de
controlo, planeamento e estratégia que foi
implementada.
No que diz respeito ao Capital Humano a
situação também foi bastante difícil, houve
disponibilidade do Ministério para abrir vagas
de especialidades médicas, mas a modalidade
de concurso não teve grande sucesso e o
processo ainda se agravou com a passagem a
dos concursos a serem regionais. Muitas das
vagas ficaram por preencher. Todo o processo
de contratação de pessoal está demasiado
burocratizado e os tempos são demasiados até
à sua conclusão, o que foi ajudando a
ineficiência. Os níveis do Ministério da Saúde
que intervém são demasiados e muitos deles
sem aportarem mais-valia.
Apesar da carência de efectivos médicos
em diversas especialidades, algumas delas
chave para alavancar a produção (exemplo da
anestesia em relação a actividade cirúrgica),
pela grande participação e envolvimento dos
que estão ligados ao nosso centro hospitalar,
foi possível concluir com incremento das
actividades em diversas linhas de produção.
Sublime é que a par disso os indicadores de
qualidade melhoraram de forma sustentada no
último ano, confirmando a tendência, e
validando a estratégia prosseguida. Tal fica
evidenciada pelos dados de benchmarking,
pela certificação de diversos serviços e re-
acreditação do CHCB pelos exigentes e
rigorosos padrões da Joint Commission
International, desta feita enquanto Centro
Médico Académico.
De acordo com dados da Administração
Central do Sistema de Saúde, em múltiplas
especialidades o CHCB comporta-se como
hospital de tipo Central, na capacidade de
resolução das situações clínicas. Também o
reconhecimento por parte dos doentes
traduzido numa procura em crescimento em
diversas especialidades confirma a confiança
que depositam no hospital.
Continuou-se a apostar fortemente na
formação e valorização das pessoas com um
plano de formação para todas as áreas
profissionais do hospital. Lançaram-se ainda
projectos para dinamizar a investigação e
doutoramentos em áreas da saúde,
designadamente Medicina e Enfermagem.
Ainda neste capítulo preparámos um projecto
visando o mapeamento das competências dos
profissionais, das necessidades do hospital e
dos serviços e da sua relação com a formação.
Este projecto preparado em parceria com a
Agencia da Qualidade da Andaluzia, foi
candidatado a financiamento ao SAMA II, foi
considerado elegível mas não obteve
financiamento, pelo que iremos continuar a
procurar forma de o levarmos por diante,
nesse sentido foi apresentado a Direcção de
Qualidade da Direcção Geral de Saúde.
Lançamos os concursos para Assistente
Graduado Sénior com base nas quotas que nos
foram disponibilizadas e criámos as bases para
em 2014 implementarmos o SIADAP
médicos.
Em 2013 elaborámos o Plano Estratégico
até 2015 que debatemos internamente e
externamente e submetemos à tutela e que
assume o nosso pensamento estratégico e as
perspectivas para o desenvolvimento e
equilíbrio financeiro. Estudámos e
RELATÓRIO E CONTAS 2013 7 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
apresentámos diversas soluções que
identificámos como sendo contributos para a
manutenção do CHCB como Hospital
prestador de cuidados de saúde de forma
racional e sustentável à população.
Assumindo que é da maior importância
para a região a articulação com os hospitais da
Guarda e Castelo Branco, envolvemo-nos
estabelecendo princípios a acordos de
articulação em múltiplas especialidades, num
caminho que vai continuar a ser trilhado. O
CHCB contribui determinadamente para uma
aliança a bem da saúde que possa melhorar os
cuidados prestados aos nossos cidadãos de
forma razoável e sustentada trazendo para a
região áreas de acção que, por insuficiência
regional, se tem desenvolvido fora da região,
mas que racionalmente devem desenvolver-se
localmente.
No tocante a acções com impacto na
prestação de cuidados de saúde, em 2013:
Criámos a Unidade de Cuidados
Agudos Diferenciados, anexa ao serviço de
urgência, para substituir a já inadequada “sala
de observações da urgência”, onde se prestam
cuidados agudos e monitorização aos doentes
que o necessitam, respeitando os mais
modernos princípios de tratamento e
organização de cuidados agudos, com
qualidade e com reforço da segurança.
Visando o incremento da capacidade
resolutiva e maior eficácia e eficiência foram
substituídos equipamentos de ecografia, em
obsolescência, a necessitarem múltiplas
intervenções e reparações, e que já não
garantiam a segurança. Capacitou-se a
cardiologia, a ginecologia e obstetrícia, a
gastrenterologia, a urologia; ao mesmo tempo
aumentou-se o poder de resposta as
necessidades. O CHCB quer cada vez
organizar melhor os cuidados aos doentes.
Desenvolvemos cuidados
domiciliários em várias áreas de acção,
melhorando os cuidados de continuidade e
permitindo uma gestão mais eficiente do
internamento.
Apostámos na modernização em
cuidados de saúde dinamizando projectos de
telemedicina e telemonitorização. Fomos um
dos cinco hospitais com projectos-pilotos
nacionais, desenvolvemos também um
projecto pioneiro de tele-patologia digital
Continuamos a assumir as
responsabilidades como hospital nuclear da
Universidade da Beira Interior, para os cursos
de Medicina entre outros e de hospital de
apoio a múltiplos cursos e estágios
provenientes duma diversidade de instituições
de ensino superior, de que destaco os
Institutos Politécnicos da Guarda e de Castelo
Branco. Na área da investigação, estivemos
envolvidos numa série de projectos e
dinamizamos o centro de ensaios clínicos que
viu diversos ensaios iniciarem-se. Integramos
a rede PtCRIN. Mantivemos uma postura
activa na criação das condições para o
desenvolvimento de mais projectos de
investigação e preparamos para integrar ou
apoiar projectos no âmbito do Horizonte 2020
ou dos projectos de desenvolvimento do
próximo quadro de apoio a nível nacional.
Continuamos a preparar o hospital para a
implementação do projecto de turismo de
saúde, aguardando por um lado as definições
RELATÓRIO E CONTAS 2013 8 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
do ministério da saúde, mas por outro
estabelecendo parcerias e desenvolvendo os
projectos internos que estruturam a
implementação no futuro.
Na inexistência duma articulação com os
cuidados primários de saúde da região da
Cova da Beira de tipo Unidade Local de
Saúde que nos reduz a eficiência e aumenta os
custos do hospital, e nos dificulta a
possibilidade de implementarmos medidas só
possíveis em contexto de mais estreita ligação.
Tentámos, apesar de tudo melhorar a
articulação, no possível, promovemos
múltiplas reuniões com a direcção da
Associação de Centros de Saúde (ACES) e em
que em conjunto foram-se implementando
algumas medidas de articulação, mas ainda
insuficientes.
Mantivemos uma postura de envolvimento
de toda a organização, mantendo a informação
para a gestão, de todos os níveis,
constantemente actualizada e realizando
reuniões periódicas, pelo menos uma vez por
mês, com as direcções de todos os serviços
(clínicos e não clínicos) do CHCB.
Externamente procuramos dialogar com os
órgãos autárquicos através de reuniões que
promovemos, mantendo a máxima abertura e
franqueza para a comunidade
Preparando o futuro, a melhoria dos
resultados em saúde e a sustentabilidade, no
contexto de articulação regional,
desenvolvemos a ideia de criar no CHCB um
Polo de Diagnostico, Intervenção e
Investigação Vascular (PD2IV) visando
aumentar a capacidade de diagnosticar e tratar
doentes com problemas vasculares
ateroscleróticos. Este projecto associa aos
cuidados aos doentes com Acidente Vascular
Cerebral, que o hospital já desenvolve, a
capacidade de intervir na doença coronária,
com a instalação de um equipamento de
cintigrafia no Hospital do Fundão (para a qual
temos garantido o financiamento com o apoio
da Câmara Municipal do Fundão) e com a
modernização do equipamento de angiografia
no hospital Pêro da Covilhã. Sendo que este
ultimo equipamento, também pode ser
utilizado para a doença vascular noutros
territórios, designadamente na doença arterial
periférica. Foram elaborados projectos de
planos de negócio para ambos os projectos
que foram submetidos à Administração
Regional de Saúde.
Ao longo de 2013, o que conseguimos foi
resultado da vontade, energia e contributos de
muitas pessoas, em primeiro lugar dos nossos
colaboradores directos, incluindo os
voluntários do CHCB e a Liga de Amigos, em
segundo das muitas empresas com quem o
CHCB se relaciona e que maioritariamente
revelaram uma excelente prestação e mesmo
por vezes compreensão perante as dificuldades
do CHCB, depois da Universidade da Beira
Interior com quem continuamos a estreitar as
relações, das Câmaras Municipais da Cova da
Beira, das muitas entidades que financiaram
os muitos eventos que o CHCB promoveu e
mesmo as obras que foi possível fazer com o
seu apoio e finalmente de todos aqueles que
duma forma ou de outra ajudaram o CHCB.
O Centro Hospitalar da Cova da Beira,
Centro Medico Académico, através dos seus
dois pólos; da Covilhã e do Fundão, está bem
RELATÓRIO E CONTAS 2013 9 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
ciente do papel que desempenha na região do
maior pólo urbano do interior do Pais, e tudo
fará para continuar a desenvolver cuidados de
saúde da mais elevada qualidade e segurança,
de forma sustentada e ao mesmo tempo as
funções de Ensino e Formação e Investigação.
No ano de 2013 demos passos significativos
nesse sentido.
O Presidente do Conselho de Administração
do Centro Hospitalar Cova da Beira
Miguel Castelo-Branco Sousa
RELATÓRIO E CONTAS 2013 10 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 11 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
1. O Centro Hospitalar Cova da Beira
O Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. é uma unidade do Serviço Nacional de
Saúde português composta por duas unidades hospitalares:
Hospital Pêro da Covilhã, na Covilhã;
Hospital do Fundão, no Fundão.
Instituição moderna e inovadora, de referência
na prestação de cuidados de saúde de excelência
às populações residentes nos Concelhos de
Belmonte, Covilhã, Fundão e parte do Concelho
de Penamacor, em cumprimento do estabelecido
na Carta de Referência hospitalar do Ministério
da Saúde. O Centro Hospitalar Cova da Beira
atende nos seus serviços todos os cidadãos que
desejem ser tratados nesta instituição.
População Abrangida
Índice de Envelhecimento
Fonte: INE, Censos- séries históricas- actualizado: 16 de Fevereiro 2013-acedido 24/03/2014
De acordo com o Protocolo nº 11/2001, publicado em Diário da República, II Série de 16 de
Abril de 2006, esta instituição apresenta-se como Hospital Nuclear da Faculdade de Ciências da
Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI), passando o seu compromisso pelo
desenvolvimento de ensino e investigação de alta responsabilidade e qualidade. O seu
comprometimento revela-se também na participação no ensino pré e pós graduado em
colaboração com as Escolas Superiores de Enfermagem e Escolas Superiores de Tecnologia de
Saúde e promoção, acompanhamento, e desenvolvimento de projectos de investigação clínica
em colaboração com entidades externas.
192,3%227,5% 235,7%
598%
127,8%
0%
100%
200%
300%
400%
500%
600%
700%
Covilhã Belmonte Fundão Penamacor Portugal
RELATÓRIO E CONTAS 2013 12 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Missão
Prestar cuidados de saúde com eficiência,
qualidade, em tempo útil e a custos
socialmente comportáveis, à população da
sua área de influência, e a todos os cidadãos
em geral; desenvolver ensino de alta
qualidade como Hospital Nuclear da
Faculdade de Ciências da Saúde da
Universidade da Beira Interior; participar
no ensino pré e pós graduado, em
colaboração com as Escolas Superiores de
Enfermagem e Escolas Superiores de
Tecnologia de Saúde e outras com as quais
venham a ser celebrados Protocolos,
proporcionando um ensino de excelência
nas várias áreas de prestação de cuidados de
saúde; promover, acompanhar e
desenvolver projectos de investigação
clínica de iniciativa própria ou em
colaboração com entidades externas.
Princípios
Legalidade, Igualdade, Proporcionalidade,
Colaboração e da Boa Fé; Humanismo;
Respeito pela dignidade humana; Qualidade
na acção, assegurando os melhores níveis
de serviço e resultados; Competência e
responsabilidade.
Valores
A atitude centrada no doente e na promoção
da saúde da comunidade, respeitando os
valores do doente da família; a cultura de
excelência técnica, científica e do
conhecimento, como um valor a prosseguir
continuamente; a cultura interna de
multidisciplinaridade e de bom
relacionamento no trabalho e a
Responsabilidade Social, contribuindo para
a optimização na utilização dos recursos e
da capacidade instalada.
Tendo por base os seus princípios e valores, os quais estão difundidos entre os seus
colaboradores, o Centro Hospitalar Cova da Beira assume-se como uma Instituição de
referência, pela qualidade das práticas clínicas e como um centro integrado de prestação de
cuidados e de promoção de competências, na investigação e no ensino das ciências da saúde.
O trabalho contínuo pela qualidade pretende contribuir para «uma Instituição de referência a
nível regional e nacional, pela qualidade na prestação dos cuidados de saúde e pelo seu
contributo para a investigação e o ensino na área da saúde».
RELATÓRIO E CONTAS 2013 13 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
História
Hospital Pêro da Covilhã
Data de 26 de Junho de 1908, a inauguração
do antigo Hospital Distrital da Covilhã.
Denominado na época de Hospital da
Misericórdia da Covilhã, esta obra,
grandiosa para a altura, ficou a dever-se ao
empenho do então presidente da Câmara
Municipal da Covilhã, Dr. Joaquim Nunes
de Oliveira Monteiro.
Às portas de cumprir um século de vida, o
edifício apresentava-se há muito em
precárias condições e estruturalmente
debilitado, pecando também pela difícil
localização e péssimas acessibilidades.
Na memória de todos fica para sempre
gravada, a inclinada rampa de acesso aos
internamentos, por onde os doentes eram
dificilmente transportados em macas,
cadeiras de rodas ou camas, graças à força
humana.
A reverter esta situação, insustentável,
surge o Centro Hospitalar Cova da Beira
(CHCB), fruto de uma generosa
congregação de esforços, oriunda e
impulsionada por factores de natureza
impreterível e pelos agentes
impulsionadores da região.
O Centro Hospitalar Cova da Beira, pessoa
colectiva de direito público com autonomia
administrativa, financeira e património
próprio, foi criado nos termos do artº 1 do
Decreto-lei nº 284/99, de 26 de Julho, e
integrou o Hospital Distrital da Covilhã, o
Hospital Distrital do Fundão e o
Departamento de Psiquiatria e Saúde
Mental, tendo assumido o CHCB todos os
seus direitos e obrigações.
As novas instalações, na Quinta do Alvito,
foram inauguradas a 17 de Janeiro de 2000.
Nos termos do Decreto- lei nº 426/99, de 21
de Outubro, o CHCB foi construído com
serviços de dimensão e diferenciação
técnica adequados à população abrangida.
No âmbito da reforma e reestruturação do
sector da saúde, nomeadamente da
consagração da autonomia de gestão das
unidades hospitalares em moldes
empresariais, através do Decreto-Lei n.º
288/2002, o Centro Hospitalar Cova da
Beira é transformado em sociedade
anónima de capitais exclusivamente
públicos, com a designação de Centro
Hospitalar Cova da Beira, S.A.
Em 2005, através do Decreto-Lei nº.
233/2005, de 7 de junho e de acordo com o
Programa do XXVII Governo
Constitucional, o Centro Hospitalar Cova
da Beira foi transformado em Entidade
Pública Empresarial.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 14 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Hospital do Fundão
Inaugurado em 16 de Outubro de 1955, o
Hospital do Fundão sucedeu ao antigo
Hospital da Misericórdia erigido em finais
do séc. XIX.
Construído em terrenos doados à Santa
Casa da Misericórdia do Fundão pela
benemérita D. Ermelinda da Conceição
Azevedo, a obra só foi possível graças ao
empenho da Instituição e de toda a
população. Realizaram-se cortejos de
oferendas, promovidos pelas diversas
freguesias do Concelho, para obtenção de
recursos económicos, uma iniciativa
concretizada com grande sucesso.
Em 1975 o edifício foi objecto de grandes
obras de ampliação, nomeadamente para
instalação de uma nova zona de
internamentos e maternidade e adaptação de
quartos particulares para enfermarias.
A sua gestão estava, então, confiada ao
sector assistencial da Santa Casa da
Misericórdia do Fundão, situação que se
manteve até 3 de Janeiro de 1981 quando,
através da Portaria nº3/81, foi integrado na
rede oficial dos hospitais portugueses.
A 17 de Fevereiro de 1983, foi-lhe atribuída
a categoria de Hospital Distrital e passou a
ser gerido por uma Comissão Instaladora
até 1991, aquando da posse do primeiro
Conselho de Administração.
Em 1999 foi integrado no Centro Hospitalar
Cova da Beira.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 15 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Lotação
RELATÓRIO E CONTAS 2013 16 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Órgãos Sociais
São órgãos sociais do CHCB:
a) O Conselho de Administração;
b) Fiscal Único;
c) Conselho Consultivo;
O Despacho 17423/2011 de 28 de Dezembro define o Conselho de Administração do Centro
Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. com as devidas alterações constantes na Declaração de
retificação n.º 146/2012 de 3 de Fevereiro de 2012:
Presidente do Conselho de Administração:
- Professor Doutor Miguel Castelo-Branco Craveiro Sousa
Vogais executivos:
- Professora Doutora Anabela Antunes de Almeida
- Mestre Orminda Conceição Machado Ribeiro Sucena
Diretora Clínica:
- Doutora Rosa Maria Ballesteros Ballesteros
Enfermeiro Diretor:
- Professor Doutor António João dos Reis Rodrigues
Comissões de Apoio Técnico e estruturas multidisciplinares:
a) Comissão de Ética;
b) Comissão da Qualidade e Segurança dos Doentes;
c) Comissão de Controlo da Infecção Hospitalar;
d) Comissão de Farmácia e Terapêutica;
e) Comissão Técnica de Certificação da Interrupção Voluntária da Gravidez;
f) Comissão Mista CHCB, E.P.E/UBI;
g) Direcção do Internato Médico;
h) Direcção de Enfermagem;
i) Comissão Transfusional;
j) Conselho dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica;
k) Equipa de Gestão de Altas;
l) Núcleo de Apoio às Crianças e Jovens em Risco.
m ) Comissão de Antimicrobianos
RELATÓRIO E CONTAS 2013 17 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
O CHCB, EPE organiza-se em cinco áreas de actuação:
a) Área de Prestação de Cuidados;
b) Área de Suporte à prestação de cuidados;
c) Área de Inovação, Ensino e Formação;
d) Área de Apoio à Gestão e Logística Geral;
e) Área de Consultoria.
A Área de Prestação de cuidados é constituída pelos seguintes Departamentos, serviços,
Unidades Gestoras de atividade e unidades:
a) O Departamento de Saúde da Criança e
da Mulher é constituído pelos seguintes
serviços e unidades:
Serviço de Obstetrícia e Ginecologia
Serviço de Pediatria
Serviço de Medicina Reprodutiva
b) O Departamento de Psiquiatria e Saúde
Mental é constituído pelos seguintes
serviços e unidades:
Serviço de Psiquiatria;
Serviço de Psiquiatria da Infância e
Adolescência.
c) Serviços Médicos:
Serviço de Cardiologia;
Serviço de Endocrinologia;
Serviço de Gastrenterologia;
Serviço de Hematologia;
Serviço de Imunoalergologia;
Serviço de Infecciologia.
Serviços de Medicina Interna,
constituído pelas unidades de
Medicina 1, Medicina 2 e Medicina
3
Serviço de Medicina Paliativa;
Serviço de Neurologia;
Serviço de Nutrição e Atividade
Física;
Serviço de Oncologia;
Serviço de Pneumologia;
Serviço de Reumatologia;
d) Serviços de Medicina Preventiva que
agrega a Unidade de Cessação Tabágica
e) Serviços de Cuidados de Agudos são
constituídos pelos seguintes serviços e
unidades:
Serviço de Medicina Intensiva
constituído pelas seguintes
unidades:
Unidade de AVC;
Unidade de CI;
Unidade de Cuidados de
Agudos Diferenciados
Serviço de Urgência Geral.
f) Serviços Cirúrgicos constituído pelos
seguintes serviços:
Serviço de Anestesiologia;
RELATÓRIO E CONTAS 2013 18 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Serviço de Cirurgia Cárdio-torácica.
Serviço Cirurgia Geral:Cirurgia 1e
Cirurgia 2
Serviço de Cirurgia Plástica;
Serviço de Dermatologia;
Serviço de Estomatologia;
Serviço de Neurocirurgia;
Serviço de Oftalmologia;
Serviço de Ortopedia;
Serviço de Otorrinolaringologia;
Serviço de Urologia.
g) Serviços e Meios Complementares de
Diagnóstico e Terapêutica são constituídos
pelos seguintes serviços:
Serviço de Anatomia Patológica;
Serviço de Imagiologia;
Serviço de Imunohemoterapia;
Serviço de Medicina Física e
Reabilitação;
Serviço de Patologia Clínica.
h) Serviços Farmacêuticos
i) Unidade de Psicologia Clínica
j) Unidades Gestoras de Actividade,
constituída pelas seguintes unidades:
Unidade de Consulta Externa;
Unidade de Hospital de Dia;
Unidade de Cuidados Domiciliários;
Unidade de Gestão do Bloco Operatório;
Serviço de Esterilização;
Unidade de Gestão de Cirurgia de Ambulatório;
Unidade de Apoio ao Doente.
A Área de Suporte à Prestação de Cuidados é constituída pelos seguintes serviços:
a) Gestão de Doentes – serviço que desenvolve actividades logísticas de suporte à prestação de
cuidados; dispõe dos Gabinetes de Arquivo Clínico e de Expediente Geral.
b) Serviço Social – serviço que integra as equipas prestadoras de cuidados de saúde,
desenvolvendo actividades de apoio social aos utentes que favoreçam o seu processo terapêutico
e/ou reabilitação.
c) Serviços Religiosos – serviços que prestam apoio espiritual e religioso aos utentes.
A Área de Inovação, Ensino e Formação está organizada em quatro serviços:
RELATÓRIO E CONTAS 2013 19 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Serviço de Documentação e Biblioteca;
Centro de Investigação Clínica; Serviço de
Apoio ao Ensino; Serviço de Formação. O
Centro de Investigação Clínica engloba: o
Gabinete de Ensaios Clínicos e o Gabinete
de Investigação e Inovação. O Serviço de
Apoio ao Ensino engloba: O Gabinete de
apoio ao Ensino Médico; Gabinete de
Apoio ao Ensino de Enfermagem e o
Gabinete de Apoio aos Estágios.
A Área de Apoio à Gestão e Logística Geral é composta por:
a) Serviços de Logística Hospitalar, que
incluiu os gabinetes de Gestão de Compras
e Gestão de Stocks;
b) Serviços Financeiros;
c) Serviço de Higiene Saúde Segurança no
Trabalho;
d) Serviços de Instalações e Equipamentos,
composto pelo Gabinete de Gestão
Hoteleira e Gabinete de Instalações e
Equipamentos;
e) Serviço de Recursos Humanos;
f) Serviço de Sistemas e Tecnologias de
Informação.
Área de Consultoria Interna:
a) Serviços de Comunicação, Marketing e
Eventos, composto pelo Gabinete de
Comunicação e Marketing, que integra a
Central de telecomunicações, Gabinete de
Eventos e Gabinete do Cidadão que integra
também os balcões de informações;
b) Serviços de Apoio ao Planeamento,
composto pelo Gabinete de Estatística,
Planeamento e Informação, Gabinete de
Codificação e Auditoria Clínica, Gabinete
de Acompanhamento Estratégico e
Gabinete de Projetos;
c) Serviço Jurídico e Contencioso;
d) Gabinete de Gestão da Qualidade.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 20 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Diretores de Departamento/Serviço/Unidade
Serviços/Unidades/Departamentos Dir. Serviço/responsável
Área Prestação Cuidados
Anatomia Patológica Dr. Javier Munoz Moreno
Anestesiologia Dra. Isabel Flores
Apoio ao doente e Consulta Externa Dr. Bruno Cruz
Cardiologia Dr. António Peixeiro
Cirurgia Geral Dr. João Casteleiro Alves
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Dr. Benjamim Pedro
Cuidados Agudos Diferenciados Dr. Vítor Branco
Cuidados Intensivos Dra. Cristina Coxo
Departamento da Saúde da Criança e da Mulher Prof. Dr. José Martinez
Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental Dr. Carlos Leitão
Desenvolvimento Dra. Arminda Jorge
Esterilização Enfª Maria Conceição Martins
Estomatologia Dr. Luís Ribeiro
Gastrenterologia Dr. Carlos Casteleiro
Gestão da Cirurgia do Ambulatório e Bloco Operatório Dr. Reinaldo Almeida
Hematologia Dra. Patrícia Sousa
Hospital de Dia e Oncologia Dra. Manuela Görtz
Imagiologia Dr. Manuel Simões
Imunoalergologia Dr. Luís Taborda Barata
Imunohemoterapia Dr. Jorge Martinez Marcos
Infecciologia Dra. Leopoldina Vicente
Medicina 1 Dr. Carlos Lino
Medicina 2 Dr. Artur Gama
Medicina 3 Dra. Teresa Santos
Medicina da Reprodução Dr. António Oliani
Medicina Física e Reabilitação Dr. João Fortes
Medicina Paliativa Dra. Ivone Nabais
Neonatologia Dr. Ricardo Costa
Neurologia Dr. Pedro Rosado
Nutrição e Actividade Física Dr. Themudo Barata
Obstetrícia e Ginecologia Dr. José Moutinho
Oftalmologia Dr. Domingos Fontela
Ortopedia Dr. Manuel Albino Sousa
Patologia Clínica Dra. Conceição Faria
Pediatria Dr. Carlos Rodrigues
Pneumologia Dra. M.ª La SaleteValente
Psicologia Clinica Dra. Teresa Bordalo Santos
Psiquiatria Dr. Vítor Sainhas
Psiquiatria da Infância e Adolescência Dra. Paula Correia
Reumatologia Dra. Margarida Oliveira
Serviço Farmacêutico Dra. Olímpia Fonseca
Unidade de Cessação Tabagica Dra. Sofia Ravarra
Urgência Geral Dr. Vítor Branco
Urologia Dr. António Coelho
Unidade Gestora do Hospital do Fundão
Prof. Dr. Miguel Castelo Branco
RELATÓRIO E CONTAS 2013 21 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Serviços/Unidades/Departamentos Dir. Serviço/responsável
Área suporte à prestação de cuidados; Inovação, Ensino e
Formação; Apoio à Gestão e Logística Geral;
Consultadoria Interna
Auditoria Interna e Gabinete de Projetos Dra. Alexandra Santos
Biblioteca e Documentação Dra. Rosa Saraiva
Comunicação, Marketing e Eventos Dr. Nuno Reis
Cuidados Domiciliários Enf.ªAna Paula Rodrigo
Estatística, Planeamento e Informação Dra. Carla Almeida
Formação Dra. Orminda Sucena
Gabinete de Acompanhamento Estratégico Prof. Dr. Miguel Castelo Branco
Gabinete de Codificação e Auditoria Clínica Dr. António Coelho
Gabinete de Ensaios Clínicos Dra. Ana Ramalhinho
Gabinete de Investigação e Inovação Dr. Francisco Perez
Arquivo Clínico Dr. Luís Matias
Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho Engª Ana Abrantes
Instalações e Equipamentos Eng.º António Ribeiro
Jurídico e Contencioso Dra. Magda Couto
Logística Hospitalar Prof. Dra. Anabela Almeida
Qualidade Dra. Catarina Mateus
Recursos Humanos Dra. Sara Rodrigues Santos
Serviço Religiosos Padre José Sousa
Serviço Social Dra. Ana Paula Torgal
Serviços financeiros Dr. Henrique Silva
Sistemas e Tecnologias de Informação Eng.º Paulo Riscado
RELATÓRIO E CONTAS 2013 22 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Organograma
RELATÓRIO E CONTAS 2013 23 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 24 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
2. Recursos Humanos
O ano de 2013 revelou-se altamente enriquecedor, tendo-se dado o início à implementação dos
seguintes Projetos - Charneira para o Centro Hospitalar Cova da Beira EPE, a saber:
- Implementação do SISQUAL às equipas de colaboradores;
- Implementação do sistema de gestão documental IPORTAL;
- Implementação do RHV WEB
A actividade que tem vindo a ser desenvolvida nos últimos anos tem como aposta a afirmação
da transversalidade do serviço a toda a organização do Centro Hospitalar Cova da Beira e tendo
como permanentes metas a prestação de excelência e de interesse público, garantindo uma
crescente proximidade a todos os colaboradores.
Em 31 de Dezembro de 2013, o Hospital integrava 1245 colaboradores, verificando-se uma
diminuição de cerca de 10 colaboradores na força de trabalho, relativamente ao ano anterior. Os
enfermeiros constituíam o grupo profissional diretamente ligado à prestação de cuidados com
maior peso na distribuição de efetivos (cerca de 32,53%).
Os colaboradores em regime de Contrato Individual de Trabalho (53,7%) têm, em 2013, um
maior peso face ao Contrato em Regime de Funções Públicas por tempo indeterminado.
Distribuição dos colaboradores por tipo de vínculo
41,4%
3,6%
53,7%
0,6%0,2% 0,4%
CtIndFP CTResol CIT PS/EMP Prot CS e Cedências
RELATÓRIO E CONTAS 2013 25 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Os profissionais em Regime de Contrato Individual de Trabalho sofreram um aumento de 0,9%,
comparativamente com o período homólogo, sendo que o número de contratados em Regime de
Funções Públicas diminuiu em 4,3%.
Efetivos por Grupo Profissional e tipo de Vínculo
Dada a necessidade de garantir a prestação contínua de cuidados de qualidade aos utentes e para
suprir as limitações de contratação de novos profissionais, encontravam-se a decorrer, a 31
Dezembro 2013, trinta e nove Contratos de Emprego e Inserção (CEI), financiados pelo IEFP.
CA 3 1 1 5 5 0
Dirigente 1 1 2 -1
Médico 38 60 8 3 109 112 -3
Internato Médico 45 45 39 6
Técnico Superior
Saúde 5 5 5 0
Técnico Superior
com funções na
área da saúde 26 26 26 0
Técnico Superior 7 39 1 47 46 1
Enfermagem 230 174 1 405 406 -1
Informática 3 7 10 10 0
Técnico Diagnóstico
Terapêutica 31 55 86 87 -1
Assistente Técnico 73 101 2 176 181 -5
Assistente
Operacional 124 205 329 336 -7
Docente 1 1 1 0
Total 515 45 669 8 3 5 1245 1255 -10
Total Dez.
2013
Total Dez.
2012Desvio
Outros
(Comissão
Serviço e
Cedências)
Grupo Profissional
Contrato em
Regime de
Funções Públicas
por tempo
indeterminado
Contrato em
Regime de
funções
Públicas a
Termo
Resolutivo
Contrato
Individual
de
Trabalho
Prestação
Serviço
Outros
(Protocolos
e
Mobilidade
Especial)
RELATÓRIO E CONTAS 2013 26 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Distribuição Etária dos Colaboradores por Sexo e Grupo Profissional
Verifica-se que 74% dos colaboradores têm idade até 50 anos, igualando a tendência de anos
anteriores, e que 330 trabalhadores têm menos de 35 anos (27%).
O envelhecimento do grupo de pessoal médico e os consequentes altos níveis de aposentação
têm agravado a escassez em determinadas valências. A idade média dos médicos do CHCB e as
atuais regras de aposentação levam-nos a temer uma redução significativa de colaboradores nos
próximos anos (57 médicos têm mais de 50 anos, representado cerca de 52.3% dos efetivos
médicos atuais, sendo que 19.3%, ou seja, 21 médicos têm já mais de 60 anos).
RELATÓRIO E CONTAS 2013 27 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Os níveis habilitacionais dos Colaboradores do CHCB são elevados (60% tem Licenciatura ou
grau académico superior) o que se deve à complexidade e especificidade das funções exercidas
nesta Instituição. Este facto contribui para uma maior flexibilidade de resposta e níveis
acrescidos de produtividade, cruciais para manter e melhorar a capacidade e resposta de
excelência.
Habilitações Literárias dos Colaboradores 2013
No decurso do ano 2013 a rotatividade dos colaboradores foi inferior a 1: cessaram funções 78
elementos e registaram-se 69 admissões.
Rotatividade de Colaboradores – Entradas / Saídas 2013
RELATÓRIO E CONTAS 2013 28 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Quanto aos médicos internos, o número cresceu ligeiramente.
N.º Médicos Internos
O CHCB é também Hospital Nuclear da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da
Beira Interior (UBI). A ligação à Faculdade implica responsabilidade direta na formação dos
alunos de medicina e licenciados em medicina e ao nível do ensino pós-graduado. O Hospital,
apesar de ter diminuído o nº de docentes, tem 52 profissionais a exercer funções de docência na
Faculdade mencionada.
Colaboradores do CHCB a exercerem Funções de Docência na Faculdade de Ciências da
Saúde da UBI
RELATÓRIO E CONTAS 2013 29 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Balanço da Actividade Formativa
Em 2013, foram realizadas 20 ações de formação, em 382 horas de formação, quer interna quer
externa, tendo participado um total de 276 colaboradores.
Projectos
Acções de Formação
realizadas
Carga Horária
por cada
formação Destinatários
N.º de
Participantes
Formação
Interna
Métodos de protecção anti-
infecciosa - 1ª Ação 4 Multiprofissional 12
Ventilação Mecânica Não
Invasiva 2
Médicos, Enfermeiro e
Técnicos de
Cardiopneumologia 10
Prevenção e Controlo da
Infecção 25 Assistentes Operacionais 15
Suporte Básico de Vida -
Técnicos de Saúde 4 Tecnicos de Saúde 15
Ventilação Mecânica Não
Invasiva 2
Médicos, Enfermeiro e
Técnicos de
Cardiopneumologia 8
Gestão de Risco Clínico 2 Multiprofissional 13
Manipulação de Cateteres
venoso central com
câmara totalmente
implantada 2 Enfermeiros 12
Gestão de Risco Clínico 2 Multiprofissional 12
Manipulação de Cateteres
venoso central com
câmara totalmente
implantada 2 Enfermeiros 13
Indicadores da
Formação 45 110Formação co-
financiada pelo
POPH medida
3.6 Sigilo e ética profissional 4 Multiprofissional 29
Maus tratos na infância e
na juventude - int. nafamilia 25
Médicos, Enfermeiros,
Psicologos e Técnicos
Superiores 16
Suporte Básico de Vida -
Técnicos de Saúde 4 Tecnicos de Saúde 13
Suporte Básico de Vida -
Não Técnicos de Saúde 4 Não Técnicos de Saúde 12
Indicadores da
Formação 37 70
Nercab
Curso de Inglês - Relações
laborais - Iniciação 50 Multiprofissional 12
Curso de Inglês - Relações
laborais - Desenvolv imento 50 Multiprofissional 15
Curso de Inglês - Relações
laborais - Aprofundamento 50 Multiprofissional 13
Fotografia - iniciação 50 Multiprofissional 7
CIEBI Gestão de equipas 25 Multiprofissional 14
Modatex Técnicas de Atendimento 25 Multiprofissional 17
Curso de Língua Francesa 50 Multiprofissional 18
Indicadores da
Formação co-
financiada 300 96
RELATÓRIO E CONTAS 2013 30 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Estágios curriculares e profissionais
Durante o ano 2013, o Centro Hospitalar Cova da Beira, recebeu 298 estágios multidisciplinares
e 38 estágios profissionais ao abrigo da Medida Estágios-Emprego do IEFP.
Os estágios curriculares envolveram, um total de 223 estagiários, distribuídos por 30 áreas
disciplinares. Do total de estágios curriculares, 287 ocorreram no Hospital Pêro da Covilhã e 11
foram realizados no Hospital do Fundão. Destes, 275 são estágios curriculares (pertencentes a
Cursos de Licenciatura, Cursos Técnicoprofissionais, Cursos de Especialização e/ou Pós-
Graduação e Cursos de Mestrado) e 23 inscrevem-se no âmbito de programas de estágios de
intercâmbios promovido pela Federação Internacional de Estudantes de Medicina com a
participação da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI e do CHCB, EPE.
Entre os Serviços que registaram maior número de estágios contam-se os Serviços de:
Imagiologia, com 113 estagiários; Medicina Física e Reabilitação, com 47 estagiários;
Farmácia, com 21 estagiários; e, Exames Especiais de Cardiopneumologia, com 19 estagiários.
Os formandos/estagiários provêm de 33 Instituições Nacionais e Internacionais.
A maior parte dos estágios realizados são “estágios-curriculares” (ensino/aprendizagem
proporcionada pelo CHCB, EPE a estudantes regularmente matriculados e com frequência
efectiva nos cursos superiores e técnico-profissionais vinculados ao ensino público, particular e
cooperativo, integrada no plano dos cursos que frequentam). Verificou-se um aumento
significativo do número de estágios curriculares entre os anos de 2012 e 2013. Em 2013 foram
contabilizados 275 estágios e em 2012 tinham-se registado 89.
A avaliação dos estágios efectuada pelos estagiários/ formandos durante o ano de 2013 foi na
sua generalidade positiva, pelo que se considera reconhecido e valorizado o trabalho da
instituição como veículo de transmissão de saberes.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 31 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 32 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
3. Actividade desenvolvida em 2013
3.1 Resumo da Atividade Assistencial
Evolução da Produção realizada 2011-2013
Observações: * Não Inclui o Movimento do Berçário e Psiquiatria Crónicos
** Inclui todas as Consultas Médicas (inclusive Medicina Trabalho e Medicina Reprodutiva de Apoio à Fertilidade)
*** Inclui as sessões codificadas em GDH's Médicos de Ambulatório
Analisando a produção realizada no ano 2013, e comparando com o ano de 2012, registam-se
evoluções positivas em todas as áreas exceto no Internamento que registam uma variação
negativa de 2,9%. Numa análise a médio prazo, ao comparar-se a actividade realizada de 2011
para 2013, verifica-se um crescimento em quase todas asáreas de ambulatório, registando
diminuições apenas na urgência (9,8%), e noInternamento (4,9%) e ligeiro decréscimo também
no número de consultas médicas realizadas (0,1%).
3.2 Desenvolvimento de Projetos
Durante o ano de 2013 procedeu-se à elaboração e apresentação de duas novas candidaturas ao
Concurso Missão Sorriso 2013, para as quais se pretendia obter co-financiamento para a sua
implementação, não obstante não foram selecionadas.
Refira-se ainda que durante o ano de 2013, foram apresentadas três candidaturas ao Programa
Operacional de Factores de Competitividade – Regulamento de Sistema de Apoios à
Modernização Administrativa, tendo sido obtido um co-financiamento de 85%, apenas para uma
delas.
Não obstante, mantêm-se as necessidades de investimento, verificando-se uma diversificação no
que diz respeito às áreas a intervir, procurando-se melhorar ao nível das infra-estruturas,
equipamentos e também na qualidade dos cuidados de saúde prestados.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 33 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Existem investimentos que se encontram pendentes, e que para além de se enquadrarem na
estratégia de modernização do Centro Hospitalar Cova da Beira, poderão contribuir para a
existência de uma unidade moderna e inovadora no que diz respeito à qualidade e eficiência dos
cuidados médicos prestados aos seus utentes.
Saliente-se ainda que durante o ano de 2013 foram ainda apresentadas cinco candidaturas que
pretendiam divulgar as boas práticas e intervenções inovadoras desenvolvidas no Centro
Hospitalar Cova da Beira, EPE.
Em 2013 verificou-se a abertura de programas de co-financiamento de investimentos, em
particular na vertente da modernização administrativa, contemplando as entidades públicas
empresariais prestadoras de serviços de saúde, que possibilitou a apresentação de candidaturas,
que resultou num conjunto de acções e projectos desenvolvidos.
Projetos co-financiadosem 2013
- Projetos co-financiados pelo QREN – POFC – SAMA
Durante o ano de 2013, o Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE apresentou três candidaturas ao
SAMA, uma das quais em parceria com a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB)
e a Unidade Local de Saúde da Guarda (ULSG).
O projeto DISIS – Desmaterialização e Integração dos Sistemas de Informação de Saúde do
CHCB consiste na requalificação das infraestruturas tecnológicas e de informação, numa óptica
de integração e desmaterialização dos processos, clínicos e não clínicos, existentes, com
impacto na redução de custos, no aumento da eficácia da prestação dos serviços e na criação de
condições para integrar a plataforma que possibilita às várias entidades da Administração
RELATÓRIO E CONTAS 2013 34 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Pública a interligação dos seus sistemas, a troca de informação e a oferta de serviços mais
próximos das necessidades dos cidadãos e empresas.
Este projeto foi aprovado pela Agência de Modernização Administrativa (AMA), envolvendo
um investimento elegível a realizar no montante de 339.947,28 €, sendo que o mesmo foi
financiado a 85%, que corresponde a uma comparticipação no valor de 288.955,19 €, cabendo
ao CHCB uma contribuição de 50.992,09 €.
O projeto SGIRBI – Sistema de Gestão Integrada de Imagem Regional Beira Interior,
apresentado em parceria com a ULSCB e a ULSG, visava a adopção de um Sistema de Gestão
Integrada de Imagem Regional para a Beira Interior, tendo como missão a racionalização das
infra-estruturas PACS existentes, mediante o aproveitamento dos recursos humanos e
tecnológicos existentes, promovendo a partilha de informação entre as três entidades, e
garantindo a implementação de uma infraestrutura PACS partilhada com menores custos de
exploração do que a realidade autónoma e desconexa existente. Não obstante, esta candidatura
não foi aprovada pela AMA.
Na 2ª fase do Aviso de Concurso do SAMA, o CHCB apresentou a candidatura do projeto
DICAL – Desmaterialização e Integração Clínica, Administrativa e Logística no CHCB, que
tinha como objectivo uma estratégia de informatização total do hospital, com a respectiva
desmaterialização de todos os processos clínicos e administrativos, passando pela reengenharia,
reorganização de processos, técnicas de informação e comunicação, transformando o Centro
Hospitalar Cova da Beira numa instituição sem papel. Não obstante, apesar de ter sido
considerado elegível, o projeto não foi selecionado para financiamento.
- Projetos co-financiados pela Modelo Continente Hipermercados
No âmbito do Concurso Missão Sorriso 2013, o Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
apresentou duas candidaturas, os projetos “Nascer Ainda Melhor no Centro Hospitalar Cova da
Beira, EPE” e “Vencer a Incontinência… Envelhecer com Qualidade no Centro Hospitalar Cova
da Beira, EPE”, em 14 de Outubro, envolvendo um investimento total de 70.012,58 €.
O projeto “Nascer Ainda Melhor” visa dar cumprimento aos objetivos das políticas nacionais
para o sector da saúde e ir de encontro ao Plano de Acção para a Segurança Infantil, através do
reforço dos equipamentos de vigilância intraparto e de reanimação de recém-nascidos, afectos
aos Serviços de Obstetrícia e Pediatria.
Relativamente ao projeto “Vencer a Incontinência… Envelhecer com Qualidade”, este permitirá
reforçar as condições técnicas do Serviço de Fisioterapia na área da Ginecologia Urológica, de
forma a assegurar uma intervenção terapêutica especializada em idosos, na prevenção e
RELATÓRIO E CONTAS 2013 35 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
reabilitação de situações de incontinência urinária feminina, tendo como objetivo promover a
sua autonomia, independência, bem como a quebra do seu isolamento social.
Não obstante, nenhuma destas candidaturas foi seleccionada pela Missão Sorriso no concurso de
2013.
No âmbito do Concurso DGS/Missão Sorriso Continente 2012, o Centro Hospitalar Cova da
Beira, EPE obteve a confirmação, no início de Fevereiro de 2013, que a candidatura apresentada
em 2012 tinha sido contemplada com um financiamento de 44.000,00 €.Durante o ano de 2013,
procedeu-se às diligências necessárias para a sua implementação, sendo que o projeto foi
concluído durante o ano de 2013, tendo envolvido um montante de investimento de 43.149,00€.
- Projetos co-financiados pela Fundação Calouste Gulbenkian - Concurso Literacia em
Saúde 2013
No âmbito do Concurso Literacia em Saúde 2013, o Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
formalizou duas candidaturas, envolvendo um investimento total de 43.300,00 €.
O projeto “Importância do Aleitamento Materno – Série Web Ficção no Centro Hospitalar Cova
da Beira, EPE” pretendia sensibilizar a população para a importância do aleitamento materno
através de uma estratégia de comunicação diferente que apele directamente ao público pela sua
linguagem fresca e divertida, e cujo conteúdo fosse relevante e efectivo na transmissão da
mensagem. Nesse sentido, pretendia-se a criação de uma série web ficcional que recriasse
situações cujo ponto de partida seria o ambiente hospitalar e onde em cada capítulo se
abordassem questões relacionadas com o aleitamento.
O projeto “MÃO A MÃO – Programa Pedagógico para a Higiene das Mãos”, tinha como
objetivo estender a campanha de sensibilização para a higienização das mãos, desenvolvida no
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE, para o exterior do ambiente hospitalar, no sentido da
prevenção e educação para a saúde e procurando consciencializar a comunidade de como algo
tão simples como uma boa higiene das mãos ajuda a viver de forma mais saudável. Este
Programa Pedagógico tinha como missão a promoção da higiene das mãos em espaços
RELATÓRIO E CONTAS 2013 36 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
particularmente sensíveis a esta problemática, como estabelecimentos de ensino e instituições de
apoio ao idoso, localizados nos concelhos da Covilhã, Belmonte e Fundão.
- Projetos co-financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia
No âmbito do Fundo de Apoio à Comunidade Científica, o Centro Hospitalar Cova da Beira
apresentou a candidatura do 2º Congresso da Sociedade Portuguesa de Simulação Aplicada às
Ciências da Saúde, solicitando um co-financiamento de 12.171,30 €. Contudo, foi atribuído ao
promotor um financiamento de 1.000,00 €.
3.3 Qualidade
O trabalho do CHCB desenvolve-se para o bem-estar do utente e para tal, a nossa forma de atuar
necessita de se desenvolver numa cultura de melhoria contínua, primando o cuidado de
excelência, personalizado.
A satisfação do utente/cliente e dos nossos colaboradores é muito importante para o CHCB. Só
conseguimos realizar a nossa missão com excelência se a nossa equipa, transparecer a
qualidade, a ética, a empatia, o profissionalismo a quem cuidamos.
Através de Programas de Qualidade já desenvolvidos na instituição e a aplicação sistemática de
modelos externos de avaliação da qualidade, garantimos a realidade da melhoria contínua.
O CHCB, através do seu Gabinete da Qualidade, tem obtido a Certificação de alguns Serviços, e
promovido a Acreditação da Instituição pela JointCommissionInternational.
Em Julho de 2013 o CHCB recebeu a Re-Acreditação pela JointCommissionInternational por
mais três anos.
Em 2013, o Serviço de Pediatria e a Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Cova
da Beira receberam, pela primeira vez, o certificado de qualidade atribuído pelo cumprimento
da norma europeia ISO 9001:2008.
O Serviço de Pediatria garantiu a certificação em todas as áreas que vão da Neonatologia à
Urgência Pediátrica, internamento e Consulta Externa.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 37 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Estes dois Serviços juntaram-se a mais 10 que obtiveram a revalidação da certificação:
Consultas Externas, Anatomia Patológica, Patologia Clínica, Imunohemoterapia, Farmácia,
Gabinete de Gestão da Qualidade, Recursos Humanos, Núcleo de Formação, Serviço de
Instalações e Equipamentos e Unidade de Medicina Reprodutiva.
A certificação dos Serviços do CHCB foi atribuída pela Bureau Veritas, empresa francesa que
atua na certificação, com mais de 80 mil empresas certificadas em 140 países e reconhecida por
mais de 40 organismos de Acreditação nacionais e internacionais segundo o referencial ISO
9001.
Até Abril de 2014, o CHCB aguarda a certificação do Bloco Operatório, Hospital de Dia,
Unidade de AVC’s, Cirurgia de Ambulatório e da Comissão de Controlo da Infeção.
A certificação junta-se à Acreditação da JointCommissionInternational servindo ambas para
garantir que todas as atividades cumprem requisitos de qualidade e segurança do doente,
baseados nas melhores práticas internacionais.
O Gabinete de Gestão da Qualidade monitorizou conjuntamente com os serviços envolvidos 394
indicadores clínicos e não clínicos agrupados em diversas áreas:
1. Avaliação do doente
2. Serviços de laboratório
3. Serviços de radiologia e diagnóstico por imagem
4. Procedimentos cirúrgicos
5. Uso de antibióticos e outros medicamentos
6. Erros e quase falhas relacionadas com medicamentos
7. Uso de sedação e anestesia
8. Utilização de sangue e hemoderivados
9. Disponibilidade, conteúdo e uso do processo clínico
10. Prevenção e controlo, vigilância e notificação de infecção
11. Investigação clínica
12. Aquisição de abastecimentos requeridos habitualmente e de medicamentos essenciais para
satisfazer as necessidades do doente
13. Comunicação de actividades, por exigência de lei
14. Gestão de risco
15. Gestão de recursos
16. Expectativas e a satisfação do doente e da família
17. Expectativas e a satisfação dos profissionais
18. Dados demográficos e os diagnósticos clínicos
19. Gestão financeira
RELATÓRIO E CONTAS 2013 38 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
20. Prevenção e controlo de eventos que comprometam a segurança dos doentes, familiares e
profissionais
Directrizes clínicas; Metas internacionais e Resultados do prestador
3.4 Investigação Clínica
O Centro Hospitalar Cova da Beira dispõe de uma estrutura criada para desenvolver uma
política de incentivo ao crescimento de projectos de investigação, o Centro de Investigação
Clínica.
Potenciar o conhecimento científico e tecnológico é um objectivo sempre presente, fazer mais e
melhor Investigação, promover mais e melhor Inovação; Estabelecer e dinamizar parcerias com
Organizações de Investigação, destacando-se a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade
da Beira Interior, articulando saberes e experiências como instrumentos de melhoria do próprio
sistema de saúde.
De Janeiro a Dezembro de 2013 foram rececionados e organizados 115 projetos:
2 Estudos observacionais
1 Estudo clínico (com dispositivo médico)
2 Ensaios clínicos
110 Estudos académicos
Destes, 92 encontram-se com o processo concluído e autorizados pelo Conselho de
Administração; 20 Projetos encontram-se em fase de organização; 3 Projetos não chegaram a
ser iniciados (3 estudos académicos)
Foi estabelecido contacto oral e escrito com os investigadores desde a organização à conclusão
dos processos.
Apurou-se um aumento de 2,6% de projetos recebidos comparativamente ao ano anterior;
relativamente aos projetos autorizados registou-se um aumento de 5,7%.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 39 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Gabinete de ensaios clínicos
Ensaios/estudos observacionais em 2013
RELATÓRIO E CONTAS 2013 40 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
3.5 Telemedicina
A telemedicina permite a observação, diagnóstico, tratamento e monitorização do utente o mais
próximo possível da sua área de residência com recurso à internet. Aumenta a acessibilidade às
consultas de especialidades médicas, a equidade e proporciona a possibilidade de todos os
utentes receberem a melhor qualidade de cuidados de saúde, reduzindo os custos associados
(transportes e absentismo) e as distâncias entre os serviços de saúde.
A telemedicina tem sido uma aposta do CHCB para o futuro permitindo consultar especialistas
onde quer que estejam, de forma a ouvir a melhor opinião e, noutros casos, ajuda a resolver a
ausência ou insuficiência de especialistas, permitindo o acesso potencial à melhor opinião.
Desde 2011 que existe Consulta de Pediatria e desde 2012 a consulta de Oncologia. Em 2013 o
Centro Hospitalar Cova da Beira implementou a Consulta de telemedicina de Dermatologia. O
número de consultas de Telemedicina em 2013 foi 421 consultas por telemedicina. Em 2012 o
número de consultas de Telemedicina tinha sido de 231.
Em 2014 prevê-se alargar o número de especialidades em consulta de Telemedicina com
incremento das parcerias nesta área. Está anda previsto fornecer consultas de Telemedicina com
os nossos especialistas para a ULS de Castelo Branco e Guarda em Urologia, Hematologia e
Imunoalergologia.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 41 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
3.6 Serviço Social
A intervenção do Serviço Social em 2013 abrangeu 1.983 utentes de diversos serviços tendo
apresentado uma ligeira diminuição em relação ao ano anterior.
Nº de utentes sinalizados/ nº de procedimentos
Registou-se uma diminuição do n.º de utentes sinalizados através dos serviços de Internamento,
Urgência Geral, Consulta Externa/outros serviços e Perícia Médico-Legal, sendo que:
- no Internamento a variação é mínima e poderá ser devida à ausência de contabilização em
2013 dos procedimentos relativos a atribuição de produtos de apoio pelo SAPA (contabilização
que foi suspensa devido à alteração do circuito, mas que já foi retomada em 2014);
- na Consulta Externa, a diminuição deve-se à suspensão em 2013 da avaliação social a todos os
utentes em seguimento na Consulta Multidisciplinar de Diabetes (que se fez em 2012).
Em contrapartida registou-se aumento de casos sinalizados na Urgência Pediátrica, Equipa de
Gestão de Altas, Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco e Comunidade,
sendo neste último caso de salientar os utentes que procuram este serviço solicitando apoio, por
motivos não necessariamente relacionados com um episódio clínico.
Embora com uma variação de negativa de 42 sinalizações no ano de 2013 comparativamente a
2012, o nº de procedimentos registou um aumento significativo (fonte aplicação SSOCIAL:
aumento do nº de entrevistas, sessões de mediação familiar ou social, relatórios técnicos para o
RELATÓRIO E CONTAS 2013 42 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
exterior, articulações técnicas internas e externas), devido a aumento nos registos atividade
desenvolvida por parte dos assistentes sociais mesmo quando executada no âmbito de outros
núcleos ou equipas (como é o caso da EGA e do NHACJR) e, embora não demonstrado, a
possível complexidade dos casos.
N.º de utentes sinalizados
No ano de 2013, o Serviço Social iniciou a medição do indicador “dias de protelamento de alta
clínica por demora ou dificuldade em obter resposta social em casos acompanhados pelo
Serviço Social em internamento”:
Pretende-se prosseguir com esta medição com melhoria do registo informático da alta clínica
quando é determinada pelo clínico e não apenas na saída do utente.
Internamento Urgência Geral Urgência pediátrica
Consulta externa/outros
serviços
Equipa de Gestão de Altas
NHACJR Perícia médico-legal
Comunidade
1205
1238
395
174
22 494
1196
11114
316
191
23 2
129
2012 2013
RELATÓRIO E CONTAS 2013 43 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
3.7 Rede Nacional de Cuidados Integrados Continuados
O circuito dos utentes na Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI) no âmbito
hospitalar cumpre a criação do episódio pela sinalização dos serviços clínicos à Equipa de
Gestão de Altas (EGA), que efectua o registo do pedido na plataforma informática da Rede e a
subsequente referenciação para a Equipa de Coordenação Local (ECL), que valida a existência
ou não de critérios definidos nas Directivas Técnicas da Unidade Missão bem como, a
adequação da tipologia proposta pela EGA. A partir daí, o processo transita para o âmbito da
Equipa Coordenador Regional (ECR) que identifica a existência de vaga na tipologia proposta.
As recomendações existentes pela RNCCI entroncadas no objetivo contratualizado pelo Centro
Hospitalar Cova da Beira (CHCB) recomendam que os utentes que tenham necessidade de
cuidados continuados devam ser sinalizados nos primeiros cinco dias, após a sua entrada no
hospital, para que, à data da alta, se verifique a existência de resposta da Rede em tempo útil.
Em 2013 o número de sinalizações por parte dos serviços clínicos à EGA foi de 191, sendo no
ano anterior de 174. Verificou-se um aumento de cerca de 9,7% do número de sinalizações de
utentes. Prevalece o género feminino e a faixa etária acima dos 65 anos, com especial incidência
entre os 75 e os 84 anos.
Maioritariamente foi garantida a proximidade na colocação dos doentes nas unidades do distrito
da sua área de residência. Globalmente, a data entre o internamento hospitalar e a referenciação
à EGA teve um tempo médio de 14 dias, havendo uma redução de 3 dias comparativamente
com o ano transacto.
Média n.º de dias entre data de internamento hospitalar e referenciação à EGA
Serviço Clínico Média de nº de dias
Unidade AVC 8
Cardiologia 34
Cirurgia 1 15
Cirurgia 2 11
Gastrenterologia 25
Ginecologia 13
Infeciologia FND 13
Medicina FND 14
Medicina Paliativa 4
Medicina 1 20
Medicina 2 16
Neurologia 35
Ortopedia 12
Pneumologia 23
Psiquiatria 22
UCAD 26
UCI 38
UTA FND 10
RELATÓRIO E CONTAS 2013 44 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Urologia 35
Média 14
Se desejavelmente o número de dias de referenciação à EGA pelo Serviço Clínico deveria ser de
5 dias, o único que cumpre este critério é o Serviço de Medicina Paliativa, sendo o nº médio de
dias de referenciaçãode 14 dias.
O número médio de dias entre a entrada na EGA e colocação para avaliação da ECL é de 3 dias.
Média de Nº dias entre colocação à ECL para avaliação e indicação de colocação nas
Unidades
O tempo médio entre sinalização à EGA e identificação de vaga/indicação de colocação dos
doentes nas respetivas unidades da RNCCI que é de 15 dias.
O tempo médio, desde a indicação de vaga/colocação até ao ingresso efectivo dos doentes nas
respectivas Unidades é de 4 dias.Esta fase implica a articulação entre os diferentes
intervenientes, designadamente: EGA, Serviços de Internamento, Utente/Familiares, ECLs,
Unidades de Colocação e Serviço de Transportes do CHCB.
Serviço Clínico Média de nº de dias
Unidade AVC 17
Cardiologia 18
Cirurgia 1 12
Cirurgia 2 12
Gastrenterologia 15
Infeciologia FND 24
Medicina FND 14
Medicina Paliativa 33
Medicina 1 14
Medicina 2 8
Neurologia 13
Ortopedia 16
Pneumologia 11
Psiquiatria 11
UCAD 5
UCI 16
UTA FND 5
Urologia 12
Total 15
RELATÓRIO E CONTAS 2013 45 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Número de utentes referenciados, colocados e admitidos nas unidades
O total de utentes referenciados para a RNCCI no ano de 2013 foi de 191. Destes, foram
colocados 155 e efectivamente admitidos 133, cerca de 69,6% do total de doentes inicialmente
referenciados.
Destaca-se a Unidade de AVC como o serviço mais referenciador, com 54 utentes.
Dos 191 inicialmente sinalizados à EGA foram cancelados 58 utentes. A maioria foi cancelado
antes da fase de colocação nas respectivas unidades, ainda assim, foram cancelados 22 utentes
após a indicação de colocação.
A maioria de utentes foi cancelada por motivos de óbito e internamento em Lar. Após a
indicação de colocação nas unidades foi o agravamento da situação clínica a causa maior do
cancelamento na Rede.
No indicador de qualidade e acesso foi superado o objectivo contratualizado, de sinalização num
período de 5 dias, de 3,73 ‰ do total de doentes tratados nos serviços de Medicina Interna,
Cirurgia Geral, Neurologia e Ortopedia, com 8,16 ‰.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 46 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Distribuição de utentes por unidades de destino
Distrito de Castelo Branco Distrito da Guarda Outros distritos
Área de Residência
Cen
tro
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Cas
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Bra
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Ninho Açor 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
122
Belmonte 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
Benquerença 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Castelo Branco 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Covilhã 7 14 2 6 2 9 7 4 2 2 0 1 4 1 0 0 0 1
Penamacor 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
Idanha-a-Nova 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fundão 13 0 0 4 5 12 3 2 0 2 1 0 4 0 0 0 1 0
Dis
trit
o da
Gua
rda
Guarda 1 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
9
Manteigas 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Pinhel 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Sabugal 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
Seia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Out
ros
Dis
trit
os
Ermesinde 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
2 Pampilhosa da Serra 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total 24 15 3 16 9 22 12 7 2 4 2 3 9 1 1 1 1 1 133
RELATÓRIO E CONTAS 2013 47 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
3.8 Sistemas e Tecnologias de Informação
Em 2013 foram implementados nas áreas de Sistemas de Informação os seguintes Projectos:
Gestão Documental;
Sisqual;
Webmail;
Cópia centralizada;
Upgrade do SAM e SAPE para o SCLINICO;
Integração das ecografias obstétricas através do OIS (Aplicação desenvolvida
internamente pelo STI).
Para 2014 prevê-se desenvolver uma aplicação Informática para o Serviço de Medicina Física e
Reabilitação; actualizar o Data Center do Centro Hospitalar, renovar o parque informático
(Projecto SAMA) e implementar uma aplicação de Integração de Informação de várias
aplicações.
3.9 Anatomia Patológica
Em 2013 foi optimizado o método de Patologia Digital em parceria com o IPATIMUP
permitindo utilizar todos os recursos existentes, em termos humanos e tecnológicos, tornando o
serviço cada vez menos dependente do exterior e reduzindo da demora de saída dos resultados
de 16 para 10 dias.
Em 2014 pretende-se estender o actual serviço de forma a criar um pólo de diagnóstico
anátomo-patológico para toda a Beira Interior: Covilhã, Castelo Branco e Guarda.
3.10 Farmácia Hospitalar
Os Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar Cova da Beira movimentam anualmente cerca
de €8.000.000 e gerem mais de 1.300 produtos farmacêuticos. São um serviço certificado pela
norma ISO 9001/2008 desde Abril de 2011 tendo recebido ao longo de diversos anos Prémios
pelas Boas Práticas desenvolvidas.
A área de Ambulatório representa cerca de 63% dos custos totais com fármacos do Centro
Hospitalar Cova da Beira. O CHCB tem assistido a um crescimento do número de doentes que
levantam terapêutica no Ambulatório dos Serviços Farmacêuticos quer no Hospital Pêro da
Covilhã quer no Hospital do Fundão.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 48 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Os Serviços Farmacêuticos do CHCB dispensam medicação para doentes de ambulatório nas
Patologias Especiais de Insuficientes Crónicos e Transplantados Renais, VIH/SIDA, Esclerose
Lateral Amiotrófica, Esclerose Múltipla, Hepatite C, Hemofília, Tuberculose e Lepra, Patologia
Oncológica (C.Mama/C.Colo Útero/C.Cólon e Reto), Doença de Pompe, Hipertensão Arterial
Pulmonar, Artrite Reumatóide e Planeamento Familiar, entre outras. Estas são áreas em
crescimento sobretudo VIH/SIDA, Artrite Reumatóide e Patologia Oncológica.
Nº de doentes atendidos e nº atendimentos em Ambulatório dos S. Farmacêuticos no Centro
Hospitalar Cova da Beira 2012 e 2013
Com implementação generalizada da prescrição médica electrónica em todo o Hospital o
número de prescrições médicas eletrónicas validadas tem aumentado. Em 2013 verifica-se um
acréscimo de 3% nas prescrições médicas validadas por farmacêuticos face a 2012.
A constituição do Pólo de Saúde da Beira Interior coloca desafios à reorganização das áreas de
suporte, nomeadamente na aquisição e gestão de Produtos farmacêuticos, no desenvolvimento
do software informático de Gestão do Circuito do Medicamento e na Centralização da
Farmacotecnia, áreas que este Hospital pretende ser referência para toda a Beira Interior.
3.11 Avaliação do Grau de Satisfação dos Utentes e Colaboradores
Da análise efetuada às exposições apresentadas por cidadãos no Centro Hospitalar (Hospital Pêro da
Covilhã e Hospital do Fundão), durante o ano de 2013 foram registadas 367 exposições no Gabinete do
Cidadão, sendo destas 300 reclamações.
Analisando a taxa de variação, verifica-se que em 2013 foram registadas mais 28% de exposições de
utentes que no ano de 2012 para o mesmo período. Ressalve-se que este tipo de situação foi
substancialmente influenciado pelo aumento de exposições formalizadas e atendimentos presenciais
RELATÓRIO E CONTAS 2013 49 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
que ocorreram no4ªtrimestre do ano, provenientes do serviço de Urgência Geral, em consequência de
alterações organizacionais ocorridas a partir de Outubro.
Avaliação do grau de satisfação dos utentes, por serviço
No ano de 2013 foram aplicados 23 600 inquéritos através do envio dos inquéritos para a
residência dos utentes, 676 aplicados diretamente por colaboradores do Gabinete do Cidadão,
onde se incluem sondagens telefónicas. Os serviços clínicos também disponibilizaram
inquéritos aos utentes. Foram analisados 6015 questionários respondidos por utentes. Nesta
sequência verifica-se que o índice de satisfação global dos utentes que responderam aos
inquéritos em 2013 foi de 97%, tendo aumentado em +1% que o calculado em 2012.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 50 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Satisfação/motivação dos colaboradores no âmbito de processos de certificação
No ano de 2013 foram ainda analisados e realizados um conjunto de relatórios provenientes de
inquéritos que, no âmbito dos serviços certificados ou em processo de certificação, foram
aplicados em finais de 2012 e no início de 2013 aos colaboradores dos respetivos serviços.
Globalmente o índice de satisfação é de 82%.
3.12 Sustentabilidade
Resíduos sólidos e líquidos
O Centro Hospitalar Cova da Beira, na sua
atividade diária, assume-se como produtor
de resíduos. Essa produção constitui parte
integrante do ciclo de vida hospitalar e
manifesta-se na própria utilização do
material hospitalar. Consciente disso e
dentro das suas instalações, o CHCB
procede à recolha seletiva e triagem de
resíduos e providencia a sua valorização.
Segundo o Despacho n.º 246/96 do
Ministério da Saúde, de 13 de Agosto, os
resíduos hospitalares são classificados com
a seguinte tipologia:
Grupo I - Resíduos equiparados a urbanos e
que não apresentam exigências especiais no
seu tratamento (saco preto)
• Resíduos provenientes de serviços gerais
(como gabinetes, salas de reunião, salas de
convívio, instalações sanitárias, vestiários,
etc.)
• Resíduos provenientes de serviços de
apoio (como oficinas, jardins, armazéns e
outros)
• Embalagens e invólucros comuns (como
papel, cartão, mangas mistas e outros de
idêntica natureza)
• Resíduos provenientes das atividades de
restauração e hotelaria, resultantes de
confeção e restos de alimentos servidos a
doentes não incluídos no Grupo III
Grupo II – Resíduos hospitalares não
perigosos e que não estão sujeitos a
RELATÓRIO E CONTAS 2013 51 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
tratamentos específicos, podendo ser
equiparados a urbanos (saco preto)
• Material ortopédico: talas, gessos e
ligaduras gessadas não contaminados e sem
vestígios de sangue
• Fraldas e resguardos descartáveis não
contaminados e sem vestígios de sangue
• Material de proteção individual utilizado
nos serviços gerais de apoio, com excepção
dos incluídos no Grupo III e IV
• Frascos de soros não contaminados, com
excepção dos do Grupo IV
Grupo III - Resíduos hospitalares de risco
biológico - resíduos contaminados ou
suspeitos e contaminação, susceptíveis de
incineração ou de outro pré-tratamento
eficaz, permitindo posterior eliminação
como resíduo urbano (saco branco)
• Todos os resíduos provenientes de quartos
ou enfermarias de doentes infecciosos ou
suspeitos, de unidades de hemodiálise, de
blocos operatórios, de salas de tratamento,
de salas de autópsia e de anatomia
patológica, de patologia clínica e de
laboratórios de investigação, com excepção
dos do Grupo IV:
• todo o material utilizado em diálise
• peças anatómicas não identificáveis
• resíduos que resultam da administração de
sangue e derivados
• sistemas utilizados na administração de
soros e medicamentos, com excepção dos
do Grupo IV
• Sacos coletores de fluido orgânicos e
respetivos sistemas
material ortopédico: talas, gessos e
ligaduras contaminados ou com vestígios de
sangue; material de prótese retirado a
doentes
• Fraldas e resguardos descartáveis
contaminados ou com vestígios de sangue
• Material e proteção individual utilizado
em cuidados de saúde e serviçosde apoio
geral em que haja contato com produtos
contaminados (como luvas, máscaras,
aventais e outros)
Grupo IV - Resíduos hospitalares
específicos - resíduos de vários tipos de
incineração obrigatória (saco vermelho)
• Peças anatómicas identificáveis, fetos e
placentas, até publicação de legislação
específica
• Cadáveres de animais utilizados em
experiências laboratoriais
• Materiais cortantes e perfurantes: agulhas,
cateteres e todo o material invasivo
• Produtos químicos e fármacos rejeitados,
quando não sujeitos a legislação específica
• Citostáticos e todo o material utilizado na
sua manipulação e administração
RELATÓRIO E CONTAS 2013 52 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Em 2013 o Centro Hospitalar Cova da Beira teve
como parceiros na recolha e tratamento de
resíduos as seguintes empresas:
Empresa Tresiver
•Grupo I – Resíduos equiparados a urbanos
•Grupo II – Resíduos hospitalares não perigosos
Empresa Resistrela
•Grupo I - Resíduos equiparados a urbanos
(vidro, papel/cartão, metal, lâmpadas, pilhas)
Empresa SUCH
•Grupo III – Resíduos hospitalares de risco
biológico. O tratamento é feito por auto-clavado
(desinfeção a altas temperaturas)
•Grupo IV – Resíduos hospitalares específicos
•Líquidos orgânicos (xilol, formol, alcool,
produtos químicos). A recolha e tratamento são
feitos pela empresa SUCH e o tratamento é por
incineração e posterior aterro
RELATÓRIO E CONTAS 2013 53 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Consumos Água e energia eléctrica
Evolução dos consumos de água
Em 2013 registou-se uma diminuição global (Covilhã e Fundão) dos consumos de água (m3) e
eletricidade (kw/h). Em valor monetário verificou-se uma redução do valor consumido de água de
127.742€.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 54 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Evolução dos consumos com energia elétrica
O Consumo de energia elétrica nas duas unidades hospitalares reduziu de 2012 para 2013
em 64.490 kw/h, embora com um acréscimo de custos de € 39.210 relativo ao aumento de
taxas e impostos no fornecimento.
Plano de Sustentabilidade do Centro Hospitalar Cova da Beira
No ano de 2012 foi criado um Grupo de Trabalho de Combate ao Desperdício para diagnóstico
interno e consulta a gabinetes específicos, com o intuito de analisar práticas, definir políticas e
propor ações. Foi ainda elaborado um Manual de Combate ao Desperdício - guia dotado de um
2013-2012 2013-2011 2013-2012 2013-2011 2013-2012 2013-2011 2013-2012 2013-2011
Janeiro 3.936,08 € 9.775,58 € 685,73 € 2.100,52 € -30.831 -61.928 -310 637
Fevereiro - 838,07 € 8.654,10 € 208,68 € 1.654,53 € -63.458 -52.089 -3.094 -18
Março - 344,29 € 6.791,05 € 1.433,42 € 2.154,68 € -62.612 -71.467 7.324 4.550
Abril 3.457,48 € 7.744,63 € 190,19 € 2.363,78 € -35.864 -57.567 -3.475 9.302
Maio - 1.444,85 € 4.816,98 € 298,07 € 1.502,54 € -77.196 -84.295 -1.035 2.738
Junho 819,04 € 10.897,80 € 457,15 € 967,16 € -59.415 -59.993 169 -2.385
Julho 18.135,76 € 28.019,83 € 795,99 € 1.423,41 € 70.854 171.999 2.744 1.972
Agosto 9.960,84 € 43.501,68 € 151,40 € 1.704,81 € 88.658 187.220 2.063 6.522
Setembro 4.909,30 € 24.801,79 € 234,94 € 1.198,19 € 42.966 26.559 1.272 959
Outubro 545,31 € 9.366,81 € - 761,49 € 233,99 € 30.769 -9.109 -4.500 -2.451
Novembro - 2.325,05 € 11.531,07 € - 457,61 € 655,58 € 8.988 16.460 -1.242 -665
Dezembro - 780,61 € 6.773,11 € - 56,97 € 960,85 € 19.268 -29.493 3.467 1.151
Total 36.030,94 € 172.674,43 € 3.179,50 € 16.920,04 € -67.873 -23.703 3.383 22.312
ELETRICIDADE
Diferença de Custos Diferença de Custos
Diferença de Consumo
K w/h
Diferença de Consumo
K w/h
Covilhã Fundão Covilhã Fundão
RELATÓRIO E CONTAS 2013 55 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
conjunto de práticas sustentáveis adequadas aos Serviços e foram feitas algumas campanhas e
políticas de envolvimento contra o desperdício.
Objetivos:
Obter 20% de redução nos consumos de
energia elétrica e água nas instalações do
Centro Hospitalar Cova da Beira;
Sensibilizar todos os colaboradores para
as práticas sustentáveis;
Gerar, facilitar e intensificar os fluxos
de poupança, incentivando a um melhor
desempenho individual e organizacional;
Criar mecanismos automáticos de
poupança, práticos, relevantes, mensuráveis
e que eliminem desperdícios.
Os pilares de Sustentabilidade do CHCB dividem-se em práticas de gestão responsáveis e
tecnologias sustentáveis e parcerias para o desenvolvimento:
Práticas de gestão responsáveis e tecnologias sustentáveis: eficiência energética e otimização de
recursos para reduzir consumos, tecnologias de comunicações unificadas, paperlessoffice (Gestão
Documental), tutoriais online;
Parcerias para o desenvolvimento: escolha de parceiros com o objetivo de garantir produtos e
serviços dentro dos padrões de qualidade exigidos (verificação de documentação, cumprimento de
leis, cuidados com o armazenamento, transporte e conservação dos materiais, licenças para o
fornecimento contratado, alvarás de funcionamento).
Foi motivada a mudança através da explicação de comportamentos fáceis e desejáveis, tornando as
ações compensadoras para a instituição, criando hábitos e avaliando.
A Campanha de Sustentabilidade iniciou-
se em junho de 2013, com a afixação de
posters e teasers, introdução de conteúdos
no Facebook e no website corporativo e
colocação de screensavers nos
computadores acerca dos consumos de
energia e água anual
RELATÓRIO E CONTAS 2013 56 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Reciclagem
O Centro Hospitalar Cova da Beira promove a
reciclagem de produtos através da reunião e posterior
sub-contratação de empresas que fazem a sua recolha
e tratamento. Atualmente, é encaminhado para
reciclagem, papel e cartão, plástico, pilhas e baterias e
lâmpadas.
A reciclagem e a preservação de recursos são a base
de um contributo ambiental fundamental para o
CHCB.
Garantimos também o apoio à Associação Portuguesa
de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental do
Fundão (APPACDM Fundão) na recolha de tampas de
plástico que se transformam em ajudas técnicas que
vão melhorar a qualidade de vida das pessoas com
deficiências ou incapacidades.
Em Maio de 2013 iniciou uma nova fase do projeto – De um “CHCB que somos” para o “CHCB que
queremos ser”.
De salientar que esta campanha de sustentabilidade foi adaptada e alargada a todos as instituições do
Ministério da Saúde.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 57 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
3.13 Outras informações/ Iniciativas
Foram realizadas algumas remodelações internas e iniciado o projeto da Criação de Creche no interior do
Centro Hospitalar que foi concluído em Fevereiro de 2014.
Este novo serviço permite contribuir para a política de responsabilidade social que Centro Hospitalar tem
desenvolvido ao longo dos últimos dois anos, melhorando a conciliação entre a vida profissional e familiar.
A creche tem um horário das 7h às 24 horas, de segunda a sábado.
O serviço destina-se, preferencialmente, aos filhos dos colaboradores do CHCB. As vagas por preencher
podem ser ocupadas por colaboradores da Universidade da Beira Interior e da restante comunidade.
Os custos das obras foram suportados pela empresa que fica a explorar o serviço pagando,
simultaneamente, uma renda mensal ao centro hospitalar.
O Centro Hospitalar organizou em Julho de 2013 o “I Campo de Verão” para filhos de colaboradores.
Diversas iniciativas organizadas em 2013:
Evento Ações
Sessões Clínicas 26
Visitas de Estudo ao Hospital 2 (Escola Sec. Quinta das Palmeiras)
Exposição de Livros Técnicos e Científicos 5 (das quais 2 mini-feiras do livro)
Campanhas de Solidariedade 23
Participação CHCB na Quinzena da Saúde da Escola Frei Heitor Pinto 2 (Palestra e Rastreios na escola)
Comemoração do Dia Mundial da Incontinência Urinária 1 (Palestra)
Comemoração do Dia Nacional do Doente com AVC 4 (Workshops em escolas, rastreios, reunião para profissionais de
saúde e Iº Encontro de Doentes)
Comemoração do Dia Mundial da Saúde 2 (Palestras e Rastreios em Academia Sénior e Espaço das Idades)
Comemoração do Dia Mundial da Esclerose Múltipla 1 (Palestra)
Workshop ACT “Prevenção de Doenças Profissionais” 1
Comemoração do Dia Mundial da Higiene das Mãos 5 (Palestra CHCB, Oficina de Sensibilização na Mutualista e
RELATÓRIO E CONTAS 2013 58 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Coreografia da Higiene das Mãos)
Simpósio “STOP às Úlceras de Pressão” 1
Mostra de Doutoramentos FCS 1
XIV Congresso Técnico de Anatomia Patológica 3 (Congresso, Cursos Pré-Congresso, Jantar Temático)
Encontro de Doentes com Artrite Reumatoide 2 (Conferência e Lanche Convívio)
Assinatura do Protocolo PT/CHCB - Babycare 1
Comemoração do Dia Mundial da Criança 2 (Entrega de presentes e oficina de batidos)
Suporte Básico de Vida para crianças 1 (Escola Internacional da Covilhã)
Workshop sobre “Dislipidémia” 1
IV Encontro de Neurodesenvolvimento da Cova da Beira 1
Seminário de Gastronomia Hospitalar 2 (Seminário e Workshop de Culinária na Escola de Hotelaria do
Fundão)
Workshop Medicina Reprodutiva 1
Dia Mundial do Coração 5 (Conferências, Workshops e Rastreios)
Lançamento do Medicamento Zinforo - Astrazeneca 1
Semana do Aleitamento Materno 4 (Concurso e exposição de Fotografia, Palestras)
VII Edição da Semana do Bebé 26(Oficinas criativas, workshops, cursos, feira, concerto,
seminário, rastreios, Spa p´bebés, cerimónia religiosa)
XIIIº Aniversário CHCB 2 (Encontro de Gestores e Homenagem a Colaboradores)
IVº Encontro Nacional Enfermagem Neonatal e Pediátrica 1
Dia Mundial da Diabetes 2 (Caminhada contra a diabetes e rastreios)
IIº Congresso Simulação Aplicada às Ciências da Saúde
4 (Candidatura FCT, CursoPré-Congresso, Workshops,
Congresso)
Dia Mundial Prev. do Abuso e Violência contra Crianças 1
Reunião Pfizer 1
Palestra Famílias Felizes 1
Simpósio Pé Diabético 2 (Simpósio e Workshop)
Momentos de Natal 16 (visitas guiadas aos presépios e momentos musicais)
Festa de Natal do Hospital de Dia 1
Total
155
RELATÓRIO E CONTAS 2013 59 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 60 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Consulta Externa1as
consultasTotal
1as
consultasTOTAL Abs % Abs %
Anestesiologia 2 653 3 701 3 024 3 866 -165 -4,3% -371 -12,3%
Cardiologia 2 097 3 619 1 533 3 750 -131 -3,5% 564 36,8%
Cirurgia 3 186 8 026 2 814 7 549 477 6,3% 372 13,2%
Cirurgia Cardio-Torácica 103 108 102 112 -4 -3,6% 1 1,0%
Cirurgia Plástica 317 968 159 745 223 29,9% 158 99,4%
Dermatologia 8 9 1 379 2 804 -2 795 -99,7% -1371 -99,4%
Desabituação Tabágica 125 592 128 526 66 12,5% -3 -2,3%
Doenças Cerebrovasculares 148 260 148 272 -12 -4,4% 0 0,0%
Endocrinologia 80 335 215 414 -79 -19,1% -135 -62,8%
Estomatologia 1 340 4 907 1 279 4 685 222 4,7% 61 4,8%
Fisiatria 3 063 3 713 2 970 3 516 197 5,6% 93 3,1%
Gastrenterologia 2 270 5 532 3 308 5 741 -209 -3,6% -1038 -31,4%
Ginecologia 4 869 14 707 4 085 14 656 51 0,3% 784 19,2%
Hematologia 269 2 145 288 2 222 -77 -3,5% -19 -6,6%
Imunoalergologia 235 936 211 1 087 -151 -13,9% 24 11,4%
Imunohemoterapia 2 227 27 611 1 983 23 988 3 623 15,1% 244 12,3%
Medicina 4 424 14 403 4 775 14 307 96 0,7% -351 -7,4%
Medicina Intensiva 314 988 274 953 35 3,7% 40 14,6%
Medicina Reprodutiva 71 568 80 743 -175 -23,6% -9 -11,3%
Medicina Trabalho 1 252 1 285 1 260 1 275 10 0,8% -8 -0,6%
Nefrologia 202 553 69 106 447 421,7% 133 192,8%
Neurocirurgia 0 0 335 578 -578 #### -335 -100,0%
Neurologia 1 956 5 044 1 258 3 888 1 156 29,7% 698 55,5%
Nutrição Actividade Física 641 2 609 638 2 705 -96 -3,5% 3 0,5%
Obstetrícia 2 250 10 691 1 606 9 852 839 8,5% 644 40,1%
Oftalmologia 2 185 3 951 2 047 3 723 228 6,1% 138 6,7%
Oncologia 202 1 791 206 1 631 160 9,8% -4 -1,9%
Ortopedia 4 178 10 185 3 790 8 233 1 952 23,7% 388 10,2%
Pediatria 2 188 7 744 2 447 8 169 -425 -5,2% -259 -10,6%
Pedopsiquiatria 104 1 189 67 1 025 164 16,0% 37 55,2%
Pneumologia 1 649 7 863 1 554 7 380 483 6,5% 95 6,1%
Psiquiatria 729 6 478 696 8 111 -1 633 -20,1% 33 4,7%
Reumatologia 324 1 563 546 2 736 -1 173 -42,9% -222 -40,7%
Urologia 1 363 3 699 1 310 3 561 138 3,9% 53 4,0%
Total Consultas médicas:
Hospital Covilhã 47 022 157 773 46 584 154 909 2 864 1,8% 438 0,9%
Alcoologia 123 522 230 658 -136 -20,67 -107 -46,52
Infecciologia 441 2 346 638 2 276 70 3,08 -197 -30,88
Medicina III 1 688 4 755 2 283 4 925 -170 -3,45 -595 -26,06
Medicina Paliativa 172 571 237 645 -74 -11,47 -65 -27,43
Outras Consultas Médicas 81 518 126 342 176 0,51 -45 -0,36
Total Consultas médicas:
Hospital Fundão2 505 8 712 3 514 8 846 -134 -1,5% -1 009 -28,7%
Total CHCB : Consultas
Médicas49 527 166 485 50 098 163 755 2 730 1,7% -571 -1,1%
Total CHCB: Consultas
Enfermagem1 127 3 245 970 2 696 549 20,4% 157 16,2%
Total Consultas - CHCB 50 654 169 730 51 068 166 451 3 279 2,0% -414 -0,8%
Variação 1as
Hospital
do Fundão
Hospital
da Covilhã
Variação Total2013 2012
4. Relatório de produção
4.1 Consulta Externa
RELATÓRIO E CONTAS 2013 61 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Evolução do número de consultas médicas
O total das consultas médicas registou um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior.Em termos
absolutos as especialidades em que se registou o maior aumento em relação a 2012 foram a
Imunohemoterapiae a Ortopedia.
Registam-se diminuições no número de consultas principalmente nas especialidades de Dermatologia e de
Psiquiatria.
A percentagem de primeiras consultas médicas foi de 30%.
4.2 Urgência
Verificou-se um crescimento de 1,9% no total de episódios de urgência, os maiores desvios registaram-se
na Pediatria com um desvio positivo 10,5% e na Ginecologia com um desvio negativo de 36,7%.
140000
150000
160000
170000
Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013
166702
163.755
166.485
RELATÓRIO E CONTAS 2013 62 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
4.3 Hospital de Dia
No nº total de sessões de hospital de dia registou-se um crescimento de 9,2% (+1.744 sessões, em termos
absolutos). O maior acréscimo verificou-se na Psiquiatria (+2.676 sessões) e as maiores reduções
verificaram-se nos tratamentos de Terapêutica de Substituição (-1.010 sessões), Reumatologia (-224
sessões), Medicina Covilhã (-123 sessões) e Pneumologia (-109 sessões).
2013 2012 Abs. %
Anestesiologia 192 199 -7 -3,5%
Dermatologia 0 10 -10 -100,0%
Estomoterapia 322 245 77 31,4%
Gastrenterologia Covilhã 363 355 8 2,3%
Gastrenterologia Fundão 0 5 -5 -100,0%
Hematologia 1 061 765 296 38,7%
Imunoalergologia 95 114 -19 -16,7%
Imunohematerapia 1 081 1 136 -55 -4,8%
Infecciologia 372 445 -73 -16,4%
Medicina Covilhã 179 302 -123 -40,7%
Medicina Fundão 15 65 -50 -76,9%
Medicina Paliativa 52 30 22 73,3%
Neurologia 320 274 46 16,8%
Nutrição e Ativ idade Física 1 032 847 185 21,8%
Oncolologia 1 976 1 844 132 7,2%
Outros 790 693 97 14,0%
Pediatria 202 172 30 17,4%
Pedopsiquiatria 1 024 1 058 -34 -3,2%
Pneumologia 1 236 1 345 -109 -8,1%
Psicologia/NAF 382 407 -25 -6,1%
Psiquitria 6 926 4 351 2 575 59,2%
Reumatologia 421 645 -224 -34,7%
Terapia de Substituição 2 446 3 456 -1 010 -29,2%
Urologia 200 180 20 11,1%
Total CHCB 20 687 18 943 1 744 9,2%
SERVIÇO / UNIDADE
FUNCIONAL
Sessões H. Dia Crescimento
RELATÓRIO E CONTAS 2013 63 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
4.4 Serviço Domiciliário
Ao nível dos cuidados domiciliários, o hospital registou um crescimento global de 10% no nº de visitas
realizadas, destacando-se o Serviço domiciliário de Ortopedia com um crescimento de 24%.
4.5 Internamento
Internamentos por serviço, Taxas de ocupação e Demora média
(Nota: Falta codificar 1 episódio de 2012)
RELATÓRIO E CONTAS 2013 64 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Na capacidade do internamento, verificou-se a redução de 8 camas na lotação global do hospital, que
resultou da diminuição de camas na Pediatria e Obstetrícia e na incrementação de 6 camas para a Unidade
de cuidados diferenciados criada a partir de Agosto. No movimento do internamento, observando-se a
variação do nº de altas, em termos absolutos, destacam-se os aumentos nos serviços de Pediatria(33%),
Medicina Paliativa (15,8%), Unidade de Cuidados Intensivos (15,9%), Pneumologia (12,4%), e As
reduções mais significativas verificam-se nos serviços de Oftalmologia (-65,1%), sobretudo devido ao
incremento na cirurgia de Ambulatório, na Ginecologia (-35,6%), e Gastrenterologia (-18,0%).
Globalmente a taxa de ocupação de internamento foi de 82,4% e Demora média de 7,7 dias.
4.6 Atividade Cirúrgica
Em 2013, ocorreu uma diminuição da atividade cirúrgica em 1,6% face a 2012 (em termos de doentes
intervencionados), devido à forte carência de profissionais médicos de anestesiologia registada em 2013,
que implicou numa menor disponibilidade na abertura de salas operatórias, face ao registado nos anos
anteriores.
Doentes intervencionados por especialidade
RELATÓRIO E CONTAS 2013 65 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Cirurgia Convencional
A diminuição da atividade cirúrgica de 2013 é reflexo de uma diminuição da atividade de cirurgia
convencional que recorre ao bloco operatório central do CHCB, EPE. Existiu uma diminuição de 2.860
intervenções cirúrgicas, em 2012, para 2.320 intervenções cirúrgicas, em 2013.
Pelo contrário, o ano 2013, foi marcado por uma maior atividade cirúrgica urgente, face a 2012.
Cirurgia de Ambulatório
A grande medida aplicada na atividade cirúrgica que veio contrariar os constrangimentos observados na
Anestesiologia, tornando a atividade cirúrgica no CHCB, EPE mais eficiente e com menores custos foi o
incentivo à prática de cirurgia de ambulatório. Desta forma, em 2013, o CHCB, EPE aumentou em 33,7%
a cirurgia de ambulatório face a 2012.
O aumento da atividade de ambulatório fez com que em 2013, apesar de existirem menos doentes
intervencionados de forma programada (ambulatório e convencional) em relação a 2012, houvessem cerca
de mais 93 intervenções cirúrgicas programadas (ambulatório e convencional) em relação a 2012.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 66 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Contrariando, a tendência dos últimos anos, no decréscimo de intervenções cirúrgicas realizadas no CHCB,
EPE..
Lista Espera Cirúrgica
Em 2013 o tempo médio de espera para cirurgia foi de 3,76 meses. Apesar do Centro Hospitalar não ter a
especialidade de Neurocirurgia em 2013 tem alguns doentes em lista de espera, que já se encontravam
quando tinha a especialidade e ainda mantém de acordo com as regras do SIGIC.
Em 2013 a percentagem de doentes tratados em tempo adequado foi de 96,5%, tendo sido cumprido este
indicador em todas as especialidades com exceção da Ortopedia e Neurocirurgia.
3,8%
97,5%
99,5%
94,7%
98,7%
99,1%
100,0%
100,0%
96,1%
96,5%
NEUROCIRURGIA
UROLOGIA
OFTALMOLOGIA
ORTOPEDIA
CIRURGIA GERAL
GINECOLOGIA
CIRURGIA PLÁSTICA
ESTOMATOLOGIA
TOTAL GERAL
OBJETIVO
% Doentes cirúrgicos tratados em tempo adequado: 96,5%
RELATÓRIO E CONTAS 2013 67 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
4.7 Bloco de Partos
Verifica-se um aumento do número de partos comparativamente a 2012, passando de 568 para 591 partos,
contrariando a tendência regional e nacional. A percentagem de cesarianas diminuiu face ao ano de 2012,
cumprindo a meta estabelecida no Plano Estratégico 2013-2015 da Administração Central dos Sistemas de
Saúde (esta meta era de 28,6%).
4.8 Análise GDH's
4.8.1 GDH's de Internamento
Através da análise dos GDH o Centro Hospitalar Cova da Beira pode conhecer melhor os doentes que trata
e os seus custos e, dentro de certos limites, também os serviços que se espera virem a ser prestados.
Cada vez mais a análise dos dados dos GDH têm sido um importante veículo de diálogo entre os gestores e
os médicos sendo úteis na garantia da qualidade, na revisão de utilização, na medida em que permitem, por
exemplo, a realização de estudos comparados de tempos de internamento, a identificação de doentes que
estejam a receber níveis de recursos anormalmente baixos ou elevados e a comparação de padrões de
tratamento de casos semelhantes, entre médicos do mesmo hospital ou de diferentes hospitais. Têm
permitido ainda o conhecimento das consequências financeiras do tratamento dos doentes e, àqueles, o
reconhecimento das características clínicas que influenciam o consumo de recursos hospitalares.
A maior ou menor complexidade dos casos também é reflectida através deste sistema de classificação de
doentes e o esforço de registo de diagnósticos e procedimentos no resumo de alta permite aumentar a
qualidade dos dados com relevância epidemiológica, que o hospital seja pago de uma forma mais
equitativa e que os recursos do financiamento sejam distribuídos pelos diversos serviços de internamento,
de acordo com a complexidade e com os custos relativos dos doentes que tratam.
De referir que os dados foram retirados do WebGDH e à data da análise faltavam codificar 278 episódios.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 68 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Número de GDH´s de Internamento
Globalmente verifica-se uma redução do número de GDH´s de Internamento de 5%, um acréscimo no
Índice de Case Mix e um ligeiro acréscimo da demora média.
Por especialidade verifica-se que o maior número de GDH´s se regista em Cardiologia seguindo-se a
Medicina 2, a Cirurgia 1 e 2 e a Ortopedia.
0
200
400
600
800
1 000
1 200
1 400
1 600
1 800
INTERNAMENTO 2012/2013 POR ESPECIALIDADE
2012 2013
2012Nº. episódiós: 13.059Doentes Equivalentes: 12.298,41 (94%)
2013Nº. episódiós: 12.447Doentes Equivalentes:11.851,15 (95%)
RELATÓRIO E CONTAS 2013 69 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Índice de Case-Mix
A complexidade dos casos tratados no hospital, globalmente, aumentou de 0,90 em 2012 para 0,95 em
2013. Os serviços com maior complexidade são a UCI, Unidade de AVC, Infecciologia e Medicina
Paliativa.
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
ICM GLOBAL CHBC - 2012/2013
ICM 2012 ICM 2013
ICM 2012 - 0,90
ICM 2013 - 0,95
1,07
0,91
0,84
0,93
ICM C
ICM M
ICM MÉDICO E CIRÚRGICO - 2012/2013 - CHCB
2012 2013
RELATÓRIO E CONTAS 2013 70 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Globalmente o ICM médico diminuiu de 0,93 para 0,91 e o ICM cirúrgico aumentou de 0,84 para 1,07.
Top 20 GDH´s, peso no internamento e ICM
Globalmente os episódios de GDH médico representam 77% do total de GDH´s de internamento do
CHCB, com uma complexidade de 0,91 em 2013. Os 20+ dos GDH´s médicos de internamento
representaram em 2013 30% do peso do internamento com ICM de 0,85.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 71 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Top 20 Gdh´s médicos de Internamento, em 2013
Comparativamente a 2012 o peso dos GDH´s médicos aumentou, passando de 72% para 77%, tendo, por
outro lado, diminuído a sua complexidade de 0,93 para 0,91.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 72 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Top 20 Gdh´s médicos de Internamento, em 2012
Os GDH´s cirúrgicos representaram em 2013 23% do total de GDH´s de internamento do CHCB tendo
diminuído o seu peso comparativamente a 2012 (27%). A complexidade aumentou de 0,84 em 2012 para
1,07 em 2013. Este facto deveu-se também a alterações na versão do Agrupador de GDH´s.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 73 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Top 20 Gdh´s cirúrgicos de Internamento, em 2013
O peso dos 20+ de GDH´s cirúrgicos de internamento reduziu-se de 16% para 12% sobretudo devido ao acréscimo da
atividade de ambulatório tendo sido transferidos alguns procedimentos, sobretudo na Oftalmologia, para o
ambulatório.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 74 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Top 20 Gdh´s cirúrgicos de Internamento, em 2012
RELATÓRIO E CONTAS 2013 75 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
4.8.2 GDH's de Ambulatório
4.8.2.1 Actividade Médica de Ambulatório
Globalmente no ambulatório médico registaram-se mais 3,6% de episódios que no ano anterior.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 76 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
0,20 0,21
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
ICM AMBULATÓRIO MÉDICO CHCB - 2012/2013
ICM 2012 ICM 2013
Entre 2012 e 2013, a complexidade do ambulatório médico aumentou 5%, passando de 0,20 para 0,21 de
Índice Case-Mix (ICM).
A Pneumologia é a especialidade que tem mais diagnósticos e procedimentos realizados em Ambulatório
médico seguindo-se a Oncologia Médica. A percentagem de episódios do Serviço Nacional de saúde, em
doentes equivalentes, representa 98% do total do Ambulatório Médio, tendo o número de episódios fora do
SNS crescido comparativamente a 2012.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 77 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Detalhe dos GDH´s de Ambulatório Médico
GDH´s de Ambulatório Médico 2013
No ambulatório médico o GDH 410-Quimioterapia representa 75% do total de GDH´s de Ambulatório
Médico, tendo o número e peso deste GDH aumentado comparativamente a 2012. Globalmente verifica-se
um acréscimo de 4% no número de GDH´s e de 5% na complexidade.
Detalhe dos GDH´s de Ambulatório Médico 2012
RELATÓRIO E CONTAS 2013 78 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
4.8.2.2 Cirurgia de Ambulatório
Globalmente da cirurgia de ambulatório resultaram mais 33,8% GDH´s de Ambulatório que no ano 2012.
O aumento da atividade de cirurgia de ambulatório deve-se à aposta do CHCB, EPE numa gestão dos
doentes intervencionados de forma mais eficiente e com menores custos. As especialidades que mais
contribuíram para o aumento da cirurgia de ambulatório foram a Oftalmologia, Cirurgia Geral, Ortopedia,
Ginecologia e Estomatologia. O grande aumento registado na Oftalmologia deve-se à transição do
procedimento de “Cataratas” do internamento para o ambulatório, seguindo, desta forma, as melhores
práticas nas intervenções cirúrgicas para este procedimento.
Verifica-se um aumento de episódios equivalentes a utentes do Serviço Nacional de Saúde e de outros
subsistemas de saúde e seguradoras.
A grande maioria dos procedimentos realizados em cirurgia de ambulatório gerouGDH’s Cirúrgicos, em
todas as especialidades. As especialidades com algum volume de cirurgia de ambulatório que registaram
GDH’s médicos são a Ginecologia e a Urologia, devido aos procedimentos realizados de histeroscopia
105 152 157 141
525
33
153 100
595
266228
404
571
0
177
94
00
100
200
300
400
500
600
CIRURGIA DE AMBULATÓRIO - CHCB 2012/2013
2012 20132012Nº. episódiós: 1.371Doentes Equivalentes: 1.357 (98,9%)
2013Nº. episódiós: 1.835Doentes Equivalentes: 1.803 (98,3%)
RELATÓRIO E CONTAS 2013 79 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
diagnóstica e “Circuncisão”, respetivamente. Esta distribuição por tipo de GDH é equivalente entre a
atividade realizada em 2013 e 2012, conforme os dois gráficos seguintes.
16
212
226
404
387
165
92
78
43
173
7
0 100 200 300 400 500 600
UROLOGIA
CIRURGIA GERAL
ORTOPEDIA
OFTALMOLOGIA
GINECOLOGIA
ESTOMATOLOGIA
CIRURGIA PLÁSTICA
TIPO GDH - CIRURGIA AMBULATÓRIO - CHCB 2013
GDH cirúrgico GDH médico
7
129
154
141
423
33
142
99
5
98
18
99
9
0 100 200 300 400 500 600
UROLOGIA
CIRURGIA GERAL
ORTOPEDIA
OFTALMOLOGIA
GINECOLOGIA
DERMATOLOGIA
ESTOMATOLOGIA
CIRURGIA PLÁSTICA
NEUROCIRURGIA
TIPO GDH - CIRURGIA AMBULATÓRIO - CHCB 2012
GDH cirúrgico GDH médico
RELATÓRIO E CONTAS 2013 80 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Detalhe dos GDH’s – Cirurgia de Ambulatório
Em 2013, verifica-se um acréscimo de 34% no número de GDH´s e uma ligeira diminuição de 2,9% na
complexidade (ICM). Os 5 GDHs mais frequentes são o GDH 39 “Procedimentos no Cristalino” (286
episódios), GDH 270 “Outros procedimentos na pele, no tecido subcutâneo e/ou mama” (240 episódios),
GDH 369 “Perturbações menstruais e/ou outras perturbações do aparelho reprodutor feminino” (169
episódios), GDH 169 “Procedimentos na boca” (138 episódios) e GDH 6 “Descompressão do túnel
cárpico” (125 episódios). Face a 2012, regista-se que existiu um grande aumento no número de
procedimentos no GDH 39 (Oftalmologia), GDH 6 (Ortopedia) e GDH 369 (Ginecologia).
Top 20 GDH´s mais frequentes - Cirurgia de Ambulatório 2013
RELATÓRIO E CONTAS 2013 81 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Top 20 GDH´s mais frequentes - Cirurgia de Ambulatório 2012
RELATÓRIO E CONTAS 2013 82 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
4.9 Indicadores de Qualidade e Benchmarking
A parceria com a empresa IASIST, através da análise de dados dos GDH´s no software IAmetrics® ,
permitiu avaliar algumas das dimensões do desempenho do Centro Hospitalar Cova da Beira, com o
objectivo de melhoria contínua da actividade, nas seguintes vertentes:
Qualidade de dados
Análise da casuística atendida
Análise da complexidade atendida
Dimensões de avaliação:
Mortalidade intra-hospitalar
Complicações intra-hospitalares
Readmissões urgentes a 30 dias
Gestão de tempos de internamento
Gestão de tempos de internamento pré-operatório
Gestão do potencial de ambulatório
Mortalidade
Quando analisada a mortalidade ajustada pelo risco verifica-se que a mesma tem vindo a descer desde 2010
situando-se em 0,968 em 2013. Devido a um esforço no registo de diagnósticos e procedimentos que se
traduz no detalhe da codificação dos episódios, conseguiu-se melhorar o indicador de “óbitos não
justificados”.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 83 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Complicações
O índice de complicações ajustadas ao risco tem vindo a diminuir desde 2011, situando-se nos 0,835 em
2013, valor mais baixo obtido desde 2009.
Reinternamentos
O índice de reinternamentos ajustados ao risco também tem vindo a decrescer desde 2011, situando-se nos
0,883 em 2013. Sendo este índice inferior a 1 significa que, em 2013, e face ao risco associado aos
episódios, poderiam ocorrer mais 54 casos de reinternamento sendo considerado normal, o que não
aconteceu.
Ano Complicações não justificadas
2009 -28
2010 -29
2011 2
2012 -25
2013 -46
0,878 0,873
1,007
0,8860,835
2009 2010 2011 2012 2013
ÍNDICE DE COMPLICAÇÕES AJUSTADAS AO RISCO (ICAR)
RELATÓRIO E CONTAS 2013 84 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Globalmente os índices de mortalidade, complicações e reinternamentos ajustados ao risco registaram
melhorias.
Foi obtido em 2013 uma melhoria no registo clínico de 2012 para 2013. Este facto é possível de observar
no número médio de diagnósticos codificados por alta, que passou de 3,5 em 2012 para 4,3 em 2013.
Existe ainda espaço para melhoria uma vez que ainda se verifica um diferencial para o padrão, que se tem
mantido relativamente constante ao longo dos anos.
Se analisarmos os episódios de pacientes entre os 65 e os 84 anos verificamos que a média de diagnósticos
é de 5,2 e que também tem vindo a evoluir positivamente no Centro Hospitalar Cova da Beira. Este
aumento do número médico de diagnósticos permite obter um maior número de informação para fins
epidemiológicos, traduzir a complexidade dos casos tratados, a justificação para a probabilidade de morte
de um paciente e justificação para readmissões e complicações que ocorrem nos episódios, entre outras.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 85 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Demora média - Actividade médica e cirúrgica
Na actividade médica a demora média é de 7,8 dias. De acordo com a complexidade dos casos e por
comparação com o padrão, a mesma deveria ser próxima dos 4,9 dias, o que poderá ser explicado em parte,
pela falta de alguns registos nas notas de alta, apesar do processo de melhoria já verificado em 2013.
A Demora média resultante da actividade cirúrgica tem vindo a aumentar, de acordo com a tendência do
padrão. Em 2013 esta demora média situou-se nos 6,7 dias devendo ser próxima dos 4,1 dias.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 86 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Demora média pré-operatória por serviço
Em 2013 a gestão hospitalar do Centro Hospitalar monitorizou a demora média pré-operatória.
Na atividade programada aumentou o índice (DM obs/DM esp) de 1,37 em 2012 para 1,7 em 2013. Ao
longo dos anos o CHCB tem internado pacientes para cirurgia antes da mesma com tempos superiores ao
padrão.
Uma análise por serviço permite verificar que os serviços onde a demora média pré-operatória tem maior
impacto em número de dias de internamento são a Cirurgia Geral (358 dias), a Cardiologia (225 dias) e a
Urologia (225 dias).
RELATÓRIO E CONTAS 2013 87 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Demora média pré-operatória em episódios programados, por serviço, em 2013
Na atividade urgente o tempo pré-operatório é inferior ao da actividade programada e também acima do
padrão. Este indicador tinha diminuído em 2012 e em 2013 voltou a aumentar.
Por serviço, podemos verificar que são as especialidades de Cirurgia Geral (453 dias), a Ortopedia e
Traumatologia (161 dias) e a Medicina Interna (120 dias) que têm demoras médias pré-operatórias com
maior impacto nos dias de internamento globais do CHCB.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 88 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
4.10 Codificação
O Gabinete de Codificação e Auditoria Clínica (GCAC) está integrado no Serviço de Apoio ao
Planeamento, sendo composto por uma vertente administrativa e por uma vertente clínica. A primeira é
assegurada pela equipa de colaboradores administrativos e a segunda é assegurada por uma equipa de
codificação clínica.
O procedimento interno (PI) do Gabinete define que a codificação do processo tem de ocorrer num prazo
até 10 dias após a entrega ao codificador. Apenas se dispensam deste prazo os processos em que ainda não
esteja disponível o resultado de exames complementares de diagnóstico que permita especificar
diagnósticos ou procedimentos, nomeadamente de exames anatomo-patológicos.
Tempo médio de codificação 2013
Nota: À data desta análise ainda faltam codificar 275 episódios de Internamento, de 2013
O tempo médio de codificação é superior ao estabelecido no PI, sendo o tempo médio de codificação do
Internamento de 92 dias e do Ambulatório de 62.
No ano de 2013 evolui negativamente o tempo médio de codificação de Internamento e positivamente o de
ambulatório.
4.11Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT)
MCDT realizados no hospital
Verifica-se uma diminuição do número de MCDT´s realizados no Hospital sobretudo no âmbito das
Análises Clínicas e Imagiologia. Os tratamentos em Medicina Física e Reabilitação foram os que mais
cresceram. Na Anatomia Patólogica iniciou-se o processo de optimização do método de Patologia Digital o
que permitiu diferenciação do serviço, tornando-o cada vez menos dependente do exterior e com
diminuição de tempos de resposta.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 89 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
MCDT realizados no exterior
O Centro Hospitalar Cova da Beira aumentou o número de exames adquiridos ao exterior em 8%
comparativamente a 2012. Este acréscimo verificou-se com maior incidência nas áreas de Medicina Física
e Reabilitação, Análises Clínicas e Imagiologia.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 90 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 91 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
5. Linhas estratégicas 2013-2015
5.1 Principais Linhas Estratégicas
O CHCB definiu seis grandes eixos estratégicos a seguir entre 2013-2015:
1. Reforma Hospitalar – Pretende-se ajustar o número de camas de agudos, adequar os recursos
humanos às necessidades existentes, optimizar o modelo de governação, desenvolvendo os sistemas de
informação. Especial enfoque para a manutenção da Acreditação total do CHCB pela
JointComissionInternational e para a renovação da certificação de serviços pelas normas ISO. Desenvolver
esforços para que o tratamento de algumas patologias seja enquadrado em linhas de financiamento
autónomo em termos de contrato programa, é outro objectivo do CHCB.
2. Melhoria na qualidade, acessibilidade e adequação dos cuidados assistenciais – O CHCB pretende
adequar a sua carteira de serviços às necessidades identificadas dos cuidados de saúde da população da
área de influência. Implementação de métodos que promovam a equidade no acesso, a redução da lista de
espera para primeiras consultas e da lista de espera cirúrgica, é uma das linhas estratégicas a seguir.
Pretende-se também apostar na melhoria da eficiência operacional.
3. Aumento das Receitas Próprias – Tendo em conta as restrições orçamentais que o país enfrenta, o
CHCB, tem como pretensão a redução da sua dependência face ao contrato-programa, apostando no
incremento das receitas próprias.
4. Cooperação Interinstitucional – É também uma aposta do CHCB melhorar a articulação com a
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e Cuidados de Saúde Primários e com as restantes
instituições da região, potenciando-se o desenvolvimento do Pólo de Saúde da Beira Interior, de acordo
com as indicações do documento da reforma hospitalar.
5. Ensino e Investigação das Ciências da Saúde – Como orientação estratégica, o CHCB ambiciona
impulsionar o estabelecimento/manutenção de ligações com instituições de ensino superior e de
investigação, a fim de promover a afirmação internacional da ciência portuguesa e contribuir para suportar
iniciativas empresariais credíveis, nas áreas das tecnologias da saúde.
6. Satisfação dos Colaboradores – A satisfação dos colaboradores é atualmente uma das áreas fulcrais
a desenvolver para o crescimento e consolidação de qualquer organização. Neste sentido, o CHCB quer
desenvolver esforços que levem a um maior envolvimento dos seus colaboradores no prosseguimento dos
seus objectivos estratégicos.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 92 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
5.2 AçõesPrevistas
As atividades previstas em cada ação e respetivos recursos encontram-se descritas no Plano estratégico
2013-2015.
Eixo 1 – Reforma Hospitalar
Acção I – Ajustamento de camas de agudos.
Acção II – Ajustamento de Recursos Humanos.
Acção III – Sistemas de Informação.
Acção IV – Qualidade.
Acção V - Modelo de governação.
Acção VI – Linhas de Financiamento Autónomo
Eixo 2 – Melhoria na qualidade, acessibilidade e adequação dos cuidados assistenciais
Acção I – Revisão de carteiras de serviços
Inclui a Criação do Pólo de Diagnostico, Intervenção e Investigação Vascular da Beira Interior
(Hemodinâmica, ressonância, Spect-CT, TC, ecodoppler venoso e arterial, angiografia e ecocardiografia) e
Criação de Centros de Cuidados Multidisciplinares; Integração na Rede Nacional de Cuidados
Continuados Integrados:
Criação em 2014 da Unidade de Cuidados Paliativos;
Criação em 2015 da Unidade de Convalescença.
Ação II – Promover e Racionalizar o Acesso
Ação III – Aumentar a Satisfação dos Utentes
Ação IV – Fomentar a Prestação de Cuidados em Ambulatório
Acção V – Melhorar a Eficiência Operacional
Inclui medidas de racionalização de consumos de bens essenciais, como é o caso da eletricidade e água;
racionalização da utilização dos serviços de transporte de doentes e outras prestações de serviço externas;
promoção da redução de horas extraordinárias; otimização do sistema de gestão de stocks e introdução de
um sistema de gestão documental; redução dos custos com medicamentos e material de consumo clínico.
Numa perspectiva de incremento do índice case-mix, o CHCB pretende melhorar a nota de alta e
consequentemente a codificação.
Eixo 3 – Aumento das receitas próprias
Ação I – Prestação/venda de serviços à comunidade e a terceiras entidades
Ação II - Desenvolvimento de ensaios clínicos
Ação III – Captação de doentes em lista de espera para cirurgia em outras entidades do SNS através da
realização de consultas de especialidade noutras instituições, dando a conhecer a nossa oferta e abrindo o
SIGIC ao exterior.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 93 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Ação IV – Turismo de saúde e médico
Ação V – Parcerias com as companhias de seguros e outras entidades, identificando e diversificando a
oferta de serviços disponíveis (planos de saúde), através da venda de serviços clínicos domiciliários a
privados e estabelecendo protocolos de cooperação com instituições de Cuidados Continuados.
Ação VI – Melhorar o processo de faturação e cobrança às seguradoras
Eixo 4 – Cooperação Interinstitucional
Ação I – Articulação com a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
Acção II – Articulação com outros organismos da região.
Acção III – Processo de Afiliação Intra-Hospitalar
Eixo 5 – Ensino e Investigação das Ciências da Saúde e outras Áreas
Ação I – Dinamizar a investigação e o ensino
Eixo 6 – Satisfação dos Colaboradores
Apostar no desenvolvimento das competências profissionais dos colaboradores. Pretende-se aumentar a
motivação dos colaboradores e melhorar a comunicação interna, envolvendo os mesmos no processo de
tomada de decisão e estabelecendo uma política de responsabilização por resultados.
Ação I - Desenvolver as Competências Profissionais dos Colaboradores
Ação II – Promover a Motivação dos Colaboradores com a finalização do processo de avaliação do
desempenho (SIADAP) e fomentando a avaliação dos riscos psicossociais.
Ação III - Melhoria da Comunicação Interna.
5.3 Metas de Produção 2014
Para 2014 o Centro Hospital Cova da Beira propôs à Administração Regional de Saúde do Centro realizar
a actividade que se apresenta de seguida.
Foi definido internamente com cada serviço as respectivas metas de produção para 2014, podendo ainda
verificar-se alguns ajustes de acordo com as negociações em curso.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 94 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 95 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 96 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
6. Relatório económico-financeiro
6. 1. Cumprimento dos princípios de bom governo
6.1.1. Missão, Objetivos e Politicas da Empresa
A missão, objectivos e políticas gerais de actuação encontram-se definidas no primeiro ponto e constam do
Plano Estratégico do Centro Hospitalar Cova da Beira bem como do regulamento interno.
6.1.2. Regulamentos Internos e Externos a que a Empresa está sujeita
De acordo com o artigo 5º, do Decreto-Lei nº 233/2005, o CHCB é um Estabelecimento Público do
Serviço Nacional de Saúde, de natureza empresarial, sendo uma Pessoa Coletiva dotada de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial nos termos do Decreto-lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, e do
artigo 18º, do anexo da Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro.
O CHCB rege-se pelo seu Regulamento Interno, aprovado em 24 de Novembro do ano 2006, e pela
seguinte legislação:
Diploma de transformação em Entidade Pública Empresarial (Decreto-Lei nº93/2005, de 7 de
Junho, Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro) e seus Estatutos;
Lei de Bases da Saúde, Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro, Decreto-Lei nº 11/93, de 15 de Janeiro;
Decreto-Lei nº 188/2003, de 20 de Agosto;
Regime Jurídico do Sector Empresarial do Estado (Lei nº 47/99, de 16 de Junho e Decreto-Lei nº
558/99, de 17 de Dezembro);
Decreto-Lei n.º 71/2007 de 27 de Março.
Código das Sociedades Comerciais;
Outras normas especiais e gerais decorrentes do seu objeto social e da Lei.
6.1.3. Informação sobre as Transacções Relevantes
Durante o ano de 2013 a ACSS transferiu para o Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. 49,962 milhões
de euros por conta do contrato programa de 2013e por conta dos Subsistemas Públicos.
6.1.4. Informação sobre outras Transacções
Os procedimentos adoptados em matéria da aquisição de bens e serviços têm-se baseado nas normas de
direito privado, sem prejuízo da aplicação do regime de direito comunitário relativo à contratação pública,
RELATÓRIO E CONTAS 2013 97 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
pelo que o CHCB tem cumprido o previsto no art.º 13º, nº 1 e 2 do D.L. n.º 233/2005 bem como o
preceituado no Decreto-Lei n.º 18/2008 que aprova o Código dos Contratos Públicos.
O fornecedor que registou mais de 1 ME de facturação anual para com este Centro Hospitalar é:
• O Serviço de Utilização Comum dos Hospitais atingiu o valor de 1,759 milhões de euros como
fornecedor de serviços de tratamento de resíduos, tratamento de roupa e alimentação.
6.1.5. Indicação do Modelo de Governo e Identificação dos Membros dos Órgãos Sociais
Conselho de Administração:
Presidente: Miguel Castelo Branco Craveiro de Sousa
Vogal: Anabela Antunes de Almeida
Vogal: Orminda da Conceição Machado Ribeiro Sucena
Director Clínico: Rosa Maria Ballesteros Ballesteros
Enfermeiro Director: António João dos Reis Rodrigues
Comissões com integração de membros do Conselho de Administração:
Comissão Mista CHCB, EPE e UBI
Conselho de Coordenação de Avaliação
Auditor externo / Fiscal Único
Efectivo: Cruz, Cunha, Campos $ Associados, SROC n.º 106, representada pelo Dr. Sebastião Campos
Cruz, ROC n.º 696
Suplente: Carlos Alberto da Silva Cunha, ROC n.º 685
6.1.6. Estatuto Remuneratório Fixado
Administradores Executivos
Presidente:
– Vencimento mensal de 4.956,75 euros, 14 vezes por ano;
– Despesas de representação de 1.471,46 euros, 12 vezes por ano;
Vogal:
– Vencimento mensal de 3.433,20 euros, 14 vezes por ano;
– Despesas de representação de 1.373,28 euros, 12 vezes por ano;
Vogal:
– Vencimento mensal de 3.433,20 euros, 14 vezes por ano;
RELATÓRIO E CONTAS 2013 98 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
– Despesas de representação de 1.373,28 euros, 12 vezes por ano;
Director Clínico:
– Vencimento mensal de 3.682,16 euros, 14 vezes por ano;
– Despesas de representação de 1.373,28 euros, 12 vezes por ano;
Enfermeiro Director:
– Vencimento mensal de 3.433,20 euros, 14 vezes por ano;
– Despesas de representação de 1.373,28 euros, 12 vezes por ano;
Sobre os valores apresentados são aplicados os seguintes cortes salariais atualmente em vigor:
● Artigo 12.º, da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de Junho (redução de 5% nos vencimentos dos gestores
públicos);
● Artigo 19.º, da Lei n.º 55-A/2010, 31/12, mantida em vigor pela Lei n.º 66-B/2012 (OE 2013)
Fiscal Único
– Remuneração: 22,5% da remuneração base do Presidente do Conselho de Administração (953,55€/Mês +
IVA);
– Despesas de deslocação: 1.188,04€/Ano.
6.1.7. Remunerações
Remunerações do Conselho de Administração
RELATÓRIO E CONTAS 2013 99 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 100 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
6.1.8. Cumprimento das orientações legais
6.1.8.1 Objetivo de gestão
Não foram definidos os objetivos de gestão previstos no art.º 38º do Dl n.º 133/2013 de 3 de Outubro.
6.1.8.2 Gestão de Risco Financeiro
Parque Automóvel Miguel Castelo-Branco Rosa Ballesteros António João Rodrigues Anabela Almeida Orminda Sucena
Mandato I / II
Modalidade de Utilização
Valor de referência da v iatura nova
Ano Inicio
Ano Termo
N.º prestações (se aplicável)
Valor Residual
Valor de renda/prestação anual da
v iatura de serv iço
Combustível gasto com a v iatura
Plafond anual Combustivel atribuído
Outros (Portagens / Reparações / Seguro)
Limite definido conforme Art.º 33 do EGP
(Sim/Não)
RELATÓRIO E CONTAS 2013 101 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
No que diz respeito à avaliação da Gestão do Risco Financeiro, o Centro Hospitalar não contraiu qualquer
empréstimo durante o ano de 2013, pelo que não se aplica a avaliação ao grau de cumprimento dos
procedimentos relativos à matéria de avaliação de riscos e medidas de cobertura:
Apresenta-se mapa da evolução do passivo remunerado do Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE nos
últimos 5 anos:
Gestão de Risco Financeiro - Despacho n.º 101/09-SETF, de 30-01 CUMPRIDO
S N N/A
Procedimentos adoptados em matéria de avaliação de risco e medidas de cobertura respectiva
Div ersificação de instrumentos de financiamento X
Div ersificação das modalidades de taxa de juro disponív eis X
Div ersificação de entidades credoras X
Contratação de instrumentos de gestão de cobertura de riscos em função das condições de
mercado
X
Adopção de politica activa de reforço de capitais permanentes
Consolidação passiv o remunerado: transformação passiv o Curto em M/L prazo, em condições
fav oráv eis
X
Contratação da operação que minimiza o custo financeiro (all-in-cost) da operação X
Minimização da prestação de garantias reais X
Minimização de cláusulas restritiv as (cov enants) X
Medidas prosseguidas com vista à optimização da estrutura financeira da empresa
Adopção de política que minimize afectação de capitais alheios à cobertura financeira dos
inv estimentos
X
Opção pelos inv estimentos com comprov ada rendibilidade social/empresarial, beneficiam de FC e
de CP
X
Utilização de auto financiamento e de receitas de desinv estimento X
Inclusão nos R&C
Descrição da ev olução tx média anual de financiamento nos últimos 5 anos X
Juros suportados anualmente com o passiv o remunerado e outros encargos nos últimos 5 anos X
Análise de eficiência da política de financiamento e do uso de instrumentos de gestão de risco
financeiro
X
Reflexão nas DF 2013 do efeito das v ariações do justo v alor dos contratos de swap em carteira X
Passivo remunerado 2009 2010 2011 2012 2013
Fundo de Apoio aos Pagamentos do SNS 13.399.115 € 13.399.115 € 13.399.115 € 13.399.115 € 13.399.115 €
Leasing 68.268 € 16.800 € 0 € 0 € 0 €
Remuneração
Fundo de Apoio aos Pagamentos do SNS 16.254 € 279.443 € 281.621 € 280.850 € 281.621 €
Leasing 7.268 € 3.548 € 44 € 0 € 0 €
RELATÓRIO E CONTAS 2013 102 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Sobre passivos, importa referir a necessária contracção de um empréstimo de 15,4 milhões de euros para
com o Fundo de Pagamentos do SNS, em Dezembro de 2008, no sentido de serem cumpridas as
orientações emanadas pela tutela, isto é, pagar a 90 dias.
Durante o ano de 2009 apenas foi possível amortizar em 2 milhões de euros o empréstimo supra
mencionado. No ano em análise não foi possível amortizar qualquer valor sob pena de ver agravada a
dívida a fornecedores e deteriorar o prazo médio de pagamento.
Mais se informa que desde Setembro de 2011 que não é liquidado qualquer valor de juros resultantes do
empréstimo contraído junto do FAPSNS.
6.1.8.3. Prazo médio de pagamento e dívidas vencidas
6.1.8.4. Recomendações do acionista
As contas de 2012 ainda não se encontram aprovadas pelo que não há recomendações.
6.1.8.5 Remunerações
Foram aplicadas todas as reduções remuneratórias decorrentes da Lei, quer aos órgãos sociais quer aos
restantes trabalhadores.
6.1.8.6 Cumprimento do artigo 32.º do Estatuto do Gestor Público
Foi dado cumprimento ao artigo 32.º
6.1.8.7 Contratação pública
Foram aplicadas as normas de contratação pública e existem procedimentos internos instituídos para a
contratação de bens e serviços.
6.1.8.8 Medidas tomadas para adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas
O CHCB utiliza sempre que legalmente exigido o sistema nacional de compras públicas.
Var. (%) 4ºT 2013 / 4ºT
2012
1º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T
Prazo 385,59 394,56 518,82 435,54 289,78 345,40 360,20 308,81 41,0%
PMP
2013 2012
Dividas Vencidas 0 a 90 dias 91 a 120 dias 121 a 240 dias 241 a 360 dias > 360 dias
Aq. de Bens e Serv iços 4.147.943 € 1.271.840 € 5.332.744 € 4.007.769 € 8.854.170 €
Aq. de Capital 33.478,00 € - € 46.389,00 € 2.936,00 € 157.011,00 €
Total 4.181.421 € 1.271.840 € 5.379.133 € 4.010.706 € 9.011.181 €
Dividas vencidas de acordo com o Art. 1.º DL 65-A/2011
RELATÓRIO E CONTAS 2013 103 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
6.1.8.9 Parque automóvel
O parque automóvel é o que a seguir se discrimina. Não foi possível consumar o abatimento de qualquer
viatura, o que esperamos poder concretizar no corrente ano.
6.1.8.10Plano de redução de custos
O Centro Hospitalar Cova da Beira apresenta uma redução de 5M € no período em análise.
Marca Modelo Matrícula Ano Observações
Ford Transit 190L Van 42-07-HT 1991 a abater
Kia CarnivalEX TOP 37-04-VM 2003 a abater
Mercedes Benz 240D VX-01-47 1979 a abater
Nissan SunnySLX 1.3 NX-11-71 1987 a abater
Renault Clio 85-85-MC 1991 a abater
Renault 4L GTL PI-04-77 1988 a abater
Renault 4L GTL 32-31-FC 1988 a abater
MG ZT-T 39-42-XA 2004
MG ZT-T 51-07-VN 2003
TOYOTA E15EJ(A) 48-FI -70 2008
Kia Carens 00-41-XV 2004
Citroen Nemo 1.4HDI 77-JJ-55 2010
Opel Combo 10-FG-53 2008
Opel Combo 19-FH-23 2008
CITROEN VAR 75-GF-14 2008
Renault Master 01-78-XT 2004 Mercadorias
Ford Transit 100L Van 91-03-EN 1993 Ambulância
Mercedes 313 CDI 18-48-XS 2004 Ambulância
Volkwagen Lt 35 59-55-QV 2000 Ambulância
CHRYSLER RGVOYAGER 49-91-VZ 2004
MITSUBSHI L400(PAO) 51-73-RT 2001
Peugeot 405 SRI SA-31-77 1988
Absoluta %
CMVMC (m€) 12.316,30 12.352,30 12.526,00 11.454,00 11.341,10 -1.011,20 -8%
FSE (m€) 10.991,70 10.519,60 10.728,90 10.948,30 11.524,30 1.004,70 10%
Deslocações/Estadas 1,7 2,5 1,9 8,6 12,4 9,9 402%
Ajudas de Custo 30,6 27,7 26,2 27 26,4 -1,2 -4%
Comunicações 121,5 100,1 104,7 124,8 127,8 27,7 28%
Gastos Com Pessoal (m€) 38.147,60 37.759,60 34.231,10 32.940,40 32.925,70 -4.834,00 -13%
Total 61.455,60 60.631,40 57.486,00 55.342,70 55.791,10 -4.840,40 -8%
Volume de negócios (m€) 59.184,40 59.775,00 45.451,10 44.875,40 42.424,30 -17.350,60 -29%
Peso dos Gastos no VN (%) 104% 101% 126% 123% 132%
Variação 2013/2010 Cumprimento
Identificar (S/N)PRC 2009 2010 2011 2012 2013
RELATÓRIO E CONTAS 2013 104 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
A evolução dos gastos com pessoal é a seguinte:
6.1.8.11 Unidade de Tesouraria do Estado
Este Conselho de Administração sempre privilegiou de forma clara a opção pelo Instituto de Gestão do
Crédito Público (IGCP) no que diz respeito à gestão das disponibilidades deste Centro Hospitalar. É
através da conta do IGCP que são efetuados os pagamentos ao pessoal e respetivos encargos (Segurança
Social, Caixa Geral de Aposentações, IRS), os pagamentos a fornecedores e é utilizada para os
recebimentos dos nossos clientes (SNS, ADSE, Companhias de Seguros).
6.1.8.12 Divulgação de informação
O CHCB divulga toda a informação prevista na RCM n.º 49/2007, de 28 de Março, conforme mapas
anexo, quer ao nível do site da empresa quer ao nível do site do SEE:
Quadro de Pessoal 2010 2011 2012 2013
Número de RH sem Órgãos Sociais 1299 1251 1251 1245
Número de cargos dirigentes sem O.S. 3 2 2 1
Numero de Órgãos Sociais 5 4 5 5
Gastos totais com pessoal
Gastos com Órgãos Sociais 277.305,89 € 222.926,41 € 210.836,79 € 228.689,99 €
Gastos com Dirigentes 156.181,41 € 111.821,82 € 70.838,48 € 63.268,45 €
Gastos com RH sem O.S. e sem Dirigentes 37.326.126,70 € 33.896.302,77 € 32.658.676,73 € 32.633.700,20 €
Rescisões / Indemnizações 1.234,20 € 5.968,92 € - € 2.473,85 €
RELATÓRIO E CONTAS 2013 105 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
S N N.A.
Estatutos actualizados (PDF) X
Historial, Visão, Missão e Estratégia X
Ficha sintese da empresa X
Identificação da Empresa:
Missão, objectiv os, politicas, obrig. serv . público e modelo de financiamento X
Modelo Governo / Ident. Orgãos Sociais:
Modelo de Gov erno (identificação dos órgãos sociais) X
Estatuto remuneratório fixado X
Remunerações auferidas e demais regalias X
Regulamentos e Transacções:
Regulamentos Internos e Externos X
Transações Relev antes c/ entidade(s) relacionada(s) X
Outras transacções X
Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental X
Avaliação do cumprimento dos PBG X
Código de Ética X
Informação Financeira histórica e actual X
Esforço Financeiro do Estado X
Informação no Site do SEE
Divulgação
S N N.A.
Existência de Site X
Historial, Visão, Missão e Estratégia X
Organigrama X
Orgãos Sociais e Modelo de Governo:
Identifica dos orgãos sociais X
Identificação das áreas de responsabilidade do CA X
Identificação de comissões existentes na sociedade X
Identificar sistemas de controlo de riscos X
Remuneração dos órgãos sociais X
Regulamentos Internos e Externos X
Transacções fora das condições de mercado X
Transacções relev antes com entidades relacionadas X
Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental X
Código de Ética X
Relatório e Contas X
Provedor do cliente X
Informação no Site da Empresa
Divulgação
RELATÓRIO E CONTAS 2013 106 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
6.2. Avaliação económico-financeira
Iniciamos o ano de 2013 num contexto de forte contenção da despesa, que se reflecte nos preços
contratualizados para o corrente ano.
Não obstante do disposto, todos os valores respeitantes ao contrato programa de 2013 foram pagos durante
o ano.
Foi igualmente paga a dívida dos subsistemas públicos.
Foram transferidas verbas pela ACSS e à semelhança do ano de 2012 mais valores do que efectivamente
nos são devidos, pelo que estão registados 7.311.372,07 euros de adiantamentos sem correspondência no
activo.
Não é cumprida a Lei dos Compromissos.
O resultado líquido cifrou-se em – 12.712.333,76 € e o EBITDA em - 11.810.464,11€.
6.2.1. Proveitos e Ganhos
Para o ano de 2013 o CHCB conta com nova redução do valor contratualizado, que corresponde a uma
diminuição de cerca de 2,8%. Acresce referir em 2012 foi atribuída a verba da 5 M€ plano de convergência
para reequilíbrio financeiro do hospital e em 2013 apenas no valor de 1,7 M€.
É com base neste pressuposto que deve ser analisada a variação dos proveitos, que a seguir se apresenta:
Proveitos e Ganhos
Observa-se que houve um decréscimo de 5% nos proveitos, resultado de, por um lado, da redução dos
preços do contrato programa para o ano corrente e de novas regras de facturação, nomeadamente, no que
diz respeito ao HDI e à facturação das sessões de psiquiatria, bem como da questão relacionada com o
plano de convergência. Por melhorias ao nível do ICM os internamentos foram mais bem pagos em 2013,
daí o aumento verificado nos proveitos.
Conta Designação Dez-12 Dez-13 % Orçamento Exec.
71 Vendas E Prestações De Serv iços 44.875.395 € 42.424.320 € -5% 42.177.646 € 101%
73 Prov eitos Suplementares 197.239 € 223.949 € 14% 202.459 € 111%
74 Transferência e Sub Correntes Obtidos 97.662 € 121.436 € 24% 121.621 € 100%
76 Outros Prov eitos E Ganhos Operacionais 958.081 € 1.215.841 € 27% 719.232 € 169%
78 Prov eitos Ganhos Financeiros 180.362 € 107.102 € -41% 50.000 € 214%
79 Prov eitos Ganhos Extraordinários 460.741 € 398.912 € -13% 418.682 € 95%
46.769.481 € 44.491.559 € -5% 43.689.639 € 102%
RELATÓRIO E CONTAS 2013 107 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Proveitos e Ganhos – Contrato Programa
6.2.1.1. Execução do Contrato Programa
Realçam-se excelentes taxas de execução do ambulatório e défices relevantes nas consultas com majoração
de preço. Para já é difícil avaliar a execução dos DEQ no internamento, que em termos totais não está
desadequada, contudo a distribuição por internamento urgente e programado, cirúrgico e médico mostra-se
mais preocupante se se mantiver a distribuição dos 71% dos episódios codificados. Verificam-se taxas de
execução baixas nas sessões de HDI de Hematologia e Imuno-hemoterapia.
Conta Designação Dez-12 Dez-13 % €
71211 Internamento 20.112.833 € 22.425.468 € 11% 2.312.635 €
71212 Consulta 7.821.120 € 6.946.253 € -11% -874.867 €
71213 Urgência 4.472.035 € 3.962.745 € -11% -509.290 €
71215 Hospital de dia 2.073.264 € 1.403.597 € -32% -669.666 €
7121821 Ambulatório cirúrgico 1.420.539 € 1.164.870 € -18% -255.669 €
7121822 Ambulatório médico 589.818 € 716.117 € 21% 126.299 €
712181 Serv iços domiciliários 269.140 € 272.702 € 1% 3.562 €
712132 Outros prov eitos CP 6.764.845 € 4.192.785 € -38% -2.572.060 €
712183 Programas v erticais 0 € 0 € n/a 0 €
71226 MCDT's 287.163 € 241.436 € -16% -45.727 €
71227 Taxas moderadoras 1.061.845 € 1.097.040 € 3% 35.195 €
7111 Outros prov eitos 2.793 € 1.308 € -53% -1.485 €
44.875.395 € 42.424.320 € -5% -2.451.075 €
RELATÓRIO E CONTAS 2013 108 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Resumo da Execução do Contrato Programa 2013
6.2.2. Custos e Perdas
Os custos registados em Dezembro de 2013 apresentam um aumento de cerca de 0,36% face aos
verificados no período homólogo do ano anterior, por força da introdução nos custos com pessoal do
subsídio de férias e porque uma nova tabela de facturação dos cuidados de saúde provocou aumentos
significativos nos custos unitários de exames realizados no exterior. Realce para uma diminuição de 1%
nos consumos resultante das políticas implementadas, nomeadamente, no que concerne à renegociação dos
preços unitários. Importa igualmente salientar as reduções ao nível das amortizações que evidenciam
necessidades prementes de investimento.
Custos e Perdas
Tipo de Produção Contratado Realizado % €
Amb. - GDH Médico 678.336 € 551.909 € -19% -126.427 €
Amb. - GDH Cirúrgico 1.281.559 € 1.425.168 € 11% 143.609 €
Visitas Domiciliárias 259.772 € 265.343 € 2% 5.571 €
1as Consultas 411.156 € 2.391.679 € 482% 1.980.523 €
Seguintes Consultas 6.676.433 € 5.246.319 € -21% -1.430.114 €
IG-Medicamentosa 32.439 € 36.705 € 13% 4.266 €
IG-Cirurgica 1.920 € 1.225 € -36% -694 €
GDH Cirúrgico Urgente 1.479.681 € 2.257.297 € 53% 777.616 €
GDH Cirúrgico 4.311.605 € 4.992.350 € 16% 680.745 €
GDH Médico 16.050.272 € 12.178.895 € -24% -3.871.377 €
Psiquiatria crónicos 51.590 € 51.195 € -1% -395 €
Urgências 3.762.720 € 4.165.003 € 11% 402.283 €
Hematologia 118.631 € 203.619 € 72% 84.988 €
Imuno-Hemoterapia 584.594 € 677.863 € 16% 93.269 €
Psiquiatria 240.709 € 299.177 € 24% 58.468 €
Outros 105.760 € 131.420 € 24% 25.660 €
HIV 859.270 € 767.685 € -11% -91.585 €
36.906.447 € 35.642.852 € -3% -1.263.595 €
Conta Designação Dez-12 Dez-13 % Orçamento Exec.
61 Custos Merc Vend E Mat Consum. 11.454.014 € 11.341.102 € -1% 12.589.261 € 90%
62 Fornecimentos E Serv iços Externos 10.948.332 € 11.524.309 € 5% 10.902.661 € 106%
64 Custos Com O Pessoal 32.940.352 € 32.925.659 € 0% 34.983.486 € 94%
65 Outros Custos E Perdas Operacionais 11.437 € 4.940 € -57% 10.000 € 49%
66 Amortizações Do Exercicio 1.113.103 € 957.514 € -14% 931.000 € 103%
67 Prov isões 0 € 7.154 € n/a 0 € n/a
68 Custos E Perdas Financeiras 289.929 € 289.541 € 0% 288.484 € 100%
69 Custos E Perdas Extraordinar. 200.752 € 114.540 € -43% 100.000 € 115%
56.957.920 € 57.164.760 € 0,36% 59.804.892 € 96%
RELATÓRIO E CONTAS 2013 109 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
6.2.2.1. Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas
Globalmente os consumos apresentam uma redução de 1%, contudo os custos com medicamentos
apresenta um aumento face aos custos registados no ano anterior de 1%. Salienta-se que o acordo do
Ministério com a Apifarma provou reduções de cerca de 1,1 M€ em 2012 e de 0,7 M€ em 2013, pelo que
não fosse esse efeito exogéneo ao hospital estaríamos perante uma redução de custos na casa dos 300 mil
euros.
Salientam-se amplas reduções nos reagentes e material de consumo clínico e aumentos consideráveis quer
no material de conservação e reparação quer no material de consumos hoteleiro.
Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas
6.2.2.2. Fornecimentos e Serviços Externos
6.2.2.2.1 Subcontratos e Exames ao Exterior
Os subcontratos apresentam um aumento de 14%. Salienta-se o aumento ao nível da prescrição de
oxigénio, da patologia clínica, imagiologia e internamentos em ordens religiosas, mas sobretudo a
introdução de uma nova tabela de preços, com especiais implicações ao nível da cardiologia.
Conta Designação Dez-12 Dez-13 % €
61611 Medicamentos 7.257.655 € 7.313.017 € 1% 55.362 €
61612 Reagentes E Produtos De Diagnóst Rapido 1.690.342 € 1.593.729 € -6% -96.613 €
6162 Material De Consumo Clínico 2.119.649 € 1.941.756 € -8% -177.893 €
6163 Produtos Alimentares 1.435 € 1.289 € -10% -146 €
6164 Material De Consumo Hoteleiro 151.380 € 174.831 € 15% 23.451 €
6165 Material De Consumo Administrativ o 95.718 € 88.432 € -8% -7.286 €
6166 Material De Manutenção E Conserv ação 137.835 € 228.048 € 65% 90.213 €
11.454.014 € 11.341.102 € -1% -112.912 €
RELATÓRIO E CONTAS 2013 110 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Fornecimentos e Serviços Externos
Fornecimentos e Serviços Externos 1
Esta conta apresenta, um aumento relativamente igual ao período do ano anterior, com crescimento
acentuado ao nível da electricidade e dos combustíveis. As reduções mais relevantes estão relacionadas
com a prestação de serviços médicos.
A este nível os custos estão marcados pela acreditação da JoinComissionInternacioal e custos inerentes
bem como a necessidades de promover novos contratos de manutenção de forma a garantir determinados
níveis de qualidade.
Conta Designação Dez-12 Dez-13 % €
6218111 Consultas 155 € 0 € n/a -155 €
6218121 Patologia clínica 120.199 € 145.892 € 21% 25.693 €
6218122 Anatomia patológica 188.931 € 121.499 € -36% -67.432 €
6218123 Imagiologia 495.043 € 577.742 € 17% 82.699 €
6218124 Cardiologia 1.128.451 € 1.493.422 € 32% 364.971 €
6218126 Medicina nuclear 207.152 € 215.255 € 4% 8.103 €
6218127 Gastrenterologia 61.494 € 86.804 € 41% 25.310 €
6218132 Mfr 93.135 € 87.519 € -6% -5.617 €
6218133 Litotrícia 19.314 € 13.927 € -28% -5.387 €
62181341 Oxigenoterapia 232.436 € 226.995 € -2% -5.441 €
6218135 Uni. Terapêuticas de Sangue 584.380 € 602.500 € 3% 18.120 €
6218151 Internamentos 121.648 € 146.926 € 21% 25.279 €
6218952 Transporte de doentes 486.632 € 502.349 € 3% 15.717 €
621 Outros subccontratos 36.382 € 64.521 € 77% 28.139 €
3.775.351 € 4.285.350 € 14% 509.999 €
Conta Designação Dez-12 Dez-13 % €
62211 Electricidade 873.595 € 913.118 € 5% 39.524 €
62212 Combustív eis 717.183 € 756.830 € 6% 39.647 €
62213 Água 552.559 € 459.192 € -17% -93.367 €
62219 Rendas, Alugueres e Locação Mat. Inform. 262.272 € 165.630 € -37% -96.642 €
62222 Comunicações 124.805 € 127.804 € 2% 2.999 €
62223 Seguros 19.268 € 23.625 € 23% 4.357 €
62229 Honorários 635.789 € 348.843 € -45% -286.947 €
62232 Conserv ação e reparação 791.198 € 960.914 € 21% 169.716 €
62234 Limpeza 393.369 € 420.345 € 7% 26.976 €
62235 Segurança 496.945 € 467.298 € -6% -29.647 €
622362 Alimentação 1.122.220 € 1.108.019 € -1% -14.201 €
622363 Lav andaria 469.496 € 506.250 € 8% 36.755 €
622364 Contratação Serv Médicos 354.689 € 279.253 € -21% -75.436 €
622 Outros FSE 359.593 € 701.836 € 95% 342.243 €
7.172.981 € 7.238.959 € 1% 65.978 €
RELATÓRIO E CONTAS 2013 111 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
6.2.2.3. Custos com Pessoal
No que concerne aos custos com pessoal, verifica-se que os aumentos decorrentes da aplicação da LOE
para 2013, nomeadamente, no que diz respeito ao subsídio de Natal e encargos respectivos da CGA, quer
na taxa, quer na incidência, foram suprimidos pelas reduções impostas pela mesma Lei, nomeadamente as
aplicáveis às horas extraordinárias, prevenções e noites e suplementos e, sobretudo, o subsídio de férias,
não contabilizado no ano transacto.
Destaca-se igualmente uma redução de 26% ao nível das horas extraordinárias e de 27% no que concerne
às prevenções.
Foram ainda introduzidas as alterações contabilísticas decorrentes da circular informativa n.º 12 de
06/08/2013, com aplicabilidade a partir do mês de Setembro.
Custos com Pessoal
6.2.3. Imobilizado
O valor do investimento em imobilizado no ano 2013 totalizou cerca de 530 mil euros correspondentes a
investimentos na área da ecografia no valor de 240 mil euros, uma central telefónica no valor de 53 mil
euros, equipamento para o novo serviço UCAD e equipamento informático no valor de 80 mil euros.
6.2.4. Dívidas de Terceiros
A ARS centro IP, continua a ser o nosso principal devedor com um saldo de 4 M€ relacionado com
convenções internacionais.
Conta Designação Dez-12 Dez-13 % €
641 Remuneração Órgãos Directiv os 284.164 € 305.097 € 7% 20.933 €
6421 Remuneração Base 18.627.108 € 18.258.702 € -2% -368.406 €
642211 Horas extraordinárias 2.337.432 € 1.732.899 € -26% -604.533 €
642212 Prev enções 801.802 € 584.098 € -27% -217.704 €
642221 Noites 1.785.732 € 848.622 € -52% -937.109 €
64224 Subsídios de refeição 1.185.352 € 1.189.043 € 0% 3.691 €
64225 Ajudas de custo 26.957 € 26.448 € -2% -508 €
642281 SIGIC 25.015 € 59.755 € 139% 34.741 €
642222 Outros suplmentos 568.810 € 448.279 € -21% -120.532 €
6423 Prestações sociais directas 45.458 € 43.948 € -3% -1.510 €
64241 Subsídio de férias e Natal 1.815.404 € 3.079.712 € 70% 1.264.308 €
643 Pensões 49.893 € 57.712 € 16% 7.819 €
645 Encargos sobre remunerações 5.021.699 € 5.911.236 € 18% 889.537 €
646 Seguro 153.950 € 160.928 € 5% 6.978 €
647 Encargos sociais 79.635 € 43.460 € -45% -36.175 €
648 Outros CP 131.941 € 175.720 € 33% 43.779 €
32.940.352 € 32.925.659 € 0% -14.693 €
RELATÓRIO E CONTAS 2013 112 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
6.2.5. Acréscimos e Diferimentos
O valor registado na conta de acréscimo de proveitos corresponde à facturação a emitir em 2014
respeitante à produção realizada no ano de 2013. O valor registado na conta de acréscimo de custos
corresponde aos custos gerados em 2013, mas que ainda aguardam factura.
6.2.6. Fornecedores
Consequência das deficitárias condições financeiras de exploração dos últimos anos e apesar de no
exercício corrente o CHCB apresentar ainda resultados negativos e de ter efectuado investimentos na
ordem dos 534 mil euros, verificou-se que no ano de 2013 e em termos globais um aumento nas dívidas a
fornecedores, no valor de 2,9 milhões de euros. O prazo médio de pagamento no final de 2013 situava-se
nos 436 dias.
A evolução do prazo médio de pagamento calculado em dias de acordo com a resolução de conselho de
ministros n.º 34/2008 é a que a seguir se discrimina:
6.2.7. Resultados
Da análise dos elementos contabilísticos verifica-se que o Centro Hospitalar da Cova da Beira apresenta
resultados negativos, no ano de 2013 de 12,1 milhões de euros, consequência do défice de exploração.
O Conselho de Administração propõe que o resultado negativo apurado no exercício do ano 2012, no
montante de -12.712.333,78 €, seja registado a débito da conta “Resultados Transitados”.
Os indicadores financeiros apresentam um agravamento em relação aos evidenciados no ano anterior,
assim:
Liquidez Geral: 0,11
Liquidez Reduzida: 0,09
Liquidez Imediata: 0,01
Estes resultados, refletem dificuldades de tesouraria, o que significa que o CHCB não dispõe de meios
financeiros para fazer face aos seus compromissos de curto prazo.
Prazo Médio de Pagamento 2011 2012 2013
PMP (em conformidade com a RCM 34/2008 e Despacho n.º 9870/2009) 244 359 436
RELATÓRIO E CONTAS 2013 113 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 114 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
7. Documentos de Prestação de Contas
7.1 – Demonstrações financeiras
Balanço
Contas 2013 2012
Código Designação AB A AL AL
Imobilizado
Bens de Domínio Público
451 Terrenos e Recursos Naturais 0 0 0 0
452 Edificios 0 0 0 0
453 Outras Construções e Infra-Estruturas 0 0 0 0
455 Bens Património Histórico, Art. e Cultural 0 0 0 0
459 Outros Bens Domínio Público 0 0 0 0
445 Imobilizações em Curso Bens Domínio 0 0 0
446 Adiantamento P/Conta Bens Domínio Público 0 0 0
Total de Bens de Domínio Público 0 0 0 0
Imobilizações Incorpóreas
431 Despesas de Instalação 190.462,31 190.462,31 0 0
432 Despesas Investigação e Desenvolvimento 142.497,98 142.497,98 0 0
433 Propriedade Industrial 0 0 0 0
443 Imobilizações em Curso Imob. Incorpóreas 0 0 0
449 Adiantamentos P/Conta Imob. Incorpóreas 0 0 0
Total Imobilizações Incorpóreas 332.960,29 332.960,29 0 0
Imobilizações Corpóreas
421 Terrenos e Recursos Naturais 0 0 0 0
422 Edifícios e Outras Construções 37.649.099,25 5.473.093,94 32.176.005,31 32.632.181,95
423 Equipamento Básico 21.979.711,37 20.559.891,98 1.419.819,39 1.388.581,58
424 Equipamento de Transporte 370.387,65 316.518,99 53.868,66 75.349,14
425 Ferramentas e Utensílios 30.657,07 29.282,16 1.374,91 1.928,14
426 Equipamento Administrativo e Informático 7.883.022,29 7.613.180,71 269.841,58 182.701,57
427 Taras e Vasilhame 0 0 0 0
429 Outras Imobilizações Corpóreas 0 0 0 0
442 Imobilizações em Curso Imobil. Corpóreas 0 0 0
448 Adiantamento P/Conta Imob. Corpóreas 0 0 0
Total Imobilizações Corpóreas 67.912.877,63 33.991.967,78 33.920.909,85 34.280.742,38
Investimentos Financeiros
411 Partes de Capital 0 0 0
412 Obrigações e Títulos de Participação 0 0 0 0
414 Investimentos em Imóveis 0 0 0
415 Outras Aplicações Financeiras 0 0 0 0
441 Imobilizações em Curso Invest. Financeiros 0 0 0
447 Adiantamento P/Conta Invest. Financeiros 0 0 0
Total Investimentos Financeiros 0 0 0 0
Circulante
Existências
36 Matérias Primas, Subsid. e Consumo 1.418.954,04 100.000,00 1.318.954,04 1.373.392,35
34 Sub-Produtos, Desperd. Resíd. eRefug. 0 0 0 0
33 Produtos Acabados Intermédios 0 0 0 0
32 Mercadorias 0 0 0 0
37 Adiantamentos P/Conta de Compras 0 0 0
Total Existências 1.418.954,04 100.000,00 1.318.954,04 1.373.392,35
Dívidas Terc. - Médio/Longo Prazo 0 0 0 0
Dívidas de Terc. - Curto Prazo
RELATÓRIO E CONTAS 2013 115 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
28 Empréstimos Concedidos 0 0 0
211 Clientes C/C 69.606,54 69.606,54 1.097.343,26
213 Utentes C/C 3.185,79 3.185,79 10.743,06
215 Instituições Do Ministério Da Saúde 2.728.999,25 2.728.999,25 7.708.057,11
218 Clientes e Utentes Cobrança Duvidosa 3.101.767,23 3.061.119,62 40.647,61 25.146,40
251 Devedores P/Execução Do Orçamento 0 0 0
229 Adiantamentos a Fornecedores 93.235,38 93.235,38 12.751,82
2619 Adiantamentos a Fornec. Imobilizado 0 0 0
24 Estado e Outros Entes Públicos 490.027,62 490.027,62 420.027,62
262/3/4+267/8 Outros Devedores 157.982,94 0 157.982,94 109.968,63
Total Dívidas de Terceiros 6.644.804,75 3.061.119,62 3.583.685,13 9.384.037,90
Títulos Negociáveis
151 Acções 0 0 0 0
152 Obrigações e Títulos de Participação 0 0 0 0
153 Títulos da Dívida Pública 0 0 0 0
159 Outros Títulos 0 0 0 0
18 Outras Aplicações de Tesouraria 0 0 0
Total Títulos Negociáveis 0 0 0 0
Depósitos Inst. Financ/Caixa
13 Conta No Tesouro 307.109,17 307.109,17 16.300,94
12 Depósitos em Instituições Financeiras 72.835,16 72.835,16 69.361,10
11 Caixa 79,89 79,89 0
Total Depósitos e Caixa 380.024,22 380.024,22 85.662,04
Acréscimos e Diferimentos
271 Acréscimos de Proveitos 1.137.335,17 1.137.335,17 767.018,31
272 Custos Diferidos 9.273,35 9.273,35 8.948,48
Total Acréscimos e Diferimentos 1.146.608,52 1.146.608,52 775.966,79
Total de Amortizações 34.324.928,07
Total de Provisões 3.161.119,62
Total Do Activo 77.836.229,45 37.486.047,69 40.350.181,76 45.899.801,46
RELATÓRIO E CONTAS 2013 116 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Contas Exercícios
Código Designação 2013 2012
Fundo Patrimonial
51 Património 24.920.930,00 24.920.930,00
56 Reservas de Reavaliação 0 0
Reservas
571 Reservas Legais 0 0
572 Reservas Estatutárias -16.428.410,19 -16.428.410,19
574 Reservas Livres 0 0
575 Subsídios 226.201,69 226.201,69
576 Doações 1.918.172,47 1.852.165,55
577 Reservas Decorrentes da Transf. deActivos 50.018.285,73 50.018.285,73
Total das Reservas 35.734.249,70 35.668.242,78
59 Resultados Transitados -72.073.612,96 -62.321.552,38
88 Resultado Líquido do Exercício -12.712.333,78 -9.752.060,58
Total do Fundo Patrimonial -24.130.767,04 -11.484.440,18
Passivo
Provisões
292 Provisões P/Riscos Encargos 0 0
Total de Provisões 0 0
Dividas a Terceiros-Médio e Longo Prazo 0 0
Dividas a Terceiros-Curto Prazo
219 Adiantamentos de Clientes, Ut. eInst. MS 7.407.867,59 4.616.067,24
221 Fornecedores C/C 18.884.574,11 17.952.860,08
228 Fornecedores - Facturas em Rec. eConfer. 0 0
23 Empréstimos Obtidos 13.399.115,27 13.399.115,27
252 Credores pela Execução do Orçamento 0 0
2611 Fornecedores de Imobilizado C/C 630.980,49 320.196,03
24 Estado e Outras Entes Públicos 1.152.986,14 992.184,29
262/3/4+267/8 Outros Credores 8.639.707,14 6.997.110,16
Total de Dívidas a Terceiros 50.115.230,74 44.277.533,07
Acréscimos e Diferimentos
273 Acréscimos de Custos 7.861.847,81 6.474.043,24
274 Proveitos Diferidos 6.503.870,25 6.632.665,33
Total Acréscimos e Diferimentos 14.365.718,06 13.106.708,57
Total do Passivo 64.480.948,80 57.384.241,64
Total Fundos Próprios e Passivo 40.350.181,76 45.899.801,46
RELATÓRIO E CONTAS 2013 117 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Demonstração de resultados
Contas Exercícios
Código Designação 2013 2012
61 Custos Merc., Vendas e Mat. Consumidas
612 Mercadorias 0 0
616 Matérias de Consumo 11.341.102,43 11.341.102,43 11.454.014,49 11.454.014,49
62 Fornecimentos e Serviços Externos 11.524.309,27 10.948.332,21
64 Custos com o Pessoal
641 + 642 Remunerações 26.576.603,37 27.503.233,66
Encargos Sociais
643 Pensões 57.712,00 49.893,16
645 a 649 Outros 6.291.343,27 32.925.658,64 5.387.224,90 32.940.351,72
63 Transf. Correntes Conc. ePrest. Sociais 0 0
66 Amortizações do Exercício 957.514,13 1.113.102,65
67 Provisões do Exercício 7.154,07 964.668,20 0 1.113.102,65
65 Outros Custos e Perdas Operacionais 4.939,62 11.437,11
(A) 56.760.678,16 56.467.238,18
68 Custos e Perdas Financeiras 289.541,43 289.929,01
(C) 57.050.219,59 56.757.167,19
69 Custos e Perdas Extraordinárias 114.540,21 200.752,36
(E) 57.164.759,80 56.957.919,55
86 Imposto S/Rendimento do Exercício 39.132,77 36.408,62
(G) 57.203.892,57 56.994.328,17
88 Resultado Líquido do Exercício -12.712.333,78 -9.752.060,58
44.491.558,79 47.242.267,59
Contas Exercícios
Código Designação 2012 2013
71 Vendas E Prestaç. Serviços
711 Vendas 1.308,07 2.190,00
712 Prestações De Serviços 42.423.011,70 42.424.319,77 44.873.204,60 44.875.394,60
72 Impostos, Taxas E Outros 0 0
75 Trabalhos P/Própria Instituição 0 0
73 Proveitos Suplementares 223.948,53 197.239,27
74 Transf. Subsid. Corrent. Obt.
741 Trasnferências - Tesouro 0 0
742 Transferências Correntes Obtidas 65.377,61 93.787,43
743 Subsid Correntes Obt-Out. Entes Públic. 45.869,57 0
749 De Outras Entidades 10.188,96 121.436,14 3.875,06 97.662,49
76 Outros Proveitos/Ganhos Operacionais 1.215.840,60 1.430.867,91
(B) 43.985.545,04 46.601.164,27
78 Proveitos E Ganhos Financeiros 107.101,90 180.361,90
(D) 44.092.646,94 46.781.526,17
79 Proveitos E Ganhos Extraordinários 398.911,85 460.741,42
(F) 44.491.558,79 47.242.267,59
Resumo
Resultados Operacionais -12.775.133,12 -9.866.073,91
Resultados Financeiros -182.439,53 -109.567,11
Resultados Correntes -12.957.572,65 -9.975.641,02
Resultados Extraordinários 284.371,64 259.989,06
Resultado Antes De Impostos -12.673.201,01 -9.715.651,96
RELATÓRIO E CONTAS 2013 118 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Imposto S/Rendimento Exercicio 39.132,77 36.408,62
Resultado Liquido Do Exercicio -12.712.333,78 -9.752.060,58
Demostração de resultados por funções
2013 2012
Vendas e Prestação de Serviços
Vendas 1.308,10 2.190,00
Prestação de Serviços 42.427.397,00 44.873.204,60
Custos das Vendas e Prestação de Serviços 33.720.902,63 34.302.747,48
RESULTADOS BRUTOS 8.707.802,47 10.572.647,12
Outros proveitos e ganhos operacionais 1.556.840,00 1.430.867,91
Custos de distribuição
Custos administrativos 5.281.177,20 3.372.023,20
Outros custos e perdas operacionais 17.758.598,33 18.497.565,77
RESULTADOS OPERACIONAIS -12.775.133,06 -9.866.073,94
Custo líquido de financiamento 289.541,40 289.929,01
Ganhos (perdas) em filiais e associadas
Ganhos (perdas) em outros investimentos 107.101,90 180.361,90
Resultados não usuais ou não frequentes
RESULTADOS CORRENTES -12.957.572,56 -9.975.641,05
Impostos sobre os resultados correntes 39.132,80 36.408,62
Resultados Correntes após Impostos -12.996.705,36 -10.012.049,67
Resultados de operações em descontinuação
Resultados extraordinários 284.371,60 259.989,06
Impostos sobre os resultados extraordinários
Interesses minoritários
Alterações das políticas contabilísticas
RESULTADOS LÍQUIDOS -12.712.333,76 -9.752.060,61
RESULTADOS POR ACÇÃO -6.519,15 -5.097,86
RELATÓRIO E CONTAS 2013 119 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Demonstração de fluxos de caixa
2013 2012
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos de clientes 52.041.498,18 51.412.567,05
Pagamentos a fornecedores (19.130.093,11) (20.494.863,74)
Pagamentos ao pessoal (27.209.744,67) (26.036.829,72)
Fluxos gerados pelas operações 5.701.660,40 4.880.873,59
Pagamento/recebimento de imposto sobre o rendimento (106.381,06) (36.408,62)
Outros recebimentos/pagam..relativos à actividade operacional (5.114.483,84) (4.514.040,91)
Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 480.795,50 330.424,06
Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 4.023,16 0,00
Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (14.205,87) (4.620,29)
Fluxos das actividades operacionais (1) (10.182,71) 470.612,79 (4.620,29) 325.803,77
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 0,00 0,00
Imobilizações corpóreas 0,00 0,00
Imobilizações incorpóreas 0,00 0,00
Subsídios de investimento 0,00 0,00
Juros e proveitos similares 0,00 0,00
Dividendos 0,00 0,00 0,00 0,00
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros 0,00 0,00
Imobilizações corpóreas (171.031,94) (596.223,29)
Imobilizações incorpóreas 0,00 (171.031,94) 0,00 (596.223,29)
Fluxos das actividades de investimento (2) (171.031,94) (596.223,29)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 0,00 0,00
Aumentos de capital, prestações supl. e prémios de emissão 0,00 0,00
Subsídios e doações 1.725,00 0,00
Venda de acções próprias 0,00 0,00
Cobertura de prejuízos 0,00 1.725,00 0,00 0,00
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos 0,00 0,00
Amortização de contratos de locação financeira 0,00 0,00
Juros e custos similares (6.943,67) (7.535,94)
Dividendos 0,00 0,00
Reduções de capital e prestações suplementares 0,00 0,00
Aquisição de acções próprias 0,00 0,00
Fluxos das actividades de financiamento (3) (5.218,67) (7.535,94)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 294.362,18 (277.955,46)
Efeito das diferenças de câmbio 0,00 0,00
Caixa e seus equivalentes no início do período 85.662,04 363.617,50
Caixa e seus equivalentes no fim do período 380.024,22 85.662,04
RELATÓRIO E CONTAS 2013 120 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Mapas de controlo do Orçamento Económico - Custos
RELATÓRIO E CONTAS 2013 121 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 122 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 123 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 124 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Mapas de Controlo do Orçamento Económico – Proveitos
RELATÓRIO E CONTAS 2013 125 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 126 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Mapas de Controlo de Orçamento de Investimentos
RELATÓRIO E CONTAS 2013 127 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Mapas de Controlo do Orçamento
RELATÓRIO E CONTAS 2013 128 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Fluxos Financeiros - Receita
RELATÓRIO E CONTAS 2013 129 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Fluxos Financeiros - Despesa
RELATÓRIO E CONTAS 2013 130 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
RELATÓRIO E CONTAS 2013 131 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
7.2 Notas ao balanço e demonstração de resultados
O Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE, criado em 29 de Dezembro de 2005, pelo Decreto-Lei
nº 233/2005 de 29 de Dezembro, é uma Entidade Publica Empresarial de Capitais
exclusivamente públicos, cujo capital estatutário é detido pelo Estado. O Centro Hospitalar
Cova da Beira, E.P.E., sucede em todos os direitos e obrigações ao Centro Hospitalar da Cova
da Beira, S.A..
Conforme determina o n.º 24 do Decreto-Lei n.º 233/2005 de 29 de Dezembro de 2005 as
contas dos Hospitais E.P.E. devem seguir o Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da
Saúde.
As notas que se seguem respeitam a ordem estabelecida no POCMS, aprovado pela portaria nº
898/2000 de 28 de Setembro.
1. Nada a registar
2. Nada a registar
3. Os critérios valorimétricos utilizados nas várias rubricas do balanço e da demonstração
dos resultados são:
3.1 Imobilizado Corpóreo
Os bens do ativo imobilizado foram registados ao custo de aquisição com IVA incluído, por este
não ser dedutível. As amortizações são efetuadas com base nas taxas máximas fixadas pela
Portaria nº 671/2000 de 17 de Abril. Os bens do ativo imobilizado cujo valor de aquisição seja
inferior a 199,52 € são amortizados a cem por cento.
3.2 Imobilizado Incorpóreo
As imobilizações incorpóreas, constituídas essencialmente por despesas de instalação e despesas
de investigação foram registadas ao custo de aquisição com IVA incluído (sempre que
aplicável) por este não ser dedutível.
As amortizações são efetuadas com base nas taxas máximas fixadas pela Portaria nº 671/2000
de 17 de Abril.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 132 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
3.3 Provisões
As provisões para contas a receber seguem a regra geral do princípio fiscal vertido no IRC,
sendo constituídas de acordo com a mora que verificam, por se entender, e o passado recente
demonstrar, que este princípio cobre de forma adequada os riscos de cobrança associados aos
respetivos créditos.
3.4 Materiais de Consumo
Os bens aprovisionáveis destinados ao consumo interno e à produção de cuidados de saúde são
registados ao custo de aquisição com IVA incluído, por este não ser dedutível. É utilizado o
sistema de inventário permanente, utilizando o método de custeio das saídas pelo valor do custo
médio.
3.5 O registo destes bens obedeceu ao princípio da especialização dos exercícios a que
respeitam.
3.6 Acréscimos e Diferimentos
Foi contabilizado na conta “acréscimos de proveitos” o valor de 1.137.355,17 € referente a:
793.732,36 € – Episódios de prestação de cuidados de Saúde prestados no ano 2013, mas
que só irão ser faturados no ano 2014, dos quais:
o Ars Centro, IP – 603.018,29 euros, referente a episódios ocorridos
no ano de 2013 e ainda por faturar;
o Restantes clientes – 190.714,07 euros, referente a episódios
ocorridos no ano de 2013 e ainda por faturar;
270.000,00 euros relativos a quotas a pagar ao SUCH e a descontar nas próximas
faturações (apenas são descontadas quando são pagas o que em 31/12/2013 ainda não tinha
acontecido).
73.622,81 euros referente a notas de crédito de descontos financeiros por receber de
diversos fornecedores que acordaram pagamentos no âmbito do PERD.
Na conta de “custos diferidos” o saldo de 9.273,35 € diz respeito ao valor de diversas faturas
referentes a prémios de seguros pagos mas que abrangem a cobertura de períodos do ano de
2014.
Foi contabilizado na conta de “acréscimos de custos” o valor de 7.861.847,81€, referente a:
RELATÓRIO E CONTAS 2013 133 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
1.513.079,53 € - Respeitante a férias a gozar em 2014 cujo direito foi adquirido em 2012;
1.512.959,38 € - Respeitante a subsídios de férias a pagar em 2014, cujo direito foi
adquirido em 2013;
290.978,12 € - Horas extraordinárias, prevenções e noites respeitantes a Dezembro de
2013 a pagar em Janeiro de 2014;
840.591,46 € - Encargos sociais referentes aos valores supra mencionados;
3.704.239,32 € - Valor referente à aquisição de bens e serviços efetuados durante o ano
2012 e 2013, cujas faturas só serão contabilizadas no ano 2014.
Foi contabilizado na conta de “proveitos diferidos” no valor de 6.503870,25 € referente a:
6.397.337,63 € - Subsídios ao investimento que serão reconhecidos em resultados de
exercícios futuros na medida das amortizações dos referidos ativos fixos;
106.532,62 € - Adiantamentos por conta de subsídios à exploração referentes a estágios
profissionais, recebidos em 2013 mas para fazer face a custos a incorrer no ano de 2014.
4 Nada a registar.
5 Nada a registar.
6 No período em análise não se verificaram aumentos ou reduções das imobilizações
incorpóreas, pelo que se mantêm os saldos iniciais, que são constituídos por despesas de
instalação e despesas de investigação.
7 Os movimentos ocorridos nas rubricas do ativo imobilizado constantes do balanço e nas
respetivas amortizações, encontram-se registadas nos seguintes mapas:
Movimentos Ocorridos nas Rubricas do Ativo Imobilizado (1)
Rubricas Saldo
inicial
Rea. Ajus. Aumentos Alienações Transf.
e abates
Saldo Final
Imobilizações incorpóreas:
Despesas de instalação 190.462,31 0,00 0,00 0,00 0,00 190.462,31
Despesas de invest. e de
desenvol.
142.497,98 0,00 0,00 0,00 0,00 142.497,98
Sub-Total 332.960,29 0,00 0,00 0,00 0,00 332.960,29
Imobilizações corpóreas:
Edifícios e outras
construções
37.635.474,17 0,00 13.625,08 0,00 0,00 37.649.099,25
Equipamento básico 23.221.210,93 0,00 414.838,26 0,00 1.656.337,82 21.979.711,37
Equipamento de transporte 370.387,65 0,00 0,00 0,00 0,00 370.387,65
RELATÓRIO E CONTAS 2013 134 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Ferramentas e utensílios 30.409,66 0,00 247,41 0,00 0,00 30.657,07
Equip.
administrativo/informático
7.721.390,29 0,00 169.738,27 0,00 8.106,27 7.883.022,29
Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sub-Total 68.978.872,70 0,00 598.449,02 0,00 1.664.444,09 67.912.877,63
Total 69.311.832,99 0,00 598.449,02 0,00 1.664.444,09 68.245.837,92
Movimentos Ocorridos nas Rubricas do Ativo Imobilizado (2)
Rubricas Saldo
inicial
Reforço Anulação Saldo
final
Imobilizações incorpóreas:
Despesas de instalação 190.462,31 0,00 0,00 190.462,31
Despesas de investigação e de desenvolvimento 142.497,98 0,00 0,00 142.497,98
Propriedade industrial e outros direitos 0,00 0,00 0,00 0,00
Trespasses 0,00 0,00 0,00 0,00
332.960,29 0,00 0,00 332.960,29
Imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00
Edifícios e outras construções 5.003.292,22 469.801,72 0,00 5.473.093,94
Equipamento básico 21.832.629,35 382.833,03 1.655.570,40 20.559.891,98
Equipamento de transporte 295.038,51 21.480,48 0,00 316.518,99
Ferramentas e utensílios 28.481,52 800,64 0,00 29.282,16
Equipamento administrativo/Informático 7.538.688,72 82.598,26 8.106,27 7.613.180,71
Taras e vasilhame 0,00 0,00 0,00 0,00
Outras imobilizações corpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00
34.698.130,32 957.514,13 1.663.676,67 33.991.967,78
35.031.090,61 957.514,13 1.663.676,67 34.324.928,07
8 Nada a registar.
9 Nada a registar.
10 Nada a registar.
11 Nada a registar.
12 Todas as imobilizações referentes ao Hospital Pêro da Covilhã e ao Departamento de
Psiquiatria e Saúde Mental estão implantadas em terrenos que foram objeto de expropriação por
parte da extinta DGIES, encontrando-se, em curso, o processo de avaliação da titularidade dos
referidos terrenos. No que respeita à unidade do Fundão, a mesma é propriedade da Santa Casa
RELATÓRIO E CONTAS 2013 135 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
da Misericórdia, que se encontra em regime de cedência, pelo que as construções edificadas e os
imobilizados corpóreos encontram-se instalados em propriedade alheia.
13 Nada a registar.
14 Nada a registar.
15 Nada a registar.
16 Nada a registar.
17 Nada a registar.
18 Nada a registar.
19 Nada a registar.
20 Nada a registar.
21 Nada a registar
22 Nada a registar
23 O valor global das dívidas de terceiros considerados de “cobrança duvidosa” para o ano
2013 é de 3.101.767,23 €, situando-se a respetiva provisão, em 3.061.119,62 €. Foi adotado o
critério fiscal, com a exceção de 2.437.479,88 €, que dizem respeito a faturas não contabilizadas
pela ARS do Centro, IP.
O valor da provisão corresponde aos saldos registados nas seguintes rubricas:
218111 – ADSE – 25,94 €
218114 – SAMS – 8.728,88 €
21813 – Companhias de Seguros – 210.771,15 €
2183 – Utentes – 122.440,06 €
2189 – Outros Clientes – 2.759.801,20 €
24 Nada a registar
RELATÓRIO E CONTAS 2013 136 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
25 Nada a registar
26 O valor da divida registada na conta “Estado e Outros Entes Públicos” é de 1.152.986,14 €
encontrando-se dentro do prazo de vencimento.
27 Nada a registar
28 Nada a registar
29 Nada a registar
30 Nada a registar
31 Desdobramento das contas de provisões acumuladas, explicitando os movimentos ocorridos
no exercício, de acordo com o quadro seguinte:
Desdobramento das Contas de Provisões Acumuladas
Contas Saldo inicial Aumento Redução Saldo final
19 – Provisões para aplicações de tesouraria:
291 – Provisões para cobranças duvidosas: 3.053.965,55 7.154,07 0,00 3.061.119,62
292 – Provisões para riscos e encargos:
39 – Provisões para existências: 100.000,00 0,00 0,00 100.000,00
49 – Provisões para investimentos financeiros:
A provisão para clientes de cobrança duvidosa resulta da aplicação do critério fiscal para a
generalidade das dividas, com exceção da divida da ARS Centro, conforme informação
constante das notas 23 e 39.9.
32 Explicitação dos movimentos ocorridos no exercício em cada uma das contas da classe 5 –
Fundo Patrimonial, constantes do balanço:
Movimentos ocorridos no exercício em cada uma das contas da classe 5 – Fundo Patrimonial
Contas Saldo inicial Aumentos Reduções Saldo final
51 Capital 24.920.930,00 0,00 0,00 24.920.930,00
572 Reservas estatutárias -16.428.410,19 0,00 0,00 -16.428.410,19
575 Subsídios de Investimento 226.201,69 0,00 0,00 226.201,69
576 Doações 1.852.165,55 66.006,92 0,00 1.918.172,47
577 Imobilizações do Sector Público Estatal 50.018.285,73 0,00 0,00 50.018.285,73
59 Resultados Transitados -62.321.552,38 -9.752.060,58 0,00 -72.073.612,96
88 Resultado Líquido do Exercício -9.752.060,58 -12.712.333,78 -9.752.060,58 -12.712.333,78
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO -11.484.440,18 -22.398.387,44 -9.752.060,58 -24.130.767,04
RELATÓRIO E CONTAS 2013 137 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
33 Demonstração do custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas:
Demonstração do Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas
Movimentos 2013 2012
Existências iniciais 1.473.392,35 1.445.219,21
Compras 11.286.664,12 11.518.727,72
Regularização de existências 7.217,97 -36.540,09
Existências finais 1.418.954,04 1.473.392,35
Custos no exercício 11.341.102,43 11.454.014,49
34 Nada a registar.
35 Afetação do valor referente à 712 “Prestações de Serviços” por atividade/Centros de
Custo:
Afetação do valor referente à 712 “Prestações de Serviços” por atividade/Centros de Custo
Designação 2012 2013
Internamento 20.112.833 € 22.425.468 €
Consulta 7.821.120 € 6.946.253 €
Urgência 4.472.035 € 3.962.745 €
Hospital de dia 2.073.264 € 1.403.597 €
Ambulatório cirúrgico 1.420.539 € 1.164.870 €
Ambulatório médico 589.818 € 716.117 €
Serviços domiciliário 269.140 € 272.702 €
Outros proveitos CP 6.764.845 € 4.192.785 €
Programas verticais 0 € 0 €
MCDT's 287.163 € 241.436 €
Taxas moderadoras 1.061.845 € 1.097.040 €
44.872.602 € 42.423.012 €
36 Nada a registar.
37 Demonstração dos resultados financeiros como segue:
Demonstração dos Resultados Financeiros
Custos e perdas Exercícios Proveitos e ganhos Exercícios
2013 2012 2013 2012
681 – Juros suportados 282.607,40 282.607,40 781 – Juros obtidos 10,00 110,06
682 – Perdas em empresas do grupo e associadas 0,00 0,00 782 – Ganhos em empresas do grupo e
associadas
0,00 0,00
683 – Amortizações de investimentos em imóveis 0,00 0,00 783 – Rendimentos de imóveis 0,00 0,00
684 – Provisões para aplicações financeiras 0,00 0,00 784 – Rendimentos de participações de capital 0,00 0,00
685 – Diferenças de câmbio desfavoráveis 472,46 27,66 785 – Diferenças de câmbio favoráveis 1.996,72 667,64
686 – Descontos de pronto pagamento concedidos 0,00 0,00 786 – Descontos de pronto pagamentos obtidos 105.095,07 13.583,99
687 – Perdas na alienação de aplicações de tesouraria 0,00 0,00 787 – Perdas na alienação de aplicações de 0,00 0,00
RELATÓRIO E CONTAS 2013 138 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
tesouraria
688 – Outros custos e perdas financeiras 6.740,40 7.293,95 788 – Outros proveitos e ganhos financeiros 0,11 166.000,21
Resultados financeiros -182.718,36 -109.567,11 Resultados financeiros 0,00 0,00
107.101,90 180.361,90 107.101,90 180.361,90
38 Demonstração dos resultados extraordinários como segue:
Demonstração dos Resultados Extraordinários
Custos e perdas Exercícios Proveitos e ganhos Exercícios
2013 2012 2013 2012
691 – Donativos 0,00 0,00 791 – Restituição de impostos
692 – Dívidas incobráveis 19.081,96 21.685,41 792 – Recuperação de dívidas
693 – Perdas em existências 33.041,59 69.299,93 793 – Ganhos em existências 40.259,56 32.759,84
694 – Perdas em imobilizações 767,42 23.551,45 794 – Ganhos em imobilizações
695 – Multas e penalidades 12.319,21 852,00 795 – Benefícios de penalidades
contratuais
696 – Aumentos de amortizações e de
provisões
0,00 0,00 796 – Reduções de amortizações e
de provisões
0,00 26.716,01
697 – Correcções relativas a exercícios
anteriores
47.613,63 83.377,84 797 – Correcções relativas a
exercícios anteriores
128.057,31 84.070,10
698 – Outros custos e perdas
extraordinários
1.716,40 1.985,73 798 – Outros proveitos e ganhos
extraordinários
230.594,98 317.195,47
Resultados extraordinários 284.371,64 259.989,06 Resultados extraordinários 0,00 0,00
398.911,85 460.741,42 398.911,85 460.741,42
39 Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira
e dos resultados
39.1 O saldo da conta 1 Disponibilidade é de 380.024,22 €.
39.2 Imposto sobre o rendimento
O Centro encontra-se sujeito a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa
normal de 15%, a que acresce a taxa de 1,4% relativa à derrama, resultando uma taxa de
imposto agregada de 16,4%. Adicionalmente as despesas de representação, as deslocações em
viatura própria e os encargos com viaturas ligeiras de passageiros e mistas são tributadas
autonomamente à taxa de 10%, enquanto que as ajudas de custo são tributadas à taxa de 5%,
independentemente da existência de prejuízos fiscais, resultando num imposto efetivo que o
Centro terá de suportar. Contudo e face aos prejuízos fiscais existentes, a taxas de tributação
autónoma são agravadas em 10%.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção
por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações
RELATÓRIO E CONTAS 2013 139 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
fiscais do Centro dos anos de 2010 a 2013, poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão. O
Conselho de Administração entende que as eventuais correções resultantes de
revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão
um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31.12.2013.
Ainda de acordo com o Código do IRC, os prejuízos fiscais apurados em cada exercício,
poderão ser deduzidos aos lucros tributáveis, havendo-os, de um ou mais dos quatro exercícios
posteriores. À data de 31/12/2013, eram os seguintes os prejuízos fiscais susceptíveis de reporte:
Ano Montante Ano Limite de utilização
2010 259.895,76 2016
2011 11.641.135,39 2017
2012 9.777.200,16 2018
2013 12.606.342,09 2019
Total 34.284.573,40
Pelo facto da informação financeira prospetiva existente não permitir a avaliação da reversão
dos prejuízos fiscais apurados, prudentemente não se procedeu ao reconhecimento dos impostos
diferidos ativos.
Por outro lado, foi solicitado o reembolso do PEC relativo ao ano de 2007 e 2008, nos termos da
alínea b) do n.º3 do artigo n.º 87 do CIRC.
39.3 Durante o período em análise o CHCB tinha ao seu serviço os seguintes colaboradores:
Recursos Humanos a 31/12/2013
Recursos Humanos a 31/12/2013
Categoria Nº
Conselho de Administração 5
Pessoal Dirigente 1
Médicos 109
Internato Médico 45
Enfermeiros 405
Assistentes Operacionais 325
Encarregado Operacional 4
Assistentes Técnicos 175
Coordenador Técnico 1
Técnico Superior de Saúde 5
Técnico Superior 45
Técnico Superior com funções na área de
Saúde 26
Técnico Diagnóstico e Terapêutica 86
Informáticos 10
RELATÓRIO E CONTAS 2013 140 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Outro Pessoal 3
Total 1245
39.4 O Centro tem por prática registar os valores recebidos por conta da prestação de
serviços ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) na conta de adiantamento de clientes.
Considerando que o valor da prestação de serviços efetuada ainda não se encontra totalmente
faturada, está relevada na conta de acréscimos de proveitos, que por sua vez foi posicionada na
conta 21511 conforme nota 2. Foi compensada por contrapartida dos valores adiantados pelo
SNS no valor de 38.278.898,12 euros, por não serem suscetíveis de retorno ao SNS já que os
serviços foram efetivamente prestados.
Atendendo que esta ativo se configura como uma dívida efetiva, foi posicionado na respetiva
conta de clientes. Esta interpretação está de acordo com parecer emitido em 2005 pela comissão
de normalização contabilística.
Existe um saldo de 7.307.678 euros na conta de adiantamento de clientes referente a verbas
adiantadas pela ACSS sem correspondência no activo.
39.5 Relativamente ao processo n.º 148/07.0 BECTB do Tribunal Administrativo e Fiscal de
Castelo Branco, em que é réu o CHCB, no qual era reclamado valor de 35.000 euros por um
utente por danos patrimoniais e não patrimoniais, foi proferida sentença de absolvição do
CHCB, sendo que se encontra em fase de transito em julgado, de recurso.
No Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, corre termos o Processo nº
411/11.6BECTB em que o Réu é o Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE, cujo montante
peticionado é de 32.207,18 €. O referido processo encontra-se em fase de contestação.
No Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, corre termos o Processo nº
60/12.1BECTB em que o Réu é o Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE, cujo montante
peticionado é de 17.145,61 € a título de danos patrimoniais e não patrimoniais.
39.6 Por força das indicações tutelares e com vista ao cumprir com o pagamento a 90 dias, o
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE, recorreu ao Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos
do SNS.
O empréstimo foi concedido no dia 19 de Dezembro de 2008 e totaliza 15.399.115,27 euros.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 141 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
O regulamento de Gestão do Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do SNS está definido
na Portaria n.º 13609-A/2008, de 28 de Novembro.
A liquidação do empréstimo deveria ter ocorrido até ao dia 19 de Junho de 2009, o que não se
concretizou. Foram apenas amortizados 2 milhões de euros no ano de 2009. A taxa praticada é
de 2,073% desde a altura em que o empréstimo devia ter sido liquidado.
39.7 A dívida da ARS Centro, IP, compreende por um lado, toda a faturação relacionada com
serviços prestados, nomeadamente, como entidade convencionada, cujas divergências de
faturação se têm manifestado há já vários anos, razão pela qual já existia à data de 31/12/2010,
uma provisão de 368 mil euros, que foi necessário reforçar no decorrer do ano de 2011 em 61
mil euros.
Por outro lado, a dívida relacionada com serviços prestados a migrantes, portadores do cartão
europeu de saúde, no valor 3,8 milhões de euros, que deve ser apresentada à ARS Centro, IP,
que por sua vez apresentará à ACSS. O pagamento é feito pela ACSS à ARS Centro, IP, e o
processo ficaria completo quando esta última entidade efetuasse a transferência para este Centro
Hospitalar.
Desde fluxo financeiro, o último movimento conhecido diz respeito ao 1 semestre de 2008, cuja
transferência para a ARS Centro IP e de acordo com o ofício n.º 2235 de 31/01/2011 da ACSS,
ocorreu em 15/04/2010 esta verba só deu entrada no CHCB em Março de 2011. Através do
mesmo ofício tivemos ainda conhecimento de que houve verbas no valor de 397 mil euros que
não chegaram aos nossos cofres e transferidas pela ACSS em data anterior à transferência supra
mencionada. Valor esse que apenas foi recebido já no decorrer de 2013.
Mais tarde e já no decorrer do corrente ano fomos confrontados com o ofício n.º 9396 de 09 de
Março de 2012, proveniente da ARS Centro, IP, a estipular como prazo de apresentação da
faturação em causa o período de 6 meses, com base no disposto no regulamento comunitário
987/2009 de 16 de Setembro de 2009!
Atendendo à envolvência desta matéria, à não confirmação de saldos, ao não recebimento destas
faturas, levanta-nos sérias dúvidas sobre a exigibilidade deste ativo, o maior relacionado com
dívidas a receber.
Nestes termos mantém-se a provisão no valor de 2.007.777 euros que corresponde à faturação
emitida desde 1999 até 2010, subtraída dos valores pagos pela ACSS à ARS do Centro e não
transferidos para este Centro Hospitalar. De realçar que, por exemplo, em Dezembro de 2011,
RELATÓRIO E CONTAS 2013 142 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
foram faturados 207 mil euros relativos a serviços desta natureza mas referente a serviços
prestados no decorrer do ano de 2010, porquanto fora dos prazos acima referenciados.
A provisão mostrar-se-á adequada (ou não) em função dos valores (não) recebidos. Atendendo
que não se conheceram desenvolvimentos sobre esta matéria optou-se por manter o valor
provisionado.
39.8 Na sequência da desocupação das instalações propriedade da Santa Casa de
Misericórdia da Covilhã, datada de Junho de 2000, que haviam sido utilizadas até então pelo
extinto Hospital Distrital da Covilhã, no âmbito de contrato de arrendamento existente, tem a
referida Misericórdia vindo a reivindicar junto da ARS e do Ministério da Saúde uma
indemnização compensatória pelo estado de degradação em que as instalações foram entregues
pelo Hospital. A discussão deste assunto arrasta-se há mais de uma década, sendo que a
Misericórdia tem dirigido toda a correspondência para a ARS e Ministério. Mais recentemente,
no ano de 2010, foi entendimento do Ministério da Saúde, que o assunto deveria ser tratado
entre a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã e o CHCB. O valor da indemnização, de acordo
com relatório de avaliação existente datado do ano de 2006, ascende a cerca de 580 mil euros,
não se encontrando clarificado de quem será a responsabilidade desta eventual indemnização
compensatória.
39.9 Nas cláusulas específicas de financiamento para o ano 2013, constantes do anexo I do
Acordo Modificativo ao Contrato Programa para o ano de 2012 é referido na cláusula 5.ª que as
ARS poderão reforçar o valor de financiamento em 1.955.172€ mediante o cumprimento dos
objetivos constantes do anexo III – A do contrato anteriormente mencionado:
Contrato programa – objetivos Nacionais e Regionais
Objectivos Nacionais
2013
Meta
estabelecida
Realizado
Grau de
Cumprime
nto do
Indicador
Grau de
Cumprime
nto do
Ajustado
do
Indicador
Ponderação
do grau de
cumprimento
ajustado do
indicador
Índice de
Desempenho
Global
A. Acesso
Percentagem de primeiras consultas médicas no total de
consultas médicas 30,30 29,39 97,00% 97,00% 3% 3%
Percentagem de Utentes referenciados para consulta
externa atendidos em tempo adequado 95,50 98,10 102,72% 102,72% 3% 3%
Peso das consultas externas com registo de alta no total de
consultas externas 5,00 5,57 111,40% 111,40% 3% 3%
RELATÓRIO E CONTAS 2013 143 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA
Percentagem de doentes cirúrgicos tratados em tempo
adequado 96,50 95,44 98,90% 98,90% 3% 3%
Permilagem de doentes sinalizados para a RNCCI, até 5
dias, no total de doentes saídos (cirurgia geral, medicina
interna, neurologia e ortopedia)
4,00 8,00 200,00% 120,00% 3% 4%
B. Desempenho Assistencial
Demora média 7,80 7,63 102,23% 102,23% 4% 4%
Percentagem de reinternamentos em 30 dias 9,00 10,84 83,03% 83,03% 4% 3%
Percentagem de doentes saídos com duração de
internamento acima do limiar máximo 1,35 1,27 106,30% 106,30% 4% 4%
Percentagem de partos por cesariana **** 33,96 29,06 116,87% 116,87% 4% 5%
Percentagem de cirurgias realizadas em ambulatório no
total de cirurgias programadas (GDH) - para
procedimentos ambulatorizáveis
44,00 60,84 138,27% 120,00% 3% 4%
Percentagem de consumo de embalagens de medicamentos
genéricos, no total de embalagens de medicamentos 35,00 36,92 105,49% 105,49% 3% 3%
Taxa de registo de utilização da "Lista de Verificação de
Actividade Cirúrgica" - indicador referente à cirurgia
segura
95,00 95,00 100,00% 100,00% 3% 3%
C. Desempenho Económico/Financeiro
Percentagem dos custos com horas extraordinárias,
suplementos e fornecimentos de serviços externos III
(selecionados), no total de custos com pessoal
18,50 16,76 110,40% 110,40% 5% 6%
EBITDA -15.264.451 € -11.810.464 € 129,25% 120,00% 5% 6%
Acréscimo de dívida vencida 0,00 € 2.845.259 € 0,00% 0,00% 5% 0%
Percentagem de proveitos operacionais extra contrato-
programa no total de proveitos operacionais 8,00 8,81 110,14% 110,14% 5% 6%
Objectivos Regionais
F. Objectivos Institucionais da Região
Percentagem de GDHcirurgicos urgentes no total de
GDHcirurgicos 31,00 36,53 84,86% 84,86% 8% 7%
TME da lista de espera cirurgica (meses) 3,50 3,50 100,00% 100,00% 8% 8%
Percentagem de partos vaginais realizados com analgesia
epidural 7,00 6,53 93,29% 93,29% 8% 8%
Percentagem de episódios de internamento com
complicações - cód. Do CID-9-MC - causas externas 1,30 1,51 86,09% 86,09% 8% 7%
Percentagem de custos com produtos farmacêuticos no
total de custos operacionais 16,50 15,69 105,15% 105,15% 8% 8%
Apenas foram contabilizados 1.929.332 euros.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 144 CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA