regras de medição - lnec

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LABORATORIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL Curso sobre REGRAS DE |v|ED|çÃo í NA coNsTRuçAo L|sboa 0 2005

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Regras de Medição do LNEC

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Page 1: Regras de Medição - Lnec

LABORATORIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL

Curso sobre

REGRAS DE |v|ED|çÃoíNA coNsTRuçAo

L|sboa 0 2005

Page 2: Regras de Medição - Lnec

Reprodução integral da 5“ edição de 2000

Copyright © Laboratório Nacional de Engenharia CivilDivisão de Edições e Artes GráficasAv. do Brasil, 101 - 1700-066 Lisboa

1.” edição 19972.” edição 19983.” edição 19984.” edição 19995.* edição 2000 (actualizado)6.” edição 20007.” edição 20018? edição 20019.” edição 200210.” edição 2002l 1.” edição 200412.” edição 200413.” edição 2005

CS 26

Tiragem: 500 exemplares

Descritores: Medição de obras / Construção de edifícios / Curso

CDU ó9.oo3.123(07)ISBN 972-49-1739-8

Page 3: Regras de Medição - Lnec

ÍNDICE

Pág.INTRODUÇAO ........................................................................................................................... _. IX

PREÃIvIBuLo ......................................................................................................................... _. IXOBJECTIVOS DAS I/IEDIÇÓES ...................................................................................................... ._ XIPRINclI=IoS DE BASE ............................................................................................................... _. XIV

0. REGRAS GERAIS .................................................................................................................... ..1

0.1 DEFINIÇÓES ...................................................................................................................... ..10.2 CQNDIÇÓES GERAIS ................................................................................................ _.0.3 UNIDADES DE MEDIDA ........................................................................................................... ..3

1. ESTALEIRO ............................................................................................................................. ..5

1.1 REGRAS GERAIS ........................................................................................................... ..51.2 INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS Do ESTALEIRO .............................................................................. ._ 7

7.2.1 instalações destinadas ao pessoal e para funcionamento dos serviços de estaleiro ...... ._ 71.2.2 Instalações de vias de acesso, caminhos de circulação e vedações ............................. ._ 71.2.3 Instalação de redes de alimentação, de distribuiçao e de esgotos................................. ._ 7

1.3 EQUIPAMENTOS Do ESTALEIRO .............................................................................................. _. 81.4 PESSOAL Do ESTALEIRO ........................................................................................................ _. 9

2. TRABALHOS PREPARATÓRIOS .......................................................................................... ..11

2.1 REGRAS GERAIS .............................................................................................................. ._ 112.2 DESvIo DE oESTÁcuLoS ..................................................................................................... _. 142.3 PROTECÇÓES .................................................................................................................... ._ 152.4 DRENAGENS ...................................................................................................................... _. 152.5 DESMATAÇÃO .................................................................................................................... _. 162.6 AEATE ou DERRUEIE DE ÁRVORES ......................................................................................... ._ 182.7 DESENRAIZAMENTOS .......................................................................................................... _. 192.8 ARRANQUE E coNSERvAÇÃo DE LEIVAS (PLACAS DE RELVA) .................................................... _. 20

3. DEMQLIÇÕES ....................................................................................................................... ..21

3.1 REGRAS GERAIS ................................................................................................................. ..21

Curso sobre Regras de Medição na Construção Ill

Page 4: Regras de Medição - Lnec

4. MOVIMENTO DE TERRAS .................................................................................................... ..25

4.1 REGRAS GERAIS ........................................................................................................4.2 LTERRAPLENAGENS.............................................................................................................. ._ 31

4.2.1 Decapagem ou remoção de terra vegetal ................................................................... _. 314.2.2 Escavação.................................................................................................................. _. 324.2.3 Aterro ......................................................................................................................... ._334.2.4 Regularização e compactação superficia/ ......................................................... _. 344.2.5 Observações ........................................................................................................ _. 35

4.3 MovIIvIENTo DE TERRAS PARA INFRAESTRUTURAS __________________________________________________________________ _. 384.3.1 Escavação livre ................................. ................................................................... _. 384.3.2 Abertura de valas, trincheiras e poços .... _:................................................................. ._ 394.3.3 Reposição de terras ou aterro para enchimento .......................................................... ._ 424.3.4 Regularização e compactação superficial ................................................................... ._ 424.3.5 Escoramento e entivação ........................................................................................... ._ 424.3.6 Movimento de terras para canalizações e cabos enterrados ....................................... ._ 44

5. PAVIMENTOS E DRENAGENS EXTERIORES ...................................................................... ..45

5.1 REGRAS GERAIS ................................................................................................................. ..45

6. FUNDAÇÕES ......................................................................................................................... ..51

6.1 REGRAS GERAIS ................................................................................................................ ..516.2 FUNDAÇÕES INDIRECTAS .................................................................................................. ..53

6.2.1 Regras gerais ....................................................................................................... _. 536.2.2 Estacas prefabricadas e estacas moldadas .......................................................... ._ 586.2.3 Pegões ........................................... .................................................................... ..62

6.3 FUNDAÇÕES DIRECTAS ............................................................................................ __ 646.3.1 Regras gerais ............................................................................................................. _. 646.3.2 Protecção de fundações ............................................................................................. ._ 646.3.3 Enrocamentos e massames ....................................................................................... ._ 646.3.4 Muros de suporte e paredes ....................................................................................... _. 656.3.5 Sapatas e vigas de fundação ...................................................................................... ._ 65

6.4 COFRAGENS DE PRoTEcÇÃo DE FUNDAÇÕES, MASSAME, SAPATAS, vIGAS DE FUNDAÇÃO, IvIURos DESUPORTE E PAREDES. .......................................................................................................... ._ 68

7. BETÃO, COFRAGEM E ARMADURAS EM ELEMENTOS PRIMÁRIOS ................................ ..69

7.1 REGRAS GERAIS ....... ................................................................................................. ..697.2 BETÃO .............................................................................................................................. ._ 70

7.2.1 Regras Gerais ............................................................................................................ _. 707.2.2 Paredes ...................................................................................................................... 767.2.3 Lajes maciças............................................................................................................. _. 77

IV Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 5: Regras de Medição - Lnec

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7.2.4 Escadas ........................................................................................................ ._ 787.2.5 Pilares e montantes ............................................................................... .. ._ 797.2.6 Vigas, lintéis e cintas ........................................................................................ ._ 817.2. 7 Esclarecimentos ......................................................................................................... _. 83

7.3 COFRAGENS ...................................................................................................................... ._ 847.3.1 Regras gerais ............................................................................................................. ._ 847.3.2 Cofragens de paredes, cortinas e palas, lajes maciças, escadas, pilares e montantes,

vigas, /inteis e cintas .................................................................................................... _. 877.3.3 Juntas de dilatação..................................................................................................... _. 87

7.4 ARMADURAS ...................................................................................................................... __ 887.4.1 Regras gerais ............................................................................................................. ._ 887.4.2 Aço em varão ............................................................................................................. ._ 907.4.3 Redes electrosso/dadas.............................................................................................. ._ 927.4.4 Perfis metálicos .......................................................................................................... __ 937.4.5 Armaduras de pre-esforço .......................................................................................... ._ 947.4.6 Esclarecimento ........................................................................................................... _. 94

7.5 ELEMENTOS PREFABRIOADOS DE BETÃO ................................................................................ _. 967.5.1 Regras gerais ............................................................................................................. _. 967.5.2 Guias de lancis, degraus, madres, fileiras, frechas e elementos semelhantes, peitoris,

so/eiras, ombreiras, vergas e laminas........................................................................... __ 977.5.3 Escadaseasnas .............. .............................................................................. __977.5.4 Varas e ripas .................................................................................................... ._ 977.5.5 Grelhagens........................................................................................................ _. 987.5.6 Lajes aligeiradas.................................................................................................. _. 987.5. 7 Esclarecimentos ....................................................................................................... _. 100

8. ESTRUTURAS METÁLICAS ................................................................................................ ..101

8.1 REGRAS GERAIS _______________________________________________________________________________________________________________ _. 1018.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS ________________________________________________________________________________________________ __ 105

9. ALVENARIAS....................................................................................................................... _. 107

9.1 REGRAS GERAIS _______________________________________________________________________________________________________________ __1079.2 FUNDAÇÕES ____________________________________________________________________________________________________________________ __ 1109.3 MUROS DE SUPORTE, DE VEDAÇÃO E cORTINAS_ PAREDES EXTERIORES E INTERIORES ________ _.1119.4 PILARES ______________ _____________________________________________________________________________________________ __ 1179.5 ABÓBADAS ____________________________________________________________________________________________________________________ __ 1179.6 ARCOS ___________________________________________________________________________________________________________________ __1179.8 PAINÉIS DE BLOCOS __________________________________________________________________________________________________________ ._ 120

Curso sobre Regras de Medição na Construção V

Page 6: Regras de Medição - Lnec

10. CANTARIAS ............................................................ ._

10.1 REGRAS GERAIS __________________________________________________ __

......................................................... ..121

......................................................... ..121

10.2 MUROS DE SUPORTE, DE VEDAÇÃO, PAREDES ExTERIORES E PAREDES INTERIORES _______________ _. 12310.3 PILARES __________________________________________________________ _.10.4 ARCOS ............................................................ __10.5 ABÓBADAS _______________________________________________________ __10.6 ESOADAS ......................................................... ._10.7 GUARNEOIMENTO DE VÃOS ________________________________ ._10.8 GUARDAS, BAIAUSTRADAS E OORRIMÃOS ____________ ._10.9 REVESTIMENTOS .............................................. ._

11. CARPINTARIAS ................................................... _.

11.1 REGRAS GERAIS ............................................... __11.2 ESTRUTURAS DE MADEIRA .................................... _.11.3 ESOADAS ......................................................... ._1 1 _4 PORTAS, JANELAS E OUTROS ELEMENTOS EM VÃOS11.5 GUARDAS, BALAUSTRADAS E OORRIMÃOS ............ ._11.6 REVESTIMENTOS E GUARNEOIMENTOS DE MADEIRA.11.7 DIVISÓRIAS LEVES ............................................ ._11.8 EQUIPAMENTOS................................................ _.

12. SERRALHARIAS .................................................. _.

12.1 REGRAS GERAIS ............................................... ._

......................................................... _. 128

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......................................................... ._ 143

12.2 PORTAS, JANELAS E OUTROS COMPONENTES EM VAOS ....................................................... ._ 145

12.3 FAOHADAS-CORTINA _________________________________________ _.12.4 GUARDAS, BALAUSTRADAS E OORRIMÃOS ............ ._12.5 REVESTIMENTOS .............................................. ._12.6 DIVISÓRIAS LEVES E GRADEAMENTOS __________________ __12.7 EQUIPAMENTO ................................................. _.

13. PORTAS E JANELAS DE PLÁSTICO.................. _.

13.1 REGRAS GERAIS _______________________________________________ _.

14. ISOLAMENTOS E IMPERMEABILIZAÇÕES _______ ._

14.1 - REGRAS GERAIS _____________________________________________ __14.2 ISOLAMENTOS .................................................. __

14_2.1 Regras gerais ........................................... _.14.2_2 Isolamentos com placas ou mantas .......... _.

......................................................... ..149

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_________________________________________________________ __ 160

......................................................... ._ 160

......................................................... _. 762

142.3 Isolamento com material a granel ou moldado "in situ”............................................ ._ 16214.2.4 Sistemas de isolamento composto............ _. ......................................................... ..163

VI Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 7: Regras de Medição - Lnec

14.2.5 Trabalhos acessorios ........................................................... _.14.3 IMPERMEABILIZAÇÕES ........................................................... __

14.3_1 Regras gerais ...................................................................... ._14.3.2 Impermeabilização de coberturas em terraço ou inc/inadas..._14.3.3 Impermeabilização de paramentos verticais .... ................ ._14.3.4 Impermeabilização de elementos enterrados ................ ._14.3.5 Impermeabilização dejuntas................................................ ._

15. REVESTIMENTOS DE PAREDES, PISOS, TECTOS E ESCADAS..

15.1 REGRAS GERAIS .......................................................................... __15.2 REVESTIMENTOS DE PARAMENTOS EXTERIORES E INTERIORES .......... ._15.3 REVESTIMENTOS DE PAVIMENTOS EXTERIORES E INTERIORES ___________ ._15.4 REVESTIMENTOS DE ESCADAS ....................................................... _.15.5 REVESTIMENTOS DE TECTOS EXTERIORES E INTERIORES .................. _.

16. REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS .................... ._

16.1 REGRAS GERAIS .......................................................................... _.16.2 REVESTIMENTOS DE COBERTURAS ..... ................................. ._16.3 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS ..................................................... _.

17. VIDROS E ESPELHOS ................................................................... ._

17.1 REGRAS GERAIS .......................................................................... ._17.2 CHAPA DE VIDRO EM CAIXILHOS ..................................................... ._17.3 DIVISÓRIAS DE VIDRO PEREILADO......................................... ._17.4 PORTAS E JANELAS DE VIDRO .................................................. ._17.5 PERSIANAS COM LÂMINA DE VIDRO .............................................. ._17.6 ESPELHOS .................................................................................. __

18. PINTURAS ...................................................................................... _.

18.1 REGRAS GERAIS ................................................................... ._18.2 PINTURA DE ESTRUTURAS METÁLICAS _ _ . . . _ _ _ _ _ _ _ _ _ . . . . _ _ _ . _ _ . . _ . _ ._18.3 PINTURA DE PORTAS E PORTÕES ___________________________________________________ __18.4 PINTURA DE JANELAS E ENVIDRAÇADOS __________________________________________ ._18.5 OUTROS ELEMENTOS EM VÃOS ______________________________________________________ _.18.6 PINTURA DE GRADES, GUARDAS, BALAUSTRADAS E CORRIMAOS ........ _.18.7 PINTURA DE EQUIPAMENTO Fixo E MÓVEL ....................................... ._

19. ACABAMENTOS ............................................................................. ._

19.1 REGRAS GERAIS .......................................................................... ._19.2 AFAGAMENTO E ACABAMENTO DE PAVIMENTOS DE MADEIRA E CORTIÇA

Curso Sobre Regras de Medição na Construção

Page 8: Regras de Medição - Lnec

19.3 ACABAMENTO DE PAVIMENTOS DE LADRILI-IOS CERÂMICOS, DE MÁRMORE EPASTAS COMPÓSITAS ................................................................................................. ._ 228

19.4 ACABAMENTO DE PAVIMENTOS COM ALCATIFAS, TAPETES OU PASSADEIRAS .......................... _. 22919.5 ACABAMENTO DE PAREDES COM PAPEL COLADO ou PANOS DECORATIVOS ............................. ._ 23019.6 OUTROS ACABAMENTOS .................................................................................................. __ 231

20. INSTALAÇOES DE CANALIZAÇAO .................................................................................. ._233

20.1 REGRAS GERAIS .......................................................................................................... ._23320.2 ESGOTO DOMESTICO OU DE ÁGUAS RESIDUAIS ................................................................... ._ 23620.3 ESGOTO DE ÁGUAS PLUVIAIS ............................................................................................ _. 23920.4 DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA ................................................................................................... __ 24020.5 APARELHOS SANITÁRIOS ................................................................................................. ._ 24120.6 DISTRIBUIÇÃO DE GÁS ..................................................................................................... __ 24220.7 EVACUAÇAO DE LIxO ....................................................................................................... ._ 243

21. INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ........................................................................................... __ 245

21.1 REGRAS GERAIS ............................................................................................................. ..24521.2 ALIMENTAÇÃO GERAL ...................................................................................................... _. 24821.3 COLUNAS, MONTANTES E DERIVAÇOES .............................................................................. ._ 25021.4 INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO, TOMADAS E FORÇA-MOTRIz .................................................. _. 25221.5 INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ESPECIAIS ............................................................................... ._ 254

22. ASCENSORES E MONTA-CARGAS.................................................................................. _.257

22.1 REGRAS GERAIS ............................................................................................................. _.257

23. ELEMENTOS DE EQUIPAMENTO FIXO E MÓVEL DE MERCADO ................................. _.259

23.1 REGRAS GERAIS ............................................................................................................. _.259

24. INSTALAÇÕES DE AQUECIMENTO POR ÁGUA OU VAPOR .......................................... __263

24.1 REGRAS GERAIS ......................... .............. ......... ____________________________________________ __26324.2 GERADORES CALORIFICOS _______________________________________________________________________________________________ _ _ 26524.3 CONDUTOS E TUBAGEM ................................................................................................... _. 26624.4 DISPOSITIVOS DIFUSORES, ACELERADORES E DE CONTROLE ............................................... __ 268

25. INSTALAÇOES DE AR CONDICIONADO .......................................................................... ..269

25.1 REGRAS GERAIS _____________________________________________________________________________________________________________ _. 26925.2 UNIDADES DE TRATAMENTO DO AR ____________________________________________________________________________________ __ 27125.3 CONDUTOS, FILTROS, GRELI-IAS E DIFUSORES .................................................................... ._272

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ ._274

VIII Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 9: Regras de Medição - Lnec

~INTRODUÇAO

Preâmbulo

As regras de medição, que se apresentam neste texto e se destinam a quantificaros diferentes trabalhos de construção, resultam de um trabalho de base realizado peloLNEC [1], que foi discutido, revisto e ampliado em reuniões com um grupo de trabalhoconstituido na década de 70 por representantes de diferentes entidades públicas eparticulares relativas a trabalhos de construção civil e ainda por especialistas emmatérias específicas relacionadas com as instalações em edifícios, nomeadamenteeléctricas e electromecãnicas e as de evacuação de lixos, esgotos, água, aquecimento eventilação.

No texto base procurou-Se definir regras de medição com base em critérios maisprecisos do que os que eram correntemente utilizados e sempre com a intenção de nãoserem introduzidas modificações radicais que díficultassem a utilização fácil e imediatapelos medidores, embora conscientes que a aplicação das regras propostas exigia aformação dos diferentes intervenientes na elaboração dos projectos, sobretudo dosmedidores e orçamentistas_ O LNEC considerou, assim, que as regras de mediçãoestabelecidas constituíam um documento primário, com características que O situavamainda aquém das normas aplicadas noutros paises europeus e que necessitava derevisões e aperfeiçoamentos, à medida que se generalizasse a sua aplicação.

Desde 1986, tem vindo a ser atribuída especial importância às medições, tendo emconsideração as disposições legais relativas a empreitadas de obras públicas,estabelecidas actualmente no Decreto-Lei n° 59/991 de 2 de Março [2], Art° 202°, noqual se faz referência a que os métodos e critérios a adoptar para realização dasmedições serão obrigatoriamente estabelecidos no caderno de encargos e, em caso dealterações, os novos critérios de medição que porventura se tornem necessários,deverão ser desde logo definidos.

A Portaria 428/95 de 10 de Maio, do Ministério das Obras Públicas, Transportes eComunicações [3], que regulamenta os Concursos para empreitadas e fornecimentos deobras públicas, estabelece também a seguinte ordem de prioridade a observar na

Curso sobre Regras de Medição na Construção IX

Page 10: Regras de Medição - Lnec

medição de trabalhos quando não São estabelecidos outros critérios no Caderno deencargos:

Normas oficiais de medição que se encontrem em Vigor;

- Normas definidas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC);

- Critérios geralmente utilizados ou os que forem acordados entre O dono da obrae O empreiteiro. "

Salienta-se que, embora não existam normas oficiais de medição nem normasdefinidas pelo LNEC, tem vindo a ser prática corrente considerar como "normaS doLNEC", os critérios definidos na publicação base anteriormente referida, bem como temvindo a ser referência quer nos cursos de Engenharia Civil das universidadesportuguesas quer em outros de formação profissional.

A presente publicação é constituída pela revisão e actualização do anterior texto,tendo em vista, numa primeira fase, O estabelecimento das "normas definidas peloLaboratório Nacional de Engenharia Civil" referidas na Portaria 428/95 e, numa segundafase, O estabelecimento de normas oficiais de medição. Por estas razões, solicita-se atodas as entidades interessadas a apresentação de Sugestões que contribuam para Oaperfeiçoamento das regras propostas e que possibilitem a sua aplicação ao cálculomais eficiente e mais preciso das medições na construção.

Para a realização da presente versão, salienta-se a colaboração prestada pelosSeguintes técnicos do LNEC e docentes do curso:

- Eng° António Cabaço (Bolseiro de Investigação);

- Eng° Técnico Fernando Oliveira ( Técnico Especialista Principal)

- Técnico de Arqa e Enga José G. Gonçalves Espada ( Tecnico Especialista).

Objectivos das medições

AS medições na construção e as regras a elas associadas constituem O modo dedefinir e quantificar, de uma forma objectiva, os trabalhos previstos no projecto ouexecutadosz em obra. Constituem, assim, uma das actividades importantes do projecto,sendo também fundamental para as principais entidades envolvidas no processo

X Curso sobre Regras de Medição na Construção

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construtivo, nomeadamente o dono de obra e o empreiteiro, desde o anúncio doconcurso, base essencial para a apresentação e avaliação das propostas e elaboraçãode documentos contratuais, à elaboração de autos de medição e controlo da facturaçãoisto é, à gestão e controlo económico, desde as fases de planeamento a de execução.

Deste modo, as medições dos trabalhos previstos no projecto ou executadas emobra devem ser entendidas por cada uma das entidades envolvidas como realizadascom regras bem definidas, tendo em vista atingir os seguintes objectivos:

a) Possibilitar, a todas as empresas que apresentam propostas a concurso, adeterminação dos custos e a elaboração de orçamentos, com base nas mesmasinformações de quantidades e nas condições especificadasa para os trabalhosindicados no projecto;

b) Elaborar listas de trabalhos, de acordo com sistemas de classificação queindividualizem cada trabalho segundo grupos específicos que possibilitem, às váriasentidades envolvidas no processo, análises comparativas de custos e avaliaçõeseconómicas de diferentes soluções;

c) Proporcionar às entidadesadjudicantes a avaliação das propostas cujos preçosforam formulados com idêntico critério, bem como permitir, de um modo facilitado, aquantificação das variações que se verificarem durante a construção, devidas atrabalhos a mais e a menos ou a erros e a omissões de projecto;

d) Possibilitar às empresas um acesso simplificado a informação eventualmentetipificada e informatizada relativa a trabalhos-tipo, permitindo assim a formulação de

propostas para concursos com bases determinísticas sólidas, nomeadamente asrelativas a custos de fabrico, directos, indirectos, de estaleiro, de sub-empreitadas, etc;

e) Proporcionar às empresas adjudicatárias uma sistematização de procedimentosrelacionada com o controlo dos diversos trabalhos a executar, nomeadamente osdevidos a rendimentos de recursos que proporcionam o cálculo das quantidades de

materiais e a avaliação das quantidades de mão-de-obra, de equipamentos ou de outrosrecursos a utilizar na execução dos trabalhos;

t) Facilitar o estabelecimento dos planos de inspecção e ensaios aplicados aocontrolo da qualidade e da segurança* na execução dos diferentes trabalhos;

g) Facilitar a elaboração dos autos de mediçãos e o pagamento das situaçõesmensais, no prazo de execução da obra, e a elaboração da conta da empreitadas,

quando da recepção provisória da obra;

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Page 12: Regras de Medição - Lnec

h) Estabelecer as bases para que as empresas realizem a análise e o controle decustos dos trabalhos.

1 Este Decreto-Lei, que revogou o Decreto-Lei 405/93 de 10 de Dezembro, manteve a redacção doartigo relativo às medições dos trabalhos, antes já descrito no Decreto-Lei 235/86 de 18 de Agosto. Salienta-se que o D.L. 235/86 (que revogou o Decreto-Lei 48871 de 19 de Fevereiro de 1969) tornou obrigatória aindicação das regras de medição no caderno de encargos, em substituição da anterior redacção "Quando forjulgado conveniente, o caderno de encargos indicará... "

2 Segundo o Artigo 203 do Decreto-Lei 59/99 do capítulo relativo ao pagamento por medição,deverá proceder-se obrigatoriamente à medição de todos os trabalhos executados, mesmo que estes não seconsiderem previstos no projecto nem devidamente ordenados e independentemente da questão de saber sedevem ou não ser pagos ao empreiteiro.

3 Na proposta de empreitada por série de preços (Artigo 76° do Decreto-Lei 59/99), o preço total seráo que resultar da soma dos produtos dos preços unitários pelas respectivas quantidades de trabalhoconstantes do mapas-resumo, e nesse sentido se considerará corrigido o preço total apresentado peloempreiteiro, quando diverso do que os referidos cálculos produzam.

4A este propósito deve salientar-se as recentes disposições estabelecidas no Decreto-Lei n° 155/95,de 1 de Julho [31]. (Transposição da Directiva n° 92/57/CEE de 24 de Junho de 1992) acerca da "Segurançae Saúde a Aplicar nos Estaleiros Temporários ou MÓveis" que, entre outras exigências, estabelece aobrigatoriedade de existir um "Plano de Segurança e Saúde" [11], sendo para o efeito a caracterização dostrabalhos a executar um elemento fundamental.

5 Salienta-se que os autos de medição, além dos trabalhos previstos (cuja natureza e quantidadesforam previstas como base do concurso), devem ser discriminados, quando existirem, com as seguintesdesignações e significados:

- Trabalhos devidos a erros do projecto: são trabalhos da mesma espécie dos previstos cujasquantidades a mais e a menos resultam de erros do projecto reclamados pelo empreiteironos prazos legais.

- Trabalhos devidos a omissões do prcyecto: são trabalhos de espécie diferente dos previstosresultantes de omissões do projecto reclamados pelo empreiteiro nos prazos legais.

- Trabalhos a mais e a menos da mesma espécie dos previstos: são trabalhos da mesmanatureza dos previstos ou das omissões, executados nas mesmas condições, e cujasquantidades diferiram das previstas.

- Trabalhos a mais e a menos de especie diferente dos previstos: são trabalhos de naturezadiferente dos previstos e das omissões, ou executados em condições diferentes das previstas.Estes trabalhos devem ainda ser subdivididos em:

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- trabalhos com preçosja acordados: discriminados com a indicação das datas em queos preços foram acordados, tendo em vista a definição dos indices base para cálculoda revisao de preços.

- trabalhos com preços por acordar.

6 Durante a execução dos trabalhos, a situação dos pagamentos é efectuada com base na suamedição (mensal, salvo estipulação em contrário), sendo para tal elaborada a respectiva conta corrente noprazo de 11 dias, com especificação das quantidades de trabalhos apuradas, dos preços unitários, do totalcreditado, dos descontos a efectuar, dos adiantamentos concedidos ao empreiteiro e do saldo a pagar aeste.

Para a liquidação da empreitada (no prazo de 44 dias após a recepção provisória) é elaborada aconta da empreitada da qual constam entre outros, os valores de todas as medições efectuadas, o mapade todos os trabalhos executados a mais ou a menos dos previstos no contrato, com a indicação dos preçosunitários pelos quais se procedeu à sua liquidação, bem como daqueles sobre os quais existamreclamações.

Salienta-se que, no caso de existirem reclamações, segundo o Artigo 222 do Decreto-Lei 55/99, oempreiteiro pode reclamar da notificação da conta flnal, desde que não inclua novas reclamações relativas

a medições ou de verbas que constituam mera e fiel reprodução das contas das medições ou dasreclamações já decididas.

Curso sobre Regras de Medição na Construção Xlll

Page 14: Regras de Medição - Lnec

Princípios de base

As medições podem ser elaboradas a partir do projecto ou da obra, sendo asregras de medição aplicáveis a ambos os casos; porem, na medição sobre projecto, osmedidores deverão ter conhecimento e experiência suficientes para poderem equacionare procurar esclarecer, junto dos autores dos projectos, as faltas de informação que sãoindispensáveis à determinação das medições e ao cálculo dos custos dos trabalhos.

Apesar de cada obra possuir, em regra, particularidades que a diferenciam dasrestantes, podem ser definidos alguns princípios de base a ter em consideração naelaboração das medições, nomeadamente os seguintes:

a) O estudo da documentação do projecto - peças desenhadas, caderno deencargos e cálculos - deve constituir a primeira actividade1 do medidor.

b) As medições devem satisfazer as peças desenhadas do projectoz e ascondições técnicas gerais e especiais do caderno de encargos, pois podem existir errose omissõesa que o medidor deve esclarecer com o autor do projecto.

c) As medições devem ser realizadas de acordo com as regras de mediçãoadoptadas e, na falta, o medidor deve adoptar critérios que conduzam a quantidadescorrectas. Estes critérios devem ser discriminados, de forma clara, nas medições doprojecto.

d) As medições devem ter em consideração as normas aplicáveis à construção,nomeadamente aos materiais, produtos e técnicas de execução.

e) Dentro dos limites razoáveis das tolerãncias admissíveis para a execução das

obras, as medições devem ser elaboradas de modo a que não sejam desprezados

nenhum dos elementos constituintes dos edifícios.

f) Durante o cálculo das medições devem ser realizadas as verificações das

operações efectuadas e as confrontações entre somas de quantidades parcelares com

quantidades globais. O grau de rigor a obter com estas verificações e confrontaçõesdepende, como é evidente, do custo unitário de cada trabalho.

g) A lista de trabalhos deve ser individualizada e ordenada segundo os critériosseguintes:

- Os trabalhos medidos devem corresponder as actividades que sãoexercidas por cada categoria profissional de operário;

XIV Curso sobre Regras de Medição na Construção

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- As medições devem discriminar todos os trabalhos, principais e

auxiliares, com uma definição clara de cada trabalho e indicarem ascaracterísticas mais importantes necessárias ã sua execução. Sempre quepossível, esta definição deve ser esclarecida com a referência às peçasdesenhadas e às condições técnicas ou de outras informações existentesnoutras peças do projecto.

- As medições devem ser decompostas por partes da obra que facilitem a

determinação das quantidades de trabalho realizadas durante aprogressão da construção bem como a comparação de custos comprojectos similares.

1 Tendo como referência a Portaria 428/95 de 10 de Maio, do Ministério das Obras Públicas,Transportes e Comunicações, considera-se importante salientar que, em caso de divergências entre essesdocumentos integrados no contrato, as regras de interpretação dos documentos que fazem parte de umaempreitada são as seguintes:

A) O estabelecido no próprio título contratual prevalecerá sobre o que constar de todos osdemais documentos;

B) O estabelecido na proposta prevalecerá sobre todos os restantes documentos, salvo naquiloem que tiver sido alterado pelo titulo contratual;

C) Nos casos de conflito entre o caderno de encargos e o projecto, prevalecerá o primeiroquanto à definição das condições jurídicas e técnicas de execução da empreitada e osegundo em tudo o que diz respeito a própria obra;

D) O programa de concurso só será atendido em último lugar.

2 Ter em atenção que, quanto a eventuais divergências que existam entre as várias peças doprojecto, aplicam-se as seguintes regras: H

A) As peças desenhadas prevalecerao sobre todas as outras quanto à localizaçao, àscaracteristicas dimensionais e a disposição relativa das suas diferentes partes;

B) Havendo divergências entre peças desenhadas considera-se na prática corrente que oelemento a maior escala prevalece sobre outro a escala mais reduzida;

C) O mapa de medições prevalecerá no que se refere à natureza e quantidade dos trabalhos;

D) Em tudo o mais prevalecerá o que constar da memória descritiva e restantes peças doprojecto.

3 Deve ter-se em atenção o estabelecido no Decreto-Lei 59/99 de 2 de Março relativamente areclamações quanto a erros e omissões de projecto, e respectivos efeitos, nomeadamente nos artigos 14° a16°, em que são definidos prazos (limite inferior e superior) de reclamação a partir da data de consignação,

Curso sobre Regras de Medição na Construção XV

Page 16: Regras de Medição - Lnec

e a justificação da reclamação, isto é, natureza ou volume de trabalhos ou erros de cálculo do mapa demedições por se verificarem divergências entre este e o que resulta das restantes peças do projecto.Saliente-se ainda que, segundo o artigo 15°, no caso de o projecto base ou variante ser da autoria doempreiteiro, este suportará os danos resultantes dos erros ou omissões desse projecto ou doscorrespondentes mapas de medições, excepto se resultarem de deficiências dos dados fornecidos pelo donoda obra.

XVI Curso sobre Regras de Medição na Construção

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0. REGRAS GERAIS

0.1 Definições

a) As medições de um projecto ou de uma obra são a determinação analítica eordenada das quantidades dos diferentes trabalhos que são a base da determinação dosencargos definidos no projecto ou que integram a obra.

b) A lista ou mapa de medições é a descrição resumida das quantidades dostrabalhos e dos encargos calculados nas mediçoes.

c) O orçamento é o resultado da aplicação dos preços unitários às descrições dasquantidades dos trabalhos indicados na lista de medições.

0.2 Condições gerais

a) As medições devem descrever, de forma completa e precisa1, os trabalhosprevistos no projecto ou executados em obra.

b) Os trabalhos que impliquem diferentes condições ou dificuldades de execuçãoserao sempre medidos separadamente em rubricas próprias.

c) As dimensões a adoptar serão em regra as de cada elernento de construçãoarredondadas ao centímetro. Esta regra não ê aplicável às dimensões indicadas nadescrição das medições. Sempre que possivel, nas medições de projecto, as dimensõesserão as indicadas nas cotas dos desenhos ou calculadas a partir destas.

d) Salvo referência em contrário, o cálculo das quantidades dos trabalhos seráefectuado com a indicação das dimensões segundo a ordem seguinte:

- em planos horizontais, comprimento x largura x altura ou espessura.

-em planos verticais, comprimento x largura ou espessura x altura,considerando-se como comprimento e largura as dimensões em planta doselementos a medir.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 1

Page 18: Regras de Medição - Lnec

e) As dimensões que não puderem ser determinadas com rigor deverão ser

indicadas com a designação de "quantidades aproximadas".

f) As medições devem ser apresentadas com as indicações necessárias á sua

perfeita compreensão, de modo a permitir uma fácil verificação ou ratificação, e adeterminação correcta do custo. Em regra, as dimensões utilizadas na medição deverãoser sempre passíveis de verificação fácil e clara.

g) Recomenda-se que as medições sejam organizadas por forma a facilitar a

determinação dos dados necessários ã preparação da execução da obra e ao controle deprodução, tendo em vista a repartição dos trabalhos por diferentes locais de construçãoe o cálculo das situações mensais de pagamento e controle de custos.

h) Os capítulos das medições e a lista de medições poderão ser organizadosz de

acordo com a natureza dos trabalhos ou por elementos de construção. Quando 0 critériode organização for o da natureza dos trabalhos, estes deverão ser integrados noscapítulos indicados nestas regras e apresentados pela mesma ordem.

i) As medições dos trabalhos exteriores ao edificio (acessos, jardins, vedações,

instalações exteriores ao perímetro do edificio, etc.) deverão ser, no seu conjunto,apresentadas separadamentea dos trabalhos relativos ao edifício.

j) Deverá indicar-se sempre o nome do técnico ou dos técnicos responsáveis pela

elaboração das medições e lista de medições.

k) Sempre que as medições de certas partes do projecto, nomeadamente as

relativas às instalações, forem elaboradas por outros técnicos, o nome destes técnicosdeve vir referido no início dos respectivos capítulos.

1 Recomenda-se que esta descrição, sempre que possivel, seja sucinta e indique as referências dosdesenhos e das rubricas dos cadernos de encargos relativas a esses trabalhos.

2 A organização dos capitulos segundo a natureza dos trabalhos é a que permite a empreiteiros esubempreiteiros uma mais fácil elaboração das propostas a concurso.

3 Esta divisão permite uma análise mais rápida dos custos relativos ao edificio e com menosprobabilidade de erro. Além disso, permite uma preparação mais fácil dos trabalhos.

2 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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0.3 Unidades de medida

a) As unidades base de medida são as seguintes:

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Comprimento metro m

Superfície metro quadrado rn2

Volume metro cúbico m3

Massa quilograma K9Força quilonewton kNTempo hora, dia h,d

b) Os resultados parciais dos cálculos das medições obedecerão, em regra, aosarredondamentos seguintes:

I MEDIDA Í ARREDONDAMENTO DA CASA1 ,

metro (m) centímetro (cm)

metro quadrado (mz) decímetro quadrado (dmz)metro cúbico (ma) decímetro cúbico (dm3)

Í quilograma (kg) hectograma (hg)quilonevvton (kN) decanevvton (dN)

As quantidades globais a incluir nas listas de medições obedecerão, em geral aosarredondamentos seguintes:

I MEDIDA ARREDONDAMENTO DA CASA4l lmetro (m) decímetro (dm)

metro quadrado (mz) decímetro quadrado (dmz)

metro cúbico (m3) decímetro cúbico (dm3)

quilograma (kg) quilograma (kg)

quilonevvton (kN) quilonewton (kN)

Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 20: Regras de Medição - Lnec

c) Quando a aplicação destas regras tiver como resultado a eliminação da

indicação da quantidade de qualquer rubrica, deverá ser indicada a quantidade

exacta.

d) Quando o preço dos trabalhos o justifique, estes arredondamentos podemser modificados para mais ou para menos. Neste caso, o documento relativo às mediçõesdeve mencionar o critério adoptado na definição dos arredondamentos.

1 Conceito definido na Norma Portuguesa NP-37

4 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 21: Regras de Medição - Lnec

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1. ESTALEIRO

1.1 Regras Gerais

a) As medições do estaleiro1 -trabalhos de montagem' r._ eCUça

exploração e desmontagem

0 da obra - podem serdas instalaçoes e equipamentos necessários à 6×individualizadas nos subcapitulos seguintes:

- instalações provisórias do estaleiro- Equipamento do estaleiro- Pessoal do estaleiro

_ adas ao pessoal - casa dob) As medições das instalações Provisórias destm .. ~

guarda, dormitório, instalações sanitárias, refeitÓri0,realizadas de acordo com os elementos seguintes:

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Page 22: Regras de Medição - Lnec

- Limitações impostas pelo projecto ou por outras circunstâncias relativas àutilização da área destinada ao estaleiro.

e) As medições indicarão a natureza dos materiais a aplicar na execução das

instalações provisórias.

1 Segundo o Decreto-Lei 59/99 de 2 de Março, no capitulo relativo às disposições comuns relativas aempreitadas por preço global e por série de preços (artigo 24), o empreiteiro tem a obrigação, salvoestipulação em contrário, de realizar à sua custa todos os trabalhos que, por natureza ou segundo o usocorrente, a execução da obra implique como preparatórios e acessórios, nomeadamente:

- O fornecimento, construção e manutenção do estaleiro;

- Os meios necessários para garantir a segurança das pessoas na obra e do público em geral;

- A construção de acessos ao estaleiro e das clrculações internas.

Os encargos relativos à montagem e desmontagem do estaleiro são da responsabilidade do dono daobra e constituirão um preço contratual unitário.

2 O dimensionamento deve ser efectuado considerando a regulamentação existente, nomeadamente:- "Regulamento das Instalações Provisórias Destinadas ao Pessoal Empregado nas Obras" -

Decreto-Lei n° 46427, de 10 de Julho de 1965.- "Sinalização de Obras e Obstáculos Ocasionais na Via Pública" - Decreto Regulamentar n°

33/88, de 12 de Setembro.

- "Regulamento Municipal sobre a Ocupação de Via Pública com Tapumes, Andaimes,Depósitos de Materiais, equipamentos e Contentores para Realização de Obras. Edital daCâmara Municipal de Lisboa n° 108/92 de 24 de Setembro.

- "Segurança e Saúde a Aplicar nos Estaleiros Temporários ou Móveis" - Decreto-Lei n°155/95, de 1 de Julho. (Transposição da Directiva n° 92/57/CEE de 24 de Junho de 1992).

- Portaria 101/96 de 3 de Abril que regulamenta o D. L. 155/96, relativo às prescriçõesmínimas de segurança e saúde a aplicar nos estaleiros temporários ou móveis.

3 Nos casos de empreitadas em que não sejam aplicadas as condições referidas em (1), isto é, emque as medições do estaleiro não forem elaboradas, os respectivos encargos serão considerados incluidosnas percentagens relativas a custos indirectos a ter em conta no preço composto de cada trabalho edeterminado no orçamento.

4 Deverá indicar-se, relativamente à energia eléctrica, o número de fases, o valor da tensão e apotência máxima que o estaleiro poderá dispor.

6 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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1.2 Instalações provisórias do estaleiro

1.2.1 Instalações destinadas ao pessoal e para funcionamento dos serviços

de estaleiro

a) A medição será realizada em mz segundo a área determinada em projecção

horizontal da envolvente exterior de cada instalação ou à unidade (un), considerando

sempre separadamente cada tipo de instalação.

b) A medição engloba todos os trabalhos relativos à execução de cada instalação,incluindo as redes de águas, esgotos, electricidade, telefones, gás e outras.

c) A medição compreende o transporte, montagem, exploração, conservação edesmontagem de cada instalação.

d) Sempre que necessário as operações da alinea anterior poderão ser medidasem rubricas próprias.

1.2.2 Instalações de vias de acesso, caminhos de circulação e vedações

a) A medição será realizada à unidade(un).

b) A medição inclui todos os trabalhos necessários à sua execução,nomeadamente terraplenagens, drenagens, pavimentação, conservação e reposição doterreno nas condições indicadas no projecto.

1.2.3 Instalação de redes de alimentação, de distribuição e de esgotos

a) As redes de alimentação e distribuição de águas, electricidade, telefones, gás ououtras e as redes de esgotos serão medidas á unidade(un).

b) A medição engloba todos os trabalhos necessários à montagem, exploração,conservação e desmontagem destas instalações.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 7

Page 24: Regras de Medição - Lnec

1.3 Equipamentos do estaleiro

a) As medições relativas a máquinas - gruas, centrais de betonagem, viaturas,tractores, etc. -, a ferramentas e utensílios, ao equipamento auxiliar - andaimes,máquinas de oficinas e outras - e a outros meios mecânicos são, em regra, incluídasnas medições dos diferentes trabalhos em que este equipamento ê utilizado.

b) As medições destes equipamentos podem no entanto, sempre que sejanecessário, serem individualizadas em rubricas próprias, e serem aplicadas regrasespecificas1.

1 A unidade de medição ê a hora efectiva de trabalho de cada unidade de equipamento.

A unidade de medição pode ser a hora de permanência na obra, de cada unidade de equipamento,quando a determinação do tempo efectivo de trabalho for difícil ou não se justificar.

A medição do tempo relativo a cada equipamento será, em geral, individualizada em rubrica própria.

A medição engloba todos os trabalhos e encargos relativos a cada equipamento, designadamente,amortização, transporte, montagem, exploração, conservação e desmontagem.

8 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 25: Regras de Medição - Lnec

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1.4 Pessoal do estaleiro

a) As medições relativas ao pessoal do estaleiro - director técnico, encarregado,

pessoal de escritório e de armazém, operários de limpezas, cargas e descargas,guardas, enfermeiro, etc. - são, em geral, incluídas nas medições dos diferentes

trabalhos da obra.

b) Quando for necessário a constituição de rubricas próprias para o pessoal do

estaleiro, deverão ser aplicadas regras especificas*

1 A unidade de medição é o tempo de permanência na obra, de cada unidade de pessoal. A mediçãodo tempo de cada unidade de pessoal será, em geral, individualizada em rubrica própria. A medição englobatodos os encargos relativos a cada unidade de pessoal, nomeadamente, vencimentos e salários, encargossociais, transportes e outros respeitantes à sua remuneração. A medição de encargos com viagens eestadias será, em geral, individualizada em rubrica própria, salvo indicação contrária do caderno de

encargos.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 9

Page 26: Regras de Medição - Lnec

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Page 27: Regras de Medição - Lnec

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2. TRABALHOS PREPARATÓRIOS1

2.1 Regras gerais

a) As informaçõesz relativas á planimetrias e a/timetria4 e os resultados do

reconhecimento ou da prospecção geotécnicaã do terreno, que são indicados no

projecto, serao referidos nas mediçoes.

b) As informações sobre a existência de redes de distribuição - água, esgotos, gás,electricidade, etc - ou quaisquer outros obstáculos á realização dos trabalhos serãoapresentadas no enunciado das medições.

c) As medidas para a determinação das medições serão obtidas a partir dasformas geométricas indicadas no projecto esem consideração de empo/amentosõ.

1 Este capítulo refere-se às regras de medição dos trabalhos necessários para a preparação daexecução das obras. As medições de outros trabalhos que também antecedem em geral a execução daobra, como por exemplo a execução das vias de acesso ao estaleiro, de vedações ou tapumes da obra, dadoque pela sua natureza são próprios da implantação e organização do Estaleiro, são assim consideradasnesse capitulo. As demolições, que também poderiam estar englobadas nesta rubrica, são no entantoconsideradas, pela sua importância, no capítulo relativo a Demolições.

2 Estas informações ou são devidamente explicitadas no enunciado das medições ou então indicam-se as referências das peças do projecto onde são mencionadas.

3 Planimetria: é a projecção ortogonal dos pontos do terreno sobre uma superfície de nivel(Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos).

4 Altimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superfície de nivel dereferência (Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos). Para que o levantamentotopográfico do terreno destinado à execução duma obra, possa dar as informações necessárias ã execuçãodas medições deve considerar, em regra, os seguintes pontos:

Curso sobre Regras de Medição na Construção 11

Page 28: Regras de Medição - Lnec

a) indicação do relevo do terreno, principalmente atraves de cun/as de nivel ou de cotas depontos notáveis;

b) localização e descrição da vegetação e dos acidentes naturais que tenham implicações coma execução dos trabalhos, como por exemplo:

- árvores, arbustos e zonas arrelvadas ou ajardinadas;- lagos, pântanos, rios ou outros cursos de água;

c) localização de construções existentes para demolir ou resíduos de construções antigas,indicações de poços, caves, galerias subterrâneas, etc.;

d) localização de edifícios que possam ser afectados pelos trabalhos de terraplenagem ou dedemolição;

e) implantação das redes de água, de esgotos, de gás, de electricidade e de telefones ou departes que as constituem, desde que possam ser localizadas à superfície do terreno.

5 Dos resultados do reconhecimento ou da prospecção geotécnica do terreno, podem ter interessepara a mediçao elementos da seguinte natureza:

- construções já executadas que tenham implicações com as obras a realizar, nomeadamente:fundações de edifícios demolidos ou a demolir, caves, poços, galerias subterrâneas, etc.:

- nivel freático, se este for atingido pelas escavações ou tiver implicações com a execuçaodestas. Tem importância fazer referência à necessidade da realização de bombagens paraesgoto das águas durante as escavações;

- necessidade ou possibilidade do emprego de explosivos e as principais limitações a ter emconsideração na sua utilização;

- existência de acidentes geológicos (falhas, diaclases, camadas com inclinaçõesdesfavoráveis, etc.) que exijam precauções especiais, trabalhos de consolidação, etc..

Retira se que a mediçao das bombagens poderá ser realizada segundo as regras seguintes:

- a instalação do equipamento, a respectiva permanência em obra e o tempo defuncionamento serao medidos em rubricas próprias;

- a instalação do equipamento será medida em kW de potência instalada;

- a permanência em obra será medida em kW/dia;

- o funcionamento será medido em kW/hora.

Os custos unitários indicados nesta recomendação deverão ser sempre apresentados naspropostas.

6 Esta regra tem como objectivo evitar o estabelecimento de conflitos resultantes da existência dediferentes critérios para o cálculo dos empolamentos dos terrenos e para a execução do movimento deterras necessário à execução de determinados trabalhos. Por esse motivo, as unidades a considerar nadeterminação das medições deverão ser exclusivamente obtidas das plantas e perfis do terreno e dosdesenhos e cotas dos elementos enterrados indicados no projecto, sem consideração dos acréscimos demovimento de terras dependentes do modo de execução dos trabalhos nem dos volumes resultantes dos

12 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Curso sobre Regras de Medição na Construção 13

Page 30: Regras de Medição - Lnec

2.2 Desvio de obstáculos1

a) Regra geral, os trabalhos de desvio de qualquer obstáculo a execução da obra

serão medidos à unidade(un), com indicação resumida da natureza desses trabalhos.

b) A medição do desvio de canalizações e de cabos enterradosz será feita medindo

separadamente o movimento de terras necessário, segundo as regras enunciadas emMovimento de terras para canalizações e cabos enterrados, e a remoção e reposiçãodas canalizações e dos cabos, pelos mesmos critérios relativos ã sua montagem.

1 Esta rubrica refere-se aos trabalhos de deslocação de determinados elementos que, por estorvarema execução da obra, têm de ser colocados noutros locais, provisória ou definitivamente. Distinguem-se,portanto, da simples demolição, pelo que são considerados neste capítulo. Como exemplo, podemconsiderar-se os desvios de cabos de transporte de energia eléctrica ou de telefones (geralmente executadospelas empresas fornecedoras de energia e companhias de telefones, o que deve ser indicado no enunciadoda medição), de canalizações, etc.

2 As medições destes trabalhos podem ser consideradas em conjunto, neste capitulo, ou indicadasnos capitulos de Movimento de terras, e Instalações de canalização) consoante o critério que o medidorpense mais conveniente para uma mais fácil orçamentação.

14 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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2.3 Protecções

a) A medição será realizada àunidade (un).

b) A mediçao engloba todas as operações e materiais necessários para assegurara protecção de qualquer construção ou vegetação existente no local da obra eque não deva ser afectada durante a execução dos trabalhos.

2.4 Drenagens1

a) A medição da drenagem de qualquer lençol de água superficial será realizada

em mz de superfície do terreno a drenar, medida em planta.

b) A mediçao engloba todas as operaçoes necessárias à execuçao das drenagens.

c) A drenagem de águas freáticas a executar, aquando da realização demovimento de terras, será incluída na medição destes trabalhos.

1 Refere-se às drenagens preparatórias do terreno de construção e não às drenagens necessárias áprotecção do edificio, que serão considerados em Pavimentos e drenagens exteriores, nem às indicadas naalinea c) deste subcapitulo.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 15

Page 32: Regras de Medição - Lnec

2.5 Desmatação

a) A medição será realizada em mz.

b) A medição refere se à desmataçao1 de arbustos, sebes ou árvores com menos

de 0,10 m de diâmetro, determinado a altura de 1,20 m do solo (diâmetro a altura do peitooAP)2.

c) A medição será efectuada segundo as áreas determinadas em projecção

horizontal.

d) A medição engloba todas as operações relativas à execução. dos trabalhos de

desmatação, nomeadamente: abate, empilhamento, carga, transporte, remoçao edescarga3.

e) Sempre que necessário, as operações da alinea anterior poderão ser separadas

em rubricas próprias.

f) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito ou vazadouro

dos produtos da desmataçao1.

1 Segundo o Vocabulário de Estradas e Aeródromos, a desmatação é a "operação que consiste emlimpar o terreno de todos os obstáculos de natureza vegetal, antes de iniciar os trabalhos de umaterraplenagem".

Saliente-se ainda que terrapleno ou terraplano ê sinónimo de terreno plano e terraplenar outerraplanar significa formar terrapleno em. Por este motivo, resolveu-se restringir o significado do termoterraplenagem (utilizado correntemente com uma aplicação mais vasta) às operações de regularização doterreno, geralmente efectuadas antes da implantação definitiva da obra.

Assim, considera-se que esta rubrica só se refere a arbustos, sebes ou árvores com menos de 0,10 mde diâmetro ã altura do peito (DAP). As regras de medição do abate de árvores com mais de 0,10 m dediâmetro e do arranque de leivas são tratadas nas rubricas Abate ou derrube de arvores e Arranque econservação de leivas (placas de relva), respectivamente.

2 DAP (diâmetro á altura do peito) - ás/ores com mais de 0,10 m de diâmetro, determinado a altura de1,20 m do solo.

16 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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3 Quando o projecto permitir a extinção directa pelo fogo da vegetação do local do terreno deconstrução, a medição deverá fazer referência a esta condição. É necessário considerar que a destruiçãopelo fogo não exclui a posterior limpeza do terreno e o transporte dos produtos resultantes.

4 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de transporte adepósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos.

Considerando ainda que apesar da indicação da distância média de transporte, aquando darealização da obra, pode não ser possível utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se importanteque se indique, nas propostas a concurso, o custo de transporte de 1 m3 do produto desmatado, a 1 km dedistância, de forma a possibilitar o cálculo dos trabalhos a mais ou a menos.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 17

Page 34: Regras de Medição - Lnec

2.6 Abate ou derrube de árvores

a) A medição será realizada â unidade(un) 1.

b) A medição refere-se ao abate ou derrube de án/ores com mais de 0,10 m dediâmetro, determinado a altura de 1,20 m do solo (diâmetro â altura do peito - DAP) einclui o arranque de raízesz.

c) A medição engloba todas as operações relativas á execução dos trabalhos de

abate ou derrube, designadamente: abate, desponta, descasque, operação de torar,empilhamento, transporte, remoção ou descarga.

d) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadasem rubricas próprias.

e) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósitos ou vazadourodos produtos do abate ou derrube de án/ores.

1 A medição deverá indicar, portanto, o número de árvores a abater ou o número de árvores porhectare. Seria útil, para a elaboração do orçamento, a indicação da espécie e o diâmetro médio das árvoresà altura do peito.

2 Como foi referido na alínea b) do subcapitulo relativo a Desmatação, tem-se: a medição refere-se àdesmatação (ver nota do respectivo capitulo) de arbustos, sebes ou árvores com menos de 0,10 m dediâmetro, determinado à altura de 1,20 m do solo (diâmetro ã altura do peito DAP).

3 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de transporte adepósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos.

Considerando ainda que apesar da indicação da distância média de transporte, aquando darealização da obra, pode não ser possivel utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se importanteque se indique, nas propostas a concurso, o custo de transporte de 1 m3 dos produtos resultantes do abateou derrube, a 1 km de distância, de forma a possibilitar o cálculo dos trabalhos a mais ou a menos.

18 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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2.7 Desenraizamentos

a) A medição será realizada à unidade(un) 1.

b) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos dedesenraizamento nomeadamente: arranque de raizesz, empilhamento, carga, transporte,remoção, descarga, e os trabalhos a realizar com a sua eliminação, quando necessária.

c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadasem rubricas próprias.

d) As medições indicarao, sempre que possível, o local de depósito3 ou vazadourodos produtos de desenraizamentos.

1Se nos mesmos locais houver necessidade de se executarem volumes apreciáveis deterraplenagens, poderá ser desnecessário considerar os desenraizamentos.

2 O arranque de raízes pode implicar uma posterior reposição de terras que, nestes casos, tambémestá compreendida na medição.

3 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de transporte adepósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando ainda que apesar daindicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra, pode não ser possivel utilizar oslocais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas propostas a concurso, 0 custo detransporte de 1 m3 de produto desenraizado a 1 km de distância, de forma a possibilitar o cálculo dostrabalhos a mais ou a menos.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 19

Page 36: Regras de Medição - Lnec

2.8 Arranque e conservação de leivas (placas de relva)

a) A medição será realizada em mz.

b) A medição engloba todas as operações relativas a execução dos trabalhos dearranque e conservação de leivas, nomeadamente: arranque, empilhamento, carga,transporte, depósito e conservaçao.

c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadasem rubricas próprias.

d) As medições indicarão, sempre que possivel, o local de depósito das leivas, e os

métodos de depósito e conservação.

e) A medição do arranque de leivas unicamente para remoção, será incluída no

subcapitulo Decapagem ou remoção de terra vegetal do capítulo Movimento de terras.

20 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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3.1 Regras gerais

a) As medições serão realizadas tendo em atenção que as demolições1 poderão

ser totaisz ou parciaisa. A escolha do critério depende principalmente dos meios e dos

métodos a empregar.

b) A mediçao das demoliçoes totais poderá ser efectuada quer à unidade (un) querpor elementos de construção, conforme for mais adequado.

c) A medição das demolições parciais será efectuada por elementos deconstrução.

d) As unidades de medição das demolições por elementos de construção serãoidênticas às que seriam utilizadas na respectiva execuçãcf.

e) As medições serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com asprincipais características dos trabalhos, nomeadamente:

- natureza e dimensões dos elementos;- qualidade dos materiais;- condições de execução.

f) A pertença dos produtos da demolição e o seu destinos serão referidos nosartigos de mediçao.

g) Quando das demolições provenham materiais recuperáveis, as medições serãoagrupadas em artigos próprios e devem ter em consideração os encargos da limpeza,3l'f`l'l8Z€f`I8ITI€flÍO 6 COl`IS€l'V8Ç80.

h) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos dedemolição, nomeadamente:

- carga, transporte e descarga dos materiais demolidos;- andaimes;

estabelecimento de meios de protecçao e de segurançaõ necessários aexecução dos trabalhos;

- limpezas.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 21

Page 38: Regras de Medição - Lnec

i) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas

em rubricas prÓprias7;

j) As medições indicarão a distância média de transporteã e, sempre que possivel,

o local de depósito ou vazadouro dos produtos de demolição.

1 Este capitulo enuncia as regras destinadas não só a demolições de construções existentes, comvista à execução de novas construções, como também às demolições resultantes de alterações durante aexecuçao das obras.

2" As demolições completas de construções serão tratadas num único artigo no qual devem serdiscriminados e descritos os seguintes pontos:

1- A responsabilidade de cada interveniente, em particular no caso de prejuizos emconstruções vizinhas;

2 - A profundidade da demolição;3 - A propriedade dos materiais recuperaveis;4 - O transporte e o depósito dos produtos de demolição e dos materiais recuperáveis,

3 As regras de medição de demolições devem ter em conta principalmente os meios e os métodos aempregar. A separação das medições em demolições totais e parciais permite, em regra, estabelecer adiferenciação dos meios a utilizar, dado que nas demolições totais podem ser utilizadas, com frequência,máquinas, explosivos ou dispositivos mecânicos de potência elevada, ao passo que nas demolições parciaissão geralmente usadas ferramentas manuais ou pequenos equipamentos. Para o estabelecimento destescritérios, é necessário, portanto, indicar a localização e a definição das construções ou parte dasconstruçoes a demolir.

4 A aplicação desta regra levanta por vezes alguns problemas que terão de ser resolvidos de acordocom o melhor critério do medidor. A medição da abertura dum vão numa parede, por exemplo, pode parecerter maior semelhança com a da execução da alvenaria e ser expressa em m2 ou em m3. No entanto, a árealimitada do trabalho, a necessidade de execução de lintéis, etc., aconselham como mais apropriada amedição à unidade(un).

5 As medições devem englobar as seguintes indicações fornecidas, em regra, pelo autor do projecto(TEIXEIRA TRIGO, J.; GASPAR BACALHAU, J. - Cadernos de Encargos-Tipo para a Construção deEdifícios. Documentos Parciais - 2 LNEC. Lisboa, 1971.):

"os materiais que ficarao propriedade do dono da obra;- os materiais cujo reemprego esta autorizado nas construções e vedações provisórias, ..." .

22 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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6 A importância dos escoramentos das construções a demolir ou de construções vizinhas e dasprotecções (nomeadamente taipais de vedação) poderá conduzir à separação da medição destes trabalhosem rubricas próprias.

7 Sempre que houver necessidade de transportar para fora do local da obra grandes quantidades deprodutos resultantes da demolição, poderá justificar-se a estimativa da cubicagem dos materiais a remover emedir em rubricas próprias as operaçoes de carga, transporte e descarga destes materiais.

8 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância media de transporte adeposito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando ainda que apesar daindicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra, pode não ser possivel utilizar oslocais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas propostas a concurso, o custo detransporte de 1 m3 dos produtos resultantes das demolições a 1 km de distância, de forma a possibilitar ocálculo dos trabalhos a mais ou a menos.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 23

Page 40: Regras de Medição - Lnec

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4. MOVIMENTO DE TERRAS

4.1 Regras gerais

a) As medições de movimento de terras1 serão individualizadas nas rubricasseguintes:

- Terraplenagensz- Movimento de terras para infraestruturasa

b) Serão referidas nas medições as informações' mencionadas no projecto,relativamente às condições seguintes:

- planimetrias e altimetriaõ, especialmente no caso de relevo acidentado ou degrande inclinação7;

- natureza e hidrologia do terreno de acordo com os resultados doreconhecimento ou da prospecção geotécnicaa;

- existência de redes de distribuição de águas, esgotos, electricidade,telefones e gás ou outras instalações e quaisquer construções ouobstáculos que possam ser atingidos durante a execução dos trabalhosg;

- existência de terrenos infestados ou infectados;- localização de construções na vizinhança do edifício que possam ser

afectadas pelas escavaçoes.

c) A classificação dos terrenos será realizada de acordo com a EspecificaçãoLNEC - E 217 - "Fundações Directas Correntes. Recomendações"1°.

d) As medições serão agrupadas em rubricas próprias de acordo com as condiçõesde execução ou com os meios a utilizar“ na realização dos trabalhos. Segundo estecritério, na medição destes trabalhos podem assim ser consideradas diferentes classesde terrenos12;

e) Os trabalhos realizados em condições especiais devem ser medidos em rubricaspróprias, nomeadamente nos casos seguintes:

- trabalhos realizados abaixo do nivel freático. Os trabalhos relativos abombagens” poderão ser medidos durante a execução das escavações;

Curso sobre Regras de Medição na Construção 25

Page 42: Regras de Medição - Lnec

-trabalhos realizados em locais infectados ou infestados;- trabalhos realizados em terrenos com relevo muito acidentado ou de grande

inclinação;- escavações junto de construções que obrigam â adopção de medidas

especiais de segurança.

f) As medidas para a determinação das medições serão obtidas a partir das formas

geométricas indicadas no projecto”, sem consideração de empolamentos”.

g) O aluguer de locais para depósito, as taxas de vazadouro ou o custo de terras

de empréstimos serão referidos nos artigos de medição respectivos.

1 As dificuldades de previsão, na fase de projecto, das quantidades exactas de cada tipo de terreno edas condições de execução, aconselham ao estabelecimento dum regime de pagamento destes trabalhossob a forma de preços unitários - série de preços - aplicáveis às quantidades de trabalhos efectivamenterealizados durante a execução da obra (Decreto-Lei n° 59/99 de 2 de Março, Art°. 19) [2] .

2 Terrapleno ou terraplano é sinónimo de terreno plano e Terraplenar ou Terraplanar significa formarterrapleno em. Por este motivo, resolveu-se restringir o significado do termo terraplenagem (utilizadocorrentemente com uma aplicação mais vasta) às operações de regularização do terreno, geralmenteefectuadas antes da implantação definitiva da obra.

3 Consideram-se todas as operações de movimentação de terras necessárias à execução defundações e de outras obras enterradas (caves, depósitos, cabos e canalizações enterradas).

4 Estas informações ou são devidamente explicitadas no enunciado das medições ou então, indicam-se as referências das peças do projecto onde são mencionadas.

5 Planimetria: é a projecção ortogonal dos pontos do terreno sobre uma superficie de nível. (Cf. -Especiflcação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)

6 Altimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superficie de nivel dereferência. (Cf. - Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)

Para que o levantamento topográflco do terreno destinado a execução duma obra, possa dar asinformações necessárias ã execução das medições deve considerar, em regra, os seguintes pontos:

a) indicação do relevo do terreno, principalmente através de curvas de nivel ou de cotas depontos notáveis;

b) localização e descrição da vegetação e dos acidentes naturais que tenham implicações coma execução dos trabalhos, como por exemplo:- árvores, arbustos e zonas arrelvadas ou ajardinadas;- lagos, pântanos, rios ou outros cursos de água;

26 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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c) localização de construções existentes para demolir ou residuos de construções antigas,indicações de poços, caves, galerias subterrâneas, etc.;

d) localização de edifícios que possam ser afectados pelos trabalhos de terraplenagem ou dedemolição;

e) implantação das redes de agua, de esgotos, de gás, de electricidade e de telefones ou departes que as constituem, desde que possam ser localizadas à superficie do terreno.

7 Tem interesse referir no enunciado das medições as informações sobre planimetria e altimetriasque possam influenciar os custos das terraplenagens, designadamente as seguintes:

- existência de edificações que exijam a execução de escoramentos ou utilização de outrasmedidas especiais de protecção e segurança;

- presença de maciços rochosos ou de outros acidentes que obriguem à utilização de meiosespeciais de escavação;

- natureza do relevo do local de construção, sobretudo as informações que completam 0levantamento topográfico do terreno apresentado com o projecto;

- existência de terrenos alagados ou pantanosos que exijam a execução de drenagens.

8 Dos resultados do reconhecimento ou do estudo reconhecimento ou da prospecção geotécnica doterreno, podem ter interesse para a medição elementos da seguinte natureza:

- construções já executadas que tenham implicações com as obras a realizar, nomeadamente:fundações de edificios demolidos ou a demolir, caves, poços, galerias subterrâneas, etc.;

- nivel freático, se este for atingido pelas escavações ou tiver implicações com a execuçãodestas. Tem importância fazer referência à necessidade da realização de bombagens paraesgoto das águas durante as escavações;

- necessidade ou possibilidade do emprego de explosivos e as principais limitações a ter emconsideração na sua utilização;

- existência de acidentes geológicos (falhas, diaclases, camadas com inclinaçõesdesfavoráveis, etc.) que exijam precauções especiais, trabalhos de consolidação, etc..

9 Nestes casos, deve indicar-se se as redes, instalações, ou construções, terão de ser removidas deforma provisória ou definitiva.

1°Para explicitar o significado dos termos de classificação de cada tipo de terreno, bem como dosmeios de escavação adequados, indicam-se a seguir algumas notas extraídas da especificação E 217-LNEC:

- Rochas duras e sãs: rochas ígneas e algumas metamorficas, em estado são.

› Rochas pouco duras ou medianamente alteradas: rochas sedimentares (ca/carlos, gres

duros, xistos, etc), algumas rochas metamorficas (gneisses medianamente alterados,xistos crista/inos, etc.) e rochas ígneas med/'anamente alteradas.

- Rochas brandas ou muito alteradas: rochas ígneas e metamorficas muito alteradas ealgumas rochas sedimentares (argil/tos, si/titos, etc. ).

Curso sobre Regras de Medição na Construção 27

Page 44: Regras de Medição - Lnec

- Solos incoerentes: são compostos principalmente pe/as maiores partículas provenientes dadesagregação de rochas: seixos e areias.

- Areias e misturas areia-seixo, bem graduadas e compactas: são as areias naturais, quandoelas possuem partículas que se distribuem numa gama extensa de dimensões compredomínio dos grossos ou ainda depósitos naturais de seixos bem graduados e formadospor fragmentos de rocha desde subangulares a arredondados, quando apresentam osinterstícios preenchidos por materia/ arenoso. No estado compacto, os depositos bemgraduados oferecem grande resistencia 3 penetração duma barra cravada ti mão.

- Areias e misturas areias-seixo, bem graduadas mas soltas: são depósitos que oferecempequena resistencia à penetração duma barra e que podem ser facilmente escavados ti pa,

- Areias uniformes compactas: são aquelas em que as dimensões da maior parte dasparticulas se situam dentro duma gama bastante estreita. No estado compacto, oferecemgrande resistencia àpenetraçao duma barra cravada si mão.

- Areias uniformes soltas: são aquelas que oferecem pequena resistencia ti penetração dumabarra.

- Solos coerentes: neste grupo incluem-se as argilas e os siltes. São também abrangidos ossolos que possuem uma percentagem de argila ou silte suficiente para condicionar o seucomportamento, como sucede com as argilas arenosas.

- Solos coerentes rijos: são aqueles em que a sua remoção é muito difícil com picareta ou pámecânica, sendo por vezes necessário o emprego de explosivos para o desmonte destesterrenos.

- Solos coerentes muito duros: são aqueles em que a sua remoção e' ainda difícil com picaretaou pá mecanica. Os pedaços cortados de fresco são de tal modo duros que é impossívelmolda-los por pressão entre os dedos.

- Solos coerentes duros: são aqueles em que a sua remoção e dificil com enxada. Os pedaçoscortados de fresco são muito difíceis de moldar entre os dedos.

- Solos coerentes de consistência média: são aqueles em que a sua remoção é fácil comenxada. Os pedaços cortados de fresco podem ser moldados por pressão forte entre osdedos. Quando pisado, este solo apresenta vestígios do tacão do calçado.

- Solos coerentes moles: são aqueles em que a sua remoção e facil com a pa. Os pedaçoscortados de fresco são fáceis de moldar entre os dedos.

- Solos coerentes muito moles: os pedaços cortados de fresco são facilmente espremidos nalTlãO.

- Turfas ou depósitos turfosos: são formados pela acumulação de materia vegetal, de texturafibrosa ou esponjosa, resultante da fraca incarbonização de certos vegetais. Os depósitosturfosos são formados principalmente por turfa e humus, misturados em proporçõesvariaveis com areia fina, silte ou argila.

Curso sobre Regras de Medição na Construção

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- Aterros e entulhos: são aqueles em que a resistência dos materiais depende da sua natureza,

espessura e idade, bem como dos métodos utilizados na sua compactação. Os entulhostem muitas vezes matérias químicas e são ínsalubres.

“O enunciado dos meios com que é possivel proceder-se â escavação dos diferentes tipos deterrenos destina-se apenas a indicar um critério prático para a classificação dos terrenos.

Na elaboração das medições de projecto, desconhecem-se, em geral, os meios com que oempreiteiro irá executar as operações de movimento de terras, pelo que não é possivel classificá-lassegundo este critério.

Por este motivo, o único método de classificação destas medições é o da consideração dos tipos deterreno a movimentar (especialmente no caso das escavações e das condições especiais de execuçãoindicadas na alínea e) deste capitulo).

12 Classe A - Terrenos cujo desmonte só é possivel por meio de guilho, martelo pneumático ouexplosivos: rochas duras e sãs, rochas pouco duras ou medianamente alteradas e, eventualmente, soloscoerentes rijos.

Classe B - Terrenos cuja escavação pode ser executada com picareta ou com meios mecânicos:rochas brandas ou muito alteradas, solos coerentes rijos, solos coerentes muito duros e, eventualmente,solos coerentes duros e misturas areias-seixo bem graduadas e compactas.

Classe C - Terrenos que podem ser escavados à picareta, à enxada ou por meios mecânicos: soloscoerentes duros, solos coerentes de consistência média, areias e misturas areia-seixo bem graduadas ecompactas e, eventualmente, areias uniformes compactas, turfas e depósitos turfosos, aterros e entulhos.

Classe D - Terrenos facilmente escavados à pá, à enxada ou por meios mecânicos: areias e misturasareia-seixo bem graduadas mas soltas, areias uniformes compactas, areias uniformes soltas, soloscoerentes moles, solos coerentes muito moles, lodos, turfas e depósitos turfosos, aterros e entulhos.

“Excepto quando toda a estrutura abaixo da superficie do terreno tiver de ser executadasimultaneamente com os muros de suporte, caso em que será infraestrutura e estrutura abaixo daquelasuperfície.

14 'Como exemplo, consideram-se duas formas possíveis de abertura de vaias com volumes deescavação V1 e V2 para a execução da sapata de volume V.

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A largura e a altura a determinar para o cálculo do volume V, a considerar na medição, e oexclusivamente necessário para conter o volume da sapata.

Se o custo do m3 de escavação de terreno de determinada classe em abertura de valas for de500$O0, o empolamento deste terreno for de 15% e o custo unitário de transporte de 1 m3 for de 300$OO,haverá que, para as duas hipóteses de execução consideradas, determinar os seguintes custos unitários.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 29

Page 46: Regras de Medição - Lnec

Na escavação de volume V1 executaram-se taludes destinados a evitar o escorregamento dosterrenos para o leito da vala. O custo é:

C = 500$0O xV1/V+ 300$OOx1.15x V1 /VNo segundo exemplo foram utilizadas entivações e a maior ou menor largura da vala depende do

critério do executante. O custo é:C = 500$OO× V2/V+ 300$OO ×1.15xV2/V

15 Esta regra tem como objectivo evitar o estabelecimento de conflitos resultantes da existência dediferentes critérios para o cálculo dos empolamentos dos terrenos e para a execução do movimento deterras necessário à execução de determinados trabalhos. Por esse motivo, as unidades a considerar nadeterminação das medições deverão ser exclusivamente obtidas das plantas e perfis do terreno e dosdesenhos e cotas dos elementos enterrados indicados no projecto, sem consideração dos acréscimos demovimento de terras dependentes do modo de execução dos trabalhos nem dos volumes resultantes dosempolamentos na medição do transporte de terras. Estes acréscimos de movimento e transporte de terrasserão considerados nos custos unitários dos respectivos trabalhos, que serão devidamente majorados comojá foi exempliflcado.

30 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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4.2 Terraplenagens

4.2.1 Decapagem ou remoção de terra vegetal

a) A medição será realizada em:

- mz para trabalhos cuja profundidade não ultrapassa 0,25 m;

- mz para trabalhos cuja profundidade ultrapassa 0,25 m.

b) A medição em mz será efectuada segundo as áreas determinadas em projecçãohorizontal.

c) A medição em m3 será efectuada a partir das áreas determinadas em projecçãohorizontal multiplicadas pela profundidade média das escavações.

d) A medição engloba as operações relativas á execução dos trabalhos de remoçãoda camada superficial de terra vegetal, nomeadamente: escavação, carga, transporte1,descarga e espalhamento.

e) Sempre que necessário, as operações da alinea anterior poderão ser medidasem rubricas próprias.

f) As medições indicarão a distância média provável de transportez e, sempre quepossível, o local de depósito ou vazadouro dos produtos da decapagems.

1 O transporte, incluindo geralmente a carga e descarga, convém ser medido em rubricas próprias,pelas razões descritas na alinea f) desta rubrica.

2 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de transporte adepósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando ainda que apesar daindicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra, pode não ser possivel utilizar oslocais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas propostas a concurso, o custo detransporte de 1 m3 de produto de escavação a 1 km de distância, de forma a possibilitar o cálculo dostrabalhos a mais ou a menos.

3As terras resultantes da decapagem não podem ser utilizadas na realização de aterros. No entanto,muitas vezes podem sen/ir para a execução de zonas ajardinadas, o que, neste caso, deverá ser indicado noenunciado das medições, assim como o local do seu depósito.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 31

Page 48: Regras de Medição - Lnec

4.2.2 Escavaçaol

a) A medição será realizada em m3.

b) A medição engloba todas as operaçõesz relativas â execução dos trabalhos de

escavação, nomeadamente: escavação, baldeação, carga, transportea e descarga.

c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadasem rubricas próprias.

d) As medições indicarão a distância média provável de transporte4 e, sempre que

possível, o local de aterro, de depósito ou vazadouro dos produtos da escavação.

e) As alvenarias, betões ou outras obras enterradas serão deduzidas da medição econsideradas no capítulo de Demolições.

f) A escavação de terras de depósito ou de empréstimoã será também incluidanesta rubrica.

1 Ver o sub-subcapitulo Obsen/ações deste subcapitulo.

2 Haverá muitas vezes que considerar também a regularização das superfícies resultantes daescavação (principalmente as superfícies verticais não consideradas em Regularização e compactaçãosuperficial).

3 O transporte, incluindo geralmente a carga e descarga, convém ser medido em rubricas próprias,pelas razões apontadas na alínea f) desta rubrica.

4 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de transporte adepósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando ainda que apesar daindicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra, pode não ser possivel utilizar oslocais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas propostas a concurso, o custo detransporte de 1 m3 de produto de escavação a 1 km de distância, de forma a possibilitar o cálculo dostrabalhos a mais ou a menos.

5As escavações para a obtenção de terras de empréstimo - necessárias quando o volume de aterro ésuperior ao de escavação, ou quando as terras resultantes desta operação são impróprias para aterro -devem constituir rubricas próprias a incluir na rubrica geral de medição.

32 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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4.2.3 Aterrol

a) A mediçao será realizada em m3.

b) A medição indicará a origem dos locais de escavação dos produtos a utilizar noaterro, nomeadamente, de escavação na própria obra, de depósito ou de empréstimo.

c) A medição engloba todas as operações necessáriasz â execução dos trabalhos

de aterro, nomeadamente espalhamento e compactação. Se o projecto indicar outrasoperações, estas serão transcritas para as medições.

d) Sempre que necessário, as operaçoes da alínea anterior poderao ser separadasem rubricas própriass.

e) As medições indicarão a espessura das camadas de aterro, interessadas nacompactação, que for mencionada no projecto.

f) As terras usadas provenientes de depósito ou de empréstimo4 serao medidas narubrica de Escavação.

1 Ver o sub-subcapitulo Observações deste subcapitulo

2 Certos trabalhos, muitas vezes necessários à preparação dos aterros, nomeadamente de drenagem,desmatação, demolição e decapagem, devem ser medidos em rubricas próprias, segundo as regras jáindicadas.

3 Para mais fácil orçamentaçao poderá haver conveniência em medir algumas operaçoes em rubricaspróprias como, por exemplo, a compactação.

4 As escavações para a obtenção de terras de empréstimo - necessárias quando o volume de aterroé superior ao de escavação, ou quando as terras resultantes desta operação são impróprias para aterro -devem constituir rubricas próprias a incluir na rubrica geral de medição.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 33

Page 50: Regras de Medição - Lnec

4.2.4 Regularização e compactação superficial'

a) A medição será realizada em mz.

b) As medições serão efectuadas segundo as áreas determinadas em projecçãohorizontal. A medição da regularização e compactação superficial de taludes dediferentes inclinações deverá fazer-se em rubricas separadasz.

c) A medição engloba todas as operações necessárias â execução dos trabalhos

de regularização e compactação.

d) Sempre que necessário, as operações da alinea anterior poderão ser separadas

em rubricas próprias.

e) As medições indicarão a espessura da camada de aterro ou de terreno,

interessada na compactação, que for mencionada no projecto.

t) A compactação superficial de terras só será considerada isoladamente quando

não for acompanhada de reposição de terras.

1 Esta rubrica refere-se à regularização e compactação superflcial de taludes e plataformas naturaisou resultantes de escavações e na supressão das suas irregularidades. A consideração da medição destetrabalho em rubricas próprias justifica-se quando o caderno de encargos lhe fizer menção especial.

2 Estas regras não se referem à regularização de paramentos resultantes de escavações, cujamedição estará incluida na própria escavação.

34 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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4.2.5 Observaçoes

Os métodos para a determinação dos volumes de escavação e de aterro,necessários â medição das quantidades de trabalho, dependem sobretudo doselementos seguintes:

-Configuração do terreno1, principalmente do relevo e das dimensões

superficiais da zona de trabalhos;- Quantidade de terreno a movimentarg.

Um dos métodos mais utilizados consiste na decomposição do volume total dasterraplenagens por planos verticais paralelos (perfis ou secções transversais). Nestemétodo, o volume de escavação ou de aterro entre dois perfis contiguos é obtido pelaintersecção daqueles planos com a superfície natural do terreno, podendo deste modo asuperficie final de terraplenagens ser calculada pela aplicação da fórmula seguinte(Regra de Simpson):

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em que:S1 e S2 - área dos perfis Xd - distância entre os perfis S1 e S2

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Este volume poderá ainda ser determinado dum modo menos rigoroso, utilizando afórmula:

S1 + S2V = Sm X d; ou ainda com menor rigor, V = -T × d

Este método pode ser aplicado quando os perfis tiverem pequena secção e otrabalho se desenvolver ao longo dum eixo de comprimento razoável.

Contudo, o método de medição mais corrente em terraplenagens para edificiosconsiste na decomposição do volume total por planos verticais para obtenção em plantade figuras geométricas simples, a que correspondam relevos o mais possivel regulares.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 35

Page 52: Regras de Medição - Lnec

Esta operação é, em regra, de realização simples, sobretudo quando se dispõe darepresentação das curvas de nivel.

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36 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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1 Em terrenos com declive acentuado em que, por exemplo, os perfis transversais são muitodiferentes, o método a utilizar deve ser mais rigoroso do que nos pouco acidentados. Em trabalhos onde adimensão dominante é o comprimento e as secções transversais são variáveis (por exemplo, estradas ecaminhos de ferro), os métodos devem ser mais exactos do que nas terraplenagens que se desenvolvem emsuperfícies planas, com alturas de escavação sem grandes variações.

2 Para pequenas quantidades podem ser utilizados métodos aproximados, ao passo que nostrabalhos que envolvam grandes escavações e aterros os métodos devem ter regras suficientementerigorosas para se evitarem erros importantes.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 37

Page 54: Regras de Medição - Lnec

4.3 Movimento de terras para infraestruturas

4.3.1 Escavação livre 1

a) A mediçao será realizada de acordo com as regras indicadas no subcapituloanteriorz.

b) Na medição da escavação livre ainda há que considerar a escavação emprofundidade e escavação â superficiea.

1 . ,. . . . . - ... . ...As definiçoes a seguir indicadas para os diferentes tipos de escavaçao ("Classit`icaçao dasescavações" constantes no trabalho de TEIXEIRA TRIGO e GASPAR BACALHAU: Caderno de Encargos-Tipo para a Construção de Edifícios. Documentos Parciais-2) têm por base 0 respectivo comprimento,largura e profundidade, sendo esta medida na vertical, a partir do nivel do terreno existente no início daescavação:

- Vala: Largura não superior a 2 metros e profundidade não superior a 1 metro.- Trincheira: Largura não superior a 2 metros e profundidade superior a 1 metro; ou largura

superior a 2 metros e profundidade superior a metade da largura.- Poço : Comprimento e largura sensivelmente iguais, e profundidade superior a 1 metro e a

metade da largura.- Escavação livre: largura superior a 2 metros e profundidade não superior a metade da

largura.

2 Ver o sub-subcapitulo Obsen/ações do subcapitulo anterior

3 Às escavações em profundidade (que se realizam abaixo do nivel do solo) e às escavações àsuperficie (caso da escavação de encostas) correspondem diferentes condições de execução.

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38 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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4.3.2 Abertura de vaias, trincheiras e poços 1

a) A mediçao será realizada em m3.

b) A determinação das medidas obedecerá âs regras seguintes:

- As dimensões em planta são as indicadas no projectog;

- As alturas ou profundidades serão medidas a partir do nível do terrenoantes da execução das escavações e incluem a espessura do betão deprotecçao ou de limpeza.

c) Os volumes de escavação devem ser considerados divididos em diferentescamadas com 1,50 m de espessura em profundidade;3.

d) A escavaçao de vaias e de trincheiras com desenvolvimento em curva devemser medidas em rubricas próprias.

e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos deescavação, nomeadamente: escavaçao, baldeaçao, carga, transporte e descarga.

f) Sempre que necessário as operações da alínea anterior poderão ser medidasseparadamente em rubricas próprias.

g) As mediçoes indicarao a distância média provável de transpoite4 e, sempre quepossível, o local de aterro, de depósito ou vazadouro dos produtos da escavação.

1 Como já foi referido no sub-subcapitulo anterior, as definições a seguir indicadas para os diferentestipos de escavação têm por base o respectivo comprimento, largura e profundidade, sendo esta medida navertical, a partir do nível do terreno existente no início da escavação:

- Vala: Largura não superior a 2 metros e profundidade não superior a 1 metro.

- Trincheira: Largura não superior a 2 metros e profundidade superior a 1 metro; ou largurasuperior a 2 metros e profundidade superior a metade da largura.

- Poço 2 Comprimento e largura sensivelmente iguais, e profundidade superior a 1 metro e ametade da largura.

- Escavação livre: largura superior a 2 metros e profundidade não superior a metade dalargura.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 39

Page 56: Regras de Medição - Lnec

2 As dimensões em planta são as indicadas no projecto, não sendo de considerar quaisqueracréscimos destinados à execução de moldes, entivações ou outro tipo de trabalhos. As dimensõesmínimas em planta a considerar na mediçao sao:

- valas e trincheiras até 1,50 m de profundidade 0,50 m;

-trincheiras de profundidade superior a 1,50 m a dimensão minima em planta a considerar namediçao será de 0,65 m;

- poços de profundidade superior a 1,50 m, a dimensão máxima em planta nãopoderá serinferior a 1,60 m e a minima inferior a 0,80 m.

3 A medição das escavações correspondentes a camadas a diferentes profundidades deverá serrealizada em rubricas próprias (escavações até 1,50 m de profundidade, de 1,50 m a 3,00 m, etc.). A partirdos 6 m de profundidade as diferentes camadas a considerar terão a espessura de 3 m. O objectivo destasregras é o de ter em conta a variação das condições de execução das escavações a diferentesprofundidades no caso de trincheiras e poços, tendo em consideração a classificação dos terrenos como seindica no seguinte exemplo esquemático. O

Para o cálculo de uma escavaçao emtrincheira com 2,80 m de largura, o comprimento,igual para todas as camadas, é representado por Le verifica-se a existência de terreno da classe Caté 4,00 m de profundidade e de terreno da classeA a partir desta cota.

Assim tem-se:

Terreno da classe C: (Terrenos que podem ser escavados ã picareta, à enxada ou por meiosmecânicos: solos coerentes duros, solos coerentes de consistência média, areias e misturas areia-seixo bemgraduadas e compactas e, eventualmente, areias uniformes compactas, turfas e depósitos turfosos, aterrose entulhos).

Escavaçao até 1,50 m de profundidade:

V1 = L x 2,80 x 1,50

40 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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- Escavação entre 1,50 m e 3,00 m de profundidade:

V2 = Lx2,80x1,50

- Escavação entre 3,00 m e 4,50 m de profundidade:

V3 = Lx2,80x 1,00

Terreno da classe A: (Terrenos cujo desmonte só e possivel por meio de guilho, martelopneumático ou explosivos: rochas duras e sãs, rochas pouco duras ou medianamente alteradas e,eventualmente, solos coerentes rijos).

- Escavação entre 3,00 m e 4,50 m de profundidade:

V4 = L x 2,80 x 0,50

- Escavação entre 4,50 m e 6,00 m de profundidade:

V5 = Lx2,80x1,50

- Escavação entre 6,00 m e 9,00 m de profundidade:

V6 = L x 2,80 x 2.00

4 Para a elaboração do orçamento, é necessário 0 conhecimento da distância média de transporte adepósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando ainda que apesar daindicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra, pode não ser possível utilizar oslocais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas propostas a concurso, o custo detransporte de 1 ma de produto de escavação a 1 km de distância, de forma a possibilitar o cálculo dostrabalhos a mais ou a menos.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 41

Page 58: Regras de Medição - Lnec

4.3.3 Reposição de terras ou aterro para enchimento

a) A medição será realizada em m3.

b) A medição engloba todas as operações necessárias â execução dos trabalhosde aterro.

c) As medições mencionarão as caracteristicas e as espessuras das camadas deaterro mencionadas no projecto.

d) As medições indicarão a origem dos locais de escavação dos produtos a utilizarno aterro.

4.3.4 Regularização e compactação superficial

a) A medição será realizada em mz.

b) As medições serão efectuadas segundo as áreas determinadas em projecçãohorizontal.

c) Estas regras não se referem â regularização de paramentos verticais deescavações, cuja medição estará incluída na própria escavação.

d) A medição da compactação e regularização superficial de taludes de diferentesinclinações deverá fazer-se em rubricas separadas.

e) As medições indicarão a espessura das camadas de terreno interessadas nacompactaçao.

f) A compactação superficial de terras só será considerada isoladamente quandonão for acompanhada de reposição de terras.

g) A escavação de terras de depósito ou de empréstimo necessárias â execuçãodos aterros será incluída no sub-subcapitulo Escavação livre do presente subcapitulo.

4.3.5 Escoramento e entivaçao'

a) A medição será realizada em nf de paramento escorado e entivado.

b) Sempre que necessário, as medições serão realizadas de modo a que ostrabalhos fiquem individualizados segundo:

- a natureza dos materiais empregados para o escoramento ou entivaçao;- as condições de execução dos trabalhos.

42 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 59: Regras de Medição - Lnec

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1Tal como foi referido no subcapitulo Princípios de base, o medidor deverá ter em conta anecessidade do escoramento e da entivação ou apenas do escoramento sempre que, de acordo com ascaracteristicas do terreno, seja prevista a sua aplicação. Deste modo, os medidores devem ter conhecimento

para poderem equacionar e procurar esclarecer, juntos dos autores dos projectos, as faltas de informação

que são indispensáveis à determinação das medições, nomeadamenteas do caderno de encargos quandonão indicam a sua necessidade, ou a utilização de materiais especiais quando a natureza da escavação ojustifique "âpriori".

Para este efeito devem ser consideradas as disposições contidas no Decreto-Lei n° 155/95, de 1 deJulho, "Segurança e Saúde a Aplicar nos Estaleiros Temporários ou Móveis", (Transposição da Directiva n°92/57/CEE de 24 de Junho de 1992) [31] e [11].

Curso sobre Regras de Medição na Construção 43

Page 60: Regras de Medição - Lnec

4.3.6 Movimento de terras para canalizações e cabos enterrados

a) As operações de abertura de vaias ou trincheiras, seu escoramento e entivação,reposição de terras e compactação, necessárias ao movimento de terras destinado àexecução de canalizações e cabos enterrados, poderão ser medidas em conjunto, sendoneste caso, a medição realizada em ma de terreno a movimentar.

b) Quando se adoptar a regra da alínea anterior, os volumes de movimento de

terras correspondentes às diferentes camadas indicadas na alínea b)' do subcapituloAbertura de vaias, trincheiras e poços, serão medidos separadamente em rubricaspróprias.

c) Quando não se adoptar a regra da alínea a) e forem medidas separadamente aescavação, a reposição de terras e a compactação, só são deduzíveis os volumesocupados pelas canalizações e cabos enterrados iguais ou superiores a 0,1 m3 por metrode tubagem.

1 A determinação das medidas obedecerá as regras seguintes:

As dimensões em planta são as indicadas no projecto, não sendo de considerar quaisqueracréscimos destinados à execução de moldes, entivações ou outro tipo de trabalhos. As dimensões

mínimas em planta a considerar na medição sao.

- vaias e trincheiras até 1,50 m de profundidade 0,50 m;

- trincheiras de profundidade superior a 1,50 m a dimensão mínima em planta a considerar namedição será de 0,65 m;

- poços de profundidade superior a 1,50 m, a dimensão máxima em planta não poderá serinferior a 1,60 m e a mínima inferior a 0,80 m.

As alturas ou profundidades serão medidas a partir do nível do terreno antes da execução dasescavações e incluem a espessura do betão de protecção ou de limpeza.

44 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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5. PAVIMENTOS E DRENAGENS EXTERIORES

5.1 Regras gerais

a) As mediçoes relativas a pavimentos exteriores serao individualizadas emrubricas relativas a pavimentos permeáveis ou impermeáveis1.

b) As medições relativas a drenagens exteriores serão individualizadas em rubricasdesignadas por enterradas e superficiaisz.

c) Serão referidas, nas medições, as informações mencionadas no projectorelativamente às condições seguintes:

- planimetriaa, altimetria4, relevo e inclinações;

- possibilidade ou tendência para alterações nas condições existentes, face aexigências da obra.

d) Neste capítulo não deverão incluir-se os trabalhos de protecção contrainfiltrações no interior dos edificioss, salvo quando o sistema previsto constitua um todo,isto é, quando as infiltrações que ali se acautelam possam vir a resultar de condiçõesparticulares dos pavimentos envolventes, e que não possam ser corrigidoscompletamente no tratamento destesõ.

e) Quando existam muros de suporte ou de espera7, na formação de socalcos ouna moderação de acidentes, e que para além da forma, de agulheiros ou outras defesas,a incluir na medição do betão ou aivenarias de que forem constituídos, existam tubos deesgoto, drenos, impermeabilizações ou vaias de recolha, deverão ser medidos nestecapítulo e, para tanto, bem caracterizados no projectoô.

t) Os tratamentos superficiais de remate, protecção ou embelezamentog, devem sermedidos em mz e perfeitamente caracterizados quanto â obra aparente e quanto aos

trabalhos de preparação ou suporte”. Nestes casos, cada um destes trabalhos deve serobjecto de medição particular, na qual se indicará a posição e função no conjunto“.

g) A medição destes trabalhos será realizada nas seguintes condições:

Curso sobre Regras de Medição na Construção 45

Page 62: Regras de Medição - Lnec

1) movimento de terras de acordo com o que foi indicado no capitulo

Movimento de terras, com a indicação de eventuais embaraços ao livredesenvolvimento dos trabalhos e característicos deste tipo de obras.

2) os trabalhos de impermeabilização serão medidos em mz de superfície a

tratar, devendo indicar-se a natureza do suporte, a espessura dascamadas e a sua especificação técnica. `

3) a medição da impermeabilização em caleiras e relevos, e a protecção

desta contra choques ou atritos, quando com desenvolvimento inferior a1,00 m, será feita em m e bem caracterizada.

4) a mediçao dos tubos de esgoto ou de drenagem, será feita em m, mas

ficando bem individualizados os artigos relativos a:

-tubos de drenagem nomeadamente de betão ou material cerâmico

-tubos porosos ou perfurados

- meios-tubos (caleiras) por exemplo de betão ou material cerâmico”.

- os trabalhos de drenagem por blocagem, quer em contacto commuros, quer em vaias livres, serão decompostos nas operaçõesespecíficas que exigem medidas em separado, de acordo com asrecomendações aplicáveis das respectivas especialidades.

- as obras de alvenaria e betão em caixas de passagem, filtros, sarjetase sumidouros, serao igualmente medidas de acordo com o que serecomenda nos capítulos das especialidades aplicáveis.

1 ... . ....A deflniçao do tipo do terreno nas condiçoes propostas (permeáveis e impermeáveis), permitirá,pelo relacionamento das quantidades e qualidade do trabalho com a época do ano prevista para a suarealização, encontrar factores diversificantes nos métodos a praticar e, portanto, do custo. Se em terrenospermeáveis, em épocas de chuvas, só em casos especiais será de prever trabalhos de protecção aalagamento de vaias, a bombagens, etc., acontecendo o contrário nos terrenos impermeáveis.

A medição das bombagens poderá ser realizada segundo as regras seguintes:- a instalação do equipamento, a respectiva permanência em obra e o tempo de

funcionamento serão medidos em rubricas próprias;- a instalação do equipamento será medida em kW de potência instalada;- a permanência em obra será medida em kW/dia;- o funcionamento será medido em kWlhora.

46 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 63: Regras de Medição - Lnec

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zOs custos unitários indicados nesta recomendação deverão ser sempre apresentados nas propostas.

2 A separação dos trabalhos enterrados e superficiais, justifica-se não só pela natureza dos trabalhos_; específicos, como ainda por deverem corresponder a fases distintas, embora de possível sobreposição,>l¿ quando a dimensão da obra o justifique e possibilite.

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3 Planimetria: é a projecção ortogonal dos pontos do terreno sobre uma superfície de nivel.(Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)

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Í referência. (Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)Altimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superfície de nivel de

Para que o levantamento topográfico do terreno destinado à execução duma obra, possa dar asi

informações necessárias à execução das medições deve considerar, em regra, os seguintes pontos:

a) indicação do relevo do terreno, principalmente através de curvas de nível ou de cotas de1

, pontos notáveis;¡ b) localização e descrição da vegetação e dos acidentes naturais que tenham implicações com

a execuçao dos trabalhos, como por exemplo:- árvores, arbustos e zonas arrelvadas ou ajardinadas;- lagos, pântanos, rios ou outros cursos de água;

c) localização de construções existentes para demolir ou resíduos de construções antigas,._ indicações de poços, caves, galerias subterrâneas, etc...šz

5 A origem das infiltrações de água no interior de pisos enterrados de edificios pode projectar-se paraalém da área dos trabalhos de pavimentação e drenagem a que este capitulo se refere, como lençóis

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“Êí freáticos, água acumulada resultante de infiltrações distantes e outras, pelo que é comum em tais casos o:_ recurso a sistemas separados.›‹

\ 6 Na figura apresentam-se esquematicamente exemplos de sistemas a incluir neste capitulo.SISTEMA FORMANDO UM TODO SISTEMA EXTERIOR

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Page 64: Regras de Medição - Lnec

7 A construção dos muros de suporte e espera, a medir no Capítulo correspondente aos trabalhosaplicáveis, e que na sua forma já devem prever-se as condições de protecção adequadas, nomeadamentedrenagens, deverá prevenir as condições de funcionamento das protecções, e compreender portanto, asbases para caleiras, agulheiros ou outros atravessamentos.

8 Os trabalhos a incluir neste Capitulo serão os previstos para além do betão ou aivenarias dessesmuros, nas condições antes referidas, como por exemplo os drenos, escoamentos e tratamentossuperficiais.

EXEMPLO DE SOLUÇÕES DE PROTECÇÃO DE MUROS DE SUPORTE, FACE

A SITUAÇÕES DIVERSAS DE MODULAÇÃO

Esco amento

9 Entende-se por tratamentos superficiais de remate, protecção ou embelezamento, os trabalhos deacabamento dos pavimentos ainda quando integrados na função de drenagem ou protecção contrainfiltrações. Cabem nesta classificação: a relva sobre camada de terra vegetal, a calçada de mosaico devidraço ou de cubos, o lajedo de pedra, Iadrilhos, tijoleiras, etc., e os respectivos suportes. A medição destesé feita em mz.

Entende-se por tratamentos de remate, as valetas, caleiras superficiais, lancis, bordaduras ou peçasespeciais com a função de limitar zonas de revestimento, ou garantir e disciplinar o escoamento de águassuperficiais, e são todos eles medidos em m.

1° Deverá entender-se como suportes ou/e trabalhos preparatórios, a abertura de caixas, eventualmacadame, camadas de balastro, enrocamento e massame, etc., de acordo com as exigências doacabamento a aplicar.

48 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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12 Além da especificação dos tubos deverá também definir-se claramente a natureza do leito deassentamento, as condições de ligação entre tubos e, se for caso disso, as condições e materiais deprotecção superiores.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 49

Page 66: Regras de Medição - Lnec
Page 67: Regras de Medição - Lnec

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6.1 Regras Gerais

a) As medições relativas às fundações serão partícularizadas nos subcapitulosseguintes:

- Fundações indirectas

- Fundações directas.

b) As medições dos trabalhos serão realizadas de modo a ficarem individualizadosos trabalhos de betão, cofragens, e armaduras1 e ordenadas em rubrica de trabalhosrelativos a infraestruturasz.

c) As medições deverão indicar as referências de identificação mencionadas noprojecto, de forma a assegurar a coordenação das peças escritas e desenhadase a permitir a sua verificação.

1 ._ .__ . . _A discnmmaçao das mediçoes de cofragens e armaduras em rubricas diferentes das do betao eessencial, na medida em que permite:

- A determinação mais precisa das quantidades de materiais (madeira de cofragem, varões deaço para armaduras, cimento, inertes, etc.) a utilizar na execução da obra.

- A obtenção mais correcta de orçamentos, pois a incidência relativa dos respectivos custos é,em geral, muito diferenciada nas diversas partes constituintes da estrutura (sapatas, vigasde fundação, muros de suporte, etc).

2 Em geral, podem definir-se como trabalhos de infraestrutura dum edificio os que são executadosabaixo do nivel superior do tosco do primeiro pavimento.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 51

Page 68: Regras de Medição - Lnec

Nos casos em que este pavimento não esteja em contactodirecto com o solo e for constituído por lajes de betão, esta parte daestrutura pode ser considerada como fazendo parte da superestrutura.Contudo, os pilares, paredes e embasamentos, até ao nível desta laje,serao incluídos na infraestrutura.

A adopção deste critério tem a vantagem de permitir que namedição de edificios iguais, mas com infraestruturas diferentes, sepossam indicar as mesmas quantidades de superestrutura.

Quando existam caves no edifício, como o primeiro pavimentofica a nivel inferior ao da superfície do terreno, para aplicação destarecomendação poderá considerar-se que os toscos da envolvente dascaves (muros de suporte, paredes e pilares exteriores, etc.) podem serincluídos nas rubricas de infraestrutura e os toscos” , elementos deconstrução e revestimentos interiores, serão medidos nas rubricas desuperestrutura.

No entanto podem ser definidas outras fronteiras entreinfraestrutura e superestrutura, que devem ser sempre mencionadas namedição.

U Excepto quando toda a estrutura abaixo da superficie do terreno tiver de serexecutada simultaneamente com o muro de suporte, caso em que será infraestruturae estrutura abaixo daquela superficie.

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52 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 69: Regras de Medição - Lnec

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~-- 16.2 Fundaçoes mdirectas

6.2. 1 Regras gerais

a) As mediçoes relativas às fundaçoes indirectas serao particu arizadas nossubcapitulos seguintes:

Estacas prefabricadas e cravadas no terreno e estacas mo/dadas no

terreno;Pegões.

b) Serão referidas nas medições as informações mencionadas no projecto,relativamente às condiçoes seguintes:

planimetria e altimetria, especialmente no caso de relevo acidentado ou de

grande inclinaçãoz;

natureza e hidrologia do terreno, de acordo com os resultados doreconhecimento ou da prospecção geotécnicaa;

existência de redes de distribuição de água, esgotos, electricidade, gás,telefones ou outras instalações e quaisquer construções ou obstáculos,quando possam ser atingidos durante a execução dos trabalhos. Nestescasos, deve indicar-se se as redes, instalações, construções ou obstáculosterao de ser removidos de forma provisória ou definitiva;

localização de construções na vizinhança do edifício que possam afectar otrabalho de execução das fundações. Se existirem, devem indicar-se asimplicações das construções na execução das fundações;

existência de terrenos infestados ou infectados;

c) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos,nomeadamente:

escavaçao ou furaçao;baldeação;colocação de armaduras;betonagem;carga;transporte a vazadouro;descarga dos produtos de escavação;

iCurso sobre Regras de Medição na Construção 53

Page 70: Regras de Medição - Lnec

- mudança do equipamento.

d) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadasem rubricas próprias4.

e) Serão indicados em rubricas próprias os trabalhos de instalação do estaleiro, taiscomo:

- transporte de equipamento;- montagem e organização do estaleiro;- fornecimento de água e energia eléctrica nos locais de trabalho,

respectivamente com caudal e potência necessárias.

f) Todos os trabalhos, cuja realização é necessária devido a condiçoes especiais,

devem ser medidos em rubricas próprias, tendo-se por exemplo:

- bombagens, quando necessárias a trabalhos realizados abaixo do nívelfreático5;

- movimento de terras, quando os terrenos se apresentarem com relevomuito acidentado ou com grande inclinação;

- demolições e trepanagens, se existirem obstáculos aparentes ouenterrados nao correntes, devendo-se neste caso particular apresentarsempre o seu custo unitário.

- entivações e/ou escoramento, devido à existência de construções navizinhança dos trabalhos ou à sua necessidade quando da escavação paraexecução dos pegões;

- imobilizações de equipamento e pessoal, quando existirem paragensexcepcionais nao imputáveis ao empreiteiro;

g) As furações ou escavações não betonadas de estacas ou poços serão medidas

em metros (m), em rubricas próprias.

h) As medidas indicadas no projecto para a profundidade das fundações serao

sempre consideradas como "quantidades aproximadas", a rectificar de acordo com as

profundidades reais atingidas durante a execução das obras.

i) As medidas para determinação das medições serão obtidas a partir das formas

geométricas indicadas no projecto.

j) As medições serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com ascondições de execução ou com os meios a utilizar na realização dos trabalhos.

54 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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k) Deve ser elaborada uma descrição sumária dos trabalhos, contendo o processo

de execução das fundações, cota de execução dos trabalhos e os materiais a adoptar,nomeadamente as referidas nas Regras Gerais descritas no subcapitulo Betão, do

capítulo Betão, Armadura e Cofragem em Elementos primários e no subcapituloArmaduras do mesmo capítulo.

I) Outros tipos ou condições de fundações especiais, não previstas no presentecapitulo, serão tratados dentro do mesmo espirito, isto é, as medições deverãodiscriminar as regras que forem adaptadas, de forma a evitar ambiguidades nadeterminação das medidas e no cálculo das medições e a permitir a sua verificação.

1As fundações indirectas são um tipo de fundações cujas soluções mais correntes têm designaçõesde estacas e pegões, existindo ainda outros tipos de fundações especiais, nomeadamente:

recalçamentos (estacas cravadas estaticamente, pegoes, etc);

- consolidação de terrenos (injecções de cimento, estacas de areia, compactação por vibro-flutuação, etc.).

Neste capitulo abordam-se apenas as fundações indirectas, porque para as restantes, asrespectivas condições de aplicação são específicas para cada caso e consequentemente apresentam certadificuldade de normalização (caso dos recalçamentos), ou porque são já altamente especializados e comrelativamente pouca experiência entre nós (caso da consolidação dos terrenos). Deste modo, estes tipos defundações deverão ser tratados especiflcamente em capitulos próprios e segundo regras que deverão serdevidamente explicitadas.

2 Planimetriaz é a projecção ortogonal dos pontos do terreno sobre uma superfície de nível.(Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)

Altimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superfície de nivel dereferência. (Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)

Para que o levantamento topográfico do terreno destinado à execução duma obra, possa dar asinformações necessárias à execução das medições deve considerar, em regra, os seguintes pontos:

a) indicação do relevo do terreno, principalmente através de curvas de nível ou de cotas depontos notáveis;

b) localização e descrição da vegetação e dos acidentes naturais que tenham implicações coma execução dos trabalhos, como por exemplo:

- árvores, arbustos e zonas arrelvadas ou ajardinadas;- lagos, pântanos, rios ou outros cursos de água;

c) localização de construções existentes para demolir ou resíduos de construções antigas,indicações de poços, caves, galerias subterrâneas, etc;

d) localização de edificios que possam ser afectados pelos trabalhos de terraplenagem ou dedemolição;

Curso sobre Regras de Medição na Construção 55

Page 72: Regras de Medição - Lnec
Page 73: Regras de Medição - Lnec

e) implantação das redes de água, de esgotos, de gás, de electricidade e de telefones ou departes que as constituem, desde que possam ser localizadas à superfície do terreno.

3 Dos resultados do reconhecimento ou do estudo reconhecimento ou da prospecção geotécnica doterreno, podem ter interesse para a medição elementos da seguinte natureza:

- construções já executadas que tenham implicações com as obras a realizar, nomeadamente:fundações de edifícios demolidos ou a demolir, caves, poços, galerias subterrâneas, etc;

- nivel freático, se este for atingido pelas escavações ou tiver implicações com a execuçãodestas. Tem importância fazer referência á necessidade da realização de bombagens paraesgoto das águas durante as escavações;

- necessidade ou possibilidade do emprego de explosivos e as principais limitações a ter emconsideração na sua utilização;

- existência de acidentes geológicos (falhas, diaclases, camadas com inclinaçõesdesfavoráveis, etc.) que exijam precauções especiais, trabalhos de consolidação, etc..

4 A fundação propriamente dita, contempla apenas as operações de escavação (caso dos pegões) oufuração (caso das estacas), baldeação, colocação de armaduras, betonagem e mudança de equipamento.

Todas as restantes operações, tais como carga, transporte a vazadouro e descarga dos produtospoderão ser incluídas no capítulo Movimento de terras para infraestruturas, no caso de não seremexecutados pelo empreiteiro de fundações indirectas.

Comprimentos a considerar nas medições

E llSaliente-se ainda que, tal como se

representa na figura, pode ainda haver interesseem indicar a medição da escavação ou furaçãonão betonada, desde que os trabalhos sejamexecutados a partir de uma certa cota e asfundações atinjam outra cota nitidamente inferior(ver alinea g) ) destas regras gerais.

5 A medição das bombagens poderá ser realizada segundo as regras seguintes:

- a instalação do equipamento, a respectiva permanência em obra e 0 tempo defuncionamento serão medidos em rubricas próprias;

- a instalação do equipamento será medida em kW de potência instalada;

56 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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- a permanência em obra será medida em kW/dia;- o funcionamento será medido em kW/hora.

Os custos unitários indicados nesta recomendação deverão ser sempre apresentados nas propostas

Curso sobre Regras de Medição na Construção 57

Page 75: Regras de Medição - Lnec

6.2.2 Estacas prefabricadas e estacas moldadas

As estacas prefabricadas e estacas moldadas são fundações ind/'rectas cujosmodos de execução são diferentes, isto é, as primeiras são, como o nome indica,

prefabricadas' em estaleiro e posteriormente cravadas no terreno, e as segundas,

estacas moldadas, podem ser:

- cravadas e mo/dadas no terreno2;

- mo/dadas com entubamento e extracção do rerreno3;

- moldadas sem entubamento e com extracção do terreno4.

As regras de medição a considerar para este tipo de fundações são as seguintes:

a) A medição será realizada em m.

b) O comprimento das estacas será medido pelos seus comprimentos reais, reaisdesde as faces inferiores das sapatas até às respectivas extremidades inferiores dasestacas.5.

c) As medições de estacas serão individualizadas, em rubricas próprias, de acordocom as suas principais características, nomeadamente:

- diâmetro das estacas;- materiais constituintes (características do betão e das armaduras e

respectivas - secções nas estacas de betão armado);- inclinação das estacas;- meios e condiçoes de execução.

d) A medição da estaca compreende a furação, baldeação de terras, colocação dearmadura, betonagem, carga e transporte a vazadouro das terras sobrantes e mudançade equipamento.

e) Sempre que for conveniente, as operações indicadas na alínea anterior poderãoser medidas em rubricas próprias.

f) O corte da cabeça da estaca e respectiva reparação de armaduras será medido àunidade.

g) Os ensaios de carga sobre estacas serão medidos á unidade e individualizadosde acordo com a sua carga máxima de ensaio.

h) Os ensaios para cargas máximas diferentes serão medidas em rubricas próprias.

58 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 76: Regras de Medição - Lnec

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1 Como exemplo esquemático de estacas prefabricadas e cravadas no terreno tem-se

Estas estacas poderãoser de madeira, betãoarmado ou metálicas, sendoas operações de execuçãorepresentadas na figura.

2 Como exemplo esquemático de estacas cravadas e moldadas no terreno tem-se

São estacas cravadascom tubo moldador eponteira obturada, metálicaou de betão, e betonadas noterreno com retiradasimultânea do tubomoldador, ficando a ponteiraperdida como se representana figura.

3 Como exemplo esquemático de estacas moldadas no terreno (com entubamento e extracção doterreno) tem-se:

Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 77: Regras de Medição - Lnec

Estas estacas sãoexecutadas por furaçãocom entubamento eposteriormente betonadasno terreno. Para a furaçãorecorre-se a limpadeira,trépano, etc.

4 Como exemplo esquemático de estacas moldadas no terreno (sem entubamento e com extracçaodo terreno) tem-se:

Estas estacas saoexecutadas por furaçao sementubamento e posteriormentebetonadas no terreno. Para afuração recorre-se a trado,circulação inversa, etc.

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Page 78: Regras de Medição - Lnec

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5 Exemplo de mediçaodo comprimento de umaestaca inclinada (segundo oseu comprimento real).

Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 79: Regras de Medição - Lnec

6.2.3 Pegões'

a) A medição será realizada em m.

b) O comprimento do pegao será medido na vertical, na totalidade da partebetonada.

c) As medições de pegões serão individualizadas em rubricas próprias de acordo zcom as suas principais características, nomeadamente: _

- secção dos pegõesz;

- secção, tipo e classe das armaduras;

- caracteristicas do betão;

meios e condiçoes de execuçao.

d) A medição do pegão compreende a escavação, baldeação de terras, colocaçãodas armaduras, betonagem, carga e transporte a vazadouro e descarga das terrassobrantes. '*

e) Sempre que for conveniente, as operações indicadas na alinea anterior poderãoser medidas em rubricas próprias.

f) O escoramento elou entivação será sempre medido em rubricas próprias, pelasregras indicadas no sub-subcapitulo Escoramento e entivação do subcapituloMovimento de terras para infraestruturas3.

g) As bombagens4 serão sempre medidas em rubricas próprias, de acordo comregras que deverão ser devidamente descriminadas.

1 Os trabalhos de execução de pegões ou fundações em poços serão considerados neste capitulosempre que forem executados por empresas especializadas em fundações especiais; caso contrário serãoconsiderados nos capitulos Movimento de Terras e Betões, segundo as regras neles enunciados.

2 Este tipo de fundação indirecta pode ter várias formas de secção nomeadamente circular,quadrada, rectangular, eliptica, etc. Atendendo a que se trata de um tipo de fundação em que geralmente éde execução manual, as suas dimensões em planta deverão ser tais que permitam a execução dos *trabalhos. Como exemplo de secções tem-se:

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62 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 80: Regras de Medição - Lnec

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3 .. , -,. . . ._Tal como foi referido no subcapitulo Prrncrpros de base, o medidor devera ter em consideraçao aeventual necessidade do escoramento e da entivação ou apenas do escoramento sempre que, de acordocom as caracteristicas do terreno, seja prevista a sua aplicação. Devem assim ser consideradas asdisposições contidas no Decreto-Lei n° 155/95, de 1 de Julho, "Segurança e Saúde a Aplicar nos EstaleirosTemporários ou MÓveis", (Transposição da Directiva n° 92/57/CEE de 24 de Junho de 1992) [31] e [11].

4 A medição das bombagens poderá ser realizada segundo as regras seguintes:l

- a instalaçao do equipamento, a respectiva permanencia em obra e o tempo defuncionamento serão medidos em rubricas próprias;

1

a instalaçao do equipamento será medida em kW de potência instalada;

- a permanência em obra será medida em kW/dia;

- o funcionamento será medido em kW/hora.

Os custos unitários indicados nesta recomendação deverão ser sempre apresentados nas propostas.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 63

Page 81: Regras de Medição - Lnec

6.3 Fundações directas

6.3.1 Regras gerais

a) As medições dos trabalhos serão realizadas de modo a ficarem individualizadas,em subcapitulos próprios, os trabalhos de betão, cofragens e armaduras.

b) As características a especificar ao betão são as referidas nas Regras Gerais

descritas no subcapitulo Betão, do capítulo Betão, Cofragem e Armaduras em

Elementos primários.

c) As características a especificar para as Cofragens e Armaduras, são as referidasnos respectivos subcapitulos do capítulo Betão, Cofragem e Armaduras em Elementosprimários.

6.3.2 Protecção de fundações

a) A medição será realizada em mz.

b) A medição indicará a espessura da camada de betão para protecção eregularização da base de fundações.

c) Se existirem moldes laterais, a sua medição será realizada em rubrica própria eincluída em Cofragens de protecção de fundações do presente capítulo.

6.3.3 Enrocamentos e massames

a) A medição será realizada em mz.

b) A medição indicará as características e as espessuras das camadas deenrocamento e de massame.

c) A medição engloba todas as operações relativas á execução dos trabalhos de

massame, nomeadamente: preparação do solo das fundações, enrocamento e betão.

d) Sempre que necessário as operações da alínea anterior poderão ser separadasem rubricas próprias, por exemplo o caso da mediçãoda preparação do solo dasfundações poderá ser incluída por exemplo nas rubricas relativas a Regularização e

64 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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compactação superficial em terraplenagens ou de movimento de terras parainfraestruturas.

6.3.4 Muros de suporte e paredes

a) A medição será realizada em m3.

b) A determinação das medidas para cálculo das medições obedecerá às regras

seguintes:- Os comprimentos serão determinados segundo figuras geométricas

simples.- As alturas, imediatamente acima das fundações, serão as distâncias entre

as faces superiores das sapatas ou vigas de fundação e o nível do tosco doprimeiro pavimento como se indica1.

- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizada

a partir da secçao transversal média.

6.3.5 Sapatas e vigas de fundação

a) A mediçao será realizada em m3.

b) No caso de sapatas isoladas com formas geométricas complexas a medição ê

efectuada por decomposição em figuras geométricas simples. Para sapatas contínuas

ou vigas de fundação, o volume será obtido multiplicando a área da secção transversalde cada troço pelo respectivo comprimento. Os comprimentos dos troços das sapatasserão determinados segundo figuras geométricas simples.

c)'Para sapatas contínuas, cuja secção pode ser decomposta num rectângulo enum trapézio, serão de desprezar as diferenças de volume resultantes da aplicação dométodo indicado na alínea anterior relativamente ao seu valor real.

d) No caso da secção transversal das sapatas contínuas ser variável, a medição

poderá ser realizada a partir da secção transversal média, tal como se exemplifica nafigura4.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 65

Page 83: Regras de Medição - Lnec

1 Paredes entre a fundação e primeiro piso

Sendo h (altura imediatamente acima dasfundações) a distância entre as faces superioresdas sapatas e o nivel do troço do 19 pavimento.

Refira-se ainda que, se adoptar o nivel do tosco do 1 pavimento como limite entre infraestrutura esuperestrutura, a medição das paredes de betão abaixo deste nivel deve ficar incluida na rubrica deinfraestruturas.

2 nSapatas isoladas (quadradas)O volume total da sapata é:

v = v, + vz (m3)

em que:

v1=i›,2 ×h1 (m3) 2

_h 1h 1vz =(A, +A2 + (A, +A2)13

sendo A1=bf e A2=bš (mz) 'C `

Esta fórmula dá-nos exactamente o volumedo tronco de pirâmide de bases paralelas, aocontrário da fórmula mais empregada:

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que origina erros tanto maiores quanto maior for adiferença de áreas A1 e Az

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3 Quando as plantas do projecto indicam as medidas entre eixos, a aplicação desta regra podefacilitar o cálculo da medição.

66 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 84: Regras de Medição - Lnec

Como exem lo, tem-se a determina ão do 'P Ç B |x _ C Q

volume das sapatas nos troços AB, BC 6 CD ¬ '_"'“'_'za; ,j ; 2;/,,, '

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1 A ooU' I RTE X-KBetão de protecção

Nos casos em que as cotas não forem assim representadas, poder-se-á proceder como se indica nafigura (ver para mais pormenor o capitulo respeitante a Alvenarías), isto é, para que se torne possível fazera revisão das medições, deverão indicar-se sempre se as cotas são exteriores (abreviadamente c. ext.), oque significa que têm como limite faces exteriores da alvenaria.

- PAREDES EXTEFUORES g f h-iai jParede 1-A = b '

Parede 1-B = C (¢_ jnt_) tt! . _

Parede 1-C = d

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Parede 1-2 = g (c. int.) Â.... r _ É B 0Parede 1-3 = e (c. int.) __,__ ^ _ , _

rt: . fi -fEI;:._:f. rc-'r“- i"'í___`F- a b aParede 2-3 - f + h (c. ext.) j |

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4 Refira-se que esta regra só é aplicável quando, com a simplificação das operações, se obtiveremresultados muito aproximados dos valores correctos.

Como exemplo, na planta de fundações indicada na Afigura, o troço AB é de secção variável, pelo que o seu Evolume será o produto do comprimento c1 (medido entre 'eixos), pela área da secção média (representada pelo corte 'XX-X) que neste caso é a secção a meia distância de AA e B: um“-

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V = c >< b × h (m3) Secção transversal ` ,1 média do troço A-B CORTE X9*

Na medição do troço ED esta regra não pode ser D"aplicada.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 67

Page 85: Regras de Medição - Lnec

6.4 Cofragens de protecção de fundações, massame, sapatas,

vigas de fundação, muros de suporte e paredes.

a) A medição será realizada em mz

b) As medidas para a determinação das medições são obtidas das superfíciesmoldadas, considerando como limites dos elementos os indicados nos subcapitulosanteriores.

68 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 86: Regras de Medição - Lnec

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7. BETAO, COFRAGEM E ARMADURAS EM ELEMENTOS

PRIMÁRIOS

7.1 Regras Gerais

a) As medições dos trabalhos de betão, betão armado e betão armado

pré-esforçado serão realizadas de modo a ficarem individualizados, em subcapitulospróprios, os trabalhos de betão, cofragens, armaduras e elementos pré-fabricados embetaoi.

b) As medições serão, em regra, ordenadas na rubrica relativa á parte global daobra designada por superstruturaz.

c) As medições serão discriminadas por elementos de construçãos.

d) As medições deverão indicar as referências de identificação mencionadas noprojecto para cada elemento de construção, como já foi referido na alinea anterior, deforma a assegurar a coordenação das peças escritas e desenhadas e a permitir a suavenficação.

1 A discriminação das medições de cofragens e armaduras em rubricas diferentes das do betão éessencial, na medida em que permite:

- A determinação mais precisa das quantidades de materiais (madeira de cofragem, prumosde madeira ou metálicos, varões de aço para armaduras, cimento, inertes, etc.) a utilizar naexecução da obra.

- A obtenção mais correcta de orçamentos, pois a incidência relativa dos respectivos custos é,em geral, muito diferenciada nas diversas partes constituintes da superstrutura (pilares,vigas, lajes, etc).

2 Em geral, podem definir-se como trabalhos de superstrutura dum edifício os que são executadosacima do nivel superior do tosco do primeiro pavimento. Ver nota da alínea b) das regras gerais docapítulo anterior.

3 Em regra, devem ser os definidos nas peças escritas e desenhadas do projecto (pilares, lajes,vigas, etc.) e devem ser identificados nas medições segundo os mesmo simbolos ou códigos utilizados noprojecto.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 69

Page 87: Regras de Medição - Lnec

7.2 Betão

7.2. 1 Regras Gerais'

a) Ver também regras gerais do presente capítulo.

b) As medições serão realizadas de modo a ficarem individualizados os trabalhosde betãoz relativos às seguintes rubrica§:

- betão armado;- betão armado pré-esforçado;-outros betões, nomeadamente os betões celulares autoclavados, os de

agregados leves, etc.

c) Cada rubrica das medições será decomposta, de preferência, de acordo com asdiferentes características' do betão indicadas no projecto designadamente:

- classes de resistência e qualidades;

- classes de exposição6.;

- outras características exigidas pelo projecto, tais como máxima dimensãodos inertes, consistência, relação água ligante e outras particularidades decomposiçao7;

- condições de colocaçãos.

d) As medidas para cálculo das medições serão obtidas a partir das formasgeométricas indicadas no projecto. No entanto não serão deduzidos:

-os volumes das armaduras, ordinárias ou de pré-(Dff.O '¶ “OO (incluindo as

bainhas);

- os volumes correspondentes a reentrãncias até 0,15 m de comprimento do

perfil de cada reentrãncia e os volumes correspondentes a chanfros até

0,10 m de comprimento do respectivo perfil sem chanfrog.

- os volumes relativos a aberturas, cavidades ou furações existentes noselementos de construção iguais ou inferiores a 0.10 ma como se exemplificana figuram. f

70 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 88: Regras de Medição - Lnec

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e) A medição engloba todas as operações relativas àexecução dos trabalhos de

betão, nomeadamente: fornecimento e transporte de materiais, preparação, carga,transporte, colocação em obra, compactação (vibração) e cura.

f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas

em rubricas próprias.

1 Nos termos do n° 1 do artigo 1° do Decreto-Lei 330/95 de 14 de Dezembro, a produção, colocaçãoem obra e verificação da conformidade dos betões de ligantes hidráulicos devem obrigatoriamente satisfazeras condições estabelecidas na Norma Portuguesa NP ENV 206 "Betão. Comportamento, produção ecritérios de conformidade". Esta pré-norrma europeia que será substituída muito provavelmente em1998/1999 pela norma definitiva EN 206, revogou o Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos (RBLH)e o Caderno de Encargos para o Fornecimento e Recepção das Pozolanas, estabelece alteraçõessignificativas nas designações dos betões que o meio técnico nacional tem vindo a utilizar.

Na NP ENV 206 a especificação do betão é considerada de uma forma em que são descriminadas ascaracterísticas que podem ser objecto de especificação para duas situações distintas:

- Betões de comportamento especificado;- Betões de composição prescrita.

Para os de comportamento especificado, quem encomenda indica as caracteristicas decomportamento pretendidas para o betão, e o produtor responsabiliza-se pela satisfação das característicasexigidas, tendo a liberdade de escolher a composição adequada. Os elementos base a especificar são:

- Classe de resistência;- Máxima dimensão do inerte;- Classe de exposição;- Classe de consistência.

Para os de composição prescrita, quem encomenda indica a composição que pretende, e o produtorresponsabilizase pelo fabrico da composição mas sem qualquer responsabilidade pelo seu desempenho.Os elementos base que devem ser indicados são:

- Dosagem de cimento;- Tipo de cimento e classe de resistência;- Classe de consistência ou relação Água/Cimento;- Tipos de inerte;- Máxima dimensão do inerte e sua granulometria;- Tipo de dosagem de adjuvantes e adições;- Origem dos constituintes, usando adjuvantes ou adições.

Embora tendo em consideração que cada rubrica das medições deverá ser decomposta, depreferência, de acordo com as diferentes características do betão indicadas no projecto, as medições devemno entanto, sempre que possivel, ter em consideração eventuais prescrições dos cadernos de encargos, poispodem originar diferentes custos, bem como exigir características técnicas específicas para os elementos deconstrução a betonar.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 71

Page 89: Regras de Medição - Lnec

2 Saliente-se ainda que, em geral, este capítulo só se refere a betões de ligantes hidráulicos pois osbetões de betuminosos, em geral, aplicam-se em revestimentos de pavimentos térreos e portanto devem serincluidos no respectivo capitulo.

3 Retira-se que, a individualização dos betões em grupos próprios justifica-se, por terem de satisfazercondições de resistência, de forma e de aspecto e condições de execução que implicam custos diferentes.Os elementos pre'-fabricados em betão, incluindo os respectivos moldes e armaduras, são medidos segundoregras próprias.

4 O custo dos betões é estabelecido, geralmente, de acordo com as respectivas composições(natureza e dosagem dos componentes, em particular os tipos de cimento), meios de fabrico, condições deaplicação (transporte, colocação, compactação e cura) e classes de exposição dos elementos a betonar,pelo que interessaria conhecer estes dados ao fazer a medição.

No entanto, os projectos indicam apenas as características finais de resistência mecânica edurabilidade e não estabelecem a composição dos betões que deve ser estudada no inicio da execução daobra. A medição do projecto será elaborada de acordo com as características referenciadas no projecto,mas dado que para as mesmas caracteristicas finais podem corresponder composições diferentes, sempreque possivel, deverá ter-se em atenção as informações já existentes, e as condições particulares de fabrico,transporte, colocação, compactação e cura, entre outras.

5 Para os betões de comportamento especificado, o elemento base a especificar é a classe deresistência. As classes de resistência definidas pela NP ENV 206 dizem respeito a ensaios realizados emcubos com 15 cm de aresta ou em cilindros de 15 x 30, sendo as designações constituídas pela letra Cseguida da classe de resistência em cilindros de 15x30 e em cubos de 15 cm de aresta (p. ex. C20/25)

A equivalência (em MPa) entre a resistência determinada em cubos de 20 e de 15 cm de aresta é:

20 20 1625 25 2030 30 2535 37 3040 45 3545 50 4050 55 4555 60 50

l cubo de 2o | cubo de 15 l ciiindm 15 × ao lI 15 I 15 I 12 I

Para os de composição prescrita, quem encomenda indica a composição que pretende, e o produtorresponsabiliza-se pelo fabrico da composição mas sem qualquer responsabilidade pelo seu desempenho.Os elementos base que devem ser indicados são:

- Dosagem de cimento, tipo e classe de resistencia;

- Classe de consistência ou relação Água/Cimento;- Tipos de inerte;- Máxima dimensão do inerte e sua granulometria;- Tipo de dosagem de adjuvantes e adições;- Origem dos constituintes, usando adjuvantes ou adições.

72 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 90: Regras de Medição - Lnec

Os tipos de cimento, estão caracterizados nas seguintes normas portuguesas:- NP 2064 - "Cimentos. Definições, composição, especificações e critérios de conformidade",

que foi objecto da Emenda 1 - 1995;- NP 2065 - "Clmentos. condições de fornecimento e recepção";- NP 4326 - "Cimentos brancos. Composição, tipos, caracteristicas e verificação da

conformidade".Na NP 2064 definem-se 4 tipos básicos de cimento portland (I, ll, lll e IV), sendo para cada um

associadas características específicas e preços diferentes, e cujas características e designações são:

L Designação 1 Tipo LClínquer portland Classes de resistência I(%) i (MP8)

Portland I 95 a 100 32.5 a 42.5; 32.5R a 52.5RPortland composto ll 65 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RPortland de escoria ll-S 65 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RPort/and de pozolana ll-Z 72 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RPortland de cinzas volantes ll-C 72 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5R

32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5R

Port/and de fiier ll-F 80 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RDe alto-forno lll 20 a 64 32.5 a 52.5RPozolanico lv 2 60

As classes de resistência são definidas pelo limite inferior da resistência aos 28 dias, e a letra Rquando existir, significa que tem resistências iniciais mais altas aos 2 dias, para igual resistência aos 28dias.

A designação dos cimentos é constituída pelo tipo e classe de resistência, tendo-se como exemplosIV 32.5; l 42.5R, ll-C 32.5.

Embora tendo em consideração que cada rubrica das medições deverá ser decomposta, depreferência, de acordo com as diferentes características do betão indicadas no projecto, as medições devemno entanto, sempre que possível, ter em consideração eventuais prescrições dos cadernos de encargos, poispodem originar diferentes custos, bem como exigir características técnicas específicas para os elementos deconstrução a betonar.

Quanto áconsistencia, a NP ENV 206 introduziu classes que facilitam a especificação ou encomendado betão em função dos métodos de ensaio utilizados para a sua medição. As classes são:

Classes de abaixamento Classes VêbêClasse | Abaixamento em mm Classe Vèbê em se undos

I si I io a4o vo _S2 50890 V1 30.321S3 100a159 V2 20a11S4 >160 V3 10a5

V4 <

V

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Classe Grau de compactabilidade Classe Diâmetro de espalhamento (mm)Oo 21,46 F1 S 340

1,45a 1,26 F2 350a410O1,25a1,11 F3 420a480

Classes de compactação I Classes de espalhamento

O l\)

i C3 1,10 a 1,04 F4 490 a 600

*Curso sobre Regras de Medição na Construção 73

Page 91: Regras de Medição - Lnec

6 As classes de exposição são estabelecidas na NP ENV 206 em função do tipo de ataque erespectivas consequências para o betão e respectivas armaduras (carbonatação e cloretos), estabelecendo-se exigências de valores limite para dosagens mínimas de ligante, máxima razão água/ligante e também

uma classe de resistencia minima. Estas exigências devem ser satisfeitas simultaneamente.

Como exemplo, as classes de exposição relacionadas com a deterioração do betão por corrosão dasarmaduras devido a carbonatação, são (E 378 - guia para a utilização dos ligantes hidráulicos):

EC1 - Ambientes secos (raramente húmidos), com HR < 45%, como por exemplo no interior

de edificios ou outras estruturas em ambiente seco;EC2 - Ambientes húmidos (raramente secos), com HR > 85%, como por exemplo em partes

de estruturas de retenção de água ou em fundações;EC3 - Ambientes com humidade moderada (raramente húmidos), com 45% < HR < 85%,

como por exemplo no betão protegido das chuvas e não sujeito a condensação.EC4 - Ambientes com ciclos de molhagem/secagem, como por exemplo betão em contacto

com água (por exemplo da chuva) ou sujeito a condensação.Como exemplo (ver restantes classes da Especificação LNEC 378), as exigências de composição

são:

Classe de Dosagem mínima de Máxima razão A/C I Classe de resistencia minima I

0,65

exposição i ligante (kglma)EC1 260 C20/25EC2 280 0,60 C25/30EC3 300 0,60 C28/35EC4 320 0,55 C28/35

7 Nos casos de betões especiais podem também ser consideradas outras caracteristicas deinteresse, como as enunciadas nesta alínea, e outras, como por exemplo: permeabilidade, fluência,capacidade de absorção, etc.

B incluem a compactação e cura. Refira-se que essas condições, podem originar rubricasindividualizadas nas medições, sempre que se verificar uma diferenciação nítida com os custos correntesdos betões como por exemplo nos casos seguintes:

- betão em elementos de construção com forma geométrica complexa- betão em zonas submersas;- betão em grandes massas.

9 Exemplos de reentrâncias e chanfros:

74 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 92: Regras de Medição - Lnec

Exemplo de reentrãncia Exemplo de chanfro.. -.._ _,

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Comprimento do perfil = 8+2x3=14 cm.

chanffo de 7 em (72 E 52 + 52 )-

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1° Para que o volume da furação, relativa á colocação duma , ‹».ii,¿ ¿ __:tubagem no interior do pilar, nao seja deduzido, é necessário que a

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o volume correspondente a cada troço do pilar entre facessuperiores das lajes de andares adjacentes seja inferior a 0.10 m3,

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isto é:

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-šzz*Í-A.:

..~.í'~í ëlDe igual modo, no caso de abertura numa parede não se ,gx ,

fará á dedução do volume correspondente se:' › ¬¬".wã‹‹..*:i;‹zr = ter ~i‹-z i ‹ «.š› › ~-× fêz.: ».~~. t- ~. M4.:,››,~'›;r i«×~f¬¢:w,'›:f:z,*,.`›:' šè~ ,:f«;‹.::=z.

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Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 93: Regras de Medição - Lnec

7.2.2 Paredes

a) A medição será realizada em m3.

b) A determinação das medidas para cálculo das medições obedecerá às regrasseguintes:

- Os comprimentos serão determinados segundo figuras geométricas

simples.- As alturas serão determinadas entre as faces superiores das lajes ou das

vigas de betão1.- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizada

a partir da secçao transversal média.

1 Paredes entre lajes ou vigas

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iComo exemplo, sendo h1 a distância entre as -

faces superiores das lajes ou das vigas de betão,tem-se: if- :‹:

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V1=2×(c1+c2)×h1×e (ms)

V2 =h2×c3 ><e (ms).

V =V1 -V2 (ms)

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76 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 94: Regras de Medição - Lnec

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7.2.3 Lajes maciças

a) A medição será realizada em m3.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá á regra

seguinte:

- o comprimento e a largura serão determinados entre as faces das vigas,

lintéis, pilares e paredes entre as quais as lajes se inserem1.

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1AS dimensões de superficie das lajes são ,_ _ ,V

determinadas entre as faces das vigas principais I I I ãfe secundárias onde estão inseridas. -i C1 C1 l

. . , ,

Exemplo:

V=2xc1×czxh¬ (m3)

Quando as lajes se apoiam em paredesque não são constituídas por betão armado, deveconsiderar-se na medição a parte da laje ilgfi .zzencastrada na parede.

Í:

Na medição das lajes fungiformes serão deduzidas as áreas correspondentes aos capltéis, que sãomedidos com as colunas ou pilares.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 77

Page 95: Regras de Medição - Lnec

7.2.4 Escadas

a) A medição será realizada em m3.

b) Nesta rubrica, será incluída a medição de todos os elementos que constituem asescadas, nomeadamente patins, patamares, lanços de degraus e cortinas das guardas1.

c) Sempre que necessário, os elementos da alínea anterior poderão ser separadosem rubricas próprias.

d) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das mediçõesobedecerá às mesmas regras dos elementos de construção equivalentes aos dasescadas.

1 No exemplo não se considerou a medição dos patamares, que é incluída na das lajes dospavimentos, e mediram-se separadamente os lanços de degraus e o patim.

Como exemplo de cálculo tem-se :

Lanços de degraus: 1 1'

COS Ú _

ou, sendo N o número de degraus:

C X

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COS H

l .v× 1 xc ›<@¡+N xípl 112)) L 1 C1 1 C2 1-

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Patim:

V=c3×c2×e3 ,

78 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 96: Regras de Medição - Lnec

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7.2.5 Pilares e montantes

a) A mediçao será realizada em m3.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras

seguintes:- As alturas serão determinadas entre as faces superiores das lajes ou das

vigas de betão;- As alturas, imediatamente acima das fundações, serão as distâncias entre

as faces superiores das sapatas ou vigas de fundação e o nível do tosco doprimeiro pavimento;

- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizadaa partir da secção transversal médiaz.

1 ... . . . _Sendo h1 a distancia entre as faces superiores das lajes ou das vigas de betao, e h2 a alturaimediatamente acima da fundação (distância entre as faces superiores das sapatas e o nlvel do tosco do 19pavimento), tem-se:

Até ao nivel do 19 pavimento: *_`

v=z><b×h2 (m3) '= _

1 .....í_ - .- .

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Do 19 pavimento ao 29 pavimento: A V»2 fl3 5v=a×i;›×h1 (nz) ¡a|

,, ^ ^1`f~`íz'r

Refira-se ainda que se adoptar como limite entre infraestrutura e superestrutura o nível do tosco do19 pavimento, a medição dos troços dos pilares abaixo deste nível deve ficar incluída na rubrica deinfraestruras.

ZA medição de pilares de secção variável só pode ser realizada a partir da secção transversal média,quando o valor assim obtido for muito aproximado do correcto.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 79

Page 97: Regras de Medição - Lnec

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Secção transversal média, secçao do pilar a meiadistância entre os seus extremos:

V = a × b × h (ms) X

Corte X-X

Como exemplo em que esta regra não é aplicável, considera-se o caso de um pilar com capitel numalaje fungiforme:

3 .v=v1+v2+v3 (nz) E

sendo: É

V1 =A¡ xhl

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A1=”% e A2 =T- 1%

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80 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 98: Regras de Medição - Lnec

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7.2.6 Vigas, Iintéis e cintas

a) A medição será realizada em m3.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regrasseguintes:

- Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas simples,definidas pelas faces dos pilares ou das vigas que interceptam as vigas,lintéis ou cintas1.

- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizadaa partir da secção transversal média2.

c) A medição dos volumes incorporados na espessura das lajes será incluída namedição do betão das vigas, Iintéis e cintas.

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c (comprimento), é a distância entre as h (altura), é a distância entre o plano inferior dafaces dos pilares ou das vigas que interceptam viga e o seu plano superior (incluindo a espessura daas vigas. laje).

b (largura), é a medida indicada no Para ambos os casos tem-se que:projecto.

V=‹:×b><h (m3)

Saliente-se ainda que se a viga é apoiada em paredes ou pilares constituídos por materiais diferentesdo betão, a parte encastrada sera medida pelo seu valor efectivo.

2 Saliente-se que, como já foi anteriormente referido para os pilares, esta regra só é aplicável noscasos em que os valores assim calculados sejam equivalentes aos correctos.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 81

Page 99: Regras de Medição - Lnec

No exemplo, é mais correcto fazer a medição segundoas formas geométricas do projecto, tendo-se assim:

v=‹z×1›×h, +z,×i›×(h2-nl)

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82 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 100: Regras de Medição - Lnec

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7.2. 7 Esclarecimentos

1 - Os elementos de construção para os quais se definem as regras demedição constituem os mais representativos na construção de edifícios.

2 - Para outros elementos, as regras de medição aplicáveis são, em geral,idênticas às que foram mencionadas.

3 - Sempre que não seja exequível esta aplicação, poderão ser definidasregras específicas para outros elementos de construçao.

4 - No caso da alínea anterior, as medições deverão discriminar as regras

que forem adoptadas, de forma a evitar ambiguidades na determinaçãodas medidas e no cálculo das medições e a permitir a sua verificação.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 83

Page 101: Regras de Medição - Lnec

7.3 Cofragens

7.3.1 Regras gerais'

a) Ver também regras gerais do presente capítulo.

b) As medições serão realizadas de modo a ficarem individualizadas, em rubricas

próprias, os trabalhos relativos a cada espécie de cofragens nomeadamente osseguintes:

- cofragens correntesz.

- cofragens especiais - (por exemplo, cofragens para betão com superfícies

vistas, cofragens com formas complexas, moldes em juntas de dilatação eoutros)3.

c) Cada rubrica de medição será decomposta, de preferência, de acordo com ascaracterísticas das cofragens, nomeadamente:

- natureza dos materiais4 (madeira, metálicos ou outros);

- condiçoes particulares de execuçaos.

d) As cofragens perdidas deverão ser medidas em rubricas próprias.

e) As medidas para determinação das medições serão obtidas a partir das formasgeométricas das superfícies de moldagem indicadas no projecto. Nas lajes e vigas cominclinação superior a 15° deverá também considerar-se a moldagem das superfíciessuperiores.

f) As deduções relativas a aberturasô a executar nos moldes, só serãoconsideradas quando a sua área for superior a 0,56 m2 como, por exemplo, nos casos

seguintes

- aberturas existentes nos elementos de construção;

- atravessamentos de tubos, cabos ou condutas;

- intersecções de vigas com paredes, e de vigas secundárias com vigas

principais.

g) A medição engloba todas as operações relativas ã execução dos trabalhos de

cofragens nomeadamente fornecimento e transporte de materiais, fabrico, montagem,desmontagem, carga, transporte, descarga, reparações e limpezas7

h) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadasem rubricas próprias.

84 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 102: Regras de Medição - Lnec

i) Os elementos de construçãoa a considerar, serão os mesmos que foremindicados nas medições de betão. As medições correspondentes a cada tipo deelemento serão feitas separadamente, em rubricas próprias.

j) A medição dos escoramentos e cofragens para a execução das lajes aligeiradas

será incluída na medição destes elementos como será descrito nessa rubricag (alíneas e)

e f) de elementos prefabricadas de betão).

10 termo cofragem usa-se, em linguagem vulgar, para designar os moldes (dispositivos destinados aconter e dar forma às massas de betão e às estruturas de suporte dos moldes (escoramentos, cavaletes,etc).Quando estas estruturas se destinam a suportar elementos de grande vão, construídos a grande altura dosolo, são denominadas cimbres.

2 As que são executadas em madeira de pinho, sem exigências especiais de acabamento dassuperfícies moldadas, aplicadas em elementos com superfícies planas, de desenvolvimento rectilíneo. Emedifícios, pode considerar-se que a altura corrente dos escoramentos não ultrapassa 4 metros.

3 A discriminação das cofragens especiais tem de ser fundamentada nas condições de execuçãoprevistas no projecto mas, a título meramente indicativo, podem indicar-se as condições seguintes:

- exigências especiais de acabamento das superfícies moldadas como por exemplo, os moldespara superfícies de betão aparente ou para superfícies a revestir com acabamentos depequena espessura;

- moldagem de superfícies não planas, como por exemplo, superfícies curvas, superfícies comrecortes, reentrâncias, molduras, etc.;

- escoramentos com altura superior a 4 metros ou com pés direitos pouco correntes, como,por exemplo, pórticos de naves industriais, arcos, etc.;

- condições especiais de desmoldagem que exijam disposições especiais de segurança ou ainutilização dos moldes.

Salienta-se que, cadernos de encargos-tipo elaborados no LNEC [4], consideram três classes deacabamento designadas por A1, A2 e A3, para as superfícies desmoldadas de betão:

Classe A1: Superfícies em contacto com o terreno ou com maciços de betão. Elementos defundação, moldados em obra.

C/asse A2: Superfícies que se destinam a revestimentos com argamassa ou que, não tendoqualquer revestimento, ficarão permanentemente ocultas.

C/asse A3: Superfícies de betão aparente ou com revestimentos muito delgados.

4 As rubricas das medições devem fazer referência às características dos moldes e à natureza dosmateriais previstos no projecto. Se o projecto for omisso (em regra, nestes casos, "compete ao empreiteiro aelaboração do projecto de moldes e cimbres, incluindo os dispositivos de desmoldagem e dedescimbramento"[4]) quanto a estes elementos, as medições deverão prever para as cofragens as técnicasmais usuais de execução.

*Curso sobre Regras de Medição na Construção 85

Page 103: Regras de Medição - Lnec

5 Constituem em geral um factor para a individualização das rubricas de medição quando originamcustos diferentes das cofragens, nomeadamente nos casos seguintes:

- número de utilizações das cofragens: a repetição, em elementos de construção iguais,origina o melhor aproveitamento dos materiais e aumenta o rendimento da mão-de-obra;

- altura dos escoramentos: em edificios, os pés direitos superiores a 3,60 m podemconsiderar-se pouco correntes e, por isso, nestas condições, as cofragens têm, em regra,custos mais elevados.

- as cofragens de superfícies inclinadas, elementos com superfícies curvas, arcos e abóbadas,devem em geral, ser individualizados em rubricas próprias, pois os custos respectivos sãodiferentes das restantes cofragens.

5 Esta regra destina-se a facilitar a elaboração da medição, de modo a deduzirem-se apenas asaberturas ou cortes significativos na continuidade da cofragem. Claro que a execução da abertura nacofragem representa normalmente um encargo maior pois a área de cofragem que se retira é geralmentedisperdiçada, este encargo deverá portanto ser tomado em conta no preço unitário de cofragem.

7 Refira-se ainda que nestas operações também são incluídos os tratamentos com produtos quefacilitam a desmoldagem e que impedem a aderência do betão ou que melhoram o acabamento das suassuperfícies. É hábito de alguns medidores incluir na medição da cofragem o salpisco de argamassa decimento e areia nas superfícies de betão o qual se destina a melhorar a aderência do revestimento deargamassa. Claro que será de evitar este procedimento nos casos em que este trabalho não for realizadopelo mesmo empreiteiro que executa as cofragens.

8 Em regra, devem ser os definidos nas peças escritas e desenhadas do projecto (sapatas, pilares,lajes e vigas etc.) e devem ser identificados nas medições segundo os mesmo simbolos ou códigosutilizados no projecto.

9 e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos das lajes aligeiradas,nomeadamente o fornecimento e transporte de elementos e de materiais, - vigotas prefabricadas, blocos decofragem, betão da laje superior (Iajeta), betão das nervuras transversais (tarugos), betão das zonasmaciças, moldes e cimbres - carga e descarga, montagem e colocação em obra, cofragem, escoramento,compactação (vibração) e cura do betão. Saliente-se ainda que as armaduras de compressão serãomedidas segundo regras próprias e incluidas no sub-capitulo relativo a armaduras.

f) Sempre que necessário, as operações da alinea anterior poderão ser medidas separadamente em

rubricas próprias. Neste caso o assentamento do conjunto das vigotas e dos blocos seria medido em mz ,incluindo a cofragem e o escoramento e o betão da Iajeta e, as zonas maciças, segundo as regras do sub-capitulo relativo a Lajes maciças.

86 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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7.3.2 Cofragens de paredes, cortinas e palas, lajes maciças, escadas,pilares e montantes, vigas, Iintéis e cintas

a) A medição será realizada em mz.

b) As medidas para a determinação das medições são obtidas das superfícies

moldadas, considerando como limites dos elementos os indicados na rubrica betão.

c) Em escadas as cofragens destinadas à moldagem dos degraus serão medidasem separado.

7.3.3 Juntas de dilatação

a) A medição dos moldes (cofragens) perdidos necessários à execução das juntas

de dilatação será realizada em m, indicando a natureza do material e a sua espessura.

b) As soluções especiais de ligação ou encaixe obtidas por cofragem serão

medidas em m.

c) A medição dos vedantes ou empanques e das juntasl metálicas de vedação ou

refechamento dejuntas, regra geral, será realizada em m.

1 Saliente-se que, os casos especiais de vedação de juntas em coberturas serão considerados nocapítulo Revestimentos de Coberturas inclinadas, ou no capitulo Isolamentos e impermeabilizações, para ocaso de terraços.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 37

Page 105: Regras de Medição - Lnec

7.4 Armaduras

7.4. 1 Regras gerais

a) Ver também regras gerais do presente capítulo.

b) As medições das armaduras serão realizadas de modo a ficaremindividualizadas em rubricas próprias1, os trabalhos relativos aos diferentes tipos deaçosz utilizados em armaduras, nomeadamente em:

-varões;- redes electrossoldadas;- perfilados;- armaduras para pré-esforço.

c) Cada rubrica das medições será decomposta, de preferência, de acordo com ascaracterísticas gerais das armaduras indicadas no projecto, nomeadamente as denatureza regulamentar e das condições de aplicação.

d) As medidas para determinação das medições serão obtidas a partir das formasgeométricasa indicadas no projecto. Refira-se que esta regra destina-se a facilitar ocálculo das medições e está de acordo com o critério adoptado já em casossemelhantes.

e) As percentagens para quebras, para desperdícios ou para sobreposições,quando estas não estiverem assinaladas no projecto, serão previstas nas composiçõesdos custos, como foi justificado na nota da alínea anterior.

f) A medição engloba todas as operações4 relativas à execução dos trabalhos dearmaduras, nomeadamente fornecimento e transporte de aços, dobragens, armações,ligações, emendas, carga, transporte, descarga e colocação em obra.

g) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadasem rubricas própriass

h) Os elementos de construção a considerar em cada projecto, nas medições dearmaduras, serão os mesmos que foram indicados nas medições de betão.

88 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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1 A individualização das rubricas das medições de acordo com os diferentes aços utilizados tem as2 vantagens seguintes:

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` - possibilita o cálculo dos custos dos diferentes aços;-facilita a encomenda e aquisição dos diferentes aços durante a execução da obra.

A ordenação das medições de armaduras deve ser, sempre que possível, semelhante a adoptada namedição do betão e das cofragens e, por esta razão, as rubricas respectivas devem ser agrupadas deacordo com os conjuntos seguintes:

- partes globais da obra:- trabalhos de infraestrutura;-trabalhos de superstrutura;

- diferentes tipos de trabalho:- betão armado;- betão pré-esforçado;- outros betões;

- elementos de construção.

Considera-se outros betões, quando são utilizadas redes de aço ou de outros materiais (por exemplo,redes de arame zincado) como armaduras de revestimentos, a sua medição será incluida nas rubricas demedição destes revestimentos.

2 Os tipos de armaduras utilizadas para os diferentes tipos de betão (betão armado, betão pré-esforçado e betão armado pré-esforçado) estão caracterizados nos artigos 21 a 29 do Regulamento deEstruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP) [5], sendo neles salientado pormenorizadamente acaracterização dos diferentes tipos de aço de armaduras ordinárias e de pré-esforço, nomeadamente, ascaracterísticas mecânicas, geométricas, de fabrico, a aptidão aos diferentes tipos de soldadura, etc.

3 O medidor, tanto quanto possivel, deve limitar-se a fazer a medição com base nas informaçõesindicadas no projecto, de modo a reduzirem-se as possiveis interpretações diferentes de empreiteiro paraempreiteiro, pois estão sujeitas às técnicas construtivas adoptadas por cada um. Deste modo deverá medirapenas as quantidades de armaduras indicadas no projecto, isto é, as quebras e as sobreposições (quandonão indicadas nos desenhos) serão tidas em conta no cálculo dos preços compostos, sob a forma depercentagens.

4 As operações indicadas são, em regra, as mais correntes, mas quando o projecto preveja arealização de outros trabalhos, estes devem ser incluidos nos preços unitários como por exemplo, os casosseguintes:

- dispositivos metálicos de amarração ou solidarização dos elementos de betão;- espaçadores e conjuntos especiais a utilizar na montagem das armaduras.

5 Esta separação será, em regra, recomendável quando o projecto indicar, para algumas dasoperações, condições de execução que introduzam alterações importantes nos processos correntes deconstrução.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 39

Page 107: Regras de Medição - Lnec

7.4.2 Aço em varao'

a) A medição será realizada em kg;

b) A determinação das medidas para o cálculo das mediçoes obedecerá as regrasseguintes:

- Os comprimentos serão determinados em m e convertidos em kg, de

acordo com a massa nominal dos varões.- Os comprimentos serão medidos tendo em consideração os levantamentos,

os ganchos de amarração e as sobreposições, quando estas estiveremassinaladas no projecto.

- As emendas de varões, por soldadura eléctrica ou por ligações roscadas,

serão medidas àunídade (un).

c) A medição de cada diâmetro nominal será individualizada em rubrica própriaz.

1 Neste subcapitulo além dos varões simples, consideram-se incluídos os conjuntos pré-fabricadosde varões e outros tipos de varões de secção não circular. Regra geral estas armaduras são designadas porarmaduras ordinárias e como foi referido nas regras gerais devem ser caracterizadas quanto ai

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1 - Características mecanicas, de aderencia e processo de fabrico;2 - Características geométricas; ‹3 - Soldabilidade do aço;4 - condições de aplicação.

Quanto àscaracterísticas mecânicas, é a tensão de cedência para os aços cujo processo de fabrico élaminado a quente (símbolo N) e, tensão limite convencional de proporcionalidade a 0.2% para os aços

endurecidos a frio (símbolo E) (por torção, tracção, trefilagem, ou laminagem a frio).

As características de aderência são função da configuração da superfície, isto é, lisa (simbolo L) ourugosa (símbolo R) (nen/urada ou deformada).

As características geométricas das armaduras ordinárias do tipo corrente, são formadas por varõesredondos simples ou constituindo redes elecrosoldadas. As dimensões dos varões A235 NL (diâmetros emassas nominais dos varões) são especificadas na NP-332. Os diâmetros e massas nominais das restantesarmaduras e das que não sejam classificadas como de tipo corrente são, em geral, estabelecidos nosrespectivos documentos de classificação ou homologação.

Segundo o REBAP estão caracterizadas as seguintes designações para armaduras correntes:

- A235 NL; A235 NR;- A400NR; A400 ER; A400 EL;- A500 NR; ASOOER;- A500 EL só sob a forma de redes electrossoldadas.

90 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Salienta-se ainda que o emprego de armaduras ordinárias, com excepção das de aço A235NL,necessitam de prévia classificação ou homologação efectuada pelo LNEC e que devem ainda possuirmarcas indeléveis que permitam a sua facil identificação em obra, sendo assim muito importante acaracterização descrita.

Quanto âsoldabilidade do aço, salienta-se que regra geral, todos os aços devem ser soldáveis peloprocesso de soldadura eléctrica topo a topo, com projecção de particulas. Porém, para a soldadura peloprocesso de arco eléctrico com metal de adição, que é o processo mais utilizado para soldar varões emobra, a aptidão dos diferentes tipos de aço é mais diferenciada, com relevância quando o teor de carbono émais elevado.

Salienta-se ainda que o aquecimento inerente ao processo pode comprometer a aptidão dos açosendurecidos para a soldadura e, quando necessária a aptidão dos aços aos diferentes tipos de soldadura,essa aptidão deve ser referida, pois exige a verificação com base em ensaios específicos.

Quanto às condições de aplicação, só são em geral de recomendar quando se tratar de armadurasespeciais e em quantidades que influenciem os custos dos elementos em que são aplicados.

2 A individualização da medição de cada diâmetro justifica-se não só por facilitar a encomenda dosvarões como também, por a mão-de-obra por quilograma variar com o diâmetro.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 91

Page 109: Regras de Medição - Lnec

7.4.3 Redes electrossoldadas

a) A medição será realizada em kg.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regrasseguintes:

- As áreas serão determinadas em mz e convertidas em kg, de acordo com a

massa nominal das redes.- As deduções relativas a aberturas existentes nas redes electrossoldadas só

serão consideradas quando a sua área for superior a 0,50 m2.

- As áreas serão medidas tendo em consideração os levantamentos, ligações

de amarração e as sobreposições quando estas estiverem assinaladas no

projecto.

c) A medição de cada tipo de rede será individualizada em rubrica própria1.

1 As características de cada tipo de rede são as indicadas no respectivo documento de classificaçãoou homologação (dimensões das malhas, classe e tipo de varões que as constituem). -

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92 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 110: Regras de Medição - Lnec

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7.4.4 Perfis metálicos

a) A medição será realizada em kg.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regrasseguintes:

- Os comprimentos serão determinados em m e convertidos em kg, de

acordo com a massa nominal dos perfis.- As ligações entre perfis, por soldadura eléctrica, parafusos ou por rebites,

poderão, sempre que necessário, ser medidas àunidade(un).

c) A medição de cada secção nominal será individualizada em rubrica própria1.

1 A designação e as características dos perfis são as indicadas nas Normas Portuguesas (ver ocapitulo Estruturas metálicas), nos documentos de homologação ou, na sua falta, nas designaçõesadoptadas pelos fabricantes.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 93

Page 111: Regras de Medição - Lnec

7.4.5 Armaduras de pré-esforço'

a) A medição indicará, sempre que possivel, a força mínima de pré-esforço útil,expressa em kN, que é necessária instalar.

b) A medição das armaduras de pré-esforço deverão ser realizadas em kN.mcorrespondentes ao produto do valor de pré-esforço útil final mínimo instalado e definidono projecto, pelo comprimento real do cabo entre ancoragens.

c) No caso das armaduras e o respectivo sistema de pré-esforço estarem indicadasno projecto, a medição poderá ser realizada em kg, sendo determinada pelo valor

nominal normalizado das armaduras referenciadas e pelo comprimento real do caboentre ancoragens.

d) As bainhas deverão ser medidas em m com o comprimento real do cabo entreancoragens, e estas serao medidas à unidade(un).

e) A medição engloba todos os trabalhos relativos á execução das armaduras depré-esforço, nomeadamente fornecimento e transporte de todos os materiais,preparação, montagem e todas as operações de pré-esforço, incluindo a calda deinjecção. ~

f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadasem rubricas próprias.

g) A medição das armaduras nas zonas de amarração das armaduras depré-esforço é feita segundo as regras definidas no sub-capítulo Aço em varão.

7.4.6 Esclarecimento

1 - Os tipos de aço indicados - varões, redes electrossoldadas e perfilados - são asmais representativas na construçao de edifícios.

2 - Para outros tipos de aços, as regras de medição aplicáveis serão, em geral,idênticas às que foram mencionadas.

3 - Sempre que não seja exequível esta aplicação, poderão ser definidas regrasespecíficas para outros tipos de aços.

94 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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4 No caso da alínea anterior, as mediçoes deverao discriminar as regras queforem adoptadas, de forma a evitar ambiguidades na determinação das medidas e nocálculo das medições e a permitir a sua verificação.

5 - Os elementos de construção a considerar no ordenamento das medições dasarmaduras serão os mesmos que, para cada projecto, foram discriminados nas mediçõesde betão.

1 Os aços para as armaduras de pré-esforço (REBAP, Art. 26.1 - “As armaduras de pré-esforço

devem ser caracterizadas pelo seu processo de fabrico, pela sua constituição e pelas suas propriedadesmecânicas e de aderência"), são também correntemente designados por aços de alta resistência. Estes açossão consideravelmente diferentes dos aços para armaduras ordinárias, pois têm teores de carbono quepodem variar de 0.7 a 1.0 %, bem como podem conter outros elementos constituintes nomeadamente omolibdénio, titânio, crómio, silício, magnésio, níquel, etc, cujas funções são de aumentarem a dureza,temperabilidade e de reduzirem a influência de elementos nocivos, nomeadamente do enxofre e fósfororesultantes do coque e dos minérios de ferro.

` Podem ainda ser constituídas por diferentes secções e formas, nomeadamente fios, varões, cordõese cabos apresentando-se assim com uma grande variedade de tipos e características que influenciam deforma relevante os sistemas de aplicação das forças, bainhas, amarrações, etc., exigindo assim veriflcaçõesapropriadas. Do REBAP, salientam-se as propriedades de relaxação e fadiga, artigo 28 (relaxação) ecomentário ao artigo 26 (fadiga), bem como às relações tensões-extensões de cálculo (artigo 29), que nãopodem ser definidas como o foram para as armaduras ordinárias.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 95

Page 114: Regras de Medição - Lnec

7.5 Elementos prefabricados de betão1

7.5. 1 Regras gerais

a) Ver também regras gerais do presente capítulo.

b) As medições de elementos de construção prefabricados em betão serão

realizados de modo a ficarem individualizados os elementos com as mesmascaracterísticas tipológicasz.

e) Cada rubrica de medições será decomposta de acordo com as característicasseguintes:

- natureza e qualidade dos materiais constituintes, nomeadamente as dobetão e das armaduras segundo as características indicadasrespectivamente nas regras gerais do subcapitulo Betão e nas regras geraisdo subcapitulo Armaduras.

-tipo de acabamento das superfícies dos elementos;sistemas de ligaçao ou de articulaçao entre os vários elementos.

d) As medições deverão indicar as referências de identificação mencionadas no

projecto para cada elemento de construção prefabricado, de forma a assegurar acoordenação das peças desenhadas e escritas e a permitir a sua verificação.

e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de

elementos de construçao prefabricados em betao, nomeadamente fabrico, carga,transporte, descarga, montagem e colocação em obra.

‹r› cz. m QL E?f) Sempre que necessário, as operaçõe ea anterior poderão ser separadasem rubricas próprias.

1 Este subcapitulo refere-se aos elementos prefabricados em fábrica e aos premoldados no estaleiro.No entanto, entre os prefabricados, estas regras só consideram os elementos mais divulgados entre nós ede possivel utilização pelos sistemas tradicionais de construção, já que as regras de medição dos elementosdos sistemas mais fechados, ainda pouco divulgados no nosso Pais serão estabelecidos pelos produtores.

2 _ . .Elementos com as mesmas funçoes (madres, por exemplo), executados com materiais edimensões idênticas.

96 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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7.5.2 Guias de lancis, degraus, madres, fileiras, frechais e elementossemelhantes, peitoris, soleiras, ombreiras, vergas e lâminas

a) A medição será realizada em m.

b) As medidas serão determinadas de acordo com a maior dimensão das

superfícies indicadas no projecto. No caso de não haver pormenorização das soleiras epeitoris, deverão ser consideradas as dimensões entre as faces dos vãos.

c) As medições indicarão a secção dos elementos.

d) A medição dos elementos com a mesma secção será individualizada em rubrica

própria.

7.5.3 Escadas e asnas

a) A medição será realizada em un.

b) As medições indicarão a medida do comprimento do vão da asna ou do

desenvolvimento da escada e as suas características tipológicas.

c) A medição dos elementos do mesmo tipo e com comprimento igual seráindividualizada em rubrica própria.

7.5.4 Varas e ripas

a) A medição das ripas será realizada em mz, indicando o respectivo afastamento.

As varas serão medidas em m.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras

seguintes:- Os comprimentos e as larguras serão determinados segundo formas

geométricas simples, definidas, sempre que possível, pelos limites desuperfícies com a mesma inclinação.

- Os comprimentos e as larguras serão medidos segundo a superfícieinclinada da cobertura.

c) As medições indicarão as secções dos elementos.

d) A medição dos elementos com a mesma secção será individualizada em rubrica

própria.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 97

Page 116: Regras de Medição - Lnec

7.5.5 Grelhagens

a) A mediçao será realizada em mz.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá á regra

seguinte: 1

- O comprimento e a largura serão determinados entre as faces das lajes,vigas e lintéis, pilares e paredes entre as quais estes elementos se inserem.

c) As medições indicarão a secção dos elementos e as suas características ltipológicas.

d) A medição de elementos do mesmo tipo e secção igual será individualizada emrubrica própria.

7. 5.6 Lajes aligeiradas

a) A medição será realizada em mz.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá á regraseguinte:

- Os comprimentos e as larguras serão determinados entre as faces dasvigas, lintéis, pilares e paredes entre os quais as lajes se inserem.

c) As medições indicarão a espessura da laje e as suas características tipológicas.

51'”. 'CS C)d) A medição das lajes aligeiradas do mesmo e características será

individualizada em rubrica própria.

e) A medição engloba todas as operações1 relativas à execução dos trabalhos daslajes aligeiradas.

f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser medidasseparadamente em rubricas próprias. Neste caso o assentamento do conjunto das

vigotas e dos blocos seria medido em mz, incluindo a cofragem e o escoramento e obetão da Iajeta e, as zonas maciças, segundo as regras do subcapitulo relativo a Lajesmaciças.

98 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 117: Regras de Medição - Lnec

1 Nomeadamente fornecimento e transporte de elementos e de materiais, - vigotas prefabricadas,blocos de cofragem, betão da laje superior (Iajeta), betão das nervuras transversais (tarugos), betão daszonas maciças, moldes e cimbres - carga e descarga, montagem e colocação em obra, cofragem,escoramento, compactação (vibração) e cura do betão. Saliente-se ainda que as armaduras de compressãoserão medidas segundo regras próprias e incluídas no subcapitulo relativo a Armaduras.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 99

Page 118: Regras de Medição - Lnec

7.5.7 Esclarecimentos

1 - A grande diversidade de elementos de construção prefabricados em betão e asua constante evolução, tornam impraticável o estabelecimento de regras de mediçãoque sejam aplicáveis, de forma explicita e unívoca, em todas as circunstâncias.

2 - Por isso, as regras definidas destinam-se apenas a constituir exemplos deaplicação a alguns elementos de construção utilizados com maior frequência.

3 - Para outros elementos de construção prefabricados, é necessário, para cadacaso, estabelecer as regras de medição correspondentes, tanto quanto possível, deacordo com as regras prescritas para o betão e para os outros elementos pré-fabricadosem betao.

4 - No caso da alinea anterior, as medições deverão discriminar as regras queforem adoptadas, de forma a evitar ambiguidades na determinação das medidas e nocálculo das medições e a permitir a sua verificação.

100 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 119: Regras de Medição - Lnec

8. ESTRUTURAS METÁLICAS

8.1 Regras gerais1

a) As medições de estruturas metálicas serão, em regra, agrupadas em rubricasrelativas às partes globais da obra, nomeadamente as seguintes:

- estruturas;- pavimentos;- escadas;- estrutura da cobertura.

b) As medições serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com ascaracterísticas dos trabalhos, principalmente as seguintes:

- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principaisz;- secções nominais e forma dos elementos constituintes3;-tipo de ligação das peças4;- tipo de protecção e acabamento;- condições de execução.

c) A mediçao engloba todas as operaçoes relativas à execuçao dos traba hos,nomeadamente:

-fabrico em oficina ou estaleiro, dos elementos que irão constituir a estrutura;- decapagem e aplicação sobre estes elementos duma camada de protecção,

sempre que as especificações do projecto exigirem a execução destestrabalhos antes do respectivo fornecimento, cujas medidas serãodeterminadas pelas regras definidas no capítulo Pinturas;

- fornecimento, carga, transporte e descarga de todos os elementos emateriais no local da obra;

- montagem e desmontagem de andaimes e cimbres;_ _ _ _ . |. _colocaçao, montagem e afinaçao dos elementos estruturais e sua igaçao

definitiva, nomeadamente: rebitagem, aparafusamento ou soldadura.

' d) Sempre que necessário, a medição das operações da alínea anterior poderãoser separadas em rubricas próprias.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 101

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Page 120: Regras de Medição - Lnec

e) As medições serão discriminadas por elementos de construção.

f) As medições dos perfis que constituem as estruturas metálicas serão agrupadas

nas rubricas correspondentes 3 seguintes classes, estabelecidas de acordo com a

massa por metro dos pen'is:Classe A - massa igual ou inferior a 10 kglm;

Classe B - massa superior a 10 kg/m mas igual ou inferior a 20 kg/m;

Classe C - massa superior a 20 kg/m mas igual ou inferior a 50 kglm;

Classe D - massa superior a 50 kg/m mas igual ou inferior a100 kglm;

Classe E - massa superior a 100 kg/m

g) Os perfis curvos ou alveolares devem ser medidos separadamente em rubricas

próprias.

1 Os trabalhos relativos a elementos metálicos não constituintes de estruturas (portas, janelas eoutros elementos em vãos, guardas, revestimentos, mobiliário, etc.) deverão ser incluidos no capitulorelativo a Serralharias.

ZA NP EN 10020 (Definição e classificação dos aços) efectua a classificação dos aços (com base nacomposição química dos elementos presentes), em não-/igados e ligados e define para cada um deles,classes de qualidade considerando diferentes propriedades ou exigências de utilização.

Assim, são classificados como não-ligados quando nenhum dos elementos presentes no vazamentoatinja os teores limites estabelecidos na NP EN 10020 e são considerados ligados quando é atingido pelomenos um dos teores limites estabelecidos na Norma citada.

Os aços não-ligados são também classificados em aços de base quando não são prescritasexigências especiais de fabrico, ou em aços de qualidade não-ligados, quando ê exigida maior pureza,nomeadamente no que se refere às inclusões não metálicas (por exemplo quando são destinados atratamentos térmicos de têmpera e revenido).

Os aços ligados são classificados como aços de qua/idade ligados aos que, embora podendo serutilizados em aplicações semelhantes $ dos aços de qualidade não-ligados, possuem no entantopropriedades específicas que requerem a adição de elementos de liga. Fazem parte desta classe porexemplo os aços soldáveis de grão fino para construção metálica e aços ligados para carris.

Existe ainda a classe de aços especiais ligados, casos dos aços inoxidáveis e os aços rápidos.

3 Da NP EN 10079 (Definição dos produtos de aço) considera-se relevante salientar os produtosacabados, e destes, os produtos longos, cujas principais designações são:

- Perfilados pesados cujas secções transversais se assemelham às letras l, H ou U e dealturas iguais ou superiores a 80 mm com designações de:

- Perfis l, NP-339, 80 x 42 x 3.9 a 160 x 74 x 6.3 (mm)- Perfis U, NP-338, 80 x 45 x 6.0 a 180 x 70 x 8.0 (mm)

- Laminados correntes (barras) de secção transversal circular, quadrada, rectangular,hexagonal, etc. incluem-se nesta categoria os perfi/ados ligeiros l, H ou U de altura inferiora 80 mm, a cantoneira, os perfilados ligeiros T e Z, o varão (secção transversal circular

102 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 121: Regras de Medição - Lnec

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É igual ou superior a 5 mm) e o vergalhão (secção transversal quadrada de lado igual ou

superior a 6 mm); cujas secções são para cada categoria:1 - Varão redondo, NP-331, de 6 mm a 80 mm

- Vergalhão em barras quadradas, NP-333, com secções de 10 a 80 mm e barrasU rectangulares , NP-334, com secções de 16x5 a 150x25 mm.

- Cantoneiras de abas iguais, NP~335, de espessuras variáveis e com dimensões de 20i a 150 mm (salienta-se a ausência das cantoneiras de abas desiguais).

- Barras l , NP-339, (50x30x3.5 e 60x30 x 3.5 (mm)), barras T, NP-337, (25 a 70 mm) ebarras U, NP-338, (30x15x4 a 65x42x5.5 (mm))

| A NP EN 10025 (Produtos laminados a quente em aços de construção não ligados.) classifica os

aços de construção não ligados, e estabelece as condições técnicas de fornecimento, isto é, especifica os' requisitos para os produtos longos laminados a quente que se destinem a ser utilizados no fabrico de

estruturas soldadas ou rebitadas.Assim, em função das características qualitativas pretendidas, as designações podem ser

1 constituídas pela referência a:

- Designação da forma e dimensões dos produtos, cujos exemplos são:' - Perfilados l e U, cujas secções são em forma de l ou U e designados correntemente

por perfis l normal (INP) e perfil U (UNP).- Perfilado IPE, cujas secções são em forma de l de dimensões referidas na NP-2116.- Perfilados HE, de secções em forma de H e de dimensões referidas na NP-2117 e que

engloba as séries identificadas pelos símbolos A, B e M, com significados dealigeirada (A), média ou corrente (B) e reforçada (M), sendo as designações de HEA,HEB e HEM. Estes perfilados são também correntemente conhecidos por perfis“Grey” das séries DIE (económico), DIL (aligeirado) e DIR (reforçado).

- Referência àNP EN 10025;

- Símbolo Fe;

- indicação do valor mínimo garantido para a tensão de rotura atracção (N/ mg);- Designação da qualidade e graus de qualidade quanto ã soldabilidade e aos valores

garantidos da resistência ao choque;1 - Eventualmente do símbolo do tipo de desoxidação (FU ou FN);

- Eventualmente do simbolo de aptidão a aplicações especiais;

- Eventualmente da letra N, se os produtos são fornecidos no estado N, sendo desnecessário

para os produtos planos das qualidades D1 e DD1.

Quanto ádesignação da qua/idade e graus de qua/idade, salienta-se:

- São especificadas 6 qualidades: 0, B, C, D, DD e 2 em que os produtos das qualidades D e

DD subdividem-se respectivamente em 2 qualidades D1, D2, e DD1, DD2;- Os aços das qualidades 0, 2 e B são aços de base e os C, D e DD (e correspondentes D1,

D2 e DD1, DD2) são aços de qualidade, sendo as respectivas qualidades distinguidas pelasoldabilidade e pelos valores especificados da resistência ao choque.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 103

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Page 122: Regras de Medição - Lnec

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Quanto ao tipo de desoxidação,. consideram-se os tipos:- FU - Aço efervescente- FN - Aço efervescente não autorizado (ou semi-calmado, isto é, não totalmente

desoxigenado, existindo ainda oxigénio suficiente para reagir com o carbono durante asolidificação, o que provoca um aumento da massa que compensa a contracção desolidificação)

- FF - Aço totalmente calmado que contém em quantidade suficiente elementos fixadores doazoto (por exemplo aluminio em percentagem de 0.020). Em caso de utilização de outroselementos, estes devem ser indicados nos documentos de controlo. ,

Para símbolos de aptidão a aplicações especiais, a norma considera:

- KQ - Aptidão àquinagem a frio- KP - Aptidão àperfilagem a frio com roletes

- KZ - Aptidão àestiragem a frio

Como exemplo de designação tem-se: Perfil IPE NP EN 10025 Fe 510 C KQ.

4 Segundo o REAE [6], as ligações na construção metálica podem ser executadas de diferentesmodos, nomeadamente por rebites, por parafusos e por soldadura. Estas ligações são operações deimportância fundamental sob 0 ponto de vista de segurança estrutural, com destaque para a de soldaduraque, além das características de soldabilidade do aço, deve ser realizada por soldadores especializados etem incidência significativa na elaboração do preço do trabalho a executar.

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104 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 123: Regras de Medição - Lnec

8.2 Elementos estruturais

a) A medição será realizada em kg1.

b) A medição indicará, além do elemento estrutural, os tipos e dimensões dosperfisz, tubos, chapas e outros elementos constituintes.

c) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá $ regras

seguintes:

1- No caso dos perfis e tubos, os comprimentos serão determinados em m e

convertidos em kg, de acordo com a massa nominal;

2 - No caso das chapas, a área será determinada em mz e convertida em kg,

de acordo com a massa nominal;

3- Em elementos de outro formato, deverá indicar-se a massa por unidade

(kglun);

4- A avaliação da massa de rebites e parafusos poderá ser feita porcontagem ou em percentagem;

5- Não serão feitas deduções para entalhes e furos. Nos perfis cortados

obliquamente, a medida será a do maior comprimento do perfil.

6- As medidas para a determinação da medição de chapas de superfícieirregular serão obtidas a partir do menor rectângulo circunscrito a essas

superfícies.

1 A massa a considerar na medição será sempre o da secção nominal dos perfis, ou da espessuranominal das chapas.

2 A designação da forma e dimensões dos produtos, são como exemplo:- Perfilados I e U, cujas secções são em forma de l ou U e designados correntemente por

perfis I normal (INP) e perfil U (UNP).- Perfilado lPE, cujas secções são em forma de l de dimensões referidas na NP-2116.- Perfilados HE, de secções em forma de H e de dimensões referidas na NP-2117 e que

engloba as séries identificadas pelos simbolos A, B e M, com significados de aligeirada (A),média ou corrente (B) e reforçada (M), sendo as designações de HEA, HEB e HEM. Estesperfilados são também correntemente conhecidos por perfis “Grey” das séries DIE(económico), DIL (aligeirado) e DIR (reforçado).

Curso sobre Regras de Medição na Construção 105

Page 124: Regras de Medição - Lnec

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Page 125: Regras de Medição - Lnec

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9. ALVENARIAS

9.1 Regras gerais

a) As medições de aivenarias serão agrupadas nos subcapitulos seguintes:

- aivenarias;- painéis de blocos

b) As medições serão realizadas de modo a serem individualizadas e descritas em

rubricas próprias, de acordo com as principais características1 das aivenarias ou dospainéis, nomeadamente:

- natureza, forma e dimensões dos materiais constituintesz;

- dimensões das aivenarias ou dos páinéiss;- composição das argamassas;- acabamentos dos paramentos4;- condições de execuçãos.

c) As medições de aivenarias serão, em regra, ordenadas em rubricas própriasô

relativas É partes globais da obra, nomeadamente as seguintes:-trabalhos de infraestrutura7;- trabalhos de superestrutura.

d) As medições serão discriminadas por elementos de construçãos.

e) A medição engloba todas as operações relativas áexecução dos trabalhos deaivenarias e painéis, nomeadamente: fornecimento e transporte de materiais, fabrico deãl'galTl8SS8S, C8l`gaS 8 d€SCal`g8S 6 GXGCUÇEO.

f) Sempre que necessário, as medições das operações da alínea anterior poderão

ser separadas em rubricas próprias.

g) O tratamento dos paramentos ã vista das aivenarias poderá ser medido em

separado pelas regras indicadas no capítulo Revestimentos mas será sempre incluídoneste capítulo de Alvenarias.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 1 107

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Page 126: Regras de Medição - Lnec

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ih) As deduções relativas a aberturas ou cavidades existentes nos elementos de

construção, só serão consideradas quando a sua área for superior a 0,50 m2, porabertura ou cavidade.

1 Estas características constituem o resumo das condições técnicas de maior interesse para adeterminação de custos e para a execução de cada tipo de alvenaria, as quais devem ser discriminadas naspeças escritas e desenhadas do projecto, designadamente no caderno de encargos.

2 De entre estas características, convém, em regra, especificar as seguintes:~ natureza dos tijolos ou blocos: barro vermelho (em regra é dispensável citar a natureza dos

tijolos ou blocos de barro vermelho e da forma de paralelipípedo, por estas característicasserem as mais correntes), barro refractário, argamassa de cimento ou betão com arespectiva dosagem e granulometria de inertes, etc.;

- natureza das rochas ou de outros materiais: basalto, granito, adobe, etc.;- forma dos tijolos ou blocos: maciços ou furados sendo, neste caso, indicado o número de

furos; forma de paralelipípedo, forma de cubo ou outras quando seja necessário;- forma irregular ou aparelhada de pedras (neste caso devem ser indicadas as principais

características do aparelho das pedras: aparelho rústico, regular, tosco ou outros);- dimensões dos materiais: comprimento, largura e altura para forma de paralelipípedo; outras

dimensões definidoras da forma dos materiais como, por exemplo, os limites das larguras,alturas ou comprimentos das pedras.

3 As dimensões das aivenarias são referidas, geralmente, à sua espessura. Em regra, os projectosdimensionaram esta espessura nas medidas "de limpo", isto é, consideram a alvenaria como elemento deconstrução concluído com os respectivos revestimentos. A fim de se evitarem interpretações dúbias, évantajosa a discriminação das dimensões dos materiais que constituem as aivenarias e, imediatamente a 1seguir, especificar, para cada caso, as medidas "de limpo" das aivenarias.

Outra forma poderá consistir na indicação da espessura "de tosco", descriminando a seguir a medida"de limpo" indicada no projecto.

As alturas das aivenarias podem também ser indicadas na descrição de cada rubrica quandoconstituem um caso particular do projecto: paredes divisórias com a altura das vergas das portas (porexemplo divisórias de sanitários nas casas de banho), chaminés, muros de vedação e outros casos.

4 Os acabamentos dos paramentos das aivenarias devem ser descriminados em cada rubrica,designadamente nos aspectos seguintes:

- paramentos sem revestimento ou com o material de alvenaria "à vista": tipo e forma dasjuntas, tratamentos particulares das superfícies e seu aspecto final.

- paramentos com revestimento: indicação dos revestimentos em cada um dos paramentos,nomeadamente nos casos em que esta descriminacão facilite a medição das rubricas derevestimentos.

Em regra, quando o acabamento de paramentos sem revestimento ou com o material de alvenaria "ãvista" der origem a um acréscimo importante de encargos durante a execução da alvenaria ou exigir a

108 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 127: Regras de Medição - Lnec

utilização de mão-de-obra especializada, ou de outros recursos diferentes dos empregados durante aconstrução da alvenaria, a medição do respectivo acabamento poderá ser feita em separado (ver alínea f)destas “Regras gerais"). Do mesmo modo, os coroamentos das aivenarias devem constituir, em geral, umarubrica própria de medição.

5 As condições de execução das aivenarias que possam ter importância especial no custo dostrabalhos podem originar a constituição de rubricas próprias de medição como, por exemplo, as seguintes:

- aivenarias em chaminés de condutas de fumo ou ventilação;- aivenarias com funções especiais de resistência;- aivenarias com funções decorativas;- aivenarias com funções especiais;- aivenarias com paramentos curvos ou com outras superfícies não planas.

Os painéis de blocos de tijolo, gesso e outros materiais, com excepção dos painéis de betão, serãoincluídos na rubrica painéis de blocos.

6 Em regra, as medições devem ser individualizadas em grupos de rubricas ordenadas segundo asua localização no edifício, como por exemplo:

- aivenarias em infraestrutura: sapatas de fundação, muros de suporte, etc.;- aivenarias em superestrutura exteriores: (fachadas e empenas do edifício) e interiores;- aivenarias em trabalhos exteriores ao edifício: vedações, anexos, etc..

Eventualmente, quando tal se justifique pela sua importância, as aivenarias situadas acima dacobertura também podem constituir um grupo especial de rubricas de medição.

7 Em regra, as infraestruturas em alvenaria compreendem as sapatas e a parte das paredes até àcamada de impermeabilização das fundações ou até ao nível do tosco do primeiro pavimento (Ver nestecapítulo a rubrica Fundaçoes ).

8 Os elementos de construção a considerar são, em geral, os enunciados nas rubricas destas regras.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 109

Page 128: Regras de Medição - Lnec

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9.2 Fundaçoes .

a) A medição será realizada em m3.

b) No caso de sapatas continuas, o volume será obtido multiplicando a área da

secção transversal de cada troço pelo respectivo comprimento. Os comprimentos dostroços das sapatas serão determinados segundo figuras geométricas simples1.

c) No caso da secção transversal das sapatas contínuas ser variável, a mediçãopoderá ser realizada a partir da secção transversal médiag.

1 Quando as plantas do projecto indicam as medidas entre eixos, a aplicação destas medidas podefacilitar o cálculo da medição. No entanto, nos casos em que as cotas em planta não vêm referenciadas aoseixos, ou quando as medidas são obtidas directamente da obra, é evidente que, em geral, as dimensõesserão determinadas de acordo com os critérios seguintes:

- Comprimentos e larguras: serão as que resultam do parcelamento mais adequado dassecções como, por exemplo, das que tiverem a mesma largura.

- Alturas de sapatas: distância entre a face inferior das fundações e o plano superior dassapatas de fundação.

- Altura das paredes de fundação: distância entre o plano superior das sapatas e a camadade impermeabilização ou o nível superior do tosco do primeiro pavimento.A camada de impermeabilização refere-se á camada horizontal impermeabilizante colocadaentre o ensoleiramento e as paredes em elevação, e que se destina a proteger estas paredesdas infiltrações de humidades provenientes do terreno (ver figuras no subcapitulo seguinte).

2 Esta regra tem por objectivo simplificar o cálculo das medições desde que a sua aplicação não dêorigem a erros relevantes.

Nos casos em que a regra não for aplicável, as medições devem ser calculadas a partir das formasgeométricas indicadas no projecto.

110 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 129: Regras de Medição - Lnec

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9.3 Muros de suporte, de vedação e cortinas.

Paredes exteriores e interiores

a) A medição será realizada em:

- mz para espessuras inferiores ou iguais a 0,35 m ;

- mz para espessuras superiores a 0,35 m 1.

b) As medições das paredes constituídas por dois ou mais panos de alvenaria

serão realizadas em mz e agrupadas' em rubricas próprias, englobando, cada uma, o

conjunto dos panosz.

c) Em cada rubrica, serão indicadas as características dos panos que constituem aparede.

d) A medição de muros e paredes que apresentem dificuldades especiais de

execução será separada em rubricas própriasa.

e) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá, em geral,É regras seguintes:

1-Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas

simples 4.

2- As alturas das paredes de fundação serão a distância entre o plano

superior das sapatas e a camada de impermeabilização ou o nível superiordo tosco do primeiro pavimentos.

3- As alturas, imediatamente acima das paredes de fundação, serãodefinidas a partir da camada de impermeabilização ou do nível superior dotosco do primeiro pavimento.

4- Em construções com estrutura resistente de outro material, as medidasserão determinadas entre as faces dos elementos resistentes.

f) A medição de molduras e outros elementos (cornijas, pilastras, etc.) de

alvenarias, salientes das paredes, será realizada em m. No entanto, na medição dos

muros ou paredes não deve ser deduzido qualquer volume resultante da medição, emseparado, das saliências relativas àqueles guarnecimentos.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 111

Page 130: Regras de Medição - Lnec

.

1 Esta espessura refere-se a cada pano constituinte da alvenaria, cujas dimensões são referidas,geralmente, à sua espessura. Em regra, os projectos dimensionaram esta espessura nas medidas "delimpo", isto é, consideram a alvenaria como elemento de construção concluído com os respectivosrevestimentos. A fim de se evitarem interpretações dúbias, ê vantajosa a discriminação das dimensões dosmateriais que constituem as aivenarias e, imediatamente a seguir, especificar, para cada caso, as medidas"de limpo" das aivenarias.

Outra forma poderá consistir na indicação da espessura "de tosco", descriminando a seguir a medida"de limpo" indicada no projecto.

As espessuras nominais dos revestimentos poderão ser avaliadas a partir do projecto. No entanto, ascondições de execução (como, por exemplo, o grau de uniformidade da dimensão dos tijolos ou blocos e aprecisão do nivelamento ou do alinhamento vertical no seu assentamento) e os processos de construçãoadoptados na obra (nomeadamente a utilização de máquinas de projectar para a execução de rebocos eoutros revestimentos e os métodos de assentamento de azulejos, mármores e outros materiais) podemcondicionar a espessura efectiva dos revestimentos. Por esta razão, se o projecto definir para as aivenariasas respectivas tolerãncias de acabamento das superfícies (aspecto com interesse para o dimensionamentode componentes, equipamento ou mobiliário inserido no tosco do edifício, como por exemplo, portas,janelas, banheiras, lavatórios, armários, etc.) estas também devem ser discriminadas nas rubricas demediçao das aivenarias.

z Em cada rubrica devem ser agrupadas as medições de aivenarias com o mesmo número de panose que tenham as mesmas características, de acordo com a regra indicada na alínea a) das Regras geraisdeste capítulo, isto ê, agrupadas nas rubricas aivenarias e painéis de blocos.

3 As condições de execução das aivenarias que possam ter importância especial no custo dostrabalhos podem originar a constituição de rubricas próprias de medição como, por exemplo, as seguintes:

- aivenarias em chaminés de condutas de fumo ou ventilação;- aivenarias com funções especiais de resistência;- aivenarias com funções decorativas;- aivenarias com funções especiais;- aivenarias com paramentos curvos ou com outras superfícies não planas.

Os painéis de blocos de tijolo, gesso e outros materiais, com excepção dos painéis de betão, serãoincluídos na rubrica painéis de blocos.

112 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 131: Regras de Medição - Lnec

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4 Para uma representação em planta, em que as cotaši/em referidas aos eixos tem-se

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Salienta-se que nos cruzamentos das paredes de diferentes espessuras, a medição não écorrectamente exacta, mas os erros cometidos, por excesso, são de desprezar no caso de aivenarias comespessuras correntes.

Quando as cotas do projecto estiverem referidas is dimensões nominais das paredes, as medidas aconsiderar são as seguintes:

- Comprimentos: distâncias indicadas nas plantas entre faces de pilares e paredes de betãoou outros elementos que limitam as alvenarias, ou o comprimento destas quando não limitadas por aqueleselementos.

Quando as paredes não são limitadas por elementos de outro material, é difícil adoptar umcritério único para delimitar as fronteiras de cada troço de parede. Nestes casos, e paraque se torne possivel fazer a revisão das medições, deverão indicar-se sempre se as cotassão exteriores (abreviadamente c. ext.), isto é, têm como limite faces exteriores daalvenaria, por exemplo as paredes 1-A e 2-B da figura, ou se são interiores (abrev. c. int.),como por exemplo as paredes 1-3 e 1-2.

Ex.: Medição de aivenarias dum projecto em que a indicação das cotas não vemreferenciada aos eixos:

Curso sobre Regras de Medição na Construção 113

Page 132: Regras de Medição - Lnec

- P/-\REoEs ExTeRioREs ® 1Parede 1-A = b ,É |

Parede 1-B = c (c. int.)

Parede-1-c = zi C ® :za

- PAREDES INTERIORES fz,

_Íaj e j f h_

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Parede 1-2 = g (c. int.) B U

Parede 1-3 = e (c. int.) 'U P W_,,__ __ë_.--YI al b E1Parede 2-3 = f + h (c. ext.) pj

A medição das paredes deverá ser feita segundo uma determinada ordem que serecomenda seja a de se iniciar a medição pelas paredes exteriores e só depois pelasparedes interiores, seguindo sempre da esquerda para a direita e de baixo para cima.

- Alturas: distâncias indicadas nos cortes, alçados e pormenores do projecto entre os toscosdos pavimentos e dos tectos ou outros elementos que limitam as aivenarias (como vigas, porexemplo) ou as alturas das aivenarias quando não limitadas por aqueles elementos. Nestecaso, convém delimitar as partes das paredes entre pisos (geralmente entre faces superioresde pavimentos) e indicar separadamente as quantidades relativas a cada piso, de modo ainformar melhor a organização e planeamento da obra.

NOTAS SUPLEMENTARES

a) Pode admitir-se que a espessura do reboco em revestimento de paredes, quandonão especificada no projecto, é, em geral, de 0,015 m.

b) Na ordenação das medições de aivenarias é com frequência vantajoso agrupar ouindicar, em cada rubrica, aquelas em que os paramentos tenham o mesmorevestimento; deste modo, as áreas medidas podem, em certos casos, ser utilizadascom maior facilidade nas medições de revestimentos (principalmente pararevestimentos exteriores).

c) Sempre que possível, as paredes serão agrupadas, em cada rubrica, por espessurase alturas iguais; assim, uma vez obtidos os comprimentos, as superfícies e osvolumes serão calculados com menos operações.

d) Para se evitarem repetições, é conveniente proceder ãnumeração das paredes sobreos desenhos, ou referenciá-los a partir dos números dos compartimentos que

Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 133: Regras de Medição - Lnec

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limitam. Neste caso, por exemplo, a parede entre o comprimento 1 e 2 seriadesignada por parede 1-2.

e) As aberturas ou cavidades a deduzir serão de preferência agrupadas em conjunto(nas rubricas relativas à paredes correspondentes e por piso), de modo a serefectuado o menor número de operações de diminuição.

f) As medidas para a dedução de aberturas ou cavidades serão obtidas a partir dascotas do projecto, isto é, considerando as medidas de "limpo" dos revestimentos deaivenarias que limitam os vaos.

g) Os Iintéis dos vãos (ver figura) são, em regra, incluidos na medição de aivenarias.No entanto, nos casos em que estes lintéis tornem necessária a construção deelementos especiais (por exemplo nas caixas de estores ou elementos de betão comforma especial) a sua medição pode ser discriminada em rubrica própria.

¬*-r-Neste exemplo ê lógico que sededuza, pela sua complexidade e áreaocupada, o lintel C da medição daparede de alvenaria A e fiqueenglobado no capítulo relativo a“Betão, betão armado e betão pré-esforçado". --

A alvenaria de protecção B, com a

-_-___... = 1'nnnnnzzms §wmcnrsssnaltura h2, deverá ser medida emrubrica diferente da do pano de paredeprincipal A.

A altura da área a deduzir na medição ` ` `da parede A será portanto /11,contando com a altura do lintel e dopeitoril do vao.

h) As aivenarias destinadas a proteger uma superfície ou a aumentar a espessura deelementos já existentes (ver figura anterior) serão também medidas em mz.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 115

Page 134: Regras de Medição - Lnec

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5 Como exemplos esquemáticos, tem-se:

Neste caso, a medição da altura da parede defundação será feita desde o nível superior da sapata atéao nível da camada de impermeabilização.

h1 - altura da sapata de fundação

h2- altura da parede de fundação

.É1,

ÉNeste caso, a medição da parede de

fundação será efectuada até ao nível do tosco doprimeiro pavimento, dado que a este nível, ;iestabelece-se uma fronteira mais relevante entre a Çfundação e a superestrutura.

h1 - altura da sapata de fundação

h2- altura da parede de fundação

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116 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 135: Regras de Medição - Lnec

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~ 9.4 Pilares

a) A medição será realizada em m3.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá $ regrasseguintes:

1- As alturas imediatamente acima das fundações serão as distâncias entre

as faces superiores das sapatas ou vigas de fundação e o nível do toscodo primeiro pavimento.

2- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser

realizada a partir da secção transversal média.

9.5 Abóbadas

a) A medição será realizada em mz.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições será realizada emprojecçao horizontal.

c) A medição indicará a espessura constante da abóbada, ou os valores limite se aespessura não for constante.

d) As medições dos maciços de enchimento serão realizadas em rubricas própriase ao mz ou m3 conforme a espessura é respectivamente igual ou inferior a 0.35 m ou

superior a esta espessura.

9.6 Arcos

a) A medição será realizada em mz.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá a regrasespecíficas1. 1

c) As paredes dos tímpanos apoiados nos arcos serão medidas de acordo com asregras indicadas para as paredesz.

1 Ver também figura da nota seguinte:1- Os comprimentos serão determinados segundo o desenvolvimento da linha média da testa

do arco.2- As larguras serão determinadas pela largura média da aduela.

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Curso sobre Regras de Medição na Construção g 117

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Page 136: Regras de Medição - Lnec

3- A espessura será determinada pela espessura média da testa.

c -linha média da testa

b -largura média da aduelae - espessura média da testa

Arco de alvenaria:

V = c × b × e <m3j

Sendo:

c = ir xr (m)

Parede do tímpano:

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Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 137: Regras de Medição - Lnec

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9.7 Escadas

a) Nesta rubrica, será incluída a medição de todos os elementos que constituem as

escadas nomeadamente: patins, patamares, lanços de degraus e cortinas de guardas1.

b) Sempre que necessário, os elementos da alínea anterior po erao ser p

em rubricas próprias.

d " se arados

c) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das medições

obedecerá $ mesmas regras dos elementos de construção equivalentes aos dasescadasz.

1 Como exemplo tem-se uma escada comparedes de suporte dos lanços em alvenaria detijolo com espessura superior a 0,35 m,enchimento cl enrocamento, moldagem dosdegraus com tijolo, e uma cortina de guarda dealvenaria de tijolo com menos de 0,35 m deespessura, assente a partir da parede desuporte.

2

- Paredes de suporte (m3):

1V=2×íí×c1×h1×e¡+c2 ×h1×e1)

- Cortina de guarda (mz):

r, S=c1×h3+c2><h2

RL:

1 1!.¬.,

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- Moldagem dos degraus (m3)

com N= número de degraus

1V=-×d1×cl×c4

cortina

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enroc amento

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Curso sobre Regras de Medição na Construção 119

Page 138: Regras de Medição - Lnec

9.8 Painéis de blocos

a) Em geral, a medição dos painéis (refere-se a painéis com blocos de gesso, tijolo,etc) será realizada de acordo com as regras relativas a paredes de alvenaria.

b) No entanto, sempre que conveniente, poderão ser adoptadas outras regras demedição, que deverão ser devidamente discriminadas.

c) As medições das ligações entre os painéis, e entre estes e outros elementos deconstrução, poderão ser realizados em separado. Neste caso, a medição poderá serrealizada em m ou àunidade (un).

d) Deverão indicar-se sempre as características dos painéis e dos blocosconstituintes e as respectivas dimensões1

1 Na indicação das características dos painéis, deverá referir-se se estes são montados já comacabamento e, neste caso, qual a sua constituição.

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120 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 139: Regras de Medição - Lnec

10. CANTARIAS

10.1 Regras gerais

a) Em geral as medições de cantarias serão individualizadas nos seguintessubcapitulos:

- cantarias de pedra natural;- cantarias artificiais.

b) As mediçoes serao realizadas de modo que os elementos com as mesmasfunções construtivas sejam individualizados e descritos, em rubricas próprias, de acordocom as suas principais características, nomeadamente:

- natureza e qualidade da pedra ou material artificial;-formas geométricas e dimensões;- acabamento dos paramentos vistos;- modos de assentamento e ligação, composição e dosagem dos ligantes.

c) Em regra, as medições englobarão todas as operações relativas àexecução dostrabalhos, nomeadamente: fabrico, fornecimento, carga, transporte, descarga,assentamento e montagem e desmontagem de andaimes e cimbres.

d) Sempre que conveniente, as operações da alínea anterior poderão serseparadas em rubricas próprias.

e) Regra geral, a medição dos perf¡s1 de cantaria será realizada de acordo com osseguintes critérios:

1- Para espessuras inferiores a 0,15 m e para qualquer largura, a unidade de

mediçao será o m;

2- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e largura inferiores a 0,40

m, a mediçao será em m;

3- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e larguras iguais ou

superiores a 0,40 m, a medição será em m3.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 121

Page 140: Regras de Medição - Lnec

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caso da espessura ser igual ou superior a esta dimensão, a unidade de medição será o ,i ¿

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será realizada em m3, excepto se estes elementos tiverem formas geométricas i

complexas, caso em que a medição será realizada aunidade (un). ,

h) As medições de cantarias especiais, nomeadamente as obras de arte (estátuas,

motivos ornamentais, etc) serão realizadas segundo regras próprias que deverão serconvenientemente explicitadas.

i) Os elementos de desenvolvimento curvo ou paramentos curvos serão medidosem rubricas próprias, ou, pelo menos, as suas partes não rectilíneas ou não planas.

j) As medidas para 0 cálculo das medições serão obtidas do menor paralelepípedo

rectangular em que for possível inscrever cada uma das peças. Excluem-se desta regra ,ri

as medições feitas em mz.

No enunciado das medições deverão indicar-se sempre as dimensões obtidas pelal

utilização deste critério.

1 Consideram-se como perfis os elementos prismáticos de secçao constante, em que o comprimentoé a dimensão predominante: molduras, cornijas, corrimãos, rodapés, ombreiras, vergas, etc. '

2 As placas são os elementos em que as dimensões de superfície são predominantes. Utilizam-se,geralmente, como componentes de revestimento.

3 Como exemplo, podem citar-se os cachorros, as misulas, as bases e capitéis de pilares quandonão solidários ao fuste, simples dados, balaústres, etc.

122 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 141: Regras de Medição - Lnec

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10.2 Muros de suporte, de vedação, paredes exteriores e paredes

interiores

a) A medição dos muros e paredes, constituídos por blocos de pedra aparelhada1,será realizada em:

- mz para espessuras inferiores ou iguais a 0,35 m;

- m3 para espessuras superiores a 0,35 m.

b) SÓ serão feitas deduções para vãos ou aberturas com mais de 0,50 mz por

cada vao ou abertura.

c) A medição de muros e paredes que apresentem dificuldades especiais de

execuçao será separada em rubricas próprias.

d) Em cada rubrica, serão considerados apenas os elementos com a mesmaespessura.

e) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá, em geral,

às regras seguintes:

1- Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas

simples 2.

2- As alturas das paredes de fundação serão a distância entre o plano

superior das sapatas e a camada de impermeabilização ou o nível superiordo tosco do primeiro pavimentos.

3- Em construções com estrutura resistente de outro material, as medidas

serão determinadas entre as faces dos elementos resistentes.

1 A medição dos trabalhos de construção de muros ou paredes em pedra só será incluída no capitulode cantarias quando, para a sua execução, for necessário a intervenção de canteiros.

2 Para uma representação em planta, em que as cotas vêm referidas aos eixos tem-se:

Curso sobre Regras de Medição na Construção 123

Page 142: Regras de Medição - Lnec

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Parede 1 - A = a

correctamente exacta, mas os erros cometidos, por excesso, são de desprezar no caso de aivenarias comespessuras correntes.

Quando as cotas do projecto estiverem referidas às dimensões nominais das paredes, as medidas aconsiderar são as seguintes:

- Comprimentos: distâncias indicadas nas plantas entre faces de pilares e paredes de betão ououtros elementos que limitam as alvenarias, ou o comprimento destas quando nãolimitadas por aqueles elementos.Quando as paredes não são limitadas por elementos de outro material, é difíciladoptar um critério único para delimitar as fronteiras de cada troço de parede.Nestes casos, e para que se torne possivel fazer a revisão das medições, deverãoindicar-se sempre se as cotas são exteriores (abreviadamente c. ext.), isto é, têmcomo limite faces exteriores da alvenaria, por exemplo as paredes 1-A e 2-B dafigura, ou se são interiores (abrev. c. int.), como por exemplo as paredes 1-3 e 1-2.Exemplo: Medição de aivenarias de um projecto em que a indicação das cotas nãovem referenciada aos eixos:

124 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 143: Regras de Medição - Lnec

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A medição das paredes deverá ser feita segundo uma determinada ordem que serecomenda seja a de se iniciar a medição pelas paredes exteriores e só depois pelasparedes interiores, seguindo sempre da esquerda para a direita e de baixo paracima.

- Alturas: distâncias indicadas nos cortes, alçados e pormenores do projecto entre os toscosdos pavimentos e dos tectos ou outros elementos que limitam as aivenarias (comovigas, por exemplo) ou as alturas das aivenarias quando não limitadas por aqueleselementos. Neste caso, convém delimitar as partes das paredes entre pisos(geralmente entre faces superiores de pavimentos) e indicar separadamente asquantidades relativas a cada piso, de modo a informar melhor a organização eplaneamento da obra.

NOTAS SUPLEMENTARESa) Pode admitir-se que a espessura do reboco em revestimento de paredes,

quando não especificada no projecto, é, em geral, de 0,015 m.b) Na ordenação das medições de cantarias é com frequência vantajoso agrupar

ou indicar, em cada rubrica, aquelas em que os paramentos tenham o mesmorevestimento; deste modo, as áreas medidas podem, em certos casos, serutilizadas com maior facilidade nas medições de revestimentos (principalmentepara revestimentos exteriores).

c) Sempre que possivel, as paredes serão agrupadas, em cada rubrica, porespessuras e alturas iguais; assim, uma vez obtidos os comprimentos, assuperfícies e os volumes serão calculados com menos operações.

d) Para se evitarem repetições, é conveniente proceder ànumeração das paredessobre os desenhos, ou referenciá-los a partir dos números dos compartimentosque limitam. Neste caso, por exemplo, a parede entre o comprimento 1 e 2 seriadesignada por parede 1-2.

Curso sobre Regras de_Medição na Construçao 125

Page 144: Regras de Medição - Lnec

e) As aberturas ou cavidades a deduzir serão de preferência agrupadas emconjunto (nas rubricas relativas as paredes correspondentes e por piso), de modoa ser efectuado o menor número de operações de diminuição.

f) As medidas para a dedução de aberturas ou cavidades serão obtidas a partirdas cotas do projecto, isto é, considerando as medidas de "limpo" dosrevestimentos de aivenarias que limitam os vãos.

g) Os Iintéis dos vãos (ver figura) são, em regra, incluídos na medição deaivenarias. No entanto, nos casos em que estes Iintéis tornem necessária aconstrução de elementos especiais (por exemplo nas caixas de estores ouelementos de betão com forma especial) a sua medição pode ser discriminadaem rubrica própria.

Exemplo:

Neste exemplo é lógico que se deduza,pela sua complexidade e área ocupada, o lintelC da medição da parede de alvenaria A e fiqueenglobado no capitulo relativo a “Betão, betãoarmado e betao pré-esforçado".

A alvenaria de protecção B, com a altura l._./12, deverá ser medida em rubrica diferente dado pano de parede principal A.

A altura da área a deduzir na mediçãoda parede A será portanto hi, contando com a 'I'altura do lintel e do peitoril do vão.

h) As aivenarias destinadas a proteger uma superficie ou a aumentar a espessurade elementos já existentes (ver figura anterior) serão também medidas em m2.

Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 145: Regras de Medição - Lnec

3 Como exemplos esquemáticos tem-se:

Neste caso, a medição da altura da parede defundaçao foi feita desde o nivel superior da sapata atéao nível da camada de impermeabilização.

h1 - altura da sapata de fundação

h2- altura da parede de fundação

Neste caso, a medição da parede defundação foi efectuada até ao nível do tosco doprimeiro pavimento, dado que a este nivel,estabelece-se uma fronteira mais relevante entre afundação e a superestrutura.

h1 - altura da sapata de fundação

h2- altura da parede de fundação

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Curso sobre Regras de Medição na Construção 127

Page 146: Regras de Medição - Lnec

10.3 Pilares

a) A medição dos pilares e colunas será realizada em m3 ou em un.

b) Em qualquer dos casos, deverão indicar-se as suas caracteristicas geométricas.

c) Os capitéis, bases de pilares e outras obras similares, sempre que nãoconstituam um conjunto monolítico com o fuste, serão medidos em separado, segundoas regras indicadas na alínea h)' das Regras Gerais deste capítulo.

1 As medições de cantarias especiais, nomeadamente as obras de arte (estátuas, motivosornamentais, etc) serão realizadas segundo regras próprias que deverão ser convenientemente explicitadas.

128 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 147: Regras de Medição - Lnec

10.4 Arcos

a) A mediçao será realizada em m3 ou em m.

b) As medidas serão determinadas de acordo com a maior dimensão das

superfícies que ficam aparentes na construção.

10.5 Abóbadas

a) A medição será realizada em mz.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições será realizada em

projecçao horizontal.

c) A medição indicará a espessura da abóbada.

d) As medições dos maciços de enchimento serão realizadas em rubricas próprias.

10.6 Escadas

a) Nesta rubrica, será incluida a medição dos elementos que constituem asescadas, nomeadamente: degraus, patins, patamares e estruturas de suporte1.

b) Sempre que necessário, os elementos da alinea anterior poderão ser separadosem rubricas próprias.

c) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das medições

obedecerá às mesmas regras dos elementos de construção equivalentes aos dasescadas de alvenaria2.

d) A mediçao de degraus isolados será realizada de acordo com as Regras Geraisdeste capítulo.

e) Os revestimentos de escadas, tais como cobertores, espelhos, guarda-chapins,rodapés e lambris serão medidos em rubricas próprias, pelas regras indicadas no

subcapitulo Revestimentos do presente capítulo.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 2 129

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Page 148: Regras de Medição - Lnec

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Page 149: Regras de Medição - Lnec

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1 Elementos que constituem as guardaescadas, nomeadamente: degraus, patins,patamares e estruturas de suporte

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2 Paredes de suporte (ma):

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Cortina de guarda (mz):

S = cl × 113 + c

Moldagem dos degraus (mg)

com N= número de degraus

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130 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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10.7 Guarnecimento de vãos

a) As medições serão, em regra, ordenadas em rubricas relativas a:

guarnecimentos de vaos exteriores;

- guarnecimentos de vãos interiores.

b) Cada rubrica será decomposta, de preferência, de acordo com o tipo de vão,

nomeadamente portões, portas,janeIas, etc.

c) As medições dos guarnecimentos de vãos, nomeadamente ombreiras, vergas,

peitoris e soleiras, serão realizadas segundo as Regras Gerais, deste capítulo,

especialmente as indicadas nas alíneas e), f) e g)1.

d) As medidas para a determinação das medições são as maiores das superfícies

vistas.

1 e) Regra geral, a medição dos perfis (ver nota das Regras Gerais deste capítulo) de cantaria serárealizada de acordo com os seguintes critérios:

1- Para espessuras inferiores a 0,15 m e para qualquer largura, a unidade de medição será o m;

2- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e largura inferiores a 0,40 m, a medição será em

mz'

3- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e larguras iguais ou superiores a 0,40 m, amedição será em m3.

f) A medição de placas (ver nota das Regras Gerais deste capitulo) de espessura inferior a 0.15 m

será realizada mz. No caso da espessura ser igual ou superior a esta dimensão, a unidade de medição seráo m3.

g) Regra geral, a medição dos elementos não considerados nas alíneas anteriores será realizada

em m3, excepto se estes elementos tiverem formas geométricas complexas, caso em que a medição serárealizada àunidade (un).

Curso sobre Regras de Medição na Construção 131

Page 151: Regras de Medição - Lnec

10.8 Guardas, balaustradas e corrimaos

a) As medições serão feitas separadamente, conforme as guardas ou balaustradasse situem em:

- escadas;

- varandas;

- coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada em m para o conjunto dos elementos,sendo as medidas determinadas pelo desenvolvimento do corrimão.

c) Sempre que necessário, a medição dos vários elementos componentes

(corrimãos, balaústres, etc.) pode ser feita separadamente pelas regras indicadas nas

Regras Gerais deste capitulo.

d) Os troços curvos dos corrimãos poderão ser medidos àunidade (un).

10.9 Revestimentos

a) Sempre que a estereotomia das peças que constituem os revestimentos estiverperfeitamente definida, a respectiva medição será realizada de acordo com as RegrasGerais deste capitulo.

b) No caso de revestimentos com placas de menos de 0,15 m de espessura, a

medição deverá ser realizada em mz para o conjunto das peças de idêntica espessura,devendo indicar-se sempre as dimensões das placas.

c) Quando a estereotomia das peças não estiver definida, a medição deverá ser

indicada com a designação de "quantidades aproximadas".

132 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 152: Regras de Medição - Lnec

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11.1 Regras gerais

a) As medições serão realizadas de modo a que os elementos com as mesmasfunções construtivas sejam individualizados e descritos, em rubricas próprias, de acordocom as suas principais características, nomeadamente:

1.- características principais e secundárias, e classes de escolha- secções nominais e forma dos elementos constituintes;- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementosg;- teor de humidade;-tipo de presen/ação das madeiras;-tipo e qualidade do acabamentos;- condições de execução.

b) Regra geral, a medição englobará as operações de fabrico, fornecimento eassentamento, incluindo os elementos principais e acessórios, nomeadamente:ferragens, vedantes, bites, etc.

c) Sempre que for conveniente, as operações da alínea anterior poderão serconsideradas em rubricas separadas4.

d) Os elementos cun/os ou com superfícies curvas deverão ser sempre medidosem rubricas separadas.

e) Quanto És ferragens, deverão enunciar-se as suas características principais,nomeadamente:

-tipo de ferragem;- natureza dos metais ou das ligas, ou dos seus elementos principais;- dimensões;- meios de fixação;- tipo de protecção e acabamento.

f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes (envernizamento,enceramento, etc.) serão considerados no capitulo relativo a Pinturas, principalmentequando estes trabalhos forem executados no estaleiro da obras.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 133

Page 153: Regras de Medição - Lnec

1 Como facilmente se compreende, é indispensável indicar, pormenorizadamente não só o tipo damadeira, ou madeiras, que constituem o elemento, bem como as exigências estabelecidas na NP 4305 paraas diferentes classes de qualidade (E e EE), nomeadamente, as de resistência mecânica, nós, inclinação dofio, taxa de crescimento, , fendas, descaio, bolsas de resina e empenos. Para madeiras importadas deve ter-se ainda em atenção a classe de resistência (C14 a C40 para madeiras resinosas) definidas na EN 338.

2 De um modo geral, estas indicações deverão constar dos desenhos de pormenor, sobretudo no quediz respeito aos meios de fixação e ligação entre peças. No que respeita a assentamento deverá ser descrito,não só o modo como o mesmo se efectuará, mas ainda o local e o tipo de fixação pretendido.

Exemplos: guarnecimento de alizar fixado por tacos e pregos ou por grampos metálicos a paredes dealvenaria, guarnecimentos de aro fixado por parafusos a elementos de cantaria de enquadramento do vão,etc.

3 Deverá ser sempre referido o tipo de acabamento, pintura, envernizamento ou enceramento, pois omesmo determina a menor ou maior perfeição de execução e acabamento da superfície virgem das peças.

4 Sempre que se trate de conjuntos que não venham prontos da fábrica, e obriguem no estaleiro àexecução de trabalhos de acabamento, colocação de ferragens, etc., é de toda a vantagem considerarrubricas separadas, de acordo com a origem das diferentes peças, pois ficará assim grandemente facilitadanão só a orçamentaçao, como ainda a própria aquisição na altura da execução da obra.

5 Tratando-se de elementos que venham prontos de fábrica, não haverá qualquer interesse naseparação das rubricas, caso dos estores, mas já o mesmo se não verifica quando o fornecimento, oassentamento e o acabamento são feitos por sub-empreiteiros diferentes, situação em que é de todoimprescindível a referida separação.

134 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 154: Regras de Medição - Lnec

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11.2 Estruturas de madeira

a) As medições de estruturas de madeira serão, em regra, agrupadas nasseguintes rubricas principais:

- estruturas de paredes ou divisórias;- estruturas de pavimentos;- estruturas de coberturas;- estruturas diversas.

b) As escadas serão medidas pelas regras enunciadas no subcapitulo relativo a

Escadas, e as estruturas de apoio ou fixação de revestimento serão consideradas nosubcapitulo Revestimentos e guarnecimentos de madeira.

c) Regra geral, a medição das diversas peças constituintes dos elementos da

estrutura deverá ser realizada em rubricas próprias, obedecendo às regras seguintes:1- Os perfis serão medidos em m, com indicação da dimensão das

respectivas secções.

2- Os perfis com diferentes secções serão medidos em rubricas separadas.

3- Sempre que necessário, os perfis com comprimentos diferentes poderãoser medidos em rubricas separadas1.

4- As peças com outro formato poderão ser medidas àunidade (un) ou em

m3.

d) As estruturas complexas, nomeadamente as asnas, as estruturas formadas por

elementos cun/os ou de momento de inércia variável e as estruturas laminadas poderãoser medidas àunidade (un) ou em m3, consoante o critério do medidor, que deverá ficar

sempre e×presso2.

e) As estruturas de pavimentos poderão ser medidas em mz, com medidas iguais à

do respectivo revestimento3.

f) Nas estruturas de coberturas, as fileiras, rincões, madres e varas serão medidas

em m. As ripas deverão medir-se em mz de vertente.

g) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá à regras

seguintes4:1- As medidas a considerar, qualquer que seja a unidade de medição, serão

as do limpo das peças, adoptando sempre as suas maiores dimensões.

2- Não serão feitas deduções para entalhes e furos.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 135

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Page 155: Regras de Medição - Lnec

1 Para atender ávariação do custo do m3 de madeira com o comprimento dos perfis (vigas, barrotese pranchas).

2 É absolutamente indispensável definir o critério seguido na medição, o qual deverá esclarecer aindaas secções dos diferentes elementos constituintes da estrutura, até para atender àvariação do custo por mapara as diferentes secções correntes.

3 No caso dos pavimentos tradicionais de madeira, a medição da estrutura seria quantitativamenteigual àdo solho.

4 Tanto quanto possivel deverá procurar-se que as secções a utilizar sejam as correntes do mercado,com vista a evitar os desperdícios que, a existirem, deverão ser considerados na composição do preço. Poroutro lado, não poderá deixar de se considerar, na medição, os comprimentos de encastramento e oscorrespondentes a sobreposições ou ligações.

136 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 156: Regras de Medição - Lnec

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11.3 Escadasl. l

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a) As escadas de madeira, regra geral, serão medidas àunidade (un), incluindo

todos os seus elementos principais e acessórios1, com indicação do número de degraus 1

e das suas dimensões principais. Éi

b) Sempre que for conveniente, os diversos elementos das escadas podem ser .ç

medidos separadamente em rubricas próprias. As unidades e critérios de medição aaplicar neste caso serão os indicados noutros subcapitulos relativos a elementos ,,semelhantesz. Assim, as uardas seriam consideradas no subca itulo Guardas, 1ii1

iii

balaustradas e corrimãos, e os cobertores, espelhos e rodapés, no subcapitulo ,Revestimentos e guarnecimentos de madeira.

c) Os patamares, para efeito de medição, serão sempre considerados como Lg. ii

fazendo parte dos pavimentos. igfziiiilliiii;il “lj l

1 Pernas, guarda-chapins, guardas, rodapé, cobertores, espelhos, patins, etc.

2 Neste caso, as pernas, guarda-chapins, rodapés, cobertores e espelhos seriam medidos em m. irtir

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Curso sobre Regras de Medição na Construção 137

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Page 157: Regras de Medição - Lnec

11.4 Portas, janelas e outros elementos em vaos1

a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os elementos se

situem em: 1- paredes exteriores;- paredes interiores;- pavimentos;- coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada á unidade (un), para o conjunto dos

elementos principais e acessórios, com indicação das seguintes caracteristicas, além dasindicadas nas Regras Gerais deste capítulo:

- constituiçãoz;-tipo de movimento ou modo de abrir;- número de folhas móveis e fixasa;- dimensões;-tipo de ferragens.

c) Os guarnecimentos de vãos de portas serão medidos separadamente em rubrica

prÓpria'1. A medição dos guarnecimentos será feita em m, com indicação das respectivassecçoes.

d) A medição de grades e caixilhos fixos, ainda que de dimensões diferentes.

compostos por elementos semelhantes, poderá ser realizada conjuntamente em mz.

e) No enunciado da medição, deverá indicar-se sempre as medidas dos elementos

e as dimensões totais entre faces do enquadramento do vãos, ou entre faces doguarnecimento do vãos, no caso deste não ser de madeira.

f) Os estores serão considerados no capítulo Elementos de Equipamento Fixo e

Móvel de Mercado. As caixas de estore serão medidas àunidade (un).

g) A medição dos vidros será incluida no capítulo relativo a Vidros.

h) Sempre que for conveniente, as ferragens e outros elementos secundários

poderão ser medidos separadamente em rubricas próprias7 sendo, neste caso, amedição de cada peça realizada àunidade (un), excepto os elementos com forma de

perfil ou de fitag, que serão medidos em m.

138 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 158: Regras de Medição - Lnec

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Consideram-se vaos todas as aberturas praticadas nas paredes, que se destinem quer àcirculação depessoas ou equipamentos, quer ao arejamento ou simples iluminação dos compartimentos ou até a permitira visibilidade de compartimento para compartimento ou destes para o exterior

2 . . _ _ _ _ _ v _DeVefe Ser perfeitamente definida a constituição do elemento que preencherá 0 vão, indicando-se a

C . _ _ . _ _onstituiçao da respectiva GSÍFUÍUFH. Se UWHCIÇH. alveolar ou engradada com almofadas ou aberturas paravidros, etc..

3 - .0 “P0 de m0VlmeflÍ0 OU m0d0 de âbrlr deve ser especificado de acordo com a terminologia

constante do relatório respeitante aos Ensaios de Qualificação de Componentes de Edifícios, elaborado peloLNEC

4 . . , . _ . _ _JUSÍ|fiCa'$e O Cflter|O |nd|CadO naQ SU pO|'qL|e para uma mesma porta O guarnecimento pode ter

desen ' ' . .volvimento diferente, de acordo com a espessura da parede em que a mesma se srtue, como ainda

pmque ° seu pdfmendf de e×e°UÇã0 P0de também variar, além de que o próprio tipo de madeira pode nãoser ° mesmo da Pdde- Pdf °UÍl'0 |8d0 flã0 é de modo nenhum prático, na orçamentaçao, integrar o valor doguarnecimento no da porta, pelas razões atrás apresentadas

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Por guamemmento do Vac' e"1e"de`se ° ddfliunto de peças fixas que se interpõem entre a parede eo aro ` ' . .z ee”/'fld0 Pete fi×eÇe° deste. OU meeme de f0|h6. no caso de não existir aquele. No ultimo caso, podeser ' ' _ - . .de am °"' de 31'53"- Dlz Se de em quando e constituido por uma estrutura que, fixada ao contorno doVad» Sei)/e de SUP0|'Íe ef0|hã. CãÍס|h0 OU POFÍG. não constituindo contudo revestimento deste. Diz-se de alisarquando reveste lateral e interiormente o contorno do vão, servindo Simujtaneamente de suporte àfolha.

s _Pdf efif-lUedfemefiÍ0 dO VHO OU C0fl'f0ffl0 do mesmo compreende-se o limite definido pelos elementosdo guarnecimento, entre os quais se situam a folha ou folhas mÓve¡S Qu fixas

7 .Especialmente quando a elementos semelhantes corresponderem ferragens diferentes. Contudo, arespectiva medição ficará sempre incluida neste capitulo

8 Como por exemplo, os vedantes.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 139

Page 159: Regras de Medição - Lnec

11.5 Guardas, balaustradas e corrimaos

a) As medições serão feitas separadamente, conforme as guardas ou balaustradas

se situem em:- escadas;- varandas;- coberturas.

b) Para o caso das guardas de escada ver o subcapitulo Escadas.

c) Regra geral, a medição do conjunto dos elementos da guarda será realizada em

m, sendo as medidas determinadas pelo desenvolvimento do corrimão.

d) Sempre que necessário, a medição de cada um dos elementos das guardas e

balaustradas pode ser feita separadamente, sendo, neste caso, os balaústres medidos à

unidade (un) e os outros componentes1 em m.

e) Os troços curvos das guardas, balaustradas e corrimãos serão medidos

separadamente àunidade (un).

1 Deduz-se desta regra que os corrimãos isolados serão medidos em m, sendo a medida a do seumaior comprimento.

140 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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11.6 Revestimentos e guarnecimentos de madeira

a) Regra geral, as medições serão realizadas de acordo com as regras indicadas

no capitulo Revestimentos, sendo no entanto incluídas neste capítulo quando estestrabalhos forem realizadas pelo empreiteiro de carpintarias.

b) Os rodapés e as sancas serão discriminados em rubricas próprias, com a

indicação da sua secção. A medição será realizada em m. O comprimento será medido

sobre o paramento em que estiverem colocados.

c) As estruturas leves ou ripado para suporte ou fixação de revestimentos serão

medidos em mz. As medidas para a determinação da medição serão as dos respectivos

revestimentos.

11.7 Divisórias leves

a) As divisórias leves e os gradeamentos de vedaçao serao medidos em mz,incluindo as respectivas estruturas.

1 1.8 Equipamentos

a) As medições dos elementos de equipamento serão agrupadas nas seguintes

rubricas:- Equipamento fixo1;- Equipamento móvelz.

b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), incluindo todos os

elementos principais e acessórios;

c) Os armários fixos integrados em paredes poderão ser medidos em mz, desde

que as gavetas e prateleiras sejam medidas separadamente àunidade (un), ou constem

apenas de aros e portas. Neste caso, as medidas para a determinação das mediçõesserão as da superfície vista do exterior.

1 Como por exemplo: roupeiros e armários fixos, caixas de correio e de contadores, etc.

z Refere-se em geral a todo o mobiliário.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 141

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Page 161: Regras de Medição - Lnec

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12. SERRALHARIAS

12.1 Regras gerais

a) As medições de serraIharias1 serão individualizadas nos subcapitulos seguintes:- serralharias de alumínioz- serralharias de aço e outro metais.

b) As medições serão individualizadas em rubricas próprias de acordo com as suas

principais características, nomeadamente as seguintes:- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;- secções nominais e forma dos elementos constituintes;- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos;-tipo de protecção e acabamentoz;- condições de execuçao.

c) Regra geral, a medição englobará as operações de fabrico, fornecimento e

assentamento, incluindo os elementos principais e acessórios, nomeadamente:

ferragens, vedantes, bites, etc.;

d) Sempre que for conveniente, as operaçoes da alínea anterior poderao serseparadas em rubricas próprias;

e) Deverá indicar-se, no enunciado das medições, os meios de fixação e ligação

das peças. Quanto às ferragens, as características principais a indicar serão:-tipo de ferragem;- natureza do metal constituinte;-tipo de protecção e acabamento;

dimensoes;- meios de fixação.

f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes serão considerados narubrica Pinturas, principalmente quando estes trabalhos forem executados no estaleiro.No entanto, a medição compreenderá a decapagem4 e a aplicação sobre os elementos

Curso sobre Regras de Medição na Construção 143

Page 163: Regras de Medição - Lnec

duma protecção, sempre que as especificações do projecto exigirem a execução destestrabalhos antes do fornecimento daqueles elementos.

1 As medições de estruturas metálicas serão integradas na rubrica relativa a Estruturas metálicas.

z Das serralharias de aluminio salienta-se a caixilharia constituída por perfis de alumínio, cujautilização tem vindo a ser muito considerada em componentes de edifícios, nomeadamente em janelas,portas, divisórias e em fachadas-cortina. Independentemente dos preços do minério, a tecnologia deextrusão dos perfis deve ser acompanhada por rigoroso controle de qualidade, nomeadamente quanto àexecução e manutenção das matrizes de extrusão e no controle dimensional e de linearidade dos perfisextrudidos, com relevância acentuada nos casos de perfis de secções transversais complexas.

Por outro lado, os perfis de alumínio necessitam de uma protecção (anodização ou termolacagem)que, devido aos grandes consumos energéticos envolvidos, têm incidência muito significativa no custo final.Deste modo, deverá ser especificada na descrição todas as características necessárias para consideraçãono preço a estabelecer pelo orçamentista, como se refere na alínea seguinte das presentes regras gerais.

3 Devido ao ataque dos agentes atmosféricos, torna-se necessária nos perfis de aluminio umaprotecção anti-corrosiva, bem como a necessidade de fazer referência distinta ao tipo de protecção, isto é,aluminios anodizados e termolacados, pois a cada um deles são associados diferentes custos e técnicaspara a sua obtenção

A anodização de perfis de aluminio é efectuada por processo eletrolitico de oxidação superficial domaterial e nem sempre é verificada a satisfação de especificações relativas àcamada de anodização exigida(conforme a agressividade do ambiente onde vão ser aplicados), nem as relativas à exigência dacolmatagem posterior dos poros da camada de oxidação criada, ([26] a [28]), podendo assim ser verificadasdiferenças acentuadas nos preços de venda devido ao grande consumo energético envolvido em cada caso.Salienta-se que o processo depende do tempo de passagem da corrente eléctrica.

Os perfis anodizados podem ainda apresentar cores que vão desde o cinzento do alumínio produzidonas condições referidas, ao anodizado colorido devido àintrodução nos poros da camada anódica e antes daoperação de colmatagem, de pigmentos inorgânicos ou orgânicos.

A termolacagem, ou mais simplesmente Iacagem de perfis de aluminio é um tratamento desuperfície cuja diferença principal relativamente áanodização consiste na aplicação ao perfil, de uma tinta,pulverizada na superfície do alumínio previamente tratada, e polimerizada em estufas que podem atingirtemperaturas a cerca de 220 °C. Este processo permite a comercialização dos perfis com várias cores e têmvindo a ser utilizados como alternativa significativa aos aluminios anodizados. Refira-se que os consumosenergéticos para a termolacagem é menos de metade dos devidos ã anodização, todavia existem váriostipos de tintas com custos e características diferentes.

4 Em serralharias de aço, haverá que considerar a decapagem e metalização, sempre que asespecificações do projecto o exigirem. Como já foi referido na nota anterior nas serralharias de aluminiohaverá que considerar a anodização ou a termolacagem bem como a respectiva protecção até aoacabamento dos trabalhos de montagem na obra.

144 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 164: Regras de Medição - Lnec

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12.2 Portas,janelas e outros componentes em vaos

a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os componentes se

situem em:- paredes exteriores;- paredes interiores;- pavimentos;- coberturas.

b) Regra geral a medição será realizada àunidade (un) para o conjunto das partesprincipais (guarnecimentos ou aros, caixilhos fixos ou folhas móveis) e acessórios, eindividualizadas em rubricas próprias de acordo com indicação das seguintescaracterísticas:

- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;- secções nominais e forma dos elementos constituintes;- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos;- tipos de revestimento e de acabamento;- classe de permeabilidade ao ar, de estanquidade aágua e resistência 3

acções do vento (AEV)1;-tipo de movimento ou modo de abrir;- número de folhas móveis e fixas;- dimensões;-tipo de ferragens.

c) Nos casos em que o único elemento metálico do vão seja o aro ou 0

guarnecimentoz, a mediçao será em m.

d) A medição de caixilhos fixos e gradesa, ainda que de dimensões diferentes mas

de composição semelhante, poderá ser realizada conjuntamente em mz. A medição dosrespectivos aros considera-se incluída naquela área.

e) No enunciado da medição deverá indicar-se sempre as medidas dos

componentes e as dimensões totais entre faces do enquadramento do vão4. O medidordeverá considerar as dimensões entre faces interiores do guarnecimento do vãos no casodeste nao ser metálicos.

I) Os estores serão considerados no capítulo relativo a Elementos deEquipamento Fixo e Móvel de Mercado. As caixas de estore serão medidas àunidade (un).

Curso sobre Regras de Medição na Construção 145

Page 165: Regras de Medição - Lnec

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g) A medição dos vidros será incluida no capitulo Vidros.

h) Sempre que necessário, as ferragens poderão ser medidas separadamente em

rubricas prÓprias7 sendo, neste caso, a medição realizada àunidade (un).

1 Das exigências funcionais aplicadas a janelas, além das de segurança e de durabilidade, salientam-se as de habitabilidade (conforto térmico de inverno e de Verão), conforto acústico e salubridade, em que osparâmetros de permeabilidade ao ar e de estanquidade ãágua, por serem dependentes da quantificação daacção do vento (factores de velocidade e rugosidade caracteristica do terreno) e da localização do edifício eda janela no edificio (cota acima do terreno e protecção oferecida por outras construções), são consideradosde grande importância.

Com base no RSAEP [13] e em estudos realizados no LNEC [15], que contemplam uma influência

diferente da rugosidade do terreno para permitir a inclusão de edificios isolados em locais planos e emrelação aos quais os valores indicados no RSAEP são insuficientes, foi também considerada a possibilidadede existir protecção contra 0 vento, que reduz o efeito na fachada onde a janela está instalada.

O zonamento considerado é classiflcado de Zona A e de Zona B. Da primeira, fazem parte ageneralidade das regiões (excepto as situadas em locais que conduzem a uma exposição ao ventodesfavorável, como é o caso de alguns vales e estuários) e, da segunda, os arquipélagos dos Açores e daMadeira e as regiões do continente situadas numa faixa costeira com 5 km de largura ou a altitudessuperiores a 600 m.

Para contemplar a rugosidade aerodinâmica do solo foram estabelecidos os três tipos de rugosidade:- tipo I, para locais situados no interior de zonas urbanas em que predominem os edificios de

médio e grande porte;- tipo II, para a generalidade dos restantes locais, nomeadamente os rurais com algum relevo e

os situados na periferia de zonas urbanas;

- tipo Ill, para locais situados em zonas planas ou nas proximidades de extensos planos deágua nas zonas rurais.

Quanto à altura acima do solo as janelas são caracterizadas até alturas que não excedam 100 m(medida desde a cota média do solo no local da construção até ao centro da janela), devendo para locaismais altos a caixilharia ser objecto de estudos especificos. São assim estabelecidos os seguintes valoreslimite para altura de janelas, semelhantes às alturas de referência para edificios definidas no RS/EH [16]:

- altura acima do solo inferior a 10 m (de uma forma geral edificios até 3 pisos);- altura acima do solo compreendida entre 10 m e 18 m (inclui em geral edifícios até 6 pisos;- altura acima do solo compreendida entre 18 m e 28 m (em geral edifícios até 9 pisos);- altura acima do solo compreendida entre 28 m e 60 m (em geral edificios até 20 pisos);- altura acima do solo compreendida entre 60 m e 100 m (em geral edificios até 34 pisos).

O efeito de protecção tem em consideração a protecção contra o vento conferida por outras

construções, distinguindo-se as classificações de fachada abrigada e fachada não abrigada quantificadas deacordo com as distâncias existentes entre fachadas de edificios (até 15m e entre 15 e 30m) [15].

No quadro seguinte apresentam-se as classes de janelas a considerar em função das alturas acimado solo, zonamento do local do edificio e do efeito de protecção, para as rugosidades do tipo l, ll e lllanteriormente referidas.

146 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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W - A utilização de janelas V1 é aceitável nos casos em que o coeficiente de pressão não excede 1,1. Em situações maisgravosas deve optar-se por utilizar janelas V1 que adicionalmente satisfaçam as condições impostas no ensaio dedeformação àpressão de 620 Pa ou utilizarjanelas V2.

IB) - A utilização de janelas V3 é limitada a alturas até 80 m.

1°' - Para estas exposições a resistência mecânica das janelas deve ser superior àexigível a uma janela com a classiflcação V3 edeterminada de acordo com o RSAEP [13].

Salienta-se que a selecção das janelas recomendada no quadro refere-se a exigências mínimas,sendo portanto do ponto de vista técnico aceitável a especificação de uma janela com a classificação A3 E3V3 num local para o qual é satisfatório apenas a classificação A1 E1 V1. Esta situação deverá ser em regraevitada uma vez que tem custos acrescidos.

2 Sucede em determinados tipos de obra, a necessidade de que o guarnecimento do vão sejametálico, por exemplo portas de corredores de hospitais sujeitas àpassagem frequente de macas, embora arespectiva folha seja de madeira. Neste caso, as peças em madeira serão consideradas no capitulo relativoa Carpintarias.

3 Refere-se exclusivamente a caixilhos com todas as folhas fixas.

4 Por guarnecimento do vão entende-se o conjunto de peças fixas que se interpõem entre a parede eo aro, servindo para fixação deste, ou mesmo da folha, no caso de não existir aquele. No último caso, podeser de aro ou de alisar. Diz-se de aro quando é constituido por uma estrutura que, fixada ao contorno dovão, serve de suporte àfolha, caixilho ou porta, não constituindo contudo revestimento deste. Diz-se de alisarquando reveste lateral e interiormente o contorno do vão, sen/indo simultaneamente de suporte àfolha.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 147

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5 Por enquadramento do vão ou contorno do mesmo compreende-se o limite definido peloselementos do guarnecimento, entre os quais se situam a folha ou folhas, moveis ou fixas.

S Para portas, a altura será limitada interiormente, em qualquer dos casos, pelo nivel superior dorevestimento dos pavimentos ou das soleiras.

7 Especialmente quando a elementos semelhantes corresponderem ferragens diferentes. Contudo, arespectiva medição ficará incluida neste capitulo.

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148 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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12.3 Fachadas-Cortina1

a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os elementos

constituam:- Fachada-Cortina Continuaz;

- Fachada-Cortina Verticalmente lnserida3;

b) Regra geral, a medição será realizada ao mz, para o conjunto dos elementos

que constituem a fachada-cortina (montantes e travessas4, bites, vedantes e

elementos de fixaçãos).

c) No enunciado da medição deverá indicar-se sempre a designação da fachada-

cortinas, bem como da indicação das características seguintes:- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos;-tipos de revestimento e de acabamento7;- classe de permeabilidade ao ar, de estanquidade àágua e resistência às

acções do vento (AEV)8;-tipo de movimento ou modo de abrir das partes móveis;- dimensões;-tipo de ferragens. _

d) A medição dos vidros será incluída no capítulo Vidros.

e) Sempre que necessário, as ferragens poderão ser medidas separadamente em

rubricas própriasg sendo, neste caso, a medição realizada àunidade (un).

1 Segundo OLIVEIRA BRAZ [29], como consequência do desenvolvimento tecnológico e dastendências arquitectónicas nos edificios, as áreas envidraçadas têm vindo a ser progressivamenteaumentadas, sendo actualmente muito consideradas como soluções de revestimento total da envolventevertical do edificio através das designadas fachadas-cortina.

As primeiras fachadas-cortina aplicadas e ainda actualmente consideradas são constituídas por umaestrutura reticulada de perfis de aluminio visíveis do exterior e cujos vãos são preenchidos por vidros fixadospor aparafusamento pelo exterior de um perfil denominado Bite e sendo assim designadas normalmente porFachadas VEB (Vidros Exteriores com Bites).

Tendo em vista a redução máxima dos perfis metálicos nas fachadas, previlegiando a maior área devidro possivel, têm sido consideradas fachadas-cortina em que a estrutura de aluminio fica oculta doexterior, sendo os vidros directamente colados ao metal de suporte através de colas especiais de silicone,

Curso sobre Regras de Medição na Construção 149

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Page 169: Regras de Medição - Lnec

eliminando-se assim os bites de fixação. Estas fachadas-cortina designam-se vulgarmente por Fachadas

VEC (Vidros Exteriores Colados).Salienta-se ainda que desde o inicio da década de 90, a aplicação destes componentes nos edificios

tem crescido fortemente em Portugal, sendo actualmente vulgar a utilização de fachadas-cortina VEB emedificios de habitação e administrativos e as fachadas-cortina VEC com aplicação já significativa nosedificios administrativos.

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150 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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- esforços devidos a acção do vento e aopeso próprio da fachada;

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origem termica;›- =l'.f.=.:< . .fig;-..,§ - choques provenientes do exterior e do_ .interior;

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- permitir as variações dimensionais de origem térmica das estruturas de suporte da fachada-

- possibilitar a eventual desmontagem da fachada

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Curso sobre Regras de Medição na Construçao” 151

Page 171: Regras de Medição - Lnec

MontanteTravessa

6 Fachadas VEB (Vidros Exteriores , .com Bites) - constituídas por estrutura M ,reticulada de perfis de aluminio e cujos vãos sao .wi mi,fzfz§;z1:‹z¿.;z-.›'<*ç^<:= "›:~';~f*› * z< 1-1'

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Colagem estrutural

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Fachadas VEC (Vidros Exteriores ,t_×.‹ , a _¿¿`.¿¡_V.

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Colados) - constituídas por estrutura dealuminio em que os vidros são directamentecolados ao metal de suporte através de colasespeciais de silicone.

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7 Cor do revestimento anódico e valor nominal da espessura da camada, bem como de colmatagemeficaz. Cor, brilho e espessura do revestimento por Iacagem, bem como exigência de revestimento anti-corrosivo das peças de aço integradas na fachada-cortina (de preferência galvanização a quente pormergulho).

8 Sendo as fachadas-cortina de aluminio e vidro constituídas, além do vidro e dos sistemas defixação à estrutura de suporte de todo conjunto, por perfis de alumínio complementados por perfis devedação e acessórios diversos (conjunto de materiais denominado Série de Alumínio), devem também seraplicadas as exigências estabelecidas na alínea b) do subcapitulo Portas, janelas e outros elementos emvaos.

Salienta-se que no nosso pais as Séries de Alumínio são concebidas, fabricadas e comercializadasna forma de Kit, sendo o gamista (entidade responsável pela série) responsável apenas pela qualidade dasérie que fornece, escapando-lhe totalmente a condução das etapas da sua instalação nos edificios,nomeadamente quanto à

- adaptação às soluções arquitectónicas do edificio;- aos elementos de enchimento em vidro e respectiva produção;- á execução da caixilharia e a sua montagem na obra, tarefa que deve ser atribuida a

instaladores especializados na série;- ainspecção e ensaio da caixilharia, que é uma atribuição do controlo da qualidade da obra.

152 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Salienta-se assim que, tal como foi referido no subcapitulo Principios de base, podendo asmedições ser elaboradas a partir do projecto ou da obra e as regras de medição serem aplicáveis a ambosos casos, na medição sobre projecto, os medidores devem ter conhecimento para poderem equacionar eprocurar esclarecer, juntos dos autores dos projectos, as faltas de informação que são indispensáveis àdeterminação das medições, ao cálculo dos custos dos trabalhos e ao bom desempenho dos trabalhos aespecificar.

9 Especialmente quando a elementos semelhantes corresponderem ferragens diferentes. Contudo, arespectiva medição ficará incluida neste capitulo.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 153

Page 173: Regras de Medição - Lnec

12.4 Guardas, balaustradas e corrimaos

a) As medições serão feitas separadamente conforme as guardas se situem em;- escadas e patamares;- varandas;- coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada em m para o conjunto dos elementos 1

sendo as medidas determinadas pelo desenvolvimento do corrimão.

c) Sempre que necessário, a medição de cada um dos componentes das guardas

pode ser feita separadamente sendo, neste caso, os balaústres medidos àunidade (un)

e os outros componentes em m.

12.5 Revestimentos

a) Regra geral, as medições serão realizadas de acordo com as regras indicadas

no capítulo Revestimentos.

b) As estruturas leves ou grades de suporte, para apoio ou fixação do

revestimentos, serao medidas em mz.

12.6 Divisórias leves e gradeamentos

a) As divisórias leves e os gradeamentos metáIicos1 serão medidos em mz I

incluindo a respectiva estrutura.

12.7 Equipamento

a) As medições de equipamento ou de componentes de equipamento serão

agrupadas nas seguintes rubricas:- Equipamento fixo;- Equipamento móvel.

b) Regra geral, a medição será realizada a unidade (un), incluindo todos Os

elementos principais e acessórios. No entanto, sempre que necessário, a med¡Çäo decada componente do elemento a medir pode ser feita separadamente utilizandQ_Se amesma unidade de medição.

154 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 174: Regras de Medição - Lnec

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E c) As portas de elementos de equipamento cujas outras partes são executadas:Í . _ ,. - . . . _com material nao metalico, serao medidas segundo as regras indicadas na rubrica

Portas,janelas e outros elementos em vãos, nomeadamente na alínea c)2'

1 Nomeadamente grades divisórias no interior do edificio e grades de vedação

2 c) Nos casos em que o único elemento metálico do vão seja o aro ou o guarnecimento, a mediçãoserá em m, caso por exemplo de portas de corredores de hospitais sujeitas àpassagem frequente de macas,embora a respectiva folha seja de madeira. Neste caso, as peças em madeira serão consideradas nocapitulo relativo a Carpintarias.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 155

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Page 176: Regras de Medição - Lnec

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13. PORTAS E JANELAS DE PLÁSTICO

13.1 Regras gerais

a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os elementos se

situem em:- paredes exteriores;- paredes interiores;-coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), para o conjunto de

elementos principais e acessórios comuns, com indicação das suas caracteristicas,nomeadamente:

- caracterização e especificação dos perfis adoptados, do plástico utilizado eda cor escolhida.

- tipo, descrição e localização dos reforços incorporados1.- meios de ligação entre as peças das folhas e da fixação destas aos aros ou

guarniçõesz.- constituição, número de folhas de cada unidade e tipo ou modo de abrirs.- dimensões.- tipo e material de constituição das ferragens de movimento e manobra e

respectivo acabamento.- quando com zonas envidraçadas, caracterizar o modo elou material de

fixação dos vidros.

c) No enunciado da medição, deverá indicar-se sempre a dimensão do

enquadramento de cantaria ou alvenaria, como o vivo de luz do aro ou guarnecimento4.

d) Os aros ou guarnecimentos, quando destacáveis, serão medidos

separadamente em rubrica próprias, devidamente caracterizados e em m.

e) Os estores serão considerados no capitulo relativo a Elementos de

Equipamento Fixo e Móvel de Mercado, no entanto, quando a caixa do enrolador(bobine) constitua prolongamento do aro e do mesmo material, deverá ser medida em

Curso sobre Regras de Medição na Construção 157

Page 177: Regras de Medição - Lnec

conjunto com este. Nestas condições, a medição passará a ser a unidade (un) bem

caracterizada.

l) A medição dos vidros será incluída no capítulo Vidros.

1 De um modo geral, o tipo, descrição e localização dos reforços deverão constar dos pormenores,sobretudo no que diz respeito aos reforços de rigidez e ligações entre peças, como na compensação doscortes e aberturas para ferragens de movimento, manobra e fecho.

2 No que respeita ao assentamento, deverá definir-se bem, não só o modo como o mesmo seefectuará, como a localização e tipo dos acessórios de fixação. Esta recomendação adquire especialrelevância quando se trate de portas ou janelas de batente, porquanto neste tipo de componentes, a cadafixação deverá corresponder um reforço com características apropriadas e que deverão ser incorporadas nofabrico.

3 Por unidade, deverá indicar-se a sua constituição (folhas fixas e móveis) e o tipo de movimentaçãoe fecho adoptadas. Quando para folhas móveis se preveja dois tipos de movimento possíveis (batente-basculante ou guilhotina) deverá indicar-se o tipo de comando previsto.

4 O que caracteriza a dimensão do vão é o limite definido pelos elementos da guarnição ou aro,excluídos os bucéis, e há casos em que as folhas (sobrepostas ou de correr) exigem dimensões superiores àdimensão nominal do vão. Dai a recomendação.

5 Justifica-se 0 critério proposto, quando o fornecimento e assentamento devam ser praticados emfases distintas e quando em vãos interiores, para o mesmo tipo e dimensão de folhas, existam alisares comlarguras diferentes, impostas por diferentes espessuras de paredes.

158 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 178: Regras de Medição - Lnec

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14. ISOLAMENTOS E IMPERMEABILIZAÇOES

14.1 - Regras gerais

a) As medições serão agrupadas em dois subcapitulos correspondentes aosdiferentes trabalhos a realizar1:

- isolamentos;impermeabilizações.

b) No enunciado da medição devem ser explicitadas as características dos

materiais, bem como o seu modo de colocação em obra, nomeadamente:- natureza dos materiais constituintes;- condições de execução.

1 _ _. __. _ . , _A individualização das mediçoes nos dois subcapitulos considerados e, nao só desejável masexigível dada a característica autónoma dos trabalhos a efectuar e que justificaria, por si só, tratamento emcapitulos independentes. Estes trabalhos agruparam-se num único capitulo porque, de certomodo, semanifesta a tendência de serem realizados pelo mesmo empreiteiro.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 159

Page 179: Regras de Medição - Lnec

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14.2 Isolamentos

14_2.1 Regras gerais

a) Consideram-se neste sub-subcapitulo os isolamentos referentes a toda aconstrução, com excepção dos destinados a canalizações;

b) As medições serão agrupadas em rubricas correspondentes a natureza dos

isolamentos a realizar':

- isolamentos térmicosz;

-isolamentos acústicos 3.

c) Em cada um destes parágrafos, as medições devem ainda separar-se emrubricas, consoante as características do tipo de isolamento preconizado4,nomeadamente:

- isolamento com placas ou mantas;-isolamento com material a granel ou moldado "in situ";

- sistemas de isolamento composto. _

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1A separação da medição dos trabalhos de isolamento em dois parágrafos - isolamentos térmicos e \acústicos - é necessária por àqueles corresponderem, de forma geral, execuções distintas e a utilização demateriais diferentes.

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3 - Sistema de isolamento acústico 1 A » A ~“ ````` " ' ' ~

- Telas de la mineral e nódulos ou flocos de lt

Sistema de isolamento acústico

4 O interesse em individualizar em rubricas próprias consoante as características do tipo deisolamento preconizado advém de depender deste, dum modo geral, a forma de medição (ver notasanteriores).

Curso sobre Regras de Medição na Construção 161

Page 181: Regras de Medição - Lnec

14.2.2 Isolamentos com placas ou mantas

a) A medição de isolamentos aplicados com desenvolvimento em superficie e

executados quer por placas ou por mantas, será realizada em mz.

b) A medição de isolamentos com desenvolvimento linear, de largura constante e

limitada, executados com placas ou bandas, será realizada em m (definindo-se a

respectiva largura).

14_2_3 Isolamento com material a granel ou moldado "in situ"

a) A medição de isolamentos com material a granel será realizada em m3.

b) Poderão, todavia, ser realizadas em mz de superfície isolada, desde que a

espessura do material de isolamento seja constante - ou varie linearmente, de forma aser possivel considerar-se o seu valor médio - e se tenha em atenção o referido naalínea b)' das Regras Gerais do capítulo Isolamentos e impermeabilizações.

1 b) No enunciado da medição devem ser explicitadas as características dos materiais, bem como oseu modo de colocaçao em obra, nomeadamente:

- natureza dos materiais constituintes;

- condições de execução.

162 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 182: Regras de Medição - Lnec

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14.2.4 Sistemas de isolamento composto

a) No caso dos sistemas de isolamento térmico ou acústico, os seus elementos

constituintes deverão ser medidos conjuntamente numa única rubrica, considerando queos trabalhos sao executados pelo mesmo empreiteiro.

14.2.5 Trabalhos acessórios

a) A medição de dobras ou sobreposições será realizada em m, tendo-se

particularmente em atenção as prescrições já referidas na alínea b) das Regras Gerais

deste capítulo. Poderá, todavia, ser realizada em mz, no caso de dobras ou

sobreposições executadas por prolongamento dos materiais aplicados em superfíciecorrente.

b) A medição de outros trabalhos de isolamento, necessários para a passagem decanalizações, chaminés, condutas diversas, ou para as ligações na periferia doisolamento, será realizada, quer àunidade (un) quer ao metro (m), precisando-se as

características dimensionais e particulares do trabalho considerado.

14.3 impermeabilizações

14.3. 1 Regras gerais

a) As medições serão efectuadas de modo a serem individualizadas em rubricaslpróprias, correspondentes aos diferentes trabalhos de impermeabilização,nomeadamente:

- impermeabilização de coberturas em terraço ou inclinadas;

- impermeabilização de elementos verticais;

- impermeabilização de elementos enterrados;

impermeabilização dejuntas.

b) As medições englobam o fornecimento e o assentamento de todos os materiaise acessórios necessários àexecução dos trabalhos de impermeabilização.

1 . .. . _. . , . . ._ __A individualizaçao em rubricas proprias dos trabalhos de impermeabilização em coberturas emterraço, paramentos verticais, elementos enterrados e juntas, ê necessária por aqueles trabalhosimplicarem, de forma geral, execuções distintas e aplicarem materiais diferenciados.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 163

Page 183: Regras de Medição - Lnec

I

14_3_2 Impermeabilização de coberturas em terraço ou inclinadas

a) As camadas de forma de espessura variável para a realização de pendentes em

coberturas em terraço serão medidas em mz de superfície coberta, devendo ser indicada

a sua espessura média. No caso de não ser atribuída ao empreiteiro de

impermeabilizações a realização daquela camada de forma, a sua medição deverá serincluída em geral no capitulo Revestimentos, ou particularmente no capítuloIsolamentos, se se tratar de camadas com função simultânea de isolamento térmico1_

b) A medição do sistema de impermeabilização - betume asfáltico vazado a

quente, emulsões betuminosas, feltros ou telas betuminosos, membranas betuminosas

ou sintéticas, etc. - será efectuada em mz de superfície coberta. Esta superfície é

calculada a partir das faces das platibandas ou dos bordos interiores das caleirasperimetrais, quando estas existam.

c) A medição de caleiras, relevos e protecções da impermeabilização, na sua

ligação a platibandas e construções emergentes da cobertura (muretes de juntas de

dilatação* aberturas de iluminação ou ventilação etc.), será realizada em m. No caso de

elementos de pequena dimensãos - com desenvolvimento inferior a 1,00 m a medição

deverá ser realizada por unidade (un). No caso de aberturas de ventilação ou

iluminação de pequena dimensão* justifica-se a sua medição àunidade (un).

d) A medição de camadas de protecção da impermeabilização será efectuada em

mz de superficie coberta, com indicação da sua espessura e constituição.

Consideram-se camadas de protecção, somente as realizadas pelo empreiteiro de

impermeabilização. Assim, revestimentos de ladrilhos ou lajetas de sombreamentos,

devem ser medidos no capitulo Revestimentos.

e) As superfícies das aberturas de esgotos pluviais, de chaminés ou de outros

elementos só serão deduzidas, nas camadas de forma, impermeabilização e camadas

de protecção, quando as suas áreas forem iguais ou superiores a 1,00 mz _

f) Todos os trabalhos complementares de drenagem de águas pluviais - rufos,

funis, grelhas de protecção, tubos de queda - serão medidos pelas regras indicadas nocapítulo relativo a Coberturas.

1 A inclusão no capitulo Revestimentos da camada de forma justifica-se sempre que se considere a

sua execução pelo empreiteiro geral, para assim ser possivel individualizar as medições correspondentes à

2164 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 184: Regras de Medição - Lnec

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_, sub-empreitadas. Poderá, todavia, dar-se o caso de a camada de forma ser simultaneamente isolante.¬ Considerar-se-á, então, a sua medição em Isolamentos, caso não se preveja a sua execução pelol empreiteiro geral.

` Como exemplo apresenta-se a camada de forma nos sistemas de impermeabilização correntesutilizadas para coberturas em terraço, em que só excepcionalmente a camada de forma é executada peloempreiteiro que realiza a impermeabilização salvo, eventualmente, na solução em que aquela camada ésimultaneamente isolante.:

A - Laje de cobertura

I B - impermeabilização _ .B_ _,,,. , › ' ' E

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Nas soluções em que se aplica uma camada de betonilha para aplicação da impermeabilização, asua medição deverá ser efectuada conjuntamente com a camada de forma, devendo existir ainda umacamada de dessolidarização entre a camada de isolamento térmico e da betonilha (ver figura).

i 2 A medição destes pontos singulares da impermeabilização em m justifica-se por ser normalmenteconstante o seu desenvolvimento lateral, como se verifica na figura, em que se apresentam soluções demuretes de juntas de dilatação.

A - Tampa metálica comjuntas transversaisde dilataçao

B - Grampo de fixação E `da tampa

C - Empanque commastíquebetuminoso

D - Feltro derecobrimento

E - Placa de cofragemdeformável

_ Curso sobre Regras de Medição na Construção 165

Page 185: Regras de Medição - Lnec

3

Com feltros betuminosos

Com emulsao betuminosa armadacom flbra de vidro

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Cantor=3 a4› cm

Feltro colado

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Com mastiques betuminosos

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4 Exemplos de ligações da impermeabilização a aberturas de ventilação ou iluminação

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5 Os revestimentos de ladrilhos ou lajetas de sombreamento, como se indicam nas figuras devem sermedidos no capítulo Revestimentos.

166 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Protecção da impermeabilização com ladrilhos

Ladrilhos assentes comsobre leito de areia

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metálicaPlaca de cofragem deformável

Impermeabilizacão em duas camadas

Protecção da impermeabilização com revestimento de lajetas de betão

Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 187: Regras de Medição - Lnec

14.3.3 Impermeabilização de paramentos verticais1

a) A medição de impermeabilizações de paramentos verticais com materiaisidênticos aos utilizados em coberturas em terraço será efectuada pelas regras docapítulo Revestimentos.

1As impermeabilizações de elementos verticais implicam a necessidade duma definição prévia dosrevestimentos de acabamento e do pormenor das suas técnicas de aplicação, tendo em conta a dificuldadede, em geral, assegurar a aderência dos rebocos comuns de acabamento, e portanto a sua estabilização,quando se aplicam sobre bases betuminosas ou de membranas.

168 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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14.3.4 Impermeabilizaçao de elementos enterrados

a) A medição de impermeabilizações de elementos enterrados com materiais

idênticos aos utilizados em coberturas em terraço será efectuada de acordo com asregras anteriores.

b) Todos os trabalhos acessórios relativos a drenagem de águas pluviais e

subterrâneas serão considerados no capítulo Pavimentos e drenagens exteriores ouno capitulo Instalaçoes de canalizaçao.

14.3.5 Impermeabilização dejuntas

a) A medição de impermeabilizações de juntas de coberturas em terraço será

realizada em m tendo particularmente em atenção o estabelecido na alínea b)' das

Regras Gerais relativas a Isolamentos e impermeabilizações, isto é, com referênciaexplícita da sua constituição, em pormenor e materiais aplicados.

b) A medição de impermeabilizações de juntas em elementos verticais será

realizada de forma idêntica àreferida na alínea anterior.

1 b) No enunciado da medição devem ser explicitadas as características dos materiais, bem como oseu modo de colocação em obra, nomeadamente:

- natureza dos materiais constituintes;

- condições de execução.

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Curso sobre Regras de Medição na Construção 169

Page 189: Regras de Medição - Lnec

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15.1 Regras gerais

a) As medições de revestimentos serão discriminadas em:

1 - Revestimentos de paramentos exteriores de paredesz:. i)

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descontínuos4 - de fixação directa ao suporte ou independentes - porligantes hidráulicos armadosã e por ligantes sintéticos armados com rede de

fibra de vidroõ,

Revestimentos de impermeabilização? - são deste tipo os revestimentostradicionais de ligantes hidráulicosa, (constituídos por crespido9,camada debase” e camada de acabamento") e os revestimentos não-tradicionais deligantes hidráulicos”.

Revestimentos de isolante térmico” - são deste tipo os sistemas de

isolamento térmico por revestimento espesso sobre isolante”, os sistemasde isolamento térmico por revestimento delgado sobre isolante", os de

argamassas de ligantes hidráulicos com inertes de materia/ isolante", os

sistemas de isolamento termico por elementos descontínuos

prefabricados" e os sistemas de isolamento termico obtidos por projecção"in situ" de isolante".

iv) Revestimentos de acabamento ou decorativos” - são deste tipo os deligantes hidráulicos (tradicionais ou não-tradicionais)2°, os revestimentos

delgados de massas plasticas”, os delgados de ligantes mistos”, e também

os de elementos descontínuos”.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 171ti

Page 191: Regras de Medição - Lnec

2 - Revestimentos de paramentos interiores de paredes24

i) Revestimentos de regularizaçãozs - são deste tipo os revestimentos deligantes hidráulicos”, os que têm como base o gesso (argamassas de

gesso e areia27; esboços de gesso, cal apagada e areia” pastas de

gessozg; argamassas de gesso e inertes leves”, as misturas pré-

doseadasfi) e os de ligantes sintéticos”.

ii) Revestimentos de acabamento” - são deste tipo os revestimentos deligantes hidrau/icos34; os de cal apagada35; os de ca/ apagada e gessogâ; os

de gesso (estuques)37; os constituídos por produtos de cal apagada e

gesso pre-doseados” e os ligantes sintéticos”

iii) Revestimentos resistentes à água4° - são deste tipo os revestimentos

ceramicos'”; os de pedra”; os epoxídicos” e os de ligantes sintéticosenvernizados ou esmaltados44_

3 - Revestimentos de piso” interiores e exteriores (inclui terraços):

i) Revestimentos executados “in situ"46 - são deste tipo as betonilhas,calçadas, etc.

ii) Revestimentos manufacturados” sao deste tipo os revestimentos de

piso seguintes:- plásticos (vinílicos flexíveis sem suporte”, vinílicos flexíveis sobre

base resilientew e os vinílicos semi-flexíveis sem ou com am¡anto50);

- cerâmicosü;

- ladrilhos hidráulicos52;- ladrilhos ou placas naturaissa;- Tacos e parquetes;- Aglomerados de cortiça;

4 - Revestimentos de tectos interiores

Em geral são aplicáveis as classificações dos revestimentos de paramentos interiores

de paredes das presentes regras gerais e ainda os estafes e os tectos falsos por

componentes”.

5 - Revestimentos de tectos exteriores

6 - Revestimentos de escadas (lanços e patins)

172 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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b) As medições serão efectuadas de modo a serem individualizadas em rubricas,tendo em atenção as características das camadas de revestimento e das superfícies arevestir, nomeadamente:

- natureza dos materiais constituintes;- composição das argamassas;- dimensões das peças de revestimento (dimensões de Iadrilhos, de

componentes de tectos falsos, etc);- acabamentos das superfícies de revestimento;- natureza, forma e posição das superfícies a revestir;- condições de execução e métodos de assentamentoss;

c) Em regra, as diferentes camadas que constituem os revestimentos serão medidas

em rubricas separadas, sobretudo se forem de materiais diferentes.

d) Sempre que conveniente, as camadas referidas na alínea anterior poderão seragrupadas na mesma rubrica”.

e) As medidas dos revestimentos serão obtidas a partir das cotas indicadas noprojecto, ou directamente na obra, de modo a traduzirem, regra geral, a totalidade dasuperfície a revestir, não sendo deduzíveis as juntas de assentamento dessesrevestimentos. _

f) As medições das superfícies a revestir incluem as respectivas arestas”.

) As medições englobam o fornecimento de materiais e todas as operações” (carga,9transporte, descarga, preparação e aplicação dos materiais, montagem e desmontagem deandaimes. limpezas etc.) necessárias àexecução dos revestimentos.

h) Sempre que necessário, as operações referidas na alínea anterior poderão serseparadas em rubricas próprias.

1 Os revestimentos com cantarias, madeira, componentes metálicos, vidros e espelhos, exceptuando ascalçadas, e os tacos e parquetes-mosaico de madeira (que são abrangidos neste capitulo) serão consideradosrespectivamente nos capitulos Cantarias, Carpintarias, Serralharias e Vidros e Espelhos. As aplicações depapel, de alcatifa ou de tecidos, são consideradas como acabamentos e, como tal, incluidas no capítuloAcabamentos. Os revestimentos de coberturas inclinadas são considerados no capitulo Revestimentos decoberturas inclinadas.

2 As regras estabelecidas são baseadas no princípio de dar mais relevância à designação do tipo ecomplexidade dos trabalhos a executar, do que a pormenores relacionados com a medição detalhada dessestrabalhos. Para esse efeito considera-se uma classiflcação dos diferentes trabalhos baseada no levantamentoexaustivo desenvolvido por LUCAS [17] que teve em vista, além de agrupar as diferentes soluções por classes

Curso sobre Regras de Medição na Construção 173

Page 193: Regras de Medição - Lnec

de igual função, fornecer também dados técnicos que facilite ao orçamentista a elaboração do preço para cadaum destes tipos de revestimento.

3 Um revestimento de estanquidade é o que garante praticamente por si só a estanquidade à água doconjunto tosco da parede-revestimento, mesmo se ocorrer fissuração limitada do suporte. São deste tipo, osrevestimentos constituídos por elementos descontínuos - de fixação directa ao suporte ou independentes - osde ligantes hidráulicos armados e os de ligantes sintéticos armados com rede de fibra de vidro.

4 Revestimentos por elementos descontínuos - podem ter a forma de placas, réguas ou ladrilhos bemcomo serem constituídos por elementos prefabricados de fibrocimento, betão, metal, plástico, madeira,materiais cerâmicos e pedra natural. Podem ser fixados directamente ao suporte, ou mais frequentemente, porintermédio de uma estrutura metálica ou de madeira, ou ainda por dispositivos metálicos de pequenasdimensões para fixação pontual. Os primeiros são designados por revestimentos descontínuos de fixaçãodirecta e os segundos, por revestimentos independentes do suporte. Estes revestimentos podem ainda ser de:

- reduzidas dimensões faciais - tradicionalmente executados por fixação dos elementos sobreuma estrutura de madeira (varas e ripas) e esta fixada à parede directamente, ou por ligaçãorealizada por esquadros que formam uma caixa de ar entre a estrutura e o suporte. Saliente-seque actualmente as estruturas de fixação mais correntes são de penis metálicos, sendo oselementos pregados ou agrafados com juntas horizontais de recobrimento e as verticaisdesencontradas. Os materiais constituintes dos elementos do revestimento podem ser de barrovermelho, madeira, fibrocimento e pedra natural ou artificial. Saliente-se que a pedra artificialtem menor e melhor regularidade de dimensões, no entanto podem existir problemas dedurabilidade, devendo por isso serem submetidas a ensaios de envelhecimento.

- em forma de lâminas - Tal como nos nos anteriores, as lâminas são flxadas tradicionalmentenuma estrutura de madeira ou de perfis metálicos, por aparafusamento, pregagem ouagrafagem, formando juntas de recobrimento com a maior dimensão na horizontal ou navertical, salientando-se que a primeira solução resolve mais facilmente a estanquidade dasjuntas entre elementos. Os materiais mais comuns são lâminas de madeira, metálicas (aço oualuminio) e de plástico (termoendurecido ou termoplástico).

- de grandes dimensões faciais - o material mais utilizado para obtenção destes revestimentos,ê o fibrocimento, preferencialmente do tipo sílico-calcário e autoclavado para que não existamvariações dimensionais significativas. Pode ser também utilizado o fibrocimento normal desdeque tenham os furos de fixação ovalizados, bem como placas de material plástico ou de chapazincada_ O sistema de fixação ao suporte é idêntico aos anteriores e as juntas são derecobrimento.

- de pedra natural - neste tipo de revestimentos os elementos mais correntes são de pedranatural, nomeadamente granitos e calcários_ As juntas entre placas são sempre de topo e nãosão tornadas estanques, pelo que só poderão ser revestimentos de estanquidade se forem defixação directa e os dispositivos de fixação lhes conferir uma caixa de ar entre a parede e seesta for ventilada e munida dos dispositivos necessários àevacuação para o exterior da águainfiltrada pelo revestimento. No caso contrário apenas será classificado como revestimentodecorativo.

174 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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As placas de pedra são geralmente de forma rectangular com dimensões variáveis e aespessura é condicionada pela natureza da rocha, dimensões da placa, modo de fixação epelas acções a que são sujeitas. Assim, as placas são consideradas resistentes ou não-resistentes, tendo as resistentes capacidade para se apoiarem umas nas outras pelos toposhorizontais, e os sistemas de fixação a função de evitarem apenas o derrube e, as não-resistentes, são mantidas suspensas ou apoiadas por agrafos ou gatos que devemdesempenhar funções de suportar o peso das placas, resistir a acções horizontais (vento) eabson/er deformações diferenciais de origem termo-higrométrica. Saliente-se que os agrafosdevem ser de cobre, latão ou aço inoxidável e normalmente em número de quatro e comdiâmetros de 4 a 6 mm em função das espessuras das placas e, a sua fixação a parede podeser feita com chumbadouros de argamassa ou mecanicamente. Os gatos devem serconstituídos por placas ou perfis metálicos em latão, bronze, aço inoxidável ou cobre e suasligas, sendo também quatro por placa e com fixação ao suporte por chumbadouros deargamassa ou mecanicamente.A escolha do processo de fixação das pedras é essencial, pois depende de vários factores,nomeadamente do estado e tipo de suporte, da natureza das placas nomeadamente o pesopróprio e variações dimensionais, tal como se indica no quadro seguinte, referindo-se ainda quesão essenciais os processos de execução dessa fixação.

5 Revestimentos de ligantes hidráulicos armados e independentes - este tipo de revestimentos sãodoseados e executados do mesmo modo que os revestimentos tradicionais de ligantes hidráulicos, a descreverem posteriormente, sendo no entanto aplicados sobre uma armadura metálica de aço galvanizado apoiadanuma estrutura metálica fixada ao suporte. Tal como nos revestimentos descontínuos independentes, a fixaçãoaparede garante a formação de uma caixa de ar que pode ser preenchida por material isolante.

6 Revestimentos de ligantes sintéticos armados com rede de fibra de vidro - Este tipo derevestimentos são de concepção recente. Trata-se de um revestimento delgado a partir de produtos de ligantessintéticos com elevado teor de ligante e concebidos inicialmente para tratamentos curativos de fachadas queapresentem problemas de estanquidade, nomeadamente devido à fissuração do revestimento antigo. Sãoaplicados em mais de uma demão, sendo entre as duas primeiras incorporada uma armadura de fibra de vidrotratada contra os áIcalis_ Os produtos para este tipo de revestimento são pré-doseados em fábrica e de fácilaplicação (idêntica àde uma tinta de água), garantindo o acabamento final da parede e não sendo necessáriaqualquer pintura posterior.

7 Os revestimentos de impermeabilização têm a função de contribuir para que o conjunto tosca daparede-revestimento seja estanque, devendo portanto limitar a quantidade de água que eventualmente possaatinjir o suporte, pois é este que assegura a estanquidade requerida.

8 Estes revestimentos (também conhecidos por massas grossas, ou rebocos) têm vindo a ser utilizadosno nosso pais durante muitos anos com muito bons resultados, graças àmão-de-obra qualificada existente e aorespeito escrupuloso pelo modo de execução (número de camadas, intervalos de tempo de secagem,argamassas bastardas, etc).

Curso sobre Regras de Medição na Construção 175

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Page 195: Regras de Medição - Lnec

São normalmente executados a partir de argamassas preparadas em obra, com areia da região econstituídos geralmente por 3 camadas designadas por crespido, camada de base - constituida por uma ouduas camadas - e acabamento.

9 Tem a função de assegurar a aderência ao suporte e reduzir a tendência desse suporte abson/er aágua das outras camadas. É constituido por uma argamassa fortemente doseada em cimento geralmente comtraço volumétrico 1:2 e formando uma camada não uniforme de 3 a 5 mm lançada manualmente de uma formavigorosa sobre o suporte, ou por projecçao mecânica.

1°Esta camada tem como função principal garantir a impermeabilidade da parede, bem como a planezae regularidade superficial e a boa aderência da camada de acabamento. Assim, a argamassa deve serhomogênea, compacta e, tanto quanto possivel não fissurável (bastarda), devendo ser constituida por cimento,cal apagada e areia com traços volumétricos de 1:O.5:4 a 4.5 e 1:1:5 a 6 e com espessuras uniformes de 10 a15 mm. No caso da necessidade de existirem duas camadas (condições mais ou menos severas de exposição,tipo de acabamento e grau de protecção pretendido), a segunda camada deverá seguir a regra de dosagens deligante cada vez mais pobres desde a base para a superfície, e a espessura total ser de 20 mm.

"Esta camada tem funções fundamentalmente decorativas mas além de contribuir para a resistênciaaos choques, contribui também para a impermeabilidade, pois constitui a primeira barreira à penetração daágua. Assim, esta camada não deve fissurar - argamassa com pouco cimento e com presença significativa decal apagada- e preencher eventuais fissuras que tenham surgido na camada base. São comuns os traços 11115a 6 e 1:2:8 a 9 com espessuras entre 5 a 10 mm conforme a textura da superficie, podendo no caso deacabamentos do tipo projectado fino, ter espessura de 3 mm.

“Revestimentos não-tradicionais de ligantes hidráulicos - desde 1970 têm vindo a ser desenvolvidose aplicados diferentes tipos de revestimentos de ligantes hidráulicos pré-doseados em fábrica, aos quaisapenas ê necessária a adição de água na obra, tendo-se assim conhecimento dos seguintes tipos:

- Produtos pré-doseados suecos - estes produtos (fabricados na Suécia) são misturas em pó,constituídas essencialmente por cimento e areia; ou cimento, cal apagada e areia, sendoadicionadas em obra a água de amassadura especificada na embalagem. Refira-se que estesprodutos não dispensam as 3 camadas referidas para os tradicionais, devendo em cadacamada ser utilizada a composição adequada.

- Produtos pré-doseados ingleses - estes produtos ingleses são de 3 tipos; pré-doseados de cal eareia aos quais se torna necessária a adição em obra do cimento e água nas proporçõespretendidas; pré-doseados de cimento, cal e areia (tal como nos suecos) e argamassas prontasa aplicar com retardadores de presa para permitir o transporte e a aplicação.

- Produtos pre'-doseados franceses - estes produtos diferem dos restantes por conterem além docimento, cal e areia, diversos tipos de adjuvantes (retentores de água, introdutores de ar,hidrófogos, etc) e por vezes inertes especiais e fibras. Uma outra característica muitoimportante ê de serem de execução rápida por serem aplicados em camada unica (em duasdemãos com tempo de espera de 2 a 5 h) de 10 a 15 mm e serem habitualmente aplicados porprojecção. Refira-se que a aplicação destes revestimentos em França e maioritária sendo osinsucessos atribuídos a escolhas inadequadas do tipo ideal para o suporte - compatibilidade

176 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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mecânica - e a espessuras inferiores ä homologadas_ Desconhece-se contudo ocomportamento a longo prazo quanto á possibilidade de uma durabilidade próxima dostradicionais.

“Existem quatro sistemas deste tipo com grande aplicação em França desde início dos anos 80, doisdos quais já foram referidos nos revestimentos de estanquidade - sistemas de isolamento térmico porrevestimento de elementos descontínuos com isolante na caixa de ar, e sistemas de ligantes hidráulicosarmados e independentes com isolante na caixa de ar - e outros dois sistemas que serão descritos a seguir(por revestimento espesso e por revestimento delgado). Recentemente surgiram mais 3 tipos de sistemas deisolamento pelo exterior - de argamasssas de ligantes hidráulicos com inertes de material isolante, deelementos descontínuos prefabricados, e por projeção in situ do isolante - cuja importância, embora não sendopor enquanto comparáveis aos anteriores, têm vindo a ter alguns desenvolvimentos, sendo por isso referidossucintamente após descrição dos anteriores.

“Estes sistemas são habitualmente constituídos por um isolante em placas de poliestireno expandidocolado ao suporte, e por um revestimento (em geral do tipo não-tradicional) de ligantes hidráulicos armado comuma rede metálica. Se o revestimento hidráulico não proporcionar acabamento, pode ser aplicado umrevestimento delgado de massas plásticas ou uma tinta.

Como o poliestireno expandido tem aderência deflciente com o revestimento hidráulico, aquele deve terranhuras numa ou nas duas faces, ou serem revestidas por partículas de madeira mineralizadas eaglomeradas com cimento. A armadura é em geral uma malha quadrada de aço galvanizado com 13 a 30 mmde lado e diâmetros entre 0.6 e 1.5 mm, fixa ao suporte por cavilhas. Saliente-se ainda que, tratando-se desistemas não-tradicionais os documentos de homologação detalham as características e campo deutilização.

“São constituídos habitualmente por um isolante em placas de poliestireno expandido, colado aosuporte por uma camada de base de ligante misto, armado com uma rede flexível, habitualmente de fibra devidro, e uma camada de acabamento de ligante orgânico constituida em geral pot massas plásticas). Atotalidade da espessura deste revestimento é de 25 a 30 mm (7 mm para as camadas de base e deacabamento e o restante para o poliestireno expandido) [74]. As placas de isolante são flxadas ao suporteapenas por colagem e a camada base é aplicada em duas demãos entre as quais é inserida a armadura. Osprodutos de colagem resultam da mistura pré-doseada de resinas sintéticas em dispersão aquosa com cargasminerais (sílica e calcite) e com cimento, originando uma argamassa-cola que pode também colmatar algumasirregularidades do suporte. A camada de base do revestimento é executada com o mesmo produto de colagemna maior parte dos sistemas deste tipo e a armadura é em fibra de vidro de malha quadrada de abertura entre3 e 5 mm. Saliente-se que a fibra de vidro apresenta grande sensibilidade à humidade, sendo atacada pelosálcalis pelo que deve ser protegida com produtos adequados para ser aplicada no sistema.

16Estes revestimentos são recentes no mercado europeu e a maior parte das soluções patenteadasainda se encontram em fase de acerto de formulação. A sua constituição prevê em geral as três diferentescamadas à base de produtos de ligantes hidráulicos já designadas por crespido (mas neste revestimento âbase de produtos não-tradicionais patenteados ou com produtos tradicionais adjuvados com emulsões aquosasde resinas sintéticas), a camada de base com produtos não-tradicionais de inertes de material isolante,

Curso sobre Regras de Medição na Construção 177

Page 197: Regras de Medição - Lnec

cimento e cal aérea ou hidráulica e, a camada de protecção com produtos pré-doseados em fábrica jádescritos.

"São constituídos por um material isolante, habitualmente de poliestireno expandido de qualidadeinatacável pela água e de reduzida absorção de água. São revestidos exteriormente por uma película denatureza metálica (aluminio lacado ou aço inoxidável), natureza mineral (fibrocimento, barro vermelho,argamassa de ligantes hidráulicos armada com fibra de vidro) ou de natureza orgânica (PVC, poliesterreforçado, argamassa de ligantes sintéticos). As formas destes elementos podem ser de dimensões faciais

reduzidas (3 a 5 elementos em “escama” por m2), ou em forma de lâminas (com dimensões de 2.5 a 6 m decomprimento e 0.2 a 0.4 m de largura).

“Estes revestimentos estão ainda em fase de desenvolvimento e têm como objectivo fundamentalserem aplicados numa única fase de operação. São constituídos essencialmente pela projecção sobre asparedes, de produtos que, por expansão (geralmente o poliuretano), adquirem caracteristicas significativas deisolamento térmico.

A projecção é efectuada por demãos sucessivas, resultando de cada uma a espessura de 5 10 mm,todavia existem ainda muitos inconvenientes que têm impedido a sua generalização, nomeadamente os custoselevados (do material e de investimento inicial), toxidade dos produtos durante a aplicação, e necessidade deprotecção mecânica dos paramentos com um revestimento por elementos descontínuos que elimina osobjectivos da aplicação em operação única.

1905 revestimentos de acabamento ou decorativos não têm a função de impermeabilização nem deregularização superflcial, devendo portanto ser aplicados apenas em suportes em que essas funções já seencontrem completa ou maioritariamente garantidas. Assim as suas funções principais são de proporcionar umaspecto agradável durante a vida do revestimento e participar na sua durabilidade, contribuindo também para aprotecção global da parede quer do tipo mecânico (por exemplo choques), quer do tipo quimico (poluiçãoatmosférica, etc.).

Saliente-se no entanto, que alguns destes revestimentos têm aptidão para contribuirem de modosignificativo na impermeabilização da parede, sendo em algumas soluções indispensáveis para que aimpermeabilização seja perfeita, nomeadamente nos casos em que è necessário recobrir fissuras ligeiras (porvezes inevitáveis). Estão nestes casos os revestimentos tradicionais de ligantes hidráulicos (tradicionais ou não-tradicionais) e os revestimentos delgados de massas plásticas.

Assim, além dos três tipos já referidos, são considerados também os revestimentos delgados de ligantesmistos (hidráulicos e sintéticos), revestimentos por elementos descontínuos de juntas não estanques (coladosou fixados mecanicamente) e as pinturas.

2° Estas camadas de acabamento foram já descritos em pormenor nos revestimentos tradicionais deligantes hidráulicos e na última demão dos não~tradicionais de ligantes hidráulicos. São constituídas porargamassas de cimento, de cal apagada, de cal hidráulica e bastardas, podendo ser coloridas na massa oupintadas após a aplicação, e o relevo da superficie dependente do processo de aplicação ou de tratamentoposterior.

178 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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" (principalmente das tintas texturadas) devido a possuírem cargas de maiores dimensões e de granulometria.¿i,°Ê

não-uniforme, sendo também aplicáveis com camadas mais espessas (espessuras de 1 a 3 mm).f›~v~;¿}Z¡¡ ¬151 ,

22 Estes revestimentos são constituídos por uma mistura de ligantes hidráulicos e de ligantes sintéticos,zw

IFé _ preparados em obra por um dos seguintes modos; adição de produtos pré-doseados de cimento e areia commassas plásticas; adição de produtos em pasta com base em ligantes sintéticos e cargas, com cimento; ou

¿¿.~, ainda adição com água de produtos pré-doseados com cimento, areia e ligante sintético em pó. São aplicadosem camada delgada de 2 a 5 mm de espessura e podem ser armados com rede de fibra de vidro.

Í 23 como já foi anteriormente referido, estes revestimentos diferem essencialmente dos de estanquidadeiii <_ de tipo semelhante, por não existir caixa de ar entre o revestimento e o suporte, ou por as juntas entre

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:gi i, elementos não serem estanques, devido a serem quase sempre preenchidas por argamassa ou pasta de,.. cimento. De igual modo, os Iadrilhos, azulejos ou placas, utilizados nestes revestimentos, são regra geral dei..,.

dimensões inferiores aos de estanquidade e de uma gama mais variada de matérias primas, embora os mais~, , correntes sejam de materiais cerâmicos, argamassa, betão e pedra natural ou artificial.

1 ` 24 Estes revestimentos são classificados em revestimentos de regularização quando responsáveis pelas“ši,.._. condições de planeza, verticalidade e regularidade superflcial dos paramentos e em revestimentos de¬=*ÍV acabamento quando, além de proporcionarem is paredes um complemento de regularização, são naV5' . . ,. . .~“ - generalidade aplicados para conferirem o aspecto requerido pelas exigencias de conforto visual.

,'Í'.%zâ'¡_¶~¬-_..-_ 25Como mais correntes, têm-se os de ligantes hidráulicos - tradicionais ou não ~ constituídos à base de

_ gesso, ou os de ligantes sintéticos, sendo a opção por cada tipo referido, por exemplo quanto ao grau de

5!.” 1it i 26 Estes revestimentos podem ser tradicionais ou não. Os primeiros, devem ser preferencialmente de

argamassas bastardas com um dos traços volumétricos 1:O.25:3; 1:1:6; ou 11229 ( cimento: cal apagada em

resistência pretendida aos choques e àágua e do tipo de acabamento previsto.

tê- .~f .Lt-, c pó: areia) conforme a natureza do suporte e o tipo de acabamento previsto e, os segundos, são executados

É Í , . . . _com produtos pre-doseados em fabrica, semelhantes aos descritos para os paramentos exteriores de paredes.=-1;

'A 27Revestimentos de gesso e areia - nestes revestimentos distinguiram-se as situações de argamassas3*

rq para aplicação manual e as de aplicação mecânica. Nas primeiras, o gesso a utilizar pode ser o gesso escuro

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ou pardo (gesso para esboço) aos traços volumétricos de 1:2 e 1:3 (gessoiareia). Nas argamassas de_. aplicação mecânica, os gessos têm de ser mais finos com granulometria controlada e percentagem

significativa de particulas finas, sendo o inicio de presa destas argamassas muito mais retardado que as

-,.~;¬"`“-`~f*m'~.~.f›‹te1,-.=*».~

tradicionais (2 a 3 h) e os traços volumétricos de 111.5 (gessozareia siliciosa com partículas entre O e 2 mm) eg um teor em água de amassadura de E 60 % da massa de gesso utilizada. A amassadura é executada na» máquina de projecção e a aplicação mecânica é realizada por uma única demão em camada espessa de 10 ašj, 20 mm.

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i 28 Estas argamassas são constituídas por uma mistura de cal apagada em pasta e areia àqual se

$92.16*¿ adiciona gesso aquando a aplicação. O traço volumétrico tradicional é de 11211 (gessozcal apagada em‹

É _l Curso sobre Regras de Medição na Construção 179

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Page 199: Regras de Medição - Lnec

pastaíareia), possuindo um tempo de presa superior às argamassas de gesso sem cal, sendo no entantoaconselhável a utilização de um adjuvante retardador de presa.

29 Estes revestimentos de regularização são constituídos por uma pasta de gesso sem areia e relação

água/gesso de E 80 %, normalmente executados em duas demãos em que a primeira é um crespido delgadode espessura não-uniforme, e a segunda uma camada contínua de espessura de 8 a 10 mm.

Para a aplicação por projecção, as pastas têm de ser adjuvadas com retardador de presa (início depresa entre 1.5 a 2 h), retententor de água e plastiticante, sendo nestes casos a aplicação realizada numa única

demão ou em duas se a espessura pretendida for 2 15 mm.

3°São constituídos por argamassas obtidas por adição de por exemplo vermiculite expandida ao gessopreparado com relação água/gesso superior 3 pastas de gesso antes referidas. As paredes regularizadas comestes revestimentos têm acabamentos posteriores de gesso sem inertes deste tipo, e no caso de seremprojectados mecanicamente, as argamassas são pré-doseadas em fábrica, sendo a amassadura efectuada naprópria máquina de projecção.

31 São constituídos por produtos com base em gesso, colocados em obra na forma de pó, sendoadicionada apenas a água prescrita pelo fabricante. Existem produtos para aplicação manual e mecânica,sendo constituídos por gesso de granulometria fina, cal apagada em pó, areia limpa, seca e calibrada e aindapor micro-fibras e adjuvantes plastificantes e retentores de água.

32 Estes revestimentos também designados vulgarmente por estuques sintéticos têm vindo a ser muitoconsiderados, principalmente pela existência de paramentos cada vez mais lisos, nomeadamente em paredesde betão moldado de inertes correntes, paredes de alvenaria de blocos de betão celular autoclavado, de argilaexpandida, e de painéis prefabricados, pois são habitualmente aplicados com espessuras de 1 a 3 mm. Sãoexecutados a partir de produtos em forma de pastas prontas-a-aplicar e constituídos por resinas sintéticas emdispersões aquosas, por cargas de sílica ou de calcite, por adjuvantes e, quando necessário por pigmentos.

33Os revestimentos de acabamento além de proporcionarem às paredes um complemento deregularização, são na generalidade aplicados para satisfazerem as exigências de conforto visual. Estesrevestimentos são em geral do mesmo tipo dos de regularização que os precederam no suporte, mas demenores teores de cimento no caso dos hidráulicos ou de granulometrias mais finas nos outros casos. Refira-se ainda que poderão necessitar de aplicação posterior de um revestimento decorativo por razões de ordemestética, ou um revestimento resistente àágua em alguns espaços dos edifícios.

“Estes revestimentos podem ser do tipo tradicional ou não-tradicional, sendo executados comargamassas de cimento, cal apagada e areia (1:1:6 ou 1:2:9), ou com produtos pré-doseados, apenas quandoos de regularização também tenham sido executados com o mesmo tipo de revestimento. Em ambos os casos,estes revestimentos não proporcionam paramentos mais lisos do que os resultantes da camada deregularização, pelo que são executados para obter determinado efeito de superfície ou para complemento daregularização, não devendo ser alisados com talocha metálica para não aumentar o risco de fissuração.

35São constituídos por pasta de cal apagada ou de argamassa de cal apagada e areia fina, com traçosvolumétricos de 1:0 ou 1 (cal apagada:areia), havendo menor retracção de secagem para o caso de existir

180 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 200: Regras de Medição - Lnec

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areia, necessitando no entanto muito tempo para concluirem o endurecimento. São aplicáveis quando aregularização foi àbase de cimento ou de cal apagada, salientando-se que a tinta que eventualmente se apliquesobre um revestimento deste tipo tem de ser muito resistente aos álcalis.

3sSão doseados com os traços entre 1:0.25 a 0.5:O a 1 e 7:0.25 a 1:0 (cal apagada em pasta:gesso:areia), devendo os gessos serem de granulometria fina (gesso para estuque). Devem ser aplicados sobrecamadas de regularização de argamassas de cimento ou de cal apagada, ou ainda de argamassas de gesso.

37São executados com pasta pura de gesso; com argamassas de gesso, cal apagada e areia (1:0 a

0.25:0 a 1) ou com pasta de gesso e cal apagada (1:0 a 0.25). Estes revestimentos são utizados em superfíciesregularizadas por argamassas de cimento ou de cal apagada, de argamassa de gesso ou pastas de gessopuras, ou ainda de argamassas de gesso e inertes leves.

38Estes produtos são de constituição idêntica aos de regularização já referidos e só devem ser aplicados

sobre aqueles. O tempo de início de presa é inferior aos de regularização (5 30 minutos).

“São de constituição semelhante aos de regularização, mas as cargas apresentam uma granulometriamais fina, podendo também ser pigmentados para dispensar a aplicação de revestimento decorativo.

4°Os revestimentos resistentes à água são utilizados na camada de acabamento de locais de edifíciosonde a presença da água seja frequente, nomeadamente em cozinhas, casas de banho, lavandarias, ou aindaem zonas das paredes de outros locais em que seja necessária a limpeza por via húmida, pelo que osmateriais a serem utilizados não deverão ser deterioráveis pela água.

“São executados com azulejos (de faiança calcária), ladrilhos de grés ou semi-grés (esmaltados ounão) e eventualmente com ladrilhos de barro vermelho esmaltados. Podem ser aplicados por colagem ou comargamassas de cimento, cal apagada e areia e ainda por colas não tradicionais (argamassas‹coIas, cimentos-colas e colas de ligantes sintéticos).

“Podem ser de pedra natural ou artificial fixados mecanicamente aos suportes por agrafos ou gatos, ouainda se a massa e as dimensões dos elementos forem reduzidas, por simples colagem com argamassa-colas

(elementos de massa S 30 kg/m2 e área 5 600 cm2), cimentos-colas (elementos de massa 5 15 kg/m2 e área 5

225 cm2) ou colas de ligantes sintéticos (elementos de massa 5 30 kg/m2 e área 5 450 cm2).

“São sistemas constituídos por uma massa epoxídica ou de dispersão aquosa de ligantes sintéticos deconstituição idêntica à dos revestimentos de acabamento já referidos, sobre a qual se aplica uma tintaepoxídica.

“Constituem um sistema que, por aplicação de um verniz ou esmalte sobre uma massa de dispersõesaquosas de ligantes sintéticos, é idêntica âdos revestimentos de acabamento de ligantes sintéticos já referidos.

“Aos revestimentos de piso são estabelecidas regras de qualidade cujas quantificações devem serefectuadas para cada tipo de revestimento, sendo estes usualmente classificados em dois grandes gruposdesignados por revestimentos executados "in situ"e por revestimentos manufacturados.

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Curso sobre Regras de Medição na Construção 181

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Page 201: Regras de Medição - Lnec

Como foi referido para os revestimentos de paredes, as regras estabelecidas são baseadas no princípiode dar mais relevância âdesignação do tipo de revestimento e complexidade dos trabalhos a executar, do que apormenores relacionados com a medição detalhada desses trabalhos. Para esse efeito considera-se aclassificação dos diferentes revestimentos e dos locais em que são aplicados, baseada nos trabalhos deNASCIMENTO [18] e [19] que teve em vista, além da classificação, fornecer dados técnicos que facilite aoprojectista a especificação das exigências a estabelecer, ao medidor a sua quantificação, e ao orçamentista oconsequente conhecimento dessas exigências que permitam a elaboração do preço para cada um destes tiposde revestimento.

Das exigências referidas, salientam-se as que necessitam de homologação prévia pelo LNEC (artigo 17do RGEU [20] e que conduzem àdeterminação da classificação UPEC [18] dos revestimentos de piso não-tradicionais.

4°Os revestimentos executados "in situ" podem ser à base de ligantes minerais de cimento comagregados correntes ou com agregados e endurecedores especiais, de ligantes orgânicos sintéticos (acetato depolivinilo, poliéster, epoxi, etc), e ainda àbase de ligantes hidrocarbonados.

“Os revestimentos manufacturados têm normalmente a forma de placas ou ladrilhos e são constituídospor materiais minerais (cerâmicos, pedra natural, betão ou argamassa com agregados correntes ou comagregados e endurecedores especiais), por materiais lenhosos do tipo parquetes de tacos, parquetes-mosaicos,parquetes em painéis e cortiça, por materiais hidrocarbonados, por materiais orgânicos de resina betuminosa,cloreto de polivlnilo sem suporte e sobre suporte, placas e peças de linóleo e de elastómeros, e ainda pormateriais de fibras têxteis naturais ou químicas, nomeadamente as alcatifas tipo veludo tecida e não tecida, dotipo plano e outras.

“Estes revestimentos são assim designados por não possuírem um suporte da camada de desgaste.Apresentam-se em peças em rolo ou ladrilhos constituídos por uma ou mais camadas de folhas (opacas outransparentes, uniformes, marmoreadas ou impressas), ligadas por calandragem, dobragem, prensagem ouindução, podendo assim ser homogêneos (folhas de composição e cor idênticas) ou heterogéneos (folhas decomposição e/ou cor diferentes). Também pertencem a este tipo de revestimentos os que têm no tardoz ouintegrada na camada uma armadura não higroscópica, como por exemplo uma armadura não-tecida de fibrade vidro.

“Estes revestimentos plásticos são constituídos por uma base resiliente que suporta a camada dedesgaste, existindo especificações de homologação para as camadas resilientes constituídas por feltro de jutaou sintético, policloreto de vinilo (PVC) alveolar e PVC-cortiça.

5°Estes revestimentos são constituídos por ladrilhos termoplásticos semi-flexíveis compostos por umligante àbase de copolímeros vinílicos, de plastificantes e outros aditivos, e por corantes e cargas minerais,incluindo ou excluindo as fibras de amianto. O modo de obtenção é por calandragem e apresentam-sehabitualmente com superficie lisa geralmente marmoreada ou ainda com um relêvo em que os motivos serepetem regularmente.

51Os revestimentos de piso constituídos por ladrihos cerâmicos são classificados além do processo defabrico, pelo coeficiente de absorção de água, NP-2349 (EN-87) [21], existindo assim três classes identificadas

182 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 202: Regras de Medição - Lnec

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Classes e grupos de revestimentos de piso cerâmicos

I Classes › Grupos, coeficientes de absor'ção de água E (%) e d'escrições ‹(Processo de fabrico) I (E 53) Ila (3< E 5 6) Ilb (6< E 5 10) lll (E >10)

A (Extrusão) Al Alla Allb Alll(Grés) Grés/barro vermelho (Grés/barro vermelho) (Barro vermelho)

B (Prensagem a seco) Bl Bila Bllb Blll(Grés vitrificado) (Barro vermelho) (Barro vermelho) (Barro vermelho)

C (Moldagem) Cl Clla Cllb ClllPasta de vidro - - -

52São constituídos por duas camadas designadas por camada base e camada de desgaste, sendoambas constituídas por uma argamassa com ligante hidráulico (cimento) em dosagem adequada, mas a dedesgaste contendo granulados de pedra dura (grânulos de calcário, mármore, etc) e de máxima granulometriavariável (NP-52 [23]). São correntes as designações de ladrilhos hidráulicos em pasta, esquartelados emarmoritados em função quer da dimensão dos inertes da camada de desgaste, quer do acabamentosuperficial (polimento ou esquartelamento).

“Estes revestimentos de piso são habitualmente constituídos por rochas ornamentais, em especialcalcários, mármores, granitos e xistos. Devido àdificuldade actual de caracterização mecânica e física destetipo de revestimentos, devem sempre ser descritas as designações comercialmente correntes e não o “calãoindustrial' de considerar como mármore todas as rochas ornamentais. Como exemplo, salienta-se que para asrochas ornamentais portuguesas [24] e [25], existem 104 designações comerciais aplicadas a rochasexploradas nas pedreiras do país, representando os mármores (calcários cristalinos) E 50 % e as restantesdistribuídas pelos granitos, calcários não-cristalinos, brechas e xistos.

“Os tectos falsos serão medidos de acordo com o material de que são executados. A estrutura desuporte, por exemplo, engradado de madeira, em tectos de estafe e estuque, será incluída no capitulo decarpintarias. Se se trata de elementos de suspensão, são incluidos geralmente na medição do revestimento dotecto (estafe aramado, etc.)_ Nos pavimentos com revestimentos de tecto constituídos por tecto-falso com ousem isolante na caixa de ar, o isolante deverá ser incluído no capítulo relativo a isolamentos eimpermeabilizações.

55 Exemplos de condiçoes de execução e metodos de assentamentoNos exemplos apresentados, quer nos revestimentos dos lambris de azulejo, como dos pavimentos com

tacos e ladrilhos, foram tidas em consideração as condições de execução e o método de assentamento.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 183

Page 203: Regras de Medição - Lnec

-iDe igual modo, foi tido em consideração a medição em rubricas separadas tendo em atenção o descrito ~ Ê

na alínea d) das presentes Regras gerais bem como na mesma rubrica as operações de emboço e reboco.saliente-se contudo que podem no entanto ser consideradas duas operações numa só rubrica, desde que aoelaborar o orçamento, no preço de aplicação, sejam consideradas as duas operações a executar pelo mesmo isub-empreiteiro.

Como exemplo, geralmente as operações de emboço e reboco são englobadas na mesma rubrica, nãosó por serem executadas, de uma maneira geral, com o mesmo material, como por na sua execução seseguirem as duas operações, sempre feitas pelo mesmo operário.

Exemplo 1 - Revestimento de pavimentos com tacos tipo parquet-mosaico e com ladrilhos hidráulicosl1

Zona de circulação

REVESTIMENTO "ln~situ”Betonilha de cimento aotraço 1:4, para regularizaçãoe colagem de tacos.

Z. circulaçãoPortas P1Portas P2

TACOS E PARQUETES

Tacos de pinho tipoparquete, assentes com colabranca, em pavimentos.

Z. circulaçaoPortas P1Portas P2

Nota: O rodapé será medido nocapítulo relativo a carpintarias

184

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1 1.30

0.80

0.70

1 1.300.80

0.70

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0.15

0.10

1.95

0.15

0.10

P1-0.80x2.00

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Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Quarto

REVESTIMENTO "/n-Situ"

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Betonilha de cimento ao

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1 2.40 3.95 0'tacos.

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Tacos de pinho tipoparquete, assentes com colabranca, em pavimentos. 1 240 395 C,

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J1-0.801:1.10 J2-0.50x0.40.25-

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Nota: O rodapé será medido no 1capitulo relativo a carpintarias 5;;

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Em revestimentos de tacos considerou-se em rubrica separada a execução da betonilha deregularização, por este trabalho ser executado não só por pessoal diferente mas do mesmo empreiteiro,enquanto a colocação de tacos é feita geralmente por sub-empreiteiros.

Para os ladrilhos hidráulicos, não se considerou a betonilha por a operação de assentamento incluir aargamassa de enchimento. Saliente-se que se fossem por exemplo ladrilhos vinílicos, ter-se-ia de medir abetonilha de regularização.

Na medição do rodapé de mosaico hidráulico, no compartimento 3 - Casa de banho não foi medido ocomprimento correspondente ao topo das banheiras revestidas de acordo com a alínea O das presentes regrasgerais.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 185

Page 205: Regras de Medição - Lnec

Casa de banho

LADRILHOS

Ladrilhos hidráulicos depasta, em pavimentos

A deduzir: Banheira

Rodapé de ladrilhohidráulico de pasta

A deduzir: Porta P2

1.30

1.30

1.30

0.90

1.50

1.10

0.56

0.70

2.10

0.60 P1-0.80x2.00

J1-0.801:1.10

P2-0.?0x2.00

J2-0.50x0.40

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P1

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EXEMPLO 2 - Revestimentos de paredes interiores

No emboço e reboco interior da casa de banho foi deduzida a área correspondente ao lambril de azulejo,por este revestimento ter sido considerado com assentamento âmaneira tradicional, isto é, directamente sobrea base de pano de tijolo.

Saliente-se contudo que poderá ser considerado o emboço e reboco na superfície correspondente aolambril de azulejo se este, como por exemplo nos azulejos tipo "pastilha" for aplicado sobre o reboco.

186 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 206: Regras de Medição - Lnec

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Paredes interiores - Zona de circulação

REV. DE REGULARIZAÇAO

Emboço e reboco comargamassa bastarda de cimento.cal aérea hidratada e areia aotraço 1:2:6. em paredesinteriores

A deduzir: Portas P1

Portas P2

REV. DE ACABAMENTO

Esboço e estuque em paredesinteriores

(Medição igual a anterior)

1.30

1.95

0.80

0.70

Paredes interiores -

2.80

2.80

2.00

2.00

P1-0.80x2.00

J1-0.801:1.10

P2-0.70x2.00

J2-0.50x0.41-0

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1.45 2.30

Quarto

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REV. DE REGULARIZAÇAO

Emboço e reboco com argamassabastarda de cimento, cal aereahidratada e areia ao traço 1:2:6,em paredes interiores

A deduzir: Porta P1

Janela J 1

REV. DE ACABAMENTO

Esboço e estuque em paredesinteriores

(Medição igual ã anterior)

2.40

3.95

0.80

0.80

2.80

2.80

2.00

1.10

Curso sobre Regras de Medição na Construção

P1-0.30x2.00

J1-0.801:1.10

P2-0.1101:2.00

J2-0.50x0.4.0

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Page 207: Regras de Medição - Lnec

Paredes interiores - Casa de banho

LADR/LHOS

Lambril de azulejo branco de 14x 14, a fiada.

A deduzir: Porta P2

Topos da banheira

REV. DE REGULARIZAÇÃO

Emboço e reboco comargamassa bastarda de cimento,cal aerea hidratada e areia aotraço 1:2:6, em paredesinteriores

A deduzir: Porta P2

REV. DE ACABAMENTO

interiores

(Medição igual à anterior)

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Foram deduzidas as áreas correspondentes aos topos das banheiras, por não se tratar de umaintersecção, mas sim de uma zona nao rebocada.

EXEMPLO 3 - Revestimentos de tectos

Zona de circulaçao

188

Curso sobre Regras de Mediçao na Construçao

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Page 208: Regras de Medição - Lnec

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REV. DE REGULARIZAÇÃO

Chapinhado de argamassa fluidade areia e cimento ao traço 1:3,sobre superfície de betão.

REV. DE ACABAMENTO

Esboço e estuque em tectos

(Medição igual a anterior)

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REV. DE REGULAR/ZAÇAO

Chapinhado de argamassa fluidade areia e cimento ao traço 1:3,sobre superfície de betão.

REV. DE ACABAMENTOEsboço e estuque em tectos

(Medição igual a anterior)

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2 3.95

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Casa de banho

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Curso sobre Regras de Medição na Construção 189

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Page 209: Regras de Medição - Lnec

REV. DE REGULARIZAÇÃO

P1-0.80x2.00 P2-OJOx2.00

..1»Chapinhado de argamassa fluida

de areia e cimento ao traço 1:3,sobre superfície de betão. .-

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REV. DEACABAMENTO 1.30 P1 2,402 -'

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1.45 2.30

Sendo uma laje maciça de betão, de uma maneira geral em boas condições de execução, haverásomente que contar com chapinhado de argamassa fluida, para melhor aderência do estuque.

Tratando-se por exemplo de uma laje aligeirada, haverá quase sempre que contar com uma camada deesboço de regularização, mais espessa que o usual para o estuque. Sempre que assim for, deverá medir-seesta camada em rubrica separada, pois quase sempre é executada com argamassa de cimento, aplicada porpedreiro e nao por estucador.

“Podem porém, ser consideradas duas operações numa só rubrica, desde que ao elaborar oorçamento, no preço de aplicação, sejam consideradas as duas operações a executar pelo mesmosubempreiteiro.

Como exemplo, geralmente as operações de emboço e reboco são englobadas na mesma rubrica, nãosó por serem executadas, de uma maneira geral, com o mesmo material, como por na sua execuçao seseguirem as duas operações, sempre feitas pelo mesmo operário.

57As arestas (cunhais e engras) de intersecção das superfícies de revestimento estão incluídas namediçao, isto é, nao sao medidas em separado.

“Chama-se a atenção para o facto da medição não tomar em consideração a distância a que sãopreparados os materiais nem a altura a que são aplicados, factores a ter em consideração na elaboração dopreço de aplicação. Também não são considerados a composição e altura do andaime. Porém, a alinea i)permite que as operações indicadas na alínea anterior sejam consideradas em rubricas próprias.

190 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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15.2 Revestimentos de paramentos exteriores e interiores'

a) A medição será realizada em mz.

b) As medições serão efectuadas separadamente, conforme as superfícies dos

paramentos sejam:- verticais ou inclinadas;- planas ou curvas;- com outras formas;

c) A determinação das medidas para a elaboração das medições, obedecerá, emgeral, Ê regras seguintes:

1- As medidas a considerar são as das cotas de limpos das superfícies vistas.

2- No caso de superfícies irregularesz, a medição será determinada a partir daárea de projecção da superfície a revestir sobre a superfície de bases

d) As áreas correspondentes a aberturas* (vãos, passagem de condutas, etc), à

intersecção de vigass e outros elementos, só serão deduzidas quando superiores a

0.25 mz. As áreas dos enquadramentos dos vãoss serão medidas em m em rubricas

próprias, considerando os seguintes agrupamentos de larguras:

- larguras inferiores a 10 cm

- larguras superiores ou iguais a 10 cm e inferiores a 20 cm

- larguras superiores ou iguais a 20 cm

e) Os revestimentos das cornijas serão medidos em rubricas próprias. A medição

será realizada em m ou mz consoante for mais indicado7.

f) Os revestimentos dos pilares isolados, colunas, embasamentos, socos ou outras

partes isoladas da obra, serão medidos em mz , em rubricas própriasa.

g) Os frisos, as alhetas, as moldurasg e outros elementos de guarnecimento serão

medidos em nf ou m 1°. O respectivo comprimento será determinado sobre a superfície de

base destes elementos”.

h) Os rodapés, as sancas” e outros elementos de transição entre paredes epavimentos ou tectos, serão considerados respectivamente nas rubricas de revestimentosde pavimentos ou escadas e de tectos.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 191

Page 211: Regras de Medição - Lnec

i) As áreas sob os rodapés” serão consideradas sempre que a altura destes

elementos não exceder 0,10 m. Para alturas superiores, as áreas sob os rodapés só serão

medidas quando estes forem assentes sobre os revestimentos dos paramentos.

1De preferência, as medições dos revestimentos devem ser discriminadas por compartimentosnomeadamente quartos, salas, casas de banho, cozinhas, vestíbulos, corredores, átrios, etc. (ver comoexemplo os revestimentos de pavimentos) e outros locais (escadas, varandas, fachadas, empenas, chaminés)e devem mencionar os números ou referências indicadas no projecto.

REV. DE /MPERMEAB/LIZ."”°

Emboço e reboco comargamassa hidrofugada ao traço1:4, em paredes exteriores

Alçado frente

Alçado lateral direito 1 435'I 0.80

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Chaminé (exemplo)1 0.70

1 0.70

CAMAUA DEACABA/wa/vro 2 0-55Emboço e massa de areia(roscone) em paredes exteriores

(Medição igual a anterior)

3.50

3.50

3.50

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1.10

1.00

2 Neste caso, a medição será feita a partir daárea de projecção da superficie a revestir,isto e, nãoserão tidos em consideração os acréscimos de áreaa revestir, devido à irregularidade da superficie deparede.

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1.45 2.30

3 Considera-se superfície de base a que define a orientação geral do paramento.

4 Nos exemplos apresentados no subcapitulo anterior pode verificar-se que na medição dos rebocosdeduz-se somente a área da janela J1 por ser a única cuja área é superior a 0.25 m2.

De igual modo, na medição dos revestimentos de paramentos interiores, tem-se:- mt1" rdno compa 'men o , foi feita a deduçao as áreas correspondentes àporta e àjanela;~ no compartimento 2, foram deduzidas as áreas correspondentes às portas;

192 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 212: Regras de Medição - Lnec

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- no compartimento 3, foi somente deduzida a área correspondente a porta Pz, por a áreacorrespondente ãárea da Janela Jz ser inferior a 0.25 mz.

5As intersecções das vigas nas paredes, isto é, a área não rebocada devido a essas intersecções soserão deduzidas quando superiores a 0.25 mz'

6 EXEMPLO - Enquadramento dos vãos

REV. DE /MPERMEAB/L/ZÉ”

Emboço e reboco com argamassahidrofugada ao traço 1:4, emparedes exteriores

Janela J12 0.20

Janela J2 1 0302 o.2o

cAiviADA oEAcAsAivifi\iro 1 0-5°Esboço e massa de areia (roscone)em paredes exteriores

(Medição igual ã anterior)

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A medição do enquadramento dos vãos pode ser feita juntamente com a do revestimento dos

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7 Os revestimentos das cornijas, sendo em geral um trabalho executado por corrimento de molde, seramedido em m. Dá-se porém possibilidade de ser medido em mz quando for julgado mais conveniente para adeterminação dos custos e para a execução de cada tipo de trabalho, planificando-se a área revestida.

8 Sendo geralmente diferente o custo do trabalho de revestimento de elementos isolados do realizadoem superfícies continuas (caso dos pilares e colunas) ou com espessuras e acabamentos diferentes (caso dosenvasamentos ou socos), julgou-se conveniente indicar que a medição será feita em rubrica própria.

Q, . ,. ...Estes elementos quando de madeira, metalicos ou de pedra, serao considerados respectivamente noscapítulos relativos a Carpintarias, Serralharias e Cantarias.

1°Ver nota da alinea e).

Curso sobre Regras de Medição na Construção 193

Page 213: Regras de Medição - Lnec

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“Considera-se superfície de base a que define a orientação geral do paramento.

12Tal como na alinea g) Estes elementos quando de madeira, metálicos ou de pedra, serãoconsiderados respectivamente nos capitulos relativos a Carpintarias, Serralharias e Cantarias.

“Na medição dos revestimentos dos paramentos das paredes interiores, a altura a considerar será a dopé direito, sempre que a altura do rodapé não excede 0,10 m. Para alturas superiores do rodapé, será ao pédireito deduzida a altura correspondente do rodapé, a não ser que este seja assente sobre o revestimento,como por vezes sucede para o reboco.

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194 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 214: Regras de Medição - Lnec

15.3 Revestimentos de pavimentos exteriores e interiores

a) A medição será realizada em mz.

b) As medições serão efectuadas separadamente, de acordo com as características

das superfícies:- horizontais e inclinadas;- cun/as;- de outras formas _

c) A medição será determinada a partir das cotas de limpos das superfícies vistas1

incluíndo as áreas correspondentes aos enxalsos e aos vãos das paredes. Regra geral,devem considerar-se as áreas sob os rodapés.

d) Quando os revestimentos dos pavimentos não forem horizontais ou planos, as

medições serão realizadas de acordo com as dimensões efectivasz.

e) As áreas correspondentes a pilares, colunas, chaminés e outros elementos ou as

relativas a aberturas (para a passagem de condutas, canalizações, etc.) só serão

deduzidas quando a cada elemento ou abertura corresponder uma superfície de

pavimento superior a 0.25 mz.

i) Os rodapés serão discriminados em rubricas próprias com a indicação da sua

secção. A medição será realizada em m. O comprimento será medido sobre o paramentoem que o rodapé estiver colocadoa.

1 As superfícies vistas correspondentes aos vãos das portas, no exemplo que se apresenta, forammedidas no pavimento do compartimento 2, de acordo com a indicação do movimento e, portanto, dacolocação das portas.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 195

Page 215: Regras de Medição - Lnec

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REV. EXECUTADO "irl-Situ”

Betonilha de cimento ao traço1:4. para regularização e colagemde tacos.

Portas P1Portas P2

TACOS E PARQUETE5

Tacos de pinho tipo parquete,assentes com cola branca, empavimentos.

Portas P1

Portas P2

Ngta: O rodapé sera medido no capítulorelativo a carpintarias

1.30 1.95

0.80 0.15

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2 Em geral, a área será determinada pelo produto do comprimento da directriz pela sua largura.

3 Exemplo: Casa de banho

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LADR/LHOS

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A deduzir: Banheira

Rodapé de ladrilho hidráulico depasta

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Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 216: Regras de Medição - Lnec

15.4 Revestimentos de escadas

a) A medição será efectuada separadamente, para os patins, degraus, guarda-chapins, rodapés e outros elementos.

b) A medição dos patins será realizada em mz.

c) O revestimento das superfícies inferiores dos lanços e patins será incluído em

rubrica própria1, de acordo com as regras estabelecidas para os tectos.

d) Os topos vistosz dos lanços e patins nas escadas com bomba ou de leque serão

medidos em rubricas próprias. Quando de madeira, ou de pedra, serao incluídos noscapítulos respectivos.

e) A medição do revestimento dos degrausa será efectuada separadamente paraespelhos e pisos, de acordo com as unidades seguintes:

- para revestimentos contínuos, mz;

- para revestimentos com peças lineares, em m.

f) Os focinhos dos degraus, quando executados de material diferente, serão medidos

em m, em rubricas próprias. Se forem metálicos ou de pedra, serão incluídos nos

respectivos capítulos. As faixas anti-derrapantes, incluídas por vezes no revestimento dospisos dos degraus, serão medidas em rubricas próprias, em m, com indicação das suas

dimensões (largura e espess`ura)4.

g) As regras de medição e as unidades respectivas das medições de

guarda-chapins (ou rodapés recortados), rodapés e outros elementos, serão os jáindicados neste capítulo para elementos semelhantes. No entanto, os rodapés dos lançosde escada serão medidos separadamente dos relativos aos patins.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 197

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Page 217: Regras de Medição - Lnec

1 No exemplo são indicados oselementos a medir, referidos nesta rubrica.

1 Ver figura.

1 Considerando por exemplo que a mediçãopara os degraus é de estes serem revestidos amarmorite a unidade de medição é em mz.Salienta-se que, como nos casos indicadospara o revestimento de pavimentos deazulejos, mosaicos hidráulicos e tacos, podeser incluído ou não na mesma medição abetonilha de regularização e a camada dedesgaste de marmorite.

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198 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 218: Regras de Medição - Lnec

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15.5 Revestimentos de tectos exteriores e interiores

a) A mediçao será realizada em mz.

b) As medições serão efectuadas separadamente, de acordo com o tipo de laje, (por

exemplo, maciças ou aligeiradas) e também comas características das suas superfícies,nomeadamente:

- horizontais ou inclinadas;- cun/as;- de outras formas.

c) As medições serão determinadas a partir das cotas de limpo das superfícies. Os

revestimentos das superfícies das vigas' serão incluídos nos revestimentos de paredes

ou dos tectos, conforme se situem no prolongamento das paredes ou nos tectos _

d) Quando os revestimentos de tectos não forem horizontais ou planos, as

medições serão realizadas de acordo com as dimensões efectivasz.

e) As áreas correspondentes a pilares, colunas, chaminés e outros elementos e os

relativos a aberturas (para passagens de condutas, canalizações e armaduras deinstalações de iluminação, etc.) só serão deduzidasa quando a cada elemento ou aberturacorresponder uma superficie superior a 0.25 mz.

f) As sancas, molduras e outros elementos de guarnecimento serão discriminados

em rubricas próprias4, com indicação da sua secção. A medição será realizada em m; ocomprimento será determinado sobre o paramento em que estes elementos foremexecutados ou colocados.

g) Os elementos de suportes dos revestimentos de tectos falsos serão, em geral,

discriminados em rubricas próprias, com indicação da sua constituição e respectivoselementos. A mediçãoõ será realizada em mz.

h) A medição7 dos tectos falsos por componentesa será também realizada em mz e

separada em rubricas próprias, de acordo com a constituição e as dimensões doscomponentes.

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LCurso sobre Regras de Medição na Construção H 199

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Page 219: Regras de Medição - Lnec

1 Num tecto vigado, orevestimento das superfícies dasvigas, conforme a sua localização,será incluído no revestimento do tectoou das paredes..

Z Em geral, a superfície serádeterminada pelo produto docomprinento da directriz pela sualargura. No caso, por exemplo, detectos cun/os ou em madeira, asmedições serão realizadas de acordocom as dimensões das superlciesefectivamente a revestir.

3 Do mesmo modo que para o revestimento de pavimentos, não serão deduzidas as áreas2correspondentes aos elementos indicados e de superfície igual ou inferior a 0,25 m para cada elemento.

4 Do mesmo modo que se indicou para as corníjas, tratando-se de elementos executados por corrimentode um molde, a medição será realizada em m. O mesmo se dará para elementos pré-fabricados e colocadospor aderência, como é o caso de frisos e molduras de estuque e outros materiais.

5 Estruturas de madeira, metálicas ou de outro material.

6 Os tectos falsos serão medidos de acordo com o material de que são executados.A estrutura de suporte, por exemplo, engradado de madeira, em tectos de estafe e estuque, será

incluída no capítulo de carpintaria. Se se trata de elementos de suspensão, são incluídos geralmente namedição do revestimento do tecto (estafe aramado, etc.).

7 0 que se indicou na alinea anterior, referente a elementos de suspensão, aplica-se ãmedição de tectosfalsos por componentes, isto é: os tectos falsos serão medidos de acordo com o material de que sãoexecutados.

A estrutura de suporte, por exemplo, engradado de madeira, em tectos de estafe e estuque, seráincluída no capítulo de carpintaria. Se se trata de elementos de suspensão, são incluídos geralmente namedição do revestimento do tecto (estafe aramado, etc.).

8Tectos falsos por componentes são os constituídos por elementos isolados e acabados, suspensos ouapoiados por meio de dispositivos apropriados.

200 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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16. REVESTHVIENTOS DE COBERTURAS |NCL|NADAS

16.1 Regras gerais1

a) As medições dos revestimentos serão agrupadas em subcapítulosz, conforme setrate de revestimento com telhas, soletos3, chapas metálicas, chapas de fibrocimento, etc.

b) As medições serão efectuadas de modo a serem individualizadas em rubricaspróprias4, tendo em atenção a forma e modo de colocação do material utilizado norevestimento, nomeadamenteãz

- natureza dos materiais constituintes;- dimensões das peças de revestimentos;- métodos de assentamento7;- condições de execuçãos.

c) As mediçoes serao obtidas a partir do projecto, ou directamente na obra, de modoa traduzirem a verdadeira grandeza das dimensões dos elementos9_

d) As dimensões englobam o fornecimento dos materiais e acessórios e todas asoperações necessárias àexecução dos revestimentos”.

e) Sempre que necessário, as operações indicadas na alínea anterior poderão serseparadas em alíneas próprias.

f) Os elementos especiais de cobertura, como telhas-passadeiras, ventiladoras, etc.,poderão, se necessário, serem medidos em separado“.

1 A medição dos revestimentos de coberturas em terraço será incluída nos capitulos Revestimentos eIsolamentos e impermeabilizações.

2 Conforme vem sendo salientado, as medições deverão ser agrupadas conforme o material de que éfeito o revestimento. 9

3 Soleto - Placa de ardósia para revestimento de coberturas.

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Page 221: Regras de Medição - Lnec

4 Como objectivo fundamental é de constituírem uma síntese das condições técnicas de maior interessepara a determinação dos custos e para a execução de cada tipo de trabalho.

5 Exemplo

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REVESTIMENTO DA COBERTURA

Revestimento Com telhamoldada de encaixe, de aba eCanal, sobre ripado

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6 Deverão ainda ser separadas se, por exemplo;- houver revestimento de telha moldada de encaixe ou de telha tipo romana;- houver revestimento, por exemplo, de chapa ondulada de fibrocimento, poderá haver

necessidade de separar o revestimento das chapas conforme a medida desta, etc.

7 _ ._Sobreposiçao, argamassa, ganchos de arame, etc.Poderá, por vezes, também haver conveniência em separar em rubricas próprias revestimentos dos

mesmos materiais mas em que as sobreposições pretendidas são diferentes.Também, por exemplo no que se refere àtelha, convirá individualizar a telha assente sobre ripado da

telha argamassada ou da telha aramada.

águas muito inclinados de outros com menor inclinaçao.8 No que se refere $ condições de execução, convirá, com certeza, individualizar os revestimentos de

9 Esta alínea tem como objectivo salientar que o revestimento das coberturas inclinadas não é medidopela sua projecção em planta.

202 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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1°Como exemplo, quando se faz a medição do revestimento com telha aramada, os ganchos estão“Í incluídos na operação; do mesmo modo, quando se faz a medição do revestimento com chapa de fibrocimentoLi os tirafundos ou grampos e anilhas estão incluídos na medição. Evidentemente que o caderno de encargos

1.5 deverá especificar o tipo de assentamento.Lê

A alínea e) permite, porém, que esses elementos possam ser considerados em alíneas próprias; issoporém depende do critério adoptado na medição. O mesmo sucede com os elementos especiais indicados naalinea f).

É evidente que o preço de aplicação utilizado para a elaboração do orçamento deverá ter emconsideração a incidência do custo dos acessórios, por unidade de medição, no caso destes estarem incluídos

z nos trabalhos previstos.

ilÊ? “As chaminés, ventiladores, respiros, etc., quando constituindo parte de instalações ou trabalhos5 _ . , _ ._ _ . _ _ _ _medidos em capitulo proprio (chamines de alvenaria, ventilaçoes de esgoto, etc.) nao são incluidos neste

capítulo.

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Page 223: Regras de Medição - Lnec

16.2 Revestimentos de coberturas'

a) As mediçõesz das águas ou tacaniças de uma cobertura de telhado serão

realizadas em mz, de modo a traduzirem o desenvolvimento totala da superfície a revestir.

b) As áreas correspondentes à intersecção de outros elementos (chaminés,

ventilações, etc_), só serão deduzidas quando superiores a 1,00 mz.

c) Os beirados, quando constituam um trabalho distinto do restante revestimento da

cobertura, serão medidos em rubrica própria, com indicação da natureza do material de

que são executados. A medição será realizada em m. Os cantos ou tornejos, sempre que

executados com peças especiais, serão medidos em rubrica própria, e a medição feita à

unidade (un) '_

d) As cumieiras, rincões e laróss, serão discriminadas em rubricas próprias, com

indicação da natureza do material de que são executadas. As medições serão realizadasem m. '

e) Na medição do revestimento da cobertura das trapeiras, serão tidas emconsideração as regras formuladas anteriormente.

f) As medições do revestimento de superfícies verticaiss, com material idêntico ao das

coberturas, será feito de acordo com as regras anteriores.

g) As telhas de vidro e elementos de ventilação não constituídos por caixilhos' serão

medidos àunidade.

h) Os acrotérios, coroamentos das paredes, as balaustradas, as grades de

resguardo, escadas e patins para limpeza de chaminés e outros elementos afins, serãomedidos nos respectivos capítulosa, de acordo com o material de que são executados.

i) As chaminés, ventiladores e respiros, quando constituindo parte de instalações ou

trabalhos medidos em capítulos próprios (chaminés de alvenaria, ventilações de esgoto,etc.) não serão incluídos neste capítulo9_

' incluem remates de material semelhante ao do revestimento, como cumieiras, rincões, telhões dealgeroz, etc.. Os remates de zinco ou semelhantes, geralmente executados por funileiro ou picheleiro, serãoconsiderados em drenagens de aguas pluviais.

2 As madres, varas e ripas serão consideradas no capitulo relativo a carpintarias.

204 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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3 Esta alinea tem como objectivo salientar que Opela sua projecção em planta.

4 Nas coberturas com a queda livre das águas d

deverão ser medidos em rubrica própria.Também os cantos ou tornejos de beirado são por veze

(geralmente um conjunto de 11 peças) fornecidas emdeverão ser medidos também em rubrica própria;

revestimento das coberturas inclinadas não é medÍd0

HS Chuvas, nem sempre o beirado e executado commaterial e t'cnica dif r nte da d ' d '

e e e as aguas O revestimenm da Cobertura. Sempre que tal suceda, os beirados

S executados com peças apropriadas e espeCia¡SSeparado pelas cerâmicas. Quando tal se preveja.

REVESTIMENTO DACOBERTURA

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Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 225: Regras de Medição - Lnec

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5 São casos raros mas por vezes utilizados no revestimento de trapeiras e de paredes de corpossalientes da cobertura.

7 Quando se preveja a aplicação de elementos estranhos ao material do revestimento da cobertura, `como telhas de vidro, calotas de plástico etc., integrados no próprio revestimento, deverão ser medidos em drubrica própria. Quando esses elementos forem por exemplo clarabóias, Ianternins e outros elementos com ',caixilhos, serao medidos nos capítulos respectivos em que forem considerados os trabalhos de execução dosrespectivos suportes.

Assim, se a armação para assentamento dos vidros for em perfis metálicos, serão considerados nocapítulo referente a caixilharia metálica e, se forem de madeira, no de caixilharias de madeira, etc.. 5

8 Todos os elementos estranhos ao revestimento da cobertura serão considerados nos respectivoscapítulos, de acordo com o material de que são executados. .

Assim, as chaminés de tijolo serão consideradas nas aivenarias; as balaustradas no capítulo respectivo 'do material de que forem executadas; as guardas metálicas nas serralharias, etc.

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Se porém se tratar por exemplo de chaminés de fibrocimento, deverão ser incluídas no capítulo derevestimento da cobertura, mas em rubrica própria, de acordo com a alinea f) das regras gerais.

9 Ver nota da alinea anterior. _

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206 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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16.3 Drenagem de águas pIuviais1

a) As caleiras de algeroz ou de Iarósz serão medidas em rubricas próprias, tendo emconsideração não só 0 material de que são constituídos e modo de execução e apoio,como o desenvolvimento das suas secções transversaiss. A medição será realizada em m.

b) Os tubos de queda de águas pluviais, zinco, chapa zincada, fibrocimento oumaterial plástico, serão medidos em rubricas próprias, tendo em consideração a naturezado material constituinte e as condições de execução4. A sua medição será realizada em m.

Os funis, bacias, ralos ou outros acessórioss, quando existirem, serão medidos àunidade

(un) .

c) Os remates com paramentos verticais (abas, rufos e canais)6 serão medidos emrubricas próprias, com indicação do material de que são executados. A medição serárealizada em m.

'Os trabalhos de drenagem de águas pluviais, tanto de coberturas inclinadas como de terraços,executados com os materiais tradicionais (principalmente zinco) geralmente por funileiro ou picheleiro,constituindo também remates entre revestimentos e elementos de construção, serão considerados nestecapítulo.

Os tubos de queda, quando exteriores aos paramentos, mesmo que constituídos por outro material,poderão também ser aqui considerados. No entanto, as redes de esgoto de águas pluviais, geralmente situadasno interior do edificio, serão consideradas no capítulo relativo a Instalação de esgoto de águas pluviais.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 207

Page 227: Regras de Medição - Lnec

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3 Chamamos aqui somente a atenção para, na medição das caleiras de algeroz, serem tomados emconsideração não só o modo de apoio e fixação mas o desenvolvimento da sua secção transversal. Com efeito,não convirá englobar na mesma rubrica algerozes apoiados em caleira de alvenaria ou no madeiramento dotelhado e algerozes apoiados em grampos ou consolas; do mesmo modo, haverá que atender aodesenvolvimento da sua secção transversal, pois o seu preço va riará de acordo com a quantidade de chapaaplicada por metro.

Na maioria dos casos, poder-se-á tomar a secção média para efeitos da elaboração do preço unitáriomédio.

4 Na medição do revestimento de coberturas, adoptou-se o critério tradicional de incluir os trabalhos dedrenagem de águas pluviais normalmente executados por funileiro ou picheleiro. De acordo também com o queé usual, estendeu-se esse critério aos trabalhos feitos com material de fibrocimento ou plástico.

5 Julgou-se conveniente medir em separado os funis, bacias, raios ou outros acessórios, que variamconforme o tipo de ligação que se pretende entre as caleiras e os tubos de queda.

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208 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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17. VIDROS E ESPELHOS

17.1 Regras gerais'

a) As medições serão realizadas de modo a serem individualizadas e descritas emrubricas próprias, de acordo com as seguintes caracteristicas:

- Tipo, qualidade e padrão do vidro, de acordo com a classificação comercialcorrente, nomeadamente: vidro liso (corrente, escolhido e para espalhar),polido ou despolido e impresso, e vidros especiais tais como o vidro armado,temperado, térmico, etc.;

- Espessura nominal do vidro em mm;- Classe da dimensão superflcial de cada chapaz;- Natureza do enquadramento ou suporte onde o vidro será montado,

nomeadamente caixilhos de madeira, de alumínio, de cimento, etc.;- Sistema de montagem, principalmente o tipo de fixação e de vedante;- Em casos especiais, os tipos de acabamento ou decoração, tais como:

gravura, acabamento de arestas e cantos, abertura de furos, filetes, rincoes,etc..

b) Os materiais semelhantes ao vidro e com as mesmas funções serao medidospelas mesmas regras.

c) As medições deverão indicar as referências de identificação dos suportes de vidro,ou locais de aplicação mencionados no projecto, de forma a permitir a sua verificação.

d) A medição compreenderá o fornecimento, corte e colocação, incluindo os materiais

de fixaçao e de vedaçao3.

e) Na medição de espelhos, além das caracteristicas enunciadas na alínea a), devemser consideradas também as seguintes:

- qualidade de espelhagem;-tipo de cobertura do tardoz;-tipo de acabamento de arestas, de decoração, número de furos, etc.;- tipo de fixação e acessórios.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 211

Page 231: Regras de Medição - Lnec

4

l) As medidas para o cálculo da medição de chapas de vidro ou de espelho serãosempre obtidas do menor rectângulo circunscrito, com arredondamento ao cm nas medidaslineares.

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1 A medição dos mosaicos de vidro será incluída no capítulo relativo a Revestimentos. Os tijolos etelhas de vidro serão medidas respectivamente pelas regras relativas a Alvenarias, e a Revestimentos deCoberturas. "

2 O preço do vidro depende, além de outras caracteristicas, da classe de dimensões superficiais em que ,"as chapas se podem incluir. Por este motivo, será necessário separar em rubricas próprias as chapas relativas$ diferentes classes de dimensões superficiais estabelecidas pela Comissão Técnica Coordenadora dosComerciantes de Vidros e Espelhos. Sempre que as dimensões das chapas excederem as dimensões normaisde fabrico, deverá ficar convenientemente explicito.

3 A medição dos bites será incluída na dos caixilhos.

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212 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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b) As medidas para a determinação das medições são as das dimensões do vão.

17.4 Portas ejanelas de vidroE.

Í a) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), para o conjunto dosri

, elementos principais e acessorios, com indicaçao das seguintes caracteristicas:Ê, - constituição;

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“ -tipo de ferragens.

b) Os guarnecimentos de vãos e os aros serão medidos nos capitulos relativos ásff~"~RT

natureza dos respectivos trabalhos.Ê:

c) As medidas para a caracterização das medições serão as das folhas.¬._i

i.i«tj 17.5 Persianas com lâmina de vidrori 1

âšl a) A medição será realizada segundo as regras relativas a portas ejanelas de vidro,Ê i

com indicação do número e dimensões das lâminas de cada elemento.l

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a) Regra geral, a medição de espelhos será realizada a unidade (un), incluindo,~,.E_¬_..._....

ferragens, com indicação das respectivas dimensões.

z b) Os espelhos integrados em caixilhos serão medidos pelas regras indicadas em~ chapa de vidro em caixilhos.

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c) Os espelhos com função de revestimentos (por exemplo em casas de banho,integrados em mobiliário, etc) serão medidos em mz.

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18. PINTURAS

18.1 Regras gerais'

a) As medições serão realizadas de modo a ficarem individualizadas e descritas em

rubricas próprias, de acordo com as seguintes características:- natureza do trabalho, nomeadamente: pintura e tinta de esmalte, a tinta de

água, caiação, velatura, enceramento, envernizamento, metalização a frio, eoutros trabalhos semelhantes;

- natureza e qualidade dos materiaisz;- natureza e acabamento da superfície `a pintars;- trabalhos preparatórios da superfície a pintar (limpeza, decapagem, lixagem,

selagem, isolamento de nós, remoção de pintura, etc.);- trabalhos preparatórios da pintura, nomeadamente: número de demãos de

primários e barramentos;-trabalhos e número de demãos de acabamento;- condições de execução.

b) As medições serão em regra ordenadas em grupos correspondentes à natureza

dos trabaIhos4 relativos à execução dos elementos a pintar. Dentro de cada grupo, aordenação será idêntica àadaptada no capítulo relativo a esses trabalhoss.

c) A medição englobará todas as operações relativas à execução dos trabalhos de

pintura, nomeadamente os de fornecimento e preparação de materiais, os trabalhos depreparação das superfícies e preparatórios de pintura e a pintura propriamente dita, comseu acabamento.

d) Regra geral, as pinturas, principalmente as de grandes superfícies, serão medidas

em mz, com as excepções indicadas nas alíneas das rubricas seguintes.

e) As medidas para a determinação das medições serão, em geral, as estabelecidas

no capítulo relativo a Revestimentos. No caso de superfícies irregulares ou superfícies

onduladas, a medição será determinada a partir da área de projecção da superfície a

Curso sobre Regras de Medição na Construção 215

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Page 235: Regras de Medição - Lnec

pintar sobre a superfície de bases e separada em rubricas próprias. O acréscimo nãoconsiderado será incluído no respectivo preço unitário.

t) As medições de pintura de perfis7 cujo perímetro pintado não exceda 0,30 m serãofeitas em m e agrupadas em rubricas correspondentes a 3 classes de dimensões do

perímetro pintados.

g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em mz. A áreade pintura será obtida pelo produto do desenvolvimento do perímetro pintado pelocomprimento do perfil.

h) A medição da pintura de tubos e condutas será realizada de acordo com as regrasindicadas nas alíneas f) e g) anteriores. O perímetro pintado será determinado a partir do

diâmetro exterior.

i) A pintura de pequenas peças isoladas será medida àunidade (un) .

j) Os trabalhos especiais de pintura, como por exemplo os de decoração, não sãoobjecto destas regras. O medidor deverá indicar no enunciado da medição destes trabalhosas regras que adoptar.

I) Quando os elementos de construção são fornecidos para a obra já pintados, amedição da pintura poderá ser incluída nos trabalhos de execução daqueles elementos,conforme foi referido nas alíneas 09 dos capitulos Carpintarias e Serralharias.

1 Este capitulo inclui todos os trabalhos que possam ser considerados como pintura em sentido lato,como, por exemplo: caiação, envernizamento, enceramento, metalização a frio, etc.. Os acabamentos como oenceramento e limpeza de pavimentos, o revestimento a papel, etc. são incluídos no capítulo relativo aAcabamentos.

2 A natureza e qualidade dos materiais diz respeito àcomposição das tintas, primários, etc.. Neste caso,serão individualizadas as pinturas de qualidade diferente como, por exemplo: tinta de água para exteriores, tintade água para interiores, etc..

3 Por natureza e acabamento da superfície a pintar, entende-se que deverá ser individualizada, porexemplo, a pintura sobre madeira, a pintura sobre ferro, a pintura sobre reboco áspero, sobre reboco liso, etc..É evidente que não só a composição da tinta ou preparação da base são diferentes como a quantidade de tintae outros elementos necessários àpreparação das superfícies varia.

4 Por exemplo, pintura de elementos em betão, de estruturas metálicas, carpintarias, serralharias,paredes, pavimentos e tectos (ou dos seus revestimentos), canalizações, etc..

216 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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5 Na medição de pinturas de carpintarias, por exemplo, seria de adoptar a seguinte ordenação: pinturade estruturas, escadas, portas e janelas, guardas, balaustradas e corrimãos, revestimentos e guarnecimentos,e equipamento.

6 Considera-se superfície de base a que define a orientação geral da superfície.

7 Exemplo de alguns elementos com forma de perfil: rodapés, frisos, molduras, algerozes, corrimaos,etc.. Para facilitar a medição de pinturas de peças compridas , cujo perímetro a pintar não exceda 0,30 m,optou-se pela medição em m por facilitar a determinação do custo pela aplicação de um preço unitáriodeterminado em conformidade.

8 classes de dimensões do perímetro pintado designadas por:

| Classe A Perímetro pintado S 0,10 mClasse B 0,10 m < Perímetro pintado S 0,20 m

I Classe C 0,20 m < Perímetro pintado S 0,30 m

9 Carpintarías

f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes (envernizamento, enceramento, etc.)serão considerados no capítulo Pinturas, principalmente quando estes trabalhos forem executados no estaleiroda obra.

Salienta-se que quando se trata de elementos que venham prontos de fábrica, não haverá qualquerinteresse na separação das rubricas, caso dos estores, mas já o mesmo se não verifica quando ofornecimento, o assentamento e o acabamento são feitos por sub-empreiteiros diferentes, situação em que é detodo imprescindível a referida separação.

Serralharias

f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes serão considerados na rubrica Pinturas,principalmente quando estes trabalhos forem executados no estaleiro. No entanto, a medição compreenderá adecapagem e a aplicação sobre os elementos duma protecção, sempre que as especificações do projectoexigirem a execução destes trabalhos antes do fornecimento daqueles elementos.

Salienta-se que em serralharias de alumínio não haverá que considerar a decapagem, mas sim apenasa anodização e respectiva protecção até acabamento dos trabalhos de montagem na obra. Em serralharias deaço, já haverá que considerar a decapagem e metalização, sempre que as especificações do projecto oexigirem.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 217

Page 237: Regras de Medição - Lnec

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18.2 Pintura de estruturas metálicas

....,_.s.....¿.4.z.....z...a) Regra geral, a medição será realizada de acordo com as regras gerais indicadas Íneste capítulo. *-

b) Quando for conveniente a medição poderá ser realizada em kg, segundo o pesodos elementos constituintes da estrutura metálica1.

c) Os elementos indicados na alínea anterior deverão ser separados em rubricas `próprias, de acordo com a dificuldade de execução da pinturaz, segundo as classes de Aperfis indicadas na alínea f) das Regras Gerais do capítulo Estrututas Metálicas.

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1 É usual a medição das estruturas metálicas ser realizada em kg. Julgou-se prático utilizar estaunidade para realizar a medição de pintura desses elementos. i

2 Do mesmo modo que a medição dos elementos de estrutura devem ser separados de acordo com as =dimensões dos elementos constituintes, julgou-se de separar em rubricas próprias a pintura desses elementos, l. . , . ide acordo com a dificuldade de pintura e areas a revestir para cada elemento.

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218 Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 238: Regras de Medição - Lnec

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18.3 Pintura de portas e portoes1

a) A medição da pintura das folhas será realizada em mz em ambas as faces.r

b) A medição da pintura dos guarnecimentos e dos aros será realizada de acordocom as regras das alíneas f) e gz) das Regras Gerais deste capítulo.

c) A pintura de portas e portões que implique dificuldades especiais de execuçãoa,, poderá ser medida separadamente em rubricas próprias.

d) A pintura de portões metálicos com grande número de motivos ornamentaispoderá ser medida àunidade (un) .

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1 As portadas de janelas serão também medidas por estas regras.:fil

2 f) As medições de pintura de perfis cujo perímetro pintado não exceda 0,30 m serão feitas em m e, agrupadas em rubricas correspondentes às 3 classes de dimensões do perímetro pintado que se indicam:

À Classe A Perímetro pintado S 0,10 mClasse B 0,10 m < Perímetro pintado S 0,20 m

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*Í-il Como exemplo de alguns elementos com forma de perfil, têm-se os rodapés, frisos, molduras,ifl” _algerozes, corrimaos, etc..Para facilitar a medição de pinturas de peças compridas , cujo perímetro a pintar não exceda 0,30 m,

ioptou-se pela medição em m por facilitar a determinação do custo pela aplicação de um preço unitário

- determinado em conformidade.

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g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em mz. A área de pintura seráobtida pelo produto do desenvolvimento do perímetro pintado pelo comprimento do perfil.

r 3 Nomeadamente portas almofadadas, envidraçadas, etc.

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Curso sobre Regras de Medição na Construção 219

Page 239: Regras de Medição - Lnec

18.4 Pintura dejanelas e envidraçados1

a) Os caixilhos, para efeito de medição da respectiva pintura, serão agrupados, de

acordo com a área vista de cada peça de vidro em classesz. Quando o mesmo caixilho

tiver peças de vidro correspondentes a mais de uma classe, deverá ser classificado na

classe correspondente àda área média dos vidros.

b) A pintura dos elementos componentes dos caixilhos pertencentes áclasse D será

medida segundo as regras das alíneas O e g)3 das Regras Gerais deste capítulo.

c) A medição da pintura dos caixilhos pertencentes $ classes A, B e C será realizada

em mz, em ambas as faces, separando em rubricas próprias os trabalhos relativos a

caixilhos correspondentes a diferentes classes.

d) Regra geral, a medição da pintura de aros e guarnecimentos será feita. . . . , 4separadamente, em rubricas proprias, pelas regras enunciadas nas al/neas f) e g) das

Regras Gerais. No entanto, no caso de caixilhos fixos, a medição da pintura desteselementos poderá ser incluída na dos caixilhos, caso estes trabalhos se realizem emconjuntos.

e) As medidas para a determinação das medições serão as utilizadas na medição dos

próprios elementosö, excepto no que respeita às dos perímetros pintados dos aros,guarnecimentos e caixilhos da classe D que serão obtidas de acordo com o indicado nas

alíneas I) e g) das regras gerais deste capítulo.

1 Nesta rubrica incluem-se, além das janelas de peito e de sacada, outros elementos envidraçadossemelhantes, como por exemplo as clarabóias.

2 Regra geral, os pintores não orçamentam os trabalhos de pintura de caixilhos por m2 de pintura, massim àunidade, o que origina sempre grandes diferenças entre os orçamentos elaborados por medição e oselaborados zi unidade. Dada a dificuldade de estabelecer regras para a medição á unidade - e consequentefixação do custo deste trabalho - optou-se pela solução de fixar classes diferentes para os vários tipos decaixilhos, a que corresponderão preços unitários diferentes.

A determinação dos preços unitários deverá ser feita por obsen/ação directa de cada classe de caixilhosconsiderados, o que diminuirá as diferenças entre os dois critérios de medição.

Como exemplo, apresentam-se esquemas de caixilhos para as várias classes, nos quais se verifica serfácil a separação pelas classes.

220 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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À classe A correspondem caixilhosde vidros pequenos, geralmente compinásios cruzados.

inferior a 0.10 m2

À classe B correspondem asjanelas de peito, actualmente usadascom poucos ou nenhuns pinásios.

A classe C correspondemprincipalmente as portas de sacadade um ou dois batentes, de grandesvidros.

À classe D correspondemgeralmente, os grandesenvidraçados, montras, etc..

Assim, para a elaboracão do orçamento de portas e janelas, é necessário dispor dos preços unitarioscorrespondentes aos seguintes elementos:

1 - Preço para pintura de superfícies

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2 - Preço para pintura de perfis e de caixilhos das classes A, B, C e DCada um destes preços é determinado por obsen/ação directa em função da quantidade de tinta e

outros materiais necessários àpreparação das superfícies, e da mão-de-obra empregue.

Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 241: Regras de Medição - Lnec

3 . .. . . . . ...f) As mediçoes de pintura de perfis cujo perimetro pintado nao exceda 0,30 m serão feitas em m eagrupadas em rubricas correspondentes 3 3 classes de dimensões do perímetro pintado que se indicam:

Classe B 0,10 m < Perímetro pintado S 0,20 mClasse C 0,20 m < Perímetro pintado S 0,30 m

1) Classe A Perímetro pintado S 0,10 m ;

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Como exemplo de alguns elementos com forma de perfil, têm-se os rodapés, frisos, molduras,algerozes, corrimãos, etc..

Para facilitar a medição de pinturas de peças compridas , cujo perímetro a pintar não exceda 0,30 m,optou-se pela medição em m por facilitar a determinação do custo pela aplicação de um preço unitáriodeterminado em conformidade.

g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em mz. A área de pintura seráobtida pelo produto do desenvolvimento do perímetro pintado pelo comprimento do perfil.

“Ver nota da alínea b).

5lsto é, caso a pintura dos caixilhos fixos e dos aros se faça no decorrer das mesmas operações.

°Por exemplo, as medidas para a elaboração da medição dos trabalhos de pintura dum determinadocaixilho serão as utilizadas na medição dos trabalhos de execução do caixilho (alíneas e) de Portas, janelas eoutros elementos em vãos, dos capítulos Carpintarias e Serralharias).

222 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 242: Regras de Medição - Lnec

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18.5 Outros elementos em vãos

a) A medição da pintura de outros elementos em vãos - nomeadamente estores,

persianas, grades de vãos, portas de lagarto, redes e grelhas - será realizada em mz nas

duas faces, em rubrica própria, para cada tipo de elemento com as mesmas características.

b) As grelhagens de betão serão medidas segundo as regras da alínea anterior.

c) As caixas de estore serão medidas segundo as regras indicadas nas alíneas f) eg)1 das Regras Gerais deste capítulo. _

d) As medidas para a determinação de medições serão as do enquadramento do vãoonde os elementos se inserem.

'f) As medições de pintura de perfis cujo perímetro pintado não exceda 0,30 m serão feitas em m eagrupadas em rubricas correspondentes às 3 classes de dimensões do perímetro pintado que se indicam:

Perímetro pintado É 0,10 m0,10 m < Perímetro pintado É 0,20 m V0,20 m < Perímetro pintado É 0,30 m

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Como exemplo de alguns elementos com forma de perfil, têm-se os rodapés, frisos, molduras,algerozes, corrimãos, etc..

Para facilitar a medição de pinturas de peças compridas , cujo perímetro a pintar não exceda 0,30 m,optou-se pela medição em m por facilitar a determinação do custo pela aplicação de um preço unitáriodeterminado em conformidade.

g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em mz. A área de pintura seráobtida pelo produto do desenvolvimento do perímetro pintado pelo comprimento do perfil.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 223

Page 243: Regras de Medição - Lnec

18.6 Pintura de grades, guardas, balaustradas e corrimãos

a) A pintura de grades e guardas constituídas por perfis, serão medidas em mz, numaface, em rubrica própria, para cada tipo de elemento com as mesmas características.

b) A medição da pintura dos corrimãos isolados ou dos que recebam uma pinturadiferente da respectiva guarda será realizada segundo as regras indicadas na alíneaalíneas I) e g)'das Regras gerais deste capítulo.

c) No caso de elementos especiais, como por exemplo balaustres e acrotérios, amedição deverá ser feita àunidade (un).

1 f) As medições de pintura de perfis cujo perímetro pintado não exceda 0,30 m serão feitas em m eagrupadas em rubricas correspondentes à 3 classes de dimensões do perímetro pintado que se indicam:

massa A Perímetro pintado É 0,10 m“asse B 0,10 m < Perímetro pintado É 0,20 mClasse C 0,20 m < Perímetro pintado É 0,30 m

Como exemplo de alguns elementos com forma de perfil, têm-se os rodapés, frisos, molduras,algerozes, corrimãos, etc..

Para facilitar a medição de pinturas de peças compridas , cujo perímetro a pintar não exceda 0,30 m,optou-se pela medição em m por facilitar a determinação do custo pela aplicação de um preço unitáriodeterminado em conformidade.

g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em mz. A área de pintura seráobtida pelo produto do desenvolvimento do perímetro pintado pelo comprimento do perfil.

224 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 244: Regras de Medição - Lnec

18.7 Pintura de equipamento fixo e móvel

a) Regra geral, a medição será realizada àunidade (un) .

b) A medição da pintura de elementos de equipamento com grandes superfícies lisas

(nomeadamente armários t"ixos1) poderá ser realizada mz. Deverão ser explicitadas as

faces e vistas a pintar. A área de medição deverá corresponder àárea explicitada.

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1 Os armários fixos são geralmente pintados nas superfícies exteriores, nas superfícies interiores dasi portas e nas vistas da armação interior. Por isso se chama a atenção para a necessidade de se fazer a

indicação da área a pintar.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 225

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Page 245: Regras de Medição - Lnec

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Page 246: Regras de Medição - Lnec

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19. ACABAMENTOS

19.1 Regras gerais ç

Nesta designação, incluem-se todos os trabalhos que não se encontram incluídosnos Capítulos anteriores e/ou seguintes e que são constituídos por trabalhos finais de uma »¡obra.

19.2 Afagamento e acabamento de pavimentos de madeira e cortiça

a) A medição será realizada em mz e indicará a espécie da madeira e a forma em quese apresenta1 (réguas, tacos, parquetes-mosaico, etc.). ,j

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b) Deverá indicar-se, além das demãos de cera ou verniz, os trabalhos preparatórios ›¡a realizar e o aspecto final pretendidoz.

c) O tipo e especificação técnica dos materiais de acabamento e preparação deverão

ser claramente indicados.

1 Esta recomendação é feita pela circunstância de ser muito variável o rendimento das máquinas de _afagar, como o consumo de lixas e o próprio tipo destas, face às caracteristicas das madeiras a tratar. A dureza .das madeiras e o seu conteúdo em óleos e resinas têm influência significativa nos rendimentos e na qualidadedas lixas.

2 A especificação do material, as demãos e o aspecto final pretendido, para além de estarem ,relacionados com a qualidade da preparação e meios referidos na nota anterior, é também determinante daquantidade e qualidade das operações.

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Page 247: Regras de Medição - Lnec

19.3 Acabamento de pavimentos de ladrilhos cerâmicos, de

mármore e pastas compósitas

a) A medição será realizada em mz e deverá indicar o tipo de tratamento previsto, osmateriais a aplicar e o aspecto final desejadoi.

1 Quer se trate de ladrilhos cerâmicos, quer de mármore ou pastas compósitas, ainda que tenha havidoo cuidado de os proteger após o assentamento, sera sempre necessário um tratamento final de acabamento.Este será mais ou menos cuidado, conforme o aspecto final desejado e a utilização prevista. A medição deveráespecificar o material ou materiais a utilizar, ainda quando se pretenda simplesmente obter a aparência deestado natural.

228 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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19.4 Acabamento de pavimentos com alcatifas, tapetes ouS passadeiras

¿_.¿ a) A medição1 das alcatifas será realizada ao mz, com indicação do número de vãos' i

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indicação das suas dimensões.

b) A qualidade, a cor e a estrutura da alcatifa, tapete ou passadeira, bem como afixação e remates previstos, deverão ser claramente especificados na mediçãoz.

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5, 1Estas medições deverão identificar bem os compartimentos e outros locais onde são aplicadas.fi

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Page 249: Regras de Medição - Lnec

19.5 Acabamento de paredes com papel colado ou panos

decorativos1

a) A mediçãoz será realizada ao mz, com a indicação da quantidade e dimensão devaos a contornara.

b) A qualidade e características do material, como da base intermediária4 (se for casodisso), e os remates previstos, deverão ser bem definidos na medição.

1 São geralmente considerados como revestimentos decorativos, e a eles compete conferir, quando ascamadas de revestimento anteriores não o tenham conseguido, o aspecto requerido pelas exigências funcionaisde conforto visual. Fazem parte deste tipo os revestimentos comercializados em rolo, os quais sãoconsiderados como revestimentos flexíveis destinados a aplicação por colagem (colas celulósicas correntes oude resinas vinílicas) aplicada em toda a superfície de contacto com o suporte.

Os tipos de materiais constituintes mais correntes são o papel pintado, revestimento vinílico sobrepapel, revestimento plástico, revestimentos têxtil sobre papel e os revestimentos de laminado de cortiça.

São classificados como não laváveis, se não permitem a eliminação de quaisquer sujidades húmidassem se degradarem; moderadamente laváveis, se a maior parte das sujidades domésticas de veiculo aquosopodem ser eliminadas com pano ou esponja macia humedecida com água adicionada de sabão e /avaveis seas sujidades domésticas de veículo aquoso e algumas com base em solvente, podem ser eliminadas porfricçao com esponja ou com escova macia humedecidas com água e sabao.

2 Estas medições deverão identificar bem os compartimentos e outros locais onde são aplicadas.

3 Pelas mesmas razões apontadas para as alcatifas, embora com influência menos significativa, dadasas larguras dos papéis e panos e a circunstância de existirem sempre costuras, a caracterização dassuperfícies a revestir tem bastante importância pela influência na mão-de-obra de assentamento.

4 Sobretudo quando se trate de estuques virgens; a aplicação destes materiais de acabamento exige, porvezes, a utilização de um intermediário de preparação, que tem que ser especificado e medido. Para os panos,sobretudo os de mais alto custo, a aplicação poderá exigir a utilização de bastidores de madeira e molduras deremate.

230 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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19.6 Outros acabamentos

a) O critério de medição será sempre encontrado a partir das condições habituais de

aplicação dos materiais, tendo-se em atenção as suas dimensões de fabrico econsequentes desperdícios não recuperáveis na obra, como no caso das alcatifas.

b) Quando sejam fornecidos em pasta, produto pastoso ou líquido, a medição dos

trabalhos processa-se como se recomendou para as pinturas (mz) e de acordo com as

regras ali expressas que melhor se adaptem ao tipo de acabamento em análise.

c) Sempre que o acabamento previsto exija preparação prévia das superfícies, ou a

aplicação de material intermediário, as operações correspondentes serão descriminadas eobjecto de medição em separado.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 231

Page 251: Regras de Medição - Lnec

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20. INSTALAÇOES DE CANALIZAÇAO

20.1 Regras gerais1

a) As medições serão realizadas de modo a ficarem individualizadas nos subcapitulos

que constituem o presente capítuloz.

_ b) As medições dos trabalhos que normalmente não são executados por empresas

especializadas em canalizaçoes serao consideradas separadamente em grupos própriosaou nos capítulos referentes a esses trabalhos.

c) Regra geral, a medição englobará as operações de fabrico, fornecimento,

execuçao, assentamento ou montagem.

d) Sempre que necessário, as operações indicadas na alínea anterior poderão sermedidas separadamente em rubricas próprias.

e) As mediçoes serão individualizadas, em rubricas próprias de acordo com as

características das canalizações, principalmente as seguintes:

- natureza dos materiais constituintes dos tubos e acessórios;

- características dos tubos e acessórios nomeadamente: diâmetro nominal (DN),classe ou série e outras características (como por exemplo tubos soldados ousem costura, etc.);

-tipo de ligação dos tubos;-tipo de protecção, de isolamento e de acabamento das canalizações;

condiçoes de execuçao4.

f) Regra geral, a medição da canalização será realizada em m, incluindo os

acessórios dos tubos. As medidas serão determinadas entre eixos dos equipamentos aligar.

g) Regra geral, o equipamento será medido à unidade (un) , segundo as

características próprias de cada componente, (torneira, esquentador) ou elemento deconstrução (fossa séptica, câmara de visita).

Curso sobre Regras de Medição na Construção 233

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Page 253: Regras de Medição - Lnec

h) A medição dos roços será realizada em m, segundo as medidas indicadas paraas respectivas canalizações. As furações no tosco para atravessamentos de canalizaçõesou fixações de cada elemento de equipamento serão medidas àunidade (un), incluindo os

acompanhamentos com argamassa ou a chumbagem. A execução de reservas emelementos de betão, antes da realização das betonagens, não serão medidasseparadamente, devendo considerar-se incluidas nos preços de execução daqueleselementos.

1 Nestas Regras Gerais entende-se que devem ser reforçados os objectivos e princípios baseestabelecidos para as regras de medição dos diferentes trabalhos, salientando-se as tarefas exclusivas domedidor relativamente a:

- Estudo do projecto completo (peças escritas e desenhadas), tendo em vista a conformidade entreas referidas peças, dado que podem ser contraditórias ou omissas;

- Eventuais esclarecimentos que devem ser obtidos junto do autor do projecto ou, na falta deste, juntode técnicos com conhecimentos da matéria em causa;

- Medição sempre sobre as peças desenhadas, independentemente da existência de listas de mediçõesnas peças escritas. Aconselha-se a que, mesmo havendo confiança no gabinete que projectou, sejarealizada uma comprovação em dois ou três tipos de materiais, uma vez que em casos litigiosos:

a) as peças desenhadas prevalecerão sobre todas as outras quanto à localização, àscaracterísticas dimensionais e àdisposição relativa das suas diferentes partes;

b) havendo divergências entre as peças desenhadas, considera-se na prática corrente que o

elemento a maior escala prevalece sobre outro a escala mais reduzida;

c) o mapa de medições prevalecerá no que se refere ànatureza e quantidade dos trabalhos;

d) em tudo o mais prevalecerá o que constar da memória descritiva e restantes peças do

projecto.

Salienta-se ainda que estas regras se destinam á medição de projectos (e neste caso têm comoobjectivo possibilitar o lançamento de concursos ou consultas 3 empresas), ou de obras, para efeito dospagamentos respectivos. No entanto, para que seja possivel às empresas fazerem a elaboração correcta deorçamentos, ou a preparação organizada dos trabalhos, é necessário que os respectivosmedidores-orçamentistas calculem as quantidades exactas dos materiais principais (tubos, acessórios eequipamento) e dos materiais de aplicação (parafusos, grampos, linho, alvaiáde, etc.) por percentagem, eprocedam àavaliação separada de mão-de-obra e equipamento de execução necessários, de acordo com osrendimentos obtidos em trabalhos anteriores de aplicação de materiais semelhantes.

2 As instalações de canalizações compreendem a rede de canalização e o equipamento. A rede decanalização é constituída pelos tubos e seus acessórios (curvas, joelhos, uniões, forquilhas, etc.). Comoequipamento consideram-se todos os componentes, aparelhos ou elementos, interpostos na rede ou colocados

234 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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na sua extremidade, como por exemplo: torneiras, válvulas, sifões, câmaras de visita, louças sanitárias, fossassépticas, esquentadores, etc.

3 A medição da execução de canalizações com tubos de grés e de betão, abertura e tapamento deroços, fossas sépticas e outros trabalhos semelhantes, geralmente da atribuição do empreiteiro dos toscos,deverão ser separadas em grupo próprio - trabalhos de construção civil. As medições dos trabalhos jáconsiderados noutros capítulos (como os de movimento de terras para execução das instalações, as pinturas,etc.) deverão ser incluidas nesses capitulos, excepto se forem da atribuição do empreiteiro de canalizações.Ficará ao critério do medidor optar por um dos seguintes tipos de organização dessas medições:

- Em cada subcapitulo relativo a determinado tipo de instalação, considerar um grupo própriopara os trabalhos de construção civil;

- Reunir em subcapitulo próprio todos os trabalhos de construção civil relativos aos vários tiposde instalações.

4 Em geral, para efeito de medição, não será feita distinção entre tubagens situadas em paredes, empavimentos ou em tectos, se corresponderem a condições normais de execução.

No entanto, por constituírem condições diferentes de execução deverão considerar-se sempreseparadamente as medições dos seguintes trabalhos:

- canalizações enterradas;- canalizações em elevação.

As canalizações em elevação serão ainda separadas em:- canalizações àvista;- canalizações embebidas em roço;- canalizações embebidas em betão (colocadas antes da betonagem).

Curso sobre Regras de Medição na Construção 235

Page 256: Regras de Medição - Lnec

20.2 Esgoto doméstico ou de águas residuais1

a) Neste subcapitulo serão também consideradas as redes de ventilação dosesgotos.

b) A medição da canalização será realizada segundo as regras indicadas nas alínease) e f) das Regras Geraisz. No entanto, os troços de rede relativos à interposição decâmaras e de fossas sépticas na rede, não serão considerados.

c) Regra geral, o equipamento será medido segundo as regras indicadas na alínea g)de Regras Gerais3.

d) As câmaras de visita, de inspecção, de retenção, sifónicas etc., serão medidas àunidade (un) de acordo com o seu tipo e características, especialmente a secção

horizontal.

e) Regra geral, as fossas sépticas, especialmente as prefabricadas, serão medidas àunidade (un). No entanto, sempre que conveniente, as medições dos trabalhosnecessários àsua execuçao poderao ser feitas separadamente nos capítulos relativos àrespectiva especialidade, pelas regras neles indicadas.

f) As vaias drenantes ou trincheiras filtrantes serao medidas em m. A mediçao dospoços filtrantes será realizada segundo as regras indicadas para as fossas sépticas.

g) Todos os movimentos de terras necessários àexecução de canalizações, cámarase fossas e outros elementos enterrados, serão considerados no capítulo Movimento deterras.

1 Equipamentos e instalações de esgotos - Obsen/ações:

A - Esgotos enterradosDe uma maneira geral, são medidos pelos especialistas da construção civil, visto serem executados,geralmente, em manilhas de grés. No entanto, como exemplo de aplicação diremos:

1 - As medições serão em metro (m) para a tubagem.2 - Deverão efectuar-se pelo diâmetro e tipo de peça.3 - Por tipo de materiais, por exemplo:

-tubo de grés;-tubo de ferro fundido;~ tubo de poliuretano ou P.V.C.

236 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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4 - Atendendo apressão de serviço.

5 - Deverá definir-se a forma de montagem, por exemplo:- em vala;- embebida em betão;- em caixa visitável;- etc.

6 - Também se deverá indicar a sua forma de ligação, por exemplo:- soldadura ;- ligação com boca e cordão;- etc.

B - Esgotos elevados1 - As medições serão em metro (m) para a tubagem.2 - Deverão efectuar-se por diâmetro e por tipo de peças.3 - Por tipo de materiais, por exemplo:

-tubo chumbo ;- tubo de ferro fundido ;-tubo polietileno ou P.V.C.;-tubo aço galvanizado.

4 - Pressão de serviço, por exemplo:- 0.1 MPa para respiro 1- 0.2, 0.4 e 0.6 MPa para colunas, derivações, etc.

5 - Deverá definir-se a forma de montagem, por exemplo:- em suportes, na vertical;- em esteira ;- etc.

6 - Também se indicará o tipo de ligação- soldadura;- boca e cordão;- rosca.

2 e) As medições serão individualizadas, em rubricas próprias de acordo com as características dascanalizações, principalmente as seguintes:

- natureza dos materiais constituintes dos tubos e acessórios;

- caracteristicas dos tubos e acessórios nomeadamente: diâmetro nominal (DN), classe ou sériee outras características (como por exemplo tubos soldados ou sem costura, etc.);

-tipo de ligação dos tubos;-tipo de protecção, de isolamento e de acabamento das canalizações;~ condições de execução.

Salienta-se que, por constituírem condições diferentes de execução, deverão considerar-se sempreseparadamente as medições dos seguintes trabalhos:

Curso sobre Regras de Medição na Construção 237

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- canalizações enterradas;- canalizações em elevação.

As canalizações em elevação serão ainda separadas em:- canalizações àvista;- canalizações embebidas em roço;

canalizações embebidas em betao (colocadas antes da betonagem).

f) Regra geral, a medição da canalização será realizada em m, incluindo os acessórios dos tubos. Asmedidas serão determinadas entre eixos dos equipamentos a ligar.

3 g) Regra geral, o equipamento será medido à unidade (un) , segundo as caracteristicas próprias decada componente, (torneira, esquentador) ou elemento de construção (fossa séptica, câmara de visita).

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20.3 Esgoto de águas pluviais

a) As drenagens de águas pluviais, executadas com os métodos e materiaistradicionais1, serão consideradas no capítulo Revestimentos de Coberturas. Nestecapítulo, são incluídas apenas as instalações geralmente executadas pelos empreiteiros decanalizações com materiais e segundo métodos semelhantes às restantes instalações deesgoto.

b) As regras de medição das canalizações, do equipamento e acessórios serãoidênticas às indicadas para as Instalações de Esgoto Doméstico ou de Águas Residuais.

c) Os acessórios especiais, como os raios, os funis, as abas e outros elementosespeciais destas redes, serão medidos á unidade (un), com indicação das respectivas

características.

1 Constituídas geralmente por algerozes, caleiras, tubos de queda e remates de zinco executados porpicheleiro ou funileiro

Curso sobre Regras de Medição na Construção 239

Page 260: Regras de Medição - Lnec

20.4 Distribuição de água1

a) A mediçao da tubagem será efectuada segundo as regras indicadas nas alíneas_e)e t) das Regras Gerais.

b) O equipamento será medido segundo as regras indicadas na alínea g) de RegrasGerais3_

1 Equipamento e instalação de distribuição de águas frias e quentes.

a) As medições serão em metro (m) para a tubagem, incluindo os respectivos acessórios.b) Deverão efectuar-se por diâmetros.c) Por tipo de materials (por exemplo aço galvanizado ou outros) isolamento térmico (em

espessura).d) Por pressões - não tão importante dada a aplicação de aço galvanizado ou cobre que

suportam pressões elevadas. No entanto deverá indicar-se a classe ou série do tubo.e) Deverão indicar-se como incluidos determinados materiais ou operações, nomeadamente

estrigas de linho e alvaiáde, roscas, flanges, e material de soldadura.f) Dever-se-á de preferêcia, em grandes trabalhos, indicar a mão-de-obra por diâmetros e por

unidade de aplicação.

2 e) As medições serão individualizadas, em rubricas próprias de acordo com as caracteristicas dascanalizações, principalmente as seguintes:

- natureza dos materiais constituintes dos tubos e acessórios;

- características dos tubos e acessórios nomeadamente: diâmetro nominal (DN), classe ou sériee outras características (como por exemplo tubos soldados ou sem costura, etc.);

-tipo de ligação dos tubos;- tipo de protecção, de isolamento e de acabamento das canalizações;- condições de execução.

Salienta-se que, por constituírem condições diferentes de execução, deverão considerar-se sempreseparadamente as medições dos seguintes trabalhos:

- canalizações enterradas;- canalizações em elevação.

As canalizações em elevação serão ainda separadas em:

- canalizações àvista;- canalizações embebidas em roço;- canalizações embebidas em betão (colocadas antes da betonagem).

f) Regra geral, a medição da canalização será realizada em m, incluindo os acessórios dos tubos. Asmedidas serão determinadas entre eixos dos equipamentos a ligar.

3 g) Regra geral, o equipamento será medido àunidade (un) , segundo as caracteristicas próprias decada componente (torneira, esquentador).

240 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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20.5 Aparelhos sanitários1

a) Sempre que conveniente, o fornecimento e o assentamento dos aparelhossanitários serão medidos separadamente em rubricas própriasz.

b) A medição de cada elemento será realizada àunidade (un), incluindo os materiaise acessórios necessários ao assentamento e funcionamento dos aparelhos.

c) No enunciado da medição deverão indicar-se os tipos e características dos

aparelhos e seus acessórios e, se necessário, as respectivas dimensões.

1 Neste subcapitulo, em geral, inclui-se a medição de todos os elementos de equipamento de utilização,situados geralmente em cozinhas e casas de banho e directamente ligados às redes de esgotos, como porexemplo: louças sanitárias, banheiras, lava-louças, tanques de lavar roupa, etc.

- Equipamento Sanitárioa) As medições serão efectuadas por unidade (un) e por espécie. Por exemplo:

- bidé;- Iavabo;- urinól;- metais (exclusivamente os ligados ao equipamento sanitário: torneiras de coluna, de passagem

e misturadoras, sifões cromados, chuveiros, saboneteiras, etc.)_

b) Deverá incluir-se a mão-de-obra de montagem e materiais de assentamento:- massas;- parafusos;- suportes especiais;- etc.

c) Duma forma geral, aconselha-se a preparação de um mapa prévio do qual constará a qualidade(la e 23 escolha), a marca, a cor, o tipo e a qualidade.

- Equipamento de Produção de Água Quentea) As medições deste equipamento serão efectuadas àunidade, incluindo todos os seus acessórios

(manómetros, tubos, válvulas, etc_).Exemplo:

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b) Os materiais de aplicação deverão ser incluidos nas peças, excepto nas grandes centrais depreparação em que se poderá criar uma rubrica para supoites, por exemplo.

2 Sempre que necessário (nomeadamente quando os aparelhos estiverem integrados juntamente com omobiliário em conjuntos pré-fabricados), a medição do respectivo fornecimento poderá ser incluida no capituloElementos de Equipamento Fixo e Móvel de Mercado.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 241

Page 262: Regras de Medição - Lnec

20.6 Distribuição de gás1

a) A medição da tubagem será efectuada segundo as regras indicadas nas aIíneas_e)e f) das Regras Gerais.

b) O equipamento será medido segundo as regras indicadas na alínea g) de RegrasGerais3_

1 Equipamento e Instalações de Gás - deverá proceder-se como numa rede normal de tubagem de água,se bem que a qualidade e tipo de materiais seja diferente. Ver nota introdutória relativa a Equipamento einstalação de distribuição de águas frias e quentes.

2 e) As medições serão individualizadas, em rubricas próprias de acordo com as caracteristicas dascanalizaçoes, principalmente as seguintes:

- natureza dos materiais constituintes dos tubos e acessórios;

- caracteristicas dos tubos e acessórios nomeadamente: diâmetro nominal (DN), classe ou sériee outras características (como por exemplo tubos soldados ou sem costura, etc.);

-tipo de ligação dos tubos;-tipo de protecção, de isolamento e de acabamento das canalizações;- condições de execução.

Salienta-se que, por constituírem condições diferentes de execução, deverão considerar-se sempreseparadamente as medições dos seguintes trabalhos:

- canalizações enterradas;- canalizações em elevação.

As canalizações em elevação serão ainda separadas em:- canalizações àvista;- canalizações embebidas em roço;- canalizações embebidas em betão (colocadas antes da betonagem).

f) Regra geral, a medição da canalização será realizada em m, incluindo os acessórios dos tubos. Asmedidas serao determinadas entre eixos dos equipamentos a ligar.

3 g) Regra geral, o equipamento será medido àunidade (un) , segundo as caracteristicas próprias decada componente (torneira, esquentador).

242 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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20.7 Evacuação de lixo

a) As medições serão realizadas de modo a que sejam individualizadas em rubricaspróprias os seguintes elementos:

-tubo de queda;- bocas de descarga de lixo;- sistema de ventilação;- sistema de limpeza;- sistema de recepção de lixos (incluindo incineração, se existente).

b) A medição do tubo de queda será realizada em m, incluindo todos os acessórios.

As medidas serão determinadas entre as extremidades superior e inferior do tubo de

queda1

c) As bocas de descarga do lixo serão medidas à unidade (un) , incluindo arespectiva portinhola. Deverão indicar-se as características da boca de descarga (se deforquilha simples ou dupla, ou outras) e da portinholaz.

d) O sistema de ventilação será medido à unidade, incluindo toda a aparelhagem eacessórios. Deverão indicar-se as características da ventilação, nomeadamente se estáticaou dinâmica e neste caso quais os caudais a debitar. No entanto, a conduta de ventilação

poderá ser medida separadamente em m, incluindo todos os acessórios e ligações.

e) O sistema de limpeza será medido à unidade (un) , com inclusão de todos oselementos principais (espalhador de água, escovilhão, roldanas, etc.) e acessórios. Aalimentação de água a este sistema será incluida na medição relativa a Distribuição deÁgua.

t) O sistema de recepção de lixos será também medido àunidade (un) , incluindo-senesta rubrica todos os elementos principais (fecho ou tremonha do tubo de queda, sistemade incineração, baldes ou carrinhos, etc.) e acessórios e indicando-se as respectivascaracteristicass.

1 Geralmente entre a ligação com a tubagem de ventilação ou o próprio ventilador - no caso destatubagem não ser distinta da do tubo de queda - e a extremidade inferior deste tubo na descarga ao sistema derecepção de lixo.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 243

Page 264: Regras de Medição - Lnec

2 Claro que segundo o indicado na alinea b), o troço da forquilha correspondente àboca de descargaserá incluido na medição do tubo de queda. A medição da boca de descarga incluirá portanto apenas osacessórios necessários ao seu funcionamento.

3 Nomeadamente a capacidade, tipo de fecho do tubo de queda, se inclui ou não incineração de lixos, osistema de transporte do lixo recolhido ou dos residuos da incineração.

244 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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21. INSTALAÇOES ELECTRICAS

21.1 Regras gerais

a) As medições das instalações eléctricas serão individualizadas nos subcapitulosseguintes:

- Alimentação geral;- Colunas montantes e derivações;- Instalações de iluminação, tomadas e força-motriz;- Instalações eléctricas especiais.

b) As mediçoes dos trabalhos que normalmente sao da atribuiçao do empreiteiro

geral ou de toscos, serão considerados separadamente em grupo próprio ou nos capítulos

referentes a esses trabalhos1.

c) De acordo com as indicações de execução das instalações, as medições serão

individualizadas nas seguintes rubricas:

- instalações enterradasz;

- instalações embebidas em roço;- instalações embebidas no betãos;

- instalações àvista;- instalaçoes aéreas (suspensas em catenária)4.

d) Regra geral, a medição englobará as operações de fornecimento, execução,

assentamento ou montagem.

e) Sempre que necessário, as operações indicadas na alínea anterior poderão ser

medidas separadamente em rubricas próprias.

f) As medições dos cabos e dos condutores serão individualizadas em rubricas

próprias, de acordo com as suas características, nomeadamente:

-tipo de cabo ou de condutor segundo as normas em vigors;

- secção e número de condutores (no caso dos cabos);- tensão de sen/iço;

Curso sobre Regras de Medição na Construção 245

Page 266: Regras de Medição - Lnec

g) As medições dos tubos de protecção serão individualizadas em rubricas próprias,de acordo com as suas caracteristicas, nomeadamente:

- tipo e natureza do material constituintes;- diâmetro normalizado.

h) As medições das caixas serão individualizadas em rubricas próprias, de acordocom as suas características, nomeadamente:

- tipo de caixa (caixa de derivação, caixa de passagem ou funda, caixa de

aparelhagem e caixa terminal);- natureza do material constituinte;

dimensoes.

i) A medição dos roços será realizada em m, sendo as medidas a considerar as dostubos a que se destinam. As furações para travessias não serão medidas separadamente,devendo considerar-se incluídas no preço unitário de outros trabalhos.

1 As mediçõs dos trabalhos de abertura e tapamento de roços, furações para travessias e outrostrabalhos semelhantes, serão considerados em grupo próprio - Trabalhos de construção civil. O medidorpoderá optar por um dos seguintes critérios de organização das medições destes trabalhos:

- em cada subcapitulo, considerar um grupo próprio para os trabalhos de construção civil.- reunir em subcapitulo próprio todos os trabalhos de construção civil relativos aos vários

subcapitulos.As medições dos trabalhos já considerados noutros capitulos, nomeadamente movimento de terras,

alvenarias, pinturas, etc., deverão ser incluídas nesses capitulos, excepto se forem da atribuição dosubempreiteiro das instalações eléctricas.

2 As instalações enterradas também se chamam instalações subterrâneas. Encontra-se normalmenteneste caso a instalação de alimentação geral e a de iluminação exterior.

3 As instalações embebidas no betão são as colocadas no interior da estrutura ou das paredes, antes daexecução da betonagem. Devem ser individualizadas das instalações embebidas em roço, devido a utilizaremmateriais (tubos de protecção e caixas) com caracteristicas especiais, próprios para embeber no betão, bemcomo técnicas de montagem diferentes.

4 Faz-se referência às instalações aéreas pelo facto de poderem aparecer na instalação de alimentaçãogeral.

5 Na especificação dos cabos deve ser sempre indicado o número e a secção dos condutores, como porexemplo, 2x1,5 mmz , 3x25+16 mmz, etc.. Na especificação dos condutores será apenas indicada a secção docondutor, como por exemplo, 1,5 mm2, 10 mm2, etc..

246 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 267: Regras de Medição - Lnec

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6 Quando a execução destes trabalhos for da atribuição da empresa fornecedora de energia eléctricadeverá ser assinalado nas medições como trabalhos a executar pela empresa fornecedora de energia eléctrica.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 247

Page 268: Regras de Medição - Lnec

21.2 Alimentaçao geral

a) Os trabalhos relativos a este subcapitulo só serão incluídos1 nas mediçõesquando o caderno de encargos assim o especificar, pois, regra geral, a sua execução é daatribuição das empresas fornecedoras de energia eléctrica.

b) A medição da alimentação geral, em regra, será subdividida nas rubricasseguintes:

- cabo de alimentação;

- portinhola;

- posto de transformação e quadro geral de baixa tensão.

c) A medição do cabo de alimentação* será realizada em m, sendo as medidasdeterminadas entre eixos de equipamentos a ligar. No enunciado das medições, serãodescritas as características referidas na alinea I) das Regras gerais deste capítulos.

d) Nos casos em que a tensão de sen/iço for superior a 1 kV, deverá especificar-se otipo de ligação do neutro da rede de distribuição que vai alimentar esse cabo (neutro àterraou neutro isolado).

e) A medição da portinhoIa“ será realizada à unidade (un) , especificando-se ascaracterísticas dos elementos constituintes (caixa, corta-circuitos, fusíveis, bornes,

terminais, etc.).

f) A medição do posto de transformaçãos e quadro geral de baixa tensão englobaos seguintes elementos:

- chegada;- saída;- corte geral;- contagem;- corte e protecção;- transformador de potência;- quadro geral de baixa tensão;- terras;- estrutura para o equipamento.

g) A mediçãoö será realizada àunidade (un) , para cada um dos elementos indicadosna alínea anterior, ou para o conjunto destes elementos, consoante o critério do medidor.

248 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 269: Regras de Medição - Lnec

h) A medição terá em consideração os elementos que são fornecidos pela empresafornecedora de energia eléctrica7.

i) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderão sermedidas separadamente em rubricas próprias.

1 Quando a execução destes trabalhos for da atribuição da empresa fornece dora de energia eléctrica,deverá ser assinalado nas medições como trabalhos a executar pela empresa fornecedora de energia eléctrica.

2 Embora se utilize a expressão cabo de alimentação, por ser a forma mais usualmente utilizada para aalimentação geral, também se executa, por vezes, esta alimentação gera em linha aérea.

3 f) As medições dos cabos e dos condutores serão individualizadas em rubricas próprias, de acordocom as suas características, nomeadamente:

- tipo de cabo ou de condutor segundo as normas em vigor;- secção e número de condutores (no caso dos cabos);- tensão de serviço;

Na especificação dos cabos deve ser sempre indicado o número e a secção dos condutores, como porexemplo, 2x1,5 mmz, 3x25+16 mmz, etc..

Na especificação dos condutores será apenas indicada a secção do condutor, como por exemplo,1,5 mmz, 10 mmz, etc..

4 Nas instalações em que a alimentação geral é efectuada por portinhola não há lugar para posto detransformação.

5 Os elementos indicados para a medição do posto de transformação correspondem às celas que, emregra, o constituem. Os postos de transformação podem ser do tipo ce/as de alvenaria ou monobloco.

6 A especificação deve ser sempre feita cela por cela.

7 Estes elementos deverão ser assinalados na medição, como elementos a serem fornecidos pelaempresa fornecedora de energia eléctrica.

Em regra, a empresa fornecedora da energia eléctrica fornece o equipamento necessário para equiparas celas de entrada, saida e contagem dos postos de transformação, mas não efectua a montagem nemfornece os acessórios de montagem. Isto, porém, não pode ser considerado como regra geral, pois varia deempresa para empresa, pelo que haverá necessidade de consultar sempre a empresa fornecedora de energiaeléctrica.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 249

Page 270: Regras de Medição - Lnec

21.3 Colunas, montantes e derivaçoes

a) A medição das colunas montantes e derivações, em regra, será subdividida nasrubricas seguintes:

- tubos de protecção;

- caixas de coluna;

- cabos e condutores.

b) Os tubos de protecção serão medidos em m, incluindo todos os acessóriosnecessários à montagem dos tubos'. Em geral, as medidas para a determinação dasmedições, serão as consideradas para os respectivos condutores. No enunciado dasmedições, serão descritas as características referidas na alínea g) de Regras gerais deste

capítuloz.

c) A medição da caixa de coluna será realizada àunidade (un) , especificando-se ascaracterísticas dos elementos constituintes (caixa, placa de bornes, corta-circuitos,

fusíveis e parafusos de selagem).

d) A medição dos cabos e condutores será realizada em m, incluindo todos osacessórios necessários à montagems. As medidas serão determinadas entre eixos de

equipamentos a Iigar";

e) As operaçoes de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderao sermedidas separadamente em rubricas próprias.

1 isto é, os acessórios como ligadores, batentes, braçadeiras, pregos, buchas, etc., e a respectivamontagem, serão incluidos no preço unitário do fornecimento e assentamento dos tubos.

2 g) As mediçoes dos tubos de protecçao serao individualizadas em rubricas próprias, de acordo com assuas caracteristicas, nomeadamente:

- tipo e natureza do material constituinte;- diâmetro normalizado.

Os tipos de tubos de protecção, que em regra se utilizam, são os de cloreto de polivinilo, tipos PA ePS e o tubo de aço. Os tubos do tipo PA e PS são, em regra, utilizados nas instalações embebidas em roço.Os tubos de aço são, em regra, utilizados nas instalações avista, para protecção mecânica dos cabos, emzonas onde exista o perigo de pancadas.

3 Para as instalaçoes àvista, os acessórios, como braçadeiras, pregos, buchas, etc. e a respectivamontagem, serão incluidos no preço unitário do fornecimento e montagem dos cabos.

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4As medidas dos cabos e condutores são utilizadas, em regra, nos desenhos (plantas e alçados) doprojecto ou nos desenhos da instalação definitiva e são determinadas entre eixos de equipamentos a ligar Nasmedições em planta, deverá considerar se a diferença de nivel existente entre a cota a que sao montados os

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Medição

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- Caixa de derivacão para montagem embebida, em PVC 60mm

- Caixa de aparelhagem para montagem embebida, em PVC- Comutador de escada, para montagem embebida,

basculante, espelho quadrado de aluminio anodizado, 220V, 1OA

- Armadura fluorescente, tipo Tm, 1x4OW,balastro a.f.p.,arranque normal

- Lâmpada fluorescente, 40W, 220V, cor 33

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Curso sobre Regras de Medição na Construção

Page 272: Regras de Medição - Lnec

21.4 Instalações de iluminação, tomadas e força-motriz

a) A medição deste subcapitulo, em regra, será decomposta nas rubricas seguintes:

- quadro de distribuição;

- tubos de protecção;

- caixas;

- cabos e condutores;

- aparelhagem de manobra, ligação e protecção;

- armaduras.

b) A medição do quadro de distribuição' será realizada á unidade (un) ,

especificando-se as características dos elementos constituintes (caixa, interruptores,disjuntores, corta-circuitos, fusíveis, bornes, etc.). A medição incluirá os acessóriosnecessários àmontagem do quadro de distribuiçao.

c) Para a medição dos tubos de protecção, ver alinea c)2 de Co/unas montantes ederivações.

d) As caixas, incluindo os respectivos acessórioss, serao medidas àunidade (un) _

As características das caixas a indicar no enunciado das medições são as referidas naalínea h)" das Regras gerais.

e) Para as medições dos cabos e condutores, ver alínea e)5 de Colunas montantese derivações.

f) A aparelhagem de manobra°, ligação e protecção será medida àunidade (un) ,incluindo todos os acessórios necessários àmontagem. No enunciado das medições devemindicar-se os tipos, características de fabrico, dimensões, tensão de serviço e intensidadenominal, ou a designação comercial de cada aparelho.

g) A medição das armaduras7 será realizada àunidade (un) , incluindo os acessóriosnecessários á respectiva montagem. No enunciado das medições indicam-se os tipos(incandescente e fluorescente), caracteristicas de fabrico, número e potência das

lâmpadas” ou a designação comercial de cada armadura.

h) As lâmpadas das armaduras serão medidas em rubrica individualizada, de acordocom as suas caracteristicas, isto é, o tipo, a potência e a tensão de serviço.

i) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderão sermedidas separadamente em rubricas próprias.

252 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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1 Os acessórios e a respectiva montagem, serão incluidos no preço unitário do fornecimento eassentamento do quadro de distribuiçao.

2 c) A medição da caixa de coluna será realizada àunidade (un) , especiflcando-se as caracteristicasdos elementos constituintes (caixa, placa de bornes, corta-circuitos, fusíveis e parafusos de selagem).

3 No preço unitário do fornecimento e assentamento das caixas, serao incluídos os respectivosacessórios, tais como bucins, plecas de bornes, batentes, etc..

4 h) As medições das caixas serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com as suascaracteristicas, nomeadamente:

- tipo de caixa (caixa de derivação, caixa de passagem ou funda, caixa de aparelhagem e caixaterminal);

- natureza do material constituinte;- dimensões.

5 e) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderão ser medidasseparadamente em rubricas próprias.

6 No preço unitário do fornecimento e assentamento da aparelhagem de manobra, ligação e protecção,será incluído o material de fixação e quaisquer acessórios que sejam necessários para montagens especiais.

7 Serão incluidos no preço do fornecimento e assentamento da armadura, os acessórios para fixação daarmadura, tais como pendurais, parafusos, pregos, buchas, etc., e a respectiva montagem.

8 No enunciado das armaduras fluorescentes, deverá ser especificado o tipo de arranque das lâmpadase o tipo de balastro.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 253

Page 274: Regras de Medição - Lnec

~21.5 Instalaçoes eléctricas especiais1

a) As medições deste subcapitulo, em regra, serão decompostas nas instalações

seguintes:- sinalização;

- telefone de porta e porteira ;

- campainhas e trinco eléctrico;

- automático de escada ;

- telefones;

- antena colectiva de TV e TSF ;

- pára-raios.

b) A medição das instalações indicadas na alínea anterior será efectuada segundo as

regras estabelecidas no subcapitulo anterior (Instalações de iluminação, tomadas e

força-motriz).

c) A medição da instalação de sinalização será decomposta nas rubricas seguintes:

-tubos de protecção;- caixas;- cabos e condutores;- aparelhagem de manobra;- quadro de alvos.

d) A medição da instalação de telefone de porta e porteira será decomposta nasrubricas seguintes:

-tubo de protecção- caixas;- cabos e condutores;- telefones de porta;- altifalante de porta;- central.

e) A medição da instalação de campainhas e trinco electricoz será decomposta nas

rubricas seguintes:-tubos de protecção;- caixas;- cabos e condutores;- aparelhagem de manobra e ligação;

254 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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- campainhas;- trinco eléctrico.

f) A medição da instalação do automático de escada será decomposta nas rubricasseguintes:

-tubos de protecção;- caixas;- cabos e condutores;

- aparelhagem de manobra e ligação;- armaduras;- automático de escada.

g) A medição da instalação de telefones da TLP ou CTT será decomposta nasrubricas seguintes:

-tubos de protecção;- cabos ou condutores;- caixas;- aparelhagem de ligação.

h) A medição da instalação da antena colectiva de TV e TSF será decomposta nasrubricas seguintes:

- tubos de protecção ;- caixas;- cabos;- aparelhagem de ligação;- antenas.

i) A medição da instalação do pára-raios será decomposta nas rubricas seguintes:

- pára-raios;-fita condutora; `- caixa de medição de terra;- eléctrodo de terra.

*As instalações eléctricas especiais dum edificio são as instalações eléctricas que existem além dasreferidas nas rubricas anteriores. Em regra, as mais comuns são:

- sinalização- telefones de porta e porteiro

Curso sobre Regras de Medição na Construção 255

Page 276: Regras de Medição - Lnec

- campainhas e trinco eléctrico- automático de escada-telefones da rede pública- antena colectiva de TV e TSF- pára-raios

2 A instalação de campainhas e trinco eléctrico, por vezes, aparece reunida com a instalaçao detelefones de porta e porteira, constituindo uma instalação única. Neste caso, a medição destes dois tipos deinstalação será realizada em conjunto.

256 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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22. ASCENSORES E MONTA-CARGAS

22.1 Regras gerais'

a) O ascensor com todas as suas partes e peças mede-se como uma unidade (un),referindo e transferindo para o projecto e caderno de encargos a sua especificação.

b) As medições deste subcapitulo, em regra, serão decompostas em função do tipode ascensor, nomeadamente:

- caixa fechada;

- caixa aberta.

c) Se de caixa fechadaz, para além da caixa constituída por paredes, vãos de portas,casa de máquinas, etc., que são medidas nos capítulos correspondentes, terão que sermedidos apenas os trabalhos de acompanhamento da montagem e da fixação de guias,aparelhagem de controle e segurança e máquinas.

d) Se de caixa abertas, as operações a medir são as devidas áfixação da estruturana base, aos aparelhos a instalar na cuba e às ligações aos patamares dos pisos, como daescada de acesso àcabina das máquinas.

e) A medição será efectuada tendo em consideraçao o projecto do ascensor e, os

trabalhos a reaIizar", resultarão da comparação da situação final com a que foi

concretizada nas medições dos trabalhos de construção civil, nomeadamente:

- Assistência à montagems;

- Trabalhos de remate interior e exterior das portase.

1 O ascensor é uma peça do equipamento mecânico, mais precisamente um aparelho mecânico detransporte vertical, constituido por um conjunto de elementos fixos e móveis e dispositivos de comando eprotecção. As funções, características e condições de funcionamento são definidas através de peças escritas edesenhadas, sujeitas a condições regulamentadas por legislação especial.

2 Os fabricantes fornecem o conjunto com todos os seus componentes, montado no local, pronto afuncionar e depois de aprovado pelo organismo oficial competente, de acordo com as peças escritas edesenhadas e a respectiva regulamentação e os seus pormenores particulares. Excluem-se os trabalhos de

Curso sobre Regras de Medição na Construção 257

Page 278: Regras de Medição - Lnec

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construção civil necessários áassistência e montagem e a alimentação de energia eléctrica até á casa dasmáquinas, por serem estes os que o fornecedor normalmente exclui do preço da sua proposta.

3 Ascensores constituldos por estrutura metálica e painéis de rede, e que fazem normalmente parte dofornecimento da empresa de ascensores.

4 Nas medições destes trabalhos, deverá sempre fazer-se referência ao fim a que se destinam, para quena organização dos preços respectivos sejam consideradas as condições e sequência de execução.

5 É geralmente constituida por abertura de caixas para os dispositivos de fixação e assentamentodestes, nas condições recomendadas.

Essas operações são medidas por unidade (un) e especificadas pela dimensão das caixas e dosdispositivos de fixação, bem como agrupadas de acordo com as suas caracteristicas e com a indicação dosdispositivos a que se relacionam. As dimensões das caixas permitirão a avaliação dos materiais depreenchimento.

S A natureza, dimenção e regras a aplicar nas medições destes remates são as que corresponderem aoutras da mesma especialidade ejá referidas em outros Capítulos.

258 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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23. ELEMENTOS DE EQUIPAMENTO FIXO E MÓVEL DE

MERCADO

23.1 Regras gerais'

a) As medições relativas aos elementos de equipamento do mercado serão

individualizadas nos seguintes subcapitulos:

- equipamento fixoz;

- equipamento móveI3.

b) A medição será sempre realizada à unidade (un) , isto é, por cada elementocompleto e caracterizado pela função, designação corrente do mercado, tipo ou dimensão,

capacidade e qualidade, e deverá ainda indicar o artigo ou especificação técnica do

projecto4, onde a sua definição, caracterização e condições de fornecimento são feitas atéao completo esclarecimento.

c) A medição indicará ainda, para o equipamento fixo, a inclusão ou exclusão detarefas de montagem elou fixaçãos, medindo~as de acordo com o que de aplicável se

encontra nas regras das especialidades envolvidas.

d) Na medição destas tarefas, deverá indicar-se, para além do que as regrasrecomendam, que estas se destinam á montagem e/ou fixação do elemento deequipamento referido no Artigo (indicar o artigo da medição).

e) Quando nestas tarefas de montagem e/ou fixação se utilizam acessórios queacompanham o elemento, como parafusos, garras, buchas, ou outras peças especiais, issodeve ser referido na medição.

e) Quer para elementos fixos, quer para elementos móveis (especialmente móveis de

madeira), deverá ainda indicar-se quando o acabamento finais é feito no local de utilização

e se está ou não incluído nas condições de fornecimento, medindo-se as operações nãoincluídas de acordo com a sua especificidade e segundo as regras recomendadasaplicáveis, conforme se indicou em c).

Curso sobre Regras de Medição na Construção 259

Page 280: Regras de Medição - Lnec

1 A variedade de elementos abrangidos por esta designação e com aplicação na construção de edificiostem vindo a ser aumentada e a tendência natural é de, cada vez mais serem aplicados elementos acabadospara as mais variadas funções, nomeadamente:

- Embebidos em caixas ou reservas especialmente concebidas para o efeito;- Fixados em zonas e espaços resen/ados para o efeito;- Sem fixação, mas destinados a função localizada ou não.

Daí a classificação de equipamento fixo e móvel.

2 Classifica-se como equipamento fixo o que ocupa local e/ou reserva concebida para o efeito e ao qualé fixado por dispositivos que impedem a sua deslocação. como exemplos considera-se:

- Equipamento de higiene;- Exaustores de fumos ou gases;- Armários e bancadas de cozinha e copa;- Roupeiros e armários diversos;- Elementos de equipamento técnico para fins especificos.

3 Entende-se como equipamento móvel todo o que pode deslocar-se sem necessidade de se desprenderqualquer parte ou dispositivo, embora possa preencher função de posição fixa.

Não se deve considerar como desprender, o acto de desligar uma tomada de corrente, de arcomprimido, de água, etc. isto é, quando a introdução no elemento se faz por condutor flexível concebido parautilização como tal.

Como exemplos, tem-se nestas condições, os frigoríficos, os fogões e as máquinas de lavar louça eroupa (quando não integradas num conjunto), os aspiradores domésticos ou industriais de limpeza, osirradiadores de calor e Ventoinhas autônomas, equipamento técnico deslocável e peças de mobiliário.

4 O caderno de encargos deve compreender folhas de especificação que caracterizem todos oselementos do equipamento, definindo claramente:

- a função ou funções;- a capacidade ou potência absorvida;- as dimensões e/ou tipo do mercado;- os materiais dos componentes principais;- os materiais de acabamento e aspecto;- as condições de utilização e garantias que se exigem;- as normas regulamentares aplicáveis ou outras particulares;- local ou locais de entrega e condiçoes de fornecimento.

5 Alguns elementos do equipamento fixo são fornecidos com a montagem incluída, ressalvando os"trabalhos de construção civil", outros compreendendo ainda estes trabalhos. A medição deve processar-se deacordo com as condições de fornecimento indicadas nas folhas de especificações respectivas do C.E. Muitosdestes elementos são fornecidos com todos os dispositivos necessários a uma fixação perfeita, incluindo todosos meios e até algumas pequenas ferramentas para aplicação nas condições recomendadas pelos fabricantes.

É conveniente que o medidor tenha conhecimento deste pormenor para o considerar e referir namedição.

260 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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6 Muitos elementos de equipamento são fornecidos semi-acabados para serem acabados no local,especialmente algumas peças de mobiliário, outros pelas dificuldades próprias da sua movimentação emontagem, requerem operações de retoques e afinações. Devem conhecer-se ou acautelar estasparticularidades, medindo ou fazendo incluir estas operações nas condições de fornecimento.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 261

Page 282: Regras de Medição - Lnec

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Page 283: Regras de Medição - Lnec

24. INSTALAÇÕES DE AQUECIMENTO POR AGUA OU

VAPOR

24.1 Regras gerais

a) As medições relativas a instalações de aquecimento por água ou vapor serãoindividualizadas nos subcapitulos' seguintes:

- geradores caloríficosz;

- condutos e tubagemz;

- dispositivos difusores, aceleradores e de controlo".

b) As tarefas excluídas, de montagem e/ou preparação, como de incorporação depeças de fixação ou acessórios, serão medidas de acordo com o que nas regrascorrespondentes àespecialidade inten/eniente se indica e com referência clara ao fim a quese destina.

c) Quando nestas tarefas de montagem e/ou preparação se utilizam peças ouacessórios que se encontrem incluídas nos fornecimentos a fazer com os dispositivos deutilização ou produção de energia, isso deverá ser referido na medição.

d) Para além das tarefas auxiliares ou complementares da montagem, do isolamentoou simples fixação de dispositivos, é hábito executarem-se ainda outras de acabamento,como pinturas ou revestimentos especiais. Estas, ainda que executadas na fase da obracorrespondente, deverão ser destacadas em artigos também especiais, com os materiais eprocessos de aplicação bem especificados.

1 Esta recomendação ê feita pelo facto de cada um destes subcapitulos obedecer a critérios deavaliação bastante diversificados. A diversidade e especificidade dos componentes dificilmente permitiria umaordenação racional e de fácil leitura, se constituindo um agrupamento.

2 Entende-se na designação de geradores caloríficos todos os dispositivos directamente eindirectamente relacionados com a produção de água quente ou vapor, como:

Curso sobre Regras de Medição na Construção 263

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Page 284: Regras de Medição - Lnec

- caldeiras fixas e semi-fixas alimentadas por combustiveis sólidos, líquidos ou gasosos;- depósitos de combustível e dispositivos de alimentação;- reguladores de combustão;- chaminé para tiragem de fumos ou gases de combustão;- válvulas e outros dispositivos de segurança;- ramal de esgoto para purgas;- base e acompanhamento ou envolvimento de suporte e isolamento térmico;- bombas para circulação forçada ou acelerada de água.

3 Conductos e tubagem deverá entender-se como toda a rede de distribuição de água quente ou vapor aalta pressão, compreendendo:

- tubos de aço, ferro ou cobre, soldados ou ligados por uniões apropriadas e caixas; caleiras oureservas para a passagem destes;

-juntas de dilatação ou liras, braçadeiras, ou suportes de semi-fixação;- fitas, cordões, ou sistema de isolamento térmico;- vasos de expansão e purgas de ar ou separadores- não se incluem as serpentinas embebidas que formam painéis difusores.

4 Como dispositivos difusores, aceleradores e de controle, consideram-se:- Radiadores de fundição ou chapa;- Convectores com e sem circulação acelerada e os aerotermos de projecção vertical e horizontal,

incluindo os seus acessórios de fixação ou suportes.- Painéis radiadores de pavimento ou tecto, constituídos por serpentinas de tubo de aço ou cobre

embebidas em betão, com ou sem rede de varões de aço auxiliares.- Válvulas com termostato para regulação automática da temperatura ambiente, bem como as

torneiras de segurança ou seccionamento,Neste subcapitulo, os acessórios dos dispositivos difusores devem ser medidos àunidade (un) .

264 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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24.2 Geradores caloríficos

Os geradores caloríficos, quando destinados a grandes redes de distribuição, sãonormalmente caldeiras de grande dimensão e que exigem grande diversidade de trabalhosa serem executados em diversas fases da construção, nomeadamente de movimento deterras, especialmente quando os depósitos de combustíveis ficam enterrados, e/ou quandoa alimentação destes se faz por meio de tubos subterrâneos para ligação aos veículos deabastecimento.

As medições de todos estes trabalhos deverão ser consideradas nos capítulos decada uma das especialidades, de acordo com as regras aplicáveis, embora se devamindicar sempre o fim a que se destinam. Deste modo, os grupos de actividade poderão sercorrectamente dimensionados e os dispositivos a incorporar (ainda que fornecidos por sub-empreiteiro independente) serão considerados na programação de fornecimentospermitindo a determinação do custo total da instalação.

Para este efeito, será de exigir que o projecto da instalação se encontre devidamentepormenorizado1.

1 Esta recomendação é feita pelo facto de cada um destes subcapitulos obedecer a critérios deavaliação bastante diversificados. A diversidade e especificidade dos componentes dificilmente permitiria umaordenação racional e de fácil leitura, se constituindo um agrupamento.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 265

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Page 286: Regras de Medição - Lnec

24.3 Condutos e tubagem1

a) Quando na rede de distribuição se utilize mais do que um tipo ou classe de tubos,

como é o caso das serpentinas incorporadas no betão, deverá fazer-se a medição destesem separadoz.

b) Nos tubos embebidos ou não (Ver figura da nota da alínea a), os sistemas deisolamento térmico de deverão ficar bem especificados na medição, bem como osmateriais, espessuras e acessórios que se prevêem utilizar.

h) Quando além dos tubos incorporados se prevê a aplicação de uma malha de aço

auxiliar da distribuição do calor (rede electrosoldada), esta deve ser incluída comocomponente da instalação e as tarefas de aplicação e acompanhamento deverao serincluídas no conjunto referido na alínea d) das regras geraiss deste capitulo.

1 No subcapitulo de conductos e tubagem, inclui-se toda a rede de distribuição de água quente até Étorneiras seccionadoras ou válvulas automáticas dos dispositivos difusores, a alimentação da caldeira e ascolunas de ligação ao vaso de expansão, como a abertura e tapamento de roços e atravessamentos eassentamento de todos os acessórios e componentes referidos na alinea a) e excluídos pelas condições defornecimento do instalador. Tal como se indicou na alinea b), estes trabalhos serão incluídos nas tarefas dosgrupos das respectivas especialidades, com a indicação do fim a que se destinam. As regras de medição sãoas que se indicam para cada uma das especialidades. Sempre que tal se justifique, isto é, quando a descriçãofor dificil de fazer em termos de claro entendimento, será conveniente completá-la com um pormenorreferenciado, para uma perfeita avaliação da natureza ou dificuldades da execução, conforme se exemplifica:

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266 Curso sobre Regras de Medição na Construção

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Page 287: Regras de Medição - Lnec

2 Os tubos devem ser bem caracterizados nomeadamente pela indicação da soldadura aplicada nascosturas. Se complementado com rede de malha de aço electrossoldada, que para além de sen/ir de base paraa fixação dos tubos, ainda participa na difusão do calor, esta deve ser medida em mg e bem especificada.Igualmente deve ser bem caracterizada a base de assentamento e as camadas ou camada de massa deacompanhamento, sua(s) espessura(s) e acabamento.

Ainda como tubos, temos os que constituem os painéis difusores a incorporar nos pavimentos ou tectos,mas estes, como se refere nas regras gerais, deste capítulo e considerando a sua função e condiçõs deaplicação, deverão ser medidos no subcapitulo relativo a dispositivos difusores, na unidade de m2 com aindicação dos metros lineares de tubo por m2 de painel.

3 b) As tarefas excluídas, de montagem e/ou preparação, como de incorporação de peças de fixação ouacessórios, serão medidas de acordo com o que nas regras correspondentes à especialidade interveniente seindica e com referência clara ao fim a que se destina.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 267

Page 288: Regras de Medição - Lnec

24.4 Dispositivos difusores, aceleradores e de controle

a) Os dispositivos geradores, difusores, aceleradores e de controle serão sempre

medidos àunidade (un) , isto é, por cada elemento caracterizado pela função, designação

corrente do mercado, tipo e/ou dimensão, potência e capacidade, qualidade e aspecto dassuas partes aparentes.

b) A medição indicará ainda para estes dispositivos a inclusão ou excIusão1 etarefas de montagem e/ou fixação, a dimensão de caixas para os embeber total ouparcialmente e as peças de fixação ou acessórios a incorporar nas paredes, para qualquerdestes efeitos.

c) Se os dispositivos são fornecidos por acabar, com pintura a executar na obra, a

medição da pintura será feita por mz, de acordo com as regras aconselhadas para as

pinturas, mas como sempre, indicando-se sobre o que, e como, a pintura será executada.

1 Para além da caracterização dos dispositivos difusores e cuja medição, será feita por unidades decaracteristicas iguais, devem ser referidos os acessórios de fixação, de ligação e controle, válvulas etermostatos, quando directamente ligados.

Quando aplicados em separado, embora comandando válvula electromagnética, devem ser medidos àunidade (un) e bem caracterizados.

Como exemplo, na figura apresenta-se a aplicação de painéis difusores em pavimentos e tectos.

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25. INSTALAÇOES DE AR CONDICIONADO

25.1 Regras gerais

a) As medições relativas a instalações de ar condicionado serão individualizadas nossubcapitulos seguintes1:

- unidades de tratamento do ar2;- condutos, filtros, grelhas e difusores3.

b) Neste capitulo, as instalações são medidas com unidades centrais4 de tratamentoe condutos de distribuição com ou sem retorno.

c) Quando a instalação é constituida por unidades de aquecimento e dearrefecimento de água localizadas numa central e redes de distribuiçãos desta acondicionadores locais, obsen/am-se as regras de medição para a as instalações deaquecimento do capitulo Instalações de aquecimento por água ou vapor.

1 Os critérios de medição aplicáveis, como os cuidados na especificação que se recomendam, sãobatante diversificados. A diversidade e especificidade dos componentes a considerar em cada um destessubcapitulos, recomendam a divisão que se propõe.

2 Entende-se como unidades de tratamento do ar, todos os dispositivos de correcção de condiçõesdesconfortáveis e/ou insalubres de espaços fechados. A gama de dispositivos com esta finalidade é hojevastíssima, pelo que, a sua classificação deve ser objecto de especial atenção. Como bases para estaclassificação, considera-se as das funções que cada componente desempenha, nomeadamente:

- ventiladores de alta e baixa rotação, para movimentação (tiragem ou isuflação) nos aparelhosde tratamento, nos condutores ou nos locais de utilização.

- filtros secos ou de lavagem na admissão do exterior ou na recuperação de ar de retorno;~ aparelhos de aquecimento de ar por serpentina com água aquecida ou por câmara de

combustão;- aparelhos de arrefecimento do ar por serpentina com água arrefecida ou por "bombagem de

caior";- aparelhos reguladores da humidade do ar por condensadores ou câmaras de on/alho;- aparelhos de remoção de cheiros, fumos e gases por filtros de can/ão activado e lavagem do ar.

Curso sobre Regras de Medição na Construção 269

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As centrais de tratamento podem ser constituídas por diversas combinações possiveis de aparelhos edispositivos com estas funções e caracteristicas. A especificação deve referir as funções a combinar.

3 Os condutos podem ser constituídos por tubos de forma circular ou rectangular, construídos comchapa de ferro galvanizada, alumínio, madeira, poliester reforçado com fibra de vidro, ou ainda por alvenaria oubetão. As ligações entre os condutos, sob a forma de uniões simples ou de redução, cotovelos, curvas,redutores, colares, conexões rígidas e flexíveis e outras, de execução por vezes difíceis, são peças importantesdo conjunto e que devem ser bem caracterizadas. As figuras que se apresentam são exemplo do que se afirma:

Os terminais, que podem ser tomadas de ar do exterior, com ou sem filtro, grelhas de remate ou difusãosimples, ou com anemostato, podem também ser produzidas com diversos materiais, formas, dimensões eacabamentos. A definição deve ser completa e contemplar todas estas variáveis.

'1As unidades centrais deverão ser bem caracterizadas e especificadas, dada a grande variedade defunções que podem desempenhar (filtragem, desumidificação, humidificação, desodorização, aquecimento earrefecimento) e ainda de expansão directa ou indirecta. Para além desta caracterização e especificação,deverão ainda indicar-se as dimensões, capacidade e potência eléctrica requerida.

5 O tipo de instalação referido é uma combinação da instalação analisada no capitulo Instalações deaquecimento por água ou vapor, com as condições requeridas pelos dispositivos difusores diferentes.Naquela, os dispositivos difusores de calor recebem água aquecida; nesta, a água pode chegar aquecida ouarrefecida, cabendo ao difusor corrigir a temperatura do ar de acordo com o que cada época ou momentoreclamam. Logo, a instalação difere daquela, como as medições, apenas na caracterização dos dispositivos dacentral e dos difusores. As regras mantêm-se.

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25.2 Unidades de tratamento do ar

a) As unidades de tratamento1 do ar podem ser de janela ou consola e, nestascondições, serão consideradas como equipamento eléctrico de conforto, tal como osirradiadores eléctricos.

b) A medição indicará para todos estes dispositivos a inclusão ou exclusão de tarefasauxiliares de montagem e as peças de fixação e/ou acessórios a incorporar nas paredes oupisos para este efeito.

c) Todas as tarefas excluídas da montagem e/ou preparação desta, como aincorporação nas aivenarias de peças de fixação ou acessórios, serão medidos de acordocom o que nas regras correspondentes á especialidade se indica e com referência àinstalaçao a que se destina.

d) Se, para além das tarefas auxiliares da montagem ou da simples fixação dedispositivos, se prevê a execução de pinturas, estas, ainda que a executar na fase da obracorrespondente, deverão ser destacadas em artigos especiais, com materiais e processosbem especificados e medidos de acordo com as regras apresentadas no capítulo relativo apinturas.

1 A medição destes dispositivos deve indicar o factor quantitativo (unidades), as características edimensões exteriores máximas, Amperes e ou caudal de água requerido, e referenciar a "especificação técnica"do projecto onde se podem recolher as informações complementares.

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25.3 Condutos, filtros, grelhas e difusores

a) Os condutos de ar1 são medidos em m, com a indicação das duas medidas da

secção, quando rectangulares, ou diâmetro, quando de secção circular. Haverá uma

medição para cada secção. Os acessórios de ligação em ângulos, curvas, encaixes,

derivações em mudança de secção serão medidos àunidade (un) e bem especificados.

b) Os terminaisz, (filtros, grelhas ou difusores) serão medidos àunidade (un) e bem

especificados quanto a materiais, apresentação, forma e dimensões.

c) A medição indicará para todos estes dispositivos a inclusão ou exclusãoa de

tarefas auxiliares de montagem e as peças de fixação e/ou acessórios a incorporar nasparedes ou pisos para este efeito.

d) Quando se preveja isolamento4 térmico ou acústico de envolvimento dos condutos,

ou em parte destes, a medição será feitas nas mesmas condições recomendadas para osdispositivos a isolar, isto é, m para os condutos e unidade (un) para as ligações.

e) Todas as tarefas excluídas da montagem e/ou preparação desta, como a

incorporação nas aivenarias de peças de fixação ou acessórios, serão medidos de acordocom o que nas regras correspondentes á especialidade se indica e com referência àinstalação a que se destina.

f) Se, para além das tarefas auxiliares da montagem, do isolamento, ou da simplesfixação de dispositivos, se prevê a execução de pinturas, estas, ainda que a executar nafase da obra correspondente, deverão ser destacadas em artigos especiais, com materiaise processos bem especificados e medidos de acordo com as regras apresentadas nocapítulo relativo a pinturas.

1Porque existe grande diversidade de soluções possíveis na forma e materiais de constituição doscondutos em m por secção e forma. Do mesmo modo, os acessórios de ligação serão medidos àunidade, porforma e dimensão bem caracterizadas para completa definição das dificuldades de execução.

Quando um mesmo conduto exija condições de aplicação diversificadas, deve ser medido em separadocom as indicações que permitam a análise de custos ponderada a partir das condições diferentes.

Um conduto aplicado suspenso de um tecto (em zona de tecto falso) com acesso dificil, ou avista; ouainda em sótão livre de bom pé direito ou sob estrutura de telhado de pouca altura, terão igualmente custos deaplicação muito diferentes. A medição deve registar essas condições e produzir medições separadas.

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2 Os terminais difusores, tomadas de ar do exterior e grelhas de remate, devem ser medidas emunidades de dimensões, caracteristicas e condições de aplicação idênticas. Os factores diversificantes são aquitambém muito importantes.

Um dispositivo destes aplicado no interior ou no exterior de um edificio de vários andarestemforçosamente custos de assentamento muito diferentes. ` ' ”

3 A inclusão ou exclusão de tarefas auxiliares de montagem e as peças de fixação e/ou acessórios aincorporar nos pisos ou paredes para o efeito, devem ser consideradas nas medições dos respectivos gruposde actividade com a indicaçao da instalaçao a que se destinam.

'1 Em condições especiais, para evitar desperdício de energia ou transmissão de ruídos, recorre-se aoisolamento dos condutos (interior ou exterior) com placas ou membranas de material apropriado.

Quando esse isolamento vem incorporado nos condutos, bastará referi-Io na medição a suaespecificação.

Quando aplicado depois do assentamento, deverá medir-se nas condições recomendadas no capituloIsolamentos e impermeabilizações, referindo ainda que se destina àinstalação de ar condicionado.

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