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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS REFERENTES A 2007

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS REFERENTES A 2007

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 2

Índice

1. MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO.......................................................................................................................... 3 2. PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS........................................................................................................................................... 5 3. MARTIFER E AS SUAS ACTIVIDADES......................................................................................................................................................... 7

3.1 IDENTIDADE, MISSÃO, VALORES......................................................................................................................................................... 7 3.2 ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS.......................................................................................................................................................... 8

4. RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO.......................................................................................................................................... 10 4.1 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO.................................................................................................................................. 10 4.2 RESUMO HISTÓRICO.............................................................................................................................................................................. 12 4.3 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS DE 2007 ...................................................................................................................................... 14 4.4 ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA............................................................................................................................................ 17 4.5 ACTIVIDADE DESENVOLVIDA EM 2007 – POR ÁREA DE NEGÓCIOS ................................................................................. 20

4.5.1 Construção Metálica ......................................................................................................................................................................... 20 4.5.2 Equipamentos para Energia.............................................................................................................................................................. 22 4.5.3 Geração Eléctrica............................................................................................................................................................................... 24 4.5.4 Agricultura & Biocombustíveis ...................................................................................................................................................... 27

4.6 AS PESSOAS ................................................................................................................................................................................................ 30 4.7 RESULTADO DO EXERCÍCIO .............................................................................................................................................................. 30 4.8 GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS.................................................................................................................................................. 30 4.9 FACTOS RELEVANTES OCORRIDOS APÓS O ENCERRAMENTO DAS CONTAS ............................................................ 33 4.10 NOTAS FINAIS E PERSPECTIVAS FUTURAS .................................................................................................................................. 33

5 GOVERNO SOCIETÁRIO.............................................................................................................................................................................. 35 5.1 Declaração de Cumprimento .................................................................................................................................................................. 35 5.2 Divulgação de Informação ........................................................................................................................................................................ 36 5.3 Exercício do Direito de Voto e Representação de Accionistas ...................................................................................................... 39 5.4 Regras Societárias ....................................................................................................................................................................................... 39 5.5 Órgãos de Administração ......................................................................................................................................................................... 40

6 SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL* ...................................................................................................................... 46 6.1. Âmbito ......................................................................................................................................................................................................... 46 6.2. Visão do Desenvolvimento Sustentável................................................................................................................................................ 46 6.3. Relacionamento com as partes interessadas ....................................................................................................................................... 46 6.4. Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança ..................................................................................................................................... 47 6.5. Segurança no Trabalho ............................................................................................................................................................................. 47 6.6. Desempenho Ambiental........................................................................................................................................................................... 49 6.7. Desempenho Social ................................................................................................................................................................................... 51

6.7.1. Recursos Humanos........................................................................................................................................................................... 51 6.7.2. Solidariedade...................................................................................................................................................................................... 55 6.7.3. Educação ............................................................................................................................................................................................. 55 6.7.4. Integração de Deficientes no Mercado de Trabalho ................................................................................................................ 56

6.8. Inovação....................................................................................................................................................................................................... 57 7. INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS.............................................................................................................................................................. 59

PARTICIPAÇÕES DOS MEMBROS DE ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO .................................................. 59 TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS............................................................................................................................... 61

8. INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA.................................................................................................................................. 62 8.1. Demonstrações Financeiras Consolidadas........................................................................................................................................... 62 8.2. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas ........................................................................................................................ 67

9. RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃO .........................................................................................................................................................155 9.1 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL......................................................................................................................155 9.2 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS..............................................................................................................................................156 9.2 RELATÓRIO DE AUDITORIA ÀS CONTAS CONSOLIDADAS ...............................................................................................157

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 3

1. MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Em 2007, nesta mesma mensagem, apontávamos um futuro próximo com muitos desafios e ambições. Passado um ano, podemos afirmar que cumprimos o prometido e que continuaremos a trabalhar para que o plano traçado seja totalmente consumado.

O ano iniciou-se de uma forma muito agitada. A nossa participada REpower Systems foi objecto de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada por outro accionista de referência, a francesa Areva, o que nos exigiu um esforço para garantir a nossa presença na esfera de controlo da REpower. Na altura, considerámos que esta presença era fundamental para alcançar os nossos objectivos no segmento das energias renováveis, situação que hoje confirmamos de forma inequívoca, pelo que acordámos com o nosso parceiro Suzlon o lançamento da uma contra-OPA. Após duas rondas de OPA e contra-OPA, a Areva chega finalmente a acordo com a Suzlon transferindo-se o controlo da REpower para as mãos de um grupo accionista que controla 87% do seu capital social, do qual faz parte a Martifer. Se, por um lado, esta operação consumiu muito tempo dos recursos humanos chave da nossa organização e atrasou a nossa entrada em Bolsa, por outro, permitiu-nos valorizar de forma mais adequada a nossa posição accionista na REpower e garantir um relacionamento, que acreditamos ser de longo prazo, com o grupo Suzlon, um dos maiores fabricantes integrados de equipamentos para centrais eólicas. No âmbito desta parceria com a Suzlon, foi acordado um contrato de opção de compra e de venda que nos dá a possibilidade de alienar a nossa posição accionista na REpower a partir de Maio de 2009 por 270 milhões de euros.

Concluído este processo, imediatamente entregámos o pedido de registo de Oferta Pública de Subscrição (OPS) relativo ao aumento de capital junto da CMVM, porta de entrada na Euronext Lisbon e o início da recta final do processo da oferta pública inicial (IPO), que culminou com um roadshow de 10 dias, por 5 das principais praças financeiras europeias. Terminada a operação e apurados os resultados, a Martifer atraiu mais de 65 mil novos accionistas e registou com agrado a participação significativa dos seus colaboradores (que subscreveram todas as acções que lhes foram reservadas), tendo realizado um encaixe bruto de 199 milhões de euros.

Em 2007, foram efectuados vários movimentos de entrada em novos mercados, e de facto hoje a Martifer está já presente em 16 países, pretendendo continuar a expandir a sua presença internacional nos próximos anos.

Em Portugal, o acordo com a EDP para a parceria em desenvolvimentos hídricos nas bacias dos rios Paiva e Vouga, veio a resultar mais tarde na obtenção de uma concessão de 78MW no rio Vouga.

Também a nível nacional, foi conhecido finalmente o resultado da conclusão da 2ª fase do concurso lançado pelo Governo Português, tendo sido atribuído ao Agrupamento Ventinveste (no qual a Martifer detém uma participação de 33%), 400MW de pontos de rede para produção de energia eólica. Neste projecto, e ao longo dos próximos 5 anos, contamos investir com os nossos parceiros (Galp Energia e Enersis) entre 520 a 611 milhões de euros em parques eólicos. Na vertente industrial, o consórcio está a investir na instalação em Portugal de um cluster eólico, do qual destacamos uma fábrica de turbinas, uma fábrica de pás e os aumentos de capacidade instalada da nossa fábrica de torres bem como da unidade fabril de caixas multiplicadoras da nossa participada Gebox, num total de cerca de 60 milhões de euros.

Para além deste sucesso, ao longo do ano fomos aumentando a nossa exposição a activos de geração eléctrica a partir de fontes renováveis, quer por via do incremento da nossa posição em projectos em desenvolvimento (na Polónia, na Roménia e na Eslováquia), quer pela via da aquisição ou entrada em projectos em novas geografias (Espanha, Ucrânia, Alemanha e Estados Unidos da América). Desta forma, através da nossa participada Eviva, chegámos ao final do ano com mais de 2 mil MW de projectos eólicos, solares e hídricos em diferentes estágios de desenvolvimento.

Através da nossa participada Prio, inaugurámos as fábricas de biodiesel na Roménia e em Portugal, prosseguimos com a aquisição de terrenos agrícolas na Roménia e no Brasil e iniciámos actividades exploratórias em Moçambique. Formalizámos, ainda, um acordo com o grupo Jerónimo Martins para o desenvolvimento conjunto de uma rede de 70 postos de combustível localizados junto às lojas das insígnias Pingo Doce e Feira Nova e iniciámos o desenvolvimento de uma rede própria de distribuição, quer através de contratos com consumidores grossistas, quer através de postos de combustível da marca Prio. Concluímos, ainda, o investimento no parque de tancagem e enchimento no porto de Aveiro, contíguo à fábrica de biodiesel.

A área de negócios dos Equipamentos para a Energia teve um ano de crescimento assinalável, com um incremento muito substancial da actividade de fornecimento de parques eólicos chave-na-mão, em Portugal e em Espanha, e com o início da actividade no campo solar fotovoltaico. Nesta última divisão, demos início à construção da fábrica de módulos fotovoltaicos

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em Oliveira de Frades, que deverá produzir as primeiras unidades antes do final de 2008. Na energia eólica, iniciaram-se os investimentos relativos ao cluster industrial contingente à vitória do concurso eólico português.

No sector da Construção Metálica, prosseguimos o nosso trajecto, com a conclusão de algumas obras emblemáticas (como por exemplo a torre Sacyr em Madrid e a nova ponte móvel no Porto de Leixões) e com a atribuição de novas obras igualmente significativas, das quais destacamos uma obra na construção do novo Terminal 2 no Aeroporto de Dublin, um contrato que irá representar para a Martifer uma facturação superior a 40 milhões de euros.

Todos estes sucessos registados em 2007 foram reconhecidos através de dois prémios de mérito que muito nos orgulham: o prémio internacional “Organic Grower of the Year 2007” atribuído pela A. T. Kearney e o prémio “Best of European Business – Portugal - Profitable Growth - Medium-sized Company” atribuído pela Roland Berger.

Apesar do ambiente claramente menos favorável em termos macro económicos, encaramos o futuro com um optimismo realista. Com a sólida situação financeira, a incontestável reputação no mercado e o contributo imprescindível do nosso maior recurso, as nossas pessoas, o Grupo Martifer encontra-se em condições de tirar partido das oportunidades que surgem e cumprir o seu plano de negócios, conforme apresentado há um ano atrás.

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2. PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS Dando cumprimento às exigências impostas por lei às sociedades, o Conselho de Administração da Martifer SGPS, S.A. vem apresentar o seu Relatório de Gestão Consolidado relativo ao exercício de 2007. Ao fazê-lo, teve a natural preocupação que o mesmo contenha elementos e informação suficientes para que os senhores Accionistas e o público em geral, possam avaliar, com clareza e objectividade, a actividade do Grupo Martifer no respectivo horizonte de intervenção. As Demonstrações Financeiras relativas aos exercícios de 2007 e 2006, referidas neste Relatório de Gestão, foram elaboradas de acordo com as normas internacionais de relato financeiro (IAS/IFRS), sendo que todos os valores aqui expressos dizem respeito à aplicação dessas normas. Principais Indicadores Operacionais Consolidados

• Crescimento dos Proveitos Operacionais consolidados de 86% para 518,5 milhões de Euros • Crescimento dos Proveitos Operacionais em todas as áreas de negócio • Crescimento dos Resultados Operacionais consolidados antes de amortizações e provisões e perdas de imparidade

(EBITDA1 ) de 30% para 37 milhões de Euros • Margem EBITDA consolidada de 7,1%, face a 10,2% em 2006 • Resultados Líquidos consolidados de 26,2 milhões de euros, face a 13,9 em 20062

Valores Reportados

Valores em milhões de € 2007 MARGEM VAR. 2006 MARGEM

Proveitos operacionais 518,5 86,1% 278,7

EBITDA 37,0 7,1% 29,7% 28,6 10,2%

EBIT 21,8 4,2% 6,0% 20,5 7,4%

Resultados antes de impostos 31,0 6,0% 69,1% 18,3 6,6%

Resultado líquido 26,2 5,1% 88,1% 13,9 5,0%

Cash-flow 41,5 8,0% 89,0% 22,0 7,9%

Nº médio de pessoas ao serviço 1.800 26,1% 1.428 Valores Ajustados

Valores em milhões de € 2007 MARGEM VAR. 2006 MARGEM

Proveitos operacionais 518,5 86,1% 278,7

EBITDA * 37,0 7,1% 48,9% 24,9 8,9%

EBIT* 21,8 4,2% 29,1% 16,9 6,1%

Resultados antes de impostos * 17,4 3,4% 18,7% 14,7 5,3%

Resultado líquido * 12,6 2,4% 22,8% 10,3 3,7%

Cash-flow3 * 27,9 5,4% 52,5% 18,3 6,6%

Nº médio de pessoas ao serviço 1.800 - 26,1% 1.428 - * Estes valores estão ajustados por alguns valores não recorrentes, nomeadamente, em 2006, uma mais-valia não recorrente de €3,7 Mn resultante da venda de acções da REpower Systems, e, em 2007, um proveito de € 21,1 Mn resultante da diluição da participação no capital da REpower Systems em virtude de um aumento de capital não subscrito pela Martifer e um custo financeiro não recorrente de € 7,5 Mn associado à OPA sobre a REpower Systems.

1 EBITDA – Resultados Líquidos + Amortizações + Provisões + Perdas por imparidade + Resultados Financeiros + Impostos

2 Resultados Líquidos reflectem, pela positiva, um ganho financeiro não recorrente de 21,1 milhões de euros resultante de um aumento de capital na nossa participada REpower Systems

AG (REpower) que a Martifer não acompanhou, bem como, pela negativa, um custo financeiro de 7,5 milhões de euros de custos associados com a OPA sobre a REpower.

3 Cash-flow – Resultados Líquidos + Amortizações + Provisões + Perdas por imparidade

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Proveitos Operacionais

Por área de Negócios

Construção

Metálica

55%

Equipamentos

para Energia

21%

Geração

Eléctrica

1%

Agricultura &

Biocombustíveis

23%

Vendas e Prestações de Serviços para Clientes Externos

Por Zona Geográfica

Ibéria

85%Europa Central

14%

Outros

Mercados

0%

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3. MARTIFER E AS SUAS ACTIVIDADES

3.1 IDENTIDADE, MISSÃO, VALORES

Tendo a sua génese sido a actividade da construção e montagem de estruturas metálicas, a Martifer soube crescer em diferentes áreas de negócio, tirando partido de sinergias e know-how acumulado, sempre numa lógica de complementaridade de negócios. O Grupo Martifer definiu, como missão, criar valor através de colaboradores competentes e motivados, satisfazendo as necessidades dos clientes e demais stakeholders, através de:

• Conquista de uma posição de liderança no sector Europeu da construção metálica, através da execução de obras de crescente exigência e complexidade;

• Disponibilização de tecnologia inovadora para a produção e gestão de energia a partir de fontes renováveis;

• Do recurso a fontes renováveis para a produção e comercialização de energia eléctrica;

• Actuação de forma integrada em toda a cadeia de valor do negócio do biodiesel desde a produção de sementes oleaginosas, extracção de óleo vegetal, até à distribuição e retalho de biocombustíveis e combustíveis.

O Grupo Martifer orienta a sua actuação tendo por base os seguintes valores fundamentais:

• Excelência

• Inovação – Ser pioneira

• Sustentabilidade a longo prazo

• Responsabilidade Social - Respeito pelo Meio Ambiente e Segurança

• Confiança dos Stakeholders

• Honestidade

• Promover o desenvolvimento de Talentos.

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3.2 ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

Proveitos operacionais de 296 milhões de euros.

• Estruturas metálicas, com utilização do aço

• Fachadas modulares, com utilização de alumínio, vidro e novos materiais

• Construções em aço inox

• Monoblocos

• Promoção, gestão e comercialização de empreendimentos comerciais

Proveitos operacionais de 114 milhões de euros.

• Construção e instalação de parques eólicos chave-na-mão

• Fabrico de componentes para parques eólicos

• Construção e instalação de parques solares fotovoltaicos chave-na-mão

• Fabrico de painéis solares fotovoltaicos (em desenvolvimento)

• Projecto, comercialização e instalação de painéis solares térmicos e fotovoltaicos

• Investigação e Desenvolvimento de equipamentos para energia das ondas

• Gestão de projectos de engenharia e instalações especiais

Proveitos operacionais de 122 milhões de euros.

• Cultivo de sementes oleaginosas

• Extracção e armazenagem de óleos vegetais

• Produção de biodiesel

• Comercialização de biocombustíveis e combustíveis

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Investimento financeiro total de 82 milhões de euros.

• Investimento de 61,2 milhões de euros (Equity Value), na aquisição de dois parques eólicos na Alemanha

• Aquisição das posições minoritárias dos seus parceiros nas sociedades detentoras de activos eólicos e hídricos em desenvolvimento na Europa de Leste (19,2 milhões de euros)

• Mais de 2.000 MW de projectos de energia de fonte renovável em diferentes fases de operação e desenvolvimento

• Prospecção e desenvolvimento de projectos para instalação de parques eólicos, solares e hídricos

• Produção de energia através da exploração de parques eólicos e mini hídricas

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4. RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO

4.1 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

Portugal

A economia portuguesa teve em 2007 o melhor desempenho dos últimos 6 anos, registando uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9% (mais 0,6 pontos percentuais (pp) do que em 2006). Será, contudo, de salientar que continua a não convergir com a média de crescimento dos parceiros da Zona Euro. Este crescimento foi motivado pela aceleração ocorrida no último trimestre do ano. De facto, nestes últimos três meses a economia cresceu 0,7%, recuperando perante a ligeira contracção verificada no 3º trimestre. O PIB deverá ter registado no 4º trimestre de 2007 um crescimento face ao período homólogo de 2%, de acordo com a Estimativa Rápida das contas nacionais trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta aceleração esteve associada a uma procura interna mais forte, impulsionada principalmente pelo investimento, particularmente pelo investimento em construção e material de transporte (este último beneficiou da alteração da fiscalidade automóvel em Junho de 2007), enquanto que o contributo negativo da procura externa líquida, que vinha já do trimestre anterior, se acentuou, com destaque para o comportamento das exportações. Surgiu, assim, uma alteração da composição dos contributos para o crescimento, já iniciada no trimestre anterior, dando maior peso à procura interna.

Também o indicador de actividade económico registou uma aceleração do 3º para o 4º trimestre. Este movimento ascendente já vinha a ser registado desde o início do ano e estabilizou em Dezembro no valor máximo desde Setembro de 2004. Os índices de volume de negócios e os índices de produção revelaram variações homólogas mais elevadas no último trimestre, no entanto, o indicador de clima económico diminuiu ligeiramente.

Os dados do mercado de trabalho não acompanharam este bom desempenho da economia portuguesa, tendo a taxa de desemprego mantido a tendência de agravamento iniciada em 2001. O número médio de desempregados em 2007 totalizou 448,6 mil indivíduos, representando um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior e fixando a taxa média de desemprego em 8% (acréscimo de 0,3 pp face a 2006). Contudo, no último trimestre do ano, de acordo com as estatísticas de emprego do INE, o valor estimado para a taxa de desemprego, cerca de 7,8%, é inferior ao do trimestre anterior (0,1 pp) e ao do período homólogo (0,4 pp), o que indicia alguns sinais de recuperação. O número total de desempregados no final do ano fixou-se nos 439,5 mil indivíduos, na sua maioria mulheres. A faixa etária dos 25 aos 34 anos e com menos formação, continua a ser a mais penalizada. Do Inquérito ao Emprego saíram ainda os seguintes resultados: a população activa aumentou em 2007, face ao ano anterior, 0,6%, enquanto que a população empregada sofreu um incremento mais reduzido, 0,2%.

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou em 2007 uma taxa de variação média inferior em 0,6 pp à do ano transacto, situando-se nos 2,5%. Apenas três classes contribuíram com cerca de 48,7% para a formação da taxa de variação média anual do IPC, contudo, comparando com o ocorrido em 2006, a distribuição dos contributos foi mais equilibrada. As classes mencionadas são: Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (classe 1), Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis (classe 4) e Saúde (classe 6).

Enquadramento internacional

A nível internacional, o ano de 2007 foi marcado por uma desaceleração do crescimento da economia mundial. As principais economias sofreram um abrandamento, sobretudo a partir do 3º trimestre, em parte explicado pelo impacto da reavaliação do risco de crédito à escala global, subjacente à turbulência nos mercados financeiros internacionais que se registou desde meados do ano. O PIB global deverá, neste quadro, ter registado uma taxa média de crescimento de 4% em 2007, inferior à do ano anterior (4,2%). O preço do petróleo manteve uma tendência crescente desde o início de Abril e fechou o ano com uma taxa de variação homóloga de 32% em Dezembro de 2007.

A Estimativa Rápida do Eurostat para o crescimento do PIB da Zona Euro, no 4º trimestre de 2007, confirmou a desaceleração para a qual vinham apontando os diversos dados de actividade e confiança, atingindo uma taxa de crescimento homólogo de 2,3%, o mínimo dos últimos dois anos. O principal responsável por esta evolução deverá ser o abrandamento substancial do consumo privado. No conjunto do ano de 2007, a Zona Euro cresceu 2,7%, apenas uma décima abaixo do registo de 2006. O PIB na UE27 teve no 4º trimestre um crescimento homólogo de 2,6%, registando também o valor mais

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baixo dos últimos dois anos. Dos países que mais sofreram essa desaceleração destacam-se a Alemanha, o Reino Unido e a Espanha. O crescimento médio fixou-se em 2,9%, inferior ao do ano anterior (3,1%).

O indicador de sentimento económico diminuiu continuamente durante os últimos seis meses do ano na UE27 e cinco meses no caso da Zona Euro. Também o indicador de confiança dos consumidores baixou na segunda metade do ano, em ambos os espaços. A mesma tendência negativa foi evidenciada desde Junho através da opinião dos empresários da indústria da UE27 sobre a sua carteira de encomendas.

A inflação na Zona Euro atingiu o máximo histórico para a série iniciada em 1997, apenas igualado em Maio de 2001, com uma taxa de 3,1% em Dezembro.

Ainda em Dezembro, e no que respeita o desemprego foram também atingidos valores históricos, mas desta feita tratam-se de valores mínimos. A taxa de desemprego na UE27, corrigida de efeitos sazonais, caiu 0,1 pp fixando-se nos 6,8% (mínimo desde 1998), enquanto que na Zona Euro foi de 7,2% (mínimo desde 1993).

Nos EUA, a evolução da economia mostrou um comportamento semelhante ao Europeu, com o crescimento homólogo do PIB a passar de 2,8% no 3º trimestre para 2,5% no 4º trimestre, sendo este abrandamento resultado de um movimento semelhante por parte do consumo, quer privado quer público e das exportações. O ano de 2007 deve fechar com um crescimento do PIB abaixo do registado no ano transacto, 2,2% contra 2,9% em 2006.

A taxa de desemprego neste país situou-se nos 5% em Dezembro de 2007, contudo, em termos médios, é mais reduzida e deve permanecer inalterada no valor de 2006 (4,6%). A inflação registou um decréscimo face ao ano anterior, fixando-se em 2,7% em 2007, abaixo dos 3,2% de 2006.

PORTUGAL ESPANHA POLÓNIA ROMÉNIA ANGOLA BRASIL

Crescimento do PIB (real) (%) 1.9 3.4 6.5 5.8 17.8 5.1

Inflação (consumo) (%, média anual) 2.5 2.8 2.5 4.8 12.2 3.6

Balança orçamental (% do PIB) -3.0 2.3 -2.7 -2.5 3.2 -1.8

Balança corrente (% do PIB) -8.5 -9.5 -3.6 -14.2 30.3 0.3

Taxa de juro a 3 meses (%, média anual) 4.1 4.3 5.9 15.0 N.A. 12.0

Taxa de câmbio (média anual) s.s. s.s. 3.78i 3.34i 76.80ii 1.95ii

ESLOV. UCRÂNIA E.U.A. GRÉCIA ALEMANHA ITÁLIA IRLANDA

Crescimento do PIB (real) (%) 9.0 7.1 2.2 3.9 2.5 1.8 4.7

Inflação (consumo) (%, média anual) 2.8 12.8 2.9 3.0 2.3 2.0 2.9

Balança orçamental (% do PIB) -2.7 -1.7 -1.2 -2.9 0.0 -1.9 0.5

Balança corrente (% do PIB) -2.9 -2.9 -5.1 -13.6 5.6 -2.2 -5.3

Taxa de juro a 3 meses (%, média anual) 8.2 14.0 5.0 11.0 4.3 4.3 4.3

Taxa de câmbio (média anual) 33.77i 6.92 i i 1,37 i s.s. s.s. s.s. s.s.

i câmbio versus Euro; ii câmbio versus Dólar Americano

Fontes: INE, Economist.com

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 12

4.2 RESUMO HISTÓRICO

ANO DE 1990

Em Fevereiro de 1990, a Martifer é constituída como sociedade por quotas com um capital social de 4.500 contos e sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, sede essa que se mantém até aos dias de hoje.

ANO DE 1995

É iniciado o processo de certificação da Martifer pela norma NP EN ISO 9002 que culminou em Novembro de 1997, com a atribuição do Certificado APCER N.º 97/CEP.579.

ANO DE 1998

Em 26 de Maio, a empresa é transformada em sociedade anónima, alterando a sua estrutura accionista. O capital social da empresa passou assim a ser detido pela MTO SGPS e pela ENGIL SGPS, posições que a partir de 2001 passaram a ser igualitárias.

ANO DE 1999

Em Novembro, a Martifer dá início ao processo de internacionalização e cria uma sociedade comercial em Espanha com o objectivo de se afirmar como uma das empresas de referência na construção metálica no país vizinho.

ANO DE 2002

A Martifer Alumínios obtém a certificação pela APCER de acordo com a norma NP EN ISO 9001:2000. Actualmente a empresa é certificada pelo sistema de gestão integrado de qualidade, segurança e ambiente de acordo com as normas NP EN ISO 9001:2000, NP EN ISO 14001:1999 e OHSAS 18001:1999.

A Martifer Construções Metalomecânicas implementa o Sistema de Gestão de Qualidade pela norma ISO 9001:2000, e em 2003 obtém a certificação pelo sistema de gestão integrado de qualidade, segurança e ambiente, de acordo com as normas NP EN ISO 9001:2000 e OHSAS 18001:1999.

ANO DE 2003

Em Fevereiro de 2003 continua com o processo de internacionalização através da criação de uma unidade industrial em Gliwice na Polónia. Esta entra em laboração no 2º semestre de 2004.

ANO DE 2004

Em Fevereiro de 2004, a Martifer inicia a actividade no sector dos equipamentos para energia renovável através da Martifer Energia – Equipamentos para a Energia, S.A.. Esta empresa dedica-se ao fabrico de torres metálicas para aerogeradores eólicos e está instalada na Zona Industrial de Oliveira de Frades

Em Agosto de 2004, inicia-se a actividade de promoção de projectos na área do Retail & Warehouse, através da Martifer - Gestão de Investimentos, S.A..

Em Novembro de 2004, cria a Martifer SGPS, S.A., que tem como objectivo gerir as participações sociais das empresas do grupo Martifer.

A Martifer Energia dá início, em 2004, ao processo de implementação de um sistema de gestão integrado de qualidade, segurança e ambiente, de acordo com as normas NP EN ISO 9001:2000, NP EN ISO 14001:1999 e OHSAS 18001:1999.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 13

ANO DE 2005

A actividade de estruturas metálicas alarga o seu mercado de actuação na Europa Central, abrindo delegações na Roménia, República Checa, Eslováquia e Alemanha.

Iniciam-se na Roménia investimentos na área da Agricultura & Biocombustíveis, com o início de produção agrícola de sementes oleaginosas e início de construção de uma unidade de produção de biodiesel com capacidade de 100 mil toneladas por ano.

A Martifer passa a ser um dos accionistas de referência da Alemã REpower Systems AG, um dos maiores produtores mundiais de equipamentos para a energia eólica, terminando o exercício com uma participação financeira de 25,4%.

Em Junho é constituída a REpower Portugal, com vista ao mercado de construção de parques eólicos, assistência e assemblagem de aerogeradores.

Em Agosto, o Grupo Martifer cria mais uma sociedade denominada por M Energy – Energias Renováveis, SA. (hoje chamada EVIVA SGPS SA) com o principal propósito de centralizar a gestão de todas as actividades na área da promoção de energias renováveis.

ANO DE 2006

Através da Martifer Energia, o Grupo constitui a sociedade Power Blades, SA com o objecto social de produção de equipamentos em fibra para energia eólica.

Em Março, através do Consórcio Ventinveste, a Martifer entrega candidatura ao concurso para atribuição de 1.500 MW de licenças para a produção de energia eólica em Portugal.

Em Abril, a Martifer é classificada como a 9ª empresa melhor para trabalhar em Portugal pelo Great Places to Work Institute.

Em Maio, dá-se a constituição da Martifer Solar, SA, no âmbito da área de negócios de Equipamentos para Energia, com objecto social de projecto, concepção, fabrico, e instalação de painéis solares. A Martinox obtém a certificação no Sistema de Gestão da Qualidade segundo a norma NP EN ISSO 9001:2000 pela entidade APCER. Inicia-se a produção na unidade industrial de produção de Monoblocos.

Em Julho, dá-se início à construção da unidade de produção de biodiesel em Aveiro. Esta unidade viria a ser licenciada no 3º trimestre de 2007.

Em Agosto, a actividade de construção de fachadas em alumínio é expandida à Polónia.

Em Setembro a actividade de desenvolvimento de projectos de energias renováveis estende-se a países da Europa central (Polónia, Roménia e Eslováquia).

A Martifer, a Universidade de Aveiro e o Ministério da Economia e Inovação assinam um protocolo de cooperação para a criação de um centro de investigação e desenvolvimento em energias renováveis a instalar no campus universitário.

Em Novembro é inaugurado o Ferrara Plaza, o 1º centro comercial temático construído na cidade de Paços de Ferreira e o primeiro activo deste género desenvolvido pela Martifer. Dá-se ainda o início das actividades agrícolas no Brasil, em São Luis do Maranhão.

No final do ano, a Martifer recebe o 1º prémio de excelência pela promoção de novas áreas de investimento e negócio, atribuído pela Câmara de Comércio e Indústria da Roménia.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 14

4.3 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS DE 2007

Janeiro Foi criada a Martifer Inovação e Gestão SA, que passou a centralizar os serviços partilhados e centros de excelência e Investigação e Desenvolvimento do Grupo Martifer.

O Aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto foi considerado pela ACI (Airport Council International – organização que representa os interesses dos Aeroportos a nível mundial), como o melhor aeroporto da Europa, com base na opinião de passageiros quer domésticos quer internacionais. Neste benchmarking participam 77 dos melhores aeroportos do mundo. A Martifer foi responsável pela construção das estruturas metálicas, fachadas, guardas e escadas em inox.

A 22 de Janeiro, a Areva S.A., a maior accionista individual da REpower Systems AG(REpower), fabricante alemão de turbinas eólicas, onde a Martifer detinha, nessa data, uma participação de 25,42%, lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) tendente à aquisição do domínio total da empresa ao preço de €105 por acção, o que representou um prémio de 44% face ao preço médio dos 3 meses anteriores.

A 23 de Janeiro, o Conselho de Administração do Grupo Martifer, anunciou publicamente que atribui à participação no capital da Repower um sentido e um interesse estratégicos. Reiterou ainda a anunciada intenção de solicitar a admissão à cotação das suas acções na Euronext Lisbon.

Fevereiro A 9 de Fevereiro, a Martifer, aliada ao grupo indiano Suzlon através da Suzlon Windenergie GmbH, anunciou a intenção de realizar uma contra oferta sobre a REpower em reacção à OPA da Areva ao preço de €126 por acção.

A Martifer Construções, em consórcio com a A. M. Mesquita SA, garantiu o contrato de uma das maiores fábricas do país. Trata-se da fábrica da Swedwood do grupo IKEA, a construir no concelho de Paços de Ferreira.

Março No dia 6, os órgãos de Administração e de Supervisão da REpower, recomendaram a aceitação da OPA lançada pela Martifer e pela Suzlon, reconhecendo que este consórcio seria o parceiro ideal para garantir o crescimento da empresa.

A Martifer teve a honra de receber, no dia 12 de Março, Sua Excelência o Sr. Presidente da República, Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva, no âmbito da 2.ª Jornada do seu Roteiro para a Ciência. É com orgulho que mais uma vez a Martifer se vê destacada como uma referência na promoção do investimento em investigação, desenvolvimento e produção de novas formas de energia renovável.

A AREVA anuncia o aumento do valor da OPA sobre a REpower Systems para €140 por acção e recebe o apoio dos órgãos de Administração e Supervisão da REpower.

Abril No dia 4, é anunciado pela DGEG (Direcção Geral de Energia) que o consórcio Ventinveste, em que a Martifer participa a 33%, foi classificado em primeiro lugar na “Fase B” do concurso público lançado pelo Governo Português para a atribuição de 400 MW de capacidade de injecção e dos respectivos pontos de recepção associados à produção de energia eléctrica em centrais eólicas, passando assim à fase de negociação.

No dia 11, a REpower conclui um aumento de capital representativo de 10% do seu capital, tendo a Martifer não concorrido ao referido aumento, diluindo assim a sua posição para 23,08%.

No dia 17, a Martifer e a Suzlon aumentam o preço da OPA sobre a REpower para €150 por acção, enquanto que a Areva dispensa o sucesso da sua oferta à obtenção de uma posição superior a 90% do capital social da REpower, limitando o sucesso da sua oferta à obtenção de 50% dos direitos de voto. Nesta data, os órgãos de Administração e de Supervisão da REpower voltaram a recomendar a aceitação da OPA lançada pela Martifer e pela Suzlon. Ambas as ofertas viram o prazo de aceitação alargado até ao dia 4 de Maio, com mais um período de revisão de ofertas de venda por parte dos

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 15

accionistas alargado para 25 de Maio.

Maio A 25 de Maio, a Areva anuncia que não pretende melhorar a sua oferta sobre a REpower.

Junho No primeiro dia de Junho, o consórcio formado pela Martifer e pela Suzlon anuncia a aquisição de 25,46% das acções da REpower como resultado da OPA, ao preço de €150 por acção. No seu conjunto, a Suzlon e a Martifer passaram a controlar 56,93% da REpower. Fruto do pacto realizado entre a Areva e a Suzlon (voting pool agreement), a Suzlon passou a controlar 87,1% dos direitos de voto da REpower, dando-se por concluído o processo de OPA iniciado pela Areva no primeiro mês do ano.

A 8 de Junho, é concedido o registo e publicado o Prospecto de Oferta Pública de Subscrição de até 6.250.000 de acções da Martifer, SGPS, SA no âmbito do aumento de capital social de €37.500.000 para €50.000.000, dando início à fase final do processo de Oferta Pública Inicial (IPO) e de admissão à negociação em Bolsa do capital social da Martifer. No âmbito da operação, são oferecidas 25 milhões de novas acções para subscrição por investidores institucionais e Público em Geral, com o intervalo de preços fixado entre €6,50 e €8,00 por acção.

A 25 de Junho, em Sessão Especial de Mercado Regulamentado realizado na Euronext Lisbon, são conhecidos os resultados da Oferta Pública Inicial, com resultados muito satisfatórios, com mais de 65 mil novos accionistas e com uma procura que excedeu a oferta em mais de 100 vezes. O preço foi fixado no ponto mais alto do intervalo de preços, a €8,00 por acção, valorizando o capital da Martifer em €800 milhões.

A 26 de Junho é efectuado o registo do aumento do capital social de €37.500.000 para €50.000.000, representando o aumento de capital de 25 milhões de novas acções, e a 27 do mesmo mês a totalidade do capital social da Martifer é admitido à negociação em Bolsa.

Foi celebrado no dia 27 de Junho de 2007 um acordo de princípios entre a EDP – Energias de Portugal e a Eviva relativo ao desenvolvimento de projectos de produção hidroeléctrica nas bacias hidrográficas dos rios Vouga e Paiva.

Julho No dia 17, o Agrupamento Ventinveste, do qual integra a Martifer, foi notificado pela Direcção Geral de Energia e Geologia (“DGEG”) do Ministério da Economia e Inovação da obtenção do primeiro lugar da “Fase B” do concurso público lançado pelo Governo Português para a atribuição de 400 MW de capacidade de injecção e dos respectivos pontos de recepção associados à produção de energia eléctrica em centrais eólicas. Para além da Martifer, com uma participação de 33%, o consórcio é constituído pela Galp Energia com 34%, a Enersis com 30%, a Efacec com 2%, e a Repower Systems com 1%.

Agosto A Martifer, no âmbito do Consórcio da Ventinveste, comunica que foi notificada da adjudicação provisória de 400 MW de capacidade de injecção e dos respectivos pontos de recepção associados à produção de energia eléctrica em centrais eólicas na sequência da “Fase B” do concurso público lançado pelo Governo Português.

Setembro Foi adjudicada à Martifer Construções uma obra na construção do novo Terminal 2 no aeroporto de Dublin, na Irlanda, ao consórcio formado pela Martifer, Mota-Engil e Coffey, no valor de €52,7 milhões, cabendo à Martifer Construções obras no valor de €43,2 milhões.

A Ventinveste, SA e a Direcção Geral de Energia e Geologia assinaram no dia 21 de Setembro o contrato relativo à “Fase B” do concurso público lançado pelo Governo. Com este contrato é dado um passo decisivo no arranque do projecto da Ventinveste que prevê um investimento total de 636 milhões de euros num cluster industrial, na instalação de oito parques eólicos em cinco distritos e num fundo de inovação. O investimento na vertente eólica contempla 460 milhões de euros contratualmente comprometidos, ainda que a Ventinveste estime que este investimento possa chegar aos 535 milhões de euros. A componente industrial do projecto prevê a criação de 19 unidades industriais, 15 das quais detidas pela Ventinveste ou por membros do consórcio, com capacidade para produzir anualmente 130 aerogeradores e 267 conjuntos de pás. O cluster industrial irá permitir

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 16

fabricar, em Portugal, mais de 90% dos componentes dos aerogeradores e tem um período de laboração superior a 17 anos. O conjunto destas unidades industriais irá criar mais de 1300 novos postos de trabalho.

A Martifer Solar formalizou um contrato com a Spire Corporation, de Bedford, Massachusetts (EUA), para o fornecimento chave-na-mão de uma linha automatizada de produção de módulos fotovoltaicos com capacidade anual de 50MW. Será a primeira linha de produção deste tipo instalada em Portugal e uma das mais avançadas no mundo.

Outubro A Eviva concretizou a aquisição das posições minoritárias dos seus parceiros nas sociedades que detinham activos eólicos e hídricos em desenvolvimento na Europa de Leste. Com estas aquisições, a Martifer passou a controlar a totalidade do capital destas sociedades. As transacções tiveram um preço global de 19,2 milhões de euros.

Novembro A Martifer Solar celebrou um contrato que visa a instalação de 8MW de centrais fotovoltaicas em Espanha para o fundo de investimento belga Enfinity, com um valor de 52 milhões de euros.

Na sequência da edição 2007 do inquérito promovido anualmente pela A.T. Kearney “Global Growth Assessement”, a Martifer foi distinguida com o prémio “Organic Grower of the Year 2007”. Este prémio visa distinguir as empresas com melhor crescimento orgânico. Esta atribuição reflecte o percurso de crescimento da Martifer até 2006.

Dezembro A Eviva adquiriu dois parques eólicos em produção na Alemanha, com 53,1MW, pelo valor de 91 milhões de euros (Enterprise Value), tendo dispendido o montante de 61,2 milhões de euros (Equity Value). São os primeiros activos eólicos em produção detidos pelo grupo Martifer, que terão uma contribuição anual de cerca de 10 milhões de euros para os proveitos operacionais e de cerca de 8 milhões de euros para o EBITDA.

A Eviva, em consórcio com a EDP, é notificada da adjudicação provisória da concessão Ribeiradio/Ermida, um aproveitamento hídrico de 78MW, cuja adjudicação definitiva se espera para o 1º Semestre de 2008.

A Martifer assina um acordo de princípios com a EDP, relativo ao eventual desenvolvimento de parcerias para as novas energias, nomeadamente no desenvolvimento de activos eólicos on-shore no leste europeu, desenvolvimento conjunto de activos eólicos off-shore em Portugal, fornecimento de equipamentos eólicos em condições preferenciais, domínio hídrico, e desenvolvimento de novas energias, nomeadamente biomassa e hidrogénio.

A Martifer, através da Eviva Eletricity LLC, a sua unidade para a geração eléctrica que actua no mercado norte-americano, anuncia a entrada num projecto de desenvolvimento de 800MW de energia eólica no Texas, em conjunto com o parceiro local Spinnaker, dos quais 280MW se espera que venham a ser instalados durante 2009.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 17

4.4 ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

As Demonstrações Financeiras relativas aos exercícios de 2007 e 2006, referidas neste Relatório de Gestão, foram elaboradas de acordo com as normas internacionais de relato financeiro (IAS/IFRS), sendo que todos os valores aqui expressos dizem respeito à aplicação dessas normas.

O ano de 2007 foi caracterizado pelo crescimento significativo da actividade operacional do Grupo Martifer, que se traduziu num incremento substancial dos Proveitos Operacionais consolidados (+86%). Os Resultados Operacionais consolidados antes de amortizações e provisões e perdas de imparidade (EBITDA), cresceram perto de 50%, (excluindo itens não recorrentes), embora, em termos relativos, se tenha verificado uma retracção da margem (8,9% para 7,1%), devido ao impacto negativo de alguns negócios emergentes, em especial da área da Agricultura & Biocombustíveis.

Proveitos Operacionais Em milhões de euros

279

149

519

0

100

200

300

400

500

600

2005 2006 2007

Cash-flow* Em milhões de euros

18,3

11,3

22,0

41,5

27,9

0

10

20

30

40

50

2005 2006 2006

Ajust.

2007 2007

Ajust.

EBITDA* Em milhões de euros

37,0

28,6

15,6

24,9

0

5

10

15

20

25

30

35

40

2005 2006 2006 Ajust. 2007

Resultado Líquido* Em milhões de euros

12,6

26,2

13,9

4,7

10,3

0

5

10

15

20

25

30

2005 2006 2006

Ajust.

2007 2007

Ajust.

As colunas referentes a valores ajustados estão afectados pelos seguintes valores não recorrentes: em 2006, uma mais-valia não recorrente de €3,7 Mn resultante da venda de acções da

REpower Systems, e, em 2007 um proveito de € 21,1 Mn resultante da diluição da participação no capital da REpower Systems em virtude de um aumento de capital não subscrito pela

Martifer e um custo não recorrente de € 7,5 Mn associado à OPA sobre a REpower Systems .

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 18

Agricultura &

Biocombustíveis

23%

Geração Eléctrica

1%

Equipamentos para

Energia

21%Construção

Metálica

55%

Agricultura & Biocombustíveis

1%

Equipamentos para

Energia

23%

Construção

Metálica

76%

Em 2007, o Grupo Martifer gerou Proveitos Operacionais de 518,5 milhões de euros, o que representou um crescimento de 86,1% face a 2006, que se explica pelo bom desempenho das áreas de negócio de Construções Metálicas e Equipamentos para Energia (que cresceram 27% e 120% respectivamente), mas sobretudo pela forte contribuição da área de negócio da Agricultura & Biocombustíveis, que representou cerca de 23,5% dos Proveitos Operacionais consolidados, face a um valor insignificante no ano anterior.

Repartição Proveitos Operacionais

Por áreas de negócio (2007)

Repartição Proveitos Operacionais Por áreas de negócio (2006)

Resumos dos principais indicadores económicos4 Valores em milhões de euros

Proveitos Operacionais 518,5 518,5 278,7 278,7

CMVMC e dos subcontratos 378,8 378,8 190,1 190,1

Resultado bruto 139,7 139,7 88,6 88,6

EBITDA 37,0 37,0 28,6 24,9

EBIT 21,8 21,8 20,5 16,9

Resultados financeiros 9,2 -4,4 -2,2 -2,2

Resultados antes de impostos 31,0 17,4 18,3 14,7

Impostos 4,8 4,8 4,4 4,4

Resultado líquido do exercício 26,2 12,6 13,9 10,3

Atibuível a minoritários 0,2 0,2 -1,1 -1,1

Atribuível ao Grupo 26,4 12,8 12,9 9,2

2007 Ajustado2007 2006 2006 Ajustado

Os Resultados Operacionais consolidados antes de amortizações e provisões e perdas de imparidade (EBITDA) ascenderam em 2007 a 37 milhões de euros, representando um crescimento de 30% face a 2006.

Os Resultados Líquidos consolidados aumentaram 88% face a 2006 para 26,2 milhões de euros, por via dos maiores Resultados Operacionais e efeitos não recorrentes.

Os investimentos realizados no período ascenderam a 122 milhões de euros, sobretudo na área de negócios Agricultura & Biocombustíveis, onde foram investidos 85 milhões de euros no ano. Este valor não inclui o montante de 82 milhões de euros dispendido pela Eviva nas aquisições de dois parques eólicos na Alemanha e das posições minoritárias detidas pelos seus parceiros nos activos eólicos e hídricos em desenvolvimento na Europa de Leste.

4 As colunas referentes a valores ajustados estão afectados pelos seguintes valores não recorrentes: em 2006, uma mais-valia não recorrente de €3,7 Mn resultante da venda de acções da

REpower Systems tendo as rubricas “capital próprio” e “caixa e seus equivalentes” sido ajustadas, e em 2007 um proveito de € 21,1 Mn resultante da diluição da participação no capital da

REpower Systems em virtude de um aumento de capital não subscrito pela Martifer (este valor não monetário foi registado em “proveitos financeiros” na Conta de Exploração, registando-

se um incremento em “activos não correntes disponíveis para venda” no Balanço) e um custo não recorrente de € 7,5 Mn associado à OPA sobre a REpower Systems foi excluído do

“capital próprio” por contrapartida de uma redução de “caixa e seus equivalentes”.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 19

O Activo Total Líquido subiu para 799,1 milhões de euros, enquanto que o Activo Não Corrente ascendeu a 430,7 milhões de euros. Estas variações são explicadas pelo aumento da actividade operacional, pelos investimentos em activos fixos no período e pela interrupção do método de consolidação da participação na REpower Systems em resultado do acordo alcançado com a Suzlon. A 1 de Julho de 2007, esta participação deixou de ser registada pelo método de equivalência patrimonial e passou a ser contabilizada como activo disponível para venda, que resultou num incremento de 21,1 milhões de euros no Activo e nos Capitais Próprios (por via do Resultado Líquido).

A Dívida Líquida5 ascendeu a 212,1 milhões de euros no final do ano, um crescimento de 75,1 milhões de euros face ao final de 2006, devido ao investimento do período, em parte financiado também pelo aumento de capital de 199 milhões de euros realizado em 2007.

Os Capitais Próprios aumentaram de 71,4 milhões de euros no final de 2006 para 285,4 milhões de euros no final de 2007, por via, principalmente, do referido aumento de capital e pelos Resultado Líquidos do ano.

O auto financiamento6 situou-se no final de 2007 nos 35,7%.

Resumos dos principais indicadores financeiros Valores em milhões de euros

2007 2006 Variação

Activo Não Corrente 431 162 166%

Activo Corrente 368 188 96%

Total do Activo 799 350 128%

Capitais Prórios 285 71 300%

Passivo de MLP (excluindo Dívida e Leasings) 47 24 97%

Passivo de CP (excluindo Dívida e Leasings) 222 108 106%

Dívida (de MLP e de CP) 244 147 67%

Total do Passivo 514 278 85%

Dívida Líquida (incluindo Leasings) 212 137 55%

5 Dívida Líquida = Empréstimos + Leasings – Disponibilidades – Aplicações em Activos Financeiros (de curto prazo)

6 Auto financiamento = Capitais Próprios / Activo Total Líquido

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 20

4.5 ACTIVIDADE DESENVOLVIDA EM 2007 – POR ÁREA DE NEGÓCIOS

4.5.1 Construção Metálica

Enquadramento

Contrariamente ao mercado da construção em sentido lato, o segmento de mercado da construção metálica tem vindo a crescer significativamente, nomeadamente ao nível das grandes construções de infra-estruturas, edifícios industriais, comerciais e desportivos.

O Grupo Martifer é líder destacado neste segmento no mercado ibérico e um dos maiores operadores neste sector na Europa. A sua linha de orientação estratégica passa por reforçar a sua posição liderante no sector, através da consolidação da sua presença nos mercados Ibéricos e da Europa Central, socorrendo-se das suas vantagens competitivas:

• a capacidade produtiva das suas fábricas,

• o constante investimento na melhoria de processos produtivos e na aplicação das melhores práticas,

• a utilização de tecnologia de ponta no processo produtivo,

• a elevada qualificação da sua força de trabalho,

• a comunicação e relação de confiança com os clientes e restantes agentes económicos, e

• a capacidade de realização de projectos complexos em prazos reduzidos.

O reconhecimento das suas competências nos mercados onde opera é evidenciado pelos contratos que celebra, nomeadamente com a angariação, em meados de 2007, em consórcio com a Mota-Engil e com a Coffey, de uma importante obra no novo Terminal 2 do aeroporto de Dublin, na Irlanda, a par de outras obras emblemáticas registadas no biénio 2007-2008, das quais podemos destacar as seguintes:

• a fábrica da Ikea em Paços de Ferreira,

• a fábrica da Celbi na Figueira da Foz,

• o centro logístico do Grupo Jerónimo Martins na Polónia,

• a torre Sacyr em Madrid, Espanha,

• o centro comercial Dolce Vita Tejo, perto de Lisboa, e

• um importante empreendimento de escritórios em Bucareste, na Roménia.

Refira-se, ainda, que 2007 foi o 18º ano consecutivo de crescimento da sua actividade nesta área de negócios.

No final de 2007, a Martifer Metallic Constructions, passou a ser a holding que agrega todas as actividades desta área de negócios, a saber: estruturas metálicas, fachadas em alumínio e vidro, estruturas em aço inoxidável e monoblocos.

Resultados Consolidados

O valor dos Proveitos Operacionais aumentou, em 2007, 27% para 295,6 milhões de euros.

Este crescimento significativo resulta essencialmente da aposta do Grupo em focar-se em projectos de maior complexidade e dimensão e da boa performance da actividade de fachadas em alumínio (+68% em termos de volume de negócios).

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 21

Repartição dos Proveitos Operacionais 2007 por Geografia

Relativamente ao EBITDA (Resultados Operacionais antes de amortizações e provisões e perdas de imparidade), a margem consolidada manteve-se em cerca de 9,5%, um valor ligeiramente abaixo do nível verificado em 2006 (10%) se excluirmos o proveito não recorrente de 3,7 milhões de euros resultante da venda de acções REpower Systems.

Adicionalmente, o ano de 2006 beneficiou de uma significativa contribuição para o EBITDA resultante da venda do Centro Comercial Ferrara Plaza (cerca de 4,9 milhões de euros), pelo que, globalmente, a rentabilidade da actividade de construções registou uma melhoria.

Esta melhoria de margem consolidada (ajustada) da Metallic Constructions deve-se à melhoria da margem na Europa Central e à maior contribuição da actividade de obras de fachada em alumínio. De notar que, nesta actividade, a margem EBITDA tem vindo a melhorar na Europa Central, situando-se perto da margem alcançada na Península Ibérica, e que a contribuição deste mercado deverá ser crescente em 2008.

No ano de 2007, foi dado mais um passo na nossa internacionalização. Foram investidos 14,6 milhões de euros, dos quais 6 milhões de euros foram aplicados na construção de uma unidade industrial na Roménia, que estará concluída em 2008, aumentando a nossa capacidade produtiva em mais 14 mil toneladas/ano. Esta unidade visa responder de forma mais ajustada às necessidades do mercado romeno, cuja importância na carteira de obras do Grupo tem crescido substancialmente. O valor total do investimento (cerca de 8 milhões de euros) estava inicialmente programado para o incremento da capacidade da unidade polaca, pelo que não existe um incremento substancial no plano de investimentos apresentado há 12 meses atrás.

Apesar de reiterada a intenção de investir a curto prazo numa unidade produtiva em Angola, este projecto tem sido adiado por falta do licenciamento. Entretanto, o mercado Angolano tem vindo a ser satisfeito pelas unidades industriais de Oliveira de Frades e de Benavente.

No final de 2007, a dívida líquida afecta a esta actividade situava-se em 57 milhões de euros.

Construções Metálicas 2007 Peso Variação* 2006 Peso 2006* Peso*

Proveitos Operacionais 295,6 27% 232,8 232,8

CMVMC e dos subcontratos 197,5 66,8% 26% 156,5 67,2% 156,5 66,9%

Resultado bruto 98,1 33,2% 29% 76,3 32,8% 76,3 32,6%

EBITDA 28,0 9,5% 20% 27,1 11,6% 23,4 10,0%

EBIT 20,8 7,0% 22% 20,7 8,9% 17,0 7,3%

Resultados financeiros -4,3 -1,5% 113% -2,0 -0,9% -2,0 -0,9%

Impostos 5,0 1,7% 13% 4,4 1,9% 4,4 1,9%

Resultado líquido do exercício 11,5 3,9% 8,5% 14,3 6,1% 10,6 4,5%

* Excluindo proveito não recorrente de 3,7 milhões de euros relativos a venda de acções da REpower

Ibéria

86%

Europa

Central

13%

Outros

Mercados

1%

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 22

4.5.2 Equipamentos para Energia

Enquadramento

Com uma estratégia clara e perfeitamente definida, a Martifer Energy Systems, sociedade cabeça de grupo da área de negócios dos Equipamentos para Energia, tem como objectivo o desenvolvimento de um modelo de negócio que aproveita as diversas fontes de energia renovável para criar mercado, tal como:

• No segmento da Energia Eólica, a criação de capacidade de fornecimento de parques eólicos chave-na-mão com uma elevada integração vertical, como resposta às características do mercado;

• No segmento da Energia Solar, através da produção de módulos fotovoltaicos e instalação de parques solares chave-na-mão para produção de energia;

• Na Engenharia, a concepção e especialização na instalação de unidades industriais com elevada incorporação tecnológica, desenvolvendo soluções energeticamente eficientes;

• Na Inovação, através do desenvolvimento de tecnologia própria para o aproveitamento da energia das ondas do mar.

Energia Eólica

A participação do Grupo Martifer no Agrupamento Ventinveste, que saiu vencedor na fase B para a atribuição de 400 MW de potência eólica, veio dar a oportunidade para a criação de um verdadeiro cluster industrial em Portugal, com a instalação de novas unidades industriais e ampliação de unidades já existentes.

Actualmente, a Martifer Energy Systems dispõe de uma fábrica de torres metálicas para parques eólicos localizada em Oliveira de Frades. Esta unidade foi dimensionada para uma capacidade de produção de 120 torres/ano, mas actualmente está a ser duplicada na sua área coberta, permitindo um aumento de capacidade para as 400 torres/ano, a partir de Março de 2008.

Investimentos a decorrer contingentes à fase “B” do concurso

Investimento Empresa e parte detida * Descrição Capacidade anual

Turbinas Repower Portugal 50% Nova Unidade 130 turbinas – 260 MW

Torres MT Energia 100% Incremento de Capacidade 400 Torres (+280)

Pás Powerblades 100% Nova Unidade 267

Caixas Multiplicadoras Gebox 50% Incremento de Capacidade 350 Unidades (+290)

Chassis MT Energia 100% Nova Unidade 130 Unidades

Anéis de Fundação MT Energia 100% Nova Unidade 130

O & M Repower Portugal 50% Incremento de Capacidade

Centro de Formação MT Energia 100% Nova Unidade

Outros Componentes MT Energia 100% Nova Unidade

* parte de capital detido pela Martifer a 31 de Dezembro de 2007

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 23

Será também ampliada a capacidade da unidade industrial de fabrico de caixas multiplicadoras, que passará das 60 para as 350 unidades anuais. A Martifer estabeleceu em Março de 2005 uma parceria estratégica com a REpower Systems AG, 7ª maior empresa a nível mundial, na produção e assemblagem de aerogeradores para produção de energia eólica, tendo-se tornado um dos seus accionistas de referência. O acordo estabelecido define as bases para a transferência de know-how na produção de aerogeradores eólicos em Portugal, tendo sido constituída a Repower Portugal, detida em partes iguais pela Martifer e pela REpower Systems AG. Estão actualmente em fase de construção as novas instalações para a montagem de uma linha de fabrico de aerogeradores eólicos com uma capacidade instalada de 130 unidades por ano (260MW).

Através da Repower Portugal, o Grupo Martifer actua na actividade de construção e fornecimento de parques eólicos em regime chave-na-mão, utilizando tecnologia da REpower Systems, incluindo a operação e manutenção dos parques eólicos.

Ao longo do ano de 2007, esta unidade desenvolveu principalmente a actividade de instalação de parques eólicos em Portugal e Espanha, tendo registado proveitos operacionais de cerca de 40 milhões de euros. No final do ano, a Repower Portugal contava com uma carteira de encomendas de parques eólicos com capacidade instalada de 184MW, o que representará uma facturação na ordem dos 240 milhões de euros, excluindo as receitas relativas à manutenção e operação dos parques que está contratada à Repower Portugal.

Engenharia

A Martifer Energy Systems constituiu uma equipa de trabalho que desenvolveu know-how na gestão e construção de projectos chave-na-mão de unidades industriais com elevada incorporação tecnológica. Desde 2005 que a Martifer Energy Systems, tem já no seu curriculum algumas obras realizadas de elevada referência, tais como:

Projecto Local Valor (€ milhões)

Unidade de produção de Biodiesel Leckliu - Roménia 11,9

Unidade de produção de Biodiesel Aveiro – Portugal 28,0

Parque de tanques para armazenagem de combustíveis Aveiro – Portugal 16,0

Oleodutos Aveiro – Portugal 1,5

Em 2007, esta área de negócios gerou proveitos operacionais de 36,8 milhões de euros, exclusivamente para empresas do Grupo Martifer (nomeadamente para empresas da área de negócios Agricultura & Biocombustíveis).

Energia Solar

Neste segmento de mercado a Martifer, através da Martifer Solar, actua principalmente no segmento da instalação de parques solares chave-na-mão. Durante 2007, foram realizados os primeiros passos na construção de parques solares fotovoltaicos em regime de subcontratação, havendo boas perspectivas para o futuro próximo, dada a carteiras de encomendas actualmente existentes de parques em regime chave-na-mão, de cerca de 20MW. São de realçar nestes contratos, a construção de 5 parques em Espanha para o grupo belga Enfinity, num total de 8MW, e, também em Espanha, para a Enerland, um parque com uma capacidade total de 8,7MW em Áragon. Ambos os contratos serão finalizados durante 2008.

Em 2007, esta divisão gerou proveitos operacionais de 22,1 milhões de euros, respeitantes sobretudo a trabalhos realizados em Espanha e a pagamentos já efectuados pelos nossos clientes para assegurar a disponibilidade de equipamentos.

A Martifer actua também no segmento de instalações em edifícios e proximamente, em Portugal, no segmento da microgeração, aguardando-se neste momento, a publicação da legislação final para dar início operacional a este negócio.

Adicionalmente, o Grupo já iniciou o investimento na instalação de uma unidade de produção de módulos fotovoltaicos de forma a reduzir o risco associado à dependência de fornecedores de equipamentos e permitir conquistar margens, tendencialmente crescentes, na cadeia de valor. A unidade está a ser construída em Oliveira de Frades e terá uma capacidade instalada inicial de 50MW/ano, estando previsto o seu incremento para 100MW/ano durante o ano de 2009. O investimento realizado nesta unidade, na primeira fase, ascenderá a 15 milhões de euros.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 24

Energia das Ondas

Uma das linhas de orientação estratégica de médio e longo prazo do Grupo Martifer consiste na aposta na Investigação & Desenvolvimento de novas soluções para a produção de energias renováveis. Nesse sentido a Martifer, está a desenvolver tecnologia destinada à criação de um protótipo para a produção de energia a partir das ondas do mar. Pretende-se que durante 2008 este mesmo protótipo à escala real seja colocado no mar, na Zona Piloto de São Pedro de Moel.

Resultados Consolidados

Em 2007, a área de negócios dos Equipamentos para Energia obteve Proveitos Operacionais de 113,7 milhões de euros, face a aproximadamente 51,8 milhões de euros em 2006. Esta área de actividade gerou 9,9 milhões de euros de Resultados Operacionais antes de amortizações e provisões e perdas de imparidade (EBITDA), face a 3,8 milhões de euros em 2006.

Para esta melhoria da margem operacional contribuíram o incremento da actividade no segmento eólico, a conclusão dos projectos industriais desenvolvidos pela divisão de Engenharia e o início da actividade da Martifer Solar.

O Cash-flow (corrigido por eventos não recorrentes abaixo descritos) ascendeu a 9 milhões de euros.

No final do ano, a dívida líquida da área de negócios dos Equipamentos para Energia ascendia a 19 milhões de euros.

Equipamentos para Energia 2007* Peso* Variação* 2007 Peso 2006 Peso

Proveitos Operacionais 113,7 120% 113,7 51,8

CMVMC e dos subcontratos 91,4 80,4% 121% 91,4 80,4% 41,3 79,8%

Resultado bruto 22,3 19,6% 113% 22,3 19,6% 10,5 20,2%

EBITDA 9,9 8,7% 156% 9,9 8,7% 3,8 7,4%

EBIT 4,9 4,3% 102% 4,9 4,3% 2,4 4,7%

Resultados financeiros 0,1 0,1% -132% 15,9 14,0% -0,4 -0,8%

Impostos 0,6 0,5% 1147% 0,6 0,5% 0,0 0,1%

Resultado líquido do exercício 4,4 3,9% 122,7% 20,2 17,8% 2,0 3,8%

*Excluindo 15,8 milhões de euros resultantes da diluição da participação financeira na REpower Systems originada pelo aumento de capital que não foi subscrito pela Martifer Energy Systems.

4.5.3 Geração Eléctrica

Enquadramento

O ano de 2007 confirmou a Eviva como um player internacional nas actividades de desenvolvimento e exploração de activos de produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis, tendo atingido todos os objectivos a que se tinha proposto no ano anterior. Assim, 2007 foi o ano em que se verificou:

• Consolidação da presença no mercado nacional, com a vitória na fase B do concurso para atribuição de 400 MW de potência eólica;

• Reforço da presença internacional, com particular relevo para a abertura de escritórios em Espanha e na Austrália e para o início das actividades de desenvolvimento nos Estados Unidos da América;

• Primeiros activos eólicos em funcionamento, na Alemanha.

Energia Eólica

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 25

Face aos desenvolvimentos do mercado dos pontos de vista tecnológico, regulamentar e económico, a energia eólica tem sido aquela que apresenta um mais notório desenvolvimento não só a nível mundial, mas também nas actividades da Eviva.

Neste segmento há a destacar no mercado português a vitória do Agrupamento Ventinveste (no qual o Grupo Martifer tem uma participação de 33%) na fase B do concurso para atribuição de 400 MW de potência eólica, pelo que a Eviva se encontra agora activamente envolvida no desenvolvimento dos parques eólicos definidos no concurso que se espera que comecem a entrar em operação progressivamente a partir de 2009/10.

Nos mercados onde já vinha operando, a Eviva não só avançou nos seus processos de licenciamento, como reforçou o seu portfólio. Na Polónia, no final de 2007, a Eviva tinha dois parques em fase final de desenvolvimento que espera vir a construir durante o ano de 2008, num total de 28MW. O portfólio de projectos em desenvolvimento na Polónia corresponde já a mais de 400 MW em 13 projectos. Diversos projectos apresentam já mais de um ano de medições de vento. O reforço da equipa foi outra das preocupações durante 2007, detendo actualmente a Eviva Polska escritórios não só em Cracóvia (sede), mas também em Varsóvia e no norte do país. As actividades na Eslováquia, coordenadas a partir da Polónia tiveram desenvolvimentos limitados devido às indefinições do enquadramento legal.

Na Roménia, país que aderiu durante 2007 à União Europeia, a Eviva detém um portfólio de mais de 600 MW em 19 projectos, sendo que espera iniciar a construção de três deles durante 2008, num total de 50 MW. O ano de 2007 assistiu à celebração de parcerias adicionais com promotores locais para aquisição dos seus projectos ou desenvolvimentos conjuntos, ao controlo de terrenos para desenvolvimento de novos projectos e ao avanço nos processos de licenciamento eléctrico. Todos os projectos apresentam já mais de um ano de medições de vento e confirmam o elevado potencial de produção de energia eólica. Também na Roménia se verificou o reforço da equipa de modo a dar resposta ao número crescente de projectos e às fases avançadas em que se vão encontrando.

O processo de licenciamento de 300 MW na Ucrânia continuou durante 2007 com a finalização do Feasibility Study que corresponde a um passo significativo em todo o processo. O início de operação dos parques eólicos, um de 100 MW e outro de 200 MW, é esperado para 2009 e 2010.

A Eviva entrou ainda no mercado alemão no ano de 2007 com a aquisição de dois parques eólicos num total de 53,1 MW já em operação. A gestão, operação e manutenção destes parques está a ser feita em regime de outsourcing com um acompanhamento muito próximo por parte da equipa da Eviva, beneficiando assim das boas práticas existentes de um mercado com elevado grau de maturidade mas ainda com significativo potencial de crescimento.

Particularmente significativa no ano de 2007 foi a expansão para novos continentes, destacando-se a parceria estabelecida nos Estados Unidos da América para o desenvolvimento de 800 MW já identificados no Texas, com início de construção prevista para 2009, e o inicio de actividade na Austrália com a constituição de empresa local localizada em Sidney.

De referir que a Eviva tem já garantido o fornecimento dos aerogeradores necessários para os parques eólicos a entrar em operação em 2008 (14 turbinas MM92 da REpower Systems e 25 turbinas S88 da Suzlon).

Energia Solar

O enorme potencial de mercado proporcionado pela exploração de energia solar tem sido explorado pelo Grupo Martifer em diferentes vertentes. No que respeita à Eviva, foi reforçada a presença nos mercados europeus mais atractivos para o efeito do ponto de vista de tarifa.

Em Espanha, na sequência do reforço da equipa local, verificou-se a aquisição de dois projectos solares fotovoltaicos, com 0,4 MW e 1,8 MW de capacidade, e a celebração de contrato de desenvolvimento de projectos fotovoltaicos com um promotor local, de entre os quais se destaca o início de construção de um projecto de 0,6 MW previsto para o segundo trimestre de 2008 na Província de Castilla y León.

Também na Grécia, e após constituição de empresa local, foram submetidos às autoridades 6 projectos num total de cerca de 10 MW, com o respectivo controlo de terrenos. Finalmente em Itália, foi reforçada a equipa com presença física local.

A Eviva encontra-se também activamente a desenvolver oportunidades no âmbito da energia solar termoeléctrica que se perspectiva vir a ser um mercado de elevado potencial num futuro próximo.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 26

Energia Hídrica

No domínio da energia hídrica é de salientar durante o ano de 2007 a adjudicação da construção e exploração de dois aproveitamentos hidroeléctricos no total de 78 MW em Portugal (Projecto Ribeiradio-Ermida), em parceria com a EDP. Adicionalmente foi ainda estabelecida uma parceria com a EDP para o desenvolvimento de projectos hídricos na região do Vouga e Paiva. A Eviva explora ainda um aproveitamento hídrico na Roménia com uma capacidade de 1 MW, estando atenta às diversas oportunidades que aquele mercado poderá proporcionar no âmbito da energia hídrica.

Outras formas de Produção de Energia

Na perspectiva de uma contínua antecipação das oportunidades que o mercado proporciona, a Eviva tem estado particularmente activa nos processos associados com o licenciamento e desenvolvimento de activos de produção de energia eléctrica a partir de outras formas de energia, nomeadamente a partir de energia das ondas. Neste contexto, a Eviva posiciona-se como empresa pioneira e na vanguarda dessas oportunidades.

Resultados Consolidados

Em 2007, a área de negócios da Geração Eléctrica obteve proveitos operacionais consolidados de 4,4 milhões de euros, principalmente devido à contribuição de dois meses de operação dos parques eólicos adquiridos em Dezembro de 2007 na Alemanha, mas com efeitos reportados a 31 de Outubro desse ano. Os Resultados Operacionais antes de amortizações e provisões e perdas de imparidade resultados (EBITDA), continuam a ser negativos fruto da fase de desenvolvimento em que se encontram a maioria dos projectos, não contribuindo para os proveitos.

O Cash-flow foi negativo no valor de 1,1 milhões de euros. No final do ano, a dívida líquida da área de negócios da Geração Eléctrica ascendia a 26 milhões de euros. O investimento total ascendeu a 82 milhões de euros, montante essencialmente dispendido pela Eviva nas aquisições de dois parques eólicos na Alemanha por um Equity Value de 61,2 milhões de euros (Enterprise Value de 91 milhões de euros) e das posições minoritárias detidas pelos seus parceiros nos activos eólicos e hídricos em desenvolvimento na Europa de Leste.

Geração Eléctrica 2007 Peso 2006 Peso

Proveitos Operacionais 4,4 0,1CMVMC e dos subcontratos 0,1 1,3% 0,0 s.s.Resultado bruto 4,3 98,7% 0,1 s.s.EBITDA -0,5 -11,3% -0,4 s.s.

EBIT -2,1 -47,5% -0,5 s.s.Resultado financeiro -0,7 -16,1% -0,1 s.s.Impostos -0,1 -1,9% -0,2 s.s.Resultado líquido do exercício -2,7 -61,6% -0,4 s.s.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 27

4.5.4 Agricultura & Biocombustíveis

Enquadramento

2007 foi o ano de inicio da actividade comercial da Prio, a participada do Grupo Martifer para a área de negócios da Agricultura e Biodiesel. Este foi um ano marcado pela conclusão da construção das duas unidades de produção de biodiesel, na Roménia (Lhliu-Gara) e em Portugal (Aveiro), e do parque de tancagem e enchimento em Aveiro. Foi também o primeiro ano em que obtivemos receitas da venda de biodiesel e de combustíveis em Portugal.

Foi um ano marcado por fortes investimentos e com proveitos principalmente provenientes da actividade final da cadeia de valor, a distribuição, onde, em condições normais, se obtêm margens inferiores às actividades agrícola e de produção de biocombustíveis.

No entanto, e apesar de ser o ano de arranque desta actividade, os resultados globais desta área de negócio ficaram aquém das nossas expectativas, dado o ambiente negativo vivido no mercado global das commodities agrícolas, que afectaram substancialmente as margens no negócio da produção de biodiesel.

Prio Agricultura e Extracção

No segmento agrícola, e prosseguindo o objectivo do Grupo de controlar pelo menos 25% das suas necessidades de sementes oleaginosas, minimizando assim a dependência do abastecimento no mercado de matérias-primas, prosseguimos com os investimentos na aquisição de terrenos e de maquinaria agrícola e no arrendamento a longo prazo de alguns campos agrícolas. No final do ano, contávamos com cerca de 26 mil hectares, dos quais 17 mil na Roménia, para produção de colza e girassol e 9 mil hectares no Brasil, no Estado do Maranhão, para produção de soja. Iniciámos ainda em 2007 actividades exploratórias em Moçambique, através de uma joint-venture com o Grupo Visabeira, para a eventual exploração agrícola nesse país, permitindo a diversificação das matérias-primas, quer em termos geográficos, quer em termos de cultura agrícola (para além da soja, pretende-se a produção do girassol e do milho).

Em 2007, obtivemos as primeiras receitas significativas desta actividade, no valor de 6,6 milhões de euros, principalmente da venda de sementes e cereais produzidos na Roménia e de subsídios à produção.

Paralelamente, foram desenvolvidos esforços no sentido de promover a cultura do girassol em Portugal, permitindo aos produtores agrícolas nacionais a aposta neste produto, através da contratação da aquisição das suas culturas. Desta forma, foi possível receber o abastecimento de sementes de girassol oriundas de cerca de 7 mil hectares de terrenos em Portugal, na sua maioria anteriormente não cultivados. Para o ano de 2008, contámos elevar este número para cerca de 20 mil hectares, no seguimento de uma parceria desenvolvida com a Caixa de Crédito Agrícola e com a Syngenta, uma das maiores empresas mundiais no sector das sementes de alto valor.

5,2 k ton Produção de cereais

Produção de sementes

Terrenos em reserva

Terrenos explorados

Prio Agricultura e Extracção

3,3 K ton

9.238 ha

17.173 ha

Agricultura1 6,6 Vendas de Combustíveis 93,9

Proveitos Operacionais Milhões €

Vendas de Biodiesel 42,6

1Incluindo subsídios à produção e antes de eliminiações intragrupo

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 28

Prio Biocombustíveis

2007 foi também o ano de arranque das actividades operacionais desta divisão. Em Julho, foi inaugurada a unidade de produção de biodiesel na Roménia, um investimento total de cerca de 30 milhões de euros, implantada junto a terrenos agrícolas da Prio. Esta unidade tem uma capacidade instalada para a produção anual de 100 mil toneladas de biodiesel e fornece inteiramente o mercado romeno, através de contratos firmados com os principais distribuidores de combustíveis nesse país. Durante 2007, esta unidade produziu 18,4 mil toneladas de biodiesel.

Em Setembro, obtivemos a licença ambiental necessária para iniciar a produção de biodiesel na unidade de Aveiro, Portugal. Igualmente capacitada para produzir 100 mil toneladas de biodiesel por ano, está estrategicamente localizada no Parque de Granéis Líquidos do Porto de Aveiro, permitindo a exportação de biodiesel com baixos custos logísticos, através de um oleoduto que liga o parque ao cais. Esta unidade produziu 23,7 mil toneladas de biodiesel em 2007. Para além do mercado doméstico, a Prio firmou um contrato com a FCL-Biofuels UK, que garante a exportação de 4 mil toneladas de biodiesel por mês para o mercado britânico, o que representa quase metade da capacidade produtiva desta unidade.

Os Proveitos deste segmento (vendas de biodiesel e de glicerina) ascenderam a 41,3 milhões de euros, o que representa um proveito médio de cerca de 980 euros por tonelada vendida.

No seu conjunto, os investimentos realizados em 2007 nesta divisão ascenderam a 27 milhões de euros, sobretudo na conclusão da construção das duas unidades de biodiesel.

Prio Advanced Fuels

Esta divisão, que corresponde à actividade de distribuição de combustíveis em Portugal, foi responsável por um volume de negócios de cerca de 94 milhões de euros em 2007. Na primeira metade do ano, o grosso das vendas provieram do fornecimento de combustíveis a clientes grossistas. Na segunda metade do ano, iniciaram-se as vendas através da rede de postos de abastecimento da marca Prio, sendo o primeiro sido inaugurado em Agosto de 2007 em Oliveira de Frades, e, fruto do acordo alcançado com o Grupo Jerónimo Martins, vendas nos postos de abastecimento situados junto às lojas das insígnias Feira Nova e Pingo Doce. Terminámos o ano com 3 postos de combustível em operação detidos pela Prio AF e 7 postos fruto da parceria com a Jerónimo Martins.

Nesta divisão, foram investidos cerca de 39 milhões de euros, nomeadamente na unidade de tancagem e enchimento em Aveiro e na rede de postos de combustível.

Roménia

Portugal

18,4 k ton

23,7 k ton

Produção de Biodiesel

15k

67k

(m3)

Rede Retalho

Mercado Grossista

Vendas de Combustíveis

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 29

Resultados Consolidados

Em 2007, a área de negócios do biodiesel, obteve Proveitos Operacionais consolidados de 122 milhões de euros. Esta área de negócios gerou 236 mil euros de Resultados Operacionais antes de amortizações e provisões e perdas de imparidade (EBITDA), face a -1,3 milhões em 2006.

Para esta melhoria da margem operacional contribuiu o início da actividade de produção de biodiesel e as receitas mais significativas na actividade agrícola.

No sentido contrário, este valor não correspondeu às nossas expectativas, uma vez que a margem obtida na produção do biodiesel foi negativamente afectada pelo crescimento substancial do preço das matérias-primas (óleo vegetal, em particular de colza e de soja), cuja variação em 2007 foi superior à variação do preço do diesel de origem fóssil, provocando um deterioração de margens na Prio Biocombustíveis. No entanto, através de operações de cobertura foi possível minimizar este impacto. O Cash-flow ascendeu a -4,2 milhões de euros devido, essencialmente aos encargos financeiros associados às operações de crédito contratadas para financiar parte do nosso investimento em 2007. No final do ano, a dívida líquida da área de negócios Agricultura & Biocombustíveis ascendia a 103 milhões de euros.

Biocombustíveis 2007 Peso 2006 PesoProveitos Operacionais 121,9 1,5CMVMC e dos subcontratos 111,1 91,1% 0,8 52,6%Resultado bruto 10,9 8,9% 0,7 47,4%EBITDA 0,2 0,2% -1,3 -83,8%EBIT -1,2 -1,0% -1,4 -94,9%Resultados financeiros -5,2 -4,2% 1,2 79,8%Impostos -0,7 -0,6% 0,0 -2,6%Resultado líquido do exercício -5,7 -4,7% -0,2 -12,5%

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 30

4.6 AS PESSOAS

Desde sempre que o Grupo Martifer tem nos seus colaboradores um dos seus activos mais importantes, pois são eles que mais contribuem para a diferenciação e para o sucesso organizacional. O capital humano constitui importância vital para gerar vantagens competitivas numa arena cada vez mais turbulenta. É das pessoas que nasce a inovação, a criatividade, a capacidade realizadora, e é através delas que se constrói um futuro com sucesso. Porque as empresas do grupo acreditam que a melhoria contínua só se consegue através de programas eficazes de formação, é política do grupo apostar em formação adequada e de qualidade quer ao nível interno, quer ao nível externo.

A procura da satisfação e motivação plenas dos colaboradores é uma constante, pois só através do reconhecimento das verdadeiras necessidades e expectativas destes é que se poderão tomar medidas concretas. O ano 2006 fica marcado como o ano do reconhecimento pelo trabalho desenvolvido nos últimos anos. Assente numa política de Recursos Humanos sustentada na equidade e nas boas práticas, a Martifer foi reconhecida como um Great Place to Work, tendo sido classificada no grupo das 10 melhores empresas para trabalhar em Portugal, distinção atribuída pelo Great Places to Work Institute. Em 2007 voltamos a estar referenciados.

O Grupo Martifer considera que o alinhamento e a focalização de todas as pessoas na organização é fundamental para a concretização dos objectivos estratégicos, de forma a compreenderem a estratégia e a visão das empresas. O facto das pessoas se fazerem ouvir na organização faz com que todas estejam envolvidas e empenhadas no alcance e superação dos objectivos definidos. A formação no Grupo Martifer continua a ser uma prioridade, pois só se conseguem elevados níveis de desempenho se os colaboradores tiverem qualificação, competências e capacidades adequadas. O Grupo continuou a mobilizar todos os seus colaboradores dando-lhes formação interna e externa aos mais diversos níveis. Em 2007 foram dadas em termos médios, 41,6 horas de formação por colaborador.

Uma informação importante de realçar é o facto do Grupo, não registar quaisquer tipo de problemas laborais, facto que se assinala com muito agrado, encontrando-se todos os salários e encargos sociais devidamente regularizados.

4.7 RESULTADO DO EXERCÍCIO

Conforme consta do Balanço e Demonstração dos Resultados, o Resultado Líquido consolidado ascende a 26.209.099 euros.

4.8 GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

A política de gestão dos riscos financeiros levada a cabo pelo Grupo Martifer está alicerçada no pressuposto da continuidade

das suas operações e na maximização do retorno para todos os seus stakeholders através da optimização da sua estrutura de

capitais.

A estrutura de capital do grupo é composta de capitais alheios, que englobam o endividamento, a caixa e seus equivalentes e

ainda o capital próprio atribuível ao Grupo, desagregado em capital emitido, reservas e resultados retidos.

A incerteza, característica dominante dos mercados financeiros, comporta em si uma variedade de riscos, aos quais as

actividades do Grupo Martifer se encontram expostas, designadamente, risco de preço, risco de taxa de câmbio, risco de

taxa de juro, risco de liquidez e risco de crédito.

a) Risco de preço de matérias-primas

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 31

i. Construção metálica e equipamentos para a energia

As alterações do preço do aço e do alumínio têm um impacto significativo nos resultados operacionais do Grupo

, uma vez que são matérias-primas sujeitas a problemas de escassez e a oscilações de preço repentinas.

O Grupo Martifer tem procurado mitigar este risco através de três formas distintas:

i) celebração de contratos com fornecedores de matérias-primas nas datas de formalização de contratos

para projectos de grande dimensão;

ii) realização de armazenamento de algumas quantidades destas matérias-primas quando existe expectativa

de subida de preço; e

iii) repercussão do aumento do preço da matéria-prima no cliente final.

ii. Biocombustíveis

Tendo presente que os preços de referência mundiais das sementes oleaginosas são afectados, nomeadamente,

pela oferta e procura internacionais desta matéria-prima para diversas indústrias, desde a produção de biodiesel

aos óleos alimentares e rações para animais, pela ocorrência de anos agrícolas de carácter excepcional e por

diferenças cambiais, conclui-se que estamos perante uma matéria-prima caracterizada por uma enorme

volatilidade de preço.

Com o objectivo de reduzir este risco de oscilação do preço das sementes oleaginosas, o Grupo tem

investimentos previstos na produção agrícola deste tipo de sementes, tendo estabelecido como objectivo atingir

a médio prazo uma capacidade de auto-satisfação para as suas unidades de produção de biodiesel de 25%.

Paralelamente, e sempre que possível e aconselhável, recorre a instrumentos derivados de cobertura,

designadamente a contratos de futuros para fixação do preço do óleo vegetal, em particular de colza e de soja.

O Grupo procura, ainda, mitigar este risco estando presente em toda a cadeia de valor, desde a agricultura à

distribuição de combustíveis passando pela extracção de óleos, sua logística e trading e pela produção de

biodiesel. Desta forma, procura-se minimizar a dependência de terceiros ao longo de todo o processo.

Adicionalmente, a criação de uma unidade de trading e de capacidade de armazenamento, permite uma gestão

integrada das matérias-primas, uma maior flexibilidade na negociação das condições da sua aquisição e a redução

do risco de haver falhas no seu abastecimento.

Além disso, existem países com exigências legais na área de negócio do biodiesel obrigando à sua utilização, o

que possibilita a criação de um mercado garantido por imposição legal, tornando-se mais fácil repercutir o custo

das matérias-primas no preço final.

b) Risco de taxa de câmbio

As actividades do Grupo estão expostas a variações das taxas de câmbio do Euro face a outras moedas,

nomeadamente ao dólar norte-americano. Os preços do aço, do alumínio, do crude e das sementes oleaginosas

são geralmente expressos ou indexados ao dólar, o que pode ter um impacto significativo na actividade do

Grupo.

Acresce que, tendo em consideração os diversos países onde o Grupo desenvolve a sua actividade, a sua

exposição ao risco de taxa de câmbio decorre do facto das suas subsidiárias localizadas fora da zona Euro,

designadamente, Polónia, Eslováquia, Roménia, República Checa, Suécia, Ucrânia, Angola, Brasil, Austrália,

Estados Unidos da América e Moçambique, relatarem em moeda diferente do Euro, sendo imaterial o risco

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 32

associado à actividade operacional.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objectivo último diminuir ao

máximo a sensibilidade dos resultados do Grupo a flutuações cambiais. Neste contexto, e sempre que possível, o

Grupo procura realizar coberturas naturais dos valores em risco, compensando montantes a pagar e a receber

expressos na mesma moeda.

O montante de activos e passivos (em Euro) do Grupo registados em moeda diferente do Euro, materialmente

relevantes, pode ser resumido como se segue:

31-12-2007 31-12-2006 31-12-2007 31-12-2006

Zloti (Polónia) 100.916.746 38.275.343 97.091.010 30.434.726

Leu (Roménia) 116.988.015 43.758.796 121.883.534 26.880.893

Activos Passivos

Os eventuais impactos gerados nas demonstrações financeiras do Grupo pela transposição das demonstrações

financeiras das suas subsidiárias que relatam em moeda diferente do Euro, caso ocorresse uma variação de 1%

nas taxas de câmbio acima referidas, pode ser resumido como se segue:

Variação Resultados Capital Prório Resultados Capital Póprio

Zloti (Polónia) 1% 11.820 38.261 759 78.414

Leu (Roménia) 1% (96.105) (48.960) 10.098 168.796

2007 2006

c) Risco de taxa de juro

O Grupo recorre a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a

alterações nas taxas de juro vigentes nos seus contratos de financiamento. O objectivo do Grupo ao seguir esta

política de gestão de risco de taxa de juro é reduzir a volatilidade dos custos financeiros associados ao seu

endividamento bancário, e reduzir a exposição às taxas de juro variáveis, designadamente através da contratação

de swaps.

O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos

subjacentes aos swaps de taxa de juro contratados, são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os

empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 33

d) Risco de liquidez

Teoricamente, a estrutura financeira de uma empresa está equilibrada quando o grau de liquidez das aplicações

iguala o grau de exigibilidade das origens. Consequentemente, não se deve financiar a aquisição de activos fixos

com um financiamento reembolsável a curto prazo, bem como a aquisição de bens e serviços destinados a ser

incorporados no processo de produção, deve ser feita preferencialmente com recurso a financiamentos de curto

prazo.

A política de gestão de risco de liquidez levada a cabo pelo Grupo procura:

i) garantir o acesso permanente e da forma mais eficiente a fundos suficientes para fazer face aos

pagamentos correntes nas respectivas datas de vencimento;

ii) minimizar a probabilidade de incumprimento no reembolso de qualquer aplicação de fundos;

iii) garantir que o Grupo maximiza o valor e/ou minimiza o custo de oportunidade da detenção de liquidez

excedentária no curto prazo.

Levada à prática, esta política procurará fazer coincidir a maturidade das aplicações a realizar com os pagamentos

previstos, incluindo uma margem para cobrir eventuais erros de previsão (por exemplo, para fazer face a

liquidações urgentes não programadas).

e) Risco de crédito

O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afectem as economias a uma escala local,

nacional ou internacional podem originar a incapacidade dos clientes do Grupo Martifer para saldar as suas

obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo.

Cientes desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como racional para

o estabelecimento do crédito a conceder, sendo objectivo último assegurar a efectiva cobrança dos créditos nos

prazos estabelecidos.

Com este objectivo, o Grupo recorre a agências de avaliação de crédito e efectua regularmente controlo de crédito, cobrança e gestão de processos em contencioso, procedimentos essenciais para gerir a actividade creditícia e minimizar a ocorrência de incobráveis.

4.9 FACTOS RELEVANTES OCORRIDOS APÓS O ENCERRAMENTO DAS CONTAS

02-01-2008 A Martifer Energy Systems adquire uma participação de 96,8% da Navalria, uma empresa de reparação naval situada em Aveiro, para o desenvolvimento dos equipamentos da energia das ondas.

22-01-2008 A Solar Parks, uma subsidiária da Martifer Solar, que pertence à área de negócios dos Equipamentos para Energia, assina um contrato em Espanha para o fornecimento chave-na-mão de um parque solar fotovoltaico, com 8,7MWp de capacidade instalada, no valor de 58,7 milhões de euros.

4.10 NOTAS FINAIS E PERSPECTIVAS FUTURAS

Nos termos do artigo 245º, número 1, alínea c) Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação constante deste relatório e contas foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Martifer, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 34

este relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Martifer, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Gostaríamos, uma vez mais, de manifestar o nosso profundo agradecimento a todos os que permitiram a obtenção dos resultados aqui apresentados.

Este é um relatório especial, já que, pela primeira vez, é dirigido a um conjunto muito alargado de accionistas que, desde o pequeno aforrador (através da subscrição de acções na Oferta Pública de Subscrição) ao accionista institucional (no aumento de capital a eles dirigido), contribuíram para que a Martifer pudesse alcançar a dimensão que tem actualmente e prosseguir o seu plano de crescimento futuro.

Uma palavra de agradecimento e reconhecimento muito especial aos colaboradores do Grupo, que através do seu esforço diário e do seu empenho e dedicação, tornaram possível ao Grupo Martifer ser hoje reconhecido pelo seu sucesso nos mercados onde opera.

Não podemos deixar de agradecer igualmente a todos os Clientes, Fornecedores, Instituições Financeiras e outros parceiros de negócio, pela confiança depositada ao longo dos últimos 18 anos nesta Empresa.

Oliveira de Frades, 28 de Fevereiro de 2008

O Conselho de Administração

Martifer SGPS SA

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 35

5 GOVERNO SOCIETÁRIO

5.1 Declaração de Cumprimento

A estrutura e o governo da sociedade regem-se pelo Código das Sociedades Comerciais, pelo Regulamento da CMVM n.º 7/2001 e pelas Recomendações da CMVM.

A Martifer já adoptou a generalidade das recomendações da CMVM sobre o governo das sociedades; exceptuam-se, porém, alguns pontos que ainda não foram adoptados na íntegra:

1. Não se encontra adoptada a Recomendação 2, na medida em que os Estatutos da Sociedade apenas autorizam o voto por correspondência na eleição de órgãos sociais e alteração do contrato de sociedade, e não nas restantes matérias submetidas a deliberação da Assembleia Geral.

2. Não se encontra adoptada a Recomendação 4, na medida em que, em Acordo Parassocial celebrado entre accionistas em 28 de Maio de 2007, foi regulado o exercício concertado dos seus direitos de voto em Assembleia Geral.

3. Não se encontra adoptada a Recomendação 6: nenhum membro do Conselho de Administração pode ser considerado administrador independente nos termos e para os efeitos do Regulamento da CMVM n.º 7/2001.

Entenderam os accionistas da Martifer que as competências de acompanhamento e fiscalização da gestão societária, com as quais se pretende garantir os interesses dos investidores, credores e trabalhadores e a adequada prevenção e gestão de conflitos de interesses entre aqueles, ficaram asseguradas pelos membros independentes do Conselho Fiscal, que participaram nas decisões colegiais deste órgão, nomeadamente nas relativas à fiscalização da independência do mesmo, nos termos do artigo 420.º, 2 do CSC, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março. Contudo, a partir da próxima Assembleia Geral esta recomendação passará a ser seguida na íntegra.

4. Não se encontra adoptada integralmente a Recomendação 8: o relatório de gestão apresenta apenas a remuneração global dos membros do Conselho de Administração, por se entender que a violação da privacidade dos Administradores em nada contribuiria para a avaliação do respectivo desempenho por parte dos accionistas.

5. Não se encontra adoptada a Recomendação 8A, pois não foi submetida à Assembleia Geral de Accionistas a política de remunerações dos órgãos sociais. Esta recomendação deverá ser seguida a partir da próxima Assembleia Geral Anual.

6. Apesar de não cumprir a Recomendação 10A, a sociedade tem em curso processos de formalização da política de comunicação interna de irregularidades.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 36

5.2 Divulgação de Informação

Enquanto sociedade gestora de participações sociais, a sociedade não apresentava, até 31 de Dezembro de 2007, uma estrutura de repartição de competências susceptível de descrição sob a forma de organigramas ou mapas funcionais.

Encontra-se em fase final de estudo a implementação de um novo modelo de corporate governance, no âmbito do qual serão descritas todas as regras de funcionamento dos diversos órgãos societários, prevista a existência de comissões específicas e formalizado o sistema de controlo de risco implementado na sociedade.

A Martifer foi admitida à negociação na Euronext Lisbon no dia 27 de Junho de 2007. As 100 milhões de acções ordinárias da Martifer SGPS SA, que compõem a totalidade do seu capital social, encontram-se admitidas sob o símbolo MAR PL. Em 31 de Dezembro, a cotação de fecho foi de 8,15 euros por acção, o que representa uma valorização da Martifer em 815.000.000 euros.

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

8,00

8,50

9,00

9,50

10,00

10,50

11,00

11,50A. NegociadasFecho

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 37

Data Evento Variação na

cotação na sessão Variação na cotação

nas 5 sessões

27-06-2007 Martifer - SGPS, SA informa sobre celebração de um acordo de principios entre a EDP - Energias de Portugal, S.A. e a EVIVA ENERGY, S.A.

0% -1%

17-07-2007 Martifer - SGPS, SA informa que foi atribuído ao Agrupamento Ventinveste do 1º lugar na «Fase B» do concurso de atribuição de pontos de recepção para a produção de energia eólica

0% 1%

02-08-2007 Martifer - SGPS, SA informa sobre resultado da Fase B do Concurso Eólico

0% -1%

13-08-2007 Martifer - SGPS, SA, informa Participação Qualificada da Santander Gestão de Activos

0% -5%

09-09-2007 Martifer - SGPS, SA informa adjudicação de uma obra no aeroporto de Dublin

-1% -2%

13-09-2007 Martifer - SGPS, SA informa sobre Apresentação de Resultados do 1º Semestre de 2007

-3% -8%

28-09-2007 Martifer - SGPS, SA, comenta notícia divulgada pela comunicação social 4% 15%

02-10-2007 Martifer - SGPS, SA informa sobre reforço de participação em projectos de Energia Eléctrica

2% 11%

30-10-2007 Martifer - SGPS, SA comenta noticia divulgada pela comunicação social 2% 2%

31-10-2007 Martifer - SGPS, SA informa sobre assinatura de memorando de entendimento entre Martifer Wood Pellets e EDP Gestão de Produção de Energia

2% 0%

08-11-2007 Martifer - SGPS, SA informa sobre Resultados do 3º Trimestre de 2007 -2% -3%

22-11-2007 Martifer - SGPS, SA informa assinatura de contrato para centrais fotovoltaicas

1% 2%

14-12-2007 Martifer - SGPS, SA informa aquisição de parques eólicos na Alemanha 1% -3%

17-12-2007 Martifer - SGPS, SA informa sobre notificação de adjudicação provisória da concessão Ribeiradio/Ermida

-2% -4%

20-12-2007 Martifer - SGPS, SA informa sobre acordo de princípios com a EDP relativo ao eventual desenvolvimento de parcerias para as novas energias

-2% -2%

24-12-2007 Martifer - SGPS, SA informa entrada no mercado Norte Americano de geração eléctrica

0% -1%

Nos últimos três anos não foram distribuídos quaisquer dividendos aos accionistas.

Durante o exercício de 2007 não foi adoptado nem esteve em vigor nenhum plano de atribuição de acções ou de atribuição de opções de aquisição de acções da sociedade.

Não foram efectuados negócios nem outras operações entre a sociedade e os membros dos órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo, excepto os negócios que, fazendo parte da actividade corrente, foram realizados em condições normais de mercado.

A Martifer dispõe de um Gabinete de Apoio ao Investidor, o qual pretende garantir ao mercado e aos investidores a divulgação de informação sobre o Grupo Martifer de forma continuada, oportuna e equilibrada.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 38

Procura-se desta forma assegurar a divulgação da informação relevante para a formação do preço das acções da Martifer.

A nível orgânico, o Gabinete de Apoio ao Investidor reporta directamente à Comissão Executiva do Conselho de Administração da Martifer.

As principais funções do Gabinete de Apoio ao Investidor são, entre outras:

- Assegurar, junto das autoridades e do mercado, o cumprimento das obrigações legais e regulamentares de reporte que impendem sobre a Martifer – SGPS, SA. Salienta-se a difusão da informação enquadrável na moldura de “divulgação de informação privilegiada”, a prestação de informação trimestral sobre a actividade e os resultados do Grupo e a preparação dos relatórios e contas anuais e semestrais;

- Dar resposta às solicitações dos investidores (institucionais e particulares), analistas financeiros e demais agentes;

- Apoiar e assessorar a Comissão Executiva da Martifer em aspectos relacionados com o estatuto de sociedade aberta, designadamente, o acompanhamento da evolução das acções da Martifer no mercado, nas suas múltiplas vertentes, o apoio nos contactos directos que a Comissão Executiva regularmente realiza com analistas financeiros e investidores institucionais (nacionais e estrangeiros), no âmbito de conferências, reuniões e road-shows.

O Gabinete de Apoio ao Investidor disponibiliza toda a informação obrigatória, designadamente a elencada no artigo 4.º do Regulamento da CMVM n.º 1/2007 e no Regulamento da CMVM n.º 4/2004.

O Gabinete de Apoio ao Investidor está disponível na sede da sociedade, bem como através dos seguintes meios de comunicação:

E-mail: [email protected]

Telefone: +351 232 767 700

Fax: +351 232 767 750

Site na Internet: www.martifer.pt

Nos termos e para os efeitos do n.º 6 do artigo 205º do Cód. VM e do artigo 24º do Regulamento da CMVM nº 3/2006, foi designado, pelo Conselho de Administração, como representante da Martifer para as relações com o mercado o Administrador Jorge Alberto Marques Martins.

A remuneração dos membros dos órgãos sociais da Martifer são fixadas por uma Comissão de Fixação de Vencimentos. Relativamente aos membros do Conselho de Administração, a Comissão determina uma verba para a remuneração base e atribui, quando for o caso, uma verba a título de remuneração variável em função de objectivos pré-determinados.

A Comissão de Fixação de Vencimentos da Martifer é actualmente composta pelos seguintes membros:

- António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota

- Maria Teresa Queirós Vasconcelos da Mota Neves da Costa

- António Marques Martins

O membro António Marques Martins é parente, no segundo grau da linha colateral, dos Administradores Carlos Manuel Marques Martins e Jorge Alberto Marques Martins.

MONTANTE DE REMUNERAÇÃO ANUAL PAGA AO AUDITOR EXTERNO

No ano de 2007 foram pagas ao auditor externo as remunerações constantes da tabela que segue:

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 39

Tipo de Honorários (valores em euros)

Serviços de ROC

Serviços de garantia de fiabilidade

Serviços de consultoria

fiscal Outros Serviços Total

Honorários Pagos 255.000 171.614 44.450 84.719 555.783

5.3 Exercício do Direito de Voto e Representação de Accionistas

Nos termos dos estatutos da sociedade, a Assembleia Geral é constituída pelos accionistas com direito de voto possuidores de acções que, desde, pelo menos, o quinto dia anterior à data agendada para a realização da assembleia, tenham averbadas em seu nome em conta de valores mobiliários escriturais aberta junto de intermediário financeiro, se forem acções escriturais ou tenham averbadas em seu nome nos registos da sociedade ou depositadas junto desta ou de entidade legalmente autorizada para o efeito, se forem tituladas.

O registo em conta de valores mobiliários escriturais e o depósito supra mencionados referidos no parágrafo antecedente, quando não hajam sido feitos na própria sociedade, terão de ser comprovados mediante certificado emitido pela entidade em que foram efectuados e que dê entrada na sociedade até, pelo menos, três dias antes da data fixada para a reunião da Assembleia Geral.

Os accionistas titulares de menos de cem acções da Martifer apenas poderão intervir e participar na Assembleia Geral caso se agrupem com vista a atingir o número mínimo de acções, fazendo-se então representar por um deles. Por outro lado, os titulares de obrigações ou de acções preferenciais sem voto não podem participar nem estar presentes na Assembleia Geral.

As assembleias gerais não poderão realizar-se por meios telemáticos.

A cada grupo de cem acções corresponde um voto.

As votações serão feitas pelo modo designado pelo Presidente da Mesa da Assembleia-Geral.

É permitido o voto por correspondência, relativamente à alteração do contrato de sociedade e à eleição dos membros dos órgãos sociais.

O modelo para o exercício do direito de voto por correspondência é disponibilizado no site da sociedade (www.martifer.pt), sendo igualmente disponibilizado pelo correio aos accionistas que o solicitem.

Serão considerados válidos os votos por correspondência recebidos na sede da sociedade com, pelo menos, três dias de antecedência em relação à data de realização da Assembleia Geral.

5.4 Regras Societárias

CÓDIGO DE CONDUTA OU REGULAMENTOS INTERNOS

Os novos titulares dos órgãos sociais que venham a ser eleitos na assembleia geral anual de 2008 deverão proceder à aprovação dos regulamentos internos dos órgãos respectivos, até ao final do exercício, os quais serão disponibilizados no site da sociedade, em www.martifer.com.

MEDIDAS SUSCEPTÍVEIS DE INTERFERIR COM OFERTAS PÚBLICAS DE AQUISIÇÃO

Não vigoram na sociedade quaisquer medidas estatutárias destinadas a interferir no êxito de eventuais ofertas públicas de aquisição.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 40

5.5 Órgãos de Administração

CARACTERIZAÇÃO DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração da sociedade é composto pelos seguintes elementos, eleitos para o quadriénio em curso 2004-2007:

- Presidente: Carlos Manuel Marques Martins

- Vice-Presidente: Jorge Alberto Marques Martins

- Vogais: António Manuel Serrano Pontes

- Eduardo Jorge de Almeida Rocha

- António Jorge Campos de Almeida

Carlos Manuel Marques Martins

a) Cargos em sociedades do Grupo Martifer

Cargo de Presidente do Conselho de Administração:

Martifer – Construções Metalomecânicas, S.A.

Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A.

EVIVA, SGPS, S.A.

EVIVA ENERGY, S.A.

MONDEFIN COMBUSTÍVEIS, S.A.

MARTIFER – Gestão de Investimentos, S.A.

PRIO – SGPS, S.A.

PRIO – Biocombustíveis, S.A.

PRIO - Advanced Fuels, S.A.

PRIO – Gestão Trading e Logística, S.A.

NAGATEL VISEU – Promoção Imobiliária, S.A.

Martifer Energy Systems - SGPS, S.A.

Martifer Energy Systems II - SGPS, S.A.

Cargo de Vogal do Conselho de Administração:

Martifer – Inovação e Gestão, S.A.

Martifer II Inox, S.A.

REpower Portugal – Sistemas Eólicos, S.A.

Power Blades, S.A.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 41

Cargo de Gerente:

Promoquatro – Investimentos Imobiliários, Lda.

b) Cargos noutras sociedades

Cargo de Presidente do Conselho de Administração

MTO - SGPS, S.A.

URIBA - SGPS, S.A.

GLOBAL SHOPPING, S.A.

PROMODOIS – Investimentos Imobiliários, SA

PROMOVINTE – Investimentos Imobiliários, SA

Cargo de Vogal do Conselho de Administração

FERREIROS & ALMEIDA, S.A.

Cargo de Gerente

Promoquinze – Investimentos Imobiliários, Lda.

Promodoze – Investimentos imobiliários, Lda.

Jorge Alberto Marques Martins

a) Cargos em sociedades do Grupo Martifer

Cargo de Presidente do Conselho de Administração

VENTINVESTE – Indústria, SGPS, S.A.

MARTIFER ENERGIA – Equipamentos para Energia, S.A.

REBLADES, S.A.

WPT – Wind Power Transmission, S.A.

VENTIPOWER, S.A.

REpower Portugal – Sistemas Eólicos, S.A.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 42

Martifer – Alumínios, S.A.

MARTIFER WOOD PELLETS, S.A.

MARTIFER – Solar, S.A.

MARTIFER ENERQ, S.A.

MARTIFER – Inovação e Gestão, S.A.

MTAL – SGPS, S.A.

Power Blades, S.A.

Cargo de Vogal do Conselho de Administração

Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A.

EVIVA, SGPS, S.A.

EVIVA ENERGY, S.A.

GEBOX, S.A.

NAGATEL VISEU – Promoção Imobiliária, S.A.

MONDEFIN COMBUSTÍVEIS, S.A.

Martifer Energy Systems - SGPS, S.A.

Martifer Energy Systems II - SGPS, S.A.

Martifer II Inox, S.A.

MARTIFER – Gestão de Investimentos, S.A.

PRIO – SGPS, S.A.

Cargo de Gerente

Promoquatro – Investimentos Imobiliários, Lda.

b) Cargos noutras sociedades

Cargo de Vogal do Conselho de Administração

GLOBAL SHOPPING, S.A.

MTO – SGPS, S.A.

URIBA - S.G.P.S., S.A.

Ferreiros & Almeida – Gestão e Comércio de Bens Imóveis, S.A.

Promodois – Investimentos Imobiliários, S.A.

Promovinte – Investimentos Imobiliários, S.A.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 43

Cargo de Gerente

Promodoze – Investimentos Imobiliários, Lda.

Promoquinze – Investimentos Imobiliários, Lda.

A Púcara, Lda.

António Manuel Serrano Pontes

a) Cargos em sociedades do Grupo Martifer

Cargo de Vogal do Conselho de Administração:

Martifer Energy Systems - SGPS, S.A.

Martifer Energy Systems II - SGPS, S.A.

VENTINVESTE – Indústria, SGPS, S.A.

GEBOX, S.A.

Martifer Energia – Equipamentos para Energia, S.A.

REBLADES, S.A.

VENTIPOWER, S.A.

REpower Portugal – Sistemas Eólicos, S.A.

MARTIFER WOOD PELLETS, S.A.

Power Blades, S.A.

b) Cargos noutras sociedades

Não exerce qualquer cargo em sociedades não pertencentes ao Grupo Martifer

António Jorge Campos de Almeida

a) Cargos em sociedades do Grupo Martifer

Não exerce cargos em nenhuma outra sociedade do Grupo Martifer

b) Cargos noutras sociedades

Cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração:

Mota – Engil SGPS, SA

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 44

Cargo de Vogal do Conselho de Administração:

AENOR – Auto-Estradas do Norte, S.A.

Lusoscut – Auto Estradas das Beiras Litoral e Alta, S.A.

Lusoscut – Auto Estradas da Costa de Prata, S.A.

Lusoscut – Auto Estradas do Grande Porto, S.A.

Lusolisboa – Auto-Estradas da Grande Lisboa, S.A.

MTS – Metro, Transportes do Sul, S.A.

Operanor – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A.

Operadora Lusoscut – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A.

Operadora Lusoscut GP – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A.

Operadora Lusoscut BLA – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A.

Operadora GL – Operação e Manutenção de Auto-Estradas, S.A.

Eduardo Jorge de Almeida Rocha

a) Cargos em sociedades do Grupo Martifer

Não exerce cargos em nenhuma outra sociedade do Grupo Martifer

b) Cargos noutras sociedades

Cargo de Presidente do Conselho Geral:

Vortal – Comércio Electrónico, Consultadoria e Multimédia, SA, em representação da Mota-Engil, SGPS, S.A.

Cargo de Administrador das seguintes sociedades:

Algosi – Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A.

Vallis, SGPS, S.A.

Cargo de Gerente único:

Bilimora – Trading Internacional, Lda.

RHO – Trading Internacional, Lda.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 45

Carlos Manuel Marques Martins é Presidente do Conselho de Administração da Martifer desde a sua constituição em 2004 e um dos sócios fundadores do Grupo Martifer em 1990, tendo iniciado a sua actividade profissional em 1987 na Empresa Carvalho & Nogueira, Lda, como Director de produção no sector do ferro. É licenciado em Engenharia Mecânica pela FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto). No final do exercício era detentor directo de 83.230 acções da Martifer.

Jorge Alberto Marques Martins é membro do Conselho de Administração da Martifer desde a sua constituição em 2004, e um dos sócios fundadores do Grupo Martifer em 1990, tendo iniciado a sua actividade profissional em 1987 na SOCARPOR – Sociedade de Cargas Portuárias (Douro e Leixões), Lda como adjunto do Director Financeiro. É licenciado em Economia pela FEP (Faculdade de Economia do Porto) e possui um MBA da UCP (Universidade Católica Portuguesa). No final do exercício era detentor directo de 109.660 acções da Martifer.

António Manuel Serrano Pontes é membro do Conselho de Administração da Martifer SGPS, S.A. desde a sua constituição em 2004. Antes de iniciar a sua colaboração com o Grupo Martifer em 1993, desempenhou funções na Somit – Central de Cogeração (1992-1993), na Empresa Jean Demoustier (1989-1992) e nos Estaleiros Navais do Mondego (1986-1989). Tem o Bacharelato em Engenharia Mecânica pelo ISEC (Instituto Superior de Engenharia de Coimbra). No final do exercício era detentor directo de 70.447 acções da Martifer.

António Jorge Campos Almeida é membro do conselho de administração da Martifer desde a sua constituição em 2004. Desempenha cargos sociais em empresas do Grupo Mota-Engil (previamente enumeradas) desde 1982. Anteriormente, exerceu funções de Director Geral da Soares da Costa, S.A. (1978-1982), foi director de Projecto da Engil, SA (1976-1978), desenvolveu actividades de projectista de estruturas (até 1976) e colaborou com o LNEC (até 1974). É licenciado em Engenharia Civil pela FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto). No final do exercício era detentor directo de 6.520 acções da Martifer.

Eduardo Jorge de Almeida Rocha é membro do conselho de administração da Martifer SGPS, S.A. desde a sua constituição em 2004. Desde 2000 que desempenha funções de administração em empresas do Grupo Mota-Engil. No final do exercício era licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto, com Pós-Graduação em Gestão Financeira Internacional na Faculdade de Economia do Porto. É detentor directo de 15.000 acções da Martifer.

O Conselho de Administração reúne com frequência mensal, para apreciação das matérias relativas aos negócios das sociedades do Grupo Martifer, sendo que uma componente significativa das reuniões se destina especificamente à análise do Relatório de Gestão do Grupo, relativo ao mês anterior. Durante o ano de 2007 o Conselho de Administração reuniu doze vezes.

Em termos executivos, a actividade da sociedade encontra-se distribuída em pelouros distribuídos pelos membros do Conselho de Administração.

Uma parte da remuneração dos titulares do órgão de administração poderá estar directamente dependente dos resultados da sociedade. Em 2007, não foi proposta pelo Conselho de Administração à Assembleia Geral a remuneração através de distribuição de parte do resultado líquido de 2006 (o qual ascendeu a € 13.931.220,64).

No exercício de 2007 a remuneração auferida pelo conjunto dos membros do órgão de administração foi de € 835.726,48, sendo € 663.667,16 a título de remuneração fixa, € 86.832,00 a título de remuneração variável, € 63.737,32 a título de despesas de representação e ajudas de custo e € 21.490,00 a título de complementos de reforma.

.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 46

6 SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL*

6.1. Âmbito

Foi em 2006 que, pela 1ª vez, dedicámos um capítulo ao tema «Sustentabilidade e Responsabilidade Social», o que marcou o início de um processo de relato sistemático de algumas práticas que já existiam no Grupo. Este ano, procuramos seguir as mesmas linhas de orientação, e aprofundamos este tema, tendo em conta as iniciativas subjacentes aos princípios e compromissos assumidos pelo Grupo em 2007.

6.2. Visão do Desenvolvimento Sustentável

A Martifer, assume o dever de partilhar com a comunidade onde está inserida e com todos aqueles que interagem com o Grupo, os principais acontecimentos e acções que caracterizaram o ano de 2007, nomeadamente o seu empenho nas vertentes económicas, ambientais e sociais. Como elemento activo nos mercados em que opera, o Grupo tem a convicção de assumir integralmente com rigor e transparência, o papel de promotor de um desenvolvimento sustentável.

6.3. Relacionamento com as partes interessadas

Ao longo dos anos, no desempenho da sua actividade, a Martifer tem vindo a diversificar as suas acções. O Grupo Martifer mostra que está atento às aspirações das partes interessadas, incorporando-as nas actividades quotidianas. O Grupo acredita que o que diferencia as empresas na sua capacidade para competir não é serem “grandes” ou “pequenas”, mas estarem ou não integradas em redes de relações. Assumem assim importância fundamental, os relacionamentos que são estabelecidos e a cooperação que se consegue desenvolver com as diferentes partes interessadas no Grupo Martifer.

As diferentes partes interessadas têm relativamente à Martifer um conjunto de expectativas e necessidades que assumem um papel fundamental enquanto inputs no âmbito da política de melhoria contínua. De primordial importância é a estruturação de vias de comunicação privilegiadas para cada uma das partes que permitam avaliar expectativas, auscultar interesses específicos e, paralelamente responder a necessidades, divulgar a cultura e as actividades desenvolvidas.

* A informação apresentada neste capítulo não foi objecto de procedimentos de auditoria.

Fornecedores / Clientes Selecção e Avaliação Parcerias Monitorização de processos Visitas à empresa Inquéritos de satisfação Site Institucional

Associações sem fins lucrativos Mecenato Programas de inserção no trabalho

de pessoas com deficiência

Colaboradores Programa de acolhimento Estudo Satisfação Comunicação Formação Regalias Sociais

Est. Ensino / Universidades Protocolos Cooperação em I&D Visitas de Estudo Estágios

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 47

6.4. Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança

O Grupo Martifer apresenta, desde sempre, uma estratégia orientada para a satisfação dos clientes e a plena consciência de que apenas com qualidade e com a adequada motivação dos seus Colaboradores poderia consegui-lo. Alicerçado na sua política e valores e na satisfação dos Clientes e Colaboradores, o Grupo entende como imperativa a implementação de sistemas de gestão qualidade, segurança e ambiente, capazes de acompanhar a evolução da empresa e estender o seu âmbito às várias empresas do Grupo.

No quadro que se segue, apresentamos o leque de empresas do Grupo que já se encontram certificadas, sendo que o Sistema de Gestão Integrado se encontra em implementação junto de outras mais recentes, nomeadamente, a Prio Biocombustíveis, a Prio Advanced Fuels, a Gebox e a Repower Portugal, estando prevista a sua certificação para o ano de 2008.

Empresa

NP EN ISO 9001:2000

Nº 1997/CEP.579 Nº 2005/CEP.2556 Nº 2002/CEP.1733 Nº 2006/CEP.2700 Nº 01 100 07 30 82

OHSAS 18001:1999

Nº 2005/SST.044 Nº 2006/SST.090 Nº 2005/SST.068 Nº 2007/SST.0138 Nº 2 03 07 02 0

NP EN ISO 14001:2004

Nº 2005/AMB.206 Nº 2006/AMB.277 Nº 2005/AMB.0240 Em implementação Em implementação

DIN 18800-7 01 203 322/A E-07 EWE 071 E0

0056/AT-2007

Os resultados obtidos com o Sistema de Gestão Integrado implementado são reconhecidos, quer interna, quer externamente, através dos nossos Colaboradores e Clientes.

A motivação dos Colaboradores, o aumento da produtividade, a diminuição dos custos de falhas e dos índices de sinistralidade, a redução dos custos inerentes ao consumo de recursos e a prevenção e redução da poluição, são resultados visíveis da implementação deste sistema.

No ano de 2007, o grande objectivo da gestão da Qualidade, Segurança e Ambiente, foi a consolidação do sistema já certificado e a implementação do mesmo nas empresas mais jovens do Grupo. Nos casos da Prio Biocombustíveis (Portugal e Roménia), Prio Advanced Fuels, Gebox e Repower Portugal, tirámos partido das sinergias do Grupo, estando previstas auditorias para a certificação no decorrer de 2008 e 2009.

Em 2007, iniciou-se ainda a integração, no seu sistema de gestão, da componente de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI), processo que já tinha sido levado a cabo na Martifer Energia, que obteve o certificado nº1 da Associação Portuguesa para a Certificação (APCER), segundo o referencial normativo NP 4457:2007. O objectivo foi sistematizar as suas práticas neste domínio, no sentido de aumentar a eficácia do seu desempenho inovador, com enfoque especial nas energias renováveis, tendo por base alguns dos seus valores fundamentais, como o respeito pelo meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

6.5. Segurança no Trabalho

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 48

A filosofia adoptada para a implementação dos aspectos relacionados com o Sistema de Segurança no Trabalho (SST), baseia-se no envolvimento e responsabilização de todos os colaboradores aos vários níveis hierárquicos da organização.

A Martifer acredita que as pessoas fazem a diferença nas organizações. Desta feita, procura assegurar-lhes as melhores condições de trabalho e muni-los das competências necessárias, para que possam desempenhar as suas funções da forma mais correcta e segura.

No entanto, e tendo a plena consciência de que as competências e condições, não são suficientes para evitar os acidentes de trabalho, já que a componente comportamental dos próprios colaboradores, é também ela fundamental, o Grupo Martifer premeia os seus colaboradores com comportamentos seguros, de acordo com o Regulamento de Segurança implementado.

Insere-se este Regulamento no grande objectivo contínuo do Grupo, baseado na filosofia dos 3C’S:

• Dar Competências – Saber Saber;

• Criar Condições – Saber Fazer;

• Exigir Comportamentos – Saber Estar.

O quadro que se segue, evidencia o esforço do Grupo, no sentido de promover o comportamento seguro entre os seus Colaboradores.

Empresa Prémio de Segurança

Martifer Construções 160.735

Martifer Energia 21.921

Martifer Aluminios 33.299

Martifer Inox 17.781

Martifer Solar 3.902

Repower Portugal 5.041

Gebox 1.366

Prio -Biocombustiveis 5.872

Prio-Distribuição 4.625

Prio Agricultura GTL 3.534

Martifer Gestão Warehousing 3.007

EVIVA 2.380

Martifer Inovação e Gestão 11.886

Total GRUPO 275.814

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 49

Relativamente aos índices de sinistralidade, podemos verificar, no quadro abaixo, a evolução dos índices de 2006 para 2007, nas empresas do Grupo Martifer em actividade durante todo o ano de 2007 e com forte componente industrial.

MT Construções MT Aluminios MT Energia MT Inox Índices de Sinistralidade

2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007

Índice de Frequência 49,3 42,8 29,2 34,7 39.0 22,5 201,7 135,9

Índice de Gravidade 0,78 0,38 0,31 0,29 0,09 0,30 0,70 0,89

De uma forma geral, verifica-se uma diminuição dos índices globais apresentados. Podemos verificar através da análise do quadro anterior, que de uma forma geral se verifica uma diminuição da ocorrência de acidentes nas empresas do grupo Martifer, resultado das diversas acções de formação/sensibilização, assim como, da análise dos acidentes ocorridos, com a definição de acções correctivas.

As acções correctivas, desenvolvidas a partir da análise efectuada aos acidentes, têm como objectivo a diminuição da probabilidade de um determinado acidente, com a mesma causa, possa ocorrer e no caso de ele ocorrer, diminuir as consequências que dele resultam. Os grandes objectivos do ano de 2007, no que diz respeito à Saúde, Higiene e Segurança no trabalho, assentam na definição de regras e procedimentos para a verificação de quadros eléctricos e acessórios de elevação e suporte, estando prevista a sua implementação para o ano de 2008.

No dia 20 de Julho de 2007, decorreu a 1ª Reunião da Comissão de Prevenção e Segurança, onde se reuniram as Administrações, juntamente com os Representantes de Trabalhadores eleitos, Directores, Técnicos de Segurança e Direcção de Qualidade, Segurança e Ambiente, das várias empresas do Grupo Martifer, para a análise dos aspectos mais relevantes das condições de segurança, onde a partilha de experiências e metodologias, revelou a preocupação da organização na melhoria das condições de trabalho dos colaboradores.

6.6. Desempenho Ambiental

No âmbito do seu Sistema de Gestão Ambiental, a Martifer, identifica de forma periódica, os aspectos ambientais e avalia os seus impactos associados, definindo e implementado um Plano de Gestão Ambiental, que visa a mitigação dos mesmos nas suas actividades, produtos e serviços, nomeadamente aqueles que a organização entende como tendo um impacto significativo no ambiente.

Entende ainda que a influência de todos aqueles que de alguma forma colaboram com o Grupo, quer sejam, Clientes, Fornecedores ou Subcontratados, assumem um papel de relevância neste âmbito.

Foi neste sentido que, no decorrer de 2007, iniciou uma campanha de sensibilização para com as entidades referidas, sublinhando a preferência do Grupo em trabalhar com empresas preocupadas e empenhadas na adopção de boas práticas ambientais.

O controlo da poluição, a gestão ambiental e a promoção da eficiência energética são preocupações diárias da Martifer, que se reflectem nos investimentos significativos na área ambiental.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 50

No que diz respeito à produção de resíduos, a Martifer assume o compromisso de melhoria em duas vertentes: na redução da sua produção, tanto quanto possível, e na separação dos mesmos, com o objectivo de aumentar a quantidade de resíduos para reciclagem e reduzir a quantidade para eliminação em aterros.

Eliminação

13%

Valorização

87%

O gráfico mostra-nos a percentagem de resíduos valorizados e eliminados no decorrer do ano de 2007, revelando uma significativa melhoria em relação ao ano de 2006, onde apenas aproximadamente 60% dos resíduos produzidos, haviam sido valorizados.

No que diz respeito aos consumos energéticos, o ano de 2007, fica marcado pela realização de uma auditoria energética no edifício da Martifer Construções Metalomecânicas, SA, com o objectivo de encontrar soluções para aumentar a eficiência energética do mesmo. Esta auditoria, prende-se com o facto de esta instalação, ser a que apresenta índices de consumos superiores no Grupo, sendo que as boas práticas e soluções a implementar, serão estendidas a todas as instalações do grupo. O gráfico que se segue, representa as metas (em kilogramas por equivalente de petróleo) para a redução dos consumos energéticos, nas instalações da Martifer – Construções Metalomecânicas, SA, em Oliveira de Frades.

As principais acções com implementação prevista para o ano de 2008, são:

• Substituição de balastros convencionais por balastros electrónicos;

• Melhorar a eficiência das redes de distribuição de ar comprimido;

• Utilização de motores de alta eficiência (EFF1);

• Formação e sensibilização.

No ano de 2007, foi iniciado o processo de gestão do consumo de solventes orgânicos, com a elaboração de Planos de Gestão de Solventes, para as empresas do Grupo em que este consumo é relevante.

No ano de 2008, inicia-se a implementação destes planos, cujo principal objectivo é a redução do consumo de solventes orgânicos, através dos métodos de utilização e técnicas de tratamento ou substituição de produtos utilizados, que visam diminuir as consequências para a camada do ozono troposférico.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 51

6.7. Desempenho Social

O Grupo tem mantido nos últimos anos uma importante actividade de apoio a iniciativas sociais relevantes ao nível local e nacional, nos domínios da solidariedade, educação, cultura e ambiente. Privilegia as regiões de residência dos seus colaboradores, nomeadamente a região centro, distrito de Viseu e Aveiro bem como no distrito de Santarém. Acredita que só um desenvolvimento justo e equilibrado, que assegure a satisfação dos seus Colaboradores, o bem-estar da Comunidade e das Populações e a promoção do desenvolvimento local, garantirá uma imagem de marca estável e duradoura capaz de perpetuar a crescente criação de valor do Grupo e a sua consequente longevidade. A dimensão que a Martifer conquistou, acarreta responsabilidades acrescidas do ponto de vista social, quer para com os seus Colaboradores quer para com a região. As questões da inclusão de práticas com base na Diversidade estão e estiveram sempre presentes na forma de actuação do Grupo. Actualmente, nos procedimentos internos explícitos e tácitos, existe uma preocupação constante e a promoção de acções no sentido da Inclusão da Diversidade no seio do Grupo.

6.7.1. Recursos Humanos

A direcção de RH tem como missão alinhar os RH com a estratégia definida pelo Grupo.

As Nossas Pessoas devem possuir as competências chave, nomeadamente:

• Corporativas

o Visão Estratégica o Orientação para o Sucesso e Inovação o Liderança e Comunicação o Cooperação e Orientação para o Cliente o Disponibilidade e Mobilidade

• Comportamentais

o Pessoais o Capacidade de aprendizagem o Resiliência o Proactividade o Trabalho em equipa o Humildade e Coragem o Gestão o Conhecimento do Grupo o Delegação / Desenvolvimento o Orientação para o Produto/Negócio o Tomada de decisão

Resumindo, o Grupo pretende reunir Colaboradores com as Competências adequadas e com elevados desempenhos. As competências corporativas são transversais e comuns à organização, uma vez que reforçam a Missão, os Valores e a Capacidade de Realização. Para monitorizar o indicador de satisfação e motivação, o Grupo candidata-se anualmente ao estudo do Great Places to Work Institute, que elegeu a Martifer como uma das 10 melhores empresas para trabalhar em Portugal.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 52

Para validar esta monitorização, foi elaborado um inquérito interno para medir o clima organizacional e os resultados foram francamente positivos, demonstrando que os colaboradores se “sentem em casa”.

Em 2007, o Grupo Martifer evidenciou um forte crescimento. O número médio de colaboradores situa-se em 1800.

A média etária dos colaboradores situa-se nos 33,2 anos, tendo sido uma constante no Grupo, pela aposta em quadros jovens e de elevada escolaridade.

Numa política de igualdade de oportunidades, não existem nos procedimentos internos quaisquer tipo de descriminações no que concerne sexo, raça ou crença. É valorizada a diversificação de género como uma mais-valia, no entanto dado o ramo de actividade onde opera, regista uma maior propensão para Colaboradores do sexo masculino. No entanto, é de salientar o aumento de 3 pontos percentuais na proporção de colaboradores do sexo feminino em relação ao ano transacto.

Masculino

81%

Feminino

19%

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 53

A aposta no desenvolvimento dos seus colaboradores foi sempre uma das linhas de orientação estratégica do Grupo, desta forma, a formação é entendida como um factor primordial no desenvolvimento das competências dos seus Colaboradores. A Martifer acredita que só é possível obter elevados níveis de desempenho, se as pessoas tiverem os níveis de qualificação e as competências necessárias. Esta aposta é bem visível com o incremento significativo do volume de horas de formação em 2007.

Boas Práticas

Em termos de boas práticas na Gestão de Recursos Humanos, o Grupo não se limita ao cumprimento da regulamentação legal, indo mais além, nomeadamente:

Fundo Complementar de Pensões

Para os Colaboradores do Quadro, anualmente são efectuadas entregas monetárias para um fundo de pensões que os colaboradores podem usufruir, aquando da passagem ao estado de reforma ou invalidez.

Seguro de Saúde

Os Colaboradores do quadro, dispõem de uma apólice para riscos de saúde, com cobertura de 80% das despesas na generalidade das intervenções médicas.

Refeitórios

O Grupo detém vários refeitórios em funcionamento nas diversas fábricas, onde coloca ao dispor dos colaboradores a venda de refeições a preços reduzidos.

Medicina Curativa

Funcionamento semanal do consultório médico, de livre acesso a todos os colaboradores. Este serviço é uma extensão do posto de saúde permitindo passar credenciais, receitas, etc..

Protocolos com Entidades Externas

Oferta de condições especiais protocoladas com alguns prestadores de serviço, como, bancos, agências de viagens, ginásios, restauração, telecomunicações, companhias de seguro, clínicas médicas entre outros.

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Fundo de Emergência Financeira

Para fazer face a imprevistos financeiros, existe a possibilidade de contrair empréstimos monetários junto das empresas, a título de adiantamento por conta de salários.

Aconselhamento Jurídico e Fiscal

Serviço prestado por profissionais do Grupo, que mediante solicitação dão aconselhamento Jurídico e/ou Fiscal aos Colaboradores.

Subsídio de Casamento e Nascimento

Montante monetário oferecido pela empresa aos Colaboradores aquando da contracção de matrimónio e/ou aquando do nascimento/adopção de filhos.

Prémio de Segurança e Prémio Brigadas de Emergência

Prémio monetário anual atribuído aos colaboradores que cumprem e fazem cumprir as regras de segurança.

Numa óptica de prevenção constante e eficácia de resposta em situações de emergência, tornou-se necessário a criação de Brigadas de Emergência para combate à emergências e intervenções de Socorrismo. Neste sentido, foi instituído um prémio monetário aos colaboradores que fazem parte das brigadas.

Site do Colaborador

O site do Colaborador funciona como um ponto de comunicação e divulgação de um vasto leque de informações, hiperligações ao portal do Colaborador, ao N IDEIAS, à Gestão Documental, à documentação de gestão (Manual do Sistema e de Procedimentos, Manual de Funções) à base de dados BD-Legis (onde se encontra a legislação aplicável à actividade das empresas), blogs, divulgação de protocolos existentes, registos de formação e cadastro, recibos de vencimento, etc.

Portal de Sugestões on-line – N IDEIAS

A Martifer tem como visão estratégica obter posições de liderança nas mais variadas áreas de negócio. Para isso, é necessário antecipar o futuro, só possível através da transformação permanente e a aposta em valores organizacionais essenciais como a excelência, o desenvolvimento de talentos e a inovação. O Grupo acredita que os seus colaboradores se identificam vivamente com esta estratégia e está confiante que é com o seu empenho, talento e criatividade que atingirá os objectivos a

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 55

que se propôs. É neste contexto que a Martifer decidiu promover a iniciativa de receber e partilhar as ideias dos seus Colaboradores. Esta iniciativa, designada portal de ideias N IDEIAS, garante que todas as sugestões dos Colaboradores sejam ouvidas, tratadas e incentivadas de forma simples, organizada e justa num curto espaço de tempo. Todas as ideias são publicadas neste portal e estão disponíveis a todos os Colaboradores. Mensalmente, o gestor do N IDEIAS faz a 1ª triagem e análise, das ideias mais originais, com maior aplicabilidade e que tragam mais-valias ao Grupo a curto, médio ou longo prazo, premiando-as.

6.7.2. Solidariedade

A dimensão do Grupo traz responsabilidades acrescidas do ponto de vista social, para com os seus Colaboradores e para com a Sociedade. Em 2007, o Grupo concedeu donativos no montante de 47.367,50€, destacando-se as seguintes entidades:

Associações / Organizações

Banda União Musical Pessegueirense;

O Primeiro de Janeiro;

Paróquia de S.Martinho de Pessegueiro do Vouga;

UNICEF;

Associação Budokai Shotokai de Portugal;

Prémio Académico – Universidade de Aveiro;

Associação Nacional de combate à pobreza;

Ajuda e Colo - Associação de Solidariedade;

Samaritanos – Missão de Caridade;

Casa de Angola em Coimbra;

Associação Portuguesa de Construção Metálica a Mista;

Associação Cultural e Recreativa de Oliveira de Frades;

Associação Viagem de Volta;

Juventude Académica Pessegueirense;

Patrocínio da revista VISÃO em Braille, um exemplar gratuito para o nosso Colaborador.

Acções individuais

Ajuda na construção de casa para deficiente paraplégico;

Entrega de 28 kit’s escolares na Escola Souto de Lafões;

Entrega de 20 kit’s escolares no Jardim-de-infância Souto de Lafões;

Recolha de materiais escolares, roupas e brinquedos para os filhos dos Nossos Colaboradores em Angola.

6.7.3. Educação

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 56

O Grupo Martifer estabelece todos os anos protocolos com várias Instituições de Ensino para a realização de estágios curriculares, com o objectivo de proporcionar aos alunos o primeiro contacto com o mercado de trabalho, dando continuidade ao seu processo de aprendizagem. Estes estágios têm tido resultados muito positivos para a organização e Instituições de Ensino/alunos, uma vez que a grande maioria dos estágios terminam com a contratação dos alunos para os quadros do Grupo.

Através de um protocolo com a Universidade de Aveiro, a Martifer promove anualmente um prémio anual monetário para o melhor aluno da cadeira de Estruturas Metálicas.

O Grupo tem uma participação de 12% no capital da sociedade Vougapark, empresa municipal constituída com o objecto de requalificar as antigas instalações de uma unidade fabril em Sever do Vouga e criar infra-estruturas para a instalação de uma escola profissional. Os objectivos principais da Vougapark são:

• formação e qualificação dos jovens, com vista à sua colocação no mercado de trabalho;

• requalificação dos quadros operacionais das empresas metalomecânicas da região de Sever do Vouga;

• prestar serviços de apoio ao Empreendedorismo e à Inovação dos jovens empresários, ajudando na fase de arranque das suas actividades.

A Martifer, proporciona às Instituições de Ensino, a possibilidade de efectuarem visitas de estudo com os seus alunos às diversas fábricas do grupo. E visitas são já um «habitué» das universidades de Arquitectura e de Engenharia, nomeadamente as de civil. Apoia ainda o mestrado em estruturas metálicas na Universidade de Coimbra, sobretudo nos casos em que a docência de uma parte da cadeira foi efectuada nas instalações do Grupo e ministrada por técnicos da Martifer, com exemplos reais das suas fábricas. Apoia também os seus Colaboradores na prossecução dos seus estudos académicos. Existem casos de Colaboradores que iniciaram o 6ª ano e já se encontram no 12 º e prevê-se a sua entrada na universidade em breve.

Dando continuidade ao processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, pelo Centro de Novas Oportunidades, em 2007 iniciamos um novo processo que envolve cerca de 15 colaboradores.

6.7.4. Integração de Deficientes no Mercado de Trabalho

É Cultural no Grupo o trabalho com associações ligadas à assistência de pessoas com necessidades especiais, entre outras. Nos últimos anos tem levado a cabo um trabalho profundo de parceria com a ASSOL - de Oliveira de Frades (Associação de Solidariedade Social de Lafões).

A organização tem como princípio acolher pessoas com necessidades especiais, dar-lhes a oportunidade no mercado de trabalho e se possível, integra-los nos seus quadros. Este processo tem tido resultados bastante positivos e inicia-se com um estágio, acompanhado por ambas as instituições, ASSOL e Martifer. Em caso de avaliação positiva do mesmo, a empresa transfere a pessoa para os seus quadros, reunindo todas as regalias e benefícios.

A escolha da função a desempenhar é cuidadosamente estudada de forma a potenciar as qualidades de ambas as partes e minimizar as necessidades especiais, sendo este ponto considerado fundamental pelo Grupo no sucesso da integração.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 57

Como casos de sucesso a salientar no Grupo destacam-se, entre outros, os seguintes:

• Admissão de um Colaborador Invisual que desempenha funções de recepção, nomeadamente atendimento

telefónico na Martifer Construções. De ressalvar que aquando da decisão de contratação deste colaborador foi

ainda necessário encontrar uma solução com um (novo) parceiro para assegurar o transporte da residência até ao

local de trabalho.

• Admissão de um Colaborador com necessidades especiais ao nível cognitivo que desempenha funções de operador

de armazém, com bastante sucesso e com uma notável inserção, quer ao nível da empresa e sua chefia, quer de

colegas de trabalho, uma vez que já perfaz 4 anos de antiguidade e pertence aos quadros permanentes da empresa

Martifer Alumínios.

• Admissão de um Colaborador com necessidades especiais ao nível cognitivo que desempenha funções na fábrica de

Monoblocos, também este com sucesso estando nos nossos quadros permanentes há cerca de 2 anos.

• Admissão de um Colaborador, em fase de estágio, com necessidades especiais cognitivas, ainda em fase de

avaliação.

6.8. Inovação

O empenho e o esforço que o Grupo Martifer tem vindo a desenvolver na implementação de um processo de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) foi reconhecido e validado em 2007, com a obtenção do certificado de cumprimento da norma NP 4457:2007 pela Martifer Energia.

A certificação de uma empresa do Grupo Martifer, com projectos muito ambiciosos e de enorme potencial, sublinha o primeiro passo, e traça o caminho, que já começou a ser percorrido, para a sistematização da Inovação ao nível do Grupo.

As actividades desenvolvidas no seguimento da certificação têm como objectivos, primeiramente, dar ferramentas únicas a todas as empresas do Grupo por forma a permitir-lhes maior eficiência no âmbito da Inovação.

O Portal N_Ideias, acessível a todos os Colaboradores da Martifer, contribui com centenas de ideias que são diariamente avaliadas, filtradas e implementadas.

Está igualmente a ser desenvolvida uma plataforma para o sistema de Gestão de Inovação robusta e intuitiva passível de ser utilizado por todo o Grupo, o que juntamente com a formação e a contínua promoção interna permitirão atingir este primeiro objectivo.

O segundo objectivo passa pela permanente identificação e gestão de projectos para o Grupo, para o qual está a ser criada uma equipa crescente e multidisciplinar.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 58

Desta feita, foi definida a Política de IDI, que passa por ter um centro de excelência para as áreas de actividade do Grupo Martifer, dando ainda especial atenção para outras áreas com valor e potencial de crescimento. O objectivo é fazer com que a Inovação aconteça quer no processo, produto, organização, marketing ou na procura de novos negócios, para que o ano de 2008 seja, uma vez mais, o ano da Inovação.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 59

7. INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS

PARTICIPAÇÕES DOS MEMBROS DE ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

De acordo com o disposto nos artigos 447º do Código das Sociedades Comerciais são os seguintes os números de valores mobiliários emitidos pela Martifer, SGPS, SA e por sociedades com as quais esta se encontra em relação de domínio ou de grupo, detidos no período de 1 de Janeiro de 2007 a 31 de Dezembro de 2007, por titulares de órgãos sociais:

Órgão Social N.º de Acções em 31/12/2007

Carlos Manuel Marques Martins

Conselho de Administração

70.030

Jorge Alberto Marques Martins

Conselho de Administração

109.660

MTO – SGPS, S.A. *

Conselho de Administração

37.536.000

António Manuel Serrano Pontes

Conselho de Administração

70.447

António Jorge Campos de Almeida

Conselho de Administração

6.520

Eduardo Jorge de Almeida Rocha

Conselho de Administração

15.000

Mota-Engil, SGPS, S.A. **

Conselho de Administração

37.500.000

* Os Administradores Carlos Manuel Marques Martins e Jorge Alberto Marques Martins detêm a totalidade do capital social da MTO – SGPS, S.A., de cujo Conselho de Administração são igualmente Presidente e Vogal, respectivamente. ** Os Administradores António Jorge Campos de Almeida e Eduardo Jorge de Almeida Rocha são membros do Conselho de Administração da MOTA-ENGIL, SGPS, S.A.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 60

Factos enumerados no artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais

Aquisições

Alienações

Onerações

Membro do órgão de administração e de fiscalização Data

Quantidade

Valor

Médio

Quantidade

Valor

Médio

Quantidade

MTO – SGPS, S.A. 25/06/2007 - - - - 37.500.000

António Jorge Campos de Almeida 25/06/2007 1.520 7,20 - - -

Carlos Manuel Marques Martins 25/06/2007 45.030 7,20 - - -

Jorge Alberto Marques Martins 25/06/2007 4.660 7,20 - - -

António Manuel Serrano Pontes 25/06/2007 10.447 7,20 - - -

Eduardo Jorge de Almeida Rocha 25/06/2007 4.080 7,20 - - -

António Jorge Campos de Almeida 27/06/2007 5.000 10,56 - - -

Jorge Alberto Marques Martins 17/08/2007 20.000 9,34 - - -

MTO – SGPS, S.A. 17/08/2007 36.000 8,05 - - -

António Manuel Serrano Pontes 29/08/2007 60.000 8,05 - - -

Jorge Alberto Marques Martins 18/09/2007 25.000 9,222 - - -

Jorge Alberto Marques Martins 19/09/2007 15.000 9,113 - - -

Carlos Manuel Marques Martins 27/09/2007 25.000 8,34 - - -

Jorge Alberto Marques Martins 15/11/2007 10.000 8,756 - - -

Jorge Alberto Marques Martins 16/11/2007 10.000 8,70 - - -

Jorge Alberto Marques Martins 20/11/2007 10.000 8,66 - - -

Jorge Alberto Marques Martins 21/11/2007 15.000 8,54 - - -

Eduardo Jorge de Almeida Rocha 30/11/2007 10.920 8,72 - - -

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 61

TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS (Regulamento da CMVM n.º 4/2004, art. 8º, 1., e))

No dia 31 de Dezembro de 2007, de acordo com a informação disponibilizada à sociedade, eram titulares de participações qualificadas no capital social da sociedade as seguintes entidades:

ACCIONISTAS

nº de acções

% do capital social

% dos direitos de voto

MTO – SGPS, SA 37.536.000 37,536% 37,536%

Carlos Manuel Marques Martins 70.030 0,07% 0,07%

Jorge Alberto Marques Martins 109.660 0,11% 0,11%

Total imputável 37.715.690 37,71569% 37,71569%

Mota-Engil – SGPS, SA 37.500.000 37,50% 37,50%

Eduardo Jorge de Almeida Rocha 15.000 0,02% 0,02%

António Jorge Campos de Almeida 6.520 0,00652% 0,00652%

Total Imputável 37.521.520 37,521% 37,521%

Fundos geridos pela SANTANDER GESTÃO DE ACTIVOS – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIOS, S.A. *

2.010.403 2,01% 2,01%

Total imputável 2.010.403 2,01% 2,01%

* Em 13 de Agosto de 2007 foi comunicada à Sociedade que a Santander Gestão de Activos detinha uma participação de 2.010.403 acções da Sociedade, representando 2,01 % do seu capital social e 2,01% dos seus direitos de voto. Esta participação qualificada reporta-se à data de 7 de Agosto de 2007, resultante da aquisição nessa data, no mercado, de 47.578 acções pelo Fundo Santander Global.

8 INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA 8.1 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 63

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

Notas2007 - IFRS

Euro

2006 - IFRS

Euro

Vendas e prestações de serviços 3 e 4 487.670.685 250.418.695

Outros proveitos 5 30.870.171 28.249.299

Custo das mercadorias e dos subcontratos 6 (378.833.713) (190.077.534)

Resultado bruto 139.707.143 88.590.460

Fornecimentos e serviços externos (70.427.526) (38.205.710)

Custos com o pessoal 7 (36.246.030) (25.912.131)

Outros proveitos / (custos) operacionais 8 4.008.892 4.077.988

4 37.042.479 28.550.606

Amortizações 4, 17 e 18 (10.007.184) (6.842.760)

Provisões e perdas de imparidade 4 e 9 (5.271.074) (1.176.261)

Resultado operacional 4 21.764.220 20.531.586

Proveitos financeiros 10 12.666.393 4.048.061

Custos financeiros 10 (24.390.517) (6.423.594)

Ganhos / (perdas) em empresas associadas 4 e 11 20.961.605 173.202

Imposto sobre o rendimento 12 (4.792.602) (4.393.409)

Resultado consolidado líquido do exercício 26.209.099 13.935.847

Atribuível:

a interesses minoritários (214.548) 1.053.054

ao Grupo 26.423.647 12.882.793

Resultados por acção:

básico 15 0,3005 0,1718

diluído 15 0,3005 0,1718

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 64

Notas2007 - IFRS

Euro2006 - IFRS

Euro(auditado) (auditado)

ActivoNão correnteDiferenças de consolidação 16 33.345.622 10.765.230Imobilizado incorpóreo 17 48.932.772 555.121Imobilizado corpóreo 18 264.916.126 103.394.225Investimentos financeiros em equivalência patrimonial 19 - 44.429.261Investimentos financeiros disponíveis para venda 20 10.830.270 55.162Clientes e outros devedores 22 3.095.412 1.941.555Activos por impostos diferidos 12 2.124.024 763.004

363.244.227 161.903.559

Activos não correntes classificados como detidos para venda 13 67.452.210 -

CorrenteExistências 21 96.990.901 33.077.335Activos biológicos 21 2.333.595 1.063.879Clientes 22 147.232.528 98.409.839Outros devedores 22 14.073.491 5.770.541Estado e outros entes públicos 23 34.129.879 10.035.468Outros activos correntes 24 38.770.275 28.058.366Derivados 22 2.573.281 1.839.998Caixa e seus equivalentes 25 32.312.299 9.595.570

368.416.250 187.850.996

Total do Activo 4 799.112.687 349.754.555

Capital PróprioCapital 26 50.000.000 32.000.300Reservas 26 205.361.289 20.830.115Resultado consolidado líquido do exercício 26.423.647 12.882.793

Capital próprio atribuível ao Grupo 281.784.936 65.713.208Interesses minoritários 3.690.499 5.659.496

Total do capital próprio 285.475.435 71.372.704

PassivoNão correnteEmpréstimos 27 105.970.188 99.788.418Credores por locações financeiras 28 53.611.131 7.799.417Credores diversos 29 26.434.025 15.983.070Provisões 30 6.325.137 1.823.513Passivos por impostos diferidos 12 14.054.601 5.957.882

206.395.082 131.352.300

CorrenteEmpréstimos 27 77.832.753 36.106.477Credores por locações financeiras 28 6.953.706 2.876.474Fornecedores 29 111.398.253 49.738.129Credores diversos 29 49.048.133 12.249.986Estado e outros entes públicos 31 12.225.293 11.644.144Outros passivos correntes 32 49.784.031 34.414.340

307.242.169 147.029.551

Total do Passivo 4 513.637.251 278.381.851

799.112.687 349.754.555

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 65

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

Capital

Prémio de

Emissão

Reavaliação de

imobilizado

Investimentos

disponiveis para

venda Derivados

Reservas de

conversão

cambiais

Outras

reservas Resultado líquido

Capital

próprioatribuível a

accionistas

maioritários

Capital próprioatribuível a

accionistas

minoritários

Saldo em 1 de Janeiro de 2006 32.000.300 - 15.451.680 - 136.532 512.229 1.510.031 4.047.280 53.658.052 2.737.790

Aplicação do resultado líquido de 2005 - - - - - - 4.047.280 (4.047.280) - -

Diferenças cambiais decorrentes da

transposição de demonstrações financeiras

expressas em moeda estrangeira - - - - - 192.641 - - 192.641 (476)

Reavaliação de terrenos e edifícios - - (3.749.637) - - - - - (3.749.637)

Impostos diferidos da reavaliação - - 437.563 - - - - - 437.563 709

Distribuição de dividendos - - - - - - - - - (337.500)

Outras variações no capital próprio

das empresas participadas - - - - 1.315.963 - 975.833 - 2.291.796 85.545

Alteração no perimetro de consolidação - - - - - - - - - 2.120.375

Resultado líquido - - - - - - - 12.882.793 12.882.793 1.053.054

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 32.000.300 - 12.139.606 - 1.452.495 704.870 6.533.144 12.882.793 65.713.208 5.659.496

Saldo em 1 de Janeiro de 2007 32.000.300 - 12.139.606 - 1.452.495 704.870 6.533.144 12.882.793 65.713.208 5.659.496

Aplicação do resultado líquido de 2006 - - - - - - 12.882.793 (12.882.793) - -

Aumento de capital, líquido de despesas com a

emissão do mesmo 17.999.700 186.500.000 - - - - (12.536.731) - 191.962.969 -

Diferenças cambiais decorrentes da

transposição de demonstrações financeiras

expressas em moeda estrangeira - - - - - (4.346.357) - - (4.346.357) (2.021.056)

Distribuição de dividendos - - - - - - - - - (101.433)

Outras variações no capital próprio

das empresas participadas - - - 252.250 (1.089.565) - 2.868.784 - 2.031.469 (832.971)

Alterações no perímetro de consolidação - - - - - - - - - 1.201.010

Resultado líquido - - - - - - - 26.423.647 26.423.647 (214.548)

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 50.000.000 186.500.000 12.139.606 252.250 362.931 (3.641.487) 9.747.990 26.423.647 281.784.936 3.690.499

Reservas de justo valor

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 65

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 66

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

Notas2007 - IFRS

Euro2006 - IFRS

Euro(auditado) (auditado)

ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de clientes 464.762.586 291.945.199

Pagamentos a fornecedores (382.441.134) (231.098.438)

Pagamentos ao pessoal (24.162.819) (19.730.950)

Fluxos gerados pelas operações 58.158.633 41.115.811

Pagamento/Recebimento de imposto sobre o rendimento (6.483.554) (2.052.707)

Outros receb./pagamentos de actividades operacionais (19.064.742) (31.229.812)

Outros fluxos gerados (25.548.295) (33.282.518)

Fluxos das actividades operacionais (1) 32.610.337 7.833.292

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 39 4.429.549 5.677.751

Imobilizações corpóreas 84.640 237.410

Imobilizações incorpóreas 9.662 -

Juros e proveitos similares 1.505.280 230.542

Dividendos 289 -

Outros 179.030 -

6.208.449 6.145.702

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 39 (86.628.745) (20.915.872)

Imobilizações corpóreas (56.206.510) (38.786.436)

Imobilizações incorpóreas (775.956) (7.066)

Outros (3.267) (34.762)(143.614.478) (59.744.136)

Fluxos das actividades de investimento (2) (137.406.028) (53.598.434)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 1.922.406.665 361.380.400

Aumentos de capital, prest. suplem., prémios de emissão 191.962.969 11.217.500

Subsídios e doacções 1.340.120 581.607

Outros - 56.247

2.115.709.754 373.235.754

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos (1.989.944.476) (323.594.012)

Amortizações de contratos de locação financeira (1.525.106) (978.937)

Juros e custos similares (7.997.021) (5.550.945)

Dividendos (101.433) (337.500)

Outros - (323)

(1.999.568.036) (330.461.716)

Fluxos das actividades de financiamento (3) 116.141.718 42.774.038

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 11.346.027 (2.991.104)

Variação perímetro e outras variações 7.026.360 1.046.417

Efeito das diferenças de câmbio 4.344.342 -

Caixa e seus equivalentes no início do período 9.595.570 11.540.257

Caixa e seus equivalentes no fim do período 32.312.299 9.595.570

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 67

8.2

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 68

Nota Introdutória

A Martifer, S.G.P.S., S.A., com sede na Zona Industrial, Apartado 17, Oliveira de Frades – Portugal (‘Martifer SGPS’ ou ‘Empresa’), e

empresas participadas (‘Grupo’), têm como actividade principal a construção de infra-estruturas metálicas, operando igualmente na

produção de equipamentos para energia, na produção de energia eléctrica e de biocombustíveis, bem como na comercialização e

gestão de empreendimentos imobiliários, e, ainda, na agricultura (Nota 4).

A Martifer SGPS foi constituída em 29 de Outubro de 2004, tendo o seu capital social sido realizado através da entrega da totalidade

das acções, avaliadas a valores de mercado, que os accionistas do Grupo detinham na Martifer – Construções, S.A., participada

constituída em 1990 e que nessa altura era a Empresa-mãe do actual Grupo Martifer.

A partir de Junho de 2007 e após a realização com sucesso de uma Oferta Pública de Subscrição o Grupo passou a ter as suas acções

cotadas na Euronext Lisboa.

Em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo desenvolve a sua actividade em Portugal, Espanha, Polónia, Eslováquia, Alemanha, Roménia,

República Checa, Angola, Brasil, Suécia, Ucrânia, Grécia, Estados Unidos da América, Áustria, Austrália e Moçambique.

Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em Euro (com arredondamentos às unidades), salvo se

expressamente referido em contrário.

1. Políticas Contabilísticas

Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas respeitam às demonstrações financeiras consolidadas das empresas do Grupo Martifer e foram

preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na

consolidação (Nota 2), os quais foram preparados de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IAS/IFRS") tal

como adoptadas pela União Europeia. Estas demonstrações foram preparadas tendo por base o custo histórico, excepto para a

reavaliação de certos activos não correntes e de certos instrumentos financeiros.

Para o Grupo, não existem diferenças entre os IFRS adoptados pela União Europeia e os IFRS publicados pelo Internacional

Accounting Standards Board (IASB).

Durante o exercício de 2007, não ocorreram alterações de políticas contabilísticas face às apresentadas nas demonstrações

financeiras consolidadas de 31 de Dezembro de 2006. Durante este exercício, o Grupo aplicou pela primeira vez a IFRS 7 –

‘Instrumentos Financeiros’, obrigatória para os exercícios com início em Janeiro de 2007 ou em data posterior bem como as

correspondentes alterações à IAS 1 – ‘Apresentação das Demonstrações Financeiras’. A aplicação desta norma resultou no

acréscimo de informação divulgada ao nível dos instrumentos financeiros utilizados pelo Grupo.

Em 29 de Março de 2007, com efeitos obrigatórios a 1 de Janeiro de 2009 mas com uma adopção antecipada permitida, o IASB

emitiu uma revisão à IAS 23 – ‘Custos de empréstimos obtidos’, a qual, face à anterior versão, eliminou a possibilidade de

reconhecimento imediato na demonstração dos resultados do exercício dos custos de empréstimos associados a activos que exigem

um período de tempo substancial até estarem disponíveis para uso ou venda. O Grupo, até 31 de Dezembro de 2007, com excepção

dos seus projectos imobiliários registados em existências (Nota 21) não procedeu à capitalização desses custos como parte do custo

do activo associado, pelo que a revisão de tal norma irá produzir impactos nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo a

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 69

partir de 1 de Janeiro de 2009, os quais, em virtude da incerteza e do momento de realização dos investimentos futuros, não foram

quantificados nesta data.

Adicionalmente, foram também emitidas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 cinco interpretações: (i) IFRIC 7 –

‘Adopção do método de reexpressão segundo a IAS 29 – Reporte Financeiro em economias hiperinflacionárias’; (ii) IFRIC 8 –

‘Âmbito da IFRS 2’; (iii) IFRIC 9 – ’Reavaliação dos derivados embutidos’; (iv) IFRIC 10 – ‘Demonstrações Financeiras Intercalares e

Imparidades’; e (v) IFRIC 11 – ‘IFRS 2 – Grupos e Transacções com base em acções’. A aplicação destas interpretações não teve

impacto relevante nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2007.

Por último, à data da emissão destas demonstrações financeiras, tinham sido emitidas as seguintes normas e interpretações, cuja

aplicação ainda não era obrigatória e cuja ratificação pela União Europeia ainda não ocorreu:

- Revisão da IFRS 3 – ‘Concentrações empresariais’ – (obrigatória a 1 de Julho de 2009);

- IFRS 8 – ‘Segmentos Operacionais’ – (obrigatória a 1 de Janeiro de 2009);

- IFRIC 12 – ‘Acordos sobre Serviços de Concessão’ – (obrigatória a 1 de Janeiro de 2008);

- IFRIC 13 – ‘Programas de Fidelização de Clientes’ – (obrigatória a 1 de Julho de 2008);

- IFRIC 14 – ‘IAS 19 – Os limites de um plano de benefícios definidos’ – (obrigatória a 1 de Janeiro de 2008).

Em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo não se encontra a aplicar qualquer das normas e interpretações acima referidas, sendo que a

aplicação das mesmas não produzirá, segundo o Conselho de Administração do Grupo, efeitos materiais nas demonstrações

financeiras consolidadas do período da sua primeira aplicação.

1 de Janeiro de 2004, corresponde ao início do período da primeira aplicação pelo Grupo dos IAS/IFRS, de acordo com a IFRS 1 –

‘Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro’.

As demonstrações financeiras consolidadas foram apresentadas em Euro por esta ser a moeda principal das operações do Grupo. As

demonstrações financeiras das empresas participadas em moeda estrangeira foram convertidas para Euro de acordo com as políticas

contabilísticas descritas na Nota 1 xiv).

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração do

Grupo adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos

incorridos relativos aos períodos reportados (Nota 1 xxv)). Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de

Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações

financeiras, dos eventos e transacções em curso.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de

Accionistas. O Conselho de Administração do Grupo entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 70

Bases de consolidação

São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo:

a) Empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto

em Assembleia Geral de Accionistas/Sócios e/ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição

de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas pelo método de consolidação

integral.

O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados

no balanço consolidado (na rubrica de capitais próprios – interesses minoritários) e na demonstração dos resultados consolidada

(incluída no resultado consolidado líquido atribuível a interesses minoritários), respectivamente. As empresas incluídas nas

demonstrações financeiras consolidadas pelo método da consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 2.

Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse

excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses

prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos

absorvidos tenha sido recuperada.

Nas concentrações empresariais ocorridas após 1 de Janeiro de 2004, os activos e passivos de cada filial (incluindo os passivos

contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição conforme estabelecido no IFRS 3. Qualquer excesso / (défice)

do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido, respectivamente, como diferença

de consolidação positiva (Goodwill, ou a somar à respectiva rubrica, que originou a diferença, quando identificada), no activo e no

caso de diferença de consolidação negativa (Badwill), após reconfirmação do processo de valorização do justo valor e caso este se

mantenha, na demonstração dos resultados do exercício. Os interesses de accionistas minoritários incluem a proporção dos

terceiros no justo valor dos activos e passivos identificáveis à data de aquisição das subsidiárias.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da

sua aquisição ou até à data da sua venda.

Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas

contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados

no processo de consolidação. Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com

fins específicos, ainda que não tenha participações de capital nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de

consolidação integral. À data de 31 de Dezembro de 2007 não existiam entidades nesta situação.

b) Empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o

controlo das mesmas através da participação nas decisões financeira e operacional da Empresa - geralmente investimentos

representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 71

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição ajustado

pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas

por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos, líquido de perdas de imparidade acumuladas.

Os activos e passivos de cada associada (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição.

Qualquer excesso / (défice) do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido,

respectivamente, como diferença de consolidação positiva (Goodwill), sendo adicionada ao valor de balanço do investimento

financeiro, e no caso de diferença de consolidação negativa (Badwill), após reconfirmação do processo de valorização do justo valor e

caso este se mantenha, na demonstração dos resultados do exercício.

É feita uma avaliação dos investimentos financeiros em empresas associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em

imparidade, sendo registada uma perda na demonstração dos resultados sempre que tal se confirme.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra

registado, o investimento é reportado por valor nulo enquanto o capital próprio da associada não for positivo, excepto quando o

Grupo tenha assumido compromissos para com a associada registando nesses casos uma provisão para fazer face a essas obrigações.

Os ganhos não realizados em transacções com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada por

contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao

ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade.

As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da equivalência patrimonial encontram-se detalhadas

na Nota 2.

c) Empresas controladas conjuntamente

Os interesses financeiros em empresas controladas conjuntamente foram consolidados nas demonstrações financeiras pelo método

da consolidação proporcional, desde a data em que o controlo é partilhado. De acordo com este método os activos, passivos,

proveitos e custos destas empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica na proporção do

controlo atribuível ao Grupo.

A classificação dos interesses financeiros detidos em entidades controladas conjuntamente é determinada com base:

- nos acordos parassociais que regulam o controlo conjunto;

- na percentagem efectiva de detenção;

- nos direitos de voto detidos.

Qualquer diferença de consolidação gerada na aquisição de uma empresa controlada conjuntamente é registada de acordo com as

políticas contabilísticas definidas para as empresas subsidiárias (Nota 1a)).

As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método proporcional encontram-se detalhadas na Nota 2.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 72

Principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas

Os principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas

do Grupo nos exercícios apresentados são os seguintes:

i) Diferenças de consolidação positivas (Goodwill)

Nas concentrações empresariais ocorridas após 1 de Janeiro de 2004, as diferenças positivas entre o custo de aquisição dos

investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis (incluindo os passivos

contingentes) dessas empresas à data da sua aquisição, são registadas na rubrica ‘Diferenças de consolidação’ (no caso dos

investimentos em empresas do Grupo e entidades conjuntamente controladas) ou no valor do investimento financeiro em

associadas (no caso dos investimentos em associadas).

As Diferenças de consolidação positivas geradas antes da data de transição para os IFRS (1 de Janeiro de 2004) ou as resultantes

da constituição do Grupo (Ver Nota Introdutória) mantêm-se registadas pelo seu valor líquido contabilístico, apurado de acordo

com o Plano Oficial de Contabilidade, sendo objecto de testes de imparidade anualmente a partir daquela data.

O valor das Diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se existem perdas por

imparidade, ou seja, se as Diferenças de consolidação não se encontram registadas por um valor superior à sua quantia

recuperável. As perdas por imparidade das Diferenças de consolidação verificadas no exercício são registadas na demonstração

dos resultados na rubrica de ‘Provisões e perdas de imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e

do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção ao alcance

das partes envolvidas, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de

caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A

quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de

caixa à qual o activo pertence.

As perdas por imparidade relativas a Diferenças de consolidação não podem ser revertidas.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo, entidades conjuntamente controladas e

associadas, sediadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição,

encontram-se registadas na moeda funcional dessas empresas, sendo convertidas para a moeda de relato do Grupo (Euro) à taxa

de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica ‘Reservas de

conversão cambiais’.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos activos e

passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando negativas são reconhecidas como proveito na data de

aquisição, após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos identificáveis.

ii) Activos não correntes classificados como detidos para venda

Os activos não correntes são classificados como detidos para venda quando o valor dos mesmos for recuperado através de uma

operação de venda, ao invés do seu uso continuado. Contudo, tal classificação exige que a transacção de venda seja altamente

provável, que o activo se encontre disponível para venda imediata, que o Conselho de Administração do Grupo esteja

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 73

comprometido com a alienação do mesmo e que a mesma ocorra no curto prazo (normalmente, mas não exclusivamente no

prazo de um ano).

Os activos não correntes classificados como detidos para venda são registados ao mais baixo do seu valor contabilístico, ou do

seu valor de realização, deduzido dos custos com a sua alienação.

iii) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas adquiridas pelo Grupo encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e

eventuais perdas de imparidade acumuladas, e só são reconhecidas se for provável que venham a gerar benefícios económicos

futuros para o Grupo, se possa medir razoavelmente o seu valor e se o Grupo possuir o controlo sobre as mesmas.

As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por software, sendo as mesmas amortizadas pelo método das quotas

constantes durante um período de três anos e pelas despesas incorridas com a obtenção de licenças para a exploração de

parques eólicos, as quais são amortizadas de acordo com o período das licenças atribuídas (actualmente em 20 anos).

As despesas incorridas com o licenciamento de parques eólicos são capitalizadas em imobilizado incorpóreo apenas quando

sejam preenchidos os seguintes requisitos:

- os estudos de viabilidade económica demonstrem que existirão benefícios económicos futuros;

- o Grupo tenha capacidade técnica e financeira para proceder à instalação e exploração dos parques eólicos; e

- os custos afectos à fase de licenciamento dos parques eólicos sejam mensuráveis de forma fiável.

Os custos incorridos pelo Grupo durante a fase de pesquisa e de instalação de parques eólicos são reconhecidos na

demonstração dos resultados no momento em que são incorridos.

As restantes despesas de investigação são reconhecidas como gasto do exercício em que são incorridas.

As imobilizações incorpóreas geradas na aquisição de uma empresa subsidiária, ou conjuntamente controlada, são identificadas e

registadas separadamente da rubrica de ‘Diferenças de consolidação’ se o seu justo valor puder ser estimado com fiabilidade. O

custo de aquisição de tais imobilizações incorpóreas é o seu justo valor na data de aquisição.

Após o seu reconhecimento inicial, as imobilizações incorpóreas geradas na aquisição de uma empresa subsidiária, ou

conjuntamente controlada, são registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade

acumuladas, da mesma forma que as imobilizações incorpóreas adquiridas pelo Grupo.

iv) Imóveis para uso próprio

Os imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio são registados por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da

revalorização menos qualquer subsequente depreciação acumulada e, ou, quaisquer perdas de imparidade acumuladas. As

revalorizações são efectuadas periodicamente, por avaliadores imobiliários independentes, de forma a que o montante

revalorizado não difira materialmente do justo valor do respectivo imóvel.

Os ajustamentos resultantes das revalorizações efectuadas aos bens imobilizados são registados por contrapartida de capital

próprio. Quando um activo fixo corpóreo que foi alvo de uma revalorização positiva em exercícios subsequentes se encontra

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 74

sujeito a uma revalorização negativa, o ajustamento é registado por contrapartida de capital próprio até ao montante

correspondente ao acréscimo no capital próprio resultante das revalorizações anteriores deduzido da quantia realizada através

das amortizações, sendo o seu excedente registado como custo do exercício por contrapartida do resultado líquido do

exercício.

As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a vida útil estimada dos edifícios, actualmente variando entre 20 e

40 anos, enquanto os terrenos não são depreciáveis.

v) Outras imobilizações corpóreas

As outras imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para as IFRS) encontram-se registadas

ao seu deemed cost, o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios

contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade

acumuladas.

As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e perdas

de imparidade acumuladas.

As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção / desenvolvimento, encontrando-se as mesmas

registadas ao custo de aquisição, deduzido de perdas de imparidade acumuladas. Estas imobilizações são amortizadas a partir do

momento em que os activos subjacentes se encontrem disponíveis para uso e nas condições necessárias em termos de qualidade

e fiabilidade técnica para operar.

As depreciações são calculadas após os bens estarem em condições de serem utilizados e são imputadas numa base sistemática

durante a sua vida útil que é determinada tendo em conta a utilização esperada do activo pelo Grupo, do desgaste natural

esperado e da sujeição a uma previsível obsolescência técnica.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Equipamentos:

Equipamento básico:

- Equipamento instalado em parques eólicos 15 a 20 anos

- Outros equipamentos 3 a 7 anos

Equipamento administrativo 4 a 10 anos

Equipamento de transporte 4 a 5 anos

Ferramentas e utensílios 3 a 5 anos

Outras imobilizações corpóreas 3 a 10 anos

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos

elementos das imobilizações corpóreas, são registadas como custo do exercício em que ocorrem.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 75

vi) Locações

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos

os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação e como (ii) locações operacionais se através deles não forem

transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância económica e não da forma do contrato.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são

contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes,

conforme definido nas políticas iv) e v) acima e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual.

Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na

demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados

numa base linear durante o período do contrato de locação.

vii) Activos e passivos financeiros

Os activos e passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando o Grupo se torna parte contratual do respectivo instrumento

financeiro.

a) Instrumentos financeiros:

O Grupo classifica os investimentos financeiros nas seguintes categorias: ‘Investimentos registados ao justo valor através de

resultados’, ‘Empréstimos e contas a receber’, ‘Investimentos detidos até ao vencimento’ e ‘Investimentos disponíveis para venda’.

A classificação depende da intenção subjacente à aquisição do investimento.

A classificação é definida no momento do reconhecimento inicial e reapreciada numa base anual.

- Investimentos registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: ‘activos

financeiros detidos para negociação’ e ‘investimentos registados ao justo valor através de resultados’. Um activo financeiro é

classificado nesta categoria se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo. Os instrumentos derivados são

também classificados como detidos para negociação, excepto se estiverem afectos a operações de cobertura. Os activos desta

categoria são classificados como activos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expectável que se realizem

num período inferior a 12 meses da data do balanço;

- Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os activos financeiros, não derivados, com reembolsos

fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos

mesmos até à data do seu vencimento;

- Investimentos disponíveis para venda: incluem-se aqui os activos financeiros, não derivados, que são designados como

disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos activos não

correntes, excepto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da

data do balanço.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 76

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for

inferior a 12 meses da data do balanço. Os investimentos registados a justo valor através de resultados são classificados como

investimentos correntes.

Todas as compras e vendas dos investimentos financeiros são reconhecidas à data da transacção, isto é, na data em que o Grupo

assume todos os riscos e obrigações inerentes à compra ou venda do activo. Os investimentos são todos inicialmente

reconhecidos ao justo valor mais custos de transacção, sendo a única excepção os ‘investimentos registados ao justo valor através

de resultados’. Neste último caso, os investimentos são inicialmente reconhecidos ao justo valor e os custos de transacção são

reconhecidos na demonstração dos resultados. Os investimentos são desreconhecidos quando o direito de receber fluxos

financeiros tiver expirado ou tiver sido transferido e, consequentemente, tenham sido transferidos todos os riscos e benefícios

associados.

Os ‘investimentos disponíveis para venda’ e os ‘investimentos registados ao justo valor através de resultados’ são posteriormente

mantidos ao justo valor.

Os ganhos e perdas, realizados ou não, provenientes de uma alteração no justo valor dos ‘Investimentos registados ao justo valor

através de resultados’ são registados na demonstração dos resultados do exercício. Os ganhos e perdas, realizados ou não,

provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos não monetários classificados como disponíveis para venda, são

reconhecidos no capital próprio na rubrica de ‘Reservas de justo valor’ até ao investimento ser vendido, recebido ou de qualquer

forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição, momento em que o ganho ou

perda acumulada é reconhecida na demonstração consolidada dos resultados.

O justo valor dos investimentos é baseado nos preços correntes de mercado. Se o mercado em que os investimentos estão

inseridos não for um mercado activo/líquido (investimentos não cotados), o Grupo estabelece o justo valor através de outras

técnicas de avaliação como o recurso a transacções de instrumentos financeiros substancialmente semelhantes, análises de fluxos

financeiros e modelos de opção de preços ajustados para reflectir as circunstâncias específicas. O justo valor dos investimentos

cotados é calculado com base na cotação de fecho da Euronext à data do balanço.

Os ‘Empréstimos e contas a receber’ e os ’Investimentos detidos até ao vencimento’ são registados ao custo amortizado através

do método da taxa de juro efectiva.

O Grupo efectua avaliações à data de cada balanço sempre que exista evidência objectiva de que um activo financeiro possa estar

em imparidade. No caso de instrumentos de capital classificados como disponíveis para venda, uma queda significativa ou

prolongada (queda superior a 25% durante dois trimestres consecutivos) do seu justo valor para níveis inferiores ao seu custo é

indicativo de que o activo se encontra em situação de imparidade. Para os restantes activos financeiros, indícios objectivos de

imparidade podem incluir:

- dificuldades financeiras significativas por parte da contraparte para liquidar as suas dívidas;

- não cumprimento atempado por parte da contraparte dos créditos concedidos pelo Grupo;

- probabilidade elevada que a contraparte entre num processo de falência ou de reestruturação de dívida.

Para os activos financeiros reconhecidos pelo custo amortizado, o montante da imparidade resulta da diferença entre o seu valor

contabilístico e o valor actual dos fluxos de caixa futuros descontados à taxa de juro efectiva inicial.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 77

O valor contabilístico dos activos financeiros é reduzido directamente pelas perdas de imparidade detectadas, com excepção das

contas a receber de clientes e outros devedores em que o Grupo constitui uma conta de ‘Perdas de imparidade acumuladas’

específica para as mesmas. Quando uma conta a receber de clientes e outros devedores é considerada como incobrável a mesma é

anulada por contrapartida da conta ’Perdas de imparidade acumuladas’. Recebimentos posteriores de contas a receber de clientes e

outros devedores anuladas das demonstrações financeiras são registados a crédito na demonstração dos resultados do exercício.

Alterações ocorridas na conta ‘Perdas de imparidade acumuladas’ são registadas na demonstração dos resultados do exercício.

Com excepção dos ‘Investimentos disponíveis para venda’, se, num exercício subsequente, ocorrer uma diminuição das Perdas de

imparidade acumuladas e se esse decréscimo se dever objectivamente a um evento posterior à data de reconhecimento de tal

imparidade, esse decréscimo é registado através da demonstração dos resultados do exercício até ao limite da conta de ‘Perdas de

imparidade acumuladas’ existente.

b) Clientes e outros devedores

As dívidas de ‘Clientes’ e de ‘Outros devedores’ não têm implícitos juros e são registadas pelo seu valor nominal deduzido de

eventuais perdas de imparidade reconhecidas nas rubricas de ‘Perdas de imparidade acumuladas’, por forma a que as mesmas

reflictam o seu valor realizável líquido.

c) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de comissões com a emissão desses empréstimos.

Os encargos financeiros capitalizados de acordo com a taxa de juro efectiva são contabilizados na demonstração dos resultados de

acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

d) Contas a pagar e outras dívidas de terceiros

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo

valor.

e) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transacção.

São considerados pelo Grupo instrumentos de capital próprio aqueles em que o suporte contratual da transacção evidencie que o

Grupo detém um interesse residual num conjunto de activos após dedução de um conjunto de passivos.

f) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros unicamente como forma de garantir a cobertura

desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação. A utilização de instrumentos

financeiros derivados encontra-se devidamente aprovada pelo Conselho de Administração do Grupo.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 78

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam

exclusivamente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos e de cobertura do preço das matérias-primas

utilizadas na produção de biodiesel, designadamente, os óleos vegetais, em particular de colza e de soja. O montante dos

empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos instrumentos de cobertura

de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contratados, pelo que configuram relações

perfeitas de cobertura. O mesmo sucede com as matérias-primas, onde é perfeita a correlação entre as quantidades adquiridas e as

datas de entrega dos futuros com os acordos comerciais estabelecidos com os fornecedores.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa

são os seguintes:

- Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis

ao risco coberto;

- A eficácia da cobertura pode ser fielmente mensurada;

- Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;

- A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro (cobertura de cash-flow) são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e

subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos, associadas à parcela de

cobertura efectiva, são reconhecidas em capitais próprios na rubrica ‘Reservas de justo valor – Derivados’, sendo transferidos para

resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados. A parcela de cobertura não efectiva é

registada, no momento em que é apurada, na demonstração dos resultados do exercício.

A reavaliação dos instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o

instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas

em capital próprio na rubrica ‘Reservas de justo valor - Derivados” são transferidas para resultados do exercício, e as reavaliações

subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

g) Letras descontadas e contas a receber cedidas em factoring

O Grupo desreconhece activos financeiros das suas demonstrações financeiras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos

de caixa inerentes a tais activos já tiver expirado, ou quando o Grupo transfere substancialmente todos os riscos e benefícios

inerentes à posse de tais activos para uma terceira entidade. Se o Grupo retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à

posse de tais activos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica de

‘Empréstimos’ a contrapartida monetária pelos activos cedidos.

Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em

factoring à data de cada balanço, com excepção das operações de ‘factoring sem recurso’, são reconhecidas nas demonstrações

financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 79

viii) Caixa e seus equivalentes

Os montantes incluídos na rubrica de ‘Caixa e seus equivalentes’ correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e

a prazo e outras aplicações de tesouraria para os quais o risco de alteração de valor não é significativo.

ix) Existências

As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo médio de aquisição, ou do

respectivo valor de mercado (estimativa do seu preço de venda deduzido dos custos a incorrer com a sua alienação). Os produtos

acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, o qual é

inferior ao valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra directa e gastos

gerais de fabrico.

x) Activos biológicos

Os activos biológicos, que compreendem, essencialmente, a plantação de girassol e colza para a posterior produção de biodiesel são

registados ao justo valor menos os custos estimados no ponto de venda no momento da colheita. O justo valor dos activos

biológicos é apurado através do preço de venda praticado nos mercados onde se situam as plantações do Grupo, ponderado pelo

grau de desenvolvimento da colheita (a qual não excede o período de um ano), bem como pelos custos estimados para colocar o

produto em condições de venda no mercado.

xi) Especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual estas são reconhecidas à

medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes

recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de ‘Outros activos correntes’, ‘Outros

activos não correntes’, ‘Outros passivos correntes’ e ‘Outros passivos não correntes’.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 80

xii) Rédito

O rédito é registado pelo justo valor dos activos recebidos ou a receber, líquido de descontos e de devoluções expectáveis.

a) Reconhecimento de custos e proveitos em obras (construção de estruturas metálicas e construção de equipamentos para

energia)

O Grupo reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método da percentagem de acabamento, o

qual é entendido como sendo a relação entre os custos incorridos em cada obra até uma determinada data e a soma desses custos

com os custos estimados para completar a obra. As diferenças obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de

acabamento aos proveitos estimados e os valores facturados, são contabilizadas nas sub-rubricas ‘Trabalhos por facturar’ ou

‘Facturação antecipada’, incluídas nas rubricas ‘Outros activos correntes’ e ‘Outros passivos correntes’.

Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do exercício quando é

provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação, e que esta possa ser mensurada com fiabilidade.

As reclamações para reembolso de custos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as

negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que é provável que o cliente aceite a reclamação, e que é possível mensurá-

la com fiabilidade.

Para fazer face aos custos a incorrer durante o período de garantia das obras o Grupo reconhece anualmente uma provisão para

fazer face a tal obrigação legal, a qual é apurada tendo em conta o volume de produção anual e o historial de custos incorridos no

passado com as obras em período de garantia.

Quando é provável que os custos totais previstos no contrato de construção excedam os proveitos definidos no mesmo, a perda

esperada é reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados do período.

b) Obras de curta duração

Nestes contratos de prestação de serviços o Grupo reconhece os proveitos e custos à medida que se facturam ou incorrem,

respectivamente.

c) Reconhecimento de custos e proveitos na actividade imobiliária

As empresas do Grupo têm recorrido a operações de leasing imobiliário, como forma de financiar todos os seus projectos

imobiliários.

Os custos relevantes com os empreendimentos imobiliários são apurados tendo em conta os custos directos de construção, assim

como todos os custos associados à elaboração de projectos e licenciamento das obras. Os custos imputáveis ao financiamento do

empreendimento são também adicionados ao custo dos empreendimentos imobiliários, desde que estes se encontrem em curso.

Em 31 de Dezembro de 2007, foram incluídos na rubrica de ‘Existências’ o montante de Euro 650.775 (Euro 550.332 em 31 de

Dezembro de 2006) relativos a juros suportados especificamente com empréstimos destinados à construção de empreendimentos

imobiliários.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 81

Considera-se, para efeito de capitalização dos encargos financeiros, que o empreendimento está em curso se aguardar decisão das

autoridades envolvidas, ou se se encontrar em construção. Caso o empreendimento não se encontre nestas fases é considerado

parado e os diferimentos acima referidos são suspensos.

O rédito, neste tipo de operações, tem sido gerado e reconhecido, essencialmente, aquando da cedência da posição contratual que

as empresas do Grupo detêm nos contratos de locação financeira imobiliária, em função da diferença entre o preço acordado com

um terceiro e o preço inicialmente contratado com a locatária.

d) Trabalhos para a própria empresa

Os custos internos (materiais, mão de obra e gastos gerais de fabrico) incorridos na produção de activos tangíveis são objecto de

capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:

- os activos desenvolvidos são identificáveis;

- existe forte probabilidade de os activos gerarem benefícios económicos futuros; e

- os custos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável.

Os trabalhos para a própria empresa registados no exercício de 2007 pelo Grupo correspondem, essencialmente, à construção das

refinarias de biodiesel em Portugal e na Roménia e à construção de um parque de tancagem em Portugal.

e) Reconhecimento de rédito em vendas de mercadorias e produtos acabados

O reconhecimento do rédito resultante da venda de mercadorias e de produtos acabados, ocorre unicamente quando todas as

condições descritas abaixo se encontrarem cumpridas:

- O Grupo transferiu para o comprador todos os riscos e benefícios significativos inerentes à posse dos bens alienados;

- O Grupo não retém qualquer envolvimento ou qualquer controlo continuado sobre os bens alienados;

- O montante do rédito possa ser estimado de forma fiável;

- É provável que os benefícios económicos associados à alienação de tais bens venham a ser recebidos; e

- Os custos incorridos, ou a incorrer, com tal alienação possam ser estimados com fiabilidade.

f) Reconhecimento do rédito relativo a dividendos e a juros

O rédito associado a dividendos é reconhecido no momento em que o direito do Grupo ao recebimento dos mesmos for

estabelecido.

O rédito associado aos juros é reconhecido de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, tendo em consideração o

valor do capital mutuado e a taxa de juro efectiva da operação.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 82

xiii) Custos com a preparação de propostas

Os custos incorridos com a preparação de propostas são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que são

incorridos, em virtude do desfecho das propostas não ser controlável.

xiv) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Demonstrações financeiras individuais:

Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se

as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre

as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são

registadas, pelo seu valor bruto, como proveitos e custos na demonstração dos resultados do exercício.

Demonstrações financeiras consolidadas:

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, os activos e passivos das demonstrações financeiras das entidades

estrangeiras do Grupo são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio à data do balanço. Os custos e proveitos, bem como

os fluxos de caixa são igualmente convertidos para Euro, utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença

cambial resultante é registada no capital próprio na rubrica ‘Reservas de conversão cambiais’. No momento da alienação de tais

entidades estrangeiras, as diferenças de conversão cambiais acumuladas são registadas na demonstração dos resultados do exercício.

As diferenças de consolidação e os ajustamentos para o justo valor dos activos e passivos adquiridos, resultantes da aquisição de

entidades estrangeiras, são tratados como activos e passivos em moeda estrangeira e são convertidos para Euro utilizando as taxas

de câmbio à data do balanço.

xv) Impostos sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação

e considera a tributação diferida. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis dos

resultados contabilísticos com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e referem-se às diferenças temporárias

entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respectivos montantes para efeitos de

tributação.

Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou

anunciadas para estarem em vigor, à data da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros

suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças subjacentes aos activos por

impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 83

as condições para o seu registo e, ou, para reduzir o montante dos impostos diferidos activos registados em função da expectativa

actual da sua recuperação futura.

O montante de imposto a incluir, quer no imposto corrente, quer no imposto diferido, que resulte de transacções ou eventos

reconhecidos em reservas, é registado directamente nessas mesmas rubricas, não afectando o resultado do exercício.

xvi) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como custo do exercício de acordo com o

princípio da especialização dos exercícios.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com os projectos imobiliários classificados em

existências, são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação

das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após o início de utilização, no final de produção ou de

construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso.

O Grupo não capitaliza encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos para a aquisição/produção de activos fixos

tangíveis.

xvii) Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de

um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação

possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor

estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. Quando uma provisão é apurada

tendo em consideração os fluxos de caixa futuros necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor actual dos

mesmos.

xviii) Subsídios atribuídos pelo Estado

Subsídios atribuídos para financiar acções de formação de pessoal e de apoio à contratação são reconhecidos como proveitos

durante o período de tempo durante o qual o Grupo incorre nos respectivos custos e são apresentados na demonstração dos

resultados a deduzir a esses mesmos custos.

Subsídios atribuídos para financiar investimentos em imobilizado são registados como proveitos diferidos e reconhecidos na

demonstração dos resultados durante o período de vida útil estimado para os bens subsidiados.

xix) Imparidade de activos que não diferenças de consolidação

É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas

circunstâncias que indique que o montante pelo qual um activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o

montante pelo qual um activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade,

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 84

registada na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Provisões e perdas por imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do

preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa

transacção ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor

presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da

sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade

geradora de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo

das mesmas deixaram de existir e, consequentemente, o activo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é

reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade é

efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (quer através do custo histórico, quer através do seu valor reavaliado,

líquido de amortizações ou depreciações) caso a perda de imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.

xx) Complementos de reforma

Conforme mencionado na Nota 34, o Grupo contratou junto de uma empresa de seguros uma apólice (que se traduz num fundo de

capitalização), no âmbito de um plano de contribuição definido, para fazer face aos complementos de reforma a atribuir no futuro

aos seus colaboradores.

As dotações de capital efectuadas para a referida apólice de seguro, mantida na Companhia de Seguros Global, são efectuadas

sempre que o Grupo obtenha resultados líquidos positivos, traduzem-se num montante equivalente a um salário base por

colaborador e são registadas como custo na demonstração dos resultados na rubrica ‘Custos com o pessoal’. Adicionalmente, o

direito a receber tal seguro na idade de reforma apenas ocorrerá se o colaborador terminar a sua carreira no Grupo, caso contrário

perderá o direito ao mesmo.

xxi) Classificação de balanço

Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data de balanço são classificados, respectivamente, como activos e

passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os ‘Impostos diferidos’ e as ‘Provisões’ são classificados como activos e

passivos não correntes.

xxii) Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo,

a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota.

Um activo contingente não é reconhecido nas demonstrações financeiras, mas divulgado no anexo quando é provável a existência de

um benefício económico futuro.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 85

xxiii) Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração consolidada dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método directo. O Grupo classifica

na rubrica ‘Caixa e seus equivalentes’ os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração

de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em actividades operacionais, de financiamento e de investimento. As

actividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros

relacionados com a actividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas actividades de investimento incluem, nomeadamente,

aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda

de activos imobilizados.

Os fluxos de caixa abrangidos nas actividades de financiamento incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a

empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, e pagamento de dividendos.

xxiv) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do

balanço (adjusting events) são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que

proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (non adjusting events), se materiais, são divulgados no

anexo às demonstrações financeiras consolidadas.

xxv) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, o Conselho de Administração do Grupo baseou-se no melhor

conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos

futuros.

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas dos exercícios findos em 31 de

Dezembro de 2007 e 2006 incluem:

- justo valor e vidas úteis dos activos tangíveis, nomeadamente, dos terrenos e edifícios;

- testes de imparidade realizados às diferenças de consolidação;

- registo de provisões e perdas de imparidade;

- reconhecimento de proveitos em obras em curso;

- apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras

consolidadas. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram

consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras

consolidadas serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 86

xxvi) Gestão dos riscos financeiros

A política de gestão dos riscos financeiros levada a cabo pelo Grupo está alicerçada no pressuposto da continuidade das suas

operações e na maximização do retorno para todos os seus stakeholders, através da optimização da sua estrutura de capitais.

A estrutura de capital do Grupo é composta de capitais alheios, que englobam o endividamento divulgado na Nota 27, a caixa e seus

equivalentes e ainda o capital próprio atribuível ao Grupo, desagregado em capital emitido, reservas e resultados retidos conforme

divulgado nas Notas 25 e 26, respectivamente.

A incerteza, característica dominante dos mercados financeiros, comporta em si uma variedade de riscos, aos quais as actividades do

Grupo se encontram expostas, designadamente, risco de preço, risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro, risco de liquidez e

risco de crédito.

a) Risco de preço de matérias-primas

a.1) Construção metálica e equipamentos para a energia

As alterações do preço do aço e do alumínio têm um impacto significativo nos resultados operacionais do Grupo, uma vez que

são matérias-primas sujeitas a problemas de escassez e a oscilações de preço repentinas.

O Grupo tem procurado mitigar este risco através de três formas distintas:

i) celebração de contratos com fornecedores de matérias-primas nas datas de formalização de contratos para projectos de

grande dimensão;

ii) realização de armazenamento de algumas quantidades destas matérias-primas quando existe expectativa de subida de preço;

iii) repercussão do aumento do preço da matéria-prima no cliente final.

a.2) Biocombustíveis

Tendo presente que os preços de referência mundiais das sementes oleaginosas são afectados, nomeadamente, pela oferta e

procura internacionais desta matéria-prima para diversas indústrias, desde a produção de biodiesel aos óleos alimentares e

rações para animais, pela ocorrência de anos agrícolas de carácter excepcional e por diferenças cambiais, conclui-se que estamos

perante uma matéria-prima caracterizada por uma enorme volatilidade de preço.

Com o objectivo de reduzir este risco de oscilação do preço das sementes oleaginosas, o Grupo tem investimentos previstos na

produção agrícola deste tipo de sementes, tendo estabelecido como objectivo atingir a médio prazo uma capacidade de auto-

satisfação para as suas unidades de produção de biodiesel de 25%. Paralelamente, e sempre que possível e aconselhável, recorre a

instrumentos derivados de cobertura, designadamente a contratos de futuros para fixação do preço do óleo vegetal, em

particular de colza e de soja.

O Grupo procura, ainda, mitigar este risco estando presente em toda a cadeia de valor, desde a agricultura à distribuição de

combustíveis passando pela extracção de óleos, sua logística e trading e pela produção de biodiesel. Desta forma, procura-se

minimizar a dependência de terceiros ao longo de todo o processo.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 87

Adicionalmente, a criação de uma unidade de trading e de capacidade de armazenamento, permite uma gestão integrada das

matérias-primas, uma maior flexibilidade na negociação das condições da sua aquisição e a redução do risco de haver falhas no

seu abastecimento.

Além disso, existem países com exigências legais na área de negócio do biodiesel obrigando à sua utilização, o que possibilita a

criação de um mercado garantido por imposição legal, tornando-se mais fácil repercutir o custo das matérias-primas no preço

final.

b) Risco de taxa de câmbio

As actividades operacionais do Grupo estão expostas a variações das taxas de câmbio do Euro face a outras moedas,

nomeadamente ao dólar norte-americano. Os preços do aço, do alumínio, do crude e das sementes oleaginosas são geralmente

expressos ou indexados ao dólar, o que pode ter um impacto significativo na actividade do Grupo.

Acresce que, tendo em consideração os diversos países onde o Grupo desenvolve a sua actividade, a sua exposição ao risco de

taxa de câmbio decorre do facto das suas subsidiárias localizadas fora da zona Euro, designadamente, Polónia, Eslováquia, Roménia,

República Checa, Suécia, Ucrânia, Angola, Brasil, Austrália, Estados Unidos e Moçambique, relatarem em moeda diferente do Euro,

sendo imaterial o risco associado à actividade operacional.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objectivo último diminuir ao máximo a sensibilidade

dos resultados do Grupo a flutuações cambiais. Neste contexto, e sempre que possível, o Grupo procura realizar coberturas

naturais dos valores em risco, compensando montantes a pagar e a receber expressos na mesma moeda.

O montante de activos e passivos (em Euro) do Grupo registados em moeda diferente do Euro, considerados materialmente

relevantes, pode ser resumido como se segue:

31-12-2007 31-12-2006 31-12-2007 31-12-2006

Zloti (Polónia) 100.916.746 38.275.343 97.091.010 30.434.726

Leu (Roménia) 116.988.015 43.758.796 121.883.534 26.880.893

Activos Passivos

Os eventuais impactos gerados nas demonstrações financeiras do Grupo pela transposição das demonstrações financeiras das suas

subsidiárias que relatam em moeda diferente do Euro, caso ocorresse uma variação de 1% nas taxas de câmbio acima referidas,

pode ser resumido como se segue:

Variação Resultados Capital Prório Resultados Capital Póprio

Zloti (Polónia) 1% 11.820 38.261 759 78.414

Leu (Roménia) 1% (96.105) (48.960) 10.098 168.796

2007 2006

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 88

c) Risco de taxa de juro

O Grupo recorre a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas

de juro vigentes nos seus contratos de financiamento. O objectivo do Grupo ao seguir esta política de gestão de risco de taxa de

juro é reduzir a volatilidade dos custos financeiros associados ao seu endividamento bancário, e reduzir a exposição às taxas de

juro variáveis, designadamente através da contratação de swaps.

O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos swaps de

taxa de juro contratados, são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram

relações perfeitas de cobertura.

d) Risco de liquidez

Teoricamente, a estrutura financeira de uma empresa está equilibrada quando o grau de liquidez das aplicações iguala o grau de

exigibilidade das origens. Consequentemente, não se deve financiar a aquisição de activos fixos com um financiamento

reembolsável a curto prazo, bem como a aquisição de bens e serviços destinados a ser incorporados no processo de produção,

deve ser feita, preferencialmente, com recurso a financiamentos de curto prazo.

A política de gestão de risco de liquidez levada a cabo pelo Grupo procura:

i) garantir o acesso permanente e da forma mais eficiente a fundos suficientes para fazer face aos pagamentos correntes nas

respectivas datas de vencimento;

ii) minimizar a probabilidade de incumprimento no reembolso de qualquer aplicação de fundos;

iii) garantir que o Grupo maximiza o valor e/ou minimiza o custo de oportunidade da detenção de liquidez excedentária no

curto prazo.

Levada à prática, esta política procurará fazer coincidir a maturidade das aplicações a realizar com os pagamentos previstos,

incluindo uma margem para cobrir eventuais erros de previsão (por exemplo, para fazer face a liquidações urgentes não

programadas).

e) Risco de crédito

O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afectem as economias a uma escala local, nacional ou

internacional podem originar a incapacidade dos clientes do Grupo Martifer para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos

negativos nos resultados do Grupo.

Cientes desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como racional para o

estabelecimento do crédito a conceder, sendo objectivo último assegurar a efectiva cobrança dos créditos nos prazos

estabelecidos.

Com este objectivo, o Grupo recorre a agências de avaliação de crédito e efectua regularmente controlo de crédito, cobrança e

gestão de processos em contencioso, procedimentos essenciais para gerir a actividade creditícia e minimizar a ocorrência de

incobráveis.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 89

2. Empresas incluídas na consolidação

Em 31 de Dezembro de 2007, as empresas incluídas na consolidação, respectivos métodos de consolidação, bem como as suas sedes

sociais, proporção do capital detido, actividade, data de constituição e data de aquisição das participações financeiras são como se

segue:

Empresas consolidadas pelo método integral

Denominação social Sede social Proporção do capital detido

Actividade Data de

Constituição Data de

Aquisição

Martifer SGPS, S.A. (Martifer SGPS)

Oliveira de Frades Mãe Sociedade gestora de participações sociais

Outubro 2004

-

Martifer Inovação e Gestão, S.A. (Martifer Inovação)

Oliveira de Frades

100% Actividade de consultadoria,

investigação e desenvolvimento

Janeiro 2007

-

Martifer Inc (Martifer Inc)

S. Francisco CA 100% Actividade de consultadoria,

investigação e desenvolvimento

Junho 2007

-

Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. anteriormente designada por Martifer Indústria SGPS, S.A. (Martifer Metallic Constructions)

Oliveira de Frades 100% Sociedade gestora de participações sociais

Dezembro 2006

-

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. (Martifer Construções)

Oliveira de Frades

Através da Martifer Metallic

Constructions 100%

Construções metalomecânicas

Fevereiro 1990

-

Martifer - Gestão de Investimentos, S.A. (MGI)

Oliveira de Frades

Através da Martifer Metallic

Constructions 100%

Compra e venda de imóveis Maio 2000

-

Martifer - Alumínios, S.A. (Martifer Alumínios)

Oliveira de Frades

Através da Martifer Metallic

Constructions 55%

Construção de fachadas em alumínio

Setembro 1990

1999

Martifer - Alumínios, S.A. (Martifer Alumínios Espanha)

Madrid Através da Martifer

Alumínios 100%

Construção de fachadas em alumínio

Janeiro 2007

-

Martifer II Inox, S.A. - anteriormente designada por Martins & Coutinho –Const. em Aço Inox, S.A. (Martifer II Inox)

Sever do Vouga

Através da Martifer Metallic

Constructions 75%

Serralharia civil Maio 1996

1998

Martifer – Construcciones Metálicas España, S.A. (Martifer Espanha)

Madrid

Através da Martifer Metallic

Constructions 100%

Actividade comercial, montagem, e apoio às

direcções de obra

Novembro 1999

-

Martifer – Construções Metálicas Angola, S.A. (Martifer Angola)

Luanda

Através da Martifer Metallic

Constructions 58,125%

Actividade comercial, montagem, e apoio às

direcções de obra

Março 2007

-

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 90

Martifer Polska Sp. z o.o. (Martifer Polska)

Gliwice

Através da Martifer Metallic

Constructions 100%

Construções metalomecânicas

Fevereiro 2003

-

Martifer Aluminium Sp. z o.o.– anteriormente denominada MZI Polska SP Z.o.o. (Martifer Aluminium)

Gliwice Através da Martifer

Alumínios 100%

Actividade comercial, montagem de fachadas em alumínio e apoio às

direcções técnicas

Dezembro 2004

-

Martifer Constructii SRL (Martifer Constructii)

Bucareste

Através da Martifer Metallic

Constructions 100%

Actividade comercial, montagem, e apoio às

direcções de obra

Março 2005

-

Martifer CZ, SRO (Martifer CZ)

Praga 80% Actividade comercial, montagem, e apoio às

direcções de obra

Março 2005

-

Martifer Konstrukcje Sp. z o.o. (Martifer Konstrukcje)

Gliwice

Através da Martifer Metallic

Constructions 100%

Gestão geral de obras Abril 2005

-

Martifer Slovakia SRO (Martifer Slovakia)

Bratislava

Através da Martifer Metallic

Constructions 20%

Através da Martifer Polska 80%

Actividade comercial, montagem, e apoio às

direcções de obra

Março 2005

-

Martifer Deutschland GmbH (Martifer Deutschland)

Berlim Através da Martifer

Polska 100%

Actividade comercial, montagem, e apoio às

direcções de obra

Outubro 2005

-

Martifer Beteiligungsverwaltungs GmbH (Martifer GmbH)

Viena 100% Sociedade de gestão de

participações em sociedades - 2007

Sociedade de Madeiras do Vouga, S.A. (Madeiras do Vouga)

Albergaria a

Velha

Através da Martifer Metallic

Constructions 100%

Indústria e comércio de madeiras, lenhas e materiais

de construção - 2007

Nagatel Viseu, Promoção Imobiliária, S.A. (Nagatel Viseu)

Oliveira de Frades Através da MGI

100% Imobiliária

Março 2005

2007

Martifer Retail & Warehousing Angola, S.A. (Martifer Retail Angola)

Luanda

Através da Martifer Metallic

Constructions 100%

Imobiliária Dezembro

2007 -

Park Logistyczny Biskupice (Biskupice)

Gliwice Através da Martifer

Konstrukcje 90%

Imobiliária Maio 2007

-

Acero Sp. z o.o. (Acero)

Gliwice Através da Martifer

Konstrukcje 100%

Imobiliária - 2007

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 91

M City Bialystok Sp. Z o.o. (M City Bialystok)

Gliwice

Através da Martifer GmbH 99,8%

Através da Martifer Konstrukcje

0,2%

Imobiliária Dezembro

2007 -

M City Gliwice Sp. Z o.o. (M City Gliwice)

Gliwice

Através da Martifer GmbH 99,8%

Através da Martifer Konstrukcje

0,2%

Imobiliária Dezembro

2007 -

M City Legnica Sp. Z o.o. (M City Legnica)

Gliwice

Através da Martifer GmbH 99,8%

Através da Martifer Konstrukcje

0,2%

Imobiliária Dezembro

2007 -

M City Radom Sp. Z o.o. (M City Radom)

Gliwice

Através da Martifer GmbH 99,8%

Através da Martifer Konstrukcje

0,2%

Imobiliária Dezembro

2007 -

M City Szczecin Sp. Z o.o. (M City Szczecin)

Gliwice

Através da Martifer GmbH 99,8%

Através da Martifer Konstrukcje

0,2%

Imobiliária Dezembro

2007 -

Martifer Energy Systems II SGPS, S.A. (Martifer Energy Systems II)

Oliveira de Frades 100% Sociedade gestora de participações sociais

Novembro 2007

-

Martifer Energia – Equipamentos para Energia, S.A. (Martifer Energia)

Oliveira de Frades Através da Martifer Energy Systems II

100%

Construção de equipamentos para energia

Fevereiro 2004

-

Martifer Wood Pellets, S.A. (Wood Pellets)

Oliveira de Frades Através da Martifer Energy Systems II

100%

Construção de equipamentos para energia

Março 2007

-

Martifer Energy Systems SGPS, S.A. (Martifer Energy Systems)

Oliveira de Frades 100% Sociedade gestora de participações sociais

Dezembro 2006

-

Power Blades, S.A. (Power Blades)

Oliveira de Frades 100% Fabricação de pás para

torres eólicas Fevereiro

2006 -

Martifer Solar, S.A. (Martifer Solar)

Oliveira de Frades Através da Martifer Energy Systems II

55%

Instalação, comercialização e manutenção de painéis

solares e painéis fotovoltaicos

Junho 2006

-

Martifer Solar Angola (Martifer Solar Angola)

Luanda Através da Martifer

Solar 41,25%

Instalação, comercialização e manutenção de painéis

solares e painéis fotovoltaicos

Dezembro 2006

-

Martifer Solar Sistemas Solares, S.A. (Martifer Solar Sistemas Solares)

Madrid Através da Martifer

Solar 55%

Instalação, comercialização e manutenção de painéis

solares e painéis fotovoltaicos

Fevereiro 2007

-

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 92

Repower Portugal – Sistemas Eólicos, S.A. (Repower Portugal)

Oliveira de Frades Através da Martifer Energy Systems II

50%

Fabrico, montagem e assistência de aerogeradores

Junho 2005

-

Ventinveste Indústria SGPS, S.A. (Ventinveste Indústria)

Oliveira de Frades Através da

Ventinveste SA 32,5%

Sociedade gestora de participações sociais

Setembro 2007

-

Ventipower, S.A. (Ventipower)

Oliveira de Frades

Através da Ventinveste

Indústria 32,5%

Fabricação de motores e turbinas

Setembro 2007

-

Reblades, S.A. (Reblades)

Oliveira de Frades

Através da Ventinveste

Indústria 32,5%

Fabricação de componentes para equipamentos de

produção de energias de fonte renovável

Setembro 2007

-

Martifer Energia RO SRL (Martifer Energia SRL)

Bucareste

Através da Martifer Energy Systems II

99% Através da Martifer

Energia 1%

Construção de equipamentos para energia

Agosto 2007

-

Prio Sgps, S.A. (Prio Sgps) - anteriormente designada por Imavic, Gestão de Investimentos S.A.

Oliveira de Frades 53,5% Sociedade gestora de participações sociais

Março 2005

-

Prio Advanced Fuels, S.A. (Prio Advanced Fuels)

Oliveira de Frades Através da Prio

Sgps 53,5% Comercialização de

combustíveis Outubro

2006 -

Mondefin (Mondefin)

Coimbra Através da Prio Advanced Fuels

53,5%

Comercialização de combustíveis

- 2007

Prio Biocombustíveis, S.A. (Prio Biocombustíveis)

Oliveira de Frades Através da Prio

Sgps 53,5% Refinaria de Biodiesel

Fevereiro 2006

-

Prio Gestão, Trading e Logistica, S.A. (Prio GTL)

Oliveira de Frades Através da Prio

Sgps 53,5% Actividade de consultadoria

de negócios e gestão Maio 2007

-

Prio Agricultura, SRL - anteriormente designada por Agromart Energy SRL (Prio Agricultura)

Bucareste Através da Prio

Sgps 53,5%

Agricultura Março 2005

-

Prio Biocombustibil SRL - anteriormente designada por Biomart Energy SRL (Prio Biocombustibil)

Bucareste

Através da Prio Sgps

53,46% Através da Prio

Agricultura 0,04%

Refinaria de Biodiesel Março 2005

-

Prio Agricultura e Extracção LTDA - anteriormente designada por Prio Extracção & Logística, LTDA (Prio Agricultura e Extracção)

S. Luís do Maranhão

Através da Prio Sgps 53,5%

Esmagamento e extracção de óleos de sementes

Novembro 2006

-

Prio Biopaliwa, Sp. Z o.o. (Prio Biopaliwa)

Gliwice Através da Prio

Sgps 53,5%

Agricultura e armazenamento de cereais e

óleos

Novembro 2006

-

Prio Agricultura, S.A. (Prio Agricultura Moçambique)

Maputo Através da Prio

Sgps 32,10% Agricultura

Novembro 2007

-

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 93

Prio Agromart S.R.L. (Prio Agromart)

Bucareste

Através da Prio Agricultura

40,125% Através da Prio Biocombustibil

13,375%

Agricultura Junho 2007

-

Prio Balta S.R.L. (Prio Balta)

Bucareste

Através da Prio Agricultura

40,125% Através da Prio Biocombustibil

13,375%

Agricultura Junho 2007

-

Prio Facaieni S.R.L. (Prio Facaieni)

Bucareste

Através da Prio Agricultura

40,125% Através da Prio Biocombustibil

13,375%

Agricultura Junho 2007

-

Prio Ialomita S.R.L. (Prio Ialomita)

Bucareste

Através da Prio Agricultura

40,125% Através da Prio Biocombustibil

13,375%

Agricultura Junho 2007

-

Prio Rapita S.R.L. (Prio Rapita)

Bucareste

Através da Prio Agricultura

40,125% Através da Prio Biocombustibil

13,375%

Agricultura Junho 2007

-

Prio Terra Agricola S.R.L. (Prio Terra Agricola)

Bucareste

Através da Prio Agricultura

40,125% Através da Prio Biocombustibil

13,375%

Agricultura Junho 2007

-

Prio Turism Rural S.R.L (Prio Turism Rural)

Bucareste

Através da Prio Agricultura

40,125% Através da Prio Biocombustibil

13,375%

Agricultura Junho 2007

-

Agromec Balaciu (Agromec Balaciu)

Bucareste Através da Prio

Agricultura 46,51%

Agricultura - 2007

Zimbrul, S.A. (Zimbrul)

Bucareste Através da Prio

Agricultura 53,50%

Agricultura - 2007

Agrozootehnica, S.A. (Agrozootehnica)

Bucareste

Através da Prio Agricultura

27,82% Através da Zimbrul

25,66%

Agricultura - 2007

Eviva SGPS, S.A. (Eviva)

Oliveira de Frades 100% Sociedade gestora de participações sociais

Dezembro 2006

-

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 94

Eviva Energy, S.A. – anteriormente denominada M Energy, S.A. (Eviva Energy)

Oliveira de Frades Através da Eviva

100% Produção, comercialização e

distribuição de energia Outubro

2005 -

Eviva – Energias Renovables, S.A. (Eviva Energias Renovables)

Madrid Através da Eviva

100% Produção, comercialização e

distribuição de energia Maio 2007

-

Eurocab FV 1 SL (Eurocab 1)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 2 SL (Eurocab 2)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 3 SL (Eurocab 3)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 4 SL (Eurocab 4)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 5 SL (Eurocab 5)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 6 SL (Eurocab 6)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 7 SL (Eurocab 7)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 8 SL (Eurocab 8)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 9 SL (Eurocab 9)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 10 SL (Eurocab 10)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 11 SL (Eurocab 11)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 12 SL (Eurocab 12)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 95

Eurocab FV 13 SL (Eurocab 13)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 14 SL (Eurocab 14)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 15 SL (Eurocab 15)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 16 SL (Eurocab 16)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 17 SL (Eurocab 17)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 18 SL (Eurocab 18)

Madrid

Através da Eviva

Energias Renovables

100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Eurocab FV 19 SL (Eurocab 19)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 100%

Produção, comercialização e distribuição de energia

- 2007

Solar Planet Promocion de Parques Solares ETVE S.A. (Solar Planet)

Madrid

Através da Eviva Energias

Renovables 75%

Promoção de parques solares

Agosto 2007

-

Eviva Energy SRL anteriormente designada por M Wind Energy SRL (Eviva Energy SRL)

Bucareste Através da Eviva

100% Produção, comercialização e

distribuição de energia Março 2005

-

Eviva Nalbant SRO (Eviva Nalbant)

Bucareste

Através da Eviva Energy SRL

99% Através da Prio

Agricultura 0,54%

Produção, comercialização e distribuição de energia

Dezembro 2006

-

Eviva Agighiol SRL (Eviva Agighiol)

Bucareste

Através da Eviva Energy SRL

99% Através da Prio

Agricultura 0,54%

Produção, comercialização e distribuição de energia

Dezembro 2006

-

Eviva Casimcea SRO (Eviva Casimcea)

Bucareste

Através da Eviva Energy SRL

99% Através da Prio

Agricultura 0,54%

Produção, comercialização e distribuição de energia

Dezembro 2006

-

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 96

MW Topolog SRL (MW Topolog)

Bucareste Através da Eviva

Energy SRL 99%

Produção, comercialização e distribuição de energia

Setembro 2006

-

Eviva Hidro SRL (Eviva Hidro)

Bucareste 66%

Através da Eviva 33%

Produção de energia a partir de mini-hídricas

Dezembro 2006

-

Eviva SRO anteriormente designada por M Wind SRO (Eviva SRO)

Bratislava Através da Eviva

100% Produção, comercialização e

distribuição de energia Setembro

2006 -

Eviva S.A.- anteriormente designada por Mzi Megawatt Sp. Z o.o. (Eviva S.A.)

Gliwice Através da Eviva

100% Produção, comercialização e

distribuição de energia Maio 2005

-

IWP Sp. Z o.o. (IWP)

Gliwice Através da Eviva

S.A. 100% Produção, comercialização e

distribuição de energia - 2005

Bukowsko (Bukowsko)

Gliwice Através da Eviva

S.A. 100% Produção, comercialização e

distribuição de energia - 2007

Eviva Zebowo SP (Eviva Zebowo)

Gliwice Através da Eviva

S.A. 51% Produção, comercialização e

distribuição de energia - 2007

Eviva Gac SP (Eviva Gac)

Gliwice Através da Eviva

S.A. 51% Produção, comercialização e

distribuição de energia - 2007

Eviva Drzezewo SP (Eviva Drzezewo)

Gliwice Através da Eviva

S.A. 56% Produção, comercialização e

distribuição de energia - 2007

Eviva Mepe (Eviva Mepe)

Atenas Através da Eviva

100% Produção, comercialização e

distribuição de energia Maio 2007

-

Eviva Beteiligungsverwaltungs GmbH (Eviva GmbH)

Viena Através da Eviva

100% Sociedade de gestão de

participações em sociedades - 2007

Eviva Energy Pty, Ltd. (Eviva Pty)

Sidney Através da Eviva

80% Produção, comercialização e

distribuição de energia Dezembro

2007 -

Windpark Bippen GmbH & Co. KG (Bippen KG)

Bremen

Através da Martifer Deutschland

99,91% Através da Eviva

GmbH 0,09%

Desenvolvimento, construção e exploração de

parques eólicos - 2007

Windpark Holleben GmbH & Co. KG (Holleben KG)

Bremen

Através da Martifer Deutschland

99,91% Através da Eviva

GmbH 0,09%

Desenvolvimento, construção e exploração de

parques eólicos - 2007

Eviva Electricity LLC (Eviva LLC)

S. Francisco CA Através da Eviva

80% Geração de electricidade

Dezembro 2007

-

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 97

Empresas consolidadas pelo método proporcional

As empresas consolidadas pelo método de consolidação proporcional, suas sedes sociais, proporção do capital detido, actividade,

data de constituição e data de aquisição das participações financeiras, são como se segue:

Denominação social Sede social Proporção do capital detido

Actividade Data de

constituição Data de

aquisição

Clean Energy Solutions (Clean Energy Solutions)

Suécia Através da Eviva

50% Produção de energia eléctrica - 2007

Nova Eco LLC (Nova Eco LLC)

Ucrânia Através da Clean Energy Solutions

50% Produção de energia eléctrica - 2007

Gebox, S.A. (Gebox)

Ilhavo Através da Martifer Energy Systems II

50%

Fabricação de caixas multiplicadoras para

aerogeradores

Junho 2006

-

Promoquatro – Investimentos Imobiliários, Lda. (Promoquatro)

Oliveira de Frades Através da MGI

50% Imobiliária

Dezembro 2001

2005

WPT – Wind Power Transmission S.A. (WPT)

Oliveira de Frades Através da Gebox

33,33%

Comercialização de caixas multiplicadoras para

aerogeradores

Maio 2007

-

Martifer Retail & Warehousing SRL (Martifer Retail, SRL)

Bucareste 50% Imobiliária Julho 2007

-

Solar Parks Construccion Parques Solares ETVE S.A. (Solar Parks)

Madrid

Através da Martifer Solar Sistemas

Solares 27,5%

Construção de parques solares

Agosto 2007

-

Ventinveste, S.A. (Ventinveste SA)

Lisboa

5% Através da Eviva

Energy 25%

Através da Repower Portugal

0,5% Através da Power

Blades 1%

Através da Martifer Energia

1%

Gestão e acompanhamento da implementação do projecto

eólico de 400MW e do projecto industrial de criação do cluster para a construção

de aerogeradores

Setembro 2007

-

Ventinveste Eólica, SGPS, S.A. (Ventinveste Eólica)

Lisboa Através da

Ventinveste SA 32,5%

Sociedade gestora de participações sociais

Setembro 2007

-

Parque Eólico de Torrinheiras, S.A. (PE Torrinheiras)

Lisboa Através da

Ventinveste Eólica 32,5%

Desenvolvimento, construção e exploração de parques

eólicos

Setembro 2007

-

Parque Eólico do Douro Sul, S.A. (PE Douro Sul)

Lisboa Através da

Ventinveste Eólica 32,5%

Desenvolvimento, construção e exploração de parques

eólicos

Setembro 2007

-

Parque Eólico do Pinhal do Oeste, S.A. (PE Pinhal do Oeste)

Lisboa Através da

Ventinveste Eólica 32,5%

Desenvolvimento, construção e exploração de parques

eólicos

Setembro 2007

-

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 98

Parque Eólico de Vale Grande, S.A. (PE Vale Grande)

Lisboa Através da

Ventinveste Eólica 32,5%

Desenvolvimento, construção e exploração de parques

eólicos

Setembro 2007

-

Parque Eólico de Vale do Chão, S.A. (PE Vale do Chão)

Lisboa Através da

Ventinveste Eólica 32,5%

Desenvolvimento, construção e exploração de parques

eólicos

Setembro 2007

-

Parque Eólico do Cabeço Norte, S.A. (PE Cabeço Norte)

Lisboa Através da

Ventinveste Eólica 32,5%

Desenvolvimento, construção e exploração de parques

eólicos

Setembro 2007

-

Parque Eólico da Serra do Oeste, S.A. (PE Serra do Oeste)

Lisboa Através da

Ventinveste Eólica 32,5%

Desenvolvimento, construção e exploração de parques

eólicos

Setembro 2007

-

Parque Eólico do Planalto, S.A. (PE Planalto)

Lisboa Através da

Ventinveste Eólica 32,5%

Desenvolvimento, construção e exploração de parques

eólicos

Setembro 2007

-

Eviva Dunowo, Sp. Z o.o. (Eviva Dunowo)

Gliwice Através da Eviva

GmbH 50%

Produção, comercialização e distribuição de energia

Dezembro 2007

-

Empresas incluídas na consolidação pelo método da equivalência patrimonial

As empresas consolidadas pelo método da equivalência patrimonial, suas sedes sociais, proporção do capital detido, actividade, data

de constituição e data de aquisição das participações financeiras, são como se segue:

Denominação social Sede social Proporção do capital detido

Actividade Data de

constituição Ano de

aquisição

Proempar (Proempar)

Porto Através da

Promoquatro 24%

Promoção, gestão e exploração de parques

tecnológicos e industriais

Outubro 2006

-

Parque Tecnológico do Tâmega (PTT)

Felgueiras

Através da Promoquatro

5% Através da

Proempar 14,4%

Promoção e gestão de acolhimento empresarial e

tecnológico

Dezembro 2006

-

Durante os exercícios de 2007 e de 2006 as alterações ocorridas no perímetro de consolidação foram como se segue:

Constituição de empresas:

Em 2007:

Eviva – Energia Renovables, S.A. (Eviva – Energia Renovables)

Eviva Mepe (Eviva Mepe)

Martifer - Alumínios, S.A. (Martifer Alumínios Espanha)

Martifer – Construções Metálicas Angola, S.A. (Martifer Angola)

Martifer Inc. (Martifer Inc.)

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 99

Martifer Inovação e Gestão, S.A. (Martifer Inovação)

Martifer Solar Sistemas Solares, S.A. (Martifer Solar Sistemas Solares)

Martifer Wood Pellets, S.A. (Wood Pellets)

Park Logistyczny Biskupice (Biskupice)

Prio Agromart S.R.L. (Prio Agromart)

Prio Balta S.R.L. (Prio Balta)

Prio Facaieni S.R.L. (Prio Facaieni)

Prio Gestão, Trading e Logistica, S.A. (Prio GTL)

Prio Ialomita S.R.L. (Prio Ialomita)

Prio Rapita S.R.L. (Prio Rapita)

Prio Terra Agricola S.R.L. (Prio Terra Agricola)

Prio Turism Rural S.R.L. (Prio Turism Rural)

WPT – Wind Power Transmission S.A. (WPT)

Martifer Retail & Warehousing SRL (Martifer Retail, SRL)

Martifer Energia RO SRL (Martifer Energia SRL)

Solar Parks Construccion Parques Solares ETVE S.A. (Solar Parks)

Solar Planet Promocion de Parques Solares ETVE S.A. (Solar Planet)

Ventinveste Indústria SGPS, S.A. (Ventinveste Indústria)

Ventipower, S.A. (Ventipower)

Reblades, S.A. (Reblades)

Ventinveste, S.A. (Ventinveste SA)

Ventinveste Eólica SGPS, S.A. (Ventinveste Eólica)

Parque Eólico de Torrinheiras, S.A. (PE Torrinheiras)

Parque Eólico do Douro Sul, S.A. (PE Douro Sul)

Parque Eólico do Pinhal do Oeste, S.A. (PE Pinhal do Oeste)

Parque Eólico de Vale Grande, S.A. (PE Vale Grande)

Parque Eólico de Vale do Chão, S.A. (PE Vale do Chão)

Parque Eólico do Cabeço Norte, S.A. (PE Cabeço Norte)

Parque Eólico da Serra do Oeste, S.A. (PE Serra do Oeste)

Parque Eólico do Planalto, S.A. (PE Planalto)

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 100

Martifer Retail & Warehousing Angola, S.A. (Martifer Retail Angola)

M City Bialystok Sp. Z o.o. (M City Bialystok)

M City Gliwice Sp. Z o.o. (M City Gliwice)

M City Legnica Sp. Z o.o. (M City Legnica)

M City Radom Sp. Z o.o. (M City Radom)

M City Szczecin Sp. Z o.o. (M City Szczecin)

Martifer Energy Systems II SGPS, S.A (Martifer Energy Systems II)

Prio Agricultura, S.A. (Prio Agricultura Moçambique)

Eviva Energy Pty, Ltd. (Eviva Pty)

Eviva Electricity LLC (Eviva LLC)

Eviva Dunowo, Sp. Z o.o. (Eviva Dunowo)

Em 2006:

Mtal Sgps, S.A (Mtal Sgps)

Martifer Indústria SGPS, S.A. (Martifer Indústria)

Martifer Energy Systems SGPS, S.A (Martifer Energy Systems)

Power Blades, S.A. (Power Blades)

Martifer Solar Angola (Martifer Solar Angola)

Martifer Solar, S.A. (Martifer Solar)

Prio Advanced Fuels, S.A. (Prio Advanced Fuels)

Prio Biocombustíveis, S.A. (Prio Biocombustíveis)

Eviva Casimcea SRO (Eviva Casimcea)

Eviva Agighiol SRL (Eviva Agighiol)

Proempar (Proempar)

Parque Tecnológico do Tâmega (PTT)

MW Topolog SRL (MW Topolog)

M Wind SRO (M Wind)

Eviva Nalbant SRO (Eviva Nalbant)

M Wind SGPS (M Wind SGPS) (*)

Gebox, S.A. (Gebox)

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 101

Prio Extracção & Logística, LTDA (Prio Extracção)

Prio Biopaliwa, SP Z.o.o (Prio Biopaliwa)

Eviva SGPS, S.A. (Eviva)

Eviva Hidro SRL (Eviva Hidro)

Aquisição de empresas:

Em 2007:

Agromec Balaciu (Agromec Balaciu)

Bukowsko (Bukowsko)

Clean Energy Solutions (Clean Energy Solutions)

Eurocab FV 1 SL (Eurocab 1)

Eurocab FV 2 SL (Eurocab 2)

Eurocab FV 3 SL (Eurocab 3)

Eurocab FV 4 SL (Eurocab 4)

Eurocab FV 5 SL (Eurocab 5)

Eurocab FV 6 SL (Eurocab 6)

Eurocab FV 7 SL (Eurocab 7)

Eurocab FV 8 SL (Eurocab 8)

Eurocab FV 9 SL (Eurocab 9)

Eurocab FV 10 SL (Eurocab 10)

Eurocab FV 11 SL (Eurocab 11)

Eurocab FV 12 SL (Eurocab 12)

Eurocab FV 13 SL (Eurocab 13)

Eurocab FV 14 SL (Eurocab 14)

Eurocab FV 15 SL (Eurocab 15)

Eurocab FV 16 SL (Eurocab 16)

Eurocab FV 17 SL (Eurocab 17)

Eurocab FV 18 SL (Eurocab 18)

Eurocab FV 19 SL (Eurocab 19)

Eviva Drzezewo SP (Eviva Drzezewo)

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 102

Eviva Gac SP (Eviva Gac)

Eviva Zebowo SP (Eviva Zebowo)

Mondefin (Mondefin)

Nova Eco LLC (Nova Eco LLC)

Sociedade de Madeiras do Vouga, SA (Madeiras do Vouga)

Global Shopping, S.A. (Global Shopping) (alienada em 2007)

Martifer Beteiligungsverwaltungs GmbH (Martifer GmbH)

Eviva Beteiligungsverwaltungs GmbH (Eviva GmbH)

Megajopule, SGPS, S.A. (Megajoule) (*)

RPMI, Energia Eólica, Lda. (RPMI) (*)

Proenfin – Estudo e Gestão de Projectos, S.A. (Proenfin) (*)

GIE – International Energy Lda. (GIE) (*)

Acero Sp. Z o.o. (Acero)

Zimbrul, S.A. (Zimbrul)

Agrozootehnica, S.A. (Agrozootehnica)

Windpark Bippen GmbH & Co. KG (Bippen KG)

Windpark Holleben GmbH & Co. KG (Holleben KG)

(*) Empresas fusionadas durante o exercício de 2007 na Eviva SGPS, S.A.

Em 2006:

Extraresi – Criar Ambientes Limpos, Lda. (alienada em 2007)

Alteração do método de consolidação

Em 2007:

Eviva S.A.- anteriormente designada por Mzi Megawatt SP.Z.o.o. (Eviva S.A) – de equivalência patrimonial para integral

IWP SP.Z.o.o. (IWP) – de equivalência patrimonial para integral

Eviva Energy SRL anteriormente designada por M Wind Energy SRL (Eviva Energy SRL) – de equivalência patrimonial para integral

MW Topolog SRL (MW Topolog) – de equivalência patrimonial para integral

Eviva SRO anteriormente designada por M Wind SRO (Eviva SRO) – de equivalência patrimonial para integral

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 103

Eviva Nalbant SRO (Eviva Nalbant) – de equivalência patrimonial para integral

Eviva Agighiol SRL (Eviva Agighiol) – de equivalência patrimonial para integral

Eviva Casimcea SRO (Eviva Casimcea) – de equivalência patrimonial para integral

M Wind SGPS (M Wind Sgps) – de proporcional para integral

Nagatel Viseu, Promoção Imobiliária, S.A. (Nagatel Viseu) – de proporcional para integral

As alterações de método de consolidação ocorridas no exercício de 2007, resultaram, essencialmente, da aquisição por parte do

Grupo das participações financeiras que os accionistas maioritários detinham na Eviva SGPS, S.A. e suas subsidiárias (Nota 16).

Contudo, o seu impacto nas presentes demonstrações financeiras consolidadas foi imaterial, com excepção das diferenças de

consolidação geradas.

Em 2006:

Repower Portugal – Sistemas Eólicos, S.A. (Repower Portugal) – de proporcional para integral

M Wind Energy SRL (M Wind Energy) – de integral para equivalência patrimonial

Prio Sgps, S.A. (Prio Sgps) - anteriormente designada por Imavic, Gestão de Investimentos, S.A. – de proporcional para integral

Agromart Energy SRL (Agromart) – de proporcional para integral

Biomart Energy SRL (Biomart) – de proporcional para integral

3. Vendas e prestações de serviços

As vendas e prestações de serviços para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 têm a seguinte composição:

2007 2006

Vendas de mercadorias 139.660.950 1.323.486

Vendas de produtos 325.641.337 239.421.637

Prestações de serviços 22.368.398 9.673.572

487.670.685 250.418.695

As vendas de mercadorias no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 respeitam, essencialmente, à comercialização de

combustíveis, actividade que ainda não se encontrava a ser desenvolvida pelo Grupo no exercício de 2006.

Durante os exercícios de 2007 e 2006 não se verificou nenhuma descontinuação das actividades do Grupo.

4. Segmentos de negócio

O Grupo serve-se da sua organização interna para efeitos de gestão como base para o seu reporte da informação por segmentos

primários.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 104

O Grupo está organizado em quatro áreas de negócio principais – Construção Metalomecânica, Equipamentos para Energia, Energia

Eléctrica e Agricultura & Biocombustíveis, sendo todas elas coordenadas e apoiadas pela Martifer SGPS. O segmento ‘Construção

Metalomecânica’ inclui as actividades de construção e de gestão e desenvolvimento de projectos imobiliários, o segmento

‘Equipamentos para Energia’ abrange a produção de equipamentos para energia eólica, solar e das ondas, bem como a construção de

parques eólicos e solares, chave na mão. O segmento ‘Energia Eléctrica’ inclui as actividades de produção, comercialização e

distribuição de energia eléctrica de fontes renováveis e o segmento da ‘Agricultura & Biocombustíveis’ engloba as actividades de

agricultura, extracção, trading, produção e distribuição dos biocombustíveis. Os valores relativos à Martifer SGPS, à Martifer

Inovação e Gestão, S.A. (MIG) e à Martifer Inc. estão incluídos na linha ‘Holding, MIG e Martifer Inc.’.

Durante o exercício de 2007, o Grupo decidiu incluir no segmento de Construção Metalomecânica o Retail & Warehouse, o qual até

essa data era apresentado de forma autónoma, pelo que a informação por segmentos relativa ao exercício de 2006 foi reexpressa

para efeitos comparativos.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as vendas e prestações de serviços por segmentos primários podem ser analisadas como se

segue:

2007 2006 2007 2006 2007 2006

Holding, MIG e Martifer Inc. 348.427 - 3.782.712 197.923 4.131.139 197.923

Construção Metalomecânica 284.623.281 229.885.633 83.786.586 60.869.568 368.409.867 290.755.201

Equipamentos para Energia 111.174.928 47.272.745 15.777.673 10.226.445 126.952.601 57.499.190

Energia Eléctrica 3.578.782 50.632 32.744 - 3.611.526 50.632

Agricultura & Biocombustíveis 112.821.678 1.860.202 25.999.412 29.672 138.821.089 1.889.874

512.547.095 279.069.212 129.379.127 71.323.608 641.926.222 350.392.820

Eliminações intersegmentos 129.379.127 71.323.608

Trabalhos para a própria empresa (Nota 5) 24.876.410 28.650.517

Total das vendas e das prestações de serviços 487.670.685 250.418.695

Vendas para clientes externos Vendas intersegmentos Total

As variações significativas ocorridas nas vendas e prestações de serviços por segmento, nos exercícios apresentados, respeitam,

essencialmente, ao início das operações de comercialização de combustíveis no segmento da Agricultura & Biocombustíveis e aos

aumentos de actividade nos segmentos de Construção Metalomecânica e de Equipamentos para Energia.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 105

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os resultados operacionais antes e depois de amortizações e provisões e perdas de imparidade

por segmentos primários podem ser analisados como se segue:

2007 2006 2007 2006

Holding, MIG e Martifer Inc. (504.172) (577.859) (601.958) (577.910)

Construção Metalomecânica 27.950.339 26.950.234 20.767.844 20.568.475

Equipamentos para Energia 9.855.529 3.844.693 4.898.664 2.425.617

Energia Eléctrica (495.645) (407.318) (2.078.077) (458.437)

Agricultura & Biocombustíveis 236.427 (1.259.144) (1.222.252) (1.426.160)

37.042.479 28.550.606 21.764.220 20.531.586

EBITDA EBIT

Os ganhos, as perdas em empresas associadas, o valor de balanço dos investimentos financeiros em associadas, bem como a

constituição e reversão de provisões e perdas de imparidade por segmentos primários são como se segue:

2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006Holding, MIG e Martifer Inc. - - 5.322.650 - - - - - - -Construção Metalomecânica (14.477) - - - - 14.241 1.486.847 1.035.541 - 345.102Equipamentos para Energia - - 15.784.693 197.483 - 44.379.852 3.393.079 139.759 - -Energia Eléctrica (131.262) (24.281) - - - 35.169 391.147 - - -Agricultura & Biocombustíveis - - - - - - - 961 - -

(145.738) (24.281) 21.107.343 197.483 - 44.429.261 5.271.074 1.176.261 - 345.102

Reversões de provisões e

perdas de imparidade

registadas no exercício

Perdas em empresas

associadas

Ganhos em empresas

associadas

Valor de balanço dos

investimentos registados

pelo método de

equivalência patrimonial

Provisões e perdas de

imparidade registadas no

exercício

O activo líquido total e o passivo do Grupo por segmentos primários podem ser analisados como se segue:

2007 2006 2007 2006

Holding, MIG e Martifer Inc. 306.496.506 80.944.839 52.570.660 46.480.503

Construção Metalomecânica 583.313.792 270.909.700 424.081.221 198.500.559

Equipamentos para Energia 247.299.083 76.939.457 170.939.252 61.675.119

Energia Eléctrica 123.188.006 16.527.207 83.853.144 5.530.112

Agricultura & Biocombustíveis 332.226.757 78.673.491 242.418.496 38.054.964

Eliminações intragrupo (793.411.456) (174.240.139) (460.225.523) (71.859.406)

799.112.687 349.754.555 513.637.251 278.381.851

Activo Passivo

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 106

O investimento (aquisições de imobilizações incorpóreas e corpóreas) e as amortizações do Grupo por segmentos primários são

como se segue:

2007 2006 2007 2006

Holding, MIG e Martifer Inc. 854.064 605 97.786 50

Construção Metalomecânica 14.589.264 5.784.416 6.044.922 5.383.630

Equipamentos para Energia 19.352.536 1.991.004 1.563.785 1.279.317

Energia Eléctrica (Nota 17) 45.828.482 1.406.231 842.012 13.707

Agricultura & Biocombustíveis 85.178.717 37.516.862 1.458.680 166.055

165.803.063 46.699.118 10.007.184 6.842.760

AmortizaçõesInvestimento

O investimento registado em 2007 no segmento da Energia Eléctrica inclui o justo valor relativo às licenças de exploração dos

parques eólicos das filiais Bippen e Holleben, no valor de Euro 43.607.698.

Adicionalmente, às amortizações referidas acima, o Grupo registou provisões e perdas de imparidade de Euro 5.271.074 afectas,

essencialmente, ao segmento dos Equipamentos para Energia (Euro 3.393.079 relativas a garantias de qualidade). O acréscimo de

investimento efectuado pelo Grupo em 2007, deveu-se, essencialmente, à construção das refinarias de biodiesel na Roménia e em

Portugal e à construção de um parque de tancagem em Portugal, afecto ao segmento da Agricultura & Biocombustíveis.

A actividade do Grupo está internacionalizada, operando em três áreas geográficas principais: Península Ibérica, Europa Central e

Outros Mercados.

As vendas e prestações de serviços para clientes externos, por segmentos geográficos, podem ser analisadas como se segue:

2007 2006

Península Ibérica 436.416.776 238.787.456

Europa Central 72.340.702 40.281.755

Outros Mercados 3.789.616 -

512.547.095 279.069.212

Vendas e prestações de serviços

Em 2007, das vendas e prestações de serviços realizadas na Península Ibérica, 21% foram efectuadas no mercado Espanhol (2006:

16%).

Os activos detidos e os investimentos efectuados por segmentos geográficos podem ser analisados como se segue:

2007 2006 2007 2006

Península Ibérica 1.228.572.272 441.242.859 83.951.611 18.012.072

Europa Central 345.403.232 82.751.836 71.164.324 28.687.046

Outros Mercados 18.548.638 - 10.687.127 -

Eliminações intragrupo (793.411.456) (174.240.139) - -

799.112.687 349.754.555 165.803.063 46.699.118

Activo Investimento

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 107

5. Outros proveitos

Os outros proveitos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 podem ser analisados como se segue:

2007 2006

Variação da produçao 5.993.761 (401.218)

Trabalhos para a própria empresa 24.876.410 28.650.517

30.870.171 28.249.299

Outros proveitos

Os Trabalhos para a própria empresa registados nos exercícios de 2007 e 2006 pelo Grupo correspondem, essencialmente, à

construção das refinarias de biodiesel em Portugal e na Roménia e à construção do parque de tancagem em Portugal, tendo o

segmento da construção metalomecânica contribuído em 2007 com Euro 5.416.832 (2006: Euro 6.726.161), o segmento dos

equipamentos para a energia com Euro 18.686.815 (2006: Euro 21.080.430) e o segmento da Agricultura & Biocombustíveis com

Euro 600.000.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 108

6. Custo das mercadorias e dos subcontratos

O custo das mercadorias e dos subcontratos dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 pode ser analisado como se

segue:

Mercadorias

Matérias-

primas,

subsidiárias e

de consumo Total

2006

Existências iniciais 1.386.684 1.703.022 3.089.706

Compras 271.521 130.500.806 130.772.326

Transferências (211.074) - (211.074)

Existências finais 1.173.791 15.557.297 16.731.088

273.340 116.646.531 116.919.871

Subcontratos 73.157.663

Custo das mercadorias e dos subcontratos 190.077.534

2007

Existências iniciais 1.173.791 15.557.297 16.731.088

Compras 144.039.572 92.427.169 236.466.740

Variações de perímetro, diferenças

cambiais, transferências e outros 9.467.658 (5.689.921) 3.777.737

Existências finais 38.321.064 25.037.565 63.358.629

116.359.957 77.256.980 193.616.937

Subcontratos 185.216.776

Custo das mercadorias e dos subcontratos 378.833.713

Os aumentos em mercadorias no exercício de 2007 incluem o montante de 3.469.229 Euro, relativo aos ajustamentos de justo valor

evidenciados no Nota 16, decorrentes da aquisição das participadas Sociedade de Madeiras do Vouga, S.A. e Acero Sp. Zo.o.

7. Custos com o pessoal

Os custos com o pessoal dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 podem ser analisados como se segue:

2007 2006

Remunerações 28.134.437 20.069.303

Encargos Sociais:

Pensões e outros benefícios concedidos 341.888 426.761

Outros 7.769.705 5.416.068

36.246.030 25.912.131

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 109

A rubrica ‘Pensões e outros benefícios concedidos’ inclui os valores depositados nos respectivos exercícios no fundo gerido pela

Companhia de Seguros Global, conforme descrito nas Notas 1 xx) e 34.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rubrica ‘Outros’ inclui, essencialmente, os custos suportados com a Segurança Social, com os

subsídios de refeição e de doença e com os seguros de acidentes de trabalho.

Número médio de pessoal

Durante os exercícios de 2007 e 2006, o número médio de pessoal ao serviço do Grupo pode ser analisado como se segue:

2007 2006

Administradores 19 11

Empregados 877 746

Assalariados 904 671

1.800 1.428

Portugueses 1.389 1.095

Portugueses no estrangeiro e estrangeiros 411 333

1.800 1.428

8. Outros proveitos / (custos) operacionais

Enquanto que em 31 de Dezembro de 2006 os outros proveitos / (custos) operacionais incluíam, essencialmente, mais e menos valias

geradas na alienação de imobilizações corpóreas e de investimentos financeiros, dos quais Euro 3.669.765 respeitantes às mais valias

geradas com a alienação parcial de algumas acções da REpower Systems AG, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 o valor

reparte-se por:

- mais e menos valias geradas na alienação de imobilizações corpóreas e de investimentos financeiros;

- prestações suplementares, com particular destaque para o aluguer de equipamentos, e;

- subsídios à exploração, designadamente à actividade agrícola.

9. Provisões e perdas de imparidade

As provisões e as perdas de imparidade dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 são como se segue:

2007 2006

Perdas de imparidade em clientes e outros devedores (Nota 22 a)) 717.142 4.774

Provisões (Nota 30) 4.553.932 1.171.487

5.271.074 1.176.261

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 110

10. Resultados financeiros

Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 podem ser analisados como se segue:

2007 2006

Proveitos e ganhos financeiros

Empréstimos e contas a receber (incluindo depósitos bancários)

- Juros obtidos 2.288.309 127.192

Investimentos disponiveís para venda

- Rendimentos de participação de capital 289 -

- Ganhos na alienação de investimentos 3.976.089 -

Outros proveitos e ganhos financeiros relativos a outros activos financeiros

- Diferenças de câmbio favoráveis 4.191.770 1.845.874

- Descontos de pronto pagamentos obtidos 1.500.116 1.770.252

- Outros proveitos e ganhos financeiros 708.559 304.743

- Rendimentos de imóveis 1.261 -

12.666.393 4.048.061

2007 2006

Custos e perdas financeiros

Empréstimos e contas a pagar

- Juros suportados em empréstimos bancários e

em operações de locação financeira 9.804.345 4.610.381

- Encargos financeiros incluidos no custo de aquisição de

activos em construção 650.775 550.332

Derivados

- Perdas transferidas de capital próprio relativas a derivados designados

como coberturas de 'cash-flow' - -

Outros custos e perdas financeiros relativos a outros passivos financeiros

- Amortizações de investimentos em imóveis - -

- Diferenças de câmbio desfavoráveis 5.048.172 157.280

- Descontos de pronto pagamentos concedidos 90.638 39.794

- Outros custos e perdas financeiros 8.796.586 1.065.806

24.390.517 6.423.594

Resultados financeiros (11.724.124) (2.375.532)

Em 2007, os ganhos na alienação de investimentos disponíveis para venda correspondem, essencialmente, aos ganhos de capital

resultantes da venda parcial das acções detidas pelo Grupo na EDP – Energias de Portugal, S.A.

Os aumentos ocorridos no exercício de 2007 nas rubricas de ‘Juros obtidos’, ‘Juros suportados’ e ‘Diferenças de câmbio favoráveis /

(desfavoráveis)’, resultam, respectivamente, do aumento de disponibilidades do Grupo como consequência da Oferta Pública de

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 111

Subscrição realizada no mês de Junho de 2007, do aumento do endividamento bancário e da ocorrência de variações cambiais,

essencialmente, nas participadas do Grupo localizadas na Roménia e Polónia.

A rubrica ‘Outros custos e perdas financeiros’ inclui Euro 7.500.000 respeitantes ao acordo celebrado com a Suzlon (Nota 13), o

qual previa o endosso parcial dos custos incorridos com a OPA sobre a REpower Systems AG, no caso de aquela ser bem sucedida. O

montante remanescente corresponde, essencialmente, a custos com garantias bancárias e com comissões e custos diversos

debitados por instituições financeiras.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, para efeito de capitalização de encargos financeiros ao custo de aquisição de activos em

construção foi utilizada uma taxa média de 4,702% e 4,436%, respectivamente.

11. Ganhos / (perdas) em empresas associadas

Os ganhos e as perdas em empresas associadas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 podem ser analisadas

como se segue:

2007 2006

Eviva SRO - (2.407)

Promoquatro (14.500) (259)Eviva Energy SRL (2.571) 1.683

Repower Systems 21.107.343 197.481Eviva SGPS (128.690) -

Eviva SA - (23.296)

Martifer Deutschland 23 -

20.961.605 173.202

Em Abril de 2007, a participada Repower Systems AG procedeu a um aumento de capital, com a emissão de 811.799 novas acções ao

preço de emissão de 136 Euro. O Grupo não acompanhou este aumento de capital, pelo que se verificou a respectiva diluição da

participação financeira de 25,43% para 23,08%. O incremento dos capitais próprios da participada originado pelo aumento de capital

foi imputado à participação financeira, tendo por essa via sido registado um aumento do valor do activo de Euro 21.101.301, por

contrapartida de ‘Ganhos em empresas associadas’ (ver Nota 13).

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 112

12. Imposto sobre o rendimento

O detalhe dos activos e passivos geradores de impostos diferidos para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006

pode ser analisado da seguinte forma:

Activos por Impostos Diferidos

Diferenças Temporárias

2006

Provisões não aceites fiscalmente 1.641.807

Prejuízos fiscais 1.397.081

Acréscimos de custos não aceites fiscalmente -

Outros -

3.038.888

2007

Provisões não aceites fiscalmente 1.833.578

Prejuízos fiscais 6.033.102

Acréscimos de custos não aceites fiscalmente -

Outros -

7.866.680

Passivos por Impostos Diferidos

Diferenças

Temporárias

2006

Reavaliação de activos imobilizados 22.359.809

Diferimento de tributação de mais valias 125.124

Justo valor dos derivados 1.839.998

Acréscimos de proveitos não tributados 708.574

Outros 4.564

25.038.068

2007

Reavaliação de activos imobilizados 17.453.817

Diferimento de tributação de mais valias 114.305

Justo valor dos derivados 2.573.281

Acréscimos de proveitos não tributados 1.577.242

Afectação de justo valor às licenças, terrenos e existências

de empresas adquiridas no exercício de 2007 47.646.756

69.365.401

Em 31 de Dezembro de 2007, os activos e passivos por impostos diferidos ascendiam a Euro 2.124.024 e Euro 14.054.601,

respectivamente (2006: Euro 763.004 e Euro 5.957.882, respectivamente), sendo o efeito na demonstração dos resultados positivo

de Euro 1.080.396 (2006: efeito positivo de Euro 500.020).

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 113

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o detalhe dos activos por impostos diferidos, por situação geradora, que não foram

reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas anexas são como seguem:

2007 2006

Prejuízos fiscais:

A caducar para além de 2010 11.530.000 733.457

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, face à legislação fiscal em vigor em Portugal no que concerne à tributação de dividendos, as

diferenças temporárias relativas a resultados apropriados de subsidiárias, associadas e participadas para as quais não foram registados

passivos por impostos diferidos não são materialmente relevantes para as demonstrações financeiras anexas.

A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como se segue:

2007 2006

Imposto corrente 5.872.998 4.893.429

Impostos diferidos relativos ao reconhecimento de diferenças temporárias (91.073) (96.746)

Impostos diferidos relativos à reversão de diferenças temporárias 367.942 261.767

Efeito das alterações nas taxas de imposto (284.560) -

Registo de activos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis 1.088.087 334.999

Imposto diferido 1.080.396 500.020

Imposto do exercício 4.792.602 4.393.409

Taxa de imposto efectiva 15,5% 24,0%

Em 31 de Dezembro de 2007, a reconciliação entre a taxa normal e efectiva de imposto é como se segue:

2007 2006

Resultado antes de impostos 31.001.701 18.329.256

Taxa nominal de imposto (26,5% em Portugal) 8.215.451 4.582.314

Resultados isentos de tributação

Custos não dedutiveis para efeitos fiscais:

- Amortizações de reavaliações de imobilizado 489.646 -

- Provisões acima dos limites legais 103.261 -

- Outros (175.158) -

Utilização de benefícios fiscais (938.863) (418.807)

Não reconhecimento no exercício de activos por impostos diferidos

associados a prejuízos fiscais gerados no exercício 3.055.450 -

Efeito da existência de diferentes taxas de imposto nas diversas

subsidiárias do Grupo (4.967.692) 36.295

Outros (989.493) 193.607

Imposto do exercício 4.792.602 4.393.409

A Martifer SGPS e as suas empresas participadas nacionais são tributadas individualmente e encontram-se sujeitas a impostos sobre

lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC, à taxa normal de 25%. De acordo com a localização

das sedes das participadas, a taxa de imposto é acrescida de derrama, que no máximo pode atingir 1,5% do respectivo lucro

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 114

tributável. Adicionalmente, o Estado Polaco atribuiu à Martifer Polska uma isenção fiscal de Impostos sobre lucros durante 19 anos e

o Estado Português concedeu à Martifer Energia um Benefício Fiscal ao Investimento no montante total de Euro 1.259.044, a ser

deduzido à colecta.

De acordo com a legislação nacional em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades

fiscais por um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social até 31 de Dezembro de 2001, cinco anos após essa data) e,

consequentemente, as declarações fiscais dos exercícios de 2004 a 2007 poderão ser sujeitas a revisão. O Conselho de

Administração do Grupo entende que eventuais correcções, resultantes de diferentes interpretações da legislação vigente, por parte

das autoridades fiscais, não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.

No que concerne ao tratamento contabilístico dos benefícios fiscais atribuídos quer pelo Estado Polaco, quer pelo Estado Português

às empresas do Grupo, a política contabilística adoptada foi a de registar o proveito associado a tais benefícios no exercício em que

fossem gerados lucros tributáveis e até ao limite dos mesmos. Na Martifer Energia, dado que foi gerado um lucro tributável (antes do

crédito fiscal ao investimento), foi reconhecido um proveito fiscal na demonstração consolidada dos resultados do exercício de 2007

de Euro 840.237, em conformidade com os limites de crédito fiscal definidos pelo Estado Português no contrato de incentivos

financeiros, o qual poderia ir até ao limite máximo de Euro 1.259.044 (2006: Euro 418.807) Como na Martifer Polska o benefício fiscal

está directamente correlacionado com o valor dos lucros tributáveis futuros, não é possível quantificar o montante futuro de tal

benefício.

Conforme corroborado pelos nossos advogados, não existem activos ou passivos materiais associados a contingências fiscais

prováveis ou possíveis que devessem ser alvo de divulgação no Anexo às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de

Dezembro de 2007.

13. Activos não correntes classificados como detidos para venda

Em 30 de Junho de 2007, o Conselho de Administração do Grupo decidiu que a participação financeira de 23,08% detida na associada

Repower Systems AG deixasse de ser contabilizada pelo método da equivalência patrimonial (conforme disposto na alínea 13 (a) do

IAS 28) e passasse a ser classificada como um activo não corrente disponível para venda (de acordo com o IFRS 5). A alteração na

classificação daquele investimento financeiro resultou do facto de que a quantia pela qual tal activo se encontrava registado iria ser

recuperável através de uma transacção de venda e não através do seu uso continuado.

Tal transacção de venda resultou de um acordo estabelecido no primeiro semestre de 2007 com o Grupo Suzlon, inerente à Oferta

Pública de Aquisição (OPA) lançada por ambas as entidades sobre a totalidade do capital social da Repower Systems AG, no qual, em

caso de sucesso da OPA (o que se veio a concretizar), foram estabelecidos os mecanismos abaixo mencionados para a alienação de

tal participação.

Opção de compra atribuída pelo Grupo Martifer à Suzlon

1. O Grupo Suzlon (através da SE Drive Technik GmbH) tem o direito de, a qualquer momento após a verificação da

última das situações a seguir indicadas, interpelar o Grupo Martifer para que este lhe venda a totalidade das acções

por si detidas, directa ou indirectamente, no capital social da Repower Systems AG pelo preço de 131 Euro por acção:

a) O primeiro aniversário do termo do período adicional de aceitação (25 de Maio de 2008); ou

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 115

b) O segundo aniversário do termo do período adicional de aceitação (25 de Maio de 2009), no caso de, no decurso do

primeiro ano após o termo do período adicional de aceitação, o Grupo Martifer notificar o Grupo Suzlon de que o

Consórcio Ventinveste venceu a fase B do concurso público para a atribuição de capacidade de interconexão de

energia eólica, para venda de electricidade através da rede nacional.

Tendo o Consórcio Ventiveste vencido a fase B do concurso acima referido, a opção de compra torna-se exercível a partir de 25 de

Maio de 2009.

Opção de venda atribuída pelo Grupo Suzlon ao Grupo Martifer

1. O Grupo Martifer tem o direito de, a qualquer momento após o segundo aniversário do período adicional de

aceitação (25 de Maio de 2009), interpelar o Grupo Suzlon para que este lhe compre a totalidade das acções por si

detidas, directa ou indirectamente, no capital social da Repower Systems AG pelo preço de 131 Euro por acção.

Adicionalmente e no âmbito do acordo acima referido, o Grupo Martifer constituiu a favor do Grupo Suzlon penhor sobre a

totalidade das acções representativas do capital social da Repower Systems AG, como garantia da execução da opção de compra

atribuída ao Grupo Suzlon.

Por último, o Grupo Suzlon entregou ao Grupo Martifer uma garantia bancária em first demand emitida por uma instituição financeira

de elevada reputação, para assegurar o efectivo cumprimento das obrigações do Grupo Suzlon decorrentes da opção de venda

atribuída ao Grupo Martifer.

Pese embora o período de exercício de ambas as opções ocorrer em 25 de Maio de 2009, o facto de uma das opções (em condições

normais e eficientes de mercado) vir sempre a ser exercida, o facto de ser intenção do Conselho de Administração do Grupo

efectivar tal alienação naquela data, e o facto de existirem garantias bancárias e penhores de acções a colateralizar tal transacção, o

Conselho de Administração do Grupo considerou que esta transacção de venda era altamente provável e definitiva, pelo que

classificou a mesma como um activo não corrente detido para venda.

De acordo com o prescrito na IFRS 5, o activo foi mensurado pelo valor de Euro 67.452.210, o qual corresponde à sua quantia

escriturada, que é menor que o justo valor daquela participação financeira deduzida dos custos estimados com a alienação da mesma

(Euro 269.963.228 correspondentes a 2.060.788 acções ao preço de exercício das acções acima referidas).

Em 31 de Dezembro de 2007, o montante pelo qual se encontra registada a participação financeira na Repower Systems AG, bem

como o detalhe dos movimentos ocorridos no exercício na mesma são como se segue:

Valor de balanço em 31 de Dezembro de 2006 44.379.851

Aplicação do método da equivalência patrimonial em 31 de Março de 2007:

- Apropriação de outras variações dos capitais próprios ocorridos no trimestre 1.599.345

- Apropriação dos resultados líquidos gerados no trimestre 6.042

- Reconhecimento do resultado associado à diluição da participação (Nota 11) 21.101.301

- Custos associados ao acordo de venda estabelecido com o Grupo Suzlon 365.671

Total 67.452.210

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 116

De acordo com os segmentos de negócio referidos na Nota 4, o investimento financeiro disponível para venda integra o segmento

dos Equipamentos para a Energia.

Por último, face à reduzida liquidez do activo subjacente (acções da Repower Systems AG), face à elevada volatilidade apresentada pelo

mesmo nos últimos vinte e quatro meses, face ao tipo de opções em causa (opções americanas) e face à elevada amplitude e

volatilidade nos resultados apurados, o Conselho de Administração do Grupo entendeu não ter condições que lhe permitissem de

uma forma fidedigna e com uma margem de erro razoável valorizar ao justo valor tais opções, pelo que as mesmas não foram

objecto de qualquer valorização nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. O valor de mercado desta participação com

base na sua cotação em 31 de Dezembro de 2007 ascendia a Euro. 257.598.500.

14. Dividendos

O Conselho de Administração da Martifer SGPS propõe à Assembleia-geral Anual a seguinte aplicação do Resultado Líquido do

Exercício das contas individuais, no valor de Euro 23.833.340:

• Para reserva legal, 5% correspondente a Euro 1.191.667

• Para resultados transitados Euro 22.641.673

Em 2007, não foram distribuídos quaisquer dividendos.

15. Resultados por acção

A Martifer SGPS emitiu apenas acções ordinárias, pelo que não existem, nomeadamente, direitos especiais de dividendo ou voto.

Não se verifica no Grupo qualquer situação que possa representar uma redução dos resultados por acção com origem em opções,

warrants, obrigações convertíveis ou outros direitos associados a acções ordinárias.

Assim, em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 não existe dissemelhança entre o cálculo dos resultados por acção básicos e o cálculo

dos resultados por acção diluídos.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, ocorreram os seguintes movimentos no número de acções da Empresa:

(i) Em Março de 2007 ocorreu um stock-split de acções, tendo o número de acções em circulação passado de 32.000.300

para 64.000.600 e o seu valor nominal reduzido de 1 Euro para 50 cêntimos.

(ii) Adicionalmente, em Maio de 2007, o capital social foi aumentado em Euro 5.499.700, por incorporação de reservas,

tendo sido emitidas 10.999.400 novas acções a um valor nominal de 50 cêntimos.

(iii) Em Junho de 2007, e no âmbito da Oferta Pública de Subscrição que o Grupo encetou, procedeu-se a um novo

aumento de capital social com a colocação à subscrição pública, na Euronext de Lisboa, de 25.000.000 de novas

acções ao valor nominal de 50 cêntimos, das quais 1.250.000 dirigidas aos colaboradores da Martifer com um prémio

de emissão de Euro 6,70, e as restantes 23.750.000 dirigidas ao público em geral e a investidores institucionais com

um prémio de emissão de Euro 7,50.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 117

Após as operações acima referidas, o capital social da Martifer SGPS é representado por 100.000.000 de acções ordinárias,

totalmente subscritas e realizadas, representativas de um capital social de Euro 50.000.000.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o cálculo do resultado por acção básico e diluído pode ser demonstrado como se segue:

2007 2006

Resultado liquido do exercício (I) 26.423.647 12.882.793

Número médio ponderado de acções em circulação (II) 87.945.205 75.000.000

Resultado por acção básico e diluído (I) / (II) 0,3005 0,1718

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo não procedeu ao pagamento de quaisquer dividendos.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 118

16. Diferenças de consolidação

A informação relevante sobre as aquisições efectuadas pelo Grupo no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, pode ser

resumida como se segue:

Data de % de participação Custo de

aquisição adquirida aquisição

HollebenDesenvovimento, construção e exploração de

parques eólicos Novembro 07 100% 34.091.157

BippenDesenvovimento, construção e exploração de

parques eólicos Novembro 07 100% 27.132.422

Eviva Energy srlProdução, comercialização e distribuição de

energia Dezembro 07 70% 9.368.124

Martifer Alumínios Construção de fachadas em alumínio Novembro 07 45% 7.713.716

Eviva SAProdução, comercialização e distribuição de

energia Dezembro 07 70% 7.329.313

Zimbrul Agricultura Dezembro 07 54% 2.691.259

Eviva s.r.o.Produção, comercialização e distribuição de

energia Dezembro 07 70% 1.656.260

Sociedade de Madeiras do

Vouga

Indústria e comércio de Madeiras, lenhas e

materiais de construção Julho 07 100% 1.500.000

Acero Sp. Z.o.o. Imobiliária Novembro 07 100% 1.377.487

CES Produção de energia eléctrica Março 07 50% 1.000.000

BukowskoProdução, comercialização e distribuição de

energia Maio 07 100% 810.000

Agrozzootehnia Agricultura Dezembro 07 53% 742.275

Agromec Balaciu Agricultura Fevereiro 07 47% 656.585

Eviva DrzezewoProdução, comercialização e distribuição de

energia Junho 07 56% 648.181

Mondefin Comercialização de combustíveis Junho 07 54% 553.508

Eviva ZebowoProdução, comercialização e distribuição de

energia Junho 07 51% 161.854

Eviva GacProdução, comercialização e distribuição de

energia Junho 07 51% 161.854

Martifer Wood Pellets Construção de equipamentos para energia Setembro 07 21% 131.500

Martifer GmbH Sociedade gestora de participações sociais Julho 07 100% 21.800

Eviva GmbH Sociedade gestora de participações sociais Julho 07 100% 21.800

Eviva Hidro Produção de energia apartir de mini-hidricas Dezembro 07 33% 16.901

Martifer SolarInstalação , comercialização e manutenção de

painéis solares Novembro 07 6% 2.750

97.788.745

Empresa adquirida Actividade

Total

As aquisições acima referidas foram contabilizadas de acordo com o método da compra e tiveram como contrapartida da sua

aquisição numerário (Euro 86.628.745) e a entrega futura de um conjunto de aerogeradores (Euro 11.160.000) na aquisição de

algumas participadas do segmento de Energia Eléctrica.

As diferenças de consolidação apuradas nas aquisições acima referidas, após o exercício de imputação de justo valor, foram alocadas

da seguinte forma:

- Bippen e Holleben – Imobilizações incorpóreas - Licenças de exploração de parques eólicos (sendo as mesmas amortizadas pelo

prazo de tais licenças);

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 119

- Mondefin – Imobilizações corpóreas – Terrenos;

- Sociedade de Madeiras do Vouga e Acero – Existências – Terrenos;

- Empresas do segmento da Energia Eléctrica – Diferenças de consolidação – dado que as mesmas estão relacionadas com a

capacidade de geração de cash-flows futuros associados à previsível exploração de parques eólicos no Leste europeu (tendo as

mesmas sido alocadas a cada empresa, mediante a potência medida em Megawatts dos projectos em curso que tais empresas se

encontram a desenvolver);

- Restantes empresas – Diferenças de consolidação.

Como resultado das aquisições acima referidas, o Grupo não decidiu abandonar/alienar qualquer das operações desenvolvidas pelas

empresas adquiridas.

O detalhe do exercício de imputação de justo valor aos activos e passivos adquiridos pode ser resumido como se segue:

Valor de balanço

dos activos e passivos Ajustamentos de

adquiridos antes da aquisição justo valor Justo valor

Activos líquidos adquiridos:

Imobilizações corpóreas (Nota 18) 54.187.423 716.787 54.904.210

Imobilizações incorpóreas (Nota 17) 3.408.366 43.607.698 47.016.064

Existências 10.765.504 3.469.229 14.234.733

Clientes e outros devedores 5.951.798 - 5.951.798

Caixa e seus equivalentes 9.650.980 - 9.650.980

Derivados - 2.265.604 2.265.604

Empréstimos bancários (37.928.829) - (37.928.829)

Fornecedores e credores diversos (16.945.677) - (16.945.677)

Passivos por impostos diferidos - (8.241.144) (8.241.144)

Outros 4.500.909 - 4.500.909

33.590.474 41.818.173 75.408.648

Diferenças de consolidação geradas nas aquisições 22.380.097

Total do custo de aquisição 97.788.745

Valor de aquisição a liquidar em espécie (11.160.000)

Total dos custos de aquisição liquidados em numerário 86.628.745

Fluxos de caixa resultantes das aquisições:

- Montante de caixa e seus equivalentes pago 86.628.745

- Montante de caixa e seus equivalentes nas empresas adquiridas (9.650.980)

76.977.765

O contributo das empresas adquiridas para os proveitos operacionais e para o resultado líquido consolidado do exercício findo em

31 de Dezembro de 2007, entre a data da sua aquisição e 31 de Dezembro foi como se segue:

- Proveitos operacionais Euro 2.056.816

- Resultado líquido do exercício Euro 325.004

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 120

Se as acima referidas aquisições tivessem sido reportadas a 1 de Janeiro de 2007, os proveitos operacionais e os resultados líquidos

do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 viriam aumentados em Euro 13.884.038 e Euro 156.040, respectivamente.

Em virtude de as aquisições de empresas ocorridas entre 31 de Dezembro de 2007 e a data de aprovação destas demonstrações

financeiras serem imateriais, o Conselho de Administração do Grupo não procedeu à divulgação de informação sobre as mesmas.

O movimento ocorrido na rubrica de Diferenças de Consolidação nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 é

como se segue:

Rubrica 2007 2006

Valor bruto

Saldo inicial 10.765.230 10.390.980

Aquisições de subsidiárias 22.380.097 374.250

Reduções resultantes do reconhecimento posterior

de activos por impostos diferidos - -

Alienação de subsidiárias (374.250) -

Transferência para activos disponíveis para venda - -

Efeitos cambiais - -

Outros 574.545 -

Saldo final 33.345.622 10.765.230

Perdas de imparidade acumuladas

Saldo inicial - -

Perdas de imparidade do exercício - -

Alienação de subsidiárias - -

Transferência para activos disponíveis para venda - -

Efeitos cambiais - -

Outros - -

Saldo final - -

Valor líquido no início do ano 10.765.230 10.390.980

Valor líquido no final do ano 33.345.622 10.765.230

O Grupo tem por procedimento efectuar testes anuais de imparidade às diferenças de consolidação, tal como definido na secção

‘Principais critérios valorimétricos’ no relatório e contas consolidado de 2007. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de

2007, não foram registadas nem revertidas quaisquer perdas de imparidade.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 121

Em 31 de Dezembro de 2007, os métodos e pressupostos utilizados na aferição da existência, ou não, de imparidade, para os

principais valores de goodwill registados nas demonstrações financeiras anexas foram como se segue:

1 – Segmento da Construção Metalomecânica

Martifer Construções Martifer Alumínios Martifer Inox

Goodwill 5.448.792 2.906.698 1.220.768

Perdas de imparidade reconhecidas no exercício - - -

Método utilizado Cash flows livres descontadosCash flows livres

descontados

Cash flows livres

descontados

Base utilizada Business plans Business plans Business plans

Período utilizado Projecções de cash Projecções de cash Projecções de cashflows para 5 anos flows para 5 anos flows para 5 anos

Taxas de crescimento dos cash flows: - Ano n+1 4,88% 27,45% 28,06% - Ano n+3 3,08% 52,26% 14,08% - Na perpetuidade 0,00% 1,00% 1,00%

Taxa de desconto utilizada 7,18% 7,18% 7,18%

Neste segmento as empresas foram avaliadas através da metodologia dos cash flows livres descontados e tiveram por base os business

plans desenvolvidos pelos responsáveis das empresas e devidamente aprovados pelo Conselho de Administração do Grupo, os quais

abrangem um período de cinco anos.

Para calcular o custo de capitais próprios assumiram-se os seguintes pressupostos sobre as suas variáveis determinantes,

nomeadamente, utilizou-se uma taxa de rendimento sem risco de 4,1% (fonte: Assessores), para cálculo do β dos capitais próprios

aplicou-se o β do activo a uma estrutura de capital que se assumiu como a estrutura da empresa em velocidade cruzeiro e foi

decidido utilizar um prémio de mercado de 5%. Por fim, o valor actual da perpetuidade corresponde ao valor actualizado (Modelo de

Gordon) do rendimento perpétuo do cash flow livre operacional.

2 – Segmento da Energia Eléctrica

Eviva Energy Srl Eviva SA Eviva Sro

Goodwill 9.368.124 7.329.313 1.656.260

Perdas de imparidade reconhecidas no exercício - - -

Método utilizado Valor de uso Valor de uso Valor de uso

Base utilizada Business plans Business plans Business plans

Período utilizado Projecções de cash Projecções de cash Projecções de cashflows para 15 anos flows para 15 anos flows para 15 anos

Taxas de crescimento dos cash flows:

Taxa de desconto utilizada 8,89% 6,34% 6,32%

Não aplicável, uma vez que se actualizaram todos os cash flows gerados

durante a vida útil do projecto

O valor de uso corresponde à estimativa do valor presente dos fluxos de caixas futuros, tendo os mesmos sido apurados com base

em business plans, devidamente aprovados pelo Conselho de Administração do Grupo, os quais abrangem um período de quinze

anos.

Os principais pressupostos utilizados no apuramento do valor de uso incluíram essencialmente: (i) a quota de mercado das tarifas de

venda de electricidade e certificados verdes, (ii) o valor do recurso eólico medido até ao momento (número de horas equivalentes à

potência nominal); (iii) as alterações regulamentares que possam vir a influenciar a actividade da empresa; (iv) o nível de investimento

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 122

necessário, etc. A quantificação dos pressupostos acima referidos foi efectuada tendo por base dados históricos, bem como a

experiência do Conselho de Administração do Grupo. Contudo, tais pressupostos poderão ser afectados por fenómenos de

natureza política, económica ou legal que neste momento são imprevisíveis.

O detalhe das Diferenças de consolidação, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, pode ser

analisado como se segue:

2006

Valor bruto

Imparidades

acumuladas Valor líquido Valor líquido

1. Martifer Construções 5.448.792 - 5.448.792 5.448.792

2. Martifer Metallic Construction 4.127.466 - 4.127.466 3.952.659

2.1. Martifer Alumínios 2.906.698 - 2.906.698 2.731.891

2.2. Marifer II Inox 1.220.768 - 1.220.768 1.220.768

3. Martifer Energy Sytems 981.156 - 981.156 981.156

4. MGI 8.373 - 8.373 8.373

5. Extraresi - - - 374.250

6.Agromec 634.064 - 634.064 -

7.Bukowsko 796.974 - 796.974 -

8.CES 595.487 - 595.487 -

9.Eviva Drzezewo 634.959 - 634.959 -

10.Eviva Gac 148.633 - 148.633 -

11.Eviva Zebowo 148.633 - 148.633 -

12.Eviva Polska 7.329.313 - 7.329.313 -

13.IWP 574.545 - 574.545 -

15.Eviva Energy s.r.l. 9.368.124 - 9.368.124 -

16.Eviva GmbH 5.587 - 5.587 -

17.Eviva Hidro 16.901 - 16.901 -

18.Martifer GmbH 6.026 - 6.026 -

19.Eviva s.r.o. 1.656.260 - 1.656.260 -

20.Martifer Solar 2.750 - 2.750 -

21.Wood Pellets 124.500 - 124.500 -

22.Agrozootehnica 295.190 - 295.190 -

23.Zimbrul 441.888 - 441.888 -

Total 33.345.622 - 33.345.622 10.765.230

2007

O processo de apuramento do justo valor dos activos e passivos obtidos nas aquisições, bem como o apuramento definitivo do valor

das diferenças de consolidação foi realizado com base nas demonstrações financeiras das empresas adquiridas à data da respectiva

aquisição.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 123

17. Imobilizado incorpóreo

A informação relativa aos valores brutos do imobilizado incorpóreo, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de

2007 e 2006 pode ser analisada como se segue:

Software e outros direitos

Imobilizações em curso Total

2006

Saldo inicial 1.611.406 - 1.611.406

Aumentos 553.673 - 553.673

Alienações e abates 54.091 - 54.091

Diferenças cambiais 942 - 942

Variação de perímetro 233.881 - 233.881

Transferências (439.315) - (439.315)

1.906.496 - 1.906.496

2007

Saldo inicial 1.906.496 - 1.906.496

Aumentos 2.168.260 159.964 2.328.225

Aumentos resultantes da imputação de justo valor

nas aquisições de empresas (Nota 16) 43.607.698 - 43.607.698

Alienações e abates 8.217 - 8.217

Diferenças cambiais 6.998 - 6.998

Variação de perímetro 4.124.519 - 4.124.519

51.805.754 159.964 51.965.718

O aumento resultante da imputação de justo valor está associado à aquisição dos parques eólicos alemães (Bippen e Holleben).

A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade acumuladas do imobilizado incorpóreo, com referência

aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 pode ser analisada como se segue:

Software e outros direitos

Imobilizações em curso

Adiantamentos por conta de

imobilizações Total

2006

Saldo inicial 1.046.389 - - 1.046.389

Aumentos 316.271 - - 316.271

Alienações e abates 12.745 - - 12.745

Diferenças cambiais 1.428 - - 1.428

Variação de perímetro 32 - - 32

1.351.375 - - 1.351.375

2007

Saldo inicial 1.351.375 - - 1.351.375

Aumentos 959.528 - - 959.528

Diferenças cambiais 5.890 - - 5.890

Variação de perímetro 716.153 - - 716.153

3.032.946 - - 3.032.946

Valor líquido:

2006 555.121 - - 555.121

2007 48.772.808 159.964 - 48.932.772

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica ‘Software e outros direitos’ inclui o montante líquido de Euro 43.541.974 relativo às licenças

de exploração de parques eólicos das filiais Bippen e Holleben, as quais se encontram a ser amortizadas em quotas constantes num

período de 20 anos, correspondentes ao período de concessão.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 124

Os critérios valorimétricos estabelecidos pelo Grupo na valorização destes activos incorpóreos estão referidos na alínea iii) dos

Principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas na Nota Explicativa 1.Políticas Contabilísticas.

18. Imobilizado corpóreo

A informação relativa aos valores brutos de terrenos e edifícios, equipamentos, imobilizações em curso e de outras imobilizações

corpóreas para os exercícios findos em 2007 e 2006 pode ser analisada como se segue:

Terrenos eedifícios Equipamentos

Imobilizações em curso

Outras imobilizações Total

2006

Saldo inicial 59.821.466 32.680.648 781.909 309.230 93.593.255

Aumentos 3.372.231 4.846.723 22.350.114 15.576.377 46.145.445

Alienações e abates 4.400 1.107.337 - 534.569 1.646.306

Reavaliações (3.851.878) - - - (3.851.878)

Diferenças cambiais 163.056 126.184 68.773 159.383 517.396

Variação de perímetro 94.370 330.002 - 409.697 834.069

Transferências 1.660.817 81.634 (18.413) (1.284.722) 439.316

61.255.663 36.957.854 23.182.382 14.635.397 136.031.298

2007

Saldo inicial 61.255.663 36.957.854 23.182.382 14.635.397 136.031.298

Aumentos 23.302.130 11.790.233 65.564.137 18.493.852 119.150.353

Aumentos resultantes da imputação de justo valor

nas aquisições de empresas (Nota 16) 716.787 - - - 716.787

Alienações e abates 1.532.438 2.431.836 75.616 47.151 4.087.041

Diferenças cambiais 348.468 (723.788) (718.822) 68.966 (1.025.178)

Variação de perímetro 744.912 62.803.671 864.905 176.306 64.589.794

Transferências 48.121.185 14.170.109 (34.709.393) (27.581.901) -

132.956.707 122.566.244 54.107.594 5.745.469 315.376.013

Os aumentos ocorridos no exercício de 2007, na rubrica de ‘Outras imobilizações’ estão relacionados, essencialmente, com as obras

em curso no segmento da Agricultura & Biocombustíveis nomeadamente, com a construção do Parque de Tancagem e do Pipeline em

Aveiro, Portugal.

O aumento resultante da imputação de justo valor está associado à aquisição da empresa Mondefin.

Em 31 de Dezembro de 2007, existiam na rubrica ‘Terrenos e edifícios’, aproximadamente, Euro 13.095.677 afectos a terrenos

agrícolas associados ao segmento da Agricultura & Biocombustíveis.

As transferências de imobilizações em curso ocorridas no exercício de 2007 correspondem, essencialmente, a transferências para

imobilizado firme (Edifícios) em resultado da entrada em pleno funcionamento das Refinarias, durante o último trimestre do ano.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 125

A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade acumuladas de terrenos e edifícios, equipamentos,

imobilizações em curso e de outras imobilizações corpóreas para os exercícios findos em 2007 e 2006 pode ser analisada como se

segue:

Terrenos e

edifícios Equipamentos

Imobilizações em

curso

Outras

Imobilizações Total

2006

Saldo inicial 10.347.608 16.449.124 - 90.179 26.886.910

Aumentos 2.242.044 4.232.769 - 51.677 6.526.489

Alienações e abates 206 739.088 - - 739.294

Reavaliações (102.241) - - - (102.241)

Diferenças cambiais 4.666 28.729 - - 33.395

Variação de perímetro 306 34.102 - - 34.409

Transferências 280 (2.878) - - (2.598)

12.492.456 20.002.758 - 141.856 32.637.070

2007

Saldo inicial 12.492.456 20.002.758 - 141.856 32.637.070

Aumentos 2.873.464 6.104.396 - 69.796 9.047.656

Alienações e abates 3.944 1.606.394 - 46.415 1.656.753

Diferenças cambiais 10.398 20.050 - (904) 29.544

Variação de perímetro 306.693 10.041.390 - 54.288 10.402.371

15.679.067 34.562.200 - 218.621 50.459.888

Valor líquido:

2006 48.763.207 16.955.096 - 37.675.923 103.394.225

2007 118.158.218 88.255.125 - 58.502.783 264.916.126

Os critérios valorimétricos adoptados e as taxas de amortização utilizadas estão referidos nas alíneas iv) e v) dos principais critérios

valorimétricos, julgamentos e estimativas, na Nota 1. Políticas Contabilísticas.

Os terrenos e edifícios estão registados ao seu valor de mercado de acordo com avaliações independentes, com referência a

evidência no mercado de transacções recentes de propriedades similares. As avaliações efectuadas estão em conformidade com os

padrões internacionais de avaliação e foram efectuadas pelos seguintes avaliadores:

- Fernando Gabriel Gomes de Almeida – Unipessoal, Lda. (Martifer Construções – Ano de 2005)

- Luís Mendes de Almeida (Martifer Construções – Ano de 2005)

- Fernando Gabriel Gomes de Almeida – Unipessoal, Lda. (Martifer Energia – Ano de 2005)

- Colliers International Poland (Martifer Polska – Ano de 2006)

No final do exercício de 2007, e como forma de identificar a existência, ou não, de perdas de imparidade nos principais imóveis

localizados em Portugal, foram efectuadas novas avaliações a cargo da CPU Tourism Consulting, Lda. tendo-se comprovado a não

existência de variações significativas no justo valor dos imóveis face às avaliações anteriores pelo que o valor dos mesmos não foi

actualizado.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, se os terrenos e edifícios permanecessem registados aos seus custos de aquisição, diminuídos

das suas depreciações e perdas de imparidade acumuladas estariam registados por, aproximadamente, Euro 97.000.000 e Euro

25.900.000, respectivamente.

O método de avaliação utilizado pelos avaliadores imobiliários, quer em Portugal, quer na Polónia para valorizar ao justo valor os

imóveis do Grupo foi o método do custo de reposição depreciado, tendo as avaliações sido efectuadas de acordo com os padrões

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 126

internacionais de avaliação (no caso da Polónia de acordo com o RICS Red Book). O justo valor dos imóveis não inclui qualquer

imposto ou custos que o comprador tenha de vir a incorrer com a compra do imóvel e foi apurado, no caso dos terrenos, tendo em

conta os preços praticados no mercado em activos semelhantes e no caso das edificações, no custo actual de proceder à construção

dos mesmos. A localização, os acessos, o tamanho e a forma dos imóveis foi também tida em conta no apuramento do justo valor

das mesmas.

O custo de aquisição das Imobilizações corpóreas detidas pelo Grupo no âmbito de contratos de locação financeira, em 31 de

Dezembro de 2007 e 2006, ascendia a Euro 62.996.902 e a Euro 16.861.076, sendo o seu valor líquido contabilístico, nessas datas, de

Euro 57.360.536 e Euro 13.168.242, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, excepto para os bens adquiridos em regime de locação financeira, excepto para os bens

mencionados na Nota 33, não existiam outras imobilizações corpóreas que se encontrassem penhoradas ou hipotecadas a

instituições financeiras como garantia de empréstimos obtidos pelo Grupo.

19. Investimentos financeiros em equivalência patrimonial

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a composição dos valores referentes a investimentos financeiros em equivalência patrimonial é

como se segue:

2007 2006

Repower Systems Ag - 44.379.851

Eviva SRO - 20.974

Eviva SA - 14.196

Proempar - 11.741

PTT - 2.500

Eviva Agighiol - 26

Eviva Casimcea - 5

Eviva Nalbant - 5

- 44.429.261

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo, reforçou as participações financeiras nas empresas do segmento

da energia eléctrica e, em consequência, o método de consolidação passou de equivalência patrimonial a integral.

No que concerne à empresa REpower Systems AG foi interrompida a sua contabilização pelo método da equivalência patrimonial e

procedeu-se à sua reclassificação como activo não corrente disponível para venda, em conformidade com as razões enunciadas na

Nota 13.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 127

20. Investimentos financeiros disponíveis para venda

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a composição dos valores referentes a investimentos financeiros disponíveis para venda é

como se segue:

2007 2006

EDP - Energias de Portugal, S.A. 10.746.425 -

Outros 83.845 55.162

10.830.270 55.162

Em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo detinha 2.404.122 acções da EDP – Energias de Portugal, S.A. correspondentes a 0,065% do

capital social daquela empresa.

21. Existências e Activos Biológicos

A informação relativa a existências e a activos biológicos com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006,

pode ser analisada como se segue:

2007 2006

Matérias primas, subsidiárias e de consumo 25.037.565 15.557.297

Produtos e trabalhos em curso 4.588.150 83.191

Mercadorias 38.321.064 1.173.791

Produtos acabados e intermédios 1.078.886 -

Adiantamentos por conta de compras 27.965.237 16.263.057

Activos biológicos (Nota 1 x)) 2.333.595 1.063.879

99.324.496 34.141.214

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Grupo não procedeu à constituição, nem à reversão de perdas

de imparidade em existências.

Em 31 de Dezembro de 2007, os valores incluídos na rubrica ‘Mercadorias’ incluem Euro 8.885.996 relativos a produtos

combustíveis (gasóleo, gasolinas e biodiesel).

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os valores incluídos na rubrica ‘Adiantamentos por conta de compras’ referem-se aos

projectos imobiliários em curso desenvolvidos pelo Grupo no âmbito de contratos de locação financeira relativos ao segmento da

Construção Metalomecânica, designadamente na área do Retail & Warehousing e incluem, entre outros, os seguintes projectos:

- Parque logístico de Benavente

- Tavira Gran Plaza

- Amarante Gran Plaza

- Leiria Gran Plaza

Com excepção dos adiantamentos por conta de compras (cujo prazo de realização pode ser superior a um ano) todos os outros

activos classificados na rubrica de Existências serão realizáveis no curto prazo e não foram dados como garantia de empréstimos

obtidos pelo Grupo.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 128

Os activos biológicos, que compreendem, essencialmente, a plantação de girassol, colza, cevada e trigo são registados ao justo valor

menos os custos estimados no ponto de venda no momento da colheita. O justo valor dos activos biológicos é apurado através do

preço de venda praticado nos mercados onde se situam as plantações do Grupo, ponderado pelo grau de desenvolvimento da

colheita (a qual não excede o período de um ano) bem como pelos custos estimados para colocar o produto em condições de venda

no mercado.

A actividade agrícola é influenciada por variáveis não controladas pela empresa, designadamente as condições climatéricas.

Conscientes deste risco, a Administração do Grupo elegeu como instrumento de cobertura privilegiado a contratação de seguros de

colheita.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as quantidades de activos biológicos produzidas no exercício são como se segue:

2007 2006

Quantidades produzidas no ano (em toneladas): - Colza 1.470 - - Girassol 1.866 - - Cevada 881 - - Trigo 4.310 -

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o movimento ocorrido na rubrica de activos biológicos foi como se segue:

2007 2006

Saldo inicial 1.063.879 409.561

Aumentos resultantes de produção 3.760.494 566.912

Aumentos resultantes de aquisições - -

Variação do perímetro - -

Diferenças cambiais - -

Ganhos resultantes da valorização ao justo valor

deduzida dos custos a incorrer com a venda 402.910 33.630

Diminuições resultantes de vendas (3.281.239) -

Diminuições resultantes de abates - -

Outros 387.550 53.776

Saldo final 2.333.595 1.063.879

Em 31 de Dezembro de 2007, fazem parte dos activos biológicos apenas plantações em curso.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 129

22. Outros activos financeiros

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os activos financeiros detidos pelo Grupo, para além dos mencionados na Nota 20 acima, são

como se segue:

a) Empréstimos e contas a receber

A informação relativa a Empréstimos e contas a receber com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006

pode ser analisada como se segue:

2007 2006 2007 2006

Valor bruto:

Clientes:

Clientes, conta corrente 13.987 - 126.839.219 83.527.701

Clientes, títulos a receber - - 19.639.581 14.448.018

Clientes de cobrança duvidosa - - 3.754.070 2.717.320

13.987 - 150.232.870 100.693.039

Outros devedores:

Empresas associadas, participadas e participantes 2.220.471 1.795.264 2.207.712 370

Adiantamentos a fornecedores 839.651 - - 3.864.482 669.222

Outros 21.303 146.291 8.001.297 5.100.949

3.081.425 1.941.555 14.073.491 5.770.541

3.095.412 1.941.555 164.306.361 106.463.580

Não correntes Correntes

As perdas de imparidade em contas a receber é como se segue:

2007 2006 2007 2006

Perdas de imparidade acumuladas:

Clientes:

Clientes de cobrança duvidosa - - 3.000.341 2.283.200

- - 3.000.341 2.283.200

Valor líquido - Clientes 13.987 - 147.232.529 98.409.839

Não correntes Correntes

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 130

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a antiguidade dos saldos relativos a contas a receber pode ser detalhada como se segue:

Total Não Vencido Até 90 dias 90 a 180 dias 180 a 360 dias Mais de 360 dias

Clientes, conta corrente 83.527.701 53.182.485 17.905.757 6.447.428 3.371.409 2.620.622

Clientes, títulos a receber 14.448.017 14.448.017 - - - -

Clientes de cobrança duvidosa 2.717.320 - - - - 2.717.320

100.693.038 67.630.503 17.905.757 6.447.428 3.371.409 5.337.942

Total Não Vencido Até 90 dias 90 a 180 dias 180 a 360 dias Mais de 360 dias

Clientes, conta corrente 126.839.219 59.257.933 48.791.518 7.142.796 7.677.195 3.969.777

Clientes, títulos a receber 19.639.581 19.639.581 - - - -

Clientes de cobrança duvidosa 3.754.070 - - - - 3.754.070

150.232.870 78.897.514 48.791.518 7.142.796 7.677.195 7.723.847

2006

2007

Vencido

Vencido

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível, sobretudo, às contas a receber da sua actividade operacional. Os montantes

apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas de imparidade acumuladas para cobrança duvidosa, que foram estimadas

pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base nos condicionantes e na envolvente económica existente.

Dos créditos sobre clientes que se encontram registados na rubrica ‘Clientes de cobrança duvidosa’, em 31 de Dezembro de 2007,

Euro 3.000.341 encontram-se em imparidade. Relativamente aos restantes Euro 753.729 existem acordos de recuperação para os

mesmos sendo expectável o seu recebimento.

Para os restantes valores vencidos, o Grupo considera não ter havido deterioração da qualidade creditícia da contraparte, pelo que

não se encontram em risco de incobrabilidade.

O prazo médio de recebimentos das contas a receber do Grupo ascendia em 2007 e em 2006 a 90 e 118 dias, respectivamente, o

que denota maior eficiência no cumprimento da política de crédito definida, nomeadamente ao nível da selecção criteriosa do crédito

concedido quer em quantidade quer em qualidade, bem como na respectiva cobrança.

É convicção do Conselho de Administração do Grupo de que o valor pelo qual os Empréstimos e contas a receber estão registados

no balanço se aproxima do seu justo valor.

O Grupo não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 90 dias) estejam a ser

respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e

aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas.

O movimento das perdas de imparidade acumuladas em contas a receber é como se segue:

2007 2006

Clientes de cobrança duvidosa:

Saldo inicial 2.283.200 2.623.528

Aumento (Nota 9) 717.142 4.774

Redução e transferências - 345.102

Saldo final 3.000.341 2.283.200

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 131

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os saldos não correntes mantidos com empresas associadas, participadas e participantes dizem

respeito, essencialmente, a prestações acessórias concedidas, as quais não vencem juros.

b) Derivados

O Grupo recorre a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro e de commodities no sentido de gerir a sua exposição a

movimentos nas taxas de juro vigentes nos seus contratos de financiamento, fixando taxas de juro, e, também de fixação do preço

dos óleos vegetais, matéria-prima essencial à produção de biodiesel.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, foram estabelecidos os seguintes contratos de derivados:

2006

Tipo Participada Contraparte Nocional Tipo Vencimento Justo valor

Interest Rate Swap Martifer SGPS Banco Espírito Santo 6.800.000 Paga taxa fixa (3,46%) e recebe (Euribor 3M) Setembro de 2009 68.614

Interest Rate Swap Martifer SGPS Millenium BCP 10.000.000 Paga taxa fixa (3,12%) e recebe (Euribor 6M) Outubro de 2016 634.097

Interest Rate Swap Martifer SGPS Santander Totta 13.000.000 Paga taxa fixa (3,35%) e recebe (Euribor 3M) Maio de 2009 (224.508)

Interest Rate Swap Martifer Construções Banco Espírito Santo 13.000.000 Paga taxa fixa (3,47%) e recebe (Euribor 3M) Março de 2010 118.320

Interest Rate Swap Martifer Construções Banco Espírito Santo 3.900.000 Paga taxa fixa (3,45%) e recebe (Euribor 3M) Março de 2011 36.737

Forward Rate Agreement Martifer Construções Fortis Bank 2.500.000 Paga taxa fixa (2,65%) e recebe (Euribor 6M) Julho de 2008 52.994

Interest Rate Swap Martifer Construções Millenium BCP 11.000.000 Paga taxa fixa (3,12%) e recebe (Euribor 6M) Outubro de 2016 697.507

Interest Rate Swap Martifer Construções Santander Totta 6.000.000 Paga taxa fixa (3,35%) e recebe (Euribor 3M) Maio de 2009 (103.619)

Interest Rate Swap Martifer Energia Millenium BCP 5.000.000 Paga taxa fixa (3,12%) e recebe (Euribor 6M) Outubro de 2016 317.049

Interest Rate Swap Martifer Energia Millenium BCP 5.250.000 Paga taxa fixa (3,58%) e recebe (Euribor 3M) Novembro de 2012 58.248

Interest Rate Swap Martifer Energia Santander Totta 4.000.000 Paga taxa fixa (3,35%) e recebe (Euribor 3M) Maio de 2009 (69.079)

Interest Rate Swap Martins e Coutinho Millenium BCP 2.000.000 Paga taxa fixa (3,12%) e recebe (Euribor 6M) Outubro de 2016 126.819

Interest Rate Swap Martifer Alumínios Millenium BCP 2.000.000 Paga taxa fixa (3,12%) e recebe (Euribor 6M) Outubro de 2016 126.819

1.839.998

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 132

2007

Tipo Participada Contraparte Nocional Tipo Vencimento Justo valor

Interest Rate Swap Martifer SGPS Banco Espírito Santo 6.800.000 Paga tx fixa de 3.46% e Recebe Euribor 3M 5-Set-09 84.273

Interest Rate Swap Martifer Construções Banco Espírito Santo 13.000.000 Paga tx fixa de 3.47% e Recebe Euribor 3M 15-Mar-10 130.352

Interest Rate Swap Martifer Construções Banco Espírito Santo 3.900.000 Paga tx fixa de 3.45% e Recebe Euribor 3M 21-Mar-11 41.392

Forward Rate Agreement Martifer Construções Fortis Bank 2.500.000 Paga tx fixa de 2.9% e Recebe Euribor 6M 28-Jul-08 40.435

Interest Rate Swap Prio Biocombustiveis S.A. Millenium BCP 20.000.000 Paga tx fixa de 4.62% e Recebe Euribor 6M 17-Abr-14 (152.547)

Interest Rate Swap Martifer Energia Millenium BCP 5.250.000 Paga tx fixa de 3.58% e Recebe Euribor 3M 16-Nov-12 94.915

Interest Rate Swap Martifer Energia Banco Espírito Santo 5.250.000 Paga tx fixa de 4.39% e Recebe Euribor 3M 16-Ago-12 6.171

Futuros sobre óleo Prio GTL Man Financial Inc 70 contratos Preço de venda fixo 50,84 USD 8-Mar-08 62.685

Interest Rate Swap Holleben HSH Nordbank AG 24.000.000 Paga tx fixa de 4.78% e Recebe Euribor 6M 31-Dez-17 1.237.604

Interest Rate Swap Bippen Bremer Landesbank 21.000.000 Paga tx fixa de 4.75% e Recebe Euribor 6M 31-Dez-18 1.028.000

Landesbank Hessen-Thuringen 2.573.281

O justo valor dos instrumentos financeiros acima referidos, avaliados pelas contrapartes, por se tratarem de cash-flow hedges foram

registados por contrapartida da rubrica de capitais próprios ‘Reservas de justo valor – Derivados’, excepto os relativos às empresas

do Grupo Holleben e Bippen que afectaram a imputação de justo valor na aquisição das mesmas.

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pelo Grupo (essencialmente, swaps de taxa de juro) foi efectuado pelas

respectivas contrapartes (instituições financeiras com quem celebramos tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados,

utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e, utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no

mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respectivas

taxas forwards e factores de desconto, que servem para descontar os cash flows fixos (fixed leg) e os cash flows variáveis (floating leg).

O somatório das duas legs, dá o NPV (Net Present Value ou Valor Actualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos

derivados).

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Grupo não possui investimentos financeiros detidos até ao vencimento nem investimentos

registados ao justo valor através de resultados.

23. Estado e Outros Entes Públicos – Activo

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a seguinte composição:

2007 2006

Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas 1.247.378 41.041

Imposto sobre o valor acrescentado 31.770.447 9.856.802

Impostos em outros países 3.333 113.722

Outros impostos 1.108.721 23.903

34.129.879 10.035.468

Em 31 de Dezembro de 2007, o montante de Imposto sobre o Valor Acrescentado a receber diz respeito, essencialmente, a pedidos

de reembolso (nomeadamente da Martifer Construções) e a imposto a recuperar de algumas participadas que se encontram a

efectuar elevados investimentos em activos fixos (designadamente a Prio Biocombustíveis e a Prio Advanced Fuels).

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 133

24. Outros activos correntes

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rubrica ‘Outros activos correntes’ pode ser analisada como se segue:

2007 2006

Acréscimo de proveitos:

Trabalhos por facturar (contratos de construção) 34.793.117 26.420.118

Juros a receber 22.561 22.105

Outros acréscimos de proveitos 1.006.198 25.013

35.821.876 26.467.237

Custos plurianuais:

Seguros 557.239 252.765

Encargos financeiros 118.545 76.067

Rendas pagas antecipadamente 151.034 268.147

Outras despesas plurianuais pagas antecipadamente 2.121.582 994.150

2.948.400 1.591.129

38.770.275 28.058.366

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica ‘Outras despesas plurianuais pagas antecipadamente’ inclui, essencialmente, os desembolsos

efectuados pelo Grupo associados a trabalhos especializados, os quais irão ser prestados/utilizados no decorrer do exercício de

2008.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 134

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a informação sobre os contratos de construção em curso é como se segue:

2007 2006

Custos totais incorridos em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 264.359.453 210.032.143

- Equipamentos para Energia 139.096.493 46.679.885

Custos incorridos no ano em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 198.537.949 188.183.045

- Equipamentos para Energia 101.467.097 41.598.435

Proveitos totais incorridos em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 317.847.007 236.389.011

- Equipamentos para Energia 146.351.776 47.010.949

Proveitos incorridos no ano em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 217.894.681 192.360.995

- Equipamentos para Energia 107.602.838 43.248.249

Adiantamentos recebidos para a execução de contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 7.757.067 92.897

- Equipamentos para Energia - -

Retenções efectuadas por clientes em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 505.939 34.344

- Equipamentos para Energia - -

Garantias prestadas a clientes relativas a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 6.910.780 2.480.751

- Equipamentos para Energia 29.055.475 12.536.450

Acréscimos de proveitos e contas a receber relativos a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 30.973.427 25.793.442

- Equipamentos para Energia 3.819.690 626.676

Proveitos diferidos e contas a pagar relativos a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 10.760.729 11.709.413

- Equipamentos para Energia 29.925.031 14.895.103

Chama-se a atenção para o facto de as garantias prestadas a donos de obra referidas na Nota 33 dizerem respeito a obras em curso

e a obras encerradas, para as quais a duração média é de cinco anos.

Na Nota 29 referimos que o total de adiantamento de clientes ascende a Euro 7.963.671, sendo que a diferença para o montante

referido no quadro acima (Euro 7.757.067) diz respeito a empresas dos segmentos Agricultura & Biocombustiveis e Energia Eléctrica.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 135

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as principais obras em curso do Grupo que justificam o saldo de Acréscimos de proveitos –

trabalhos por facturar são como se segue:

Acréscimos de proveitos

2007 2006

Fábrica de Extracção (Martifer Constructii) 2.481.781 -

Edifício Sede (Martifer) 2.261.727 23.260

Caja Magica (Martifer) 2.062.664 130.526

Ampliação do Parque de Torres Eólicas (Martifer) 2.034.821 -

Vivendas Aragonia Zaragoza (Martifer) 1.424.802 -

Glass House (Martifer Polska) 1.279.056 -

Hotel Hiberus (Martifer) 1.156.731 -

Ugine Factory (Martifer Konstrukcje) - 2.614.794

Wiadukt Stroza (Martifer Polska) 134.831 2.483.787

Torre Sacyr (Martifer) - 1.371.899

Passagens Superiores A1 (Martifer) 256.074 1.177.371

Centro Acua (Martifer) - 1.061.724

SIMI-Ukraine:Odessa (Martifer Polska) - 1.032.328

25. Caixa e seus equivalentes

A rubrica caixa e seus equivalentes pode ser analisada como se segue:

2007 2006

Depósitos bancários e caixa:

Depósitos bancários 31.907.059 8.987.856

Caixa 405.240 607.714

32.312.299 9.595.570

Caixa e seus equivalentes incluem o dinheiro detido pelo Grupo e os depósitos bancários de curto prazo, com maturidades originais

iguais ou inferiores a 3 meses, para os quais o risco de alteração de valor não é significativo. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006,

não existiam quaisquer restrições à utilização dos saldos registados nas rubricas de Caixa e seus equivalentes.

26. Capital social e reservas

Capital social

O capital social da Martifer SGPS, totalmente subscrito e realizado, em 31 de Dezembro de 2007, ascende a Euro 50.000.000 e é

representado por 100.000.000 de acções ao portador com um valor nominal de 50 cêntimos cada. Todas as acções têm os mesmos

direitos, correspondendo um voto a cada acção.

Em 31 de Dezembro de 2007, o capital social do Grupo é detido em 37,5% pela MTO SGPS, S.A., 37,5% pela Mota-Engil SGPS, S.A.

encontrando-se os restantes 25% dispersos em Bolsa.

Em 31 de Dezembro de 2006, o capital social do Grupo era detido em 50% pela MTO SGPS, S.A. e em 50% pela Mota-Engil SGPS,

S.A..

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 136

Durante os exercícios de 2007 e 2006, o movimento ocorrido no número de acções representativo do capital social do Grupo foi

como segue:

2007 2006

Saldo inicial 32.000.300 32.000.300

Stock split 32.000.300 -

Aumento de capital social por incorporação de reservas 10.999.400 -

Aumento de capital social por subscrição pública 25.000.000 -

100.000.000 32.000.300

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, ocorreram os seguintes movimentos no número de acções da Empresa:

(i) Em Março de 2007 ocorreu um stock-split de acções, tendo o número de acções em circulação passado de 32.000.300 para

64.000.600 e o seu valor nominal reduzido de 1 Euro para 50 cêntimos.

(ii) Adicionalmente, em Maio de 2007, o capital social foi aumentado em 5.499.700 Euro, por incorporação de reservas, tendo sido

emitidas 10.999.400 novas acções a um valor nominal de 50 cêntimos.

(iii) Em Junho de 2007, e no âmbito da Oferta Pública de Subscrição, procedeu-se a um novo aumento de capital social com a

colocação à subscrição pública, na Euronext de Lisboa, de 25.000.000 de novas acções ao valor nominal de 50 cêntimos, das quais

1.250.000 dirigidas aos colaboradores da Martifer com um prémio de emissão de Euro 6,70, e as restantes 23.750.000 dirigidas ao

público em geral e a investidores institucionais com um prémio de emissão de Euro 7,50.

Reservas

Prémios de emissão

Os prémios de emissão correspondem a ágios obtidos com a emissão ou aumentos de capital. De acordo com a legislação comercial

portuguesa, os valores incluídos nesta rubrica seguem o regime estabelecido para a ‘reserva legal’, isto é, os valores não são

distribuíveis, a não ser em caso de liquidação, mas podem ser utilizados para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras

reservas, e para incorporação no capital.

Reserva legal

A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da

‘reserva legal’ até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de

liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no

capital.

Reservas de justo valor – Reavaliações de imobilizado

As reservas de justo valor – Reavaliações de imobilizado não podem ser distribuídas aos accionistas, excepto se se encontrarem

totalmente amortizadas ou se os respectivos bens objecto de reavaliação tenham sido alienados.

Reservas de justo valor – Investimentos disponíveis para venda

As reservas de justo valor - Investimentos disponíveis para venda reflectem as variações de justo valor dos instrumentos financeiros

detidos para venda e não são passíveis de serem distribuídas ou serem utilizadas para absorver prejuízos.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 137

Reserva de justo valor - Derivados

As Reservas de justo valor - Derivados reflectem as variações de justo valor dos instrumentos derivados de cobertura de cash flow

que se consideram eficazes e não são passíveis de serem distribuídas ou serem utilizadas para absorver prejuízos.

Reservas de conversão cambiais

As reservas de conversão cambiais reflectem as variações cambiais ocorridas na transposição das demonstrações financeiras de filiais

em moeda diferente do Euro e não são passíveis de serem distribuídas ou serem utilizadas para absorver prejuízos.

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações

financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade (POC). Assim, as únicas reservas da

Martifer, SGPS, S.A., que, pela sua natureza, se consideram distribuíveis, são as relativas a resultados transitados no montante de

Euro 29.095.759 (ver nota 14).

27. Empréstimos

Os montantes relativos a empréstimos, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, são como se

segue:

2006 até 1 ano a 2 anosentre 3 e 5

anosa mais de 5

anos Total

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 23.809.491 39.004.220 33.502.684 10.991.519 107.307.915

Descobertos bancários 8.427.346 - - - 8.427.346

Outros empréstimos obtidos:

Outros empréstimos 3.869.641 14.631.140 1.105.903 552.951 20.159.635

36.106.477 53.635.360 34.608.587 11.544.470 135.894.895

2007 até 1 ano a 2 anos

entre 3 e 5

anos

a mais de 5

anos Total

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 21.329.925 21.140.375 27.726.545 19.373.333 89.570.178

Descobertos bancários 21.597.894 - - - 21.597.894

Contas caucionadas 5.021.000 - - - 5.021.000

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 28.500.000 2.000.000 12.000.000 6.000.000 48.500.000

Outros empréstimos 1.383.935 1.513.018 1.126.208 15.090.709 19.113.869

77.832.753 24.653.393 40.852.752 40.464.042 183.802.941

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 138

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os montantes relativos a empréstimos estão denominados nas seguintes moedas:

2006

Instituições de

crédito

Outros

empréstimos Total

Euros 107.710.071 20.159.635 127.869.706

Zlotys Polacos 8.025.189 - 8.025.189

115.735.260 20.159.635 135.894.895

2007

Instituições de

crédito

Outros

empréstimos Total

Euros 90.752.037 67.025.869 157.777.906

Ron 13.430.650 - 13.430.650

Zlotys Polacos 12.006.385 588.000 12.594.385

116.189.072 67.613.869 183.802.941

As taxas de juro médias suportadas em descobertos e empréstimos bancários são as seguintes:

2006

Taxas médias

(%)

Intervalo de

taxas (%)

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 4,41 [3,50 ; 4,75]

Descobertos bancários _ [4,26 ; 4,60]

Contas caucionadas _ [4,26 ; 5,23]

2007

Taxas médias

(%)

Intervalo de

taxas (%)

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 4,818 [4,35 ;5,776]

Descobertos bancários 4,707 [4,58 ; 4,776]

Contas caucionadas 4,850 [4,58 ; 5,776]

Outros empréstimos obtidos

Emissões de papel comercial 4,592 [4,576 ;4,626]

Na Polónia as taxas para os empréstimos bancários vencem juros à taxa WIBOR acrescida de um spread de 0,5% a 1,5%.

Na Roménia as taxas para os empréstimos bancários contraídos, vencem juros à taxa Euribor acrescida de um spread de 1,10%.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 139

Em 31 de Dezembro de 2007, os principais empréstimos bancários obtidos pelo Grupo são como se segue:

EURO

Valor Data contrato Prazo Periodo de carência

Periodicidade das

rendas

Montante do

primeiro reembolso

Montante do último

reembolso

PrioBiocombustibil 15.547.000 Out-06 7 anos 2 anos Trimestral 798.315 798.315

PrioAgricultura 9.534.000 Out-06 7 anos 2 anos Trimestral 102.546 102.546

Martifer SGPS 6.800.000 Set-05 4 Anos 1 Ano Anual 850.000 4.250.000

Martifer Construções 5.500.000 Mar-04 7 Anos - Trimestral 200.000 100.000

Martifer Energia 5.250.000 Nov-05 7 Anos 2 Anos Trimestral 262.500 262.500

Martifer Construções 5.000.000 Nov-05 5 Anos 1 Ano Semestral 508.954 604.555

Martifer SGPS 5.000.000 Nov-05 5 Anos 1 Ano Semestral 508.954 604.555

52.631.000 3.231.270 6.722.472

PLN

Valor Data contrato Prazo Periodo de carência

Periodicidade das

rendas

Montante do

primeiro reembolso

Montante do último

reembolso

Martifer Polska 20.333.307 Jul-04 6 Anos - Trimestral 968.253 968.253

20.333.307 968.253 968.253

Em 31 de Dezembro de 2007, os principais programas de papel comercial do Grupo são como se segue:

EURO

Valor Data contrato Prazo Periodo de carência

Periodicidade das

rendas

Montante do

primeiro reembolso

Montante do último

reembolso

Prio Biocombustiveis 20.000.000 Abr-07 7 Anos 2,5 Anos Semestral 2.000.000 2.000.000

Prio SGPS 15.000.000 Dez-07 0,5 Ano - - - 15.000.000

Prio SGPS 13.500.000 Dez-07 0,5 Ano - - - 13.500.000

48.500.000 2.000.000 30.500.000

Para parte dos empréstimos acima referidos e no âmbito da política de gestão de risco de taxa de juro, o Grupo contratou os

instrumentos financeiros derivados mencionados na Nota 22 convertendo dessa forma em taxas fixas as taxas variáveis contratadas

nos empréstimos.

Outros empréstimos

Os montantes considerados em ‘Outros empréstimos’ dizem respeito a empréstimos obtidos junto da Agência Portuguesa para o

Investimento (API) e do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) como apoio ao investimento

efectuado pelo Grupo. Estes empréstimos não vencem juros, à excepção do empréstimo concedido pela API à Martifer Energia, o

qual prevê um período de carência de quatro semestres, findo o qual vence juros à taxa Euribor a 6 meses acrescida de um spread de

0,95%.

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2007 incluídos na rubrica de ‘Outros empréstimos não correntes’ foram considerados,

aproximadamente, Euro 15.190.000 de operações de locação financeira imobiliária (afectas ao financiamento dos projectos

imobiliários registados na rubrica de Adiantamentos por conta de compras – Nota 21) as quais, em caso de alienação dos acima

referidos projectos imobiliários terão de ser liquidadas nesse momento e não de acordo com o plano de reembolso definido, que

contratualmente ocorre após 2008.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 140

A sensibilidade do grupo a variações nas taxas de juro pode ser resumida como se segue:

Descrição 2007 2006 2007 2006 Variação juro 2007 Variação juro 2006

Derivados 66.478.699 42.505.023 3,93 3,25 664.787 425.050

Empréstimos 205.706.663 191.765.324 4,81 3,29 2.057.067 1.917.653

Leasings 11.490.987 3.565.754 6,44 4,65 114.910 35.658

2.836.763 2.378.361

Capital médio em dívida durante o ano Taxa de juro média durante o ano Variação de 1 ponto percentual na taxa de juro média

A adopção da política de gestão de risco de taxa de juro, para além de reduzir a exposição do Grupo às taxas de juro variáveis

através da contratação de swaps, permitiu, ainda, o ganho evidenciado no seguinte quadro:

EmpresaInstrumentos de

coberturaJuro líquido

Juro do

empréstimo

Ganho ou perda

decorrente do

instrumento de

cobertura

Bippen Swaps taxa de juro 920.075 949.130 29.055

Holleben Swaps taxa de juro 1.060.363 1.115.822 55.458

Biocombustíveis Swaps taxa de juro 594.199 594.199 -

Martifer Swaps taxa de juro 1.251.843 1.443.823 191.980

Martifer II Inox Swaps taxa de juro 63.709 77.815 14.106

Martifer Aluminíos Swaps taxa de juro 68.484 82.590 14.106

Martifer Energia Swaps taxa de juro 510.273 550.938 40.665

Martifer SGPS Swaps taxa de juro 1.686.913 1.782.504 95.591

440.961

28. Credores por locação financeira

Os contratos de locação financeira mais significativos em vigor em 31 de Dezembro de 2007, são resumidos como se segue:

Estrutura Metálica do Parque de Tancagem 96 meses 15.000.000 Final do contrato 300.000 Livrança em branco

Equipamentos do Parque de Tancagem 96 meses 10.000.000 Final do contrato 200.000 Carta Conforto MT SGPS

Edifício de Escritórios da Martifer Energia 72 meses 8.850.000 Final do contrato 177.000 Livrança em branco

Máquinas Fixas da Martifer 72 meses 6.000.000 Final do contrato 120.000 Livrança em branco

Estrutura Metálica da Gebox 73 meses 3.739.000 Final do contrato 74.780 Livrança em branco

Valor da opção

de compra Garantias

Descrição do

bem

Período do

contrato

Valor do

contrato

Termo de opção de

compra

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o valor líquido dos bens adquiridos através de contratos de locação financeira ascendia a Euro

57.360.537 e Euro 13.168.242, respectivamente.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 141

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o valor das rendas e o valor actual das rendas associados a contratos de locação financeira era

como se segue:

2007 2006 2007 2006

Até 1 ano 10.098.970 3.297.360 6.953.706 2.876.474

Entre 1 e 5 anos 42.440.832 8.020.155 34.512.516 7.445.735

Mais de 5 anos 20.655.756 402.545 19.098.615 353.681

73.195.558 11.720.060 60.564.838 10.675.891

Juros incluídos nas rendas (12.630.720) (1.044.169)

Valor actual das rendas de contratos de leasing 60.564.838 10.675.891 60.564.838 10.675.891

Dos quais registados como:

- Empréstimos correntes 6.953.706 2.876.474

- Empréstimos não correntes 53.611.131 7.799.417

60.564.838 10.675.891

Rendas vincendas de

contratos de leasing

Valor actual das rendas

de contratos de leasing

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o valor das rendas associadas a contratos de locação operacional é como se

segue:

2007 2006

Até 1 ano 290.762 289.330

Entre 1 e 5 anos 361.682 652.444

Mais de 5 anos - -

652.444 941.774

Rendas vincendas de

contratos de locação operacional

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 foram reconhecidos na rubrica de ‘Fornecimentos e serviços

externos’ Euro 289.330 e Euro 206.960, relativos a rendas de contratos de locações operacionais.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 142

29. Fornecedores e credores diversos

A informação relativa a fornecedores e credores diversos, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006,

pode ser analisada como se segue:

2007 2006 2007 2006

Fornecedores - - 111.398.253 49.738.129

Fornecedores de imobilizado 643.517 16.707 10.981.844 9.625.630

Empresas associadas e outros accionistas 9.112 4.284.876 10.930.952 1.229

Adiantamentos de clientes e por conta de vendas - - 7.963.671 1.394.746

Outros credores 25.781.396 11.681.486 19.171.667 1.228.381

Subtotal 26.434.025 15.983.070 49.048.133 12.249.986

26.434.025 15.983.070 160.446.386 61.988.115

Não correntes Correntes

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rubrica inclui saldos a pagar a fornecedores decorrentes da actividade operacional do

Grupo e de aquisição de imobilizado. O Conselho de Administração acredita que o justo valor destes saldos não difere

significativamente do seu valor contabilístico e que o efeito da actualização desses montantes não é material.

O prazo médio de pagamento das compras e dos serviços obtidos pelo Grupo ronda os 65 dias.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os saldos não correntes mantidos com empresas associadas e outros accionistas dizem

respeito, essencialmente, a empréstimos obtidos por empresas consolidadas pelo método proporcional, os quais vencem juros à

Euribor a 3 meses acrescida de um spread de 1,5%.

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica de outros credores não correntes respeita, essencialmente, a prestações suplementares

efectuadas por accionistas minoritários da Prio SGPS (empresa consolidada nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método

integral).

Para além dos passivos financeiros referidos nesta nota e nas notas 27 e 28 acima, o Grupo não apresenta outros passivos

financeiros.

30. Provisões

A informação relativa a provisões, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 pode ser detalhada

como se segue:

2007 2006

Garantias de qualidade 5.166.386 1.429.604

Processos judiciais em curso 228.116 322.389

Outras 930.635 71.520

6.325.137 1.823.513

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 143

As provisões para garantias de qualidade destinam-se a fazer face a eventuais problemas de qualidade nas obras efectuadas pelo

Grupo, as quais contemplam, em média, um período de garantia de 5 anos. O acréscimo ocorrido no exercício de 2007 é justificado,

essencialmente, pelo aumento de actividade da REpower Portugal e das garantias de bom funcionamento dos parques eólicos

instalados por esta participada.

A informação relativa ao movimento das provisões, com referência aos mesmos exercícios é como se segue:

2007 2006

Saldo inicial 1.823.513 705.921

Aumento (Nota 9) 4.553.932 1.171.487

Redução e transferências (52.308) (53.895)

Saldo final 6.325.137 1.823.513

31. Estado e Outros Entes Públicos - Passivo

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a seguinte composição:

2007 2006

Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas 1.994.161 3.477.736

Imposto sobre o valor acrescentado 6.159.490 3.966.777

Contribuições para a segurança social 592.577 400.991

Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares 528.607 187.650

Outros impostos 178.042 3.775

Impostos em outros países 2.772.416 3.607.214

12.225.293 11.644.144

32. Outros passivos correntes

A informação relativa aos outros passivos correntes, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 é

como se segue:

2007 2006

Acréscimo de custos

Encargos com férias e subsídios de férias 4.788.535 3.663.622

Juros a liquidar 1.554.596 433.025

Produção efectuada por subempreiteiros não facturada - 850.969

Outros acréscimos de custos 1.698.429 1.063.820

8.041.559 6.011.435

Proveitos diferidos

Facturação antecipada (relativa a contratos de construção) 40.685.760 26.604.516

Subsídios ao investimento 858.484 634.638

Outros proveitos diferidos 198.228 1.163.751

41.742.472 28.402.905

49.784.031 34.414.340

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 144

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as principais obras em curso do Grupo que justificam o saldo de Proveitos diferidos –

Facturação antecipada são como se segue:

Proveitos diferidos

2007 2006

Parque Eólico Alto do Folgorosa (Repower) 7.212.232 750.631

Parque de Tanques de Aveiro (Martifer Energia) 5.015.727 -

Parque Eólico de Mingorubio (Repower) 4.234.915 -

Barão de São Paulo (Martifer Energia) 4.020.441 3.361.349

Porto Plaza (Martifer) 3.066.498 -

Mingorubio-Torre MM92 (Martifer Energia) 1.870.173 -

Funchal Centrum (Martifer Alumínios) 1.367.868 466.101

Biomart Aveiro (Martifer Energia) - 3.312.298

Parque Eólico do Joguinho II (Repower) 1.278.592 3.164.577

Parque Eólico Barão de S. João (Repower) 434.324 2.037.173

33. Compromissos

Garantias Prestadas

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as garantias prestadas pelo Grupo a terceiros referentes a garantias bancárias e a seguros

caução prestados a donos de obras cujas empreitadas estão a cargo das diversas empresas do Grupo, discriminadas por moeda eram

como se segue:

2007 2006

Euros 69.256.479 45.043.994

Zlotys Polacos 3.625.386 1.165.395

72.881.865 46.209.389

O detalhe por empresa do Grupo é como se segue:

2007 2006

Martifer Construções 31.990.414 23.459.315

Martifer Alumínios 2.590.056 2.605.501

Martifer Energia 438.203 5.197.060

Martifer Inox 213.394 86.505

Nagatel 4.586.958 198.801

MGI 5.000.000 -

Repower 21.477.835 12.536.450

Promoquatro 960.362 960.362

Prio Biocombustíveis 1.760.757 -

Prio Advanced Fuels 238.500 -

Martifer Polska 355.962 1.165.395

Martifer Konstrukcje 3.269.424 -

Total 72.881.865 46.209.389

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 145

Garantias reais

Em 31 de Dezembro de 2007 as garantias reais prestadas pelo Grupo são como se segue:

GarantiaValor do activo

subjacenteValor em

dívida

Martifer Construções Penhor mercantil - 17.655

Martifer Construções Hipoteca 1.500.052 1.030.963

Martifer SGPS Penhor de acções 400.000 5.100.000

Martifer Energia Hipoteca 6.760.306 5.250.000

Martifer Polska Hipoteca 14.766.563 2.694.456

Total 23.426.921 14.093.074

Empresa

No que respeita aos imobilizados adquiridos chama-se a atenção para os seguintes compromissos contratuais:

No âmbito do Contrato de Atribuição de Capacidade de Injecção de Potência na Rede do Sistema Eléctrico de Serviço Público para

Energia Eléctrica Produzida em Centrais Eólicas estabelecido entre a Ventinveste, S.A. e o Estado Português, o consórcio no qual o

Grupo se insere, ficou obrigado a contribuir em Euro 41.833.493 para o financiamento (através do Fundo de Inovação) de

investigação a designar pelo Ministério da Economia e da Inovação, que ficará sob a orientação e supervisão de uma entidade pública.

O pagamento de tal verba, por opção do consórcio será liquidado através de uma redução das tarifas energéticas estabelecidas em

tal contrato. Consequentemente, tal responsabilidade será registada pelo seu valor actual no momento em que os investimentos

associados ao consórcio tenham o seu início.

A Gebox assumiu o compromisso de adquirir equipamentos e outros produtos à Pujol Muntalá, S.A. no montante de Euro 5.500.000.

34. Benefícios de planos de reforma

O Grupo não assumiu quaisquer responsabilidades com planos de reforma. No entanto, existe uma apólice, contratada com a

Companhia de Seguros Global, que funciona como um fundo de capitalização, para complemento de reforma dos colaboradores do

Grupo.

São abrangidos por este fundo todos os colaboradores pertencentes ao quadro. Anualmente (em caso de obtenção de resultados

líquidos positivos) é depositado o montante de um salário base em nome de cada um dos colaboradores. O exercício do direito ao

referido complemento ocorre no momento da passagem ao estado de reforma. Cada colaborador pode então, optar pela

transformação do fundo numa pensão mensal, ou em alternativa, resgatar 50% do valor acumulado e converter o restante numa

renda mensal.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 146

35. Subsídios

O detalhe dos subsídios ao investimento atribuídos ao Grupo com impacto no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 é como

se segue:

Edifícios e outras construções 3.711.911 914.163 701.549 212.615

Equipamento básico 1.881.795 463.445 102.463 360.982

Ferramentas e utensílios 50.745 12.497 - 12.497

Equipamento administrativo 89.387 22.014 5.425 16.589

Outras imobilizações corpóreas 49.048 59.886 49.047 10.838

5.782.885 1.472.005 858.484 613.521

Subsídios ao Investimento

Efeito na demonstração dos

resultados

Saldo em proveitos diferidos

(Nota 32)

Valor do

subsídio

Valor do

imobilizado

O detalhe dos subsídios à exploração registados na demonstração dos resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007,

na rubrica de outros proveitos / (custos) operacionais é como se segue:

Empresa Designação Valor do Subsídio

Prio Agricultura Calamidades 450.895

Prio Agricultura Vales agrícolas para cultivo de milho e colza 430.479

Prio Agricultura Subsídios por área de cultivo 247.916

Martifer Apoio à contratação 102.669

Repower Portugal Apoio à contratação 85.781

Martifer Energia Apoio à contratação 40.356

Martifer Inovação Formação 7.584

Martifer Alumínios Formação 4.836

Martifer Solar Formação 4.650

Martifer II Inox Formação 3.078

Martifer Gestão de Investimentos Formação 2.975

1.381.220

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 147

36. Transacções com partes relacionadas

a) Transacções comerciais

As participadas do Grupo têm relações entre si que se qualificam como transacções com partes relacionadas. Todas estas

transacções são efectuadas a preços de mercado.

Nos procedimentos de consolidação estas transacções são eliminadas, uma vez que as demonstrações financeiras consolidadas

apresentam informação da detentora e das suas subsidiárias com se de uma única empresa se tratasse.

As transacções com empresas associadas contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial não são eliminadas, e ascenderam

aos seguintes montantes:

2007 2.006

Vendas e prestações de serviços - 488.124

Custo das mercadorias vendidas - 16.902.917

Saldos devedores - 140.839

Saldos credores - 56.685

Para além dos saldos abaixo mencionados com a Mota – Engil Engenharia e Construções, S.A., com a Maprel – Empresa de

Pavimentos e Materiais Pré-Esforçados, Lda., com a Soprocil – Sociedade de Projectos e Construções Civis, S.A., com a Promoquinze

– Investimentos Imobiliários, Lda. e com a Ferreiros e Almeida, S.A., não existem outros saldos ou transacções significativas mantidas

com partes relacionadas do Grupo.

2007 2006

Vendas e prestações de serviços 12.220.512 19.394.764

Custo das mercadorias e dos subcontratos 11.497.274 14.375.586

Saldos devedores 7.911.934 12.849.818

Saldos credores 482.263 5.406.363

Vendas e prestações de serviços 217.739 4.653.895

Saldos devedores 1.374.685 3.871.093

Fornecimento e serviços externos 170.000 1.146

Saldos credores 170.000 -

Fornecimento e serviços externos 6.271.697 2.373.479

Saldos credores 2.771.697 1.669.436

Vendas e prestações de serviços 28.772 -

Fornecimento e serviços externos 3.630.948 -

Saldos devedores 34.814 -

Saldos credores 613.900 -

Promoquinze

Mota-Engil

Ferreiros & Almeida

Maprel

Soprocil

As contas a receber e a pagar a empresas relacionadas serão liquidadas em numerário e não se encontram cobertas por garantias.

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 não foram reconhecidas perdas de imparidade relativamente a

contas a receber de partes relacionadas.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 148

b) Compensações da administração e de outros gestores chave

As compensações atribuídas aos membros da administração e a outros gestores chave durante os exercícios findos em 31 de

Dezembro de 2007 e 2006 ascenderam a Euro 2.616.704 e Euro 1.372.456, respectivamente.

Estas compensações são determinadas pela comissão de vencimentos, tendo em conta o desempenho individual e a evolução deste

tipo de mercado de trabalho.

As remunerações atribuídas ao pessoal chave da gerência por categoria de remuneração podem ser resumidas como se segue

(valores em Euro):

2007 2006

Remunerações fixas 1.995.369 1.019.297

Remunerações variáveis 218.722 164.959

Despesas de representação e ajudas de custo 288.273 138.600

Complementos de reforma (Nota 34) 114.340 49.600

2.616.704 1.372.456

Adicionalmente, e para além das empresas incluídas na consolidação (Nota 2), procede-se à apresentação de uma listagem das partes

relacionadas do Grupo Martifer:

Mota Engil, SGPS, S.A., sociedade aberta (" Mota Engil SGPS")

MESP- Mota Engil , Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, S.A. (“MESP”)

Largo do Paço – Investimentos Turísticos e Imobiliários, Lda. (“Largo do Paço”)

RTA - Rio Tâmega, Turismo e Recreio, S.A. (“RTA”)

Mota-Engil Engenharia e Construção, S.A. (“Mota-Engil Engenharia”)

Aurimove – Utilidades, Equipamentos e Investimentos Imobiliários, Lda. (“Aurimove”)

Bouncer, a.s. (" Bouncer")

Calçadas do Douro - Sociedade Imobiliária, Lda. (“Calçadas do Douro”)

Companhia Portuguesa de Trabalhos Portuários e Construções, S.A. (“CPTP”)

Corgimobil - Empresa Imobiliária das Corgas, Lda. ("Corgimobil")

Edifício Mota - Viso – Soc. Imobiliária, Lda. (“Mota Viso”)

Edipainel – Utilidades, Equipamentos e Investimentos Imobiliários, Lda. (“Venimove”)

Emocil – Empresa Moçambicana de Construção Imobiliária (“Emocil”)

EMSA – Empreendimentos e Exploração de Estacionamentos, S.A. (“EMSA”)

Engil 4i – SGPS, S.A. (“Engil 4I”)

Ferrovias e Construções, S.A. (“Ferrovias”)

Geogranitos – Pedreiras de Amarante, Lda. (“Geogranitos”)

God Project Development ("God")

Jasz-Vasut, Kft ("Jasz-Vasut")

Kordylewskiego Project Development Sp. z o.o. ("Kord")

Kozielska Sp. z o.o. ("Kozielska")

Maprel – Empresa de Pavimentos e Materiais Pré-esforçados, Lda (“Maprel”)

Maprel - Nelas, Indústria de Pré- Fabricados, S.A. (“Maprel Nelas”)

ME-Investitii AV s.r.l. (“MEINVESTII”)

MEITS, Mota-Engil Imobiliário e Turismo, S.A. (“MEIT”)

Metroepszolg, RT(“Metroepszolg”)

Mil e Sessenta – Sociedade Imobiliária, Lda. (“Mil e Sessenta")

M-Invest Bohdalec, A.S. (“Bohdalec”)

M-Invest Devonska, s.r.o. ("M-Invest Devonska")

M-Invest Jihlavska, A.S. (“Jihlavska”)

M-Invest Jeremiasova, A.S. ("Jeremiasova")

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 149

M-Invest Polska, Sp. z.o.o. (“M-Invest Polska”)

M-Invest Portugalia, s.r.o. ("Portugalia")

M-Invest, sro (“M-Invest”)

M-Invest Slovakia, s.r.o. ("M-Invest Slovakia")

MI 2 Spółka z ograniczoną odpowiedzialnością ("MI 2")

Moravian Partner Constructors, sro (“Moravian”)

Mota-Engil Magyarorszag, Rt (“Mota-Engil Magyarorszag”)

Mota-Engil Real Estate Hungary ("Merehun")

Mota-Engil Polska, S.A. ("Mota-Engil Polska")

Mota-Engil S.Tomé e Principe ("MESTOME")

Mota-Engil Slovakia, a. s. ("Mota-Engil Eslováquia")

Motadómus - Sociedade Imobiliária, Lda. ("Motadómus")

MKContructors, LLC (“MKC”)

Mota Internacional – Comércio e Consultadoria Económica, Lda (“Mota Internacional”)

Mota Real Estate, sro (“Mota Real Estate”)

Nortedómus, Lda. (“Nortedómus”)

Piastowska Project Development Sp. z o.o. (“Piastowska”)

Planinova – Sociedade Imobiliária, S.A. (“Planinova”)

Prefal – Préfabricados de Luanda, Lda. (“Prefal”)

Probisa Portuguesa - Construção e Obras Públicas, S.A. (“Probisa”)

Qualibetão – Comercialização de Betões, Lda.("Qualibetão")

Rentaco - Equipamentos de Construção, Transportes, Combustíveis e Serviços, Sociedade Unipessoal, Lda. ("Rentaco")

Sedengil – Sociedade Imobiliária, Lda. (“Sedengil”)

Sefimota Stavebni, AS (“Sefimota”)

Soprocil – Sociedade de Projectos e Construções Civis, S.A. ("Soprocil")

Tabella Holding, BV (“Tabella”)

Tecnocarril – Sociedade de Serviços Industriais e Ferroviários, Lda. (“Tecnocarril”)

Tetenyi Project Development ("Tetenyi")

Tracevia – Sinalização Segurança e Gestão de Tráfego, Lda. (“Tracevia”)

Tracevia Angola ("Tracevia Angola")

Translei, S.A. (“Translei”)

Wilenska Project Development Sp. z.o.o. (“Wilenska”)

Área de Negócio - Ambiente e Serviços

Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A. (“Mota-Engil Ambiente e Serviços”)

ALMAQUE - Serviços Técnicos, S.A. ("Almaque")

Beiratir - Terminais da Covilhã, Lda. ("Beiratir")

Cargorail - Transporte de Mercadorias, S.A. ("Cargorail")

Correia & Correia, Lda.(“Correia & Correia”)

E.A.Moreira - Agentes de Navegação, S.A. ("E.A. Moreira")

Ecolatlântica de Portugal, Lda. ("Ecolatlântica")

Ekosrodowisko Spółka z.o.o. ("Ekosrodowisko")

Engeglobo, Soc. de Engenharia e Projectos, S.A. ("Engeglobo")

Enviroil – Resíduos e Energia, Lda. (“Enviroil”)

INVESTAMBIENTE - Recolha de Resíduos e Gestão de Sistemas de Saneamento Básico, SA ("Investambiente")

GT - Investimentos Internacionais SGPS, SA ("GTSGPS")

Liscont - Operadores de Contentores, S.A. ("Liscont")

Lisprojecto - Consultoria e Soluções Informáticas, S.A. ("Lisprojecto")

Lokemark - Soluções de Marketing ("Lokemark")

Manvia - Manutenção e Exploração de Instalações e Construção, S.A. ("Manvia")

Mota-Engil Srodowisko, Sp. z.o.o. ("MES")

Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, S.A. ("MEASII")

Mota-Engil, Tecnologias de Informação, S.A. (“METI”)

Multiterminal - Soc. De Estiva e tráfego, S.A. ("Multiterminal")

Norcargas - Cargas e Descargas, Lda. ("Norcargas")

Nova Beira - Gestão de Resíduos, SA ("Nova Beira")

Novaflex - Técnicas do Ambiente, SA ("Novaflex")

Operport - Sociedade Portuguesa de Operadores Portuários, Lda. ("Operport")

Proempar - Promoção e Gestão de Parques Empresariais e Tecnológicos, S.A. ("Proempar")

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 150

PTT - Parque Tecnológico do Tâmega ("PTT")

Real Verde - Técnicas de Ambiente, SA ("Real Verde")

Resiges - Gestão de Resíduos Hospitalares, Lda. ("Resiges")

Resilei – Tratamento de Resíduos Industriais, Lda ("Resilei")

Rima – Resíduos Industriais e Meio Ambiente, S.A. (“Rima”)

Sealine - Navegação e Afretamentos ("Sealine")

Sadomar - Ag. de Naveg. e Trânsitos, S.A. ("Sadomar")

Serurb (Matosinhos) Serviços Urbanos, S.A. (“Serurb Matosinhos”)

Serurb (Douro) Serviços Urbanos, Lda. (“Serurb Douro”)

Serurb (Esposende) Serviços Urbanos, Lda.(“Serurb Esposende”)

Socarpor - Soc. Cargas Port. (Douro e Leixões), S.A. ("Socarpor D/L")

Socarpor - Soc. Cargas Port. (Aveiro), S.A. ("Socarpor Aveiro")

Sotagus - Terminal de Contentores de Santa Apolónia, S.A. ("Sotagus")

STL – Sociedade de Transportes e Limpeza, Lda. (“STL”)

Suma – Serviços Urbanos Meio Ambiente, S.A. (“SUMA”)

TCL - Terminal de Contentores de Leixões, S.A. ("TCL")

TEN - Tráfego e Estiva do Norte, SA ("TEN")

Ternor - Sociedade de Exploração de Terminais, S.A. ("Ternor")

Tertir - Terminais de Portugal, S.A. ("Tertir")

Tertir - Concessões Portuárias, SGPS, SA ("Tertir SGPS")

Transitex - Trânsitos Extremadura, SL ("Transitex")

Vibeiras – Sociedade Comercial de Plantas, S.A. (“Vibeiras”)

Mota-Engil Concessões de Transportes, SGPS, S.A. (“MECT”)

Cimertex & Companhia- Comércio Equipamentos e Serviços Técnicos, Lda. (“Cimertex & Companhia”)

Construcciones CRESPO, SA ("Crespo")

Grossiman, SL (“Grossiman”)

Hifer Construccion Conservación e Servicios, S.A. (“Hifer”)

Icer – Indústria de Cerâmica, Lda. (“Icer”)

M-Invest Slovakia Mierova , s.r.o. ("Mierova")

M-Invest Slovakia Trnavska, s.r.o. ("Trnavska")

Probigalp Ligantes Betuminosos, S.A. (“Progalp”)

Área de Negócio - Ambiente e Serviços

Ambigere, SA ("Ambigere")

Areagolf - Gestão, Construção e Manutenção de Campos de Golf, S.A. ("Areagolf")

Indaqua – Indústria e Gestão de Águas, S.A. (“Indaqua”)

Indaqua Vila do Conde - Gestão de Águas de Vila do Conde S.A. (“Indaqua Conde”)

Indaqua Fafe – Gestão de Águas de Fafe, S.A. (“Indaqua Fafe”)

Indaqua Feira - Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A. (“Indaqua Feira”)

Indaqua Matosinhos - Gestão Águas de Matosinhos, S.A. (“Indaqua Matosinhos”)

Indaqua Santo Tirso – Gestão de Águas de Santo Tirso, S.A. (“Indaqua St. Tirso”)

Sadoport - Terminal Marítimo do Sado, S.A. ("Sadoport")

SLPP - Serviços Logísticos de Portos Portugueses, S.A. ("SLPP")

TTRM, Transferência e Triagem de Resíduos da Madeira ACE ("TTRM")

Área de Negócio - Concessões de Transportes

Aenor – Auto-Estradas do Norte, S.A. (“Aenor”)

LusoLisboa AE da Grande Lisboa, S.A. ("LusoLisboa")

Lusoscut – Auto-Estradas das Beiras Litoral e Alta, S.A. (“Lusoscut BLA”)

Lusoscut – Auto-Estradas da Costa de Prata, S.A. (“Lusoscut CP”)

Lusoscut – Auto Estradas do Grande Porto, S.A. (“Lusoscut GP”)

Operadora GL - Op. e Manut. de Auto-Estradas, SA ("Operadora LusoLisboa")

Operadora Lusoscut BLA – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A. (“Operadora Lusoscut BLA”)

Operadora Lusoscut CP – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A. (“Operadora Lusoscut CP”)

Operadora Lusoscut GP – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A. (“Operadora Lusoscut GP”)

Operanor – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A. (“Operanor”)

Ambilital – Investimentos Ambientais no Alentejo, EIM. (“Ambilital”)

Asinter – Comércio Internacional, Lda. (“Asinter”)

Auto Sueco Angola, S.A. (“Auto Sueco Angola”)

Cimertex Angola – Sociedade de Máquinas e Equipamentos, Lda. (“Cimertex Angola”)

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 151

Citrup – Centro Integrado de Resíduos, Lda. (“Citrup”)

Ecolezíria - Empresa Intermunicipal para o Tratamento de Resíduos Sólidos, E. I. M. ("Ecolezíria")

Empresa de Terraplenagem e Pavimentações – Paviterra, SARL (Angola) (“Paviterra”)

Jardimaia - Jardins, Decoração e Animais, Limitada ("Jardimaia")

Socibil, SARL (“Socibil”)

SolService - Angola ("SolsAngola")

Sołtysowska Project Development Sp. z o.o.("Soltysowska")

Sonauta-Sociedade de Navegação, Lda. (“Sonauta”)

Tersado - Terminais Portuários do Sado, S.A. ("Tersado")

TMB - Terminal Multiusos de Beato, S.A. ("TMB")

Turalgo-Sociedade de Promoção Imobiliária e Turística do Algarve, S.A. (“Turalgo”)

Vortal – Comércio Electrónico, Consultadoria e Multimédia, S.A. (“Vortal”)

Cosamo, PTY ("Cosamo")

Ecodetra – Sociedade de Tratamento e Deposição de Resíduos, S.A. (“Ecodetra”)

Edifícios Galiza - Sociedade Imobiliária, Lda ("Ed. Galiza")

EMASA, Lda. (“EMASA”)

Empresa Agrícola e Florestal Portuguesa, S.A. (“Empresa Agrícola”)

Engil – Construtora do Tâmega, ACE, S.A. (“Engil Tâmega ACE”)

Engil, S.A. – Bau, GmbH (“Engil Bau”)

Fabritubo - Tubos Pressocentrifugados de Betão, Lda. (“Fabritubo”)

Ferrovias Brasil, Lda. (“Ferrovias Brasil”)

Holdinorte - Sociedade Imobiliária do Norte, Lda. (“Holdinorte”)

Iberfibran - Poliestireno Extrudido, S.A. ("Iberfibran")

Imosines – Sociedade Imobiliária, Lda. (“Imosines”)

Indimo, Lda ("Indimo")

Inovia, Serviços Ferroviários ACE, S.A. (“Inovia”)

Lusoponte – Concessionária para a Travessia Tejo, S.A. (“Lusoponte”)

Matiprel – Materiais Pré-Esforçados, Lda. (“Matiprel”)

Mota Maurícias, Lda. (“Mota Maurícias”)

Mota-Engil - S. Tomé e Principe ("Mota Engil S. Tomé e Principe")

Mota-Engil Florida Investments Corp.(“Mota-Engil Florida”)

MTS – Metro, Transportes do Sul, S.A. (“MTS”)

Parquegil- Planeamento e Gestão de Estacionamento, S.A. (“Parquegil”)

Tratofoz - Sociedade de Tratamento de Resíduos, S.A. (“Tratofoz”)

Tratoser – Tratamento e Serviços Ambientais, S.A. (“Tratoser”)

MTO, SGPS, S.A.

Promodoze, Lda

SOSEL, S.A.

MTO, Gmbh

RO SUD, S.r.l.

Uriba - Sgps, S.A.

Promodois, S.A.

Promovinte, S.A.

Ferreiros & Almeida, S.A.

Promo Jeden

Global Shopping

Soltysowska

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 152

Adicionalmente, procede-se à apresentação dos Administradores da Martifer SGPS:

i. Carlos Manuel Marques Martins

ii. Jorge Alberto Marques Martins

iii. António Manuel Serrano Pontes

iv. António Jorge Campos de Almeida

v. Eduardo Jorge de Almeida Rocha

37. Joint Ventures

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o contributo das empresas conjuntamente controladas para as demonstrações financeiras

anexas é como se segue:

2007 2006

Activos correntes 10.626.602 15.310.225

Activos não correntes 6.700.963 1.416.741

Passivos correntes 10.076.259 4.564.066

Passivos não correntes 5.652.154 9.087.176

Total de proveitos 7.274.237 6.449.028

Total de custos 8.167.212 3.568.294

Contribuição para o resultado líquido do exercício (797.695) 2.172.179

38. Eventos subsequentes

A 2 de Janeiro de 2008 a Martifer Energy Systems II adquiriu uma participação de 96,8% na Navalria, empresa de reparação naval

situada em Aveiro, com o intuito de desenvolver os equipamentos para a energia das ondas.

A Solar Parks, uma subsidiária da Martifer Solar, que pertence ao segmento dos Equipamentos para Energia, assina a 22 de Janeiro de

2008 um contrato em Espanha para o fornecimento chave na mão de um parque solar fotovoltaico, com 8,7MWp de capacidade

instalada, no valor de 58,7 milhões de euros.

39. Anexo às demonstrações de fluxos de caixa

Os recebimentos provenientes de investimentos financeiros em 2006 correspondem, essencialmente, à alienação de uma parcela de

acções da REpower Systems (Euro 5.665.000). Em 2007 o montante registado nesta rubrica refere-se à alienação de 5% da Prio Sgps e

da totalidade da Globalshoping (Euro 550.000) e a mais valias realizadas com investimentos financeiros disponíveis para venda (Euro

3.879.549).

Os pagamentos respeitantes a investimentos financeiros, correspondem em 2006, essencialmente, à aquisição das acções da REpower

Systems e em 2007 às aquisições constantes na Nota 16.

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 153

40. Aprovação das demonstrações financeiras

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 28 de Fevereiro de 2008. Adicionalmente, as

demonstrações financeiras anexas em 31 de Dezembro de 2007, estão pendentes de aprovação pela Assembleia-Geral de

Accionistas. No entanto, o Conselho de Administração do Grupo entende que as mesmas virão a ser aprovadas sem alterações

significativas.

Oliveira de Frades, 28 de Fevereiro de 2008

O Técnico Oficial de Contas A Administração

__________________________________ __________________________________ João Fernando Oliveira da Rocha (Dr.) Carlos Manuel Marques Martins (Eng.)

__________________________________ Jorge Alberto Marques Martins (Dr.)

__________________________________ António Manuel Serrano Pontes (Eng.)

__________________________________ António Jorge Campos de Almeida (Eng.)

__________________________________ Eduardo Jorge de Almeida Rocha (Dr.)

RELATÓRIO DE GESTÃO E INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA | 2007 154

Declaração de conformidade nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários

Exmos. Senhores Accionistas,

Nos termos legalmente previstos, comunicamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento:

(i) a informação constante no relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da

MARTIFER - SGPS, S.A. e das empresas incluídas na respectiva consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e

incertezas com que se defrontam; e

(ii) a informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, assim como nos seus anexos, foi elaborada

em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo,

da situação financeira e dos resultados da MARTIFER – SGPS, S.A. e das empresas incluídas na consolidação.

Oliveira de Frades, 12 de Março de 2008

__________________________________ Carlos Manuel Marques Martins (Presidente do Conselho de Administração)

__________________________________ Jorge Alberto Marques Martins (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________ António Manuel Serrano Pontes (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________ António Jorge Campos de Almeida (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________ Eduardo Jorge de Almeida Rocha (Vogal do Conselho de Administração)

9 RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃO 9.1

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

Declaração de conformidade nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 245.0 doCódigo dos Valores Mobiliários

Exmos. Senhores Accionistas,

Nos termos legalmente previstos, comunicamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento:

(i) a informação constante no relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, dodesempenho e da posição da MARTIFER - SGPS, S.A. e das empresas incluídas na respectivaconsolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que sedefrontam; e

(ii) a informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, assimcomo nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticasaplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situaçãofinanceira e dos resultados da MARTIFER - SGPS, S.A. e das empresas incluídas naconsolidação.

Oliveira de Frades, 12 de Março de 2008

Manuel Simões Carvalho e Silva(Presidente do Conselho Fiscal)

Carlos Alberto de Oliveira e Sousa(Vogal Conselho Fiscal)

Carlos Alberto da Silva e Cunha(Vogal Con^eitra-Fissay_^

9.2

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

AMÉRICO A. MARTINS PEREIRARevisor Oficial de ContasAuditor Registado na CMVM

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS

INTRODUÇÃO

1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da sociedade MARTIFER - SGPS, S.A.,as quais compreendem o Balanço consolidado em trinta e um de Dezembro de dois mil e sete,(que evidencia um total de 799.112.687 euros e um total de capital próprio de 285.475.435euros, incluindo um resultado líquido de 26.423.647 euros), a Demonstração consolidada dosresultados, a Demonstração consolidada fluxos de caixa e a Demonstração consolidada dasalterações no capital próprio do exercício findo naquela data, e o correspondente Anexo.

RESPONSABILIDADES

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstraçõesfinanceiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posiçãofinanceira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado dassuas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas ecritérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo internoapropriados.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

ÃMBITO

4. 0 exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizesde Revisão/ Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que omesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitávelsobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorçõesmaterialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidaçãoterem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o nãotenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias edivulgações nelas constantes e a avaliação. das estimativas, baseadas em juízos ecritérios definidos pela Administração , utilizadas na sua preparação;

- a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método daequivalência patrimonial;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a suaaplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstãncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras consolidadas.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordãncia da informação financeiraconstante do relatório consolidado de gestão com as demonstrações financeiras consolidadas.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão danossa opinião.

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AMÉRICO A. MARTINS PEREIRARevisor Oficial de ContasAuditor Registado na CMVM

OPINIÃO

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de formaverdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição

financeira consolidada da sociedade MARTIFER - SGPS, S.A., em trinta e um de Dezembro de

dois mil e sete, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixano exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato

Financeiro tal como adoptadas na União Europeia.

8. É também nosso parecer que o relatório consolidado de gestão é concordante com asdemonstrações financeiras consolidadas.

Aveiro, 11 de Março de 2008

Américo Agostinho Martins PereiraRevisor Oficial de Contas n. 1877

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9.3

RELATÓRIO DE AUDITORIA ÀS CONTAS CONSOLIDADAS