relatório da educação municipal
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EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 1
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
APRESENTAÇÃO
Na medida em que o nosso trabalho avança, aproximando-‐nos da meta de avaliar as
condições estruturais e pedagógicas das 300 escolas integradas à rede pública municipal do
Recife, deparamos com situações bastante preocupantes. As nossas pesquisas prosseguem
conforme planejamos e a cada etapa comprovam o quanto a agenda da Educação pública
básica vem sendo subestimada pelas sucessivas gestões municipais de nossa capital.
Desta feita realizamos visitas técnicas em todas as 15 escolas municipais localizadas na
RPA-‐1 em cujo conjunto de unidades escolares os cálculos realizados revelam uma média IDEB
de 3.9 para o ensino Fundamental I e de 2.9 para o ensino Fundamental II. Vale advertir que a
média do IDEB obtida pelo ensino Fundamental 1 na RPA-‐1 é inferior à média geral do Recife.
Já a sua média IDEB no Fundamental 2 é igual à da capital pernambucana, uma das mais baixas
do país. Se compararmos a média IDEB da RPA-‐1 com a média das capitais brasileiras, a área
aqui focalizada ficaria posicionada no 25º lugar em relação ao ensino Fundamental 1. No
Fundamental 2 esse conjunto de escolas estaria classificado na 24ª posição.
Além dessa dramática adversidade de natureza pedagógica, cuja análise aponta no
sentido de um péssimo aproveitamento escolar com consequências desastrosas para os alunos
(que por não receberem a devida base de conhecimentos primários ficam impossibilitados de
vencer as fases seguintes de acesso ao Segundo Grau) há, nas escolas da RP-‐1, um elenco de
deficiências estruturais que também compromete o desempenho de mestres e alunos.
Há unidades, como é o caso da Escola Municipal dos Coelhos, que apresentam sérios
problemas de infiltração, rachaduras em paredes, vazamentos no sistema hidráulico e
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rachaduras no meio do piso de um segundo andar, que podem oferecer riscos aos alunos.
Aliás, os problemas de infiltração são muito frequentes, o que permite concluir que os prédios
escolares não recebem a devida manutenção e estão condenados à deterioração.
Há absurdos ou descasos inaceitáveis como na Escola Municipal do Coque cujos
computadores, adquiridos pelo poder público para ampliar o acesso das crianças às novas
tecnologias do ensino, não funcionam e permanecem desligados porque até hoje não
compraram meros adaptadores para as suas tomadas elétricas.
Também na RPA-‐1 poucas são as escolas que possuem banheiros com instalações
apropriadas aos portadores de necessidades especiais, apesar das intensas campanhas em
favor dos direitos humanos e pela conquista da cidadania firmadas inclusive pelo próprio
poder público que deveria, portanto, dar exemplos no atendimento às reivindicações da
sociedade.
O cenário técnico-‐pedagógico e as condições estruturais das escolas integradas à área
administrativa municipal da RP-‐1 ensejam, infelizmente, uma adversa tendência para
retrocessos inaceitáveis e até mesmo constrangedores porque agravam a escalada de perda
de status do Recife no ranking da educação pública entre as demais capitais brasileiras,
resultando numa das piores avaliações quanto à qualidade do ensino oferecido às nossas
crianças.
Nosso trabalho continua evoluindo num ritmo acelerado e temos a convicção de que
os diagnósticos, fartamente documentados com fotografias e ferramentas para visitas online
às unidades escolares disponibilizadas em nosso site, estaremos cumprindo o nosso papel
institucional de alertar os gestores públicos sobre a necessidade de corrigir rumos e oferecer à
sociedade uma educação pública fundamental qualitativamente nivelada aos sistemas
educacionais de referência mantidos por governos e pela iniciativa privada.
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EDUCAÇÃO BÁSICA NA 1º REGIÃO POLÍTICO ADMINSTRATIVA (RPA 1) DA CIDADE DO RECIFE
A primeira região político-‐administrativa (RPA1) da cidade do Recife abrange onze
bairros da capital pernambucana: Bairro do Recife, Santo Antônio, São José, Santo Amaro, Boa
Vista, Soledade, Cabanga, Ilha do Leite, Paissandu, Ilha Joana Bezerra e Coelhos. De acordo
com dados do censo 2010, a população residente nessa RPA corresponde a 78.114 habitantes
(maior que a população das cidades de Arcoverde, Araripina e Goiana) , o que representa
5,08% da população recifense. Sua área é de 1.537 hectares.
No que diz respeito ao Ensino Fundamental, a primeira região político-‐administrativa
do recife, possui 15 escolas. Sendo que apenas quatro delas, possuem os anos finais do Ensino
Fundamental (Fundamental II).
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Tabela 1: Nome, notas e metas do Ideb para o Fundamental I e II das escolas municipais
situadas na RPA 1.
ESCOLA MUNICIPAL IDEB FUND. I META FUND. I
IDEB FUND. II
META FUND. II
ALMIRANTE SOARES DUTRA
4,3 4,3 Não Possui Não Possui
GENERAL EMIDIO DANTAS BARRETO
3,8 4,7 Não Possui Não Possui
LUTADORES DO BEM 3,7 4,3 Não Possui Não Possui CIDADAO HERBERT DE SOUZA
4,5 4,4 Não Possui Não Possui
DO COQUE Não Possui Não Possui Não Possui Não Possui DOS COELHOS Não Possui 3,6 Não Possui Não Possui NOSSA SENHORA DO PILAR
Não Possui Não Possui Não Possui Não Possui
PADRE ANTONIO HENRIQUE
Não Possui Não Possui 2,7 3,7
PEDRO AUGUSTO Não Possui Não Possui 3,2 2,9 PROFESSOR JOSE DA COSTA PORTO
3,6 4,1 3,1 3,7
REITOR JOAO ALFREDO
3,7 4,3 2,7 3,1
SEDE DA SABEDORIA 3,8 3,8 Não Possui Não Possui SITIO DO CEU 4,1 3,6 Não Possui Não Possui SANTO AMARO 4.6 3.6 Não Possui Não Possui NOVO MANGUE 3.3 2.8 Não Possui Não Possui
A média das notas do Ideb referentes à RPA 1, foi de 3.9 para o Ensino Fundamental I e
2.95 para o Fundamental II. A média das metas projetadas para a RPA 1, foi de 4.0 para o
Fundamental I e 3.35 para o Fundamental II. Para fins estatísticos, as outras medidas de
tendência central (mediana e moda), apresentaram os seguintes valores: O Ensino
Fundamental I apresentou uma mediana de 3.8 e moda d 3.7. A mediana das metas para o
fundamental I foi de 4.1 e a moda de 4.3. No Fundamental II a mediana foi de 2.9 com uma
moda de 2.7. A mediana das metas para o Fundamental II foi de 3.4 e a moda de 3.7. Quanto a
relação entre metas e a nota real é possível observar que tanto o Fundamental I, quanto o
Fundamental II, a RPA 1 foi incapaz de igualar ou mesmo superar as metas propostas pelo
ministério da Educação.
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Figura 1: Comparação entre metas e resultados reais para a RPA 1, o município do Recife e o
Brasil.
Independente da medida de tendência central adotada, o resultado obtido na RPA 1 é
inferior as médias das escolas municipais da cidade do Recife. No fundamental I, a média foi de
4.1, enquanto que no Fundamental II a média foi de 2.9.
Quando comparado aos valores encontrados nas capitais brasileiras o valores são
ainda mais contrastantes. Enquanto que no Fundamental I (2011), a média da RPA 1 é de 3.9
(mediana de 3.8 e moda de 3.7) a média das capitais brasileiras é 4.6 (mediana de 4.7 e moda
de 4.0). No Fundamental II, a média da RPA 1 é 2.9 (mediana 2.9 e moda 2.7), nas capitais
brasileiras a média foi de 3.8 (mediana 3.9 e moda 3.7).
Tabela 2: Medidas de tendência central para o Fundamental I e II da RPA 1 versus as medidas
de tendência central para o Fundamental I e II das capitais brasileiras.
REGIÃO MÉDIA IDEB
FUND. I
MEDIANA
IDEB FUND. I
MODA IDEB
FUND. I
MÉDIA IDEB
FUND. II
MEDIANA
IDEB FUND. II
MODA IDEB
FUND. II
RPA 1 3.9 3.8 3.7 2.9 2.9 2.7
CAPITAIS
BRASILEIRAS
4.6 4.7 4.0 3.8 3.9 3.7
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Figura 2: Medidas de tendência central para o Fundamenta I e II da RPA 1 versus as medidas de
tendência central para o Fundamental I e II das capitais brasileiras.
Ao procurar elaborar um ranking das capitais brasileiras, acrescido das médias
observadas para a RPA 1 no Fundamental I e II, foi possível constatar que a primeira região
político-‐administrativa (RPA 1) da cidade do Recife, ficaria na 25º posição no Fundamental I
(Recife ocuparia a 20º posição) e a 24º posição (Recife ocuparia a 23º posição) no Fundamental
II. O desenvolvimento educacional das escolas municipais da RPA 1, apesar de possuir uma
trajetória ascendente, é inferior ao observado na cidade do Recife e no Brasil. No fundamental
1, a RPA 1 apresentou as médias de: 2.9 (2005), 3.5 (2007) 4 (2009) e 3.9 (2011). O Recife por
sua vez, para o fundamental I obteve as médias de: 3.2 (2005), 3.8 (2007), 4.1 (2009), 4.1
(2011). No fundamental II, a RPA 1 apresentou as médias de: 3.0 (2005), 2.4 (2007) 2.5 (2009)
e 28 (2011), enquanto que o Recife obteve as médias de: 2.8 (2005), 2.5 (2007), 2.7 (2009), 2.9
(2011).
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Tabela 3: Ranking das “capitais” com as notas mais baixas, no Fundamental I.
POSIÇÃO* CIDADE NOTA NO
IDEB
20º Recife – PE 4.1
21º Manaus –
AM
4.1
22º Natal – RN 4.0
23º Salvador –
BA
4.0
24º Macapá – AP 4.0
25º RPA 1 3.9
26º Maceió – AL 3.7
27º Aracajú – SE 3.6
* O ranking apresenta no fundamental I apenas 27 posições. O fato se deve a exclusão da cidade de Brasília-‐DF (não possui escolas
municipais).
Tabela 4: Ranking das “capitais” com as notas mais baixas, no Fundamental II.
POSIÇÃO * CIDADE NOTA NO IDEB
20º Porto Velho – RO 3.2
21º Aracajú – SE 3.1
22º Manaus – AM 3.1
23º Recife – PE 2.9
24º RPA 1 2.9 24º Salvador – BA 2.8
26º Maceió – AL 2.3
* O ranking apresenta no fundamental II apenas 26 posições. O fato se deve a exclusão das cidades de Boa Vista-‐RR (falta de
dados) e Brasília-‐DF (não possui escolas municipais).
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Figura 3: Evolução da média das notas do Ideb (Fundamental I) no período de 2005-‐2011.
Figura 4: Análise comparativa da média das notas do Ideb (2005-‐2011) para a RPA 1, o Recife e
o Brasil.
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Figura 5: Evolução da média das notas do Ideb (Fundamental II) no período de 2005-‐2011.
Figura 6: Análise comparativa da média das notas do Ideb (2005-‐2011) para a RPA 1, o Recife e o Brasil.
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ESCOLAS MUNICIPAIS DA RPA 1
Escola Municipal Pedro Augusto
Figura 7: Vista Frontal da Escola Municipal Pedro Augusto. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal Pedro Augusto apresenta apenas estudantes do segundo ciclo do
Ensino Fundamental (6º ano até o 9º). Com uma nota de 3.2, a escola conseguiu ultrapassar a
meta estipulada (2.9) para o ano de 2011. A escola apresenta notas do Ideb apenas a partir do
ano de 2007, sendo 2.5 a nota obtida no respectivo ano.
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Figura 8: Cartaz postado na escola ilustrando as notas e metas do Ideb projetadas pelo Ministério da Educação. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Em 2009, foi possível observar uma queda drástica de 24%, alcançando, assim, uma
nota de 1.9, enquanto que a meta projetada era de 2.6. Em 2011, a escola consegue reverter a
sua trajetória de queda e obtém uma nota de 3.2, superior aos 2.9 projetados pelo MEC e 68%
superior ao valor obtido na avaliação anterior (2009).
Tabela 5: Valores observados do Ideb (Fundamental II) da Escola Municipal Pedro Augusto versus as
metas estimadas pelo MEC. Fonte http://www.portalideb.com.br/escola/89555-‐em-‐pedro-‐
augusto/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
-‐ 2.5 1.9 3.2
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ -‐ 2.6 2.9
Figura 9: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino fundamental II) para a Escola Municipal Pedro Augusto versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/89555-‐em-‐pedro-‐augusto/ideb
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O fluxo de aprovação foi de 0.80, correspondendo a um crescimento de 57%, quando
comparado ao valor encontrado em 2009 (0.51). O índice de aprendizado apresentou
crescimento, de 7%, saindo de 3.79 (2009) para 4.04, em 2011. O valor encontrado para o
fluxo de aprovação em 2011 (0.80) foi o mais alto apresentado pela escola desde 2007. Em
contrapartida, o índice de aprendizado ficou aquém dos 4.10 observados no ano de 2007.
Apesar de o crescimento da Escola Municipal Pedro Augusto ter obtido um valor
superior a 60%, quando comparado à avaliação de 2009, e ter conseguido superar a meta
proposta pelo Ministério da Educação, os dados apresentados pelo Portal QEdu ilustram quão
conservadora é a meta do governo, além de mostrar que a evolução da nota do Ideb não
significa necessariamente uma evolução do aprendizado.
De acordo com o QEdu, na avaliação de 2011, apenas 15 % dos alunos do nono ano
apresentaram um aprendizado adequado em Português. Em matemática, por sua vez, os
números são ainda piores: nenhum aluno (0%) do nono ano da Escola Municipal Pedro
Augusto possui aprendizado adequado.
No tocante à disciplina de Português, é possível observar que a escola apresenta um
ritmo de crescimento contínuo. Em 2007, o número de alunos do nono ano com aprendizado
condizente com a sua série foi de 6%, em 2009. Obteve-‐se um crescimento de dois pontos
percentuais, atingindo assim 8% dos alunos. O ano de 2011 corresponde, então, ao maior
número de alunos com aprendizado satisfatório: 15%, no total. Se for possível observar um
gradativo crescimento no aprendizado de Português, não se pode dizer o mesmo do
aprendizado em Matemática. Em 2007, a quantidade de alunos com aprendizado satisfatório
correspondia a 9%, valor esse que era superior aos 2% observados como sendo a média da
cidade do Recife para essa disciplina.
Nas avaliações posteriores, de 2009 e 2011, a redução foi drástica, pois nenhum aluno
do nono ano da escola apresentou conhecimento adequado na resolução de problemas
envolvendo raciocínio lógico. Sendo assim, é possível observar que o aprendizado em
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matemática não condiz com o crescimento na nota do Ideb. O crescimento que a Escola
Municipal Pedro Augusto apresentou na nota do Ideb corresponderia, então, basicamente à
nota de Português e ao fluxo de aprovação. Tal fato é preocupante porque, como fora
supracitado, mesmo com um índice zero de aprendizado em Matemática o fluxo de aprovação
(0.80 em 2011) nunca foi tão alto na escola. Dessa forma, mesmo com as graves deficiências
de aprendizado – sobretudo em Matemática – os alunos da Escola Municipal Pedro Augusto
estão sendo aprovados.
Figura 10: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de Português e Matemática referente às turmas do 9º ano da Escola Municipal Pedro Augusto. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/89555-‐em-‐pedro-‐augusto/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
A Escola Municipal Pedro Augusto, localizada no bairro da Boa Vista, funciona em
tempo integral, atendendo 242 alunos do Fundamental II. Atualmente, a escola conta com oito
salas de aula com espaço regular para a circulação de estudantes, apresentando problemas de
manutenção. Em muitas salas, foram observadas lâmpadas queimadas e em uma delas o
quadro encontra-‐se suspenso por duas mesas.
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Figura 11: Salas de aula necessitando de manutenção regular. Em muitas salas as lâmpadas estão queimadas, os ventiladores quebrados e em uma sala foi observado o quadro suspenso por duas mesas. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A partir da visita in loco, foi possível constatar uma série de problemas estruturais, que
comprometem a segurança de alunos e professores. A escola encontra-‐se dividida em dois
prédios. Aquele onde as salas de aulas estão dispostas apresenta-‐se em melhores condições de
uso. A sala onde as atividades físicas são realizadas encontra-‐se, contudo, em situação crítica,
com suas paredes apresentando infiltrações e mofo. O local destinado aos funcionários
terceirizados de serviços gerais encontra-‐se infestado por cupins, além de não apresentar
ventilação natural, obrigando os funcionários a trabalharem sob intenso calor. Esse primeiro
prédio apresenta ainda uma quadra poliesportiva e um auditório que está passando por
reforma.
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Figura 12: A primeira imagem corresponde à sala onde ficam os materiais de educação física, na fotografia é possível perceber a parede com mofo e infiltrações. A segunda imagem retrata a sala destinada ao pessoal de serviços gerais, infestada por cupins. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Figura 13: Quadra poliesportiva necessitando de manutenção regular. A segunda imagem é referente ao auditório da escola que está em reforma. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
No segundo prédio, funcionam a direção, a secretaria, a coordenação e a sala dos
professores, além de um arquivo onde estão depositados os históricos escolares dos alunos. A
estrutura do prédio é precária. Segundo informações da direção, ele será desativado em breve.
O prédio possui ainda fiações elétricas expostas e muitas rachaduras. Na sala onde são
armazenados os históricos escolares dos alunos, não existe ventilação adequada e as paredes
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apresentam mofo. Também foram encontradas nessa mesma sala buracos na estrutura. A sala
dos professores é climatizada, mobiliada e possui computador com acesso à internet. Foi
possível observar, porém, muitas lâmpadas queimadas e paredes com infiltrações.
Figura 14: A Escola Municipal Pedro Augusto apresenta graves problemas estruturais que comprometem a segurança de todos que trabalham e estudam na escola. Na visita in loco foi possível observar rachaduras, infiltrações, fiações elétricas expostas, paredes com mofo e infestadas por cupins. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
As salas da secretaria, direção e coordenação são climatizadas e computadorizadas,
entretanto a coordenação não possui acesso à internet. O quadro administrativo e pedagógico
dispõe de impressora, copiadora e telefone fixo. No telefone fixo, é possível realizar chamadas
apenas para outros telefones fixos. Nesse caso, em caso de necessidade de ligar para os
celulares dos responsáveis das crianças, os diretores é que acabam por custear as ligações.
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O refeitório da escola é amplo e com mobília em boas condições de uso, garantindo
assim um espaço adequado para as refeições dos alunos. Apesar das boas condições de uso,
nossa equipe pôde constatar que alguns alimentos ofertados aos alunos não se encontram nas
melhores condições de consumo, como é o caso de algumas frutas disponibilizadas para os
alunos. Na cozinha, foi observado que a geladeira, onde a merenda é acondicionada, encontra-‐
se em precárias condições, sendo observadas muitas áreas enferrujadas.
Figura 15: Frutas impróprias para consumo que seriam servidas na merenda. A geladeira onde o material fica armazenado apresenta muitos pontos de ferrugem. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Nesta escola, há áreas de convivência, lazer e atividades físicas, como pátio e quadra
poliesportiva. Também existem dois laboratórios de informática, cada um com dez
computadores e acesso à internet, sendo que um deles está com atividades suspensas para a
manutenção das máquinas; um laboratório para trabalhar ciências exatas, ciências da saúde e
da natureza está sendo montado. Uma biblioteca é aberta aos alunos durante todo o dia,
contando com espaço para estudo individual e coletivo; o auditório encontra-‐se interditado
devido a infiltrações e à necessidade de revisão da parte elétrica. Há banheiros em quantidade
suficiente e boas condições de uso para alunos e professores.
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Figura 16: Biblioteca e Sala de Ciências e Educação Ambiental. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Sobre os serviços básicos, a escola dispõe de distribuição de água e coleta de esgoto
pela Compesa. A rede elétrica não apresenta sinais aparentes de risco. Há kit para primeiros
socorros, mas os poucos extintores de incêndio expiraram o prazo, e uma nova manutenção
ainda não foi realizada. Outro problema que precisa de solução com urgência é a coleta de
lixo. Em decorrência das árvores podadas no terreno e do despejo de lixo pelos vizinhos, há um
acúmulo de dejetos a ser recolhido. A EMLURB já foi acionada para realizar o recolhimento do
lixo e a instalação de uma placa educativa pela direção da escola, mas nenhuma providência
foi tomada.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Além da biblioteca, dois laboratórios de informática – um temporariamente fechado
para manutenção – e um laboratório de ciências em construção, os alunos e professores da
Municipal Pedro Augusto contam com salas de aula temáticas, que funcionam em sistemas de
rodízio. De acordo com seus horários, cada turma se dirige a um espaço onde são trabalhadas
competências e habilidades específicas, de acordo com os materiais didáticos à disposição.
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Nesta instituição de ensino, há quadra poliesportiva para as aulas de Educação Física e
atividades do “Mais Educação” que funcionam em conjunto com o ensino regular. Também
existe um auditório que está interditado, e está sendo feita uma reforma. Aos alunos são
entregues cadernos, livros, lápis, canetas e similares. Da mesma forma, estão à disposição dos
professores aparelhos de TV, DVD, som, jogos, datashow, acesso à internet e a possibilidade
de realizar aulas de campo. Como não atende alunos com necessidades especiais, não há sala
de recursos multifuncionais.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Na Municipal Pedro Augusto, nove funcionários trabalham servindo as merendas e
limpando a escola. Outros seis controlam a entrada e a saída de pessoas do prédio. O corpo
docente é formado por dezoito professores, dos quais quinze atuam em sala de aula e outros
três estão readaptados para a biblioteca e elaboração de projetos pedagógicos. Quatro
estagiários de licenciatura ficam no apoio didático e orientação dos alunos. Há três
funcionários do administrativo e um estagiário de ensino médio pela manhã, necessitando-‐se
de um no horário da tarde. Os laboratórios de informática estão sem monitor.
Pelo programa “Mais Educação”, são oferecidas aos alunos oficinas de música,
esportes e reforço em português e matemática. De acordo com a direção da escola, o trabalho
com leitura e cálculos precisa ser intensificado.
Além do que foi narrado pelos funcionários, no momento da visita deparamos com a
tentativa de resolver problemas ligados à violência que adentra os muros da escola. Há
histórico de alunos que fogem da escola, ameaçam professores de morte e provocam
confrontos frequentemente. Ainda assim, não há circuito interno de câmeras.
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O conselho tutelar e os pais são acionados, sempre que necessário. As informações prestadas
no momento da visita indicaram que os responsáveis só comparecem às reuniões quando o
recebimento de bolsas está em pauta.
Para mediar os conflitos dentro da instituição de ensino, a Pedro Augusto participa do
projeto “Escola Legal”, no qual estagiários principalmente dos cursos de Direito e Psicologia
identificam as causas dos entraves entre alunos ou entre alunos e professores e, a partir disto,
em conjunto, traçam soluções para os problemas. Atualmente, este projeto está diminuindo os
casos de violência no ambiente escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
Desde a sua primeira avaliação no IDEB, a Escola Municipal Pedro Augusto sofreu
grandes mudanças em sua estrutura física, que comprometeram o desempenho de alunos e
professores. Atualmente, em novas instalações e contando com um projeto pedagógico
diferenciado, a escola acredita em que possa melhorar seus índices nas avaliações futuras.
Organizadas a partir de eixos temáticos, as salas do Pedro Augusto funcionam como
laboratórios onde os estudantes podem encontrar materiais didáticos com os quais
trabalharem competências e habilidades referentes a áreas específicas do conhecimento. Além
disso, dois laboratórios de informática, uma biblioteca e uma quadra poliesportiva estão à
disposição.
A princípio, o crescimento da nota do Ideb acima do projetado pelo Ministério da
Educação leva a acreditar em que os alunos da Escola Municipal Pedro Augusto têm
melhorado seu aprendizado de maneira significativa. Não obstante, a constatação de que
nenhum dos alunos do nono ano apresenta aprendizado adequado em Matemática, aliado ao
elevado índice de aprovação, nos leva a concluir que o crescimento da nota do Ideb não
corresponde de fato a um melhor aprendizado, mas sim a uma maior taxa de aprovação dos
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alunos, mesmo que esses não se encontrem em condições de passar para séries mais
avançadas.
Além das boas salas de aula e dos espaços de convivência e lazer, a alimentação é um
fator que merece atenção. De acordo com a direção da escola, por vezes a merenda oferecida
não está em condições adequadas para ser servida aos alunos, como, por exemplo, frutas não-‐
amadurecidas. Também informaram que o cardápio é pouco variado, e o sabor costuma ser
rejeitado pelos alunos.
Ademais, na estrutura física, um dos laboratórios de informática precisa passar por
manutenção, para ser reaberto. São necessárias urgentemente a instalação de extintores de
incêndio e a retirada do lixo acumulado no terreno da escola. Na estrutura didática, a
coordenação pedagógica da escola informou carecer de pessoal para reforçar as oficinas de
letramento e Matemática para os alunos com dificuldades de aprendizagem.
Escola Municipal Professor José da Costa Porto
Figura 17: Vista Frontal da Escola Municipal Professor José da Costa Porto. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal Professor José da Costa Porto apresenta os dois ciclos do ensino
Fundamental. No Fundamental I, a escola possui a nota do Ideb de 3.6; o Fundamental II, por
sua vez, de 3.1. Os dados são preocupantes, haja vista que nem a tímida meta proposta pelo
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Ministério da Educação a escola conseguiu alcançar, estando 12% abaixo da meta no
Fundamental I e 16% abaixo da média no Fundamental II. A escola apresentava, no
Fundamental I, uma trajetória ascendente até o ano de 2007, quando obteve a nota de 3.7
(em 2005, a nota foi 3.3), estando acima da média estipulada pelo governo, de 3.4. Não
obstante, em 2009, a escola sofreu uma queda de 3%, atingindo a nota de 3.6. Em 2011, o
valor se repetiu. As metas projetadas para os anos de 2009 e 2011, porém, eram de 3.7 e 4.1,
respectivamente.
No Fundamental II, a escola, em momento nenhum, conseguiu alcançar a metas
projetadas pelo Ministério da Educação. Além de notas abaixo do esperado, a escola
encontrava-‐se, até 2009, em trajetória decrescente. Em 2005, a nota foi de 3.2; em 2007, foi
observada uma redução de 13%, alcançando-‐se a nota de 2.8; em 2009, a escola manteve a
trajetória de queda, reduzindo sua nota para 2.7: queda de 4%, quando comparado com 2007.
O ano de 2011 marca uma quebra no padrão decrescente que a escola apresentava, pois a
nota do Ideb subiu de 2.7 (em 2009) para 3.1 (em 2011): um crescimento de 15%, apesar de
ainda estarem 0.6 pontos abaixo da média.
Tabela 6: Valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Professor José da Costa
Porto versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte http://www.portalideb.com.br/escola/96129-‐
em-‐professor-‐jose-‐da-‐costa-‐porto/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.3 3.7 3.6 3.6
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 3.4 3.7 4.1
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 23
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Tabela 7: Valores observados do Ideb (Fundamental II) da Escola Municipal Professor José da Costa
Porto versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte http://www.portalideb.com.br/escola/96129-‐
em-‐professor-‐jose-‐da-‐costa-‐porto/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.2 2.8 2.7 3.1
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 3.3 3.4 3.7
Figura 18: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino fundamental I) para a Escola Municipal Professor José da Costa Porto versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte:http://www.portalideb.com.br/escola/96129-‐em-‐professor-‐jose-‐da-‐costa-‐porto/ideb?etapa=9&rede=municipal
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 24
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 19: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino
fundamental II) para a Escola Municipal de Professor José da Costa Porto versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/96129-‐em-‐professor-‐jose-‐da-‐costa-‐porto/ideb?etapa=9&rede=municipal
O fluxo de aprovação foi de 0.88, correspondendo a uma queda de 4%, quando
comparado ao valor encontrado em 2009. O índice de aprendizado apresentou crescimento de
5%, saindo de 3.88 (2009) para 4.09 (2011). O valor encontrado para o fluxo de aprovação em
2011 (0.88) foi o mais baixo apresentado pela escola, desde 2005. Em contrapartida, o índice
de aprendizado foi o mais elevado entre todas as avaliações realizadas pelo INEP.
De acordo com o QEdu, apenas 16 % dos alunos do quinto ano possuem um
aprendizado adequado de Português; em Matemática, o valor é ainda menor: apenas 6%
obtiveram um correto aprendizado da disciplina. No Fundamental II, os dados são ainda mais
preocupantes, haja vista que, dos alunos do nono ano, somente 11 % possuem aprendizado
adequado para leitura, interpretação de textos e 3% com aprendizado adequado de
Matemática.
No que diz respeito ao aprendizado em Português, 2009 foi o ano em que a escola
apresentou as menores taxas de aprendizado, sendo 8% dos alunos no 5º ano e 2% no 9º ano
com aprendizado adequado. Em 2007, os valores eram de 12% e 5%, respectivamente para os
referidos anos. Como ilustrado pela nota do Ideb, 2011 se apresentou como um ano de
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 25
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
recuperação para a escola, elevando o número de alunos com aprendizado coerente à série de
estudo para 16% (quinto ano) e 11% (nono ano).
Em Matemática, os índices de aprendizado são piores. Até 2009, nenhum aluno do
nono ano da Escola Municipal Professor José da Costa Porto possuía aprendizado capaz de
resolver problemas envolvendo raciocínio lógico. No 5º ano, a escola possuía 9% dos seus
alunos com aprendizado adequado, em 2007. Em 2009, esse número subiu para 10%. Não
obstante, em 2011 foi observado o pior índice de aprendizado em Matemática para o 5º ano,
com o valor de 6% de aprendizado. Como fora supracitado, no que diz respeito ao 9º ano, até
2009 o índice de aprendizado da disciplina era de 0%; em 2011, foi observado um crescimento
relativo de 3%, o que em números absolutos corresponde a apenas dois alunos com
aprendizado adequado na turma do 5º ano da Escola Municipal Professor José da Costa Porto.
Figura 20: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de Português e Matemática referente às turmas do 5º ano e 9º ano da Escola Municipal Professor José da Costa Porto. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/96129-‐em-‐professor-‐jose-‐da-‐costa-‐porto/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
Escola Municipal José da Costa Porto, localizada no bairro de Joana Bezerra, conta
com 17 salas de aula que, em geral, são espaçosas e bem iluminadas. Destas, apesar do
intenso calor do prédio, apenas quatro são climatizadas; as outras 13 são abafadas, ainda que
tenham ventiladores instalados. Apesar de atender alunos com necessidades especiais, não há
sala de recursos multifuncionais.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 26
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 21: As salas de aula necessitam de manutenção regular. Nas imagens é possível observar cadeiras danificadas, ventilador quebrado e lousa em péssimas condições de uso. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Como espaços de vivência, recreação e práticas esportivas, esta escola possui pátio
interno e pátio externo. Em dias de chuva, por falta de canos para escoamento de água, o
pátio interno costuma alagar. Há também uma quadra poliesportiva, que, todos os dias, no
horário da noite, fica aberta à comunidade e necessita de reformas no telhado, danificado em
decorrência de pedras atiradas, além de um exaustor para diminuir o intenso calor no espaço;
os vestiários precisam ser requalificados, haja vista que não são iluminados, e alguns
chuveiros, vasos e pias sanitárias estão quebrados. Os bebedouros da quadra não funcionam.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 27
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 22: Espaços de recreação da Escola Municipal Professor José da Costa Porto. As imagens
dizem respeito ao pátio e à quadra poliesportiva. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do
Vereador André Régis de Carvalho.
Nessa escola, há uma biblioteca ampla e climatizada, mobiliada com boas mesas,
cadeiras e armários, mas que, por causa de lâmpadas queimadas, não é bem iluminada. O
espaço onde deveria funcionar o laboratório de informática está fechado porque os novos
computadores, que são 17, dependem de reparos na rede elétrica; esta sala é ampla e bem
iluminada, porém não é climatizada.
Figura 23: Apesar de novos, os computadores não são utilizados em virtudes de problemas
com a rede elétrica da escola. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis
de Carvalho.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 28
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Os professores contam com uma sala ampla e climatizada, mobiliada com boas mesas,
armários e cadeiras. Nela, também há forno de micro-‐ondas, aparelho de televisão e
bebedouro; sua iluminação é boa, embora algumas lâmpadas estejam queimadas e precisem
ser substituídas. A direção fica em uma sala com espaço para circulação, climatização,
computador com acesso à internet e conectado a uma impressora e copiadora, aparelho de TV
e som, assim como boas mesas, armários e cadeiras. Há outra sala com as mesmas condições
da diretoria, porém sem aparelho de TV, fica a secretaria. A coordenação, por sua vez, utiliza
uma sala da mesma forma ampla, climatizada, bem iluminada e mobiliada com boas mesas,
cadeiras e armários; aqui, algumas caixas de tomadas estão com afiação exposta e não há
computador, nem acesso à internet.
A Escola Municipal José da Costa Porto não sofre com falta de água e é ligada à rede de
saneamento de esgoto da Compesa. Em 27 anos de funcionamento, esta escola nunca teve
revisão na rede elétrica. Todas as tomadas e interruptores estão ligados a um único disjuntor,
aumentando o consumo de energia, porque, com isso, todos os eletrônicos são ligados,
obrigatoriamente, ao mesmo tempo. Nesta instituição, não há extintores de incêndio, e as
quatro saídas de emergência não são sinalizadas.
Como funciona ao lado de um canal de esgoto a céu aberto, a Escola Municipal José da
Costa Porto convive com pragas de pernilongos e ratos. No canal conjugado a algumas das
salas, moradores da comunidade criam cavalos que, além de não receber bom tratamento,
causam um cheiro desagradável.
As merendas são recebidas regularmente em uma cozinha ampla, limpa, arejada, bem
iluminada e que conta com refrigeradores e fogão em boas condições de uso. O cardápio é
variado, ainda assim o sabor dos alimentos, em sua maioria, não agradam os alunos. O
refeitório tem boas mesas e cadeiras; é amplo, porém mal iluminado e mal ventilado,
precisando de mais lâmpadas e ventiladores. Nesta escola, há bebedouro com água filtrada,
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 29
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
pratos, copos e talheres em boas condições de uso, sendo que não têm colheres suficientes
para o número de estudantes.
Figura 24: Cozinha e refeitório da Escola Municipal José da Costa Porto. O refeitório apesar de
possuir um bom espaço para os alunos é abafado e não conta com ventiladores suficientes.
Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Sobre os banheiros, são dez para os alunos, sendo dois adaptados para cadeirantes e
pessoas com outras limitações motoras. Existem outros dois para os professores. Há banheiros
sujos, mal iluminados, que possuem vasos sanitários inutilizáveis, portas velhas e acabadas,
fiação para instalação de calhas exposta no teto por causa da falta de lâmpadas, vários outros
itens quebrados e que, no entanto, ainda têm mau cheiro devido ao retorno dos gases
provenientes do esgoto. Esses banheiros necessitam de reformas, para que adquiram as
condições adequadas de higiene e de uso.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 30
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 25: Banheiros em completo estado de insalubridade. Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Na Escola Municipal José da Costa Porto, os alunos receberam, em 2013, o kit escolar
da Prefeitura, contendo cadernos, lápis, canetas, borrachas e similares; o MEC também enviou
os livros didáticos. Até então, não foram entregues aos alunos bolsa e fardamento. Para o
trabalho pedagógico, professores e alunos têm à disposição livros didáticos e paradidáticos,
aparelho de TV, DVD, som, datashow e até aulas de campo. Contam com uma biblioteca, mas
o laboratório de informática ainda não está funcionando.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Na Escola Municipal José da Costa Porto, o corpo docente é formado por 42
professores, sendo que 41 atuam em sala de aula, contando com três estagiários de nível
superior no suporte pedagógico. Outro professor é readaptado para assumir as atividades de
secretaria, dando apoio aos dois funcionários do administrativo, juntamente com dois
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 31
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
estagiários de ensino médio. Na biblioteca, há mediador de leitura vinculado ao programa
“Manuel Bandeira de Formação de Leitores”, apenas no turno da manhã.
Para servir as merendas e limpar a escola, a Municipal José da Costa Porto tem sete
colaboradores de serviços gerais, enquanto, para controlar a entrada e saída de pessoas do
prédio, há seis porteiros.
Na direção e coordenação pedagógica, há uma diretora, uma vice-‐diretora, e apenas
uma coordenadora para os turnos da tarde e da noite; pela manhã, os professores não têm
orientação pedagógica da coordenação da escola. Além destas três funcionárias, não há
nenhum apoio para o acompanhamento dos alunos, mesmo durante a manhã e a tarde, tendo,
em cada horário, 17 turmas com media de 436 estudantes.
Apesar de atender alunos com limitações motoras e sensoriais, com dificuldades de
aprendizagem e distúrbios mentais, este público não recebe tipo algum de atendimento
especial. Além de não contarem com acompanhamento em sala de aula, nem professores e
materiais didáticos especializados, nesta escola não há sala de recursos multifuncionais. A José
da Costa Porto também não tem profissionais com formação em Psicologia ou Psico-‐
Pedagogia, para orientar professores e alunos.
Como incentivo à aprendizagem, aqui funcionam o “Mais Educação” e o “Escola
Aberta”. Nestes programas, são oferecidos oficinas de letramento em português, reforço em
matemática, dança e diferentes modalidades esportivas.
A comunicação com os familiares dos estudantes se dá através de seis conselhos
anuais e em casos de necessidade pontual. Ainda é uma minoria dos pais e responsáveis que
participa ativamente da vida escolar dos filhos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 32
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Das 17 salas de aula da Escola Municipal José da Costa Porto, apenas quatro são
climatizadas; as outras 13, mesmo com ventiladores, são muito quentes, provocando
desconforto para os alunos. Neste caso, seria interessante a instalação de condicionadores de
ar para climatizar os ambientes.
Em dias de chuva, por falta de canos para escoamento de água, o pátio interno da
escola alaga. Assim, para evitar danos à mobília e a equipamentos eletrônicos, é importante a
criação de saídas das águas pluviais.
A coberta da quadra poliesportiva precisa de reforma, devido às frestas nela
presentes; aqui, também, é preciso a instalação de um exaustor para amenizar o intenso calor
no local. Os vestiários da quadra estão com alguns chuveiros, vasos e pias quebradas, assim
como apresentam pichações nas paredes e lâmpadas queimadas, necessitando de
requalificação. Os bebedouros da quadra também não funcionam.
A área do refeitório é escura e quente e, por isso, precisa de mais lâmpadas e
ventiladores. A rede elétrica precisa de revisão, haja vista que todas as tomadas e
interruptores estão ligados a um único disjuntor. Além disso, por não suportar maior carga de
energia, a rede de energia não permite que sejam ligados os 17 computadores novos. O
laboratório de informática não funciona, portanto.
Nesta escola, não há extintores de incêndio, e as saídas de emergência não são
sinalizadas. Medidas precisam ser tomadas no sentido de solucionar este problema.
Ao Lado da Municipal José da Costa Porto, há um canal de esgoto a céu aberto,
ocupado por cavalos. Estes animais precisam ser retirados do local por sofrerem maus tratos e
por causarem mau cheiro. Além disso, o canal precisa ser limpo.
Para garantir um melhor desempenho dos professores e alunos, é importante a
contratação de novos funcionários para assumir o trabalho de coordenação pedagógica. Os
alunos com deficiências motoras, sensoriais e mentais que aqui estudam também precisam de
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 33
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
materiais didáticos específicos e acompanhamento no processo escolar de aprendizagem por
profissionais habilitados para o trabalho de educação especial.
ESCOLA MUNICIPAL GENERAL EMÍDIO DANTAS BARRETO
Figura 26: Vista Frontal da Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto apresenta apenas o primeiro ciclo
do Ensino Fundamental. Em 2011, último ano de avaliação do Ideb, obteve nota 3.8 e ficou
19% abaixo da meta estabelecida, de 4.7. Durante os últimos oito anos (2005 – 2012), a
trajetória da escola exibiu períodos de queda e subsequente ascensão, embora com resultados
sofríveis e sempre abaixo do ponto inicial (2005), cuja pontuação foi de 3.9. Em 2007, a Emídio
Barreto alcançou a nota 4.1 e ficou 20,5% abaixo da meta estabelecida, de 3.9; em 2009, 3.6,
pontuação 16,2% inferior à estabelecida para a meta anual, de 4.3.
Tabela 8: valores observados (Fundamental I) da Escola Municipal General Emídio Dantas
Barreto versus as médias estimadas pelo MEC. Fonte:
http://www.portalideb.com.br/escola/91355-‐em-‐general-‐emidio-‐dantas-‐barreto/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.9 3.1 3.6 3.8
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 34
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 3.9 4.3 4.7
Figura 27: representação gráfica dos valores observados do Ideb (Fundamental I) para a Escola
Municipal General Emídio Dantas Barreto versus as metas estabelecidas para os respectivos
anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/91355-‐em-‐general-‐emidio-‐dantas-‐
barreto/ideb
O fluxo de aprovação foi de 0.93, que representa sete alunos reprovados em cada
grupo de 100. Em relação à avaliação anterior, referente ao ano de 2009, apresentou
crescimento de 2%. O indicador de aprendizado também ascendeu, partindo de 3.94 (2009)
para 4.11 (2011), representando um acréscimo de 4%. Observaram-‐se, portanto, os maiores
valores desde 2005, tanto de aprovação quanto de aprendizado.
De acordo com o Qedu, apenas 12% dos alunos da escola apresentaram um
aprendizado considerado adequado em Português. Para Matemática, esse valor é ainda
menor: 5% aprenderam a disciplina corretamente. Nos anos anteriores, a avaliação do Ideb
demonstra que houve evolução e subsequente estagnação no aprendizado da primeira
matéria e crescimento tímido no da segunda. Respectivamente, em 2007, apenas 3% e
nenhum dos alunos aprenderam adequadamente Português e Matemática. Para 2009, esses
valores são de 13% e 3%. Sendo assim, observa-‐se que houve crescimento, decerto, porém
insuficiente.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 35
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 28: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de Português e Matemática referente às turmas do 5º ano e 9º ano da Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/91355-‐em-‐general-‐emidio-‐dantas-‐barreto/proficiencia A ESTRUTURA FÍSICA
São oito as salas da Municipal Emídio Dantas Barreto, todas bem iluminadas, com
espaço para movimentação, armários, lousas e bancas em boas condições de uso. Fora deste
ambiente, os alunos contam com áreas de interação e recreação, como pátio e parque. Apesar
dos altos índices de violência do bairro de Santo Amaro , não há circuito interno de câmeras.
Esta instituição de ensino conta com uma quadra poliesportiva cedida pela Polícia Civil para a
prática de esportes, porém sem cobertura, limitando sua utilização conforme a ação do sol e
das chuvas.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 36
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 29: Algumas das áreas de convívio dos estudantes. A primeira imagem corresponde ao
pátio, a segunda a uma das suas salas de aula, a terceira a quadra poliesportiva e a última
imagem corresponde ao parquinho. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André
Régis de Carvalho.
Há também um laboratório que oferece aulas de informática, cujo espaço é aberto aos
alunos fora do horário de aula; seus dez computadores com acesso à internet sem fio estão
igualmente à disposição dos alunos e professores. A biblioteca da escola também é aberta aos
alunos no contra turno letivo e conta com um profissional que exerce a função de
bibliotecário.
Figura 30: Laboratório de informática e Biblioteca. Ambas as salas em bom estado de
conservação. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
Os professores têm à disposição uma sala ventilada, bem iluminada, com bom espaço
para circulação, armários, mesas, cadeiras e computador acessíveis à internet. Existe uma sala
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 37
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
funcional para a secretaria, direção e coordenação que é ampla, bem iluminada, porém com
climatização precária e com a fiação elétrica exposta. Nessa sala também há computadores
com acesso à internet, copiadora, impressora, armários, mesas e cadeiras. Para a copiadora,
informou a direção que os tonners enviados pela prefeitura não suprem a necessidade da
escola.
Figura 31: Sala destinada ao uso dos professores (primeira imagem) e a sala da
secretaria/direção. Na segunda imagem é possível observar que a sala da direção apresenta
problemas de exposição de fiação elétrica. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador
André Régis de Carvalho.
O refeitório da Municipal General Emídio Dantas Barreto é limpo, espaçoso, iluminado,
bem ventilado e equipado com boas mesas e cadeiras. Na cozinha onde são distribuídos os
alimentos, há um refrigerador que satisfaz as necessidades do público. A merenda é recebida
regularmente, não costuma apresentar irregularidades e tem um cardápio variado, bem aceito
pelos estudantes.
Sobre os serviços básicos, a escola é atendida pelos serviços de distribuição de água e
coleta de esgoto da Compesa. Quando há problemas com o serviço de água, o caminhão pipa
solicitado à Prefeitura costuma demorar a chegar. A rede elétrica precisa de uma revisão
devido a indicativos de curtos-‐circuitos. Na visita, encontramos extintores de incêndio dentro
do prazo de validade e kit para primeiros socorros.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 38
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Três banheiros estão à disposição dos funcionários; seis, dos alunos. Destes, apenas
um é adaptado para pessoas com limitações motoras. Os lavabos estão em más condições de
uso, indicando necessidade de reforma.
Figura 32: Banheiros apresentando problemas de manutenção. Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Aos alunos são entregues cadernos, lápis, borrachas e similares. No kit escolar de
2013, não foram recebidos fardamento e mochila. Os professores têm à disposição TV, DVD,
datashow, jogos e instrumentos para trabalhos manuais, como massas para modelar, cola,
tesouras e fitas. Os livros literários são muitos, mas os didáticos são insuficientes para o
quantitativo de alunos que frequentam as aulas. Também há computadores e acesso à
internet sem fio.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Na Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto, trabalham dezoito professores em
sala de aula, além de cinco readaptados em funções de apoio administrativo e pedagógico,
junto a quatro funcionários de coordenação, direção e secretaria. Para servir merenda e limpar
a escola, são sete funcionários; outros quatro trabalham na portaria.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 39
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Crianças com limitações motoras, perdas sensoriais, distúrbios mentais e dificuldades
de aprendizagem frequentam a instituição de ensino em questão. Para atendê-‐las, a escola
dispõe rampas de acesso e material didático específico. Tanto para este público quanto para os
demais alunos, não há psicólogos e/ou psicopedagogos.
Para incentivar as crianças ao estudo, são oferecidos projetos didáticos. Entre eles, o
“Mais Educação” realiza oficinas de letramento, reforço em matemática, música e desportos.
Além disso, também funciona o Projeto UCA (Um Computador por Aluno), do Governo
Federal, assim como o “Escola Aberta”¸ que dá a oportunidade da comunidade ter acesso ao
ambiente escolar nos finais de semana. Existe, também, uma parceria com o SESC, onde as
crianças frequentam um cinema.
A direção promove ao menos quatro encontros entre os pais e professores. A maioria
dos familiares costuma comparecer.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
Garantir às crianças o acesso à rede mundial de computadores permite-‐lhes o alcance
não somente da realidade da sua família, escola ou comunidade, mas de todo o mundo. Com a
internet, professores e alunos têm seus horizontes ampliados no processo de ensino e
aprendizagem. Os computadores com rede wireless já chegaram à Escola Municipal General
Emídio Dantas Barreto, mas será que ela está capacitada a trabalhar com esta ferramenta? De
acordo com a direção da escola, os professores precisam de profissionais que viessem a
contribuir para uma formação continuada neste sentido.
Sobre a estrutura física, em decorrência dos altos índices de violência na comunidade
de Santo Amaro, seria interessante a instalação de um circuito interno de câmeras. Da mesma
forma, é preciso providenciar a reforma dos banheiros de alunos e funcionários, tendo em
vista as péssimas condições de uso que oferecem.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 40
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Adicionalmente, recomenda-‐se como urgente a revisão da rede de energia elétrica do
prédio.
ESCOLA MUNICIPAL SÍTIO DO CÉU
Figura 33: Vista panorâmica da Escola Municipal Sítio do Céu. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal Sítio do Céu apresenta apenas o primeiro ciclo do Ensino
Fundamental. De acordo com a última avaliação do Ideb, ocorrida em 2011, o estabelecimento
obteve nota 4.1 e superou em 14% a meta estipulada pelo Ministério da Educação para o
mesmo ano, fixada em 3.6. Quanto à trajetória da escola nos últimos seis anos (2005 – 2012),
destaca-‐se um perfil ascendente, porém tímido. Em 2005, obteve nota 2.8, sem haver ainda
meta estabelecida; em 2007, nota 3.0, superando em apenas 3,4% a baixíssima meta anual, de
2.9; para 2009, não há dados disponíveis.
Tabela 9: valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Sítio do Céu versus as
metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/92602-‐em-‐sitio-‐do-‐
ceu/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
2.8 3.0 -‐ 4.1
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 2.9 3.2 3.6
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 41
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 34: representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (Ensino
Fundamental I) para a Escola Municipal Sítio do Céu versus as metas estimadas pelo MEC para
os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/92602-‐em-‐sitio-‐do-‐ceu/ideb
O fluxo de aprovação foi de 0.93, que representa sete alunos reprovados a cada grupo
de 100. Como inexistem dados referentes ao ano de 2009, não é possível estabelecer uma
comparação entre os fluxos.
No tocante aos níveis de aprendizado considerados adequados para os alunos, a
situação é alarmante, para ambos os anos analisados. Em 2007, virtualmente nenhum
estudante aprendeu o que o Ideb considera além da expectativa (nível “avançado”) ou
esperado (nível “proficiente”). Do total de alunos, quatro (21%) obtiveram a classificação de
aprendizado “básico”. A maioria, 15 (79%), se enquadrou no nível “insuficiente”. Esses dados
concernem tanto à disciplina de Português quanto à de Matemática. Em 2011, a situação
melhora suavemente. Para o aprendizado em Português, nos níveis avançado e proficiente
observam-‐se um aluno (5%) e cinco alunos (19%), respectivamente. Novamente, a maioria
permaneceu abaixo da média: 10 alunos, tanto para o nível básico quanto para o insuficiente.
No que tange ao aprendizado em Matemática, apenas dois alunos conseguiram entrar nas
classificações avançada e proficiente, oito obtiveram aprendizagem básica, e o restante – 14 –
se enquadrou no nível insuficiente.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 42
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 35: representação esquemática das porcentagens referentes à soma dos níveis
“avançado” e “proficiente” de aprendizado da Escola Municipal Sítio do Céu, nas disciplinas de
Português e Matemática. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/92602-‐em-‐sitio-‐do-‐
ceu/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
Já que a comunidade da Municipal Sítio do Céu não contribui positivamente para a
educação de suas crianças, a escola deveria ser um local atrativo no qual os alunos pudessem
buscar, por meio do acesso ao conhecimento, expandir seus horizontes e olhar criticamente,
enquanto cidadãos, para a sua realidade. No entanto, não é isto com o que deparamos neste
caso.
Foram muitos os problemas identificados no estudo in loco a esta escola, estando o
primeiro deles na entrada do prédio, cuja escada dificulta o acesso de pessoas com limitações
motoras. O telhado em madeira e telhas de cerâmica não é forrado, provocando goteiras em
dias de chuva. Além disso, não há um pátio, nem nenhum outro espaço para circulação e
recreação fora de sala de aula, como pátio, parque e refeitório. Em decorrência disto, os
alunos esperam o início das atividades letivas na rua, expostos a sol e chuva, assim como
passam todo o horário de aula, confinados em sala de aula, onde, inclusive, consomem as
merendas. A cozinha é limpa, porém abafada, escura e não conta com janelas. A merenda
chega regularmente, não apresenta irregularidades, o cardápio é variado e raramente é
rejeitado pelos alunos. O único problema é que a quantidade enviada não é suficiente para
todas as crianças.
Figura 36: Entrada da escola com escadas prejudicando a acessibilidade de pessoas com
alguma deficiência motora. A segunda imagem ilustra buracos no telhado de uma das salas de
aula. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 43
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
São cinco as salas de aula da Escola Municipal Sítio do céu, todas com um padrão
preocupante: são mal iluminadas, mal ventiladas e oferecem pouco espaço para circulação.
Todas dispõem de mesa para os professores, assim como armários. Algumas lousas precisam
ser substituídas.
Figura 37: Salas de aulas com problemas de iluminação, ventilação e com muitos buracos no
telhado. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
A secretaria, coordenação e direção da escola funcionam em um mesmo local, numa
sala pequena onde não há espaço para circulação, indicando péssimas condições de trabalho
oferecidas aos funcionários. Aqui, ao menos, há climatização, computador com acesso à
internet e mobiliário em bom estado de conservação. Não há sala para os professores. Como
não tem biblioteca na Municipal Sítio do Céu, os livros de literatura e pesquisa são guardados
em armários, no espaço de interseção das salas; as mediações de leitura são realizadas em sala
de aula.
Figura 38: A Escola Municipal Sítio do Céu não dispõe de biblioteca, armazenando seus
livros em armários localizado nos corredores da escola. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete
do vereador André Régis de Carvalho.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 44
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Existe um laboratório de informática com dez computadores, todos funcionando com
acesso à internet. O ponto negativo do laboratório é ser situado no fundo do imóvel, abaixo do
nível de todo o resto do prédio, onde se chega enfrentando uma porta estreita, seguida de
degraus altos. Novamente, observam-‐se problemas referentes à acessibilidade. Em caso de
incêndio, a fuga do prédio é comprometida devido à inexistência de saídas de emergência.
Além disso, o único extintor disponível na escola já teve o prazo de validade de manutenção
expirado. A Prefeitura está ciente da situação, mas não tomou providência alguma para sanar
o problema.
Figura 39: O laboratório de informática não possui espaço adequado para a circulação de
alunos, além de apresentar uma escada estreita como única entrada, dificultando a
acessibilidade de alunos com alguma deficiência. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do
vereador André Régis de Carvalho.
Sobre os serviços essenciais, a instalação elétrica não apresenta anormalidades
aparentes. O imóvel é ligado à rede de esgoto, mas sofre com a frequente falta de água na
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 45
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
comunidade. Quando é solicitado à Prefeitura caminhão pipa para abastecimento, a resposta
costuma ser tardia, segundo a direção. Há linha telefônica, porém não são liberadas ligações
para celulares. Como é necessária a comunicação com os pais dos alunos, as gestoras bancam
as ligações realizadas nos seus telefones pessoais.
Sobre os banheiros, quatro cabines sanitárias estão à disposição dos alunos. Há apenas
um lavabo para funcionários. Nenhum deles é adaptado para pessoas com deficiência motora,
todos são mal iluminados e não têm circulação de ar.
Figura 40: Banheiros da Escola Municipal Sítio do Céu em péssimas condições,
necessitando de manutenções regulares. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador
André Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 46
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Apesar de encontrar problemas com alguns recursos didáticos, como a inexistência de
um espaço físico adequado para o funcionamento de uma biblioteca, a Escola Municipal
recebe livros didáticos e literários da PCR. Aos alunos também são entregues cadernos, lápis,
borrachas e similares. No kit escolar de 2013 não foram recebidos fardamento e mochila.
Além disso, os professores têm à disposição aparelhos de TV, de DVD, de som, projetor
de imagens, lousas, jogos e um laboratório de informática. Da mesma forma, instrumentos
para trabalhos manuais como massas para modelar, cola, tesouras e fitas, são oferecidos. A
direção dispõe de um amplo leque de materiais didáticos em vídeo e realiza aulas de campo
com frequência.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Oito professores trabalham em sala de aula na Municipal Sítio do Céu. Além disso, uma
professora readaptada organiza os livros da escola. Com mediação de leitura, há uma
estagiária de licenciatura no turno da tarde, ninguém nos outros horários. O laboratório de
informática só tem monitor no horário da noite.
No trabalho administrativo atua apenas um funcionário com apoio de três estagiários
de ensino médio nos turnos da tarde e da noite, nenhum pela manhã. Para a coordenação e
direção pedagógica, são três professoras. Essa instituição de ensino atende alunos com
limitação motora, problemas sensores e distúrbios cognitivos e mentais, sendo que nem todos
possuem laudo médico. De todas as crianças especiais, apenas uma recebe acompanhamento
de intérpretes. Não há sala de recursos multifuncionais, rampas de acesso, utilização
apropriada de banheiros adaptados (utilizados atualmente como depósito) e materiais
didáticos específicos, assim como não há o atendimento por profissionais com habilitação em
educação especial, psicologia ou psicopedagogia. Um caso em especial chama atenção: um dos
estudantes com deficiência auditiva domina libras e não se comunica por este idioma na
escola.
Apesar de receber verba para realizar oficinas de letramento, reforço em matemática,
música, dança e práticas esportivas através do Mais Educação, as atividades do programa não
puderam ser iniciadas em decorrência da falta de espaço físico. Para manter diálogo com os
familiares de seus alunos, a direção da escola convoca uma média de quatro reuniões gerais
por ano. Apesar da participação ativa de uma parcela significativa de pais, informou a direção,
ainda não é a maioria que acompanha a vida escolar das crianças.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 47
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
O principal problema da Escola Municipal Sítio do Céu está no fato de sua estrutura
física não ser adequada para o funcionamento de uma escola. As salas não garantem espaço
para a circulação dos estudantes, além de serem mal iluminadas e quentes. Além disso, não há
nenhuma área de lazer, convivência e práticas esportivas, como um pátio, refeitório,
biblioteca, parque ou quadra poliesportiva, fazendo com que as crianças fiquem confinadas
onde assistem às aulas.
A solução ideal para o problema é que esta instituição de ensino seja transferida para
um prédio com instalações planejadas para receber crianças no processo de ensino-‐
aprendizagem. A direção da escola narrou que em decorrência das rixas entre as comunidades
do bairro, não podem migrar para outra localidade. Sendo assim, seria ideal a compra dos
terrenos vizinhos para a construção de um novo prédio. Tendo em vista que este processo é
lento, como medida paliativa, a Prefeitura do Recife poderia, ao menos, climatizar e fazer
revisão da iluminação das salas de aula, providenciar a troca dos extintores de incêndio,
reformar os banheiros, instalar forro no telhado, bem como toldo de proteção e rampa de
acesso na entrada da escola.
Sobre acessibilidade, nem a estrutura física, nem a pedagógica estão preparadas para
receber os alunos com necessidades especiais que frequentam a instituição. Além disso, não
há profissionais para identificar ou acompanhar este público, assim como não são oferecidos
materiais didáticos específicos. Dessa forma, é urgente a contratação de pessoal capacitado a
trabalhar com educação especial e inclusiva.
ESCOLA MUNICIPAL DOS COELHOS
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 48
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 41: Vista Frontal da Escola Municipal dos Coelhos. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal dos Coelhos, localizada no bairro da Boa Vista, atende alunos de
diferentes comunidades do centro, como os Coelhos e o Coque. Trabalhando com Educação
Infantil, Ensino Fundamental I e Educação de jovens e adultos, a escola funciona em três
turnos com dezesseis turmas pela manhã, quinze pela tarde e duas à noite. O seu Ideb é 2.8,
tendo apenas dados de 2005. O corpo docente da escola atribui a falta de notas do Ideb a
problemas de gestão da própria instituição.
Tabela 10: Valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Dos Coelhos versus as
metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/92918-‐em-‐dos-‐
coelhos/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
2.8 -‐ -‐ -‐
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 2.9 3.2 3.6
De acordo com a direção da instituição, são recorrentes os atos de violência na
comunidade, tendo a escola histórico de roubo. Mesmo assim, não há circuito interno de
câmeras no prédio. Além da criminalidade no local, especialmente no que concerne ao tráfico
de drogas, a ausência de informações desde 2005 fragiliza ainda mais o aprendizado e
avaliação do tipo de educação que os estudantes recebem.
Figura 42: Não é possível fazer análise da evolução das taxas de aprendizado devido à
falta de dados.Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/92918-‐em-‐dos-‐coelhos/proficiencia
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 49
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Baseando-‐se na antiquada nota do Ideb, ainda há informações significativas e
preocupantes: dos 26 alunos que fizeram a Prova Brasil em 2007, no exame de Português,
apenas 4 atingiram o aprendizado adequado e 1 aluno mostrou-‐se avançado. Em matemática
chega a ser mais preocupante, com apenas 3 alunos atingindo o que se é esperado e com
nenhum apresentando capacidades acima do esperado.
A ESTRUTURA FÍSICA
A Escola Municipal dos Coelhos conta com dezesseis salas de aula distribuídas em um
prédio com três pisos que não contém nenhum tipo de acessibilidade para estudantes com
limitações motoras.
Figura 43: Obstáculos que alunos com alguma deficiência motora tem que superar para ter
acesso às salas de aula. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de
Carvalho.
Das 16 salas de aula, apenas quatro são climatizadas. O restante das salas possui
ventiladores, não obstante em algumas salas a maioria dos ventiladores apresentam
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 50
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
problemas. Há problemas na iluminação, ao passo que muitas das salas estão com lâmpadas
queimadas. As lousas e armários também precisam ser reformados ou substituídos. Há
bebedouro em todas as salas. Os alunos com necessidades especiais contam com uma sala de
recursos multifuncionais onde é realizado atendimento no contra-‐turno do ensino regular.
Figura 44: Salas de aula apresentando problemas de ventilação e com espaço reduzido para a
circulação de alunos e professores. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André
Régis de Carvalho.
Sobre os espaços de convivência, não há parque, quadra poliesportiva, nem refeitório.
Uma sala chamada de brinquedoteca se resume a um ambiente vazio com uma caixa de
brinquedos velhos e quebrados. Onde deveria funcionar a sala de multimídias, o novo
aparelho de TV 42’’ modelo led está quebrado, enquanto um antigo serve às aulas; o aparelho
de DVD funciona; não há climatização, nem cadeiras confortáveis.
Figura 45: Sala de Aula Multimídia e Brinquedoteca. Na sala multimídia, a televisão de 42
polegadas adquirida recentemente encontra-‐se quebrada. A brinquedoteca consiste em uma
sala com uma caixa de brinquedos velhos. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador
André Régis de Carvalho.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 51
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
As refeições são servidas dentro das salas de aula. Para as crianças, confinamento;
para os funcionários, desgaste físico por subir e descer escadas frequentemente. Ao menos a
cozinha da escola é ampla e a merenda é recebida regularmente, não apresenta
anormalidades e conta com um cardápio variado.
O piso do segundo andar apresenta inúmeras rachaduras, indicando que a escola
possui graves problemas estruturais que acabam por expor os alunos e professores a um
ambiente de risco. Rachaduras também são observadas nas paredes dos banheiros, em
decorrência de infiltrações (essas infiltrações não atingem apenas os banheiros, mas também
as paredes dos corredores).
Figura 46: Rachaduras observadas no piso das salas de aula do segundo andar. Nas paredes
dos banheiros e corredores é possível constatar infiltrações e mofo. Fotos tiradas pela Equipe
de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
Só há lavabos no térreo, sendo que estes estão em condições precárias de uso. As
portas das cabines sanitárias estão corroídas pela ação da água e de cupins; alguns dos vasos
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 52
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
estão sem descarga e apresentam rachaduras, além de nenhum ter assento e tampa; as
lâmpadas precisam ser trocadas; apenas um dos lavabos está apto ao acesso de cadeirantes.
Figura 47: Banheiros da escola em condições insalubres. É possível observar que os sanitários
não dispõe de assentos, tampas e nem descarga. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do
vereador André Régis de Carvalho.
Há uma biblioteca mal iluminada por precisar de mais lâmpadas, mas que é climatizada
e equipada com armários, mesas e cadeiras. Existe, também, um laboratório de informática
com doze computadores, porém nenhum deles funciona, tendo em vista que a rede elétrica
não suporta a carga exigida pelos aparelhos. Há histórico de curtos-‐circuitos.
Figura 48: Biblioteca apresentando problemas de ventilação e iluminação. A segunda imagem
ilustra o laboratório de informática com seus computadores inutilizados, em virtude da
estrutura elétrica do prédio. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de
Carvalho.
Uma sala mal iluminada devido a lâmpadas queimadas, porém climatizada, com sofá e
acesso a internet sem fio está à disposição dos professores. A coordenação fica instalada em
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 53
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
um espaço minúsculo sem climatização e informatização. A secretaria funciona em um espaço
amplo e ventilado. A sala da direção é climatizada, equipada com copiadora, impressora,
computadores com acesso a internet, mesas, cadeiras e armários. Há linha telefônica, porém
não são liberadas ligações celulares. Como é necessária a comunicação com os pais dos alunos,
as gestoras bancam as ligações realizadas nos seus telefones pessoais.
A escola é servida pelo sistema de abastecimento de água e coleta de esgoto da
Compesa. Aqui, não há saídas de emergência nem extintores de incêndio. Para casos de
pequenos acidentes como quedas e cortes tem um kit de primeiros socorros. As portas de
algumas salas precisam de novas fechaduras.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Aos alunos são entregues cadernos, lápis, borrachas e similares. No kit escolar de 2013
não foram recebidos fardamento e mochila. Apesar do número limitado de aparelhos, os
professores têm à disposição TV e DVD. Contam também com um projetor de imagens e jogos.
Da mesma forma, instrumentos para trabalhos manuais como massas para modelar, cola,
tesouras e fitas são oferecidas.
O laboratório de informática da escola está inutilizado devido aos problemas da rede
elétrica. De acordo com a direção da escola, por dificuldade em conseguir ônibus para
transportar as crianças, são poucas as atividades extraclasses.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Trinta e um professores trabalham na Municipal dos Coelhos, sendo vinte e nove em
sala de aula e três readaptados para secretaria e suporte didático. No apoio pedagógico há
duas gestoras e apenas uma coordenadora no turno da manhã. Com o acompanhamento de
alunos especiais trabalham três estagiários de ensino superior em formação no curso de
Psicologia, além de três profissionais de magistério.
Na parte administrativa, há apenas um servidor com apoio de três estagiários de
ensino médio. Para a limpeza e distribuição de merendas são oito funcionários. Dois porteiros
e dois seguranças controlam a entrada e saída de pessoas do prédio.
A Escola Municipal dos Coelhos atende alunos com limitações motoras, deficiências
sensoriais, distúrbios mentais e com dificuldades de aprendizagem. Apesar de não contar com
rampas de acesso para cadeirantes, há profissionais com formação em psicopedagogia e
educação especial para realizar atendimento a este público na sala de recursos
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 54
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
multifuncionais. No ensino regular, nem todos os alunos inclusos tem acompanhamento em
sala de aula.
Para envolver os pais na vida escolar dos filhos, são realizadas duas reuniões gerais por
ano, além de trabalhos em parceria com o posto de saúde da comunidade. Apesar do esforço
da direção, coordenação e professores, ainda é a minoria que se faz presente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
A Escola Municipal dos Coelhos não foi projetada para ser uma escola, mas seu prédio
pode ser otimizado para garantir melhores condições de trabalho e estudo para professores e
estudantes. Primeiramente, é necessário que seja realizada revisão e manutenção da rede
elétrica e hidráulica. Torna-‐se emergencial o envio de uma equipe técnica para averiguar as
rachaduras no chão dos pisos superiores.
Devido às péssimas condições de uso, é urgente a reforma dos banheiros da
instituição. Além disso, a brinquedoteca, o laboratório de informática e sala de multimídia da
instituição que precisam de requalificação. Como o calor é intenso, a necessidade de
climatização nas salas é vital. Outro fator emergente é a instalação de extintores de incêndio
no local.
Por fim, o ideal é que a Prefeitura do Recife discutisse estratégias para ampliar o
prédio (ou construir um novo, caso a revisão técnica, assim determine), garantindo a
construção de um refeitório, áreas de lazer e práticas esportivas, assim como uma sala que
permitisse à Coordenação planejar atividades com os professores e mediar a comunicação
entre a escola e as famílias dos alunos.
ESCOLA MUNICIPAL NOSSA SENHORA DO PILAR
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 55
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 49: Vista Frontal da Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar. Foto tirada pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho
A Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar funciona no bairro do Recife, nas
proximidades da sede administrativa da Prefeitura da Cidade. Atualmente, a instituição de
ensino trabalha com turmas de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Educação de Jovens
e Adultos (EJA). No horário da manhã, estão matriculadas 87 crianças, enquanto pela tarde
frequentam 50 alunos. Até o ano de 2012, funcionava o “Pró-‐Jovem”, cujo objetivo principal é
o aumento da escolaridade e capacitação profissional daqueles que abandonaram os estudos
prematuramente. Este programa do Governo Federal oferece uma bolsa aos participantes, a
fim de que estes não venham a desistir dos estudos por falta de condições financeiras.
No entanto, a ajuda de custo por vezes é utilizada para outros fins – compra de drogas,
por exemplo, no caso da Municipal Nossa Senhora do Pilar. De acordo com a direção, com o
que recebiam do programa, os alunos desta modalidade levavam o tráfico de entorpecentes
para dentro do ambiente escolar. O consumo e tráfico de drogas nesta comunidade refletem
nos casos de violência com os quais os alunos deparam na rua ou mesmo no ambiente
doméstico, fazendo com que venham a reproduzir comportamentos agressivos dentro da
escola.
Em decorrência dos problemas que enfrenta no cotidiano, o rendimento de alunos e
professores nas avaliações nacionais é comprometido. Apesar de não participar do Ideb em
2009 e 2011, as participações da Nossa Senhora do Pilar nas avaliações de 2005 e 2007
indicam uma situação alarmante, apesar do grande salto conquistado. Em 2005, a nota da
escola no Ideb foi de 2.6. Em 2007, a meta esperada pelo governo foi de 2.7, enquanto que a
escola conseguiu atingir a nota de 3.5.
Tabela 11: Valores observados do Ideb da Escola Municipal de Nossa Senhora do Pilar (fundamental I)
versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/87630-‐em-‐
nossa-‐senhora-‐do-‐pilar/ideb.
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
2.6 3.5 -‐ *
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 2.7 3.0 3.4
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 56
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Uma análise do fluxo de aprovação e de aprendizado referentes aos anos de 2005 e
2007 permite inferir que o crescimento da nota do Ideb não se deu em decorrência do número
de alunos aprovados, haja vista que entre 2005 e 2007 é possível observar uma queda de 1%
no fluxo de aprovação (0.76, em 2005, e 0.75, em 2007), mas sim de uma melhor taxa de
alunos com aprendizado adequado. Em 2007, o indicador de aprendizado foi 6% superior ao
observado na primeira avaliação em 2005: 4.66, em 2007, e 3.42.
De acordo com os dados do Qedu, o número de alunos com aprendizado adequado
para o 5º ano do ensino fundamental foi de 20%, tanto para Português quanto para
Matemática.
A ESTRUTURA FÍSICA
A Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar não foi planejada para ser uma escola,
apesar do espaço no qual funciona ser direcionado para tal. Antes de ser erguido em sua atual
configuração, o terreno desta instituição de ensino era uma área de galpões. Desde sua
fundação, a escola recebe pouca atenção da Prefeitura, passando a ser socorrida por órgãos
públicos federais e estaduais vizinhos, assim como por particulares. Atualmente, a estrutura do
prédio da Municipal Nossa Senhora do Pilar não é de alvenaria, mas sim de uma madeira de
baixa durabilidade, facilmente corroída por cupins, fuligens e ação da chuva. Apesar de suas
paredes apresentarem material facilmente inflamável, a escola só conta com um extintor de
incêndio.
Figura 50: As placas de madeira trocadas recentemente já sofrem com a ação do cupim e ação das chuvas. Luminárias com lâmpadas penduradas por um fio com risco de queda. Ao fundo da
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 57
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
imagem é possível observar a presença de câmera de segurança Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
O piso de toda a escola precisa de manutenção urgente, tendo em vista que, além de
não ser uniforme, facilmente acumula poeira, provocando reações alérgicas em alunos,
professores e demais funcionários. A verba para pintura não foi recebida, fazendo das salas e
do pátio ambientes visualmente desagradáveis.
Figura 51: As salas de aula da Escola Nossa Senhora do Pilar apresentam paredes de alvenaria com fiação elétrica exposta. A sala de música (segunda imagem) apresenta problemas de ventilação e má iluminação. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Das dez salas de aula, apenas uma não possui ar-‐condicionado. Todas as outras, graças
à doação de funcionários da escola e da sede da Prefeitura, são climatizadas. Ainda assim, não
é realizada manutenção dos aparelhos refrigeradores, diminuindo seu tempo de vida útil e
provocando reações alérgicas em alunos e professores. Também há uma sala onde são
realizadas as atividades do “Mais Educação” e do “Escola Aberta”, sendo que esta, apesar de
climatizada, é mal iluminada porque as poucas lâmpadas que tem estão queimadas.
Existe um espaço para circulação fora de sala de aula, porém o piso é coberto com
vegetação, fomentando, assim, as condições ideais para o desenvolvimento de animais
peçonhentos, colocando estudantes e professores em situação de risco. Há, ainda, um local
onde deveria funcionar uma quadra, mas que se encontra subutilizado por não ser coberto,
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 58
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
fazendo com que a incidência de calor torne inviável a realização da prática de atividades
físicas. Outro problema é que a área encontra-‐se tomada pelo capim, e a tela superior de
proteção corre risco de romper por sofrer pressão do peso de placas de madeira que foram
jogadas.
Figura 52: Espaço que deveria ser o pátio da escola, coberto por vegetação. Na segunda imagem é possível ver placas de madeiras depositadas em cima da cobertura da quadra poliesportiva, oferecendo risco aos estudantes. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Os alunos têm acesso a uma biblioteca que, apesar de extremamente mal ventilada, é
espaçosa, limpa, organizada e abriga um razoável e interessante leque de títulos. O laboratório
de informática da escola possui 16 computadores com acesso à internet, necessitando apenas
de monitores para começar a funcionar.
A merenda é recebida regularmente, não costumam apresentar irregularidades e
contam com um cardápio variado e bem aceito pelos alunos. Recebidos em uma cozinha limpa
e arejada, os alimentos são consumidos em um refeitório bem iluminado, ventilado, com
espaço para movimentação, boas mesas e cadeiras.
No que concerne à acessibilidade, as salas de aula não oferecem amplo espaço para
movimentação e o esboço de pátio, tal qual o rol de entrada, não oferece condições para o
passeio de cadeirantes. Com isto, este público tem sua locomoção limitada aos corredores.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 59
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Como os professores não contam com tempo para descanso e planejamento de
atividades entre aulas foi de comum acordo que onde seria uma sala para os docentes
funcionasse uma sala de recursos multifuncionais para as crianças com dificuldades de
aprendizagem, que é climatizada e dispõe de um leque interessante de materiais didáticos.
A coordenação, direção e secretaria funcionam em ambientes distintos, climatizados,
iluminados, mas com pouco espaço para circulação. Todos são equipados com computadores
acessíveis à internet, mesas, cadeiras e armários.
Figura 53: Secretaria da Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar com problema de fiação
elétrica exposta, assim como observado nas salas de aula. Foto tirada pela Equipe de Gabinete
do Vereador André Régis de Carvalho.
Sobre os serviços básicos, problemas graves foram identificados. O primeiro deles
concerne à falta de distribuição de água. Além de não ser atendida de forma satisfatória pela
Compesa, a escola não conta com depósitos suficientes para a demanda no prédio, tendo que
armazenar água em um terreno vizinho, onde a bomba que envia água para os reservatórios é
roubada frequentemente por usuários de drogas da localidade. As caixas de água do prédio da
escola estão sustentadas por uma estrutura que apresenta rachaduras e ferragens expostas.
Os fios da rede elétrica não são isolados por mangueiras antipropagação de chamas que,
acompanhados das paredes de madeira, da falta de extintores – apenas um para todo o prédio
– e de saídas de emergência, dificultam o socorro em caso de incêndio.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 60
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 54: Reservatório de água apresentando graves problemas estruturais, principalmente a
ferrugem observada na base da estrutura. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador
André Régis de Carvalho.
Um banheiro tem uso destinado a professores e funcionários. Outros cinco – estreitos,
mal iluminados, sem portas e em péssimo estado de conservação -‐ estão à disposição dos
alunos, sendo que somente um destes é adaptado para deficientes físicos.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
A escola recebe livros didáticos e literários, assim como cadernos, lápis, borracha e
similares. Também conta com computadores, acesso à internet, aparelho de TV, DVD, som,
datashow, jogos e aulas de campo. As lousas da sala de aula precisam passar por manutenção
ou serem substituídas.
Os materiais para trabalhos manuais, como lápis, papel, massa de modelar, tintas e
similares – tais quais os materiais de limpeza – não estão sendo enviados pela Prefeitura. Com
isso, têm de ser adquiridos com a verba enviada à escola a cada três meses.
A sala multifuncional recebe materiais didáticos, porém poucos em quantidade e
diversidade. Há necessidade de recursos lúdicos próprio a especiais, visto que estes motivam
as crianças no processo de ensino-‐aprendizagem.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 61
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Para a manutenção da limpeza da escola e distribuição de merendas, estão à
disposição quatro funcionários. Quatro porteiros controlam a entrada e saída de pessoas do
prédio. Onze professores trabalham na Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar, sendo que
dez estão em sala e aula, e uma foi readaptada para a vice-‐direção. No corpo de apoio
pedagógico, são cinco funcionários, enquanto outros dois atuam nas funções administrativas
com o apoio de um estagiário de Ensino Médio, apenas no turno da manhã. Na sala de leitura,
trabalha uma estagiária de nível superior apenas em um horário e não há monitor no
laboratório de informática.
Esta instituição de ensino atende alunos com limitações motoras, mas não possui
rampas de acesso, atende ainda crianças com problemas sensoriais, cognitivos e mentais, que
são acompanhadas por estagiários de Nível Superior e/ou magistério. Tendo em vista o grande
número de estudantes que precisa deste atendimento especializado, o quadro de estagiários
não é suficiente; este problema faz com que muitos alunos cheguem a abandonar a escola.
Projetos de incentivo à aprendizagem são oferecidos, como o programa “Escola
Aberta” e “Mais Educação”, nos quais são realizadas oficinas de alfabetização, reforço em
matemática, desportos, música e outras artes. Para aproximar os pais do cotidiano escolar dos
seus filhos, são realizadas três reuniões anuais. De acordo com a direção, a maioria dos pais
usualmente comparece.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
Ainda que funcionando nas proximidades da sede administrativa da Prefeitura do
Recife, a Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar encontra-‐se em estado de abandono e
passando por problemas graves. Na estrutura física, um ponto que merece atenção é o fato de
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 62
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
as paredes do prédio não ser em alvenaria, mas sim em uma madeira pouco resistente, que,
além de carecer pintura, está danificada pela ação de cupins e chuvas.
Além de contribuir o aumento da sensação de calor, esse material é facilmente
inflamável. Sobre incêndio, destacamos indicativos de alto risco: a afiação elétrica não passa
por mangueiras antipropagação de chamas, não há saídas de emergência nem extintores.
Onde deveria funcionar uma quadra, o capim toma conta. Seria interessante a construção de
uma coberta para a área, bem como piso para o pátio. Os banheiros estão calamitosos, com
cabines sanitárias sem porta e nenhuma ventilação.
Na estrutura pedagógica, faz-‐se urgente a contratação de pessoal capacitado para
acompanhar os alunos com necessidades especiais que estão inclusos em sala de aula. Além
disso, é preciso contratar funcionários para que a biblioteca e sala de informática funcionem
nos turnos da manhã e da tarde.
ESCOLA MUNICIPAL SEDE DA SABEDORIA
Figura 55: Vista Frontal da Escola Municipal da Sede da Sabedoria. Foto tirada pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Situada no bairro de Santo Amaro, a Escola Municipal Sede da Sabedoria trabalha com
turmas de Ensino Fundamental I e Educação de Jovens e Adultos. São 260 alunos pela manhã,
240 pela tarde e uma turma em formação no horário da noite. Mesmo convivendo com uma
realidade de violência e tráfico de drogas, além da ausência da participação familiar, a
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 63
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
instituição conseguiu atingir/superar todas as metas estabelecidas pelo Ministério da
Educação, apesar de ter sofrido uma redução de 12% na ultima avaliação do Ideb.
Figura 56: Cartaz postado na escola ilustrando as notas e metas do Ideb projetadas pelo Ministério da Educação. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal Sede de Sabedoria apresenta um Ideb de 3.8 (2011). O
estabelecimento de ensino apresentava, até 2009, uma trajetória ascendente. Em 2005, a nota
da escola no Ideb era de 3.0; na avaliação de 2007, foi observado um crescimento de 13%,
atingindo assim uma nota de 3.4, superior à pontuação de 3.1 projetada pelo Ministério da
Educação no período. Em 2009, a escola apresenta um crescimento de 26%, subindo sua nota
para 4.3 (a meta do Ideb para o período foi de 3.4). O ano de 2011 marca a ruptura na
trajetória ascendente, tendo a escola apresentado uma queda de 12% e atingindo a nota de
3.8 (apesar da queda, a meta foi atingida).
Tabela 12: Valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Sede da Sabedoria versus
as metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/91356-‐em-‐sede-‐da-‐
sabedoria/ideb.
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.0 3.4 4.3 3.8
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 3.1 3.4 3.8
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 64
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 57: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino fundamental I) para a Escola Municipal Sede de Sabedoria versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/91356-‐em-‐sede-‐da-‐sabedoria/ideb
O fluxo de aprovação foi de 0.91, correspondendo a um decréscimo de 3%, quando
comparado ao valor encontrado em 2009 (0.94). O índice de aprendizado sofreu uma queda
de 10%, caindo de 4.61 (2009) para 4.17 (2011). O fluxo de aprendizado obtido em 2011
igualou o valor mais baixo apresentado pela escola até o momento (2005). O índice de
aprendizado, que, em 2005, foi de 3.31, cresceu 10 % em 2007 e 27% em 2009, atingindo um
valor de 4.61. Em 2011, como já fora explicado ocorreu uma redução de 10%.
De acordo com o Qedu, o ano de 2009 corresponde ao melhor desempenho, no quinto
ano do ensino fundamental. Em 2009, o número de alunos com aprendizado adequado em
Português foi de 20%, enquanto que, em Matemática, 22% apresentavam aprendizado
compatível com a série. Os valores obtidos em 2009 foram superiores aos resultados
anteriores encontrados em 2007, ano no qual o número de alunos com aprendizado adequado
em Português foi de 5% e, em Matemática, de 4%. Em 2011, houve uma redução drástica: o
número de alunos com aprendizado adequado caiu para 13%, em Português, e 7%, em
Matemática.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 65
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 58: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de Português e Matemática referente às turmas do 5º ano da Escola Municipal Sede de Sabedoria. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/91356-‐em-‐sede-‐da-‐sabedoria/proficiencia A ESTRUTURA FÍSICA
Apesar de, no passado, ter funcionado em casas adaptadas, hoje a Escola Municipal
Sede da Sabedoria conta com um prédio planejado para fins educativos de crianças. Ainda
assim, é possível identificar pontos que precisam de atenção. Inclusive, quando a escola foi
visitada, havia apenas um papel A4 mostrando as notas do Ideb, quando na verdade deveria
haver uma sinalização maior do que esse papel, com pelo menos 1m², para expor a nota.
São dez as salas de aula, todas bem iluminadas, com lousas em boas condições de uso.
Contam com ar-‐condicionado, porém estes aparelhos não climatizam com eficiência, e alguns
estão inutilizados em decorrência de janelas quebradas ou falta de manutenção. Novos
aparelhos já foram comprados, mas ainda necessitam ser instalados.
Apesar de amplas, as salas são superlotadas, dificultando um melhor desempenho
docente. Todas elas têm armários e bancas novas, porém nem sempre adequadas ao público.
Além da sala do ensino regular, a escola conta com uma sala de recursos multifuncionais para
atendimento das crianças com necessidades especiais.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 66
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 59: Apesar de as salas de aulas serem amplas, elas são lotadas e mal iluminadas. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A escola conta com uma biblioteca, que apresenta problemas de ventilação e
iluminação. Atualmente, ela conta com dois aparelhos de ar-‐condicionado, ambos quebrados.
As portas e armários precisam de reparos. Existe um laboratório de informática equipado com
15 computadores, dos quais 14 funcionam; todos têm acesso à internet. Há também um
pequeno auditório que, infelizmente, está sendo utilizado como depósito. No edifício, foram
observadas algumas falhas na estrutura, como um pedaço do teto de gesso quebrado,
expondo o sistema hidráulico. Um ponto que chamou a atenção foi a presença de uma câmera
de segurança voltada para o interior de uma das salas de aula, o que é proibido por lei.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 67
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 60: Sala de informática (primeira imagem). Problema estrutural encontrado no edifício (segunda imagem).Câmera de segurança voltada para o interior das sala de aula, o que por lei é proibido. Biblioteca da escola, com seus dois aparelhos de ar-‐condicionado, quebrados (quarta imagem). Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal Sede de Sabedoria carece de áreas de lazer e esportes, como
parque e quadra poliesportiva. Ainda assim, tem um pátio onde os alunos descansam no
intervalo entre as aulas. O piso do prédio é regular, o acesso ao segundo e terceiro piso se dá
por rampas largas com inclinação e barras de ferro de apoio para cadeirantes.
A merenda é recebida regularmente em uma cozinha limpa e espaçosa, que só possui
um refrigerador, não comportando as merendas regulares junto às do “Mais Educação”. Há
uma parte do pátio que foi isolada, é usada como refeitório e apresenta boa ventilação, mas
mal iluminada. Na escola, não há bebedouros para os alunos.
Na Escola Municipal Sede da Sabedoria, há uma sala para os professores bem
iluminada, espaçosa e climatizada, mas que não conta com computadores, nem com acesso à
internet. A direção e a secretaria dividem um ambiente com espaço para movimentação,
computadores, acesso à internet, impressora, copiadora – que quebra frequentemente –,
armários, mesas e cadeiras. A coordenação, por sua vez, não dispõe de espaço físico algum,
comprometendo o sucesso no planejamento de atividades com os docentes e os atendimentos
individuais dos alunos e de seus familiares.
Todos os pavimentos desta escola possuem banheiros. No térreo, são dois deles em
boas condições de uso para professores e seis cabines sanitárias para alunos. No segundo piso,
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 68
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
existem seis cabines. Contudo, muitos dos vasos sanitários encontravam-‐se entupidos. No
terceiro andar, também existem seis cabines sanitárias. Nenhum dos banheiros é acessível
para cadeirantes.
Figura 61: Cabines sanitárias destinadas aos alunos do segundo andar, alguns vasos sanitários encontravam-‐se entupidos (primeira imagem). Banheiro destinado aos professores, em boas condições de uso (segunda imagem). Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
A Escola Municipal Sede da Sabedoria recebe livros didáticos e literários da Prefeitura
da Cidade do Recife, além de contar com laboratório de informática com acesso à internet.
Não há rede wireless. Há também uma biblioteca que precisa de novo mobiliário e
climatização, bem como um pequeno auditório, que está funcionando como depósito. Aos
discentes são entregues cadernos, lápis, borrachas e similares.
Instrumentos para trabalhos manuais como massas para modelar, cola, tesouras e fitas
são oferecidos. Aulas de campo também são realizadas. Além disso, os professores têm à
disposição aparelhos de TV, de DVD, de som, projetor de imagens, lousas e jogos. Os alunos
com necessidades especiais contam com uma sala de recursos multifuncionais.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 69
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Em sala de aula, dezoito professores atuam na Escola Municipal Sede da Sabedoria.
Apesar de formar quatro turmas de 5º ano que serão avaliadas pelo Ideb no final do ano,
apenas duas contam com professores em sala de aula; as outras duas, até o momento da
visita, estavam sem aula devido ao afastamento das docentes em decorrência de licença por
motivos de saúde.
São três as professoras readaptadas: uma trabalhando na secretaria, outras duas na
biblioteca. No espaço dos livros, são realizadas as atividades de dois projetos de iniciativa das
bibliotecárias em parceria com a coordenação pedagógica, sendo eles o “Biblioteca Viva” e o
“Biblioteca Mágica”, ambos visando a estimular a leitura. Pela manhã, trabalha uma
mediadora de leitura, que cursa Letras, neste espaço; à tarde, não há mediador de leitura.
Tanto para os alunos quanto para os pais, é possível fazer empréstimo de livros.
Além dos projetos de biblioteca, outros programas de incentivo à aprendizagem
funcionam na escola, como é o caso do “Mais Educação” e do “Escola Aberta”. Para utilizar o
cinema como recurso didático multidisciplinar, a coordenação inscreveu o programa “Luz,
Câmera... Educação” que está com suas atividades interrompidas devido à ocupação da sala de
multimídia como depósito para os condicionadores de ar.
A Escola atende alunos com limitações motoras, distúrbios mentais, déficit de
aprendizagem e problemas sensoriais. Estas crianças contam com uma sala de recursos
multifuncionais com três profissionais especializados em educação, equipada com materiais
didáticos específicos. No entanto, o público com surdez e baixa visão não recebe
acompanhamento de intérpretes que dominem libras ou braile.
De acordo com professoras, a maioria das famílias é ausente da vida escolar dos
estudantes, assim como são corriqueiros os casos de violência doméstica, tanto física quanto
psicológica. Além disso, informaram que a escola deixou de promover reuniões com os pais,
mas que neste ano espera-‐se fazer quatro delas, ao menos. Nos trabalhos administrativos,
existe apenas um funcionário, com apoio de um estagiário de Ensino Médio. No apoio
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 70
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
pedagógico, trabalham quatro pessoas. O laboratório de informática conta com monitor
apenas em um horário. Nove pessoas trabalham com distribuição de merendas e limpeza da
escola, enquanto duas ficam na portaria.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
Na estrutura física da Municipal Sede da Sabedoria são necessárias algumas medidas
reparadoras, sendo a primeira delas a instalação dos condicionadores de ar já comprados; com
isso, as salas de aula tendem a se tornar mais agradáveis. Outro questão necessária é a
reativação do auditório. Além disso, seria interessante a construção de um espaço para a
coordenação, oferecendo melhores condições de acompanhamento e planejamento de
atividades com os professores.
Apesar de o prédio dispor de rampas de acesso, nenhum dos banheiros é adaptado para
cadeirantes ou alunos com limitações motoras. É preciso traçar estratégias para solucionar
este problema, bem como os entupimentos frequentes dos vasos sanitários. Não há extintores
de incêndio, e é emergente a sua providência.
Para melhorar as atividades e os serviços prestados pela biblioteca, seu ambiente
precisa de novos armários para suportar o peso dos livros, assim como de um computador
com acesso à internet para a catalogação dos títulos. Adicionalmente, é necessária a troca da
porta e algumas lâmpadas, juntamente com a aquisição de mesas e cadeiras.
No quadro de funcionários, faltam professores para duas das quatro turmas de quinto
ano. Também não há mediação de leitura, nem monitor para o laboratório de informática, no
turno da manhã.
ESCOLA MUNICIPAL PADRE ANTÔNIO HENRIQUE
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 71
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 62: Vista Frontal da Escola Municipal Padre Antônio Henrique. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal Padre Antônio Henrique funciona em dois prédios no bairro do
Paissandu, sendo um com instalações próprias da Prefeitura, a sede, e um cedido pelo
Instituto Nossa Senhora de Fátima, o anexo. No ensino regular, na sede, estudam 143 alunos
pela manhã, 69 à tarde em turmas de Ensino Fundamental I e II e 66 à noite, na Educação de
Jovens e Adultos; o anexo trabalha em horário integral, junto à organização religiosa em
questão, com 120 alunos, em classes de Educação Infantil e Ensino Fundamental I.
Além de ter suas atividades comprometidas em decorrência da saída do prédio original
para novas instalações, a escola convive com a dificuldade administrativa de uma sede com
anexo. Esta instituição de ensino abriga alunos de comunidades com altos índices de violência,
como o Coque e os Coelhos, representando mais um desafio para os alunos e funcionários da
escola. Também como fator negativo vale frisar a baixa participação dos pais e responsáveis na
vida escolar dos alunos, fato comprovado pela baixa presença às reuniões com coordenadores
e professores. Além disso, alguns problemas pontuais na estrutura física, administrativa e
pedagógica merecem atenção.
Apesar de trabalhar com dois níveis de ensino avaliados pelo Ideb, apenas o
Fundamental II participou da Prova Brasil. Os resultados obtidos são alarmantes. Em 2005, a
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 72
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
nota da escola para o Fundamental II foi de 3.2. Em 2007, a nota do Ideb caiu 19%, atingindo o
valor de 2.6. O ano de 2009 marca uma ruptura na trajetória decrescente, com crescimento
observado de 8%, elevando a nota assim para 2.8. Em 2011, pode-‐se observar uma nova
queda, dessa vez de 4%, reduzindo a nota para 2.7. Em nenhum dos anos avaliados a escola
conseguiu atingir as metas propostas pelo Ministério da Educação – inferior, inclusive, ao
projetado para a cidade do Recife.
Tabela 13: Valores observados do Ideb da Escola Municipal Padre Antônio Henrique versus as metas
estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/93821-‐em-‐padre-‐antonio-‐
henrique/ideb.
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.2 2.6 2.8 2.7
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 3.3 3.4 3.7
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 73
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 63: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino fundamental II) para a Escola Municipal Padre Antônio Henrique versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/
Em 2011, o fluxo de aprovação foi de 0.78, caindo 5% em relação ao ano de 2009. A
cada 100 alunos da escola, 22 não foram aprovados. O índice de aprendizado atingiu o
estipulador e obteve um acréscimo de 1 % em relação ao valor mais baixo dentre todas as
avaliações. Em 2005, o índice foi de 4.26, caindo para 3.59 (2007), 3.42 (2009) e, em 2011, de
3.45.
De acordo com o Qedu, o número de alunos no 9º ano do Fundamental, com
aprendizado adequado à disciplina de Português aumentou de 8%, em 2007, para 12%, em
2011. Nos valores referentes à disciplina de Matemática, percebemos o caos atual da
educação recifense. Excluindo-‐se o ano de 2007, a taxa de aprendizado foi de 0%. Este índice
se manteve estável entre 2009 e 2011. É um número alarmante, que demonstra a péssima
qualidade do ensino em Matemática.
Figura 64: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de
Português e Matemática referente às turmas do 9º ano da Escola Municipal Padre Antônio
Henrique. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/93821-‐em-‐padre-‐antonio-‐
henrique/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
Atualmente, a sede da Municipal Padre Antônio Henrique conta com sete salas de
ensino regular e uma para atendimento especializado. Em geral, as salas são amplas e bem
iluminadas, apesar de extremamente quentes e sem armários. No anexo, são seis salas de
aula, todas amplas, bem iluminadas, arejadas e mobiliadas.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 74
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Enquanto as instalações do anexo apresentam áreas para a realização de práticas
esportivas e um parque para lazer, na sede há apenas um pátio como espaço de vivência fora
de sala de aula. Para os alunos do Ensino Fundamental II, as aulas de Educação Física são
realizadas fora de um espaço adequado. Os jovens utilizam os espaços das salas de aula ou a
intercessão entre elas.
Figura 65: Salas de aula com boa iluminação e no geral bem ventiladas. Apesar de que em
algumas salas a ventilação é deficiente. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador
André Régis de Carvalho.
Os alunos têm à disposição um laboratório de informática, com oito computadores.
Infelizmente, a sala não é utilizada, já que falta uma manutenção regular, impossibilitando o
uso por parte dos alunos. Há, também, uma biblioteca climatizada e bem mobiliada, que é
aberta aos alunos dentro e fora do horário de aula. Este espaço de leitura conta com um
amplo leque de materiais didáticos, entre livros, almanaques, enciclopédias, globos, mapas e
televisão.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 75
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 66: Laboratório de informática subutilizado. As oito máquinas não podem ser utilizadas,
por falta de manutenção periódica. A segunda imagem, ilustra a biblioteca da escola. Foto
tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Na sede, há uma sala com ótima iluminação, climatização e espaço para circulação,
mobiliada com mesas, cadeiras, armários, aparelho de TV e bebedouro. A secretaria,
coordenação e direção funcionam em ambientes distintos, todos equipados com impressora,
copiadora, computador e acesso à internet, sendo que a rede wireless não funciona com
estabilidade. Com exceção da secretaria – que é a única das três salas com espaço para
movimentação –, as outras são climatizadas. No anexo só há uma sala para os funcionários. Os
telefones institucionais não realizam chamadas para celular, fazendo com que os gestores
banquem a comunicação com os familiares dos alunos.
Tanto na sede quanto no anexo desta instituição de ensino, há banheiros em
quantidade suficiente para alunos e professores, todos em regulares condições de uso, alguns
deles adaptados para cadeirantes e pessoas com limitações motoras. Um dos problemas
graves de que sofre a instituição diz respeito às constantes depredações/pichações realizadas
pelos alunos (em especial nos banheiros).
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 76
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 67: Os banheiros da escola são alvos constantes de depredações e pichações por parte
dos alunos. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Ambos os prédios possuem refeitório bem iluminados, ventilados, com bom espaço
para movimentação, boas mesas e cadeiras. Nos dois, as cozinhas são limpas e com
refrigeradores funcionando sem apresentar problemas. A merenda chega regularmente em
todos os horários na sede, porém o anexo, apesar de atender em tempo integral, só tem
recebido merenda no turno da manhã. Apesar de o cardápio ser variado, o sabor da merenda
não é agradável aos alunos, tendo em vista a frequente rejeição. Sobre os serviços básicos, a
Compesa distribui água e realiza coleta de esgoto. A rede elétrica não tem dado sinal de risco,
mesmo assim o número de extintores de incêndio é incipiente (atualmente, existe apenas um
para toda a escola).
Figura 68: A escola conta com apenas um extintor, localizado no corredor de entrada da
diretoria. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
A Escola Municipal Padre Antônio Henrique recebe livros didáticos e literários da PCR,
além de jogos e instrumentos para trabalhos manuais, como lápis, tintas, papéis e similares. Os
alunos recebem o kit escolar, que este ano veio com livros, cadernos, lápis, borracha, cola e
similares, mas sem bolsa e fardamento.
Os professores têm à disposição como recurso didático aparelhos de TV, DVD, som,
datashow e jogos. As lousas estão em boas condições de uso. É possível realizar aulas de
campo. Apesar de a biblioteca funcionar, o laboratório de informática encontra-‐se fechado por
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 77
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
necessitar de manutenção. Além disso, a quantidade de computadores não é suficiente para o
número de alunos que utilizam o espaço.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Na sede da Escola Municipal Padre Antônio Henrique, trabalham 26 professores, sendo
17 no ensino regular, cinco no atendimento de educação especial, um para alfabetização e três
readaptados para trabalho de biblioteca e apoio pedagógico. Na disciplina de artes, uma
estagiária de ensino superior, por desvio de função, assume as turmas. Outros quatro na
mesma formação acompanham alunos com necessidades especiais. No anexo da escola,
atuam seis professores em sala de aula, quatro especialistas em alfabetização e um estagiário
para suporte.
Na administração dos prédios, identificamos problemas por falta de pessoal. Enquanto
na sede trabalham seis porteiros, não há sequer um no anexo. Dois funcionários trabalham no
administrativo e quatro no pedagógico entre coordenação e direção. Nesse caso, a mesma
equipe serve aos dois prédios.
Esta instituição de ensino atende a alunos cadeirantes, com baixa visão, surdez,
paralisia cerebral, deficiência mental, déficit de inteligência e dificuldades de aprendizagem.
Esse público conta com profissionais capacitados para atendimento especializado, mas recebe
poucos materiais didáticos porque ainda não é cadastrada no MEC. Com a proposta de garantir
a inclusão destes jovens, são oferecidas aulas de libras para qualquer estudante interessado.
Apesar da falta de espaços adequados para práticas esportivas, o professor da disciplina se
adéqua à realidade encontrada. Com isso, rampas, escadas e sala de aula são utilizadas para
aulas teóricas e práticas. O trabalho de educação física tem sido tão estimulante, que
cadeirantes que chegaram à escola sem se movimentar sozinhos podem, hoje, graças a este
trabalho, contar com certa autonomia.
Além das oficinas de letramento, reforço em matemática, dança e desportos
oferecidos pelo “Mais Educação”, outros projetos de incentivo à aprendizagem foram
instituídos espontaneamente pela escola. Entre eles, o uso do celular como recurso didático e
projetos de robótica e recitais. No anexo, serão oferecidas aulas de balé para crianças dos
quatro aos sete anos de idade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 78
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
A Escola funciona em dois prédios sem conexão. No que concerne à reforma do novo
prédio, os entulhos ainda estão no local, necessitando ser retirados com urgência pela
EMLURB, a fim de evitar proliferação de pragas como baratas, ratos, cupins e escorpiões.
As condições estruturais do anexo são bem melhores do que a realidade na sede da
escola. O espaço foi cedido à PCR pelo Instituto Nossa Senhora de Fátima. Como este prédio é
cedido, é importante a garantia de bons serviços para que a congregação religiosa não desfaça
o acordo. As grandes falhas do anexo residem no quadro reduzido de funcionários,
comprometendo a qualidade da administração, especialmente no que tange à resolução de
questões emergenciais e à coordenação do trabalho de professores. Neste espaço, faltam
porteiros e, apesar de funcionar em tempo integral, a merenda não é enviada pela Prefeitura,
sendo providenciada pelas Irmãs que cuidam do Instituto.
Infelizmente, não há uma quadra de esportes no prédio mais antigo da escola, a sede.
Como já alertado acima, os alunos do Ensino Fundamental II são privados do seu direito de
exercer atividade física, já que as aulas de Educação Física ocorrem de maneira improvisada.
Além disso, as salas são muito quentes, precisando de melhor ventilação ou climatização. O
laboratório de informática não possui computadores suficientes para a quantidade de alunos
da escola, assim como nenhuma máquina está funcionando no momento. Nem na sede, nem
no anexo há extintores de incêndio.
Adicionalmente, quando o novo prédio da sede foi planejado, as salas de aula ficaram
distantes da coordenação e direção. Com isso, o acompanhamento dos alunos e professores é
dificultado. Assim, destacamos que os projetos de construção de escolas precisam dar atenção
ao que reivindica a comunidade escolar.
ESCOLA MUNICIPAL LUTADORES DO BEM
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 79
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 69: Vista Frontal da Escola Municipal Lutadores do Bem. Foto tirada pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Localizada no bairro de Santo Amaro, a Escola Municipal Lutadores do Bem funciona
sob um sistema de comodato, com uma antiga associação beneficente que tinha por objetivo
amenizar os efeitos do consumo e tráfico de drogas na localidade. Funcionando com turmas de
Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Educação de Jovens e Adultos, esta instituição de
ensino atende a 150 alunos pela manhã, 150 à tarde e 30 à noite. Além de contar com
problemas estruturais, a Escola Lutadores do Bem está inserida numa realidade social
conturbada. A violência familiar e o fácil acesso às drogas são exemplos de fatores que
adentram os muros da escola, comprometendo o rendimento de alunos e professores.
Com relação ao IDEB, a Escola vinha numa crescente, superando as metas projetadas
pelo MEC. Infelizmente, o último resultado disponível é preocupante. A nota de 2011 é mais
baixa do que a de 2007, mostrando um retrocesso considerável. Em 2005, a nota obtida pela
escola foi de 3.4. Na avaliação seguinte (2007) a nota da escola foi de 3.8, superior à meta
estabelecida pelo Ministério da educação. Em 2009, a Escola Municipal Lutadores do Bem
continuou sua trajetória ascendente, dessa vez alcançando uma nota de 4.3, superior à nota
projetada de 3.8. Como fora supracitado, o ano de 2011 marca uma quebra na trajetória
ascendente demonstrada pela escola em avaliações anteriores. A nota obtida foi de 3.7, muito
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 80
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
inferior aos 4.3 projetados pelo MEC para o período. Infelizmente, a nota do IDEB estava
exposta em uma folha de papel A4, fora do padrão estabelecido, que estipula 1m² como
tamanho mínimo.
Tabela 14: Valores observados do Ideb da Escola Municipal Lutadores do Bem versus as
metas estimadas pelo MEC. Fonte http://www.portalideb.com.br/escola/96467-‐em-‐lutadores-‐
do-‐bem/ideb.
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.4 3.8 4.3 3.7
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 3.5 3.8 4.3
Figura 70: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino
fundamental I) para a Escola Municipal Lutadores do Bem versus as metas estimadas pelo MEC
para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/
O fluxo de aprovação da escola ficou em 90%. A cada 100 alunos, portanto, apenas 10
não foram aprovados. Este percentual sofreu uma leve queda desde a última análise, em 2009.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 81
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
O indicador de aprendizado observado para a escola em 2011 (4.12) foi o mais baixo já
apresentado pela escola. Em 2005, essa medida foi de 4.13; em 2007, foi observado um
crescimento de 10% (4.55). O ano de 2009 corresponde ao ano em que a escola obteve a
melhor nota no índice de aprendizado (4.69), 4% acima do obtido em 2007. Em 2011, a queda
foi de 12% em relação a 2009, atingindo assim uma nota de 4.12, inferior à pior avaliação, que
até o momento era a de 2005.
Assim como foi constatado com o IDEB, o índice de aprendizado adequado caiu
bastante em 2011. Os números são realmente preocupantes. De acordo com o Qedu, após um
leve aumento de 2% entre 2007 e 2009, a taxa de aprendizado, em Português, caiu 6% em
2011. Em Matemática, houve uma queda de 13% entre 2009 e 2011, alcançando a baixíssima
taxa de 9%.
Figura 71: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de
Português e Matemática referente às turmas do 5º ano da Escola Municipal Lutadores do Bem
. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/96467-‐em-‐lutadores-‐do-‐bem/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
Das sete salas de aula da Municipal Lutadores do Bem, apenas três são climatizadas,
apesar do intenso calor no prédio. Algumas delas estão mal iluminadas e quase todas não
oferecem espaço para circulação, fazendo com que alunos tenham que pular bancas dos
colegas para sentar, inclusive. Há salas de difícil acesso para cadeirantes por causa dos
corredores estreitos e degraus, bem como salas com infiltrações e cupins.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 82
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 72: Salas de aula com tamanho inadequado para a quantidade de alunos. Algumas salas
apresentam problemas de infestações de cupins, infiltrações e acúmulo de água em períodos
chuvosos. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Há uma pequena sala de leitura, que está sem bibliotecário e mediador, assim como
um laboratório de informática, sem monitor no horário da manhã. Este, por sua vez, é
equipado com doze computadores acessíveis à internet. Tanto a sala de leitura quanto a
biblioteca são climatizadas, mas oferecem pouquíssimo espaço para movimentação.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 83
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 73: Laboratório de informática (imagem 1), biblioteca (imagem 2) e sala de leitura
(imagem 3). A Biblioteca e sala de leitura são apertadas, dificultando a mobilidade dos alunos.
Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Os professores contam com uma sala para descanso e planejamento de aula que tem
bom espaço para movimentação, além de climatização, boa iluminação, forno de micro-‐ondas,
bebedouro e copiadora. A coordenação, secretaria e direção funcionam em ambientes
separados, equipados com computador, acesso à internet, copiadora e impressora. Com
exceção da secretaria, todas as outras salas do administrativo e pedagógico têm ar-‐
condicionado.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 84
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 74: Ambiente em boas condições destinado ao corpo docente da escola. Foto tirada
pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Os alimentos são recebidos em uma cozinha limpa, arejada e com bons refrigeradores,
embora servidos em sala de aula devido à falta de refeitório. A merenda chega regularmente,
e seu cardápio variado é bem recebido pelos alunos. A distribuição de água e a coleta de
esgoto são realizadas pela Compesa. As instalações elétricas não apresentam anormalidades
aparentes, mas foram encontrados alguns fios expostos. Em casos de incêndio, a escola possui
quatro extintores, todos dentro do prazo de validade. Há também kit para primeiros socorros.
Sobre os banheiros, dois são para o acesso restrito de professores e funcionários,
outros quatro para alunos. Foi possível constatar a necessidade de manutenção, haja vista que
em muitas cabines sanitárias não foram encontrados assentos sanitários. Alguns dos assentos
encontrados estavam quebrados.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 85
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 75: Banheiros da escola apresentam problemas de manutenção. Em muitas cabines
sanitárias, foi possível constatar assentos sanitários quebrados ou ausentes. Fotos tiradas pela
Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Apesar de ter adquirido um terreno vizinho ao atual prédio da Escola há seis anos, a
Prefeitura ainda não ampliou as salas de aula e os ambientes de apoio ao aprendizado, como
biblioteca e laboratório de informática.
Figura 76: Terreno adquirido pela Escola Municipal Lutadores do Bem há 6 anos, cujo projeto
ainda não saiu do papel. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de
Carvalho.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 86
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Infelizmente, a Escola não conta com um espaço adequado para recreação. Quando é
preciso realizar atividades físicas, os alunos recorrem ao espaço da Escola Estadual Soares
Dutra. Dessa forma, as crianças continuam sem recreação, e as atividades do “Mais Educação”
são realizadas em espaços improvisados.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Apesar da limitação de espaço na biblioteca e no laboratório de informática, a Escola
Municipal Lutadores do Bem tem acesso a diversos recursos didáticos. Aos alunos são
entregues livros, cadernos, lápis, borrachas e similares. Além disso, os professores têm à
disposição aparelhos de TV, DVD, som, datashow, lousas, jogos e livros literários. Da mesma
forma, instrumentos para trabalhos manuais, como massas para modelar, cola, tesouras e fitas
são oferecidos. Sempre que possível, são realizadas aulas de campo.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Dezenove professores trabalham na Escola Municipal Lutadores do Bem, sendo 16
lotados em sala de aula. Os outros três readaptados para a secretaria dão apoio a um
funcionário do administrativo e seus estagiários do turno da manhã e da tarde. No apoio
pedagógico, são quatro servidores, sendo dois na diretoria e dois na coordenação pedagógica.
Para distribuir merendas e limpar a escola, há quatro funcionários de serviços gerais; também
há quatro porteiros e quatro seguranças. Apesar da violência da comunidade, a Lutadores do
Bem não conta com circuito interno de câmeras.
Esta escola não atende alunos com deficiências motoras ou sensoriais, mas tem
público com distúrbios mentais e dificuldades de aprendizagem. Estas crianças não têm acesso
à sala de recursos multifuncionais, nem de materiais didáticos específicos, mas são
acompanhadas por estagiários de magistério ou de nível superior. Além disso, tanto para
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 87
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
averiguar o rendimento destes estudantes quanto para detectar outros casos em que precisem
de acompanhamento, um professor itinerante visita a escola duas vezes por semana.
Quando os alunos precisam de atendimento psicológico, a escola entra em contato
com o conselho tutelar, para que sejam realizados encaminhamentos. Uma parceria também é
feita com a secretaria de saúde do município para promover trabalhos de orientação sexual,
ao menos uma vez por ano.
Como incentivo aos estudos, o “Mais Educação” oferece oficinas de letramento,
reforço em Matemática, esportes e danças. Para aproximar os familiares do cotidiano escolar
das crianças, são convocadas reuniões ao final de cada ciclo, totalizando quatro por ano.
Infelizmente, poucos pais comparecem às reuniões.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
A violência tanto da comunidade quanto do ambiente doméstico faz parte do
cotidiano da Municipal Lutadores do Bem, muitas vezes ligada ao consumo e tráfico de drogas.
No que concerne à estrutura física desta instituição de ensino, falhas graves precisam ser
apontadas. Entre elas, o espaço extremamente pequeno das salas de aula, forçando alguns
estudantes a pular bancas para poder sentar. Além disso, em sua maioria, são mal iluminadas
e extremamente quentes. O piso do pátio é escorregadio e não há refeitório. Sobre a estrutura
pedagógica, o espaço da sala de leitura não permite que os professores realizem atividades no
local. No que diz respeito aos alunos com necessidades especiais, destaca-‐se que não contam
com salas de recursos multifuncionais, assim como não têm acesso a materiais didáticos
específicos.
Para solucionar ou ao menos amenizar os problemas da Lutadores do Bem, existe uma
medida de boa viabilidade a ser tomada: aproveitar o terreno vizinho ao prédio, que já é de
posse municipal. Com este espaço, poderia ser garantida a construção de novas salas, inclusive
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 88
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
a de atendimento especial, assim como a construção de uma biblioteca e de um laboratório de
ciências.
ESCOLA MUNICIPAL DE SANTO AMARO
Figura 77: Vista Frontal da Escola Municipal de Santo Amaro. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal de Santo Amaro apresenta um Ideb de 4.6. O estabelecimento
encontra-‐se em ascensão, desde os primeiros processos de avaliação do INEP. Em 2007, a
escola teve um crescimento de 36%, comparado à sua nota em 2005. Nas avaliações seguintes,
a escola obteve crescimento de 18% em 2009 (comparação com 2007) e 2% em 2011
(comparação com 2009).
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 89
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Tabela 15: Valores observados do Ideb da Escola Municipal de Santo Amaro versus as metas
estimadas pelo MEC. Fonte http://www.portalideb.com.br/escola/94416-‐em-‐santo-‐amaro/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
2.8 3.8 4.5 4.6
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 2.9 3.2 3.6
Figura 78: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino
fundamental I) para a Escola Municipal de Santo Amaro versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/
O fluxo de aprovação foi de 0.93, correspondendo a uma queda de 2%, quando
comparado ao valor encontrado em 2009. O índice de aprendizado apresenta um constante
crescimento, saindo de 3.23, em 2005, para 4.96, em 2011. Entre 2009 e 2011, o aumento foi
de 5%. Esses dados combinados permitem levantar a hipótese de que o leve aumento da taxa
de reprovação não consistiria em baixa qualidade de ensino, mas sim que o nível demandado
aos alunos seria maior.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 90
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
De acordo com o Qedu, a capacidade de aprendizado dos alunos da escola Municipal
de Santo Amaro é superior ao observado na Escola Mundo Esperança. Enquanto na Escola
Municipal Mundo Esperança apenas 6% dos alunos do quinto ano têm aprendizado adequado
para leitura, interpretação de textos e resolução de problemas envolvendo raciocínio lógico,
na Escola Municipal de Santo Amaro, 32% possuem um aprendizado adequado de Português e
25% de Matemática. Em 2007, apenas 9% dos alunos tinha conhecimento adequado de
Português e Matemática. Em 2009, foi observado um acréscimo de sete pontos percentuais no
número de alunos com aprendizado adequado em Português e 10 pontos percentuais em
Matemática. Em 2011, a escola manteve o padrão ascendente apresentando um crescimento
de 16 pontos percentuais no aprendizado de Português e de seis pontos percentuais em
Matemática.
Figura 79: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de Português e Matemática referente às turmas do 5º ano da Escola Municipal de Santo Amaro. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/94416-‐em-‐santo-‐amaro/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
Atualmente, a Escola Municipal de Santo Amaro dispõe de seis salas de aula, sendo
quatro com aproximadamente 18 m² – onde estuda uma média de 16 alunos por sala –, uma
com média de 21 m² e 18 alunos a frequentando, outra com 10m² e 12 discentes. Apesar de
bem iluminadas e aparelhadas com ventilador – apenas uma conta com ar-‐condicionado –,
televisão, aparelho de DVD, armários, mesas e cadeiras em boas condições de uso, as salas não
oferecem espaço adequado para a circulação de professores e alunos. Além disso, cinco delas
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 91
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
ficam no primeiro andar do prédio – cujo piso é desnivelado –, com o acesso oferecendo risco
de acidente ou morte, em caso de desatenção, por ser estreito e não possuir corrimão para
apoio. Não há rampas de acesso, a propósito.
Figura 80: Algumas das salas que a escola dispõe: Salas de Aula, Copa e Sala da Secretaria.
Como observado pela equipe, às salas de aula são apertadas e cinco das seis salas são
localizadas em um primeiro andar com difícil acesso. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do
Vereador André Régis de Carvalho.
A instituição de ensino possui apenas uma porta de entrada e saída, que se dá
mediante um corredor estreito. Com isso, em caso de acidentes, os primeiros socorros ficam
extremamente comprometidos. Em um eventual incêndio, por exemplo, os quatro extintores
de incêndio da escola – três fora da validade – dificilmente controlariam as chamas, tendo em
vista que, além de os materiais de uso didático ser inflamáveis, o teto tem forro em PVC, que
agrava os riscos de queimaduras de alto grau. A conjunção desses fatores consiste, portanto,
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 92
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
em um ambiente desprovido de uma segurança minimamente adequada e oferecedor de
constante risco às crianças e aos funcionários da escola.
Adicionalmente, cumpre notar que não há pátio, nem espaços destinados à recreação
fora das salas e à realização de práticas esportivas. Da mesma forma, são inexistentes
biblioteca, sala de leitura, laboratório de informática e laboratório de ciências. A merenda é
recebida regularmente, embora seja distribuída dentro das salas, por não haver refeitório.
Figura 81: Saída da escola apresenta grade que dificulta passagem em caso de emergência,
além de cadeiras empilhadas que atrapalham a mobilidade. Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Os professores não possuem uma sala para reuniões, descanso e planejamento de
atividades. A direção, secretaria e coordenação possuem uma sala que, apesar de pequena, é
funcional, bem iluminada e climatizada, com computador, copiadora, telefone, acesso à
internet, mesas e cadeiras.
Apesar de as instalações elétricas não oferecerem risco aparente, os extintores de
incêndio estão com prazo de validade vencido, além de a escola apresentar obstáculos que
dificultariam uma saída de emergência (grades, cadeiras empilhadas), expondo não apenas os
alunos, mas também todos que frequentam a escola a um risco desnecessário. Os banheiros
são limpos, porém poucos: apenas dois estão à disposição de 75 alunos por turno, sendo que
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 93
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
em ambos os casos o vaso sanitário não é adaptado para as crianças de baixa estatura, como
as das turmas iniciais, nem para crianças com dificuldades de locomoção. Para professores e
funcionários, um banheiro está à disposição e em normais condições de uso.
Figura 82: Extintores de incêndio com validade expirada. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Apesar de encontrar problemas com alguns recursos didáticos, como acesso aos
computadores e à internet, a Escola Municipal recebe livros didáticos e literários da PCR. Aos
alunos, também são entregues fardamento, cadernos, lápis, borrachas e similares.
Além disso, os professores têm à disposição aparelhos de TV, de DVD, de som, projetor
de imagens, lousas e jogos. Da mesma forma, instrumentos para trabalhos manuais, como
massas para modelar, cola, tesouras e fitas, são oferecidos. Aulas de campo também são
realizadas.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 94
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Catorze professores trabalham na Escola Municipal de Santo Amaro, sendo treze
ministrando aula e uma readaptada para trabalhos pedagógicos fora de sala. Além disso,
quatro estagiários de Ensino Médio dão apoio à secretaria, sendo dois na área de informática e
dois na parte burocrática. Dois funcionários atuam na limpeza e distribuição de merendas,
além de cinco na portaria.
Apesar de atender alunos com dificuldades de aprendizagem, a instituição de ensino
em questão não conta com profissionais com formação em Psicopedagogia. De acordo com a
direção da escola, não foi solicitado à Prefeitura este tipo de acompanhamento aos discentes
que necessitam suporte de tal ordem, pois, apesar de as evidências indicarem déficits no
rendimento escolar, eles não possuem laudo médico ou psicológico comprobatório. Também
de acordo com a direção da escola, psicólogos estão à disposição do alunado, mas não dos
funcionários. Como incentivo à aprendizagem, a Municipal de Santo Amaro oferece, por meio
do “Mais Educação”, aulas de esportes e danças, realizadas na quadra da Universidade de
Pernambuco, campus Santo Amaro. As atividades deste programa não são executadas no
prédio da escola, porque este não é adequado aos devidos fins.
Para estabelecer contato entre a escola e a família dos discentes, são convocados
plantões pedagógicos, que chegam a quatro, anualmente. A direção da escola informou que os
pais ou responsáveis, em sua maioria, costumam comparecer.
CONSIDERAÇÕES E ENCAMINHAMENTOS
Mesmo dispondo de um leque interessante de recursos didáticos em sala e contando
com a presença da comunidade no cotidiano letivo, a Escola Municipal de Santo Amaro não
possui estrutura física adequada para que professores e alunos tenham seu melhor
desempenho. Pelo contrário: o prédio e suas instalações se mostram insalubres, ao passo que
não comportam o público atendido.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 95
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Primeiramente, é de fundamental importância destacar que a escola não oferece
espaço para circulação e interação fora das salas de aula, como pátio, refeitório, quadra
poliesportiva, laboratórios e parque. As salas, por sua vez, mesmo sendo os locais mais
utilizados – e onde são servidas as merendas, inclusive –, são desconfortáveis, tendo em vista
o pequeno espaço que os alunos têm para circulação, o que, segundo alguns psicólogos,
podem influenciar negativamente o aprendizado dos alunos.
Não bastasse a falta de espaço, o prédio apresenta apenas uma rota de entrada e
saída. Além disso, cinco das seis salas de aula ficam em um primeiro andar, cujo piso é
desnivelado, e o acesso se dá por meio de uma escada estreita e sem corrimão de apoio. Com
isso, o risco de queda é agravado, e a fuga de incêndios, comprometida.
É emergente que a Prefeitura do Recife providencie o deslocamento desta instituição
de ensino para um prédio com instalações mais seguras e confortáveis. Oferecendo melhores
condições de trabalho e estudo, o rendimento da comunidade escolar certamente há de
render melhores frutos.
ESCOLA MUNICIPAL NOVO MANGUE
Figura 83: Vista Frontal da Escola Municipal Novo Mangue. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 96
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Com base nos dados do INEP, a Escola Municipal Novo Mangue apresenta o Ideb mais
baixo entre todas as escolas da RPA 1 (3.3). Apesar disso, encontra-‐se com um valor 18 %
superior ao que o Ministério da Educação estabeleceu como meta (2.8). Em 2005, o Ideb da
escola era de 2.1. Em 2007, houve um crescimento de 86%, elevando sua nota para 3.9. Em
2009, a trajetória de crescimento foi mantida, com a escola atingindo um valor 8% superior ao
de 2007 (4.2). Em 2011, ocorre uma queda brusca na trajetória de crescimento. A escola teve
uma redução de 21% em sua taxa, atingindo o valor de 3.3.
Tabela 16: Valores observados do Ideb da Escola Municipal Novo Mangue versus as metas estimadas
pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/94894-‐em-‐novo-‐mangue/ideb.
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
2.1 3.9 4.2 3.3
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 2.1 2.4 2.8
Figura 84: Representação gráfica da evolução dos valores observados do Ideb (ensino fundamental I) para a Escola Municipal Novo Mangue, versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte http://www.portalideb.com.br/
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 97
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
O fluxo de aprovação foi de 0.78, apresentando uma queda de 13%, quando
comparado com a avaliação de 2009. O indicador de aprendizado foi de 4.26, 9% menor que o
observado na avaliação anterior. A quantidade de alunos reprovados pode ser considerada
elevada, o que seria um reflexo da má qualidade do ensino. Sobre essa temática, o Qedu
ilustra que apenas 14 % dos estudantes do quinto ano da Escola Municipal Novo Mangue
possuem um aprendizado adequado em Português; em Matemática, esse valor é ainda menor:
4%.
Em 2007, 12 % dos alunos do quinto ano tinham aprendizado adequado para leitura,
interpretação de textos e 17% para resolução de problemas envolvendo raciocínio lógico. Em
2009, esses valores subiram para 17% em Língua Portuguesa e 23% em Matemática. Em 2011,
o aprendizado em Matemática sofreu uma brusca queda, com uma redução de 19 pontos
percentuais; em Português, a queda foi de três pontos percentuais.
Figura 85: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de Português e Matemática referente às turmas do 5º ano da Escola Municipal Novo Mangue. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/94894-‐em-‐novo-‐mangue/proficiencia
Matriculando uma média de 350 alunos por ano, a Escola Municipal Santo Amaro
trabalha com turmas de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Educação de Jovens e
Adultos (EJA). No primeiro nível, 320 discentes estão distribuídos em 14 turmas, sendo sete
lotadas no turno da manhã – Grupo IV, Grupo V, 1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos – e sete pela tarde –
Grupo V -‐ B, 1ºB, 1ºC, 2ºB, 3ºB, 3ºC e 4ºB anos –; no turno da noite, funciona uma modulada
de EJA, com 30 alunos.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 98
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
SOBRE A ESTRUTURA FÍSICA
O espaço onde se encontra a Escola Municipal de Novo Mangue foi doado pela UNICEF
à Prefeitura do Recife. Atualmente, dispõe de sete salas de aula, sendo quatro com
aproximadamente 36 m² – onde estuda uma média de 22 alunos por sala – e três com 64m², e
27 alunos frequentando. Todas as salas são bem iluminadas e aparelhadas com ventilador,
televisão, aparelho de DVD, armários, mesas e cadeiras em condições normais de uso. Há
espaço para circulação de professores e alunos. Todas as salas são voltadas para um jardim
(que em muitas salas não se encontra em bom estado de conservação), regado com a água
utilizada pelos alunos nas pias instaladas em seu interior. Existe uma arquitetura voltada à
sustentabilidade.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 99
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 86: As salas de aula da Escola Municipal Novo Mangue apresentam um tamanho adequado para comportar 22 alunos. A foto na parte inferior, ilustra que o jardim não apresenta boa conservação. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Esta instituição de ensino possui um amplo pátio e, apesar de não ter parque, existe
um esboço funcional do que seria área para práticas esportivas. Nos bancos da área de
convivência, foram anexados azulejos que simulam um tabuleiro de damas ou xadrez, para os
alunos jogarem nos horários livres. Aqui também se situa o refeitório, ventilado e espaçoso,
com cadeiras e mesas em bom estado de preservação. A merenda, cujo cardápio é variado,
recebe-‐se regularmente e sem irregularidades em uma cozinha limpa e com refrigeradores em
boas condições de uso.
Figura 87: Área de recreação dos alunos da Escola Municipal Novo Mangue. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Os professores possuem uma sala para reuniões, descanso e planejamento de
atividades, também voltada para um jardim; ela é iluminada e ventilada, estando equipada
com armários, mesa, cadeiras, forno de micro-‐ondas e computador com acesso à internet. A
secretaria e coordenação possuem uma sala que, apesar de pequena, é funcional, bem
iluminada e ventilada, com computador, copiadora, telefone, acesso à internet, mesas e
cadeiras. Em outra sala, idêntica à da secretaria, conta-‐se com condicionador de ar, funciona a
direção da escola.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 100
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Existe, nesta instituição de ensino, laboratório de informática com nove
computadores, porém apenas cinco estão funcionando. Todos têm acesso à internet. Não há
laboratório de ciências. Apesar de ter vencido, em 2007, uma seleção do Programa “Manuel
Bandeira de Formação de Leitores” para a construção de uma biblioteca, até hoje a escola só
conta com uma pequena sala de leitura, cujo espaço comporta apenas oito alunos.
Na Municipal Novo Mangue, em uma análise visual, as instalações elétricas não
oferecem risco. É incomum a falta de água, e, quando ocorrem problemas na distribuição, a
Prefeitura garante o abastecimento por caminhões-‐pipa, de acordo com a diretoria. Foram
observados problemas estruturais nas paredes e nos telhados da escola, o que acaba por
expor os alunos a risco de desabamentos.
Figura 88: Grandes falhas na estrutura do prédio da escola. Expondo a todos que frequentam a
escola ao risco de desabamento. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis
de Carvalho.
Para utilização pelos alunos, mais de oito cabines sanitárias estão dispostas em dois
banheiros frequentemente higienizados, adaptados para crianças de diferentes estaturas,
assim como para crianças com problemas motores ou sensores. Não obstante, em muitas das
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 101
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
cabines sanitárias, as portas encontram-‐se quebradas ou mesmos arrancadas. Para o corpo de
funcionários, também há um banheiro pequeno, mas da mesma forma limpo e organizado. O
piso da escola é nivelado e não oferece risco aparente de acidentes. Ainda assim, em eventuais
problemas desta ordem, há kit para primeiros socorros, e os extintores de incêndio estão
dentro do prazo de validade, espalhados pelo pátio e corredores.
Figura 89: Banheiro reservado ao corpo estudantil da Escola Municipal Novo Mangue. Apesar de serem frequentemente higienizados e ter cabines para deficientes, as portas em muitas das cabines não se encontram presentes. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. OS MATERIAIS DIDÁTICOS
A Escola Municipal recebe livros didáticos e literários da PCR, além de contar com
acesso à internet, mesmo que limitado para os alunos devido à necessidade de manutenção de
alguns computadores. Aos discentes, também são entregues fardamento, cadernos, lápis,
borrachas e similares.
Instrumentos para trabalhos manuais como massas para modelar, cola, tesouras e fitas
são oferecidos. Aulas de campo também são realizadas. Além disso, os professores têm à
disposição aparelhos de TV, de DVD, de som, projetor de imagens, lousas e jogos. Entre os
jogos, alguns estão voltados à formação da cidadania por meio da educação ambiental e
educação no trânsito.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 102
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Dezesseis professores trabalham na Escola Municipal de Santo Amaro dentro da sala
de aula, e uma estagiária de nível superior atua como apoio. Para o trabalho de mediação de
leitura, outra estagiária de nível superior está à disposição. Ambas as aprendizes são do curso
de Pedagogia. Cinco funcionários atuam na limpeza e distribuição de merendas, e seis na
portaria. Na manutenção do laboratório de informática, apenas um estagiário de Ensino Médio
trabalha à noite. Nos outros horários, ainda não há quem assuma esta tarefa. A escola já
solicitou à Prefeitura técnicos na área de informática e aguarda resposta.
Mesmo inserida em uma das regiões que tem índices de criminalidade alarmantes – a
Ilha Joana Bezerra – não há psicólogos na instituição de ensino. Além disso, apesar de atender
alunos com dificuldades de aprendizagem, a escola em questão não conta com profissionais
com formação em Psicopedagogia que realizem acompanhamento de discentes e docentes.
Como incentivo à aprendizagem e à participação da comunidade no cotidiano escolar, a
Municipal Novo Mangue oferece, por meio do “Mais Educação” e do “Escola Aberta”, aulas de
esportes e danças. Há, também, um grupo de maracatu desenvolvendo atividades na escola.
Para estabelecer contato entre a escola e a família dos discentes, também são
convocados plantões pedagógicos, numa frequência trimestral. Os responsáveis também são
convidados a participar das festas da instituição. De acordo com a direção, apesar do seu
esforço, as famílias, em sua maioria, não se mostram dedicadas ao acompanhamento das
crianças no processo de ensino-‐aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES E ENCAMINHAMENTOS
A Escola Municipal Novo Mangue possui salas espaçosas e confortáveis, além de amplo
espaço para recreação e interação, fora das salas de aula. Também conta com uma arquitetura
e trabalho administrativo-‐pedagógico que visam à sustentabilidade, ao passo que a água
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 103
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
utilizada nas torneiras é reutilizada na irrigação de seus jardins, assim como preferem reformar
a trocar os móveis do prédio, separando também lixo orgânico do inorgânico. Além disso, a
escola dispõe de recursos didáticos diversificados. Assim, o que justifica a escola ter a pior
avaliação no IDEB 2011 entre as instituições de ensino da RPA1?
A participação da família é um fator que tem forte influência no rendimento escolar
das crianças. No entanto, de acordo com a direção da Novo Mangue, os responsáveis não
acompanham a vida estudantil dos alunos. Outro ponto preocupante a ser destacado é que, de
acordo com a mesma fonte, até 2011 o corpo docente da escola era quase todo formado por
estudantes das licenciaturas, e as turmas eram superlotadas. Esta situação, por sua vez,
merece atenção por três motivos: um é que os contratos de estágio indicam que é atribuição
do estagiário auxiliar o professor no planejamento, aplicação e avaliação de atividades.
Assumir, portanto, a sala de aula sem acompanhamento de um docente titular se caracteriza
como desvio de função. Além disso, os estagiários, além de não receberem remuneração
adequada às responsabilidades que assumem, ainda estão em formação. Deveriam, então,
estar nas escolas para aprenderem por meio da observação e da orientação de um professor-‐
tutor, sendo este o profissional habilitado a ministrar as aulas. Finalmente, trabalhar com
muitos alunos exige maior dedicação e maior desgaste aos docentes, dificultando seu pleno
rendimento.
Em questão de estrutura física, por ora, a escola precisa da construção de uma
biblioteca ou ampliação e adaptação – por medidas de segurança, para evitar quedas, e de
acessibilidade, para aqueles com limitações motoras – da sala de leitura já existente, haja vista
que comporta apenas quatro alunos e fica em um primeiro andar, cujo acesso se dá mediante
uma escada e não por rampas, como seria o ideal. A gestão da escola também espera pela
reforma da área para práticas esportivas, tendo em vista que é uma caixa de areia com barras,
somente. Seria interessante construir uma coberta e piso para o espaço. Adicionalmente, o
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 104
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
laboratório de informática precisa de monitores para garantir a manutenção dos
computadores.
O estudo de caso da Escola Municipal Novo Mangue permite-‐nos perceber que
somente as boas instalações de uma instituição de ensino não são garantia de uma educação
de qualidade. Assim, é necessário que a Prefeitura do Recife, enquanto responsável pela
administração da educação municipal, passe a garantir no orçamento verba para contratar
profissionais bem capacitados a assumir este segmento, garantindo-‐lhes boas condições de
trabalho. Por fim, entendemos que, destinando parte do dinheiro gasto em publicidade para
campanhas educativas no sentido de orientar os pais a acompanharem seus filhos na escola, a
Prefeitura se utilizará de uma boa estratégia para melhorar a educação em nossa cidade.
ESCOLA MUNICIPAL CIDADÃO HERBERT DE SOUZA
Figura 90: Vista externa da Escola Municipal Cidadão Herbert de Souza. Foto tirada pela Equipe
de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Localizada no bairro de Santo Amaro, a Escola Municipal Cidadão Herbert de Souza
funciona dentro das dependências da Universidade de Pernambuco (UPE), a partir de parcerias
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 105
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
com os cursos de saúde da instituição. Atendendo uma média de 98 alunos no turno da manhã
e 105 no turno da tarde, em turmas de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, a escola tem
o segundo melhor resultado no IDEB da RPA 1, ultrapassando a média do município, que é de
4.1. Em 2005, a escola obteve uma nota de 3.6, e as avaliações seguintes apresentaram uma
trajetória de crescimento. Em 2007, foi observado um crescimento de 14%, atingindo assim a
nota de 4.1, superando os 3.7 previstos. Em 2009, o crescimento foi de 10%, elevando a nota
para 4.5, enquanto que o previsto para o período foi de 4.0. No ano de 2011, apesar de
superar a nota projetada pelo Ministério da Educação, não foi observado crescimento da nota
em relação à avaliação anterior (2009).
Tabela 17: Valores observados do IDEB da Escola Municipal Cidadão Herbert de Souza versus
as metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/95947-‐em-‐
cidadao-‐herbert-‐de-‐souza/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.6 4.1 4.5 4.5
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 3.7 4.0 4.4
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 106
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 91: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino
fundamental I) para a Escola Municipal Cidadão Herbert de Souza versus as metas estimadas
pelo MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/
De acordo com o Portal Ideb, o fluxo de aprovação da escola ficou em 0.87, valor esse
que é o mais baixo já apresentado pela Escola Municipal Cidadão Herbert de Souza. Em 2005, o
fluxo de aprovação foi de 0.9, crescendo 4% em 2007 (0.94). Em 2009, o fluxo se manteve
estável, vindo a cair 7%, em 2011. O índice de aprendizado, por sua vez, obteve o maior valor
dentre todas as avaliações (5.13). A trajetória crescente da nota da escola é, provavelmente,
fruto de uma melhor compreensão do aprendizado por parte dos alunos e não apenas pelo
regime de aprovação compulsória. Em 2005, o indicador de aprendizado para a escola foi de
4.03, crescendo 8% em 2007 (4.37), mais 9% em 2009 (4.78) e 7% em 2011 (5.13).
De acordo com o Qedu, a escola vem apresentando trajetória de crescimento no
percentual de alunos do 5º ano com aprendizado adequado nas disciplinas de Matemática e
Português. A exceção foi o ano de 2011, para a disciplina de Matemática, em que foi registrada
uma queda de 4 pontos percentuais, quando comparado aos dados de 2009. Em 2007, a escola
apresentava 20% dos seus alunos com aprendizado adequado, em Português, e 21%, em
Matemática. Houve um considerável aumento no número de alunos com aprendizado
adequado em ambas as disciplinas no ano de 2009: em Português, obteve-‐se um valor de 33%;
em Matemática, de 29%. Em 2011, o número de alunos com aprendizado adequado em
Português voltou a subir, atingindo um valor de 41%. Matemática, por sua vez, caiu para 25%.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 107
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 92: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de
Português e Matemática referente às turmas do 5º ano da Escola Municipal Cidadão Herbert
de Souza. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/95947-‐em-‐cidadao-‐herbert-‐de-‐
souza/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
São seis as salas de aula da Municipal Cidadão Herbert de Souza, num espaço cedido
pela UPE, com uma estrutura que lembra quiosques. Com paredes a meio muro e telhado em
madeira e cerâmica, estes espaços, além de pequenos, são vulneráveis ao calor e às chuvas,
pelo mesmo motivo, facilitando a propagação de barulho de uma sala para outra e provocando
o desgaste da voz dos professores. Apesar de o piso ser irregular e não existirem rampas de
acesso a cadeirantes, tanto este público quanto as crianças com déficit de aprendizagem e
recebem atendimento psicológico, em uma sala que funciona junto à coordenação.
Figura 93: Salas de aula apresentando problemas de acústica, com piso irregular e sem
apresentar ventiladores ou condicionadores de ar. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do
Vereador André Régis de Carvalho.
Fora das salas de aula, os alunos têm acesso a uma pequena sala de leitura e a um
laboratório de informática climatizado e equipado com 15 (quinze) computadores com acesso
à internet. Esse laboratório, no entanto, fica em um primeiro andar, impedindo o acesso
daqueles que têm limitações motoras. Também há um pequeno e abafado refeitório, sem
acessibilidade. A cozinha onde são recebidas as merendas é limpa, e os refrigeradores
funcionam normalmente. O cardápio é variado, e os alimentos, bem aceitos pelos estudantes.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 108
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 94: Pátio Interno (imagem 1), refeitório (imagem 2), sala de informática (imagem 3)
biblioteca (imagem 4). Nas imagens é possível observar que muitos dos ambientes carecem de
espaço e ventilação adequada. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis
de Carvalho.
Por falta de espaços como sala de professores e parque, tanto discentes como
docentes não contam com intervalo para descanso. Graças ao convênio com o curso de
Educação Física, seis turmas têm momentos de recreação, em geral realizados na quadra
poliesportiva e na piscina da UPE.
A direção e secretaria da escola dividem o mesmo espaço: pequeno, climatizado,
mobiliado com mesas, cadeiras e armários, e equipado com computadores com acesso à
internet, impressora e copiadora. O telefone institucional não realiza chamadas para celular,
tendo as diretoras que bancar a comunicação com os pais dos alunos.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 109
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 95: Sala da secretaria/direção em boas condições de uso Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Sobre os serviços básicos, a escola conta com distribuição de água e coleta de esgoto
pela COMPESA. As instalações elétricas não aparentam falhas. Há apenas três extintores de
incêndio, sendo que um deles já teve o prazo de manutenção expirado.
Figura 96: A imagem ilustra um extintor de incêndio localizado no corredor da sala de
informática que encontra-‐se com a data de validade vencida (Abril de 2012). Fotos tiradas pela
Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Apenas dois banheiros estão à disposição dos alunos, sendo que nenhum é adaptado
para deficientes físicos. Os banheiros apresentam vazamento de água, ilustrando a
necessidade de uma manutenção frequente. Professores e funcionários precisam se deslocar
até um lavabo da Universidade.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 110
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 97: Os banheiros da escola necessitam urgentemente de manutenção. Fotos tiradas
pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
A Escola Municipal Cidadão Herbert de Souza recebe livros didáticos e literários da
PCR. Aos alunos, também são entregues cadernos, lápis, borrachas e similares. Além disso, os
professores têm à disposição aparelhos de TV, de DVD, de som, projetor de imagens, lousas e
jogos, inclusive para alunos portadores de necessidades especiais. Existe laboratório de
informática, embora sem acessibilidade, e uma pequena sala de leitura. Aulas de campo são
realizadas.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Na Escola Municipal Cidadão Herbert de Souza, cinco auxiliares de serviços gerais
servem as merendas e limpam o prédio. Não há, nem nunca houve, porteiros para controlar a
entrada e saída de pessoas, deixando alunos e funcionários vulneráveis. Para trabalhos
administrativos, há um servidor; para direção e coordenação pedagógica, quatro.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 111
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Em sala de aula, trabalham onze professores; readaptados, são dois. Há um no suporte
pedagógico e outro na biblioteca, sendo que este está de licença. Três estagiários de nível
superior realizam acompanhamento de alunos portadores de necessidades especiais, e outro,
com mesma escolaridade, faz mediação de leitura. No laboratório de informática, um
estagiário de Ensino Médio é monitor, pela manhã. À tarde, não há monitor.
Sobre o projeto pedagógico, a escola conta com o programa “Mais Educação”, que,
mesmo sem espaço físico, oferece oficinas de letramento, esportes e reforço em Matemática.
Além disso, na Escola Municipal Herbert de Souza existe uma equipe formada por uma
psicóloga da UPE, uma psicopedagoga e uma professora itinerante que identificam problemas
de fala, audição, visão, transtornos mentais, traumas e dificuldades de aprendizagem e
realizam encaminhamentos para órgãos de saúde competentes. O acompanhamento
extraescolar fica sob responsabilidade dos pais, que nem sempre seguem as orientações
recebidas. Quando o fazem, os professores ficam cientes do desempenho dos alunos nos
tratamentos. Os familiares também são convocados para as reuniões de ciclo, e, de acordo
com a direção, a maioria costuma comparecer.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
Apesar de ainda de não ter atingido a média de escolas de países desenvolvidos, 6.0, a
Escola Municipal Cidadão Herbert de Souza tem melhorado seus resultados no Ideb desde
2005, mantendo, porém, a mesma nota em 2009 e 2011. Atualmente, com 4.5, superou a
avaliação do município, que é de 4.1 no Ensino Fundamental I. Esta crescente nos dados do
MEC está ligada a alguns aspectos da estrutura pedagógica, entre eles a parceria com a UPE,
que tem oportunizado às crianças momentos de recreação e práticas esportivas, assim como
atendimento médico e psicológico. Manter um quadro fixo de professores também tem
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 112
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
ajudado coordenação e direção a manter um trabalho contínuo na formação intelectual de
suas crianças.
Ainda assim, problemas existem e reduzem o campo de aplicação das propostas
didáticas. Na escola, não há biblioteca, mas somente uma sala de leitura que não oferece
condições para que o corpo docente trabalhe com seus alunos em grandes grupos. O modelo
das salas de aula contribui para a propagação de som, desgastando a voz dos professores. Não
há sala de recursos multifuncionais para atendimento de pessoas portadoras de necessidades
especiais, assim como não há acessibilidade nos banheiros, refeitório e laboratório de
informática. É urgente a instalação de novos extintores de incêndio.
Como os alunos não contam com tempo e espaço para recreação, os professores não
dispõem de tempo e espaço para planejamento de atividades, comprometendo o processo de
aprendizagem. Levando isto em conta, seria interessante que a Prefeitura da Cidade do Recife
pensasse em garantir a qualidade dos serviços prestados por meio de boas parcerias, como é o
caso aplicado à escola em questão.
ESCOLA MUNICIPAL REITOR JOÃO ALFREDO
Figura 98: Vista externa da Escola Municipal Reitor João Alfredo. Foto tirada pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 113
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
A Escola Municipal Reitor João Alfredo localiza-‐se no bairro Paissandu e atende a
crianças e adolescentes de comunidades vizinhas, como a do Coque e a dos Coelhos,
conhecidas pelos altos índices de violência, ligados especialmente ao consumo e tráfico de
entorpecentes. A escola funciona com turmas de correção de faixa, aceleração de fluxo, Ensino
Fundamental I, Ensino Fundamental II e Educação de Jovens e Adultos. No turno da manhã,
são 353 alunos em 15 turmas; à tarde, 261, em 10 turmas; à noite, 76, em duas turmas.
Além dos graves impasses externos constatados nos muros da escola, a estrutura
física, administrativa e pedagógica da referida instituição de ensino apresentam falhas que
vêm dificultando um melhor rendimento de professores e alunos. Estas questões podem se
refletir nas péssimas notas obtidas nas avaliações nacionais, tanto no Ensino Fundamental I
quanto no Ensino Fundamental II. No Fundamental I, a escola obteve, em 2005, a nota 3.5 no
Ideb. Em 2007, o Ministério da Educação esperava que a escola mantivesse essa nota. Não
obstante, foi observada uma redução de 11%, atingindo assim a nota de 3.1. As metas
projetadas para os anos subsequentes eram de 3.9 (2009) e 4.3 (2011). Apesar do crescimento
observado nas duas avaliações, contudo, os resultados foram inferiores ao desejado pelo MEC.
Em 2009, a nota cresceu 13%, atingindo 3.5 e, em 2011, o crescimento foi de 6% (3.7). No que
diz respeito ao Fundamental II, a escola obteve uma nota de 2.6, em 2005. Em 2007, foi
observada uma queda vertiginosa, com a escola caindo 27%, atingindo assim uma nota de 1.9.
No ano de 2009, houve um crescimento de 47%, elevando a nota para 2.8 (a melhor que a
escola tirou em todas as avaliações). O ano de 2009 foi a única vez em que a escola conseguiu
atingir a meta destinada pelo governo para o Ensino Fundamental II da escola. Em 2011, a
escola apresentou uma queda de 4%, obtendo a nota de 2.7.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 114
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Tabela 18: Valores observados do IDEB do Ensino Fundamental I da Escola Municipal Reitor
João Alfredo versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte:
http://www.portalideb.com.br/escola/85680-‐em-‐reitor-‐joao-‐alfredo/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.5 3.1 3.5 3.7
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 3.5 3.9 4.3
Tabela 19: Valores observados do IDEB do Ensino Fundamental II da Escola Municipal Reitor
João Alfredo versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte:
http://www.portalideb.com.br/escola/85680-‐em-‐reitor-‐joao-‐alfredo/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
2.6 1.9 2.8 2.7
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ 2.6 2.8 3.1
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 115
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 99: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (Ensino
Fundamental I) para a Escola Municipal Reitor João Alfredo versus as metas estimadas pelo
MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/
Figura 100: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (Ensino
Fundamental II) para a Escola Municipal Reitor João Alfredo versus as metas estimadas pelo
MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/
No tocante ao fluxo de aprovação a Escola Municipal Reitor João Alfredo, no
Fundamental I, igualou a sua melhor avaliação (2005). O Fundamental I obteve 0.86, enquanto
que no Fundamental II o valor obtido foi de 0.75 (2011). Em 2005, a escola tinha apresentado
os mesmo 0.86 de 2011 no Fundamental I, e o seu maior fluxo de aprovação (0.78) para o
Fundamental II. O indicador de aprendizado obteve em 2011 o seu valor mais elevado no
Fundamental I (4.27), crescendo 2% em relação ao ano anterior. Os anos finais do Ensino
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 116
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Fundamental sofreram uma redução de 4% em seu índice, quando comparado a 2009,
atingindo a nota de 3.65.
De acordo com o Qedu, em 2007, a escola possuía 7% dos seus alunos do 5º ano com
aprendizado adequado em Português e 5%, em Matemática. No 9º ano, a situação era ainda
mais grave. Nenhum aluno tinha apresentado aprendizado adequado para as duas disciplinas.
Em 2009, o 5º ano obteve 18% dos alunos com aprendizado adequado em Português e 10%
em Matemática. O nono ano, por sua vez, apresentou um relativo crescimento, com 15 % dos
alunos com aprendizado adequado em Português e 5% em Matemática. Em 2011, foi
observada uma redução geral no número de alunos com aprendizado adequado, para ambas
as disciplinas. A disciplina de Português obteve 17% de alunos coma aprendizado adequado (5º
ano) e 10% (9º ano). Na disciplina de Matemática, apenas 2% dos alunos possuíam
aprendizado adequado, tanto no quinto ano quanto no nono ano.
Figura 101: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas
de Português e Matemática referente às turmas do 5º e 9º ano da Escola Municipal Reitor João
Alfredo. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/85680-‐em-‐reitor-‐joao-‐alfredo/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
Na Escola Municipal Reitor João Alfredo, há 19 salas de aula, sendo 17 para ensino
regular, uma de recursos multifuncionais e outra de educação especial, para atender crianças
com deficiências físicas, sensoriais, cognitivas e mentais. As salas do estabelecimento, em
geral, não apresentam espaço para movimentação, haja vista a superlotação: há turmas que
chegam a ter mais de quarenta estudantes. Apesar de equipadas com ventiladores e lâmpadas,
o calor é intenso, e a iluminação, precária, sendo necessária a instalação de ares-‐
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 117
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
condicionados e de um maior número de lâmpadas. As salas de aula ainda apresentam portas
sem fechaduras e paredes com problemas estruturais.
Figura 102: Salas de aula pequenas, com pouca ventilação e apresentando vários problemas
estruturais. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Para o apoio pedagógico, a estrutura física desta instituição de ensino oferece uma
biblioteca ampla e climatizada, mobiliada com bons armários, mesas e cadeiras. Há um
laboratório de informática equipado com vinte computadores, que dispõem de acesso à
internet. Além disso, existe uma sala de multimídias que é ampla, climatizada e bem
iluminada, mas que está subutilizada como depósito de materiais didáticos.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 118
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 103: Laboratório de informática e sala multimídia em bom estado. A sala multimídia é
subutilizada, servindo de depósito de livros. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do
Vereador André Régis de Carvalho.
Entre os espaços para vivência, lazer e recreação, as crianças e adolescentes contam
com uma quadra poliesportiva grande, coberta e ventilada, assim como com um pequeno
pátio. Também há um refeitório, onde foi possível identificar risco de acidente em decorrência
de as mesas e os bancos, revestidos com cerâmica, possuírem extremidades cortantes. A
merenda, de cardápio variado e bem aceita pelos alunos, chega regularmente e é servida em
uma cozinha limpa e bem ventilada, mas que possui um fogão com problemas e apenas uma
geladeira. No que concerne aos pratos e talheres, a coordenação da escola chama atenção:
“Estes objetos, aqui, são em plástico, mas, como os alunos são maiores, é preciso educá-‐los a
se alimentarem em pratos de vidro e talheres de metal, o que muitas vezes não acontece
sequer no ambiente doméstico”.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 119
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 104: Quadra poliesportiva em boas condições de uso por parte dos alunos (imagem 1).
Pias da cozinha necessitando de manutenção (imagem 2).Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Os professores contam com uma sala climatizada, bem iluminada e mobiliada com
armários, mesa, cadeiras, sofá e geladeira. A direção e coordenação ficam em salas
conjugadas, com pouco espaço para circulação, mesmo recebendo alunos, pais e professores
frequentemente; elas também são climatizadas e mobiliadas, sendo que apenas a
coordenação conta com copiadora, e somente a direção é informatizada com computador,
acesso à internet e tem aparelho de telefone – que não realiza chamadas para aparelhos
celulares, sendo estas custeadas pelos funcionários, sempre que se faz necessária a
comunicação com os responsáveis pelos alunos. A secretaria – com computadores,
impressora, copiadora, acesso à internet, armários, mesas e cadeiras – é ampla, bem iluminada
e climatizada.
Apesar de ter alunos e professores com locomoção limitada, o acesso ao segundo e
terceiro andares do prédio da Escola Municipal Reitor João Alfredo se dá por degraus. Todos os
pavimentos da escola possuem banheiros. No térreo, funcionam três banheiros destinados a
uso exclusivo de funcionários e professores. Os banheiros destinados aos alunos encontram-‐se
em péssimas condições, apresentando problemas de manutenção e de vandalismo por parte
dos alunos. Foram observadas algumas cabines destinadas a portadores de necessidades
especiais.
Figura 105: Cabines sanitárias em péssimo estado de conservação. Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 120
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Sobre os serviços essenciais, a Compesa garante a coleta de esgoto, mas a distribuição
de água é precária. O caminhão pipa solicitado à Prefeitura costuma demorar a realizar o
reabastecimento. As instalações elétricas do prédio, por sua vez, não dão indícios de
anormalidade. Em caso de pequenos acidentes, esta escola conta com um kit de primeiros
socorros. Em incêndios, apesar de possuir quatro saídas de emergência, estas não têm placas
indicativas. Além disso, o prédio só conta com dois extintores de incêndio, sendo que estes já
tiveram o prazo de manutenção expirado. O muro da entrada da escola precisa de reparos
urgentes, tendo em vista que a sua atual estrutura apresenta risco eminente de desabamento.
Além do muro, foi possível observar uma série de falhas estruturais em todo o prédio. Pisos
desnivelados, infiltrações e rachaduras são alguns exemplos dessas falhas.
Figura 106: A escola apresenta inúmeros problemas estruturais. Desde piso desnivelado
(imagem 1), tubulação enferrujada (imagem 2), rachaduras (imagem 3) e teto oferecendo risco
de queda (imagem 4). Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de
Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Além da biblioteca e do laboratório de informática com acesso à internet, na Reitor
João Alfredo os professores e alunos têm à disposição livros didáticos e literários, aparelhos de
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 121
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
TV, DVD e som, assim como datashow, jogos e aulas de campo. Sobre os livros didáticos, não
foi recebida uma quantidade suficiente para suprir o número de estudantes. As lousas das
salas são de baixa durabilidade e, hoje, devido às más condições de uso, precisam ser
substituídas por novas, de preferência com material de melhor qualidade. Existe uma sala de
multimídias, hoje subutilizada como depósito de livros. Além disso, não há laboratório de
artes, fazendo com que as aulas desta disciplina, que incluem teatro, sejam realizadas nas salas
de aula.
Os alunos com necessidades especiais que não têm condições de serem incluídos em
sala de aula contam com uma sala de atendimento especializado; aqueles que são inclusos
têm à disposição uma sala de recursos multifuncionais. Há materiais didáticos específicos para
este público, como cadeira de rodas, lápis e computadores adaptados, assim como um amplo
leque de jogos.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Na Escola Municipal Reitor João Alfredo, trabalham 39 professores em sala de aula, e
outros quatro foram readaptados para atividades de biblioteca e secretaria. Os alunos
especiais atendidos pela escola – com deficiências motoras, sensoriais, mentais e cognitivas –,
além de contar com duas professoras com formação em educação especial, são
acompanhados em sala de aula por quatro estagiários. A sala de recursos multifuncionais e a
sala de atendimento especial desta instituição de ensino atendem alunos de outras escolas.
Apesar de terem como função o apoio pedagógico, oito estudantes de nível superior
acabam ministrando aulas. Por anos, a maior parte do quadro de professores nesta instituição
de ensino, indevidamente, era formada por estagiários, muitas vezes cursando o primeiro
período de faculdade. Provavelmente, este é um dos motivos principais para o baixo
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 122
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
rendimento dos alunos nas avaliações nacionais. Assim, a Prefeitura deve garantir a
contratação de novos professores para assumirem as turmas.
Para monitorar a entrada e saída de pessoas do prédio, trabalham oito porteiros e
quatro seguranças. Não foi informado o número exato de pessoal para servir merendas e
limpar a escola. No trabalho administrativo, são dois funcionários, com três professores
readaptados no apoio. Na direção e coordenação pedagógica, são três funcionários, sendo que
só há uma coordenadora para todos os turnos. Seria interessante a contratação de
funcionários para apoio pedagógico.
Apesar de ser expressivo o número de casos de vandalismo no prédio e conflitos entre
os alunos, na Escola Municipal Reitor João Alfredo não há circuito interno de câmeras de
segurança. A escola teve uma parceria com o “Escola Legal”, iniciativa do Tribunal de Justiça de
Pernambuco, Ministério Público e Polícia Militar, que presta assistência aos jovens em situação
de vulnerabilidade social relacionada a diferentes formas de violência e criminalidade, como o
tráfico de drogas, por exemplo. O trabalho dos estagiários desse programa, no geral em
formação nas áreas de Assistência Social, Psicologia e Direito, amenizou o comportamento
agressivo do alunado. Hoje, sem estes agentes pacificadores, de acordo com a coordenação, a
violência escolar tem crescido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
A estrutura física da Escola Municipal Reitor João Alfredo precisa de alguns reparos
para melhor atender professores, funcionários e alunos. Entre eles, primeiramente, chamamos
atenção ao caso dos banheiros, que, depredados pelos alunos e sem adaptação para
cadeirantes, precisam ser reformados. Seria interessante, também, que as mesas e cadeiras do
refeitório fossem requalificadas, haja vista que as extremidades em cerâmica e as cerâmicas
quebradas oferecem risco de corte.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 123
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Ainda nas questões de infra-‐estrutura, as turmas desta instituição de ensino são
formadas por um número de alunos não comportados pelas salas de aula. Em geral, a partir de
breve observação, identificamos que estes espaços não oferecem boas condições de circulação
para os alunos, haja vista a disposição das bancas, muito próximas umas das outras. Além
disso, mesmo com ventiladores e lâmpadas, as salas tendem a ser quentes e escuras. Mesmo
que fossem colocados mais ventiladores, o desconforto ainda seria grande. Faz-‐se interessante
a instalação de aparelhos de ar-‐condicionado. Para resolver o problema da iluminação, é
preciso mais lâmpadas.
A Escola Municipal Reitor João Alfredo sofre com problemas na distribuição de água,
tendo que, constantemente, solicitar caminhões pipa à Prefeitura. Os reabastecimentos de
emergência costumam demorar, informou a direção da escola. Aqui, o serviço de telefonia não
realiza chamadas para celulares. Dessa forma, a direção e a coordenação da escola financiam a
maior parte da comunicação com os pais. Os dois extintores de incêndio encontrados na escola
estão fora do prazo de validade, e nenhuma das quatro saídas de emergência é sinalizada.
Por falta de professores, ainda há estudantes assumindo sala de aula nesta instituição
de ensino. É urgente a contratação de novos docentes para completar o quadro. Além disso,
precisa-‐se da requalificação da sala de multimídias, hoje utilizada como depósito de livros, e da
construção de um local adequado às atividades de artes realizadas na escola, como teatro, por
exemplo. No mais, as lousas de algumas salas, por apresentarem material de baixa
durabilidade, não estão em boas condições de uso e precisam ser trocadas.
ESCOLA MUNICIPAL ALMIRANTE SOARES DUTRA
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 124
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 107: Vista frontal da Escola Municipal Almirante Soares Dutra. Foto tirada pela Equipe
de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Com turmas de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e correção de fluxo, a Escola
Municipal Almirante Soares Dutra atende 149 alunos pela manhã e 173 à tarde. Começando a
ser avaliada pelo Ideb em 2007, esta instituição de ensino tem alcançado as projeções do MEC
e ultrapassado as médias do município. Ainda assim, seu desempenho é tímido,
proporcionalmente às metas estipuladas.
Em 2007, a nota obtida no Ideb pela escola foi de 3.8. A projeção elaborada pelo
Ministério da Educação para o ano de 2009 era que a escola obtivesse a nota de 4.0. A meta
estabelecida foi superada, recebendo-‐se uma nota de 4.2. Em 2011, a escola manteve sua
trajetória ascendente e cresceu mais 2%, atingindo a meta de 4.3 proposta pelo MEC para o
período.
Tabela 20: Valores observados do IDEB do Ensino Fundamental I da Escola Municipal
Almirante Soares Dutra versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte: Portal Ideb Escola
Municipal Almirante Soares Dutra. Disponível em:
http://www.portalideb.com.br/escola/85482-‐em-‐almirante-‐soares-‐dutra/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
-‐ 3.8 4.2 4.3
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
-‐ -‐ 4.0 4.3
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 125
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 108: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (Ensino
Fundamental I) para a Escola Municipal Almirante Soares Dutra versus as metas estimadas
pelo MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/
A Escola Municipal Almirante Soares Dutra apresentou um fluxo de aprovação de 0.91,
2% mais baixo do que o apresentado em 2009 (0.93). No que diz respeito ao seu índice de
aprendizado, a escola apresentou o valor mais alto dentre todas as avaliações (4.75). Em 2007,
o valor observado foi de 4.25. Nas avaliações posteriores, foram observados crescimentos de
5% (2009) e 6% (2007).
De acordo com o Qedu, no ano de 2007, apenas 21% dos alunos do quinto ano
possuíam aprendizado adequado em Português, enquanto que em Matemática esse número
era de 14%. Em 2007, houve um crescimento em ambas as disciplinas: 22% dos alunos
apresentaram aprendizado adequado em Português, enquanto que em Matemática foram
16% dos alunos. Em 2011, foi observada uma queda nas duas disciplinas. Português passou a
contar com apenas 18% de alunos com aprendizado adequado, enquanto que em Matemática
o número foi de 11%.
Figura 109: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas
de Português e Matemática referente às turmas do 5º e 9º ano da Escola Municipal Almirante
Soares Dutra. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/85482-‐em-‐almirante-‐soares-‐
dutra/proficiencia
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 126
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
A ESTRUTURA FÍSICA
A Escola Municipal Almirante Soares Dutra possui oito salas de aula que apresentam
um padrão na estrutura física: são bem iluminadas, espaçosas, com lousa, cadeiras e mesas em
bom estado de uso, porém com péssima ventilação, fator que contribui para a inquietação das
crianças. Fora das salas de aula, os alunos não contam com parque ou quadra poliesportiva,
mas somente com um pequeno pátio onde se colocam mesas e cadeiras para funcionar um
refeitório improvisado.
Figura 110: Salas de aula da Escola Municipal Almirante Soares Dutra. Fotos tiradas pela
Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Nessa escola há uma biblioteca, porém não há bibliotecário ou mediador de leitura
para mantê-‐la funcionando. Existe, também, um laboratório de informática, mas que, além de
só contar com monitor em um horário, apresentam três computadores sem condições de uso.
Os professores têm uma sala para descanso e planejamento de atividades, dividida com a
coordenação, a direção e a secretaria da escola. Este espaço é mobiliado e bem iluminado,
mas a ventilação e o espaço para circulação são péssimos. Dois computadores estão à
disposição dos funcionários, sendo um com acesso à internet. Também têm impressora,
copiadora e linha telefônica, que, por sua vez, não realiza chamadas para celulares,
dificultando a comunicação da direção com os responsáveis pelos estudantes.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 127
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 111: Biblioteca em bom estado de conservação, infelizmente, não há bibliotecário ou
mediador de leitura(imagem 1 e 2). Laboratório de informática em boas condições, mas alguns
computadores não funcionam (imagem 3). Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador
André Régis de Carvalho.
A Compesa atende a Municipal Almirante Soares Dutra na distribuição de água, porém
não na coleta de esgoto, que neste caso é fossa artesanal. As instalações elétricas, de acordo
com a direção, não dão sinais de risco de acidente. Em todo caso, a escola está amparada por
extintores de incêndio e kit para primeiros socorros. A cozinha da escola é limpa e arejada, e
seus refrigeradores estão em bom estado de conservação. A merenda é recebida
regularmente, raramente apresenta irregularidades, o cardápio é variado, com sabor bem
recebido pelos alunos.
Quatro banheiros bem higienizados estão ao acesso de professores e funcionários,
enquanto seis podem ser utilizados pelos estudantes. No momento, nenhum deles é adaptado
para pessoas com limitações motoras.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 128
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 112: Banheiros em bom estado de conservação. Apesar de não possuírem adaptações
para portadores de necessidades especiais. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador
André Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
A Escola Municipal Almirante Soares Dutra recebe tanto materiais a serem entregues
para os alunos quanto para uso coletivo em sala de aula. Entre eles, podemos citar livros
didáticos e literários, cadernos, papel, lápis, canetas, borrachas, tesouras e similares. Também
há acesso a televisão, DVD, aparelho de som, boas lousas, jogos, datashow e aulas de campo.
O acesso a computadores e à internet está limitado porque o laboratório de informática
precisa de manutenção.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS FÍSICA, ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Quinze professores atuam em sala de aula, na Escola Almirante Soares Dutra. Dois
funcionários de direção acumulam funções administrativas, com o apoio de dois professores
readaptados. Só há um estagiário de ensino médio para monitoria do laboratório de
informática, que funciona com apenas três computadores. A biblioteca não presta serviços à
comunidade escolar por falta de pessoal.
Apesar de atender crianças com distúrbios mentais e dificuldades de aprendizagem, a
escola não oferece acompanhamento especializado a este público, nem materiais didáticos
específicos. Também não há sala de recursos multifuncionais. Para auxiliar os alunos com
reposição de conteúdos, como incentivo à aprendizagem, o programa “Mais Educação”
oferece oficinas de letramento, reforço em Matemática, música e desportos. Os pais também
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 129
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
costumam ser convocados a participar da vida escolar dos seus filhos e, de acordo com a
direção, a maioria costuma se fazer presente.
Na distribuição de merendas e limpeza da escola, trabalham cinco auxiliares de
serviços gerais. Para o controle de entrada e saída de pessoas do prédio, são quatro porteiros.
Apesar de estar inserida no Cabanga, bairro com histórico recorrente de violência, a escola não
conta com seguranças, nem circuito interno de câmeras.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
A Escola Municipal Almirante Soares Dutra precisa expandir sua estrutura física de
forma que alunos, professores e funcionários tenham melhores condições de trabalho. Em
primeiro ponto, a direção, secretaria, coordenação e sala de professores precisam ser
instaladas em espaços distintos, para que o planejamento pedagógico e a administração da
escola possam funcionar em suas melhores competências. Além disso, o projeto “Mais
Educação” carece de ambientes propícios ao desenvolvimento de suas atividades.
Num plano palpável para o momento, seria interessante melhor ventilação ou
climatização das salas de aula, haja vista o desconforto que proporcionam. Além disso, faz-‐se
necessária a manutenção dos computadores do laboratório de informática, que funciona com
apenas três máquinas, assim como a contratação de bibliotecário e mediadores de leitura para
reativar os serviços da biblioteca.
Sobre a questão da acessibilidade, os alunos com necessidades especiais não contam
com acompanhamento especializado. Da mesma forma, não há profissionais capacitados para
identificar e encaminhar aos serviços competentes aqueles que apresentarem dificuldades de
aprendizagem. A Prefeitura precisa estudar o caso e garantir soluções para os problemas
apresentados.
ESCOLA MUNICIPAL DO COQUE
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 130
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 113: Vista frontal da Escola Municipal Almirante Soares Dutra. Foto tirada pela Equipe
de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal do Coque, como o próprio nome faz referência, se localiza na
comunidade do Coque, bairro da Ilha Joana Bezerra. Funcionando em dois prédios com turmas
de Ensino Fundamental I e Se Liga, no turno da manhã estudam 260 crianças em nove turmas
na sede e 50 crianças em três turmas do anexo; pela tarde, são 255 crianças em nove turmas
na sede e outras 50 em três turmas no anexo; no turno da noite, estudam 80 alunos em três
turmas do ProJovem.
Os dados referentes às notas do Ideb, do Prova Brasil e o Fluxo de Aprovação da Escola
Municipal do Coque, não foram encontrados em nenhum dos sites de pesquisa (INEP, Portal
Ideb e QEdu).
A ESTRUTURA FÍSICA
No prédio sede da Escola Municipal do Coque existem nove salas de aula para o ensino
regular e uma sala de recursos multifuncionais para o atendimento de crianças com
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 131
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
necessidades especiais, como limitações motoras, deficiências sensoriais, distúrbios mentais e
dificuldades de aprendizagem. No anexo existem três salas de aula de ensino regular.
Das nove salas de ensino regular da sede, quatro apresentam pouco espaço para
movimentação, haja vista que em cada uma delas estuda uma média superior a trinta alunos e
as cadeiras estão dispostas muito próximas umas das outras. Em algumas delas, a iluminação
está comprometida em decorrência de falta de lâmpadas ou lâmpadas queimadas. Dessas,
apenas uma é climatizada e todas as outras são mal ventiladas, porque alguns ventiladores
estão quebrados ou a quantidade não é suficiente. A sala de recursos multifuncionais tem
espaço para movimentação, é climatizada e bem iluminada.
Figura 114: Algumas das salas de aula da Escola Municipal do Coque. Foi possível observar que
a maioria das salas são pequenas, com problemas de ventilação e iluminação. Fotos tiradas
pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
No anexo, que fica na mesma rua da sede, são três salas de aula, onde duas, que ficam
no térreo, não tem espaço para circulação, haja vista que as mesas e cadeiras ficam muito
próximas umas das outras. Estas mesmas salas têm piso em cimento que deixam o espaço
empoeirado, são mal iluminadas e quentes devido a pouca quantidade de lâmpadas e
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 132
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
ventiladores; uma delas funciona em cima de uma cisterna, cuja tampa fica dentro a sala. A
terceira sala, que fica no primeiro andar e cujo acesso se dá por uma escada de madeira que
não está bem fixada, também não tem espaço para movimentação, mas conta com boa
iluminação, é arejada e bem ventilada. Tanto nas salas do anexo quanto da sede tem fiação
exposta e as lousas não apresentam boas condições de uso, necessitando serem substituídas.
Figura 115: Vista frontal do anexo da Escola Municipal do Coque. Foto tirada pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
No anexo não há nenhuma área para recreação ou atividade pedagógica extraclasse;
lá, as crianças consomem as merendas dentro da sala de aula. Na sede, por outro lado, apesar
de não ter parque, nem quadra poliesportiva, há um pátio externo amplo onde poderiam ser
edificadas boas salas para transferir os alunos do anexo para salas com mais conforto,
permanecendo espaço para área de vivência e até para a construção de um parque.
Na sede da Escola Municipal do Coque também há um refeitório espaçoso com boas
mesas e cadeiras, porém quente e mal iluminado devido à necessidade de mais lâmpadas e
ventiladores. A merenda é recebida regularmente e raramente apresenta anormalidades; o
cardápio é variado e o sabor tem boa aceitação entre os alunos. Os alimentos são recebidos
em uma cozinha que é limpa, mas que tem lâmpadas e um ventilador queimado. Lá também
há uma biblioteca climatizada com condicionador de ar e com ótimo espaço para circulação,
equipada com aparelho de TV led 42’, home theater e computador com acesso à internet, e
que é mobiliada com bons armários, mesas, cadeiras e almofadas. Neste prédio existe um
espaço amplo, climatizado e com acesso à internet para funcionar o laboratório de
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 133
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
informática. Dos nove computadores do laboratório, sete funcionam, mas nenhum está sendo
usado porque as tomadas precisam de adaptadores para ser ligadas nos pontos de energia.
Figura 116: Os computadores do laboratório de informática não podem ser utilizados, pois
faltam adaptadores para as tomadas. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André
Régis de Carvalho.
O muro frontal da sede está apresenta rachaduras, seus azulejos estão caindo e o
portão corre risco eminente de desabar. Há ferragens expostas no lado externo das paredes do
prédio. Apesar de atender alunos com limitações motoras, nem na sede, nem no anexo há
rampas de acesso para cadeirantes. Nos corredores da sede encontramos calhas enferrujadas
e sem lâmpadas, e nas proximidades do início da escada que dá acesso ao primeiro andar
identificamos rachaduras nas paredes. O telhado também precisa de reforma, pois apresenta
frestas entre as telhas, causando goteiras em dias de chuva.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 134
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 117: Em toda a escola é possível observar falas na estrutura. Fotos tiradas pela Equipe
de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Na sede fica a sala de professores que possui bons armários, mesas e cadeiras; o
ambiente é amplo, climatizado, mas estão faltando lâmpadas para garantir uma melhor
iluminação; além de ser conjugada a um banheiro limpo, bem iluminado e arejado, também
tem aparelho de TV e bebedouro. A secretaria e direção funcionam em uma sala com dois
ambientes delimitados por uma divisória de madeira que é mobiliada com boas mesas,
cadeiras e armários e que é equipada com um computador – da secretaria – com acesso à
internet, copiadora e impressora; apesar de climatizada e bem iluminada, ela é pequena e não
oferece boas condições para o atendimento individualizado de pais e alunos.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 135
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
Figura 118: Salas dos professores em bom estado de conservação. Foto tirada pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Sobre os banheiros, na sede são seis para os alunos, sendo dois masculinos, dois
femininos e dois para cadeirantes; o banheiro para cadeirantes, no entanto, não têm vasos
adaptados. Aqui os lavabos são limpos, arejados e bem iluminados, porém dentro de um deles
fica uma caixa de água sustentada por uma estrutura metálica que está enferrujada. No anexo
são dois banheiros, um para alunos e um para professores, ambos com infiltrações e um sem
iluminação. Eles não são nem adaptados para crianças, nem para cadeirantes.
Figura 119: Alguns banheiros da escola apresentam problemas de infiltrações e vazamentos
(imagem 1). A segunda imagem permite observar que a escola possui alguns banheiros
adaptados a portadores de necessidades especiais Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do
Vereador André Régis de Carvalho.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 136
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
No que se refere aos serviços essenciais, tanto a sede quanto o abastecimento de água
e coleta de esgoto é realizado pela Compesa. A rede elétrica não tem dado indícios de risco.
Em nenhum dos prédios há extintores de incêndio ou saídas de emergência.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
O trabalho didático da Escola Municipal do Coque pode ser feito com aparelhos de TV
DVD e som, datashow, jogos e instrumentos para trabalhos manuais como cola, tesoura, tinta,
massa de modelar e lápis de cor. Apesar de contar com uma boa biblioteca com livros de
literatura e enciclopédias, a sala de informática não está aberta aos alunos por falta de
adaptação das tomadas.
Aos alunos foram entregues livros didáticos e paradidáticos, assim como lápis, régua,
cola e similares. Esta escola não recebeu fardamento do ano letivo 2013, nem chegaram
bolsas. Os alunos com deficiência recebem o mesmo material que os outros alunos e contam
com o apoio da sala de atendimento especializado que possui recursos multifuncionais.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Na Escola Municipal do Coque, considerando sede e anexo, trabalham vinte e sete
professoras, sendo vinte e duas em sala de aula, duas para apoio pedagógico, duas lotadas na
sala de recursos multifuncionais e uma readaptada para secretaria. Na parte de direção,
coordenação são cinco funcionários, e outros dois trabalham no administrativo junto a dois
estagiários, um de nível técnico, outro de nível superior.
Dois estagiários de ensino superior acompanham alunos com necessidades especiais, e
outro com mesmo nível de escolaridade realiza atividades de mediação de leitura na biblioteca
pelo turno da tarde; não há mediador de leitura no horário da manhã. Um estudante de ensino
médio está lotado no laboratório de informática. Para limpar a escola e servir merenda são
nove os colaboradores. Oito porteiros e oito seguranças fazem o controle de entrada e saída
do prédio e tratam de resguardar o patrimônio.
Como projeto de incentivo à aprendizagem esta unidade de ensino oferece oficinas de
dança, letramento e reforço em matemática pelo programa Mais Educação. Para levar as
famílias à escola são convocadas quatro reuniões anuais, além de palestras sobre noções de
cidadania; os pais costumam comparecer em grande número apenas quando o tema a ser
discutido são as bolsas dos programas assistenciais.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 137
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
No que diz respeito à estrutura física, a Escola Municipal do Coque necessita de alguns
reparos. Na sede o muro ameaça desabar e em algumas partes do prédio é possível encontrar
rachaduras e infiltrações; dentro de um dos banheiros há uma caixa d’água cuja estrutura
metálica de sustentação apresenta ferrugens e indica risco de acidente. O telhado também
precisa de reformas no sentido de evitar goteiras em dias de chuva.
Sobre as salas de aula, seria interessante, primeiramente, que se construíssem três na
sede para transferir as crianças do anexo que têm estudado em espaços pequenos, quentes e
sem nenhuma área de lazer – uma delas funciona em cima de uma cisterna, inclusive. No que
concerne às salas já existentes, muitas delas estão com a iluminação comprometida, haja vista
o grande número de lâmpadas queimadas e falta de lâmpadas; além disso, são mal ventiladas
em decorrência da baixa quantidade de ventiladores, sendo necessária a compra e instalação
de novos aparelhos desses. É preciso melhorar a iluminação não somente nas salas de aula,
mas nos espaços de uso comum, como é o caso dos corredores, refeitório e biblioteca. A sala
dos professores, cozinha e sala da direção/secretaria também precisam da instalação de novas
lâmpadas.
Algumas turmas estão superlotadas com mais de trinta alunos de forma que as
professoras acabam por se desgastar para garantir o exercício da docência e as crianças ficam
sem espaço para movimentação. Além disso, as turmas de Ensino Fundamental I estão usando
bancas universitárias, quando seria melhor para o seu desenvolvimento motor a utilização de
mesas e cadeiras. Assim, é necessária redução da quantidade de alunos por turma ou a
ampliação das salas de aula. A sala onde funciona a direção e a secretaria também precisa ser
ampliada para oferecer melhor atendimento aos alunos e seus pais, assim como para os
professores.
No que se refere à acessibilidade, nesta escola não há rampas de acesso e o banheiro
para cadeirantes não conta com vaso sanitário adaptado. Na Municipal do Coque também não
há extintores de incêndio ou saídas de emergência. É preciso que providências sejam tomadas
no sentido de resolver estes problemas.
O laboratório de informática precisa de mais computadores, pois sete – quantidade de
máquinas que estavam funcionando na ocasião da visita – não atendem a demanda de uma
média de vinte e cinco alunos por turma. Além da compra de novos computadores é preciso
averiguar se os já existentes estão acessíveis aos alunos, haja vista que antes não eram ligados
EDUCAÇÃO BÁSICA NA RPA1 -‐ RECIFE 138
RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
por falta de adaptação às tomadas. Por fim, é interessante que se construa uma área de lazer
para as crianças como um parque, por exemplo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Seguindo com a ideia de realizar um diagnóstico amplo e detalhado sobre as nossas
escolas, abordamos, aqui, todas as instituições de ensino da RPA 1. No ensino Fundamental I,
foi possível constatar que a região cresce a uma taxa inferior ao observado na cidade,
enquanto que no Fundamental II, observou-‐se um crescimento compatível com o do Recife.
Antes de comentar sobre as possíveis razões para a região ter obtido as notas de 3.9
no Fundamental I e 2.9 no Fundamental II, convém observar que uma análise restrita aos
valores do Ideb pode induzir a considerações equivocadas. Como exemplo pode-‐se citar a
Escola Municipal Pedro Augusto, a simples análise da evolução de suas notas do Ideb, indica
que a escola, depois de uma abrupta queda em 2009 (onde recebeu uma nota de 1.9),
conseguiu obter um crescimento de 68% em apenas dois anos (em 2011 a nota foi de 3.2). O
que poderia levar a crer que o aprendizado por parte dos alunos tenha sofrido considerável
melhora. Não obstante, de acordo com dados do QEdu, nenhum aluno do 9º apresentou
aprendizado adequado para a disciplina (0% foi também o valor observado na avaliação de
2009), atrelado a esse dado é possível constatar que o fluxo de aprovação cresceu, em 2011,
57%. Sendo assim, é plausível defender a hipótese que a nota do Ideb cresceu, não por causa
de um melhor aprendizado, mas sim, graças a um sistema que permite que o aluno passe de
ano, mesmo que ele não tenha aprendizado suficiente para isso.
É imperativo à Prefeitura da Cidade do Recife, ponderar sobre a qualidade do
aprendizado de suas escolas. Na RPA 1, não foi apenas a escola Pedro Augusto que apresentou
0% de aprendizado em alguma de suas disciplinas, outras escolas municipais da região (Escola
José Costa Porto, Escola Reitor João Alfredo, Escola Padre Antônio Henrique, são alguns
exemplos) já obtiveram 0% de aprendizado (em matemática ou português) em alguma de suas
avaliações. O que acaba gerando sérias preocupações sobre como os alunos dessas escolas vão
conseguir recuperar, a posteriori, esse aprendizado. Outra questão que precisa ser revista com
urgência, diz respeito à filosofia utilizada na rede municipal, onde o aluno não pode ser
reprovado (isso quando existe avaliação).
A partir das visitas às escolas, foi possível perceber que a situação é de total
desrespeito aos alunos e funcionários (em muitos casos, com violações aos direitos humanos).
Exemplo claro disso é a falta de espaços adequados para os alunos deficientes, dificultando
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RELATÓRIO 2 -‐ ABRIL DE 2013 | EQUIPE VEREADOR ANDRÉ RÉGIS
sua inclusão no meio escolar. A falta de acompanhamento por profissionais especializados
também deve ser ressaltada.
Em sua maioria, os prédios onde funcionam as escolas não foram projetados para algo
desse porte, são apenas edificações que foram adaptadas para receber os estudantes. Em
virtude dessa adaptação, muitos dos instrumentos necessários para fomentar um aprendizado
adequado encontram-‐se ausente, ou quando presentes não atende de maneira satisfatória os
anseios do corpo docente e discente da escola. Em muitas escolas, faltam laboratórios de
ciências, bibliotecas, laboratórios de informática e até um espaço onde os estudantes possam
se alimentar e socializar. Obrigando as crianças a ficarem confinadas durante todo o horário
escolar em suas salas. Como podem ser observadas, nas visitas in loco, as edificações (salvo
algumas exceções) apresentam graves problemas estruturais, o que compromete a segurança
de todos os indivíduos que transitam pela escola.
Além da necessidade de ser reformar as escolas da RPA 1 (em algumas delas o ideal
seria a construção de um novo prédio) é importante que a gestão dos recursos seja realizada
de maneira eficaz. Exemplos como o da Escola Municipal do Coque, que mesmo apresentando
computadores novos em seu laboratório, não estão disponíveis aos alunos e professores em
virtude da falta de adaptadores constituem casos de desperdício de dinheiro público.
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