relatório diagnóstico e de caracterização biofísica
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revisão do plano diretor municipal de fafe divisão de planeamento e gestão urbanística
mar' 2015
RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA
“Se se considera o estudo dos fenómenos físicos, o mais elevado e importante resultado desta investigação é o conhecimento da conexão que existe entre as forças da
Natureza e o sentimento íntimo da sua mútua dependência.”
(A. Humboldt in Rebelo F., 1996)
3/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
I. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 9
II. CLIMA ................................................................................................................................................ 10
II.1. ESTAÇÕES CLIMATOLÓGICAS .............................................................................................................. 10
II.2. CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA ................................................................................................................ 13
II.3. TEMPERATURA DO AR ....................................................................................................................... 17
II.4. PRECIPITAÇÃO .................................................................................................................................... 21
II.5. HUMIDADE RELATIVA DO AR ............................................................................................................. 25
II.6. INSOLAÇÃO ........................................................................................................................................ 26
II.7. EVAPORAÇÃO ..................................................................................................................................... 29
II.8. NEBULOSIDADE .................................................................................................................................. 29
II.9. VENTO ................................................................................................................................................ 30
II.10. FENÓMENOS ADVERSOS .................................................................................................................. 31
III. QUADRO MORFOESTRUTURAL ......................................................................................................... 33
III.1. RELEVO E ALTITUDE .......................................................................................................................... 33
III.2. DECLIVE ............................................................................................................................................. 38
III.3. EXPOSIÇÃO DE VERTENTES ............................................................................................................... 40
III.4. GEOLOGIA ......................................................................................................................................... 42
Litologia ................................................................................................................................................ 42
III.5. HIDROGRAFIA ................................................................................................................................... 49
Rede Hidrográfica e Massas de Água ................................................................................................... 49
Qualidade da Água ............................................................................................................................... 55
III.6. SOLOS ................................................................................................................................................ 57
ÍNDICE
4/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Pedologia ............................................................................................................................................. 57
Aptidão dos Solos ................................................................................................................................. 62
Aptidão florestal ................................................................................................................................... 65
III.7. FLORA ................................................................................................................................................ 67
III.8. FAUNA ............................................................................................................................................... 73
III.9. PAISAGEM ......................................................................................................................................... 90
III.10. OCUPAÇÃO ATUAL DO SOLO ........................................................................................................... 93
5/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Gráfico 1. Temperaturas médias do ar (mensal, máxima e mínima) e média mensal em 2003 ................... 19
Gráfico 2. Números de dias com temperaturas <0 ºC, >20 ºC e >25 ºC ........................................................ 20
Gráfico 3. Valores extremos de temperatura do ar (ºC) ................................................................................ 20
Gráfico 4. Valores médios de temperatura do ar (ºC) às 9h e 18h ................................................................ 21
Gráfico 5. Precipitação anual nas estações meteorológicas do concelho (1980 e 2007) .............................. 23
Gráfico 6. Distribuição mensal da precipitação nas estações meteorológicas do concelho (1980 e 2001; 1980 2009) ........................................................................................................................................... 24
Gráfico 7. Número médio de dias com precipitação ≥ a 0,1, 1 e 10 mm ..................................................... 24
Gráfico 8. Gráfico termopluviométrico .......................................................................................................... 25
Gráfico 9. Humidade relativa média do ar (%) ............................................................................................... 26
Gráfico 10. Evaporação (mm) ........................................................................................................................ 29
Gráfico 11. Nebulosidade total média às 9h e 18h ........................................................................................ 30
Gráfico 12. Frequência anual do vento (%) ................................................................................................... 30
Gráfico 13. Velocidade média anual do vento (km/h) ................................................................................... 30
Gráfico 14. Frequência mensal do vento (%) ................................................................................................. 31
Gráfico 15. Velocidade média mensal do vento (km/h) ................................................................................ 31
Gráfico 16. Frequência de fenómenos adversos ........................................................................................... 32
Gráfico 17. Distribuição de áreas por classe hipsométrica (%) ...................................................................... 35
Gráfico 18. Distribuição de áreas por classe de declive (%) .......................................................................... 38
Gráfico 19. Distribuição de áreas por exposição das vertentes ..................................................................... 40
Gráfico 20. Classificação da água (2008) ....................................................................................................... 55
Gráfico 21. Classificação da qualidade da água nas estações de Golães ....................................................... 56
Gráfico 22. Distribuição de áreas por classe de solos .................................................................................... 60
Gráfico 23. Distribuição de áreas por classe de aptidão agrícola .................................................................. 62
Gráfico 24. Distribuição de áreas por classe de aptidão florestal .................................................................. 65
ÍNDICE DE GRÁFICOS
6/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Gráfico 25. Distribuição de áreas por classe de ocupação do solo (%) .......................................................... 94
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Tabela 1. Estações climatológicas .................................................................................................................. 11
Tabela 2. Critérios de delimitação dos andares bioclimáticos segundo Rivaz Martinez ................................ 13
Tabela 3. Ambientes Térmicos Estivais em Portugal Continental .................................................................. 15
Tabela 4. Ambientes térmicos invernais em Portugal continental................................................................. 16
Tabela 5. Barragem da Queimadela ............................................................................................................... 51
Tabela 6. Classificação da qualidade das águas superficiais .......................................................................... 55
Tabela 7. Características das Subunidades dos Fluvissolos Dístricos ............................................................. 57
Tabela 8. Características das subunidades dos regossolos (dístricos e úmbricos) ......................................... 58
Tabela 9. Características das subunidades dos antrossolos cúmulicos .......................................................... 59
Tabela 10. Espécies de flora com Interesse endémico e de protecção segundo a Diretiva Habitats ............. 67
Tabela 11. Outras Espécies vegetais da Serra do Maroiço ............................................................................. 68
Tabela 12. Espécies de fauna com interesse endémico e de protecção segundo a Diretiva Habitats ........... 73
Tabela 13. Espécies de vertebrados terrestres (anfíbios) da serra do Maroiço ............................................. 74
Tabela 14. Espécies de vertebrados terrestres (répteis) da serra do Maroiço ............................................... 75
Tabela 15. Espécies de vertebrados terrestres (mamíferos) da serra do Maroiço ......................................... 76
Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço.......................................................................................... 78
ÍNDICE DE TABELAS
8/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
CMF Câmara Municipal de Fafe
DGT Direção-Geral do Território
DRAEDM Direção Regional de Agricultura de Entre o Douro e Minho
INETI Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação
SIGLAS
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I. INTRODUÇÃO
A análise do território engloba a dinâmica dos elementos naturais e a sua relação com a componente
humana e deve assumir posição privilegiada no contexto do ordenamento do território.
A localização da distribuição das atividades económicas, das redes de acessibilidades, das infra-estruturas,
dos equipamentos colectivos, do sistema urbano deve ser realizada com base no conhecimento da
realidade biofísica subjacente, condicionadora da atividade antrópica. Neste sentido é importante uma
análise profunda e criteriosa sobre a estrutura biofísica do território contemplando uma visão integradora
dos valores naturais a preservar com a componente humana.
A complexidade dos processos físicos, naturais, ambientais e ecológicos exige cada vez mais um
conhecimento das funções dos ciclos naturais e suas interdependências tendo em vista as melhores
opções no planeamento e ordenamento do território. Cabe, por isso, aos planeadores a análise das
componentes físicas, ecológicas e ambientais do espaço nos instrumentos de ordenamento,
nomeadamente no P.D.M.
A sustentação de uma proposta de ordenamento do território municipal segue fins específicos, de acordo
com a natureza da realidade territorial sendo de extrema relevância considerar as componentes biofísicas
do território no sentido de se prosseguirem objetivos de sustentabilidade e harmonia do desenvolvimento
ambiental e sócio-económico. É, pois, importante o conhecimento das condições naturais do meio para
compreender os modos de utilização dos recursos, de desenvolvimento de atividades e de organização dos
espaços (REBELO, F., 1996).
O presente relatório tem como objectivo contribuir para o estabelecimento de bases para estruturação do
modelo de desenvolvimento do território e para fundamentação da proposta de plano para o concelho de
Fafe no horizonte de 10 anos.
O estudo de caracterização biofísica do território concelhio é acompanhado de breve apresentação da
situação do clima, da ocupação atual do solo e da paisagem, e integra uma abordagem à morfologia do
terreno (relevo), aos declives, às exposições das vertentes, à geologia, aos solos (pedologia e aptidão) e à
hidrografia.
10/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
II. CLIMA
O clima, é definido por um conjunto de condições atmosféricas que sucedem em determinada área, de
forma continuada ao longo de dado período de tempo, e é condicionado pela altitude, a distância do
oceano, o relevo e a heterogeneidade da superfície terrestre. Ao nível local, o movimento e as
propriedades do ar são afectadas pela superfície da terra, a quantidade de radiação solar captada pela
superfície terrestre depende das condições de exposição proporcionadas pela topografia, o escoamento
do vento sofre modificações pelo efeito de obstáculo dos relevos e pela rugosidade da superfícies
atravessada (MEDEIROS, C. A., 2005).
O clima é, assim, um fator importante na formação das paisagens e do solo, determina comportamentos
dos rios e o tipo de vegetação e influência a distribuição das actividades humanas.
A região do Noroeste Português caracteriza-se pelos seus elevados quantitativos pluviométricos devido à
frequente passagem de superfícies frontais, conjugadas com o efeito das montanhas muito próximas do
litoral (efeito Föhn).
Pela posição geográfica que ocupa (proximidade do Atlântico e forma e disposição dos principais conjuntos
montanhosos), o concelho de Fafe enquadra-se numa região com afinidades mediterrâneas marcada por
forte influência atlântica, caracterizada por um clima de temperaturas amenas, pequenas amplitudes
térmicas e forte pluviosidade média.
Segundo MEDEIROS et al. (2005) a região do Minho insere-se no tipo de ambiente térmico estival
moderado, com temperaturas médias do mês mais quente compreendida entre 23 e 29ºC, e em ambiente
invernal fresco, com temperaturas médias mínimas entre 2 e 4ºC. Os Invernos são, portanto, frescos e os
Verões moderados a quentes.
II.1. ESTAÇÕES CLIMATOLÓGICAS
A estação climatológica mais próxima do concelho de Fafe localiza-se em Braga (Posto Agrário). Para os
meteoros disponíveis recorreu-se ainda às estações meteorológicas de Fafe, de Gontim e de Moreira do
Rei.
Os períodos de levantamento e os elementos do clima registados variam para as diferentes estações
consideradas: estação climatológica do Posto Agrário de Braga, o período de observação incide do ano de
1961 até 1990; na estação meteorológica de Fafe o período de análise é de 1931 a 2003, na de Gontim de
1980 a 2009 e na Moreira do Rei, de 1980 a 2009. Apesar de existirem dados para além do elemento
climático de precipitação, revelam um período de observação muito curto no tempo sem significado de
interpretação.
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Tabela 1. Estações climatológicas
Designação Altitude
(m)
Entidade
responsável Localidade Variáveis Período
Posto
Agrário de
Braga
190 Instituto de
Meteorologia Braga
Temperatura do ar,
precipitação, humidade
relativa do ar, evaporação,
nebulosidade, vento,
trovoada, orvalho, geada e
nevoeiro
1961-1990
Fafe 259 INAG, I.P e CCDR-N Cepães Precipitação, 1931-2003
Temperatura 2003
Gontim 695 INAG, I.P e CCDR-N Gontim Precipitação 1980-2009
Moreira de
Rei 505 INAG, I.P e CCDR-N Moreira de Rei Precipitação 1980-2009
Fonte: Normais Climatológicas, INAG.
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II.2. CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA
De acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger, o clima é do tipo temperado húmido com Verão
seco e temperado.
De entre os sistemas bioclimáticos de caracterização, destaca-se pela sua precisão e uso generalizado na
Península Ibérica, o proposto por Rivaz Martinez (1981) citado por MOLINA et al. (1992) e por CASTRO et
al. (2001). Este sistema utiliza diferentes parâmetros termopluviométricos e estabelece andares
bioclimáticos que se relacionam com diferentes tipos de vegetação potencial.
O índice térmico de Rivaz Martinez foi proposto para separar os andares bioclimáticos da Península Ibérica
(CORREIA et al., 1999) e calcula-se da seguinte forma:
It = (t+m+M)*10
t temperatura média anual (ºC)
m média das temperaturas mínimas do mês
mais frio(ºC)
M média das temperaturas máximas do mês
mais frio (ºC)
Com base nos valores das normais climatológicas (1961-1990) da estação meteorológica de Braga
calculou-se o It, obtendo-se (14,2+4,3+13,2)*10 = 317
Tabela do Índice de Termicidade de Rivaz Martinez
350-450 Termomediterrânico
210-350 Mesomediterrânico
70-210 Supramediterrânico
Podemos ainda classificar a tipologia de clima obtido recorrendo ao ombroclima que depende da
precipitação média anual que é de 1.514,5 mm.
Segundo os critérios de delimitação dos andares bioclimáticos, trata-se de um clima que pertence a região
mediterrânica, andar mesomediterrânico, horizonte inferior e ombroclima húmido.
Tabela 2. Critérios de delimitação dos andares bioclimáticos segundo Rivaz Martinez
Divisão fitoclimática Termoclima Ombroclima
Região Andar Horizonte
Índice de
termicidade
(It)
Árido Semi
árido Seco
Sub
húmido
Húmid
o
Hiper
Húmid
o
Medit
errânic
a
-70>
Crioro
medit.
superior Inf. -70 Inferio
r a
200
mm
200 a
350
mm
350 a
600
mm
600 a
1000
mm
1000 a
1600
mm
Superi
or a
1600
mm
inferior -70 a -30
Oro
medit.
superior -29 a 0
inferior 1 a 60
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Tabela 2. Critérios de delimitação dos andares bioclimáticos segundo Rivaz Martinez
Divisão fitoclimática Termoclima Ombroclima
Região Andar Horizonte
Índice de
termicidade
(It)
Árido Semi
árido Seco
Sub
húmido
Húmid
o
Hiper
Húmid
o
It> 510
200< P Supra
medit
superior 61 a 110
médio 111 a 160
inferior 161 a 210
Meso
medit
superior 211 a 260
Médio 261 a 300
inferior 301 a 350
Termo
medit
superior 351 a 410
inferior 411 a 470
Infra
Medit.
superior 471 a 510
inferior Sup. A 510
Fonte: Adaptado de Garcia (1996).
O índice bioclimático de Emberger recebeu o nome do seu criador, o professor Louis Emberger de
Montpellier (1933). Este autor considera que o balanço hídrico deve ser tido como principal factor
condicionante para a vegetação de determinada região. Este modelo climático baseia-se num índice
termopluviométrico que resulta da combinação entre a pluviosidade e os valores de temperatura
extremos (máximo e mínimo). Com base no valor final deste cálculo é possível remeter a área em causa a
uma unidade bioclimática, caracterizada por determinados tipos de vegetação.
O quociente ou índice termopluviometrico de Emberger combina para além da precipitação anual, uma
estimativa da evaporação baseada na média das temperaturas máximas do mês mais quente e das
temperaturas mínimas do mês mais frio.
Este índice é particularmente útil nas regiões mediterrânicas mais húmidas, onde a higrometria
atmosférica atinge valores particularmente altos, mesmo na ausência de precipitação (Alcoforado et al.,
1993). O índice termopluviométrico traduz-se na seguinte equação:
Q = 100p
p - precipitação média anual (mm)
m – média das temperaturas mínimas do mês mais frio(ºC)
M – média das temperaturas máximas do mês mais quente (ºC)
(M+m)*(M-m)
Q =
100*1514,5
(27,1+4,3)*(27,1-
4,3)
Calculou-se o índice obtendo-se um Q = 211,15. Segundo Emberger, a área de estudo enquadra-se no
andar bioclimático “Mediterrânico húmido”, no limite da região Mediterrânica com a região Eurosiberiana,
podendo tratar-se de uma zona de transição (ver figura seguinte).
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O resultado obtido no cálculo de índice de mediterranidade encontra-se no limite abaixo do qual a região
já não é considerada mediterrânica. Pode afirmar-se que se trata de uma zona de transição entre a região
Mediterrânica e a Eurosiberiana, facto que se vai refletir na vegetação potencial.
Figura 1 – Unidades bioclimáticas mediterrânicas
segundo Emberger (1933). Distribuição
aproximada na Península Ibérica (in Castro et al.,
2001).
Segundo MEDEIROS C. A., et al. (2005) os ambientes térmicos estivais são marcados pela forte insolação e
intensidade do calor, estabelecendo-se gradientes térmicos extremamente fortes entre a orla litoral e o
interior, onde a continentalidade agrava o calor seco. A região do Minho insere-se no tipo de ambiente
térmico estival moderado, cuja temperatura média do mês mais quente é de 23 a 29 ºC (Tabela 3).
Tabela 3. Ambientes Térmicos Estivais em Portugal Continental
Tipo de
ambiente
TM média do
mês mais
quente
N.º dias com
TM> 25ºC
N.º dias com
TM> 30ºC Locais principais abrangidos
Muito
quente > 32ºC > 120 > 30
Alentejo interior, vale do Tejo a montante
de Vila Velha de Ródão, plataforma de
Castelo Branco, Alto Douro
Quente 20-32ºC 120-100 15-30
Barrocal Algarvio, Alentejo meridional, Alto
Alentejo, Ribatejo, Beira Baixa, depressão
periférica de Coimbra, corredor do
Tâmega, Trás-os-Montes
Moderado 23-29ºC 20-100 5-15
Algarve Litoral, Sudoeste alentejano,
Estremadura interior, Beira Litoral,
planaltos e montanhas da Beira, Minho
Fresco <23ºC <20 <5 Banda litoral no Minho, Beira Litoral e
Estremadura, serra de Sintra, cimos da
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Tabela 3. Ambientes Térmicos Estivais em Portugal Continental
Tipo de
ambiente
TM média do
mês mais
quente
N.º dias com
TM> 25ºC
N.º dias com
TM> 30ºC Locais principais abrangidos
serra da Peneda e Geres, Marão,
Montezinho, Cordilheira Central.
Fonte: Medeiros C. A., et. al. (2005).
O ambiente invernal caracteriza-se no Minho por um clima fresco com temperatura média entre os 2 e os
4.ºC (Tabela 4). Sabe-se que a temperatura em Portugal continental é mais baixa em altitude, daí que no
Inverno essas temperaturas se relacionem com áreas de altitude mais elevada, ao contrário do que
acontece na época estival, as áreas de montanha são mais quentes.
Segundo o mesmo autor a repartição espacial da temperatura mínima média do mês mais frio depende
essencialmente do grau de continentalidade, da altitude e das características topográficas circundantes do
sítio de implantação da estação meteorológica. Assim, e atendendo à classificação elaborada por Suzanne
Daveau em 1985 (MEDEIROS C., et al., 2005), considera-se que o Minho insere-se num tipo de ambiente
“fresco”, cuja temperatura média do mês mais quente é de 23ºC e o número de dias com temperaturas
médias superiores a 30ºC é inferior a 5.
Tabela 4. Ambientes térmicos invernais em Portugal continental
Tipo de
ambiente TM média
N.º dias com
TM <0ºC
Comprimento da
estação (em dias)
com temperatura
média> 5ºC
Locais principais abrangidos
Tépido > 6ºC <2 0 Algarve Litoral, todo o litoral ocidental a sul
do Douro
Moderado 4-6ºC 2-15 <50
Barrocal algarvio; bacia do Sado; Ribatejo;
Estremadura; Beira Litoral a ocidente do
maciço marginal de Coimbra
Fresco 2-4ºC 15-30 50-100
Caldeirão, bacia do Guadiana; vales do
Ribatejo; Serra de S. Mamede; Beira Baixa;
plataforma do Mondego; Minho; vales do
Douro e Tâmega; bacia de Mirandela
Frio 1-2ºC 30-40 100-160
Cova da beira; Penamacor; plataforma do
Côa; montanhas do Norte da Beira; bacia
de Chaves; largos espaços em Trás-os-
Montes
Muito Frio <1ºC >40 >160
Cordilheira Central, serra da Malcata;
planalto de Nave-Leomil; Gerês; Larouco;
Marão-Pradela; serra de Montesinho-
Bornes; Trás-os-Montes oriental
Fonte: Medeiros C. A., et. al. (2005).
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II.3. TEMPERATURA DO AR
O concelho de Fafe caracteriza-se por um clima de temperaturas amenas e amplitudes térmicas pouco
acentuadas. A temperatura média diária varia entre o 10 e os 15ºC sendo os valores mais elevados (entre
os 12,5.ºC e os 15.ºC) registados a ocidente (mapa 2).
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Os valores médios mensais da temperatura do ar variam entre os 8,7 ºC e 20,4 ºC em janeiro e julho,
respectivamente; a temperatura média mensal anual é de 14 ºC; a temperatura média mínima do mês
mais frio é de 4,3 ºC em janeiro e a média mínima do mês mais quente é de 13,7 ºC, em Julho; a
temperatura média mínima anual é cerca 9 ºC; a temperatura média máxima varia entre 13,2ºC em
janeiro e os 27,4 ºC em agosto e o valor médio máximo anual é de 20 ºC.
A amplitude térmica anual, isto é, a diferença de temperatura média do mês mais quente e do mês mais
frio do ano, apresenta um valor de 11,7 ºC. No que respeita a valores médios máximos e mínimos de
temperatura, observa-se que a maior amplitude ocorre nos meses de verão (pico em agosto com 14,6 ºC)
em oposição aos meses de inverno (janeiro com 8,9 ºC).
No ano de 2003, de acordo com os dados registados em Fafe para quatro meses do ano, confirma-se o
valor da temperatura média mensal, que se manteve próxima da registada na estação de Braga.
Gráfico 1. Temperaturas médias do ar (mensal, máxima e mínima) e média mensal em 2003
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990); SNIRH (2010).
Ao longo do ano o número de dias com temperatura do ar mínima superior a 20º C é residual (1,1 dias)
ocorrendo apenas nos meses de verão (junho, julho e agosto). A temperatura mínima inferior a 0º C,
regista o máximo de número de dias nos meses mais frios (4 dias em janeiro e 3,7 dias em dezembro). Nos
meses compreendidos entre junho e setembro o número de dias em que a temperatura do ar é superior a
25º C varia entre os 13,7 e os 22,3 dias, atingindo o máximo no mês de agosto. A temperatura máxima do
ar atinge valores superiores a 25 ºC em média 85 dias por ano, enquanto a temperatura mínima desce
abaixo dos 0ºC durante 12 dias por ano.
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Gráfico 2. Números de dias com temperaturas <0 ºC, >20 ºC e >25 ºC
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990).
Os valores extremos de temperatura confirmam que a diferença menos acentuada entre o valor de
temperatura máximo e mínimo ocorre no mês de janeiro (27,7 ºC) e a mais acentuada ocorre em
setembro (35,9 ºC). O extremo mínimo registado nunca desce abaixo dos -5,3º C em janeiro e o extremo
máximo é registado em agosto com 39,3 ºC (Gráfico 3). As temperaturas mínimas extremas variam entre
os -5,4 º C e os 5,9 º C, enquanto as máximas oscilam, entre os 22,4º C e os 39,3º C.
Gráfico 3. Valores extremos de temperatura do ar (ºC)
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990).
As temperaturas registadas às 9h são sempre mais baixas do que as registadas às 18h em todos os meses
do ano. No período da manhã, o valor mínimo de temperatura é atingido no mês de dezembro (7,3 ºC) e o
21/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
máximo no mês de julho (20,1 ºC). No período da tarde, os valores mínimo e máximo ocorrem também
nos meses de julho e dezembro, com 23,2 ºC e 9,5 ºC, respectivamente.
Gráfico 4. Valores médios de temperatura do ar (ºC) às 9h e 18h
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990).
II.4. PRECIPITAÇÃO
A precipitação constitui a causa de muitos riscos hidroclimáticos (secas e inundações) e está relacionada
também com os riscos geomorfológicos (instabilidade de vertentes e erosão dos solos).
O concelho de Fafe caracteriza-se por um clima de forte pluviosidade média relacionada com a passagem
de superfícies frontais e o efeito orográfico. Os quantitativos médios anuais rondam entre os 1.200 e os
2.000mm. Os máximos observados, entre os 1.600 mm e os 2.000 mm, ocorrem a ocidente do concelho, e
os mínimos, entre os 1.200 mm e os 1.400 mm registam-se mais a norte e nordeste do concelho (mapa 3).
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Registam-se 2.092mm, 1.638 mm e 1.628 mm de precipitação média para as estações de Gontim, Fafe e
Moreira do Rei, respectivamente. Na estação meteorológica de Gontim, os quantitativos pluviométricos
médios anuais são, na generalidade do período considerado, superiores aos observados nas outras duas
estações devido ao efeito orográfico.
A evolução da precipitação ao longo de 28 anos permite verificar que os valores anuais compreendem os
793 mm (no ano de 2004 na estação de Moreira do Rei) de valor mínimo e os 4.417 mm de valor máximo
anual (no ano de 2000 na estação de Gontim).
No que respeita a quantitativos de precipitação máximos, salientam-se os ano de 2000, 1984 e 1997, com
registos pluviométricos acima dos 2000 mm.
Na estação de Moreira do Rei não há registo de precipitação superior a 2.500mm; na estação de Fafe estes
valores são superados nos anos de 1997 e 2000; e na estação de Gontim, os valores médios de
precipitação anual superior a 2.500 observam-se em 1982, 1984 a 1985, 1987, 1993 a 2000, 2003 e 2006.
Gráfico 5. Precipitação anual nas estações meteorológicas do concelho (1980 e 2007)
Fontes: SNIRH (2010).
A distribuição mensal da precipitação permite verificar que em dezembro ocorrem os valores médios mais
elevados do ano (no posto de Gontim é de 318 mm, no de Moreira do Rei, 256 mm e no de Fafe 247 mm).
Os meses de verão registam os quantitativos médios mais baixos, mais precisamente em julho e agosto
onde os valores não ultrapassam os 50 mm.
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Gráfico 6. Distribuição mensal da precipitação nas estações meteorológicas do concelho (1980 e 2001;
1980 2009)
Fontes: SNIRH (2010)
No período de 1961-1990 registaram-se cerca de 118 dias com uma precipitação de intensidade igual ou
superior a 1 mm e 52 dias de chuva intensa (precipitação é igual ou superior a 10 mm). O número de dias
com precipitação superior ou igual a 0,1 mm é mais frequente (134 dias por ano) com maior concentração
nos meses de janeiro (16 dias), fevereiro (15 dias) e dezembro (14 dias).
Gráfico 7. Número médio de dias com precipitação ≥ a 0,1, 1 e 10 mm
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990).
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Em termos de quantitativos máximos diários os valores mais elevados registaram-se nos meses de
setembro (114,2 mm) e de dezembro (103,5 mm).
O ano pluviométrico está dividido em duas estações bem definidas. A primeira estação diz respeito ao
período de inverno, em que as temperaturas são baixas e a precipitação é abundante (outubro a março); a
segunda estação refere-se aos meses de verão (atingindo o seu máximo nos meses de julho e agosto),
período onde as temperaturas são elevadas e a precipitação é fraca.
Nos meses de julho e agosto verifica-se a relação inversamente proporcional entre a temperatura média
mensal e a precipitação total mensal, o que permite definir um período seco nesses meses do ano (P < 2T).
Gráfico 8. Gráfico termopluviométrico
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990)
II.5. HUMIDADE RELATIVA DO AR
Os valores médios anuais de humidade relativa do ar às 9 horas variam entre 75% e 85%. A noroeste do
concelho os valores médios registados compreendem os 75% e os 80%, enquanto a sudeste os valores
médios de humidade relativa compreende os 80% e os 85% (mapa 4).
A humidade relativa registada às 9h é sempre superior à registada às 18h, mantendo uma linha evolutiva
paralela ao longo de todo o ano e onde os picos máximos coincidem (meses de novembro e dezembro). Os
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valores médios anuais de humidade relativa do ar são de 81% às 9 horas e de 74% às 18 horas (Gráfico 9)..
O mínimo às 9h é registado no mês de junho (74%) enquanto às 18h o mínimo regista-se em julho (64%),
revelando-se os meses menos húmidos.
Gráfico 9. Humidade relativa média do ar (%)
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990)
II.6. INSOLAÇÃO
O concelho de Fafe recebe anualmente, em média, entre as 2.300 a 2.500 horas de sol, o que significa uma
média de 96 a 104 dias de sol por ano. A noroeste do concelho observam-se os valores mais elevados de
insolação (entre 2.400 e 2.500 horas de sol) (mapa 5).
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II.7. EVAPORAÇÃO
A evaporação depende de fatores como a temperatura, a cobertura vegetal e não vegetal, o vento, o
estado higrométrico do ar, a radiação do ar e o relevo.
A velocidade de evaporação depende principalmente da temperatura, por isso esta é mais expressiva no
verão sofrendo uma redução significativa com a aproximação do período de inverno. O período de maio a
agosto é o que apresenta maiores índices de evaporação, com valores superiores a 80 mm, enquanto no
período de novembro a janeiro os valores são mais reduzidos (inferiores a 50 mm).
O valor mais elevado de evaporação registou-se no mês de julho, com 98,7 mm, e o valor mínimo no mês
de janeiro, com 46,7 mm.
Gráfico 10. Evaporação (mm)
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990).
II.8. NEBULOSIDADE
Os valores médios da nebulosidade total às 9h e às 18h são muito semelhantes ao longo do ano, sendo
mesmo idênticos ao longo do primeiro semestre (janeiro a junho).
Os menores índices de nebulosidade ocorrem nos meses de julho e agosto enquanto o máximo de
nebulosidade é atingido nos meses de janeiro e fevereiro. A nebulosidade média anual é de 5, às 9h e 4, às
18h.
O céu muito nublado (N<8) verifica-se em média 122,9 dias por ano. O céu pouco nublado (N<2) ocorre
em média em cerca de 126 dias por ano e apresenta valores máximos nos meses de julho e agosto.
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Gráfico 11. Nebulosidade total média às 9h e 18h
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990).
II.9. VENTO
Os ventos provenientes de nordeste são mais frequentes (20,6%) seguindo-se os ventos de sudoeste
(8,6%). No entanto, são os ventos provenientes do quadrante sul, aqueles que apresentam uma maior
velocidade média do vento, com 9,1 km/h, seguindo-se os ventos de sudoeste, com 7,1 km/h.
A velocidade média anual do vento é de 3,5 km/h e a frequência média anual de situações de calmia
(velocidade do vento é inferior a 1 Km/h) é de 46,2.
Gráfico 12. Frequência anual do vento (%) Gráfico 13. Velocidade média anual do vento
(km/h)
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990).
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990).
Em termos da distribuição mensal da frequência do vento por rumo, os ventos do quadrante noroeste são
aqueles que se registam com maior frequência, sendo esta a orientação predominante do vento em todos
os meses do ano. Os ventos de oeste são os menos frequentes durante quase todos os meses do ano,
exceto em maio, junho, julho e agosto, registando-se uma menor frequência destes nos meses de outubro
(0,7%), novembro (0,7%).
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No que respeita à distribuição mensal da velocidade média por quadrante, verifica-se que os ventos de sul
registam os valores mais elevados em oito meses do ano, atingindo maior velocidade nos meses de janeiro
(11,3 km/h), março (10,4 km/h) e fevereiro (10,2 km/h). Nos restantes quatro meses (junho, julho, agosto
e setembro) os ventos que atingem maior velocidade são os do quadrante este, com 6,1 km/h, 5,5 km/h,
8,0 km/h e 6,2 km/h, respetivamente.
Gráfico 14. Frequência mensal do vento (%) Gráfico 15. Velocidade média mensal do
vento (km/h)
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990).
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990).
II.10. FENÓMENOS ADVERSOS
A frequência de fenómenos adversos manifesta-se principalmente com a ocorrência de trovoada,
nevoeiro, geada e orvalho.
O registo do número de dias com orvalho reveste-se de uma importância considerável na medida em que
em períodos de carência e/ou ausência de precipitação, o orvalho mantém um certo grau de humidade no
solo.
São nos meses que têm registo de temperaturas mais elevadas (julho e agosto) que ocorrem o maior
número de dias com orvalho (15,5 e 16,6, respectivamente). Nos meses de janeiro, fevereiro e dezembro,
o número de dias em que se regista orvalho é mínimo, ocorrendo entre 5 e 6 dias por mês. O orvalho é o
fenómeno adversos mais recorrente, registando-se em cerca de 133,7 dias ao longo do ano.
O aparecimento de geada, nas noites frias e com vento inexistente ou de fraca intensidade, encontra-se
principalmente relacionado com a proximidade às linhas de água em zonas de vale. Com efeito, os vales
favorecem a drenagem do ar frio e têm tendência para geadas mais severas, assim como para nevoeiros
mais espessos (CRUZ, 2000).
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A geada ocorre em 28,6 os dias no ano, sendo que destes 9 dias ocorrem em janeiro e 8,1 em dezembro.
No período compreendido entre maio e outubro não há registo de geada e em abril não chega a atingir 1
dia.
No que respeita às trovoadas a sua distribuição anual não apresenta grandes disparidades, podendo
apenas destacar-se os meses de abril, maio e junho como aqueles em que é mais frequente a sua
manifestação. As trovoadas ocorrem num total de 20, dias por ano.
O nevoeiro possui uma frequência de 17,2 dias por ano e ocorre principalmente nos meses de junho ,
julho, agosto e setembro, com 2,3, 3,1, 2,7 e 2,8, respectivamente..
A ocorrência de neve e granizo, apresentam uma frequência média anual inferior a 1 dia por ano.
Gráfico 16. Frequência de fenómenos adversos
Fontes: Normais climatológicas, Posto Agrário de Braga (1961-1990).
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III. QUADRO MORFOESTRUTURAL
A morfologia do terreno condiciona o comportamento de fenómenos ambientais, ecológicos e climáticos e
contribui para a delimitação de unidades territoriais indispensáveis no planeamento dos usos e funções do
espaço biofísco.
III.1. RELEVO E ALTITUDE
O relevo é um dos factores que determina situações ecológicas distintas (espessura de solos,
comportamento da água nos solos, os microclimas e a vegetação associadas) e, consequentemente,
reflete diversas aptidões para a instalação de atividades humanas.
O concelho de Fafe integra a unidade morfoestrutural mais antiga da Península Ibérica, o Maciço
Hespérico, onde domina um relevo acidentado, com montanhas e vales de entalhe profundo, resultantes
da acção tectónica do período hercínico, no qual se formaram os principais corpos granitóides que
ocorrem no território português.
Neste concelho podem encontrar-se duas zonas distintas: uma intermédia ou de meia encosta, com
altitudes compreendidas entre os 100 e os 400 metros, de transição entre o litoral e o interior
montanhoso e uma serrana ou de montanha, com altitudes médias superiores a 400 metros, onde as
terras altas e declivosas encontram-se sujeitas a forte erosão.
A zona intermédia ou de meia encosta apresenta-se como uma área onde predomina a agricultura
intensiva com as densidades populacionais mais elevadas. A zona serrana ou de montanha é constituída
por área de transição entre a agricultura intensiva e a silvo-pastorícia, e apresenta grandes manchas
florestais, começando já a sentir-se a dispersão do povoamento. Em áreas de relevo mais acentuado
(altitudes superiores a 600 metros) vislumbra-se uma ocupação de manchas florestais e zonas de incultos,
com reduzida densidade populacional com tendência para o despovoamento.
As Serras de Fafe, juntamente com a Serra da Cabreira, caracterizam as áreas de montanha do Alto Ave.
A morfologia de montanha no concelho de Fafe é alternada por áreas acidentadas bem demarcadas a
norte, nordeste, este e oeste, e áreas de relevo mais suave na parte central, a sudoeste e a noroeste
(mapas 6). Há um predomínio de orografia acentuada e encostas encaixadas por vales profundos e
vertentes abruptas de direção NE-SW e ENE-WSW, traços que se vão atenuando, de forma sensível e
progressiva, a jusante dos rios principais (rio Vizela e afluentes).
As áreas mais montanhosas predominam a nordeste do concelho, destacando-se a Serra de Morgair, onde
se localiza ponto mais elevado do concelho, com 894 metros de altitude, o Alto do Maroiço, com 847
metros, próximo do limite com o concelho de Vieira do Minho, o Alto da Lapela que se prolonga a partir
do concelho de Cabeceiras de Basto, com altitudes compreendidas entre os 760 e 810 metros, e que se
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liga à Serra de Morgair por uma diminuição suave de declive entre os vales recortados da Ribeira de
Abrunheiros e da Ribeira de Várzea e o vale de um afluente do Rio Ave. Nesta zona de vale desenvolve-se
uma pequena área aluvial que apresenta altitudes compreendidas entre 450 e 500 metros.
Na parte mais oriental do concelho, importa também referir a Serra do Marco, na área limite com o
concelho de Celorico de Basto, que se individualiza com uma altitude de 851 metros.
Numa área de transição dos relevos culminantes para um nível de aplanamento inferior, típico do relevo
do Minho, destacam-se a nordeste o Alto do Malhadouro (752 metros), o Alto da Toura (678 metros) e o
Alto Lobo (646 metros); a sudeste, o Alto do Santinho (706) e a sul, o Cabeço Alto (662).
Importa destacar ainda a ocidente o Monte de Santa Marinha, com 601 metros, e o Alto de Santo
Antoninho (522 metros).
A partir do centro em direcção a noroeste e sudoeste, observa-se uma área de relevo mais suave, com
cotas inferiores a 350 metros, onde percorrem em fundo de vale, os principais cursos de água da região.
Trata-se de vales marcados por alinhamentos rectilíneos que podem corresponder a fraturas hercínicas e
tardi-hercínicas.
O concelho de Fafe apresenta uma forte amplitude altimétrica, com 738 metros, compreendidos entres
156 metros de altitude junto do vale do rio Pequeno, afluente do rio Ave, e os 894 metros no ponto
culminante da Serra de Morgair.
Pela distribuição de áreas por classe hipsométrica predominam no concelho as altitudes intermédias entre
os 350 e 450 metros, com 22,7%, seguindo-se as classes dos 450-550 metros, com 19,1%, e a classe dos
550-650metros, com 18,4%. A classe com altitudes superiores a 850 metros ocupa uma área muito restrita
aos pontos culminantes da Serra de Morgair, representando apenas 0,3% da área concelhia. As altitudes
abaixo dos 250 metros representam apenas 4% do território.
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Gráfico 17. Distribuição de áreas por classe hipsométrica (%)
Fontes: CMF (2014).
Em síntese pode-se dizer que o concelho de Fafe encontra-se morfologicamente enquadrado pela Serra de
Morgair e o Alto do Maroiço a norte; a nortedeste e a este, pelo Alto da Lapela e Serra da Lameira,
respectivamente e pelos Altos de Santa Marta, Santo Antoninho, Montes das Penas e de Santa Marinha, a
ocidente. A tectónica assume uma importância particular na morfologia das bacias hidrográficas dos
afluentes e subafluentes do Rio Ave, importante na formação de vales com traçado rectilíneo revelando
um condicionamento da drenagem pela estrutura.
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III.2. DECLIVE
A análise dos declives revela-se importante pelas condicionantes positivas e negativas para usos e funções
existentes ou previstos no território (riscos de erosão, drenagem hídrica e atmosférica, implantação de
estruturas e infraestruturas, trabalho de maquinaria diversa, sistemas agrícolas e florestais, etc.) (CANCELA
D’ABREU, 1989). A título de exemplo, o declive inferior a 12% constitui o limite até ao qual é possível
edificar e o uso agrícola, desenvolvidos sem necessidade de terraceamento, e nas áreas de declives iguais
ou superiores a 25% de inclinação é desaconselhável qualquer uso que não seja o florestal (MAGALHÃES,
M. R., 2001).
No concelho de Fafe os declives mais elevados, superiores a 30%, localizam-se nas encostas das principais
áreas montanhosas. Estas correspondem a vales de entalhe profundo onde o principal uso é florestal e,
pontualmente, a áreas socalcadas para usos agrícolas. As classes menos declivosas correspondem ao
desenvolvimento da bacia hidrográfica do Ave, onde os cursos de água percorrem vales menos encaixados
e se identificam áreas aluvionares.
Os declives predominantes correspondem às classes dos declives inferiores a 20%, que ocupam mais de
metade do território (52%). A classe dos declives inferiores a 12% ocupa 26% do concelho e com o mesmo
valor percentual a classe entre 12% e 20% de declive.
De assinalar também os declives superiores a 25%, que correspondem a cerca 35% do território, sendo de
destacar a classe dos declives superiores a 35%, com uma área de 16% do concelho. A classe de declives
com menor expressão é a dos 30 a 35%, que ocupa 8% do território.
Gráfico 18. Distribuição de áreas por classe de declive (%)
Fontes: CMF (2014).
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III.3. EXPOSIÇÃO DE VERTENTES
As orientações do terreno originam diversas exposições ao sol gerando diferentes microclimas,
determinantes no conforto bioclimático e na natureza da vegetação espontânea ou nas culturas instaladas.
Se considerarmos a perspetiva de conforto bioclimático das encostas no hemisfério norte, as vertentes
voltadas a sul são as que recebem maior quantidade de radiação durante o ano, tanto mais quanto maior
for o declive, e, por isso, mais favoráveis à edificação e a práticas de certas culturas agrícolas. Pelo
contrário, as vertentes voltadas a norte praticamente não recebem radiação tornando-as áreas
desfavoráveis em conforto bioclimático.
Com níveis intermédios de exposição solar recebida encontram-se as áreas voltadas aos quadrantes este e
oeste. A oeste, os valores de temperatura são mais elevados pelo aquecimento durante o período do dia,
enquanto a este a radiação fornecida durante as primeiras horas matinais provoca a evaporação das
gotículas de orvalho.
Gráfico 19. Distribuição de áreas por exposição das vertentes
Fontes: CMF (2014).
Da análise do gráfico verifica-se que as vertentes orientadas a oeste predominam no concelho (16%),
seguindo-se as voltadas a noroeste (15%), e as voltadas a sul e sudoeste 28% (cada quadrante ocupa 14%).
As áreas com orientação a norte representam 10% assim como as voltadas a este (10%). As áreas planas
têm uma representação mais reduzida, inferior a 0,5% do território.
Em suma as vertentes mais soalheiras (sul, sudoeste, sudeste e oeste) predominam no concelho, com uma
ocupação em 57% do território, enquanto as vertentes mais sombrias e húmidas (norte, nordeste,
noroeste e este) ocupam 43%.
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III.4. GEOLOGIA
Aspectos fundamentais da paisagem física e humana estão profundamente marcados pela litologia,
refletida nas formas do terreno, na natureza dos solos, no escoamento superficial, nas reservas
subterrâneas de água, na vegetação e na atividade agrícola.
O concelho de Fafe encontra-se distribuído em termos de levantamento geológico pelas cartas 5-D
(Braga), 6-C (Cabeceiras de Basto), 9-B (Guimarães) e 10-A (Celorico de Basto).
O concelho de Fafe situa-se na mais antiga unidade morfoestrutural da Península Ibérica, o Maciço
Hespérico ou Maciço Antigo, onde predominam as rochas graníticas e xistosas observando-se também
quartzitos e rochas metamórficas. Terá sido formada no Devónico Médio prolongando-se até ao
Carbonífero Superior e terá estado sujeita a ações de deformação, metamorfismo e magmatismo
orogénico. Nesta unidade existem numerosos vestígios da acção tectónica do ciclo hercínico, responsável
pela formação dos principais corpos granitóides que ocorrem no território português.
LITOLOGIA
A principal unidade geológica do concelho de Fafe é de natureza granítica e granodiorítica, a qual aflora
em cerca de 95% do território. Trata-se de granitóides sinorogénicos hercínicos com cronologia sin-
tectónicos e tardi a pós-tectónicos relativamente a F3.
As rochas metamórficas ocorrem a oeste, na freguesia de Fareja, formando uma pequena faixa
estruturada na direcção NW-SE.
Os depósitos sedimentares modernos de cobertura associam-se às principais linhas de água da região. A
análise geológica que se segue aborda quatro tipos de litologias: os depósitos de cobertura, os
metassedimentos do paleozóico, as rochas granitóides e filonianas.
DEPÓSITOS DE COBERTURA
Os depósitos de cobertura são constituídos por aluviões do holocénico. Os aluviões são solos mais
recentes que se encontram associados aos leitos de alguns troços dos principais cursos de água (rio Vizela,
rio Ferro, rio Pequeno, ribeiro de Moreira e ribeiro de Cabra) e são fundamentalmente constituídos por
depósitos areno-argilosos que originam várzeas de terrenos agrícolas férteis no fundo dos vales.
Consideram-se igualmente os depósitos de vertentes que devido à sua pequena expressão não possuem
representação cartográfica.
METASSEDIMENTOS DO PALEOZÓICO
As rochas metassedimentares são as mais antigas que afloram neste território sendo da idade Paleozóica,
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entre os períodos Silúrico e Devónico (sensivelmente à 400 milhões de anos).
Estes metassedimentos encontram-se representados numa faixa restrita, na freguesia de Fareja
constituída por xistos, grauvaques, com intercalações de quartzitos e rochas calcossilicatadas. Dobras
mesoscópicas anticlinais e sinclinais com planos axiais NW-SE caracterizam a estrutura dos
metassedimentos, que se incluem na Unidade Alóctone de Vila Nune. A intrusão dos maciços de
granidioritos porfiróides biotíticos (Granodiorito de Felgueiras) e do granito porfiróide biotítico (Granito de
Guimarães) determinam a formação de auréolas de metamorfismo de contacto com formação de
corneanas e alguma granitização dos metassedimentos (FARINHA RAMOS, J. M., et al., 2009).
Para além daquela área, existem pequenas áreas individualizadas desses metassedimentos a noroeste do
concelho, nas freguesias de Aboim e Várzea Cova. Tratam-se também de terrenos alóctones da Unidade de
Vila Nune enquadrados pelo maciço granítico porfiróide de grão grosseiro sin-tectónico. Este tipo de
afloramento é constituído essencialmente por quartzofilitos com intercalações de quartzitos. Os níveis
intermédios possuem intercalações de rochas vulcânicas. (NORONHA F., 2000).
ROCHAS GRANITÓIDES HERCÍNICAS
As rochas graníticas representam cerca de 95% do território concelhio distribuídas por vários tipos de
granitos cuja intrusão ocorreu durante ou a após a terceira fase de deformação hercínica. As rochas
graníticas compreendem os seguintes tipos litológicos:
GRANITÓIDES SIN-TECTÓNICOS
Granodiorito porfiróide biotítico com grandes megacristais de feldspato potássico – granito de Felgueiras
que ocorre apenas numa pequena mancha a oeste da freguesia de Fareja, no limite com o concelho de
Guimarães. Trata-se do granitóide mais antigo do concelho e apresenta deformação tectónica marcada por
uma foliação N40.ºW (FARINHA RAMOS, J. M., et al., 2009).
Granito porfiróide de grão grosseiro, de duas micas, essencialmente biotítico - é designado de granito de
Guimarães é a segunda unidade geológica mais relevante no concelho e localiza-se numa mancha extensa
a sul orientado na direcção NW-SE (freguesias de Regadas, Seidões, Ardegão, Arnozela, Quinchães, a este
de São Gens, sudeste de Moreira do Rei, Silvares São Martinho, Silvares São Clemente, Armil, Antíme, a
este de Fareja, sul de Cepães, e oeste de Arões Santa Cristina e Arões São Romão) e no extremo nordeste,
também orientado na direcção NW-SE (parte este das freguesias de Aboim e Várzea Cova). Estes granitos
denotam maior dimensão do grão matriz e presença de cristais automórficos de plagioclase e quartzo. A
forma rectilínea de alguns limites destes maciços graníticos denota o aproveitamento da fraturação
preexistente.
GRANITÓIDES TARDI-TECTÓNICOS
Granodioritos e raros quartzodioritos biotíticos – a sudeste do concelho identificam-se 4 pequenas
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manchas de granodioritos e raros quartzodioritos biotíticos que constituem a parte terminal do maciço de
Felgueiras. Trata-se de um granitóide melanocrata com matriz rica de biotite e megacristais de feldspato
potássico com faces muito desenvolvidas (PEREIRA E., 1989).
Vaugneritos e quartzonoritos - a ocorrência de rochas básicas, como os vaugneritos e quartzodioritos
associados a outros tipos de granitos, surgem nas freguesias de Antíme, Silvares (São Martinho), Silvares
(São Clemente) e Quinchães.
Monzogranito biotítico com rara moscovite, porfiróide de grão médio, com frequentes grãos de quartzo
globular – ocorre numa mancha na freguesia de Queimadela na transição para Monte.
Monzogranito de duas micas, com tendência porfiróide, de grão fino - ocorre na freguesia de Fafe
prolongando-se para sul, na freguesia de Antíme, Quinchães e Armil, para norte uma faixa estreita para a
freguesia de Fornelos, Golães e ainda pequena parte em Passos. Ocorre ainda um pequeno maciço na
freguesia de Freitas, próximo de Santa Marinha.
GRANITÓIDES TARDI A PÓS-TECTÓNICOS
Granito de grão fino com duas micas essencialmente biotítico – denominado Granito de Fafe, localiza-se
próximo da Pedreira. A este do concelho, individualizam-se pequenas manchas de granito de uma fácies
monzogranítica de duas micas, com predomínio de biotite e de textura mais fina que a do granito de
Moreira do Rei. Este tipo de granito ocorre ainda a sudeste, nas freguesias de Seidões, São Gens e
Quinchães. A oeste, nas freguesias Passos, Golães, Arões de São Romão, Arões Santa Cristina, Freitas,
Vinhos e a ocidente das freguesias Fornelos e Fafe. Relativamente à geocronologia, a presença frequente
de encraves microgranulares máficos parece sugerir uma origem resultante de um processo de
hibridização entre magma félsico e um magma máfico (MARTINS et al., 1999, citado por NORONHA F.,
2000).
Monzogranito porfiróide de grão médio, essencialmente biotítico – é o tipo de granito mais frequente no
concelho (ocupa cerca de 60% do território), Granito de Moreira de Rei e localiza-se a norte (Moreira de
Rei-Felgueiras-Serra do Maroiço- Agrela-Serafão-Passos-Vinhós-Estorãos) e enquadra a parte central, faz
parte de uma mancha que se estende até concelhos de Guimarães, Braga e Ponte de Lima. Apresenta uma
matriz de grão médio com megacristais de feldspato potássico e a mica dominante é a biotite. A moscovite
é rara e ocorre geralmente associada aos cristais de biotite e de feldspato potássitco, os quais originam
ocasionalmente intercrescimentos simplectíticos.
Este tipo de granito é classificado como monzogranito e caracteriza-se por uma textura hipidiomórfica
granular porfiróide, sendo constituído por quartzo, feldspato potássico pertítico, plagioclase e biotite
como minerais essenciais. A apatite, zircão, monazite, ilmenite, alanite e moscovite são fases acessórias.
(NORONHA F., 2000). Este tipo textural é muito semelhante ao que corre nas áreas de Vinhós; Revelhe,
Queimadela, Monte e Vila Cova e forma diversos afloramentos que sobressaem na paisagem em caos de
bloco, por vezes, de grandes dimensões. O granito de Vinhós é porfiróide de grão grosseiro, biotítico,
calco-alcalino.
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ROCHAS FILONIANAS
Existem diversas rochas filonianas intrusivas nos granitos hercínicos da região, encaixadas em fraturas
provocadas pelas últimas ações da orogenia hercínica. São mais frequentes a norte, onde as falhas são
mais abundantes, embora surjam também a sul, mais na parte oriental do limite do concelho. Identificam-
se filões de quartzo, de dolertito, de rochas básicas e de aplitos, pegmatitos e aplopegmatitos não
deformados.
Destas rochas importa destacar os filões de aplopegmatitos, aplítos e pegmatitos não deformados, os de
rochas básicas e ainda os de quarzto, preferencialmente, com orientação coincidente com o sistema de
fracuração NE-SW.
Os filões de aplítos e aplopegmatitos ocorrem maioritariamente na zona norte, frequentemente associado
ao granito porfiróide de grão grosseiro tardi a pós-tectónico relativamente a F3. Este tipo de filões
apresenta direções preferenciais NE-SW.
As rochas filonianas de pegmatitos ocorrem na freguesia de Quinchães no afloramento de granito
porfiróide de grão grosseiro, de duas micas, essencialmente biotítico, designado de granito de Guimarães.
Alguns pegmatitos foram explorados no passado para produção de quartzo e feldspatos de alta qualidade
com utilização na indústria cerâmica (FARINHA RAMOS, J. M., et al., 2009).
Os filões e massas de quartzo identificam-se a noroeste (freguesias de Aboim, de Várzea Cova, de
Felgueiras e de Queimadela) e correspondem geralmente a alinhamentos de fraturas regionais de
direcções preferenciais NE-SW embora ocorram alguns com orientações NW-SE e N-S. Surgem ainda a
sudeste, mais concretamente nas freguesias de Seidões, Arnozela e a Sul da freguesia de São Gens, nestas
predominam as direcções NE-SW. O preenchimento dos filões de quartzo corresponde a vários períodos
de deposição, apresentam habitualmente uma estrutura complexa e a sua espessura pode atingir 10
metros.
Os filões básicos, recortam os granitos de duas micas sintectónicos e biotíticos tardi– e tardi a
póstectónicos, nas freguesias a nordeste do concelho (Gotim, Monte e Aboim). Possuem orientação ENE-
WSW e normalmente encontram-se muito alterados.
TÉCTONICA
O concelho de Fafe é atravessado por inúmeras linhas de fratura com maior densidade a norte e oeste,
associadas às principais elevações montanhosas.
As mais importantes linhas de fratura recortam o concelho com direcções essencialmente NNW-SSE, com
vales de fractura Agrela-Serafão-Travassós-Passos-Fafe-Silvares, Aboim-Várzea Cova, Monte-Queimadela-
Revelhe; E-W evidenciadas pelos vales na área de Vila Cova-Queimadela-Felgueiras-Várzea Cova; NE-SW
representado em diversos vales de fratura, alguns de menor extensão relativamente a outros,
nomeadamente, Várzea Cova-São Gens-Quinchães, em Armil, Fafe, Silvares (São Clemente), Revelhe,
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Vinhos e Travassós.
Estas falhas determinam zonas de esmagamento que favoreceram a erosão e, consequentemente,
condicionam o traçado geral de alguns cursos de água principais. A interseção de fraturas determina em
certas situações a formação de depressões tectónicas como as de Fafe-Fornelos-Golães, Estorãos, etc.
geralmente preenchidas por depósitos sedimentares.
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III.5. HIDROGRAFIA
Os sistemas fluviais estão sujeitos a instabilidades associadas à modificação contínua das suas
características físicas (geometria, ação do escoamento), em resultado de fatores como a erosão, o
transporte e deposição dos sedimentos, resistência aos escoamentos fluviais e o condicionamento das
situações de cheias, secas e poluição a que estão frequentemente associados impatos económicos, sociais
e ambientais significativos devido à intensa acção do Homem no ecossistema.
Do ponto de vista do ordenamento do território, é importante que se conheçam as características do
recurso natural água, nomeadamente, sua distribuição no território, disponibilidade e qualidade.
REDE HIDROGRÁFICA E MASSAS DE ÁGUA
O concelho de Fafe caracteriza-se por elevada densidade da rede de drenagem natural, que resulta da
baixa permeabilidade do substrato rochoso subjacente, e compreende linhas de água das bacias
hidrográficas do rio Ave e do rio Tâmega.
O rio Ave tem uma extensão total de 100 km desde a sua nascente, na serra da Cabreira (concelho Vieira
do Minho), até à sua foz, em Vila do Conde. Os seus principais afluentes são, o rio Vizela, na margem
esquerda, e o rio Este, na margem direita.
O rio Tâmega é um dos principais afluentes da margem direita do rio Douro, em território português, e
tem um percurso de 165 Km desde a sua nascente, serra de San Mamede (Galiza - Espanha), até desaguar
no rio Douro, em Entre-os-Rios (concelho de Penafiel). Os seus principais afluentes são o rio Avelames
(Monteiros), a ribeira de Arcossó (Outeiro Seco), ribeiro da Curalha (Curalha), rio Bessa (Ribeira de Pena),
rio de Cavez (Cabeceiras de Basto), rio Louredo, ribeira de Moimenta (Cabeceiras de Basto), rio Cabril
(Mondim de Basto), rio Borba (Celorico de Basto) com continuação em ribeira de Santa Natália
(Amarante), rio Olo (Amarante), rio Odres (Marco de Canavezes), rio Ovelha (Marco de Canavezes) e
ribeiro de Perosinho (Penafiel).
Da rede hidrográfica do concelho ressalta o rio Vizela, afluente do rio Ave, com a nascente na serra de
Morgair. O rio Vizela apresenta uma extensão de 40 km até desaguar no rio Ave e tem percurso inicial de
direcção E-W para seguir posteriormente na direcção NNE-SSW. Os vales do rio Vizela apresentam um
encaixe mais profundo na área nascente para declives mais suaves a jusante. No rio Vizela, desaguam dois
rios de igual ordem de importância ou imediatamente inferior: o rio Ferro (ordem 6) e o rio Bugio (ordem
5), que desaguam nos concelhos vizinhos de Guimarães e Felgueiras, respetivamente.
Importa assinalar ainda a existência de inúmeras linhas de água das quais se destacam a ribeira de Costas
Antas, a ribeira da Poça, a ribeira da Ova, o ribeiro de Pomarinhho, a ribeira de Calvelos, a ribeira de Arões
e o ribeiro de Cabra.
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O rio Pequeno é também um afluente do rio Ave que nasce no Monte de Santa Marinhas, cuja bacia
hidrográfica localiza-se a noroeste do concelho prolongando-se para os concelhos de Guimarães e Póvoa
de Lanhoso. O rio Pequeno tem percurso orientado de SSE-NWO e tem como afluente a ribeira de Reais na
margem direita.
A nordeste do concelho, assinala-se a área da bacia hidrográfica do rio Tâmega, com seus afluentes e
subafluentes: o rio de Ouro, a ribeira de Petimão, a ribeira de Abrunheiros, a ribeira de Várzea. No
extremo sul do concelho identifica-se ainda pequena área correspondente às cabeceiras de linhas de água
da ribeira de Santa Natália.
rio AVE
rio Vizela
rio Ferro
ribeira de Moreira
ribeira de Docim
ribeira das Ínsuas
ribeira da Veiga
ribeiro Esporão
rio Bugio
ribeira de Lamas
ribeira do Barral
ribeira de Regadas
ribeira de Cabanas
ribeira de Costas Antas
ribeira da Poça
ribeira da Ova
ribeiro de Pomarinho
ribeira de Calvelos
ribeira de Arões
ribeiro de Cabra
rio Pequeno ribeira de Reais
rio TÂMEGA
(afluente Rio
Douro)
ribeira de Petimão (subafluente do rio
Tâmega)
ribeira de Várzea
ribeiro de Laceiros
ribeira das Palas
ribeira de Bastelo
ribeira de Abrunheiros
ribeira de Linhares
ribeiro da Vala do Moinho
rio de Ouro
ribeira de Santa Natália
As águas da drenagem natural são frequentemente utilizadas para rega de campos agrícolas, e no passado
para movimentar azenhas e moinhos e, até mesmo, produção de energia eléctrica, como foi o caso dos
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aproveitamentos hidroelétricos do Ferro e do Bugio (COSTA, F. S., 2009).
O concelho de Fafe é então abrangido por duas bacias hidrográficas, a bacia do rio Ave, na maior parte do
território (91%), e a bacia do rio Tâmega (afluente do rio Douro), numa área mais restrita a nordeste (9%).
As principais sub-bacias são:
Bacia do rio Ave a norte, no limite com concelho de Vieira do Minho, e a noroeste e sudoeste no
limite com concelho de Guimarães.
Bacias dos rios Vizela, Pequeno, Bugio e Ferro, com as nascentes no concelho de Fafe e possuem a
maior expressão no território;
Bacia do rio Selho numa estreita faixa a oeste, no limite com concelho de Guimarães, onde se
desenvolve a sua principal rede hidrográfica;
Bacia hidrográfica da ribeira de Petimão, que integra as ribeiras de Abrunheiros e de Várzea, a
nordeste. A maior densidade da rede de drenagem ocorre no concelho vizinho de Cabeceiras de
Basto à semelhança da bacia do Rio do Ouro, no extremo nordeste;
Bacia hidrográfica darRibeira de Santa Natália ocupação residual a sul do concelho. Esta prolonga-se
para os concelhos de Celorico de Basto e Amarante.
De salientar a massa de água na bacia hidrográfica principal (rio Vizela), a Albufeira da Queimadela (do
Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e Saneamento do Noroeste, S.A.).
Tabela 5. Barragem da Queimadela
Características principais da barragem
Nome Queimadela Capacidade total 1100 dam³
Curso de água Rio Vizela Capacidade útil 870 dam³
Bacia hidrográfica Ave/Leça Volume morto 230 dam³
Ano de entrada de
funcionamento 1993 Cota do nível de pleno armazenamento NPA 386m
Tipo de Barragem Gravidade de betão Cota do nível de máxima cheia NMC 388,5m
Altura acima do terreno
natural 381m Superfície inundável ao NPA 11ha
Capacidade do descarregador 180 m³/s Regularização anual/ interanual (anos) 41.503.277
Localização da Barragem
Freguesias: Revelhe, Queimadela e Travassós
Coordenadas: M - 197.466 P - 503.771
Características Fisiográficas da Bacia Hidrográfica
Área da bacia hidrográfica
total 26,09Km2 Altitude mínima 379m
Área da bacia hidrográfica
própria 26,09Km2 Altitude média 656m
Precipitação média anual 2285 mm Altitude máxima 885m
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Tabela 5. Barragem da Queimadela
Características principais da barragem
Declive médio 16,20%
Características do Curso de Água Principal
Comprimento 10Km Declive 4,70%
Fonte: INAG (2010 ).
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QUALIDADE DA ÁGUA
A classificação da qualidade das águas superficiais é feita de acordo com cinco classes:
Tabela 6. Classificação da qualidade das águas superficiais
Classe A
Sem Poluição
Águas consideradas como isentas de poluição, aptas a
satisfazer potencialmente as utilizações mais exigentes em
termos de qualidade.
Classe B
Fracamente
Poluído
Águas com qualidade ligeiramente inferior à classe A, mas
podendo também satisfazer potencialmente todas as
utilizações.
Classe C
Poluído
Águas com qualidade "aceitável", suficiente para irrigação,
para usos industriais e produção de água potável após
tratamento rigoroso. Permite a existência de vida piscícola
(espécies menos exigentes) mas com reprodução aleatória;
apta para recreio sem contacto directo.
Classe D
Muito Poluído
Águas com qualidade "medíocre", apenas potencialmente
aptas para irrigação, arrefecimento e navegação. A vida
piscícola pode subsistir, mas de forma aleatória.
Classe E
Extremamente
Poluído
Águas ultrapassando o valor máximo da Classe D para um ou
mais parâmetros. São consideradas como inadequadas para a
maioria dos usos e podem ser uma ameaça para a saúde
pública e ambiental.
Fonte: SNIRH (2010)
Das quatro estações de monitorização consideradas na classificação desta bacia hidrográfica, duas estão
classificadas com a classe C (água poluída), uma delas com a classe D (água francamente poluída) e a outra
a classe E (água muito poluída), resultando na atribuição da classe C, para a globalidades das bacias
hidrográficas do Ave e Leça.
Gráfico 20. Classificação da água (2008)
Fonte: SNIRH (2010).
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Para a ponderação da qualidade da água superficial no concelho de Fafe, analisaram-se os dados
disponíveis da estação de Golães e da Estação de Ferro.
Globalmente, a qualidade da água no concelho estará entre as classes C e E, tendendo fortemente para a
Classe E, ou seja, água extremamente poluída. Embora, estas duas estações não representem o estado de
qualidade da água superficial de todo o concelho, permitem estabelecer um cenário aproximado da
qualidade da água, além de demonstrarem a necessidade de melhoria da qualidade da água superficial no
concelho de Fafe.
Gráfico 21. Classificação da qualidade da água nas estações de
Golães
Fonte: SNIRH (2010).
Segundo informações das Águas do Douro e Paiva (2009), o rio Vizela e o rio Ferro apresentam as
seguintes características no que respeita à qualidade da água:
Rio Vizela: a qualidade da água é aparentemente razoável nos troços médio e superior, no
entanto, nos troços inferiores são localmente observadas situações de degradação da qualidade
da água e a presença abundante de detritos sólidos nas margens do leito.
Rio Ferro: nos troços de cabeceira existe uma aparente boa qualidade da água, contudo, para
jusante de Fafe já não se configura o mesmo cenário, observando-se uma diminuição da
qualidade da água, acentuada para jusante de Armil. No troço final, em Ferro, a qualidade da água
é sofrível, existindo indicadores de poluição orgânica e química, que podem colocar em causa a
sua capacidade de suportar fauna piscícola.
A degradação da qualidade dos cursos de água deve-se fundamentalmente à elevada concentração
populacional nas freguesias mais urbanas, à forte industrialização do século XX (relacionadas com o têxtil e
o papel) e ao reduzido número de instalações de tratamento de águas residuais urbanas e industriais
(COSTA, F. , 2009).
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III.6. SOLOS
A importância dos solos, entendidos na aceção pedológica e de aptidão, advém essencialmente do
suporte às atividades produtivas e urbanas e, ainda, como componente importante na qualidade e
quantidade de água doce disponível.
A Carta Europeia dos Solos, publicada em 1972, declarou mesmo a proteção do solo arável como um
objectivo prioritário de planeamento a todos os níveis, desde o rural ao urbano (MAGALHÃES M. R., 2001).
As pressões a que se têm vindo a assistir devem merecer, por isso, especial atenção dos planeadores,
sobretudo, nos momentos de decisão no processo de ordenamento do território de forma a salvaguardar
as capacidades para a produção da biomassa e sustentação das funções ambientais e ecológicas.
PEDOLOGIA
Segundo a DRAEDM é possível identificar no concelho de Fafe três tipos de solos: os fluvissolos, os
regossolos e antrossolos.
Refira-se que cerca de 60,8% do concelho não consta do levantamento de informação pedológica, em
resultado da sua apetência para o uso florestal.
FLUVISSOLOS (FL)
Os Fluvissolos apresentam propriedades flúvicas, com formação a partir de depósitos aluvionares e com
um único horizonte A ócrico1 ou mólico2 e a presença de material sulfídrico até 125 cm da superfície. Na
área de estudo, este tipo de solos integra-se na unidade-solo Fluvissolos Dístricos (tipo Fd 2.2, Qa1, Fldm)
tendo por isso, um grau de saturação em bases inferior a 50%. A sua génese está ligada à existência de
aluviões, mas sem a presença de muito material grosseiro nem propriedades hidromórficas desde a
superfície até 50 e 100 cm de profundidade.
Tabela 7. Características das Subunidades dos Fluvissolos Dístricos
Sub-unidade Unidades
fisiográficas Unidade pedológica dominante
Fd2.1 La2 Fldm
Fd2.2 Qa1 Fldm
Fonte: DRAEDM (1999).
1 Horizonte pouco desenvolvido (Alonso, M. et al., 2004).
2 Horizonte orgânico, mole, com estrutura grumosa, saturado em bases (inferior a 50%), matéria orgânica superior a 1% (Alonso, M.
et al., 2004).
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Este tipo de solos localiza-se junto dos principais cursos de água existentes no concelho, o rio Pequeno, rio
Vizela e rio Ferro e a ribeira de Moreira. Trata-se de baixas aluvionares, planas ou de declives suaves, de
drenagem moderada sendo normalmente utilizadas para aproveitamento agrícola intensivo.
REGOSSOLOS (RG)
São solos oriundos de materiais pouco consolidados, onde se exclui os de textura grosseira e propriedades
flúvicas, não tendo outro horizonte de diagnóstico além do A. No concelho de Fafe encontra-se a presença
das duas unidades-solos existentes na região de Entre o Douro e Minho, os Regossolos Úmbricos (RGu) e
os Regossolos Dístricos (RGd).
Os regossolos dístricos têm um horizonte A ócrico e uma saturação em bases inferior a 50%. São
representados pela sub-unidade RGd. Os regossolos úmbricos têm como característica mais relevante a
presença de um horizonte A úmbrico sem camadas permanentemente congeladas até 200 cm, a partir da
superfície.
Os regossolos encontram-se sobre as áreas de granito podendo, no entanto, ocorrer em áreas de vale
estreitos encaixados, integrando coluviões de fundos de vale e de bases de encostas.
Tabela 8. Características das subunidades dos regossolos (dístricos e
úmbricos)
Subunidade Unidades
fisiográficas Unidade pedológica dominante
RGdo.g 2.1 Fcg3 RGdo.g3; FLdm2
RGdo.x 2.1 Qcx1 RGdo.x3; ATcd.x3
RGdo.g 3.2 Qcg1 RGdo.g3; ATcd.x3
RGdo.g 4.1 Qcg12 RGdo.g1; ATcd.g1; CMdp.g1
RGdo.g 5.1 Qgp1 RGdo.g1; RGuo.g1; ATcd.g1
RGul.g 1.2 Fgo2 RGul.g; RGuo.g1; LPu.g
RGul.x 1.2 Qxp2 RGul.x; CMup.x1
RGul.g 2.1 Qg02 RGuo.g1; RGdo.g1; LPu.g
RGul.g 4.2 Qgs2 RGuo.g1; CMup.g1; RGdo.g1
Fonte: DRAEDM (1999).
ANTROSSOLOS (AT)
São o tipo de solos que tem a sua génese na ação humana, isto é, sofreram uma modificação profunda
através de cortes ou escavações, regas contínuas, soterramento de horizontes, etc. Houve um
soterramento dos horizontes originais do solo ou através de remoção ou perfuração dos horizontes
superficiais.
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Esta unidade subdivide-se em Antrossolos cumúlicos e Antrossolos áricos. Na área de Fafe identifica-se
apenas os Antrossolos Cúmulicos (ATc) com17 subunidades diferentes. Correspondem à generalidade dos
terraços ou socalcos, embora também se encontrem em áreas não terraceadas e desenvolvem-se sobre
materiais de alteração da rocha (granito e afins) subjacente e em materiais coluvionares.
Tabela 9. Características das subunidades dos antrossolos cúmulicos
Sub-unidade Unidades
fisiográficas Unidade pedológica dominante
ATcd.x 1.1 Qxs12 ATcd.x1; RGdl.x; RGdo.x 2.1
ATcd.g 1.1 Qgs13 ATcd.g1; RGdo.g1
ATcd.x 1.2 Qx01 ATcd.x1; RGdl.x; RGdo.x 2.1
ATcd.g 1.3 Qx04 ATcd.g1; RGdo.g1
ATcd.x 2.1 Qx03 ATcd.x1; RGdl.x; RGdo.x2.1
ATcd.g 2.1 Qgs11 ATcd.g1; ATcd.g3; RGdo.g3
ATcd.g 3.1 Qgs3 ATcd.g1; RGdo.g1; RGdu.g1
ATcd.x 3.1 Qxs13 ATcd.x1; RGdo.x1,2; CMdx.x1,4
ATcd.g 3.1 Qgo 1 ATcd.g1; RGdo.g1; RGuo.g1
ATcd.g 3.3 Qgo3 ATcd.g1; RGdo.g1; RGuo.g1
ATcd.g 4.1 Qgm1 ATcd.g1; RGdo.g1; RGdl.g
ATcd.g 6.1 Fgs1 ATcd.g1; RGuo.g1
ATcd.g 6.2 Fgs3 ATcd.g1; RGuo.g1
ATcd.g 6.3 Fg01 ATcd.g1; RGuo.g1
ATcd.g 6.4 Fg03 ATcd.g1; RGuo.g1
ATcd.g 7.1 Qcg2 ATcd.g3; RGuo.g3
ATcd.x 7.1 Qxs11 ATcd.x1; CMdx.x1,3; CMdp.x 1,4
Fonte: DRAEDM (1999)
Segundo o gráfico, os antrossolos têm a maior representação no concelho, com 80,2% da área
cartografada (31% do concelho), seguindo-se os regossolos, com 17,5% (7% do concelho) e, por último, os
fluvissolos, com 2,3% (0,9% do concelho).
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Gráfico 22. Distribuição de áreas por classe de solos
Fonte: DRAEDM (1999).
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APTIDÃO DOS SOLOS
Os solos com capacidades para a produção são cada vez mais escassos em resultado de opções de
ordenamento do território menos eficazes. Nas opções de planeamento do território devem considerar-se
objetivos de conservação, protecção e gestão dos solos mais aptos para as atividades agrícola e florestal e
assim assegurar a qualidade e a manutenção do recurso solo e, em consequência, a biodiversidade e a
paisagem.
APTIDÃO AGRÍCOLA
As potencialidades agrícolas do solo resultam de fatores de qualidade e limitantes da aptidão como o
regime de temperatura, as condições de enraizamento, da fertilidade, das condições de arejamento, das
disponibilidades de água no solo, do risco de erosão e da presença de obstáculos como sejam os socalcos.
No concelho de Fafe existem quatro classificações que caracterizam as potencialidades dos solos para a
agricultura: aptidão elevada, aptidão moderada, aptidão marginal e sem aptidão. A esta classificação do
solo acrescenta uma classe com identificação de solos com aptidão moderada mas que por ocupação de
alguma densidade construtiva no seio de áreas agrícola com dimensão importante, apresentam-se como
solo de aptidão moderada/sem aptidão.
Gráfico 23. Distribuição de áreas por classe de aptidão agrícola
Fonte: DRAEDM (1999).
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Os solos com aptidão moderada são os mais representativos no concelho, correspondendo a 47,6% da
área cartografada (cerca 21% do concelho), seguindo-se os solos de aptidão elevada, com 34,9% (13% do
concelho) e os de aptidão marginal, com 8,8% (3% do concelho). Os solos de aptidão moderada/sem
aptidão e sem qualquer aptidão ocupam menor área, correspondendo a 1,4% (inferir a 1% do concelho) e
7,3% (3% do concelho), respetivamente.
Considerando que as áreas não cartografadas correspondem a áreas sem qualquer potencialidade
agrícola, a extensão dessa classe de aptidão ascende a 63% do território do concelhio. Esta classe
corresponde essencialmente a solos delgados de relevo mais acidentado e em áreas urbanas.
Os solos de aptidão elevada correspondem essencialmente aos vales aluvionares com excelentes
condições de produção agrícola.
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APTIDÃO FLORESTAL
O concelho de Fafe apresenta aptidão elevada e moderada para o uso florestal, com 20,7% e 69,5%,
respetivamente. A aptidão marginal representa 6,2% do território e sem aptidão 3,6%.
Gráfico 24. Distribuição de áreas por classe de aptidão florestal
Fonte: AFN (2010)
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III.7. FLORA
A riqueza florística da região aqui apresentada diz respeito a um estudo sobre a Serra da Cabreira
(concelho de Vieira do Minho) e a Serra do Maroiço (concelhos de Fafe e Vieira do Minho) desenvolvido a
uma escala supramunicipal.
A Serra do Maroiço assume particular importância pela sua extensão e estado de conservação associado
ao reduzido grau de humanização da paisagem.
Tendo em conta o Anexo I da Directiva 92/43/CEE, a Serra do Maroiço dispõe de um conjunto de habitats
de interesse, nomeadamente, os carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica, os
troços de água com dinâmica natural e semi-natural em que não se verificam alterações significativas da
qualidade da água, as charnecas secas europeias (tipos silíceos) e charnecas húmidas atlânticas
meridionais de Erica tetralix e Erica ciliaris. Pela sua extensão e/ou importância no conjunto, mencionam-
se ainda outros habitats de interesse como os giestais, os campos de Pteridium aquilinum e os lameiros
ibéricos.
Relativamente ao inventário florístico ressaltam o número de endemismos ibéricos associados às áreas de
montanha e o número de táxones constantes nas listas de espécies com interesse particular de
conservação..
Tabela 10. Espécies de flora com Interesse endémico e de protecção segundo a Diretiva Habitats
Tipo de espécies Família Estatuto de protecção e endemicidade
Anthoxantum odoratum L. Gramineae Endemismo ibérico
Centaurea nigra L. Asteraceae Endemismo ibérico
Chamaespartium tridentatum (L.)
P. Gibbs Leguminosae Endemismo ibérico
Cytisus multiflorus (L`Her.) Sweet Leguminosae Endemismo ibérico
Cytisus striatus (Hill) Rothm Leguminosae Endemismo ibérico
Genista florida L. Leguminosae Endemismo ibérico
Linaria triornithophora (L.) Willd. Scrophulariaceae Endemismo ibérico
Paradisea lusitanica (P.Coutinho)
Samp. Liliaceae Endemismo ibérico
Sedum arenarium Brot. Crassulaceae Endemismo ibérico
Silene foetida Sprengel Caryophyllaceae Endemismo ibérico
Silene scabriflora Brot. Caryophyllaceae Endemismo ibérico
Spergularia capillacea (Kindb. &
Lange ) Willk Caryophyllaceae Endemismo ibérico
Thymus caespititius Brot. Labiatae Endemismo ibérico
Xolantha globularifolia (Lam.) Willk. Leguminosae Endemismo lusitanico estatuto de protecção Anexo II da
directiva Habitats 92/43/CEE
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Tabela 10. Espécies de flora com Interesse endémico e de protecção segundo a Diretiva Habitats
Tipo de espécies Família Estatuto de protecção e endemicidade
Jasione crispa (Pourret) Samp. Campanulaceae Anexo II Directiva Habitats 92/43/CEE
Narcissus triandrus L. Amaryllidaceae Anexo II Directiva Habitats 92/43/CEE
Fonte: Gomes P. T., et al. (2001).
Tabela 11. Outras Espécies vegetais da Serra do Maroiço
Tipo de espécies vegetais superiores Família Estatuto de protecção e endemicidade
Acacia dealbata Link Leguminosae
Acacia melanoxylon R. Br. in Aiton Leguminosae
Acer pseudoplatanus L. Aceraceae
Achillea millefolium L. Asteraceae Aceraceae
Agrostis castellana Boiss. & Reuter Gramineae
Agrostis sp. Gramineae
Aira cupaniana Guss Gramineae
Ajuga pyramidalis L. Labiatae
Ajuga reptans L. Labiatae
Allium ericetorum Thore Liliaceae
Allium spaerocephalon L. Liliaceae
Alnus glutinosa (L.) Gaertner Betulaceae
Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd Scrophulariaceae
Andryala integrifolia L. Asteraceae
Anemone trifolia L. Ranunculaceae
Angelica sylvestris L. Umbelliferae
Anthemis arvensis L. Asteraceae
Anthoxantum odoratum L. Gramineae Endemismo ibérico
Apium nodiflorum (L.) Lag. Umbelliferae
Aquilegia dichroa Freyn Ranunculaceae
Arenaria montana L. Caryophyllaceae
Asphodelus ramosus L. Liliaceae
Asplenium adiantum-nigrum Aspleniaceae
Asplenium trichomanes L. Aspleniaceae
Athyrium filix-femina (L.) Roth Athyriaceae
Avenula sulcata (Gay ex Delastre) Dumort. Gramineae
Bellis sylvestris Cyr. Asteraceae
Betula alba L. Betulaceae
Blechnum spicant (L.) Roth. Blechnaceae
Brachypodium pinnatum (L.) P.Beauv. Gramineae
Brassica barrelieri (L.) Janka Cruciferae
69/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 11. Outras Espécies vegetais da Serra do Maroiço
Tipo de espécies vegetais superiores Família Estatuto de protecção e endemicidade
Brevipodium sylvaticum (Hudson) A.& D. Love Gramineae
Briza maxima L. Gramineae
Calluna vulgaris (L.) Hull Ericaceae
Carex sp. Cyperaceae
Castanea sativa Miller Fagaceae
Centaurea aristata Hoffmanns. & Link Asteraceae
Centaurea limbata Hoffmanns. & Link Asteraceae
Centaurea nigra L. Asteraceae Endemismo ibérico
Chamaemelum nobile (L.) All. Asteraceae
Chamaespartium tridentatum (L.) P. Gibbs Leguminosae Endemismo ibérico
Cirsium filipendulum Lange Asteraceae
Cistus psilosepalus Sweet Cistaceae
Conyza canadensis (L.) Cronq. Asteraceae
Corylus avellana L. Corylaceae
Crataegus monogyna L. Rosaceae
Crepis capillaris (L.) Wallr. Asteraceae
Crocus asturicus Herbert Iridaceae
Crocus carpetanus Bss. et Reut. Iridaceae
Cupressus lusitanica Miller Cupressaceae
Cuscuta epythymum (L.) L. Convolvulaceae Vulnerável
Cytinus hipocistis (L.) L. Leguminosae
Cytisus multiflorus (L`Her.) Sweet Leguminosae Endemismo ibérico
Cytisus striatus (Hill) Rothm Leguminosae Endemismo ibérico
Daboecia cantabrica (Hudson) C.Koch Ericaceae
Dactylis glomerata L. Gramineae
Dactylorhiza maculata (L.) Soó. Orchidaceae
Daphne gnidium L. Thymelaeaceae
Daucus carota L. Umbelliferae
Deschampsia sp. Gramineae
Digitalis purpurea L. Scrophulariaceae
Dryopteris affins (Lowe) Fraser-Jenkins Aspidiaceae
Echium vulgare L. Boraginaceae
Erica arborea L. Ericaceae
Erica ciliaris L. Ericaceae
Erica cinerea L. Ericaceae
Erica tetralix L. Ericaceae
Erigeron karvinskianus DC (?) Asteraceae
Eupatorium cannabinum L. Asteraceae
Euphorbia sp. Euphorbiaceae
Ferulago capllifolia (Link) Franco Umbelliferae
70/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 11. Outras Espécies vegetais da Serra do Maroiço
Tipo de espécies vegetais superiores Família Estatuto de protecção e endemicidade
Festuca sp. Gramineae
Fragaria vesca L. Rosaceae
Frangula alnus Miller Rhamnaceae
Fraxinus angustifolia Vahl Oleaceae
Galisonga parviflora Cav. Asteraceae
Galium mollugo L. Rubiaceae
Galium rotundifolium L. Rubiaceae
Galium verum L. Rubiaceae
Genista florida L. Leguminosae Endemismo ibérico
Gladiollus illyricus Koch Iridaceae
Halimium alyssoides (Lam.) C.Koch. Cistaceae
Hedera helix L. Araliaceae
Heracleum sphondyllium L. Umbelliferae
Hieracium amplexicaule L. Asteraceae
Hieracium pilosella L. Asteraceae
Hieracium virescens Koch Asteraceae
Holcus lanatus L. Gramineae
Hyacinthoides italica (L.) Rothm. Liliaceae
Hypericum sp. Hypericacea
Hypochoeris radicata L. Asteraceae
Ilex aquifolium L. Aquifoliaceae Extinção
Ipomoea acuminata Convolvulaceae
Jasione crispa (Pourret) Samp. Campanulaceae Anexo II Directiva Habitats
asione montana L. Campanulaceae
Juncus effusus L. Juncaceae
Laserpitium nestleri Soyer-Willemet Umbelliferae
Laurus nobilis L. Lauraceae
Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat. Asteraceae
Linaria triornithophora (L.) Willd. Scrophulariaceae Endemismo ibérico
Lithodora prostata (Loisel) Griseb Boraginaceae
Lonicera periclymenum L. Caprifoliaceae
Lotus corniculatus L. Leguminosae
Luzula sp.. Juncaceae
Luzula sylvatica (Hudson) Gaudin Juncaceae
Malva tournefortiana L. Malvaceae
Melampyrum pratense L. Scrophulariaceae
Melittis melissophyllum L. Labiatae
Mentha suaveolens Ehrh. Labiatae
Merendera pyrenaica (Pourret) P. Fourn. Liliaceae
Myosotis laxa Lehm. Boraginaceae
71/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 11. Outras Espécies vegetais da Serra do Maroiço
Tipo de espécies vegetais superiores Família Estatuto de protecção e endemicidade
Narcissus bulbocodium L. Amaryllidaceae
Narcissus triandrus L. Amaryllidaceae Anexo II Directiva Habitats
Narthecium ossifragum (L.) Hudson Liliaceae
Ornithogalum sp. Liliaceae
Orobanche rapum-genistae Thuill. Orobanchaceae
Osmunda regalis L. Osmundaceae
Paradisea lusitanica (P.Coutinho) Samp. Liliaceae
Endemismo ibérico e estatuto
vulnerável
Peucedanum gallicum Latourr. Umbelliferae
Peucedanum lancifolium Lange Umbelliferae
Physospermum cornubiense (L.) DC. Umbelliferae
Picris hieracioides L. Asteraceae
Pinus pinaster Aiton Pinaceae
Plantago lanceolata L. Plantaginaceae
Poa trivialis L. Gramineae
Polygala serpyllifolia J.A.C. Hose Polygalaceae
Polygala vulgaris L. Polygalaceae
Polygonatum odoratum (Miller) Druce Liliaceae
Polypodium vulgare L. Polypodiaceae
Potentilla erecta (L.) Rauschel Rosaceae
Primula vulgaris Hudson Primulaceae
Prunella grandiflora (L.) Scholler Labiatae
Prunella vulgaris L. Labiatae
Prunus avium L. Rosaceae
Pseudoarrhenatherum longifolium (Thore) Rouy Gramineae
Pteridium aquilinum (L.) Kuhn Hypolepidaceae
Pyrus pyraster Burgsd. Rosaceae
Quercus pyrenaica Willd. Fagaceae
Quercus robur L. Fagaceae
Ranunculus repens L. Ranunculaceae
Rhinanthus minor L. Scrophulariaceae
Rubia peregrina L. Rubiaceae
Rubus sp. Rosaceae
Rumex sp. Polygonaceae
Ruscus aculeatus L. Liliaceae
Salix repens L. Salicaceae
Salix atrocinera Salicaceae
Sambucus nigra L. Caprifoliaceae
Sanicula europaea L. Umbelliferae
Saxifraga spathularis Brot. Saxifragaceae Vulnerável
72/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 11. Outras Espécies vegetais da Serra do Maroiço
Tipo de espécies vegetais superiores Família Estatuto de protecção e endemicidade
Scabiosa atropurpurea L. Dipsacaceae
Scabiosa columbaria L. Dipsacaceae
Scilla monophyllos Link Liliaceae
Scirpus sp. Cyperaceae
Sedum anglicum Hudson Crassulaceae
Sedum arenarium Brot. Crassulaceae Endemismo ibérico
Sedum forsteranum Sm. in Sowerby Crassulaceae
Sedum hirsutum All. Crassulaceae
Selinum carvifolia (L.) L. Umbelliferae
Senecio syvaticus L. Asteraceae
Serapias cordigera L. Orchidaceae
Serapias lingua L. Orchidaceae
Serratula tinctoria L. Asteraceae
Sesamoides canescens (L.) O. Kuntze Resedaceae
Silene foetida Sprengel Caryophyllaceae Endemismo ibérico e em extinção
Silene nutans L. Caryophyllaceae
Silene scabriflora Brot. Caryophyllaceae Endemismo ibérico
Silene vulgaris (Moench) Garcke Caryophyllaceae
Simethis sp. Liliaceae
Solidago virgaurea L. Asteraceae
Sonchus sp. Asteraceae
Spergularia capillacea (Kindb. & Lange ) Willk Caryophyllaceae Endemismo ibérico
Stellaria holostea L. Scrophulariaceae
Tamus communis L. Dioscoreaceae
Taraxacum sp. Asteraceae
Teucrium scorodonia L. Labiatae
Thymus caespititius Brot. Labiatae
Endemismo ibérico e estatuto
vulnerável
Trifolium pratense L. Leguminosae
Trifolium repens L. Leguminosae
Xolantha globularifolia (Lam.) Willk. Leguminosae
Endemismo lusitanico estatuto de
protecção Anexo II da directiva Habitats
e em Extinção
Ulex europaeus L. Leguminosae
Ulex minor Roth Crassulaceae
Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy Scrophulariaceae
Verbascum thapsus L. Scrophulariaceae Vulnerável
Veronica serpyllifolia L. Leguminosae
Vicia sativa L. Violaceae
Viola palustris L. Violaceae
73/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 11. Outras Espécies vegetais da Serra do Maroiço
Tipo de espécies vegetais superiores Família Estatuto de protecção e endemicidade
Viola riviniana Reichenb. Campanulaceae
Wahlenbergia hederacea (L.) Reichenb. Cistaceae
Fonte: Gomes P. T., et al. (2001).
III.8. FAUNA
A fauna apresentada diz respeito ao mesmo estudo sobre a serra da Cabreira (concelho de Vieira do
Minho) e a serra do Maroiço (concelhos de Fafe e Vieira do Minho) desenvolvido a uma escala
supramunicipal.
Tabela 12. Espécies de fauna com interesse endémico e de protecção segundo a Diretiva Habitats
Tipo de espécies Família Estatuto de protecção e endemicidade
Triturus marmoratus Salamandridae Anexo IV Directiva Habitats 92/43/CEE
Alytes obstetricans Discoglossidae Anexo IV Directiva Habitats 92/43/CEE
Discoglossus galganoi Discoglossidae Anexo IV Directiva Habitats 92/43/CEE
Bufo calamita Bufonidae Anexo IV Directiva Habitats 92/43/CEE
Rana iberica Ranidae Anexo IV Directiva Habitats 92/43/CEE
Lacerta schreiberi Lacertidae Endemismo ibérico e estatuto de protecção Anexo II e IV da
directiva Habitats 92/43/CEE
Galemys pyrenaicus Talpidae Anexo II e IV da directiva Habitats 92/43/CEE
Canis lupus signatus Canidae Anexo II, IV e V da directiva Habitats 92/43/CEE
Felis silvestris Felidae Anexo IV da directiva Habitats 92/43/CEE
Chioglossa lusitanica Salamandridae Endemismo ibérico
Lacerta schreiberi Lacertidae Endemismo ibérico
Fonte: Gomes P. T., et al. (2001).
74/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 13. Espécies de vertebrados terrestres (anfíbios) da serra do Maroiço
Tipo de espécies Livro Vermelho dos
vertebrados de
Portugal (1990)
Convenção de Berna
(1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
Salamandridae
Chioglossa lusitanica Salamandra-lusitanica Insuficientemente
conhecido Estritamente protegida
Espécie de interesse comunitário cuja conservação requer designação de
zonas especiais de conservação e exigem uma protecção rigorosa
Salamandra salamandra Salamandra de pintas amarelas Não ameaçado Protegida
Triturus boscai Tritão de ventre laranja Não ameaçado Protegida
Triturus helveticus Tritão palmado Insuficientemente
conhecido Protegida
Triturus marmoratus Tritão marmorado Não ameaçado Protegida Espécie de interesse comunitário que exigem uma protecção rigorosa
Discoglossidae
Alytes obstetricans Sapo parteiro Não ameaçado Estritamente protegida Espécie de interesse comunitário que exigem uma protecção rigorosa
Discoglossus galgonoi Rã de focinho pontiagudo Não ameaçado Estritamente protegida Espécie de interesse comunitário que exigem uma protecção rigorosa
Bufonidae
Bufo bufo Sapo Não ameaçado Protegida
Bufo calamita Sapo corredor Não ameaçado Estritamente protegida
Hylidae
Hyla arborea Rela Não ameaçado Estritamente protegida Espécie de interesse comunitário que exigem uma protecção rigorosa
Ranidae
Rana iberica Rã ibérica Não ameaçado Estritamente protegida Espécie de interesse comunitário que exigem uma protecção rigorosa
Rana perezi Rã verde Não ameaçado Protegida Espécie de interesse comunitário cuja captura pode ser objecto de
medidas de gestão
Fonte: Gomes P. T., et al. (2001).
75/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 14. Espécies de vertebrados terrestres (répteis) da serra do Maroiço
Tipo de espécies Livro Vermelho dos
vertebrados de
Portugal (1990)
Convenção de Berna
(1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
Anguidae
Anguis fragilis Licranço Não ameaçado Protegida
Lacertidae
Lacerta schreiberi Lagarto-d’água Não ameaçado Estritamente protegida Espécie de interesse comunitário cuja conservação requer designação de
zonas especiais de conservação e exigem uma protecção rigorosa
Lacerta lepida Sardão Não ameaçado Estritamente protegida
Podarcis bocagei Lagartixa-de-bocage Não ameaçado Protegida
Podarcis hispanica Lagartixa-ibérica Não ameaçado Protegida
Psammodromus algirus Lagartixa-do-mato Não ameaçado Protegida
Scincidae
Chalcides chalcides
Cobra-de-pernas-de-três-
dedos Não ameaçado Protegida
Colubridae
Coronella girondica Cobra-lisa-bordalesa Não ameaçado Protegida
Elaphe scalaris Cobra-de-escada Não ameaçado Protegida
Malpolon monspessulanus Cobra-rateira Não ameaçado Protegida
Natrix maura Cobra-d’água-viperina Não ameaçado Protegida
Natrix natrix Cobra-d’água-de-colar Não ameaçado Protegida
Viperidae
Vipera latastei Vibora-cornuda Indeterminado Estritamente protegida
Fonte: Gomes P. T., et al. (2001).
76/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 15. Espécies de vertebrados terrestres (mamíferos) da serra do Maroiço
Tipo de espécies Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Berna
(1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
Erinaceidae
Erinaceus europaeus Ouriço-cacheiro Não ameaçado Protegida
Soricidae
Sorex minutus Musaranho-anão Insuficientemente
conhecido Protegida
Sorex granarius Musaranho-de-dentes
vermelho Não ameaçado Protegida
Neomys anomalus Musaranho-de-água Não ameaçado Protegida
Crocidura russula Musaranho-de-dentes brancos Não ameaçado Protegida
Talpidae
Galemys pyrenaicus Toupeira de água Vulnerável Estritamente protegida
Talpa caeca Toupeira Não ameaçado
Leporidae
Lepus capensis Lebre Não ameaçado Protegida
Oryctolagus cuniculus Coelho Não ameaçado
Arvicolidae
Arvicola sapidus Rata-de-água Não ameaçado
Microtus agrestis Rato-do-campo-de-rabo-curto Não ameaçado
Microtus lusitanicus Rato-cego Não ameaçado
Muridae
Apodemus sylvaticus Rato-do-campo Não ameaçado
Rattus rattus Ratazana Não ameaçado
Rattus norvegicus Ratazana-de-água Não ameaçado
77/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 15. Espécies de vertebrados terrestres (mamíferos) da serra do Maroiço
Tipo de espécies Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Berna
(1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
Mus musculus Rato-caseiro Não ameaçado
Mus spretus Rato-das-hortas Não ameaçado
Gliridae
Eliomys quercinus Rato-dos-pomares Não ameaçado Protegida
Canidae
Canis lupus signatus Lobo-Ibérico Em perigo Estritamente protegida
Espécie de interesse comunitário cuja conservação requer designação de
zonas especiais de conservação, exigem uma protecção rigorosa e cuja
captura ou colheita podem ser objecto de medidas de gestão
Vulpes vulpes Raposa Não ameaçado
Mustelidae
Mustela nivalis Doninha Não ameaçado Protegida
Mustela putorius Toirão Insuficientemente
conhecido Protegida
Espécie de interesse comunitário cuja captura ou colheita podem ser objecto
de medidas de gestão
Martes foina Fuinha Não ameaçado Protegida
Meles meles Texugo Não ameaçado Protegida
Viverridae
Genetta genetta Geneta Não ameaçado Protegida Espécie de interesse comunitário cuja captura ou colheita podem ser objecto
de medidas de gestão
Felidae
Felis silvestris Gato bravo Indeterminado Protegida Espécie de interesse comunitário que exige uma protecção rigorosa
Suidae
Sus scrofa Javali Não ameaçado
Fonte: Gomes P. T., et al. (2001)
78/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
Ardeidae
Ardea cinerea Garça-real
Accipitridae
Aquila chrysaetus Águia-real Espécie residente
todo o ano Em perigo
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida
Estritamente protegida e que
exigem medidas de protecção
especial do seu habitat
Hieratus fasciatus Águia-de-Bonelli Espécie residente
todo o ano Raro
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida
Estritamente protegida e que
exigem medidas de protecção
especial do seu habitat
Buteo buteo Águia-de-asa-redonda Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida
Circaetus galicus Águia-cobreira Espécie estival Insuficientemente
conhecido
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida
Estritamente protegida e que
exigem medidas de protecção
especial do seu habitat
Pernis apivorus Falcão-abelheiro Espécie estival Insuficientemente
conhecido
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida
Estritamente protegida e que
exigem medidas de protecção
especial do seu habitat
Accipiter gentilis Açor Espécie residente
todo o ano Indeterminado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida
79/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
Accipiter nisus Gavião Espécie residente
todo o ano Indeterminado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida
Milvus migrans Milhafre-preto Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida
Estritamente protegida e que
exigem medidas de protecção
especial do seu habitat
Circus pygargus Tartaranhão cinzento Espécie estival Vulnerável
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida
Estritamente protegida e que
exigem medidas de protecção
especial do seu habitat
Falconidae
Falco tinnunculus Penereiro-vulgar Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Falco subbuteo Ógea Espécie estival Insuficientemente
conhecido
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Phasianidae
Alectoris rufa Perdiz-vermelha Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estritamente
protegida
Podem ser caçados de acordo
com legislação nacional e sujeita
a restrições quanto ao seu abate
e comércio
Coturnix coturnix Codorniz Espécie estival Não ameaçado Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
Estritamente
protegida
Podem ser caçados de acordo
com legislação nacional
80/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
de acordos internacionais
Charadriidae
Vanellus vanellus Abibe Espécie de
Outuno/Inverno Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Estritamente
protegida …
Scolopacidae
Gallinago gallinago Galinhola Espécie de
Outuno/Inverno … … … …
Columbidae
Columba oenas Pombo-bravo Desconhecido Insuficientemente
conhecido …
Estritamente
protegida
Podem ser caçados de acordo
com legislação nacional/2
Columba palumbus Pombo-torcaz Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … …
Podem ser caçados de acordo
com legislação nacional/1
Streptopelia turtur Rola-comum Espécie estival Vulnerável … Estritamente
protegida
Podem ser caçados de acordo
com legislação nacional/2
Cuculidae
Cuculus canorus Cuco Espécie estival Não ameaçado … Estritamente
protegida …
Tytonidae
Tyto alba Coruja-das-Torres Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Strigidae
Otus scops Mocho-de-orelhas Espécie estival Não ameaçado … Protegida …
81/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
Strix aluco Coruja-do-mato Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Athene noctua Mocho-galego Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Caprimulgidae
Caprimulgus europaeus Noitibó-da-Europa Espécie estival Insuficientemente
conhecido … Protegida
Estritamente protegida e que
exigem medidas de protecção
especial do seu habitat
Apodidae
Apus apus Andorinhão Espécie estival Não ameaçado … Protegida
Estritamente protegida e que
exigem medidas de protecção
especial do seu habitat
Alcedinidae
Alcedo atthis Pica-peixe Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida
Estritamente protegida e que
exigem medidas de protecção
especial do seu habitat
Upupidae
Upupa epops Poupa Espécie estival Não ameaçado … Protegida …
Picidae
Dendrocopus major Pica-pau-malhado-grande Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Picus viridis Pica-pau-verde Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
82/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
Jinx torquilla Torcicolo Espécie estival Insuficientemente
conhecido … Protegida …
Alaudidae
Galerida cristata Cotovia-de-poupa Espécie residente
todo o ano Não ameaçado …
Estritamente
protegida …
Lulula arborea Cotovia-pequena Espécie residente
todo o ano Não ameaçado …
Estritamente
protegida …
Alauda arvensis Laverca Espécie residente
todo o ano
Insuficientemente
conhecido …
Estritamente
protegida …
Hirundinidae
Riparia riparia Andorinha-das-barreiras Espécie estival Não ameaçado … Protegida …
Pytonoprogue rupestris Andorinha-das-rochas Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Hirundo rustica Andorinha-das-chaminés Espécie estival Não ameaçado … … …
Delichon urbica Andorinha-dos-beirais Espécie estival Não ameaçado … Protegida …
Motacillidae
Anthus spinoleta Petinha-ribeirinha Espécie estival Raro … Protegida …
Anthus campestris Petinha-dos-campos Espécie estival Não ameaçado … Protegida …
Motacilla alba Alvéola-branca Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Motacilla cinerea Alvéola-cinzenta Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Motacilla flava Alvéola-amarela Espécie estival Não ameaçado … Protegida …
83/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
Sturnidae
Sturnus vulgaris Estorninho-malhado Espécie de
Outuno/Inverno Não ameaçado … … …
Sturnus unicolor Estorninho Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Oriolidae
Oriolus oriolus Papa-figos Espécie estival Não ameaçado … Protegida …
Laniidae
Lanius excubitor Picanço-real Espécie residente
todo o ano
Corvidae
Garrulus glandarius Gaio Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … … …
Pica pica Pega Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … … …
Corvus corax Corvo Espécie residente
todo o ano Vulnerável …
Estritamente
protegida …
Cinclidae
Cinclus cinclus Melro-d'água Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … … …
Troglodytidae
Troglodytes troglodytes Carriça Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … … …
84/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
Prunellidae
Prunella modularis Ferreirinha Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Sylvidae
Cettia cetti Rouxinol-bravo Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Hippolais polyglotta Felosa-poliglota Espécie estival Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Sylvia undata Felosa-do-mato Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Sylvia melanocephala Toutinegra-de-cabeça-preta Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Sylvia cantilans Toutinegra-carrasqueira Espécie estival Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Sylvia communis Papa-amoras-comum Espécie estival Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Sylvia borin Felosa-das-figueiras Espécie estival Não ameaçado Estado de conservação Protegida …
85/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Sylvia atricapilla Toutinegra Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Phylloscopus collybita Felosa-comum Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Phylloscopus bonelli Felosa-de-Bonelli Espécie estival Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Regulus ignicapilus Estrelinha-real Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Regulus regulus Estrelinha-de-poupa Espécie de
Outuno/Inverno Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Turdidae
Oenanthe oenanthe Chasco-cinzento Espécie estival Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Saxicola torquata Cartaxo-comum Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização Protegida …
86/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
de acordos internacionais
Monticola saxatilis Melro-das-rochas Espécie estival Indeterminado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Phoenicurus ochruros Rabirruivo-preto Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Erithacus rubecula Pisco-de-peito-ruivo Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Luscinia megarhynchos Rouxinol Espécie estival Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Protegida …
Turdus merula Melro Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Estritamente
protegida
Podem ser caçados de acordo
com legislação nacional/2
Turdus viscivoros Tordoveia Espécie residente
todo o ano Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Estritamente
protegida
Podem ser caçados de acordo
com legislação nacional/2
Turdus iliacus Tordo-ruivo-comum Espécie de
Outuno/Inverno Não ameaçado
Estado de conservação
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
Estritamente
protegida
Podem ser caçados de acordo
com legislação nacional/3
Turdus philomelos Tordo-comum Desconhecido Não ameaçado Estado de conservação Estritamente Podem ser caçados de acordo
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Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
desfavorável e exigem realização
de acordos internacionais
protegida com legislação nacional/4
Paridae
Parus ater Chapim-preto Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Parus caeruleus Chapim-azul Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Parus cristatus Chapim-de-crista Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Parus major Chapim-real Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Aegithalidae
Aegithalos caudatus Chapim-rabilongo Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Sittidae
Sitta europaea Trepadeira-azul Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Certhiidae
Certhia brachydactyla Trepadeira-comum Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Passeridae
Passer domesticus Pardal Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
88/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
Passer montanus Pardal-montês Espécie residente
todo o ano Não ameaçado …
Estritamente
protegida …
Fringillidae
Fringilla coelebs Tentilhão Espécie residente
todo o ano Não ameaçado …
Estritamente
protegida …
Pyrrhula pyrrhula Dom-fafe Desconhecido Raro … Estritamente
protegida …
Coccothraustes
coccothraustes Bico-grossudo
Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Serinus serinus Serino Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Carduelis carduelis Pintassilgo Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Carduelis chloris Verdelhão Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Carduelis cannabina Pintarrôxo Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Loxia curvirostra Cruza-bico-comum Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Emberizidae
Miliaria calandra Trigueirão Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Emberiza cia Cia Espécie residente Não ameaçado … Protegida …
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Tabela 16. Espécies de aves da Serra do Maroiço
Tipo de espécies
Estatuto na área
Livro Vermelho dos
vertebrados de Portugal
(1990)
Convenção de Bona sobre
espécies migratórias (1981)
Convenção de
Berna (1981) Diretiva habitats (1992)
Nome científico Nome comum
todo o ano
Emberiza cirlus Escrevedeira-de-garganta-
preta
Espécie residente
todo o ano Não ameaçado … Protegida …
Emberiza hortulana Sombria Espécie estival Indeterminado … Estritamente
protegida …
Fonte: Gomes P. T., et al. (2001).
90/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
III.9. PAISAGEM
A paisagem revela o resultado da relação Homem-Ambiente e constitui o palco de atuação antrópica.
Destaca-se pelo interesse cultural, ecológico, social e económico e pela importância na coesão, na
identidade e qualidade de vida da população de um território.
A diversidade paisagística no concelho de Fafe traduz o reflexo das múltiplas combinações de utilização do
meio natural. A morfologia apresenta grandes contrastes, alternando as zonas mais baixas das veigas
férteis, devidamente compartimentada por sebes e plantação em ramada ou bem ocupadas pela atividade
agrícola socalcada, que mostra o esforço do Homem na ocupação do território, com os relevos
montanhosos de vertentes mais ou menos suaves, onde se instalaram povoações e pequenos núcleos
rurais (aldeias de Aboim, Figueiró do Monte, Barbeita de Baixo, Barbeita de Cima, Mós, Lagoa, Gontim,
Bastelo, Luilhas, Casal de Estime, Argande, Santa Cruz, Vila Pouco, Povoação, Burgueiros), que refletem a
capacidade de sobrevivência de uma enraizada cultura agro-silvo-pastoril.
A definição de unidades de paisagem permite determinar áreas com características mais ou menos
homogéneas facilitando a análise e interpretação do meio. Dada a indefinição dos próprios limites,
procedeu-se à delimitação tendo por base a morfologia do território tendo-se distinguido três unidades as
Terras Altas, as Áreas do Vale do Ave e as Terras de Transição, adotadas de estudo sobre património natural
da bacia do Ave elaborado pela Universidade do Minho.
As Terras Altas correspondem a áreas de morfologia acidentada e altitudes acima dos 650 metros. Os vales
são geralmente encaixados e as vertentes abruptas. O povoamento caracteriza-se por baixa densidade e
concentração em pequenos núcleos de limites físicos bem demarcados. A paisagem é estruturada a partir
das pequenas aldeias circundados pelos solos mais férteis dos campos agrícolas e pelas pastagens
permanentes. Os campos são “abertos”, sem arvoredos e destinam-se ao cultivo de cereais.
As atividades agrícolas e pecuária, definem a economia rural destas áreas montanhosas. A floresta
dominante é constituída por povoamento semi-espontâneos de carvalho (Quercus robur e Quercus
pyrenaica), embebidas numa matriz de matos de urzes (Erica sp), carqueja (Genista sp) e tojo (Ulex sp)
(Gomes P. T., et al, 2001). Ocorrem também espaços florestais degradados pelo fogo.
Os maciços montanhosos de Morgair, do Maroiço, da Lapela, da Pedreira, do Malhadouro, do Lobo, do
Santinho e do Cabeço Alto integram esta unidade de paisagem.
As áreas do Vale do Ave correspondem à área mais aplanada, associada aos afluentes do rio Ave,
encontrando-se delimitada por vertentes mais suaves, com pendor para sudoeste, no rio Vizela e, para
noroeste, do rio Pequeno. A superfície de relevo pouco acentuado é interrompida com algum entalhe mais
a jusante dos rios Vizela, Ferro e Pequeno.
As altitudes encontram-se abaixo dos 350 metros e constituem locais preferenciais para a implantação
urbanística e industrial. As densidades populacionais atingem os valores mais elevados incluindo a cidade
e os principais núcleos urbanos.
91/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
A floresta dominante é constituída maioritariamente por povoamentos contínuos de pinheiro bravo (Pinus
pinaster) e eucalipto , onde é possível encontrar florestas de caducifólias, representadas principalmente
pela ocupação de zonas ribeirinhas de carvalhos, amieiros (Alnus glutinosa) e salgueiros (Salix atrocinera),
entre outras. Os sistemas agrícolas são compostos por culturas parcelares de regadio e também sequeiro e
sistemas agro-florestais.
As Terras de Transição correspondem à mudança gradual entre as unidades de paisagem das Terras Altas e
das áreas do Vale do Ave com altitudes compreendidas entre os 350 e 650 metros. As Terras de transição
são assim compostas por áreas de encosta de superfícies expressivamente onduladas, por vezes,
acidentadas, que se desenvolvem entre a baixa de aplanação, associadas aos principais cursos de água da
região, e as Terras altas que integram os relevos mais acidentados.
O povoamento do tipo disperso caracteriza esta unidade e situa-se, geralmente, em meia encosta, em
rechãs, entre fundos de vale e as áreas de maior altitude circundado por áreas florestas e matos.
Na envolvente ao edificado disseminado, aparecem os campos de culturas arbóreas e arbustivas, culturas
anuais como o milho associado ao feijão, e culturas estivais, como as forragens e os cereais e culturas
invernais. A atividade agrícola é explorada nas áreas de várzea e encostas de relevos adjacentes,
observando-se ainda em interfluvios. Nesta unidade, a paisagem é indefinida e caracterizada por
interpenetração de usos.
A ocupação mais representativa é a florestal com domínio dos matos e povoamentos de resinosas, em que
“o pinheiro cede o lugar ao carvalho-alvarinho (Quercus robur L.) e ao vidoeiro (Bétula alba L.) e a encostas
de mato rasteiro (Ribeiro, 1991 in Gomes P. T., et al., 2001).
93/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
III.10. OCUPAÇÃO ATUAL DO SOLO
A ocupação atual do solo consiste na representação cartográfica, num dado momento, das atividades do
Homem que usa e modifica o solo em função de fatores de ordem física.
Conhecer a evolução das atividades antrópicas e sua relação com meio natural ao longo do tempo permite
uma avaliação mais rigorosa da dinâmica do território e sua perspetiva futura em termos de ocupação.
A ocupação atual do solo (2012) do concelho denota o claro predomínio de áreas de espaços florestais
(65,71%), com destaque para as florestas (31,94%), seguindo-se as florestas abertas e vegetação arbustiva
e herbácea (29,12%) e, por último, as zonas descobertas e com pouca vegetação (4,57%).
Quanto à floresta semi-natural podemos encontrar espécies florestais de Carvalho (Quercus Robur),
Carvalho negral (Quercus Pyrenaica) e o Azevinho (Ilex aquifolium); das espécies introduzidas destaque
para o Pinheiro bravo e o Eucalipto.
De destacar a presença de extensos povoamentos de carvalhais com alto valor estrutural que confere ao
concelho uma singularidade ecológica e paisagística ímpares. A condução dos povoamentos de carvalhal
espontâneo desempenha um papel importante na proteção das partes mais altas das linhas de água de
regime torrencial.
As áreas de improdutivos correspondem sobretudo às zonas de maior cota estão frequentemente
associadas a afloramentos rochosos.
As áreas agrícolas surgem como segundo uso dominante com ocupação de 15,83% do concelho, onde
sobressaem as culturas temporárias (14,43%), seguindo-se as áreas agrícolas heterogéneas (7,98%) e as
culturas permanentes (1,18%). As áreas de pastagem permanente representam apenas 0,01% do
território.
Os territórios artificializados representam 10,61% da ocupação do solo, correspondendo em grande parte
a tecido urbano contínuo e descontínuo (6,40%) e a indústria e transportes (3,82%). Os restantes usos de
índole social têm menor expressão: os espaços verdes urbanos, equipamentos desportivos, culturais e de
lazer, com 0,21%, e as áreas de extração de itertes, áreas de deposição de resíduos e áreas de construção,
com 0,18%.
Por último, as águas interiores possuem uma área total de 0,16% do concelho, correspondendo
essencialmente às principais superfícies aquáticas: a barragem de Queimadela e cursos de água.
94/96 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO E DE CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA página
Gráfico 25. Distribuição de áreas por classe de ocupação do solo (%)
Fontes: CMF (2012).