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Equipa de Autoavaliação (Observatório Educativo) / Conselho Pedagógico / Direção / SAME- Universidade Católica Portuguesa O presente relatório cobre o período de 01/09/2015 a 31/08/2016 Relatório de autoavaliação Elaborado pela equipa do Observatório Educativo AE Monte da Ola 2016

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Equipa de Autoavaliação (Observatório Educativo) / Conselho Pedagógico / Direção / SAME- Universidade Católica Portuguesa O presente relatório cobre o período de

01/09/2015 a 31/08/2016

Relatório de

autoavaliação Elaborado pela equipa do

Observatório Educativo

AE Monte da Ola

2016

2

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------- 4

METODOLOGIA / FASES DO PROCESSO --------------------------------------------------- 4

DOMÍNIO A -------------------------------------------------------------------------------------- 5

A 1 RESULTADOS ACADÉMICOS ------------------------------------------------------- 5

A.1.1. Sucesso Escolar -------------------------------------------------------------- 5

Pontos Fortes/ Pontos a Melhorar ----------------------------------------------- 9

Sugestões de Melhoria------------------------------------------------------------- 10

A.1.2. Sucesso escolar Alunos NEE ------------------------------------------ 11

Pontos Fortes/ Sugestões de Melhoria -------------------------------------- 12

A.1.3. Mérito Académico ---------------------------------------------------------- 12

A.1.4. Absentismo e abandono ------------------------------------------------- 13

A 2 RESULTADOS SOCIAIS ------------------------------------------------------------- 13

A.2.1. Participação dos alunos na vida da escola ----------------------- 14

A.2.2. Cumprimento das regras e disciplina------------------------------- 14

A.2.3. Impacto da escolaridade no percurso dos alunos ------------- 14

Pontos Fortes/ Pontos a Melhorar/ Sugestões de Melhoria ---------- 15

A 3 RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE ------------------------------------------ 16

A.3.1. Grau de satisfação dos encarregados de educação ----------------- 16

DOMÍNIO B

PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO----------------------------------------------- 18

B 1 PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO ------------------------------------------------- 18

3

Pontos Fortes/ Pontos a Melhorar/ Sugestões de Melhoria ---------- 19

B 2 PRÁTICAS DE ENSINO E MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS

APRENDIZAGENS ------------------------------------------------------------------------------ 20

B.2.1. Docentes ----------------------------------------------------------------------- 20

B.2.2. Alunos--------------------------------------------------------------------------- 24

B.2.2. 1. Alunos NEE ---------------------------------------------------------------- 27

B.2. 3. Encarregados de Educação ------------------------------------------- 28

B.2.4. Apoios educativos ---------------------------------------------------------- 30

B.2.4.1. Centro de Recursos Educativos ----------------------------------- 32

DOMÍNIO C

LIDERANÇA E GESTÃO ---------------------------------------------------------------------- 32

CONCLUSÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 33

ANEXOS -------------------------------------------------------------------------------------------- 34

4

INTRODUÇÃO

No ano letivo 2014-2015 demos início ao processo de autoavaliacao do Agrupamento de

Escolas de Monte da Ola (AEMO), com a sua nova constituição que introduziu alterações

importantes na dinâmica do agrupamento. A equipa de autoavaliação (EA) elaborou o seu

primeiro relatório, divulgado a toda a comunidade educativa, dando conta, nessa primeira

fase, da avaliação da subdimensão Resultados Académicos. O plano de ação 2014-2017 foi

igualmente definido pela EA. Assim, para o 2º ciclo avaliativo (2015-2016), ficou

contemplada a monitorização dos Domínios 1 – Resultados e 2 – Prestação do Serviço

Educativo. Cabe também à EA, no âmbito da Ação TEIP n.º 10, Observatório Educativo,

emitir um parecer sobre o relatório TEIP elaborado no final do ano letivo. Apesar do enfoque

ser nestas áreas, no presente relatório consta uma avaliação genérica dos restantes

domínios. O Quadro de Referência utilizado neste processo de avaliação interna baseou-se

no modelo adotado pela Inspeção-Geral de Educação e Ciência no processo de avaliação

externa das escolas, introduzindo algumas adequações ao contexto no âmbito do Plano

Plurianual de Melhoria do Projeto TEIP.

A autoavaliação é um processo interno, mas o contributo do perito externo tem-se revelado

fundamental na definição de processos de melhoria contínua e na procura de uma maior

objetividade da avaliação. Para este efeito, a equipa tem contado com a colaboração do

Prof. António Oliveira, do Serviço de Apoio à Melhoria da Educação (SAME), da

Universidade Católica.

Consideramos fundamental a reflexão, de toda a comunidade educativa, em torno dos dados

agora disponibilizados e o seu envolvimento nas consequentes ações que permitirão

melhorar o serviço educativo prestado pelo AEMO.

A análise deste relatório final não dispensa a leitura integral dos relatórios parcelares dos 1º e 2º períodos.

Dada a especificidade do ensino pré-escolar, segue, em anexo, relatório específico deste

nível de ensino. (Anexo I)

METODOLOGIA / FASES DO PROCESSO

No presente ano letivo, a EA centrou o seu trabalho no acompanhamento da execução do

Plano Plurianual de Melhoria TEIP, no âmbito dos Domínios 1 – Resultados (A) e 2 –

Prestação do Serviço Educativo (B). Procurou-se e foi atingido um maior envolvimento das

lideranças intermédias, em especial dos Coordenadores

5

de Conselho de Docentes/ Departamentos. O documento construído para registo das

reflexões sobre os resultados e sugestões de melhoria (grelhas Plano Anual de Melhoria) foi

fundamental nesta tarefa. São, aliás, sugestões de melhoria propostas pelas estruturas

intermédias muitas das que constam no presente relatório.

Foram utilizados instrumentos e metodologias diferentes para cada um dos domínios. Para o

Domínio 1 - Resultados, a recolha de informação e o seu tratamento teve como principal

suporte a análise documental (pautas, relatório Final TEIP, Plano Plurianual de Melhoria

2014-2017, Plano Anual de Atividades...), complementada pelos resultados dos inquéritos

por questionário on-line aplicados aos alunos, docentes e encarregados de educação.

Os dados necessários para o Domínio 2 - Prestação do Serviço Educativo foram obtidos,

maioritariamente, a partir dos referidos inquéritos.

A EA produziu também dois relatórios parcelares sobre os resultados da avaliação interna

nos 1º e 2º períodos.

DOMÍNIO A

Resultados

A1 – RESULTADOS ACADÉMICOS

Fontes:

Instrumento de Análise Sucesso Académico 3º período (EA)

Grelhas Plano Melhoria Gradual (Conselho de Docentes e Departamentos)

Análise dos resultados internos, externos e provas de aferição (Departamentos)

Relatório TEIP

Relatórios do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) – Provas de Aferição

Relatórios de autoavaliação 1º e 2º períodos

Dados Coordenação Diretores de Turma

A.1.1 Sucesso Escolar

De uma maneira geral e comparativamente ao ano letivo transato, verifica-se uma melhoria

nos resultados do AEMO, exceto no ensino secundário, única situação em que as

Submetas A (transição/aprovação) e B (sucesso absoluto - alunos com classificação positiva

a todas as disciplinas) do Projeto TEIP não foram cumpridas. Relativamente ao diferencial

entre a avaliação interna e externa no ensino secundário, não se considera

6

significativo. Releve-se que nas disciplinas de Físico-Química e Biologia e Geologia, a

componente prática não é alvo de avaliação em exame e é aquela em que os alunos

demonstram mais capacidades. Registe-se, também, o não cumprimento da submeta B

no 1º ciclo. Das conclusões da reflexão sobre o insucesso nas diferentes disciplinas,

efetuada em Conselho de Docentes, salientamos que se refere que as metas curriculares de

Português, Matemática e Inglês (3º ano) são muito ambiciosas e não estão ajustadas à faixa

etária dos alunos. No entanto, consideramos que no caso da disciplina de Inglês, é

necessário redefinir metodologias e estratégias. Adiante, apresentaremos algumas

sugestões.

No que respeita às Provas de Aferição, há a registar o desempenho menos positivo na

prova de Português do 2º Ciclo, nos domínios da Compreensão do oral, leitura e

gramática, inferiores aos obtidos a nível nacional, mas já previstos e alvo de reflexão pelo

respetivo grupo disciplinar.

Encontram-se, em anexo (os dados estatísticos pormenorizados sobre os resultados das

avaliações interna e externa do AEMO 2015-2016. (Anexo II)

No 1.º ciclo

Num universo de 781 alunos inscritos, ficaram retidos/não aprovados 25, o que equivale

à taxa de sucesso escolar (transição/aprovação) de 96,8%. Foi assim cumprida a

submeta A do projeto TEIP que apontava como valor de chegada a taxa de insucesso

menor ou igual a 7,5%. Quanto à submeta B, sucesso absoluto (alunos com classificação

positiva a todas as disciplinas), o valor de chegada alcançado ficou 8,9 pontos percentuais

aquém do previsto. A tabela abaixo sintetiza as taxas de insucesso, por disciplina/ano de

escolaridade.

ANO Português Matemática Estudo do Meio Inglês

N.º Alunos % TOTAL % TOTAL % TOTAL %

1º 20 11 14 8 2 1 -- --

2º 28 14,4 37 19 9 4,6 -- --

3º 11 5,6 18 9,1 5 2,5 14 7,1

4º 4 2,1 26 13,6 3 1,5 -- --

Nas provas de aferição realizadas no 2º ano, os resultados obtidos nas disciplinas de

Português e Matemática estão de acordo com a avaliação interna de final de ano,

verificando-se uma ligeira melhoria na prova de aferição. Na disciplina de Estudo do

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Meio os resultados ficaram aquém dos obtidos na avaliação interna. Esta situação foi

alvo de reflexão em Conselho de Docentes e as conclusões apontam como causa a tipologia

da prova (respostas obtidas a partir de um número reduzido de itens em cada domínio).

Globalmente, o aproveitamento foi considerado satisfatório. Continua a verificar-se que os

resultados variam conforme a área geográfica em que as escolas estão inseridas.

No 2.º Ciclo

A taxa global de sucesso dos alunos melhorou (92,1%). Ficaram 34 alunos retidos/não

aprovados, num total de 433, tendo sido cumpridas as submetas A e B do projeto TEIP.

A primeira apontava como valor de chegada previsto a taxa de insucesso de 8,41% e

alcançou-se 7,9%. Quanto à submeta B, sucesso absoluto, foi ultrapassado o valor previsto

de 56,45%, tendo sido registado 59,29%. Globalmente os resultados foram satisfatórios.

No 3.º Ciclo

Como no 2º ciclo, os resultados foram significativamente superiores aos previstos nas

submetas TEIP, tendo sido alcançada a taxa de sucesso de 94%. Num total de 587 alunos,

ficaram retidos/ não aprovados 36. Assim, na submeta A, taxa de insucesso, o valor de

chegada foi de 6,04%, menos de metade do previsto (12,55%). Quanto à submeta B,

sucesso absoluto, os dados estão praticamente em linha com a meta a alcançar.

Obtiveram sucesso absoluto 47,62 % dos alunos que frequentaram o terceiro ciclo, estando

previsto um valor de chegada de 47,51 %.

Fazendo a leitura por ano de escolaridade, o 8.º ano foi aquele em que a taxa de transição

foi mais elevada - 98,35 %, enquanto que no 7.º e 9.º anos a mesma taxa situa-se nos

97,44% e 97,8% respetivamente. No que respeita aos dados internos globais do 3º ciclo,

Matemática foi a disciplina que apresentou os piores resultados. De acordo com as

reflexões efetuadas pelo grupo de recrutamento 500, os resultados verificados são reflexo de

vários fatores que, devidamente contextualizados, explicam aqueles. Assim, os fatores com

influência direta nos resultados são: 1-Programa bastante extenso e com graus de exigência

(metas) elevados, face ao nível etário dos alunos; 2-Alunos com lacunas de competências

para as aprendizagens propostas nos programas; 3- Alunos com dificuldade nos cálculos

operatórios; 4- Falta de trabalho e treino; 5- Dificuldades em raciocínio lógico-matemático; 6-

Dificuldades no estabelecimento de critérios na resolução de problemas; 7- falta de

persistência perante o insucesso à disciplina. Registe-se, por último, que a taxa de sucesso

na avaliação externa foi de 54% ligeiramente inferior à avaliação interna que foi de 56,41%.

Na disciplina de Português, a taxa de insucesso na avaliação externa do 9º ano foi de

8

20%, num universo de 138 alunos, ou seja, 28 alunos não obtiveram resultados satisfatórios

na prova final. 80% dos alunos obteve classificação igual ou superior a 50%. A nível

nacional, a percentagem corresponde a 73%. A média na prova de português, do AEMO,

é de 63,7%, Está 6,7 pontos percentuais acima da média nacional, que é de 57%. Esta

leitura permite concluir que os alunos obtiveram resultados satisfatórios. A média de

classificação do agrupamento foi de 3,09.

No Ensino Secundário

Num universo de 69 alunos inscritos, ficaram retidos 11, o que equivale à taxa de sucesso

escolar (transição/aprovação) de 84%. Neste nível de ensino não foram cumpridas as

submetas do projeto TEIP, ficando os valores de chegada bastante aquém dos previstos, a

saber: a submeta A, taxa de insucesso, apontava como valor de chegada 5,66% e atingiu-se

15,94%; na submeta B, sucesso absoluto, o valor ficou pelos 67,09%%, longe dos 72,88%

previstos. Como acontece nos restantes ciclos, a disciplina com a taxa de insucesso mais

elevada é Matemática, particularmente no 10º ano. Segundo os docentes responsáveis pela

disciplina, os resultados poderiam ser substancialmente melhores se alguns alunos

treinassem a memorização e o raciocínio lógico-dedutivo pois, não obstante os esforços dos

professores, não o exercitam o tempo suficiente ao ponto de atingirem uma maturidade

cognitiva adequada ao seu nível etário. No 12º ano, a taxa de insucesso no Exame

Nacional de Matemática A foi de 54,5%, sendo a média global de 9,2 valores,

verificando-se uma discrepância de 2 valores em relação à média nacional.

Na disciplina de Português, no que concerne à avaliação interna, 15 alunos obtiveram

nível positivo, sendo a média global de 14 valores. Na avaliação externa, dos 15 alunos

que realizaram a Prova de Exame Nacional, 12 alunos obtiveram nível positivo, e 3

(três) alunos obtiveram a classificação inferior a dez valores. Sendo a média global de

11 valores. A média nacional para a disciplina de Português, no ano de 2016, foi de 10,8

valores.

Na disciplina de Físico-Química, verificou-se que os alunos alcançaram resultados

próximos dos obtidos a nível nacional, pois a média nacional foi de 10,8 valores e a

média da escola de 9,8 valores. Comparativamente, a percentagem de reprovação na

disciplina a nível nacional foi de 11% e no AEMO essa taxa foi de 0%, pelo que todos os

alunos conseguiram aprovação na disciplina. Relativamente à discrepância verificada entre a

Classificação Interna Final (CIF), que foi de 14,474 valores e a Classificação de Exame (CE)

que foi de 9,789 valores, de uma maneira geral e de forma mais ou menos acentuada, a

discrepância entre ambas as classificações foi também verificada a nível nacional. Refira-se

a valorização da componente prática/experimental, fundamental nesta disciplina e

9

legalmente obrigatória em pelo menos 30% e que é, em parte, também responsável pela

divergência entre a Classificação Interna Final (CIF) e a Classificação de Exame (CE).

Relativamente à avaliação externa na disciplina de Biologia e Geologia, os resultados

obtidos aproximam-se dos resultados a nível nacional, pois a média nacional foi de

10,1 valores e a média da escola de 9,7 valores. No que respeita à percentagem de

reprovação na disciplina, a nível nacional foi de 8% e no AEMO foi de 5,6% (um aluno),

sendo que esse mesmo aluno obteve aprovação na segunda fase de exames, pelo que

todos os alunos conseguiram aprovação na disciplina. Como acontece em Físico-Química,

valorizam-se também os resultados obtidos nos trabalhos desenvolvidos em grupo

(laboratoriais e não laboratoriais) e a prestação conseguida no domínio de procedimentos e

técnicas, no âmbito da componente prática/experimental.

Pontos Fortes

Globalmente, os resultados académicos internos são satisfatórios em todos os níveis

de ensino, situando-se em linha ou acima da Submeta A respetiva, do projeto TEIP;

O impacto positivo nos resultados dos 2º e 3º ciclos das ações Soma e Segue, 100

Números, Salpicos de Cor e Centro de Recursos Educativos (CRE);

Salienta-se o desempenho dos alunos do 9º ano nas provas finais do 3.º Ciclo. Os

resultados alcançados a Português e Matemática (superaram os valores de 2014-

2015).

Pontos a Melhorar

1º Ciclo

As taxas de sucesso absoluto estão abaixo da submeta B do projeto TEIP;

2º Ciclo

Taxa de sucesso na disciplina de Matemática;

Desempenho dos alunos na prova de aferição de Português, nos domínios da

Compreensão do oral, leitura e gramática (inferiores aos registados a nível

nacional);

Desempenho dos alunos na prova de aferição de Matemática (inferiores aos

registados a nível nacional);

3º Ciclo

Desempenho dos alunos do oitavo ano na prova de aferição de Português, nos

domínios da Compreensão do oral e Gramática (embora próximos foram inferiores

aos registados a nível nacional);

Desempenho dos alunos do oitavo ano na prova de aferição de Matemática nos

10

domínios Geometria e Medidas, Funções Sequências e Sucessões, Álgebra e

Organização e Tratamento de Dados (inferiores aos registados a nível nacional

sendo que em Álgebra esse desvio é algo significativo);

Taxa de sucesso na disciplina de Matemática.

Ensino Secundário

Os resultados académicos internos do 10º ano são satisfatórios. No entanto, a

qualidade do sucesso (média e/ou taxa de classificações iguais ou superiores a 14)

seja baixa na generalidade das disciplinas

Taxa de sucesso na avaliação externa – os resultados dos exames nacionais de

Matemática A , Físico-Química e Biologia e Geologia apresentam valores negativos,

9,8, 9,8 e 9,7 respetivamente e ligeiramente abaixo dos resultados a nível nacional

(11,2 Matemática, 10,8 Físico-Química e 10, 1 Biologia e Geologia).

Global

Os canais de comunicação deveriam ser mais expeditos e eficazes para haver uma

comunicação atempada à EA das alterações dos níveis e classificações devido aos

recursos e exames de equivalência à frequência.

Sugestões de Melhoria

1º Ciclo

Continuar a investir na melhoria dos resultados, particularmente no sucesso absoluto

(classificacao positiva a todas as disciplinas), nomeadamente através de: acao “Soma

e Segue”, no 2º ano; abordagem comunicativa, com ênfase nas competências orais

(ouvir e falar) na disciplina de inglês, não se baseando apenas no manual, mas

proporcionando experiências culturais que a motivem a comunicação; intensificar a

comunicação entre professores e ciclos sequenciais (falta de articulação entre ciclos,

de progressão e sequencialidade das aprendizagens);

2º Ciclo

Continuar a investir na melhoria dos resultados, particularmente a Português e

Matemática, através da acao “Soma e Segue”;

3º Ciclo

Priorizar estratégias de intervenção, na sala de aula, que visem o apoio e a

consolidação de conhecimentos na disciplina de Matemática;

Assessoria de alunos através da acao “Soma e Segue”;

11

Ensino Secundário

Continuar a disponibilizar o Núcleo de Apoio às Disciplinas (NAD).

A.1.2 Sucesso Escolar Alunos com Necessidades Educativas Especiais de Caráter

Permanente

1.º ciclo 2.º ciclo 3º ciclo Secundário

n.º de alunos com

menção

n.º de alunos com

menção

n.º de alunos com

menção

n.º de alunos com

menção

INS SUF B MB INS SUF B MB INS SUF B MB INS SUF B MB

LINGUAGENS E

COMUNICAÇÃO 2 3 5 6 3 1 4 11 3 1 1 2

MATEMÁTICA

FUNCIONAL 3 4 6 3 1 11 6 2 2

DESENVOLVIMENTO

PESSOAL E SOCIAL 2 3 5 4 6 1 5 8 5 1 1 2

PRÁTICAS DO

QUOTIDIANO 2 3 5 3 3 1 4 9 3 1 3

AMBIENTE E

COMUNIDADE 3 2 5 5 3 11 3 3 1

DESPORTO E SAÚDE 5 4 3 2 2 4 4 1 1

OFICINA DE

EXPRESSÕES 2 3 4 3 3 1 3 5 2 1

PLANO INDIVIDUAL

DE TRANSIÇÃO 2 2 5 1

Total de Alunos 8 24 29 30 25 7 36 56 22 4 6 13

Do total de alunos com Currículo Específico Individual (CEI) apenas 2 alunos tiveram a

mencao de “insuficiente”. Os restantes alunos transitaram de ano com menção positiva.

No entanto, considera-se fundamental chamar a atenção para os seguintes

condicionalismos:

excessivo número de alunos, atendendo ao elevado grau de incapacidade e

dependência, que inviabiliza um atendimento individualizado com o mínimo de qualidade,

face à heterogeneidade de idades, interesses e competências sociais e cognitivas;

a permanência de todos os alunos nas sala de apoio à multideficiência e na de autismo

do 2/3 ciclo, durante todo o tempo letivo, condiciona negativamente o apoio/trabalho

individualizado;

a impossibilidade de frequentarem determinadas disciplinas, conjuntamente com os

alunos do ensino regular, limita as oportunidades de interação destes alunos com os

seus pares e reduz sequencialmente o leque das suas vivências/experiências

escolares, coartando o processo de “inclusao”;

a reduzida oferta de atividades extra sala, sendo o desenvolvimento das atividades

concentrado no espaço das Unidades de multideficiência e de autismo do 2/3º ciclo.

o departamento denota ainda falta de sensibilidade, de alguns professores, na

12

abordagem da problemática da deficiência.

Pontos Fortes

Resultados escolares dos alunos CEI;

Diversidade das respostas educativas para os alunos ao abrigo do Decreto-Lei 3/2008,

de 7 de janeiro, concretizada nas 4 unidades de ensino especializado, (com 5 salas de

atendimento), nas 3 salas CEI, e nos apoios diretos e indiretos aos alunos dos

restantes ciclos;

Aumento do número de alunos a frequentar as Unidades de Autismo;

Aprovação pelo ME da abertura de uma nova sala da Unidade de Ensino Estruturado

do Espetro do Autismo no 2/3º Ciclo.

Sugestões de Melhoria

Valorizar a formação interna de forma a suprimir lacunas que possam existir na

aplicação das medidas ao abrigo do decreto-lei 3/2008 de 7 de janeiro;

Considerar e criar condições para a articulação entre os professores da educação

especial e os professores das diferentes áreas disciplinares que trabalham com os

alunos de necessidades educativas especiais;

Aumentar o número de professores da Educação Especial no Agrupamento;

Dotar o Agrupamento de recursos humanos que torne viável e benéfico para os

alunos CEI o aumento de tempos comuns na turma.

A.1.3 Mérito Académico

O AEMO tem em mecanismos instituídos de valorização e divulgação do mérito dos alunos,

previstos no Regulamento Interno e de acordo com o Estatuto do Aluno. Assim, desenvolve

um processo de reconhecimento do mérito dos alunos a nível académico e nas

diferentes áreas do saber/comportamental através da atribuição de quadros

(Excelência, Jovens de Sucesso e Valor). A ação Turma Destak contribui também para

incentivar e apurar a melhor turma em termos de resultados escolares. Este projeto foi

recentemente considerado um exemplo de boa prática pela DGE que solicitou informações

sobre o mesmo para apresentar noutros contextos/escolas. As medidas implementadas nas

ações 100 Números e Salpicos de Cor, no ano letivo 2015-2016, também conduziram a

um aumento do número de alunos destes quadros. Assim, foram integrados 149 alunos no

Quadro de Excelência, número que supera largamente a meta prevista - manter o n.º de

alunos que integravam o quadro (106 em 2014-2015).

13

A.1.4 Absentismo e abandono

Verificou-se um ligeiro aumento dos casos de absentismo e abandono em todos os níveis

de ensino. Salienta-se que o AEMO desenvolveu esforços no sentido de diagnosticar e

intervir, através das parcerias com entidades externas e o acompanhamento próximo das

famílias. As práticas de monitorização da assiduidade dos alunos pelos diretores de turma,

os sistemáticos contactos com os EE, a deteção atempada dos alunos em situação de risco

e a articulação com as diferentes entidades no seu acompanhamento e encaminhamento

têm permitido uma melhor integração dos alunos. No entanto, é de reforçar que se continua

a trabalhar persistentemente casos em que nenhumas das diligências eficazes nas outras

situações são suficientes/adequadas para alterar a situação de perigo desses jovens.

Constata-se um certo descrédito por parte da comunidade, sobretudo cigana, face às

consequências judiciais (quase inexistentes) nos casos de abandono e absentismo.

A EA não apresenta qualquer sugestão de melhoria para as questões A.1.3 e 1.4 uma vez

que considera adequados todos os procedimentos tomados, nomeadamente o trabalho

exaustivo desenvolvido no âmbito da ação onze – Mediação Familiar e Educativa (basta

verificar o elevado número de atividades realizadas). Os problemas de abandono e

absentismo resultam da existência de um elevado número de alunos de etnia cigana com

problemas de desmotivação pela vida escolar.

A. 2 – RESULTADOS SOCIAIS

Fontes:

Relatório PAA

Atas Reuniões Equipa TEIP

Relatório TEIP

Dados Coordenação Direção de Turma

A. 2.1 Participação dos alunos na vida da escola

Ao longo do ano letivo, O AEMO promoveu atividades diversificadas que efetivamente

contribuíram para promover o sucesso académico, educar para os valores e dinamizar

culturalmente a comunidade, conforme a missão expressa no PEA. Foram realizadas 95,5%

das atividades propostas, maioritariamente no âmbito do Eixo 1 “Apoio à melhoria das

aprendizagens”. Destas, apenas 0,5% não foram avaliadas. Registe-se que na avaliação, os

pontos fortes foram “`Novas aprendizagens e experiências” e “Convívio, interacao e

articulacao entre os elementos da comunidade educativa”, o que reforca a ideia já expressa

de consonância com o PEA, nomeadamente nos seus objetivos e prioridades educativas. A

maioria dos destinatários avaliou as atividades como “muito interessantes”. A plataforma

14

SIAE, apesar de todos os constrangimentos iniciais (atraso na conclusão dada a sua

complexidade), revelou-se um instrumento facilitador e muito eficaz, como se pode aferir

pelo relatório final.

Não podemos deixar de realçar o sucesso das atividades que foram desenvolvidas com o

objetivo de promover a interação entre alunos dos diferentes estabelecimentos do

AEMO.

A. 2.2 – Cumprimento das regras e disciplina

Verificou-se um decréscimo do n.º total de ocorrências disciplinares. No entanto, aumentou o

número de alunos envolvidos, bem como o n.º de medidas aplicadas. Este acréscimo

demonstra o investimento da ação + Disciplina, refletindo-se no número de medidas

disciplinares por aluno e numa maior fidelidade na recolha e tratamento de dados sobre a

indisciplina em toda a Unidade Orgânica. A média total anual de medidas disciplinares

por aluno foi de 0,12, superior à meta contratualizada no projeto TEIP (0,10), sendo o 2º

o ciclo onde se verificou maior número de ocorrências, contrariamente ao que aconteceu no

ano letivo transato (maior incidência no 3º ciclo). Em virtude destes resultados, foi

apresentado em Conselho Pedagógico o instrumento Código de Conduta e Disciplina para

ser operacionalizado no ano letivo de 2016-2017. O documento final teve o contributo de

toda a comunidade escolar, com principal enfoque nos alunos e pais e/ou encarregados de

educação. Pretendeu-se que os alunos e pais e/ou encarregados de educação

participassem, efetivamente, na elaboração do código de conduta, no sentido de os implicar

no processo, para que sentissem, que o documento final é, também, deles. Desta forma,

acredita-se que serão aliados mais fortes no seu cumprimento. Salienta-se o papel

fundamental da coordenadora da ação + Disciplina na promoção de atuações articuladas

entre os diferentes intervenientes do processo educativo, conjugando as necessárias

intervenções, nomeadamente a ação da Equipa de Apoio Disciplinar e SPO.

A. 2.3 – Impacto da escolaridade no percurso dos alunos

O impacto da escolaridade no percurso dos alunos (acompanhamento de percursos e

sucesso dos alunos), é uma preocupação inerente às dinâmicas e desafios a que se propõe

o AEMO. No âmbito da ação seis, Fidelizar AEMO: dos três aos dezoito, concretizaram-se

várias atividades dirigidas aos alunos em fim de ciclo, visando contribuir para a Melhoria do

Ensino e da Aprendizagem e para a relação Escola, Família e Comunidade, eixos de

intervenção consignados no PPM. Neste sentido, no decurso deste ano letivo, a

intencionalidade que presidiu às atividades levadas a cabo incidiu sobretudo em três áreas:

orientação vocacional, visitas de ambientação e sessões de informação e sensibilização a

alunos e Encarregados de Educação. Esta ação contribuiu significativamente para o

15

desenvolvimento da identidade e sentimento de pertença ao AEMO, articulando o trabalho

entre todas as escolas. Dela resultou também a possibilidade de constituição de 2 turmas de

10º ano, situação que já não acontecia há vários anos.

Pontos Fortes

Participação/envolvimento muito satisfatório dos alunos nas atividades do

PAA;

maioria da atividades avaliadas como muito interessantes;

plataforma SIAE (agilização e facilitação de procedimentos);

interação entre os alunos das várias escolas que constituem o AEMO;

instrumentos de recolha e tratamentos de dados sobre indisciplina muito

fiáveis;

Código de Conduta e Disciplina;

participação e dinamização de iniciativas que visam a promoção de

comportamentos saudáveis e a erradicação de comportamentos de risco;

Pontos a Melhorar

quantidade excessiva de atividades no PAA, algumas delas muito similares;

não identificação dos fatores internos, designadamente ao nível das práticas

de ensino, que ajudem a explicar a persistência de atitudes inadequadas na

sala de aula;

Sugestões de Melhoria

redução e articulação das atividades comuns no PAA;

melhorar o desenvolvimento do Plano de Trabalho da Turma,

nomeadamente no que respeita à concertação de estratégias de atuação

em Conselho de Turma;

monitorização mais consistente das estratégias comuns de atuação do

Conselho de Turma;

criar a figura do “Aluno Tutor”, com o objetivo de intervir junto dos proprios

colegas e que, em colaboracao com professores e assistentes

operacionais, possa ajudar na identificacao e resolucao de problemas de

indisciplina;

realizar reunioes da Direcao com os delegados de turma, com uma

periodicidade mais regular, para fazer balancos de atitudes, procurar

solucoes de intervencao, e recolher sugestoes de melhoria;

verificar a situação atual dos alunos que terminaram o ensino secundário

em 2015-2016, através de um inquérito aos ex-alunos.

16

A 3 – RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

Fonte:

Inquéritos por questionário on-line

A avaliação desta dimensão foi apenas efetuada por uma amostra de 42 encarregados de

educação que tinham disponibilizado o endereço eletrónico aos serviços administrativos.

Considerámos que o número de respostas não foi suficiente e daí a decisão de aplicar

novamente um questionário, desta vez alargado a todos os elementos da comunidade

educativa, em 2016-2017. Apesar deste condicionalismo, optámos por apresentar os

resultados apurados. Os dados são apresentados sob a forma de gráficos para permitir uma

análise global das opiniões manisfestadas.

A 3.1 Grau de satisfação dos encarregados de educação

Da análise das Figuras concluímos que existe um grau de satisfação elevado por parte dos

encarregados de educação, situando-se as suas opiniões maioritariamente no grau de

concordância 4.

Figura 1: - o Agrupamento empenha-se na melhoria do nível educativo da população de todo o concelho; - os

valores veiculados pelo Agrupamento contribuem para a formação de cidadãos ativos na sociedade; as parcerias

do Agrupamento promovem a melhoria dos resultados escolares; as parcerias convidam a escola para participar

em projetos.

17

Figura 2: - há abertura do agrupamento ao meio, patente na diversidade de projetos, protocolos e parcerias; -

existe colaboração com a autarquia e empresas locais na contratação/estágios profissionais; - há

promoção/intercâmbio entre recursos humanos e técnicos a nível ambiental; - as empresas valorizam as visitas

de estudo como motivação para novas aprendizagens e apresentam uma mais valia para o futuro dos agora

alunos.

Figura 3: - é um Agrupamento aberto à comunidade educativa; - é um pólo dinamizador de ofertas

educativas; - o ensino que é dado ao(s) meu(s) filho(s)/educando(s)corresponde às minhas expectativas; - as

famílias são incentivadas a participar nas atividades escolares.

18

DOMÍNIO B

PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO Fontes:

Equipa de Articulação Curricular

Atas (grupo, departamento, conselho de turma, conselho pedagógico)

Planificações

PT

Relatório TEIP

Inquéritos por questionário (IQ)

B1 –PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO O AEMO cria condições para melhorar práticas que incentivam o envolvimento dos alunos e

a qualidade das aprendizagens, através do planeamento e articulação, da melhoria das

práticas de ensino e da monitorização e avaliação das aprendizagens. Concretiza a

articulação vertical e horizontal do currículo. O trabalho de sequencialidade entre anos e

ciclos de ensino, inclui atividades realizadas conjuntamente, a implementação de estratégias

de transição de ciclo e a reflexão sobre as práticas educativas numa lógica de continuidade

curricular e pedagógica que favorece a melhoria dos processos educativos.

A articulação vertical do currículo, assegurada nas reuniões de conselho de docentes,

departamento, é facilitada pela tendência de continuidade das equipas pedagógicas e pelos

planos de turma. As informações pertinentes sobre o percurso dos alunos que ajudam a

melhorar as condições de integração são um recurso utilizado no sentido da promoção das

aprendizagens e do desenvolvimento global. A realização de reuniões entre os professores

titulares do 4.º ano e os do 5º facilita esta passagem de informação e otimiza a constituição

das turmas.

A partir da análise dos documentos referidos nas fontes, foi possível verificar que existem

no AEMO práticas de articulação pedagógica em sede de área disciplinar,

nomeadamente no que respeita a planificações, fichas e propostas de trabalhos/atividades,

instrumentos de avaliação (fichas de avaliação de diagnóstico, formativas e sumativas) e

grelhas de aplicação dos critérios específicos de avaliação. No que respeita à articulação

interdepartamental, foram desenvolvidas 67 atividades, nomeadamente visitas de

estudo, comemorações de efemérides, atividades da BE, Programa Educação Saúde (PES),

indo ao encontro das áreas prioritárias do PEA. Realizaram-se, também, 30 atividades,

intradepartamentais, de articulação entre as várias escolas do AEMO.

19

No que respeita aos alunos com necessidades educativas especiais, o trabalho

articulado entre docentes do ensino regular, os docentes de Educação Especial, o SPO e os

pais/encarregados de educação contribuem para a qualidade da resposta educativa prestada

às crianças e aos alunos e, em consequência para a sua melhor inclusão. A organização dos

apoios e das medidas específicas dos alunos com necessidades educativas especiais de

caráter permanente está orientada para o sucesso educativo e no caso dos CEI- Currículos

Específicos Individuais com a funcionalidade das atividades centradas nos contextos de vida

para autonomia e inclusão social.

Ainda no âmbito da articulação curricular, salienta-se o papel da BE como promotora de

inúmeras iniciativas de caráter transversal, mobilizando recursos intra e interdepartamentais.

Pontos Fortes

as atividades do PAA têm resultado em práticas mais alargadas de articulação entre

os vários ciclos de ensino;

trabalho colaborativo entre docentes;

número de atividades comuns entre todas as escolas do Agrupamento;

convívio, interação e articulação entre os elementos da comunidade educativa;

Pontos a Melhorar

a avaliação das atividades não é realizada de uma forma formal e sistemática por

todos os atores, nomeadamente pelos alunos e pelos pais. Em grande parte dos

casos, apenas os promotores avaliam na Plataforma SIAE;

atividades interdepartamentais mais diversificadas (não apenas visitas de estudo,

comemorações de efemérides, atividades da BE ...)

Sugestões de Melhoria

avaliação, por amostra, das atividades realizadas pelos alunos e participação dos EE;

todos os departamentos devem incluir no seu plano de ação atividades de articulação

interdepartamental;

reforço da articulação inter e intradisciplinar na gestão dos programas, por ano de

escolaridade, ciclo e interciclos.

20

B 2 – PRÁTICAS DE ENSINO E MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS A recolha de informação foi realizada através da aplicação de inquéritos por questionário on-

line, aos seguintes elementos da comunidade educativa do Agrupamento – alunos (2 alunos

por turma, do 1º ao 12º ano), docentes e encarregados de educação. No 1.º ciclo, os alunos

tiveram o apoio dos elementos da Equipa de Autoavaliação, na explicação das questões e

na supervisão do preenchimento on-line.

O anonimato de todos os questionários aplicados foi mantido através de uma resposta

individualizada, tendo sido utilizada a seguinte escala de concordância: 1 = pontuação

mínima e 5 = pontuação máxima.

O inquérito por questionário, composto por 6 questões de avaliação para os docentes, 6

questões de avaliação para os alunos e 25 questões de avaliação para os encarregados de

educação, pretendeu estimar a perceção do público-alvo sobre o domínio em avaliação -

Prestação do Serviço Educativo, incidindo nas áreas das Práticas de Ensino e

Monitorização e Avaliação das Aprendizagens. O que difere nos questionários dos docentes

e dos alunos é a forma como são formuladas as afirmações/questões, de acordo com o

destinatário.

B 2.1. Docentes

Responderam ao inquérito 176 elementos do corpo docente, num total de 253 elementos, o

que corresponde a cerca de 70%.

Figura 4

21

Figura 5

Figura 6

Figura 7

22

Figura 8: - o desdobramento das turmas, em disciplinas com caráter mais prático, é mais adequado às

capacidades e ritmo de aprendizagem dos alunos; - a Educação Especial, com as suas diferentes respostas, é

importante para o sucesso educativo de todos os alunos (não só os que estão sinalizados na sua base de dados).

Figura 9: - uso metodologias de ensino ativas recorrendo frequentemente à biblioteca escolar (BE),

laboratórios, e às TIC; - uso metodologias de ensino ativas recorrendo frequentemente a visitas de estudo/ saídas

de campo para acesso direto às fontes de informação; - estimulo e preparo os alunos para uma aprendizagem

autónoma; - promovo um ambiente favorável à aprendizagem.

Figura 10: - o AEMO define regras comuns no âmbito da avaliação dos alunos; - explico detalhadamente os

critérios de avaliação da disciplina aos meus alunos; - promovo e valorizo a avaliação diagnóstica e formativa; -

promovo e valorizo atividades de autoavaliação.

23

Figura 11: - aplico instrumentos de avaliação diversificados; - adequo os instrumentos de avaliação às

necessidades específicas dos alunos abrangidos pela Educação Especial.

Conclusões mais relevantes Relativamente às práticas de ensino, a maioria dos docentes considera como mais

importante:

a existência de diferentes tipos de apoio, sendo os apoios educativos a modalidade

de apoio mais adequada;

as respostas específicas da Educação Especial às necessidades dos alunos;

a utilização de metodologias de ensino ativas recorrendo frequentemente à biblioteca

escolar (BE), laboratórios, e às TIC;

estimular e preparar sempre os alunos para uma aprendizagem autónoma;

promover sempre um ambiente favorável à aprendizagem;

No que respeita à monitorização e avaliação das aprendizagens, a maioria dos docentes

considera como mais importante:

explicar/ clarificar os critérios de avaliação das disciplinas;

promover e valorizar a avaliação diagnóstica e formativa;

aplicar instrumentos de avaliação diversificados;

adequar os instrumentos de avaliação às necessidades específicas dos alunos

abrangidos pela Educação Especial.

24

B 2.2. Alunos

Responderam ao inquérito 201 alunos.

Figura 12

Figura 13

Figura 14

25

Figura 15 - o desdobramento das turmas, em disciplinas com caráter mais prático, é útil; - O nº de aulas

experimentais que tenho ao longo do ano letivo, é suficiente; Os professores desta escola ensinam bem; - o

número de espaços adaptados e com equipamentos específicos, é suficiente; - a Educação Especial é importante

para o sucesso educativo dos alunos que lhe pertencem.

Figura 16

Figura 17

26

Figura 18 - os professores explicam detalhadamente os critérios de avaliação das disciplinas; - realizas

atividades de avaliação diagnóstica; - os professores aplicam diferentes instrumentos de avaliação (testes,

relatorios, trabalhos, orais…); - a avaliação do teu trabalho escolar é justa.

Figura 19 - a Educação Especial é importante para o sucesso educativo dos alunos que lhe

pertencem.

Conclusões mais relevantes Relativamente às práticas de ensino, a maioria dos alunos considera como mais

importante:

a existência de diferentes tipos de apoio, sendo os apoios educativos a modalidade

de apoio mais adequada (exatamente como os docentes);

as respostas específicas da Educação Especial às necessidades dos alunos;

as experiências/ trabalhos práticos que fazem nas aulas;

No que respeita à monitorização e avaliação das aprendizagens, a maioria dos alunos

considera que os professores:

explicam detalhadamente os critérios de avaliação das disciplinas;

promovem a avaliação diagnóstica;

aplicam instrumentos de avaliação diversificados;

avaliam os alunos de forma justa.

27

B.2.3. Alunos NEE

Responderam ao inquérito 17 alunos.

Figura 20

Figura 21

Figura 22

Figura 23

28

Conclusões mais relevantes

41,2% dos alunos, na escola, convive com muitos amigos; 35,3% Só convive com os

colegas da turma;

70,6% dos alunos costuma passar o intervalo/recreio com os colegas da turma;

17,6% com amigos de outras turmas e 11,8% junto do professor de apoio;

a maioria (12 alunos) considera que há sempre alguém disponível quando se deseja

ou precisa de ajuda para realizar os trabalhos das aulas.

B.2.3. Encarregados de Educação

Responderam ao inquérito 101 encarregados de educacao.

Figura 24

Figura 25

29

Figura 26

Figura 27: - O desdobramento das turmas, em disciplinas com caráter mais prático, é útil; - as atividades mais

práticas e experimentais em ambiente de aula são importantes; do conhecimento que possuo acerca dos

espaços escolares deste AE, o número de espaços adaptados e com equipamentos específicos, é suficiente; - a

Educação Especial é importante para o sucesso educativo dos alunos por ela abrangidos.

Figura 28: - o ensino que é dado ao meu educando corresponde às minhas expectativas; - estou satisfeito

com as atividades promovidas: visitas de estudo, concursos, exposições, debates, clubes, etc; - as visitas de

estudo e os trabalhos de campo (fora da sala de aula) são úteis para a aprendizagem; a escola desenvolve no

meu educando o gosto pela aprendizagem.

30

Figura 29: - conhece os critérios de avaliação das diferentes disciplinas; sabe onde consultar os critérios de

avaliação; - os critérios e instrumentos de avaliação dos alunos adequados e articulados com o ensino que é

desenvolvido na escolar; é informado periodicamente, sobre os progressos e dificuldades do seu educando;

comenta com o seu educando os seus progressos e dificuldades.

Conclusões mais relevantes

Relativamente às práticas de ensino, a maioria dos encarregados de educação considera

como mais importante:

a existência de diferentes tipos de apoio, sendo os apoios educativos a modalidade

de apoio mais adequada, logo seguida do APP e da BE;

a Educação Especial o sucesso educativo dos alunos por ela abrangidos;

o desdobramento das turmas, em disciplinas com caráter mais prático;

as atividades mais práticas e experimentais em ambiente de aula.

No que respeita ao grau de satisfação com as práticas de ensino promovidas no AEMO, a

maioria dos encarregados de educação situa-o, no grau 4 (42) e 5 (23).

Quanto à monitorização e avaliação das aprendizagens, a maioria dos encarregados de

educação afirma conhecer os critérios de avaliação (83) e saber onde consultá-los (83).

Reconhece também que os critérios e instrumentos de avaliação dos alunos estão

adequados e articulados com o ensino que é desenvolvido na escolar (82), que é informada

periodicamente, sobre os progressos e dificuldades do seu educando (94) e que comenta

com o seu educando os seus progressos e dificuldades (101).

B. 2.4. Apoios Educativos

Apesar dos parcos recursos, o Agrupamento disponibilizou diferentes valências de apoios

(Apoio ao Estudo, Apoio Pedagógico Personalizado, Coadjuvação a Português e

Matemática, Tutorias, SPO, CRE, NAD, frequência da biblioteca). O tipo de apoio prestado

ajustou-se ao ciclo de estudos procurando-se, atendendo aos recursos humanos e materiais

existentes, beneficiar todas as turmas e anos de escolaridade.

31

No 1.º ciclo, quando os alunos necessitavam de um apoio mais personalizado e específico,

puderam beneficiar de um apoio direto prestado por um docente de apoio educativo, tendo

em conta os recursos humanos disponíveis no AEMO.

Relativamente ao 2.º ciclo, o Agrupamento continuou a facultar o apoio ao estudo nas

disciplinas de Português, Matemática e Apoio Global. Estas aulas foram marcadas no horário

do aluno e do docente e, sempre que possível, foram da responsabilidade do professor da

turma.

Quanto ao 3.º ciclo, todas as turmas beneficiaram de coadjuvação a Português e

Matemática.

Aos alunos do ensino secundário foi garantido NAD a Português, bem como às diferentes

disciplinas de formação específica.

B. 2.4.1. Centro de Recursos Educativos (CRE)

A funcionar em pleno no AEMO, pela primeira vez no presente ano letivo, esta valência da

BE foi uma mais-valia na promocao do sucesso educativo. A equipa de docentes do CRE

apoiou os alunos do ensino regular e NEE, quer individualmente, quer em grupo, ao longo do

dia. Na eventual falta de um docente, a turma era encaminhada para o CRE e cabia ao

professor que aí se encontrava, desenvolver o trabalho com os alunos, seguindo o plano de

aula, caso a falta tivesse sido prevista, ou realizando atividades que pudessem ajudar no

desempenho global. Foi também para este espaço que foram encaminhados os alunos alvo

de ordem de saída de sala de aula. Aqui, devidamente supervisionados, realizavam a tarefa

indicada pelo professor que havia aplicado a medida.

O sistema de registo de presenças e de atividades em feito em suporte informático, tendo

sido possível apurar, pela positiva, um elevado número de presenças voluntárias de alunos

na EB 2,3/S de Monte da Ola (6775) e na EB 2,3 Foz do Neiva (2951).

32

DOMÍNIO C

C. Liderança e Gestão

A análise destes domínios não estava prevista no plano de ação da equipa de

Autoavaliação em 2015-2016. No entanto, há situações que, pela participação de elementos

nos órgãos de gestão intermédia, podem ficar desde já assinaladas como pontos fortes. A

saber:

o horário semanal dos alunos, a distribuição do serviço docente, os horários de

funcionamento dos estabelecimentos e a constituição dos grupos/turma são

organizados após análise e parecer do Conselho Pedagógico;

na distribuição do serviço docente, destaca-se a valorização da continuidade

educativa das equipas docentes e a estratégia de, no início do ano letivo, se proceder

à atribuição nos horários dos docentes e alunos, das atividades de apoio ao estudo

no 2.º ciclo, e de tutoria.

o desenvolvimento e os resultados dos apoios são monitorizados ao longo do ano

letivo, sendo as práticas reorientadas sempre que necessário.

a circulação da informação em suporte digital, privilegiando a partilha de informação

via correio eletrónico, possibilitou que a mesma circulasse de forma eficaz entre as

estruturas de orientação educativa, órgãos de administração e gestão e entre

estabelecimentos de educação e ensino.

a utilização de plataformas eletrónicas de apoio à gestão;

a atualização da página do AEMO facilitou a divulgação de informação, de forma

organizada, a diferentes utilizadores: alunos e encarregados de educação, docentes,

não docentes e outros, aproximando o AEMO da comunidade educativa;

os documentos estruturantes da ação educativa são atualizados de forma a estarem

consistentes com as orientações dos normativos publicados e têm contribuído para a

melhoria do planeamento organizacional. O esforço na coordenação destes

documentos, tem facilitado o aumento da coerência e potenciado a ação dos

diferentes intervenientes na execução das atividades educativas.

a direção incentiva, reconhece e valoriza a formação entre pares através,

nomeadamente: da implementação da ação Identidade Colaborativa (prática de

supervisão pedagógica entre pares no AEMO); das Jornadas de Reflexão, em que

para além da palestrante e do perito da Universidade Católica, coube a cada

responsável das ações TEIP dinamizar um workshop; do forte investimento na bolsa

de formadores internos, como é exemplo a ação A Folha de Cálculo como ferramenta

no exercício da atividade docente.

33

a avaliação do desempenho dos docentes e não docentes tem decorrido conforme o

definido nos respetivos normativos com uma coordenação adequada dos

responsáveis que têm assegurado os procedimentos.

CONCLUSÃO

Apesar deste processo de monitorização estar ainda numa fase de consolidação e o

impacto nos resultados, em algumas áreas, ainda não ser o pretendido, considera-se

que já valeu a pena pela reflexão alargada que promoveu . O presente relatório pode

contribuir para um conhecimento mais sustentado dos pontos fortes e das

fragilidades no AEMO, facilitando, assim, o desenho das ações de melhoria a

implementar.

Entendemos que, a médio prazo, a implementação do dispositivo de autoavaliação

poderá responder de forma aprofundada às preocupações de toda a comunidade

educativa, direcionando energias para onde são realmente necessárias, garantindo,

assim, a melhoria da prestação do serviço educativo.

.

.

34

e ANANEXOS

2016

35