relatÓrio anual da administraÇÃo e...
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RELATRIO ANUAL DA ADMINISTRAO E
DEMONSTRAES FINANCEIRAS
CENTRAIS ELTRICAS DE SANTA CATARINA S.A.
CNPJ/MF 83.878.892/0001-55
Exerccios Findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
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Mensagem da Administrao
Em um ano ainda marcado pelo cenrio recessivo da economia nacional, o Grupo Celesc apresenta,
no exerccio findo em 31 de dezembro de 2016, Prejuzo Lquido de R$9,8milhes, comparado aos
R$130,7milhes de Lucro Lquido que a Companhia alcanou no ano de 2015.
A piora no resultado da Companhia em 2016 decorre, principalmente, do desempenho da Celesc
Distribuio. No ano, registrou-se fraco desempenho do mercado, queda de 5,4%, fator que impacta
diretamente sobre o faturamento da Empresa. Porm, o que contribuiu efetivamente para o resultado
contbil negativo foi o reconhecimento de passivo financeiro no valor de R$256 milhes, referente
exposio contratual ocorrida no ano de 2014.
Os nmeros ajustados, porm, evidenciam os esforos que vm sendo efetivados pela Companhia,
de forma estratgica, visando maior eficincia operacional e reduo de custos, conforme
estabelecem os objetivos traados ainda em 2011, com o Plano Diretor Celesc 2030.
O trabalho desenvolvido em 2016 permitiu ao Grupo Celesc diversos avanos, com um
investimento total de R$685 milhes. No ano, na rea da distribuio, foram realizados
investimentos de R$343,1 milhes, otimizados de forma a buscar o melhor retorno para a empresa.
O montante de recursos, que mantm a mdia anual dos ltimos quatro anos, permitiu, alm de
outros investimentos, a energizao de oito novas subestaes, a reforma ou ampliao de outras
onze e a construo de oito novas linhas de distribuio. Essas obras proporcionaram acrscimo de
186MVA capacidade de atendimento do sistema de Alta Tenso, totalizando atualmente mais de 7
mil MVA.
Esse, alis, um esforo que vem sendo envidado nos ltimos anos de forma incisiva. Fruto dessa
busca pela melhoria contnua, registramos, no perodo de 2011 a 2016, a reduo de 25,2% o tempo
mdio que cada consumidor ficou sem energia eltrica a cada ano, medido pelo DEC Durao
Equivalente por Consumidor; e em 27% o nmero de vezes, medido pelo FEC Frequncia
Equivalente por Consumidor.
Em paralelo ampliao do sistema, que envolve planejamento robusto, investimos na melhoria dos
processos, na adoo de novas tecnologias, em capacitao de pessoal, modernizao dos sistemas e
reviso da logstica operacional. Assim como todo o grupo, a Celesc Distribuio vem evoluindo na
gesto de seus custos operacionais, e continua em uma trajetria de reduo do PMSO (Pessoal,
Material, Servios e Outros) quando comparado aos patamares regulatrios, com reduo de 26%
desta diferena entre 2015 e 2016, equivalente a R$33 milhes. Este bom resultado tem como
alicerce um programa de eficincia operacional em curso e a administrao est comprometida em
atingir o nvel de eficincia regulatria no curto prazo, e, na sequncia, super-lo com novas
medidas de eficincia.
Na Celesc Gerao, mantivemos o foco em ampliar nosso parque de gerao prpria e as parcerias
com investidores privados, garantindo presena em diversos empreendimentos no estado. Em 2016,
destaque para a assinatura dos contratos de concesso para a Empresa continuar explorando, pelos
prximos trinta anos, os servios de gerao das usinas Salto Weisbach, em Blumenau; Cedros e
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Palmeiras, em Rio dos Cedros; Garcia, em Angelina; e Bracinho, no municpio de Schroeder, que
totalizam 63,2 MW de capacidade instalada.
Em 2016, tambm foram mantidos os investimentos para viabilizar aes de eficincia energtica,
que somaram R$ 53,6 milhes. Em virtude dos amplos resultados alcanados em prol do combate
ao desperdcio de energia eltrica, associado proteo ao meio ambiente e qualidade de vida das
pessoas, nossos projetos tm se tornado referncia nacional. Assim tambm acontece com nosso
programa de Pesquisa & Desenvolvimento, onde temos investido na inovao consequente, aquela
que se traduz em benefcios para toda a sociedade.
Um reflexo dessas iniciativas se traduz em conquistas importantes, como nosso retorno, em 2016,
ao seleto grupo de 40 empresas que fazem parte da carteira do ndice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE) da BM&FBOVESPA, e o retorno ao topo do ranking das melhores distribuidoras
do Pas, figurando em 5 lugar na pesquisa ABRADEE de satisfao do Cliente.
Temos pela frente um cenrio ainda nebuloso, mas seguimos otimistas em relao ao futuro de
nossa empresa e de nosso pas. Ampliaremos nossos esforos de aumento de eficincia dos
processos, reduo de custos e ampliao dos negcios.
Somos uma marca forte e com 61 anos de uma histria extremamente valorosa. Com o esforo e o
comprometimento de cada um, ser possvel vencermos todos os desafios.
Cleverson Siewert
Diretor Presidente
Pedro Bittencourt Neto
Presidente do Conselho de Administrao
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1. APRESENTAO
Senhoras e Senhores Acionistas,
Apresentamos o Relatrio Anual da Administrao e as Demonstraes Financeiras da Centrais
Eltricas de Santa Catarina S.A. Celesc, relativos ao exerccio social encerrado em 31 de
dezembro de 2016, acompanhados do Relatrio dos Auditores Independentes, da Manifestao do
Conselho de Administrao e do Parecer do Conselho Fiscal.
As Demonstraes Financeiras foram elaboradas e so apresentadas de acordo com o padro
contbil estabelecido pelo International Accouting Standards Board IASB, denominado
International Financial Reporting Standards IFRS, consubstanciado na Instruo da Comisso de
Valores Mobilirios CVM no 457 de 13 de julho de 2007, pelos pronunciamentos aprovados pelo
Comit de Pronunciamentos Contbeis CPC e pelas normas especficas aplicveis as
concessionrias de servio pblico de energia eltrica estabelecida pela Agncia Nacional de
Energia Eltrica ANEEL.
2. PERFIL EMPRESARIAL
A Centrais Eltricas de Santa Catarina S.A. Celesc, uma sociedade de economia mista, fundada
em 09 de dezembro de 1955 por meio do Decreto Estadual no 22, para atuar nas reas de gerao,
transmisso e distribuio de energia. A Companhia tem presena consolidada entre as maiores do
setor de energia eltrica do Pas. Em 2006, em ateno ao modelo preconizado pela atual legislao
que rege o Setor Eltrico Nacional, a Companhia foi estruturada como Holding, estreando como um
dos 100 maiores grupos empresariais do Pas.
Na atual estrutura societria, a Companhia possui duas subsidirias integrais, a Celesc Gerao S.A.
Celesc G e a Celesc Distribuio S.A. Celesc D Alm disso, detm participaes na Companhia
de Gs de Santa Catarina S.A. SCGS, na Empresa Catarinense de Transmisso de Energia
Eltrica ECTE, na Dona Francisca Energtica S.A. DFESA, na Companhia Catarinense de gua
e Saneamento Casan, e na Usina Hidreltrica Cubato, conforme figura a seguir:
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Figura 1 Estrutura Societria do Grupo Celesc
Fonte: DEF/DPRI
2.1. Subsidirias Integrais
2.1.1. Celesc Distribuio S.A. Celesc D
Com presena consolidada entre as melhores do Setor Eltrico do Pas, a subsidiria integral da
Celesc responsvel pelos servios de distribuio de energia eltrica em 92% do territrio de Santa
Catarina. Seus servios chegam a 264 dos 295 municpios catarinenses e ao municpio de Rio Negro,
no Paran, e atendiam a 2.828.000 (dois milhes oitocentos e vinte e oito mil) unidades consumidoras
em 31 de dezembro de 2016. A rede de distribuio estava constituda por 150.113 km de redes de
distribuio (MT e BT), 4.598,23 km de linhas (AT), 165 subestaes, 171.565 transformadores e
1.665.616 postes.
A Celesc D atua ainda no suprimento de energia eltrica para o atendimento de 5 concessionrias e 17
permissionrias, responsveis pelo atendimento dos demais 31 municpios catarinenses.
Sua rea de concesso corresponde a pouco mais de 1% do territrio nacional, mas seu market share
corresponde a 4,7% da energia consumida no Pas. No ranking das maiores distribuidoras do Brasil,
a 6a em receita de fornecimento, 7a em volume de venda de energia eltrica e a 10a em nmero de
consumidores. O faturamento bruto em 2016 chegou a R$10,49bilhes.
2.1.2. Celesc Gerao S.A. Celesc G
A Celesc G a subsidiria integral que responde pela operao, manuteno, expanso e
comercializao do parque gerador da Companhia, atualmente formado por 12 pequenas centrais
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hidreltricas PCHs, de propriedade integral da empresa e 5 PCHs desenvolvidas em parceria com
investidores privados, no formato de Sociedade de Propsito Especfico SPE.
O parque de gerao prpria possui 106,75MW de potncia instalada, conforme quadro a seguir.
Quadro 1 Parque Gerador Prprio Usinas 100% Celesc G
Geradora Localidade
Potncia
Instalada
(MW)
Data de
Vencimento da
Concesso
Palmeiras Rio dos Cedros/SC 24,60 07/11/2046
Bracinho Schroeder/SC 15,00 07/11/2046
Garcia Angelina/SC 8,92 05/01/2046
Cedros Rio dos Cedros/SC 8,40 07/11/2046
Salto Blumenau/SC 6,28 07/11/2046
Celso Ramos Faxinal do Guedes/SC 5,40 17/03/2035
Pery Curitibanos/SC 30,00 09/07/2017
Caveiras Lages/SC 3,83 10/07/2018
Ivo Silveira Campos Novos/SC 2,60 (i)
Pira Joinville/SC 0,78 (i)
So Loureno Mafra/SC 0,42 (i)
Rio do Peixe Videira/SC 0,52 (i)
Total da Capacidade Instalada 106,75
Fonte: DGT/DPEG
(i) As Centrais Geradoras Hidreltricas CGHs, com potncia inferior a 5MW, esto dispensadas
do ato de concesso, no possuindo, portanto, data de vencimento. A converso do regime de
concesso de servio pblico para registro junto ANEEL j foi concludo.
A Celesc G possui tambm projetos de ampliao do parque gerador prprio, em estgio de
desenvolvimento dos estudos energticos e de obteno das licenas ambientais, conforme quadro a
seguir:
Quadro 2 - Projetos de Expanso da Gerao Parque Prprio Celesc G
Investimentos em Ampliao e Novas Usinas Potncia
Instalada (MW)
Acrscimo
da Potncia (MW)
Potncia Final
(MW)
PCH Celso Ramos 5,40 7,42 12,82
UHE Salto 6,28 23,72 30,00
UHE Cedros Etapa I 8,40 3,60 12,00
UHE Cedros Etapa II 12,00 1,00 13,00
UHE Palmeiras 24,60 0,75 25,35
CGH Maruim - 1,40 1,40
PCH Rio do Peixe 0,52 9,00 9,00
UHE Caveiras 3,83 10,00 1,83
Subtotal 61,03 56,89 105,40
Fonte: DGT/DPEG
O parque de gerao em parceria com investidores privados no formato de Sociedades de Propsito
Especfico SPE possui 25,28MW. A potncia equivalente participao societria da Celesc G
nesses empreendimentos de 8,05MW de potncia instalada, conforme quadro adiante.
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Quadro 3 Novos empreendimento em operao Participao minoritria
Usinas
Localizao
Prazo de
Concesso
Potncia
Instalada
(MW)
Participao
Celesc
Gerao
Equivalente
Potncia
Instalada
(MW)
PCH Prata Bandeirante/SC 13/05/2039 3,00 26,07% 0,78
PCH Belmonte Belmonte/SC 13/05/2039 3,60 26,07% 0,94
PCH Bandeirante Bandeirante/SC 13/05/2039 3,00 26,07% 0,78
PCH Rondinha Passos Maia/SC 14/10/2040 9,60 32,50% 3,12
PCH Xavantina Xanxer/SC 08/04/2040 6,08 40,00% 2,43
Total - MW 25,28 8,05
Fonte: DGT/DPNN
A Celesc G possui participao societria em outros trs empreendimentos, ainda em estgio de
desenvolvimento, totalizando 25,7MW de potncia instalada. A potncia equivalente participao
societria da Celesc G nesses empreendimentos de 9,18MW de potncia instalada, conforme
quadro:
Quadro 4 Novos Empreendimentos em Desenvolvimento Participao Minoritria
Usinas Localizao Prazo de
Concesso
Potncia
Instalada
(MW)
Participao
Celesc G
Equivalente
Potncia
Instalada
(MW)
Estgio do
Desenvolvime
nto
PCH Gara Branca Anchieta/SC 26/08/2044 6,50 49,00% 3,19 Em obras
PCH Painel So Joaquim/SC 19/03/2043 9,20 32,50% 2,99 Em projeto
PCH Campo Belo
Campo Belo do
Sul/SC 20/05/2044 10,00 30,00% 3,00 Em projeto
Total - MW 25,7 9,18
Fonte: DGT/DPNN
2.2. Participaes
2.2.1. Companhia de Gs de Santa Catarina S.A. SCGS
A SCGS a empresa responsvel pela distribuio de gs natural canalizado em Santa Catarina.
Criada em 1994, atua como uma sociedade de economia mista e tem como acionistas: Centrais
Eltricas de Santa Catarina S.A. Celesc; Petrobrs Gs S.A. Gaspetro, e a Mitsui Gs e Energia
do Brasil Ltda Mitsui Gs e Infraestrutura de Gs para a Regio Sul S.A. Infrags.
A Empresa detm contrato de concesso para explorao dos servios de distribuio de gs
canalizado firmado em 28 de maro de 1994, com prazo de vigncia de 50 anos. Desde o incio de
sua operao, em 2000, a SCGS j distribuiu 8,5 bilhes de metros cbicos de gs natural e
concluiu 1.115km de rede. a segunda maior distribuidora nacional em nmero de municpios
atendidos e Santa Catarina o terceiro estado com maior rede de distribuio de gs, terceiro estado
em nmero de indstrias atendidas com gs natural e a terceira maior rede de postos com GNV do
pas.
Destaque-se que, em 2013, a Procuradoria Geral do Estado de Santa Catarina PGE, representando
o Governo do Estado de Santa Catarina e a Celesc, entrou com ao de obrigao de fazer cumulada
com ressarcimento contra a SCGS, Petrobras Gs S.A. Gaspetro, Mitsui Gs e Energia do Brasil
Ltda. e Infrags S.A., questionando alterao no capital social e o Acordo de Acionistas em 1994,
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obtendo liminar favorvel em juzo de 1o grau. Entretanto, os acionistas Mitsui Gs e Gaspetro
ingressaram com agravos de instrumento, suspendendo os efeitos de tal liminar em 2a instncia,
apresentado os recursos judiciais cabveis. Atualmente, os efeitos da sentena encontram-se
suspensos at julgamento dos referidos recursos.
2.2.2. Empresa Catarinense de Transmisso de Energia ECTE
A ECTE tem como objeto social principal a prestao de servios de planejamento, implantao,
construo, operao e manuteno de instalaes de transmisso de energia eltrica, incluindo os
servios de apoio e administrativos, programaes, medies e demais servios necessrios
transmisso de energia eltrica.
A Empresa detm a concesso de Servio de Transmisso de Energia Eltrica, pelo prazo de 30 anos,
para implantao, manuteno e operao da linha de transmisso de 525kV, com 252,5km de
extenso, entre as subestao de Campos Novos e Blumenau, no estado de Santa Catarina. A Celesc
detentora de 30,88% de participao no Capital Social da ECTE.
O sistema ECTE integra a Rede Bsica do Sistema Interligado Nacional, cuja coordenao e controle
da operao de transmisso de energia eltrica, sob a fiscalizao e regulao da ANEEL, de
responsabilidade do Operador Nacional do Sistema Eltrico ONS, autorizado pelo Ministrio de
Minas e Energia MME.
2.2.3. Dona Francisca Energtica S.A. DFESA
A DFESA uma concessionria produtora independente de energia eltrica, com contrato de
concesso de 28 de agosto de 1998 e prazo de vigncia de 35 anos, com capacidade instalada de
125MW e energia assegurada de 80MW. A Celesc detm 23,03% das aes ordinrias da empresa.
3. AMBIENTE ECONMICO
3.1. Macroeconomia
A projeo que a economia brasileira tenha encerrado 2016 com queda de 3,39% como reflexo da
crise que afeta o Pas. O ndice Nacional do Consumidor Amplo IPCA, calculado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE, teve alta de 6,29% no ano e o ndice Geral de Preos
do Mercado IGP-M, medido pela Fundao Getlio Vargas, fechou em 7,17%.
A taxa de juros Sistema Especial de Liquidao e Custdia SELIC, determinado pelo Comit de
Poltica Monetria COPOM, ficou em 13,75% ao ano. A taxa de juros real (juros nominal
expurgado da inflao) fechou em 7,01%.
3.2. Economia Catarinense
No balano do ano, o desempenho econmico de Santa Catarina esteve muito aqum do seu
potencial, como reflexo ainda da recesso iniciada em 2015, mas seu resultado ficou acima da
mdia nacional, segundo a Federao das Indstrias do Estado de Santa Catarina FIESC.
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Conforme dados acumulados, o recuo da indstria catarinense ficou em 4%, enquanto o ndice
brasileiro foi 6,5%, e dois setores apresentaram avano na produo: Alimentos (3%), e Mquinas,
Aparelhos e Materiais Eltricos (2,9%). As vendas externas catarinenses aumentaram 16% em
dezembro de 2016 em comparao a novembro, ms anterior, e 23,2% em relao a dezembro de
2015.
Esse desempenho foi apoiado essencialmente pela exportao de automveis para os Estados
Unidos, de carne suna para a China e de soja para a Rssia. Com isso, o comrcio internacional deu
claros sinais de recuperao e Santa Catarina se posicionou, entre todos os estados, como o 7o maior
exportador nacional e o 5o maior importador.
Na avaliao da FIESC, os nveis de atividade industrial e emprego de 2014 somente sero vistos
novamente no decorrer dos prximos anos, dependendo da velocidade da recuperao da
macroeconomia.
No mbito da distribuio de energia eltrica, o mercado total em Santa Catarina teve acrscimo de
0,9% em relao ao ano de 2015. O mercado residencial, que compe 23,4% do mercado total, foi a
classe que liderou esse crescimento, com taxa de 3,3% a.a.
4. AMBIENTE REGULATRIO
4.1. Distribuio
Em 09 de dezembro de 2015, em processo conduzido pelo Ministrio de Minas e Energia, a Celesc
D assinou o 5o Termo Aditivo ao Contrato de Concesso n
o 56/99 prorrogando assim a concesso
por mais 30 anos at 07 de julho de 2045.
A assinatura dos Termos Aditivos implicou na alterao da periodicidade das revises tarifrias
sendo que a primeira foi realizada em 16 de agosto de 2016 e as subsequentes sero realizadas a
cada 5 (cinco) anos a partir desta data.
Em 07 de junho de 2016, a Diretoria da ANEEL decidiu instaurar a Audincia Pblica no 31/2016
com o objetivo de discutir com a sociedade a proposta de reviso tarifria.
Em 15 de agosto de 2016, a ANEEL foi notificada do deferimento do pedido de tutela de urgncia
para determinar a suspenso, at ulterior determinao em Juzo, do impacto financeiro referente
exposio voluntria da Celesc D no ano de 2014.
Diante desse novo fato, a ANEEL recalculou o resultado do 4o Ciclo da Reviso Tarifria Peridica
da Celesc D desconsiderando o parcelamento desse componente financeiro, assim como o reclculo
com os efeitos da liminar por ora em vigor (Processo Judicial no 4805370.2016.4.01.3400/ 6
a Vara
da Seo Judiciria do Distrito Federal).
Tais alteraes foram includas no clculo do 4o Ciclo da Reviso Tarifria Peridica da Celesc D
em 16 de agosto 2016, e o resultado final foi deliberado na 30a Reunio Pblica Ordinria da
ANEEL, na mesma data. Os resultados apresentados a seguir, consideram os efeitos da suspenso
da aplicao do item financeiro referente como exposio involuntria de 2014.
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4.1.1. Reviso Tarifria
A reviso tarifria, definida pela ANEEL por meio de Resoluo Homologatria no 287, de 16 de
agosto de 2016, apresentou o seguinte efeito mdio ao consumidor para as tarifas de energia eltrica
dos consumidores atendidos na rea de concesso da Celesc D:
Quadro 5 Variao Tarifria Grupos AT e BT
Grupo de Consumo
Variao
Tarifria
AT - Alta Tenso (>2,3kV) -6,25%
BT - Baixa Tenso (
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4.1.2. Bandeiras Tarifrias
O Governo Federal, por meio do Decreto no
8.401 de 04 de fevereiro de 2015, criou a Conta
Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifrias e estabeleceu que as bandeiras tarifrias
devero considerar as variaes dos custos de gerao por fonte termeltrica e da exposio aos
preos de liquidao no mercado de curto prazo que afetam os agentes de distribuio de energia
eltrica conectados ao Sistema Interligado Nacional SIN.
As faixas de acionamento a partir de 1o de fevereiro de 2016 seguiram os critrios:
I) bandeira tarifria verde: CVU da ltima usina a ser despachada for inferior ao valor de
R$211,28/MWh;
II) bandeira tarifria amarela: CVU da ltima usina a ser despachada for igual ou superior a
R$211,28/MWh e inferior ao valor teto do PLD de R$422,56/MWh;
III) bandeira tarifria vermelha:
Patamar 1: CVU da ltima usina a ser despachada for igual ou superior ao valor teto do PLD, de
R$422,56/MWh, e inferior ao valor de R$610,00 /MWh;
Patamar 2: CVU da ltima usina a ser despachada for igual ou superior ao valor de R$610,00/MWh.
A Celesc D aplicou para seus consumidores nos meses de janeiro e fevereiro de 2016 a bandeira
tarifria vermelha. No ms de maro, o governo decidiu desligar as usinas trmicas com custo de
gerao acima de R$420,00/MWh, permitindo a adoo da bandeira tarifria amarela.
Nos meses de julho a outubro de 2016, a ANEEL adotou a bandeira tarifria verde. Segundo a
ANEEL, trs fatores principais contriburam para a bandeira verde: a evoluo positiva do perodo
mido de 2016, que recompe os reservatrios das hidreltricas; o aumento de energia disponvel
com reduo de demanda; e a adio de novas usinas ao sistema eltrico brasileiro.
Em novembro de 2016, a condio hidrolgica esteve menos favorvel, o que determinou o
acionamento de trmica com CVU acima de R$211,28.
Em dezembro de 2016, a condio hidrolgica voltou a ser mais favorvel, o que determinou o
acionamento de trmica mais cara em R$169,54/MWh, proporcionando a bandeira verde para os
consumidores.
4.1.3. Desempenho do Mercado na rea de Concesso
O consumo total de energia eltrica na rea de concesso da Celesc D somou 22.957,0 GWh em
2016, apresentado um crescimento de 0,9% no total de energia distribuda (mercado cativo + livre)
em relao a 2015.
Em relao ao consumo no mercado cativo em 2016, o consumo recuou 5,4% em relao ao ano
anterior. A classe de consumidores industriais cativos, que em 2016 correspondeu a
aproximadamente 20,8% do total consumido, somando 3.370,2GWh, apresentou reduo de 21,3%
em relao a 2015. Na classe comercial, que representa 20,8% do mercado, houve queda de 5,3%,
com consumo de 3.376,9GWh.
Os consumidores livres localizados na rea de concesso da Celesc D apresentaram consumo de
6.720,2GWh no ano de 2016, com crescimento de 20,0% em relao a 2015.
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O nmero de unidades consumidoras atendidas pela empresa atingiu o total de 2.831.997 em
dezembro de 2016, representando aumento de 2,3% em relao a dezembro de 2015, conforme
detalhamento no quadro a seguir:
Quadro 6 Nmero de Unidades Atendidas e Comparativos Anuais
Variaes%
Comp%
UC
2016 2015
2016/2015 2015/2014
2016
Residencial
2.213.215 2.157.059
2,6 3,7
78,2
Industrial
102.284 102.281
0 1,8
3,6
Comercial
255.146 249.167
2,4 3,3
9,0
Rural
234.604 234.340
0,1 0,6
8,3
Poder Pblico
22.472 22.048
1,9 3,3
0,8
Iluminao Pblica
685 612
11,9 5,7
0,0
Servio Pblico
3.164 2.956
7 6,4
0,1
Prprio
379 385
-1,6 3,8
0,0
Revenda
48 46
4,3 2,2
0,0
Total do Nmero de UC
2.831.997 2.768.894
2,3 3,3
100,0
Fonte: DCL/DPCM
4.2. Gerao
4.2.1. Leilo no 12/2015 Converso p/ Regime de Explorao Hbrido (Cotas + ACL)
A Celesc G participou do Leilo no 12/2015 de Contratao de Concesses de Usinas Hidreltricas
em Regime de Alocao de Cotas de Garantia Fsica e Potncia, realizado pela ANEEL no dia 25
de novembro 2015, readquirindo a concesso das PCHS Garcia, Palmeiras, Bracinho, Cedros e
Salto, que foram abrangidas pela Lei Federal no 12.783, de 11 de janeiro de 2013, por no terem
aderido aos termos de prorrogao antecipada das concesses e tiveram suas concesses licitadas.
Os Contratos de Concesso para Servio de Gerao foram assinados em 05 de janeiro de 2016. A
potncia instalada das PCHs adquiridas soma 63,20MW e pela Bonificao de Outorga foi pago
R$228,6 milhes.
4.2.2. Concesso PCH Celso Ramos
Em 3 de fevereiro de 2016, a Celesc G e a ANEEL assinaram o segundo Termo Aditivo ao Contrato
de Concesso de Uso do Bem Pblico no
006/2013 com o objetivo de formalizar a ampliao e a
prorrogao da PCH Celso Ramos. As obras para ampliao da PCH Celso Ramos devem ter incio
ainda no ano de 2017.
Tal processo teve incio em 17 de maro de 2015 quando, por meio da Resoluo Autorizativa no
5.078, a ANEEL autorizou a ampliao da potncia instalada da PCH Celso Ramos, de 5,40MW
para 12,82MW, e a prorrogao da concesso pelo prazo de 20 anos, a contar da data de publicao
da Resoluo, condicionada entrada em operao comercial das unidades geradoras 3 e 4 at a
data de vencimento da atual concesso, que vence em 2021.
-
4.2.3. Concesso PCH Pery
A Celesc G mantm, em mbito judicial, a discusso sobre a concesso da Usina Pery, com a
obteno de liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 4a Regio, a qual suspendeu o
prazo para assinatura do Termo Aditivo ao Contrato de Concesso no regime de cotas, at o trnsito
em julgado da ao judicial ou o trmino do prazo atual de concesso (julho/2017), o que ocorrer
primeiro. A usina estaria entre os empreendimentos contemplados pela MP 579/12, Lei Federal no
12.783, de 11 janeiro de 2013.
Recentemente, o Governo Federal publicou a Resoluo no 03, de 13 de setembro de 2016,
prevendo em seu Artigo 1o, X, a licitao da Usina Pery no mbito do Programa de Parcerias de
Investimentos PPI, da Presidncia da Repblica.
Aps anlise dos fatores que levaram incluso da Usina Pery no rol dos ativos a serem licitados no
PPI, constatou-se que a Procuradoria do MME, quando consultada pelo Ministrio de Planejamento
sobre a existncia de impedimentos para a licitao da Usina Pery, no constatou que a Celesc G
estava amparada por liminar judicial. A Celesc G manifestou-se junto ao MME e ANEEL acerca de
tal impossibilidade e, no momento, aguarda manifestao desses rgos.
4.2.4. Concesso PCH Caveiras
Com promulgao da Lei Federal no 13.360, de 17 de novembro de 2016, vencido o prazo de
concesso atual, a usina Caveiras no mais se submeter ao regime de cotas, sendo mantida sua
titularidade pela Celesc G, sem prazo de concesso definido, uma vez que ser exigido pelo Poder
Concedente apenas o registro da usina junto ANEEL, por ter capacidade instalada inferior a
5MW.
Em paralelo, a Celesc G vem trabalhando junto ANEEL o encaminhamento de registro de estudos
de inventrio referente ao trecho do rio onde est situada a PCH Caveiras, objetivando contemplar a
ampliao da capacidade de gerao, atingindo o potencial timo de explorao, elevando a receita
financeira da empresa e garantindo a titularidade sobre a usina.
4.2.5. Fator de Ajuste da Garantia Fsica GSF
A Celesc G interps Ao Judicial contra a UNIO e ANEEL requerendo que as mesmas
determinem CCEE a reviso da forma de clculo do Mecanismo de Realocao de Energia
MRE, bem como que lhe seja garantido o aporte de energia equivalente garantia fsica,
Generation Scaling Factor GSF, postura similar quela adotada por outros agentes de gerao,
objetivando mitigar os riscos advindos do regime hidrolgico desfavorvel e da gerao de energia
abaixo da Garantia Fsica.
Por meio da ao, a Celesc G busca a suspenso do registro dos custos incorridos pelos geradores
hidreltricos, decorrentes da aplicao do GSF, que a diviso entre a energia gerada total e a soma
das garantias fsicas das usinas participantes do MRE. Esse fator aplicado garantia fsica de
todas as usinas, resultando na chamada garantia fsica ajustada, uma vez que a frustrao da
gerao hidreltrica no cenrio atual decorre tanto de ordem estrutural quanto conjuntural.
-
Em 05 de agosto de 2015, foi emitida a deciso judicial pela 5a Vara Federal, do Tribunal Regional
Federal da 1a Regio, que deferiu o pedido liminar vindicado, concedendo parcialmente a tutela
antecipada e determinando que a ANEEL e a CCEE abstenham-se de proceder ao ajuste do MRE,
caso haja gerao total do Mecanismo de Realocao de Energia MRE em montante inferior
garantia fsica desse mesmo conjunto, de forma a limitar a incidncia do fator de ajuste GSF ao
percentual mximo de 5% do total da garantia fsica das demandantes.
Segundo declarao do diretor-geral da ANEEL, a Agncia vai continuar trabalhando para
suspender todas as demais liminares que impedem ou limitam a cobrana do risco hidrolgico das
usinas com contratos no mercado livre. A ANEEL vai usar a deciso do STJ para pedir tratamento
similar em outras instncias judiciais onde existem sentenas provisrias favorveis aos geradores.
Neste sentido, atualmente a Celesc G est realizando anlise estratgica quanto atuao no caso,
bem como avaliao das movimentaes de mercado, a fim de antecipar medidas, caso sejam
necessrias.
5. DESEMPENHO OPERACIONAL
5.1. Celesc D
5.1.1. Programa de Eficincia Operacional
O padro de qualidade dos servios prestados pela Celesc D coloca a empresa entre as mais
eficientes do Setor Eltrico Brasileiro em decorrncia de aes que envolvem planejamento robusto,
investimentos eficazes e melhorias contnuas. Em 2016, as aes corporativas mantiveram foco em
ampliar a eficincia de seus processos. Nos ltimos quatro anos, esse esforo tem se destacado com
a implementao do Programa de Eficincia Operacional, lanado em 2013. Desde ento, mais de
120 projetos vm sendo executados. At 2016, 79 deles foram finalizados e representavam, em
dezembro de 2016, economia de R$61 milhes/ano.
Um dos destaques do Programa foi a iniciativa n 41, que tratou da reviso dos contratos de leitura,
impresso e entrega simultnea, com o objetivo revisar requisitos tcnicos e custo dos contratos de
leitura, impresso e entrega simultnea. O projeto foi finalizado em novembro, com a assinatura dos
respectivos contratos decorrentes do Prego Presencial no 15/03005. O valor anual adjudicado
totalizou R$38,1 milhes, o que representa uma economia anual estimada, a partir de 2017, de cerca
de R$10 milhes, quando se compara com o valor gasto em 2016. Tais valores ainda esto sendo
consolidados, pois dependem da realizao da primeira medio de um perodo completo.
5.1.2. Indicadores de Qualidade do Fornecimento de Energia
Em relao a 2015, a Celesc D apresentou melhora significativa para os indicadores de Durao
Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora DEC e de Frequncia Equivalente de
Interrupo por Unidade Consumidora FEC, registrando reduo de 12,50% no DEC e de 14,40%
no FEC. O DEC de 2016 indica um sistema eltrico de confiabilidade, estando disponvel, em
mdia, 99,85% das horas de um ano aos seus consumidores. O grfico a seguir, mostra a evoluo
desses indicadores:
-
Quadro 7 DEC e FEC
Indicador 2014 2015 2016
DEC 1
15,15
14,67
12,83
FEC 2
10,45
10,15
8,69
Fonte: DDI/DPOP/ DVPO
5.1.3. Perdas na Distribuio
De acordo com o 4o Ciclo da Reviso Tarifria Peridica da Celesc D, a perda tcnica foi definida
pela ANEEL como 5,97% sobre o mercado TUSD e a perda no tcnica sobre o mercado de baixa
tenso foi definida como 3,73%. As perdas tcnicas calculadas pela Celesc D com base nos dados
de 2015 foram 6,03% sobre a energia injetada. J as perdas e diferenas no tcnicas no ano 2016
foram apuradas como sendo 7,71% sobre o mercado de baixa tenso.
Em 2016, a rea de Automao da Medio realizou a operao das leituras remotas de
aproximadamente 13 mil pontos, entre eles consumidores do grupo A e monmios, com taxa de
sucesso nas leituras de aproximadamente 96%. Por meio dos alarmes gerados pelo sistema e anlise
crtica dos especialistas em perdas no tcnicas, foram identificados diversos casos suspeitos de
irregularidades tcnicas e fraudes.
5.1.4. Distribuio de Energia Eltrica no Mercado Cativo
Em um ano no qual o consumo de energia eltrica apresentou ligeira elevao de 0,9% na rea de
concesso da Empresa, o mercado total medido, cativo + livre, da Celesc D teve acrscimo de 0,9%
no ano de 2016 em relao ao ano de 2015. O mercado residencial que compe 23,4% do mercado
total foi a classe que alavancou este crescimento com taxa de 3,3% a.a. Apesar do primeiro bimestre
ter sido com taxas de crescimento negativas, devido a temperatura amena no incio do ano, houve
uma recuperao a partir do segundo bimestre de 2016, conforme demonstra o quadro a seguir.
Quadro 8 - Desempenho do Mercado na rea de Concesso da Celesc D
Comparativo 2016 x 2015
Acumulado Janeiro at Dezembro
MWh Variaes %
2016 / 2015 Comp.% 2016
2016 2015
Residencial 5.362.344 5.188.797 3,30 23,40
Industrial 9.299.509 9.316.843 -0,20 40,50
Comercial 3.849.045 3.887.651 -1,00 16,80
Outros 4.446.091 4.366.235 1,80 19,40
Total 22.956.989 22.759.526 0,90 100,00
Fonte: DCL/DPCM/DVCM
No ano tambm foi possvel registrar incremento significativo de migraes para o Ambiente de
Contratao Livre ACL. Assim, em 2016, o nmero de clientes livres na Celesc D passou de 292
para 676 unidades consumidoras. As migraes impactaram o mercado cativo em cerca de
900GWh, ou seja, 5% do mercado cativo tornou-se consumidor livre em 2016, em volume de
energia.
1 Quantidade de horas ao ano
2 Quantidade de vezes ao ano
-
5.1.5. Atendimento ao Cliente
O Contact Center Celesc fechou 2016 com a primeira posio no ranking ANEEL de qualidade do
atendimento telefnico entre as distribuidoras que atendem mais de 500 mil unidades consumidoras,
posio esta mantida desde fevereiro/2016. O Indicador de Nvel de Servio INS chegou a
99,63%, o melhor ndice da Celesc, bem acima da meta estabelecida pela ANEEL, que de 85%.
Nesse perodo, o Indicador de Nvel de Servio INS ficou sempre acima de 90%, fechando mdia
final de 98,02%.
A operao do Contact Center realizada em Joinville (sede principal) e em So Paulo, por 254
profissionais, dos quais 207 so atendentes.
5.1.6. Gesto da Inadimplncia
A Inadimplncia corresponde ao montante da receita faturada e no recebida pela Celesc Distribuio.
O aumento ou diminuio da inadimplncia so impactados pelas condies macroeconmicas
vivenciadas no pas, como elevado aumento tarifrio, crise energtica, crise econmica com
crescimento do desemprego, entre outros.
Em 2016, a Celesc, apesar de toda crise que o Brasil atravessa, conseguiu uma reduo de 9,23% na
inadimplncia medida de 31 a 90 dias e no acumulado da carteira total o ndice ficou menor de 1% ao
ms, 10,8% no ano, conforme figura a seguir.
Figura 2 Dados de Inadimplncia Comparativo 2016/2015
Fonte: DCL/ADCL
Na rea de concesso, a inadimplncia varia de regio para regio, pois est fortemente associada s
caractersticas locais, como tipo de consumidor, aspectos culturais, fatores econmicos e sociais de
cada rea atendida.
-
Dependendo da regio o impacto da inadimplncia se d mais sobre uma classe de consumo do que
em outra. Para mitigar os efeitos da inadimplncia, e com isso atender os parmetros estabelecidos
pela ANEEL, a Celesc D trabalha com metas especificas para cada Agncia Regional, onde avalia o
desempenho de cada uma no combate inadimplncia.
Alm disso, a empresa utiliza uma rgua de cobrana, como rotina no combate inadimplncia,
diferenciada para os consumidores do Grupo A e B, conforme figuras 3 e 4, adiante.
Figura 3 Dados da Inadimplncia no Grupo B
Fonte: DCL/ADCL
Figura 4 Dados da Inadimplncia no Grupo A
Fonte: DCL/ADCL
5.1.7. Reconhecimentos
Em julho, o Prmio ABRADEE 2016 promovido pela Associao Brasileira de Distribuidores de
Energia Eltrica, voltou a posicionar a Celesc D entre as melhores do Setor no Pas. Finalista em
cinco das oito categorias, a Celesc D conquistou o 5o lugar no ranking de Melhor distribuidora de
Energia Eltrica do Pas e o 2o lugar da Regio Sul. Foi a melhor empresa pblica no ranking nacional
em Responsabilidade Social, ficando em 3o lugar. Outro destaque foi o resultado na categoria
Avaliao pelo Cliente, a Celesc D figura como 4a melhor distribuidora de Energia Eltrica do Brasil
com ndice de Satisfao com a Qualidade Percebida ISQP de 83,2%, bem acima da mdia nacional
de 74,4%.
Em novembro de 2016, a Empresa foi destaque na Amrica Latina, recebendo o Prmio CIER de
Qualidade Satisfao de Clientes 2016, junto com outras quatro companhias brasileiras com mais de
500 mil unidades consumidoras. Esse Prmio outorgado anualmente pela Comisso de Integrao
-
Energtica Regional CIER s distribuidoras latino-americanas com maior nvel de excelncia na
prestao de servios.
5.2. Celesc G
5.2.1. Gerao de energia
Em 2016, foram gerados 68,416 Megawatts Mdios (MWmdios) pelas 12 usinas prprias da
Celesc G, o que equivale a 600,968 Gigawatts-hora (GWh). Isso representa o aproveitamento de
64,09% da potncia instalada total de 106,75MW e equivale a aproximadamente 102% da Garantia Fsica.
O quadro a seguir detalha a gerao de energia lquida (j descontadas todas as perdas e consumos
internos das usinas) em 2016.
Quadro 9 Gerao de Energia
USINAS Gerao de Energia Lquida
em GWh (2016)
Gerao de Energia Lquida
em GWh (2015)
Bracinho 61,882 71,543
Caveiras 25,938 27,521
Cedros 65,333 60,771
Celso Ramos 42,239 40,749
Garcia 65,676 65,202
Ivo Silveira 22,168 20,734
Palmeiras 150,168 134,332
Pery 130,226 128,946
Pira 3,905 4,180
Rio do Peixe 4,139 3,659
Salto 26,363 30,053
So Loureno 2,930 2,373
Total 600,968 590,064
Fonte: DCL/DPCM
5.2.2. Centralizao da Operao
Em meados de 2016, entrou em operao o Centro de Operao prprio da Celesc Gerao. Com a
alocao de 6 tcnicos, o COG opera e supervisiona todo o parque gerador prprio, em turnos que
cobrem 24 horas por dia, sete dias por semana.
5.2.3. Regularizao Patrimonial
Em 2016, foi lanado edital para contratao de empresa para prestao de servio de apoio
gesto scio patrimonial e regularizao imobiliria dos empreendimentos da Celesc Gerao. A
gesto scio patrimonial possibilitar a regularizao das ocupaes indevidas no entorno dos
reservatrios. A regularizao imobiliria possibilitar o desmembramento de reas no vinculadas
concesso e que podero ser posteriormente alienadas.
-
6. INVESTIMENTOS
O volume de investimentos das subsidirias integrais do Grupo Celesc, em 2016, foi de R$685.034
mil ante aos R$471.195 mil em 2015, sendo 45,38% superior a igual perodo do ano anterior.
O quadro a seguir demonstra os investimentos realizados:
Quadro 10 Investimento por Segmento de Atuao Grupo Celesc
Investimento
31.12.2016
31.12.2015
Anlise
R$
%
R$
%
Horizontal
Distribuio de Energia Eltrica
449.168
99,60%
457.008
96,99%
-1,72%
Gerao de Energia Eltrica
235.866
0,40%
14.187
3,01%
1562,55%
Total
685.034
100%
471.195
100%
45,38%
Fonte: DEF/DPCO
6.1. Celesc D
O modelo de planejamento, cujas anlises tcnicas so focadas no horizonte dos prximos cinco a
dez anos, a base para dimensionar os investimentos fundamentais e assegurar que o sistema
eltrico esteja adequado demanda. Nas anlises so avaliadas as estruturas do sistema de Alta e de
Mdia Tenso que necessitam de reforos, substituio de equipamentos ou novas obras. Esses
investimentos compem o Plano de Desenvolvimento da Distribuio PDD, submetido
avaliao e acompanhamento por parte da ANEEL.
6.1.1. Expanso do Sistema Eltrico de Alta Tenso
Para atender ao crescimento de mercado e cumprir os ndices de qualidade definidos pela ANEEL,
o sistema eltrico recebeu investimentos de R$343,1 milhes no ano de 2016.
O sistema eltrico de Alta Tenso, composto pelas Linhas de Alta Tenso e Subestaes,
interligadas nas tenses de 69kV e 138kV, teve importantes investimentos que, ao final do ano,
contabilizaram R$92,7 milhes.
Foram concludas, no ano, sete novas subestaes; reformadas ou modernizadas outras onze e
construdas oito novas linhas de distribuio. Essas obras proporcionaram acrscimo de 186MVA
capacidade de atendimento do sistema de Alta Tenso, totalizando atualmente 7.029,8MVA.
Destaque, ainda, para a energizao da SE Cambori 138kV, que dever estar totalmente concluda
em meados de 2017.
Subestaes novas:
1) SE Tangar 138 kV
2) SE Santa Ceclia 69 kV
3) SE Concrdia So Cristvo 138 kV
4) SE Presidente Getlio 138 kV
5) SE Blumenau Fortaleza 138 kV
6) SE Florianpolis Ingleses 138 kV
7) SE Palhoa Pinheira 138 kV
-
Subestaes Reformadas/Repotenciadas
1) SE 69 kV So Cristvo
2) SE 138 kV Rio do Sul II
3) SE 138 kV Lages rea Industrial
4) SE 138 kV Trombudo Central
5) SE 138 kV Navegantes
6) SE 138 kV Chapec II
7) SE 138 kV Biguau Quintino Bocaiuva
8) SE 34,5 kV Rio Negro
9) SE 138 kV Ilha Norte
10) SE 138 kV Itaja Itaipava
11) SE 138 kV Piarras
Novas Linhas de Distribuio de Alta Tenso:
1) LT 138 kV Ponte Serrada Concrdia So Cristvo
2) LT 138 kV Presidente Getlio Rio do Sul II
3) LT 138 kV Entroncamento (Pinhalzinho Xanxer)
4) LT 138 kV Entroncamento (Pinhalzinho Quilombo)
5) LT 138 kV Entroncamento (Gaspar Indaial)
6) LT 138 kV Florianpolis Ingleses Ilha Norte
7) LT 138 kV Cambori Itaja Itaipava
8) LT 69 kV Ermo Turvo
6.1.2. Expanso do Sistema Eltrico de Mdia e Baixa Tenso
O sistema eltrico de Mdia e Baixa Tenso recebeu investimento de R$250,4 milhes, destinado
construo de novos alimentadores, ampliao e melhoria das redes eltricas existentes em toda a
rea de concesso da Celesc D. No ano, tais recursos os investimentos possibilitaram a instalao de
mais 3.621 transformadores de distribuio e 17.433 postes, alm de cerca de 1.000 km de redes.
6.1.3. Automao e Novas Tecnologias
Em 2016, a Celesc D deu continuidade aos investimentos no projeto de Automao da Distribuio,
destacando a aquisio de uma ferramenta que visa automatizar construo de diagramas unifilares
da rede de Distribuio para uso nos Centros de Operao da Distribuio CODs.
Outra frente importante foi a aquisio de religadores para uso nas redes de mdia tenso
monofsicas. A Celesc D fechou o ano com 965 religadores sendo 875 trifsicos e 90 monofsicos e
a previso de alcanar trs mil religadores instalados na rede at 2022, com investimentos de
R$85 milhes.
-
6.1.4. Pesquisa e Desenvolvimento P&D
Na busca de inovaes para superar os desafios tecnolgicos e de mercado na rea de energia
eltrica, o Programa de P&D da Celesc D tem investido predominantemente no seu principal foco
de negcio: a distribuio de energia eltrica. Em 2016, foram investidos R$10,58 milhes no
Programa, com destaque para a implementao do projeto de instalao de eletropostos para o
primeiro corredor eltrico de SC; o desenvolvimento de algortmo para auxiliar na compra de
energia; o desenvolvimento de ferramenta para otimizao dos servios de poda e roada, e de
chaves seccionadoras automatizadas de baixo custo para redes de distribuio.
Por meio do programa de P&D, esto em desenvolvimento 14 projetos de pesquisas, com recursos
de R$40 milhes. Tambm esto sendo avaliados os projetos apresentados na ltima chamada
pblica, para contratao no incio de 2017 e alm disso, a Celesc D est participando de trs
chamadas estratgicas da ANEEL, relacionadas ao aprimoramento do setor eltrico e
armazenamento de energia eltrica. Para as novas contrataes de projetos, o foco ser a gerao de
novos negcios e novas receitas para a Celesc D, visando tornar vivel o processo autossustentvel.
6.1.5. Eficincia Energtica
Em 2016, foram investidos R$54,3 milhes para viabilizar aes de eficincia energtica,
beneficiando principalmente comunidades de baixa renda, consumidores residenciais e industriais,
alm dos consumidores que tiveram seus projetos de eficincia energtica aprovados via chamada
pblica. Estimativas apontam que as aes do Programa de Eficincia Energtica geraram, no ano,
reduo de aproximadamente 190.000MWh, o equivalente ao consumo mensal de 945 mil
residncias. Entre os projetos realizados em 2016, destaque para:
- Sou Legal, T Ligado! 2, que contemplou a substituio de 75 mil lmpadas tradicionais por
lmpadas a LED, sendo o primeiro projeto de Eficincia Energtica do Brasil a utilizar lmpadas
LED com selo PROCEL, alm da instalao de 115 sistemas de aquecimento solar de gua e 8.500
sistemas de trocador de calor para chuveiro.
- Energia do Bem, com a instalao de 5.000 sistemas de aquecimento solar de gua, substituio de
16.200 refrigeradores antigos por equipamentos novos com Selo Procel, instalao de 4.000
sistemas de trocador de calor para chuveiro, bem como a substituio de 187.500 lmpadas
incandescente por lmpadas econmicas, destinado exclusivamente a consumidores cadastrados na
Celesc com o benefcio da Tarifa Social de Energia.
- Bnus Eficiente 3 Linha Eletrodomsticos, que permitiu que consumidores residenciais
trocassem 8.150 refrigeradores, 3.125 freezer, 3.750 aparelhos de ar condicionado e 56.250
lmpadas com bnus de 50%.
- Semforos Joinville, com a substituio de 4.253 lmpadas em 1.456 conjuntos semafricos e
economia de aproximadamente R$750 mil/ano;
- Substituio de lmpadas e instalao de sistema fotovoltaico nas universidades Unochapec e
Unisul/Palhoa; e FURB/Blumenau; a substituio de bombas e motores para eficientizao das
empresas BRF Capinzal, Trombini Embalagens e Cia. Canoinhas de Papel, alm da Instalao de
1.000 sistemas de trocador de calor para fogo lenha e substituio de 10.000 lmpadas em
residncias das regies mais frias do estado.
-
Para 2017, o projeto Bnus Fotovoltaico, lanado este ano, vai subsidiar com 60% a aquisio de
sistemas de fotovoltaicos de gerao de energia para 1.000 consumidores residenciais de Santa
Catarina. Com esse projeto a Celesc ir triplicar a quantidade de residncias no estado que possuem
sistemas de gerao distribuda instaladas, por meio de fontes incentivadas (solar e elico).
6.2. Celesc G
6.2.1. Ampliao da Gerao Prpria
Na rea de gerao, foram investidos R$228,6 milhes em novas concesses, objetivando o
crescimento da capacidade de gerao prpria. Os novos contratos foram assinados em janeiro e
permitem Celesc G continuar explorando, pelos prximos trinta anos, os servios de gerao das
usinas Salto Weisbach, em Blumenau; Cedros e Palmeiras, em Rio dos Cedros; Garcia, em
Angelina; e Bracinho, no municpio de Schroeder, que totalizam 63,2MW de capacidade instalada.
A Celesc aportou R$228,6 milhes Unio a ttulo de bnus da outorga e receber, pelos servios
prestados, remunerao anual de R$68,9 milhes sendo que, a partir de 2017, poder vender 30%
da garantia fsica de gerao das usinas em ambiente de contratao livre.
6.2.2. Melhorias e revitalizao do parque gerador
Em 2016 a Celesc G iniciou o processo de implantao da automao da UHE Bracinho, com
investimentos de R$158 mil. O objetivo do projeto, que soma investimentos de R$3 milhes, de
reduzir o custo operacional da usina e tornar mais confivel a operao e a manuteno de suas
unidades geradoras. No ano, tambm foi lanado edital para automao das CGHs Rio do Peixe,
Pira e So Loureno. A execuo desse contrato ocorrer em 2017.
Tambm foram investidos R$274 mil na implantao do limpa-grades na tomada d'gua para a casa
de fora da usina Celso Ramos.
6.2.3. Ampliao da participao em SPEs
Em parceria com investidores privados foram realizados investimentos para construo da PCH
Gara Branca, reforo no caixa da PCH Xavantina e aumento de participao acionria na
companhia Rio das Flores, totalizando R$5,5 milhes.
No ano, a Celesc G tambm ampliou sua participao acionria na Companhia Energtica Rio das
Flores, formada pelas Pequenas Centrais Hidreltricas Prata, Belmonte e Bandeirante, aumentando
seu capital social de 25,00% para 26,07%, contribuindo para o aumento da potncia instalada
equivalente de 2,4MW para 2,5MW.
Vale destacar a manuteno dos investimentos na construo da PCH Gara Branca, de 6,5MW de
potncia instalada. O empreendimento, localizada nos municpios de Anchieta e Guaraciaba na
regio Extremo Oeste do Estado de Santa Catarina, teve incio em abril de 2015 e a previso de
incio da operao comercial da Usina para o primeiro semestre de 2017. O oramento previsto da
obra de R$55 milhes, sendo que, em 2016, a Celesc G investiu R$2,45 milhes.
-
7. DESEMPENHO ECONMICO-FINANCEIRO
O Grupo Celesc registra, no exerccio findo em 31 de dezembro de 2016, Prejuzo Lquido de
R$9.817 mil, que representa uma reduo de 107,51% em relao ao apurado no ano de 2015,
quando a Companhia alcanou Lucro Lquido de R$130.674 mil.
O Grupo Celesc encerrou o exerccio de 2016 computando Receita Operacional Bruta ROB, de
R$10.486.102 mil, volume 15,84% menor que o realizado em 2015 (R$12.459.740 mil).
No perodo, a Receita Operacional Lquida ROL apresenta reduo de 13,37% em relao a 2015
(R$7.051.528 mil), fechando o exerccio de 2016 em R$6.108.740 mil.
Por meio dos indicadores econmicos, as informaes consolidadas do desempenho da Companhia
em 31 de dezembro de 2016 em relao ao mesmo perodo do ano anterior, so as seguintes:
Quadro 11 Desempenho Econmico Financeiro
Dados Econmico-Financeiros
31 de 31 de
dezembro dezembro AH
2016 2015
(Reapresentado)
Receita Operacional Bruta ROB 10.486.102 12.459.740 -15,84%
Receita Operacional Lquida ROL 6.108.740 7.051.528 -13,37%
Resultado das Atividades 93.760 282.553 -66,82%
EBITDA Ajustado 311.218 548.397 -43,25%
EBITDA 329.336 541.637 -39,20%
Margem EBITDA Ajustado (EBITDA/ROL) 5,09% 7,78% -2,68 p.p.
Margem EBITDA (EBITDA/ROL) 5,39% 7,68% -2,29 p.p.
Margem Lquida (LL/ROL) -0,16% 1,85% -2,01 p.p.
Resultado Financeiro (120.313) (108.503) 10,88%
Ativo Total 8.628.715 7.988.928 8,01%
Imobilizado 158.495 174.856 -9,36%
Patrimnio Lquido 2.075.843 2.224.728 -6,69%
Lucro/Prejuzo Lquido
(9.817) 130.674 -107,51%
Fonte: DEF/DPCO
O resultado negativo da Companhia em 2016 deve-se, principalmente, ao impacto do Reajuste
Negativo da Tarifa na Celesc D ocorrido em agosto de 2016 (efeito mdio AT + BT de -4,16) e
queda do consumo de energia na rea de concesso da Empresa. A Celesc D reconheceu, ainda, em
seu resultado operacional, um Passivo Financeiro (CVA) de R$202 milhes referente aos valores de
exposies contratuais involuntrias ocorridos em 2014.
O Resultado Financeiro Consolidado da Celesc em 2016 foi de (120.313) sendo 10,88% superior a
2015 (108.503). Este acrscimo decorrente principalmente da atualizao monetria dos Passivos
Financeiros, aos juros das Debntures e a outras despesas financeiras.
-
A queda do Preo de Liquidao das Diferenas PLD no ano de 2016, alcanando uma mdia de
R$92,40/MWh, enquanto que em 2015 a mdia foi de R$282,43/MWh, impactou no resultado da
Celesc G.
A movimentao do Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciao e Amortizao
EBITDA/LAJIDA est detalhada a seguir:
Quadro 12 Conciliao Ebitda
Conciliao do EBITDA - R$MIL
31 de
dezembro
2016
31 de
dezembro
2015
(Reapresentado)
Lucro Lquido
(9.817) 130.674
IRPJ e CSLL Corrente e Diferido
(16.736) 43.376
Resultado Financeiro
120.313 108.503
Depreciao e Amortizao
235.576 259.084
(=) EBITDA
329.336 541.637
(-) Efeitos No Recorrentes
Proviso Teste Impairment em Controlada
9.520 29.895
Reverso Teste Impairment em Controlada
(21.280) (12.056)
Reverso da Proviso para Perdas do Imobilizado (6.358) (11.079)
(=) EBITDA Ajustado por Efeitos No Recorrentes
311.218 548.397
Fonte: DEF/DPCO
8. DESEMPENHO SOCIAL, AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
8.1. Sustentabilidade
A Sustentabilidade o grande princpio do Plano Diretor Celesc 2030, que resume os objetivos e as
metas de longo prazo estabelecidas para a administrao sustentvel da Companhia. Seus pilares
estratgicos so potenciar a gerao de valor; criar valor com crescimento e transformar o Grupo
por meio dos empregados. Com isso, a Sustentabilidade est focada no reforo e valorizao de
compromissos com Pessoas; Governana Corporativa; Responsabilidade Socioambiental; e Gesto
Pblica.
O compromisso com a Sustentabilidade est amparado em Polticas corporativas, Programa
Socioambiental e Programa de Eficincia Energtica e em planos de ao como o Programa de
Eficincia Operacional. A Companhia tambm possui sua Declarao de Mudanas Climticas, em
que estabelece aes para promover a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva. A adoo de
medidas de eficincia energtica, o uso de matrias-primas renovveis e a reduo na emisso de
gases do efeito estufa e de resduos poluentes esto entre os compromissos firmados.
8.1.1. Reconhecimentos
Em 2016, no perodo de julho a novembro, a Companhia participou do processo de seleo para o
ndice de Sustentabilidade Empresarial e conquistou seu retorno carteira do ISE da
http://celnet3/portal/images/arquivos/declaracao-celesc-mudancas-climaticas.pdf
-
BMF&BOVESPA. A classificao reflete a evoluo e compromisso de longo prazo da Companhia
com o desenvolvimento sustentvel, decisivo para criao de valor para a sociedade e nossos
acionistas.
A nova carteira do ISE vigora de 2 de janeiro de 2017 a 5 de janeiro de 2018 e contempla 38 aes
de 34 companhias. Ela representa 15 setores e soma R$1,31 trilho em valor de mercado, o
equivalente a 52,14% do total do valor das companhias com aes negociadas na
BM&FBOVESPA, com base no fechamento de 22 de novembro de 2016.
Em dezembro, a Celesc D conquistou duas categorias do 8o Prmio Fritz Mller, cujo objetivo
homenagear corporaes que desenvolvem aes relevantes na rea ambiental. A Celesc D recebeu o
prmio nas categorias de Conservao de Insumos de Produo (energia), relacionada aos projetos de
Eficincia Energtica, e Gesto Socioambiental, voltada a aes de Responsabilidade Social.
No ano, a Companhia tambm foi destaque no Guia Exame de Sustentabilidade, que avalia o
desempenho corporativo de empresas brasileiras considerando quatro dimenses: geral, econmica,
social e ambiental, com pontuao mxima de 100 pontos, em cada uma. Na dimenso geral, a
Celesc obteve nota 93,7, maior mdia entre as empresas da mesma categoria. Na dimenso social, a
nota final foi 93,8, a maior entre todas as outras finalistas, que tiveram notas abaixo de 90,0.
A Celesc foi reconhecida, pelo Guia, como empresa que investe em solues criativas como
desenvolver novas formas de gerao de energia para as populaes de baixa renda, com os projetos
Banho de Energia, que aproveita o calor das chamins de fogo a lenha para aquecer gua e
promove economia mdia de 40% na conta de luz dessas residncias; e o Energia do Futuro, que
viabiliza a instalao de sistemas de aquecimento de gua por meio de coletores de energia solar
confeccionados com material descartvel, no caso, embalagens tetra pak e garrafas pet.
O contedo sobre Sustentabilidade no Grupo Celesc est disponvel em link especfico, a saber:
http://www.celesc.com.br/portal/index.php/celesc-holding/sustentabilidade
8.2. Responsabilidade Social
O Grupo Celesc mantm princpios e compromissos no sentido de ampliar a sua atuao social e
desenvolver processos de melhoria contnua na sua gesto. Dessa forma, a Empresa refora e
destaca os processos relativos sustentabilidade em todos os seus aspectos.
Em 2016, um grande destaque foi a realizao do Celesc Portas Abertas, que contou com a
participao de oito mil pessoas ao longo das dez horas em que foram prestados servios de
cidadania, sade, lazer e cultura, na sede da Empresa, em Florianpolis. O SESI/SC prestou 2.790
atendimentos com exames de presso arterial, glicemia, avaliao fsica, acuidade visual, orientao
nutricional, alm de oficina de grafite e atividades de recreao. Outro parceiro, o Instituto Geral de
Percias IGP, atendeu 264 pessoas com pedido de Carteira de Identidade, concedendo 200 fotos
de forma gratuita para confeco desse documento. Na organizao do evento, a Celesc tambm
contou com a parceria de OAB Cidad, Procon/SC, SQE Luz, Fundao Celesc de Seguridade
Social Celos, Associao Beneficente de Empregados da Celesc/Administrao Central, Ncleo
de Truckeiros/CDL Florianpolis, Viva a Cidade/Feira de Orgnicos e Prefeitura de Florianpolis.
O Grupo tambm investe em outros projetos e aes de responsabilidade socioambiental:
http://www.celesc.com.br/portal/index.php/celesc-holding/sustentabilidade
-
a) Energia do Futuro Desde a implantao do projeto em 2006, foram realizadas mais de 500
oficinas e mais de 800 instalaes de aquecedores solares fabricados com materiais reciclveis,
somando mais de 240 mil garrafas pets e 240 mil caixas de leite tetra pak utilizadas na sua
confeco. A iniciativa j proporcionou gua quente com economia de energia para mais de 20 mil
pessoas em comunidades empobrecidas. As famlias que instalaram o aquecedor solar em suas
residncias relataram uma reduo de aproximadamente 30% no valor de sua fatura de energia
eltrica.
b) Jovem Aprendiz um programa permanente da Celesc D. Possui parceria com o Ministrio
Pblico Estadual, que indica jovens moradores de entidades de acolhimento e casas lares que tm
ingresso priorizado no projeto. De 2006, quando teve incio, at o ltimo ano, 1.141 jovens
participaram do Programa pela Celesc.
c) Celesc Voluntria Este programa voluntariado possui iniciativas, desenvolvidas pelos
empregados da Celesc, dedicadas a vrios fins diversos como revitalizao de creches, escolas,
asilos, comunidades teraputicas, praas e quadras esportivas; limpeza de rios, praias e parques;
plantio de rvores frutferas e ornamentais; recuperao de mata ciliar; pintura e produo de
brinquedos com pneus; organizao de hortas comunitrias; entre outras. Participaram dessas aes
mais de 350 empregados da Celesc, somando 300 horas/ano de voluntariado que beneficiaram cerca
de 30 mil catarinenses.
d) Campanha Contra o Trabalho Infantil A Celesc partcipe do Programa de Combate ao
Trabalho Infantil, divulgando polticas de preveno e incentivo tramitao prioritria dos
processos relativos ao tema.
e) Projeto Hbito Legal Para apresentar uma alternativa de descarte adequado populao, o
projeto, organizado pela Agncia Regional Videira e empresas da regio, realiza a coleta de leo de
cozinha usado, providenciando a destinao adequada. Em 2016, o projeto arrecadou 700 litros de
leo para a fabricao de sabo.
f) Compromissos Voluntrios:
Programa na Mo Certa Iniciativa da Childhood Brasil para enfrentamento da explorao
sexual de crianas e adolescentes nas rodovias brasileiras. A frota de veculos da Celesc possui
adesivos com Disque 100, canal de denncias exclusivo do Programa.
Pacto Global Iniciativa da Organizao das Naes Unidas ONU para encorajar polticas de
responsabilidade social corporativa e sustentabilidade, com foco no desenvolvimento de um
mercado inclusivo e sustentvel. A Celesc signatria desde 2016 e realiza suas aes e projetos
com base em princpios do pacto: Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Combate
Corrupo.
Objetivos de Desenvolvimento do Milnio ODM A Celesc assumiu o compromisso com o
programa da ONU, que visa consolidar conceitos bsicos de cidadania assim como melhorar a
qualidade de vida de todos no planeta.
Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupo Empresa Limpa A Celesc D
possui sua Poltica Anticorrupo, ferramenta para prevenir atos ilcitos em todas as operaes e
http://celnet3/portal/index.php/institucional-celesc/manuais/politicas?download=91:politica-anticorrupcao
-
nveis funcionais da companhia, alm disso, divulga a legislao brasileira anticorrupo a seus
funcionrios e partes interessadas, a fim de que ela seja cumprida integralmente.
InPACTO A Celesc associou-se ao InPACTO, que pretende fortalecer e dar sustentabilidade s
aes realizadas no mbito do Pacto Nacional pela Erradicao do Trabalho Escravo. Entre os
objetivos, est a preveno e erradicao do trabalho escravo no ambiente de negcios e suas
cadeias produtivas.
8.3. Responsabilidade Ambiental
A integrao do conceito de desenvolvimento sustentvel estratgia corporativa, a busca do
melhoramento contnuo do desempenho ambiental de obras e servios, e a oferta sociedade de
servios que contemplem de forma permanente as variveis socioambientais so alguns dos
Princpios de Poltica Responsabilidade Socioambiental da Celesc incorporados no momento do
planejamento e execuo em planos e programas socioambientais, visando minimizar e/ou mitigar
os impactos de seus empreendimentos e atividades.
8.3.1. Grupo Celesc
a) Inventrio de Gases de Efeito Estufa GEE: Anualmente a Companhia elabora o GEE,
considerando a estrutura e forma de gesto da Companhia. Segundo as Especificaes do Programa
Brasileiro GHG Protocol, podem ser utilizadas duas abordagens para consolidao dos limites
organizacionais: controle operacional e participao societria.
Os inventrios do Grupo Celesc, com acreditao pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade
e Tecnologia Inmetro, o que rende empresa o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol,
so realizados pela abordagem do controle operacional, o que compreende as emisses da Celesc e
suas subsidirias Celesc G e Celesc D por serem as empresas em que a companhia possui o
controle 100% operacional e, consequentemente, a gesto sobre as fontes de emisses.
O inventrio est disponvel no Registro Pblico de Emisses no portal:
www.registropublicodeemissoes.com.br
b) Programa de Gerenciamento de Resduos Slidos: A Celesc, de acordo com o princpio
Preveno de sua Poltica de Responsabilidade Socioambiental, possui uma Instruo Normativa
com procedimentos e diretrizes para o gerenciamento de resduos, a partir da qual foi elaborado o
Programa de Gerenciamento de Resduos Slidos PGRS. A normativa estabelece procedimentos
que contemplam diretrizes desde a gerao, passando pelo correto acondicionamento e
armazenamento temporrio, at a destinao final ambientalmente adequada, por tipo de resduo.
Para a primeira etapa da implantao do PGRS foram adquiridos contentores para o correto
acondicionamento de forma seletiva e outros equipamentos necessrios para a quantificao e
inventrios da gerao dos resduos pela empresa. Foram tambm realizadas construes de espaos
adequados para o armazenamento temporrio de resduos.
Para contemplar as demais etapas do PGRS, a Celesc elaborou um edital para contratao de
empresa especializada para a prestao de servios de coleta, transporte e destinao final de
resduos classe I, IIA e IIB contemplando os 16 (dezesseis) almoxarifados das Agncias Regionais
http://www.registropublicodeemissoes.com.br/
-
da Celesc D, Almoxarifado Central e Administrao Central com previso do incio dos servios
para fevereiro de 2017, que resultar em:
- responsabilidade ambiental e atendimento Poltica Nacional de Resduos Slidos;
- quantificao e inventrio dos resduos gerados;
- centralizao do processo de contratao e gesto de contrato;
- atividades de coleta, transporte e destinao final devidamente licenciadas.
8.3.2. Celesc Distribuio
8.3.2.1. Licenciamento para expanso e atendimento da Rede de Distribuio
Na Celesc D, a concepo de novos projetos tem se pautado pela melhoria contnua do desempenho
socioambiental. Por isso, alm do diagnstico ambiental, o estudo contempla a identificao dos
impactos sociais e econmicos que podero ser gerados pela implantao do empreendimento. Aps
a identificao, so estudadas medidas para tratamento dos impactos ambientais e sociais, mediante
a realizao de aes para eliminar, minimizar e compensar impactos negativos, consolidadas na
forma de programas ambientais, que visam tambm assegurar a qualidade ambiental da rea de
influncia, o monitoramento ambiental e a mitigao dos impactos negativos no entorno dos
empreendimentos.
O nmero de programas ambientais e suas extenses variam conforme as caractersticas de cada
empreendimento como porte, abrangncia e especificaes tcnicas. Em 2016, a Celesc D ampliou
o sistema de alta tenso com a implantao de novas linhas e subestaes nas tenses 69kV e
138kV, como visto no item Investimentos, e todas as obras esto devidamente licenciadas, com a
realizao da superviso ambiental (execuo dos programas ambientais) na fase de implantao
dos empreendimentos.
8.3.2.2. Destinao Final de Poluentes Orgnicos Persistentes
Em 2016, Celesc D destinou de forma ambientalmente adequada por meio de um processo de
reciclagem, 67.350 kg resduos slidos (transformadores e leo mineral isolante) considerados
contaminados com PCB (teor > 50 ppm de Bifenila Policlorada). O PCB considerado um poluente
orgnico persistente e o Brasil signatrio da Conveno de Estocolomo por meio do Decreto no
5.472/05 Promulga o texto da Conveno de Estocolmo sobre POPs.
Alm disso, foram destinados 25.500 kg de outros resduos slidos contaminados. Todo o processo
de execuo dos servios foi realizado por empresas devidamente licenciadas para as atividades de
transporte e destinao final dos resduos.
8.3.2.3. Programa de Proteo de Aves na Rede
As principais atividades deste programa so a retirada de ninhos inativos de aves que apresentam
risco potencial de acidentes com a rede eltrica de distribuio e, em seguida, a instalao de
afastadores (inibidores) da formao de ninhos prximos aos isoladores da rede.
O Programa de Proteo de Aves na Rede da Celesc de 2016 foi autorizado pela Fundao do Meio
Ambiente FATMA por meio da Autorizao Ambiental AuA no 28/2016. Os trabalhos de
campo foram realizados no perodo de 08 de junho a 31 agosto de 2016, perodo da autorizao
-
ambiental.
No perodo, foram retirados 1.091 ninhos inativos da ave de Joo-de-barro (Furnarius rufus), sendo
860 em rede trifsica de distribuio e 231 em rede monofsica de distribuio. Tambm foram
instalados 2.323 afastadores, que inibem a construo de novos ninhos junto a equipamentos e
estrutura da rede.
8.3.3. Celesc G
8.3.3.1. Execuo de Programas Ambientais
Em atendimento s condicionantes das Licenas Ambientais de Operao das Usinas Pery, Celso
Ramos e LT 138kV Pery-Curitibanos, foi contratada em 2016, empresa especializada para o auxlio
e execuo dos programas ambientais, tais como monitoramento de macrfitas, qualidade da gua,
monitoramento da ictiofauna, controle de processos erosivos e entre outros. Relatrios mensais e
semestrais sero destinados ao rgo ambiental fiscalizador competente.
8.3.3.2. Gerenciamento de Resduos Slidos
A empresa possui profissional legalmente habilitado para a implantao, operacionalizao e
monitoramento de todas as etapas dos planos de gerenciamento de resduos slidos das usinas da
Celesc G, nelas includo o controle da disposio final ambientalmente adequada dos rejeitos,
atendendo aos dispositivos estabelecidos na Lei Federal no 12.305/2010, a qual trata da Poltica
Nacional de Resduos Slidos.
Em 2016, foram encaminhados para descarte 49,993 toneladas de resduos entre leo, baterias,
equipamentos, lmpadas e estopas, todos com certificado de destinao final adequada, conforme
legislao ambiental pertinente. O descarte do material foi feito atravs de incinerao, reciclagem
ou doao.
A Celesc G tambm est registrada no Sistema Eletrnico para Controle de Movimentao de
Resduos e Rejeitos MTR, que permite rastrear o transporte de resduos slidos perigosos ao
destino final, e utiliza materiais eficazes na conteno de leo e seus derivados, denominada linha
branca, fabricada em polipropileno e material hidrofbico, que no absorvem gua, no propagam
fogo, flutuam na gua e absorvem at vinte vezes o prprio peso.
8.3.3.3. Monitoramento Hidrolgico
As 25 estaes de monitoramento hidrometeorolgicas da Celesc G operaram regularmente durante
o ano. No perodo, tambm foram executadas readequaes tecnolgicas em vrias estaes
telemtricas para a transmisso dos dados via satlite em substituio ao sistema via sinal GPRS
Tc65i.
8.3.3.4. Manuteno da Estao Ecolgica do Bracinho
O Decreto Estadual no 22.768, de 16 de julho de 1984 autorizou a criao da Estao Ecolgica do
Bracinho, rea de 46 milhes de m, no municpio de Schoroeder SC, onde situa-se a Usina
Bracinho, de propriedade da Celesc G, com o objetivo de preservao da natureza e a realizao de
pesquisas cientficas. O local preserva uma faixa de Mata Atlntica e no recebe visitao pblica.
Em sua rea de abrangncia, com relevo acidentado, h duas nascentes: os rios Bracinho e Pira. A
-
Celesc G responsvel por proteger a flora e a fauna do local, uma das regies mais preservadas do
norte de Santa Catarina. Outro objetivo simultneo a preservao do regime hidrolgico dos rios
locais, visando abastecimento regular das represas que atendem s usinas hidreltricas da regio.
Toda a delimitao da rea pertencente concesso foi realizada por meio do projeto Sistema de
Informaes Geogrficas SIG da Celesc G.
8.3.3.5. Outorgas de Uso de gua
Segundo a Lei Federal no 9.433/1997, que instituiu a Poltica Nacional de Recursos Hdricos,
aproveitamentos hidreltricos esto sujeitos outorga pelo Poder Pblico, o que assegura o efetivo
exerccio dos direitos de acesso gua. Atualmente a empresa possui a outorga de uso da gua das
usinas conforme quadro a seguir:
Quadro 13 Portaria para Outorga do Uso da gua Usina Documento Validade
PCH Pery Resoluo ANA 289/2010 10/07/2017
PCH Celso Ramos Portaria SDS 117/2015 23/03/2035
PCH Bracinho Portaria SDS 082/2016 08/11/2046
PCH Palmeiras Portaria SDS 071/2016 08/11/2046
PCH Cedros Portaria SDS 072/2016 08/11/2046
CGH Pira Portaria SDS 0143/2016 26/07/2036
PCH Salto Weissbach Portaria SDS 0144/2016 08/11/2046
CGH Rio do Peixe Portaria SDS 0210/2016 11/10/2036
PCH Caveiras Portaria SDS 0209/2016 10/07/2018
PCH Garcia Portaria SDS 0263/2016 05/07/2046
CGH So Loureno Portaria SDS 0286/2016 19/12/2036
CGH Ivo Silveira Pedido DSUST 1022 (20/05/2015) Anlise Tcnica junto a SDS
Fonte: DVMN/DPEG/DGT
8.3.3.6. Certificado do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renovveis IBAMA
A Celesc G se encontra em conformidade com as obrigaes cadastrais e de prestao de
informaes ambientais a respeito das atividades desenvolvidas sob o controle e fiscalizao do
IBAMA, por meio do Cadastro Tcnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e
Utilizadoras de Recursos Ambientais.
8.4. Gesto de Pessoas
Valorizao das Pessoas, tica e Segurana esto entre os valores corporativos do Grupo Celesc.
Em atendimento a esses valores, so desenvolvidos diversos programas e projetos na rea de Gesto
de Pessoas, nos quais se destacam o compromisso com a capacitao de pessoas: a promoo da
incluso e valorizao da diversidade; a preveno de acidentes e adoecimentos dos trabalhadores; a
preveno de doenas ocupacionais; assistncia reeducao e readaptao profissional; vacinao
contra a gripe; alimentao saudvel; preveno e tratamento das dependncias qumicas; apoio
teraputico; orientaes para perspectivas aps a aposentadoria.
8.4.1. Capacitao Profissional
Em 2016, a Celesc D somou mais de 13.200 participaes de seus empregados em treinamentos
internos e externos. O nmero total de horas/aula de treinamento ficou acima de 118 mil horas, com
-
investimento de R$2,8 milhes em capacitao. As aes desenvolvidas so de carter empresarial,
mas interferem positivamente nas questes comportamentais.
A Celesc D tambm investiu em 2016 em auxlio-educao aos seus empregados, reembolsando
entre 75% e 100% dos valores gastos com formao escolar (ensino mdio, mdio-tcnico,
graduao, ps-graduao), como forma de incentivar a continuidade dos estudos estimulando a
profissionalizao e o aperfeioamento pessoal.
Dentre os destaques das aes de capacitao, podemos citar o Programa de Desenvolvimento
Gerencial PDG, que uma das aes estratgicas de Gesto de Pessoas, visando ampliao e
fortalecimento das competncias internas do quadro gerencial da Celesc e tem como objetivo o
desenvolvimento de uma viso gerencial estratgica e inovadora.
Ainda foram customizados quatro cursos especficos para a Celesc D, na plataforma Distncia,
sendo eles: Avaliao de Desempenho, Prorrogao da Concesso, Poltica de Consequncias e
Gerenciamento de Resduos Slidos.
Em continuidade ao Programa Individual de Desenvolvimento PID, foram trabalhadas 4 (quatro)
competncias tendo 138 (centro e trinta e oito) participaes. O Departamento de Gesto de
Pessoas/Diviso de Conhecimento e Desenvolvimento DPGP/DVCD tambm disponibilizou
vivencial com jogos, Encontro de reas tcnicas e administrativas, cursos externos, treinamento
para participao no Rodeio Nacional de Eletricistas, entre outros.
Na rea tcnica, pode-se destacar: a realizao dos Cursos de Eletricistas para Tcnicos e
Engenheiros, Curso para Operador do Sistema de Distribuio, Curso para Fiscais de Obras, Curso
de Multiplicadores para Construo de Rede Compacta e Multiplexada de Baixa Tenso, alm dos
Cursos sobre NR-35(trabalho em altura) e NR-33 (espao confinado) em todo o estado. Tambm foi
iniciado o processo de Reciclagem para Eletricistas Multitarefas.
8.4.2. Segurana no Trabalho
Em relao segurana do trabalho a Celesc promove o cumprimento do disposto na legislao, em
especial s Normas Regulamentadoras. Em relao NR 10 trabalhos em eletricidade, existe um
Comit Permanente para tratar da aplicao desta norma, tratando atualmente da questo dos
procedimentos operacionais.
Em 2016 a empresa iniciou os estudos para dar incio ao processo de implantao de um sistema de
gesto baseado na Norma OHSAS 18001, com adequao de sua poltica e planejamento de aes.
Em relao s empresas contratadas, foi realizado um encontro com os profissionais de segurana
destas empresas, repassando as principais diretrizes da empresa, junto com a entrega do manual de
segurana para as empresas contratadas, a ser distribudo aos empregados. Foi iniciada uma
campanha a ser desenvolvida em 2017 para efetiva conscientizao das empresas que prestam
servio para a Celesc. Foi realizado em 2016 o Seminrio de Segurana do Trabalho para
elaborao do Plano de Ao da empresa, com a participao de avaliadores de segurana,
representando 16 (dezesseis) Agncias Regionais da Celesc D.
A partir de 2016 iniciou-se um processo efetivo do Conselho de Administrao frente segurana
do trabalho, que estabelece a apresentao na reunio mensal deste Conselho dos dados relativos a
estatstica de acidentes e aes realizadas visando a preveno de acidentes. Visando a participao
junto a setores externos a Celesc, possui representantes nas reunies do Trabalho Seguro Justia
do Trabalho; Frum de Segurana e Sade do Trabalhador (FSST/SC) MPT; GT Quedas Rede
-
Vida Florianpolis e no Comit Brasileiro (CB 32) ABNT Equipamento de proteo Segurana.
8.4.3. Gesto de verbas variveis
Resultado de mais uma iniciativa do Programa de Eficincia Operacional, a de nmero 56, as aes
para a reduo dos custos e controle da exposio dos empregados a jornadas extraordinrias
tiveram incio ainda em 2013. Findado 2016, a Celesc registra reduo de mais de 35% no nmero
de horas extras e em 8% no sobreaviso quando comparado a 2012. O percentual equivale a 215 mil
horas extras a menos no ano e economia de quase R$40 milhes no custo de pessoal no perodo,
impulsionado fortemente pela melhoria ocorrida entre 2015 e 2016.
8.4.4. Programa de Desligamento Incentivado - PDI
Entre as aes para reduo de custos de pessoal destaca-se, ainda, a realizao do Plano de
Desligamento Incentivado. Esse plano provoca forte impacto nos resultados da empresa e fator
importante na constituio das metas de reduo dos custos de pessoal, conforme necessidade de
alcance de metas financeiras para o perodo 2017-2020, previstas no contrato de concesso da
Celesc D.
No ano, 61 empregados aderiu ao Plano em 2016. O custo das indenizaes da ordem de R$16
milhes, a ser pago nos prximos quatro anos. O Valor Presente Lquido do PDI 2016, analisado
para cinco anos, da ordem de R$48 milhes. Cabe destacar que em 2016 o desligamento ocorreu
para grupos de empregados de cargos que no esto previstos mais no Plano de Cargos e Salrios da
empresa, no havendo, portanto, reposies para compensar estas sadas.
9. RELAES COM MERCADO FINANCEIRO
9.1. Desempenho no Mercado de Capitais
O Capital Social da Celesc atualizado, subscrito e integralizado, em 31 de dezembro de 2016, era de
R$1.340.000,00 mil, representado por 38.571.591 aes nominativas, sem valor nominal, sendo
15.527.137 aes ordinrias (40,26%) com direito a voto e 23.044.454 aes preferenciais
(59,74%), tambm nominativas, sem direito a voto.
A Companhia encerrou o ano com 6.006 acionistas, sendo 5.445 pessoas fsicas e 561 pessoas
jurdicas. O grupo controlador detm 20,46% do Capital Total e as demais aes so detidas,
basicamente, por grandes fundos de penso, clubes de investimento, investidores institucionais e
pessoas fsicas com perfil de investimento de longo prazo. Os investidores estrangeiros encerraram
2016 representando 14,52% do Capital Social total da Celesc, detendo um volume de 5.602.308
aes preferenciais.
A estrutura acionria da Celesc em nmero de aes dos acionistas com mais de 5% de qualquer
espcie ou classe, em 31 de dezembro de 2016, est apresentada no quadro a seguir:
-
Quadro 14 Composio Acionria da Celesc Base Acionria em 31 de dezembro 2016
Acionista Aes Ordinrias Aes Preferenciais Total
Quantidade % Quantidade % Quantidade %
Estado de Santa Catarina 7.791.010 50,18 191 0,01 7.791.201 20,20
Angra Partners Volt Fundo de Inv em Aes 5.140.868 33,11 437.807 1,90 5.578.675 14,46
Fundao Celesc de Seguridade Social - Celos 1.340.474 8,63 230.800 1,00 1.571.274 4,07
Gerao LPar Fundo de Investimento 257.600 1,66 2.400.000 10,41 2.657.600 6,89
Centrais Eltricas Brasileiras - Eletrobras* 4.233 0,03 4.142.774 17,98 4.147.007 10,75
Alaska Poland FIA - - 2.904.200 12,60 2.904.200 7,53
Neon Liberty Capital Management LLC - - 1.173.300 5,09 1.173.300 3,04
Outros 992.952 6,39 11.755.382 51,01 12.748.334 33,06
Total 15.527.137 40,26 23.044.454 59,74 38.571.591 100
Fonte: DEF/DPRI
A Companhia encerrou o ano com 6.006 acionistas, sendo 5.445 pessoas fsicas e 561 pessoas
jurdicas. O grupo controlador detm 20,46% do Capital Total e as demais aes so detidas,
basicamente, por grandes fundos de penso, clubes de investimento, investidores institucionais e
pessoas fsicas com perfil de investimento de longo prazo. Os investidores estrangeiros encerraram
2016 representando 14,52% do Capital Social total da Celesc, detendo um volume de 5.602.308
aes preferenciais.
Em 2016, essa classe de aes registrou 8.865 negcios, envolvendo a quantidade de 3.773.977
aes e tendo sido negociada em todos os 249 preges da bolsa de valores brasileira.
9.2. Desempenho no Mercado Acionrio
As aes preferenciais da Companhia apresentaram desempenho expressivo com valorizao de
72,34% no ano. As aes ordinrias apresentaram desvalorizao de 25,86% no ano em relao ao
fechamento de 2015.
O principal ndice da Bolsa de Valores Brasileira, o Ibovespa, apresentou, no ano de 2016,
valorizao de 29,53%. Refletindo uma expectativa de melhora no cenrio poltico do pas, com
pequena valorizao do real frente ao dlar e expectativa de retomada do crescimento.
O ndice de Energia Eltrica IEE, que mede o comportamento das principais aes do setor
eltrico, apresentou valorizao de 38,94% em 2016.
O quadro a seguir apresenta as cotaes finais em 31 de dezembro de 2016 e respectivas variaes
percentuais das aes da Celesc e dos principais indicadores de mercado.
-
Quadro 15 Variao das Aes Celesc em 2016
Desempenho 3
Fechamento
31 de
dezembro
2016
4o TRI
2016
Variao
%
Em 12
meses
Celesc PN
R$15,89
13,66%
72,35%
Celesc ON
R$21,50
0,00%
-25,92%
IBOVESPA
60.227
3,19%
38,94%
IEE
36.108
-0,55%
45,58%
Fonte: DEF/DPRI
9.3. Relaes com Investidores
Em 2016, a equipe de Relaes com Investidores da Celesc manteve a agenda positiva de
apresentaes para o mercado de capitais por meio de realizao de reunies pblicas e privadas
com acionistas, investidores, analistas de mercado e imprensa especializada.
Foram realizadas reunies com analistas e representantes de alguns dos principais bancos de
investimentos do pas, alm de apresentao junto Associao dos Analistas e Profissionais de
Investimento do Mercado de Capitais APIMEC, realizada na sede de So Paulo/SP. Foram ainda
realizadas teleconferncias para apresentao e discusso dos resultados da Companhia e de suas
subsidirias integrais.
No site de RI da Celesc (www.celesc.com.br/ri) esto disponveis todos os documentos arquivados
nos rgos reguladores (CVM e BM&FBOVESPA) bem como demais informaes financeiras,
releases de resultados, desempenho operacional, histrico de dividendos, apresentaes realizadas,
agenda e calendrio de eventos corporativos, fatos relevantes e comunicados ao mercado, alm dos
relatrios de sustentabilidade no padro GRI4, o Balano Social da Companhia, entre outras
informaes.
10. GOVERNANA CORPORATIVA
10.1. Gesto de Riscos e Controle Interno
A Celesc possui uma Poltica de Gesto Estratgica de Riscos e Controles Internos disponvel em
http://celesc.firbweb.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Politica_Gestao-de-Riscos-e-Controles-
Internos.pdf.
O documento orienta a alta administrao, gestores e demais empregados na preveno e mitigao
de riscos inerentes aos processos e negcios da Companhia, apontando as diretrizes a serem
observadas para a execuo da Gesto Estratgica de Riscos e Controles Internos e define as
responsabilidades do Conselho de Administrao, do Comit Jurdico e de Auditoria e da Diretoria
Executiva.
3 Variaes Percentuais com ajuste a proventos
4 Global Reporting Initiative
-
A estrutura de governana de controles e riscos da Celesc organizada da seguinte forma:
O Conselho de Administrao, rgo mximo na estrutura organizacional da Companhia e de
gesto estratgica de riscos, tem como responsabilidade especfica acompanhar e avaliar os reportes
de riscos e no conformidades e o nvel de conformidade dos processos da organizao.
Como rgo de Assessoramento ao Conselho de Administrao e tambm integrando a estrutura
organizacional de gesto de riscos, h o Comit Jurdico e de Auditoria, cujas responsabilidades
principais so: acompanhar e avaliar a eficcia dos mecanismos do processo de gesto estratgica
de riscos e controles internos relatando ao Conselho de Administrao os resultados do
acompanhamento dos riscos.
Como parte integrante do processo de gesto de riscos, a Diretoria Executi