reino da matamba
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INTRUDUÇÃO
Envolverem-se nos assuntos do Reino do Ndongo, o que
levou à guerra entre o Reino do Ndongo e de Portugal em 1579.
Apesar de o Reino da Matamba ter desempenhado um pequeno
papel no início das guerras, a ameaça de uma vitória
portuguesa incentivou o governante da Matamba provavelmente
um rei chamado Kambolo Matamba a intervir. Ele enviou um
exército para ajudar o Reino do Ndongo contra os portugueses,
e com as forças dos exércitos combinados, foram capazes de
derrotar os portugueses na Batalha do Lucala em 1590.
Referências Congo e Angola com a história da antiga missão
de ocupação, Fernando Campos. A data da morte de D. Verónica
I, Rainha do Ndongo e Matamba, Africa (São Paulo) 1982
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CAPÍTULO I- PROBLEMA
I.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
O primeiro documento encontrado que menciona o reino de
Matamba é uma referência ao mesmo, pagando em 1530 o
tributo ao rei do Congo, Mvemba-a-Nzinga, convertido ao
cristianismo com o nome de Afonso I (1509-1540).
Afonso I mencionou subsequentemente Matamba como uma
parte das regiões do seu reino em 1530. Afora isto não há mais
nenhuma outra informação na história sobre o reino e as
tradições orais modernas não parecem clarear os pesquisadores.
Entretanto, tudo nos leva a crer que o reinado do Congo não
significou nada mais além do que uma presença simbólica em
Matamba, e que seus régulos eram provavelmente
completamente independentes.
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O Reino da Matamba era a região que é hoje a Baixa de
Cassanje, Província de Malanje moderna de Angola. Foi um
poderoso reino que resistiu longamente às tentativas de
colonização portuguesa e só foi integrado à Angola, em finais
do século XIX
Matamba teve indubitavelmente uma relação muito
próxima com o reino de Ndongo, seu vizinho do sudeste sul,
então um reino tão poderoso quanto o do Congo, cujos registros
mais antigos sobre o mesmo, datam do século XVI.
Durante o séc. XVI Matamba foi governado por uma rainha
desconhecida, que recebia missionários do Congo, então um
reino Cristão, enviados pelo rei Diogo Cão (1545-61). Embora
esta rainha recebesse missionários e talvez tenha até permitido
pregações, não há nenhuma indicação que o reino de Matamba
tenha se convertido ao Cristianismo tal e qual o reino do Congo.
A chegada dos colonos Portugueses sob o comando de Paulo
Dias de Novais em Luanda em 1575 alterou a situação política
enquanto o português se tornou imediatamente envolvido em
discordâncias com o reino de Ndongo, e a guerra arrebentou
entre Ndongo e Portugal em 1579.
Embora Matamba tivesse um papel pequeno nas guerras da
época, a ameaça de uma vitória Portuguesa agitou o régulo de
Matamba (provavelmente um rei nomeado Kambolo Matamba)
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que enviou um exército aliado com o reino de Ndongo de
encontro aos portugueses e com estas forças aliadas derrotaram
as forças Portuguesas na batalha do Lukala em 1590.
I.2 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
Como demonstrou Lovejoy,a influência europeia na África teria
ajudado a disseminar a escravidão no próprio continente e implantar
um modo de produção escravista. Esse tipo de escravidão teria assim
um significado diferente para os africanos e para os países de diáspora.
Em ambos os casos os escravizados sempre eram levados para longe de
seus locais de origem porém, no caso africano, os mecanismos de
escravidão comuns na maioria das sociedades escravistas estava
Esperamos que as nossas pesquisas contribuam para despertar o
interesse e o conhecimento de estudantes, professores e pesquisadores
das sociedades científica.
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I.3 OBJECTIVOS DO ESTUDO
Depois de analisarmos as pesquisas de feitas traçamos os
seguintes objetivos:
I.3.1 Gerais
Compreender a História do reino da Matamba
I.3.2 Específicos
Descrever o surgimento do reino da Matamba
Saber as luta e conquistas enfrentadas
Descrever os seus reis
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I.4 FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES
É enunciado sob a forma de uma afirmação, ainda
provisória,queo autor do trabalho está enunciando um
conhecimento
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A hipótese é uma resposta antecipada do pesquisador, quê
a deduziu da revisão bibliográfica
H1- escravo é uma propriedade, portanto, são entendidos como
bens móveis, na medida em que estão sujeitos à compra e venda.
H2- O escravo é o estrangeiro por excelência.
H3- O uso comum da coerção e/ou violência física.
H4- A força de trabalho encontra-se à disposição de seu dono.
H5- O escravo não possui direito à sua sexualidade.
H6-Em geral, a condição de escravo é herdada
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I.5 LIMITAÇÃO E DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
O estudo efetuado por nós abordou sobre o reino da
Matamba, restringindo a história de Angola.
I.6 CONSTITUIRAM LIMITAÇÃO E DELIMITAÇÃO PARA ESTUDO OS
SEGUINTES:
I.6.1 Poucos estudos anteriores param comparação
Pedimos a vossa análise e sua critica para o melhoramento
do conhecimento pressente para estudos futuros. Acreditamos
porque a história nos permite acreditar, que os estudos feitos
são e serão importante e servirão de chave para pesquisas do
âmbito Histórico.
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CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
II.1 Delimitação de termos e conceitos
Matamba é um Nkisi feminino. Nkisi da espada do fogo,
dona da paixão, HORDA Grupo de gente armada que no
pertenece a um ejército regular: una horda de vikingos.
POMBEIRO era o mercador africano de escravos.
II.2 Principais teorias
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Desenvolvimento dos reinos
CÍCLO DO KUANGO E A COLÓNIA Séc. XVII os Bângalos
dispersaram-se, então, em vários grupos, que mesmo assim
entraram no Ndongo. A cerca de 1570, os jagas, expulsos do
Congo, vieram para a Matamba e para o Kuango-Lui e
misturaram-se com os Bângalas. Por volta de 1585 vieram
oSS'õS'sõS, que ficaram um pouco mais para Oeste, na margem
direita do Kuanza, quando o Kuanza corre de sul para Norte.
Todos estes povos ocuparam o território do Kuango-Lui e
também se espalharam pelo Ndongo e mesmo pelo Planalto. As
hordas itinerantes: Como já sabemos,comaderrota de Kinguri,
os Bângalas dispersaram-se e formaram vários grupos,
independentes uns dos outros. Esses grupos eram Hordas
Itinerantes, que quer dizer, exércitos de soldados –
comerciantes que andavam de terra em terra, a fazer guerra de
Kuatal Kuatal e a fazer comércio com os pombeiros.
Os jagas e os Sossos também fizeram horas itinerantes. As
hordas itinerantes costumavam instalar-se temporariamente
em acampamento chamados Kilombos. Tinham um chefe
poderoso, que era chefe do comércio e chefe da guerra. A sua
organização tinha algumas características da Comunidade
Primitiva e os seus rituais eram mais primitivos e mais
bárbaros do que os dos povos organizados em Estado.
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Alguns historiadores dizem que os Jagas eram antropófagos,
Quer dizer, alimentavam-se de carne humana. Mas não
devemos acreditar nisso facilmente. O que é mais provável é que
eles comessem carne humana somente em alguns rituais
religiosos e não como alimentação do dia-a-dia. Algumas
hordas tornaram-se famosas. Foi famosa, por exemplo, a horda
de Kassanje (o nome do chefe), que auxiliou Ngola Kiluanje nos
primeiros combates contra os portugueses. Kassanje tinha
relações com os pombeiros e por isso não lhe agradava a política
de violência de Novais. Outra herda famosa foi a horda de
kafuxe, que, entrou na batalha de Angoleme-Akitambo, ao
lado de Ngola Kiluanje contra os portugueses. Outra horda
famosa foi a de Kalombo, que actuava na região de Benguela e
fazia muito comércio.
Foram famosas também algumas hordas dos Sossos que
venceram no Kuanza um exército português que ia atacar os
Kilombos.Mesmo depois aa formação do reino de Kassanje,
continuou a haver hordas itinerantes. A horda de Kalambo e a
de Kabuku Kan- dongo são dessa data. A horda de Kabuku
Kandongo foi' famosa principalmente porque era um dos
aliados dos portugueses de Massangano, em 1646, contra a
Segunda Coligação e contra os holandeses.
A horda de Kabuku Kandongo, movida por interesses
comerciais, estava a trair a causa dos povos africanos. O
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comércio de armas de fogo, no entanto, era mais raro do que o
comércio de vinho de Portugal e panos da lndia ou de moeda
corrente (Njimbo, sal, libongo).A rota do Loango era melhor
para os Estados do Kuango do que a rota de Luanda. A rota do
Loango era ao mesmo tempo. Uma coisa que trazia muito
prejuízo aos portugueses. Essa rota prejudicava também o reino
da Lunda que tinha de suportar muitos intermediários
(Kassanie.M atarnba. Oembos e Congo).
Os portugueses da colónia, claro, tentavam vencer esta difi -
culdade, arranjando uma rota por conta própria. Para isso,
mandaram uma caravana através do Kassanje, oars contactar os
Holos e abrir caminho para a Lunda.
A caravana foi apanhada pela gente de Kassanje e não
chegou aos Holos. No entanto, os pombeiros dessa caravana
estabeleceram contacto com os Holos que andavam pelo
Kassanje. Depois disto, os portugueses mandaram segunda
caravana à terra dos Holos. Através da Matamba. A raínha da
Matamba apanhou por sua vez esta caravana e matou os guias
e quardas Holos que a acompanhavam.
Os portugueses não conseguiram chegar à terra dos
Holos.Estas duas tentativas deram-se por volta de 1740, Depois
delas a raínha da Matamba atacou o grande mercado português
de Kambambe, onde se encontrava também a base militar da
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ocupação da região. Este ataque foi em 1744. Então, os
portugueses reuniram um grande exército e atacaram a
Matamba. O exército avançou até à capital, pilhando e
destruindo. A rainha fugiu e os portugueses fizeram novo
tratado de paz como representante da rainha. Esse tratado
ainda era pior do que o de 1683. Porém, os portugueses
continuavam sem força suficiente para fazer cumprir o tratado.
A rota do Loango continuou a funcionar. Vendo que não era
possível obrigar os Estados do Kuango a nâo mandar o 'comércio
pela rota do Loango, os portugueses, que tinham certo domínio
sobre os Dembos, construlram o Forte de Encoje nesse território.
Porém, pouco depois, os povos Hungos do Norte da Matamba
bloquearam o forte, não deixando a tropa sair dele. O forte
perdeu a sua acção e a rota 'do Loango continuou. Isto foi em
1759. No ano seguinte, a Lunda invadiu os Estados do Kuango.
A invasão dominou o Kassanje e a Matarnba. Mas depois da
retirada das tropas da Lunda, tudo voltou à mesma. A rota do
Loanqo continuou.
Finalmente, em 1769, a Lunda estabeleceu uma nova rota
que passava pelo Mpumbu (região de onde saíram os pumbeiros
ou pombeiros e que ficava na província de Nsundi, no reino do
Congo), descia o rio Zaire e acabava também no Loango. Com
esta rota, o comércio da Lunda não passava pelos
intermediários do Kuango.
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Em 1783, os portugueses, que tinham muitas relações com
o
Reino de Ngoyo, construíram aí o Forte de Cabinda. O reino de
Ngoyo tinha sido conquistado pelo Soyo em 1631. A capital era
Cabinda. O Forte de. Cabinda destinava-se a impedir que as
caravanas do Kas- sanje, da Matamba é mesmo da Lunda,
chegassem a Loango, onde estavam os franceses. Em
consequência. os -franceses atacaram o Forte de Cabinda e
tornaram-no aos portugueses. A rota do loango continuou por
muito tempo.
Foi nesta data que os portugueses resolveram transformar a
economia mercantil da colónia de Angola numa economia de
produção. Assim foram enviados emissários a Ngola Mbandi
para negociar a reanimação do comércio. As condições impostas
pelo Ngola foram: Transferência do forte de Mbaca para o antigo
local; Auxílio dos Portugueses ao Ndongo para expulsar o chefe
imbangala Cassanje do reino; Restituição ao Ngola dos súbditos
e chefes que tinham sido aprisionados durante a guerra. Tendo
o governador concordado com as condicões o Ngola regressou a
sua capital. Para firmar o acordo, foi enviada a Luanda, em
1621, Njinga Mbandi irmã do rei. Ela persuadiu o governador
a reconhecer o Ngola como seu aliado e não como súbdito e
conseguiu realmente uma trégua em troca da restituição dos
escravos dos colonos refugiados no Ndongo. Do lado dos
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Portugueses houve bom acolhimento à negociação das tréguas,
dada a urgência que tinham em intensificar o tráfico que a
guerra tinha interrompido.
A coligação de 1625·1656 Diferentes concepções políticas
existentes entre o Ngola e sua irmã pode ter estado na origem
do seu desentendimento e da morte do rei em 1624. Njinga
assumiu então o governo do Ndonço, Ao mesmo tempo que
procurou fortalecer a sua autoridade no Ndongo, desenvolveu
grande actividade a fim de assegurar o controlo sobre a
Matamba,a região vizinha também habitada por população
mbundu. No século XV ainda esse terriório estava dependente
do Congo, mas no século XVI foi invadido pelos Imbangala que
nele se fixaram, opondo resistência ao avanço dos Portugueses.
Como vimos atrás, eles participaram na batalha de Angoleme-
a-Kitarnbo, próximo de Mbaca, no rio Lucala, onde os
Portugueses sofreram uma estrondosa derrota.
Entretanto as pressões de Luanda no sentido de cobrar taxas
e tributos aos chefes submetidos, já espoliados e empobrecidos
pela guerra e pela pilhagem, provocaram muitas fugas para
leste, onde esses grupos se associavam às forças de Njinga.
Também os escravos fugidos de Luanda eram recebidos por ela
e iam engrossar as fileiras do seu exército. A tensão entre os
dois campos aumentou até que em 1625 o chefe de Pungo-a-
Ndongo denunciou aos Portugueses os preparativos que se
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faziam no Ndongo para a guerra. Quando Njinga ordenou um
ataque contra - aquele chefe este pediu auxílio aos Portugueses.
Estava encontrado o pretexto para o início da guerra; os
Portugueses designaram como rei do Ndongo um seu aliado, em
troca da entrega de uma centena de escravos por ano, e da
abertura das feiras comerciais onde os pombeiros deviam
acorrer para o
resgate. Muitos chefes não reconheceram Ngola-Ari como
legítimo rei do Ndongo; Njinga quis continuar a luta contra ele
a partir das ilhas do Cuanza, mas a ajuda dos Portugueses a
Ngola-Ari não O permitiu. Para reforçar a resistência, Njinga
procurou então aliar-se ao reino de Cassanje que possuía cerca
de 80.000 arqueiros para o combate.
Simultaneamente, projectou anexar o reino da Matamba
para daí expulsar Ngola-Ari aos seus aliados das terras do
Ndongo. Entre 1630 e 1635, Njinga apoderou-se efectivamente
da Matamba e iniciou a concorrência a Cassanje no intuito de
controlar o fornecimento de escravos à colónia. Entretanto a
acção dos Portugueses abrandara devido aos assaltos de um
concorrente europeu - os Holandeses. Njinga aproveitou a sua
presença na costa entre 1641-8 para diminuir ou mesmo
eliminar a presença dos Portugueses no litoral.
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Depois de os holandeses serem expulsos, as dificuldades em
reatar o trafico, levaram as autoridades coloniais em Luanda
a tentar novas relações diplomáticas com Njinga. Ela retirara -
se para o interior da Matamba, longe do alcance das, tropas
coloniais, o que também dificultava o tráfico. Luanda propôs
então a libertação da irmã de Njinga, aprisionada durante a
guerra, contra o resgate de 200 escravos e um tratado de
amizade. O acordo assinado só em 1656, restabeleceu com efeito
o comércio entre a colónia e a Matamba, nos últimos 7 anos de
vida da rainha. Njinga morreu em 1663 com a idade provável
de 81 anos, depois de uma vida inteira dedicada à defesa da
independência do seu povo.
Guerrilha e resistência A caminho ele Cambambe, as forças
coloniais encontraram uma resistência que utilizava a táctica
de guerrilha: Vendo, que não podia resistir em campo raso, o
soba Cafuxe Carnbase embrenhou-se numas quebradas e vales
de grandes matos. Usando do seu ardil que é fazer menos
resistência à entrada dos inimigos, e carregar com toda a força
ao tempo Ja retirada.
De dentro dos matos onde se não viam principiavam a ferir
os soldados da rectaguarda e os cavalos, vendo os nossos
embaraçados desceram com todo o peso da guerra sobre eles,
exterminando-os na sua quase totalidade, pois apenas escapou
o capitão-rnor e cinco companheiros. Batalha de Anguleme-u-
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Quitambo Estando o governador Luís Serrão com o arraial
assentado légua e meia do rio
a que chamam Lucala , que serão setenta léguas além do forte
presídio ele Massangano, com a determinação ele passar a
banza do rei que era a sua corte no qual lugar lhe foi dado
reinado, onde soube o governador corno o rei da Matamba com
socorro de el-rei do Congo , e o mesmo rei de Angola e dos
Guindas, e dos Jagas, reis comarcões do reino de Angola, para
o qual efeito assentou o governador que o exército que tinham
mandassem quinze mil homens frecheiros , gente preta, e com
eles cento e vinte oito homens brancos arcabuzeiros entre os
quais iam três de cavalo, os quais eram de muito curso de
guerra por serem cursados nela e depois de o campo ir
marchando teve o governador aviso como os reis acima ditos
vinham com cópia de um milhão de homens com determinação
de darem batalha ao governador e nossos vassalos, sendo-lhe
dado recado em Angoleme-a-Quitambo.Carta da rainha Njinga
ao governador de Luanda Estou tao queixosa dos governador:
passados, que sempre me prometeram entregarem minha irmã,
pela qual tenho dado infinitas peças e feitos milhares de
banzos e nunca ma entregaram mas antes moviam logo guerras.
E de quem estou mais queixosa é do Governador Salvador
Correia, ao qual dei as peças que V. Senhoria lá saberá e fiz
duzentos banzos, por ver ma mandava pessoa como foi o
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Capitão-mor Ruy Pegado por embaixador em nome de Sua
Majestade que Deus guarde, que me entregariam minha irmã e
haveria muita paz, entendi que não podia faltar à palavra real
e por estes enganos e outros anelo pelos matos, fora da minha
terra, sem ter quem informe a S. Majestade que Deus guarde, do
meu pouco sossego, e mais importava estando em sossego em paz
fazendo feiras mais perto para pumbeiros lhes não custar tanto
trabalho trazer as fazendas tão longe e eu gozá-Ias mais
baratas.
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II.2 ORIGEM DO REINO DA MATAMBA
O Reino da Matamba Tem origem desde 1631 a 1744, foi um
estado pré-colonial Africano,localizado no que é hoje a Baixa de
Kassange na região da Malanje província da moderna Angola. Era um
reino poderoso que resistiu muito as tentativas de colonização, vindo
apenas a ser integrado em Angola no final do século XIX.
A primeira menção documental do Reino da Matamba é uma
referência de uma homenagem efectuada ao Rei do Reino do Kongo,
então Afonso I do Kongo, em 1530. Posteriormente, em 1535, Afonso
mencionou o Reino da Matamba como uma das regiões sobre as quais
ele governava. Não há informações da história da antiguidade do
reino, e as tradições orais modernas do reino, de momento, não
adiantam nenhum dado nas presentes investigações. No entanto, não
parece provável que o Reino do Kongo tivesse mais do que uma
presença leve e simbólico no Reino da Matamba, e os seus governantes
foram, provavelmente, bastante independentes. O Reino da Matamba,
sem dúvida, tinha relações mais estreitas com o seu vizinho do sul-
sudeste o Reino do Ndongo, à altura, tão poderoso como o Reino do
Kongo.
Estado da Matamba foi o novo estado mbundu que os
Portugueses tiveram que defrontar depois de 1648. Quando a
rainha Njinga ai se fixou. Depois da morte de Njinga, a
Matamba foi perturbada por lutas internas de sucessão e pela
intervenção crescente dos comerciantes de Luanda, Os
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portugueses em 1656 tinham nomeado um capitão residente
para a capital da Matamba com plenos poderes para defender
os interesses comerciais dos pombeiros. Ele tinha como especial
obrigação garantir que estes não pagassem mais do que os preços
oficiais acordados entre Luanda e a rainha da Matamba.
Formou-se na cidade capital do reino uma pequena colónia de
pombeiros que negociavam escravos e marfim em representação
dos seus patrões de Luanda.
A interferência militar dos portugueses nas questões
políticas internas da Matamba foi crescendo até que aqueles
conseguiram impôr um rei de sua escolha - Ngola Kanini 11
em 1673. A intervenção deste Ngola na sucessão ao trono do
vizinho reino de Cassanje e o saque feito pelo seu exército sobre
os bens dos pombeiros ali residentes foram o pretexto para nova
agresão portuguesa conta a Matamba. Mas o exército colonial
foi duramente desbaratado em Katole.
A morte de Kanini pouco depois permitiu aos Portugueses
restabelecer a sua posição na Matamba. O tratado assinado em
1683 fixou novamente a restituição de escravos fugidos, o
pagamento de uma indemnização de 200 escravos às
autoridades coloniais e o comércio exclusivo com Luanda.
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II.3 CONCEITO DE MATAMBA
Matamba é a rainha dos raios, dos ciclones, furacões, tufões,
vendavais. Nkisi do fogo, guerreira e poderosa. Mãe dos Mvumbi
(mortos), guia dos espíritos desencarnados, senhora do cemitério. Nkisi
da provocação e do ciúme. Paixão violenta, que corrói, que cria
sentimentos de loucura, que cria o desejo de possuir, o desejo sexual.
Matamba é também a senhora dos espíritos dos mortos, dos Mvumbi. É
o Nkisi dos cemitérios. É ela que servirá de guia, assim como o Nkisi
Kingongo, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que
indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma. O fogo é o
elemento básico de Matamba
II.3 FACTOR QUE DETERMINA O REINO DA MATAMBA.
Todas práticas do homem que foram como os direito de
outrem podem levar a uma revolução, manifestação ou golpe de
Estado pelos Governados sentem injustificado dos seus dever e
direitos.
Para nos elucidar melhor sobre alguns ator que
determinam o reino da Matamba, enuciamos segundo factor de
mografico, politico, e social.
II.2.1 FACTOR DEMOGRÁFICO.
Terridaridade
Comercio melhor
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Procura de condições de vida
Procura de mão-de-obra barato
II.2.2 FACTOR POLITICA
Luta pelo poder
Proteção dos clãs
Conquista
II.2.3 FACTOR SOCIAL
Guerra
Escravidão
Pobreza
Medo
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REVISÃO BIBIOGRAFICA
Para elaboração da nossa pesquisa, baseamo-nos principalmente
em dois: história primeiro volume, ensino de base 8º Classe do ano
1990. Este livro aborda sobre o reino da Matamba, mais em uma
escala menor.
História de Angola. Este livro faz referência ao Estado Matamba e
os seus reinados.
Tivemos também como fonte de pesquisa e intermedie.
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CAPITULO III METODOLOGIA.
A população e amostra.
A população do estudo foi Angolano e Portugueses, constituindo a
mostra de ambos localizados no território Angolano.
A faixa Etária foi desde adolescente, Adultos e Idosos, Foram
avaliados atendendo os seguintes critérios de seleção:
Ser de ambos os Sexos
Estudar o reino da Matamba
Variáveis
Neste ponto são apresentados as variáveis dependente e as variáveis
independentes
Variáveis Dependentes
Os índices do reino do Matamba
Variáveis Independentes
Idade
Sexo
População do reino da Matamba.
Modelo de pesquisa
Na nossa pesquisa foi utilizado o modelo descritivo,
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Foi utilizado o método comparativo,
Procedimentos e dificuldades encontrados o processo de solicitação
para autorização da pesquisa fomos orientados para fazermos uma
pesquisa maioritariamente Bibliográfica, Onde foram apresentados os
objetivos e as justificativas da pesquisa.
A Recolha de dados foi feita nos dias 24 a 31 de Agosto de 2014.
Antes da utilização dos instrumentos foram lidas as instruções,
depois disso preenchimento das questões.
Durante a nossa pesquisa a maior ou a única dificuldade
encontrada foi a Bibliografia e a formulação das hipóteses.
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Conclusão
Em suma o Reino da Matamba foi uma força que influenciou a
luta pelo colonialismo Português e a luta dos povos para a libertação
das opressões portuguesas.
H1- escravo é uma propriedade, portanto, são entendidos como
bens móveis, na medida em que estão sujeitos à compra e venda.
H3- O uso comum da coerção e/ou violência física.
H6-Em geral, a condição de escravo é herdada
Segundo os resultados as condições de escravatura são sim
uma hipótese verdadeira
Segundo as nossas análises foi confirmada que que o uso
comum da coerção ou violência física é uma hipótese positiva
“A hipótese nº 1 também foi confirmada
como uma hipótese positiva”
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lovejoy, Paul. Escravidão na África! Uma História de suas
transformações. Rio de Janeiro. Civilizações Brasileiras 2002
História Iº Volume Ensino de Base – 8ª Classe de 1990
História de Angola